Você Tem Medo da Marca da Besta?

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Você Tem Medo da Marca da Besta?
Você Tem Medo da Marca da Besta?
Por Marcelo Lemos
Um dia desses fui surpreendido por algo que me aconteceu, enquanto aguardava para ser
atendido num consultório médico. Quando me identifiquei como sendo o paciente da
consulta, a recepcionista pediu para que eu colocasse a mão sobre um scanner, a fim de que o
sistema do convênio pudesse ter minha“assinatura digital”; explicou a educada jovem.
Um grande problema enfrentado pelos convênios médicos, continou a simpatica
recepcionista, são pacientes falsos, que usam a carteirinha de um amigo ou parente –
causando grandes prejuízos para a empresa, e para os segurados honestos. Mas, segundo ela,
tendo um banco de dados com a assintura digital de cada segurado, a empresa de convênio
poderá identificar tais fraudes com grande rapidez e facilidade.
Alguns dias depois, já esquecido do episódio, lá estou eu novamente, a espera de nova
consulta. Me aproximo da recepção, e recebo a ordem:“coloque sua mão sobre o scanner”.
Obedeci, e em questão de segundos, todos os meus dados, incluindo foto, estavam sendo
exibidos na tela do computador...
Ao comentar o ocorrido com uma determinada pessoa, ouvi a seguinte opinião: “Isso é
assutador, estamos vendo o Apocalispe se cumprir rapidamente. Daqui uns dias eles vão
querer colocar um chip em você. Tome cuidado!”.
Bem, eu não pretendo ser desrespeitoso com meus irmãos dispensacionalistas, até porque eu
mesmo já fui um deles, acreditando e defendendo com todas as minhas forças intelectuais,
suas teorias conspiratorias e escatológicas. Porém, ainda que em amor, devo expressar minha
opinião de que tais receios dispensacionalistas não passam de pura ficção, e ficção não muito
boa...
Ao longo das ultimas décadas, uma multidão de ‘especialistas’ em Apocalipse tem
procurado compreender o que seria a tal da “Marca da Besta”, a qual se refere a Revelação de
S. João. Também não faltam engenhosas tentativas para se identificar o tal do Anticristo...
Tive o gostinho de conhecer várias dessas teorias, inclusive sendo pregadas em cima de
pulpitos, e escolas dominicais. Dentre as mais populares, cito:
·
O Código de Barras. Invenção maravilhosa da tecnologia. Tal instrumento de
identificação foi visto por muitos, e alguns ainda entendem assim, como sendo a
Marca da Besta. Se você procuar na internet, certamente encontrará alguém tentando
provar que os tais números contém o famoso 666!
·
Cartão Visa. Com uma boa dose de imaginação é possível encontrar no emblema desta
importante empresa financeira, o tal do 666! Pesquise na internet e comprove. Para
alguns teoricos da conspiração, ela faria parte de alguma trama secreta para o controle
de toda a raça humana!
·
Cartão de Crédito. Não precisa nem ser da Visa, só precisa ser cartão de crédito.
Muitos dos leitores irão recordar de estudos que apontavam tal tecnologia como sendo
a precursora do Sinal da Besta.
·
Carimbo do Playcenter. Essa foi de matar... de raiva! Eu era garotinho quando a
bomba caiu sobre algumas igrejas de São Paulo: o tal parque de diversões estava
carimbando a mão direita das crianças que iam lá para se divertirem. Pimpa! Diversas
congregações baixaram decreto proibindo a garotada de ir ao tal parque!
Hoje, uma das teorias mais famosas sobre a suposta Marca da Besta atende pelo sugestivo
nome de MONDEX.
Mondex: Novidade que já está ficando ultrapassada!O tal “mondex” realmente existe, tratase de um cartão de crédito. Porém, como ele pretende utilizar algumas tecnologias mais
avançadas, logo surgiram algumas teorias interessantes. Se você desejar, pode conferir
assistindo aos dois “documetários” a seguir, que abordam o assunto do ponto de vista dos
teoricos da conspiração:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=l4dcFmlmcJE&hl=pt-br&fs=1&]
Algo comum nestas afirmações, é a mistura de fatos com mentiras, ou meias-verdades!
Por exemplo:
Se afirma que tal chip funcionará apenas na mão direita, ou na testa. Não existe nada que
justifique tal afirmação – é invencionisse pura! Quem criou tal argumento, deliberadamente
tenta o encaixar em algumas declarações da Revelação de S. João. Como bem informa o site
e-farsas, “uma prova de que há outros lugares no nosso corpo para se implantar algum
dispositivo é uma notícia que foi publicada na revista Veja, na edição 1.743, de 20 de março
de 2002. Segundo a revista, a empresa Applied Digital lançou em 2002 um micro-chip
chamado de VeriChip, que é implantado no braço ou ombro, e emite a localização exata de
seu portador, no caso de um seqüestro”.
Tecnologia a serviço das pessoas! Um outro detalhe muito bem lembrado no link que
acabamos de citar, é o fato de que “não é necessário se recorrer à chips para abolir o cartão
magnético. O banco Bradesco, por exemplo, começou a utilizar em 2008 um sistema de
autenticação do cliente pela palma da mão! Para retirar dinheiro em um caixa eletrônico, o
cliente coloca a mão aberta em um escaner e esse reconhece a mão e libera a grana. E não
precisa ser necessariamente a mão direita! Pode ser usada qualquer uma das mãos, desde que
essa seja pré-cadastrada no sistema do banco. O sistema reconhece o padrão das veias da mão,
que é único em cada indivíduo, tornando impossível qualquer tipo de fraude!”.
QUE DIZ A BÍBLIA
O texto do Apocalipe nos diz o seguinte: “E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e
pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que
ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou
o número do seu nome”.
Era preciso, para transações comerciais, que todos tivessem “um sinal”, SOBRE a mão
direita, ou SOBRE a fronte. Primeiro, como seria este sinal? O Léxico grego nos dá uma
definição simples e clara:
“um arranhão, ou cicatriz; ou seja, um selo (semelhante ao que identificava os escravos); uma
marca” – Strong.
O Novo Testamento usa este mesmo termo em torno de 9 vezes, até onde pude conferir na
Concordancia da King James. Sendo que 8 delas estão no próprio Apocalipse. A outra
referencia está em Atos 17.29:
“Sendo nós, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade seja semelhante ao
ouro, ou à prata, ou à pedra ESCULPIDA pela arte e imaginação do homem”.
Creio que este exemplo serve para demonstrar qual o significado do termo: um emblema,
um simbolo, algo visivel a olho nú!
Os teoricos da conspiração querem nos fazer crer que isso é um chip, ou coisas semelhantes
(cartão de crédito, código de barras, etc). Todavia, tem algo no texto que pouca gente se dá
conta... O texto diz que tal SINAL poderia ser:
O próprio sinal – algum emblema, tatuagem, cicatriz.
O nome da Besta – ou seja, se a pessoa tivesse o nome da besta grafado em sua mão ou
texta, também serviria para o mesmo fim.
O número da Besta – ou seja, se a pessoa tivesse o número da besta grafado em sua mão ou
testa, também serviria para o mesmo fim.
Literalmente, nada disso fala de um chip, nem de nada que envolta alta tecnologia. Além
disso, a marca era uma das formas de identificação, e poderia coexistir com outros sinais
identificadores: o nome ou o número escrito na mão ou na testa!
O resto é pura ficção! Até mesmo alguns pré-tribulacionistas mais sóbrios, mesmo
imaginando que tal Marca é algo futuro (e não é!), admitem que tais teorias conspiratórias não
podem ser sustentadas pelo texto Bíblico. É o que afirma, por exemplo, o site Chamada da
Meia Noite, um dos mais conceituados portais dispensacionalistas aqui do Brasil:
"A marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os
soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os seguidores das
religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para mostrar que serviam a um
determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.) marcava com o desenho
de uma folha de trevo os judeus que se submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão
ao deus Dionísio (cf. 3 Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar
marcas para tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a prática
de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário (cf. Gl 6.17). O
termo charagma ("marca") também era usado para designar as imagens ou nomes dos
imperadores, cunhadas nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao
emblema da besta colocado sobre as pessoas". – Chamada da Meia Noite; Tomas Ice!
Reflitam sobre isso! Aconselhamos você a conhecer um pouco mais sobre a Escatologia da
Vitória!
Paz e bem!
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Quem é o Editor? Marcelo Lemos Gonçallves, Bacharel em Teologia, pastor, casado com
Meirelene Gonçalves, pai de dois filhos (Yago e Yuri), e membro da Igreja Anglicana
Reformada. Tendo servido ao Senhor por muitos anos nas Assembléias de Deus, hoje lidera a
missão da Comunidade Anglicana Carisma. Edita o Olhar Reformado desde 2009. Site:
www.olharreformado.com
___________________________
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