Física Experimental IV - 2008 Polarização por Reflexão ângulo de

Transcrição

Física Experimental IV - 2008 Polarização por Reflexão ângulo de
Física Experimental IV - 2008
Polarização por Reflexão
ângulo de Brewster
Prof. Alexandre Suaide
Prof. Manfredo Tabacniks
Reflexão e Refração da Luz
fisica.ufpr.br/edilson/cap34.pdf
fisica.ufpr.br/edilson/cap34.pdf
prisma
fisica.ufpr.br/edilson/cap34.pdf
Arco íris
http://www.wunderground.com/blog
Reflexão interna total
Fibra óptica
fisica.ufpr.br/edilson/cap34.pdf
Polarização por reflexão
com polarizador
https://www.camerasdirect.com.au/images/stories/FAQ/CircularPolarizer.jpg
fisica.ufpr.br/edilson/cap34.pdf
fisica.ufpr.br/edilson/cap34.pdf
CONTINUIDADE DE CAMPOS
ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS
NA MUDANÇA DE MEIOS
CONTINUIDADE DO CAMPO ELÉTRICO
E1t
Podem haver cargas
entre os dois meios,
mas o potencial
paralelo à interface
é constante (senão
as cargas se
moveriam ao longo
da interface).
θ1
E1n
meio 1
ε1, µ1, n1
circuito fechado
E2n
superfície gaussiana
θ2
E2t
meio 2
ε2, µ2, n2
CONTINUIDADE DO CAMPO ELÉTRICO NORMAL
E1n
E1t
E1t
E2t
E2t
A superfície “gaussiana” é suficientemente pequena para que
E(x,y,z) não varie de um lado a outro, exceto na mudança de
meios, em que pode ocorrer uma descontinuidade devido às
cargas na interface.
E2n
As únicas
componentes não
nulas vêm das
tampas, uma vez
que E1t e E2t se
lei de
Gauss
carga
livre
r r
∫ εE .d s = q
s
cancelam.
− ε1 E1n + ε 2 E2 n = σ
interface com
densidade de cargas
superficial
− ε1 E1n + ε 2 E2 n = 0
dielétrico, σ = 0
DIELÉTRICO
ε1 E1n = ε 2 E2 n
CONTINUIDADE DO CAMPO ELÉTRICO TANGENCIAL
E1n
c
E1t
E1t
E2t
E2t
lei de
Faraday
∂φ B
=0
∂t
eletrostática
E2n
LE1t − LE2t = 0
E1t = E2t
r r
∂φ B
∫c E.dl = − ∂t
CONTINUIDADE DO CAMPO MAGNÉTICO NORMAL
B1n
B1t
B1t
B2t
B2t
A superfície “gaussiana” é suficientemente pequena
para que B(x,y,z) não varie de um lado a outro.
B2n
lei de Gauss
do magnetismo
r r
∫ B.ds = 0
s
− B1n + B2 n = 0
B1n = B2 n
CONTINUIDADE DO CAMPO MAGNÉTICO TANGENCIAL
B1n
c
corrente concatenada
I = j.L
B1t
B1t
∂φ E
=0
∂t
I
B2t
B2t
L
B2n
 B1t B2t 

 L = j.L
−
 µ1 µ 2 
B1t B2t
−
= j
µ1 µ 2
B1t
B2 t
=
µ1
µ2
lei de
Ampère
eletrostática
r
B r
∂φ E
∫c µ .dl = I + ε ∂t
em dielétricos, j = 0
RESUMO
CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS EM DIELÉTRICOS
ε1E1n = ε 2 E2 n
E1t = E2t
B1n = B2 n
B1t B2t
=
µ1 µ2
Vale para campos estáticos
ou lentamente variáveis. Em
especial para ondas EM.
Define as propiedades da
óptica. A REFLEXÃO e a
REFRAÇÃO
TRANSMISSÃO E REFLEXÃO
DE ONDAS NA MUDANÇA DE
MEIOS
Ondas em dielétricos
ε1, µ1, n1 ε2, µ2, n2
Ao passar de um meio para outro a onda EM tem que satisfazer as 6 condições
c 2π
λ = vT =
ni ω
r
E
r
B
= v =
1
µε
ε1 E1n = ε 2 E2 n
B1n = B2 n
E1t = E2t
B1t B2t
=
µ1 µ 2
Ondas em dielétricos
r
E1
r
B1
Incidência normal
ε1, µ0, n1 ε2, µ0, n2
y
r r
r r
r
E ( x , t ) = E0 sen(k ⋅ x − ωt + δ )
r
k1
r'
k1 r
B1'
z
r
E2
r
B2
r'
E1
x
r
k2
Ao passar de um meio para outro a onda EM tem que satisfazer as condições de contorno. A solução exige que haja uma
onda refletida (com inversão de E) e outra transmitida. Uma vez que a incidência é normal, só existem Et e Bt.
(I) ∑ E
1t
= ∑ E2 t
'
E 01 sen ω t − E 01
sen ω t = E 02 sen ω t
E01 − E01' = E02
(II) ∑ µ
B1t
=∑
1
mas B =
B2t
µ2
→
B1 B´1 B2
+
=
µ0 µ 0 µ0
E
E
E
E ε
=
=
=
v c/n c/ κ
c ε0
ε 1 E01 + ε 1 E´01 = ε 2 E02
'
E01 + E01
=
ε2
E02
ε1
Ondas em dielétricos
Incidência normal
r r
r r
r
E ( x , t ) = E0 sen(k ⋅ x − ωt + δ )
y
z
'
E01 − E01
= E02 (I)
B1,t
µ1
+
B´1,t
µ1
=
B2,t
µ2
com µ1 = µ 2 = µ 0
'
E01 + E01
=
ε2
E02 (II)
ε1
2 ε1
E02
=
E01
ε1 + ε 2
ε
n= κ =
ε0
x
TRANSMISSÃO
E02
2n1
t=
=
E01 n1 + n2
REFLEXÃO
note que se n1 = n2,
isto é, se não houver mudança
de meio, t = 1 e r = 0.
analogamente
'
E01
n2 − n1
r=
=
E01 n2 + n1
Uma vez que Es e Bs estão acoplados pelas leis de Maxwell, uma
vez encontrada uma relação para o campo elétrico implica
automaticamente satisfazer as condições para o campo magnético.
Ondas em dielétricos
Incidência normal
mas a intensidade da onda
depende de E2
I = v.ε .E 2
TRANSMISSÃO
E02
2n1
t=
=
E01 n1 + n2
I inc = v1.ε 1.E01
2
I ref = v1.ε 1.E 01'
2
I trans = v 2 .ε 2 .E02
2
coeficientes de transmissão e
reflexão de potência
REFLEXÃO
'
E01
n2 − n1
r=
=
E01 n2 + n1
I trans
4 n1 n 2
=
T =
I inc
(n1 + n 2 )2
R =
I ref
I inc
=
(n 2 − n1 )2
(n 2 + n1 )2
Ondas em dielétricos
Incidência oblíqua
• os 3 raios são coplanares
• têm mesma freqüência, ω
• têm mesma fase na interface
r
E//
r
ki
r
E//
θi θi
r
E⊥
θt
r
kr
r
E⊥
r
E⊥
η1
η2
r Er
//
kt
Reitz, Milford, Christy. Fundamentos da Teoria Eletromagnética, Ed Campus, 1982:372
Incidência oblíqua em dielétricos
Ei = E0 (xˆ cos θ i − zˆ sin θ i ) e − jk1 ( x sin θ i + z cos θ i )
E r = E0 Γ (xˆ cos θ r + zˆ sin θ r ) e − jk1 ( x sin θ r − z cos θ r )
Et = E 0 Τ( xˆ cos θ t − zˆ sin θ t ) e − jk 2 ( x sin θ t + z cos θ t )
Ondas em dielétricos
Incidência oblíqua
r
E//
r
ki
lei de Snell
η1 sin θ i = η 2 sin θ t
r
E//
θi θi
r
E⊥
θt
r
kr
r
E⊥
r
E⊥
componente perpendicular ao plano de incidência
η1
η2
r r
kt E//
r⊥ =
t⊥ =
η1 cos θ i − η 2 cos θ t
η1 cos θ i + η 2 cos θ t
2η1 cos θ i
η1 cos θ i + η 2 cos θ t
componente paralela ao plano de incidência
r⊥ = 0: polarização total
η2
θ B = arctg
η1
r// =
η 2 cos θ i − η1 cos θ t
η 2 cos θ i + η1 cos θ t
t⊥ =
2η1 cos θ i
η 2 cos θ i + η1 cos θ t
com um ‘pouco’ de manipulação algébrica...
Polarização por reflexão
• Coeficientes de reflexão ( R = I/I0)
tg 2 (θi − θt )
R// = 2
tg (θi + θt )
ni sen (θi ) = nt sen (θt )
R//
Coeficientes de reflexão
sen (θi − θt )
RT =
sen 2 (θi + θt )
2
1,0
0,8
nT = 1,5
RT
0,6
0,4
0,2
0,0
0
20
40
60
ângulo de incidência
80
Polarização por reflexão
• Em um dado ângulo a componente // da luz refletida
tem intensidade 0
Luz totalmente
polarizada na outra
direção (transversal)
tg 2 (θi − θt )
R// = 2
=0
tg (θi + θt )
R//
Coeficientes de reflexão
1,0
0,8
nT = 1,5
RT
0,6
0,4
0,2
θi + θ t = 90o
0,0
0
20
40
60
ângulo de incidência
80
Polarização por reflexão
• O ângulo no qual a luz refletida é totalmente
polarizada é chamado:
– Ângulo de Brewster
θt = 90o − θi
ni sen (θi ) = nt sen ( 90 − θi )
1,0
R//
ni sen (θi ) = nt cos (θi )
 nt 
θi = θ B = arctan  
 ni 
Coeficientes de reflexão
o
0,8
nT = 1,5
RT
0,6
0,4
0,2
0,0
0
20
40
60
ângulo de incidência
80
Objetivos
• Verificar experimentalmente a polarização
por reflexão no acrílico
– Medir e graficar os coeficientes de reflexão R//
e RT em função do ângulo de incidência
– Determinar o ângulo de Brewster e o índice de
refração do material refletor (mínimo de R//)
 nt 
θ B = arctan  
 ni 
Polarização por reflexão
Arranjo experimental para
espectrofotometria Pasco adaptado para
medida de polarização por reflexão.
θ θ
A)
Lucite
θ
B)
mede I0
Cuidado com o alinhamento do sistema
Cobrir o sensor com uma fita crepe para
dispersar a luz incidente (já foi feito).
Usar a fenda no. 5;
Essa geometria é chamada “θ−2θ”.
Mantendo o laser fixo, posicione o
sensor em 2θ e mova o bloco até θ
para ver a luz refletida incidir no sensor.
Reajuste a altura do laser para máximo
sinal. Meça I0 vez por outra para corrigir
eventuais mudanças de intensidade do
laser. Mude o ganho se necessário.
Medir as intensidades I// e IT em função
do ângulo de reflexão. Medir também
I//+IT sem polarizador (controle
redundante);
Graficar de R// e RT como função do ângulo θ.
Ajustar a função teórica esperada.
Vista geral do arranjo para medida do ângulo de brewster
fenda no. 5
polarizador
sensor com uma
capa de fita crepe
para dispersar a luz
incidente
bloco de lucite
lente
sensor
laser
Prender o bloco de lucite com fita crepe.
Afrouxar o parafuso borboleta sob a
plataforma. Ajustar o lucite no diâmetro
da plataforma.
Usar a lente
para prender o
polarizador
Fenda no. 5
Bom compromisso
entre intensidade e
precisão angular
Detalhes do arranjo para medida do ângulo de brewster
1) Ajustar ângulo 2θ
do sensor.
Segurar o trilho
firmemente
2) Ajuste o ângulo θ
do bloco até a luz
laser incidir na fenda.
Manter a porca
borboleta sob a
plataforma levemente
apertada.
4) Regule a altura do
laser para incidir no
centro vertical.
eixo cent
fac
fac
r ior
nt e
a
e
ter
os
ep
3) Há dois raios refletidos.
Centralizar o anterior com
o eixo central do suporte.
Bloquear o raio posterior
com uma fita crepe na
superfície anterior.
ior
fi ta pe
c re
Detalhes do arranjo para medida do ângulo de brewster
Altura do laser ajustado no centro vertical mas
ainda não no centro da fenda.
Altura do laser ajustado no centro vertical.
Ângulo do lucite ajustado com o laser no centro da
fenda (máximo da leitura de sinal do sensor).
Ajustar o ganho x1, X10, x100, do sensor conforme necessário.
Ângulos traseiros = sinal fraco = ganho alto.
Ângulos dianteiros = sinal forte = ganho baixo.
Corrija o valor da medida conforme o ganho utilizado.
Ajuste os ângulos e maximize a leitura.
Ajuste o polarizador meça Rp.
Rode o polarizador em 90°, meça R//
Retire o polarizador, meça R total (medida redundante)
Cuidados especiais
• NUNCA DESLIGAR O LASER
– O Laser é não polarizado mas leva um tempo (algumas horas) para
atingir essa situação e estabilizar.
• Verificar se, de fato, o laser não é polarizado.
• Cobrir o arranjo experimental com o pano preto para evitar
luzes espúrias;
• Organizar a tomada de dados de forma a alternar as medidas
de I0, I// e IT para garantir a correta normalização I///I0 e IT/I0.
• A medida de I//+IT é para controle redundante.

Documentos relacionados