FMMA e EUROMIL - Associação de Praças

NATO NÃO RECEBE REPRESENTANTES MILITARES
Uma delegação do Fórum Mediterrânico* das APM’s, que integra associações
socioprofissionais de militares de Portugal, Espanha, Itália, Chipre e Grécia e fazem
parte integrante da EUROMIL – Organização Europeia de Associações Militares, viu
recusada, hoje, Sábado, dia 20 de Novembro de 2010, pelo Secretariado da Cimeira da
NATO, a entrega de uma Moção aprovada por unanimidade pelas organizações
integrantes deste Fórum Mediterrânico, durante a realização do último Presidium da
EUROMIL que decorreu em Bruxelas nos passados dias 29 e 30 de Outubro.
A delegação era composta por dirigentes da Associação de Praças, Luís Reis e
Carlos Nicolau, e da Associação Nacional de Sargentos, Mário Ramos, Paulo
Contreiras, e ainda António Lima Coelho, também membro da Direcção da
EUROMIL.
Em anexo enviamos a referida Moção que esta delegação pretendia entregar.
Pelo Fórum Mediterrânico de Associações Militares
ANS – Associação Nacional de Sargentos
AP – Associação de Praças
Lisboa, 20 de Novembro de 2010
*
Chipre- CAOA e NCOACA
Espanha-AUME
Itália- AMID, ASSODIPRO e PASTRENGO
Grécia- ETAL e SYSMED
Portugal-ANS e AP
MANIFESTO DO FORÚM MEDITERRÂNICO DAS APM*
É com preocupação crescente que nós, as Associações socioprofissionais militares
(APM) dos Países constituintes do Fórum Mediterrânico da EUROMIL, assistimos
ao uso continuado da repressão cega e autista contra dirigentes e activistas do
associativismo militar, um pouco por todo o Sul da Europa. Na Espanha, apenas um
dirigente conta já mais de sessenta dias de detenção, em Itália instaurou-se
recentemente um processo disciplinar a um dirigente por ter participado em reuniões
da EUROMIL, em Portugal, de 2005 a 2009 foram levantados mais de cinquenta
processos disciplinares, alguns ainda em curso. Em Chipre, ao presidente e secretário
de uma das APM, foram levantados processos disciplinares por delito de opinião.
É contraditório que as APM tenham relações institucionais com a NATO, com o
Parlamento Europeu, com Governos, Parlamentos e Chefias Militares Nacionais,
recebidos em audiência por Ministros e Partidos políticos em todos estes Países, e
que, em simultâneo se tente prejudicar pessoalmente os homens e as mulheres que
são o rosto visível deste esforço, e que mais não fazem que, abnegadamente,
disponibilizarem o seu tempo em prol do bem comum.
É preocupante que, numa altura em que as gravosas medidas económicas impostas
aumentam a crispação social, e mais premente se torna a concertação, se lidem com
os parceiros sociais como se de arruaceiros indisciplinados se tratassem.
O propósito das APM não é minar as Forças Armadas por dentro, mas sim, em
colaboração estreita com Governos e Chefias Militares, fazer um levantamento das
preocupações sentidas pelos militares em geral, e levá-las junto de quem tem meios
para as dirimir/resolver. Pela sua presença constante no terreno, nas unidades
militares, é fácil às APM constatar as dificuldades sentidas, e ao tentar resolvê-las,
contribuir para umas melhores Forças Armadas, o que só pode melhor servir o País.
O Fórum Mediterrânico da EUROMIL apela a todos os Governos, Parlamentos e
Chefias Militares dos seus Países constituintes, para que deixem de encarar o
associativismo socioprofissional militar como inimigo, suspendam de imediato todas
as medidas disciplinares contra os seus membros, e legislem com objectivo de o
tornar legal ou cumpram, de facto, a legislação existente.
Bruxelas, 29 de Outubro de 2010
*
Chipre- CAOA e NCOACA
Espanha-AUME
Italia- AMID, ASSODIPRO e PASTRENGO
Grécia- ETAL e SYSMED
Portugal-ANS e AP
MANIFESTO OF THE MEDITERRANEAN FORUM OF
MILITARY ASSOCIATIONS*
We, the Military Professional Associations (MPA) from the Countries that compose
the Mediterranean Forum of EUROMIL, have been assisting, with growing
concern, to the continued use of blind and autistic repression against leaders and
activists of these MPA, all over the Southern Europe. In Spain, over sixty days of
detention have been imposed to one of the MPA leaders. In Italy a MPA leader was
recently submitted to a disciplinary hearing for taking part of EUROMIL meetings.
In Portugal, over fifty disciplinary proceedings were imposed to MPA leaders and
activists, from 2005 to 2009, some of which still pending. In Cyprus the president
and secretary of MPA were facing disciplinary proceedings because of publishing
their opinions.
It is contradictory that MPAs have institutional relations with NATO, with the
European Parliament, with Governments, Parliaments and National Chiefs of Staff;
that MPAs are received in audience by Ministers and Political Parties in all these
countries and, at the same time, the men and women that are the visible face of this
common effort are being personally harmed by some of these people. These men
and women are guilty of nothing more than selflessly giving their time for the
common good.
It is worrying that when social partners are most needed, due to the uprising social
and economical crisis that followed the imposed severe economic cutbacks, you
deal with social partners as if dealing with dangerous criminals.
MPAs don’t intend to undermine the Armed Forces from within. MPAs intend to,
working closely with the Governments and Military Chiefs, to survey the concerns
felt by the military, and take them to those who have the means to solve/diminish
them.
For MPA members, always close to barracks, it’s easy to perceive the problems
arising and, by trying to solve them, contribute to improve the Armed Forces, which
can only make them better serve the Country.
The Mediterranean Forum of EUROMIL appeals on every Government, Parliament
and Military Authorities, from the Countries that it’s members belong, to stop
facing Military Associations as an enemy, to halt and cancel every disciplinary
proceeding, past or present, against MPA members, and to make laws legalizing
MPA or else really enforce the ones existing.
Brussels, 29th October 2010
*
Cyprus- CAOA and NCOACA
Italy- AMID, ASSODIPRO and PASTRENGO
Greece- ETAL and SYSMED
Portugal-ANS and AP
Spain-AUME