performance desportiva - CIDESD

Transcrição

performance desportiva - CIDESD
VOLUME 1, NÚMERO 1
JULHO-SETEMBRO DE 2009
PERFORMANCE DESPORTIVA
BOLETIM TÉCNICO-CIENTÍFICO
PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DO CENTRO DE INVESTIGAÇÃO EM DESPORTO,
SAÚDE E DESENVOLVIMENTO HUMANO (ISSN 1647-3280)
EDITORES - JAIME SAMPAIO; MÁRIO MARQUES; ANTÓNIO SILVA
Editorial
Actualmente, as performances desportivas de sucesso são suportadas por conhecimentos e competências
oriundas de várias ciências, Desta forma, exige-se que os treinadores tenham uma visão e trabalhem num
ambiente multidisciplinar pois, perante a mesma situação, podem ter diferentes perspectivas (fisiológica,
técnica, táctica, psicológica,...) com diferentes interacções. O apoio da ciência é fundamental para que este
processo se desenvolva, contudo e apesar de vários esforços, a comunicação entre cientistas e treinadores
permanece ainda pouco explorada. De facto, é necessário um compromisso efectivo de ambas partes no sentido
de repensar o processo e aceitar a necessidade (urgência) de um ambiente multidisciplinar que só se pode criar
e desenvolver com esforços e participações multidisciplinares. O Boletim técnico-científico Performance
Desportiva tem como objectivo ser um elo de ligação entre estes dois pólos, ao publicar material que combina
resultados provenientes do conhecimento científico mais actual com as aplicações práticas e competências
profissionais. Pretende também ser um espaço de primeiro contacto entre cientistas e treinadores desportivos e
um espaço de divulgação da formação científica e profissional no âmbito da Performance Desportiva.
Os Editores,
Utilização de software de codificação video.
Nos Jogos Desportivos
Colectivos, a preparação
das
competições
é
substancialmente baseada
na análise dos pontos fortes
e fracos dos adversarios a
defrontar. A utilização de
videogramas
com
informação relativa às
estruturas e organização
ofensiva e defensiva das
equipas e aos detalhes mais
relevantes dos jogadores, é
um dos factores mais
importantes para o sucesso.
Tradicionalmente,
as
equipas técnicas dispõem
de técnicos que realizam
este processo através de
video montagens, primeiro
em formato tipo VHS e
posteriormente em formato
tipo DVD. O processo
consome demasiado tempo
e dificilmente se conseguem
resultados eficázes pois a
selecção da informação
dificilmente obecedece a
algum critério. Nos últimos
tempos, o aparecimento de
software de codificação
video
tem
permitido
melhorar substancialmente
este processo, de forma a
que os técnicos possam
centram mais as suas
preocupações na qualidade
da informação a recolher e
transmitir aos jogadores.
Este tipo de aplicações
informáticas requer só que
se codifiquem as situações
a analisar (na figura) e
ficam
imediatamente
d i s p on ív e i s
p a ra
se
editarem . Está agora ao
alcance de um ―click‖, a
produção de um video com
todas as posses de bola da
Equipa X em que participou
o Jogador Y e terminaram
com sucesso, ou todas as
acções defensivas em que
participaram os Jogadores Z
e W. As vantagens da
utilização deste tipo de
ferramentas são muitas,
ainda mais quando se
podem armazenar e utilizar
os dados de todos os jogos
da época desportiva. Com
estas
p o s s i bi l i d a d e s ,
afiguram-se novos desafios
para a investigação e o
treino
nos
Jogos
Desportivos Colectivos.
Gil Couto
Mestrando em Jogos Desportivos Colectivos na Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro, Vila Real
[email protected]
Neste número:
Vantagem casa no
Basquetebol
2
Nado ―na cola‖
3
Posições do corpo em
paralelas assimétricas
4
O treino da força em
crianças e jovens
5
Tonificar a parede abdominal
6
Analistas do jogo de
Voleibol
7
Genética e performance
desportiva
8
Performance no Râguebi
9
PERFORMANCE DESPORTIVA
PÁGINA 2
A vantagem casa no Basquetebol está
associada à posição específica dos jogadores.
Jaime Sampaio
CIDESD
Universidade de
Trás-os-Montes e
Alto Douro, Vila
Real.
[email protected]
“OS EFEITOS DE
JOGAR EM CASA
ESTÃO MAIS
PRESENTES NAS
TAREFAS COM
SUPORTE MAIS
COORDENATIVO
(ASSISTÊNCIAS E
LANÇAMENTOS DE 3
PONTOS) DO QUE
CONDICIONAL
(DESARMES DE
LANÇAMENTO,
RESSALTOS,
FALTAS)”
A vantagem casa é um dos
factores que mais
influência o desfecho final
das competições
desportivas, contudo as
causas que suportam este
facto são ainda pouco
conhecidas. No
Basquetebol de alta
competição, os estudos
disponíveis referem que
as equipas que jogam em
casa vencem em média
aproximadamente 60%
dos jogos disputados.
Nestas equipas identificam
-se maior número de
comportamentos
assertivos em competição,
tais como ressaltos, roubos
de bola e desarmes de
lançamento. Num estudo
recente, foram
identificadas várias
diferenças nos efeitos da
vantagem casa em função
da posição específica dos
jogadores de Basquetebol.
Foram analisados os
registos da performance
em jogo de 493 bases
(posições 1 e 2), 485
extremos (posições 3 e 4)
e 233 postes (posição 5) na
Euroliga Europeia. Os
jogadores bases tiveram
melhores prestações nos
jogos em casa,
especificamente nos
lançamentos de 3 pontos
convertidos, ressaltos
defensivos, assistências,
roubos de bola, desarmes
de lançamento e faltas
cometidas. Os jogadores
extremos tiveram
melhores prestações nos
jogos fora, nos lanceslivres convertidos,
assitências, roubos de
bola e faltas cometidas.
Nos jogadores postes não
se identificaram
diferenças. Foi sugerido
que os efeitos de jogar em
casa estão mais presentes
nas tarefas com suporte
mais coordenativo
(assistências e
lançamentos de 3 pontos)
do que condicional
(desarmes de lançamento,
ressaltos, faltas) e que os
jogadores que actuam
mais perto do cesto estão
menos susceptíveis ao
efeito da vantagem casa.
As maiores diferenças
foram identificadas nos
jogadores bases,
provavelmente devido à
necessidade de
simultaneamente terem
tarefas de organização das
combinações ofensivas
das equipas. Como nos
jogos disputados fora,
podem estar mais sujeitos
à pressão dos adversários
e do ambiente do jogo, é
provável que procurem
envolver mais no jogo os
jogadores extremos. Estes
resultados podem servir
para tomar decisões mais
objectivas na preparação
dos jogos em casa e fora.
Referência
Sampaio, J.; Ibáñez, S.;
Gómez, M.; Lorenzo, A.;
Ortega, E. (2008) Game
location influences
basketball players’
performance across
playing positions.
International Journal of
Sport Psychology, 39,205216.
VOLUME 1, NÚMERO 1
PÁGINA 3
O nado “na cola” em Natação.
No campo desportivo,
todas as situações em que
um atleta se desloca
imediatamente atrás de um
outro são denominadas de
drafting. Esta situação
pode ocorrer em vários
d e s p o r t o s ,
nomeadamente,
no
ciclismo, no atletismo, no
triatlo, na natação de
águas abertas, … Apesar
das situações de drafting
não ocorrerem de uma
forma tão pronunciada em
natação pura desportiva,
pelo facto dos nadadores
se deslocarem cada um
em pistas independentes,
esta situação ocorre com
muita frequência durante o
treino dos nadadores.
Efectivamente, por razões
de limitação de espaço e
de
tempo,
vários
nadadores
treinam
simultaneamente
na
mesma pista, o que pode
provocar situações de
drafting.
Com
este
resumo,
pretende-se chamar a
atenção dos nadadores
para o efeito que o nado
em situação de drafting
pode provocar no arrasto
hidrodinâmico sofrido
pelo nadador que se
desloca atrás e, por
conseguinte, o efeito que
pode ter na intensidade do
seu esforço.
Para concretizar este
objectivo, foi simulado
computacionalmente o
nado de dois nadadores
em situação de drafting,
utilizando-se distâncias
entre eles de 0.5m até 8m.
Numa situação em que um
nadador se desloca com
uma distância mínima de
0.5m do da frente, foi
encontrado um valor
médio
no
arrasto
hidrodinâmico
de
aproximadamente metade,
quando comparado com o
arrasto sofrido pelo 1º
nadador. Por outro lado, à
medida que a distância
entre os dois nadadores
vai aumentado, a força de
arrasto sofrida pelo 2º
nadador
tende
a
aproximar-se do valor
encontrado
para
o
nadador da frente. Quando
os
nadadores
se
encontram a 6m de
distância, o arrasto sofrido
pelo 2º nadador ainda é
apenas 85% do sofrido
pelo nadador que lidera, o
que nos parece um dado
significativo, pois esta é
uma distância que à
partida seria aceitável
para separar os nadadores
na mesma pista.
O passo seguinte do nosso
trabalho foi verificar a que
distância de nado é que os
nadadores se encontravam
nas mesmas condições de
treino. Assim, através de
p r o c e d i m e n t o s
matemáticos e para uma
velocidade de nado de 1.6
m/s (equivalente a realizar
1’02’’50 a cada 100m), foi
encontrado o valor de
aproximadamente 8m.
Desta forma, foi possível
predizer
que
uma
distância de fila de 6m
provoca
um
arrasto
hidrodinâmico no nadador
detrás de ≈85% daquele
sofrido pelo nadador da
frente. Como sugestão
para a organização de
séries típicas de treino em
natação pura, podemos
referir que o nadador que
segue atrás deverá iniciar
o nado apenas quando o
nadador da frente atingir
os 10m de distância à
parede de partida, em vez
dos 5m de distância que
usualmente são utilizados
no treino de nadadores.
Esta distância permitirá
que ambos os nadadores
se encontrem nas mesmas
condições hidrodinâmicas.
Todavia, no que se refere
às competições de nado
em águas abertas, os
atletas
podem
tirar
enormes vantagens do
nado em drafting.
Referência
Silva, A.J., Rouboa, A.,
Moreira, A., Reis, V.,
Alves, F., Vilas-Boas, J.P.,
Marinho, D. (2008). Analysis of drafting effects in
swimming using computational fluid dynamics. Journal of Sports Science and
Medicine, 7(1), 60-66.
Daniel A. Marinho1,2
António J. Silva2,3
[email protected]
1 Universidade da
Beira
Interior,
Covilhã.
2. CIDESD
3. Universidade de
Trás-os-Montes e
Alto Douro, Vila
Real.
“...UMA
DISTÂNCIA DE
FILA DE 6M
PROVOCA UM
ARRASTO
HIDRODINÂMIC
O NO NADADOR
DETRÁS DE
≈85% DAQUELE
SOFRIDO PELO
NADADOR DA
FRENTE.”
PERFORMANCE DESPORTIVA
PÁGINA 4
Evolução das posições do corpo utilizadas em Paralelas
Assimétricas. A influência do Código de Pontuação.
José Ferreirinha
CIDESD
Universidade de
Trás-os-Montes e
Alto Douro, Vila
Real.
[email protected]
“OS
SUCESSIVOS
AUMENTOS DA
DISTÂNCIA
ENTRE OS
BANZOS
DITARAM UM
AUMENTO NO
NÚMERO DE
ELEMENTOS
COM A
POSIÇÃO
ALONGADA DO
CORPO”
Os aparelhos de Ginástica
Artística
têm
sido
continuamente actualizados
com o objectivo de garantir
aos ginastas as melhores
condições de prática. Nas
paralelas assimétricas (PA), a
evolução no afastamento
permitido entre os dois
banzos permitiu a realização
de elementos diferentes e a
execução de outros com maior
amplitude,
dada
a
possibilidade das ginastas
utilizarem uma posição mais
estendida
do
corpo,
promovendo prestações de
maior
dificuldade
e
complexidade.
Outra
característica evolutiva que
t a m b é m d et e r m i n o u o
progresso no tipo e forma dos
elementos
executados,
relaciona-se com a forma dos
banzos, que eram ovais até
aos anos 90, e passaram a ser
redondos. Por estas razões e
pela evolução natural da
modalidade, os elementos
executados nas PA têm-se
aproximado cada vez mais dos
que apresentam os homens na
barra fixa em Ginástica
Artística Masculina.
A partir da edição de 2001, o
Código de Pontuação (CP)
passou a exigir que as
ginastas incluíssem nos
exercícios de PA elementos
―in bar‖, entendidos como os
elementos nos quais o centro
de gravidade das ginastas se
encontra próximo do banzo de
execução. Por um lado,
verifica-se uma tendência
para a utilização mais
alongada do corpo (1ª figura),
originada pela evolução do
aparelho e aproximação à
Ginástica Artística Masculina
e, por outro lado, a utilização
de elementos ―in bar‖,
imposta pelo CP, obriga à
utilização de uma postura
fechada do corpo (2ª figura).
Num estudo que analisou os
elementos ―in bar‖ e as
posturas utilizadas pelas
ginastas finalistas de
campeonatos do mundo e
Jogos Olímpicos entre 1989 e
2008, observou-se um
progressivo aumento dos
elementos ―in bar‖ de 0.80
para 4.48 e dos elementos
executados com posição
fechada do corpo de 8.15
para 14.29, enquanto os
elementos executados com
posição estendida do corpo
evoluiu de 6.45 para 9.71 até
2001, tendo depois diminuído
para 8.38. Com base nestes
resultados, houve um claro e
t a l v e z
a b u s i v o
aproveitamento da utilização
de elementos que, sendo
diferentes à luz do CP, têm
origem numa única técnica
de execução.
Por exemplo, um ―stalder‖ ou
um ―endo‖, cuja execução
simples é um elemento com
uma técnica específica, pode
dar orig em a vário s
elementos, mantendo a
mesma técnica de execução e
acrescentando 180º, 360º ou
540º de rotação no eixo
longitudinal ou, ainda,
executando com os membros
inferiores unidos entre os
membros superiores. Parece
haver nesta situação alguma
incoerência nas regras e
orientações estabelecidas
pelo actual CP que importa
explicar. Por um lado, não
permitem a repetição de
elementos, pelo menos para
contabilizar na dificuldade do
exercício, o que denota a
necessidade das atletas
d o m i n a r e m
e ,
consequentemente,
apresentarem elementos
mais diversificados nos seus
exercícios. Por outro lado,
p e r m i t e m à s g i n a s t as
apresentar a quantidade
desejada de elementos do
mesmo grupo de estrutura,
facultando-lhes
a
possibilidade de domínio de
um menor número de
técnicas.
O comité técnico masculino da
Federação Internacional de
Ginástica, tendo-se deparado
precisamente com este
problema no ciclo anterior,
resolveu esta situação com o
actual CP de Ginástica
Artística Masculina, limitando
ao máximo de 4 elementos do
mesmo grupo de estrutura e,
no caso específico dos
elementos ―in bar‖, passou a
considerar igual um elemento
executado com os membros
inferiores unidos ou afastados.
A razão para tais mudanças
prende-se exactamente com
aquilo que começamos a
assistir actualmente na
Ginástica Artística Feminina:
os exercícios são compostos
por tantos elementos ―in bar‖
e, portanto parecidos, que se
tornam monótonos.
Em suma, os sucessivos
aumentos da distância entre os
banzos ditaram um aumento
no número de elementos com
a posição alongada do corpo,
ou seja, uma tendência do
desenvolvimento das PA com
primazia para a execução de
elementos em posição
alongada do corpo. A regra
que obrigou as ginastas a
incluir um elemento ―in bar‖
no exercício inverteu esta
tendência, traduzindo-se, não
só num aumento significativo
do número de elementos com
a posição fechada do corpo,
mas também numa declarada
prioridade para a execução de
elementos em posição fechada
relativamente ao número de
elementos com a posição
alongada do corpo.
Referência
Ferreirinha, J., Silva, A. J., &
Marques, A. (2008). Evolução
da posição do corpo utilizada
em paralelas assimétricas influência dos elementos ―in
bar‖. Revista Brasileira de
Cineantropometria
&
Desempenho Humano, 10, 386
-392.
VOLUME 1, NÚMERO 1
PÁGINA 5
O treino da força em crianças e jovens.
O trabalho de força é um
processo de treino físico
fundamental na procura de
um rendimento superior
durante a competição,
sendo que não deve ser
descurado nos escalões de
formação. Este treino permite ao atleta apresentar
um menor risco de contrair
lesões, permite a protecção do aparelho locomotor, a melhoria da coordenação, permite combater erros técnicos e,
fundamentalmente, possibilita a preparação do
jovem atleta para trabalhos de força futuros. Neste
sentido, apesar de ser
praticamente impossível
fixarem-se normas de cargabilidade geral sem antes se ter efectuado uma
análise da preparação precedente, um programa de
treino de força em crianças e jovens deve incluir
as seguintes recomendações:
- Exercícios que envolvam
grupos musculares isolados (ex.: extensão de
pernas);
- Exercícios mais complexos, nos quais participem mais unidades articulares (ex.: agachamento).
Estes implicam uma maior
coordenação e equilíbrio,
pelo que devem desempenhar um importante
papel no programa de
treino;
- Evitar exercícios tipicamente excêntricos, uma
vez que a fase excêntrica é
trabalhada em quase todos
os movimentos;
- A força explosiva pode
ser desenvolvida com a
utilização de cargas livres
e máquinas, ou através da
realização de exercícios
pliométricos, visto que
esta manifestação da força
é essencial na globalidade
dos desportos.
Contudo, se o treino de
força se mostra justificado,
exige também cuidados
acrescidos,
nomeadamente com a intensidade/
volume das cargas aplicadas sobre a criança ou
jovem. Desta forma, uma
relação harmoniosa entre
o trabalho de base e trabalho específico deve ser
atendido, bem como
deverá privilegiar-se o
volume face à intensidade.
O treinador deverá, sempre que possível, não efectuar o treino de força em
dois dias consecutivos,
nem realizar mais de três
unidades de treino por
semana.
Referência
Marques, M.C. (2004). O
trabalho de força no alto
rendimento desportivo: da
teoria à prática. Lisboa:
Livros Horizonte.
Mário Marques 1,2
[email protected]
Daniel A. Marinho1,2
1 Universidade da
Beira
Interior,
Covilhã.
2. CIDESD
“MENOR RISCO
DE CONTRAIR
LESÕES,
PROTECÇÃO DO
APARELHO
LOCOMOTOR,
MELHORIA DA
COORDENAÇÃO,
COMBATER ERROS
TÉCNICOS E
PREPARAR PARA
TRABALHOS DE
FORÇA FUTUROS.”
PERFORMANCE DESPORTIVA
PÁGINA 6
Diferenças entre tonificar a parede abdominal no solo e
numa fitball.
Tiago Barbosa
Ana Cruz
Departamento
de
Desporto,
I n s t i t u t o
Politécnico
de
Bragança
CIDESD
[email protected]
“INDIVÍDUOS
COM ELEVADOS
NÍVEIS DE
APTIDÃO FÍSICA
PODEM OBTER
MAIS
BENEFÍCIOS
CASO SE
EXERCITEM
COM RECURSO A
SUPERFÍCIES
INSTÁVEIS,
COMO É O CASO
DA FITBALL”
Os exercícios de abdominais
são
uma
componente
essencial do treino. Além do
mais, o correcto alinhamento
do esqueleto axial está
relacionado com a adequada
tonificação
dos
músculos
posturais, como é o caso dos
que constituem a região
abdominal.
Inclusive
nas
actividades da vida diária ou
quotidiana.
Com efeito, é crescente o
número de propostas de
treino da parede abdominal
com recurso a superfícies
instáveis. Uma das soluções
mais recorrentes é a utilização
da ―bola suíça‖, também
denominada de ―Fitball‖. A
Fitball
é
utilizada
regularmente em programas
de reabilitação, em sessões
de Fitness, assim como, nos
treinos
de
algumas
modalidades
desportivas
relacionadas
com
a
performance.
Este
equipamento é utilizado para
desenvolver
o
equilíbrio,
estimular
adaptações
proprioceptivas e promover o
desenvolvimento da força
muscular. O exercício de
abdominais no solo (curl up) é
tido como o exercício de
referência para a exercitação
da parede abdominal. Este
exercício deve envolver uma
contribuição
mínima
dos
músculos flexores da anca e
estimular principalmente a
musculatura abdominal como
sejam o recto abdominal e os
oblíquos.
Durante a exercitação do curl
up no solo, é pedido ao sujeito
para estar em decúbito dorsal
sobre um colchão ou tapete,
com um ângulo entre as
pernas e as coxas de 90º. As
superfícies
plantares
em
contacto com o colchão à
largura dos ombros e as mãos
próximas dos lóbulos das
orelhas. Pede-se então que
faça a flexão do tronco até que
as escápulas deixassem de
tocar no colchão. Depois
disso, o sujeito retoma a
posição inicial.
Já no caso de exercitação na
Fitball, é escolhida uma bola
com um diâmetro ajustado à
estatura do executante. O
sujeito coloca-se em decúbito
dorsal, apoiados na bola, com
um ângulo de 90º entre as
pernas e as coxas, as
superfícies
plantares
a
contactar com o solo à
largura dos ombros e as mãos
próximas dos lóbulos das
orelhas. É solicitada a flexão
do tronco até as omoplatas
atingirem
a
tangente
imaginária
da
projecção
horizontal da Fitball e, em
seguida, retoma a posição
inicial.
Existindo desde logo estas
duas possibilidades, colocase a questão de quais as
repercussões em termos de
estimulação
dos
grupos
musculares
em
causa
utilizando as duas formas de
treino (solo versus Fitball).
Para
o
efeito,
a
electromiografia proporciona
um método válido e fiável
para avaliar o nível de
activação neuromuscular dos
grupos musculares a estudar
em
cada
condição.
A
electromiografica consiste no
registo
e
análise
da
actividade
eléctrica
dos
grupos musculares a quando
da sua estimulação.
Ao comparar-se a cinemática
segmentar, entre as duas
formas de exercitação, o
ângulo mínimo de flexão da
anca é inferior durante a
execução no solo do que na
Fitball. Do mesmo modo, o
ângulo mínimo de flexão da
coluna lombar também é
inferior durante a execução
no solo do que na Fitball. Este
padrão
deve-se
provavelmente
à
Fitball
fornecer
uma
superfície
instável. Como consequência,
a amplitude dos movimentos
do sujeito diminui a fim de
manter o equilíbrio do corpo
em cima da bola.
Relativamente à actividade
neuromuscular, esta é superior
quando o exercício se realiza
na Fitball do que no solo em
diversos grupos musculares
(p.e. recto femoral, oblíquo
externo, oblíquo interno, etc.).
Superfícies instáveis, tais como
a Fitball, geram uma maior
activação não só para a flexão
do tronco. Também ocorre
uma maior activação do recto
femoral exercitando-se no
equipamento em causa. Esta
activação servirá de igual
modo para estabilizar o corpo
ao longo da exercitação.
Em síntese, os técnicos de
desporto podem aumentar a
eficácia da sua prescrição para
tonificar
os
músculos
abdominais
tendo
em
consideração a aptidão física
dos
praticantes.
Nomeadamente, com base no
tipo
de
exercício
e
equipamentos propostos para
a respectiva exercitação. Por
exemplo,
indivíduos
com
elevados níveis de aptidão
física podem obter mais
benefícios caso se exercitem
com recurso a superfícies
instáveis, como é o caso da
Fitball.
Referencia
Fernandes E, Oliveira M, Cruz
AM, Vila-Chã CJ, Silva AJ,
Rocha J, Barbosa TM (2009).
Comparação cinemática e
neuromuscular
de
um
exercício de abdominais no
solo e na Fitball. In: Vaz MA,
Piloto PA, Reis Campos JC
(eds). 3º Congresso Nacional
de Biomecânica. pp. 473-477.
Instituto
Politécnico
de
Bragança. Bragança.
VOLUME 1, NÚMERO 1
PÁGINA 7
Análise e analistas do jogo de Voleibol.
Os treinadores de Voleibol utilizam a
análise do jogo como um processo
complementar ao estudo da sua equipa e
dos adversários. Os resultados de um
estudo recente, evidenciaram que nas
equipas portuguesas são os treinadores
principais e adjuntos que realizam estas
tarefas, enquanto que as selecções
nacionais de alto-nível habitualmente
contam com um ou dois especialistas para
realizarem estas funções. De uma forma
geral, todos os treinadores transmitem a
informação que resulta da análise do jogo
durante os treinos com mais de 48h de
antecedência, utilizando com muita
frequência
imagens
video
para
complementar os resumos quantitativos
dos jogos analisados. Os treinadores das
selecções
nacionais
de
alto-nível
observam todos os jogos das equipas
adversárias, enquanto que os treinadores
das equipas portuguesas, por vezes, só
fazem a análise aos últimos 3 jogos das
equipas a defrontar, só analisam os
adversários mais fortes ou só analisam
mesmo a própria equipa. Quase todas as
equipas portuguesas continuam a utilizar
fichas de notação manual, mesmo tendo
conhecimento das novas tecnologias
aplicadas à análise do jogo. As selecções
nacionais de alto-nível utilizam software
capaz de recolher, armazenar e reportar
informação em tempo real sobre a
prestação individual e colectiva das duas
equipas como por exemplo, acerca das
tendências na distribuição, do ataque, do
bloco e do serviço. Este tipo de
informação torna-se bastante útil para
regular a competição, para melhorar a
definição de conteúdos e para controlar
o processo de treino. Todos os
treinadores consideram necessário que
existam
especialistas
só
para
desempenhar estas funções, contudo,
ainda é necessário definir bem o perfil
de competências destes analistas do
jogo. De facto, tratam-se de especialistas
com conhecimentos informáticos e
estatísticos,
mas
sobretudo
com
elevados conhecimentos estratégicos e
tácticos acerca do jogo que analisam, no
sentido de serem capazes de o
descreverem de forma exaustiva e
simultaneamente de o reduzirem às suas
componentes
mais
determinantes.
Requere-se também que o trabalho de
análise se estenda no tempo e que
constituam bases de dados multimedia
capazes de traçar e comparar perfis de
comportamento utilizando multiplos
critérios
e
variáveis
de
várias
dimensões. Adicionalmente, também
tem que se estender ao processo de
treino,
por
exemplo,
permitindo
contabilizar acções, combinações e
eficácias, que se constituem como
factores determinantes para elevar a
concentração e motivação dos jogadores
e funcionam como uma retroacção
fundamental para auxiliar os treinador a
dirigir as sessões de treino.
Referencia
João P. V. (2008) Análise do Jogo de
Voleibol de alto-nível. Dissertação de
Doutoramento, UTAD, Vila Real.
Paulo Vicente João1,2
[email protected]
Jaime Sampaio1,2
1. CIDESD
2. Universidade de
Trás-os-Montes e
Alto Douro, Vila
Real.
“...TRATAM-SE DE
ESPECIALISTAS
COM
CONHECIMENTOS
INFORMÁTICOS E
ESTATÍSTICOS,
MAS SOBRETUDO
COM ELEVADOS
CONHECIMENTOS
ESTRATÉGICOS E
TÁCTICOS ACERCA
DO JOGO QUE
ANALISAM.”
PERFORMANCE DESPORTIVA
PÁGINA 8
A genética e a variabilidade inter-individual na
performance desportiva.
Aldo M. Costa1,2
António J. Silva2,3
[email protected]
1 Universidade
da Beira Interior,
Covilhã.
2. CIDESD
3. Universidade
de
Trás-osMontes e Alto
Douro, Vila Real.
“O DESAFIO
ACTUAL É SABER
QUAIS OS GENES
DETERMINANTES
IDENTIFICAR AS
SUAS VARIAÇÕES
POLIMÓRFICAS E
DESCREVER POR
QUE
MECANISMOS
EXERCEM OS
SEUS EFEITOS EM
DETERMINADO
FENÓTIPO.”
Ao longo de várias décadas,
inúmeros
investigadores
reconheceram características
fisiológicas importantes ao
desempenho desportivo e
descreveram a sua resposta
típica ao treino. O relato
desses dados normativos não
é mais um desafio para as
Ciências do Desporto. Não
obstante a importância desse
conhecimento, ainda subsiste
de
forma
errónea
o
verdadeiro significado do
valor
médio
dessas
características. Na realidade
ninguém
corresponde
à
média; esse valor médio não é
mais do que o resultado da
análise de muitos indivíduos
agrupados,
usado
como
referência ou ponto de partida
para a nossa intervenção. A
média encobre a verdadeira
extensão da variabilidade que
podemos encontrar numa
dada população de atletas se
apresentarmos os valores
individuais que estabelecem
esse mesmo valor médio.
Assim, este desvio padrão da
variância é conhecido por
variabilidade inter-individual.
Mas o que é que esse conceito
de variabilidade associada ao
desporto tem a ver como a
genética? A resposta a essa
questão reside na origem
dessa mesma variabilidade. A
variação
de
determinada
característica (fenótipo), por
exemplo o VO2máx, explicase pela influência genética em
combinação com factores
ambientais de diversa ordem,
contando
ainda
com
o
provável erro experimental
associado ao registo do
respectivo fenótipo. Existem
fenótipos
quase
exclusivamente hereditários,
como a cor dos olhos, mas
temos outros que resultam da
influência conjunta de factores
genéticos com determinados
contextos que são essenciais à
expressão de determinado
gene – p.e. o treino e a
alimentação na melhoria da
força muscular.
Concentrando
a
nossa
atenção
nos
factores
genéticos,
sabemos
da
existência de cerca de 23000
genes comuns a todos nós.
No entanto, o que diferencia o
campeão olímpico de todos
os outros está na ligeira
variação da estrutura desses
genes que afectam a sua
funcionalidade
e,
por
consequência, a manifestação
de determinado fenótipo
mensurável. Essa variação na
sequência de nucleótidos,
designada por polimorfismo,
é o que os torna únicos (em
parte) e diferentes de todos
os outros. Cremos, sem
qualquer dúvida, que será
apenas
possível
o
aparecimento de atletas de
expressão
física
extraordinária em condições
de rara convergência entre
factores
genéticos
e
ambientais.
Nos últimos dez anos, pelo
desenvolvimento evidente da
genética molecular e das
tecnologias a ela associadas,
tem
sido
possível
a
identificação de alguns dos
genes responsáveis pelo
potencial atlético.
O desafio actual é saber quais
os
genes
determinantes,
identificar as suas variações
polimórficas e descrever por
que mecanismos exercem os
seus efeitos em determinado
fenótipo. Uma abordagem
comum estará no estudo de
genes candidatos, que resulta
do exame prévio da literatura
científica
disponível,
sugerindo a importância de
determinado
sistema
na
regulação fisiológica de um
dado fenótipo. Estuda-se,
portanto, a relação entre a
variante polimórfica do gene
candidato e a magnitude
consequente de um fenótipo
particular. Pelo papel que
terá no sistema reninaangiotensina-aldosterona, o
gene do enzima conversor da
angiotensina
(geralmente
conhecido por gene do ECA) e
em particular o polimorfismo
I/D, tem sido um dos mais
estudados. De facto, o trabalho
que
temos
vindo
a
desenvolver com atletas de
elite
Portugueses
tem
confirmado
algumas
das
considerações descritas na
literatura
científica
de
referência. O polimorfismo I/D
do gene do ECA parecer
induzir a orientação desportiva
para
determinada
especialidade
(eventos
competitivos de curta ou de
média/longa
duração),
embora apenas entre atletas já
de elevado nível desportivo.
Do
mesmo
modo,
este
polimorfismo
parece
influenciar a força muscular
em determinados parâmetros
e sobretudo nas mulheres. Por
último, parece exercer uma
influência
ao
nível
das
diferenças
inter-individuais
relativas
a
capacidade
aeróbia, nomeadamente na
propensão
para
o
seu
desenvolvimento. O carácter
batedor
desta
linha
de
investigação no âmbito das
Ciências do Desporto oferece
o potencial de facilitar novas
descobertas, que alargarão o
nosso conhecimento relativo a
fisiologia do exercício e dos
aspectos
físio-patológicos
decorrentes da sua prática.
Adivinhamos, por isso, futuras
aplicações
resultantes
e
noções mais profundas dos
mecanismos que controlam
muitas das variáveis mais
determinantes e estudadas no
âmbito
da
performance
desportiva.
Referência
Costa AM, Silva AJ, Garrido
ND, Louro H, Oliveira RJ,
Breitenfeld LG. Association
between ACE D allele and
elite short distance swimming.
European Journal of Applied
Physiology, 2009 (in press).
VOLUME 1, NÚMERO 1
PÁGINA 9
Performance no Râguebi de alto-rendimento.
O desenvolvimento actual e o nível
competitivo alcançado no jogo de
râguebi têm exigido níveis de
performance cada vez mais
elevados, facto que atribuem cada
vez mais importância ao processo de
análise do jogo. Num estudo
recente, foi possivel identificar as
variáveis de acções do jogo (passes
realizados, penalidades concedidas,
recuperação de bola,...) e as do
resultado (ensaios, conversões,
pontapés de penalidade) que
discriminaram as equipas que
venceram das equipas que
perderam os jogos da International
Rugby Board e do Super12. Estas
diferenças variaram em função da
diferença pontual final dos jogos
(equilibrados, desequilibrados e
muito desequilibrados). Os
resultados permitiram verificar que
os jogos equilibrados foram os que
ocorreram em maior número e que o
maior contributo para o resultado
final adveio da marcação de ensaios.
As equipas que venceram estes
jogos, defenderam mais (realizaram
mais placagens), cometeram menos
erros na utilização da posse de bola
e variaram mais as suas formas de
jogo (maiores frequências de jogo á
mão e jogo ao pé). Nos jogos
desequilibrados, as equipas que
venceram os jogos ganharam mais
bolas no alinhamento e foram
mais eficazes na defesa (menos
placagens falhadas). Nos jogos
muito desequilibrados, as
equipas
que
venceram
concederam mais penalidades,
realizaram mais e falharam
menos placagens. Este conjunto
de resultados permitiu verificar
que as performances de sucesso
v a r ia r a m e m f un ç ã o d o
campeonato (International Rugby
Board e do Super12), facto que
sugere a utilização de diferentes
ritmos e estilos de jogo para
conseguir o mesmo objectivo. A
modelação das performances de
sucesso, quando devidamente
contextualizada, pode contribuir
para uma definição das
orientações estratégicas gerais
das equipas e contribuir para
qualificar o processo de treino e
direção das competições.
Referencia
Vaz; L. (2009). Análise do Jogo de
Râguebi. Identificação das
variáveis de acções do jogo e de
resultado que discriminam
vitórias e derrotas nos jogos IRB
e Super 12 . Dissertação de
Doutoramento. UTAD- Vila Real.
Formação Profissional
Luís Vaz
CIDESD
Universidade de
Trás-os-Montes e
Alto Douro, Vila
Real.
[email protected]
“AS EQUIPAS QUE
VENCERAM JOGOS
EQUILIBRADOS,
DEFENDERAM MAIS
(REALIZARAM MAIS
PLACAGENS),
COMETERAM MENOS
ERROS NA UTILIZAÇÃO
DA POSSE DE BOLA E
VARIARAM MAIS AS
SUAS FORMAS DE JOGO
(MAIORES
FREQUÊNCIAS DE
JOGO Á MÃO E JOGO
AO PÉ).”
PERFORMANCE DESPORTIVA
Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano
O Boletim técnico-científico Performance Desportiva é um boletim técnico-científico que tem o objectivo de publicar material que combine os resultados provenientes do conhecimento científico
mais actual com as aplicações práticas e o conhecimento profissional. Pretende divulgar informação
e produzir conhecimento em três linhas de investigação prioritárias: 1) Determinantes genéticos,
biomecânicos e fisiologicos da performance, através do desenvolvimento de modelos descritores e
preditivos do movimento humano e a sua relação com a performance desportiva; 2) Análise da performance desportiva, através da observação, tratamento e interpretação de registos de performance
desportiva estáticos e dinâmicos; 3) Análise da performance motora, através da avaliação e controlo
das performances motoras. O âmbito de aplicação destas linhas é durante ou após o processo de
treino ou competição desportivas e centra-se nos desportistas, nos treinadores e nos juízes, masculinos e femininos, envolvidos no desporto de formação e no desporto de alto-rendimento.
Conselho Editorial
António Jaime Eira Sampaio; Antonio Jose Rocha Martins da Silva; António Manuel Vitória Vences de Brito; Carlos Manuel Marques
da Silva; Carlos Manuel Pereira Carvalho; Jorge Manuel Gomes Campaniço; José Augusto Afonso Bragada; José Carlos Gomes de
Carvalho Leitão; José Eduardo Fernandes Ferreirinha; Luís Miguel Teixeira Vaz; Mário António Cardoso Marques; Nuno Miguel
Correia Leite; Paulo Alexandre Vicente João; Tiago Manuel Cabral dos Santos Barbosa; Victor Manuel de Oliveira Maçãs
Contribuições para o Boletim...
O Performance Desportiva é um boletim sujeito a revisão científica e técnica, mas é aberto e encorajase à participação de todos os interessados nesta àrea do conhecimento. Os artigos a submeter deverão
ter entre 1000-1500 palavras, podendo também conter quadros e/ou figuras (até o máximo de 2).
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Formação científica: Licenciaturas, Mestrados e
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Mestrado
Actividades de Academia — Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Jogos Desportivos Colectivos — Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Avaliação nas Actividades Físicas e Desportivas — Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Licenciatura
Ciências do Desporto — Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Ramos:
Desportos Individuais;
Jogos Desportivos Colectivos;
Prescrição do Exercício e Actividades de Academia;
Desportos de Aventura, Recreação e Lazer;

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