fernando miranda de vargas junior consumo, digestibilidade
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fernando miranda de vargas junior consumo, digestibilidade
FERNANDO MIRANDA DE VARGAS JUNIOR CONSUMO, DIGESTIBILIDADE, DESEMPENHO E PARÂMETROS RUMINAIS EM TERNEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO GRÃO DE MILHO INTEIRO, MOÍDO OU TRATADO COM URÉIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Santa Maria, RS - BRASIL - 2000 - CONSUMO, DIGESTIBILIDADE, DESEMPENHO E PARÂMETROS RUMINAIS EM TERNEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO GRÃO DE MILHO INTEIRO, MOÍDO OU TRATADO COM URÉIA por Fernando Miranda de Vargas Junior Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Zootecnia Área de concentração Produção Animal / Nutrição de Ruminantes, da Universidade Federal de Santa Maria, RS, como requisito parcial para obtenção do grau de MESTRE EM ZOOTECNIA. Santa Maria, RS - Brasil 2000 ii UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA A COMISSÃO EXAMINADORA, ABAIXO ASSINADA, APROVA A DISSERTAÇÃO CONSUMO, DIGESTIBILIDADE, DESEMPENHO E PARÂMETROS RUMINAIS EM TERNEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO GRÃO DE MILHO INTEIRO, MOÍDO OU TRATADO COM URÉIA ELABORADA POR FERNANDO MIRANDA DE VARGAS JUNIOR COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ZOOTECNIA COMISSÃO EXAMINADORA : _______________________________________________ Prof. PhD. Luis Maria Bonnecarrère Sanchez - Orientador ___________________________________________ Prof. Dr. Peter Johann Bürger - UDESC ___________________________________________ Prof. PhD. João Restle - UFSM Santa Maria, 19 de janeiro de 2000. iii AGRADECIMENTOS Ao Prof. Tit. Dr. Luis Maria Bonnecarrère Sanchez pela orientação, dedicação e por sempre ter acreditado e apoiado meu trabalho. Ao Prof. Leonir Luis Pascoal que me ajudou nos passos iniciais desses dois anos de mestrado, como grande amigo e incentivador. Ao Prof. José Herinque pela generosidade, atenção em todos os momentos que necessitei de ajuda estatística. Aos alunos e amigos desta instituição que me ajudaram de forma decisiva na condução dos experimentos. Entre eles estão o Alexandre Weber, Carolina Wunsch, Daniel Montagner, Deise C. da Silva, Juciléia Morais, Karina P. D'angelo, Ivonir T. Bolzan, Liliane Cerdótes, Luciano Stefani, Paulo Afonso Carvalho, Raquel F.de Lima, Rodrigo Dutra, Rodrigo Pizzeta e Wagner Paris. Aos amigos laboratoristas Clóvis D. Senger, Lueci dos Santos e João Humberto Machado, bem como os demais funcionários do Departamento de Zootecnia que colaboraram para a execução dessa dissertação. Ao pessoal do Hospital Veterinário na pessoa do Prof. Marcelo Ceccin que auxiliaram desde as cirurgia dos animais até os problemas pós-cirurgia, sempre prestativos. A minha namorada Waldmaryan Bianchini que como amiga e estagiária esteve sempre ao meu lado, com carinho e paciência me ajudou a concluir esta etapa de meus estudos. A minha mãe Ruth, meu pai Fernando e meu irmão Rodrigo que não mediram esforços me apoiando em todos os momentos. A todos que contribuíram de forma direta ou indireta na conclusão desta dissertação. Meu muito obrigado. iv ÍNDICE Página RESUMO ................................................................................................................ v ABSTRACT ............................................................................................................ vii 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 4 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 29 4. CAPÍTULO 1 CONSUMO, DESEMPENHO E DIGESTIBILIDADE APARENTE, EM TERNEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO GRÃOS DE MILHO SUBMETIDOS A DIFERENTES PROCESSAMENTOS .................. 39 RESUMO ................................................................................................................ ABSTRACT ............................................................................................................ 1. Introdução ........................................................................................................... 2. Material e Métodos............................................................................................. 3. Resultados e Discussão ....................................................................................... 4. Conclusões ........................................................................................................... 5. Referências Bibliográficas ................................................................................. 39 41 42 44 49 55 55 5. CAPÍTULO 2 DEGRADABILIDADE RUMINAL IN SITU DA FIBRA E PARÂMETROS RUMINAIS EM TERNEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO GRÃOS DE MILHO SUBMETIDOS A DIFERENTES PROCESSAMENTOS ........................................................................................... 59 RESUMO ................................................................................................................ ABSTRACT ............................................................................................................ 1. Introdução ........................................................................................................... 2. Material e Métodos ............................................................................................ 3. Resultados e Discussão........................................................................................ 4. Conclusões ........................................................................................................... 5. Referências Bibliográficas ................................................................................. 59 60 61 64 68 80 80 6. CONCLUSÕES .................................................................................................. 86 APÊNDICES ........................................................................................................... 87 APÊNDICE A ......................................................................................................... 88 APÊNDICE B ......................................................................................................... 96 v RESUMO CONSUMO, DIGESTIBILIDADE, DESEMPENHO E PARÂMETROS RUMINAIS EM TERNEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO GRÃO DE MILHO INTEIRO, MOÍDO OU TRATADO COM URÉIA Autor: Fernando Miranda de Vargas Junior Orientador: Prof. Tit. Dr. Luis Maria Bonnecarrère Sanchez A granulometria e o tratamento do grão de milho com uréia foram estudados através de quatro ensaios experimentais. As dietas testadas foram: Grão de Milho Moído (GMM); Grão de Milho Inteiro (GMI); e Grão de Milho Inteiro tratado com Uréia (GMIU). A relação volumoso: concentrado utilizada foi de 40:60, sendo o volumoso silagem de sorgo e as três formas de fornecimento do grão de milho representando 40,6% no primeiro ensaio e 42,6% no segundo, terceiro e quarto ensaio do total de matéria seca fornecida. No primeiro ensaio avaliou-se o desempenho animal através do consumo e ganho de peso diário. No segundo ensaio determinou-se a digestibilidade in vivo da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN) e ácido (FDA), celulose (CEL), digestibilidade da energia (DE); do amido (AM) e pH das fezes. No terceiro ensaio avaliou-se a degradabilidade ruminal in situ da fibra (silagem de sorgo utilizada na dieta) através dos parâmetros MS, FDA e CEL. No quarto ensaio avaliou-se os parâmetros ruminais, N-amoniacal, pH e atividade bateriana no fluído ruminal. Foram utilizados no primeiro ensaio 15 terneiros, sendo três da raça Jersey e 12 da raça Holandesa. Nos demais ensaios utilizou-se seis terneiros fístulados no rúmen, um da raça Jersey e cinco da raça Holandesa. Os parâmetros avaliados no primeiro ensaio não diferiram significativamente entre os tratamentos, somente para consumo de MS em relação ao peso metabólico (CMSPM) houve diferença significativa. O GMD, CMS e CA na média entre os tratamentos foi de 1,357 kg/an/dia; 6,87 kg MS/an/dia; e 5,101 kg MS/kg ganho, respectivamente. Não houve diferença nos parâmetros de consumo e vi digestibilidade, somente para a digestibilidade da MS, com a melhor digestibilidade para o GMIU. O pH das fezes diferiu (P<0,05) entre os tratamentos com o pH mais baixo para o GMM. Nenhum dos parâmetros da degradabilidade in situ da fibra diferiram significativamente, somente para o tempo de incubação de 72 horas para o desaparecimento de FDA, com um maior desaparecimento (P<0,05) para o GMIU. Nos parâmetros ruminais N-amoniacal e pH não detectou-se nenhum efeito das dietas experimentais. Já na atividade bacteriana houve diferença (P<0,05) entre as dietas nos tempos 5,5 e 8,5 horas após a alimentação, com uma melhor atividade bacteriana para GMIU e uma pior atividade para o GMM. Conclui-se que não há diferença no desempenho animal em terneiros, peso vivo médio 200 kg, quando alimentados com GMM, GMI ou GMIU. O GMIU apresentou uma maior digestibilidade da MS. Os tratamentos não influenciaram nos parâmetros de degradabilidade da fibra estudados. O pH das fezes não foi um bom indicador para a digestibilidade do amido. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA Autor: Fernando Miranda de Vargas Junior Orientador: Prof. Dr. Luis Maria Bonnecarrère Sanchez Título: Consumo, digestibilidade, desempenho e parâmetros ruminais em terneiros alimentados com dietas contendo grãos de milho inteiro, moído ou tratado com uréia. Dissertação de Mestrado em Zootecnia Santa Maria, 19 de janeiro de 2000. vii ABSTRAT FOOD INTAKE, DIGESTIBILITY, DAILY GAIN AND RUMINAL PARAMETERS ON CALVES FED ON DIETS CONTAINING WHOLE, GROUND OR UREA TREATED CORN GRAINS Author: Fernando Miranda de Vargas Junior Adviser: Prof. Tit. Dr. Luis Maria Bonnecarrère Sanchez Four trials were conducted to study de effect of feeding diets based on whole (WCG), ground (GCG) or urea treated corn grain (UWCG). Sorghun silage was included in all diets at the proportion of 40% of the dry matter; corn grain made up 40,6% of the concentrate dry matter on trial one and 42,6% on trial two three and four. In the first trial animal performance was compared by measuring food intake and average daily gain. The second trial consisted of an in vivo experiment in which digestibility of dry matter (DM), organic matter (OM), crude protein (CP), ether extract (EE), neutral detergent fiber (NDF), acid detergent fiber (ADF), cellulose (CEL) and starch (STA) were measured, as well as faecal pH. At the this the trial ruminal degradability of DM, ADF and CEL of sorghun silage was measured by the in situ nylon bag technique. At the fourth trial pH, ammonia-N concentration and bacterial activity of the rumen fluid were measured. Fifteen calves, twelve Holstein and three Jersey, were used in trial one; for trials two to four, six calves, one Jersey and five Holstein, fitted with rumen canulas were used. In trial one they were significant differences between treatments only for dry matter intake in relation to metabolic body weight. The average daily gain, dry matter intake and feed conversion rate, mean for all treatment, were 1,357 kg/an/day; 6,87 kg DM/an/day and 5,101 kg DM/kg gain, respectively. In trial two they were no significant differences between treatment for intake or digestibility values except for dry matter digestibility which was higher for UWCG. Faecal pH was lower (P< 0,05) for the GCG treatment. They were no significant differences between diets for in situ degradability measurement, except for ADF at 72 hours of incubation, which was greater for UWCG. Treatments did not affect ruminal pH or ammonia-N viii concentration; bacterial activity was higher for UWCG and lower for GCG. It was concluded that treatments of the corn gain did not affect animal performance of calves of up to 200 kg of body weight; neither affect rumen degradability of silage. Faeces pH was not a good indicator of starch digestibility. FEDERAL UNIVERSITY OF SANTA MARIA COURSE OF POST GRADUATION IN ZOOTECNIA Author: Fernando Miranda de Vargas Junior Advisor: Prof. PhD. Luís Maria Bonnecarrère Sanchez Title: Food intake, digestibility, daily gain and ruminal parameters on calves fed on diets containing whole, ground or urea treated corn grains. Dissertation of Master's degree in Zootecnia Santa Maria, January 19, 2000. 1 1. INTRODUÇÃO A energia para ruminantes vem basicamente da alimentação de forragens, ou seja, da digestão microbiana de seus carboidratos estruturais, principalmente celulose e hemicelulose (ARMSTRONG e BEEVER, 1969). As células microbianas que desenvolvem-se no rúmen e a produção dos ácidos graxos voláteis oriundos da fermentação microbiana são absorvidas pelos ruminantes perfazendo estes compostos a maior parte da proteína e energia requeridas (WALDO, 1973). Mas certas categorias animais, como em crescimento e lactação ou em terminação, possuem exigência alta de energia e/ou proteína que somente a proteína microbiana e a energia oriunda dos ácidos graxos voláteis da fermentação de forragens não é o suficiente para suprir as exigências nutricionais dos mesmos. A alternativa é o fornecimento de alimentos concentrados, basicamente cereais, que segundo HALE e THEURER (1974) possuem um baixo custo relativo e são de fácil manejo, em comparação a produção de forragens e especialmente em explorações de alta escala comercial, altamente mecanizadas. Em conseqüência, existe um marcante interesse em alcançar um rendimento máximo dos grãos de cereais, através de métodos para preparação e tratamentos. O amido é um dos primeiros nutrientes na dieta dos ruminantes usados para promover altos níveis de produção. A principal origem do amido na dieta são os grãos de cereais, mais comumente trigo, milho e sorgo (McDONALD et al., 1966). Assim, a ótima utilização do amido é fundamental para melhorar a eficiência da produção animal. A utilização acentuada do amido através de grãos processados é altamente dependente dos métodos de processamento, espécie de ruminante e tipo de grão (THEURER, 1986). Quando deseja-se obter altos níveis de produção animal é necessário aumentar a concentração nutritiva da dieta incluindo maiores quantidades de 2 concentrados ricos em carboidratos não estruturais. Com isso, pode ocorrer uma diminuição do pH ruminal, pelo menos durante alguns períodos do dia, o que por sua vez pode acarretar uma diminuição da digestibilidade da parede celular, já que esta diminui com pH baixo, podendo cessar quando este atinge valores próximos ou inferiores a 6 (VAN SOEST, 1994; OWENS e GOETSCH, 1993). A menor digestibilidade da fibra pode promover menor consumo, de forma que a melhora no desempenho não seja proporcional ao aumento do conteúdo de energia da dieta. O processamento pode melhorar significativamente o valor nutritivo dos grãos de cereais para bovinos de corte (NRC, 1996). A principal função é o incremento na exposição do amido dos grãos e melhora na sua suscetibilidade à degradação enzimática. A intensidade desse processamento pode influenciar, portanto, na rapidez com que são fermentados os grãos. É comum fornecer os grãos na forma moída, pois é o processamento mais simples e prático, aplicado para a redução do tamanho das partículas (ALCALDE, 1997), o que provavelmente não é o mais eficiente por propiciar uma rápida fermentação do amido e grande variações no pH ruminal. Já o fornecimento de grãos inteiros, além de diminuir a velocidade de produção de ácidos, promove uma maior mastigação e ruminação, aumentando a produção de saliva e com um conseqüente efeito tampão. Mas quando bovinos são alimentados com cereais inteiros, grande parte do cereal pode passar pelo trato digestivo sem ser degrado (FAHEY e BERGER, 1993). Nos cereais inteiros a envoltura dura dos grãos, o pericarpo, limita o acesso ao amido interno (OWENS e GOETSCH, 1993). Assim, além de preocupar-se que ingrediente usar em uma ração e o seu teor em nutrientes, deve também ser levado em conta o tipo de processamento a ser utilizado, pois este irá afetar desde a ingestão até o aproveitamento pelo animal e, consequentemente, o seu desempenho. Os efeitos e/ou benefícios dos diferentes tipos de processamento dos grãos, como a redução no tamanho da partícula e adição de umidade, dependem da qualidade do alimento processado e, principalmente, do animal que será alimentado. A forma de mastigar e ruminar, o tamanho do orifício retículo-omasal e a dieta, acompanhados de outros fatores afetam a resposta ao processamento (ORSKOV, 1986). 3 Os processamentos como floculação à vapor, extrusão, entre outros, com os quais o amido fica mais disponível para digestão, implicam em custos adicionais de processamento, ficando apenas viável aos países desenvolvidos, devido à elevada disponibilidade de grãos e o alto custo do volumoso (ALCALDE, 1997). A utilização do grão de milho para bovinos, inteiro ou nas suas diferentes formas de processamento, tem-se mostrado contraditória. Sendo que, desde a década de 60, diversos trabalhos vêm sendo realizados, mas a grande maioria dos autores preocupou-se somente em medir a influência do processamento na digestibilidade do amido. Esquecendo de toda a interação que existe entre os níveis de nutrientes disponíveis aos microorganismos e o ambiente ruminal em relação a digestibilidade total da dieta e principalmente da fibra. Atualmente já está estabelecido que a avaliação de uma dieta deve incluir além das já tradicionais determinações, também a determinação do padrão de fermentação ruminal correspondente, para se ter indicação de seu real potencial em promover melhoria no desempenho animal (LAVEZZO et al., 1998). Isto fica mais destacado quando se avalia o processamento de grãos, pois o tipo de tratamento poderá influenciar diretamente no ambiente ruminal e nos conseqüentes efeitos associativos entre a digestão dos nutrientes a nível de rúmen. Em vista disso, o presente trabalho objetivou avaliar o efeito da moagem do grão de milho ou do tratamento do grão de milho inteiro com uréia na alimentação de terneiros visando determinar possíveis efeitos destes processos no desempenho, digestibilidade e parâmetros ruminais. Esta dissertação foi dividida em dois artigos, constituídos por dois ensaios cada um e editados com base nos critérios da Revista Ciência Rural, com algumas adaptações às normas para elaboração de tese (UNIVERSIDADE...., 1995). 4 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Utilização do milho na alimentação animal Dentre os grãos de cereais, o milho é aquele mais largamente empregado na alimentação dos animais como fonte de amido e consequentemente como alimento energético (ANDRIGUETTO et al., 1982; OLIVEIRA et al., 1993). Segundo NRC (1996) o milho apresenta a nível de mantença 90% de nutrientes digestíveis totais (NDT), 3,92 e 3,25 Mcal/kg de energia digestível (ED) e energia metabolizável (EM), respectivamente. Seu conteúdo de proteína bruta (PB) varia de 8 a 10% e aproximadamente 65% de amido (CONE et al., 1989). O milho é o cereal mais produzido no mundo. O comércio mundial movimenta mais de 65 milhões de toneladas de milho (13 % da produção total). A produção mundial do grão supera meio bilhão de toneladas, quase cinco vezes a produção de soja. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, respondendo por 5 a 6 % do volume total. O mercado do cereal é diretamente condicionado pelo uso em rações para alimentação de animais, e consequentemente, pelo consumo de carnes e laticínios (AGRIANUAL, 1999). O principal destino da produção brasileira de milho é a criação de aves e suínos. A produtividade média brasileira é de pouco mais de 2300 kg/ha, extremamente baixa em relação aos EUA e França (7500 kg/ha), a China (5000 kg/ha) e a Argentina (4500 kg/ha), nosso principal fornecedor (AGRIANUAL, 1999). 2.2. Processamento dos grãos A eficiência de utilização do milho pelos bovinos, através de trabalhos, temse mostrado contraditória em função da forma como deve ser fornecido. Sendo 5 assim, desde a década de 60, principalmente nos E.U.A., tem sido estudado vários processamentos para aumentar a eficiência da utilização do milho, assim como de outros grãos, principalmente a digestibilidade do amido. Os métodos de processamento dos grãos podem ser classificados basicamente em secos ou úmidos, segundo uma revisão completa realizada por HALE (1973). Dentre os classificados como processamento seco estão o grão inteiro, moído, laminado ou quebrado, extrusado, micronizado, peletizado, e entre os processamentos úmidos estão o grão inteiro reconstituído com umidade, laminado a vapor, floculado a vapor, cozido a pressão, expandido, entre outros. Dentre os processamentos dos grãos, a laminação e a moagem são os mais comuns e seu efeito é basicamente expor os grânulos de amido a digestão (BEAUCHEMIN et al., 1994). No Brasil, a moagem dos grãos é o processamento mais utilizado por ser prático e eficiente tornando mais facilmente disponível à digestão do amido; outros métodos de processamentos envolvem custos adicionais que podem inviabilizar o seu uso em pequena escala. A utilização do grão de milho moído parece ser mais um aspecto cultural do que realmente necessária em muitos casos. Os produtores manifestam preocupação ao encontrarem grãos inteiros nas fezes e isto tem limitado o uso do milho nesta forma, devido primeiramente ao aspecto visual e em segundo a falta de informação. Os próprios pesquisadores ainda não chegaram a um consenso de quando utilizar ou não o milho inteiro e quando se faz necessário seu processamento. McALLISTER et al. (1990) afirmam que a mastigação de ingestão não tem sido estudada com detalhes, embora seja conhecido que os grãos inteiros quando não danificados durante a mastigação, haverá limitações para sua digestão. A utilização do milho inteiro evitaria o processo de moagem que segundo BEAUCHEMIN et al. (1994) trabalhando com vacas leiteiras não seria necessário, pois a mastigação realiza eficientemente este efeito, além de aumentar a ruminação e salivação ajudando a manter o ambiente ruminal mais estável, não justificando o custo a mais da moagem. O processo de digestão microbiana começa de dentro para fora, da matriz protéica, como os grão de amido circundado pelo endosperma, este forma uma barreira efetiva para digestão do amido (McALLISTER et.al., 1990). Assim cada grão possui uma taxa de digestão diferente, pois cada um possui uma estrutura, 6 podendo tornar mais fácil ou mais difícil o ataque dos microorganismos ruminais; por exemplo a cevada é digerida mais rapidamente que o milho (McALLISTER et.al., 1993). Certas características intrínsecas dos grãos como no exemplo anterior afetam a taxa e a extensão da digestão do amido e pode reduzir os benefícios do processamento (NRC, 1996). Segundo ORSKOV (1990) a conveniência ou não do tratamento dos grãos depende do tipo de grão e do animal. Este autor afirma que para ruminantes pequenos como ovinos, caprinos e bovinos de até 100 a 150 kg de peso vivo, é vantajoso que os grãos sejam fornecidos inteiros. Já para bovinos adultos deve-se proceder um tratamento mínimo para evitar que o excesso de grãos não digeridos sejam eliminados nas fezes. Um exemplo é com bovinos jovens que podem digerir os grãos sem processar melhor que os adultos, segundo MORGAN e CAMPLING (1978), assim o processamento dos grãos é mais benéfico para novilhos do que para terneiros de um ano. No rúmen é digerido cerca de 90% do amido da cevada quando consumida inteira por bovinos. Quando ovelhas recebem cevada inteira, é digerido 95 % do amido no rúmen. Isto sugere que as ovelhas trituram melhor a cevada inteira durante a mastigação que os bovinos. O amido do sorgo e milho em grão tende a escapar em maiores proporções a fermentação ruminal quando inteiros e menor quando tenham sofrido tratamento a vapor e floculados. Já o amido do trigo é semelhante ao da cevada, é fermentado rapidamente no rúmen exceto quando é ingerido inteiro por bovinos (FAHEY e BERGER, 1993). O sorgo em grão é utilizado deficientemente quando é consumido inteiro por bovinos e responde muito bem ao processamento (McNEILL et al., 1971; FRANKS et al., 1972; HINMAN e JOHNSON, 1974; GALYEAN et al., 1981). A quantidade de amido do sorgo fermentada no rúmen de bovinos duplica quando é consumido em forma de flocos a vapor do que quando é moído (CROKA e WAGNER, 1975). A moagem ou laminação a seco são considerados como os tratamentos mais rápidos, consistindo no rompimento do envoltório das sementes e redução do tamanho das partículas. Enquanto que a formação de flocos a vapor, aumenta umidade, reduz o tamanho das partículas e gelatiniza muitos grãos de amido, determinando também que sejam muito mais suscetíveis ao ataque enzimático (CHEN et al., 1994). Mas este processo é mais trabalhoso e seu custo 7 muito maior. O efeito da floculação à vapor, laminado a seco ou a vapor nos grãos de milho e sorgo foram testados por CHEN et al. (1994) e CHEN et al. (1995). Estes autores encontraram um aumento das digestibilidades totais dos grãos floculados na matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), amido (AM), fibra em detergente ácido (FDA) e fibra em detergente neutro (FDN). Até 40% da MO de dietas baseadas em milho moído ou laminado e seco se digere pós-rúmen. Isto é conseqüência de uma digestão menos intensa no rúmen do amido do milho em comparação ao da cevada (MERCHEN, 1993). WALDO (1973) indica que o amido procedente do milho é mais resistente à degradação ruminal que o da cevada ou do trigo. O tratamento de cereais como a cevada influi pouco sobre a quantidade a ser digerida a nível ruminal, no entanto, ao reduzir mediante trituração o tamanho das partículas de milho inteiro determina-se um aumento substancial na proporção de amido a ser digerido (GALYEAN et al., 1979). Esta resposta deve-se provavelmente a um aumento na superfície disponível para o ataque microbiano. A gelatinização do amido, particularmente do milho, resultante do tratamento com vapor aumenta também a proporção de AM e MO digeridos no estômago. WALDO (1973) resumindo 51 experimentos, relatou que 94 + 2,4% do amido da cevada era digerido antes do abomaso ou duodeno. As variações nestes dados eram pequenas usando diversas partidas de cevada, alimentando bovinos e ovinos, usando diversos métodos de tratamento ou fornecendo aos animais diferentes quantidades de amido bem como variando sua percentagem na dieta ou no consumo de matéria seca. Já o amido do milho que escapa a digestão ruminal foi muito maior que o da cevada. O amido do milho digerido antes do abomaso ou duodeno era de 78 + 12,5 %. Sendo maior a variação da percentagem média de amido que passa ao duodeno, sendo que isto indica que a digestão do amido é sensível aos métodos experimentais utilizados. Os resultados alcançados dependem em particular do lote do milho empregado, de seu tipo genético, da espécie de ruminante estudada, do tratamento aplicado, do tamanho das partículas e da percentagem de milho contido na dieta. Já o amido do sorgo é provável o mais resistente a digestão ruminal de todas as fontes de amido comumente utilizadas na alimentação de bovinos, no rúmen é digerido 76 + 22,4 % . Esta variação na digestão ruminal e total dos grãos processados se deve pela diferença entre variedades, que no caso do sorgo parecem ser maiores que nas variedades de milho. 8 Segundo HALE (1973) o milho é o único dentre os grãos de cereais que não precisa necessariamente sofrer um tratamento prévio para o fornecimento a bovinos. Já o grão de sorgo deve ser tratado obrigatoriamente. Os grãos inteiros de cevada, trigo e o milho são eficientemente destruídos no processo de mastigação, não compensando nenhum processamento que resulte em um substancial decréscimo nos custos (BEAUCHEMIN et al.,1994). A resposta ao processamento dos grãos dependerá dos níveis de forragem da dieta (VANCE et al., 1972). Em dietas com níveis intermediário ou alto de volumoso (>25%), o milho é usualmente moído, o que pode diminuir a digestibilidade da fibra (MOE e TYRRELL, 1977, 1979); moagem fina do milho pode ser prejudicial para utilização de forragem (MOE et al., 1973). A utilização de nitrogênio não protéico (NNP), como uréia, no tratamento de grãos de cereais também é uma alternativa de processamento, simples e prática (BOTHAST et al., 1972; ORSKOV, 1990). Ao se utilizar o tratamento com uréia pode ter-se 3 objetivos: a) A conservação do grão quando este é colhido com umidade excessiva, evitando o gasto com secagem (ORSKOV,1990) e também a contaminação com aflatoxinas produzidas por fungos, que podem ser nocivos a certas concentrações aos animais (LYNCH et al., 1973); b) No caso de grãos como o milho a amônia liberada ajuda a formar fissuras na película que envolve o grão, facilitando o ataque microbiano a nível ruminal; c) Elevar o teor de proteína bruta do grão, e além disso, parte da amônia penetra no interior do grão ficando junto com o amido e sendo liberada somente quando este é atacado pelos microorganismos ruminais; sendo para a produção de proteína microbiana, isto é, muito importante pois o microorganismo tem disponível, ao mesmo tempo, energia e cadeia carbonada oriunda do amido do grão e amônia internamente ao mesmo, fontes essenciais para produção de proteína microbiana (ORSKOV e MEHREZ, 1974). Vários pesquisadores têm avaliado o uso de NNP no tratamento de grãos de cereais. Como BOTHAST et al. (1972) que trataram o grão de milho com 2% e 0,5% de NH3 na MS contendo o grão tratado 26% e 12% de umidade, respectivamente. Eles concluíram que a amônia já a 0,5% foi excelente fungicida e a 2% tiveram dificuldades no consumo ao testarem com ratos. Já ORSKOV et 9 al.(1980) testou o efeito da aplicação de NaOH na digestibilidade em terneiros com grãos inteiros da cevada, aveia, trigo e milho. No trigo, aveia e milho aplicou 1, 15, 30 ou 45g/kg de matéria seca e na cevada 15, 25, 35 ou 45g/kg. Ocorreu um aumento da digestibilidade da fibra, MS e MO com a aplicação da solução de NaOH 32%. Assim os processamentos dos grãos de cereais são vários, com diferentes metodologias e objetivos, com isso pode-se esperar diferentes efeitos e respostas ao fornecer aos animais. A seguir serão relatados alguns parâmetros que o processamento dos grão podem influenciar. 2.2.1. pH ruminal O pH é um dos fatores ambientais do rúmen mais variáveis e que pode influenciar profundamente sobre a população microbiana (YOKOYAMA e JOHNSON, 1993). Experimentos demonstraram que o crescimento efetivo das bactérias predominantes no rúmen variam consideravelmente de acordo com o pH (THERION et al. , 1982). O pH do rúmen pode oscilar de 5,5 a 7,2 , com valores inferiores de pH pouco depois de ingerir uma refeição rica em concentrados. As bactérias celulolíticas e metanogênicas são afetadas uma vez que o pH do rúmen diminua abaixo de 6,0 (VAN SOEST, 1994). Também são afetados os protozoários do rúmen pela diminuição do pH determinado por um consumo alto de carboidratos rapidamente fermentáveis (YOKOYAMA e JOHNSON,1993). A absorção dos ácidos graxos voláteis estabilizam o pH do rúmen (BATH e ROOK, 1965). Quando o pH do rúmen é inferior a 5,5 , tornam-se anormais tanto as funções do rúmen como do animal e como conseqüência pode ocorrer acidose, sendo responsável por este efeito principalmente o ácido láctico. A atividade proteolítica não é afetada intensamente pelo pH da dieta, mas a maioria das enzimas proteolíticas atuam melhor com um pH aproximadamente de 6,5. Conseqüentemente, a intensidade da degradação ruminal da proteína diminui quando diminui o pH. O pH influi sobre a solubilidade das proteínas de origem vegetal muito mais que nas de origem animal, assim, a resposta pode variar segundo a origem da proteína. A proteína do grão de milho, por exemplo, alcança sua maior solubilidade com pH próximo de 5,0 e diminuí acima deste ponto. Um pH superior 10 pode aumentar também a exposição da proteína dos alimentos as enzimas digestivas ao incrementar a degradação da fibra. Se a fibra funciona como uma barreira para o ataque proteolítico ou a solubilização, um pH mais elevado pode aumentar a exposição e a quantidade da proteólise (OWENS e ZINN, 1993). GRANT (1994) testou a influencia do amido do sorgo e do milho na cinética in vitro da digestão da fibra da forragem. O autor controlou o pH em três pontos 6,8 ; 6,2 e 5,5 e acrescentaram diferentes fontes de amido e duas forrageiras, encontrando uma interação altamente significativa entre pH e tipo de amido. Quando o pH encontrava-se em 5,5 a digestibilidade potencial da FDN apresentou-se sempre significativamente menor que os outros pHs independente da fonte de amido ou forragem. Confirmando que com o pH abaixo de 6,2 a digestibilidade da fibra senão cessa, diminui dramaticamente. GOETSCH et al. (1987) comparando o grão de milho inteiro e o moído encontraram diferença significativa no pH ruminal, com o pH mais baixo para o milho moído, mas isto não afetou a digestibilidade da FDA e da dieta total. HINMAN e JOHNSON (1974), COLE et al. (1976a), ALDRICH et al. (1993), LUDDEN e CECAVA (1995) e LAVEZZO et al. (1998) não encontraram efeito das diferentes dietas que testaram e diferentes níveis de concentrado sobre o pH ruminal. 2.2.2. Tamanho da partícula O tamanho das partículas pode ser reduzido em distintos momentos. Muitos alimentos são tratados antes de sua distribuição para reduzir o tamanho das partículas. A mastigação reduz mais o tamanho das partículas tanto ao ingerir como ao ruminar os alimentos (GALYEAN et al., 1979). O efeito da mastigação altera a cinética ruminal e a digestão de grãos sem processar (BEAUCHEMIN et al., 1994).Geralmente, os animais jovens mastigam melhor seus alimentos que os velhos (OWENS e GOETSCH, 1993). Assim a necessidade de beneficiamento através de trituração dos alimentos são maiores para bovinos adultos que para jovens, e para bovinos no geral mais importante do que para a maioria das espécies de ruminantes, os quais mastigam seus alimentos de forma mais completa (KIMBERLEY, 1976). 11 No geral, os bovinos são menos capazes do que outras espécies de ruminantes na habilidade de mastigar grão de milho inteiro (THEURER, 1986). E durante o processo de ruminação do milho são regurgitados poucos grãos inteiros para que voltem a ser mastigados, devido ao elevado peso específico deste (HALE e THEURER, 1974), sugerindo importância da mastigação de ingestão. Há uma substancial diferença entre animais na eficiência de mastigação do grão de milho inteiro. Bovinos alimentados com grãos inteiros de cevada ou trigo passam mais tempo ruminando do que com milho, particularmente porque este é mais eficientemente mastigado durante o processo de ingestão. BEAUCHEMIN et al. (1994) testaram o efeito da mastigação dos cereais inteiros milho, cevada e trigo, em vacas adultas; destacaram que o milho foi substancialmente destruído após a ingestão e mastigação, e a maior parte do pericarpo encontrava-se quebrado em pequenos pedaços. Enquanto que a cevada e o trigo ainda apresentavam muitos grãos ainda com o pericarpo intacto. Quando o grão inteiro de milho sem o efeito da mastigação foi incubado no rúmen por 96 horas, menos de 30 % da MS desapareceu. E com o efeito da mastigação desapareceu 53, 69 e 66% de MS para a cevada, milho e trigo, respectivamente. Quando milho foi fornecido inteiro, 50% do total encontrado nas fezes apresentava-se intacto, enquanto que a proporção de grão de trigo e cevada encontrada foi de 75% . EWING et al. (1986) testaram diferentes graus de moagem do grão de milho desde 8,00 mm até o grau de farinha. Estes verificaram que a medida que diminuiu o tamanho da partícula aumentou significativamente a velocidade de passagem de 1,9 a 4,6%/hora. Mas quando compararam as moagens mais grosseiras, tamanho médio, com o grão inteiro não encontraram diferenças. O tamanho da partícula do milho no rúmen, a redução de seu tamanho pela ruminação e digestão afetam a taxa de passagem. Sendo as informações sobre a taxa de passagem ruminal das partículas do milho são reduzidas e merecem mais pesquisas, concluem os autores. Está evidenciado que o tamanho da partícula afeta o local e a extensão da digestão do amido segundo vários autores (WILSON et al., 1973; GALYEAN et al., 1979; e TURGEON et al., 1983). A velocidade de passagem das partículas do milho no rúmen é aproximadamente de 2,0 a 5,0 %/hora, dependendo do tamanho da 12 partícula e sua concentração na dieta total, da forma como se apresenta, da relação volumoso:concentrado e do consumo de matéria seca (GOETSCH et al., 1987). Em dietas a base de forragem, BEAUCHEMIN (1992) observou que com aumento na duração da mastigação houve um incremento na degradação ruminal pelo aumento da fração potencialmente digestível da matéria seca e das frações da fibra e pelo decréscimo do lag time para digestão da fibra, mas não pela alteração da taxa de passagem. Em dietas com grão inteiro, a importância da mastigação para digestão não está bem clara, necessitando maiores conhecimentos da influência efetiva na destruição deste, durante a mastigação, e se este fator não esta limitando a digestão do grão (ORSKOV et al., 1978; McALLISTER et al., 1990 ). O conteúdo do rúmen não flui homogeneamente. Determinadas proporções que não são suficientemente densas ou cujas partículas não alcançaram um tamanho suficientemente pequeno são retidas de forma preferencial no rúmen. Para que as partículas abandonem o rúmen devem chegar ao orifício retículoomasal a um tamanho mínimo aceitável, o que varia com tamanho deste orifício e este em relação ao tamanho do animal. As partículas grandes que mesmo assim conseguem sair são retidas nas lâminas do omaso e retornam ao rúmen. Assim as partículas de maior tamanho são retidas por maior tempo no rúmen para que sejam ruminadas e/ou degradas pelos microorganismos até o tamanho que possibilite sua saída (OWENS e GOETSCH, 1993). Os materiais densos como os grão inteiros de cereais tendem a descer para o saco ventral, e a menos que sejam mastigados, não flutuam e se movem gradualmente para o retículo através das contrações ruminais. Mas também a densidade das partículas possui um papel importante, entre a densidade 1,0 e 2,0 abandonam o rúmen com maior rapidez. Os materiais densos como grãos inteiros de cereais tendem a ficar acumulados no saco ventral e a menos que sejam mastigados, não flutuam, movendo-se gradualmente na direção do retículo através das contrações ruminais. A qualidade dos grãos para bovinos de corte está possivelmente associada com a densidade do grão ou com o conteúdo de fibra da dieta, como mostraram MATHISON et.al. (1991) e ENGSTRON et al. (1992). A presença de milho inteiro no rúmen supõe um estímulo para ruminação. Partículas muito pequenas, com tamanhos inferiores a 100 micra, se dispersam e são facilmente varridos do rúmen com os fluídos (OWENS e GOETSCH, 1993). 13 Os cereais em grãos podem ser deglutidos facilmente mesmo que não retidos na boca tanto tempo como as forragens para sua ensalivação. A distribuição dos cereais inteiros em lugar de triturados pode aumentar o tempo destinado a mastigação durante o consumo e ruminação. Não se determinou com clareza a importância relativa da mastigação e a ação microbiana no rúmen para a desintegração das partículas em diferentes tipos de dietas. A habilidade dos microorganismos ruminais de digerirem grãos depende do tamanho da partícula (GALYEAN et al., 1981). Um tratamento mais intenso do alimento ou uma maior ruptura celular durante a mastigação aumenta a quantidade de nutrientes disponíveis para degradação microbiana. As bactérias penetram inicialmente nas membranas celulares através dos estômatos e nas fissuras criadas através do processamento ou da mastigação. A eficiência do crescimento microbiano deve ser maior em dietas com milho inteiro que com milho tratado, apesar de um menor rendimento microbiano total (OWENS e GOETSCH, 1993). 2.2.3. Atividade Bacteriana A dieta é provavelmente o fator mais importante entre os que influenciam no número e nas proporções relativas das distintas espécies de microorganismos que povoam o rúmen (YOKOYMA e JOHNSON, 1993). Provavelmente as variações mais acentuadas que acontecem com a população de microorganismos no rúmen bem como na fermentação, são resultantes de uma troca de dieta com grandes quantidades de carboidratos que fermentam com facilidade, por exemplo, dietas ricas em concentrados. O consumo destes tipos de dietas determinam uma sucessão de variações na população microbiana do rúmen durante o período de adaptação, de forma específica nas bactérias que produzem e utilizam o lactato (HOBSON e STEWART, 1997). O crescimento bacteriano depende do tipo de carboidrato que chega ao rúmen para suprir o ATP necessário para síntese microbiana (NOCEK e RUSSELL, 1988). Para uma atividade ótima de crescimento, a taxa de produção de ATP (carboidratos fermentados) deve ser proporcional ao NH3 disponível às bactérias, para uma máxima síntese de proteína microbiana. 14 A determinação da atividade bacteriana através da redução ao azul de metileno tem se mostrado, nos últimos anos, uma das provas mais confiáveis para se determinar, com rapidez e segurança, a atividade da microflora ruminal (DIRKSEN, 1981; ROSENBERGER, 1993). As variações qualitativas e quantitativas da população dos microorganismos são conseqüência da alimentação. A ingestão dos alimentos influencia aumentando em algumas horas a carga e a atividade microbiana no rúmen, enquanto o jejum exerce uma função desfavorável. Alimentos de fácil digestão, ou seja, alimentos com um valor nutritivo alto (ricos em açúcares, amido e proteínas), aumentam o número total de bactérias e também a quantidade de espécies, aumentando os processos microbianos-bioquímicos de degradação e síntese (KAUFMANN e SAELZER, 1976; DIRKSEN, 1981). 2.2.4. N-amoniacal (NH3) no fluído ruminal No rúmen são produzidas quantidades importantes de NH3 proveniente da degradação microbiana da proteína da dieta, da hidrólise de compostos que contêm nitrogênio não protéico dietético e/ou endógeno e da degradação de células microbianas. O NH3 produzido entra em uma reserva dinâmica e pode ser utilizado como fonte de nitrogênio para a biosíntese de aminoácidos pelos microorganismos do rúmen (MERCHEN, 1993). O NH3 é absorvido através da parede do rúmen estritamente mediante difusão passiva e a quantidade absorvida de NH3 está relacionada positivamente com sua concentração no rúmen e com o pH ruminal. Em animais que consomem farelos, as concentrações de NH3 são máximas 1 a 2 horas aproximadamente após o consumo, já com dietas com proteínas de origem de alimentos forrageiros, somente 3 a 5 horas ocorrerá o pico de concentração. A quantidade de proteína microbiana que pode ser sintetizada no rúmen está limitada pela quantidade de energia disponível, quantidade de ATP ou de matéria orgânica, para os microorganismos e pela eficiência com que estes empregam esta energia. Poucas são as bactérias que multiplicam-se sem uma fonte de carboidratos para fornecer energia (OWENS e ZINN, 1993). O nível de carboidratos não estruturais tem um grande efeito na utilização, pelos microorganismos, do NH3 que surge da degradação ruminal das proteínas na 15 ração. O nível ótimo de carboidratos não estruturais para incluir em uma ração é influenciado pela : 1) Taxa de degradação da fração de carboidratos não estruturais da ração; 2) Fonte de carboidratos não estruturais que é afetada pela taxa de degradação (da mais rápida a mais lenta: trigo>cevada>aveia>milho>sorgo); e 3) Tratamentos físicos (moído, laminado) dos grãos de cereais (DAVIS, 1993). HUNTINGTON e PRIOR (1983) demonstraram ser alta a taxa de absorção de amônia pelo rúmen, o que sugere que a energia não pode ser um fator limitante, assim como o sincronismo entre a sua disponibilidade e as fontes de nitrogênio, o que pode limitar o uso de nitrogênio disponível pelos microorganismo ruminais. Isto por sua vez limita a eficiência da utilização do nitrogênio da dieta para fins produtivos. A energia prontamente disponível da fermentação do amido aumenta o fluxo de proteína microbiana em resposta ao aumento da digestibilidade do amido no rúmen. HOOVER e STOKES (1991) sumarizaram diversos estudos in vitro e concluíram que com o aumento de carboidratos não estruturais na dieta elevou a concentração de amônia no rúmen. Diversos autores têm publicado concentrações de NH3 ruminal para uma máxima eficiência bacteriana ou para o desaparecimento da fibra. MEHREZ et al. (1977) pesquisaram o máximo desaparecimento da matéria seca da fibra com diversos níveis de inclusão de uréia na dieta e encontraram o valor entorno de 23 mg NH3/100 ml fluído ruminal. ORTEGA et al. (1979) não encontraram diferenças significativas no desaparecimento da matéria seca da fibra com o incremento da NH3 ruminal de 6,3 para 27,5 mg NH3/100 ml fluído ruminal, mas encontraram um máximo desaparecimento entre 8,7 e 16,5 mg NH3/100 ml fluído ruminal . FARIA e HUBER (1984) não encontraram interação entre dietas com três níveis de proteína bruta (8,1; 11,3; e 13,3 % PB) e três níveis de inclusão do grão de milho na dieta (0 , 30, 60 % milho na MS) no desaparecimento ruminal da MS da fibra in situ. 2.2.5. Digestibilidade e consumo A natureza física e química da dieta influi de forma primordial sobre a velocidade e amplitude da digestão, assim como sobre a síntese de diferentes produtos. A digestibilidade pode diminuir quando aumenta-se a velocidade de 16 passagem da digesta ou quando descende a digestão da fibra, como acontece com dietas ricas em amido (FERRELL,1993). Cereais como o milho, sorgo, aveia, trigo e outros apresentam como maior componente o amido, perfazendo cerca de 60 a 80 % da matéria seca destes. No caso do milho, cerca de 30% ou mais do amido escapa da fermentação ruminal, sendo que esta porção pode ser digerida no intestino delgado ou fermentada no intestino grosso, podendo variar de 47 a 88 % (ORSKOV, 1986). O nível de consumo deve ser considerado quando comparam-se diferentes processamentos de grãos. MOE e TYRELL (1979) relataram que a energia metabolizável do grão de milho para vacas leiteiras reduziu de 3,58 Mcal/kg com os animais em mantença para 2,92 Mcal/kg com 2,5 vezes a mantença. Já BINES et al. (1988) concluíram que o efeito do consumo sobre a digestibilidade é confuso em dietas contendo grãos processados, podendo ser significativo para terneiros jovens, mas não para vacas leiteiras. O efeito da digestibilidade atribuído ao nível de consumo na prática é pequeno, principalmente quando este é baixo ou é restringindo na alimentação para novilhos (NRC, 1996). ZINN e OWENS (1983) relataram que o nível de ingestão afeta a digestibilidade de rações altamente concentradas (80%), demonstrando que com aumento da ingestão de 1,2% para 2,1% do peso vivo, houve um decréscimo linear da digestibilidade de matéria orgânica e da fibra, sendo que a digestibilidade ruminal da fibra passou de 32,5 % para zero. E o aumento da digestibilidade do amido foi pequeno, não sendo proporcional ao aumento de sua concentração. O controle do consumo de matéria seca é determinado pela demanda fisiológica necessária para manutenção e seu potencial de produção, além da limitação gastrointestinal. Geralmente o consumo reduz quando os grãos são processados e há um aumento na digestibilidade. O ponto ótimo de processamento não está bem definido, o que se sabe é que ocorre alterações na digestibilidade e na utilização da energia digestível influenciadas pelo processamento e pela variação da idade, tipo e variedade do grão (NRC, 1987). O ARC (1980) faz um resumo de seis publicações separadas e inter-relaciona as mesmas com a concentração de energia da dieta e o nível de processamento e concluiu que quanto maior o nível de energia menor é o efeito do processamento. 17 A forma como é fornecido o grão de milho não pode ser considerada como um fator único da eficiência energética de uma dieta, uma vez que a proporção e o tipo de volumoso utilizado para compor a mesma, podem apresentar interações nos resultados de digestão, degradação ou desempenho. Dietas com menos de 20% de volumosos, as diferenças na energia digestível e a energia líquida do milho inteiro ou lâminado, moído grosso ou fino, são usualmente pequenos (VANCE et al., 1972; PRESTON, 1975). Enquanto que CROKA e WAGNER (1975) encontraram uma maior eficiência de utilização do grão de sorgo micronizado comparado como o grão lâminado a seco, além de uma maior digestibilidade da matéria seca (81,4 vs. 73,9%). As taxas de digestão dos diversos componentes dos alimentos separadamente, a associação dos vários componentes, tais como amido ou proteína com as membranas celulares ou com partículas grandes, podem limitar a taxa de digestão ao dificultar fisicamente a exposição de seus componentes ao ataque pelos microorganismos (OWENS e GOETSCH, 1993). Nos ruminantes, o amido pode ser fermentado no rúmen ou no intestino grosso, ou digerido enzimaticamente no intestino delgado. Sendo que a primeira parte da digestão do amido ocorre no rúmen, onde a microflora fermenta este (KOTARSKI et al., 1992). A digestão microbiana do amido no rúmen resulta na produção de ácidos graxos voláteis (AGV), que fazem parte da maior fonte de energia dos ruminantes. A quantidade de energia extraída dos grãos de amido é dependente principalmente da taxa e grau de digestão no rúmen. O amido no rúmen apresenta diferentes taxas de fermentação, sendo esta influenciada pelo tipo de grão, método de processamento do cereal, dieta e espécie de ruminante (WALDO, 1973; THEURER, 1986). A taxa e a extensão da digestão de amido no rúmen influenciam a composição dos ácidos produzidos pela fermentação microbiana, o pH ruminal, a quantidade de amido disponível para a digestão no intestino delgado e a forma física e química em que o amido é apresentado para digestão pós-ruminal (SIMAS, 1997). A composição do endosperma da célula da matriz e a extensão com que os grânulos de amido estão dispostos, influenciam a taxa de digestão (KOTARSKI et al., 1992). A taxa e a extensão da digestão do amido no rúmen pode influenciar na fermentação ruminal e com isso na composição dos ácidos produzidos, no pH, e 18 também quanto deste amido irá chegar para digestão pós-ruminal; o que depende da composição química e forma com que o amido está disposto (com relação a matriz da planta) (THEURER, 1986; OWENS et al., 1986; ORSKOV, 1986; WALDO, 1973). Estes fatores afetam a eficiência de utilização do amido e a conversão alimentar do ruminante. O processamento das fontes de amido alteram o local de digestão do mesmo no trato digestivo dos ruminantes. Os tratamentos que provocam alterações químicas no amido aumentam substancialmente a utilização destes grãos pelos animais comparados, aos processamentos mecânicos, devido principalmente ao aumento da digestibilidade do amido no rúmen e no trato total (THEURER, 1986). Nos cereais o pericarpo envolve o embrião ou o gérmen bem como o endosperma, que contém a maior parte do amido (KOTARSKI et al., 1992). Os grão inteiros, com o pericarpo intacto, são resistentes a digestão pelos ruminantes (McALLISTER et al., 1990). EVANS e COLBURN (1967) verificaram que o desaparecimento da matéria seca do grão de milho quebrado resultou em um incremento da digestibilidade comparado ao grão inteiro. O amido é um polissacarídeo heterogêneo composto por dois polímeros, a amilose e a amilopectina (KOTARSKI et al., 1992). A amilose possue unidades de d-glicose em ligações lineares do tipo α 1-4, enquanto amilopectina consiste também de cadeias lineares de glicose, mas com pontos de ramificação a cada 20-25 unidades de glicose na forma de ligações α 1-6. A amilopectina corresponde a cerca de 70 a 80 % da maioria dos amidos. Os grãos de amido estão na forma de pseudocritais possuindo uma região cristalina (amilose) e uma amorfa (amilopectina). A região amorfa é primeiramente atacada pelas amilases, enquanto a hidrólise da região cristalina ocorre mais vagarosamente (ROONEY e PFLUGFELDER, 1986). Assim a relação amilose : amilopectina influencia a velocidade de degradação do amido. A quantidade de nutriente digestível que é digerida no rúmen por unidade de tempo depende de dois fatores, a taxa fracional de digestão e a digestibilidade potencial do material. Sendo que qualquer um pode variar. O tratamento com alcális ou com outros compostos químicos aumenta geralmente a quantia potencial de digestão dos polímeros. Quando se alteram as condições de rúmen, e com isso os tipos de bactérias, o tratamento mecânico podem alterar a taxa fracional de digestão 19 do grão. O tratamento dos alimentos para aumentar a superfície de ataque só aumenta a velocidade de degradação, mas não a quantidade potencial de digestão. As partículas saem normalmente do rúmen antes que ocorra completamente sua digestão, ocasionando um acréscimo na quantidade digerida, aumentando a taxa fracional de digestão (OWENS e GOETSCH, 1993). O efeito de uma moagem grosseira é semelhante ao processo de laminação, onde o grão é comprimido e quebrado quando passa no meio de dois rolos de superfície sulcada, sendo que a tolerância entre os rolos é inferior ao tamanho do grão (SIMAS, 1997). Cerca de 59 % do amido do milho quanto fornecido inteiro é utilizado no rúmen, o moído 78 % e o ensilado fica ao redor de 86% (OWENS et al., 1986). WALDO (1973) considera que a redução da fermentação do milho terá como conseqüência uma menor produção de proteína microbiana, da ordem de 8,2 a 23,3 g/100g de amido que escapa do rúmen; isto seria importante dependendo da categoria animal, degradabilidade e qualidade da proteína da dieta. Além das perdas de milho nas fezes, a capacidade de digestão enzimática no intestino delgado pode ser outro fator de redução do aproveitamento do milho pelo animal. REMILLARD et al. (1990) relataram que para rações com 60% de milho quebrado e 30% de silagem de milho, resultados médios de digestibilidade do amido foram de 63,4 % no rúmen e de 25,4% no intestino do total ingerido. A digestão média foi de 69,3 % do amido que entrou no intestino concluindo que a amilase e o pH da digesta não foram os principais fatores limitantes na digestão do amido no intestino delgado de novilhos. Os grãos processados podem aumentar a possibilidade de acidoses em dietas com alto nível de concentrado na terminação de bovinos ou deprimir a digestão da celulose de dietas com forragens (ORSKOV et al., 1977). O estudo dos componentes da parede celular é de grande importância quando se quer verificar o efeito do processamento de grãos em dietas com nível de concentrado de 30 a 70%. Cada componente possui uma característica diferente quanto à sua velocidade de degradação e à sua influência na digestibilidade total. A seguir serão relatadas essas características e sua interação com a dieta. A hemicelulose é o componente mais rapidamente digerido no rúmen comparada a celulose, e a lignina é indigestível. Assim a relação entre estes carboidratos 20 estruturais nas plantas afeta a fermentação ruminal. Sendo que a fibra detergente neutra consiste no total da parede celular, é altamente correlacionada com a densidade volumétrica do alimento, e portanto, está altamente correlacionada com o enchimento ruminal e o consumo de matéria seca . Já a digestibilidade de um alimento está mais relacionada com a fibra detergente ácida (FDA), pois a fração de fibra indigestível, a lignina, representa uma maior proporção desta. A celulose é de grande importância como principal componente do alimento para ruminantes tendo sido conduzido inúmeras investigações sobre o seu valor nutritivo (VAN SOEST, 1994). De um modo em geral constitui 75% da matéria seca das forragens e consequentemente é a principal fonte de energia para os ruminantes (SILVA e LEÃO, 1979;VAN SOEST, 1994). O nível de amido nas rações é tido como fator principal da depressão da digestão da fibra, principalmente em dietas mistas acima de 40% de concentrado. MERTENS e LOFTEN (1980) citaram Burrougs et al. (1949) que observaram um decréscimo de 22% na digestibilidade da matéria seca da espiga do milho e de 2 a 5% do feno de alfafa, adicionando 40% de amido nas rações e , quando aumentaram para 60% de amido a redução da digestão para a alfafa foi de 5 a 12%. Estas reduções foram atribuídas à depressão na digestibilidade da fibra. SHAIBLY e WING (1974) não encontraram diferença no desaparecimento da celulose quando testaram diferentes volumosos, bem como FIGROID et al. (1972) que testaram diferentes níveis de grãos na dieta, também não encontrando diferença. Enquanto que FARIA e HUBER (1984) encontraram efeito do nível de inclusão de grão de milho no desaparecimento da MS do volumoso e interação entre tempo de incubação e dieta. Em um estudo in vitro da cinética da digestão da fibra de fenos com diferentes níveis de adição de amido (0 ; 40; 60 ou 80%) MERTENS e LOFTEN (1980) encontraram um aumento linear (1,13; 2,68; 3,07 e 3,22 horas, respectivamente) no lag time da digestão da fibra a medida que foi adicionado o amido, mas a taxa de digestão não foi afetada (7,42%/hora). A digestão potencial diminuiu com o aumento do amido (67,8;64,7;64,6 e 61,4%). Estes concluíram que os dados não podem explicar a grande depressão que ocorre na digestão da fibra somente de adição de amido, visto que o pH foi controlado in vitro. Enquanto que GRANT (1994) pesquisando o efeito do pH e fontes de amido in vitro, relatou que 21 encontrou diferenças no lag time e na taxa de degradação da fibra em detergente neutro, quando o pH foi de 6,8 a 5,5. ALCADE e ANDRADE (1997) não encontraram efeito no nível de concentrado de 30 para 60% na digestibilidade da fibra, somente quanto compararam com os processamentos do grão de milho moído fino, grosso ou inteiro, observaram diminuição (P<0,05) da digestibilidade da fibra para o milho moído. Enquanto que COLE et al. (1976 a) e COLE et al. (1976 b) observaram que aparentemente o processamento do grão de milho não influenciou na digestão da fibra. OLIVEIRA et al. (1993) comparou em ensaio de digestibilidade o milho laminado à vapor, sorgo floculado à vapor, sorgo laminado a seco e 50:50 dos dois sorgos, sendo que estes constituíam 42% da matéria seca da dieta de vacas de leite. A digestibilidade da matéria orgânica foi maior para o sorgo floculado e da proteína bruta e fibra detergente neutra foi melhor para o sorgo seco laminado. A digestibilidade do amido foi maior (92%) para o sorgo floculado, menor para o sorgo laminado (70%) e intermediária para o milho laminado à vapor. O efeito da granulometria do milho na digestibilidade aparente foi avaliado por ALCALDE e ANDRADE (1997) em rações utilizando três granulometrias, dois níveis de concentrado (30 ou 60%) e duas fontes de proteína (levedura ou farelo de soja) para bovinos. A granulometria utilizada foi milho inteiro (MIS), moído grosso (MMG) com peneira de 19 mm e moído fino (MMF) com peneira de 2,5 mm. O tratamento com MMF diminui (P<0,05) a digestibilidade da fibra bruta e da fibra detergente neutra comparado ao MMG e MIS , enquanto que para os extrativos não nitrogenados (ENN), energia bruta (EB) e nutrientes digestíveis totais (NDT) aumentou a digestibilidade deste nutrientes(P<0,05). A digestibilidade do amido foi crescente com a diminuição da granulometria. Os autores concluíram que a moagem fina do milho, o nível de 60% de concentrado e o uso de levedura favoreceram a melhor utilização das rações com silagem de milho. A comparação de diferentes formas de tratamento físico do grão de aveia branca (Avena sativa) na alimentação de bovinos foi realizada por GOI et al.(1998) testando os seguintes tratamentos: grão de aveia inteiro seco, moído, machacado e inteiro umedecido. Não foram encontradas diferenças para os parâmetros analisados no ensaio de digestibilidade entre os 4 tratamentos para os valores de digestibilidade da matéria seca (59,47%), matéria orgânica (59,39%), proteína bruta (72,08%), 22 extrato etéreo (79,66%), fibra bruta (50,81%), extrativos não nitrogenados (62,79%) e nutrientes digestíveis totais (64,12%). BERGER et al. (1981) testaram diversos níveis (0, 2, 4 e 6 %) de tratamento com NaOH em grãos de cereais e comparando com grãos inteiros secos, umidecidos ou moídos na digestão in situ dos grão de milho, sorgo, aveia, cevada e trigo. O tratamento com o umidecimento melhorou a digestibilidade, enquanto que com NaOH melhorou para todos os tratamentos e principalmente com o grão de milho com 6% de NaOH. A avaliação do desaparecimento da matéria seca e proteína em sacos incubados no rúmen de grãos em diferentes formas físicas foram realizadas por EVANS e COLBURN (1967), comparando as formas de do grão de milho inteiro, quebrado ou moído resultando em 7,0%; 53,0% e 65,9% para matéria seca e 3 , 29 e 42% para a proteína bruta. E quando foi estudado o ponto de colheita do milho sobre a degradação da matéria seca do grão inteiro, apresentaram-se os seguintes valores de 7,0; 17,2; 32,9 e 43,1%, respectivamente para o milho colhido no ponto seco, farináceo, pastoso e, pastoso submetido à ensilagem. Estes autores fazem uma observação importante dizendo a uréia favoreceu os resultados da degradação in situ. O grau de moagem parece estar associado a velocidade de digestão do amido no rúmen. GALYEAN et al. (1979) trabalharam com novilhos canulados no rúmen e avaliaram o local e a extensão da digestão do amido do milho em diferentes tamanhos de partículas. O milho inteiro ou moído através de peneiras com crivos de 3,18; 4,76 ou 7,94 mm, na proporção de 72 % das rações, resultou nas seguintes digestibilidades da MS no rúmen: 44,9; 62,3; 63,6 e 60,8 %, respectivamente. Enquanto que a digestibilidade da MS da dieta foi em média 76,3%, não havendo diferenças com relação as aos tamanhos de partículas. A digestibilidade do amido no rúmen, foi de 70,8% com milho inteiro e de 91,7% em média com os moídos, sendo a digestibilidade no trato digestivo total de 88,2 % e 94 %, respectivamente. A individualidade do animal na sua eficiência na mastigação do grão inteiro é um ponto importante e bastante destacado por vários autores (ORSKOV, 1986; McALLISTER, 1990). Outro fator a considerar é a espécie e categoria animal, pois para ovinos e caprinos o processamento do grão é desnecessário. Mas BEAUCHEMIN et al. (1994) destaca que a variação da digestibilidade que ocorre 23 com os grãos é principalmente em relação às diferenças na taxa de ingestão entre os animais e sendo que observou que mais grãos ficaram intactos quando o consumo foi rápido. Considerando ainda que a restrição de ração como um fator de redução de digestibilidade do grão inteiro, conduz a uma rápida ingestão ocasionando uma menor intensidade de mastigação. A dieta é um fator determinante na quantidade e tipo de microorganismos no rúmen e, conseqüentemente, da taxa de degradação dos nutrientes (NOCEK, 1988). FARIA e HUBER (1984) avaliaram a degradação da matéria seca da silagem de milho, do feno de alfafa e de um feno de gramíneas, submetidos à incubação em animais recebendo dietas com três níveis de proteína ou com três níveis de milho, sendo que os resultados encontrados foram semelhantes tanto para níveis de proteína bem como para níveis de milho. CONE et al. (1989) testaram in vitro o efeito de diferentes dietas (feno ou feno + concentrado) na alimentação de animais doadores de líquido ruminal na degradação do amido de diversos grãos processados ou não. A alimentação dos animais doadores influenciou na degradação do amido, mantendo-se sempre maior para os animais alimentados com feno + concentrado, invertendo-se esta relação após 14 horas da alimentação dos animais doadores. Os grãos processados apresentaram uma alta degradação do amido em comparação aos grãos não processados, mostrando a influência do tamanho da partícula na degradação. A medida que passou o tempo após alimentação dos animais para a retirada de líquido ruminal, observaram uma diminuição na digestibilidade e uma menor diferença entre os alimentados com feno ou feno + concentrado. A medida que diminuiu o pH a degradabilidade média dos grãos diminuiu linearmente. 2.2.6. pH das fezes A presença de grandes quantidades de amido pode produzir uma fermentação rápida e originar um descenso do pH e aumentar a quantidade no intestino grosso de ácido láctico. O consumo excessivo de cereais pode criar um estado de acidose láctica no intestino grosso, muito similar com a que acontece no rúmen (ALLISON et al., 1977). O aparecimento de milho nas fezes, seja fornecido inteiro ou moído, é inevitável. Sendo assim, dependendo do grau de moagem, a taxa de passagem pode 24 ser acelerada, diminuindo o tempo de permanência no trato digestivo e consequentemente resultando em uma menor digestibilidade. TURGEON et al. (1983) avaliaram o milho inteiro, a mistura inteiro:quebrado (50:50) e do quebrado, participando 85% da ração, e observaram uma perda média de 20,7% de matéria seca do milho nas fezes; valor também encontrado por BEAUCHEMIN et al. (1994) fornecendo somente milho inteiro como único ingrediente. O ceco proporciona um ambiente ideal para manter uma elevada população de bactérias e dispõem de um fornecimento relativamente constante de substratos, temperatura e pH constantes. Os substratos disponíveis incluem alimentos não digeridos previamente, células procedentes da descamação e secreções digestivas (YOKOYAMA e JOHNSON,1993). Em cordeiros submetidos a distintas condições de alimentação observram-se flutuações de pH no ceco. Os cordeiros alimentados com alfafa apresentaram valores de pH cecal que oscilaram de 6,6 a 7,8 ; e cordeiros que receberam dietas a base de cereais tiveram valores de pH cecal entre 5,7 e 7,2 (Ulyatt et al., 1975; citado YOKOYAMA e JOHNSON, 1993). OLIVEIRA et al. (1993) demonstraram que vacas alimentadas com sorgo laminado tinham mais amido e proteína bruta, e um menor pH nas fezes comparadas com vacas alimentadas com sorgo floculado. E sugeriram que uma quantidade significante de amido fermentou no intestino grosso, sendo que a fermentação de grandes quantidades de amido no intestino grosso é indesejável. GOETSCH et al. (1987) não encontraram diferença significativa no pH das fezes comparando animais alimentados com grão de milho inteiro ou moído, mas a digestibilidade do amido foi maior significativamente para o milho moído, demonstrando que talvez estes parâmetros não se correlacionem. 2.2.7. Desempenho animal Os grãos de cereais são os mais usados para complementar ou implementar a produção animal (KOTARSKI et al., 1992). Sendo que o desempenho animal está diretamente relacionado com o consumo e digestibilidade da dieta, e estes dois fatores influenciados pelos efeitos associativos da dieta e categoria animal estudada. 25 Em nossas condições, os volumosos tem participado de 40 a 70% da matéria seca das rações, na fase de acabamento dos animais, já que as oscilações da economia e o dispêndio de recursos financeiros de curto prazo tem limitado a elevação do nível de concentrado (ALCADE, 1997). Assim quanto mais eficiente for a utilização do concentrado melhor será a resposta da interação animal, dieta e custos. A fonte de carboidratos não estruturais e o processamento dos grãos afeta a taxa de fermentação ruminal do amido e podem, portanto, influenciar na performance animal (POORE et al., 1993). Segundo GOETCH et al. (1987) o milho, para participar de rações de bovinos em terminação, requer pouco ou nenhum processamento, uma vez que há minimização dos custos, redução de mão de obra e de equipamentos. A proporção de milho que participa da ração é um dos fatores determinantes da necessidade de processar ou não o grão, podendo este interferir sensivelmente no ganho de peso e conversão alimentar. RUSH et. al. (1988) em dois experimentos compararam rações contendo milho em grão nas formas inteiro e amassado (machacado) nos níveis de 15 e 30% de participação na dieta e umidade de 14 e 12% do grão de milho. A dieta incluiu também feno de alfafa e silagem de milho oferecidos à vontade aos animais uma vez ao dia. No experimento 1, onde a umidade era de 14% e a participação do grão era de 15%, o ganho médio diário (GMD) foi de 0,86kg para o grão inteiro e 0,88kg para o machacado. Com a participação de 30% o GMD foi de 1,02 kg para o grão inteiro e 1,04kg para o grão machacado. No experimento 2, quando a umidade foi de 12% e a participação do grão era de 15% o GMD foi de 0,83kg para o grão inteiro e 0,99kg para o grão machacado. Com a participação de 30% o GMD foi de 0,99kg para o grão inteiro e 1,070kg para o grão machacado. Com umidade menor, a performance dos novilhos melhorou apresentando diferença significativa entre as duas formas de processamento do grão. Já KERCHER e ROMSA. (1986) em outro experimento com 106 novilhos de 333kg, onde testaram os grãos de cevada e milho inteiros, moídos e umedecidos, o desempenho dos novilhos alimentados com milho não diferiu estatisticamente nas três formas de tratamento dos grãos (GMD de 1,32 kg). Mas a umidade era bem superior ao experimento anterior, continham 71,3 e 73,2 % de MS para milho e cevada, respectivamente. Na cevada o grão moído (GMD de 1,15 kg) apresentou melhor desempenho (P<0,05) comparado ao grão 26 inteiro seco (GMD de 0,99 kg) e semelhante ao umedecido (GMD de 1,08kg). Os novilhos alimentados com grãos inteiros consumiram mais MS do que os alimentados com grãos com elevada umidade e foram menos eficientes. Os novilhos alimentados com grãos moídos foram intermediários em ingestão de MS e eficiência alimentar. A inclusão do milho moído em dietas para terminação de bovinos foi avaliada por JESSE et al. (1976) nas relações milho : silagem de milho 30:70; 50:50; 70:30 ou 80:20. A ração com maior nível de silagem resultou em um menor ganho de peso médio (0,90 kg/dia), enquanto que o desempenho com as outras rações foram semelhantes (1,06; 1,13 e 1,11 kg/dia, respectivamente). Concluíram que o fornecimento de milho acima de 70% não é vantajoso. TURGEON et al. (1983) e ZINN (1992) concluíram que o fornecimento do grão inteiro não difere do quebrado ou laminado seco, quando a proporção de volumoso na ração for menor que 20 %. Nos estudos de TURGEON et al. (1983) foi detectado em rações com 5 a 15 % de volumoso com mistura de milho inteiro mais quebrado (1:1), melhor conversão alimentar (5,66) do que o milho fornecido nas formas inteiro, quebrado, moído ou inteiro mais moído (1:1), que apresentaram em média 5,87% a mais de consumo de matéria seca para o mesmo desempenho. Avaliação da utilização do milho com diferentes graus de moagem na alimentação de 30 novilhos da raça Guzerá foi estuda por ALVES et al. (1993) , tendo como volumoso a silagem de milho. Foram utilizados os seguintes tratamentos: milho moído (fubá), milho quebrado (moagem grosseira) e milho inteiro. Os ganhos de peso foram 1,17, 1,14 e 1,10 kg/dia/animal, respectivamente. O consumo de matéria seca (MS) e a conversão alimentar foram 8,80 e 7,33; 8,97 e 8,14; 8,99 e 8,00, para milho moído, milho quebrado e milho inteiro, respectivamente. Não apresentando diferença significativa entre os tratamentos. Num experimento semelhante ALCADE et al. (1997) utilizaram 30 novilhos cruzados (1/2 zebu x 1/2 holandês) na avaliação do efeito da granulometria do milho no desempenho de bovinos em confinamento. Os tratamentos foram milho inteiro, milho moído grosso e milho moído fino, combinados com 30% de concentrado. Além do milho os animais receberam uréia e silagem de milho. Os ganhos de peso médio diário e a conversão alimentar foram de 27 1,11kg e 9,43 ; 1,16 kg e 9,28 kg; 1,09kg e 9,43kg, para milho inteiro, milho moído grosso e milho moído fino. GOI et al. (1998) comparou diferentes formas de tratamento físico do grão de aveia branca (Avena sativa) na alimentação de bovinos. Onde testou os seguintes tratamentos grão de aveia inteiro seco, moído, machacado e inteiro umedecido, utilizando 24 novilhos da raça Hereford com idade média de 13 meses e peso médio de 260 kg, em confinamento. O ganho médio diário (1,07 kg/dia), o consumo de matéria seca (7,21 kg MS/dia)e a conversão alimentar (7,02) não apresentaram diferenças significativas para os quatro tratamentos testados. A avaliação do grão de milho moído, inteiro com umidecimento prévio de 24 horas e inteiro seco foi estuda por SILVA et al. (1998), em sistema de confinamento. Onde utilizaram dois grupos genéticos, dois pesos iniciais e idades diferentes; foram 24 novilhos (F1 Pardo Suíço x Nelore), com 19 meses e 293kg; e 24 novilhos nelore com 32 meses e 380kg de peso médio inicial. A alimentação foi constituída de silagem de milho a vontade e 1% do peso vivo de concentrado (76,75% milho, 18,66% farelo de soja, 1,76% uréia, 0,31% sulfato de amônio, 1,23% mistura mineral, 1,23% calcário calcítico e 0,04% de ionóforo). Houve tendência de menor consumo de matéria seca (MS) e melhor conversão alimentar (CA) para os animais que receberam o grão de milho moído (consumo 10,9 e 11,0kg MS/dia/animal e CA de 5,06 e 7,61, para o grupo dos cruzados e Nelore , respectivamente) em relação ao inteiro umidificado e seco. No ganho de peso não houve diferença entre os animais cruzados (1,685 kg/dia/animal). Já os animais puros Nelore a trituração do milho (1,460 kg/dia/animal) resultou em um maior ganho de peso em relação ao milho grão inteiro seco (1,286 kg/dia/animal) e milho grão inteiro úmido (1,317 kg/dia/animal). O milho inteiro ou o milho esmagado com silagem de milho foram testados por VANCE et al. (1972) nas proporções de 0; 12,6; 23,1; 37,5; 48,0 ou 59,0 % na matéria seca em dietas para novilhos em crescimento e acabamento. Os ganhos de peso e as conversões alimentares foram melhores nos tratamentos com milho inteiro quando a silagem participou em até 23,1 % na dieta total, enquanto que com o milho esmagado os ganhos foram aumentando até o nível de 37,5% de silagem. O milho inteiro comparado ao esmagado quando consumido exclusivamente apresentou melhor ganho de peso e conversão alimentar. 28 PAZIANI et al. (1998) avaliaram o desempenho de bovinos em terminação suplementados em pastagem no período de seca com milho moído ou inteiro combinados com farelo de soja ou soja integral, respectivamente, onde 75% do suplemento foi constituído de milho e 25% farelo de soja ou soja integral. Utilizaram 50 garrotes em dois períodos de 28 dias. O consumo médio de suplemento foi de 7,20 kg/dia/animal. Houve diferença significativa no ganho de peso com 1,214 kg/dia/animal para o milho moído e 0,999 kg/dia/animal para os grãos inteiros. Estes concluíram que a suplementação com milho moído e farelo de soja proporciona elevados ganhos de peso em animais em pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu, desde que haja alta disponibilidade de forragem. 29 4. Referências Bibliográficas A.R.C. AGRICULTURAL RESEARCH COUNCIL. The nutrient requirements of ruminants livestock. Commowealth Agricultural Bureaux , Slough, UK. p. 351, 1980. AGRIANUAL 99, Anuário da Agricultura Brasileira. São Paulo: Argos Comunicação, p.385, 1999. ALCADE, C.R., ANDRADE, P. Avaliação da granulometria do milho na digestibilidade aparente de rações utilizando silagem de milho com levedura ou farelo de soja em bovinos. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34, 1997, Juiz de Fora , Anais... Viçosa: Soc.Bras. Zootec., p. 430-432, 1997. ALCALDE, C.R. Avaliação da granulometria ou hidratação do milho através da digestibilidade aparente, degradabilidade ruminal e desempenho de bovinos. Jaboticabal, SP:UNESP, 1997, 111 p. 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A relação volumoso: concentrado utilizada foi de 40:60, sendo o volumoso silagem de sorgo. Os parâmetros avaliados no primeiro ensaio de desempenho animal foram: ganho médio de peso diário (GMD), consumo médio diário de matéria seca (CMS), consumo de matéria seca em relação ao peso vivo (CMSPV) e em relação ao peso metabólico (CMSPM) e conversão alimentar (CA). Enquanto que no segundo ensaio de digestibilidade foram: digestibilidade in vivo da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN) e ácido (FDA), celulose (CEL), digestibilidade da energia (DE) e amido (AM); pH das fezes e também CMS, CMSPV e CMSPM. No primeiro ensaio foram utilizados 15 terneiros, machos inteiros, com sete meses de idade e peso vivo inicial de 159,29kg e no segundo ensaio foram utilizados seis terneiros fístulados no rúmen, um da raça Jersey e cinco da raça Holandesa. Os parâmetros avaliados no primeiro ensaio não diferiram significativamente entre os tratamentos. Somente para o CMSPM houve diferença significativa, sendo que o GMM apresentou maior consumo (136,47g MS/kg PV0,75) diferindo do GMI (119,66g MS/kg PV0,75) mas não do GMIU (129,05g MS/kg PV0,75). O GMD, CMS, CMSPV e CA na média entre os tratamentos foram de 1,357kg/an/dia; 6,87kg MS/an/dia; 3,41kg MS/100kg PV e 5,101kg MS/kg ganho, respectivamente. Já no segundo ensaio os consumos de MS, MS em relação ao peso vivo e em relação peso metabólico não foram influenciados pelas dietas experimentais, sendo observado os valores médios de 5,68 kg/dia/na; 2,57kg/100kg PV e 99,03g/PV0,75 , respectivamente. Não houve diferença 40 para os parâmetros de digestibilidade, somente para a digestibilidade da MS, com a melhor digestibilidade para o GMIU (64,73%). O pH das fezes diferiu (P<0,05) entre os tratamentos com o pH mais baixo para o GMM. O GMIU influenciou numa maior digestibilidade da MS. Conclui-se que para terneiros até 200 kg de peso vivo o tratamento do grão de milho não afeta o desempenho; o GMIU apresentou uma maior digestibilidade da MS; o pH das fezes não foi um bom indicador da digestibilidade amido. Palavras chaves: Grão milho, desempenho, digestibilidade, pH fezes, terneiros. 41 FOOD INTAKE, DIGESTIBILITY AND PERFORMANCE OF CALVES FEED ON DIETS CORN GRAIN UNDER DIFFERENT TREATMENTS Abstract The effect of grinding or treating corn grain with urea was studied in two trials. The first to measure animal performance and the second to evaluate digestibility of nutrients. The experimental diets were based on ground corn grain (GCG), whole corn grain (WCG) or whole corn grain treated with urea (UWCG). Sorghum silage was used in all diets at the proportion of 40% of the dry matter. In trial one animal performance was evaluated through the parameters average daily gain (ADG), dry matter intake expressed in kg/day (DMI), in relation to body weight ( DMIBW) and in relation to metabolic body weight (DMIMW); feed conversion rate (FCR) was also measured. In trial two the digestibility of dry matter (DM), organic matter (OM), crude protein (CP), ether extract (EE), neutral detergent fiber (NDF), acid detergent fiber (ADF), cellulose (CEL), starch (STA), and energy (ED), were measured; faecal pH, DMI, DMIBW and DMIMW were also measured. The animal uses were 15 males calves, 12 Holstein and 3 Jersey in trial one. The animal were seven months old and with mean body weight of 159,2 kg at the beginning of the experiment. For trial two, six calves, one Jersey and five Holstein, fitted with rumen canulas were used. Only for DMIMW were significant differences, GCG had higher intake (136,47 g DM/kg BW 0,75 ). For digestibility values they were no significant differences between treatments, except for DM which was higher for UWCG (64,73 %). Treatments affected faecal pH (P<0.05) which was lower for GCG. It was concluded that treatments of corn grain do not affect animal performance of calves up to 200kg of body weight in spite of affecting dry matter digestibility. Faecal pH is not a good indicator of starch digestibility. Key words: Corn grain, performance, digestibility, faecal pH, calves. 42 1.Introdução O desempenho animal está diretamente relacionado com o consumo de nutrientes, este por sua vez é função da digestibilidade da dieta e do consumo de matéria seca, estando este dois fatores inter-relacionados. A natureza física e química da dieta influencia de forma primordial sobre a velocidade e amplitude da digestão, assim como na síntese e local de digestão de seus diferentes produtos (WALDO, 1973; ORSKOV, 1986; FERRELL, 1993). Quando deseja-se obter altos níveis de produção animal é necessário aumentar a concentração nutritiva da dieta incluindo maiores quantidades de concentrados ricos em carboidratos solúveis. Com isso, pode ocorrer uma diminuição do pH ruminal, pelo menos durante alguns períodos do dia, o que por sua vez pode acarretar uma diminuição da digestibilidade da parede celular, já que esta diminui com pH inferior a 6,2 , podendo cessar quando este atinge valores próximos ou inferiores a 6 (VAN SOEST, 1994; OWENS e GOETSCH, 1993). A menor digestibilidade da fibra pode promover menor consumo, de forma que a melhoria no desempenho não seja proporcional ao aumento do conteúdo de energia da dieta. O amido é um dos primeiros nutrientes na dieta dos ruminantes usados para promover altos níveis de produção. A principal origem do amido na dieta são os grãos de cereais, mais comumente a cevada, milho e sorgo. Assim, a ótima utilização do amido é fundamental para melhorar a eficiência da produção animal. A utilização acentuada do amido através de grãos processados é altamente dependente dos métodos de processamentos, espécie de ruminante e o tipo de grão (THEURER, 1986). O processamento dos grãos como o milho servem basicamente para expor os grânulos de amido a digestão (BEAUCHEMIN et al., 1994), formando fissuras, 43 quebrando, ou expandindo o amido, de forma de eliminar a barreira física que a película externa, pericarpo, representa dificultando o ataque microbiano ou enzimático (ROONEY e PFLUGFELDER, 1986; KOTARSKI et al., 1992; THEURER, 1986). O tratamento físico dos grãos de cereais pode ter um efeito marcante no padrão de fermentação ruminal, no pH e na utilização da fibra. Na prática, é comum fornecer os grãos na forma moída, o que provavelmente não é o mais eficiente por propiciar uma rápida fermentação do amido e grandes variações no pH ruminal. O fornecimento de grãos inteiros além de diminuir a velocidade de produção de ácidos, promove uma maior mastigação e ruminação, aumentando a produção de saliva e causando um conseqüente efeito tampão. Assim, além de preocupar-se que ingrediente usar em uma ração e o seu teor em nutrientes, deve também ser levado em conta o tipo de processamento a ser utilizado, pois este irá afetar desde a ingestão até o aproveitamento pelo animal e, consequentemente, o seu desempenho. Os efeitos e/ou benefícios dos diferentes tipos de processamento dos grãos, como a redução no tamanho da partícula e adição de umidade, dependem da qualidade do alimento processado e, principalmente, do animal que será alimentado. Pois a forma de mastigar e ruminar, o tamanho do orifício retículo-omasal e a dieta, acompanhados de outros fatores podem afetar a resposta ao processamento. Segundo ORSKOV (1990) a conveniência ou não do tratamento dos grãos depende do tipo de grão e do animal. Este autor afirma que para ruminantes pequenos como ovinos, caprinos e bovinos de até 100 a 150 kg de peso vivo, é vantajoso que os grãos sejam fornecidos inteiros. Já para bovinos adultos deve-se proceder um tratamento mínimo para evitar que o excesso de grão não digerido seja eliminado nas fezes. A utilização do grão de milho inteiro ou não depende da eficiência de mastigação do animal e esta depende da espécie e categoria de ruminante que está sendo alimentada. BEAUCHEMIN et al.(1994) não encontraram benefícios que compensassem o custo da moagem na alimentação de vacas em lactação. O ponto ótimo de processamento não está bem definido, o que se sabe é que ocorrem alterações na digestibilidade e na utilização da energia digestível influenciada pelo tipo de processamento, estádio de maturidade, tipo e variedade do grão (NRC, 1987). 44 Diversos são os processamentos existentes (HALE e THEURER, 1974), mas nem todos são acessíveis econômica e tecnologicamente, estando estes longe da realidade do produtor brasileiro. Assim surge a idéia de além de fornecer o grão de milho inteiro, evitando a moagem, tratar este com uréia como uma alternativa, pois a amônia liberada na hidrólise desta ataca o pericarpo do milho, formando fissuras na película e facilitando assim o ataque microbiano (ORSKOV, 1986); e ao mesmo tempo funciona como um conservante (BOTHAST et al., 1972 e RUSSELL et al., 1988), evitando a necessidade da realização da secagem do milho, quando este está com uma umidade entre 14 a 34%, eliminando dois processos ao mesmo tempo. O nível de consumo deve ser um ponto importante a ser considerado quando compara-se diferentes processamentos de grãos. MOE e TYRELL (1979) relataram que a energia metabolizável do grão de milho para vacas leiteiras reduziu de 3,58 Mcal/kg com os animais em mantença para 2,92 Mcal/kg com 2,5 vezes a mantença. Já BINES et al. (1988) concluíram que o efeito do consumo sobre a digestibilidade é confuso em dietas contendo grãos processados, podendo ser significativo para terneiros jovens, mas não para vacas leiteiras. Assim o objetivo deste experimento foi avaliar a granulometria e o tratamento com uréia do grão de milho no desempenho, consumo e digestibilidade em terneiros. 2.Material e Métodos O experimento foi realizado no Setor de Nutrição Animal e Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia, do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria, em Santa Maria, situada na Depressão Central do Rio Grande do Sul. Os dados meteorológicos referentes ao período em que foram desenvolvidos os experimentos foram fornecidos pela estação de meteorologia do departamento de fitotecnia da UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (1999) (Apêndice 1 B). Ensaio 1: Desempenho animal. O experimento foi realizado no período de março a maio de 1999. Foram utilizados 15 terneiros, sendo três da raça Jersey e 12 da raça Holandesa, puros por 45 cruza, machos inteiros, com 7 meses de idade e peso médio inicial de 159,29 kg. Estes foram alojados em 15 piquetes de 8 m2 cada, equipados com bebedouros, cochos cobertos e piso cimentado em sua área coberta. A duração do experimento foi de 84 dias, sendo 21 dias de adaptação e 63 dias de coleta de dados. Os tratamento testados foram: Grão Milho Moído (GMM); Grão Milho Inteiro (GMI); e o Grão Milho Inteiro Tratado com Uréia (GMIU). A relação volumoso:concentrado foi de 40:60, na base da MS. Utilizou-se silagem de sorgo forrageiro (híbrido AG 2002) como volumoso, e no concentrado farelo de soja, uréia , sal comum e calcário calcítico, variando as diferentes formas de fornecimento do milho. Na Tabela 1 encontra-se as proporções por ingrediente ofertado na matéria seca para cada dieta experimental. Tabela 1 - Composição das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI) e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU) no ensaio 1- Desempenho animal. Ingredientes Silagem Sorgo Milho Tratado Milho Farelo Soja Uréia Sal comum Calcário Calcítico GMM 40 40,6 17,6 0,6 0,6 0,6 GMI 40 40,6 17,6 0,6 0,6 0,6 GMIU 40 41,2 17,6 0,6 0,6 As dietas foram isonitrogenadas e isoenergéticas, seguindo as recomendações NRC (1996). A diferença de proteína bruta entre o milho tratado com uréia e o não tratado foi ajustado com acréscimo de uréia no concentrado, sendo que os outros ingredientes foram constantes para os três tratamentos. Para a moagem do grão de milho utilizou-se um moinho de martelo sem peneira. Já para o tratamento GMIU, o milho recebeu uma solução de uréia diluída em água a 40%, onde esta representou 2% do total de matéria seca do milho a ser tratado; o milho foi misturado com a solução de uréia em um misturador horizontal; após este milho foi armazenado em um galpão e coberto com lona plástica de forma que não permitia a volatilização da amônia, ficando vedado por 4 semanas. 46 A alimentação foi fornecida em duas refeições/dia, as oito e as dezessete horas, em partes iguais. Os concentrados do GMI e o GMIU foram pesados e misturados manualmente na hora da alimentação ao seus respectivos grãos de milho, devido ao peso específico destes serem maiores que as partículas do concentrado, com isto o grão de milho poderia se separar se a mistura fosse realizada em um misturador. Diariamente, pela manhã, as sobras de alimento foram retiradas, pesadas e amostradas para controle e ajuste do consumo de matéria seca. Os animais foram pesados antes da adaptação às dietas e instalações, no início da fase experimental e posteriormente, de 21 em 21 dias, até 63 dias, perfazendo 3 períodos e 4 pesagens (Apêndice 2 B). Antes das pesagens os animais foram precedidos de um jejum de sólidos e líquidos de 12 - 14 horas. Foram analisadas matéria seca e proteína bruta de todas as partidas dos ingredientes que compõem o concentrado (AOAC, 1984). Das sobras foram feitas amostras compostas semanalmente para a análise da matéria seca. A silagem coletada diariamente foi amostrada formando uma amostra composta semanal e congelada para posteriores análises de matéria seca e proteína bruta. Os parâmetros avaliados foram ganho de peso médio diário (GMD), conversão alimentar (CA), consumo voluntário da matéria seca (CMS), consumo de matéria seca em relação ao peso vivo (CMSPV) e em relação ao peso metabólico (CMSPM). O delineamento experimental foi de blocos inteiramente casualizados, onde ao bloqueamento foi a raça, e cada unidade experimental foi composta por um animal, totalizando 5 repetições. Os dados de cada parâmetro avaliado foram analisados por análise de variância através do programa estatístico SAS (1990) e as diferenças entre as médias foram analisadas pelo teste de Tukey em nível de 5% . Ensaio 2 : Digestibilidade O período de realização do experimento foi de 10 janeiro a 10 de dezembro de 1999. Foram utilizados 6 terneiros, sendo 1 da raça Jersey e 5 da raça Holandesa, machos, castrados, com idade média de 9 meses e peso vivo médio de 219 kg, no início do experimento. 47 Os animais foram identificados com brincos numerados, vacinados contra endo e ectoparasitas e alojados em um prédio de alvenaria em baias individuais de digestibilidade, providas de bebedouros automáticos e comedouros. As baias foram lavadas diariamente. Os tratamentos foram os mesmos realizados no Ensaio 1, sendo que as proporções, na MS, dos ingredientes das dietas testadas variaram, pois foi realizado um novo tratamento do grão de milho com uréia, nas mesmas condições, mas o conteúdo de nitrogênio retido no grão de milho foi maior, e também foi adquirido um novo lote de farelo de soja. Assim a diferença de proteína bruta entre o milho tratado com uréia e o não tratado foi ajustado com acréscimo de uréia no concentrado, sendo que os outros ingredientes foram constantes para os três tratamentos, modificando assim em pequenas proporções a inclusão da uréia, grão de milho e farelo de soja. As proporções da granulometria do milho moído foram medidas e apresenta - se no Apêndice 6 B (HARRIS, 1970). Na Tabela 2 apresentase as proporções de cada ingrediente para cada dieta experimental. Tabela 2 - Composição das dietas experimentais, em percentual da matéria seca, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Ingredientes Silagem Sorgo Milho tratado Milho Farelo Soja Uréia Sal comum Calcáreo Calcítico GMM 40 42,6 15,5 0,75 0,6 0,6 GMI 40 42,6 15,5 0,75 0,6 0,6 GMIU 40 43,3 15,5 0,6 0,6 A duração total do experimento foi de 63 dias, dividido em três períodos de 21 dias, sendo 10 dias de adaptação às dietas, quatro dias de avaliação de consumo médio voluntário e sete dias de coleta de amostras para a determinação da digestibilidade. A alimentação era fornecida em duas refeições/dia às oito e às dezessete horas, em partes iguais e misturadas manualmente. Durante os períodos de adaptação e de determinação de consumo a alimentação foi ad libitum, sendo 48 permitido sobras de 10%; para a determinação da digestibilidade o consumo foi restrito a 90 % do registrado anteriormente. Os animais tiveram acesso livre à água, sendo pesados no início e no final de cada período experimental (Apêndice 4 B). Coletaram-se amostras da silagem e dos ingredientes dos concentrados, compostos por período e das sobras, compostas por animal e período, acondicionadas após moídas em moinho tipo Willey com peneira de 1 mm em recipientes de vidro. No caso da silagem e das sobras foram secas antes da moagem em estufa de ar forçado a 65ºC por 72 horas. A digestibilidade aparente dos componentes de cada tratamento foi determinada pelo método direto, através da diferença do total consumido e o total eliminado nas fezes. Esta avaliação ocorreu do 15o ao 20o dia, sendo do 16o ao 20o dia foram recolhidas, pesadas e amostradas as fezes produzidas. Estes dados foram usados para o cálculo das digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), energia bruta (EB), amido (AM), fibra em detergente neutra (FDN) e ácido (FDA) e celulose (CEL). Nas amostras dos ingredientes que compõem o concentrado, da silagem, sobras e fezes analisou-se MS, EE e PB, de acordo com a AOAC (1984); FDN, FDA e lignina em detergente ácido (LDA) conforme GOERING E VAN SOEST (1970). O AM foi determinado segundo a técnica modificada de KOZLOSKI et al.(1999) e EB segundo HARRIS (1970). O pH das fezes foi determinado nos cinco dias da coleta total das fezes, onde amostrou-se nove gramas de fezes, diluiu-se esta em 60 ml de água e após 30 minutos mediu-se o pH através de um potenciômetro digital. O delineamento experimental foi constituído por um quadrado latino 3 × 3 repetido duas vezes, onde as colunas representaram os animais (seis animais) e as linhas representaram os períodos (três períodos), perfazendo 6 repetições por tratamento. Foi avaliado o efeito dos tratamentos sobre os fatores estudados consumo, digestibilidade aparente e pH das fezes através de análise de variância e teste de comparação de médias empregando-se o Programa Estatístico S.A.S. (1990). 49 3.Resultados e discussão Ensaio 1 : Desempenho animal. Os parâmetros avaliados PVI, PVF, GMD, CMS, CMSPV e CA não diferiram significativamente entre os tratamentos, somente para o CMSPM houve diferença significativa, Tabela 3. Os dados individuais por animal utilizados para a análise estatística e para o cálculo deste parâmetros encontram-se nos apêndices "2 B" e "3 B ".As análises de variância e teste de Tukey encontram-se nos apêndices "1 A" a "7 A". Tabela 3 - Parâmetros avaliados no desempenho animal para os tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU) para peso inicial (PVI), peso final (PVF), ganho de peso médio diário (GMD), consumo voluntário de matéria seca (CMS), conversão alimentar (CA), consumo de matéria seca em relação ao peso vivo (CMSPM) e em relação ao peso metabólico (CMSPM). Tratamentos GMM GMI GMIU Média PVI 158,12 157,24 162,52 159,29 PVF GMD 248,40 1,43 239,80 1,31 246,20 1,33 244,80 1,36 CMS 7,33 6,31 6,97 6,87 CA 5,20 4,85 5,25 5,10 CMSPV 3,62 3,20 3,42 3,41 CMSPM 136,47 a 119,66 b 129,05 ab 128,40 a e b letras diferentes na mesma coluna diferem significativamente (P<0,05) pelo teste de Tukey. O GMD, CMS e CA na média entre os tratamentos foi de 1,36kg/an/dia; 6,87kg MS/an/dia; e 5,10kg MS/kg ganho; respectivamente. VARGAS JR et al.(1998) encontrou ganhos superiores (1,50kg/an/dia) e conversão alimentar (4,63kg MS/kg ganho) melhor com categoria animal e nível de concentrado (50:50) semelhantes, já o CMS (6,83 kg/an/dia) foi próximo ao encontrado pelo autor. Segundo o NRC (1996) para esta categoria com peso vivo médio de 202 kg e com este ganho obtido de 1,36 kg/dia o consumo estimado esta entorno de 1,00 kg de MS a menos do que o obtido (6,87 kg MS/dia). 50 SILVA et al.(1998) também não encontrou diferença entre os diferentes tratamentos testados milho moído, inteiro e úmido; com a categoria novilho de 19 meses, mas para novilhos de 32 meses encontrou diferença com vantagem para o milho moído, confirmando a teoria (ORSKOV, 1990) que com animais jovens talvez a moagem do grão de milho não seja necessária. Com um mesmo nível de inclusão do grão inteiro de milho ou moído, mas animais com peso vivo superior (360 kg), VANCE et al. (1972) , ALCALDE (1997) e ALVES et al. (1993) não obtiveram diferença no ganho de peso e conversão alimentar, sendo estes inferiores aos encontrados. O GMM foi mais consumido, obteve o maior ganho, mas a conversão alimentar não acompanhou, ficando semelhante ao GMIU, enquanto que o GMI aconteceu o inverso, obteve o menor consumo e um ganho semelhante GMIU, resultando em uma melhor conversão alimentar, o que fez com que os tratamentos apresentassem um desempenho animal semelhante (P>0,05). Apesar de não ter sido detectado diferença o GMM apresentou um ganho 8% superior ao GMI e GMIU, mas para isto consumiu 14% a mais que o GMI e 4,5% a mais que o GMIU. Isto justifica a diferença (P<0,05) encontrada para o CMSPM, ocorrendo que ao ajustar para o peso metabólico, este retirou o efeito que o tamanho do animal estava influenciando, equiparando melhor os pesos dos animais em relação ao consumo de MS, permitindo demonstrar uma diferença. TURGEON et al. (1983) obteve desempenho semelhante mas com um nível de concentrado de 85 a 95% e categoria com peso superior (390 kg), não obtendo diferença (P>0,05) do fornecimento do milho inteiro para o milho moído, observando a mesma diferença de 8% no ganho de peso e de 6% no consumo de MS. Ensaio 2 : Digestibilidade Na Tabela 4 encontra-se as composições bromatológicas médias de cada ingrediente e da dieta; e no apêndice "4 B" a composição bromatológica da silagem de sorgo para cada período experimental. No apêndice "6 B" encontra-se as distribuições granulométricas do grão de milho moído. Onde observou-se que 85% do milho moído ficou retido entre as peneiras de 3,36 a 0,71 mm, com uma granulometria média de 1,69 mm, podendo 51 classificar esta granulometria como uma moagem grosseira. Valores estes semelhantes ao milho moído grosso (peneira com crivos de 19 mm) realizado por ALCALDE (1997), onde 85,94 % do milho ficou retido nas peneiras de 2,38 a 0,84mm. Os pesos vivos iniciais, finais e médios para cada animal e período experimental encontram-se no apêndice "4 B". Tabela 4 - Valores percentuais de matéria seca (MS), cinzas (CZ), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido(FDA), hemicelulose (HEM), celulose (CEL), lignina (LIG) e energia bruta em kcal/kg (EB) na MS dos ingredientes e das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Intens Sil.Sorgo MS % CZ % PB % EE % FDN % FDA % HEM % CEL % LIG % AM % EB 31,34 4,82 5,15 3,26 61,76 37,66 24,10 26,70 9,10 11,39 4182,09 F.soja Milho Milho Tratamentos Trat. GMM GMI GMIU 88,01 88,56 86,79 65,78 65,78 64,98 7,15 2,62 6,13 6,04 6,04 6,91 43,74 7,77 12,45 14,60 14,60 14,89 2,03 4,03 4,22 3,30 3,30 3,40 13,71 11,96 14,29 31,97 31,97 33,00 8,88 2,91 3,36 17,81 17,81 18,01 4,83 9,04 10,93 13,31 13,31 14,99 6,66 2,63 2,68 12,92 12,92 12,36 2,60 0,95 1,71 4,49 4,49 4,81 9,77 70,25 63,83 34,80 34,80 32,57 4571,50 4402,31 4284,33 4264,76 4264,76 4242,56 Na Tabela 5 encontram-se os dados de consumo de MS, MS em relação ao peso vivo e em relação peso metabólico. Estes não foram influenciados pelas dietas experimentais, sendo observado os valores médios de 5,68 kg/an/dia; 2,57 kg/100 kg PV e 99,03 g/PV0,75 , respectivamente. O consumo MS em kg/dia esta de acordo com o recomendado pelo NRC (1996), para novilhos com 226 kg de peso vivo médio com ganho estimado de 1,250 kg/dia e consumo de 5,6 kg MS/dia. O tratamento menos (P>0,05) consumido foi o GMIU com 6% a menos que a média do GMM e GMI, com valores bem semelhantes principalmente quando compara-se o CMSPV e CMSPM, onde aumenta a diferença em relação ao GMIU para 8%. Os consumos foram bastantes inferiores aos registrados no Ensaio 1 (6,87; 52 3,41; 128,40 para CMS, CMSPV e CMPM, respectivamente), mas o que pode-se destacar (P>0,05) é que o GMM foi sempre o mais consumido. RUSSELL et al. (1988) também não encontraram diferença para o consumo de matéria seca utilizando tratamentos muito semelhantes, mas com 80% de concentrado na dieta total. Enquanto que SAENGER et al. (1982) verificaram um maior consumo do milho tratado com uréia comparado com o milho moído+uréia. O efeito do processamento de grão pode ser também menos pronunciado quando a energia disponível do grão sem processar é relativamente alta ou quando o nível de consumo é baixo (NRC, 1996). Tabela 5 - Médias dos consumos de matéria seca (MS), em quilograma por dia (CMS), em percentagem do peso vivo (CMSPV) e em gramas por unidade de tamanho metabólico (CMSPM) em função das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Parâmetros CMS CMSPV CMSPM GMM 5,97 2,67 103,10 GMI 5,62 2,63 100,15 GMIU 5,46 2,43 93,84 Média 5,68 2,57 99,03 As digestibilidades das frações estudadas não diferiram (P>0,05) entre as dietas experimentais, sendo apresentadas na Tabela 6. A exceção para a digestibilidade da MS, onde o GMIU apresentou maior digestibilidade, não diferindo do GMM mas diferiu (P<0,05) do GMI. A melhor digestibilidade da MS para o GMIU pode estar ligado ao seu menor consumo, como comentado acima, o que pode ter influenciado em uma menor taxa de passagem e conseqüente maior tempo de permanência desta dieta para fermentação e ataque enzimático. Valores estes bastantes inferiores aos encontrados por VANCE et al. (1972), TURGEON et al. (1983) e CLARK et al.(1973) onde não encontraram diferença entre os processamentos testados para a digestibilidade da MS. RUSSEL et al. (1988) encontraram um aumento na digestibilidade in vitro da matéria seca após 48 horas de incubação do grão de milho inteiro+uréia comparado com o grão de milho inteiro tratado com uréia. SAENGER et al. (1982) também encontraram diferenças mas entre o milho tratado com uréia comparado com o milho moído+uréia na 53 digestibilidade da matéria seca. Embora não tenha sido encontradas diferenças entre as dietas experimentais, notou-se que o GMM apresentou digestibilidade inferior em comparação com a média do GMI e GMIU nos parâmetros FDN, FDA e CEL na ordem de 6%, 19% e 19% , respectivamente. CHEN et al.(1994) trabalhando com vacas leiteiras e com milho floculado a vapor ou laminado a vapor também não encontraram diferenças significativas para os parâmetros analisados e encontraram valores bem semelhantes, a exceção para a digestibilidade do amido que foi maior para o milho floculado a vapor com 95,9% em comparação ao milho laminado a vapor com 91,8%. COLE et al. (1976) também encontraram valores superiores para a digestibilidade do amido, todos acima de 90%. A DE e a digestibilidade do EE mantiveram uma correlação alta de 71,28% (P<0,01), mesmo não havendo diferença significativa entre os tratamentos para estes parâmetros o GMIU foi o que apresentou melhor digestibilidade, seguido do GMI e o GMM. Tabela 6 - Percentagens médias da digestibilidade aparente total da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose (CEL), amido (AM), pH das fezes (pHfezes) e energia bruta (ED), em função das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Parâmetros MS PB EE FDN FDA CEL AM pHfezes ED aeb GMM 63,90 ab 72,95 59,29 38,49 36,50 44,92 86,91 6,54 b 61,98 GMI 61,92 b 72,27 64,53 41,20 45,97 56,19 85,49 7,08 a 63,14 GMIU 64,73 a 75,61 68,72 40,87 44,42 54,56 86,82 7,03 a 65,37 Média 63,51 73,61 63,83 40,93 42,29 51,25 86,41 6,88 63,50 letras diferentes na mesma linha diferem significativamente (P<0,05) pelo teste Lsmeans. 54 A DE e a digestibilidade da FDN mantiveram uma correlação significativa (Tabela 7) com a digestibilidade do amido (positiva) e a percentagem de amido nas fezes (negativa), demonstrando que quanto maior a digestibilidde do amido maior a energia digestível e a digestibilidade da FDN e o inverso ocorre com a percentagem de amido nas fezes. O pH das fezes não apresentou correlação significativa com a digestibilidade do amido e a percentagem de amido nas fezes, apresentando correlação significativa negativa com o CMS e positiva com a energia digestível. Esta correlação negativa do pH das fezes com o CMS pode estar indicando que com maior consumo, maior a velocidade de passagem e menor o tempo permanência no trato gastrointestinal, mas também ao mesmo tempo chegando mais nutrientes fermentáveis a nível de intestino grosso. Isto promoveria uma maior fermentação intestinal e conseqüente diminuição do pH das fezes. ALLISON et al. (1977) e YOKOYAMA e JOHNSON (1993) relataram essa possibilidade, dependendo do substrato que chega a nível de intestino grosso e a dieta que o animal está submetido. TURGEON et al. (1983) encontrou também uma correlação positiva do amido fecal e negativa com o pH fecal com o CMS. Tabela 7 - Coeficientes de correlação entre a o pH das fezes, percentagem de digestibilidade do amido (DAM) e do amido das fezes (% AM fezes) em relação a digestibilidade da fibra em detergente neutro (DFDN), digestibilidade da celulose (DCEL), digestibilidade da energia (DE), consumo de matéria seca (CMS), bem como entre eles . DFDN DCEL DE CMS pH fezes P>F 0,42 1 0,1089 0,46 0,0605 0,59 0,0101 DAM P>F 0,50 0,0495 0,18 0,4795 %AM fezes P>F -0,51 0,0435 -0,15 0,5634 1 Coeficiente de correlação. -0,70 0,0011 pH fezes 1,00 0,0 DAM 0,35 0,1557 %AM fezes -0,34 0,1717 0,71 0,0010 -0,40 0,1016 0,35 0,1557 1,00 0,0 -0,93 0,0001 -0,68 0,0020 0,34 0,1613 -0,34 0,1717 -0,93 0,0001 1,00 0,0 55 4. Conclusões - Para terneiros até 200 kg de peso vivo o tratamento do grão de milho não afeta o desempenho animal e consequentemente o fornecimento do grão de milho inteiro pode ser uma alternativa econômica e prática. - O pH das fezes não foi um bom indicador da digestibilidade do amido. 5. Referências Bibliográficas A.O.A.C. ASSOCIATIONS OF OFFICIAL AGRICULTURAL CHEMISTS, Washington, D.C. Official methods of analysis, 13 ed., Washington D.C., 1984. ALCALDE, C.R. Avaliação da granulometria ou hidratação do milho através da digestibilidade aparente, degradabilidade ruminal e desempenho de bovinos. 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Avaliou-se degradabilidade ruminal in situ da fibra (silagem de sorgo utilizada na dieta) através dos parâmetros MS, FDA e CEL; e os parâmetros ruminais, N-amoniacal, pH e atividade bateriana no fluído ruminal. Nenhum dos parâmetros da degradabilidade in situ da fibra diferiram significativamente, somente para o tempo de incubação de 72 horas para o desaparecimento de FDA, com um maior desaparecimento para o GMIU. Para os parâmetros ruminais N-amoniacal e pH não detectou-se nenhum efeito das dietas experimentais. Já na atividade bacteriana houve diferença (P<0,05) entre as dietas nos tempos 5,5 e 8,5 horas após a alimentação, com uma maior atividade bacteriana para GMIU e uma menor atividade para o GMM. Conclui-se que os tratamentos não influenciaram nos parâmetros de degradabilidade da fibra utilizados, no pH e o Namoniacal . A atividade bacteriana medida através do tempo de redução ao azul de metileno mostrou diferenças somente nos tempos mais distantes após a alimentação. Palavras chaves: Grão de milho, degradabilidade da fibra, N-amoniacal, pH ruminal, atividade bacteriana, terneiros. 60 IN SITU FIBER DEGRADABILITY AND RUMINAL PARAMETERS IN CALVES FEED ON DIETS CONTAINING CORN GRAIN UNDER DIFFERENT TREATMENTS Abstract The effect of grinding or treating corn grain with urea was studied in two trials. The experimental diets were based on ground corn grain (GCG), whole corn grain (WCG) or whole corn grain treated with urea (UWCG). Sorghum silage was used in all diets at the proportion of 40% of the dry matter. For both trials, six calves, one Jersey and five Holstein, fitted with rumen canulas were used. Rumen in situ degradability of dry matter, acid detergent fiber and cellulose, and ruminal parameters, ammonia-N concentration, pH e bacterial activity of the rumen fluid was evaluated. There were not differences between treatments for degradability values except for acid detergent fiber at 72 hour of incubation which was greater for the UWCG diet. The experimental diets did not affect ammonia-N concentration or rumen pH; but there were differences for bacterial activity of the rumen fluid at 5,5 and 8,5 hour after feeding which was higher for UWCG and lower for GCG. It was concluded the treatment of corn grain did not affect ruminal degradability of fiber, pH or ammonia-N concentration. Only bacterial activity may be affected several hours after feeding. Key words: Corn grain, fiber degradability, ammonia-N, ruminal pH, bacterial activity, calves. 61 1.Introdução O processamento do milho para bovinos alimentados com alta quantidade de grãos melhora a utilização do amido in vitro, in situ e in vivo (THEURER, 1986). Esta ênfase na digestibilidade do amido tem sido dada por diversos autores (HINMAN e JOHNSON, 1974; ORSKOV, 1986; GRANT, 1994; FREDERICK et al., 1973; HERRERA-SALDANA e HUBER, 1989; HERRERA-SALDANA et al., 1990) mas os efeitos associativos do aumento da digestibilidade do amido na digestibilidade total da dieta e principalmente na digestibilidade da fibra não tem sido levado em consideração. Dentro dos efeitos associativos negativos, os grãos de cereais podem reduzir a digestibilidade da fibra em dietas a base de forragens. Isto pode ser devido a uma digestão preferencial dos carboidratos solúveis por parte das bactérias do rúmen ou então um descenso tanto da quantidade, como da velocidade da digestão da fibra das forragens com um menor pH no rúmen. Os carboidratos solúveis como o amido ou açúcares podem impedir a digestão da celulose devido a fatores tais como um menor pH, competição entre bactérias celulolíticas e não celulolíticas por nutrientes essenciais distintos de energia ou o emprego de fontes alternativas de energia por algumas bactérias celulolíticas (OWENS e GOETSCH, 1993). As bactérias celulolíticas e metanogênicas são afetadas intensamente uma vez que o pH do rúmen diminua de 6,0 (FAHEY e BERGER, 1993). Como a celulose é o principal componente da parede celular, em geral constitui 75% da matéria seca das forragens e conseqüentemente a principal fonte de energia para os ruminantes (SILVA e LEÃO, 1979), o estudo de seu desaparecimento e a interação com a dieta são muito importantes. Contraditoriamente o efeito da dieta no desaparecimento matéria de seca do volumoso através da digestibilidade in situ tem sido pouco pesquisada, FARIA e 62 HUBER (1984) já destacavam a falta de pesquisa nesta área e até hoje continua deficitária. A técnica de degradabilidade ruminal in situ através de sacos móveis, tem sido desenvolvida como um dos métodos mais rápidos e simples para avaliar a qualidade dos alimentos contidos nesses sacos em função de seu tempo de incubação ruminal (ORSKOV et al. , 1980). A qualidade de uma forragem pode ser expressa em termos de três características próprias: 1) a extensão da digestão potencial (determina a quantidade de material indigestível, o qual ocupa espaço no rúmen); 2) a taxa de fermentação (influência o tempo em que a fração digestível ocupa espaço no rúmen); e 3) a taxa de redução do tamanho de partícula (influencia ambos, a taxa de passagem da fração indigestível e a taxa de fermentação da fração digestível) (ORSKOV, 1986). Estas três características estão todas envolvidas no controle do consumo voluntário e, pelo menos as duas primeiras podem ser estimadas usando-se a técnica do saco de náilon móvel no rúmen (THIAGO, 1994). O A.R.C. (1980) relata que existe variação na degradabilidade dos alimentos em função da dieta que estes estão recebendo. Mudanças na relação volumoso:concentrado ou na energia da dieta podem influenciar na degradabilidade do alimento no rúmen (A.F.R.C., 1993). No caso da forrageiras, seu tempo médio de retenção no rúmen depende da taxa desta digestão da fibra, esta dependente da atividade das bactérias celulolíticas, as quais são dependentes das condições ambientais do rúmen, como pH e disponibilidade de nutrientes . Assim, se o processamento do grão de milho pode influenciar na digestão da fibra, a determinação deste efeito do processamento pela técnica in situ do saco móvel é uma boa técnica para determinar esta relação. Os parâmetros ruminais podem serem utilizados como uma ferramenta de grande auxílio aos nutricionistas para explicar as interações que ocorrem no rúmen, em relação aos fatores animal, dieta, microorganismos e nutrientes disponíveis. O processamento dos grãos tem sido usado basicamente para expor os grânulos de amido à digestão microbiana. Assim dependendo do processamento, maior ou menor será a velocidade de degradação e conseqüente as concentrações dos produtos da fermentação no rúmen, fazendo com que isto influencie em todo o processo digestivo dos outros nutrientes a nível ruminal. A atividade dos microorganismos no rúmen e a utilização da dieta são influenciados pela quantidade, 63 degradabilidade e qualidade dos carboidratos e do nitrogênio que a compõem (ROONEY e PFLUGFELDER, 1986; THEURER, 1986). A utilização dos carboidratos e do nitrogênio pelos microorganismos do rúmen podem variar de acordo com o grão e pelo processamento deste (HALE, 1973; POTTER, 1971). Uma maior proporção de carboidratos prontamente fermentáveis na dieta tende a diminuir o pH ruminal, aumentando a concentração de amônia no rúmen e favorecendo as bactérias menos sensíveis a um menor pH (aminolíticas, sacarolíticas e outras); o que faz com que aumente a utilização da amônia por elas, diminuindo, conseqüentemente a concentração amoniacal no rúmen. Além disso, aumenta o número e a atividade das bactérias ureolíticas aderidas à parede do rúmen (HUNTINGTON, 1989). A absorção da amônia aumenta com a concentração e com o aumento do pH ruminal (CHALMERS et al., 1971; SMITH, 1979) e parece diminuir com o aumento da proporção de concentrados ou de carboidratos prontamente fermentáveis na dieta (SATTER e SLYTER, 1974; HUNTINGTON, 1989; HUNTINGTON e REYNOLDS, 1986). A amônia absorvida é função da degradação microbiana de compostos nitrogenados em proporção e velocidade que supera a capacidade destes microorganismos em utilizá-la (LAUGHREN e YOUNG, 1979). Normalmente, a concentração de amônia no rúmen alcança taxas máximas entre 1 a 4 horas após a refeição, atingindo picos maiores e mais rápidos com uréia ou com fontes de proteínas mais solúveis (SILVA e LEÃO, 1979; OWENS e ZINN, 1988; BRODERICK et al., 1988; HOOVER e STOKES, 1991). O pH ruminal reflete o balanço entre as taxas de produção de ácidos graxos voláteis, a entrada de tampões por meio de saliva e a presença ou liberação de tampões ou gases da fermentação ruminal (HOBSON e STEWARD, 1997). O pH é o fator mais importante que contribui na velocidade de absorção de ácidos graxos voláteis; em valores entre 5,6 e 5,8 verifica-se absorção maior que em valores mais elevados, entre 7,0 e 7,5 (SILVA e LEÃO, 1979). ALLEN (1997) relata que dietas devem ser balanceadas para a manutenção do pH ruminal adequado, estando sua variação relacionada à freqüência de alimentação e a adaptação à dieta; o decréscimo do pH ruminal provoca depressão 64 do apetite, da motilidade ruminal, do crescimento microbiano e da digestão da fibra, podendo ocasionar laminites, ulcerações ruminais, abcessos hepáticos e até morte. Um pH mais baixo ocorre, principalmente, após a ingestão rápida de alimento, no caso de grãos de cereais moídos, por secreção salivar insuficiente para a manutenção do pH entre 6 e 7 e a inadequada estrutura física para estimular a motilidade ruminal e a ruminação (ORSKOV, 1986). A digestibilidade da fibra diminui pouco quando mantêm-se um pH neutro, indicando a importância deste critério para a digestão da fibra no rúmen. A redução ao azul de metileno tem se mostrado, nos últimos anos, uma das provas mais confiáveis para se determinar, com rapidez e segurança, a atividade da microflora ruminal (DIRKSEN, 1981; ROSENBERGER, 1993). As variações qualitativas e quantitativas da população dos microorganismos são conseqüência da alimentação. A ingestão dos alimentos influência no aumento em algumas horas na carga e atividade microbiana no rúmen, enquanto o jejum exerce uma função desfavorável. Alimentos de fácil digestão, ou seja, alimentos com um valor nutritivo alto, ricos em açúcares, amido e proteínas, aumentam o número total de bactérias e também a quantidade de espécies, aumentando os processos microbianos-bioquímicos de degradação e síntese (KAUFMANN e SAELZER, 1976; DIRKSEN, 1981). Assim o objetivo deste experimento foi avaliar a granulometria e o tratamento com uréia do grão de milho na degradabilidade da fibra e nos parâmetros ruminais em terneiros. 2. Material e métodos A descrição do local encontra-se no Capítulo 1, enquanto que o período de duração, os animais, o manejo, as instalações e as dietas experimentais estão descritas no Ensaio 2 deste capítulo. As condições climáticas durante o período experimental encontram-se no APÊNDICE 1 B. Os ensaios descritos neste capítulo foram realizados simultaneamente com o Ensaio 2 descrito no Capítulo 1. Onde seis animais foram distribuídos em dois quadrados latinos incluindo três períodos experimentais de 21 dias nos quais a digestibilidade foi medida entre os dias 15º ao 20º dia. Entre os dias 15º ao 18º foi 65 realizado o ensaio de degradabilidade ruminal da fibra, descrito na continuação, Ensaio 3. No 21º dia foram determinados os parâmetros ruminais descritos no Ensaio 4. As determinações de pH ruminal e N-amoniacal foram repetidas seguindo o mesmo desenho experimental composto de três períodos, mas com duração de 10 dias; duplicando o número de observações para estes parâmetros. Ensaio 3 - Degradabilidade ruminal da fibra A técnica utilizada para o estudo do desaparecimento ruminal foi feita através da técnica de degradabilidade in situ, seguindo os procedimentos adotados por HERNANDEZ (1995). Os períodos experimentais foram constituído de três períodos de 21 dias, sendo no 15° dia de cada período foram introduzidos no rúmen de cada animal para cada tempo de incubação dois sacos de poliéster de 5 × 10 cm com porosidade de 48 micras, identificados com tinta insolúvel, contendo 15 mg/cm2 de matéria seca (MS) de silagem sorgo, a mesma utilizada na dieta, previamente seca em estufa de ar forçado à 65 ºC por 72 horas e moída em moinho tipo willey com peneira de 4mm. Os saquinhos foram fechados a quente em uma seladora automática. Os procedimentos de incubação seguiram as normas do A.F.R.C. (1993), sendo que o método utilizado foi o de incubação seqüencial, ou seja, com colocação inicial dos saquinhos de maior tempo de permanecimento no rúmen, retirando-se assim todos eles ao mesmo momento, no tempo zero. Os saquinhos foram colocados dentro de um outro saco de poliamida, tamanho de 12,5 × 21 cm, com malha grossa de 1mm, sendo fixado a uma ancora, constituída por pesos de chumbo, e com peso médio total de 250,00 gramas. Esta ancora era presa a um fio de náilon, com cerca de 50 cm de comprimento, garantindo assim uma imediata imersão, movimentação do saco no conteúdo ruminal e facilidade de retirada, sendo a ponta do fio fixa a tampa da cânula. Os tempos de incubação seguindo a ordem de colocação dos saquinhos no rúmen foram de 96, 72, 48, 24, 12, 8, 0 horas. Após a remoção conjunta, os saquinhos foram lavados por turbilhamento até que a água ficasse completamente limpa. Os saquinhos do tempo zero não foram incubados no rúmen, sendo as estimativas de desaparecimento obtidas somente através da lavagem junto com os outros saquinhos, como descrito acima. Realizada a 66 lavagem estes foram colocados em estufa à 65 º C por 72 horas para posteriores análises. Foi analisado a silagem de sorgo antes e após os tempos de incubação, sendo que os saquinhos foram abertos e no resíduo determinado a MS segundo A.O.A.C. (1984), fibra em detergente ácido (FDA), lignina em detergente ácido (LDA) e celulose (CEL), segundo GOERING E VAN SOEST (1970), Os dados de desaparecimento da MS, FDA e CEL foram obtidos para cada tempo, do seguinte modo: a) Desaparecimento ruminal da MS = [(g MS incubada - g MS residual após incubação)/ g MS incubada] × 100; b) Desaparecimento ruminal da FDA = [(g FDA incubada - g FDA residual após incubação)/ g MS incubada] × 100; c)Desaparecimento ruminal da CEL = [(g CEL incubada - g CEL residual após incubação)/ g CEL incubada] × 100; Os dados foram colocados nos modelos Dg = a + b (1 - exp- ct) descrito por ORSKOV e McDONALD (1979), onde a é a fração solúvel degradada no tempo zero, b é a degradabilidade potencial em função do tempo e c é a taxa fracional de degradação de b por unidade de tempo; determinando assim a curva de degradabilidade em função do tempo de incubação. A degradabilidade efetiva dos nutrientes (Dge) para os diferentes velocidades de passagem do alimento pelo rúmen (k) foi estimada segundo o modelo descrito por McDONALD (1981), Dge = a + (b c) / c + k . O desenho experimental utilizado foi de um quadrado latino 3 × 3 repetido duas vezes, onde as colunas representaram os animais (seis animais) e as linhas representaram os períodos (três períodos), perfazendo 6 repetições por tratamento. Foi avaliado o efeito dos tratamentos sobre os fatores determinados, degradabilidade ruminal da MS, FDA e CEL, e degradabilidade efetivas por meio análises de variância e teste de comparação de médias LSMEANS empregando-se o Programa Estatístico S.A.S. (1990). Ensaio 4 - Parâmetros ruminais O período experimental foi o mesmo do ensaio 2, sendo efetuadas as coletas de líquido ruminal para as dosagens de N-amoniacal, pH e atividade bacteriana, no 67 21° dia de cada período. Utilizou-se para coleta de líquido ruminal uma bomba à vácuo, retirando-se 50 ml, o qual foi filtrado em tecido de algodão, sendo mantido o líquido aquecido em torno de 39 ºC, assim como o material que entrava em contato com o líquido. Os tempos de coleta foram hora zero realizada antes da alimentação, os animais eram alimentados e após 1,5 horas, tempo este para que os animais já estivessem satisfeitos, retirava-se toda a alimentação permitindo somente acesso a água, assim realizou-se os tempos de coleta 1,5; 2,5; 3,5; 5,5; e 8,5 horas após o início da alimentação. A atividade bacteriana foi medida através da redução ao azul de metileno, realizada logo após a filtragem seguindo os procedimentos descritos por DIRKSEN (1981). Foram pipetados 19 ml de líquido ruminal com temperatura controlada em um tubo de ensaio e adicionado 1 ml de azul de metileno a 0,03% e homogeneizado a amostra. O tempo de redução foi verificado utilizando-se de outro tubo de ensaio com 20 ml de fluído ruminal como padrão para comparação, marcava-se o tempo logo após a homogeneização do líquido ruminal com o azul de metileno, tendo no momento que os tubos ficavam semelhantes tinha-se quantos segundos para redução; assim repercutindo em flora muito ativa, de atividade moderada, e atividade diminuída para os tempos de redução de até 180 segundos; de 180 a 360 segundos e acima de 360 segundos, respectivamente. O pH do líquido ruminal foi determinado logo após a filtragem através de um potenciômetro digital. A concentração do N-amoniacal foi determinada também após a filtragem, retirando-se 10 ml de líquido, centrífugados à 5000 rotações por 15 minutos, e realizada a determinação através da técnica adaptada de Fenner (1965), descrita por KOZLOSKI (1995). O desenho experimental utilizado foi de um quadrado latino 3 × 3 repetido quatro vezes (12 repetições) para pH e N-amoniacal e duas vezes para atividade bacteriana (três repetições), onde as colunas representaram os animais (três animais/quadrado) e as linhas representaram os períodos (três períodos). Foi avaliado o efeito dos tratamentos sobre os fatores determinados, atividade bacteriana, pH e N-amoniacal por meio análises de variância e teste de comparação de médias LSMEANS empregando-se o Programa Estatístico S.A.S. (1990). 68 3. Resultados e Discussão Ensaio 3 - Degradabilidade ruminal da fibra O ajuste das equações para os dados de desaparacimento da MS, FDA e CEL primeiramente foi realizado através do programa estatístico SAS (1990), utilizando as equações propostas, mas para nenhum parâmetro ajustou-se uma equação com um coeficiente de determinação aceitável. Assim utilizou-se o programa de McDONALD (1981), o qual permite inserir um valor somente para cada tempo de incubação e por este motivo foi utilizado os dados médios (seis repetições) para cada tempo (Apêndice 7 B ao 9 B). Este programa também não apresenta o coeficiente de determinação para a equação estimada. Somente se ajustou as seguintes equações para o desaparecimento da MS por tratamento: YGMM = 18,64 + 46,55 [1 – EXP(- 0,0397 t)] YGMI = 22,93 + 44,42 [1 – EXP(- 0,0311 t)] YGMIU = 22,08 + 43,15 [1 – EXP(- 0,0329 t)] Nas Figuras 1, 2 e 3 são apresentadas estimativas dos percentuais médios de desaparecimento da MS, FDA e CEL, em função dos tempos de incubação, para a silagem de sorgo em relação a cada dieta experimental. A degradabilidade ruminal da silagem de sorgo incrementou ao aumentar o tempo de incubação, estabilizando a partir de 72 horas para todos os parâmetros analisados. Tabela 1- Estimativas dos coeficientes a, b e c das equações ajustadas para os desaparecimentos potenciais da matéria seca (MS), degradação potencial (a+b), degradabilidades efetivas para velocidades de passagem 2, 5 e 8 %/hora em função das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Tratamentos GMM GMI GMIU Média C.V. % a b c a+b 19,98 19,98 19,98 19,98 - 45,62 47,51 45,75 47,11 6,35 0,0412 0,0329 0,0352 0,0351 29,77 65,60 67,49 65,73 67,08 4,46 Degr. Ef. nas veloc. Passagem 2% 5% 8% 49,36 39,26 34,11 48,05 40,12 35,45 49,02 39,40 35,00 49,19 39,54 34,79 4,35 5,87 6,33 69 Figura 1 70 Figura 2 71 Figura 3 72 Os valores de desaparecimento da MS quando comparados os tratamentos dentro de cada tempo foram bastantes semelhantes não diferindo em nenhum dos tempos. Enquanto que para o desaparecimento da FDA e CEL estes valores não foram tão homogêneos, mesmo assim não diferiram entre as dietas experimentais, a exceção para o tempo de 72 horas de incubação para FDA onde o GMIU apresentou um maior desaparecimento, mas sendo compensado esta diferença no tempo de 96 horas (P>0,05). HERNANDEZ (1995) trabalhando com capim milheto e elefante encontrou valores semelhantes para o desaparecimento da MS, principalmente para os tempos de incubação maiores. As estimativas dos coeficientes a, fração solúvel; b, fração insolúvel potencialmente degradável; c, taxa de degradação da fração b, das equações ajustadas para a degradação potencial (a+b); Lag Time e a degradação efetiva para as diferentes velocidades de passagem (2%, 5% e 8%), da degradação ruminal in situ de MS, FDA e CEL para a silagem de sorgo, encontram-se nas Tabelas 1,2 e 3. A estimativa destes dados foi realizada através do programa de McDONALD (1981), resultando uma equação para cada para cada repetição (seis) e os parâmetros destas foram analisados através de análise de variância e teste de comparação de médias, sendo que estes dados representam a média obtida desta análise. A fração a, b, a taxa de degradação c, a+b, Lag time e as diferentes degradações efetivas não diferiram para nenhum dos parâmetros analisados. BEAUCHEMIN et al. (1994) com um mesmo nível de concentrado (base cevada amassada) e OLIVEIRA (1999) com um mesmo nível de milho moído na dieta e concentrado observaram valores de a, b e degradabilidades efetivas semelhantes para MS. BÜRGER (1998) com um mesmo nível de concentrado e milho moído na dieta e mas com feno de capim coast-cross encontrou todos os parâmetros testados para a cinética ruminal da MS valores inferiores, demonstrando a influência da característica do volumoso. A fração a estimada para a degradabilidade da FDA e CEL, que esperava-se ser nula pois nenhuma destas frações é teoricamente solúvel em água, apresentou valores relativamente altos. Se os valores encontrados fossem baixos poderia ser erro de determinação em algum ponto da técnica. PETIT (1994) também relatou valores positivos para o desaparecimento de FDA, para feno de aproximadamente 8% e para silagem de milho em torno de 15%. 73 Tabela 2- Estimativas dos coeficientes a, b e c das equações ajustadas para os desaparecimentos potenciais da fibra em detergente ácido (FDA), degradação potencial (a+b), tempo estimado para o início da degradação (Lag Time - horas) e degradabilidades efetivas para velocidades de passagem 2, 5 e 8 %/hora em função das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Tratamentos GMM GMI GMIU Média C.V. % a b c a+b Lag Time 9,19 9,19 9,19 9,19 - 55,14 49,41 45,42 48,94 18,78 0,0263 0,0237 0,0224 0,0249 39,61 65,60 67,49 65,73 67,08 4,46 4,21 2,18 3,11 3,35 94,74 Degr. Ef. nas veloc. Passagem 2% 5% 8% 32,20 21,88 17,82 33,33 22,97 18,67 30,33 20,38 16,40 32,26 21,89 17,66 12,36 16,93 19,42 O lag time foi estimado somente para FDA e CEL pois para MS não aconteceu. O coeficiente de variação deste parâmetro foi bastante alto (Apêndice 21 A e 22 A) pois em algumas das 6 repetições por tratamento não aconteceu e o valor utilizado foi zero. Os valores estimados para o lag time foram bastante altos para o parâmetro CEL com uma média de 9,02 horas, estes também encontrados para a cinética da digestão para a fibra detergente neutra por GRANT et al. (1994) quando controlaram in vitro o pH em 5,5 e observaram diminuição até valores entorno de 2 horas a medida que o pH aproximou-se de 6,8. MERTENS e LOFTEN (1980) encontraram um aumento linear no lag time em relação a degradação da fibra com a adição de níveis crescentes de amido in vitro, mas não observaram efeito na taxa de degradação, somente um decréscimo no potencial de degradação com o acréscimo do amido. Este mesmo efeito poderia ter acontecido neste experimento, não pelo aumento da quantidade de amido, mas pelas possíveis diferenças nas velocidades de degradação do amido do milho que representava entorno de 77% do amido total nas dietas testadas. 74 Tabela 3- Estimativas dos coeficientes a, b e c das equações ajustadas para os desaparecimentos potenciais da celulose (CEL), degradação potencial (a+b), tempo estimado para o início da degradação (Lag Time - horas) e degradabilidades efetivas para velocidades de passagem 2, 5 e 8 %/hora em função das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Tratamentos GMM GMI GMIU Média C.V. % a b c a+b Lag Time 11,01 11,01 11,01 11,01 - 49,89 51,07 43,02 47,86 22,04 0,0320 0,0294 0,0303 0,0308 36,13 60,91 62,19 58,03 58,91 17,85 7,36 8,08 10,46 9,02 49,94 Degr. Ef. nas veloc. Passagem 2% 5% 8% 34,78 23,26 18,55 35,02 22,87 18,05 32,93 22,03 17,70 34,41 22,79 18,12 11,90 16,74 19,16 Para terneiros a velocidade de passagem que o AFRC (1993) propõem é de 5%/h, sendo assim, a degradabilidade efetiva média estimada para a matéria seca seria de 39,54 % e o volumoso representando 40% da MS da dieta, este estaria fazendo parte de 15,82 % (39,54 x 0,40) do total de MS digerido, considerando somente que os desaparecimento da MS do volumoso ocorra somente no rúmen. No Ensaio 2 na determinação da digestibilidade in vivo da matéria seca total, foi de 63,51%, permitindo dizer que o concentrado representou 47,69 % do total digerido (63,51- 15,82), ou seja, o concentrado obteve uma digestibilidade total da MS de 75,09 % (47,69/0,6351). COLE et al. (1976) encontraram valor semelhante de 42% de digestibilidade da MS do volumoso e também não encontraram influência do processamento do grão de milho na digestibilidade do volumoso. Ensaio 4 - Parâmetros ruminais Nas Figuras 4, 5 e 6 são apresentadas os dados médios das determinações de pH, N-amoniacal e atividade bacteriana para os diferentes tempos de coleta. Não foi possível ajustar uma equação de regressão para estes parâmetros. O pH entre as dietas experimentais não diferiram entre si. O GMI apresentou um valor de pH superior aos demais tratamentos, chegando no tempo de coleta 5,5 horas a 0,21 unidade de pH superior ao GMM. Todos os tratamentos 75 partiram de um pH acima de 6,8 e a medida que passou de 1,5 horas após a alimentação tiveram seu menor valor, a exceção para o GMM que ocorreu somente 5,5 horas após a alimentação. O GMIU apresentou um menor pH até em torno de 3,1 horas e somente após que o GMM apresentou-se inferior. GALYEAN et al. (1976) encontraram diferença para o pH ruminal influenciado pela forma de fornecimento do grão de milho, mas na média do pH foi bastante baixo (6,2) influenciado talvez pelo alto nível de concentrado (85%). Enquanto que GALYEAN et al. (1979) quando compararam o milho inteiro com três granulometrias do milho moído, não obtiveram efeito no pH ruminal. O comportamento das curvas do pH para GMI e o GMM em relação ao pequeno pico que ocorreu no tempo 2,5 horas, quando o que se esperava era uma queda constante e após nova elevação (semelhante a curva do GMIU), pode ter ocorrido talvez devido a ação da uréia que era incluída diretamente no concentrado, ao contrário do GMIU onde esta tinha sido absorvida no momento da armazenagem pelo grão de milho, como resposta esta uréia "livre" elevou o pH dando este pequeno pique e talvez já detectado no tempo 1,5 horas quando ocorreu o pico de NH3 no fluído ruminal. MURPHY et al. (1994) verificaram imediatamente após a alimentação um pH ruminal mais baixo para o milho inteiro (5,95) do que os novilhos alimentados com milho lâminado (6,26), isto ocorrendo até as primeiras duas horas (valor mais baixo) e isto invertendo-se significativamente até nove horas após a alimentação. Enquanto que o processamento não afetou o nível de NH3 a nível de rúmen, com um pico após 1 hora da alimentação (5mg N/100ml). COOMBE et al. (1979) não verificaram influência da dieta no pH ruminal, já para NH3 este foi influenciado pelo tratamento com alcali do volumoso que resultou em um baixo nível deste (0,7-1,3 mgN/100ml). Os níveis de NH3 obtidos para cada curva por tratamento foram bastante semelhantes (P>0,05), partindo de 12,17 mg N/100ml para o tempo zero e chegando a um pico já a 1,5 horas com 24,42 mg N/100ml após o fornecimento da alimentação e depois decrescendo até 9,91 mg n/100ml no tempo 8,5 horas. O GMI apresentou sempre os menores (P>0,05) níveis de NH3 em relação aos outros tratamentos. Segundo MEHREZ et al.(1977) e EDWARDS e BARTLEY (1979) estes níveis de NH3 são ótimos para a digestão no rúmen ou segundo SATTER e SLYTER (1974) para um máximo crescimento microbiano (todos citados pelo 76 primeiro autor, por KANG-MEZNARICH e BRODERICK (1981) e MURPHY et al.(1994). KANG-MEZNARICH e BRODERICK (1981) com 3,3 a 8,50 mgN/100ml não obtiveram diferença na digestão ruminal da MS, na taxa de digestão e no máximo crescimento microbiano em dietas contendo 74 % de grão de milho. LUDDEN e CECAVA (1995) também verificaram esta tendência ao analisarem NH3 e o pH ruminal frente a diferentes fontes protéicas e com base o milho quebrado, não verificando efeito sobre o pH e NH3 (3,46 mg N/100ml) influenciados pela dieta. A atividade bacterina medida através do tempo a redução ao azul de metileno mostrou-se bastante sensível, não observando-se nenhuma diferença nas primeiras horas após a alimentação, apresentado diferença nos dois últimos tempos de coleta com uma atividade menor para GMM, mas ainda considerada no tempo 5,5 horas como atividade muito ativa, somente no tempo 8,5 horas passou a atividade moderada enquanto o GMI e o GMIU apresentaram todo o tempo atividade bacteriana muito ativa. O GMM em todos os tempos de coleta apresentou-se com uma atividade bacteriana inferior aos outros tratamentos. Na média os picos de máxima atividade bacteriana coincidiram com os menores valores de pH, mostrando que nesses tempos de coleta tinha-se os maiores níveis de concentração dos produtos da fermentação devido a maior atividade bacteriana e ao mesmo tempo um menor pH. Isto ocorreu também com o nível de NH3 , onde o pico máximo coincidiu com primeiro pico de máxima atividade bacteriana e com a primeira queda do pH logo após a alimentação. Demostrando que a grande quantidade de substrato que chegou ao rúmen foi fermentada rapidamente, principalmente as fontes de nitrogênio mas também uma boa quantidade de carboidratos, resultado de uma alta atividade bacteriana, em conseqüência de uma alta concentração de produtos da fermentação (ácidos) que diminuiram o pH. Um fator que deve ser levado em consideração é que não foi estudado o comportamento de ingestão dos animais. Assim, o primeiro pico que ocorreu no pH pode ter ocorrido devido a uma primeira ruminação logo após a retirada da alimentação, onde considerou-se um tempo médio que todos os animais já estavam saciados. 77 Figura 4 78 Figura 5 79 Figura 6 80 3.Conclusões - Os GMM, GMI e GMIU não influenciaram na degradabilidade da fibra. - A medida que aumentou o tempo de incubação houve um aumento da degradação da fibra até 72 horas e após praticamente estabilizou. - O alto Lag Time pode ser resposta ao alto nível de concentrado. - Os parâmetros ruminais pH e o NH3 não foram influenciados pelas formas de fornecimento do milho. - A atividade bacteriana medida através do tempo de redução ao azul de metileno mostrou diferenças somente nos tempos mais distantes após a alimentação. 4. Referências Bibliográficas A.F.R.C. AGRICULTURAL AND FOOD RESERCH COUNCIL. Energy and protein Requirements of Ruminants. An advisory manual prepared by the A.F.R.C. Thechnical Committee on Responses to Nutrients. 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Maringá: EDUEM. p. 89-93, 1994. 86 6.Conclusões - Para terneiros até 200 kg de peso vivo a moagem do grão de milho não afeta o desempenho e conseqüentemente o fornecimento do grão de milho inteiro pode ser uma alternativa econômica e prática. - O pH das fezes não foi um bom indicador da digestibilidade do amido. - As formas de fornecimento do grão de milho não influenciaram na degradabilidade da fibra. - Os parâmetros ruminais pH e o NH3 não foram influenciados pelas formas de fornecimento do milho. - A atividade bacteriana medida através do tempo de redução ao azul de metileno mostrou diferenças somente nos tempos mais distantes após a alimentação. 87 APÊNCICES 87 APÊNDICE A APÊNDICE 1 A - Análise de variância correspondente ao peso vivo inicial (kg) no ENSAIO 1 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Bloco Tratamento Erro Total Grau de liberdade 1 2 11 14 Quadrado Médio 1732,36 40,01 Teste F Pr> 6,08 0,14 0,0313 0,8704 Coeficiente de Variação 10,59 APÊNDICE 2 A - Análise de variância correspondente ao peso vivo final (kg) no ENSAIO 1 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Bloco Tratamento Erro Total Grau de liberdade 1 2 11 14 Quadrado Médio 5841,07 99,80 Teste F Pr> 16,67 0,28 0,0018 0,7575 Coeficiente de Variação 7,64 APÊNDICE 3 A - Análise de variância correspondente ao ganho de peso médio diário (kg/dia) no ENSAIO 1 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Bloco Tratamento Erro Total Grau de liberdade 1 2 11 14 Quadrado Médio 0,31 0,02 Teste F Pr> 21,40 1,53 0,0007 0,2587 Coeficiente de Variação 8,81 88 APÊNDICE 4 A - Análise de variância correspondente ao consumo de matéria seca (kg MS/an./dia) no ENSAIO 1 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Bloco Tratamento Erro Total Grau de liberdade 1 2 11 14 Quadrado Médio 1,89 1,32 Teste F Pr> 4,29 3,00 0,0627 0,0915 Coeficiente de Variação 9,67 APÊNDICE 5 A - Análise de variância correspondente a conversão alimentar (kg CMS/ kg ganho PV) no ENSAIO 1 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Bloco Tratamento Erro Total Grau de liberdade 1 2 11 14 Quadrado Médio 1,61 0,23 Teste F Pr> 11,10 1,61 0,0067 0,2435 Coeficiente de Variação 7,47 APÊNDICE 6 A - Análise de variância correspondente ao consumo de matéria seca em relação ao peso vivo (kg CMS/100 kg PV) no ENSAIO 1 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Bloco Tratamento Erro Total Grau de liberdade 1 2 11 14 Quadrado Médio 0,12 0,23 Teste F Pr> 1,75 3,13 0,2125 0,0837 Coeficiente de Variação 89 APÊNDICE 7 A - Análise de variância correspondente ao consumo de matéria seca em relação ao peso vivo metabólico (g CMS/ kg PV0,75) no ENSAIO 1 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Bloco Tratamento Erro Total Grau de liberdade 1 2 11 14 Quadrado Médio 10,63 354,92 Teste F Pr> 0,11 3,77 0,7430 0,0565 Coeficiente de Variação 7,55 APÊNDICE 8 A - Análise de variância correspondente ao consumo de matéria seca (kg MS/dia) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 11 17 Quadrado Médio 0,52 0,41 1,16 Teste F Pr> 0,95 0,75 2,11 0,4166 0,4938 0,1672 Coeficiente de Variação 13,04 APÊNDICE 9 A - Análise de variância correspondente ao consumo de matéria seca em relação ao peso vivo (kg CMS/100 kg PV) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 11 17 Quadrado Médio 0,28 0,10 0,34 Teste F Pr> 1,31 0,46 1,57 0,3084 0,6427 0,2504 Coeficiente de Variação 18,12 90 APÊNDICE 10 A - Análise de variância correspondente ao consumo de matéria seca em relação ao peso vivo metabólico (g CMS/ kg PV0,75) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 11 17 Quadrado Médio 336,12 134,01 462,76 Teste F Pr> 1,50 0,60 2,06 0,2656 0,5670 0,1733 Coeficiente de Variação 15,12 APÊNDICE 11 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade da matéria seca (%) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 11 17 Quadrado Médio 41,12 12,51 57,09 Teste F Pr> 8,36 2,54 11,60 0,0062 0,1237 0,0020 Coeficiente de Variação 3,49 APÊNDICE 12 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade da proteína bruta (%) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 11 17 Quadrado Médio 29,81 18,68 75,35 Teste F Pr> 1,66 1,04 4,20 0,2345 0,3858 0,0443 Coeficiente de Variação 5,76 91 APÊNDICE 13 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade da energia (%) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 11 17 Quadrado Médio 62,95 17,73 74,94 Teste F Pr> 2,63 0,74 3,13 0,1167 0,4993 0,0840 Coeficiente de Variação 7,71 APÊNDICE 14 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade da fibra em detergente neutra (%) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 9 15 Quadrado Médio 6,52 8,80 264,51 Teste F Pr> 0,04 0,05 1,52 0,9633 0,9509 0,2693 Coeficiente de Variação 32,19 APÊNDICE 15 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade da fibra em detergente ácido (%) determinado no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 9 15 Quadrado Médio 12,06 108,28 94,87 Teste F Pr> 0,10 0,85 0,75 0,9101 0,4572 0,5002 Coeficiente de Variação 26,61 92 APÊNDICE 16 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade da celulose (%) determinado no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 10 16 Quadrado Médio 29,62 203,40 132,08 Teste F Pr> 0,29 1,99 1,29 0,7549 0,1877 0,3174 Coeficiente de Variação 19,74 APÊNDICE 17 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade do extrato etéreo (%) determinado no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 10 16 Quadrado Médio 143,89 136,53 292,22 Teste F Pr> 1,66 1,58 3,38 0,2377 0,2535 0,0756 Coeficiente de Variação 14,57 APÊNDICE 18 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade do amido (%) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 11 17 Quadrado Médio 106,65 3,79 114,35 Teste F Pr> 8,07 0,29 8,65 0,0070 0,7561 0,0055 Coeficiente de Variação 4,21 93 APÊNDICE 19 A - Análise de variância correspondente a digestibilidade da pH da fezes (%) no ENSAIO 2 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 11 17 Quadrado Médio 0,50 0,54 0,35 Teste F Pr> 4,89 5,28 3,39 0,0303 0,0246 0,0713 Coeficiente de Variação 4,64 APÊNDICE 20 A - Análise de variância correspondente a estimativa do desaparecimento da fibra em detergente ácido 72 horas de incubação, no ENSAIO 3 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 8 14 Quadrado Médio 798,85 197,88 134,17 Teste F Pr> 32,78 8,12 5,51 0,0001 0,0119 0,0314 Coeficiente de Variação 11,22 APÊNDICE 21 A - Análise de variância correspondente a estimativa do Lag Time para a fibra em detergente, no ENSAIO 3 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 8 14 Quadrado Médio 3,31 4,97 3,90 Teste F Pr> 0,33 0,49 0,39 0,7285 0,6272 0,6903 Coeficiente de Variação 94,74 94 APÊNDICE 22 A - Análise de variância correspondente a estimativa do Lag Time para a celulose, no ENSAIO 3 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 8 14 Quadrado Médio 3,61 12,32 27,02 Teste F Pr> 0,18 0,61 1,33 0,8401 0,5682 0,3168 Coeficiente de Variação 49,94 APÊNDICE 23 A - Análise de variância correspondente a estimativa do tempo (segundos) para a redução ao azul de metileno - Atividade bacteriana - após 5,5 horas da alimentação, no ENSAIO 4 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 9 15 Quadrado Médio 3836,72 7886,05 2208,39 Teste F Pr> 3,75 7,71 2,16 0,0572 0,0081 0,1617 Coeficiente de Variação 31,26 APÊNDICE 24 A - Análise de variância correspondente a estimativa do tempo (segundos) para a redução ao azul de metileno - Atividade Bacteriana - após 8,5 horas da alimentação, no ENSAIO 4 dos tratamentos Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Fonte Período Tratamento Coluna Erro Total Grau de liberdade 2 2 2 9 15 Quadrado Médio 36687,05 63143,72 9392,05 Teste F Pr> 2,36 4,06 0,60 0,1406 0,0479 0,5641 Coeficiente de Variação 82,20 95 APÊNDICE B APÊNDICE 1 B - Dados meteorológicos referentes ao período em que fora desenvolvidos os ensaios. Período Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro P P (m m) UR % Vento (Km/h) 110,7 141,9 82,4 191,4 222,1 131,1 200,5 51,7 118,0 208,6 69 78 75 81 80 84 84 71 76 74 2,0 1,9 1,8 1,3 1,3 1,6 1,7 2,8 2,1 2,5 TEMPERATURA ºC Mínima Máxima Média 26,1 31,5 28,8 24,4 29,9 27,1 25,8 31,5 28,6 18,9 23,7 21,3 15,6 20,4 18,0 13,7 18,3 16,0 13,9 17,7 15,8 16,4 22,4 19,4 17,6 22,9 20,2 18,4 23,0 20,7 Fonte: Estação de Meteorologia, Dept º Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Maria, 1999. 96 APÊNDICE 2 B - Peso inicial (PI), pesos aos 21 dias (P.21 dias), aos 42 dias (P. 42dias), peso final (PF) e ganho médios diários (GMD21, GMD42 e GMDTotal) até cada período de pessagem por animal e por tratamento, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). AN. 23 9 4 73 26 Média Trat. GMM GMM GMM GMM GMM - P I P.21 dias GMD21 P.42 dias GMD42 135,4 155,0 0,98 181,0 1,09 185,0 212,0 1,35 249,0 1,52 158,2 196,0 1,89 236,0 1,85 153,6 183,6 1,50 220,0 1,58 158,4 190,0 1,58 223,0 1,54 158,1 187,3 1,46 221,8 1,52 PF 201,0 272,0 270,0 245,0 254,0 248,4 GMDTotal 1,04 1,38 1,77 1,45 1,52 1,43 21 24 12 8 2 Média GMI GMI GMI GMI GMI - 181,0 128,6 166,0 166,6 144,0 157,2 200,0 161,0 184,0 194,0 164,0 180,6 0,95 1,62 0,90 1,37 1,00 1,17 249,0 192,0 228,0 216,0 192,0 215,4 1,62 1,51 1,48 1,18 1,14 1,38 275,0 213,0 253,0 247,0 211,0 239,8 1,49 1,34 1,38 1,28 1,06 1,31 18 15 22 289 1 Média GMIU GMIU GMIU GMIU GMIU - 153,0 163,2 169,4 193,0 134,0 162,5 174,0 189,0 197,0 222,4 152,0 186,88 1,05 1,29 1,38 1,47 0,90 1,22 210,0 224,0 231,0 261,0 181,0 221,4 1,36 1,45 1,47 1,62 1,12 1,40 235,0 248,0 264,0 280,0 204,0 246,2 1,30 1,35 1,50 1,38 1,11 1,33 97 APÊNDICE 3 B - Peso vivo inicial (PVI), pesos vivo final (PVF), ganho de peso médio diário (GMD), consumo de matéria seca (CMS), conversão alimentar (CA), ganho de peso no período (GP), peso médio (PM), peso metabólico (W0,75), consumo de matéria seca em relação ao peso metabólico (CMSW0,75) e consumo de matéria seca em relação ao peso vivo (CMSPV) por animal e por tratamento, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU) . Animal 23 9 4 73 26 Média Tratamento GMM GMM GMM GMM GMM - PVI kg 135,4 185,0 158,2 153,6 158,4 158,1 PVF GMD CMS CA GP kg kg/dia kg/dia kg 201,0 1,04 6,62 6,36 65,6 272,0 1,38 7,41 5,37 87,0 270,0 1,77 8,62 4,86 111,8 245,0 1,45 7,03 4,85 91,4 254,0 1,52 6,95 4,58 95,6 248,4 1,43 7,33 5,20 90,3 PM W0,75 CMS CMS W0,75 PV % kg 168,2 46,71 141,8 3,94 228,5 58,77 126,1 3,24 214,1 55,97 154,1 4,03 199,3 53,04 132,6 3,53 206,2 54,41 127,7 3,37 203,3 53,78 136,5 3,62 21 24 12 8 2 Média GMI GMI GMI GMI GMI - 181,0 128,6 166,0 166,6 144,0 157,2 275,0 213,0 253,0 247,0 211,0 239,8 1,49 1,34 1,38 1,28 1,06 1,31 228,0 58,67 117,3 3,02 170,8 47,25 121,7 3,37 209,5 55,07 127,6 3,35 206,8 54,53 109,5 2,89 177,5 48,63 122,3 3,35 198,5 52,83 119,7 3,19 18 15 22 289 1 Média GMIU GMIU GMIU GMIU GMIU - 153,0 163,2 169,4 193,0 134,0 162,5 235,0 248,0 264,0 280,0 204,0 246,2 1,30 1,35 1,50 1,38 1,11 1,33 6,88 5,75 7,02 5,97 5,95 6,31 6,30 7,30 8,04 7,34 5,91 6,97 4,61 4,29 5,09 4,68 5,59 4,85 4,84 5,40 5,35 5,32 5,32 5,25 94,0 84,4 87,0 80,4 67,0 82,6 82,0 84,8 94,6 87,0 70,0 83,7 194,0 205,6 216,7 236,5 169,0 204,4 51,98 54,30 56,48 60,31 46,87 53,99 121,1 133,9 142,3 121,7 126,1 129,0 3,94 3,24 4,03 3,53 3,37 3,62 98 APÊNDICE 4 B - Pesos iniciais, pesos finais e pesos médios dos animais nos três períodos experimentais. Animais Peso inicial (kg) 2º 3º 1 252 267 277 210 176 184 247 258 280 192 150 166 201 200 226 224 239 253 º 11 20 10 25 14 06 Peso Final (kg) 1 2º 3º 246 245 266 216 209 210 249 261 280 181 180 206 196 203 232 216 231 262 º Peso médio (kg) 1 2º 3º 249 256 272 213 193 197 248 260 280 187 165 186 199 202 229 220 235 256 º APÊNCICE 5 B - Matéria seca (MS), cinzas (CZ), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente (FDA), hemicelulose (HEM), celulose (CEL), lignina (LIG), amido (AM) e energia bruta (EB) na MS da silagem de sorgo nos três períodos experimentais. Nutrientes MS% CZ% PB% EE% FDN% FDA% HEM% CEL% LIG % AMIDO % EB kcal/g PH 1º Período 30,75 4,88 5,06 3,44 60,85 38,83 22,02 26,07 10,86 12,95 4182,64 3,76 2º Período 30,34 4,72 5,15 2,85 63,44 37,35 26,09 27,43 8,20 10,61 4128,38 4,02 3º Período 32,94 4,85 5,23 3,48 61,00 36,79 24,20 26,59 8,27 10,62 4235,24 3,85 Média 31,34 4,82 5,15 3,26 61,76 37,66 24,10 26,70 9,11 11,39 4182,09 3,88 99 APÊNDICE 6 B - Distribuição granulométrica do milho moído (g) utilizado na composição da dieta com Grão de Milho Moído (GMM). Peneiras (mm) 4,76 3,36 1,68 0,71 0,297 0,125 Fundo Total 1 1,3 15,7 45,3 23,7 8,1 3,7 1,6 99,4 Repetições 2 1,3 14,7 47,3 23,6 7,9 3,9 0,8 99,5 Média 3 1,3 13,6 45,1 25,5 9,0 4,4 0,6 99,5 1,3 14,7 45,9 24,3 8,3 4,0 1,0 99,5 APÊNDICE 7 B - Valores médios de desaparecimento da matéria seca (MS) da silagem de sorgo para os diferentes tempos de incubação em função das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Tratamentos GMM GMI GMIU Média C.V. % Desaparecimento da MS para os tempos de incubação no rúmen 0 8 12 24 48 72 96 19,98 31,54 36,26 46,59 58,86 63,02 63,52 19,98 32,02 37,74 46,24 56,55 63,66 64,68 19,98 32,03 36,26 45,49 56,12 61,80 63,01 19,98 31,75 36,60 45,84 57,33 63,38 64,16 7,05 6,90 8,81 6,10 4,82 4,43 100 APÊNDICE 8 B - Valores médios de desaparecimento da fibra em detergente ácido (FDA) da silagem de sorgo para os diferentes tempos de incubação em função das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Tratamentos GMM GMI GMIU Média C.V. % aeb Desaparecimento da FDA para os tempos de incubação no rúmen 0 8 12 24 48 72 96 ab 9,19 13,32 17,39 26,15 38,49 40,09 47,81 9,19 13,99 22,71 24,52 41,34 32,97 b 49,37 a 44,84 9,19 10,85 16,84 23,77 35,70 45,22 9,19 12,35 19,08 25,08 39,13 44,01 47,66 43,30 37,40 17,44 24,80 11,22 9,15 letras diferentes na mesma coluna diferem significativamente (P<0,05). APÊNDICE 9 B - Valores médios de desaparecimento da celulose (CEL) da silagem de sorgo para os diferentes tempos de incubação em função das dietas experimentais, Grão de Milho Moído (GMM), Grão de Milho Inteiro (GMI), e Grão de Milho Inteiro tratado c/ uréia (GMIU). Tratamentos GMM GMI GMIU Média C.V. % Desaparecimento da CEL para os tempos de incubação no rúmen 0 8 12 24 48 72 96 11,01 11,57 15,80 28,21 43,41 42,53 51,22 11,01 10,48 18,64 25,95 42,64 37,62 53,07 11,01 9,56 15,23 26,33 39,22 48,51 47,57 11,01 10,27 16,24 26,90 42,10 48,39 50,74 54,15 52,22 18,95 24,92 17,27 8,93 101 APÊNDICE 10 B - Níveis de N-amoniacal (mg/100 ml líquido ruminal) nos diferentes tempos de coleta após o fornecimento da alimentação em função das dietas experimentais. Tempos Coleta (horas) 0 1,5 2,5 3,5 5,5 8,5 Milho Moído Milho Inteiro Milho Tratado Média 14,62 26,27 22,15 17,80 10,42 9,66 14,41 25,41 22,30 18,24 13,84 12,99 9,23 21,32 17,88 14,13 10,23 7,99 12,17 24,42 20,93 16,96 11,53 9,91 APÊNDICE 11 B - pH ruminal nos diferentes tempos de coleta após o fornecimento da alimentação em função das dietas experimentais. Tempos Coleta (horas) 0 1,5 2,5 3,5 5,5 8,5 Milho Moído 6,81 6,61 6,67 6,57 6,48 6,64 Milho Inteiro 6,90 6,74 6,77 6,70 6,69 6,78 Milho Tratado 6,82 6,52 6,57 6,61 6,57 6,76 Média 6,84 6,62 6,67 6,63 6,58 6,73 APÊNDICE 12 B - Atividade bacteriana (tempo de redução ao azul de metileno em segundos) nos diferentes tempos de coleta após o fornecimento da alimentação em função das dietas experimentais. Tempos Coleta (horas) 0 1,5 2,5 3,5 5,5 8,5 aeb Milho Moído 261 146 215 207 142 a 268 a Milho Inteiro 194 94 134 120 93 b 113 b Milho Tratado 153 113 126 148 71 b 74 b Média 191 118 158 158 102 152 letras diferentes na mesma linha diferem significativamente (P<0,05). Interpretação da atividade bacteriana à redução ao azul de metileno (DIRKKSEN, 1981): Muito ativa - até 3 minutos (<180 s) Atividade moderada - de 3 a 6 minutos (180 s à 360 s) Atividade diminuída - acima de 6 minutos (>360 s)