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Transcrição

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2 Revista Supermercados
E X P E D I E N T E
EDITORIAL
Passadas as vendas de Páscoa que, correspondendo às expectativas, trouxeram um aumento de 20% em relação ao ano passado, é hora
CONSELHO ADMINISTRATIVO
de deixar a crise da inflação de lado e lembrar
Presidente – Antônio Henrique Xavier
Vice-presidente – Gilberto Soares
Secretário – Suail Alcântara
que o Centro-Oeste lidera a alta no consumo e
a produção industrial goiana supera a média
HENRIQUE
XAVIER,
presidente
da AGOS
Rua 22, nº 72, St. Oeste l Goiânia/GO Fone: (62) 3215-2528
E-mail: [email protected] - www.agos.com.br
modificado a cultura culinária do país e criado
01 – Conselheiro – Marcelo Cordeiro Vaz
02 – Conselheiro – Elbio Senha Brignol
03 – Conselheiro – Eva Felizardo da Silva
04 – Conselheiro – Alex Marçal Leão
05 – Conselheiro - Arilton Rocha de Sousa
06 – Conselheiro – Wainer Neve Mendes
07 – Conselheiro – Luciano da Costa
08 – Conselheiro – Sirley Antônio do Couto
09 – Conselheiro – Luiz Carlos Gomes
10 – Conselheiro – José Nakamura
11 – Conselheiro – Alcivone Francisco da Silva
12 – Conselheiro – Ronaldo Santos Amorim
13 – Conselheiro – Fernando Viandelli Lopes
grandes prerrogativas para o uso da carne suína.
CONSELHO FISCAL – EFETIVOS
nacional.
A Agos traz, nesta edição, matérias oportunas para o cenário supermercadista, como a
matéria sobre as ações e resultados do Programa
Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura.
Saiba mais a respeito desse projeto que tem
Confira também uma entrevista com Manoel
Xavier Ferreira Filho, diretor-superintendente
do Sebrae Goiás, sobre os projetos da nova diretoria e a parceria com a Agos para a SuperAgos
2011. Além disso, conheça o modelo de organização, investimento e qualificação aplicado
Jaime Canedo
José Guilherme Schawam
Júlio Penha Peres
CONSELHO FISCAL – SUPLENTES
Mauro de Almeida Salles
Fábio Antônio de Oliveira
Ulisses Jair dos Santos
no Leve Supermercado, revelando os melhores
SUPERINTENDÊNCIA
passos para um bom negócio.
João Bosco Pinto de Oliveira
Para saber como usar a energia de maneira
correta, visando economia e segurança para seu
estabelecimento, leia também a matéria “Uma
idéia brilhante”. Veja também as inaugurações e
aniversários desse mês. E, se você gosta de um
cafezinho, não deixe de ler a matéria sobre café.
DELEGADO JUNTO À ABRAS
João Geraldo Lopes da Costa
COMITÊ FEMININO
Sandra Meneses Xavier
COMITÊ DE DESENVOLVIMENTO
Glauskston Batista Rios
Uma boa leitura!
REVISTA SUPERMERCADOS
Produção
Rua 300 s/nº, Cond. Cidade Empresarial,
Ed. Manhattan Center - sl 104
Cidade Vera Cruz - Ap. de
Goiânia-GO .
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Editor  Francisco Barros (Reg. Prof. GO00624JP)
Repórter e redação  José Eduardo Umbelino Filho
(Assessoria de Imprensa da Agos) e Andressa Ferreira
Publicidade  Clésida do Espírito Santo
Marketing  Fernando Ponciano
Contatos: (62) 3215-2528 / 8409-8929 / 8409-8959
Diagramação  Adailson Soares
Fotos  Tobias Ragonesi/Agos/Arquivo
Foto capa  Divulgação
Impressão  Poligráfica
Revista Supermercados 3
SUMÁRIO
06
SUPERAGOS
08
OPORTUNIDADE
10
ANIVERSÁRIO
12
SOLIDARIEDADE
14
SAÚDE
18
MERCADO
20
ENTREVISTA
22
INFRAESTRUTURA
26
BOAS PRÁTICAS
28
ARTIGO
30
OPORTUNIDADE
PREPARATIVOS PARA PRÓXIMA
EDIÇÃO DA FEIRA
DICAS PARA ATENDER CLIENTES QUE
VIAJAM PARA O ARAGUAIA
PRÓ-BRAZILIAN FESTEJA 18 ANOS
DE HISTÓRIA
OVG LANÇA NOVOS PROJETOS SOCIAIS
BRASILEIROS DESCOBREM OS
BENEFÍCIOS DO CAFÉ
CAMPANHA INCENTIVA CONSUMO DE
CARNE SUÍNA
MANOEL XAVIER, DO SEBRAE-GO,
COMENTA SOBRE PROJETOS DO ÓRGÃO
PLANEJAMENTO ELÉTRICO TRAZ
ECONOMIA E SEGURANÇA
LEVE SUPERMERCADO É MODELO DE
INVESTIMENTO INTELIGENTE
O QUE FAÇO COM MINHAS VELHAS
PRÁTICAS TRIBUTÁRIAS?
FESTA JUNINA ALAVANCA VENDA DE
PRODUTOS
4 Revista Supermercados
Revista Supermercados 5
SUPERAGOS 2011
NOVIDADES
SUPERAGOS 2011
A MAIOR FEIRA SUPERMERCADISTA DO CENTRO-OESTE
PREPARA MUITAS NOVIDADES PARA ESSE ANO
M
uitas novidades esperam supermercadistas, expositores e visitantes na
SuperAgos 2011, que acontece nos
dias 7, 8 e 9 de setembro.
Sempre com o objetivo de aliar o melhor do
setor supermercadista ao máximo de conforto
para seus visitantes, a SuperAgos retorna ao
Centro de Convenções de Goiânia. Serão 4.236
m² de área comercializada em mais de 12 mil
metros quadrados de feira, no coração da capital
goiana. O Centro de Convenções possui estrutura completa para convenções, feiras e eventos
de grande porte, com 2 pavilhões, o auditório
e 165 lugares e estacionamento interno para
810 vagas.
Em sua décima edição, a SuperAgos 2011
traz o slogan “A melhor fórmula pra a ciência
dos negócios”, que nos mergulha no mundo da
ciência e do conhecimento. E, de fato, a aquisição de novos conhecimentos tem sido uma
prioridade para a Associação Goiana de Supermercados. O setor supermercadista é um setor
dinâmico, em constante mudança e atualização,
e exige de seus profissionais muita capacidade
de aprendizado e muito jogo de cintura. Por isso,
a SuperAgos procura sempre se superar no as-
Rio Vermelho, para 2 mil pessoas, 11 salas de
palestras com capacidade individual de 65, 105
pecto de capacitação profissional. Palestras com
grandes nomes do setor supermercadista, cursos
6 Revista Supermercados
SUPERAGOS 2011
especiais e oficinas ministradas por profissionais
renomados garantem aos participantes a chance
de renovação e aprendizado.
GANHE PRÊMIOS PELOS NEGÓCIOS
REALIZADOS
PALESTRAS MAGNAS
Conheça a opinião de alguns dos mais
respeitados especialistas nacionais sobre
a importância das novas competências do
varejo hoje. Estão programadas 6 palestras
magnas para a feira.
Em 2011, a Agos premiará os participantes
que mais realizarem negócios dentro da feira,
OFICINAS
como uma forma de estimular supermercadistas
e expositores a levar suas negociações para a Su-
Participe da construção de conhecimento
através de casos práticos apresentados por
perAgos 2011. Os premiados serão contemplados
com notebooks e computadores.
participantes do evento, com auxílio de
especialistas e técnicos. Serão 9 oficinas
na SuperAgos 2011.
VITRINE PARA A AMÉRICA LATINA
PALESTRAS TÉCNICAS
A SuperAgos 2011 está investindo na área
internacional do evento, com o projeto de rodas
de negócios entre participantes do Brasil e de
países vizinhos. Com foco na América Latina,
a área internacional pretende estimular o intercambio cultural e comercial entre mercados
promissores.
APRENDA MAIS NAS ESTAÇÕES DO
CONHECIMENTO
Com o intuito de aproximar os participantes da capacitação profissional, A SUPERAGOS
2011 contará com as Estações do Conhecimento.
Serão focos de convergência de conhecimento,
voltadas para o desenvolvimento das potencialidades e competências dos profissionais supermercadistas. Seu objetivo é possibilitar que
o supermercadista fique em linha direta com o
conhecimento por meio de palestras e cursos
especializados. As Estações do Conhecimentos
serão compostas por palestras magnas, técnicas
e oficinas.
São palestras específicas para quem pretende aprimorar e aprofundar seus conhecimentos em assuntos práticos e teóricos.
Serão 24 palestras.
INCENTIVO SEBRAE E
GOVERNO DO ESTADO
O Sebrae possuem uma parceria de longa
da data, marcada pela mútua colaboração e
pelo incentivo ao desenvolvimento empresarial . Essa parceria já foi reafirmada para
a SuperAgos 2011, e quem sai ganhando são
as micro e pequenas empresas. Por meio dos
subsídios de 40% para aquisição de estandes
na feira fornecidos pelo Sebrae, elas têm a
oportunidade de participar da maior feira
supermercadista da região Centro-Oeste. As
portas não só estarão abertas para os micro
e pequenos empresários, como haverá uma
série de benefícios e facilidades disponíveis,
tudo para que ninguém fique de fora da SuperAgos 2011.
Revista Supermercados 7
OPORTUNIDADE
TEMPORADA
ARAGUAIA:
SINAL DE
BOAS VENDAS
Jonas Luiz, técnico em informática, diz que
já conhece há tempos o rio e deseja visitá-lo
neste ano, independente do modismo da novela. Quando viaja, não abre mão da barraca de
camping. Gosta de armá-la na própria areia e
procura ficar o mais próximo da natureza. À
noite, segundo ele, não tem nada melhor do
que reunir os familiares e amigos ao redor de
uma fogueira e promover uma espécie de luau
particular, em que o violão é presença obrigatória e as vozes pouco afinadas são convidadas
SUPERMERCADO É PIT STOP OBRIGATÓRIO
a cantar.
No entanto, antes de viver esses momentos
PARA QUEM QUER COLOCAR O PÉ NA
de prazer na beira do Araguaia, Jonas e demais
ESTRADA RUMO AO ARAGUAIA
visitantes precisam se preparar para a viagem.
E nesse aspecto, não há nada melhor do que
correr no supermercado e encontrar tudo o que
G
Gosto das praias, “ Eu vou para
pescar”... São muitos os motivos
que levam os goianos a aprovei-
tarem as férias de julho às margens do Rio
Araguaia. A paisagem extremamente bela
marca as lembranças de várias pessoas e gera
relatos de muitas histórias. Uma inclusive virou novela. Após pesquisar sobre a cultura dos
se precisa em um só lugar. Até porque, ninguém
quer perder tempo, principalmente quando se
está tão perto de pegar a estrada.
É neste momento, supermercadista, que
entra a sua contribuição para que a viagem comece bem e, assim, conquiste mais um cliente
satisfeito. Prepare-se reforçando o estoque de
salgadinhos, bebidas, bolachas, carne para assar,
repelentes e protetores solares. Uma boa pedida
habitantes que moram à beira do rio, Walter
é também ofertar material de camping e pesca.
Negrão imaginou uma trama com personagem
Vale montar um cenário que simule a estadia
central que desafia uma maldição indígena e
no Araguaia. Arqueie uma barraca, coloque
luta por justiça social. A novela, que alcançou
uma churrasqueira próxima, cadeiras de praia,
bons índices de audiência, ajudou a divulgar as
guarda sol e a tão cobiçada vara de pescar.
belezas naturais do Araguaia e deixou muita
gente com vontade de conhecer a região.
Que tal também contribuir para a preservação do rio? É momento de se demonstrar o
A próxima oportunidade para curtir as
comprometimento da empresa com o meio am-
praias de água doce é a temporada de julho.
biente. Elabore uma campanha educativa que
Muita gente vai colocar a mochila nas costas e
trate a respeito dos cuidados que precisam ser
passar alguns dias pescando, curtindo a tran-
tomados para se evitar a poluição das praias.
quilidade do rio e mesmo as noites agitadas
A temática do lixo, embora muito utilizada, é
por turistas.
sempre bem-vinda.
8 Revista Supermercados
ROTEIRO ARAGUAIA
O rio Araguaia nasce na Serra do Caipó em
Goiás e faz parte da bacia amazônica. Tem mais
de dois mil km de curso e marca a divisa dos
Estados de Mato Grosso e Goiás, Mato Grosso e
Tocantins e Pará e Tocantins. Apresenta praias
de areia branca e é um dos rios mais piscosos
do mundo.
As margens do rio são encontradas cidades badaladas e outras que proporcionam o
aconchego do descanso. Aruanã é a opção para
aqueles que buscam férias mais agitadas e com
o requinte da modernidade. Lá são possíveis
passeios de jet ski, lanchas e o visitante conta
com a comodidade de heliportos. As vias de
acesso dessa animada cidade, que está localizada a 310 km de Goiânia, são a GO-530, GO
-060 e a GO-070.
Para quem deseja aproveitar as férias para
conhecer um pouco mais da cultura indígena
e apreciar a fauna do cerrado, a cidade de São
Miguel é uma opção. Localizada a 474 km de
Goiânia, ela é o ponto de acesso para a ilha do
bananal, a maior ilha fluvial do mundo.
Revista Supermercados 9
ANIVERSÁRIO
ANIVERSÁRIO
PRÓ-BRAZILIAN
O
Supermercado Pró-Brazilian comemo-
das cinco sedes tem estacionamento próprio.
rou em abril seus 18 anos oferecendo
Recentemente, duas instalações passaram
ao público sua excelência em produ-
por reforma e foram ampliadas. As lojas da T-9
tos, serviços e atendimento. Inaugurado em
e a da Vila Nova exibem uma estrutura que
1993 com uma loja no Setor Aeroporto, expan-
oferece mais comodidade, praticidade, inova-
diu para uma nova sede na Vila Nova, outras
ção e diversidade. Tudo isso com o objetivo de
duas na Avenida T-9 e Tiradentes e, agora, mais
atender melhor as necessidades dos clientes. A
recentemente, no Balneário. E não para por aí.
meta é estender o novo padrão às outras lojas
O Pró-Brazilian tem planos de abrir pelo menos
Pró-Brazilian.
mais uma nova loja ainda neste ano.
Confirmando a sintonia com as necessidades
e exigências dos consumidores, o Pró-Brazilian
é hoje um modelo em praticidade, conforto e
diversidade entre os supermercados da capital
e da região. Empregando mais de 600 funcionários, a rede se diferencia pelo atendimento personalizado e pelas comodidades que oferece aos
clientes. Além disso, investe no mix de produtos
selecionados especialmente para cada região,
com preços justos e alta qualidade. Cada uma
10 Revista Supermercados
É com enorme satisfação que
parabenizamos o Supermercado
Pró Brazilian pelos 18 anos de sucesso.
ANOS
Revista Supermercados 11
SOLIDARIEDADE
Coordenador-geral da OVG Afrêni Gonçalves, presidente da OVG Valéria Perillo e vice-presidente
da OVG Fabrina Figueredo, durante assinatura do convênio (esquerda para a direita)
OVG AMPLIA AÇÕES
NO ESTADO COM NOVOS
PROJETOS SOCIAIS
Por Ascom/OVG
F
amílias de baixa renda do Estado de
nização distribui entre as instituições sociais
Goiás se beneficiam com a parceria en-
os produtos coletados nos jogos. Estas, por sua
tre o Governo do Estado, a Organização
vez, fazem a partilha dos alimentos entre as
das Voluntárias de Goiás (OVG) e a Federação
famílias necessitadas.
Goiana de Futebol (FGF). Mais de 20 toneladas
A campanha faz parte da promoção Futebol
de alimentos arrecadadas em jogos do Cam-
Premiado - Nota Show de Bola, uma iniciativa da
peonato Goiano de 2011 já foram repassadas
FGF, que faz a troca de notas e cupons fiscais por
pela federação à OVG desde que foi firmado
ingressos da promoção. Para obter um ingresso
convênio, em 31 de março deste ano. A Orga-
são necessários cem reais em notas ou documen-
12 Revista Supermercados
SOLIDARIEDADE
tos fiscais emitidos no Estado de Goiás e mais 1
e a Secretaria Estadual da Educação. Também
quilo de alimento não perecível, exceto sal e fubá.
foram celebradas parcerias com o Serviço
“Com essa parceria, a Federação Goiana de
Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac),
Futebol exercita a sua responsabilidade social,
para qualificar professores das Oficinas Edu-
e a OVG cumpre seu papel de ajudar as pessoas
cacionais Comunitárias da OVG, e com o Grupo
que precisam”, afirmou o coordenador-geral
Unitintas, visando a inclusão de mulheres no
da Organização, Afrêni Gonçalves. Segundo
mercado de trabalho da construção civil.
orientação da presidente da OVG, Valéria Pe-
O programa OVG em Ação, recém-implanta-
rillo, os produtos coletados nos jogos realizados
do por Valéria Perillo, já distribuiu centenas de
no interior devem contemplar as entidades do
benefícios – como cadeiras de rodas, enxovais
próprio município e região.
para bebês, leites e colchões especiais e fraldas
descartáveis, entre outros - a municípios e ins-
ATUAÇÃO
tituições sociais em todo o Estado.
Outras ações ampliaram o trabalho da
A presidente da Organização também anun-
OVG para concretizar as metas de promover a
ciou a retomada da construção de creches do
cidadania e a inclusão social no Estado. A pre-
projeto Criança Cidadã para atender filhos de
sidente da Organização, Valéria Perillo, lançou
mães trabalhadoras em todos os municípios
recentemente o Centro de Qualificação Profis-
goianos. A iniciativa tem a participação das
sional. Com quase 300 alunos matriculados, o
prefeituras municipais. Ela afirmou que, ape-
projeto é destinado à capacitação nas áreas de
sar das dificuldades financeiras enfrentadas
informática, português e inglês instrumental
pelo Estado, pretende dinamizar as ações da
para alunos da rede pública de ensino em con-
OVG por meio de parcerias com o empresariado
vênio com a Secretaria da Ciência e Tecnologia
goiano e instituições da sociedade.
Aula de inglês no novo Centro de Qualificação Profissional da OVG, no Setor Aeroporto
Revista Supermercados 13
SAÚDE
CAFÉ É SAÚDE
E ENERGÉTICO
PARA VENDAS
BRASILEIROS DESCOBREM OS BENEFÍCIOS DO CAFÉ E
AUMENTAM O CONSUMO DA BEBIDA
“Você aceita uma xícara de café?”, a oferta, sinônimo de cordialidade entre os brasileiros, vai além da
simples hospitalidade. Com os novos estudos sobre a
bebida, ofertar café é desejar ao outro uma vida mais
saudável, com menores predisposições ao mal de Parkinson, obesidade e depressão. O conhecimento de
tantos benefícios, aliada com as variedades do produto
no mercado, fez com que o brasileiro batesse o recorde de consumo da bebida no ano passado. Estima-se
que cada pessoa tenha apreciado quase 81 litros do
famoso cafezinho.
No Brasil, os trabalhadores já descobriram o efeito
revigorante dos grãos torrados do cafeeiro e também o
seu sabor agradável. Tomar uma boa xícara de café no
serviço, já virou tradição por aqui. Hábito registrado
por pesquisa divulgada neste ano pelo Ministério da
Agricultura. Segundo o órgão, pelo menos 27% dos
consumidores de café já o adotam no local de trabalho, número superior ao registrado em 2003, que
apontava 17%.
No entanto, a bebida que atende a todas as faixas
etárias e classes sociais não se restringe a sua propriedade energética. Ele é também rico em potássio,
cálcio, zinco, ferro e magnésio. Possui vitamina B e
uma grande quantidade de ácidos clorogênicos. Essa
composição diversificada faz com que a comunidade
médica-científica já considere a ingestão da bebida
como uma atitude capaz de prevenir doenças.
CIÊNCIA COMPROVA BENEFÍCIOS
O cientista americano Tomas de Paulis, da Vanderbilt University Institut for Coffee Studies, observou
que crianças que tomam leite com café uma vez ao
14 Revista Supermercados
dia estão menos propensas ao desenvolvimento da
depressão. Adultos que não abrem mão de tomar
uma das bebidas mais consumidas no mundo, além
de terem o desejo satisfeito, são também beneficiados
com o costume. Eles têm 28% menos chances de desenvolverem a diabetes tipo 2, uma vez que o cafezinho
evita o desequilíbrio nas ações da testosterona e do
estrogênio.
Para obter tamanhos benefícios, o café precisa
ser consumido até 15 minutos depois do seu preparo,
após esse prazo a bebida oxida e tem as propriedades
terapêuticas comprometidas.
MAIOR CONSUMO DE CAFÉ
ELEVA VENDAS
A maior predisposição do brasileiro em consumir
o café é uma boa oportunidade para impulsionar as
vendas. Isso porque o tradicional cafezinho fica ainda
mais apetitoso quando acompanhado de pão de queijo,
quebrador e de uma generosa dose de leite. Sensação
que o cliente com certeza já experimentou e que cultiva boas lembranças.
O segredo é, então, trabalhar com a memória
associativa. Dispor o produto sempre próximo da
padaria em gôndolas atrativas, hábeis a estimular
a visão, primeiro sentido utilizado para a efetivação da compra. No entanto, quem é que resiste
ao inconfundível aroma do café? O cheiro gostoso
excita a imaginação e dá água na boca. Para criar
a atmosfera de preparo da bebida é válido apelar
para os aromatizadores elétricos e até mesmo
combinar com os fornecedores para montar um
quiosque de degustação.
Revista Supermercados 15
BOAS PRÁTICAS
PRÁTIKO
INAUGURA
NOVA LOJA
O Supermercado Prátiko inaugurou sua
da combinação de equipamentos diferenciados
segunda loja na Avenida A, no setor Vila Nova.
com a preocupação pela qualidade nos serviços,
A inauguração ocorreu em fevereiro e tem ren-
produtos e atendimento ao cliente.
dido resultados acima das expectativas.
Os pontos fortes da casa são as seções de
A nova instalação tem oito check outs, esta-
padaria, hortifruti e açougue. Além disso, a
cionamento próprio, 800 m² de área de venda
limpeza e a higiene do supermercado são elo-
e 2400 m² de área total. Mais de 60 empregos
giadas pelos clientes, que também percebem o
diretos foram gerados na unidade.
compromisso do Prátiko de oferecer produtos
A nova sede foi muito bem recebida pela vi-
de qualidade.
zinhança e espera repetir o sucesso já conquis-
Buscando sempre o conforto e a satisfação
tado na primeira loja, que já conta com clientela
de seus clientes, o Prátiko dispõe de serviço de
fiel e tradição de excelência. Isso é resultado
tele-entregas de gás e água mineral.
O SUPERMERCADO PRÁTIKO AGRADECE AOS PARCEIROS
QUE CONTRIBUÍRAM PARA A REALIZAÇÃO DE MAIS ESSE
GRANDE PROJETO:
ÁGUA MARIZA
ALIMENTOS ZAELI
ARROZ MC
ARROZ TIO JORGE
ASA ALIMENTOS
ASA DO BRASIL
BANANAS UNIÃO
BEBIDAS IMPERIAL
BORGES VALIM RODRIGUES E
ANDRADE LTDA
BRASIL FOODS
BRAZ QUEIJOS
CAFÉ DO SÍTIO
CAFÉ RANCHEIRO
CAFÉ SANTA CLARA
CANTO DE MINAS
CARVÃO BRASINHA
CARVÃO MACHADO
CERÂMICA STEFANI
CREME MEL SORVETES
CRISTAL ALIMENTOS
D MAIS DIST. DANONE
DICEL
DISTRIBUIDORA CENTRAL
DOCES JOACI
ELMA CHIP’S
ESCOVAS DENTAL GOLD
F.E. DA SILVA ALIMENTOS
FAÍSKA HORTIFRUTI
16
Revista
Supermercados
FEIJÃO
BARÃO
FEIJÃO DONA COTA
FEIJÃO KI CALDO
FRIGOFORTE
FRUTAS DO VALLE
GÊLO CRISTAL
GRANJA LOYOLA
GYNSOL
HMA
ITAMBÉ
JP MOINHO DE TRIGO
LARANJA PINDORAMA
LATICÍNIO LEBON LATO
LATICÍNIO MAJU
LEVFORM IND.
LINGÜIÇA UCHOA
LRB DIST DE ALIMENTOS
MASSAS JK
MATOS E RIBEIRO
MICO’S
MILI S A
MITSUI ALIMENTOS
MOINHO VITÓRIA
MULTI MIX DISTRIBUIDORA
MULTIMASSAS E FRIOS
NATU DIET
NIGRO ALUMÍNIO
NORPAK EMBALAGENS
NOVA MIHARA
OSSEILY & SOUZA
OVOS JOSIDITH
PÃO DI NÁPOLI
PÃO SEVEN BOYS
PEIXARIA CENTRAL
PERBONI FRUTAS
PERDIGÃO
PIMENTAS KI DELÍCIA
PROEZA
QUEIJO DO SÍTIO
QUÍMICA AMPARO
REAL DISTRIBUIDORA
REAL LOUÇAS
REALCE DISTRIBUIDORA
REFRESCO BANDEIRANTES
REGRA LOGÍSTICA
ROMANHOL & ASSOCIADOS
SABORELLE
SADIA
SANREMO
SORVETES KIBOM
START
SUPER FRANGO
TEMPERO TOTAL
TEMPEROS PARMA
UTILAR LÂMPADAS GOLD
V-7 DISTRIBUIDORA
VELLY ALIMENTOS
VINHO CÁLICE DE PEDRA
ZUPPANI
Revista Supermercados 17
MERCADO
CAMPANHA INCENTIVA
CONSUMO DE CARNE SUÍNA
PROJETOS E CURSOS CONTRIBUEM PARA ENRIQUECER A
MESA E MUDAR OS HÁBITOS DOS CONSUMIDORES
Por Tayara Beraldi
F
oi com clima de motivação e confiança
que os suinocultores goianos, diretores e
executivos da Associação Goiana de Suinocultores (AGS), além de parceiros no setor, se
mobilizaram em torno do PNDS (Projeto Nacional
de Desenvolvimento da Suinocultura). Os resultados atingidos foram surpreendentemente positivos, sendo Goiás, com o apoio do Sebrae estadual,
um dos estados que mais capacitou profissionais
por meio das ações do projeto em 2010. Os goianos também foram pioneiros em diversas ações
na área de comercialização da carne suína, com
destaque para as oficinas gastronômicas. Mais
associação realizou junto ao Sebrae estadual
consultorias em frigoríficos com objetivo de
orientar e capacitar os profissionais, além de realizar um curso de Boas Praticas de Fabricação.
Outra estratégia elaborada pela Associação
Goiana de Suinocultores para aumentar o consumo da carne suína trouxe grandes resultados
em Rio Verde, cidade que tem se destacado no
crescimento da produção de suínos no estado.
Os resultados imediatos que a Campanha
apresentou só foram possíveis por conta da
elaboração de um ciclo de ações desenvolvidos
pela entidade estadual na cidade, que reunia a
de 600 pessoas participaram dos treinamentos,
realizados em 10 estabelecimentos, entre redes
de hipermercados e supermercados.
O objetivo das oficinas foi promover e valorizar a carne suína e ainda estimular o consumo,
comercialização de novos cortes suínos, o treinamento de profissionais de supermercados, e
uma palestra do Dr. Arnaldo Ganc, gastroenterologista-chefe do departamento de endoscopia do
Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo,
divulgando a versatilidade da carne e as pos-
que reuniu mais de 80 médicos da Unimed.
sibilidades de cortes e pratos para o dia-a-dia,
reunindo no mesmo espaço a prática e a teoria.
Outro grande sucesso conquistado pela AGS
A sinergia e criatividade nas ações foram
essenciais para que o estado goiano atingisse
resultados tão expressivos. A suinocultura
foi o Festival Gastronômico e Cultural de Pirenópolis. Considerada uma das primeiras cidades
do estado, ainda é um município de interior com
brasileira agradece o empenho e aguarda as
novidades de 2011.
o povo pacato, hospitaleiro e festivo, onde se
pode caminhar por ruas de pedras. Rota turistica
da região, a cidade conta anualmente com este
evento que reune renomados chefs de cozinha
como Alex Atala e Humberto Marra.
Focada também na preparação das pequenas
indústrias da região para atender a demanda a
18 Revista Supermercados
Carne suína,
mais sabor, mais saúde.
Tudo de bom para você.
Leve para a gôndola de seu supermercado a linha Bonasa.
São produtos muito especiais e de grande qualidade,
além de sabores irrestíveis!
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Revista Supermercados 19
ENTREVISTA
“QUEREMOS ESTAR
AINDA MAIS PRESENTES”
E
mpossada em fevereiro, a nova
diretoria do Serviço de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae Goiás) tem o desafio de fortalecer e ampliar o serviço e o contato com
os micro e pequenos empresários do
Estado. Como diretor-superintendente
pelos próximos quatro anos, Manoel
Xavier Ferreira Filho recebeu a Revista Supermercados para uma conversa
sobre planos, parcerias e projetos.
Revista Supermercados – Como se configura o Sebrae hoje?
Diretorsuperintendente
do Sebrae reforça
missão da
instituição, que
é contribuir para
o fortalecimento
dos pequenos
negócios
Manoel Xavier - O Sebrae é uma entidade civil
sem fins lucrativos. Em Goiás estamos presentes de
forma física em sete escritórios regionais distribuídos nas diversas regiões do Estado. Ao redor desses
escritórios, temos 16 agências, que são resultado de
parcerias que fazemos com as entidades de classe e
com as prefeituras. Com isso, nossa intenção é estar
presente nos municípios. Estes escritórios respeitam
as demandas locais.
Nossa filosofia é ampliar, mesmo não tendo a
presença física, nosso processo de atendimento, estando presentes ou, então, possibilitando o acesso a
nosso público-alvo. Temos vários instrumentos para
isso, como seminários, palestras, Sebrae Itinerante,
dentre outros.
O Sebrae hoje é mantido e administrado pela
parceria entre a iniciativa privada e pública, e perseguimos o objetivo de apoiar o nascimento, desenvolvimento e fortalecimento dos pequenos negócios,
que representam hoje grande parte da geração de
empregos no país. Esse é o nosso Sebrae.
Revista Supermercados – Qual o principal objetivo desta
gestão?
Manoel Xavier - O nosso foco de atuação para
os próximos quatro anos é fortalecer ainda mais a
20 Revista Supermercados
atuação do Sebrae e promover uma aproximação
maior entre o Sebrae e nossos clientes, ir ao encontro
deles, com as diversas formas de atendimento que
possuímos, seja via web ou presencial. Além disso,
esperamos aumentar o quantitativo de empresas
atendidas pelo Sebrae, e para isso trabalhamos instrumentos e ferramentas que facilitem esse processo. Em
contrapartida, confiamos que os municípios vão criar
condições favoráveis, que tenham uma legislação que
beneficie as empresas, uma tributação favorável,
que simplifiquem o processo de abertura, registro e
alteração contratual e que também privilegiem dentro
da legislação as compras governamentais.
Revista Supermercados - Como é possível alcançar esta
ampliação?
Manoel Xavier - A ampliação desse ambiente está
centrada na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.
Nosso alvo é que, até 2014, tenhamos todos os municípios goianos com a Lei Geral implantada. Esse é
um projeto que contempla o todo, ao universo das
micro e pequena empresas.
Revista Supermercados – E como é o trabalho de consultoria
oferecido pelo Sebrae?
Manoel Xavier - Queremos fortalecer as nossas
relações com nossos consultores credenciados. O Sebrae hoje trabalha com um número muito grande de
consultores qualificados que executam nossas atividades. Apoiamos o desenvolvimento e a qualificação
desses consultores.
Para nós, a empresa pode ser pequena, mas
precisa receber um tratamento de empresa grande.
O consultor precisa ser qualificado para oferecer à
empresa o melhor serviço. Trabalhamos numa área
extremamente sensível. A todo instante surgem temas novos. Na década de 90 o tema era Qualidade,
agora é a Inovação. Precisamos de profissionais da
casa capacitados que busquem o conhecimento na
ENTREVISTA
raiz, na fonte. Por isso investiremos fortemente nesse
processo de capacitação interna para melhor atender
nossos clientes.
atendimento, sua tecnologia de alimentos, de saúde,
uma melhor relação com o cliente.
Revista Supermercados - A parceria entre Sebrae e
Revista Supermercados – Que outros projetos serão prioridades nos próximos quatro anos?
Manoel Xavier - Vamos trabalhar com ampliação
da nossa carteira de clientes. Criaremos a Escola de
Empresários que visa dar os fundamentos básicos
para a gestão de negócios. Dentro desse tema, pretendemos também ampliar a formalização das empresas
e dos micro-empreendedores individuais.
Investiremos na inovação em sua definição mais
ampla: de gestão, tecnológica, de marketing, do
atendimento. O diferencial da micro e pequena empresa está exatamente na capacidade de responder
mais rapidamente às questões. Ela tem condições
de inovar em todos os processos e apoiaremos essa
característica.
Planejamos o seminário de alta performance.
Entendemos que ainda há uma fatia dos empresários
que necessitam do processo de sensibilização, ou seja,
precisam entender por que devem participar de uma
capacitação, ter um preço adequado, investir na qualidade dos produtos. Despertá-los para a importância
de trabalharem com foco no cliente, preocupação com
o mercado etc.
Pegaremos carona na Copa de 2014. É nosso
pensamento contribuir para que as micro e pequenas
empresas goianas possam ganhar com esse grande
evento e contribuindo para que Goiás possa participar
desse boom econômico que será a Copa.
Revista Supermercados - Naquilo que concerne ao ramo
varejista, quais objetivos estão em pauta e quais as metas a
serem alcançadas nesse ano?
Manoel Xavier - Criamos uma gerência de comércios e serviços que tem como função básica trabalhar
os diversos segmentos da área comercial. Para esse
ano prevemos um trabalho direto com o comércio
varejista. Temos alguns instrumentos básicos para
isso, como, por exemplo, o programa Banho de Loja,
que mistura conhecimento e design, metas para a
empresário se aproximar dos clientes.
Temos também o Varejo Competitivo, cuja ideia é
trabalhar as cadeias varejistas. A Agos trabalha com
um público que também é nosso, que atende diretamente o consumidor e leva aos lares brasileiros os
insumos básicos e tem a necessidade de aprimorar seu
Agos tem possibilitado a entrada de micro e pequenas
empresas nas últimas feiras SuperAgos. Como o diretor
vê essa parceria?
Manoel Xavier - Uma das maiores dificuldades
que a maioria das micro e pequenas empresas encontra é o acesso ao mercado. Às vezes o empresário sabe
fazer o produto, tem um processo de gestão, mas não
sabe onde estão os clientes, não sabe como buscá-los.
A feira é uma oportunidade de fazer esse link entre
empresa e mercado, dando-lhes a chance de conhecer
seus clientes e suas necessidades. Entendemos que
a SuperAgos atende essa necessidade, contribuindo
para que o pequeno varejista possa expor seus produtos e ter uma ligação mais direta com seus clientes
e, assim, alavancando suas vendas. Continuaremos
apoiando a SuperAgos e pretendemos aprimorar esse
apoio, não somente no período da feira, mas fazendo
da feira o coroamento de uma relação. Que possamos
passar pela capacitação de gestores, de vendedores e
pela gestão de varejistas e que a feira seja um ponto
de encontro entre o mercado e os clientes. É nossa
intenção estreitar essa relação.
Revista Supermercados - E quanto ao projeto das
Rodas de Negócios Internacionais, a ser efetivado na
feira deste ano?
Manoel Xavier - O Sebrae tem um know-how
com essa área e temos feito esse trabalho na maioria
de nossas feiras. Nós colocamos à disposição nosso
processo tecnológico para apoiar a Agos nesse sentido.
Trata-se de mais uma ferramenta nossa de aproximação do setor industrial com o comércio e o cliente.
Diretor-Superintendente
Manoel Xavier Ferreira Filho
Mestre em Gestão da Qualidade Total, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Administrador de Empresas, com graduação pela Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC/Goiás). Foi Diretor-Superintendente do então Centro de Assistência
Gerencial de Goiás (Ceag), no período de julho/1988 a
janeiro/1991. É do quadro de colaboradores do Sebrae
Goiás, onde ocupa o cargo de Coordenador Estadual
de Articulação Institucional, desde junho de 2010.
Revista Supermercados 21
INFRAESTRUTURA
UMA IDEIA BRILHANTE
PLANEJAR O SISTEMA ELÉTRICO DO SUPERMERCADO É
UM PROCESSO SIMPLES, ALÉM DE GERAR SEGURANÇA
E ECONOMIA, EVITA DORES DE CABEÇA
P
or trás das lâmpadas, computadores,
televisões, máquinas e demais equipamento elétricos, corre uma força que é,
ao mesmo tempo, útil e perigosa. Para garantir
eficiência e neutralizar riscos, é preciso investir
em um consistente planejamento elétrico, principalmente nos supermercados.
A energia elétrica é uma das necessidades básicas de qualquer loja. Seções como açougue, perecíveis e bebidas pedem equipamentos sempre
ligados, assim como os sistemas de informática
e segurança que são cada vez mais estratégicos.
Por isso, é tão importante dar atenção especial
trica aumenta. Em geral, para resolver o problema, é comum recorrer a eletricistas nem sempre
habilitados, que usam métodos improvisados e
ilegais (as famosas gambiarras), ou apenas instalam novos padrões para suprir a demanda. Esse
procedimento, além de não solucionar a questão,
gera ainda mais desvantagens: aumenta o risco
de acidentes elétricos e de sobrecarga, reduz a
vida útil dos equipamentos, desrespeita as regras de segurança da ABNT e gera mais custos.
Guilherme Gonçalves acrescenta que, sem
um plano cuidadoso, a fiação instalada pode não
ser compatível com a carga, ocasionando risco de
ao sistema elétrico, cuidando para atender à
demanda e evitar acidentes.
Segundo o diretor de engenharia de uma empresa da capital, Guilherme Gonçalves Pacheco,
curto circuito, incêndio e desperdício de energia
elétrica. Em resumo, o proprietário paga muito
mais e corre riscos evitáveis, gerando reflexos
no preço final, na qualidade dos produtos e na
a falta de planejamento é a causa de diversos
problemas nos supermercados. Quando o estabelecimento é pequeno, como um armazém ou
satisfação dos clientes.
um mercadinho, é comum utilizar apenas um
padrão de energia, ligado em baixa tensão. Esta
configuração apresenta uma série de desvan-
PROJETO ELÉTRICO COMPLETO
tagens: atendimento e manutenção precários,
aconselha-se a elaboração de um projeto elétrico completo, que englobe todas as correções
interrupções constantes do fornecimento devido
a chuva, vento, árvores, excesso de demanda,
além de taxas elevadas (a tarifa do chamado
grupo B, para baixa tensão, é a mais elevada).
À medida que o estabelecimento cresce, surge
a necessidade de mais equipamentos – como
câmaras frias, freezers, fornos elétricos, etc. – e,
consequentemente, a demanda por energia elé-
22 Revista Supermercados
Para solucionar em definitivo o problema,
necessárias, faça o levantamento de cargas,
eliminando as “gambiarras” e avalie a instalação
de um transformador. O promotor de vendas
da Projecon, Paulo Faustino Barbosa, explica
que supermercados de todo tamanho podem se
beneficiar com a melhor qualidade do fornecimento de energia, e só a análise feita por um
INFRAESTRUTURA
profissional pode apontar as condições reais
das instalações.
Tendo instalado recentemente um transformador em sua loja, ele conta que essa iniciativa
Caso haja necessidade, a instalação de um
transformador próprio para alta tensão elimina
trouxe diversos benefícios, como a redução da
queima de equipamentos, a melhor qualidade
todas as desvantagens que a baixa tensão apresenta. O estabelecimento passa a ser inserido no
da energia elétrica, sem falar na economia que
reflete no custo final dos produtos. “Estamos
chamado grupo A. Dependendo da classificação
do grupo A (grupo A convencional ou horasazonal, por exemplo), a economia pode chegar
nos preparando agora para melhorar ainda mais,
comprando um no-break industrial, que atenda
totalmente a área de informática e estabilize a
até a 50% no custo da tarifa, e o consumidor
rede, o que acaba sendo um grande ganho de
conta com atendimento exclusivo. Guilherme
Gonçalves explica que, num segundo momento,
será importante a instalação de um GMG (Grupo
satisfação para o cliente”, finaliza Gilberto.
Motor Gerador) para atender totalmente a demanda de energia elétrica do estabelecimento
caso haja eventual falta de energia elétrica.
Enquanto o transformador garante a estabilidade da energia elétrica em períodos de normalidade, apenas o gerador pode atender em casos
extraordinários e extremos. ”O ideal seria que
o supermercado tivesse esses três elementos: o
transformador, o no-break e o gerador”, pontua
o diretor de engenharia.
Para o vice-presidente da Agos, Gilberto
Soares, a instalação de um sistema elétrico
planejado é um indicador de uma boa gestão.
Proprietário do supermercado Ponto Final, ele
afirma que os problemas de compra e venda
ocupam o supermercadista de tal modo que ele
não se atenta para aspectos como esse.
DESVANTAGENS DA ENERGIA NA
BAIXA TENSÃO (GRUPO B)
- tensão bem menor que 220V
- interrupções constantes de energia elétrica
- redução em média de 50% da vida útil dos equipamentos
- alto risco de acidentes elétricos
- tarifação (grupo B) alta
- atendimento deficitário por parte da concessionária.
VANTAGENS DA ENERGIA NA
ALTA TENSÃO ( GRUPO A)
- energia compatível com padrões da ABNT (220/380 V)
- maior confiabilidade no fornecimento de energia elétrica
- reduz o risco de acidentes elétricos
- traz redução de custos (grupo A)
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24 Revista Supermercados
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REALIZAÇÃO
DIVULGAÇÃO
APOIO
Revista Supermercados 25
BOAS PRÁTICAS
MODELO DE
INVESTIMENTO
INTELIGENTE
consumo de energia elétrica e uma economia
de mais de 150% no gasto. Sem falar, ainda, no
valor ecológico desse investimento.
Mas a mudança não está apenas naquilo
que o consumidor enxerga. Wainer realizou
uma troca e reformulação completa de todo o
sistema elétrico e já planeja a aquisição de um
grupo gerador. Além disso, aprimorou a organização das seções internas de sua loja, como
as câmaras frias, que são exemplo de higiene
LEVE SUPERMERCADO É A PROVA DE
QUE ORGANIZAÇÃO, INVESTIMENTO E
QUALIFICAÇÃO SÃO OS MELHORES PASSOS
PARA UM BOM NEGÓCIO
e limpeza.
Sempre buscando os melhores equipamentos, o Leve Supermercado reformou a área de
informática, com a compra de novos computadores e reforçou a segurança com a troca de
todo o sistema de CFTV. Com isso, espera-se
reduzir os pequenos furtos, uma praga comum
Quem chega pela primeira vez ao Leve Su-
a todos os supermercados.
permercado, no Setor Universitário, tem logo
Além das melhorias na loja e nos equipa-
uma grande surpresa. Não é preciso nem sair do
mentos, há uma constante preocupação com o
carro para perceber o que aquela loja possui de
meio-ambiente e também com o treinamento,
diferente: o piso do estacionamento é tão limpo
aperfeiçoamento e reciclagem dos funcionários.
que brilha, a pintura das paredes é impecável,
Para o proprietário do Leve Supermercado, é
as vagas para idosos e deficientes são muitas
necessário dar a eles prerrogativas de cresci-
e de fácil acesso e tudo está perfeitamente em
mento profissional dentro da empresa, o que
ordem. Para clientes acostumados ao ambiente
gera motivação e, logicamente, mais satisfação
poeirento e cinza dos estacionamentos de su-
ao atender os clientes. Ele explica que realiza
permercados, estacionar no Leve Supermerca-
um verdadeiro trabalho de garimpo, sele-
do se torna uma experiência muito agradável.
cionando e aperfeiçoando seus funcionários
Mas, acredite, essa não é a única.
(alguns com mais de 10 anos de casa), o que
Outro diferencial logo percebido é a ilumi-
resulta em atendimento diferenciado, eficiência
nação. O proprietário do Leve Supermercado,
máxima e uma redução substancial nas perdas.
Wainer Neves, explica que realizou uma refor-
Wainer explica ainda que a maioria dos in-
ma completa da parte elétrica de sua loja, co-
vestimentos realizados paga seu custo em até
meçando pela troca das lâmpadas tradicionais
dois anos, revertendo-se em lucro muito rapida-
por fluorescentes. O resultado, segundo Wainer,
mente. É a prova de que investir em qualidade
foi o aumento imediato das vendas. “A ilumina-
é investir em garantias para o futuro. E, para
ção se assemelha à luz natural e isso estimula
Wainer, tudo começa com um investimento que
o consumo de modo direto, principalmente
não custa nada: mudar a cultura do improviso
nas seções de hortifruti, padaria e açougue”,
para a cultura do planejamento e da organização.
explica. Houve ainda uma redução de 50% no
A partir daí, basta ver os resultados.
26 Revista Supermercados
Suas escolhas ...
... definem a sua empresa.
.: Auditoria das demonstrações financeiras
.: Revisão de procedimentos fiscais
.: Revisão trabalhista e previdenciária
.: Consultoria de controles internos
.: Assessoria em autos de infração
.: Terceirização contábil, fiscal e trabalhista
Marol, as coisas certas, do jeito certo!
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Revista Supermercados 27
62 3093 7836
ARTIGO
O QUE FAÇO COM
AS MINHAS VELHAS
PRÁTICAS TRIBUTÁRIAS?
N
Cássius Pimenta,
pós-graduado em
Direito Tributário pela
Universidade Católica de
Brasília (UCB/BSB), com
MBA em Gestão Financeira
e Controladoria pela
Fundação Getúlio Vargas
(FGV/RJ). Pós-graduando
LL.M Direito Corporativo
pelo IBMEC-RJ (Master
of Laws). É diretor de
auditoria da Marol
Auditoria e Consultoria.
ota fiscal eletrônica (NF-
funciona mais. Já são inúmeras as auditorias
e), SPED Contábil, Sped
de revisão das alíquotas dos produtos, todas
Fiscal, Conhecimento
visivelmente destacadas pelo próprio contri-
de Transporte Eletrônico (CT-e),
buinte nos arquivos do Sintegra e, a partir
FCONT, Sped Fiscal - PIS/Cofins. O
de 1º de julho, escancaradas nos arquivos do
fisco mudou nos últimos anos. No
SPED Fiscal.
lugar da fronteira escondida, na
E a migração de tributação entre produtos?
intenção de pegar no “pulo” o cami-
“Venderei o produto tributado, mas emitirei
nhão com mercadorias em situação
nota fiscal de produto não tributado”, pensa
irregular, restou o cruzamento de
o contribuinte que estará livre de qualquer
informações, o monitoramento
sanção. “Os valores totais vão fechar”, imagina.
eletrônico da mercadoria, desde
Sim, imaginação, pois as quantidades, mais
sua origem, até o seu destino, o
uma vez, ficarão explicitamente diferentes
acompanhamento das operações dos
quando cruzadas as entradas, saídas, estoques
contribuintes, dia-a-dia, produto
iniciais e estoques finais, sempre tendo por base
por produto, valor por valor. E o
o item do produto. E este tipo de auditoria já
que muda com toda esta tecnologia,
é corriqueira, usual e amplamente utilizada
com todo este aparato de tecnologia
pelos fiscos.
disponível para a fiscalização? Tudo,
exatamente tudo!
Pode também imaginar o contribuinte que
basta não enviar a informação para o fisco, pois
Não há mais, nos dias atuais, como empre-
assim ele não poderá cruzar as informações. É
ender qualquer tipo de sonegação. Até mesmo a
verdade, este é o único item que o empresário
velha técnica do comprar sem nota, para vender
tem razão. Só prepare o bolso, pois as multas
sem nota, não funciona mais nos dias atuais,
pelo não envio dos arquivos magnéticos chegam
pois é facilmente detectada nas constantes e pe-
a 2% do faturamento omitido, total ou par-
riódicas auditorias específicas de mercadoria,
cialmente, por mês, e serão aplicadas quantas
largamente utilizadas pelos fiscos estaduais (e
vezes for necessário, até que a obrigação seja
ainda não descobertas pelo fisco federal). O que
cumprida. Sem falar da possibilidade de carac-
dirá então a mudança de alíquotas diretamente
terização do crime contra a ordem tributária,
no cadastro dos produtos, no intuito diminuir
caso exista simulação quando do envio das
o valor do ICMS a pagar no final do mês? Não
informações.
28 Revistaa Supermerca
Supermercados
ados
ARTIGO
diz o empresário. E o melhor de tudo, ele cobra
só “10% do valor que irá ser reduzido”. É difícil,
mas ainda há aqueles que acreditam nesta forma, criminosa, de redução de impostos.
Não, não há mais como permanecer com
a velha conduta dos negócios. A redução de
impostos hoje está fundamentada no planejamento, na organização dos processos administrativos e financeiros e, acima de tudo, na consciência de que a contabilidade é a ferramenta
fundamental para, juntando tudo, conferir ao
negócio uma base de crescimento sustentável,
E o famoso “jeitinho brasileiro” de conduzir
sem riscos tributários.
os negócios: “tenho um amigo que baixa tudo
Sim, é possível pagar todos os tributos e
para mim, ele é lá de dentro, tem influência”,
sobreviver. Basta planejar, executar e controlar.
Revista Supermercados 29
OPORTUNIDADE
FESTA JUNINA
ACENDE A
FOGUEIRA DE
VENDAS
MILHO DE PIPOCA E GULOSEIMAS SÃO
ATRATIVOS PARA ALAVANCAR VENDA DE
OUTROS PRODUTOS
“O
balão vai subindo, vai caindo à garoa,
o céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João! Acende a fogueira
do meu coração!”, São João, santo milagreiro,
invocado pelas moças que desejam um marido,
há tempos também se transformou em uma espécie de protetor dos comerciantes. É nas festas
juninas de homenagem ao santo e também a São
Pedro e Santo Antônio, que o setor supermercadista alcança a quarta maior vendagem no ano.
Afinal, em festa junina não pode faltar comida típica e enfeites para deixar o ambiente
alegre. Nesse período, aumenta a venda dos
ingredientes para o preparo do pé-de-moleque,
arroz doce, quentão, pamonha, pipoca, entre
outros. Bebidas também merecem destaque.
Há muita procura pela cachaça, refrigerantes,
cerveja e suco.
No departamento de papelaria deve ser
ofertado em abundância o papel crepom, laminado, seda e fitas de cetim, artigos utilizados na
confecção das tradicionais bandeirolas e outros
enfeites. Na seção de roupas, vai bem disponibilizar camisas xadrez, calça jeans, vestidos
estampados com babado. E para completar o
look, por que não ofertar o chapéu de palha?
Alguns produtos não permitem a aplicação
de margens muito altas. Como é o caso do milho
30 Revista Supermercados
de pipoca e da canjica, itens de maior saída. O
lucro, então, é obtido com a venda em grande
volume, que neste período é fácil de ser alcançada, principalmente quando o supermercado
se prepara para receber o cliente e envolvê-lo
no clima do festejo.
FOGUEIRA DE TRADIÇÕES
A tradicional festa junina comemorada todos os anos no Brasil é uma mistura de muitas
heranças culturais. Acredita-se que o primeiro
evento dessa natureza tenha acontecido ainda
no período colonial, quando os portugueses
trouxeram a festança ao País. No entanto, a comemoração cresceu e foi com o passar dos anos
ganhando o jeitinho brasileiro e assimilando
outros hábitos estrangeiros.
A influência local é percebida na preparação dos quitutes e também no ritmo dançante,
que ganharam um toque da cultura indígena e
africana. A mandioca, o milho e o leite de coco
são ingredientes fundamentais das guloseimas
brasileiras. Já a dança marcada, típica dos
nobres franceses, foi contagiada pelo o forró, o
boi-bumbá e pelo tambor-de-crioulo.
O evento conseguiu abrilhantar o céu das
noites de junho, graças à contribuição dos chineses. A tradição de soltar fogos foi importada
do país asiático, região de onde teria surgido a
manipulação da pólvora para a fabricação de
fogos. Nessa onda de assimilação de costumes
estrangeiros, também está a dança-de-fitas, de
origem ibérica, que atualmente alegra especialmente as quadrilhas do sul do Brasil.
Revista Supermercados 31
ARROZ
CRISTAL
32
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