Coleção - Rimowa
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Coleção - Rimowa
RIMOWA – Coleção 2016 Coleção [email protected] / www.rimowa.com Sujeito a alterações. Venda exclusiva através de revendedores selecionados e lojas RIMOWA. 2016 A perfeição da beleza A gueixa Azusa com a TOPAS TITANIUM. Mais a partir da página 30. Japão Uma cerejeira em flor desponta sobre os telhados de Kyoto. 36°12'17"N 138°15'10"L KONNICHIWA Desde sempre, viajamos para descobrir o mundo. A cada passo Porém, antes de mais nada, gostaríamos de apresentar-lhe nas que damos, ampliamos o nosso horizonte. Esse fascínio pela próximas páginas uma visão sobre um outro mundo: o dos nossos descoberta é o que nos importa, e é o que queremos que carregue valores e convicções. Esperamos que você experimente um pouco consigo junto com as nossas malas de viagem. da paixão pela descoberta que define a RIMOWA. A LIMBO em uma casa de chá tradicional em Shizuoka. É por isso que vamos fazer uma viagem de descobertas partindo THERE IS A WORLD AHEAD. do nosso próprio catálogo. Desta vez, fomos para o Japão e visitamos pessoas e lugares que representam o inconfundível caráter do país. Imagens e relatos emocionantes vieram à tona; eles abordam de uma maneira bem diferente o fascínio por essa terra. É com grande orgulho que faço aqui uma menção à parceria com a NATIONAL GEOGRAPHIC Alemanha, que conferiu uma importância ainda maior à nossa jornada pelo Japão. Dieter Morszeck A MARCA RIMOWA 04 / 05 RIMOWA – VIAJANDO COM ALTO ESTILO. Viajar é viver a liberdade. É viver a coragem, é viver a curiosidade. Para os nossos clientes do mundo inteiro, as malas RIMOWA tornaram-se sinônimo de viagem — minuciosas, inspiradoras e apaixonantes. Uma reputação pela qual trabalhamos todos os dias pois, sendo uma empresa com mais de 100 anos de tradição, a RIMOWA sabe como as mudanças são incessantes. O mundo está mais próximo, o modo de viajar está mudando e, assim, as necessidades dos passageiros também. No entanto, existem valores que são claramente imutáveis para a RIMOWA, que constituem o DNA da nossa marca e definem cada um dos nossos passos. Eles são a inspiração, a excelência e o espírito pioneiro, aos quais devemos a nossa posição única no fascinante mundo das viagens e descobertas. São a base do ímpeto incansável que nos leva a pensar de uma forma visionária, a questionar o status quo e a experimentar coisas novas para ampliar os horizontes. Nas próximas páginas, você vai saber um pouco mais sobre como esses valores nos estimulam a criar malas que se tornaram, para pessoas no mundo inteiro, uma indispensável companheira de viagem. A INSPIRAÇÃO ENCONTRA QUEM PROCURA POR ELA. Quando em movimento, passamos a entender realmente o que significa a ausência de fronteiras. Para que isto aconteça, só é necessário um simples desejo: o de descobrir o que o mundo ainda tem para oferecer. Uma sensação forte o bastante que nos impulsiona a andar e a deixar para trás os caminhos que já conhecemos. Para a RIMOWA, a saudade não é somente um ponto de partida mas também um impulso para a ação. Queremos inspirar nas pessoas a curiosidade pela vida e a descoberta de novos horizontes, porque acreditamos que aqueles que crescem além de si mesmos enxergam mais do que o seu próprio redor. O QUE NOS ESTIMULA – A INSPIRAÇÃO 06 / 07 O QUE NOS ESTIMULA – A EXCELÊNCIA 08 / 09 QUANDO A EXCELÊNCIA VIRA ATITUDE. Experiência e ambição. Dois pontos de vista opostos mas que somente juntos expressam a nossa definição de excelência: a busca permanente da perfeição. O caminho daquele algo a mais. Um caminho que, com um alto padrão de qualidade, não pode ser trilhado sozinho. Para uma empresa que é como um cartão de visitas da “engenharia alemã”, a qualidade é algo muito normal. E nós vamos em frente. Nunca estamos satisfeitos. Porque queremos ver mais nos nossos produtos. Porque a produção de malas na RIMOWA não é somente um processo artesanal, e sim a expressão de uma postura que quer criar algo especial. É assim que, de artesãos, viramos artesãos artistas. De que outra forma se pode descrever a interação perfeita de mais de 200 peças, ou o resultado de mais de 90 procedimentos que combinam a mais avançada tecnologia com a precisão de um verdadeiro trabalho feito à mão? O que merece a nossa maior atenção? Cada detalhe. Ter uma visão clara também significa olhar mais de perto. Procurar a grandeza das coisas pequenas. Seja na roda, na alça ou mesmo nos rebites — para a RIMOWA, perder-se em detalhes não é nenhum pedantismo narcisista. É uma pretensão que se reflete no serviço: dedicamos a máxima atenção até mesmo aos menores consertos. Para todos os funcionários da RIMOWA, não é só uma questão de cumprir com as expectativas dos clientes, mas superá-las — e a longo prazo. No fim das contas, longa duração é um valor que cada uma das malas da RIMOWA traz consigo. PORQUE O ESPÍRITO PIONEIRO NÃO CONHECE FRONTEIRAS. ETH Biblioteca, Zurique, Acervo fotográfico O QUE NOS ESTIMULA – O ESPÍRITO PIONEIRO 10 / 11 O que acontece com alguém que é o primeiro a chegar no topo, que dá o primeiro passo em um terreno desconhecido, que ultrapassa as fronteiras do que nos é familiar? Para o pessoal da RIMOWA, não é só uma expectativa intensa ou uma inquietação nervosa,mas sim o que desperta a sua paixão. Uma paixão que esperamos que os nossos clientes também sintam quando estiverem viajando com as nossas malas. Ela se manifesta na RIMOWA sob a forma de um espírito pioneiro visionário. É o espírito de um pensamento que cria soluções e que mostra para todo o setor qual o caminho a seguir. Assim, a RIMOWA produziu na década de 1950 a primeira mala de alumínio, uma referência, que reúne leveza e estabilidade. E no começo do novo século, elevou ainda mais os padrões ao apresentar a primeira mala de policarbonato. A coragem da RIMOWA em ousar fazer coisas novas revolucionou a Membros da expedição na frente do aeroplano Junkers, na estação transmissora. Da esquerda para a direita: Dr. Kurt Wegener, A. Neumann, H. H. Hammer, F. Duus. Acima: W. Löwe, Holbein, Wedekind. arte da fabricação de malas. E é assim até hoje, como prova o fecho TSA inovador, com tecnologia de fecho cilíndrico ABUS, ou o sistema Multiwheel®, que torna o transporte e a manobra das malas algo particularmente cômodo. É assim que a RIMOWA permanece fiel aos seus modelos — os grandes pioneiros da aviação — e continua a ampliar as fronteiras do que se considera “possível”. A HISTÓRIA DA RIMOWA – O DESTINO É A VIAGEM. 1919 2000 Em 1919, a RIMOWA testemunha o nascimento de uma obra-prima técnica, que iria marcar A RIMOWA celebra o novo milênio com uma inovação que mudaria tudo: Dieter Morszeck para sempre a empresa: é apresentado ao público o primeiro avião de passageiros totalmente cria a primeira coleção de malas de viagem leves de policarbonato – e revoluciona a indústria. Quando se experimenta um pouco da paixão, ela permanece, assim como a curiosidade e o metálico do mundo, o Junkers F13. Sua forma e material inspiraram a RIMOWA de modo Este material, conhecido no setor de construção de aeronaves, é extremamente forte e espírito desbravador. Ou como as malas de viagem da RIMOWA, que vêm resistindo há permanente, e em especial a aparência marcante do F13, que veio a ser o modelo do design resistente a batidas apesar do seu pouco peso. Viajar adquiriu ainda mais leveza. mais de 100 anos ao desgaste de inúmeras viagens, e também às provas do tempo. As célebres com frisos icônico da mala de alumínio. malas com frisos são atemporais e são também o resultado de uma história única. 2003 1937 As malas RIMOWA começam a ser cobiçadas em todo o mundo, e a consequência é a sua O baú de metal leve da RIMOWA para viagens ultramarinas uma novidade mundial que expansão contínua em nível internacional. Em 2003, é aberta a primeira loja em Hong Kong revolucionou a produção de malas de viagem, chegando inclusive a ter repercussão na e seguem-se outras em Xangai, Nova Iorque, Milão e Colônia — um total de 120 lojas que alta sociedade — em pouco tempo, as malas passaram a ser símbolo de status e objeto de representam um dos global players mundiais. desejo da socialite internacional. 2015 1950 Em 2015, a RIMOWA dá novas asas ao sonho de voar, algo que tinha afetado a história Richard Morszeck, filho do fundador, que deu o nome à RIMOWA e criou a mala com frisos. 1950 marca o início de uma nova era para a RIMOWA. A primeira mala de alumínio surge com da empresa de uma forma tão decisiva. A opinião pública mundial testemunha a volta do a TOPAS, embelezada com os célebres frisos. A reluzente mala de viagem prateada tornou-se um RIMOWA F13, uma réplica do célebre avião de passageiros Junkers F13. ícone de viagem — abrindo o caminho para que a RIMOWA se tornasse uma marca mundial. 2016 1898 1976 O fabricante de malas de viagem coloca mais uma vez a sua capacidade de inovação à Com o objetivo ambicioso de Paul Morszeck de criar as malas de viagem mais modernas da Em 1976, Dieter Morszeck prova de novo que tem um dom para as tendências certas. A mala prova com a solução inteligente para malas de viagem, a RIMOWA Electronic Tag. O sistema sua época, começa uma fascinante história de sucesso, cujo primeiro capítulo foi escrito em uma de metal TROPICANA permite que os equipamentos delicados dos fotógrafos e equipes de inteligente permite o check-in confortável das malas, mesmo em casa ou na estrada, com o fábrica de malas em Colônia — o berço da RIMOWA (marca registrada de Richard Morszeck). filmagem fiquem bem protegidos contra entrada de água, umidade, calor tropical ou frio Smartphone, o que prova mais uma vez que a RIMOWA participa com liderança na criação do A mala de couro criou, naquela época, uma tradição que faz parte da nossa promessa de ártico. Suas características fazem dela um objeto desejado e cobiçado entre profissionais futuro da viagem. qualidade até hoje: peso mínimo com a maior estabilidade possível. da cena criativa internacional. HISTÓRIA 12 / 13 RIMOWA ELECTRONIC TAG É A VIAGEM DESPREOCUPADA.” O FUTURO DA VIAGEM CONFORTÁVEL. Graças à RIMOWA Electronic Tag - a mais recente inovação da RIMOWA - as pessoas seu smartphone à sua mala equipada com a RIMOWA Electronic Tag. A transmissão podem agora fazer o check-in da sua Smart Bag através de um dispositivo inteligente leva apenas alguns segundos. Em seguida, os dados da mala são exibidos no módulo em casa e despachá-las no aeroporto em questão de segundos. de dados e a mala inteligente, que estará com o check-in feito, pode ser entregue nos pontos automáticos ou semiautomáticos do aeroporto em questão de segundos. A RIMOWA Electronic Tag conta com uma tecnologia digital diretamente integrada aos modelos de malas RIMOWA selecionados. A RIMOWA Electronic Tag substitui as As principais companhias aéreas oferecerão aos seus passageiros, já a partir de 2016, triviais etiquetas de papel por uma digital, integrada ao módulo de dados da mala. esta nova comodidade, que é possível graças à RIMOWA Electronic Tag. As demais Os dados digitais exibidos correspondem exatamente aos mesmos dados da etiqueta companhias deverão implantar também a nova tecnologia em breve. de papel utilizada atualmente. A adaptação do analógico para o digital é, portanto, muito simples. E o mesmo vale para o seu uso: no futuro além do cartão de embarque digital, as companhias aéreas fornecerão aos passageiros, com malas de viagem digitais, dados do voo reservado. O envio dos dados poderá ser feito com apenas um click de “A VIAGEM MODERNA www.rimowa-electronictag.com ELECTRONIC TAG 14 / 15 NO CORAÇÃO DA SOLIDEZ E DA MUDANÇA – A RIMOWA NO JAPÃO. Imaginação fértil em prática: O famoso arquiteto Toyo Ito no seu escritório em Tóquio. Mais a partir da página 80. Um dos últimos fabricantes de sombrinhas tradicionais do Japão, Kotaro Nishibori. Mais a partir da página 60. Um país cheio de contrastes, mas que ainda possui sua própria harmonia. Uma ilha que, apesar de todas as influências do Oriente e do Ocidente, sempre preservou a sua identidade única. O Japão é um lugar de encontros que só aqui são possíveis. Em praticamente nenhuma outra cultura a tradição e a modernidade se conectam de uma maneira tão impressionante, criando pontes entre valores antigos e novas perspectivas. Seja nas colinas cobertas de névoas, nas ruas iluminadas com neon, nos trens de alta velocidade ou nos ateliês de costura de quimonos — o dinamismo do Japão cativa o viajante a cada nova experiência. Acompanhe a nossa coleção RIMOWA 2016 pelo país que não se encaixa em nenhum rótulo, mas que é inconfundivelmente uma coisa: fascinação pura. O embranquecimento da pele é um dos rituais fixos de uma gueixa. Mais a partir da página 30. O célebre diretor Takeshi Kitano em primeiro plano. Mais a partir da página 24. Sushi para a hora do almoço em Kyoto. O horizonte matinal de Tóquio. Quase 38 milhões de pessoas vivem na região metropolitana. FASCINANTE JAPÃO 16 / 17 O Festival anual Fukagawa Hachiman em Tóquio, onde os carregadores de santuários são borrifados com água benta. FASCINANTE JAPÃO 18 / 19 FASCINANTE JAPÃO 20 / 21 A movimentação das carpas coloridas nas redondezas do templo budista de Asakusa. FASCINANTE JAPÃO 22 / 23 Preparando atum nas primeiras horas da manhã. O polvo é só uma das incontáveis iguarias do mercado de peixes Tsukiji, em Tóquio. Imagem à direita: Cozinhando a sopa Miso em um restaurante de Kyoto. TAKESHI KITANO, DIRETOR / TÓQUIO 35°39'29.6"N 139°43'49.2"L TOPAS A MAIOR FORÇA É A FORÇA DE CARÁTER. Permanecer fiel a si mesmo mas sem estagnar é o requisito que também está por trás da coleção de malas TOPAS. Inspirada pela aeronave Junkers F13, a primeira mala de alumínio da RIMOWA uniu, já naquela época, a máxima estabilidade e o mínimo peso — impressionando os Takeshi Kitano contempla o Roppongi Hills de Tóquio. passageiros do mundo inteiro. A mala com os frisos inconfundíveis foi e continuará sendo desenvolvida, e apesar disso — ou exatamente por isso — nunca perdeu seu status de ser um clássico. E assim, o silêncio de Kitano soa um pouco como um agradecimento silencioso, pois o respeito também não precisa de muitas palavras. A presença de Takeshi Kitano não precisa de muitas palavras, pois se revela especialmente nos momentos em que ele está em silêncio. É o tipo de carisma percebido quando se fala de personalidades originais e unânimes. Isso faz com que o encontro entre Kitano, o mais distinto diretor do Japão, e a mala TOPAS, a célebre mala de viagem da RIMOWA, seja muito emocionante. Ambos passaram por muitas transformações nos seus caminhos e ainda assim permanecem únicos. Kitano ficou famoso no Japão como comediante e apresentador, mas era apenas o começo de uma carreira com muitas facetas sem precedentes. Contra todas as expectativas e receios dos fãs e dos críticos, Kitano virou cineasta e criou alguns dos registros mais impressionantes e sinceros do cinema japonês. Kitano é conhecido também como autor, ensaísta e pintor, e embora revele muito de si através do seu trabalho, o mestre silencioso sempre guarda alguma coisa sobre si mesmo. Dois modelos da TOPAS com Multiwheel®. TOPAS 26 / 27 TOPAS A ORIGINAL INCONFUNDÍVEL. Tudo em ordem: graças ao sistema Flex-Divider system ajustável à medida. Em 1950, uma mala causou um verdadeiro frisson: A TOPAS – primeira mala da RIMOWA com Toda as malas TOPAS estão equipadas com o sistema Multiwheel®, que garante a fácil movimentação os icônicos frisos que lembram a lendaria aeronave F13 o primeiro avião de passageiros totalmente das quatro rodas de alta qualidade. Outro ponto extra para uma viagem tranquila fica por conta metálico do mundo. A ideia fundamental de construir com peso mínimo une esses dois clássicos. da alça Add-a-Bag, à qual pode ser incorporada uma mala adicional. Mas é ainda mais fácil: com a nova tecnologia digital RIMOWA Electronic Tag, você pode fazer o check-in da sua mala TOPAS Continuamos desenvolvendo a original, que ainda hoje é a mala de viagem mais leve e estável tranquilamente, em qualquer lugar, por meio de Smartphones e despachá-la no aeroporto em da sua categoria. A concha robusta de alumínio e magnésio protege muito bem o seu conteúdo. questão de segundos. Mais informações na página 14. Para que tudo chegue exatamente como foi colocado, ela tem duas Flex-Divider individuais e ajustáveis que permitem a perfeita organização interna. A propósito: a sua TOPAS fica ainda mais exclusiva porque, depois de algumas viagens, vai se formando uma pátina fascinante e personalizada na superfície de alumínio. A alça telescópica ajustável na altura desejável proporciona uma maior agilidade. Pronta para o futuro. A TOPAS com a tecnologia Electronic Tag. TOPAS 28 / 29 AZUSA, GUEIXA / KYOTO 35°00'00.9"N 135°46'46.1"L TOPAS TITANIUM A ELEGÂNCIA É A ÚNICA BELEZA IMUTÁVEL. A maquiagem tradicional desempenha um papel decisivo, como é o caso da maquiagem branca oshiroi, por exemplo, que realça o rosto da gueixa à luz de velas. Essa espécie de máscara também tem a intenção de transmitir uma sensualidade sutil, já que muito poucas partes da pele estão diretamente expostas ao olhar. Um encanto que combina perfeitamente com o estilo das TOPAS TITANIUM. A cor refinada e os detalhes sutis, mas exclusivos, são a expressão de uma estética que não precisa ser indiscreta. No entanto, não é possível resistir ao efeito que as gueixas e a TOPAS TITANIUM provocam, em qualquer época que você acredite estar. Ao ver as gueixas passeando pelo bairro histórico de Kyoto, a sensação que se tem é a de imortalidade. O Ishibe Alley, com as suas tradicionais tavernas e casas de chá, parece não ter mudado quase nada desde a época imperial. Segurar uma das malas TOPAS TITANIUM nos traz de volta para o agora, mas ela não parece estar fora de lugar. Isto deve-se à mesma elegância atemporal que irradia uma gueixa — uma beleza que não precisa de tendências nem modas para fascinar. Assim, a TOPAS TITANIUM figura como uma das malas mais populares entre os amantes Um encontro com a gueixa Azusa nas ruelas de Ishibe Alley em Kyoto. do refinamento em todo o mundo. É um contraponto à produção em massa da nossa época. A antiga tradição das gueixas também está longe de ser um fenômeno de massas. Em Kyoto, só umas cem mulheres estão em processo de aprendizagem. Além de costumes como a cerimônia do chá ou a dança, elas também aprendem a se tornar belezas impecáveis. A peruca da gueixa é elaborada com uma grande atenção ao detalhe. A colocação de um quimono exige o máximo cuidado e concentração por causa das complicadas técnicas de amarrar e dobrar. TOPAS TITANIUM ÚNICA EM SUA CATEGORIA. Design e conforto ao mais alto nível — a inconfundível coleção TOPAS continua luxuosamente o princípio de organização, graças ao Flex-Divider system ajustável de acordo com as suas neces- com a TOPAS TITANIUM. Com o look requintado na cor titânio, as malas demonstram de uma sidades e que oferece muito espaço com o saco para roupas* e o saco para roupa suja e sapatos. forma muito especial o seu estilo exclusivo, sem precisar abrir mão da robustez comprovada da TOPAS. Outros pontos extras em termos de comodidade são a alça Add-a-Bag para o fácil transporte de uma mala adicional, o sistema Multiwheel® e a alça telescópica ajustável, que permite visivelmente A sofisticada cor titânio confere aos contornos elegantes e ao típico design da TOPAS um luxuoso maior liberdade de movimento. Os fechos inovadores com TSA LOCK®, inclusive na Beauty Case, caráter único, que fica ainda mais refinado com a pátina personalizada que vai se formando depois completam o equipamento de primeira da linha TOPAS TITANIUM. de algumas viagens. Percebe-se a requintada diferença também no interior: a TOPAS TITANIUM é forrada com um revestimento de alta qualidade de jacquard de poliéster. Nota máxima também para *A partir do tamanho 63; exceto os tamanhos Sport 75 e Sport 80. Os interiores luxuosos não estão somente dentro de quatro paredes. Uma mala adicional que pode ser diretamente anexada à mala principal. Leve, estável e elegante em todos os aspectos. Com Electronic Tag incorporada. TOPAS TITANIUM 34 / 35 YUSUKE YATSUHASHI, DESIGNER / TÓQUIO 35°40'11.0"N 139°42'28.8"L TOPAS STEALTH Hoje, a KURO está estabelecida como uma marca de jeans que, com cada uma das suas coleções, consolidou a reputação do Japão como um fornecedor mundial de O PRETO NÃO É UMA COR. É UMA POSTURA. brim de alta qualidade. Ver um pouco dos seus bastidores deixa claro o motivo: a elaboração de um jeans KURO a partir do zero leva cerca de meio ano. Os componentes são fabricados em várias fábricas distribuídas pelo Japão. Uma parte deles em antigos teares, que foram restaurados especialmente para este trabalho. A máxima consideração e esmero estão presentes em cada ponto, cada lavagem e cada corte, porque Yatsuhashi quer que a compra de um jeans KURO seja um investimento a longo prazo no próprio estilo. Por trás disso, há a convicção de que ninguém precisa de muitos jeans em sua vida, e sim dos certos. Quanto à mala, muitas vezes é suficiente só uma — desde que seja RIMOWA. O designer-chefe Yatsuhashi na frente de uma das vitrines da KURO em Harajuku, Tóquio. Se o preto — em japonês, kuro — é uma cor ou, na verdade, a falta dela, é uma controvérsia bem conhecida. Contudo, Yusuke Yatsuhashi não tem essa dúvida. Para ele, o preto é um efeito, e isso é o que importa. É o contraste com a luz, a definição de impenetrável. Entretanto, não há nenhuma cor (in) existente que nos provoque tantas associações ou que seja tão adequada para um estilo soberano. Para a RIMOWA, o resultado do fascínio pelo preto é a TOPAS STEALTH, a interpretação mais exclusiva da coleção TOPAS. O preto do alumínio se destaca, é cheio de contrastes e mesmo assim tem uma elegância simples. Na verdade, Yatsuhashi nunca criou uma mala, mas ele tem a mesma inspiração que está por trás da TOPAS STEALTH. Yatsuhashi cria jeans que combinam o chique urbano com a sofisticação do design japonês e com uma extraordinária atenção à qualidade. E frequentemente são pretos. Por isso, não é uma casualidade que o nome da marca para a qual Yatsuhashi trabalha como designer-chefe seja KURO. Yatsuhashi escolhendo modelos de brim. TOPAS STEALTH 38 / 39 TOPAS STEALTH ELEGÂNCIA EXCLUSIVA. Combinando o inconfundível caráter da original com a parte externa em alumínio anodizado A alça telescópica retrátil e o sistema Multiwheel® proporcionam ainda mais comodidade, permi- preto, a TOPAS STEALTH define outro ponto de destaque da coleção TOPAS, que naturalmente tindo que a TOPAS STEALTH seja transportada sem esforço. inclui materiais de alta qualidade, acabamento preciso e uma apresentação requintada. Uma TOPAS STEALTH está sempre bonita. Depois de algumas viagens, vai se formando uma Por fora, ela transmite à primeira vista a impressão de exclusividade, confirmada pela sofisticação fascinante pátina personalizada no alumínio anodizado preto. E por falar em beleza, a Beauty dos menores detalhes internos. O sistema ajustável Flex-Divider system permite que você faça a Case também está elaborada com requintadas divisórias e recursos para a fixação de recipientes mala com a quantidade exata de bagagem que quiser. Por outro lado, o saco para roupa* e o saco delicados e frascos. Os inovadores fechos de combinação numérica TSA podem ser abertos e fechados nos controles de segurança, sem danificar a mala. para roupa suja e sapatos garantem que tudo esteja no lugar certo. A alça Add-a-Bag, discretamente incorporada à superfície externa, permite anexar uma mala adicional diretamente à mala principal. *A partir do tamanho 63; exceto os tamanhos Sport 75 e Sport 80. A alça telescópica retrátil é fácil de manusear. TOPAS STEALTH com Electronic Tag. Sempre precisa: A Business Multiwheel® com muito espaço e compartimentos práticos. TOPAS STEALTH 40 / 41 Alunos treinando em uma escola de Kendo em Kyoto. KENGO KIMURA, DESIGNER DE MOTOS CUSTOMIZADAS/ HIROSHIMA 34°21'10.2"N 132°26'4 4.6"L CLASSIC FLIGHT OS CLÁSSICOS NÃO ACOMPANHAM O TEMPO, MAS SIM DEIXAM MARCAS NELE. É por isso que as motos Heiwa acabaram encontrando no mundo todo amantes de motos que seguem o seu sonho. O próprio inventor segue uma filosofia que acredita que só se pode criar algo novo e emocionante respeitando os clássicos e vivendo com paixão. Ele não é o único que tem esta ambição. Foi assim que a RIMOWA desenvolveu a O conceito de liberdade tem muitas interpretações, mas CLASSIC FLIGHT. A coleção retrô de alumínio que combina pode ser demonstrado, sem sombra de dúvida, quando se a nostalgia com os mais modernos conceitos. A mala é observa Kengo Kimura trabalhando. Para ele, a liberdade uma reminiscência da época pioneira da aviação, porém, é o ponto de partida e de chegada do seu trabalho. é totalmente compatível com as demandas das viagens Autonomia é um princípio de vida. A oficina da sua loja Heiwa modernas. O ponto de chegada e de partida dessas Motorcycles, em Hiroshima, é uma mistura de antiguidades demandas é, naturalmente, a liberdade, a liberdade de ir e motos do estilo da década de 1950. Lá, Kimura fabrica motos exatamente do jeito dele, interpretando as clássicas motos vintage de uma forma moderna e purista mas sem para onde e como quiser. E assim, no final do dia, Kimura Kengo Kimura é quem faz o primeiro test drive de uma nova moto HEIWA. deixar que elas percam o seu caráter icônico. A forma e o material são reduzidos aos seus princípios essenciais, e mesmo assim continuam sendo algo de inegável beleza. O proprietário da HEIWA Motorcycles em sua bancada de trabalho. Nostalgia com interpretação moderna: a CLASSIC FLIGHT. vai com a sua moto pelas estradas costeiras, sempre com a certeza de que sua liberdade está bem na sua frente. Kimura só fabrica de 20 a 25 motos por ano. CLASSIC FLIGHT 46 / 47 CLASSIC FLIGHT TRADICIONALMENTE MODERNO. Parte externa prateada em alumínio e magnésio reluzente, estrutura marcante com frisos RIMOWA sistema Flex-Divider system* com ajuste individual e o TSA LOCK® inovador oferecem o mais combinados com alças de couro requintadas e duráveis — a CLASSIC FLIGHT reúne a aparência alto nível de conforto. Tradição e modernidade também são encontradas nas malas menores da clássica dos primórdios da aviação com as características de uma moderna mala de viagem premium. CLASSIC FLIGHT, que podem ser levadas como bagagem de mão nas viagens aéreas sem nenhum problema. A Attaché Case dispõe de compartimentos multifuncionais práticos, onde podem As malas feitas à mão da coleção CLASSIC FLIGHT mostram uma elegância atemporal e ao mesmo ser guardados importantes acessórios de viagem como o laptop e o celular, que estarão sempre tempo as funcionalidades contemporâneas. O visual clássico é enfatizado pelas cantoneiras alumínio à mão. polido, o forro exclusivo e as cintas de estilo nostálgico. Enquanto os detalhes inovadores do sistema Multiwheel® para o fácil transporte, a alça telescópica ajustável na altura desejável, o *As cintas de estilo nostálgico em uma parte da mala e o sistema Flex-Divider system com ajuste individual na outra. A tradição encontra o moderno: De um lado alça de couro, do outro alça telescópica ajustável na altura desejável. Detalhe especial: A imagem dos aviões cunhada nos rebites da CLASSIC FLIGHT. A CLASSIC FLIGHT está disponível em vários modelos e tamanhos. CLASSIC FLIGHT 48 / 49 O trem de alta velocidade shinkansen desliza pela vibrante Tóquio. SHINKANSEN / FUKUYAMA 34°29'20.6"N 133°21'40.1"L ATTACHÉ / PILOT SÓ A PRECISÃO PODE DEFINIR PADRÕES. Diariamente, 400.000 passageiros viajam nos trens que ligam Tóquio e Osaka. O mundo dos negócios japonês gira depressa. Tudo está em movimento. A ATTACHÉ e a PILOT, pastas e malas executivas profissionais da RIMOWA, acompanham esse ritmo. Ambas as coleções são perfeitamente compatíveis com as exigências da vida empresarial moderna. Para os japoneses, as sincronias perfeitas são uma condição essencial para fazer negócios, especialmente no que diz respeito à pontualidade. Tudo o que for diferente disso é considerado uma enorme insolência. Muitos estrangeiros não conseguem acreditar quando ficam sabendo que o trem de alta velocidade shinkansen atrasa, na média anual, só alguns segundos, e não minutos. Nada deve abalar o trajeto. Tudo deve funcionar com precisão e Esse trem, que parece tão futurista com o seu bico alon- sem nenhum problema. Mesmo durante a condução, não deve gado, é o símbolo do progresso tecnológico no Japão e haver nada que possa perturbá-la. o orgulho de toda a nação, algo que pode ser observado, entre outras coisas, pelo tamanho respeito e cuidado O ruído é semelhante ao das bibliotecas e a velocidade que é dedicados a ele. Quando o shinkansen entra na estação, claramente maior do que 300 km por hora é percebida apenas os funcionários da estação ferroviária se inclinam para quando se vê pela janela a paisagem correndo. No final do dia, cumprimentá-lo e os condutores são extremamente trata-se principalmente da pontualidade, porque o progresso meticulosos em relação ao local em que o trem estacionará, no Japão não espera. para que as portas se abram exatamente onde as marcas indicam. Especialista em viagens de negócios: PILOT. ATTACHÉ / PILOT 54 / 55 ATTACHÉ / PILOT PARA AS MAIS ALTAS EXIGÊNCIAS PROFISSIONAIS. Com a ATTACHÉ, você sempre estará organizado e elegante em qualquer reunião de negócios. A PILOT proporciona uma perfeita organização e um acesso rápido ao conteúdo. A parte superior Seu design atemporal de alumínio já impressiona só ao olhar. O interior arrojado e inteligente prática permite o acesso direto pela parte de cima a documentos e demais itens. A divisória removível com espaço para laptop e muitos outros acessórios importantes a tornam companheira ideal e a bolsa para laptop e cabos dividem seu interior de uma maneira ideal. Perfeição até o último detalhe: Sistema de compartimentos na parte superior. Interior perfeitamente estruturado. dos executivos. Todos os modelos da coleção PILOT estão equipados com uma alça telescópica ajustável na As cômodas funcionalidades da ATTACHÉ incluem também um seguro sistema de fecho de altura desejável e o comodíssimo sistema Multiwheel® para um transporte sem esforço. As quatro combinação numérica com fecho duplo e uma abertura automática de alta qualidade. Além disso, rodinhas permitem que a mala seja conduzida facilmente em todas as direções. E não só por pilotos. todas as Attaché Cases possuem uma bolsa para laptop e uma alça a tiracolo ajustável. A coleção PILOT é ideal na apresentação de executivos em viagens de negócios. ATTACHÉ / PILOT 56 / 57 Sempre tenha uma mão livre, graças à alça a tiracolo ajustável. O sistema de fecho de combinação numérica, o fecho duplo e a abertura automática proporcionam uma grande segurança. Organização é o princípio do mundo executivo. Com ATTACHÉ, sem problema. Antes de poder entrar em um templo japonês, é necessário fazer um ritual lavando as mãos. Um olhar sobre a floresta de bambu Sagano, em Kyoto. KOTARO NISHIBORI, FABRICANTE DE SOMBRINHAS / KYOTO 35°02'01.0"N 135°45'09.2"L SALSA NADA É MAIS DIFÍCIL DE CONSEGUIR DO QUE A LEVEZA. O que a madeira ancestral do bambu e o material inovador de policarbonato de alta tecnologia têm em comum não é perceptível à primeira vista. Só que nesse caso, deve-se confiar menos nos olhos e mais nas mãos, pois elas entendem melhor o que une estes dois materiais: a robustez que sempre será leve e móvel e jamais pesada. Características perfeitas para produtos que proporcionam uma proteção forte, mas que não são limitadores. Como a SALSA, a O seu trabalho é parte desta mudança contínua. A empresa primeira mala de policarbonato. O peso mínimo e maior Hiyoshiya de Kyoto é uma das últimas que ainda cultiva durabilidade possível fazem da SALSA uma das coleções de o antigo ofício da produção de sombrinhas no Japão. malas mais populares da RIMOWA. Assim como a wagasa, Nishibori assumiu o negócio, adormecido, que pertencia a sombrinha japonesa da manufatura Hiyoshiya. Mais de ao seu sogro e o despertou. Ele experimentou novas 50 varas finas de bambu são trabalhadas e proporcionam estabilidade sem fazer com que a sombrinha fique muito Cada passo do trabalho requer uma habilidade delicada. desenvolvendo com constância a ideia das sombrinhas rígida. A flexibilidade é um mantra para o seu criador wagasa. No entanto, manteve sempre um princípio fixo: Kotaro Nishibori. Ou, com as suas próprias palavras: “Se a estabilidade e a leveza não podem entrar em confronto a inovação continua, torna-se uma nova tradição.” Para em nenhuma sombrinha, assim como , em nenhuma mala, Nishibori, a tradição não é algo fixo, mas que muda, que como a SALSA. Neste caso, Nishibori pode confiar em precisa mudar para permanecer intacta. suas mãos. Policarbonato na sua forma mais bonita: a SALSA. O criador de sombrinhas Kotaro Nishibori misturando a cola. técnicas, combinou materiais clássicos e inovadores e foi SALSA 62 / 63 SALSA SALSA. A PRIMEIRA MALA DE POLICARBONATO DO MUNDO. Peso mínimo, máxima robustez. As soluções triviais não satisfazem as mais altas exigências em As vantagens do policarbonato como material para a coleção SALSA são óbvias. Leves, firmes e malas de viagem. Por isso, a RIMOWA apresentou no ano 2000 uma revolucionária inovação: flexíveis, as malas enfrentam bravamente as maiores dificuldades das viagens. E para que todos os a SALSA, a primeira mala de policarbonato. desejos também sejam atendidos em termos de conforto, a mala SALSA tem uma alça telescópica ajustável na altura desejável que permite um manuseio sem esforço, além do sistema de rodas O policarbonato é tão leve e durável que foi incorporado na fabricação de aviões como o material Multiwheel® que proporciona uma facilidade ideal para movimentá-la. Além disso, você pode ideal. Com alta tecnologia e resistente aos raios ultravioleta e a temperaturas de + 125º C até – 100ºC. usar a nova tecnologia digital RIMOWA Electronic Tag para fazer o check-in da sua mala SALSA Além disso, o policarbonato é caracterizado pela sua grande flexibilidade, pois cede à pressão e tranquilamente, em qualquer lugar, por meio de celulares e despachá-la no aeroporto em questão logo retoma a sua forma original. de segundos. Mais informações na página 14. O fecho inovador TSA integrado pode ser aberto sem dificuldades nos controles de segurança. Um interior sofisticado caracteriza a SALSA. O sistema Multiwheel® com suas rodas de fácil deslizamento permite uma grande facilidade para movimentar a mala. Estão disponíveis quatro cores charmosas para a SALSA: Matte Black, Matte Blue, Matte Carmona Red e Matte Bronze. Electronic Tag opcional. SALSA 64 / 65 REI SHITO, BLOGUEIRA DE MODA/ TÓQUIO 35°39'55.2"N 139°42'14.2"L SALSA DELUXE As imagens de Rei Shito têm uma missão: fazer com que a suposta rotina vire algo especial. Ela é uma das fotógrafas de rua mais famosas do Japão e descobriu muitas tendências com o seu blog “Style from Tokyo”, contribuindo enormemente para a moderna consciência de moda do país. Ela conseguiu isso por causa do seu próprio estilo confiante, mas também, porque as suas fotografias não mostram só a superfície. Com um clique, ela consegue registrar cada personalidade por um momento. Ela documenta o inconfundível, geralmente encontrado nas nuances e nas coisas pequenas que as tornam especiais. Por isso, para Shito, a SALSA DELUXE é perfeita para se fotografar. A mala que entende tudo de moda, com seus refinados detalhes, combina perfeitamente com as esquinas da Cat Street em Harajuku, pois o bairro fashion de Tóquio é um lugar de individualismo vivo e um caldeirão de energias criativas. Às vezes surpreendente, às vezes reservado, mas sempre idiossincrático — entre o convencional e a vanguarda, aqui tudo parece ser possível. A SALSA DELUXE é QUANDO O ESTILO É MAIS DO QUE UM MOMENTO. outro destaque fascinante nesta imagem. Para Rei Shito, Harajuku é a verdadeira passarela quando se fala de moda no Japão. É como se a dinâmica da capital se condensasse neste bairro e fizesse com que as pessoas aqui sempre estivessem um passo à frente das tendências — e inclusive, do seu próprio caminho. As ideias se cruzam com Rei Shito, quase sempre, nas redondezas da Cat Street em Harajuku. SALSA DELUXE 68 / 69 SALSA DELUXE ROBUSTA COM MUITO CONFORTO. Como evolução da primeira mala de policarbonato SALSA do mundo, as malas da coleção SALSA Na 3-Suiter SALSA DELUXE com sistema bicameral, você pode separar as suas roupas dos DELUXE convencem pelas excelentes vantagens que este material de alta tecnologia oferece: demais acessórios de viagem com cuidado. A SALSA DELUXE HYBRID, inovadora combinação de peso mínimo,máxima robustez. policarbonato e keprotec® durável, reforçada com fibra da marca* Kevlar®, proporciona uma comodidade ainda maior. Os espaçosos bolsos frontais desta luxuosa variedade permitem que você A coleção SALSA DELUXE tem ainda mais para oferecer: características luxuosas, como a alça tenha os acessórios de viagem importantes sempre ao alcance, sem precisar abrir a mala. telescópica ajustável e o sistema de rodas fazem que cada viagem seja um momento de relax. Com a alça Add-a-Bag integrada à superfície da mala, é possível anexar uma bagagem de viagem adicional diretamente à mala principal, transportando-a confortavelmente. *DuPont™ e Kevlar® são marcas registradas da DuPont™ ou de uma de suas afiliadas. Os espaçosos bolsos frontais da SALSA DELUXE HYBRID garantem que você tenha os acessórios de viagem importantes sempre ao alcance, sem precisar abrir a mala. A alça Add-a-Bag permite prender uma mala adicional diretamente na mala principal. Quatro sublimes opções de cores: Brown, Oriental Red, Yachting Blue e Black. Electronic Tag opcional. Mais informações na página 14. A 3-Suiter, com sistema bicameral, permite o acesso separado às roupas e aos acessórios de viagem, e inclui também um saco para roupa com um porta-camisas integrado. SALSA DELUXE 70 / 71 RIE YASUMI, POETISA / HOKKAIDO 43°04'43.0"N 142°35'42.2"L SALSA AIR Nas entrelinhas: Rie Yasumi sempre encontra a inspiração na natureza. Na arte da poesia japonesa, o que ficou por dizer é quase sempre tão importante quanto o que foi dito. Os poemas curtos, chamados haiku ou senryū, são compreensíveis somente com as vivências do próprio leitor, cujo universo Um mar de nuvens invade o vale da varanda de Unkai. emocional preenche as lacunas, dando ao texto o sentido e também um pouco da sua própria intimidade. A reflexão sobre a saudade da vontade de viajar da poetisa Rie Yasumi é um claro exemplo. Embora a tradução do texto original nunca possa ser plena, as palavras escassas têm a capacidade de desencadear uma força dentro de nós: – Faça do coração, que anseia pela distância, o seu companheiro de viagem. – Quem ler esta poesia de relance poderá até achá-la trivial, mas quem permitir que ela produza um efeito dentro de si reconhecerá a sua profundidade. A arte da omissão requer A SALSA AIR foi produzida justamente com este entendi- um entendimento sensível e preciso sobre o essencial. mento. Seu peso extremamente reduzido faz dela a mala mais leve da RIMOWA. A SALSA AIR não omite nada. Ela mostra tudo o que os clientes esperam de um produto RIMOWA. O aumento da leveza permite uma descontração A ARTE DA OMISSÃO. em cada viagem, o que dá espaço à inspiração. E quem sabe, até para escrever seu próprio poema. SALSA AIR 74 / 75 SALSA AIR VIAJAR FICOU AINDA MAIS FÁCIL. Estabilidade ainda maior e peso ainda menor do que as malas da outra coleção SALSA? Nada é Nas duas metades da mala há coberturas de rede com zíper, que permitem uma fixação segura do mais leve do que a SALSA AIR. Em comparação com a clássica coleção SALSA, as malas SALSA AIR conteúdo e um prático acesso pelos dois lados. Um forro tão arejado como resistente, que remete são 30% ainda mais leves. É quase impossível uma mala de policarbonato pesar menos do que isso. à seda de paraquedas, realça o caráter exclusivo da SALSA AIR. A leveza tem muitos atributos que fazem com que as viagens não só sejam mais fáceis, como Levar a bordo menos peso, sem precisar abrir mão de nada? Está nas suas mãos. Com a SALSA também mais confortáveis. A alça mono telescópica ajustável na altura desejável, por exemplo, AIR ULTRALIGHT superleve, não haverá nenhum problema com a bagagem de mão. E para os proporciona a facilidade de manobrar ideal por meio do sistema Multiwheel® com deslizamentos pequenos companheiros de viagem recomendamos a SALSA AIR MINI que, com a sua leveza, faz suaves em todas as direções. da viagem uma grande diversão. Facilidade de manobrar ideal a SALSA AIR possui uma alça mono telescópica ajustável na altura desejável. Pensamento prático: As duas metades da mala têm coberturas de rede com zíper integrado. Silenciosa e ágil: Sistema Multiwheel®. Não pesa quase nada. Muitas opções de cores: SALSA AIR nas cores de tendência: Guards Red, Navy Blue, Ultra Violet, Ice Blue e Lime Green. SALSA AIR 76 / 77 Há muitos jardins de templos fascinantes no centro histórico de Kyoto. Não se deve deixar de visitar uma olaria tradicional em Kyoto. TOYO ITO, ARQUITETO / TÓQUIO 35°40'25.5"N 139°45'56.3"L BOLERO CADA VISÃO PRECISA DO SEU ESPAÇO. e que o faz entender a arquitetura não como uma vã finalidade em si mesma, mas como algo que deve estar sempre alinhado com as necessidades das pessoas. O que inicialmente parece banal, é na verdade o cerne de uma filosofia que sempre se questionou continuamente. A RIMOWA vem demonstrando, há mais de 100 anos, que esse tipo de pensamento leva ao sucesso. E à uma mala de viagem que combina estética excepcional com o mais alto nível de funcionalidade — a BOLERO. A mala de policarbonato tem, pelos seus incontáveis atributos, uma grande flexibilidade, seguindo, no entanto, uma clara linguagem de design. Ela demonstra que a beleza pode ser Luz e sombra, peso e leveza estão muito próximos na muito prática, bem no estilo de Toyo Ito. arquitetura. E em Tóquio, talvez um pouco mais ainda. A urbanização extrema da metrópole faz com que tudo esteja muito perto. Quem conseguir um espaço livre deve ser capaz de se impor ou de ter uma visão do espaço que está ocupando. Toyo Ito tem muitas dessas visões e as colocou em prática. Em 2013, ele recebeu o Pritzker, o prêmio mais importante para os arquitetos. Seus projetos trouxeram à cidade um jogo especial de luz e formas, como as cores brilhantes que reluzem pelas altas janelas arqueadas da biblioteca da Faculdade Tama de artes, ou mesmo a leveza com que o edifício Mikimoto se alonga pelo céu de Tóquio. As janelas da fachada são inspiradas nas bolhas que saem da água. Dentro delas, a luz brilha como quando atravessa as copas das árvores. Ito coloca um pouco de brincadeira no seu trabalho, algo que remete a uma ingenuidade proposital Grandes projetos não surgem apenas na maquete. Toyo Ito examina as últimas criações. BOLERO 82 / 83 BOLERO A UNIÃO DO ÚTIL AO AGRADÁVEL. Leve, consistente e prática em todos os detalhes. A linha BOLERO, desenvolvida especialmente a facilidade para transportar. Com a alça a tiracolo, fica muito fácil levar uma mala BOLERO. para os passageiros executivos, combina as típicas vantagens da mala de policarbonato com O interior, revestido com jacquard de poliéster, garante a organização em toda a linha. Os modelos destaques funcionais que deixam as viagens ainda mais confortáveis. O espaçoso bolso frontal BOLERO Notebook e BOLERO Business Multiwheel®possuem ainda um bolso integrado para em keprotec® resistente, reforçado com fibras da marca Kevlar® permite manter os documentos laptops. Tudo junto, bem arrumado e transportado confortavelmente — as viagens de negócios da viagem, dos negócios ou mesmo o jornal ao alcance da mão. Perder tempo, para abrir e fechar podem ser bastante agradáveis. Graças à alça telescópica ajustável na altura desejável, a BOLERO segue sempre adiante. as malas, durante a viagem ou para procurar as coisas, já ficou no passado. A alça mono telescópica ajustável na altura desejável proporciona a facilidade ideal para manobrar, e o sistema Multiwheel® *DuPont™ e Kevlar® são marcas registradas da DuPont™ ou de uma de suas afiliadas. Com o bolso frontal prático você tem tudo ao alcance da mão, sem precisar abrir a mala. Verdadeiro talento para a organização. BOLERO 84 / 85 STÉPHANE DANTON, SOMMELIER DE CHÁS / TSUCHIYA 35°03'4 4.2"N 138°04'34.9"L LIMBO ENTRE MUNDOS. Muitas vezes pode-se criar algo especial a partir de áreas sommelier veio para o Japão no início da década de 1990 e em tensão. É o caso da coleção de malas LIMBO, que aprendeu rápido a identificar as diferenças entre as duas combina o policarbonato e o alumínio — o melhor de culturas. Ele notou que uma das tradições mais fascinantes dois mundos. A leve concha possui o suporte de uma ar- do país, o chá verde, despertava pouco interesse nos mação forte, isso dá a LIMBO o equilíbrio. Este equilíbrio estrangeiros e nos jovens japoneses. Mudar esse panorama também é o que determina a vida de Stéphane Danton, foi como um chamado para o homem de Lyon. uma pessoa com um sentido apurado para as proporções certas. Isso se reflete no seu trabalho como especialista e Danton decidiu abrir a sua própria sala de chá, a Ocharaka, embaixador do chá japonês. Mas, principalmente, na sua no bairro de Kichijoji em Tóquio. rotina diária como um francês em Tóquio. O experiente Alumínio e policarbonato em perfeita sintonia. Aqui, ele cria variedades modernas que estabelecem um diálogo entre os sabores orientais e ocidentais e que aproxima novamente os jovens japoneses da sua própria cultura. Para Danton, o caminho é o dos sentidos. Sua experiência degustando vinhos o levou a ensinar aos seus clientes também sobre os aromas dos chás, aprofundando a sua própria compreensão sobre os ingredientes, escolhidos por ele com muita precisão e dedicação, algo que o conduz aos lugares mais remotos do país. Assim, ele pode ser encontrado muitas vezes longe da grande cidade de Tóquio, em lugares que possuem a sua própria harmonia. Danton gosta de estar nos arrozais e de desfrutar do silêncio original, enquanto perde a vista no verde exuberante das colinas. Ele mesmo, um francês no Japão, passou a formar parte do equilíbrio que torna este país tão único. Único como o equilíbrio entre o policarbonato e o alumínio da LIMBO. LIMBO O MELHOR DE DOIS MUNDOS. Alumínio e policarbonato — dois materiais de alta tecnologia que a RIMOWA conhece como carregadas podem ser transportadas sem esforço. E a alça Add-a-Bag permite anexar uma mala nenhuma outra marca. Sua inteligente combinação na coleção LIMBO faz com que as vantagens adicional diretamente à mala principal. Mala de viagem especial, comodidade especial: a LIMBO de ambos os materiais sejam realmente eficientes. Business Multiwheel® tem compartimentos bem definidos, a Beauty Case possui divisórias inteligentes para cosméticos e a Attaché Case muitos acessórios úteis. Os fechos de alavanca embutidos na A armação resistente produzida a partir de uma liga de alumínio e magnésio forma uma estrutura armação possibilitam a criação de uma combinação numérica pessoal, a tecnologia TSA também estável para as superfícies leves e firmes de policarbonato da mala. Por trás do design elegante e garante a máxima segurança. Falando em comodidade: equipado com a nova tecnologia digital característico, ocultam-se funções que garantem a tranquilidade antes da viagem. Assim, por RIMOWA Electronic Tag, você pode fazer o check-in da sua LIMBO tranquilamente, em qualquer exemplo, você pode ajustar o interior exatamente de acordo com o volume da sua bagagem com lugar, usando um smartphone, podendo despachá-la no aeroporto em questão de segundos. Mais o sistema retrátil Flex-Divider system. Com o sistema Multiwheel®, até mesmo as malas mais informações na página 14. A LIMBO reúne os materiais mais modernos na elaboração das malas. Escolha fascinante: Cores Creme White, Granite Brown, Carmona Red, Night Blue e Black. Com a Electronic Tag incorporada. LIMBO 90 / 91 JOTARO SAITO, DESIGNER DE QUIMONOS/ KYOTO 35°06'30.6"N 135°56'49.2"L BOSSA NOVA PERFEIÇÃO NÃO SE ALCANÇA, SE CRIA. Não é só o glamour que faz as criações de Saito serem Se hoje contemplamos um quimono como uma composição é graças a Jotaro Saito, que o converteu em obra-prima, cobiçados objetos de prestígio. Os trajes feitos à mão são conferindo uma nova leveza à complexa interação de cores consideradoso mais alto padrão de qualidade no setor e padrões, camadas e dobras. Com isso, os quimonos, que têxtil. Os ricos bordados, os requintados corantes e os eram considerados antiquados por todos, passaram a tecidos primorosos são uma expressão do perfeccionismo se destacar inclusive nas passarelas. Ele foi o mais jovem meticuloso do designer. designer de quimonos do Japão a apresentar o seu primeiro desfile de moda, aos 27 anos. Agora, as suas coleções são Com a BOSSA NOVA, a RIMOWA conseguiu uma outra uma presença permanente da Semana de Moda de Tóquio, interpretação dessa paixão pelo detalhe, como o forro de e elas fizeram com que os quimonos renascessem de alta qualidade ou os refinados pespontos decorativos, que uma maneira bem diferente das celebrações solenes cumprem com o luxo prometido. O espírito da perfeição e folclóricas. Jotaro Saito sentado com seus esboços. é onipresente em Kyoto, berço das antigas tradições japonesas. Mas é um sentimento tranquilo, marcado mais pela calma e prudência do que por receios ou restrições. É também o lugar onde Saito aprendeu com seu pai a arte da elaboração dos quimonos, na qual se fundem continuamente o Japão antigo e o novo. Ele cria uma visão pura, mas que está sempre mudando. E isso, nos inspira sempre. A luxuosa seda recebe sua pintura. BOSSA NOVA 94 / 95 BOSSA NOVA BOSSA NOVA 96 / 97 ALTA QUALIDADE EM TODA A COLEÇÃO. Luxuosa, clássica e com uma grande atenção ao detalhe - a BOSSA NOVA estabelece diferenciais Add-a-Bag integrada na superfície da mala aumenta a capacidade de anexar uma mala adicional à especiais. Materiais de alta qualidade, acabamento preciso e policarbonato na refinada cor verde mala principal sem nenhum esforço. Jet Green transmitem exclusividade à primeira vista, além da alça acolchoada feita de couro elegante e durável, agradável ao toque. Inclui um marcante pesponto decorativo, que também Os fechos inovadores com TSA LOCK® são um alívio no aeroporto, pois podem ser abertos e dá refinamento ao couro de alta qualidade colocado nas cantoneiras da BOSSA NOVA. fechados nos controles de segurança pelo agentes de segurança, sem que a mala seja danificada. A BOSSA NOVA com a RIMOWA Electronic Tag leva você para o futuro da viagem confortável. O fato de poder fazer o check-in da sua mala BOSSA NOVA apenas com um clique da sua casa A atenção aos detalhes caracteriza igualmente seu interior, totalmente revestido com matelassê, ou de qualquer outro lugar e despachá-la sem esperas no aeroporto também deixará você muito que lembra a seda de paraquedas. O sistema Flex-Divider garante a organização na mala, e a alça tranquilo. A nova RIMOWA Electronic Tag com tecnologia digital faz com que isso seja possível. Mais informações na página 14. A elegante cor Jet Green combinada com Green ou Beige. Os acessórios detalhados de alta qualidade são um reforço consistente e ao mesmo tempo um verdadeiro atrativo. O interior está totalmente revestido com matelassê. A DESCOBERTA COMO PRINCÍPIO - RIMOWA NATIONAL GEOGRAPHIC. A melhor maneira de descobrir o mundo é viajar com uma mala E mesmo hoje, em que cada metro de terra parece estar Junto com a repórter Sonja Blaschke e o fotógrafo Mike RIMOWA. Ou com uma revista da NATIONAL GEOGRAPHIC. rigorosamente documentado, a NATIONAL GEOGRAPHIC Yamashita, nas páginas seguintes acompanhamos duas pessoas É que os 33 homens que, em 1888, deram vida à National consegue encontrar fotos e histórias que provocam em nós que conhecem profundamente o Japão e que, mesmo assim, Geographic Society, em Washington D.C., não pretendiam o desejo de viajar para lugares que nunca visitamos. Assim, ficam fascinados por este país a cada vez. Temos a certeza nada menos do que aumentar e disseminar os conhecimentos seria lógico que a RIMOWA e a NATIONAL GEOGRAPHIC de que você vai achar a leitura tão estimulante quanto nós. de geografia. Com suas reportagens, levavam os leitores em Alemanha finalmente se unissem em busca da inspiração No início do catálogo, Dieter Morszeck cumprimentou você expedições espetaculares, que mostravam a grandeza de que faz o mundo ser para nós algo tão surpreendente. com um konnichiwa. Agora, gostaríamos de nos despedir aventuras longínquas. também com um sayōnara. TEXTO: SONJA BLASCHKE FOTOS: MICHAEL YAMASHITA A beleza desconhecida Há mais de uma década que nossa repórter, uma alemã, vive no Japão. Onde ela iria para conseguir sentir o caráter original desta cultura ancestral? Em que lugares este país está em harmonia com ele mesmo? Uma viagem de descobertas Os japoneses adoram o esplendoroso jogo de cores das estações. Quando os plátanos ganham tons de laranja e vermelho no outono, essas cores voltam a aparecer por toda a parte, até nas decorações das sobremesas. 100 nat iona l ge ogr a ph ic 102 104 Páginas 102/103: Existem pequenos lugares perto de Kaga Onsen, na costa oeste, que têm fontes de água quente, como Yamanaka Onsen. A cultura do banho remonta a mais de 1300 anos de história. Os hóspedes pernoitam em alojamentos tradicionais, chamados ryokan. No Ryokan Hoshi (foto), os visitantes são recepcionados com uma xícara de chá verde. Páginas 104/105: Há 350 anos, o Hamarikyu Park foi construído no centro de Tóquio para os shoguns, poderosos senhores feudais. Hoje em dia, os habitantes de Tóquio desfrutam aqui da tranquilidade à sombra dos arranha-céus. À esquerda: A metrópole de Kobe, na costa sul de Honshu, é um dos portos marítimos mais importantes do Japão. É desta região que provém a carne bovina tão apreciada por gourmets de todo o mundo. O bairro de Sannomiya (foto) é conhecido pelos jovens, que gostam de se encontrar aqui para cantar nos karaokês. E stou sentada em um tapete de feltro vermelho num chão feito de esteiras de palha de arroz. Esta casinha de chá fica em uma pequena ilha rodeada por uma lagoa. Minha ligação com a costa são apenas algumas pontes estreitas de cedro, cobertas de glicínias. Pelas portas corrediças abertas sopra uma brisa que traz o cheiro do mar. Uma moça com um traje como os que usam os monges zen para as suas atividades traz uma bandeja laqueada preta e vermelha e coloca-a na minha frente com delicadeza. “Dozo – tenha a bondade”, diz, e curva-se. Trinta e sete milhões de pessoas me rodeiam nesta zona metropolitana, mas nesse exato momento elas estão muito longe. Estou no meio de Tóquio, no centro da capital japonesa, mas aqui, nesta pequena ilha no parque Hamarikyu, reinam a serenidade e a tranquilidade. Em algumas pedras da água verde-clara descansam alguns patos sonolentos. Na beira, há uma garça-real cinzenta que observa com os olhos arregalados como os peixinhos pulam fora da água. Por trás desse idílio, estendem-se nas alturas as torres de vidro futuristas do moderno bairro de Shiodome. Quando vim pela primeira vez da minha Alemanha natal para Tóquio há mais de dez anos, eu tinha imaginado um Japão assim supermoderno em todos os sentidos. Uma nação de alta tecnologia, o local de nascimento dos robôs, a pátria das empresas de artigos eletrônicos mundialmente conhecidas. Com o tempo, aprendi que este país tem muito mais para oferecer e que é também incrivelmente tradicional e antiquado. Desde a década de 1970, não mudou quase nada na província. Até hoje, a única maneira de entrar em contato com muitas instituições não é o e-mail, mas sim o fax. Corto com cuidado um doce de mousse de feijão vermelho adzuki em pedacinhos e os como deliberadamente com toda a calma. Coloco a tigela de cerâmica clara com chá verde matcha na palma da minha mão e bebo três ou quatro goles. Depois da doçura do mousse de feijão, que foi feito com tanto cuidado para que tivesse a aparência de uma maçã com folhas e joaninhas, o gosto do chá de folhas esmagadas com um batedor de bambu é particularmente forte. N as muitas viagens que eu fiz por todo o país, gostaria de ter ficado mais tempo em alguns lugares. Eles exerceram um fascínio em mim, que permanece na minha mente até hoje. Mas agora quero voltar, quero sentir uma vez mais os motivos que me trouxeram a Onsen, um dos balneários japoneses mais tradicionais da costa oeste, para descansar... Saber por que Omori, uma cidadezinha remota cheia de História e histórias, que para mim virou um símbolo do Japão, acabou ficando ultrapassada na selva urbana mundial por tanto tempo... E eu gostaria de mergulhar mais uma vez com os golfinhos, porque a primeira vez foi simplesmente inesquecível. Na casa de chá, eu faço uma lista unindo pontos no mapa, planejando o meu trajeto. Já em casa, arrumo uma pequena mala. Na manhã seguinte vamos para estes três lugares que combinam o melhor que o Japão tem para oferecer: fontes de água quente e artesanato, cultura e Japão 107 À esquerda: Um bosque de bambu nas margens do povoado de Omori, na costa oeste. O nome do lugar significa “bosque grande”. À direita: O Chef Hiroyuki Atsuzawa, concentrado na preparação da carne de Kobe. Ele explica que os iniciantes não podem tocar nessa iguaria e que devem primeiro praticar com o tofu. O restaurante Kobe Plaisir serve a autêntica carne de Kobe, que provém exclusivamente do gado de Tajima, ao norte de Kobe, abatido há menos de 45 dias. História, natureza e aventura. O meu primeiro destino é Yamanaka Onsen, onde é muito fácil de chegar com o trem de alta velocidade shinkansen, a partir de Tóquio. Ele percorre primeiro os subúrbios da capital e, depois, as cidades da província. Por aqui e ali, entre os túneis, vou observando os vales montanhosos com as casas tradicionais. Pego o trem regional para Kaga Onsen, em Kanazawa. De lá, ele vai para as fontes termais que os monges descobriram há 1300 anos, mas que caíram no esquecimento e só foram redescobertas por acaso há 800 anos: alguém reparou que uma garça-real esquentava as suas patas na água quente, e isso tinha que ser agradável para os humanos também. Em Yamanaka Onsen, as acomodações estão em só uma das margens do rio. Na outra, há apenas natureza. “Às vezes aparece algum urso por aqui, dos arbustos. Os hóspedes que têm o quarto virado para o rio veem às vezes também macacos ou cabras montanhesas”, conta Makoto Kamide, de 74 anos, que passou toda a sua vida aqui e se lembra de como brincava no verão quando era 108 nat iona l ge ogr a ph ic criança. “Nós dávamos nomes para os rochedos. Esse aqui era o Rochedo do Diabo”, diz ele, apontando para um bloco de pedra cheio de plantas no rio. Segundo ele, a correnteza era tão forte ali pertinho que só as crianças mais velhas eram autorizadas a nadar. H á mais ou menos um século existe uma trilha por todo o desfiladeiro Kakusenkei. Acompanhados pelo minmin, o canto das cigarras, subimos nas raízes das árvores. Na primavera, as cerejeiras florescem e convidam os visitantes para observá-las durante o hanami, o festival de cerejeiras em flor. E no outono, verde-claro dos plátanos se transforma em um brilhante laranja-avermelhado. Por trás de uma curva, vejo na margem do rio os grandes guarda-sóis vermelhos das populares casas de chá Kakusenkei Kawadoko, abertas somente na estação quente. Casais e famílias com crianças tomam seus chás e bolos, sentados em plataformas de madeira, na sombra. Eu me sento também. À esquerda, o rio murmura suave- mente; à direita, uma fina cachoeira se derrama em uma lagoa. Uma pequena estatueta do deus guardião Jizo, suspensa numa cavidade do rochedo, olha por nós enquanto tomamos nossas bebidas. Kamide dirige a minha visão para as bonitas louças envernizadas. É uma das especialidades do lugar, que só tem 10 000 habitantes. Porém, em nenhum outro lugar no Japão são produzidos tantos utensílios envernizados. Sempre me impressiono cada vez que eu vejo como os artesãos transformam um simples pedaço de madeira em uma delicada tigela de arroz ou em um copo elegante, requintados pela seiva da árvore-da-laca, urushi, depois de inúmeras etapas. A pureza e o refinamento do trabalho são inigualáveis. Em Yamanaka Onsen, os visitantes podem tentar fazer diversos tipos de artesanato. Hoje, é o jovem torneiro de madeiras Hirokazu Kitano quem me orienta. Primeiro, ele coloca uma barra de madeira bruta no torno. Apoio o meu pé em um pedal, e o bloco de madeira na minha frente começa a girar. Juntos, usamos uma ferramenta Parece um povoado saído dos contos do tempo dos guerreiros samurais - uma era que já terminou há 150 anos no Japão. 110 nat iona l ge ogr a ph ic afiada, enquanto Kitano conduz a minha mão, e puxamos a faca intencionalmente para a direita. Chovem lascas na mesa de trabalho. Repetimos esses passos muitas vezes, até que a forma que eu tinha imaginado vai surgindo devagarzinho. Por último, gravo no fundo da tigela o meu nome em japonês. Kitano, que tem 22 anos, assume os últimos retoques e faz o polimento interno da tigela. Nem muito grossa, nem muito fina. É aí que está a maestria. A liderança tecnológica do Japão deve muito a uma tradição secular de artesanato, e isso é motivo de orgulho. Cerâmica, arte em papel, laqueados... Os japoneses alcançaram uma maestria incomparável na arte de trabalhar com materiais difíceis. Este conhecimento é protegido e acarinhado como um tesouro nacional. Ninguém mais está tão obcecado com os detalhes e se esforça tanto na busca da perfeição. Ao olhar para os artigos de verniz e de cerâmica, penso que eles só podem ter sido feitos por uma máquina. Tudo é tão incrivelmente impecável - mas feito à mão mesmo. No dia seguinte, compro uma eki-ben na estação, uma caixa cheia de especialidades regionais, ideais para viajar de trem. Tenho um dia longo pela frente, até à prefeitura de Shimane, a oeste. A cidade que me espera não só é uma das mais belas do país, ela tem também uma história fascinante. O shinkansen passa pela antiga cidade imperial de Kyoto e pela cidade portuária de Kobe, a caminho de Hiroshima. De lá, um ônibus interurbano vai me deixar em pouco menos de três horas no interior mais profundo do Japão. Nuvens brancas se espalham pelas encostas das montanhas. Passo por campos de arroz e bosques de bambu, pelas sepulturas dos antepassados nas beiras dos bosques e pelas antigas casas de campo com suas telhas reluzentes marrons e pretas. Os japoneses chamam estas paisagens de satoyama, onde as pessoas e a natureza vivem em simbiose. Por aqui só passa quem tiver algum destino. O meu se chama Omori, um povoado de 400 habitantes perto da antiga mina de prata Iwami Ginzan. Omori significa “bosque grande”. O nome é bem apropriado para o lugar, rodeado por uma densa floresta. A maioria das casas de um ou dois andares estão bem juntinhas em uma pequena rua estreita e inclinada com pouco mais de um quilômetro de comprimento. Parece que tudo é uma única peça. As fachadas são pintadas de branco ou de amarelo-ocre e revestidas de madeira escura. Na frente delas, há folhagens em vasos de barro. Em alguns telhados foi colocada a cabeça de Ebisu, um dos sete deuses da sorte. Seu rosto sorridente protege os habitantes contra o mal. Quase não tem nenhum carro. Um coro de insetos acompanha o sussurrar de um pequeno riacho que atravessa a cidade. Parece que este povoado dos contos dos livros veio do tempo dos guerreiros samurais - uma era que já terminou há 150 anos no Japão. À medida que eu ando pelas ruas estreitas, começo a acreditar na antiga riqueza da região e a sentir o que ela significava. No início do século XVII, um terço da prata que circulava em todo o mundo provinha do Japão, e a maioria daqui. Sumi Ito é o meu guia pelos caminhos estreitos no bosque. Por aqui e por ali, degraus íngremes e desgastados. A luz de um ou outro raio de sol bate no chão. O senhor de 68 anos me mostra pequenos blocos de pedra cobertos de musgo à beira do caminho. “Estas são sepulturas antigas que devem ter deslizado para baixo das encostas.” Deparamo-nos com uma calha de pedra, utilizada para os rituais de purificação antes da oração. É bem possível que tivesse por aqui mais de cem templos no período Edo (1603-1868). A partir de suas ruínas, foi feita uma estimativa de que haveria aqui mais de 200 000 habitantes nos séculos XVI e XVII, o auge de Iwami Ginzan. H á mais ou menos uns 20 anos, as antigas minas foram redescobertas, mas apenas dois dos estimados 600 poços e túneis estão abertos ao público. Em um deles, de nome Ryugenji, Ito consegue ficar de pé, eu preciso inclinar a cabeça. Trabalhar na mais profunda escuridão não era para os fracos. Ito me mostra uma conchinha em forma de cone cheia de óleo Em 2007, a Unesco confere à antiga mina de prata de Iwami Ginzan e à paisagem cultural nas suas redondezas o cobiçado selo de Patrimônio Mundial, incluindo também Omori, atualmente um povoado de apenas 400 habitantes e próximo da mina. Antigamente, chegaram a viver na região até 200 000 pessoas, algo difícil de acreditar quando olhamos para os pequenos arrozais (página esquerda, à esquerda) e densos bosques. Quem visita Omori, com suas lindas casas restauradas, fachadas de madeira e telhados reluzentes (acima), sente-se como se revivesse os jardins tradicionais (página esquerda, à direita) do período Edo (16031868), considerada uma época de florescimento cultural no Japão. Japão 111 À esquerda: Um posto de comida na rua em Kobe oferece pratos chineses como tantanmen, uma sopa de macarrão, bolinhos cozidos no vapor e pato à Pequim. Os japoneses têm o costume de comer diretamente nesses postos, já que não é bem visto comer andando. Acima: A ilha vulcânica de Mikurajima, a 200 km ao sul de Tóquio, é famosa pelos grandes golfinhos nariz-de-garrafa, uma espécie de golfinho com focinho curto e que chega a medir entre 2 e 4 metros de comprimento. Nos últimos 20 anos, os visitantes podem mergulhar e nadar com os animais - em todas as condições meteorológicas. Durante a visita de nossa repórter, os resquícios de um tufão causaram uma instabilidade do mar. Japão 113 114 Páginas 114/115: Momento de descontração com chá verde e e bolo em Yamanaka Onsen. À esquerda: Na penumbra das cavernas de Gohyaku Rakan, os visitantes olham à luz das velas as 500 estátuas de pedra de monges budistas. Cada uma é um pouco diferente da outra. Dizem que cada visitante pode encontrar uma estátua parecida a um membro da família falecido. Ao centro: A estética japonesa na entrada de uma antiga casa samurai em Omori: Antigamente, esta entrada só podia ser utilizada por hóspedes muito importantes e pelo senhor da casa. À direita: Na entrada das casas japonesas, as pessoas tiram os sapatos e colocam pantufas, como aqui na entrada de um ryokan. vegetal. Com uma “lâmpada” dessas, os mineiros podiam saber também se havia suficiente oxigênio no ar. Para proteger os pulmões da poeira, untavam as máscaras com um espesso creme de ameixas verdes. As minas perderam sua importância no final do século XIX, e as pessoas procuraram trabalho noutros lugares. Como a mina, tudo o que a tornou possível caiu no mais escuro esquecimento. Foi graças a Toshihiro Nakamura, um artesão e empresário de cabelos brancos que fabrica próteses, que Omori passou de um povoado decadente a uma dica secreta para quem procura descanso e para os amantes da natureza. Aqui, não há lojas de conveniência nem grandes redes ou supermercados sempre abertos. Assim, uma cidade fantasma tornou-se um lugar onde é possível um relaxamento total. Muitos jovens vêm até aqui para apreciar a qualidade de vida. Eles encontram trabalho no setor de turismo ou na própria empresa de Nakamura, que tem cerca de 80 trabalhadores em tempo integral ou de meio período, incluindo muitas mulheres. Até bem pouco tempo, o jardim de infância quase chegou a fechar, e agora cuida de 13 crianças. “Isso é como um sonho, 116 nat iona l ge ogr a ph ic chego até a ficar emocionado”, diz Nakamura. O senhor de 67 anos quer “criar uma cidade onde as pessoas gostem de morar.” Os recém-chegados indicam que ele já está quase alcançando esse objetivo. Um mestre padeiro e uma confeiteira formados na Alemanha e que vivem em Tóquio querem se mudar para Omori com os filhos, no outono, e abrir seu próprio negócio. Eu gostaria muito de poder ficar mais tempo em Omori. Para mim, é um dos lugares mais bonitos de todo o Japão. Nesse lugar, a elegância simples da arquitetura tradicional japonesa que me fascina desde a infância continua existindo. Mas devo voltar para Tóquio, porque para o final da minha viagem tenho reservada uma pequena aventura: nadar com os golfinhos no mar. M eu destino são as ilhas Izu. Estão a poucas horas de distância de Tóquio, por ferry, e oferecem o equilíbrio perfeito para a pulsante vida da metrópole. Uma das minhas ilhas preferidas é a Mikurajima, que tem forma de bolinho inglês e está no topo de um vulcão adormecido. Ela mede só 5,5 km de diâmetro e é famosa pelos seus bosques virgens, água limpa e golfinhos nariz-de-garrafa. Há 20 anos são oferecidos passeios para ver e nadar com os mamíferos marinhos em seu ambiente natural. À tarde, encontro meus companheiros de aventura, um grupo heterogêneo e variado, mulheres e homens entre os 20 e pouco e os 40 e poucos anos. É do Takeshiba Pier que saem os ferrys que vão durante a noite para as longínquas ilhas Izu. Mizuki Nakagawa nos acompanha. A jovem bronzeada de 21 anos ama os golfinhos desde que visitou um aquário com sua avó, quando era pequena. Em Tóquio, frequentou uma escola onde aprendeu tudo sobre golfinhos: “Eu poderia ficar falando só sobre isso durante 24 horas! Realizei meu sonho.”, acrescenta com um sorriso no rosto. Na manhã seguinte, às seis horas, o ferry chega a Mikurajima. À medida que eu vou andando pela gangway com a minha bagagem, ela é sacudida para os lados pelas rajadas de vento. Nossos anfitriões na Miura Minshuku, uma pensão gerenciada por uma família, nos dizem que os ventos fortes são resquícios do tufão 13. Eles recomendam que a gente nade só uma vez com os golfinhos e pegue o ferry do meio-dia de volta para Tóquio, senão poderemos ficar presos na ilha por um tempo indefinido. “Vamos em um santuário rezar para que a gente possa nadar com os golfinhos hoje”, diz a nossa guia turística, com com um jeito sério e brincalhão. “Quem não reza, não vê os golfinhos.” Depois disso, colocamos rapidamente as nossas roupas de neopreno e as nadadeiras e subimos em um barquinho. Quando deixamos a proteção do porto, o mar agitado começa a sacudir o barco. Enquanto procurávamos as barbatanas dos golfinhos, me agarrei com força no banco e na borda do barco, desejando não ser arremessada para o mar pela próxima onda. A umas poucas centenas de metros, aparecem outros dois barcos, e pessoas com trajes de neopreno pulam no mar. “Iruka!” Golfinhos!, gritou Nakagawa de repente. “Aí vêm eles!” E nos diz energicamente para não tocar os animais de jeito nenhum. “Se eles quiserem brincar, eles virão sozinhos para perto de vocês”. Deslizei para fora do barco. Estamos em agosto, e a água é agradavelmente quente. Com o snorkel na boca e a máscara de mergulho no rosto, nadei para longe do barco e logo enxerguei os corpos brilhantes no profundo azul do mar. Mais ou menos uma dúzia deles nadou na minha frente e embaixo de mim, alguns em pares e outros juntos em pequenos grupos. O seu encanto e a sua curiosidade brincalhona são sempre impressionantes. Em uma viagem anterior, pude inclusive ouvir o canto deles debaixo d´água. Eram sons que pareciam uma risadinha. Depois de umas duas horas, tomamos o caminho de volta. Nós gritávamos eufóricos em coro enquanto o barco voava sobre as cristas das ondas. Um pouco antes de regressar, recebemos inclusive a visita inesperada de dois golfinhos curiosos. Há alguns anos, o jardim de infância quase chegou a fechar; agora cuida de 13 crianças. D e volta ao porto, um trabalhador vem até nós e diz só uma palavra: “Kekko”. O ferry foi cancelado. Isso não é nada raro em Mikurajima. A ilha tem só um pequeno porto para os barcos de pesca, mas não para grandes ferrys. Nossa guia sugeriu que fôssemos em um barco de pesca para a ilha vizinha Japão 117 Komatsu Kaga Onsen Mar do Japão JAPÃO (Mar do Leste) Honshu Oda Omori e Iwami Ginzan Mina Hiroshima Kobe Kyoto Tóquio Yokohama Nagoya Osaka Shikoku Fukuoka JAPÃO Ryokan Hoshi Yamanaka Onsen Izu Ilha Miyakejima Mikurajima Kyushu OCEANO PACÍFICO 0 km 100 Tóquio LONGO ARQUIPÉLAGO ISOLADO Ferramentas de pedra com 40 000 anos são os testemunhos do primeiro povoamento do arquipélago japonês. De 14 500 a 300 a.C., os povos caçadores e coletores Jomon dominaram o território. Por volta do final do século VI, o Japão implementa o budismo, influenciado pela China. Depois de séculos de guerra, por volta de 1600 o país passou a viver uma era bastante pacífica de 250 anos, o período Edo. O líder do clã Tokugawa daquela época fez com que o Japão se fechasse para o exterior. O país só voltou a abrir suas portas em meados do século XIX, em virtude da pressão econômica estrangeira. Atualmente, o Japão é uma das principais nações industrializadas. MAPA FRAGMENTO À DIREITA À noite, nos sentamos com os nossos chás e cervejas sob as estrelas. Que 24 horas mais intensas! O país das mil ilhas HOSPEDAGEM: Os bairros de Ginza, Shibuya, Asakusa e Shinjuku são bem práticos para os turistas. As redes de hotéis econômicos são a Richmond (richmondhotel.jp), Unizo (hotelunizo.com), Dormy Inn (hotespa.net/dormyinn) e Sunroute (sunroute.jp). Dica O Japão estende-se por mais de 3800 km em diferentes zonas para quem procura sossego: “The Agnes Hotel” (agneshotel.com). climáticas, de subárticas a subtropicais. O país é formado por COMER: No mercado de peixes Tsukiji existem inúmeros sushi quatro ilhas principais: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu e bars. O restaurante Shutoku Nigokan serve um sushi especial: o por milhares de pequenas ilhas. Um terço dos 127 milhões de arroz é temperado com vinagre de arroz feito com uma antiga receita japoneses vive na região metropolitana de Tóquio. Aqui você de 400 anos (6-26-6 Tsukiji, Chuo Ward, Tel. 03-5565-3511). poderá encontrar dicas de viagens para os locais mencionados VIVENCIE: O Hamarikyu Park é um dos mais belos jardins no texto. de Tóquio. Na entrada, podem-se obter guias de áudio e vídeo gratuitamente. VIAJAR PARA O JAPÃO de Miyakejima. Não é de se estranhar que os ferrys sejam cancelados lá. Infelizmente, não podíamos permanecer no convés do barco de pesca. “Senão, vocês vão cair no mar!”, adverte Nakagawa. Relutante, sigo os demais para o interior do barco. Lá é baixo e depois de poucos minutos fica tão quente como uma sauna. Suados, nos seguramos nos bancos e no casco. Sou arremessada contra a dura parede de trás sem parar, e penso que vou ficar com hematomas, com certeza. Alguns passageiros tentavam não enjoar, mas no meu caso era o meu coração que batia acelerado depois do primeiro susto. “Ganbatte” , aguenta, sussurro para mim enquanto me abano com o meu caderninho. Depois de intermináveis 60 minutos, vejo aparecer pela janelinha o contorno alongado da ilha de Miyakejima. À noite, nos sentamos com os nossos chás e cervejas sob as estrelas. Um bando de gatos nos rondava, especulando sobre os aperitivos do jantar. Kazuhisa Okamoto, um arquiteto de 36 anos, fala com o coração aberto: “É como se a gente tivesse nadado com os golfinhos há três dias, e não hoje de manhã.”, e todos concordamos. Que 24 horas mais intensas! Na manhã seguinte, pegamos o ferry para Tóquio. Naquele navio grande, quase não percebíamos que o mar continuava bravo. Penso nas aventuras pelas quais acabei de passar. Nem mesmo no organizado Japão, onde os motoristas se desculpam se o trem atrasa dois minutos, as coisas nem sempre saem conforme o planejado. “Nós não conseguimos lutar contra a natureza”, disse Miyuki Nakagawa. Em um país como o Japão, tão sujeito aos caprichos da natureza, é preciso uma certa serenidade. Na manhã seguinte eu já estava de volta na minha casa, só que por dentro eu continuava naquelas muitas horas no mar. Da sacada do décimo andar, olhava para o porto de Tóquio. Se eu ficasse um pouquinho na ponta dos pés, podia ver as luzes da Rainbow Bridge na baía de Tóquio. Passamos embaixo dela quando saímos para ir para as ilhas. À distância, o apito de um navio me chamava para a próxima viagem pelo Japão. O meio de transporte mais utilizado no Japão é o trem. A rede está perfeitamente desenvolvida, e os trens são pontuais. É fácil viajar para o Japão mesmo sem saber o idioma. Os Yamanaka Onsen japoneses são hospitaleiros e prestativos. Em função das COMO CHEGAR: Kaga está de Tóquio aproximadamente Olimpíadas 2020 em Tóquio, há cada vez mais placas em inglês. três horas e meia de trem. De lá, chega-se ao destino em cerca de Roubos e crimes são muito raros. Convites podem ser aceitos com 20 minutos de ônibus ou táxi. tranquilidade. Central de Turismo do Japão: www.jnto.go.jp/eng/ HOSPEDAGEM: Todos os oito quartos do Ryokan Koorogiro (koorogirou.jp) foram lindamente renovados há pouco QUANDO IR tempo. Alguns têm uma banheira particular de águas termais COMER: O Café Juru do casal Ando é famoso pelos seus O país é especialmente bonito na época do florescimento das no lado de fora. O preço da hospedagem (o equivalente a cerca deliciosos cardápios de almoço. Está localizado a 50 metros do cerejeiras (março/abril) e no outono, quando a folhas vão se de 220 euros por pessoa) inclui duas refeições fartas. Yuzuriha em direção ao centro, em uma bifurcação da estrada. descolorindo. As festas tradicionais (matsuri) e os espetaculares COMER: A especialidade do restaurante Ganba fogos de artifício (hanabi) animam os verões abafados. A (koorogirou.jp/ganba) é o prato kKaisendon: peixe cru e Mikurajima fina camada de neve em Hokkaido atrai esquiadores de todo o frutos do mar com arroz fermentado. A escola de mergulho True North (truenorth.jp) oferece pacotes mundo. É recomendável evitar a “Golden Week” em abril/maio, a VIVENCIE: Os visitantes podem experimentar fazer o de viagem para a observação de golfinhos: ferrys, hospedagem, época do festival dos mortos “O-Bon” em agosto e os dias artesanato local, como a tornearia em madeira em Rokuro no Sato equipamentos, guia de turismo e diversas refeições. próximos da virada do ano - pois todo o Japão está nas ruas. Kogei no Yakata (parada número 10, Fone: 0761-78-2278). DICA: Essa viagem não deve ser agendada pouco antes de MANUAL DE ETIQUETA Omori Ser calmo e gentil, desculpar-se e agradecer constantemente abre COMO CHEGAR: Às 10h e às 14h55 sai um ônibus o melhor é esperar ou ir de helicóptero (tohoair.co.jp/english/shuttle) muitas portas. Pequenos presentes pela retribuição de favores interurbano de Hiroshima para Omori que passa por Oda. A viagem até Miyakejima, a ilha vizinha. são bem-vistos, mas não significa que as pessoas esperem por dura cerca de três horas. EXPERIMENTAR: Na loja de souvenirs há dois sabores de eles. Não é comum dar gorjeta. HOSPEDAGEM: O hotel Yuzuriha (yuzuriha- ginzan.jp) é sorvetes feitos com ingredientes locais: kabosu, uma fruta cítrica, e tradicional por fora e moderno por dentro. ashitaba, uma planta medicinal com gosto de chá verde. AVISO LEGAL: 118 nat iona l ge ogr a ph ic Tóquio INFORMAÇÃO DE VIAGEM national geographic alemanha Florian Gless (legal editorial responsibility) publishing house G+J NG Media GmbH & Co. KG, Am Baumwall 11, 20459 Hamburg, Tel.: +49 40 3703-0, Fax: +49 40 3703-5598. national geographic society A National Geographic Society, registrada em Washington, DC, é uma sociedade de utilidade pública para a promoção da ciência e da educação. Desde 1888, a empresa apoiou mais de 11 000 expedições e projetos de investigação que contribuíram, de forma decisiva, para o nosso conhecimento atual sobre a Terra, os mares e o universo. voltar do Japão pois os ferrys para Mikurajima são frequentemente cancelados devido às tempestades. Para os que sofrem de enjoos, Esta reportagem foi produzida pela NATIONAL GEOGRAPHIC e NATIONAL GEOGRAPHIC TRAVELER. É um produto editorial. O fato de que a NATIONAL GEOGRAPHIC disponibilize informação sobre os conteúdos que apresenta não significa em nenhum caso que os recomende.