Braga Digital»: Rede de banda larga avança

«Braga Digital»: Rede de banda larga avança
A um ritmo que tem vindo a acelerar, executa-se na cidade a primeira fase da rede de banda larga em fibra óptica,
projecto fundamental do «Braga Digital» que visa a criação de uma infra-estrutura de comunicação de dados em alta
velocidade. Uma teia de 19 quilómetros que se estenderá do Estádio Municipal à Universidade do Minho (UM), passando
por outros pontos estratégicos.
Adjudicada em Setembro, esta infra-estrutura chave, que custa 700 mil euros, tem data prevista de conclusão para
Janeiro de 2008. Abrange uma área considerável do concelho, do qual serão derivados acessos por via de um
conjunto de estações de visita, contendo equipamento de comutação óptico. «Este é um sub-projecto essencial porque é
infra-estruturante», ressalta Paulo Sousa, gestor do «Braga Digital». «Se queremos proporcionar transmissões de dados
e de voz em grande velocidade, o projecto é dos mais importantes, já que depois todas as outras soluções estarão
ligadas a este», explica o responsável.
O arranque da obra ocorreu no parque de estacionamento da Câmara Municipal de Braga (edifício do Pópulo),
prosseguindo a infra-estruturação na Associação Industrial do Minho (AIMinho), Parque de Exposições de Braga (PEB) e
IDITE-Minho. Segundo o assessor técnico Luís Lourenço, por enquanto, os trabalhos estão a ser efectuados nos locais
onde não haverá rasgos. «Desde o edifício do Pópulo até à rotunda do Estádio Municipal», adianta, «vamos introduzir um
tubo galvanizado para passar a fibra óptica, através da conduta de águas pluviais». Na referida rotunda, onde a equipa
tem estado a trabalhar, evita-se rasgar o asfalto ao fazer passar um tubo galvanizado por dentro, por baixo de uma
ponte já existente. Na estrada será depois instalada uma caixa de visita que conduzirá, através de um rasgo a
efectuar, à bilheteira do estádio. Daqui, a ligação ao municipal será feita por intermédio de um túnel subterrâneo que
existe no local.
Em termos de rotas, estão previstos rasgos do PEB até à Ponte de S. João. Na Avenida da Liberdade será feita uma
ligação até ao Theatro Circo, na Rua do Souto desce-se até ao Museu da Imagem e, daqui, até à REFER (Estação de
Caminhos-de-Ferro). Da Ponte de S. João há outra ligação que sobe pela Rua dos Barbosas até ao cruzamento da
Avenida 31 de Janeiro, entrando-se aqui nas águas pluviais que vão ligar às Piscinas Municipais. A ligação segue depois
até ao novo Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento (antiga Bracalândia) e daqui até ao Campus de Gualtar
da UM.
Vantagens da fibra óptica
A transmissão de todo o tipo de dados (imagem, voz, etc.) em alta velocidade é uma das vantagens da infra-estrutura
de fibra óptica apontadas pelo gestor do «Braga Digital».
Paulo Sousa destaca também «a poupança em custos com Internet», uma vez que, ficando ligados à rede, os utilizadores
poderão ter custos muito reduzidos, não esquecendo igualmente «a poupança em termos de comunicações, porque está
também previsto esta rede de fibra ter Voz sobre IP (VoIP)», o que se poderá traduzir em telefonemas a custos
reduzidos.
Por outro lado, lembra o mesmo responsável, será também possível poupar em matéria de equipamentos, já que
haverá a uma ligação ao datacenter do «Braga Digital» - uma plataforma tecnológica central que servirá de suporte aos
sistemas de informação dos diferentes sub-projectos que constituem o projecto global - e que poderá ser utilizado,
mediante algumas condições, por instituições do mais diverso tipo, desde escolas, instituições públicas e empresas
privadas. «Em vez de estarem a adquirir equipamento informático e até software, podem utilizar aquela infra-estrutura
que ficará ligada à fibra óptica. Tudo em alta velocidade», sublinha Paulo Sousa.
Optimismo
O gestor do projecto está confiante e acredita que esta primeira fase seja concluída com sucesso. São cerca de duas
dezenas as pessoas envolvidas neste processo inicial de infra-estruturação da rede e que já se encontram no terreno.
Menos demorado será o passo seguinte: a implementação da fibra óptica que, de acordo com as estimativas, deverá
demorar cerca de um mês.
Além da cobertura dos diversos espaços da Câmara Municipal de Braga, empresas municipais, autoridades locais e
espaços da UM, a infra-estrutura foi concebida e dimensionada por forma a poder ser progressivamente alargada a
outras instituições e associações sectoriais locais, escolas, juntas de freguesia, museus, centros de saúde, etc.
«Segundo responsáveis do próprio Programa Operacional Sociedade do Conhecimento, Braga deve ser a cidade que
fica melhor apetrechada em termos de fibra óptica», lembra Paulo Sousa, salientando que este projecto fundamental «já
fazia falta».
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Generated: 1 October, 2016, 12:33