Considerações Anatomoclínicas - Neuroanatomia

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Considerações Anatomoclínicas - Neuroanatomia
FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL
MÓDULO SISTEMA NERVOSO
NEUROANATOMIA FUNCIONAL
Considerações Anatomoclínicas
- Neuroanatomia Aplicada Apresentações Discentes
Prof. Gerardo Cristino
www.gerardocristino.com.br
Em Foco...
•
•
•
•
Objetivos das apresentações
discentes durante o módulo Sistema
Nervoso (S1M6)
Metodologia das apresentações
Advertências e dicas
Exemplo de apresentação –
Síndrome de Brown-Séquard
Objetivos
•
•
•
•
Revisar o tema de Neuroanatomia
apresentado
Demonstrar aplicabilidade prática do
conhecimento adquirido, enfatizando a
importância da neuroanatomia para a
prática médica
Estimular o aprendizado teórico com
demonstrações de situações reais
Incentivar a participação do aluno,
estimulando o raciocínio clínico com a
devida correlação topográfica
Metodologia
•
•
•
TEMPO: 30 minutos
RECURSOS: projeção de
diapositivos
ASSUNTO: segundo cronograma do
módulo, relacionado ao tema
abordado em aula teórica principal
no mesmo dia
Metodologia
•
CASO CLÍNICO
–
•
Descrição objetiva de um caso clínico com os sinais e sintomas
neurológicos mais relevantes
TERMINOLOGIA E CONCEITOS
–
–
•
Explicação dos termos clínicos empregados na descrição do caso
Noções elementares de semiologia neurológica (p. ex., como
saber se existe plegia; alterações da sensibilidade etc.)
REVISAO DA NEUROANATOMIA
–
•
Revisão dos aspectos anatômicos necessários à compreensão da
fisiopatogenia do distúrbio abordado
CORRELAÇÃO ANATOMOCLÍNICA
–
–
–
Definição básica do distúrbio neurológico abordado
Fisiopatogenia do distúrbio e comparação com anatomia e
funcionamento normal (tabela de correlação anatomoclínica)
Ilustração do caso apresentado (esquemas; tabelas; imagens
radiológicas etc.)
Advertências
•
Evitar redundância com a aula teórica principal
–
•
Realize uma revisão rápida e objetiva do tema, apenas
com os aspectos essenciais à compreensão do caso
Evitar aspectos clínicos complexos
–
•
Limite-se a considerações neurológicas básicas
relacionadas ao caso, explorando apenas as
manifestações clássicas
Evitar aspectos aprofundados da propedêutica
complementar e terapêutica
–
–
Evite detalhes laboratoriais e radiológicos, além de
terapêutica pormenorizada
Utilize imagens e ilustrações que se relacionem de
forma bastante evidente com as noções anatômicas
abordadas
FACULDADE DE MEDICINA/UFC-SOBRAL
MÓDULO SISTEMA NERVOSO
NEUROANATOMIA FUNCIONAL
Considerações Anatomoclínicas
- Síndrome de Brown-Séquard Modelo de Apresentação
Prof. Gerardo Cristino
www.gerardocristino.com.br
Relato do Caso
Paciente D.A.B., 23 anos, sexo
masculino, procedente de Fortaleza,
vítima de acidente automobilístico, foi
admitido na SCMS cerca de 1 hora após
o acidente com quadro de diminuição
da força muscular na perna direita,
associada a alterações da sensibilidade
na perna esquerda.
Relato do Caso
Exame Neurológico
• Membro inferior direito
– Paralisia do membro
– Presença do sinal de Babinski
– Sensibilidade térmica e dolorosa preservada
• Membro inferior esquerdo
– Perda da sensibilidade térmica (provas
calóricas) e dolorosa (estímulos álgicos), com
nível sensitivo em L1
– Força muscular preservada
Terminologia e Conceitos
• Paralisia (plegia): ausência de força muscular
para executar movimento
– Paralisia flácida – associada a hiporreflexia e hipotonia
– Paralisia espástica – associada a hiperreflexia e hipertonia
• Sinal de Babinski: extensão do hálux ao estímulo
superficial na borda plantar (a resposta normal
seria a flexão dos dedos)
• Nível sensitivo: segmento mais
caudal da medula espinhal que
apresenta sensibilidade normal
Pesquisa do reflexo cutâneo-plantar
Síndrome de Brown-Séquard
• Conjunto de sinais e sintomas
resultante de uma hemissecção da
medula espinhal.
• Os sinais e sintomas mais
característicos resultam da
interrupção dos principais
tractos que percorrem a
metade da medula que foi
atingida.
Charles Brown-Séquard
(1817-1894)
A forma mais simples de organização das vias sensoriais ascendentes (à esquerda) e das vias motoras
descendentes (à direita), mostrando os neurônios que as formam
Síndrome de Brown-Séquard
BULBO
(decussação
das pirâmides)
MEDULA
(hemisseccionada)
• Interrupção dos tratos
que não decussam na
medula  sintomas do
mesmo lado da lesão
• Interrupção dos tratos
que decussam na
medula  sintomas do
lado oposto ao da lesão
Correlação Anatomoclínica
Síndrome de Brown-Séquard
Alteração
(sinais/sintomas)
Base Anatomofuncional
Estrutura
Função
Paralisia espástica, com
sinal da Babinski ipsilateral
(sd I neurônio motor)
Tracto
corticoespinhal
(piramidal)
Motricidade
voluntária
Abolição da sensibilidade
profunda (posição e
movimento) e do tato
epicrítico ipsilateral
Propriocepção
consciente (sens.
cinético-postural) e
tato epicrítico
(discriminativo)
Fascículos grácil
e cuneiforme
Anestesia/hipoestesia
térmico-dolorosa
contralateral
Tracto
espinotalâmico
lateral
Sensibilidade térmica
e dolorosa
Alteração do tato
protopático contralateral
Tracto espinotalâmico anterior
Tato protopático
(grosseiro)
Vias piramidais
Correlação Anatomoclínica
Síndrome de Brown-Séquard
Alteração
(sinais/sintomas)
Base Anatomofuncional
Estrutura
Função
Paralisia espástica, com
sinal da Babinski ipsilateral
(sd I neurônio motor)
Tracto
corticoespinhal
(piramidal)
Motricidade
voluntária
Abolição da sensibilidade
profunda (posição e
movimento) e do tato
epicrítico ipsilateral
Propriocepção
consciente (sens.
cinético-postural) e
tato epicrítico
(discriminativo)
Fascículos grácil
e cuneiforme
Anestesia/hipoestesia
térmico-dolorosa
contralateral
Tracto
espinotalâmico
lateral
Sensibilidade térmica
e dolorosa
Alteração do tato
protopático contralateral
Tracto espinotalâmico anterior
Tato protopático
(grosseiro)
Vias proprioceptivas conscientes
Correlação Anatomoclínica
Síndrome de Brown-Séquard
Alteração
(sinais/sintomas)
Base Anatomofuncional
Estrutura
Função
Paralisia espástica, com
sinal da Babinski ipsilateral
(sd I neurônio motor)
Tracto
corticoespinhal
(piramidal)
Motricidade
voluntária
Abolição da sensibilidade
profunda (posição e
movimento) e do tato
epicrítico ipsilateral
Propriocepção
consciente (sens.
cinético-postural) e
tato epicrítico
(discriminativo)
Fascículos grácil
e cuneiforme
Anestesia/hipoestesia
térmico-dolorosa
contralateral
Tracto
espinotalâmico
lateral
Sensibilidade térmica
e dolorosa
Alteração do tato
protopático contralateral
Tracto espinotalâmico anterior
Tato protopático
(grosseiro)
Tratos espinotalâmicos
Correlação Anatomoclínica
Síndrome de Brown-Séquard
Alteração
(sinais/sintomas)
Base Anatomofuncional
Estrutura
Função
Paralisia espástica, com
sinal da Babinski ipsilateral
(sd I neurônio motor)
Tracto
corticoespinhal
(piramidal)
Motricidade
voluntária
Abolição da sensibilidade
profunda (posição e
movimento) e do tato
epicrítico ipsilateral
Propriocepção
consciente (sens.
cinético-postural) e
tato epicrítico
(discriminativo)
Fascículos grácil
e cuneiforme
Anestesia/hipoestesia
térmico-dolorosa
contralateral
Tracto
espinotalâmico
lateral
Sensibilidade térmica
e dolorosa
Alteração do tato
protopático contralateral
Tracto espinotalâmico anterior
Tato protopático
(grosseiro)
Tratos espinotalâmicos
Síndromes medulares
Grácil
ETL
Brown-Séquard (lesão à esquerda)
ETA
Lesão neste lado
Perda total de todas
as sensações –
paralisia
hipotônica
Perda da
discriminação tátil,
das sensações
vibratória e
proprioceptiva –
paralisia espástica
Perda das sensações de
dor e de temperatura,
comprometimento da
sensibilidade tátil
Síndrome de Brown-Séquard, com lesão medular no nível do décimo segmento direito
Nível L1
Inervação segmentar da pele (dermátomos)
Topografia Vertebromedular
• Palpando-se as apófises espinhosas:
– Processo espinhoso
• C2 a T10  Adiciona-se 2 ao número do processo
espinhoso para se obter o número do segmento
medular.
Ex: PE T2 = SM T4
• T11 a T12 = 5 segmentos medulares lombares
• L1 = 5 segmentos medulares sacrais
Nível L1
Relação das raízes nervosas com as vértebras
Causas
• Tumores medulares
• Trauma penetrante
• Hérnias de disco
• Causas infecciosas/inflamatórias
(meningite, tuberculose, sífilis etc.)
• Isquemia ou Hemorragia
Radiografia simples
Tomografia Computadorizada
Ressonância Magnética

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