PÁGINA DO ESTUDANTE A UTILIZAÇÃO DA REGIÃO VENTRO

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PÁGINA DO ESTUDANTE A UTILIZAÇÃO DA REGIÃO VENTRO
p
PÁG I NA DO ESTU DANTE
A UTI LIZAÇÃO DA REG IÃO VENTRO -GLÚTE A PARA APLICAÇÃO DA VACINA
D U P LA-USO ADU LTO: O P I N IÃO DA CLI ENTE LA*
Solange Baraldi"
S i lene de Lima O liveira "
Maria Amélia de O l iveira'"
RES U M O : Este traba l h o teve por objetivos avaliar reações emocionais e si ntomas
referidos por fu ncionários da Escola d e E nfermagem da USP que recebera m a vaci na dT
na reg ião ventro-g l útea e i nvestiga r o con h eci mento e a aceitação da população q u a nto ao
local d e a p l i cação. Dos 38cl i e ntes, foi n ecessá rio rei n iciar o esq u e m a vaci nal e m 50% ;
1 3 , 1 % recebera m a 2a dose , 2 ,6% a tercei ra e o restante o reforço . Dos 29 loca l izados para
a entrevista , 22 m a n ifestaram-se favoravelmente à uti l ização d esta reg ião em futu ras
i njeções; 3 escol heriam ta nto a região ventro-gl útea, como a dorso-g lútea , 1 prefere a dorso
g l útea e o outro a deltóide. Q u a nto aos demais, 1 uti l izaria a reg ião ventro-g l útea ,
dependendo do aplicador, e a ú lti ma co nti n u a ind ife rente ao loca l de aplicação.
ABSTRACT: The a i m ofth i s study i s to estimate the emotional reactions and syr l ptons told
by staff m e m bers of scool of n u rsing of the U n i ve rsidade de São P a u l o , as they received
the ventrog l uteal applicati o n of the dT vacci n e . It a lso i ntended to verify the population's
knowledge a bo ut the site of the appl i cation and the aprovai levei showed by them . Doses
of 0 . 5 ml of the vacci n e we re appl i ed in 38 patients, 1 0 men and 28 wom a n . In 50% ofthe
cases, it was necessary to beg i n aga i n the vacci nal scheme; 1 3 . 1 % a nd 2.6 were i nocu l ated
with the seco nd and therd doses, respectively. F rom 38 vaci nated , 29 were i nte rviewed .
Twenty two of them were favorable to the use of the ventrog l uteal side i n futu re i njections;
3 would ch oose both the ventrog l uteal a nd the dorsog l uteal sites. One of them sti l l prefers
the dorsog l uteal reg i o n and another, the d eltoide site . With regard to the last two persons
i nterviewed , one mentioned she wou l d use the ventrog l uteal site ag a i n , depend i ng on the
applyer and anothe r d oesn 't h ave any preference concern i ng the apl ication site , even after
this experie n ce .
UNITERMOS: I njeção ventro-glútuea - Regiãoventro-glútea -Vacinadupla-uso adulto.
1 . I N TRODUÇÃO
Em bora exista m co n heci m entos a respeito d e
vários locais para aplicação de i njeções i ntra­
m uscu lares (I M) , na práti ca d i á ri a o bserva-se q u e
as regiões d e ltóide e dorso-glútea são o s locais d e
eleição para apl i cação desta técn ica . Observamos
,
"
'"
a i nda q u e , em bora a reg ião ventro-gl útea seja
citada por CASTE LLANOS 8 como l ocal de pri­
meira escolha para aplicação de i nj eções I M , esta
tem sido pou co utilizada por profissionais na área
d e saúd e .
Este trabalho propõe-se a ava l i a r a uti l ização
da reg ião ventro-g lútea (VG) , reva lidando estudos
Trabalho apresentado como Tema Livre no 45° Congresso B rasileiro de E nfermagem. Olinda - Recife , 28 de novembro
a 3 de dezembro de 1 993.
Aluna do curso de graduação em enfermagem da Escola de Enfermagem da U niversidade de São Paulo ( E E U S P ) .
Professsora Assistente do Departamento de E n fermagem em Saúde Coletiva da E E U S P .
314
R. Bras. Enferm. Brasí li a,
v,
4 7, n.3 , p . 3 1 4-324, ju l .lset. 1 994
anteriores sobre sua indicação preferenci al na
prática d e i njeções (I M) , e tem com o o bj etivos:
identificaras reações emocionais e os si ntomas
refe rid os por servidores docentes e não­
docentes, com esq uema vaci n a l com p l eto o u
não, q u e recebera m a aplicação I M da vaci n a
d u pl a - u s o adu lto (D . T) na reg ião VG ;
verifica r o con hecimento da popu lação sobre o
local d a aplicação;
verificaro grau de aceitação a pós a experiência
d e aplicação da vaci n a dT n a reg ião VG .
2. REVISÃO DE LITERATURA
A i njeção i ntra-m uscu lar
Defi ne-se i njeção i ntra-m uscu l a r como sendo
a "administração de solução dentro do corpo
muscular' s. , i ntrod uzida na prática d a medici n a
em meados d o sécu l o X I X . É u m a via esco l h id a
para adm i n istração de substâncias i rritantes, e m
d oses entre 1 , 5 e 5 m l , com maiores efeitos
farmaco lóg icos, em função do tipo (prolongad o) e
velocidade d e ação (rápida) .
Apenas q u atro m úscu los elo corpo h u m a n o
atendem a o s critérios necessários à execução
deste procedi m e nto:
a. região d a face ântero-Iateral d a coxa (FALC) ,
maior com ponente do m úscu lo q uadríceps;
b. reg ião deltóide (D) , ou sej a , m úscu lo deltóide,
o mais i m portante d a cintura escapular;
c . reg ião dorso-g l útea (DG) , constituída pelos
m úscu los g l úteo m áxi m o , médio e m í n i m o ;
d . reg ião ventro-g l útea (VG) , constituída pelos
m úscu l os g l úteo m éd i o e m í n i m o .
Seg u nd o TAKAKU RA 21 , a i njeção i ntra-mus­
cu lar era executada apenas por médicos até a
década de trinta, q uando foi formalmente delegada
às enferm e i ras, uma vez que foi considerado q u e
aq ueles profissionais tinham outras atividades
mais específicas. A priori , é u m proced i m e nto
sim ples d e ser rea l izado , desde que se ten h a u m
con heci mento básico de fisiolog i a , anato m i a e
fa r m a co l og i a , j á q u e n ã o e stá i s e nto d e
complicações.
Chezem apud CASTELLANOS 7 classifica as
lesões causadas por aplicações I M em transitórias
e de longa d u ração. As lesões transitórias i ncluem
o tra u m a mecân i co com alteração histológ ica , os
nódu los provocados porsoluçóes não fisiológicas,
os hematomas resu ltantes de punções de vasos
e h e m o rrag i a s , a ss i m co m o as i n fecçõ es
conseq uentes à i njeção. As de longa d u ração
reu n e m a s l esões fi bróticas resu ltantes do
processo d e separação do tecido, podendo causar
m á a bsorção d a sol u ção.
Outra possível complicaçã o é o fenômeno de
Arthus, u m a rea ção alérg i ca pro vocada por
i njeções repetidas no m esmo loca l , ca racterizada
pela não a bsorção do antígeno, ocasionando
infi ltração , edema, hemorrag ia e necrose no ponto
d e i n o cu l a çã o ( H o rt a e T e i xe i ra , a p u d
CASTELLANOS7.)
MASSAD 13, estudando o efeito da aplicação
d e pen i ci l i n a G benzatina por via i ntra-m uscu lar
e m ratos, detecto u a oco rrência d e reação
inflamatória aguda , que se caracterizou por intenso
infl itrado i nflamatório com presença de neutrófilos
polimorfonucleares, que margeavam uma lesão do
tipo g ra n ulomatóide no peri m ísio (miosite) . A
reação apresentou maior . i ntensidade após 48
horas, perd u rando até 30 dias, sendo semelhante
em natu reza e i ntensidade para os três n íveis de
concentrações testados.
Wempe (1 961 ) , Cambes et aI. (1 960) , Chezem
(1 973) , Sacristan et a l . (1 974) , M u l l er Vahl (1 983) ,
citados por TAKAKURA 21 , d escrevem outras
complicações, além das citadas: i nfi ltração no
s u bcutâ n e o ; e m b o l i a s ; lesões n e rvosas ;
res istê n c i a à a p l i ca ç ã o , re p resenta d a pe l a
d i fi cu l d a d e à pe n etração d a ag u l h a e d e
escoamento d o l íq u ido para o tecido , devida à
presença de áreas endurecidas; dor violenta , que
pode i rradiar, acompanhada de palidez local i n icial,
segu ida de rubore descoloração , além da presença
d e tecido necrosado n o local d a aplicaçã o .
E m crianças, BEGERSON e t a I . 4 referem que
as contratu ras m usculares e l esões nervosas são
algumas das possíveiS e mais sérias complicações
q u e pode m aparecer. Mencionam a i nda edema
loca l , pig mentação da pele, cel u l ite, gangrena,
atrofia loca l , periostites e a formação de cistos ou
e s ca ra s . T a l b e rt e t a I . ( 1 9 7 6 ) , a p u d
CASTELLANOS7 relatam o caso d e u m a criança
de três m eses com bloqueio com pl eto da artéria
fem u ral portrombo secundário à uma injeção i ntra­
m uscularde penici l i n a na reg ião FALC , que levou
à a m putação do membro e m decorrência de
circu l ação inadequad a .
H o m (1 968) apud CASTELLANOS 8 considera
q u e a distância em relação a vasos e nervos, a
m usculatura suficientemente g ra nde para absorver
a d roga , a espessura d o tecido adiposo , o g ra u de
irritabi l id ad e d a droga, a idade e o gra u de atividade
R. Bras. Enferm. Brasília,
v,
47, n.3, p. 3 1 4-324, jul.!set. 1 994
315
p
do paciente , sejam pontos i m portantí ssimos q u e
devem ser observa dos no momen to da escolha d a
reg ião para a aplicaçã o de i njeções I M .
Analisan do profu ndament e o s q uatro l ocais d e
aplicação de i ntra-m uscu l a r é q u e , e m 1 954, o
a n at o m i st a s u i ço Vo n - H o chstett e r e s e u s
colaborad ores resolvera m i nvestigar a a n atomia
da reg ião g l útea , com o objet ivo d e explica r os
acidentes ocorridos n a aplicação d e i njeções
nessa região 8 . Conclu íra m que a região ventro­
g l útea é a mais ind icada , pelo fato d e conter
característica s-chave n o momento d a aplicação
de uma i njeção i ntra- muscular: .
a. espessura m uscu largrande, pois a zona central
do m úscul o tem e m média 4 cm ;
b. ausência de vasos e nervos significantes;
c. profundidade selada por osso ;
d . d i reção adequado dos feixes m uscu lares, q u e
previne o deslizamento do m aterial i njetado ;
e. epiderme mais pobre em germes patogênicos
anaeróbicos do que a região dorsal da n ádega ,
pois é menos possível de ser conta m i n ada
com fezes e u ri n a .
Após o s estudos sobre a dor re�l izado por
Reche m berg (1 958) e Sch i m idt (1 975) seg u nd o
CASTELLANOS9 , é q u e a técn ica chamad a de
Hochstefter foi i ntrod uzida no serviço médico do
Veterains Ad m i n istration H ospital de Topeka, e m
Kansas, E . U A , e m mai 9 de 1 959. E m estudo
comparativo entre reg ião VG e DG q u a nto à dor,
comprovara m que não há d iferença sign ifivativa
entre ambas. Em investig ação experi m e ntal
Schim idt (1 958) apud CASTELLANOS9 verificou
a i m possi bil idade d e q u a isq uer vasos ou nervos
importantes serem atingidos, mesmo em tentativas
deliberadas de mal d i rig i r a ag u l h a .
Alguns a utores mencionam sua es peci al
i nd icação para crianças, devido à precisão da
loca l izaçã o , e m basada e m l i m ites a n atõ m i co s , e
. o fato de perm itir flexi bilidade de decú bito . Além
disso, pode ser ind icada tanto para clientes mag ros
co mo ed emaciados, u m a vez q u e o tecido
su bcutâneo é faci lmente palpável para determ inar
sua espessura, a fim d e prever a profundidade q ue
a ag u l h a ati ngirá .
We m pe ( 1 9 6 1 ) a p u d C A ST E L LA N O S 9
menciona como d esvantagens na uti l ização d a
reg ião V G pa ra aplicações de i njeções I M , o fato
do cl iente ver a aplicação nessa reg ião, podendo
provocar-lhe angústia e ansiedad e , e ta m bé m a
resistência à m udança por pa rte d os profissionais.
A peq uena a m p l itude que a reg ião ventro316
R. Bras. Enferm. Brasília,
v,
g lútea oferece é o que garante maior seg urança no
momento da aplicaçã o, principal mente em clientes
magros e crianças . O único cuidado específic o
que a técn ica Hochstefter i m põe é o de d i recionar
ligeirame nte a ang u l ação d a ag ulha para a crista
i l íaca
8.
A vacina d u p la-uso adu lto
O tétano é u m a doença i nfecciosa toxigên ica ,
de transmissão indireta , causad a pelo Clostridium
tetani. As contratu ras e espasmos m uscu lares
constitue m os elementos característicos do quadro
clínico , podend o evol uir para a morte do indivíduo
contaminado 15.
Segundo FOCCAC IA e VERONESI 1 1 , otoxóide
tetânico foi preparado inicialmente por Ramon, em
1 923 , através do tratamento da toxina tetân ica
pel o formol . No entanto , apenas após a Seg u nda
Grande G uerra , quand o a vaci na foi uti lizada com
sucesso em soldados ameri canos, em Lyo n ,
França (1 943) , foi q u e esta pas�ou a ser util izada
compu lsori a m e nte. N essa época, o toxóide
tetân ico foi adicionado ao diftérico e , em 1 948,
a m bos foram associados à Bordetella pertussis
i n ativada constituindo a vaci na trípl ice ou DPT,
reco mendada para crianças até 7 a nos de idade 2.
A dT uso ad u lto é com posta pelo toxóide
tetân i co e d iftérico form a lizados, contendo cada
dose 0 , 5 e 2 , 0 U I/m l , respectivamente . Contém
ainda timerosal a 1 : 1 0000 como conservante e
hidróxido de alumínio como adj uvante . O adjuvante
favorece a resposta i m u n e , u m a vez q u e
proporciona a retenção do i m u nógeno e por
conseg u i nt e , esti m u l a ção a n t i g ê n ica m a i s
prolongad a , já que propicia u m a captação mais
efetiva dos antígenos vacinais, ampl ificando o
estímulo i m u nogênico 1 7 . Gupta et a I . (1 987) apud
SÃO PAU LO 19, co n s i d e ra m que o adj uvante ,
além de a u mentar a resposta i m u n e , tem a
finalidade de concentrar o material i njetado numa
determ i nada reg ião e imped i r reações sistêmicas
g raves, que às vezes são o bservadas nas vacinas
que não contêm adj uvantes.
A dT uso ad u lto não está isenta de reações
adversas. Sabemos que a sim ples i ntrod ução de
uma ag u l h a no tecido m uscular provoca reação
inflamatória 1 3. Alé m d isto, segu ndo ZI M MERMAN
et a I . 23, as vaci nas são com postas por uma
m i stu ra de ag e n t e s at i v o s , a n t i b i ó t i c o s ,
preservativos, cu lt u ra de prote ínas e outros
aditivos. Devem ser devidamente arm azenadas,
47, n.3, p . 3 1 4-324, julJset. 1 994
vacinad os, 22 retorn a ra m para receber a dose
s u bseq u e nte . Ao s e re m rece b i d os pa ra a
a d m i n i st ra ção da vaci n a , os cl i e ntes e ra m
questiona dos à respeito d o local d e preferênc ia
pa ra a aplicação de IM (a n exo 2 Fase 1 1) . Em
seg u id a , rea l izava-se o proced i mento na reg ião
escolhida, com excessão d o m úscu lo deltóide,
devido às contra-indi cações j á mencionad as.
Q u a nto aos q u e não pudera m com pa rece r n o
d i a a praz ad o , e s t e s fo ra m poste ri o r m e nte
enca m i n h ados ao Centro d e I m u n izações do
Hospita l das C l í n i cas da Facu ldade de Medici n a
da U n i versidade de S ã o Paulo para q u e dessem
cont i n u idade ao esquema i n iciado.
4. RESU LTADOS E DISCUSSÃO
Sa be-se q u e 77,4% (1 6 1 ) dos fu ncionários
docentes e não docentesda Escola de Enfermagem
são d o sexo fem i n i n o . Neste estudo, verificou-se
que dos 29 entrevistados, 76 , 1 % era m m u l he res,
dado esperado , já que a institu ição em que este foi
rea l izado possui u m a proporção de 7 m u lheres
para cada 1 0 fu ncionários existentes. A fa ixa
etária pred om i n a nte foi de 31 a 40 anos. Cerca d e
8 0 % d a s pessoas referi ra m t e r sido vaci n adas
a nteriorm e nte contra o tétano e 68 , 9% lem brara m
o local de aplicação, sendo 44 ,8% n a reg ião
deltóide e 24 , 1 % na dorso-g l útea .
HORR e t al . 1 2 , ALM E I DA e t a I . 1 , M ENDES et
a I . 14 e MASSAD 1 3 mencionam q u e a reg ião
deltóide, a pesar de abarca r o maior n ú me ro de
contra-ind icações, e a dorso-g l útea , são as mais
uti l izadas na prática d iári a .
Acresce-se a i sto a co ntra- i nd i cação d a
inocu lação da vaci n a a nti-tetân i ca n o múscu lo
deltóide, uma vez q u e este possui m assa muscular
red uzid a , havendo a possi bil idade da sol u ção
atingiro nervo braquial, afetando a movimentação
do membro uti l izad o . Outro fato r a ser considerado
é a presença do adj u va nte h i d róxido de a l u m ín i o ,
que tem função de retardar a absorção d o antígeno,
exacerbando as reações dolorosas neste loca l
(G u pta 1 987 , a p u d SÃ O PAU LO) 1 9.
CASTELLANOS 7 não menciona complicações
advindas da aplicação de i njeções I M na reg ião
VG , verificando q u e esta é a m enos con hecida e
mencionada pelos enfermeiros docentes (43 , 7%),
como pelos enfermeiros h ospita lares (1 , 3%) ,
apesar de ser considerada a melhor reg ião para
aplicações I M .
Dos 29 entrevistados, 23 haviam sido vacinados
a nteriorm ente contra o tétano , sendo que desses,
3 não se lem bravam do local da aplicaçã o e
ta m pouco de reações locais. Outros dois, apesar
de se lem brarem do local d a aplicaçã o anterior,
não se lem bravam de ter experi mentado reações
locais. Seis relataram q ue não haviam tido
qualquer reação l ocal à vacin a . Referira m reações
locais em apl icação anterior 1 2 dos entrevistados,
sendo essas: dor (1 0) , h i pere m i a (1 ) , ou ambas
(1 ) . Observa-s e q u e a dor era o sintoma mais
freq uente no caso da aplicação IM no m úscu lo
deltóide (Ta bela n01 ) .
Tabela 1 : Tipo d e reação local relativa à
uti l ização da reg ião dorso-g l útea e deltóide nas
pessoas q u e se l e m bra ra m de a p l icações
a nteriores de i ntra-m uscu l a r com a vaci na d u pla­
uso adulto. São Paulo, 1 992.
Tipo de reação a p res�ntada
Local de a p l icação
Dor
D o rso-gl útea
n'
H i peremia + Dor
TOTA L
Deltó i d e
n'
%
3,0
1 00,0
7,0
77, 8
O
O
1 ,0
11,1
O
Hiperemia
%
3,0
O
1 00,0
1 ,0
9,0
11,1
1 00,0
Total
n'
%
1 0,0 8 3 , 4
1 ,0
1 ,0
8,3
8,3
1 2,0 1 00,0
Da população em estudo, 1 2 (4 1 , 3%) pessoas
con heciam a reg ião VG como local de aplicação
de I M , sendo que nessas 1 2 estão incl u ídas 9
docentes (3 1 , 1 %) . Quatro (1 3 , 8%) já haviam
i n cl usive recebido i nj eções IM nesse loca l . Tal
fato leva a refletirsobre a pouca uti l ização e pouco
conheci m e nto por parte da po pulação acerca da
existência dessa reg ião.
Seg u ndo HORR 1 2 , a falta d e con heci mento e
esclareci mento q u a nto à existênci a , o uso e as
vantagens que os quatro m úsculos oferecem para
aplicação d e i njeções resu lta n u m a inversão: os
m úscu los cientificamente mais i nd icados são
aq ueles menos uti l izados na prática . :'oré m , no
mesmo tra ba l h o , real izado na década de 70 , o
referido a utor l evanta q u e 1 00% da� enferm e i ras
h a v i a m t o m a d o co n h ec i m e nto recente d e
publicações sobre i njeções I M , informando orientar
seus fu ncionários a respeito ; enquanto que 84%
dos fu ncionários afirmam n u nca ter recebido tais
i nformações. Situação se m e l h a nte ocorreu na
relação fu ncionários-pacientes. Este fato , além
d e re d u z i r o n ív e l d e co n fi a b i l i d a d e d a s
informações, demonstra q u e u m a d a s fu nções
básicas do profissional de enfermagem - a orientação
R. Bras. Enferm. Brasília,
v,
47, n.3, p. 3 1 4-3 24, jul.lset. 1 994
. 319
p
orient ação - não está sendo real izada , ou não está
sendo efetiv a , n e m m esmo em assu ntos básico s
que d izem respei to ao d i a a d i a do profiss ional .
A i m p l e m e n t a çã o d a s p re sc r i ç õ e s
medica mento sas pela equ i pe de enfenn agem
(enferm eiro, técn ico e auxi l iar de e nfenn agem) já
estava prevista desde a lei 2.604/5 5, regulam entada
pelo decreto nO 50 .378/61 , exigindo con hecimen to
específi co e respo n sa b i l i d ade por parte d o
profiss i o n a l 1 0 . S a b e - s e a i n d a q u e e ss e
proced i mento tam bém é dese m pe n hado , sem
n e n h u m a rest r i çã o , po r profi ss i o n a i s n ã o
especia lizados, com o balconista s d e farmáci a ,
dentre outros. Pensando n esse aspecto , é q u e
MENDES et a l . 1 4 real izaram u m bri l hante trabalho,
detectando a necessidade de capacitação desses
profissionais d e fannáci a para a adm i nistração de
med icamentos i njetáveis, uma vez q u e apenas
1 0% deles haviam aprendido a técn ica com
profissional com petente (7% com e nfenneiras e
3% na esco l a) e 50% d os mesmos i njetou
medicamento e m local i m próprio (no q uadra nte
i nferior esq uerdo d o g l úteo , no quadra nte i nferior
i nterno do g l úteo , n a i ntersecção dos quad rantes) .
E v i d e n c i a - s e a s s i m , a ' n e ce ss i d a d e e o
comprom isso do e nferm e i ro em i m plementar
propostas eficazes não só em n ível h ospital a r,
mas especialmente com esse tipo de profissional ,
já que constituem u m g rande eixo de comunicação
com a população.
A expectativa ou reação emocional da clientela
ao saberqual a reg ião d e e leição para a inocu l ação
da dT nesta ca m panha foi a mais variada possível :
"doerá mesmo com enfermeiro aplicando': "fiquei
insegura ", uachei estranho ", "ansiedade ", "medo ".
A l g u n s a i n d a refe ri ra m "c urio sida de " e
"tranqüilidade ". Estas re ações n ã o d e v e m
surpreender pois, como j á foi d ito , apesar da
aplicação IM na reg ião d e Hochstefter ter sido
aprovada desde a d écada de 50, ainda não foi
incorporada à prática de enfermagem . Há a i nd a
u m inconveniente que pode contri b u i r para a
d ificu ldade de aceitação por parte do cliente , q u e
consiste n o fato d este visual izar a reg ião n o
momento da aplicação (Wempe , 1 96 1 , apud
CASTELLANOS 9) . É possível contestar esta
afi rmação, tendo em vista que a reg ião deltóide ,
uti l izada rotineiramente n a prática de aplicação de
I M , também possibi l ita a visual ização do loca l de
aplicação por parte do cl iente, sendo esta , inclusive,
mais fáci l .
A falta d e com u n icação verba l existente n o
320
R. Bra �. En(ern- Brasília,
v,
mome nto de qualq uer interv enção d e enfenn agem
pode desen cadea r senti mentos estressantes tanto
para o cliente como para o profiss ional . HOR � et
aI . 12 e MEND ES et a l . 14 mencio nam q ue o máxim o
que o profiss ional faz no mome nto da aplicaç ão é
avisar que a pessoa vai tomar u m a "injeçãozinha':
e pedi r que escolha o loca l . Esta escolha acaba
sendo i n adequad a , u m a vez q u e os cl ientes
desconh ecem as vantage ns e desvant agens que
estarão obtendo.
A escassa produção científica de enfennag em
sobre o assu nto , o medo e a i nseg u rança por parte
dos profissiona is não justifica m a resistência dos
enfermeiros e m uti l izar essa prática . Dada a falta
de investimentos em recursos humanos e materiais
n a área da saúde e a sobrecarga de tra balho,
assim com o noutras á reas de i nteresse soci a l ,
acaba sendo m u ito m a i s prático e rápido para o
profissional executar u m a técn ica do seu domíllio.
Ao aplicar u ma i njeção no m úsculo deltóide não há
necessidade de preocupar-se com a privacidade
o u conforto do paciente , a priori , nem a uxi l iá-lo na
m udança de comportamento com II 11 novo método.
Para exempl ificar, val e lem brar o estudo que
denu ncia q u e 1 00% dos fu ncionários de uma
u n idade não lavam as m ãos no momento da
aplicação de IM, porque isto "demanda tempo" l . A
justificativa é o grande vol u m e de serviço , assim
como o número i nsuficiente de fu ncionários e de
material pa ra atender u m a população vol umosa .
Assi m , uma "simples" técn ica de i ntra-m uscu lar
perde-se nesse contexto, tornando-se bastante
com plexa de ser a n a l isada e evidenciando ser
necessário levanta r o utras q u estões, que não
apenas vantagens e desva ntagens dos m úsculos
a serem esco l h idos.
Com o i ntu ito de ati ngir o ú ltimo objetivo do
traba l h o , entrevistaram-se os 22 ind ivíduos que
retornara m dois meses a pós a pri m e i ra fase ,
resu ltando em dados bastantes sig nificativos:
95,5% (2 1 ) dos entrevistado manifestara m-se
favoravelmente à uti lização da região ventro-gl útea
para aplicação de i njeção i ntra-m uscu lar. As i n­
q u i etações expressas d i zi a m respe ito a o
profissional responsável p e l a execução de tal
proced i mento , ao relatarem q u e , certificando-se
de competência do m esmo, a escolha do loca l não
seria um problem a . A q uestão que se faz presente
pare ce m a is rel a cionada à q u a l ificação do
profissional de cam po do que à escolha do loca l
propriamente dita .
47, n.3, p. 3 1 4-324, jul.lset. 1 994
5. CONSIDERAÇÕES F INAIS
A vacina dT-uso adulto é reco nhecida como
uma substância composta por agentes q u e , ao
serem inoculados no corpo humano e i niciarem
o processo de i m u n ogen icidad e , aca rreta m
algumas reações, principa l mente locais, como
dor e h i peremia. Com isto é possível i nferi r q u e
as reações referidas pela popu lação do estudo ,
estavam i ntri nsca mente l igadas à ação do
i m u nógeno e não ao local de escolha para a
apl icação do mesmo, abrindo espaço para uma
discussão mais a brangente a respeito da prática
proposta por Hochstetter.
Ao i n iciar o referido estudo, su pôs-se que
u m dos problemas para a ace itação da mesma
fosse o pouco con heci mento e a d ificu ldade da
clientela ass i m i la r uma nova prática. Ainda que
o sej a , se do ponto de vista anatômico esta
localização foi comprovada como sendo a melhor
reg ião para aplicação de uma i ntra- m uscu lar,
ca beri a e ntão aos profissionais de saúde
considerá-Ia como pri m e i ra opção e difu n d í-I a .
Atri buir apenas ao profissional de sa úde, em
específiCO osde enfermagem , a responsabilidade
pela pouca d ifusão desse local de aplicação,
constitu i-se numa simpl ificação da q u estão,
tendo em vista q u e as experiências são vividas
dentro de um contexto instituciona l , soci a l ,
econômico e cultura l , que não podem ser
colocados e m seg u ndo pla n o . Estes aspectos
devem ser a base para qualquer reflexão que se
pretenda crítica e tra nsformadora .
Neste estudo, a mudança d e comportamento
por parte da cl ientela não apareceu com o u m a
dificu ldade pois, a o tomar contato com a técnica
proposta e ao verifica r q u e a i njeção seria
ad m i n istrada por profissionais com petentes e
de sua confian ça , não rel utou aceitá-I a.
No Brasil o continge nte de enfe rm e i ros é
reduzid o , caracterizando-s e como u m a mão-de­
obra cara d i a nte da rea l idade econôm ica . Em
contra partida , a enferma gem é exercida por
inúmeros agentes (ate ndentes , auxiliares , técnicos
ou m esmo p rátiCOS de enfe rmagem) , m a i s
a cessíve is a o m e rcad o , do ponto de vista
econôm i co . Diante dessa rea l idade, surge a
segu inte pondemçã o: será realmente viável discutir
a i m portância d e m udança de u m a prática já tão
arraigada à rotina desses profissionais ? Estaremos
su perestimand o as possibilidade s do profissional
de n ível su perior n a q u a l i ficação dos demais
trabal hadores de enfermage m , diante de todo u m
contexto complexo? N a própria Escola pouca
i m portância tem sido dada a essa discussão,
m es m o em sua m a is específica á rea de
com petênci a , e pouco se uti l iza dessa prática .
Será realmente a academia o local privilegiado para
tra nsformação da realidade? Ou será a própria
mudança ou evolução na prática da cidadania dos
consumidores que, ao exigi rem melhor qualidade
de assistência , demandarã o as verdade i ras
mudanças?
Este trabalho busca expl icar parte dessa
real idade, ainda pouco discutida nos ú lti mos a nos
e anal isada de maneira simpl ificada . Espera-se
q u e os colegas da área i n iciem um processo de
reflexão crítica sobre o cotid iano, que resu lte em
transformação.
Como u m dos resu ltados deste tra balho, o
Centro Acadêm ico XXX I de Outubro da Escola de
Enfe rmagem da Universidade de São Pa ulo, optou
por acatar a sugestão das a utoras pa ra fomentar
a d iscussão do tema em q u estão, num cu rso a ser
ministrado brevemente , voltado para a l unos de 2°,
3° e 4° anos de g raduação e m enfe rmag e m .
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Recebido para publicaçAo em 1 6/3/94.
322
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v,
47, n.3, p. 3 1 4-324, jul.lset. 1 994
ANEXO 1
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
(questionário)
Fase I
1. Identificàção:
idade.
sexo.
____
---'profi ssã o
_____
_____
_
2. Já foi vacinado anteriormentecontra o tétano?
()sim
() não
3. Você se lembra onde a injeção foi aplicada?
a)deltóide
b)face ântero-Iateral da coxa
c) dorso-glúteo
d)ventro-glúteo
e) não lembra
4. Você lembra se houve reação no local da aplicação? Em caso afirmativa, qual(is)?
5. Você já tinha ouvido falar na região ventro-glúteo para aplicação de injeção intra-muscular?
( ) sim
( ) não
6. Foi a primeira ve z que tomou injeção nesse local?
( ) sim
( ) não
7. Oque pensou/sentiu ao saberque iria tomarinjeção nesse local?
8. Durante a aplicação o que sentiu?
9. Após a aplicação teve alguma reação?
Em caso afirmativo,
-quais?
-quanto tempo depois?
________________________________________________
___________
_______________________________________________
- oquefez?
________________
____________________________________________
10. Sefossetomaroutra injeção,que local escoIheria?
_
________________________
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v,
47, n.3, p. 314-324, jul./set. 1994
323
F
ANEXO 2 : INSTRUMENTO D E COLETA D E DADOS
(q uestionário)
Fase 1 1
1 . Em que local você gostaria que fosse apl icada a vaci na que você i rá receber hoje?
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47, n.3, p . 3 1 4-324, jul./set. 1 994