Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço

Transcrição

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço
Pá g . 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Ag o s t o 2 0 1 2
Ver para crer
700 produtores
no Dia de Campo
Evento sobre integração lavoura, pecuária
e floresta promovido por Cocamar, Iapar e
Emater, apresentou modelo em funcionamento que deve servir de base para a
disseminação do sistema na região noroeste
Xambrê (PR) I Rogério Recco - Cerca de 700 produtores participaram de um Dia de Campo sobre
integração lavoura, pecuária e floresta promovido na
manhã de 9 de agosto na Estação Experimental do
Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) em Xambrê, região de Umuarama. A realização da Cocamar,
Iapar e Emater/PR contou também com a presença
de um grande número de autoridades e lideranças,
entre as quais o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara.
Na programação, os participantes passaram por três
estações em que foram apresentados detalhes específicos sobre lavoura, pecuária e floresta, com palestras proferidas por especialistas da cooperativa, da
instituição e da Emater.
O pecuarista Gérson Bortoli, dono de duas propriedades na região de Umuarama, estava entre os
produtores. Em uma delas, com área de 150 alqueires, Gerson faz integração lavoura e pecuária, produzindo soja no verão e cultivando braquiária
solteira e também consorciada com milho no inverno. Segundo o produtor, os pecuaristas estão mais
convencidos da necessidade de mudarem a forma
como é conduzida a atividade. “Observei durante o
dia de campo que muitos deles ficaram interessa-
dos”, afirmou. “Eles viram um modelo pronto e funcionando, é diferente da teoria. Viram uma pastagem verde, com muita massa para alimentar o gado,
coisa que não se encontra por aí nesta época”.
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Pá g . 3
O dia de campo foi o maior já realizado
sobre esse assunto, no Paraná; participantes
percorreram três estações para
palestras com especialistas
O próprio Gerson é considerado um modelo em
integração. Em sua propriedade, que fica no município de Perobal, ele consegue colocar não menos
que 10 cabeças de bovinos por alqueire em pleno período de inverno, quando a média tradicional nem
chega a 2. “Graças ao volume de alimento disponível
com a braquiária, o ganho de engorda é de 1,2 quilos
por cabeça/dia”, completa.
Rafael Franciscatti dos Reis, engenheiro agrônomo
coordenador do programa de integração lavoura, pecuária e floresta, da Cocamar, concorda com Gerson
Bortoli quando este diz que os pecuaristas – em sua
maioria ainda resistentes - estão se interessando
mais pelo novo modelo. “É uma questão econômica,
de sobrevivência”, completou.
Pá g . 4 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Ag o s t o 2 0 1 2
Ver para crer
O CAMINHO - De acordo com o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço (à
direita), a integração é um sistema moderno e sustentável que traduz a tendência
da atividade agropecuária. “Para quem quiser tornar sua propriedade altamente
produtiva, esse é caminho”, disse Lourenço, lembrando que a pecuária mantida
de forma tradicional tende a desaparecer, enquanto a monocultura de grãos, hoje
em alta, é marcada também por períodos de preços em oscilação. “Integrando
vários negócios, a possibilidade de quebrar é praticamente nula”, disse.
REVOLUCIONAR - Por sua vez, o presidente da
Emater/PR, Rubens Ernesto Niederhattmann (à esquerda), afirmou que a integração é um sistema que
veio para revolucionar a agropecuária brasileira e está
ao alcance de quem quiser promover um choque de
produtividade em sua fazenda, tornando-a uma fábrica de alimentos. “É para isso que precisamos
avançar”, observou, dizendo que a região propicia
solo, clima, tem tecnologia disponível e conta com
recursos oferecidos pelo programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) do governo federal.
1,8
milhão de
hectares é o
potencial para
avanço da
integração
na região do
arenito caiuá,
no noroeste
do Estado
MODELO PRONTO -
Florindo Dalberto (ao
lado), presidente do Iapar,
explicou que a instituição
mantém cerca de 20 hectares com integração lavoura, pecuária e floresta,
onde se produz grãos no
verão, se faz engorda no
inverno e ainda há floresta
de eucalipto que proporciona sombreamento ao
gado e uma renda adicional com a venda da madeira. “É um modelo
pronto para que os produtores venham conhecer e
aplicar, aqui há tudo o que
eles precisam”, acrescentou. Para o especialista
O COMEÇO - O depu-
Sérgio Alves, que há quase
20 anos se dedica ao assunto no Paraná, a integração é um caminho sem
volta “e quem investe não
têm motivos para se arrepender, pois passa a produzir itens nobres e de
liquidez no mercado”.
ESPAÇO - O secretário
Norberto Ortigara (ao
lado) enfatizou que o governo do Paraná quer ser
“um parceiraço” na divulgação do sistema de integração lavoura, pecuária e
floresta, explicando que
não há dúvida quanto a
eficácia e os resultados
desse modelo inovador. “É
um processo que vai evoluir e ganhar o seu espaço,
pois é a melhor maneira de
garantir o futuro dos produtores do noroeste.”
tado estadual Fernando
Scanavaca (à direita) lembrou que foi durante a seu
mandato de prefeito em
Umuarama, na segunda
metade da década de 1990,
que se começou a falar e a
dar os primeiros passos em
integração lavoura e pecuária. Para ele, o sistema,
ao promover uma revitalização na agropecuária e na
economia regional, “pode
voltar a fazer com que o
noroeste seja forte, da
mesma forma como acontecia nos tempos áureos da
cafeicultura”.
EXPANSÃO - A região
da Cocamar conta com
cerca de 20 mil hectares já
mantidos com o programa
e a perspectiva é que essa
área apresente forte expansão nos próximos anos. Um
dos cooperados referenciais
nesse assunto é César Formighieri, dono da Fazenda
Santa Felicidade em Maria
Helena, região de Umuarama. Neste ano, mesmo
com seca, ele colheu 80
sacas de soja por alqueire
que, cotada a preço acima
da média, garantiu uma lucratividade equivalente a
30 sacas. Formighieri, que
faz integração desde 2001,
disse que o acompanha-
mento técnico é fundamental. Falando aos presentes, ele disse também
que é preciso mudar a
forma de o pecuarista ver a
sua atividade, “não há como
sobreviver diante da baixa
rentabilidade em razão dos
pastos degradados, comuns
no noroeste”.
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 5
Ao final do dia de campo, os presidentes da Cocamar
(Luiz Lourenço) e do Instituto Emater (Rubens Ernesto
Niederhattmann) firmaram um termo de parceria para o
desenvolvimento de um esforço conjunto visando a divulgar a
integração lavoura, pecuária e floresta entre os produtores
da região noroeste do Paraná. O documento foi rubricado
também pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento,
Norberto Anacleto Ortigara. Abaixo, autoridades e lideranças
e, ao lado, o público reunido no espaço principal
Pá g . 6 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Ag o s t o 2 0 1 2
Ver para crer
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 7
Pá g . 8 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Ag o s t o 2 0 1 2
Opiniões
"Há indicativos de que tenhamos
uma situação como a de 2007/08"
ABDOLREZA ABBASSIAN, economista-chefe e
analista de grãos da FAO, sobre a possibilidade
de uma crise alimentar mundial nos próximos
meses, causada pela redução dos estoques
e as catástrofes climáticas.
"A produção de milho está estimada
em mais de 70 milhões de toneladas"
“Os pecuaristas precisam se
reorganizar para melhorar a
produtividade. Cumprir as
exigências sanitárias, rastrear
o rebanho, investir em capacitação
profissional, assistência técnica
e utilizar novas tecnologias
de produção”
CAIO ROCHA, secretário de Política Agrícola do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), somando
o total dos volumes de verão e inverno no país.
Segundo ele, a situação brasileira é privilegiada.
ROGÉRIO BERGER, economista da Faep,
enfatizando que o rebanho de 6 milhões de
bovinos de corte espalhados pelo Paraná
precisa de um choque capaz de modernizar
a atividade, que não vem acompanhando
as técnicas mais modernas de
produção de carne.
“O Brasil poderá produzir mais soja do que os Estados Unidos
e superar os norte-americanos na produção da oleaginosa
pela primeira vez na temporada 2012/13”
RELATÓRIO DO USDA, de 10 de agosto, acrescentando que a projeção para safra de soja do
Brasil 1 2/13 foi elevada para 81 milhões de toneladas, ante 78 milhões da estimativa de julho.
"Esta é uma notícia que fortalece ainda mais
o produtor brasileiro e mostra que o Brasil está
cada vez mais caminhando para uma política
agrícola com resultados objetivos para a produção"
MENDES RIBEIRO, Ministro da Agricultura e do Abastecimento,
sobre a previsão de o País colher uma safra recorde superior
a 165 milhões de toneladas no ciclo 2011/12.
“Em alguns talhões,
passou das 300 sacas”
FLÁVIO HARUKI KOBATA, que cultiva
60 alqueires nos municípios de Floresta
e Ivatuba, comemorando a produtividade
de milho deste ano.
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Pá g . 9
Pá g . 1 0 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Mercados
Estoques
são baixos
Em razão da seca, a produção americana de soja
deve cair para 73,27 milhões de toneladas em
2012/13, quase 12% abaixo do previsto em julho e da
colheita de 2011/12. Assim, a produção mundial na
safra atual foi revisada para 260,46 milhões de toneladas, 2,5% menos que o estimado em julho.
Mesmo assim, o volume é 10,3% maior que o de
2011/12, diferentemente do que deve acontecer no
mercado de milho. Os estoques globais finais de soja
também tendem a aumentar um pouco em relação ao
ciclo passado, ao contrário do que vai ocorrer com o
milho. Mas, em ambos os casos, os níveis são baixos.
P revisão é colher 12% a menos
que estimativa feita em junho
Aumenta o
consumo de café
A ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café divulgou
no dia 10 de agosto um levantamento apontando que no período maio/2011 e abril/2012 o consumo no País foi de 19,975
milhões de sacas, 3,05% a mais em relação ao ano anterior
correspondente (maio/10 a abril/11). A entidade espera fechar
o ano com uma demanda total de 20,41 milhões de sacas.
O levantamento intermediário mostra que o País ampliou
seu consumo interno de café em 592 mil sacas nos 12
meses considerados. Para a entidade, contribuíram para
este aumento significativo o crescimento do consumo fora
do lar; a entrada no mercado de novos produtos inovadores
e a melhoria da qualidade, com a ampliação da oferta de
produtos diferenciados.
83
litros é o consumo de cada
brasileiro por ano
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 11
Seca nos EUA destrói
100 milhões de
toneladas de milho
A deterioração do quadro de oferta de grãos nos EUA nesta safra 2012/13
promete aumentar a pressão "altista" sobre as cotações internacionais de commodities como milho e soja nos próximos meses. Segundo relatório divulgado
dia 10 de agosto pelo Departamento de Agricultura dos EUA (Usda), os reflexos da estiagem e do calor que assolam o Meio-Oeste do país derrubarão a colheita de milho para 273,79 milhões de toneladas, 16,9% menos que o previsto
há apenas um mês e volume 12,8% inferior ao efetivamente colhido em
2011/12. Será o pior resultado desde 2006. As estimativas ainda podem piorar,
tendo em vista que a colheita americana só começa a ganhar força em algumas
semanas. Em relação às projeções iniciais de produção, a quebra deve ultrapassar
100 milhões de toneladas.
273,7
milhões de toneladas é a última previsão
da safra norte-americana
Pá g . 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Borracha
Ciclo da seringueira
antecipa com irrigação
Cocamar tem interesse em difundir a cultura como opção de renda para o noroeste
paranaense, em parceria com o governo do Estado
Maringá (PR) I Da Redação – O plantio de seringueiras
na região noroeste do Paraná, como proposta de diversificação da propriedade, é uma alternativa econômica que
oferece retorno garantido, principalmente se o produtor
investir na irrigação das árvores. Em um hectare é possível plantar até 500 árvores e a Cocamar tem interesse em
desenvolver um projeto de incentivo a esse negócio em
parceria com o governo do Estado.
“O uso de práticas adequadas no plantio de seringueira,
com a devida orientação técnica, garante boa produtividade na extração do látex”, explicou o consultor Carlos
Gomes da Paixão Filho.
O plantio pode ser irrigado ou não, mas se o seringal
contar com disponibilidade de água, segundo o consultor,
o lucro é maior e o ciclo da árvore antecipa de 1 ano a
1,5 ano a produção.
ACOMPANHAR - Para obter produção satisfatória de
látex, o agricultor deve seguir alguns passos importantes como o manejo correto, utilizando plantas sadias. “É importante acompanhar todas as fases da
seringueira”, frisando que a região noroeste do Paraná
oferece condições propícias de solo e clima favoráveis”, destacou.
De acordo com o consultor, “a heveicultura é um dos
segmentos do agronegócio que crescem cada vez mais”.
O plantio pode ser feito em consórcio com outras culturas, como soja, milho, abacaxi e outras.
Segundo especialistas, o mercado de látex precisa
crescer três vezes mais no Brasil para atender a demanda por pneumáticos e diversas outras utilidades
da borracha. O Estado de São Paulo é o principal produtor nacional.
Região noroeste do
Paraná oferece solo e
clima favoráveis
R$ 3,5
é o atual cotação
do quilo do látex
4
hectares podem
ser cuidados
por um único
trabalhador
Jornalismo
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Pá g . 1 3
Reportagens sobre a Cocamar
faturam o Prêmio Ocepar
Curitiba (PR) I Da Redação - Quatro reportagens que tiveram a Cocamar como tema central
ficaram entre as vencedoras do 9º Prêmio Ocepar
de Jornalismo, promovido pela Organização das
Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar).
A solenidade de premiação foi promovida na
noite de 30 de julho, em Curitiba, na sede da entidade, com a presença do governador Beto Richa
e de dois secretários de Estado, outras autoridades
e dirigentes do sistema cooperativista.
TV - Na categoria televisão, a reportagem “Melhorar as pessoas para melhorar o mundo”, veiculada
na TV Tibagi (Rede Massa/SBT), de autoria de
Fernando Aparecido Ripoli, Alex Fernando Magosso e Josefa Costa Silva, conquistou o primeiro
lugar. O tema abordou a inclusão de um grupo de
internos da Penitenciária Estadual de Maringá na
equipe de trabalho da cooperativa. Por sua vez, a
reportagem “Mulher, a nova força do cooperativismo do Paraná”, produzida pela RIC TV (Re-
cord) com a assinatura de Sérgio Mendes, ficou
em terceiro. Nessa matéria, foi mostrada a importância da participação feminina nos negócios que
envolvem a gestão da propriedade.
IMPRESSO E RÁDIO - No jornalismo impresso, a
matéria selecionada, da Revista Globo Rural, foi
“Paraná dá a volta por cima”, de Norberto Staviski, que ficou em primeiro lugar. Na radiodifusão, a Rádio CBN Maringá, com o tema
“Integração no campo: sustentabilidade e negó-
Solenidade aconteceu
na noite de 30 de
julho em Curitiba,
na sede da entidade
cios”, de Everton Barbosa e Luciana Peña, classificada em segundo. Ambas são focadas no avanço
do programa de integração lavoura, pecuária e floresta, uma das prioridades da Cocamar para fortalecer a economia de regiões empobrecidas do
Estado.
Segundo a coordenadoria de imprensa do Sistema Ocepar, 85 trabalhos, em todas as categorias,
foram inscritos. O prêmio é considerado um dos
mais importantes do jornalismo rural no país.
Pá g . 1 4 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Mecanização
Serviço a jato
Presidente C. Branco (PR) I Rogério Recco - Os bichos do campo devem estar assustados - e não é para
menos. Se a simples presença do homem já é capaz de
afugentar espécies acostumadas à tranquilidade da vida
rural, o que dirá, agora, com o avanço das máquinas?
Cada vez mais a agropecuária se mecaniza e, nos últimos tempos, a novidade chegou até mesmo às fazendas de eucaliptos.
Uma máquina que mais se parece com um equipamento de guerra, está operando na região de Maringá.
Ela se movimenta por esteiras, é capaz de vencer terrenos acidentados, trabalha dia e noite e não descansa
nem quando chove forte.
SEIS POR MINUTO - A ceifadeira de árvores pode ser
vista no município de Presidente Castelo Branco, a
30km de Maringá, em reservas da Cocamar. Em um
minuto apenas, com sua garra em forma de mão, ela
segura e corta seis eucaliptos adultos, depositando-os
em uma leira.
Ceifadeira de árvores que corta e enleira eucaliptos,
faz o trabalho de 35 a 40 homens, pode rodar dia
e noite e não descansa nem sob chuva forte
O equipamento pertence à empresa Vale do Tibagi, de
Telêmaco Borba (PR). A exemplo da cafeicultura regional - que se serve de uma máquina trazida do interior de Minas Gerais para agilizar a colheita -, a
“ceifadeira” foi trazida para facilitar o abate.
CORTA E TRITURA - Ao custo de R$ 38 a tonelada, a
empresa corta e faz rapidamente a trituração dos eucaliptos em cima de caminhões, cujos cavacos atendem
a demanda da cooperativa por biomassa. Para limpar
um hectare (10 mil metros quadrados), onde normalmente são plantados pouco mais de 1,6 mil plantas, a
máquina gasta menos de um terço do tempo que seria
consumido por 35 a 40 homens munidos de motosserras. O trabalho manual custa R$ 14 por tonelada, mas não inclui a trituração e outros
serviços.
“São muitas vantagens”, afirma Antonio da Cunha,
responsá-
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 1 5
vel por uma área de 18 hectares. Além da rapidez e do fato de não haver interrupções por adversidade climática, a máquina elimina o risco
de acidentes e faz o corte do eucalipto bem
rente ao chão. Praticamente sem deixar resquícios das árvores retiradas, ela possibilita que,
logo a seguir, um novo plantio seja feito ali. No
abate manual, ficam para trás as bases dos
troncos e nem toda a árvore é aproveitada na
trituração, explica Cunha.
A máquina corta
seis ár vores por
minuto e praticamente
não deixa vestígios,
podendo um novo
plantio ser feito
ao lado
Pá g . 1 6 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Cooperativa de crédito
Sicredi União
recebe Prêmio Mundial
Reconhecimento foi prestado durante o World
Council of Credit Union (WCCU), o mais
importante congresso internacional do sistema,
com a participação de representantes de mais
de 80 países, em Gdansk, na Polônia
Maringá (PR I Da Redação - Sediada em Maringá e com 61 unidades de atendimento nas regiões noroeste e norte do Paraná, a Sicredi União é notícia no mundo.
Nos dias 15 e 18 de julho, os cerca de 2,5 mil participantes do
World Council of Credit Union (WCCU), o mais importante congresso do segmento de cooperativismo de crédito mundial, realizado
em Gdanski, na Polônia, aplaudiram um caso de sucesso da Sicredi
União.
CORTADORES - O caso – a iniciativa inédita de incluir milhares de
cortadores de cana ao sistema financeiro, iniciada em 2011 – impressionou os congressistas e rendeu um prêmio internacional que,
pela primeira vez, foi conquistado por uma cooperativa de crédito
brasileira.
Para posicionar-se entre os cinco casos mais significativos do sistema cooperativista de crédito em todo o globo, a Sicredi União concorreu com aproximadamente 40 histórias de sucesso de importantes
instituições representando todos os continentes.
MEDALHA - A experiência causou tamanho furor pelo seu impacto
social, entre os congressistas de mais de 80 países, que orgulhou a
delegação brasileira formada por cerca de 60 dirigentes de cooperativas do Sistema Sicredi no país. Presentes em Varsóvia, o presidente
da Sicredi União, Wellington Ferreira, o gerente de Marketing e
Programas Sociais Wesley Alves Diniz, e a integrante do Conselho
de Administração da cooperativa, Eugênia Céres Ranen Costa
Monteiro, foram convidados a receber a medalha que simboliza o
reconhecimento, tornando-se o centro das atenções.
A façanha da cooperativa sediada em Maringá repercutiu em todo
o cooperativismo de crédito no Brasil e no exterior, com seus dirigentes recebendo muitos cumprimentos e sendo assediados para relatar com mais detalhes a sua história.
O gerente de Marketing e de Programas Sociais, Wesley Alves
Diniz, com o presidente Wellington Ferreira, logo após a conquista
do prêmio, o primeiro para uma cooperativa de crédito brasileira
“Foi uma grande alegria conquistar um
prêmio tão importante. Mostrou que
somos diferenciados e estamos fazendo
o melhor por nossos associados”
WELLINGTON FERREIRA, presidente da Sicredi União
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 1 7
Geral
Cocamar sedia Fórum Café Paraná
A colheita de café chega ao final na região
e é tempo de pensar na próxima safra. Por
isso, a Cocamar sediou no final de julho, em
Maringá, o Fórum Café Paraná, evento promovido pela Dupont com a participação de
cerca de 40 profissionais – além da cooperativa, também da Cocari, Integrada e Copacol.
Na oportunidade, o pesquisador do Instituto
Agronômico do Paraná (Iapar), Júlio César
Chaves, fez uma abordagem sobre a nutrição
do cafeeiro e fatores que influenciam a produção, entre os quais os de ordem cultural,
fitossanidade e de solo (compreendendo fertilidade e manejo). Na segunda etapa do dia,
a DuPont apresentou o seu programa de tratamento.
Produção recorde
• A produção de grãos da safra 2011/2012 bate
recorde e deve chegar a 165,9 milhões de toneladas ou o equivalente a 1,9% a mais que a obtida no período 2010/2011, segundo o 11º
levantamento divulgado pela Conab no dia 9
de agosto.
• Destaque para o milho: 72,78 milhões de toneladas.
• Área plantada: 50,81 milhões de hectares, um
crescimento de 1,9% sobre a safra 2010/11,
quando atingiu 49,87 milhões de hectares.
Evento reuniu prof issionais de várias cooperativas
Wilson Filho assume SRM
Foi em clima de consenso e
aprovação que a chapa “Continuidade para uma SRM cada
vez mais dinâmica”, presidida
por Wilson de Matos Silva
Filho, e que tem como 1º vicepresidente, Cristiana Harue
Noma, e como 2º vice-presidente, Carlos Henrique Pinto,
foi eleita por aclamação na
manhã do dia 8 de agosto, no
Auditório “Luiz Antônio Penha”
da Sociedade Rural de Maringá. A nova diretoria, o conselho fiscal e o conselho
Wilson Filho: à frente da
entidade no biênio 2012/14
consultivo/deliberativo vão conduzir a entidade no biênio
2012/2014.
O presidente eleito cumprimentou a atual diretoria pelo
trabalho realizado. “Quero parabenizá-los pelo trabalho realizado, pelo alcance das metas
estabelecidas e pela condução
democrática da entidade. Há
quatro anos já quebramos paradigmas, ao elegermos uma
mulher como a primeira presidente de uma Sociedade Rural
do Brasil”.
Pá g . 1 8 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Especial
São Jerônimo
da Serra...
...e da terra!
Cocamar fortalece presença no município do norte pioneiro que se
impõe como importante produtor de grãos e café e onde parte da
população ainda reside no campo
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Pá g . 1 9
p
São Jerônimo da Serra (PR) I Rogério Recco “Venha experimentar”, diz a simpática dona Amine,
proprietária do Restaurante Cruzeiro. Sempre sorridente, essa filha de pai sírio e mãe italiana vive há
meio século em São Jerônimo da Serra, no norte
pioneiro do Paraná. Ela é especialmente conhecida
por uma iguaria que prepara todos os dias, com a
qual brinda seus fregueses: porco no tacho. Logo
cedo, o aroma que vem da cozinha torna o convite
irrecusável. “É porco no tacho com farofa de pilão”,
avisa, explicando que a carne fritada por duas
horas só com a gordura, fica derretendo.
Dona Amine é um dos símbolos da
hospitalidade de São Jerônimo, município onde os primeiros desbravadores
começaram a chegar em 1854. Com 12
mil habitantes e grande parte da população ainda vivendo no campo, a região
é rica em história e tem sua economia
baseada em uma generosa produção de café e grãos, pecuária de corte e muitas
áreas de reflorestamento com eucalipto.
POTÊNCIA - A Cocamar está presente na vida do
município desde 2010. São cerca de 150 cooperados e uma perspectiva de crescimento que não tem
limites. O prefeito Carlos Sutil, o “Carmo”, produtor de gado, associou-se porque, diz, “acredita no
nome, na força e na tradição da cooperativa”. “A
Cocamar é uma potência e a gente tem segurança”,
afirma “Carmo”, que quer diversificar os negócios
e investir também, a partir de agora, no cultivo de
grãos.
“Em tão pouco tempo, o entreposto
da cooperativa conquistou um
grande espaço junto aos produtores”, comemora o gerente Jorge
Abel Costa, profissional bem relacionado, que até parece ter nascido ali. Proveniente de Jussara,
ele já conhece cada pedacinho de
chão e percorre com desenvoltura as muitas estradas do
município, marcado por
um relevo que mescla
fortes ondulações e planícies.
Em tão pouco
tempo, o
entreposto
da cooperativa
conquistou
um grande
espaço
junto aos
produtores”
JORGE ABEL COSTA,
gerente
O prefeito “Carmo” (com o gerente da
Cocamar, Jorge Abel Costa): diversif icar
os negócios. Ao lado, dona Amine preparando
mais uma panelada de seu famoso porco no tacho
Pá g . 2 0 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Especial
Um café
assim não
se vê em
qualquer
lugar
A popularidade do gerente Jorge Abel Costa
é percebida logo que ele adentra à fazenda da
família Scerbo no distrito de Terra Nova, um
dos mais populosos do município. Ao chegar à
casa dos proprietários, é recebido em tom festivo por dona Aparecida, esposa de seu Dirceu,
que está acompanhando o serviço dos trabalhadores no terreirão de café, praticamente ali ao
lado.
Diferente do noroeste, o ciclo da cafeicultura é
mais tardio no norte pioneiro, onde a colheita começa em maio e vai até setembro. A propósito, com
seus altos e baixos, Terra Nova é o reduto cafeeiro
de São Jerônimo da Serra. O cafezal dos Scerbo fica
em sua maior parte no topo, a uma altitude de 950
metros, “um trunfo”, segundo seu Dirceu,
salientando que isto favorece o desenvolvimento da lavoura e produz
uma bebida de melhor qualidade.
Um passeio pelo cafezal
dele deixaria de queixo
caído qualquer cafeicultor
tradicional e caprichoso. Em
25 alqueires (ou 60,5 hectares
de lavouras), são cultivados
325 mil pés de diferentes
idades. Do total, 15 alqueires
(36,3 hectares) estão produzindo e a estimativa para este ano é de uma
colheita de 1,5 mil a 1,6 mil sacas beneficiadas, 40%
das quais para pagar o custo. E vai tudo para a cooperativa. No ciclo 2013/14, quando toda a lavoura estiver em produção, a meta do produtor é passar de
2.050 sacas beneficiadas - média de 34 por hectare.
O produtor Dirceu
Scerbo exibe suas joias.
Em meados de agosto,
grãos ainda estavam
em g rande parte
maduros
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Pá g . 2 1
Toda a colheita é manual e, para isso, seu Dirceu
conta com os préstimos de oito famílias
porcenteiras. A bordo de um carro de
passeio, ele percorre a propriedade, adentrando por carreadores, para acompanhar o
serviço. A cada momento,
desce do carro para festejar
a alta produtividade do cafezal, cujos pés estão muito
carregados. A lavoura é sadia,
segundo o gerente Jorge Abel.
Os ramos abarrotados de
grãos vermelhos e amarelos indicam um café bem cuidado e
nutrido, em que as variedades
Iapar-59, Catuaí, IPR-98 e IPR-99 exploram todo seu potencial.
“O segredo é cuidar bem, ter amor à atividade
e seguir a orientação do pessoal da Cocamar,
que me dá toda a assistência necessária”, afirma
seu Dirceu. O próximo passo, agora, também seguindo sugestão dos técnicos da cooperativa, é
fazer o esqueletamento (um tipo de poda drástica) de parte dos cafeeiros, uma prática que revigora as plantas e impulsiona a produtividade.
Pá g . 2 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Especial
O pai comprou
o primeiro lote
em 1961
Seu Dirceu e dona Aparecida Scerbo, casados
desde 1962, têm um casal de filhos e a propriedade foi adquirida em 1996, ampliando uma pequena área comprada ali pelo pai dele em 1961.
Antes de ser produtor rural em São Jerônimo da
Serra – onde também é vereador há duas legislaturas, sendo o atual presidente da Câmara Municipal -, seu Dirceu trabalhou de 1980 a 1986 na
empresa atacadista Alô Brasil, de Maringá, sob o
comando de Wilson de Deus Duarte. “Fui líder
de vendas”, orgulha-se.
Na fazenda, com total de 73 alqueires, ele possui,
além dos 25 alqueires de café, mais 30 alqueires
de eucaliptos e o restante com pastagem.
60,5
hectares é a área total
com café, a qual deverá estar
toda produzindo em 2013/14
Na planície,
muito trigo
Descendo dos morros em direção à planície, São
Jerônimo da Serra descortina uma outra face: a
das culturas mecanizadas de grãos. É ali que o cooperado Osvaldo Oscar Vietze Júnior cultiva, há
mais de 30 anos uma área total de 130 alqueires,
entre terras próprias e arrendadas.
Ele conta que lida com trigo desde 1978, sendo
também um tradicional produtor de soja. Na última safra de verão, destinou uma pequena parte
para o milho.
O técnico Vagner
e o produtor, seu
Osvaldo: tempo
ajudou e a
perspectiva é de boa
produtividade.
Ele espera média
de 120 sacas,
ao menos
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Pá g . 2 3
O técnico em agropecuária
Vagner Pereira Evangelista, da
cooperativa, que presta assistência a seu Osvaldo, é também um
profissional querido e respeitado
pelos produtores. “Essa turma é
boa”, afirma o agricultor, acrescentando que a atuação da Cocamar vem crescendo e se
fortalecendo muito na região.
Seu Osvaldo concorda quando
alguém diz que o trigo é uma
cultura de risco. “No ano passado, deu uma geada e colhi
pouco. Agora, acho que vamos
bater em 120 sacas por alqueire,
pelo menos”. E acrescenta: “Ao
preço de R$ 33,50 a saca, está
excelente”.
A altitude da região – suas terras estão a 820 metros – protela
naturalmente o ciclo da lavoura
e a colheita está programada
para setembro. Depois vem a
soja e, se o tempo ajudar, o produtor calcula produzir “por
baixo” 130 sacas por alqueire.
A Cocamar no município
Acima, a estrutura da Cocamar em São Jerônimo
da Ser ra e, embaixo, parte da equipe da unidade
Pá g . 2 4 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Safra de verão
PARA SEMEAR BEM
Há uma série de cuidados importantes a observar antes e durante
a operação para que tudo aconteça da melhor maneira possível
Maringá (PR) I Cleber França – Está chegando a hora. E praticamente às vésperas da semeadura da safra de verão 2012/13, o produtor precisa levar em conta
alguns cuidados básicos quanto a manutenção e o manejo da plantadeira. Tudo
para garantir uniformidade no espaçamento entre as sementes e na profundidade,
e na população ideal de plantas por hectare. As dicas são do instrutor do Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Maurício Aparecido da Silva, o Índio.
1
- O primeiro passo, explica, é consultar o manual de instruções do fabricante, pois cada
máquina requer cuidados específicos.
2
- Com base nisso, não deixe de fazer uma
checagem geral na estrutura e também uma
boa lubrificação antes de semear, operação que
deve ser repetida todos os dias quando a máquina
estiver trabalhando.
3
- Antes de iniciar a regulagem, não esqueça
de que isto precisa levar em conta as variedades escolhidas. Dependendo da variedade e de
suas características, as plantadeiras vão demandar uma regulagem específica. O uso de um
disco inadequado pode ocasionar sementes duplas ou falhas ao semear. De um modo geral,
para sementes chatas e pequenas, use um disco
liso; para as grandes e redondas, um disco rebaixado.
4
- Não deixar de verificar com cuidado os
componentes do dosador de sementes. Selecione o disco e os anéis corretos e observe se há
imperfeições que possam causar danos à semente
ou falhas no plantio.
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 2 5
5
- Avaliar se na velocidade a ser empregada, o
número de sementes dosadas está dentro do
desejável.
6
- Outro detalhe importante: o limitador de
profundidade precisa ser regulado de acordo
com a recomendação agronômica para a variedade a ser semeada e para o tipo de solo. Se a semente ficar na superfície ou muito profunda, isto
pode prejudicar a germinação e a emergência. “O
adubo também deve ficar cinco centímetros, em
média, abaixo ou ao lado da semente”, explica o
instrutor.
7
- O produtor tem que verificar com atenção
as condições das molas e a posição das rodas
compactadoras em V para que a pressão seja
exercida ao lado da semente, evitando compactação da superfície ou a formação de bolsões de
ar.
8
- É preciso, também, manter a pressão adequada dos pneus, sob pena de afetar a distribuição de adubo e semente.
“Não adianta fazer uma
boa manutenção, regular
tudo, mas perder no
manuseio incorreto”
MAURÍCIO APARECIDO DA SILVA,
instrutor do Senar
9
- Atentar, ainda, para os condutores e os
componentes de distribuição da semente e do
adubo; os elementos de corte (disco ou facão)
precisam estar bem afiados, verificando se os
mesmos não estão amassados; veja se as mangueiras de deposição de semente e adubo não
estão amassadas, entupidas ou não encaixadas;
por fim, analise bem as engrenagens e as correntes de transmissão: tudo tem que ficar bem lubrificado e em perfeitas condições de uso.
10
- Na hora de semear, a velocidade deve
ser de 5 km por hora em média e trabalhar com a plantadeira nivelada. “Não adianta
fazer uma boa manutenção, regular tudo, mas
perder no manuseio incorreto”, afirma o instrutor.
11
- Ele ressalta, ainda, a importância de
monitorar periodicamente a semeadura,
cavando o solo na linha para verificar a quantidade de sementes distribuídas por metro, a distância entre elas e a profundidade, bem como
entre elas e o adubo, fazendo imediatamente os
acertos na regulagem.
Almanaque
Pá g . 2 6 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Trava-Língua
Diga rápido
Toco preto,
porco fresco,
corpo crespo
RECEITA
Pudim de milho verde,
a novidade de Vera Lúcia
Tudo que é feito a base de
milho verde, seja doce ou
salgado, a família de Vera
Lúcia Satin Molina, de
Floraí, região de Maringá,
gosta e pede bis. Por isso, o
cardápio é repleto de delícias como bolo, cural, torta,
empadão, sopa e por aí
afora. Sempre atenta às receitas, Vera acaba de acrescentar mais um prato: a do
pudim de milho verde. É
fácil de preparar e o sucesso
é grande junto ao pessoal.
Faça você também.
Abacate
INGREDIENTES
• 4 ovos
• 1 lata de leite condensado
• 1 lata de leite (usar mesma
medida)
• 1 lata de milho verde ou
três espigas
• 1 vidro de leite de coco
(200 ml)
• 1 colher de maizena
Provérbios
PREPARO
Bata tudo no liquidificador e cozinhe em banho
maria por uma hora. Faça a calda com uma xícara de
açúcar derretido. Deixe esfriar antes de desenformar,
e é só servir.
na cabeça!
is
do
e
qu
do
o
eir
rr
te
Mais vale um galo no
ra nem ao lenhad or!
mb
so
a
su
ga
ne
o
nã
A ár vore
pensando ser capim!
me
co
ca
va
a
o
ix
ba
a
Papagaio que vo
Você sabia?
Nativo do México, o abacate
foi introduzido no Brasil no século XIX. Sua fruta em formato
de pêra, é largamente consumida nos países das Américas,
sobretudo como fruta, ao natural, com açúcar, ou utilizado na
preparação de saladas, doces
e sorvetes. A polpa, amarela e
cremosa, é rica em gorduras,
que variam de 16% a 41%; e
em proteínas, presentes em
percentuais maiores do que em
qualquer outro fruto (de 6% a
7%).
A polpa de um abacate fornece, em média, 100g, um número de calorias superior ao de
um bife de carne de vaca. Além
disso, seu baixo teor de açúcar
torna-o particularmente indicado na dieta de diabéticos.
Minhoca, o “intestino da terra”
Há mais de 2.300 anos, o filósofo grego Aristóteles, observando
as minhocas, notou que na sua alimentação e locomoção, elas
transformavam o terreno no qual viviam. A partir de suas observações, chamou-as de “intestinos da terra”. Hoje, sabe-se que
da terra dos jardins, dos campos cultivados e das florestas passa
muitas vezes através do intestino desses importantes anelídeos.
Em sua movimentação, as minhocas revolvem a terra e escavam galerias até uma profundidade de 2 metros, favorecendo a
aeração (oxigenação) do subsolo, tornando o terreno mais poroso e menos compacto. Pode-se dizer, portanto, que as minhocas “aram” a terra, pois misturam os extratos mais superficiais
com outros mais profundos.
• A sensação da picada de um pernilongo é
sempre dada por uma fêmea. Para ela, é um alimento e também uma substância indispensável
à maturação dos ovos.
• Uma galinha quando acompanhada de suas
crias, age para ensinar. Quando ela bica o chão
à procura de alimento, fornece aos pintinhos
um forte estímulo à imitação. Os galináceos sobrevivem catando alimento no chão e essa reação é inata. Mas o exemplo da mãe reforça uma
rápida e eficaz aprendizagem por parte dos filhotes.
O café da variedade
catuaí amarelo,
bonito de ver, tem
aos montes na
propriedade do
cooperado Dirceu
Scerbo em São
Jerônimo da Serra
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 2 7
Pá g . 2 8 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Safra de inverno
Uma das melhores médias
O produtor vem fazendo a parte dele ao caprichar e investir
em tecnologia. E quando São Pedro ajuda, tudo é festa
Região I Da Redação - O produtor brasileiro e da região
ainda têm muito a evoluir em matéria de produtividade de
milho. Quando se compara com as médias obtidas nos Estados Unidos, ficamos ainda distantes.
Contudo, tem havido progressos e a safra de inverno deste
ano é uma demonstração de que a soma de tecnologia adequada e clima favorável impulsionam as médias, pois o agricultor vem fazendo a sua parte.
Média de 200 sacas
por alqueire – 5 mil
quilos por hectare –
faz da “safrinha”
uma “safrona”
Na região da Cocamar, o tempo seco tem facilitado a colheita e segundo o departamento técnico da cooperativa, a
média de produtividade de área colhida é de cerca de 200
sacas por alqueire (5.000 quilos por hectare), entre as mais
altas de todos os tempos.
Em Floresta, município vizinho a Maringá, o engenheiro
agrônomo da Cocamar local, Antônio Claudemir Ramires,
confirma: “É um ano bom, o clima ajudou, não teve geada e
choveu bem”. Como perfeição não existe, o excesso de umidade durante o ciclo ocasionou doenças, principalmente
mancha branca, cercóspora e giberela.
A umidade das lavouras no momento de colher tem sido
outro problema. “Na fase de enchimento de grãos choveu
muito e isso fez com que a planta fechasse o ciclo em 150
dias”, informa Ramires. “A orientação é que os agricultores
colham com umidade abaixo de 23%”.
60
mil toneladas (1 milhão de sacas)
já foram recebidas em São
Jorge do Ivaí, um recorde
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 2 9
Momento de comemorar
Problemas à parte, os cooperados são só sorrisos. Flávio
Haruki Kobata, que cultiva 60 alqueires em Floresta e Ivatuba, terminou a colheita com a média de 275 sacas por
alqueire. “Em alguns talhões, passou das 300 sacas”, comemora.
Cada vez mais interessados em produzir bem, os agricultores capricharam. Kobata investiu em sementes de ciclo
superprecoce de primeira linha, fez tratamento de sementes para prevenção de doenças e insetos, incluindo enraizador e inoculante, aplicou 900 quilos de adubo na base e
200 quilos de ureia em cobertura. E, na fase de pré-pendoamento, não descuidou da aplicação de fungicida, feita
por avião. Como São Pedro foi mais camarada desta vez,
“agora é correr para o abraço”, diz.
Em Doutor Camargo, a média também é estimada em
200 sacas por alqueire. No município houve os mesmo
problemas de doença que Floresta. Em seus 18 alqueires,
Francisco Epifânio Xavier ressalta que a produtividade foi
de 254 sacas por alqueire. “Para completar, o preço está excelente, vamos colocar as contas em dia.”
A previsão da Cocamar é que a produtividade das lavouras, no geral, fique acima de 200 sacas por alqueire. Nos
entrepostos, a entrega da produção exige um trabalho intenso para dar conta dos grandes volumes. Ao final da colheita, a expectativa é receber cerca de 715 mil toneladas,
um recorde.
Preços recordes premiam quem investiu
na produtividade
Safrinha coisa
nenhuma
De acordo com o engenheiro
agrônomo
Emerson Nunes, coordenador técnico de culturas anuais, a operação
vem avançando em
ritmo rápido. Segundo
ele, “Quem investiu em
tecnologia
adequada
para produzir bem está
sendo recompensado”,
justificando que à boa
produtividade se soma o
fator preço, que vem batendo recordes seguidos,
como consequência dos
problemas climáticos no
Meio Oeste dos Estados
Unidos. “Os produtores
daqui estão colhendo
uma safra muito grande,
que não tem nada de ‘safrinha’, como se costumava tratar o milho de
inverno”, finaliza o coordenador.
Pá g . 3 0 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Correção do solo
Cooperado vai poder
pagar calcário em
três anos na Cocamar
Corrigir corretamente o solo, agora, é medida básica e indispensável para que o
produtor invista, a custo baixo, no aumento da produtividade da cultura de verão,
que promete continuar remunerar bem na próxima safra
Maringá (PR) I Da Redação - A soja promete um faturamento bem acima da média dos últimos anos, na próxima safra de verão.
Assim, para que os produtores cooperados possam investir na correção do solo em suas propriedades e, com
isso, oferecer condições básicas para incrementar a produtividade das lavouras, a Cocamar está financiando a
aquisição de calcário com plano de pagamento em três
anos, ou seja, até 2015.
Campanhas como essas são promovidas periodicamente
pela cooperativa, uma vez que os solos de sua região, predominantemente ácidos, exigem que os produtores não
descuidem da correção.
BENEFÍCIOS - "O calcário é um corretivo indispensável",
afirma o engenheiro agrônomo Emerson Nunes, coordenador técnico de culturas anuais. Sua deficiência, explica,
pode impedir que as variedades de grãos desenvolvam
todo o seu potencial produtivo. Segundo ele, entre outros
benefícios, a calagem promove a correção do pH do solo,
a neutralização dos teores de alumínio - melhorando
assim o aproveitamento dos nutrientes e da adubação
com NPK -, fornecer cálcio e magnésio às plantas, favorecer a distribuição do sistema radicular em profundidade
e assegurar melhor resistência aos verânicos.
Ganaza: “O solo precisa receber a dosagem
certa, nem a menos e nem a mais”
A cor reção precisa ser feita mediante análise do solo
DOSAGEM CERTA - O coordenador comercial de Insumos, Geraldo
Amarildo Ganaza, lembra que a correção com calcário exige atenção por
parte do agricultor: “O solo precisa
receber a dosagem certa, nem a menos
e nem a mais”. Para isso, não se pode
deixar de fazer uma correta amostragem do solo, enviando-a para laboratórios confiáveis. "Vale a pena buscar
a orientação de um agrônomo ou técnico da Cocamar para fazer bem
feito", cita Ganaza.
Segundo ele, o produtor se vê diante
de um momento ideal na agricultura
e, diante disso, vale a pena investir
para produzir mais. "Os cooperados
têm investido em tecnologias e bons
materiais para produzirem bem e uma
correta calagem traz reflexos imediatos na produtividade", afirma.
O coordenador insiste que os produtores atentem para a correção, que
pode ser feita sem correria após a colheita do milho, preocupando-se em
adquirir um calcário de qualidade. E
acrescenta: "Investir no aumento da
produtividade, aos preços praticados
atualmente, vale qualquer esforço e a
Cocamar está oferecendo uma campanha em condições facilitadas de pagamento".
A orientação dele é que os cooperados tomem providências imediatamente e procurem suas unidades
operacionais para fazer a aquisição de
calcário, "aproveitando um plano de
financiamento concedido pela Cocamar e que oferece condições vantajosas", finaliza.
Previna-se
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Pá g . 3 1
Antes de segurar a lavoura,
informe-se com um especialista
O problema não está nas várias opções oferecidas pelo mercado e, sim, na contratação equivocada, que pode tirar
o direito de o produtor ser indenizado. Tudo precisa estar de acordo com o zoneamento agrícola
Maringá (PR) I Da Redação - São várias as opções de seguro agrícola à disposição do agricultor
para a safra 2012/13.
De acordo com o engenheiro agrônomo Leandro Guedes, profissional da Unicampo que presta
atendimento na Unidade Maringá da Cocamar,
o produtor que utiliza recursos do crédito rural
pode escolher entre o Proagro e outros oferecidos
pelo sistema financeiro, como o Seguro Safra Garantida, do Sicredi, e o Aliança, do Banco do Brasil. Se ele usar recursos próprios, não haverá
problema algum em segurar sua lavoura.
Quanto ao Proagro, Guedes ressalta que o teto
de cobertura subiu de R$ 150 mil para R$ 300
mil a um custo que caiu de 3,9% para 3,0%. Ele
lembra que o governo federal está incentivando o
seguro rural e, para isso, anuncia R$ 400 milhões
para o programa de subvenção do prêmio. A
orientação do agrônomo é que os produtores interessados no Seguro façam a contratação sem
muita demora, antes do plantio, uma vez que o recurso destinada a subvenção pode esgotar-se.
CUIDADO - Mas apenas fazer o seguro, sem o devido conhecimento de algumas particularidades,
pode não garantir a cobertura, adverte Guedes.
Segundo ele, “é de extrema importância que o
agricultor busque informações junto a um engenheiro agrônomo especializado nessa área”. A explicação é que a contratação desse tipo de seguro
precisa atender a alguns critérios. É preciso saber,
por exemplo, se o município onde se localiza a
propriedade, as variedades utilizadas, o tipo do
solo e a época de plantio estão previstos no zoneamento agrícola. Se algumas dessas exigências não
se enquadrar, o produtor corre o risco de não ter
direito a uma eventual indenização.
Todo cuidado é pouco
“Como a agricultura é uma atividade desenvolvida a céu aberto
e, por isso, convivendo com a incerteza do sucesso devido às variações climáticas, todo cuidado é pouco”, afirma o agrônomo
Leandro Guedes.
Além da contratação do seguro, ele chama atenção para a necessidade de o produtor adotar práticas que ajudem a minimizar
os riscos de perdas no campo. Entre elas, o uso de espécies vegetais mais adaptadas à região, a rotação de culturas e o escalonamento de plantio para cultivos anuais, entre outras.
400
milhões de reais é quanto
o governo federal está
destinando para a subvenção
do prêmio este ano
Pá g . 3 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Ag o s t o 2 0 1 2
Família do Campo
Os Navarro: em Pitangueiras
desde o desbravamento
Eles prosperaram na agricultura a custa de muito trabalho e, ainda hoje, todos os filhos
de dona Maria se mantêm nessa atividade. Vale a pena conhecer sua história
Pitangueiras (PR) I Marly
Aires - Aos 90 anos, depois de uma vida inteira na
labuta, dona Maria Joana
Sanches Navarro, de Pitangueiras, ainda faz questão de cuidar da casa, da
horta e da criação. Apesar
da “vista curta”, ela se
apoia na bengala e sai caminhando pelo sítio. Ficar
quieta? Nem pensar. Dona
Maria é o símbolo de uma
geração devotada inteiramente ao trabalho e que
está naquele município
desde o seu início.
Ela se recorda que quando precisava buscar água, a
200 metros de casa, trazia
20 litros nas mãos e 10
equilibrados na cabeça. Sacrifício? Que nada. A
jovem, os pais e sete irmãos
pulavam cedo da cama e
percorriam longos trechos
no meio do mato até o roçado. A vida era assim.
Como as terras da família eram poucas e havia
Dona Maria e parte da família: no início, muitas dif iculdades
muita gente para alimentar, todos saíam pela vizinhança para trabalhar. A
filha preparava as refeições e montava as marmitas. Só voltaram para casa
ao escurecer, onde ainda
tinha muito serviço esperando.
A família veio de Bocaína
(SP), pouco tempo antes
dos familiares de seu André, o futuro esposo de
Maria, na década de 1940.
Na época, a cidade estava
começando. Eles chegaram
trazendo mudança, gado,
burros, carroça e tudo mais
embarcado no trem, acompanhados de outras famí-
lias que vinham para o Paraná, atraídas pelo sonho de
fazer a vida. Trouxeram
consigo tudo que tinham
conseguido juntar trabalhando como colonos no
Estado de São Paulo.
Do carroção ao caminhão
“A vida era assim”,
diz a senhora, cheia
de recordações
Dona Maria lembra que a rotina no início
era derrubar o mato, limpar e plantar café. As
sementes eram jogadas aos punhados nas
covas. Das que vingavam, só quatro ficavam
em cada cova, que eram cuidadosamente cobertas com pedaços de madeira em forma de
casinha para que o sol não judiasse. Com o
passar do tempo, as tabuinhas eram retiradas
aos poucos, até livrar completamente as plantas. E as pequenas mudas não tinham que ser
protegidas somente do sol e da geada. De vez
em quando, chovia pesado e os pés de café
precisavam ser desenterrados um a um, apenas usando as mãos, para não danificar as
plantas.
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 3 3
Já casada com André, nos primeiros cinco
anos o sustento da família veio do arroz,
milho e feijão plantados no meio do cafezal,
bem como das criações e do que eles faturavam fazendo frete com carroça. Com o carroção puxado por cinco burrinhos, o marido
ia a pé, conduzindo os animais, até Arapongas, distante 30 quilômetros. Sob chuva ou
sol, as rodas duras do carroção sempre atolavam no caminho, na lama ou nos bancos de
terra fofa.
A primeira safra realmente boa de café só
veio em 1955. Com o dinheiro, eles compraram um caminhão Chevrolet 1951.
“Era usado tanto para puxar café e esterco
como para passear. Todos subiam em cima
e iam embora, uma alegria só”, conta dona
Maria.
Sempre diversificando os negócios
A partir do café plantado inicialmente em meio às culturas de subsistência, a família diversificou os negócios à medida que aumentava suas
terras. Além do café, eles mantêm cultivo de soja, criação de gado de leite e
corte, granja de frango e bicho-daseda. “Não pode ter só uma cultura. Se
der para trás, fica sem nada. Se tem
outra opção, dá para sobreviver”, diz
dona Maria, do alto de sua experiência
e sabedoria.
Por uns tempos, os Navarro chegaram
a investir na região de Paranavaí, comprando áreas de mato fechado, cortando e vendendo a madeira e plantando café, isto ainda no final da década de 1950. Não demorou muito
para descobrirem que não seria um
bom negócio. A terra arenosa formava
muito “corredor de água”, a geada castigava o cafezal e os 46 alqueires se
transformaram em pasto. Ali eles permaneceram por 11 anos.
O casal teve sete filhos: Augusto, Isabel,
Antonia, João, André, Antonio e José, que seguiram o trabalho na agricultura. Deles nasceram 17 netos e 11 bisnetos.
Quando André faleceu, em 1999, a família ainda estava toda junta tocando 70 alqueires. Atualmente, os irmãos possuem
um total de 190 alqueires, mas cada um
toca a sua parte, morando todos próximos
um do outro.
Maria e André
(já falecido) tiveram
sete f ilhos
Festança não faltava
O terreirão de café dos Navarro viu muita festança. Nos casamentos e aniversários, armavam barraca e com espetos de bambu assavam carne na
vala, coisa bonita de ver. A vizinhança toda da Água
Pimpinela vinha ajudar. Missa e terço eram rezados
todo santo mês, enquanto o campo de futebol ficava sempre cheio. Aos poucos, entretanto, a população foi diminuindo até esvaziar. Os tempos são
outros.
Os bons vizinhos eram maioria, mas também
havia quem só quisesse aproveitar. Quando os Navarro, na década de 1970, formaram uma boa varada de porcos, buscaram apoio junto a um
conhecido para levar os animais até Arapongas para
fazer a venda. No dia seguinte, de olho na bolada
que viu André receber, o tal sujeito voltou à propriedade, de fininho, na tentativa de pegar a grana.
Como o produtor tinha ido a negócios para Paranavaí, e carregado consigo o dinheiro, o homem, pra
não perder a viagem, levou o caminhão da família,
roupas e objetos. O veículo foi recuperado mais
tarde, batido. E que castigo: só descobriram quem
foi o ladrão depois que ele foi preso, por um outro
motivo, e os documentos estavam em seu bolso.
Quando se lembra dessa história, dona Maria dá
uma risada. “Vida honesta é a melhor coisa, a gente
tem que deixar uma boa lembrança”, finaliza.
Não pode
ter só uma
cultura.
Se der para
trás, fica
sem nada”
DONA MARIA
Pá g . 3 4 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Ag o s t o 2 0 1 2
Insumos
Cocamar lança campanha
de vendas para a
safra de milho 2013
Compras podem ser feitas até
12 de setembro em condições
vantajosas, segundo a
cooperativa, lembrando que
o momento para comprar
é dos mais favoráveis
para o produtor
Maringá (PR) I Da Redação - Os cooperados
da Cocamar nem terminaram a colheita e já
estão planejando a safra do próximo ano. Para
isso, eles têm a oportunidade de antecipar, em
condições vantajosas de pagamento, a compra
de insumos para a safra de milho de inverno
de 2013.
Uma campanha acaba de ser lançada pela cooperativa e segundo o gerente comercial de Insumos João Carlos Ruiz, a previsão é repetir o
desempenho da campanha de verão deste ano,
cujos resultados, segundo ele, foram além das
expectativas. “O momento para comprar é excelente e o produtor está pedindo para fazêlas com antecipação, a exemplo do que ocorreu
com a soja”, afirma Ruiz. Os negócios começaram a ser efetuados no último dia 18 e o
prazo vai até 12 de setembro.
Para o coordenador comercial de Insumos,
Geraldo Amarildo Ganaza, o cooperado tem
a oportunidade de fazer a compra em um momento muito bom de mercado para o milho.
Ele sugere uma conversa com o gerente ou o
técnico da unidade de atendimento no sentido
de garantir os seus insumos e, também, explorar o maior potencial possível de produtividade
de sua lavoura.
O também coordenador comercial de Insumos, Fausto Piovan, observa que não há tempo
a perder e, se deixar para negociar depois, o
agricultor corre o risco de não ter os produtos
que deseja, uma vez que as empresas fornecedoras estão muito pressionadas em razão da
estimativa de crescimento das áreas de plantio.
“Pode faltar sementes e todos os demais insumos”, adverte.
“SAFRONA” - Pensar com cuidado na safra de
milho de inverno é indispensável, afirma o
pesquisador da Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz, Antonio Luiz Fancelli. No
dia 18, ele se reuniu com gerentes e técnicos
da cooperativa, em Maringá, para lembrar que
não se pode mais falar em “safrinha” e, sim, em
“safrona”. “O milho tem um potencial de produção espetacular, é altamente responsivo em
produtividade”, disse Fancelli. Fancelli citou
estudos realizados pela Universidade de Wisconsin (EUA) dando conta que o potencial
para o milho pode chegar a 38 mil quilos por
hectare. Nas condições brasileiras, regiões de
clima parecido com o do norte do Paraná, caso
de Jataí (GO), já colhem 147 sacas por hectare
(quase 9 mil quilos por hectare). “Portanto, não
é exagero afirmar que podemos chegar aqui a
uma média de 6,5 mil a 8,5 mil quilos por hectare”, comentou o especialista.
De acordo com Fancelli, há alguns detalhes
que precisam merecer a atenção do produtor,
como o enchimento pleno da espiga. O que
geralmente fica faltando no bico da espiga,
algo em torno de 8 a 10 gramas, pode representar 600 quilos a menos em um hectare, “ou
seja, dinheiro a menos no bolso”.
A distribuição espacial das plantas, a veloci-
Ag o s t o 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a ma r - Pá g . 3 5
dade correta da semeadura, a uniformidade da
emergência, a boa formação de raízes, a nutrição, os tratos culturais, “tudo está na mão do
agricultor”, ressalta o pesquisador, lembrando
que só o clima não pode ser dominado.
CUIDAR – Outro cuidado importante, segundo
Fancelli, é a proximidade do fertilizante em relação à semente. “O fertilizante, por conter cloreto de potássio, precisa ficar a uns 3 cm da
semente. Se encostar, pode matá-la em razão
da salinidade”, alertou. O uso dos hormônios
giberelina, auxina e citocinina é também importante, lembrando que a bactéria “Azospirillum brasiliense”, presente na inoculação de
sementes, fixa nitrogênio no sistema e libera
substâncias promotoras do crescimento das raízes. Ainda sobre o nitrogênio (N), o pesquisador disse também que a adubação de cobertura
“é um novo salto que a Cocamar precisa conseguir”. Ele recomenda a aplicação de 50 quilos
de N por hectare em cobertura, aconselhando
que no arenito isto seja feito em duas parcelas.
“Não se pode esquecer, ainda, do percevejo barriga verde, um problema sério no milho de inverno”, comentou Fancelli, que chamou a
atenção também para a necessidade de garantir
a sanidade do colmo. “Um colmo bem formado
vai ajudar a planta a encher os grãos.”
Por fim, o especialista da Esalq ressaltou a
necessidade de controle das doenças, entre as
quais as ferrugens, que podem ocorrer cedo.
“Com um por cento apenas, de severidade,
pode haver uma perda de 60 quilos por hectare”, ressaltou. E disse que o uso de fosfito e
fungicida têm trazido bons resultados.
Fancelli: “A falta de sementes no bico
da espiga pode representar uma perda
de 600 quilos por hectare”
O lançamento da
campanha no último
dia 18: “O momento
para comprar é
excelente e o produtor
está pedindo para
fazê-las com
antecipação, a
exemplo do que
ocor reu com a soja”,
af irmou o gerente
comercial de Insumos,
João Carlos Ruiz
Cooperados de Sertanópolis, acompanhados de suas
esposas, em recente visita às instalações da Unidade
Maringá, onde foram recebidos pelo gerente João
Carlos de Souza
O cooperado Cisto Pozza e sua esposa Maria
Neci comemoram aniversário de casamento
durante a celebração da Missa do Agricultor,
no f inal de julho
Fotos: Lourenço Gonçalves
Geral
Pá g . 3 6 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Ag o s t o 2 0 1 2
Arquimedes Alexandrino, superintendente de
Operações da Cocamar, com o diretor de redação
da Revista Globo Rural, Bruno Blecher
A LOGO DOS 50 ANOS DA COCAMAR – que serão comemorados em março de
2013 – é uma criação do artista plástico Reynaldo Costa, um dos mais
antigos colaboradores da cooperativa, o mesmo que responde pela
organização do Acervo Histórico.
Dias de campo sobre milho
CIANORTE - Em parceria com a Agroceres, a Cocamar promoveu evento na
propriedade de Luiz Henrique Pedroni . Além de avaliar as variedades, os
produtores participantes receberam orientações sobre manejo.
JAPURÁ (1) – Com os parceiros Pioneer, Syngenta, Morgan, Coodetec e
Spraytec, a cooperativa organizou uma tarde de campo na propriedade do
cooperado Arlindo Donizete Piccioli. Em pauta, tratamento de sementes,
controle de ervas daninhas e doenças, nutrição de plantas e híbridos.
JAPURÁ (2) – Cocamar e Agroceres juntas no dia de campo nas propriedade
das família Michelan e Peres, quando foram abordados assuntos relacionados a híbridos, adubação de cobertura e fungicidas.
JAPURÁ (3) – Com a Morgan, a cooperativa fez outro dia de campo, desta
vez nas terras da família Antoniassi, para abordar assuntos relacionados a
doenças e híbridos.
BELA VISTA DO PARAÍSO – A 1ª Noite de Campo sobre milho aconteceu
na propriedade do cooperado Carlos Rizzo, reunindo cerca de 300 partici-
O tema “Integrando ações” reuniu participantes
do Núcleo Feminino da Comunidade Guerra, em
Maringá, no dia 13 de agosto, para uma palestra
com Manoel Teixeira Júnior, da consultoria AME,
com acompanhamento da colaboradora Ângela
Maria de Oliveira, da Unidade Maringá
pantes. A iniciativa da Cocamar e parceiros arrecadou 200 quilos de alimentos não perecíveis, entregues pelo gerente Marco Antonio de Paula ao
Lar Jayme Watt Longo.
LONDRINA (1) - Um dia de campo com a participação da parceira Geneze,
a apresentação da tecnologia do consórcio milho e braquiária. O evento foi
realizado na propriedade do cooperado Wilson Pan, na Estrada Limoeiro.
LONDRINA (2) - Mais um dia de campo aconteceu na propriedade do cooperado José Roberto Marcolino, reunindo produtores de Londrina e Serrinha, quando foram debatidos vários assuntos.
ARAPONGAS – Cocamar e Agroeste organizaram dia de campo na propriedade do cooperado Rodrigo Martins Ribeiro, com uma confraternização,
em seguida, na sede do cooperado Nelson Bordignon.
SERTANÓPOLIS - Inoculação, fosfito e o portfólio do fornecedor Stoller
foram os temas de um dia de campo promovido por Cocamar e Stoller na
propriedade da Família Faquini.

Documentos relacionados

Apresentação 1 - Cocamar Jornal De Serviço

Apresentação 1 - Cocamar Jornal De Serviço Os trabalhos desenvolvidos com o consórcio de braquiária e milho mostram: a palha deixada no solo faz toda a diferença em anos mais secos e desta vez não foi diferente. “A braquiária ajudou a mante...

Leia mais

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço causaram danos. A família do cooperado Antônio José Mulati, que cultiva 320 alqueires nos municípios de Ourizona e São Jorge do Ivaí, reiniciou a colheita depois da chuvarada e a produtividade esta...

Leia mais

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço Volume exportado em maio foi recorde. Diante da quebra de safra no mundo, compradores aceleraram os negócios São Paulo (SP) I Da Redação - Em maio, o Brasil exportou um volume recorde de soja, apro...

Leia mais

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço Em Floresta, próximo a Maringá, a soja apresentava bom desenvolvimento no dia 20/11

Leia mais

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço Pá g . 1 0 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Se t e m b ro 2 0 1 3

Leia mais

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço Pá g . 1 0 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - M a rç o 2 0 1 3

Leia mais

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço

Versão em PDF - Cocamar Jornal De Serviço No v e m b ro 2 0 1 2 - J orna l de Se rv i ç o Coc a m a r - Pá g . 1 3

Leia mais