celiotomia – protocolo de tratamento para testudines
Transcrição
celiotomia – protocolo de tratamento para testudines
CELIOTOMIA – PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA TESTUDINES 1 1 1 1 Lemos, G.G.1, Kawanami, A.E. , Oliveira, J.P. , Sanches, T.F. , & Werther, K. FCAV - UNESP, Jaboticabal, São Paulo, Brasil. [email protected] 1 Dentre os répteis atendidos pelo Serviço de Medicina de Animais Selvagens do Hospital Veterinário da FCAV-Unesp nos últimos 20 anos, a ordem Testudines foi a de maior ocorrência. A identificação radiográfica de corpos estranhos (CE) em trato gastrointestinal e presença de ovos com características incompatíveis com a postura normal (retenção de ovos) foram afecções frequentes. De 2008 a 2013 de um total de 149 Testudines atendidos, 12,08% (18/149) apresentaram CE e 7,38% (11/149) retenção de ovos. Nos casos que o tratamento clínico não foi efetivo foi realizada a celiotomia. Após indução anestésica com propofol (5mg/kg, IV, dose/efeito) seguiuse com manutenção anestésica com isoflurano (via sonda endotraqueal). Durante a anestesia foi necessário ventilar o animal, pois, por questões anatomofisiológicas, a ocorrência de apneia nesses pacientes é comum. Com o testudine em decúbito dorsal realizou-se antissepsia e corte no plastrão com máquina serra ou microretífica, sendo, o local e dimensão da abertura, mensurados previamente com base no exame radiográfico. Durante a osteotomia, irrigou-se a área de corte com solução fisiológica 0,9% para evitar o aquecimento excessivo do osso e promover a retirada dos fragmentos ósseos que se formassem. Após a osteotomia, a “janela” óssea foi elevada e removida, o que possibilitou visualizar a musculatura e a membrana celomática, a qual foi incisada medial e longitudinalmente entre as veias abdominais. Ao final da cirurgia a membrana celomática foi suturada e o fragmento ósseo, que no trans-cirúrgico foi mantido em solução fisiológica 0,9%, foi reposicionado e colado. Após a cirurgia foi realizada analgesia e antibioticoterapia. A celiotomia é uma técnica importante, pois o procedimento muitas vezes é alternativa única em casos de remoção de corpos estranhos grandes e de remoção de ovos já calcificados, e em casos em que não haja possibilidade de realizar cirurgias minimamente invasivas, como a videocirurgia por acesso inguinal.