TCC - Janice
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0 UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS JANICE FERREIRA PROPOSIÇÃO DE MELHORIA PARA ATENDIMENTO AO CLIENTE, DENTRO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NA CIDADE DE CAÇADOR–SC CAÇADOR 2007 1 JANICE FERREIRA PROPOSIÇÃO DE MELHORIA PARA ATENDIMENTO AO CLIENTE, DENTRO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NA CIDADE DE CAÇADOR–SC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para obtenção do título de Bacharel em Administração, do curso de administração, ministrado pela Universidade do Contestado campus Caçador, sob a orientação da professora Andrea Simone Machiavelli Pontes. CAÇADOR 2007 2 PROPOSIÇÃO DE MELHORIA PARA ATENDIMENTO AO CLIENTE, DENTRO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NA CIDADE DE CAÇADOR–SC JANICE FERREIRA Este Trabalho de Conclusão de Curso foi submetido ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para obtenção do Título de: Bacharel em Administração E aprovado na sua versão final em 06 de dezembro de 2007, atendendo às normas da legislação vigente da Universidade do Contestado e Coordenação do Curso de Administração. ____________________________________ Paulo Cezar de Campos BANCA EXAMINADORA: ___________________________________ Andrea Simone Machiavelli Pontes ____________________________________ Kelson Martins Fernandes ____________________________________ Ademar J. e Oliveira Godoy 3 Aos meus pais: de vocês recebi o dom mais precioso do universo: a vida. Mas vocês não se contentaram em presentear-me apenas com ela. Revestiram minha existência de amor, carinho e dedicação. Cultivaram na criança todos os valores que a transformaram num adulto responsável, consciente. Abriram a porta do meu futuro, iluminando meu caminho com a luz mais brilhante que puderam encontrar: o estudo. Não foram apenas pais, mas amigos e companheiros, mesmo nas horas em que meus ideais pareciam distantes e inatingíveis e o estudo um fardo pesado demais. Tantas foram as vezes que o meu cansaço e preocupações foram sentidos e compartilhados por vocês, numa união que me incentivava a prosseguir. Procuro entre as palavras aquela que gostaria que seus corações ouvissem. E só encontro uma simples e sincera palavra: Obrigada. 4 AGRADECIMENTOS Muitas são as pessoas que fazem parte dos nossos dias. Pessoas são milagres que iluminam os caminhos. DEUS, nossos pais, nossos filhos, professores, colegas, amigos... Cada um do seu jeito marcou cada momento de nossa trajetória e agora queremos lembrá-los com carinho. A Deus em quem confio e é fonte de todos os nossos méritos, que me iluminou nesta jornada e esteve presente em todos os momentos, dando a coragem para lutar, rompendo obstáculos em busca de meus objetivos. Aos meus pais por ter me dado o dom mais precioso do universo: a vida. Ensinando–me a vivê-la com dignidade. Pelo amor com que me educaram e, que confiaram em mim. Aos meus filhos Gustavo e Caroline razões da minha luta, pelo amor e carinho que sempre me dedicaram. A todos os professores, amigos que me auxiliaram de certa forma nesta caminhada. 5 “O futuro pertence àqueles que vêem as possibilidades antes que elas se tornem óbvias e efetivamente reúnem recursos e energias para conquistá-las ou evitá-las” Theodore Levi 6 RESUMO Este trabalho teve como objetivo geral identificar a eficiência e eficácia dos serviços prestados por uma Instituição Financeira situada na cidade de Caçador, Santa Catarina. Em sua estrutura metodológica, utilizou-se da pesquisa qualitativa e quantitativa, assim como, das pesquisas bibliográfica, descritiva e exploratória. A técnica da coleta de dados foi feita por meio de observações, questionário, instruções e normas da empresa, bibliografias especializadas, revistas, apostilas e internet. Para a análise e interpretação dos dados, utilizou-se do método de abordagem e descritivo. Ao se analisar a competitividade do mercado, sabe-se que a organização que deseja alcançar seus objetivos em relação ao aumento de seus níveis de eficiência e eficácia deve buscar padrões de excelência e adequação de seus processos, visando desta forma, o melhor atendimento ao cliente, a melhor capacitação de seu quadro funcional, garantindo a satisfação de sua clientela e a competitividade. A qualidade no atendimento deve ser focalizada na satisfação do cliente e, para tanto, faz-se necessário contar com uma equipe comprometida com os mesmos, pois, além da necessidade de se usar de tecnologias para aprimorar os processos, é necessário enfocar o relacionamento com os clientes. É neste aspecto em que todos os valores adicionais, incluindo os comportamentais vêm a pesar nos negócios e nas tomadas de decisões. A qualidade está acima do que se produz adequadamente, pois, depende do entusiasmo, deixando de ser um diferencial para tornar-se uma obrigação, onde se deve buscar cada vez mais benefícios aos clientes, a valorização do atendimento com qualidade, a superação de suas expectativas, a agregação de valores que visem atendê-lo da melhor maneira possível e, finalmente, ressaltando o que a empresa estabelece. Neste trabalho procurou-se avaliar o posicionamento da instituição pesquisada em relação à qualidade do atendimento e dos serviços prestados em relação às necessidades dos clientes, o comportamento da equipe que dá suporte para que o atendimento seja eficaz. Finalmente, foram apresentadas neste trabalho algumas sugestões que poderiam auxiliar a referida instituição a aumentar seus níveis de eficiência e eficácia em relação a qualidade no atendimento, visando a satisfação de seus clientes . Palavras-Chave: Qualidade, comportamentos e satisfação. 7 ABSTRACT The general objective of this study was to identify the efficiency and efficacy of the services provided by a Financial Institution located in the city of Caçador, Santa Catarina. In its methodological structure, a qualitative research was made, as well as bibliographical, descriptive and exploratory researches. The technique of the collection of data was made through observation, questionnaire, instructions and norms of the company, specialized bibliographies, magazines, study notes and Internet. For the analysis and interpretation of the data, the approach and description methods were used. When analyzing the market’s competitiveness, it was found that the organization that desires to reach its objectives in relation to the increase of its levels of efficiency and efficacy must search standards of excellence and adjustment of its processes, in this direction, the best attendance to the customer, the best qualification of its functional staff, guaranteeing the customer’s satisfaction and the competitiveness. Quality of attendance must be focused on the customer’s satisfaction and so, it is necessary to count on a team engaged with them, therefore, beyond the necessity of using technologies to improve the processes, it is necessary to focus on the relationship with the customers. It is in this aspect where all the additional values, including the conduct ones have an influence on businesses and the making of decisions. Quality is more important than being produced adequately, therefore, it depends on the enthusiasm, not only being a differential but becoming an obligation, where it is necessary to search any time for more benefits to the customers, the valuation of the quality attendance, the overcoming of its expectations, the aggregation of values that aim serving them in the best possible way and, finally, standing out what the company establishes. In this study, it was attempted to evaluate the positioning of the institution searched in relation to the quality of the attendance and the services provided, related to the customer’s necessities. The behavior of the team that provides the support for an efficacy attendance. Finally, there have been presented in this study some suggestions that could assist the above-mentioned institution to increase its levels of efficiency and efficacy in relation to the quality in the attendance and the analyses of credit, aiming not only the satisfaction of the customers but also the yield of the institution on its negotiations. Key-words: Quality, behavior and satisfaction. 8 LISTA DE FIGURAS Figura1 - Qualidade total dos serviços ...............................................................47 9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Competência dos Funcionários.......................................................... 57 Gráfico 2 – Disposição dos Funcionários ............................................................. 58 Gráfico 3 – Confiança/Segurança/Credibilidade................................................... 59 Gráfico 4 – Atendimento Individualizado .............................................................. 59 Gráfico 5 – Instalação Física e Visual da Instituição ............................................ 60 Gráfico 6 – Receptividade .................................................................................... 61 Gráfico 7 – Informação e Comunicação Precisas ................................................ 62 Gráfico 8 – Conhecimento dos Funcionários........................................................ 63 Gráfico 9 – Responsabilidade dos Funcionários .................................................. 63 Gráfico 10 – Agilização nas Operações ............................................................... 64 Gráfico 11 – Orientação e Direcionamento .......................................................... 65 Gráfico 12 – Produtos e Serviços Oferecidos....................................................... 66 Gráfico 13 – Tempo de Espera para o Atendimento ............................................ 67 Gráfico 14 – Atitude dos Funcionários e Gerentes............................................... 68 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................12 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA.......................................................................12 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................13 1.3 OBJETIVOS .................................................................................................13 1.3.1 Objetivo Geral ...........................................................................................14 1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................14 1.4 JUSTIFICATIVA ...........................................................................................14 1.5 ESTRUTURA CAPITULAR ..........................................................................15 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................17 2.1 ANÁLISE INTERNA .....................................................................................17 2.1.1 Forças e Fraquezas ..................................................................................17 2.1.1.1 Pontos fortes ..........................................................................................18 2.1.1.2 Pontos fracos .........................................................................................19 2.1.2 Análise Estratégica Baseada em Recursos...............................................19 2.2 QUALIDADE NOS SERVIÇOS ....................................................................20 2.2.1 Conceito ....................................................................................................20 2.2.1.1. Qualidade como indicador.....................................................................20 2.2.1.2 Qualidade sob a ótica do consumidor ....................................................21 2.2.1.3 Qualidade no atendimento .....................................................................22 2.2.1.4 Qualidade como nível de excelência ......................................................23 2.2.1.5 Qualidade como melhoria.......................................................................24 2.2.1.6 Qualidade como satisfação do cliente ....................................................24 2.2.1.7 Qualidade como um diferencial ..............................................................25 2.2.1.8 Qualidade como instrumento de avaliação.............................................26 2.2.1.9 Qualidade no serviço bancário ...............................................................27 2.2.2 Papel que deve ser Desempenhado pelas Instituições Financeiras para a Excelência no Atendimento ................................................................................28 2 3 RECURSOS HUMANO NA QUALIDADE DE SERVIÇOS ...........................30 2.3.1 Gerenciamento Através de Departamentos de Recursos Humanos .........31 2.3.2 Comportamento Gerencial e o Fator Humano...........................................31 2.3.3 Elemento Básico como Guia para Estabelecer o Comportamento Gerencial Adequado ...........................................................................................................32 2.4 MONITORANDO DESEMPENHO PARA QUALIDADE E MELHORIA DE SERVIÇO ...........................................................................................................34 2.4.1 A Importância das Pessoas na Realização dos Serviços..........................34 2.4.2 O gerenciamento do Comportamento Humano.........................................35 2.4.3 Ação Gerencial Contribuindo para o Desempenho de Qualidade .............35 2.4.4 Critérios que devem ser Utilizados para Melhorar os Serviços .................36 2.4.5 Critérios para Obtenção da Qualidade ......................................................42 2.5 ESTRATÉGIAS PARA A MELHORIA DOS PROCESSOS ..........................44 2.5.1 Etapas para os Processos de Melhorias ..................................................44 2.5.2 Estratégia para Melhoria Contínua............................................................48 2.5.3 Envolvimento da Liderança no Processo da Melhoria ..............................49 11 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................51 3.1 NATUREZA DA PESQUISA.........................................................................51 3.2 MÉTODO DA PESQUISA ............................................................................52 3.3 UNIVERSO DA PESQUISA .........................................................................53 3.4 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS ..........................................................53 3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS.......................54 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO .....................................................................55 4.1 ANÁLISE DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO E DOS SERVIÇOS PRESTADOS EM RELAÇÃO À NECESSIDADE DO CLIENTE. .......................55 4.2 MOTIVAÇÃO, COMPORTAMENTO E ATITUDES DOS FUNCIONÁRIOS PARA UM EXCELENTE RESULTADO..............................................................70 4.3 PROPOSTA DE AÇÃO ................................................................................71 4.3.1 Reestruturação da Estrutura Física ...........................................................72 4.3.2 Suporte Operacional..................................................................................73 4.3.3 Flexibilizar o Atendimento .........................................................................73 4.3.4 Criação do Caixa Retaguarda ...................................................................75 4.3.5 Reuniões Periódicas .................................................................................76 4.3.6 Capacitação Interpessoal ..........................................................................77 4.3.7 Capacitação em Vendas ...........................................................................77 4.3.8 Normalização do Atendimento ao Telefone...............................................78 5 CONCLUSÃO .................................................................................................80 REFERÊNCIAS .................................................................................................83 ANEXO ..............................................................................................................87 12 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho será desenvolvido nas seguintes etapas: apresentação do tema, problematização, objetivo geral, objetivos específicos, justificativas e estrutura capitular. 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA Diante do surgimento de novos concorrentes, o mercado de um modo geral se mostra competitivo, agressivo nas ações de vendas de produtos e serviços, e torna cada vez mais importante a conquista de novos clientes e a fidelização dos atuais. A grande aldeia dos negócios e o cliente exigente fazem com que as empresas nem sempre saibam de onde virá o próximo concorrente e, devido a isso, é que as empresas estão se voltando aos clientes, buscando identificá-los e conhecê-los para poderem interagir diretamente às suas necessidades e aos seus desejos. A empresa que oferecer um atendimento com qualidade melhor que a do concorrente, criará um forte diferencial competitivo, pois, não basta ter produtos de qualidade, mas junto, um atendimento eficaz aos clientes, buscando a satisfação dos mesmos, com foco e atenção às necessidades atuais e futuras. Os fatores, preço e qualidade do produto tornam-se uma obrigação, e a qualidade no atendimento se tornou um diferencial fundamental para o crescimento da empresa para se destacar frente à concorrência. A Instituição Financeira, situada na cidade de Caçador-SC, constitui-se de um agente financeiro que procura promover o desenvolvimento econômico e social, buscando prestar serviços com excelência, ser um banco público e rentável, sólido e competitivo. Por ser o maior banco público do Estado do Rio Grande do Sul, tem por obrigação ser uma empresa eficaz e gerar resultados positivos, vendendo produtos e prestando serviços com qualidade e bom atendimento. 13 Através da presente pesquisa, buscar-se-á avaliar a qualidade do atendimento dos serviços prestados pela Instituição acima citado, visando se propor meios que a auxiliam a alcançar suas metas institucionais, com o adequado cumprimento de sua política, que se constitui da busca pela excelência na prestação de serviços e de atendimento ao cliente, sendo que para tanto, são necessários diversos fatores, tais como: a venda do produto adequado à necessidade do cliente, administração, planejamento, equipe comprometida, visando desta maneira a satisfação de seus clientes. 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO Devido à necessidade de fidelização dos clientes nas Instituições Financeiras, faz-se necessário a melhoria constante dos setores que prestam o atendimento aos mesmos, objetivando assim, o alcance da satisfação e a conseqüente fidelização dos clientes. A empresa objeto deste estudo busca a melhoria do atendimento, a qualificação das pessoas que trabalham na organização para que, através do conhecimento das normas internas e dos próprios serviços oferecidos, haja a eficácia do atendimento prestado, objetivando assim, a conquista da clientela, pois, tal como as demais instituições, tem por obrigação ser eficaz e gerar resultados positivos, vendendo produtos e prestando serviços com qualidade. Diante do exposto, indaga-se: Quais as estratégias que podem ser utilizadas pela Instituição Financeira para que possa obter maior eficácia nos serviços prestados e excelência no atendimento? 1.3 OBJETIVOS Neste subcapítulo serão tratados o objetivo geral e os objetivos específicos. 14 1.3.1 Objetivo Geral Propor ações estratégicas para uma Instituição Financeira situada na cidade de Caçador-SC para que haja excelência e eficácia no atendimento. 1.3.2 Objetivos Específicos Para atingir o objetivo geral, o mesmo será desenvolvido em quatro partes: ● Levantar através de literatura especializada assuntos cuja abordagem seja a excelência e eficácia no atendimento. ● Analisar a qualidade do atendimento e dos serviços prestados em relação à necessidade do cliente; ● Averiguar a motivação dos funcionários, identificando o comportamento e atitudes de sua equipe, perante o atendimento aos clientes. ● Propor ações estratégicas para a melhoria no atendimento aos clientes. 1.4 JUSTIFICATIVA Ao se buscar alcançar, o sucesso desejado no cumprimento de seus objetivos, as organizações necessitam de alternativas que as possibilitem conquistar um diferencial competitivo, elaborando estratégias que as auxiliem na conquista e fidelização de seus clientes, colocando-as em melhor posição em relação aos seus demais concorrentes. Para que a organização possa estar à frente de seus demais concorrentes e conquistar a preferência de sua clientela, bem como a conquista de um maior número de clientes para usufruir de seus serviços, é necessário conquistar o diferencial que a distinga das demais, não sendo apenas mais uma instituição 15 financeira, mas sim, a instituição que visa melhor atender o cliente em suas necessidades, estabelecendo um vínculo duradouro e, desta forma, garantindo o diferencial competitivo. A referida Instituição busca a satisfação de seus clientes, tornando este um item tão importante em suas análises de desempenho quanto na busca pela conquista do mercado ou aumento do faturamento, almejando tornar sua marca conhecida e respeitada. Ao se buscar a eficácia no atendimento e nos serviços prestados, faz-se necessário analisar as alternativas que possam contribuir para o aumento da satisfação da clientela e, conseqüentemente a geração de lucros oriundos desta atividade, e, dentre estas alternativas, destacam-se: ter uma equipe qualificada, estrutura física adequada, boa conceituação do mercado, qualidade nos serviços oferecidos, um bom esclarecimento sobre a utilização de seus produtos, o oferecimento de comodidade, a agilização dos processos, entre outros aspectos necessários ao bom atendimento dos clientes, sendo que, ao cumprir estes requisitos, a instituição passa a conquistar a fidelização de sua clientela, estabelecendo parcerias duradouras e rentáveis que a proporcionarão conquistar êxito quanto à realização de seus objetivos e cumprimento de suas metas organizacionais. 1.5 ESTRUTURA CAPITULAR Este capítulo apresenta de forma resumida os capítulos constantes neste trabalho de conclusão de curso visando facilitar o entendimento com relação à qualidade no atendimento e nos serviços prestados necessária para a satisfação do cliente. O primeiro capítulo trata-se da introdução, abrangendo a apresentação do tema, a problematização, os objetivos geral e específicos e a justificativa para a elaboração desta pesquisa. O segundo capítulo aborda o referencial teórico sob as quais este trabalho de conclusão de curso foi baseado, apresentando a visão de diversos autores sobre o assunto. 16 No terceiro capítulo serão apresentados quais foram os procedimentos metodológicos utilizados para a realização desta pesquisa, bem como será demonstrado o conceito de cada um destes procedimentos. No quarto capítulo refere-se à análise e interpretação dos fatos levantados por meio deste trabalho. Nesta etapa será analisada a situação da empresa pesquisada e, posteriormente será efetuada uma interpretação desta situação, com proposta de ação para melhoria. Finalmente, o quinto capítulo constitui-se da conclusão do presente trabalho, onde são apresentados resumidamente, os resultados obtidos através das ações realizadas mediante cada um dos objetivos apresentados para a realização da presente pesquisa, de acordo com os procedimentos utilizados para sua realização. 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo serão abordados conceitos no que se refere análise interna, algumas estratégias para identificar os fatores internos, a qualidade nos serviços e no atendimento, os recursos humanos responsável para a obtenção da qualidade, o monitoramento do desempenho para melhoria dos serviços, e finalmente, algumas estratégias para a melhoria dos processos. 2.1 ANÁLISE INTERNA Fazer uma análise do ambiente interno é buscar identificar os pontos fortes e os pontos fracos. Sendo estas variáveis controláveis pela administração. Quanto os pontos fortes forem percebidos, deve-se ressaltá-lo ainda mais, e quando os pontos fracos forem identificados, deve agir imediatamente para controlá-lo, ou pelo menos minimizá-lo, pois, assim a organização poderá melhorar seus serviços contribuindo para um atendimento qualificado. 2.1.1 Forças e Fraquezas Os dirigentes precisam conhecer as partes do ambiente que precisam ser monitorados para que suas metas sejam atingidas, necessitando uma avaliação constante das forças e fraquezas de cada negócio, para explorar melhor às oportunidades. Segundo Costa (2002 pg. 112): 18 As fraquezas dentro de uma organização, contribuem para que a mesma não obtenha sucesso, prejudicando o exercício da missão e o atingimento de seus objetivos. Para Porter (1986), As deficiências ou fraquezas da empresa podem afetar a satisfação do cliente, podendo ser considerada como uma desvantagem competitiva para a organização. 2.1.1.1 Pontos fortes Os pontos fortes se relacionam de forma favorável para o alcance dos objetivos da organização. É nesse momento deve-se controlar, ressaltar para garantir o sucesso, não deixando de monitorar sempre e indagar: ● O que você (empresa/equipe/pessoa) faz bem? ● Que recursos especiais você possui e pode aproveitar? ● O que outros (empresas/equipes/pessoas) acham que você faz bem? Neste sentido Oliveira (2001), definiu que pontos fortes são as variáveis internas e controláveis, que propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. No entanto, Rose (2004), argumenta que deve se ter em mente os pontos fortes e, só podem ser considerados fortes se suas capacidades e recursos estiverem alinhados aos Fatores Críticos de Sucesso (FCS) da empresa, sendo estas as habilidades e os recursos que a empresa necessita ter para vencer, incluindo a mais nova tecnologia, o serviço mais simpático, marketing brilhante ou localização. Segundo Costa (2002, p. 111), “pontos fortes, são aquelas características positivas de destaque, na instituição, que a oferecem no cumprimento de seu propósito”. Mesmo que um ponto seja considerado forte e, portanto, suficiente para o atendimento das estratégias vigente ou propostas, o Benchmarking pode demonstrar que ainda pode existir uma significativa margem para o crescimento do desempenho. (COSTA, 2002) 19 2.1.1.2 Pontos fracos Os pontos fracos podem ser controlados pela administração, sendo que é resultado das estratégias dos próprios membros da organização, detectando um ponto fraco deve controlá-lo, ou minimizá-lo para assim, contribuir para a sobrevivência da organização. Para Oliveira (2001, p. 89) “pontos fracos, são as variáveis interna e controláveis que provocam a situação desfavorável para a empresa, em relação ao seu ambiente”. 2.1.2 Análise Estratégica Baseada em Recursos É preciso fazer uma análise interna da organização para identificar os fatores estratégicos internos. Esta análise interna pode ser conceituada como análise organizacional a qual se presta para identificar e desenvolver os recursos de uma organização. Para Hunger apud Grant (2002) a abordagem à análise de estratégia baseada em recursos pode ser composta de cinco passos: 1- Identificação e classificação dos recursos da empresa em termos de pontos fortes e fracos; 2- Conversão dos pontos fortes da empresa em capacidades específicas: essas são as competências essenciais, coisas que uma corporação pode fazer excepcionalmente bem; 3- Avaliação do potencial de lucro desses recursos e competências em relação ao seu potencial de vantagem competitiva sustentável e sua capacidade de colher os lucros resultantes do uso desses recursos e capacidades; 4- Seleção da estratégia que melhor explore os recursos e as competências das empresas quanto às oportunidades externas; e 20 5- Identificação das lacunas de recursos e investimento na melhoria dos pontos fracos. Quando os recursos de uma organização são convertidos em capacidades, formam uma serie de competências essenciais. 2.2 QUALIDADE NOS SERVIÇOS O futuro de uma empresa ou organização depende dela conseguir satisfazer os requisitos de qualidade do mundo exterior. Ela precisa produzir e entregar bens e serviços que satisfaçam às exigências e expectativas de clientes e usuários. Ter qualidade nos serviços prestados e atender com eficácia e eficiência os clientes é uma questão a ser enfrentada por todas as organizações. É fundamental compreender que atender o cliente com qualidade não se resume a tratá-lo bem, com cortesia. É mais do que isso, significa acrescentar benefícios aos produtos e serviços objetivando superar as suas expectativas. 2.2.1 Conceito Todos estão falando sobre qualidade. A palavra é usada de muitas formas e conceito diferentes, com suas próprias observações e discussões. As frases conceituadas pelos autores definem a qualidade, entretanto, para que a qualidade seja mesmo compreendida é necessário que se entenda o mecanismo na qual esta se processa. 2.2.1.1. Qualidade como indicador A qualidade como um indicador reflete um julgamento definitivo sobre o valor recebido, abrangendo necessariamente critérios subjetivos e objetivos. 21 Para Albrecht (2002 pg. 68) “A Qualidade é definida com um indicador da extensão em que um objeto ou uma experiência atende a uma necessidade, resolve um problema ou cria valor para alguém”. A definição incorpora características tangíveis e intangíveis. Portanto, a qualidade e serviço não devem ter conceitos separados, pois o serviço total é feito numa organização, independentemente do quanto tangíveis ou intangíveis sejam os resultados. Portanto, por definição, qualidade é o indicador do valor de um serviço total (ALBRECHT 2002). 2.2.1.2 Qualidade sob a ótica do consumidor Só o cliente pode avaliar o desempenho e os benefícios que um produto ou serviço pode fazer por ele. Segundo Fitzsimmons (2002), a noção de qualidade é muito ampla, necessitando, portanto conceituar de acordo com a opinião dos consumidores. O conceito, por outro lado, deve ser suficientemente claro para os gerentes de modo que estes saibam que decisões tomarem, visando melhorar a qualidade e, desta maneira, gerar a qualidade que os consumidores esperam. Assim como a qualidade deve envolver a expectativa do cliente quanto à conformidade do processo, o conceito amplo de qualidade, na visão de Barros (1996, p.25), pode ser definido como: Qualidade é um conjunto de características de desempenho de um produto ou serviço que, em conformidade com as especificações, atende e, por vezes, supera as expectativas e anseios do consumidor (cliente). Ainda para Barros (1996), a qualidade é o que o cliente quer, é a satisfação do cliente, estando em conformidade com o que se faz e o que o cliente quer, mas para que ela seja mesmo entendida, é importante que se entenda o mecanismo na qual a qualidade se processa e, só é efetivamente concluída quando dois “personagens“ entram em cena: ● O produtor da qualidade de produtos ou serviços; ● O consumidor da qualidade (usuário ou cliente) 22 A avaliação que o cliente faz sobre qualidade depende do serviço que a organização presta ao mesmo, pois, é avaliado pelo cliente de maneira consciente ou inconsciente. A soma dessas sucessivas avaliações, por cada cliente, e a avaliação coletiva por todos os clientes resulta numa imagem mental da qualidade dos serviços da organização (ALBRECHT2002). Para Ansoff et al (1981), o cliente é que faz uma avaliação através de comparação entre o que ele esperava do serviço e o que percebeu do serviço prestado, isto durante ou após o término do processo. 2.2.1.3 Qualidade no atendimento É difícil quantificar a qualidade no atendimento, pois geralmente não se consegue saber as opiniões dos clientes a seu respeito. Whiteley (1992), afirma que um bom guia é a estrutura desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Texas A& M. onde a qualidade do atendimento pode ser descritas em cinco dimensões: ● Confiabilidade: Capacidade de proporcionar o que foi prometido, com segurança e precisão; ● Convicção: O conhecimento e a cortesia dos empregados. E sua capacidade de transmitir confiança e segurança; ● Aspectos tangíveis: As instalações físicas e os equipamentos, e a aparência do pessoal; ● Empatia: O grau de cuidado e atenção individual proporcionando aos clientes; e ● Receptividade: A disposição para ajudar os clientes e fornecer um atendimento imediato. 23 2.2.1.4 Qualidade como nível de excelência Ao se prestar serviço com excelência à empresa criará um forte diferencial e estará satisfazendo sua clientela. Segundo Harovitz (1993, p. 21), “a qualidade é o nível de excelência que a empresa escolheu alcançar para satisfazer a sua clientela alvo; ao mesmo tempo, a medida com que ela se conforma a esse nível”. Heskett et al (1997), considera que as organizações que prestam serviços excelentes são administradas de maneira diferentes. Os administradores agem de maneira diferente. As ações são baseadas em suposições diferentes. Os resultados são diferentes. Para Albrecht (2002) existem quatro características que farão a diferença para a excelência em serviços: ● Compreensão dos momentos da verdade dos clientes: Momento da verdade é qualquer situação em que o cliente entra em contato com algum aspecto da organização e tem oportunidade de formar um conceito sobre a qualidade de seus serviços. ● Estratégia de serviço bem concebida: A estratégia de serviços é a idéia unificadora que as organizações de serviços notáveis descobriram, inventaram ou cultivaram sobre como atender as necessidades e desejos dos clientes. Ela diferencia a empresa dos concorrentes. Esse conceito ou estratégia de serviços converge à atenção de todos da empresa para as verdadeiras prioridades dos clientes. Quando este conceito norteador impregna a organização de alto a baixo, ele passa a permear todas as ações e atitudes. ● Sistemas amigáveis ao cliente: Os sistemas de serviços são meios para distribuir os recursos da organização, com base na estratégia de serviços e no pacote de serviços. ● Pessoal da linha de frente voltado para o cliente: Sem pessoas bem treinadas, bem gerenciadas e motivadas é impossível prestar bons serviços. O pessoal da linha de frente deve dispor de poderes e recursos para trabalhar em favor do cliente, em função de seus conhecimentos, das normas da empresa e da 24 cultura organizacional. Os gerentes de organizações excelentes em serviços ajudam o pessoal que presta serviços a fixar a atenção nas necessidades dos clientes. O pessoal da linha de frente, eficaz, tem condições de manter um foco implacável nos clientes, ao sintonizar-se com a situação do momento, com o ponto de vista e com as necessidades dos clientes. 2.2.1.5 Qualidade como melhoria Melhorar serviços com qualidades exigirá mais do que desenvolver definições adequadas de qualidade. Para Berry (1995), a época de falar sobre qualidade já passou. O autor indica que se vive hoje à era de melhoria de qualidade. É hora de se obter algum progresso efetivo, é hora de colocar no mercado os serviços de excelência. Neste sentido, Denton (1990) argumenta que para que os serviços sejam melhorados há necessidade de ter empregados motivados, e atenciosos, pois estes são ativos valiosos e que são necessários para a melhoria. Se as pessoas não puderem fornecer serviços com qualidade, certamente as máquinas não o poderão. 2.2.1.6 Qualidade como satisfação do cliente Qualidade é o que o cliente quer, é a sua satisfação estando em conformidade entre o que se faz e o que os clientes querem. Pois, sabe-se que clientes satisfeitos traduzem-se em melhores resultados financeiros, imagem melhor e um futuro mais brilhante. Neste sentido Las Casas (1997) apud Soares e Schaffler (2004), prega que a qualidade tem como objetivo satisfazer as necessidades dos clientes por meios de padrões profissionais e éticos. Obter uma constante melhora nos serviços prestados, evita assim a insatisfação dos clientes e, para isso, deve realizar-se uma permanente revisão dos serviços e dos resultados obtidos, objetivando a oportunidade para melhorar a qualidade dos mesmos, bem como, possuir eficiência 25 na prestação de serviços, como atos, ações e desempenho com agilidade e qualidade, comunicação clara, onde o cliente que está sendo atendido possa entender e ouvir perfeitamente, proporcionando assim sua satisfação por meio de resposta rápida e segura, suprindo suas necessidades e dúvidas, possuir boas estrutura física apresentando comodidade e segurança para o cliente e, quando se refere ao acesso, a agência deve disponibilizar estacionamento, bem como disponibilidade de produtos e serviços adequados às exigências de seus clientes. 2.2.1.7 Qualidade como um diferencial Para uma empresa sair ganhando ao executar um serviço com qualidade superior ao de sua concorrência, bem como superar o desempenho destes concorrentes são necessários diferentes fatores determinantes da qualidade de serviços: Os diferentes fatores determinantes da qualidade de serviços, destacados por Kotler (2000) são: ● Confiabilidade: Ter competência em executar suas atividades conforme o prometido de forma segura, precisa e com consistência; ● Capacidade de resposta: Possuir a disposição em auxiliar e contribuir com os clientes, bem como fornecer os serviços dentro do tempo determinado; ● Segurança: Ter a idoneidade dos prestadores de serviços de transmitir com segurança e confiança o conhecimento aos clientes; ● Empatia: Prover atenção especial e individualizada de cada um dos clientes, cordialmente; ● Itens Tangíveis: Demonstrar os aspectos da estrutura física (instalações físicas, equipamentos utilizados no processo). 26 2.2.1.8 Qualidade como instrumento de avaliação Para prestar serviços excelentes, deve-se empenhar para avaliar a satisfação dos clientes com relação à qualidade nos serviços, para que, utilizando-se destes resultados possa orientar as operações. Um dos trabalhos mais conhecidos na área é o desenvolvido por Zeithaml, Parasuraman e Berry apud Albrecht(2002). Estes autores criaram um instrumento para avaliar a percepção dos clientes a respeito da qualidade do serviço, denominado SERVQUAL, baseado em uma lista de cinco critérios: 1- Confiabilidade: A habilidade de prestar o serviço de forma confiável, precisa e consistente; 2- Responsabilidade: A disposição de prestar o serviço prontamente e auxiliar os clientes; 3- Confiança: Conhecimento (competência) e cortesia dos funcionários e sua habilidade de transmitir confiança, segurança e credibilidade; 4- Empatia: O fornecimento de atenção individualizada aos clientes; facilidade de contato (acesso) e comunicação, e 5- Tangíveis: A aparência das instalações físicas, dos equipamentos, dos funcionários e dos materiais de comunicações. Quando um programa de medição é bem projetado redundam em inúmeros benefícios, que só irão beneficiar a organização. Whiteley (1992), afirma que ao medir os desejos do cliente e se eles estão sendo satisfeitos, força uma disciplina que irá beneficiar a sua organização mesmo antes de constatados os resultados, com também fornece informações confiáveis do que está certo e errado na organização, ajudando a melhorar o desempenho mais fraco. De acordo com Tschohl (1996, pg.59) “serviço de qualidade quase sempre transforma fracassos em sucesso”. 27 2.2.1.9 Qualidade no serviço bancário Os produtos e serviços são praticamente padrões entre uma instituição e outra, e a única maneira de diferenciar-se frente à concorrência é oferecer um serviço com qualidade. Bateson e Hoffman (2001) apud Soares e Schaffler (2004), afirmam que, quando várias empresas que fornecem serviços quase idênticos, como acontece com os bancos, estabelecer qualidade de serviço pode ser a única maneira de se diferenciar. Para Salinas (1993) apud Soares e Schaffler (2004), concordam que existem algumas características importantes para atingir a qualidade dos serviços bancárias, as quais se resumem em: ● Atendimento bancário com qualidade: Este se caracteriza por desenvolver agilidade e respostas rápidas quanto às necessidades dos clientes; ● Comunicação e informação: Neste aspecto, almeja-se que os funcionários satisfarão as reais necessidades de seus clientes por meio de resposta rápida, clara e segura. Para sanar seus problemas e suas necessidades; ● Operações: Tem como qualidade dispor de todos os produtos e serviços adequados às necessidades dos clientes; de atuar com um baixíssimo nível de erros, bem como de burocratização. Tratando especialmente do setor bancário, Reis (1998) afirma que fazer com que o cliente perceba a qualidade dos serviços que ele requer que a instituição bancária lhe preste, pode representar diferencial competitivo. Segundo Reis (1998), um cliente ao pagar pelos serviços, está exigindo das instituições bancárias serviço de qualidades cada vez maiores, pois o cliente sabe o real valor do seu dinheiro e quanto custou para ganhá-lo. Foi-se o tempo em que o cliente tolerava os maus serviços em troca de alguns benesses. De acordo com Kotler e Armstrong (1993) Apud Soares e Schaffler 2004), a qualidade do serviço é uma das principais (se não a principal) formas de uma empresa se diferenciar no mercado, e a qualidade do serviço é uma maneira de 28 obter sucesso, principalmente quando se trata de serviços bancários, pois estes disponibilizam serviço e produtos praticamente iguais. 2.2.2 Papel que deve ser Desempenhado pelas Instituições Financeiras para a Excelência no Atendimento Para que uma instituição forneça excelência no atendimento, algumas prioridades nas ações organizacionais devem ser apresentadas de acordo com a percepção dos clientes, da qual Costa (2000) apresenta o que chamou de “pontos alvos”, como sendo: ● Priorizar o espaço físico; ● Flexibilizar o atendimento; ● Agilizar as operações bancárias; ● Orientar e esclarecer melhor o cliente; ● Melhorar o atendimento dos empregados; ● Organizar a administração da agência; ● Adequar o estacionamento. Costa (2000) recomenda que se priorizem ações, conforme segue: ● Presteza e facilidade de acesso/contato com produtos e serviços como também à redução do tempo de espera; ● Desenvolvimento da capacidade de reparar a confiança e fidelidade no caso de dívidas ou falhas cometidas, mediante soluções adequadas para problemas apresentados no relacionamento com clientes; ● Desenvolvimento de capacidade de oferecer produtos e serviços de modo confiável, preciso e continuo; ● Busca de distinção do banco à concorrência e comunidade; ● Incentivos ao desenvolvimento de competência, junto aos gerentes e empregados, capacitando-os à solução de problemas com habilidades, técnicas e atitudes adequadas; ● Melhoria das características físicas de instalações da agência e condições de estacionamento; ● Capacidade de empregados para aperfeiçoar o atendimento a clientes. 29 O atendimento a ser desenvolvido num ambiente de melhoria contínua requer pessoas com perfil ajustado aos relacionamentos. Uma pessoa para realizar um atendimento com diferencial competitivo deve empenhar-se em desenvolver habilidades comportamentais que, segundo Costa (2000) são: ● Afinidades na lida com pessoas; ● Orgulho de seu trabalho e de sua organização; ● Disposição para assumir responsabilidades; ● Atitudes de visão à frente; ● Atenção aos detalhes; ● Receptividade e avaliações construtivas; e ● Disposição em cooperar. As ações e habilidades descritas por Costa (2000), agregam valores a serviços e o que mantém uma Instituição Bancária são as capacidades de agregar valores a seus serviços. Um artigo publicado no jornal indústria e comércio de 18/07/1994 – declara que “cliente de banco fica mais exigente”, citado por Reis (1998), sugeria que o papel a ser desempenhado pelas instituições era: ● Proporcionar serviços com comodidade para o cliente [...]; ● Atender a todos os clientes de forma igual, sem discriminá-los [...]; ● Ter empregados qualificado, em número compatível à necessidade de atendimento; ● Proporcionar aos empregados treinamentos adequados [...]; ● Ser igual na prestação de serviços [...]; ● Ter agentes com foco dirigido ao cliente [...]; ● Saber quais as reais necessidades dos clientes e procurar satisfazê-las; e ● Manter o cliente informado [...]. Definido o atendimento, cabe ressaltar a consideração de Scott (1999), segundo a qual, apesar de todo o mundo estar falando acerca de clientes, o atendimento insatisfatório ainda constitui uma preocupação importante para as organizações. Podem-se citar algumas das razões: ● As pessoas investiram muito tempo e energia nos aspectos técnicos, não atendendo ao lado humano; ● Não houve condicionamento ou estímulo para tratar as pessoas de dentro da organização tão bem quanto os clientes externos; 30 ● A satisfação dos clientes internos constitui um elo na cadeira que conduz à satisfação dos clientes externos; ● As pessoas não se dão conta que trabalhar com afinco não é o mesmo que satisfazer os clientes. Nesse sentido, Costa (2000), concordam que o atendimento pode ser caracterizado de forma intrínsecas e extrínsecas. ● Características intrínsecas de atendimento: Relacionados com as dimensões de confiabilidade, desempenho, diferenciação, disponibilidade, segurança. ● Características extrínsecas de atendimento: Ligados à competência, comunicação, cortesia, aspectos mais gerais de percepção. O atendimento final que o cliente vai perceber é resultante da correta execução e desempenho em cada grupo de características: intrínsecas e extrínsecas. 2 3 RECURSOS HUMANO NA QUALIDADE DE SERVIÇOS Identificados alguns conceitos de serviços, pode-se observar que qualidade nos serviços não pode ser dissociada do lado humano. São as pessoas os verdadeiros responsáveis pela qualidade nos serviços. Para Paladini (1995), a ação dos recursos humanos na produção da qualidade é muito importante, ainda que possam ser empregados recursos de automação, desenvolvimento e a utilização de dispositivos que visem operar procedimentos nas linhas de produção, sempre será necessária a presença do elemento humano para gerenciar o processo. Pode-se, mesmo, afirmar que o elemento humano é o recurso que exige o maior investimento, mas também determina o maior retorno, em termos de contribuição para a produção da qualidade. Neste sentido, Brocka (1994), ressalta que por mais refinado que sejam os equipamentos e ferramentas, serão inúteis sem boas pessoas, sendo que o envolvimento e a participação conduzem ao compromisso com o gerenciamento da qualidade e com melhoria contínua. 31 Com referência ao envolvimento das pessoas na prestação de serviços, o assunto é bastante discutido, visto que a tecnologia é um fator muito importante para o sucesso de um fabricante do que as pessoas, mas certamente isso não é o caso em serviços, pois se a pessoa não puder fazer algo, certamente às maquinas também não o poderão. Máquinas são ferramentas; as mãos que manuseiam as ferramentas é que são mais importantes. As pessoas são mais importantes para os serviços, mas isso não implica em ignorar a tecnologia (DENTON, 1990). 2.3.1 Gerenciamento Através de Departamentos de Recursos Humanos Os recursos humanos desempenham papel bastante específico no esforço pela qualidade nas organizações. Eles são agentes de transformação, pois mudam efetivamente a história da organização em termos da qualidade. Para Denton (1990), há a necessidade de um bom departamento de gestão de recursos humanos (RH), sendo que este deve saber como utilizar de pesquisas de atitude e outros mecanismos de feedback para avaliar a satisfação dos funcionários com seus empregados e com a corporação como um todo. Também os gerentes de recursos humanos precisam ter conhecimentos de opção de trabalho, como compartilhamento de cargos, horários flexíveis, licenças-prêmio, terceirização e, especialmente, do uso correto de equipes. Para Normann (1993 pg. 78), “diversos serviços são vistos como negócios intensivos de pessoas, portanto pode-se esperar que o desenvolvimento de recursos humano seja assunto estratégico da administração”. 2.3.2 Comportamento Gerencial e o Fator Humano O gerente com sua habilidade têm como fazer com que as pessoas de sua organização se comprometam mais com a qualidade nos serviços, oferecendo alternativas que proporcionarão atingir tal objetivos. 32 Segundo Denton (1990), os gestores estão começando a se conscientizar de que devem ser mais flexíveis na utilização de funcionários para que seus recursos humanos seja um ponto forte. Os líderes devem agir como agentes de mudança nas organizações, e a qualidade mais marcante dos líderes, em geral, é a habilidade para motivar seus funcionários. Os líderes sabem que o sucesso de uma empresa de serviços depende do desempenho individual das pessoas e, estão plenamente conscientes dessa situação desenvolvendo seus próprios métodos de avaliação. (NORMANN, 1993). Normann (1993 pg. 197) relata que: “Líderes bem-sucedidos tendem a ser experientes para julgar o que as pessoas estão motivadas a fazer, quanta energia elas estão disposta a empregar, quais suas ambições em longo prazo e suas capacidades”. De acordo com Paladini (2004), um gerente pode, evidentemente, de forma sutil, induzir as pessoas a solicitar treinamento, mostrando a necessidade de atualização, conhecer conceitos novos sobre a qualidade, marketing, custos, etc., fazendo com que possibilite melhoria em algumas áreas deste que as estratégias sejam conhecida [...]. Neste sentido Lima (2000, pg. 38) afirma: “gerenciar pessoas implica uma questão que vai além de métodos de trabalho: elaborar uma forma de pensar em relação às coisas e às pessoas“. 2.3.3 Elemento Básico como Guia para Estabelecer o Comportamento Gerencial Adequado Há conscientização por parte da organização como um todo, começando dos mais altos aos mais baixos escalões, conscientizando todos de que as operações podem ser importantes armas competitivas, desde que equipadas e administradas adequadamente. Para Lima (2000), o primeiro elemento básico para estabelecer o comportamento gerencial é o grau de preocupação com as atividades, no que tange aos instrumentos disponíveis para alcançar os objetivos. O segundo elemento é o 33 grau de importância que o gerente dá as pessoas que trabalham em sua equipe e em toda empresa como meios autônomos que contribuem e responsabilizam-se pelos resultados efetivos que são, em síntese, as ferramentas básicas a disposição de um gerente para seu trabalho, ou seja, até que ponto ele tem consciência de que seu trabalho gerencial depende – quase exclusivamente – do envolvimento das pessoas com os objetivos traçados; como encara o impacto do comportamento dessas pessoas nos resultados e como o gerente responsável pela condução de pessoas, relaciona-se com elas para o alcance das metas de negócios estipuladas. Townsend (1991), ao se referir na participação dos gerentes, comenta que o ambiente de círculo de qualidade, permite que os gerentes acreditem que não são responsáveis pelas melhorias inovadoras ou que possam sentir-se justificadamente excluídos; com as equipes de qualidade, fica assumida a sua obrigação e capacidade de contribuir para a melhoria. O gerente deve analisar como vem agindo e procurar estabelecer o grau de eficácia de seu comportamento atual em relação às pessoas. Portando deve conhecer-se. Deve estar aberto à mudança, estar consciente de que tudo está em processo de mudança e que as pessoas também se sujeitam a essas mudanças. Nada é estático. O estilo gerencial também não o pode ser, por melhor que o gerente esteja gerenciando no momento. Também deve compreender a importância das pessoas para os resultados gerenciais. O gerente, queira ou não, é a pessoa que obtém resultados por meio de outras pessoas, ele deve compreender, aceitar e, principalmente, aprender a lidar com essa relação. Afinal, pouco adianta idéias brilhantes se o gerente não tiver uma equipe preparada e motivada para implantá-las. Também a qualidade significa ir além das metas e dos objetivos estipulados por meio da obtenção de um clima de envolvimento dos subordinados com os resultados obtidos, mediante a satisfação com o trabalho realizado. E para desenvolver o clima de desenvolvimento, obtendo aceitação e reconhecimento profissional da equipe, o gerente tem que reescrever seu papel e redefinir sua forma de atuar. (LIMA, 2000). 34 2.4 MONITORANDO DESEMPENHO PARA QUALIDADE E MELHORIA DE SERVIÇO Para assegurar o sucesso e a satisfação dos clientes é necessária a monitoração dos serviços. Quem não monitora e não gerencia seu processo está a desejar. É necessário melhorar em cada nível de operação e em cada área funcional, utilizando-se dos recursos financeiros e humanos, dando importância àqueles que realizam o serviço, as pessoas. 2.4.1 A Importância das Pessoas na Realização dos Serviços As pessoas desempenham papel bastante específico no esforço da qualidade, e conforme Paladini (2004), são as pessoas os agentes de transformação, ou seja, aqueles que mudam efetivamente a história da organização em termos da qualidade. Barros (1996 pg. 20) “qualidade se obtém por meio das pessoas, e não unicamente pela via tecnológica”. A monitoração da qualidade dos serviços é importante e, para assegurar o sucesso em longo prazo, não deve ser isolada. Os serviços não são gerados por máquinas, mas produzidos por pessoas e dependentes de pessoas. Como Will Rogers disse certa vez: “Números não significam nada! São pessoas que contam”. Certamente, isso é verdadeiro para os serviços. A medição e a tecnologia são importantes, mas o “ingrediente – chave” para um bom serviço são as pessoas, particularmente as que são ponto de contato. (DENTON, 1990). Muitas empresas investem em suas pessoas. Elas constituem o elemento mais essencial no processo de melhoria contínua. Treinamento, construção de equipes e melhoria no local são elementos importantes para construir um meio ambiente no quais os empregados possam crescer. (BROCKA, 1994). 35 2.4.2 O gerenciamento do Comportamento Humano Para obter garantir a qualidade nos serviços, há a necessidade de um bom gerenciamento do comportamento das pessoas. É preciso mostrar as pessoas que fazem parte da organização uma visão de atendimento, do conhecimento que o cliente necessita e apoio para desempenhar as tarefas. Para isso é necessário contratar pessoas que gostem de pessoas. (Whiteley, 1992). Para Lobos (1991 pg. 28) “Todas as pessoas que compõem uma organização precisam ser conscientizadas para a qualidade. A questão é como e por quem”. Neste sentido Juran (1993), argumenta que as forças do comportamento humano para alcançar os resultados devem ser gerenciados, compreendendo quais sãos os motivadores reais do comportamento humano na empresa relacionado com a obtenção da qualidade É necessário a monitoração e treinamento dos empregados para que as organizações que fornecem serviços com qualidade sejam capazes de melhorar a sua imagem de serviços (DENTON, 1990). 2.4.3 Ação Gerencial Contribuindo para o Desempenho de Qualidade Alguns pré-requisitos muito importantes devem ser observados para que a participação torne-se efetiva numa base contínua, sendo que na visão de Juran (1993), são os seguintes: ● A alta gerência deve se submeter ao treinamento necessário para compreender e apoiar os objetivos do conceito de participação: desenvolver pessoas usando sua educação, experiência e criatividades para melhorar as operações da empresa; ● Outros membros da equipe da gerência (gerentes, supervisores e especialistas da empresa) devem aceitar o conceito de participação, percebendo 36 que se fizerem estarão delegando à mão-de-obra algumas atividades que no passado eram consideradas ”prerrogativas da gerência”. Esses membros devem submeter-se a treinamento suficiente em assuntos de qualidade para poder compreender o que é oferecido à mão-de-obra. Além disso, a primeira linha de supervisão deve receber o mínimo desse mesmo programa de treinamento oferecido à mão-de-obra. ● A gerência deve enfrentar a preocupação da mão de obra. Paladini (2004 pg.163) “Cabe à administração operacional planejar a campanha, dando e recebendo comunicações, revisando resultados e estimulando ações”. 2.4.4 Critérios que devem ser Utilizados para Melhorar os Serviços Para melhorar a qualidade nos serviços precisa-se identificar o que está causando a insatisfação dos clientes. Qualquer processo tem que conhecê-lo, documentá-lo, aferi-lo, saber o quanto ele não está satisfazendo as necessidades, determinar as causas desse fato, rever as necessidades e objetivos para, aí sim, começar a melhorá-lo. (ALMEIDA, 1995) De acordo com Denton (1990), as organizações que desejam melhorar seus serviços necessitam de: ● Grupos de apoio da gerência: Desenvolver padrões e ensaios compreensivos induzidos pela corporação produz melhor qualidade e, por sua vez, maior satisfação dos clientes. Da mesma forma, a interação gerencial com os empregados na linha de frente é fundamental para a satisfação dos clientes. ● Pessoal de serviço: Pessoal dedicado e com perfil correto é crucial, se o negócio pretender obter um serviço com qualidade que produza satisfação dos clientes, essencial em uma sociedade de serviços. ● Pontos chaves: 37 Se uma organização deseja a satisfação dos clientes, ela precisa investir nisso. Deve pelo menos monitorar as preferências e desejos dos clientes para ajudar a assegurar a satisfação dos mesmos. Em muitos casos, somente o esforço de monitorar parece melhorar essa satisfação. Sempre haverá reclamações, mas se alguém estiver ouvindo, isso melhorará a confiança e o respeito dos clientes. ● O treinamento e a motivação: São essenciais para ajudar os empregados a entenderem seus papéis no desenvolvimento da satisfação dos clientes. Um empregado deve ter essa bagagem para se preparar para a função. Somente assim é possível esperar sucesso, no longo prazo. Comprometimento da organização na adoção de altos níveis em padrões e na implantação de ensaios abragentes são também críticos para a satisfação de clientes, a qual não ocorre simplesmente. Ela exige acompanhamento constante e uma atitude perfeccionista. Conforme diz o ditado: “Bom, o melhor, nunca descanse mesmo que o seu bom seja o melhor e que seu melhor seja ao melhor”. Também é essencial um clima positivo entre os empregados e os gerentes. Os empregados não são um “mal necessário”; eles são a solução para a satisfação dos clientes. Os serviços precisam de pessoas dedicadas. È difícil, talvez impossível, que os empregados não se sintam felizes nos empregos e ainda assim produzam o esforço necessário para assegurar a lealdade do cliente. A administração tem de apoiar o seu pessoal de modo que, por sua vez, eles possam apoiar os clientes. Alguns pontos-chaves a serem lembrados incluem: ● Fazer da satisfação do cliente o ponto focal, a nível corporativo; ● Monitorar as necessidades, desejos e atitudes dos clientes; ● Envolver a alta administração na monitoração e no melhor atendimento do cliente; ● Selecionar e contratar pessoas que gostem de produzir serviços com qualidade; ● Enfocar os esforços no treinamento e motivação dos fornecedores de serviços na linha de frente e nas gerencias, de modo que os mesmos saibam como e por que fornecer serviços; ● Dar ao pessoal uma perspectiva do ponto de vista da corporação; 38 ● Compartilhar as informações de forma aberta a respeito na corporação e da necessidade do serviço; ● Mostrar apoio e confiança nos fornecedores de serviços da linha de frente; ● Providenciar ensaios e mostrar aderência aos padrões estabelecidos; ● Definir altos padrões mensuráveis sobre serviço com qualidade (propensão para a perfeição); ● Providenciar metas e realimentação de informações e respeito do desempenho dos empregados com relação aos padrões. ● Pessoas e não tecnologia: Apesar de ser duvidoso, pode ser possível que a tecnologia seja mais importante para o sucesso de um fabricante do que a pessoas, mas certamente isso não é o caso em serviços. Se uma pessoa não puder fazer algo, certamente as máquinas também não o poderão. Máquinas são ferramentas; as mãos que manuseiam as ferramentas é que são mais importantes. As pessoas são mais importantes para os serviços, mas isso não implica em ignorar a tecnologia. Uma companhia pode não precisar fazer uso de tecnologia. Uma companhia pode não precisar fazer uso de tecnologia de ponta, mas a mesma deve ser, pelo menos, atualizada. ● Avaliando o serviço: O que as organizações precisam enfatizar são aqueles serviços que as tornam benquistas e que cativam clientela. A lealdade dos clientes é aumentada quando eles esperam e recebem certas recompensas. As recompensas que os clientes esperam podem ser: velocidade de transações, atenção, confiabilidade, consistência ou até excitação. Não parece ter sentido oferecer serviços, a menos que haja um claro atendimento das necessidades dos clientes. Algumas organizações “pensam” que entendem seus clientes, outras pensam que não precisam de mudanças e algumas somente esperam por clientes em potencial que precisem de seus serviços. Todas essas atitudes são extremamente perigosas. Cada empresa precisa avaliar os serviços fornecidos aos clientes. De fundamental importância é a necessidade de avaliar o estado dos serviços e que melhorias são necessárias. Se não houver formas de avaliar os serviços, então não existem formas pelas quais os mesmos possam ser melhorados. Uma organização deve descobrir formas de avaliar os serviços porque seus competidores certamente o farão. 39 ● Pesquisas de clientes: As pesquisas de clientes podem ser vitais, mesmo para pequenas organizações. ● Pesquisas de auto-avaliação: Existem muitas formas de avaliar as necessidades dos clientes, uma das quais é a pesquisa de clientes. Muitas indústrias também fazem uso de pesquisas profissionais de mercado. O objetivo é tentar analisar o serviço atual, de modo que seja possível visualizar formas de melhorar o mesmo. As pesquisas de mercado são boas, da mesma forma que a solicitação para que os clientes preencham voluntariamente os “cartões de comentários” e outros questionários destinados a clientes. Entretanto, não importam quão valiosos sejam estes métodos, eles não podem definir completamente a qualidade dos serviços oferecidos por uma organização. ● Definindo serviço: Para ser bem-sucedido no fornecimento de serviços com qualidade é necessário, pelo menos, atender, e talvez exceder, às expectativas dos clientes. Também é necessário assegurar que a empresa pode entregar o que os clientes esperam. Isso depende em grande parte do tipo de pessoas existentes na organização. É necessário avaliar experiências, habilidades e atitudes dos empregados. Se não tiverem as experiências necessárias para atender aos padrões propostos, então é preciso reduzir os padrões ou fornecer treinamentos. Se tiverem experiência, mas não motivação, novamente, deve ser mudada os padrões ou dados incentivos para aumentar a motivação. ● Considerações sobre sistemas: Serviço de fato ocorre quando o mesmo é fornecido antes que o cliente peça por ele. Quando as pessoas têm de pedir, já foi perdida uma oportunidade de serviços. O melhor serviço é o preventivo e não o reativo. Para conseguir isso, os fornecedores de serviços na linha de frente e seus gerentes devem conhecer a seqüência e a ordem em que vão ocorrer as atividades dos clientes. Isso é critico para desenvolver a perspectiva do cliente, tão essencial para um bom serviço. Quaisquer padrões de serviços que não atendam a preocupações com comunicação provavelmente não são realistas. Obviamente, deve haver boas comunicações a respeito dos serviços, entre o pessoal de serviço e seus clientes. ● Considerações de natureza humana: 40 Os clientes querem mais do que serviços rápidos e consistentes. Alguns serviços podem ser rápidos, mas não mostram cortesia ou gentileza. Podem existir, mas mostrar pouca empatia. Comparadas com as considerações relacionadas com sistemas, as considerações de natureza humana têm importância igual ou superior. Relacionamento e confiança com os clientes são valiosos para qualquer organização, somente pessoas podem dar isso. A maioria dos clientes aprecia atenção pessoal. Apesar de nem sempre ser possível, a maioria aprecia quando o pessoal de serviço demonstra atenção ou se dirige aos mesmos pelo primeiro nome, isso mostra que o pessoal despendeu tempo e esforço para conhecer os clientes, pelo menos de nome. Também comunica respeito e torna o serviço menos burocrático. Para se fornecer um bom serviço você precisa ter pessoas que queiram servir. Algumas pessoas têm bom impacto no contato com pessoas, ao passo que outras não. Serviço é tanto verbal como não-verbal. Algumas vezes não é tanto a resposta a perguntas, mas a forma como as mesmas são dadas que é critico para a impressão do cliente. ● Estabelecendo padrões: Não importa se exista ou não um roteiro, será importante estabelecer padrões não-verbais. Sorrisos, contato visual e atitudes de recepção cordial são importantes. Postura relaxada, mascar goma ou olhar desinteressante são coisas que as pessoas de serviço alto nível devem evitar. Isso pode arruinar o roteiro mais bem preparado e o melhor sistema disponível para serviços com qualidade. ● Medindo e monitorando desempenho: Os padrões identificam o que deve ser feito, mas não necessariamente o que é feito. Pesquisas da Texas A&M mostraram que: “O que aprendemos é que a qualidade em serviços é medida pela diferença entre as expectativas dos clientes por um lado, e por outro lado, pelo nível de serviços entregues e que o cliente percebe. A diferença entre esses dois níveis representa o tamanho do problema em serviços”. Fazer uso de observações pessoais, como a American Express e outros fornecedores de serviços o fazem, provavelmente é a forma mais comum e simples de verificar o desempenho em relação aos padrões. A postura dessas observações deve ser a de assumir uma atitude de questionamento, em vez de punição de erros. A finalidade dessas observações é encontrar exemplos de aderência, tanto 41 satisfatória quanto insatisfatória aos padrões de serviços. É o que Mary Anne Rasmussinm vice-presidente Mundial de Garantia da Qualidade TRS da American Express, chama de: “Gerenciamento através de deslocamento, ouvir e imediatamente trazer as oportunidades de melhorias nos serviços à atenção dos empregado”. ● Treinamento para o potencial: A maioria dos programas de treinamento prepara os empregados para uma tarefa especifica ou para uma área em particular, mas os melhores tentam maximizar o potencial de um empregado. ● Treinamento inteligente: Atualmente, muitos administradores parecem limitar a capacidade e talvez até a inteligência de seus empregados quando esperam incompetência ou esperam pelo pior. A percepção muda às coisas. Existem profecias que se cumprem sozinhas. Os gerentes produtivos sabem disso, antecipam o melhor e agem de acordo. Se as gerências desejam empregados inteligentes na linha de frente, elas também devem mostrar como jogar o “jogo” do negócio. Não podemos esperar que os empregados ajam com inteligência, se não entenderem as regras do jogo. Para reagir de forma inteligente, o empregado devem entender como tudo se encaixa. ● Melhoria do perfil: Suas sugestões para bem representar o papel incluem projetá-lo para enfocar assuntos especiais (por exemplo, saudar os clientes, escolher uma venda, lidar com reclamações, etc.). Em segundo lugar, a representação deve desafiar o pessoal a interagir com um cliente exigente, resistente e desafiador. Também é aconselhável interrogá-lo: se o vendedor sentiu que poderia ter feito melhor. Também devem ser considerados os comentários de outras pessoas a respeito dos pontos fortes e áreas em que a apresentação poderia ser melhorada. Ele enfatizou de forma especial a necessidade de se evitar ensinar “a melhor forma”, porque não existe melhor forma. Os fornecedores de serviços devem ser encorajados a usar flexibilidade, intuição e imaginação. Tão longo a organização tenha selecionado as que querem que as pessoas exibam, e tenham contratado as melhores pessoas disponíveis, o resto depende de treinamento e motivação. Padrões de cortesia precisam ser desenvolvidos e revisados com freqüência. 42 2.4.5 Critérios para Obtenção da Qualidade Para obter a qualidade alguns processos gerenciais devem ser enfocados: Juran (1993) destaca três processos importantes para o gerenciamento da qualidade: 1- Planejamento da qualidade: Desenvolver produtos e processos necessários para atender às necessidades dos clientes, envolvendo uma série de etapas universais: determinar quem são os clientes, quais as necessidades dos clientes e desenvolver processos que sejam capazes de produzir essas características de produtos, transferir os planos resultantes às forças operacionais. 2- Controle da qualidade: Esse processo consiste nos seguintes passos: Avaliar o desempenho da qualidade real, comparar o desempenho real com as metas de qualidade, atuar nas diferenças. 3- Melhoramento da qualidade: Esse processo é a maneira de elevar o desempenho da qualidade a níveis inéditos (inovação) a metodologia consiste de uma série de etapas universais: Estabelecer a infra-estrutura necessária para assegurar um melhoramento da qualidade anual; Identificar às necessidades específicas para melhoramento; Para cada projeto estabelecer uma equipe de projeto que tenha claramente a responsabilidade de fazer com que o projeto seja bem –sucedido; Fornecer os recursos, motivação e treinamento necessário às equipes para diagnosticar às causas, estimular uma solução e estabelecer controles para manter os ganhos. Para Gianesi (1996) a avaliação da qualidade de serviços requer alguns critérios que são: ● Tangíveis Os critérios tangíveis referem-se à qualidade e ou aparência de qualquer evidência física do serviço ou do sistema de operações, ou seja, bens facilitadores, equipamentos, instalações, pessoal ou, ainda, outros consumidores. ● Consistência 43 Consistência significa conformidade com experiência anterior, ausência de variabilidade no resultado ou no processo. Este critério é importante para clientes que querem saber o que esperar de um serviço. Muitos clientes que são avessos ao risco e à experimentação de novos serviços e ou fornecedores preferem aqueles que lhe proporcionem consistência no serviço prestado. ● Competência A Competência refere-se à habilidade e ao conhecimento do fornecedor para executar o serviço, relacionando-se as necessidades “técnicas” dos consumidores. A competência é geralmente um critério importante para os serviços profissionais, nos quais o cliente procura uma capacitação da qual não dispõe. ● Velocidade de Atendimento A velocidade de atendimento é em geral um critério importante para a maioria dos consumidores de serviços, notadamente quando a presença do cliente é necessária. O tempo que o cliente tem que despender para receber o serviço é geralmente considerado um tempo perdido, a menos que o serviço envolva algum tipo de lazer para o cliente. A velocidade de atendimento refere-se também, à prontidão da empresa e de seus funcionários em prestar o serviço. ● Atendimento Atmosfera Este critério refere-se a quão agradável é a experiência que o cliente tem durante o processo de prestação do serviço. Contribui para a boa avaliação neste critério a atenção personalizada dispensada ao cliente, principalmente quando o cliente percebe que os funcionários do fornecedor do serviço o reconhecem. A cortesia dos funcionários também é um elemento importante para criar uma boa percepção. Este é o critério que avalia o nível de prazer que o cliente tem em participar ou estar presente no processo de prestação do serviço. ● Flexibilidade Flexibilidade significa ser capaz de mudar e adaptar rapidamente a operação, devido a mudanças nas necessidades dos clientes, no processo ou no suprimento de recursos. ● Credibilidade Segurança Sabe-se que o cliente percebe certo grau de risco ao comprar um serviço por não poder avaliá-lo antes da compra. Esta percepção de risco varia com a 44 complexidade das necessidades do cliente e com o conhecimento que este tem do processo de prestação do serviço. O importante conceito de que a avaliação que o cliente faz do serviço se dá através da comparação entre a expectativa prévia e a percepção formada durante e após a prestação do serviço. Contudo, reconhecendo que, além das expectativas do cliente, suas necessidades também exercem papel importante na avaliação. 2.5 ESTRATÉGIAS PARA A MELHORIA DOS PROCESSOS O processo de melhoria requer o envolvimento de todos, necessitando examinar, questionar, reformular os processos, procedimentos, normas e métodos de trabalho, conhecer e focalizar tudo que interessa para gerenciar a qualidade e, ajustar, aperfeiçoar para que resulte em qualidade total. Para Albrecht (2002 p.269), É essencial que continuamente se examinem, questionem e, caso necessário, reformulem todos os processos, pois todos os sistemas devem sua existência ao objetivo principal de fornecer valor para os clientes. Segundo Paladini (1995), As técnicas gerenciais na área da qualidade apontada para uma abordagem de motivação à qualidade, segundo a qual se deve tornar o esforço pela qualidade tarefa de todos, evidenciando-se que só a participação e empenho de todos garantem o sucesso deste esforço. 2.5.1 Etapas para os Processos de Melhorias Para o processo de melhoria é necessária uma série de etapas universais, elevando assim a níveis inéditos (inovação). Neste sentido, Juran (1993) descreve as etapas para o processo de melhoria da qualidade: ● Estabelecer a infra-estrutura necessária para assegurar um melhoramento da qualidade anual; 45 ● Identificar as necessidades específicas para melhoramento – os projetos de melhoramento; Para cada projeto estabelecer uma equipe de projeto que tenha claramente a responsabilidade de fazer com que o projeto seja bem-sucedido; Fornecer os recursos, motivação e treinamento necessário as equipes, para diagnosticar as causas, estimular o estabelecimento de uma solução, estabelecer controles para manter os ganhos. Já para Almeida (1995) o processo de melhoria de qualidade pode ser dividido em oito etapas, não sendo por ordem de importância nem execução, podendo ser dividida de maneira que melhor convier para a organização. As oito etapas são: 1- Comprometimento gerencial: É absolutamente essencial à intensa e permanente participação de todos os gerentes durante todas as etapas. É necessário definir, e divulgar a todos os que a empresa entende por melhoria de qualidade e o que está fazendo a respeito, aperfeiçoar aquilo que seus clientes devem esperar. 2- Organização: A organização deverá ser ajustada a cada caso e, naturalmente, a existência ou inexistência de pessoas designadas em tempo integral para exercer as responsabilidades. As responsabilidades do gerenciamento devem ser desdobradas em três níveis, a saber: Conselho de qualidade, executivo de qualidade, time de melhoria de qualidade. 3- Treinamento: A empresa deverá pôr e prática um programa de treinamento continuado e gradual, de forma a dar reais condições de participação a todos a seus integrantes. Continuada porque é impraticável treinar todos ao mesmo tempo; e gradual; porque se tentar transmitir tudo de uma só vez, não haverá possibilidade de assimilação. Podendo a empresa, se tiver um programa de forma de treinamento de gerentes e funcionários, o treinamento no que diz respeito a qualidade deve ser incorporado . 4- Ciclo de melhoria de qualidade: Ter uma medida de qualidade estabelecida para sua principal atividade, concordada com seu cliente (lembre-se se ela já existir, melhor, teremos, daqui em diante, que tratá-la como uma medida de qualidade); 46 Estabelecer objetivos comparando os resultados reais com os objetivos; identificando eventuais desvios e determinar suas causas; Removê-las, se negativas, ou perpetuá-las, se positivas (incentivos a participação do pessoal através do programa de círculo de qualidade); Aplicar o conceito de objetivos dinâmicos, reajustando-os à nova realidade, tornando-os mais agressivos, porém, ainda sim, os atingíveis; Repetir o ciclo. 5- Gerência de processo: A melhor maneira de se implantar esse conceito na organização é sua presidência designar seus diretores funcionais como donos pessoais de processos. Cada um deles, com o auxílio do seu representante no time de melhoria de qualidade e a participação do executivo de qualidade, definirão o processo mais importante de sua área de responsabilidade. 6- Conscientização/ Participação: O fato de que os diretores funcionais são dígnos de processos e que o assunto é revisado periodicamente por toda a alta administração, são fortes fatores de conscientização e de estímulo à participação de todos. 7- Avaliação: Há fatores que devem ser considerados para se avaliar o desempenho de qualquer gerente. Ver a existência do plano de implementação e de melhoria e a participação e a sua execução. Treinamento. Qual a percentagem de pessoal treinado. Reuniões específicas sobre qualidade. Objetivos claros e mensuráveis. Círculo de qualidade. Quando o processo de melhoria de qualidade tiver atingido um grau de amadurecimento, deverá ser considerada a inclusão obrigatória de qualidade na avaliação de todo o seu pessoal. 8- Reconhecimento: Dar oportunidade a que funcionários desenvolvam, implantem e apresentem seu bom trabalho à gerência superior, almoçar com eles, publicar esses resultados e identificar seus autores através de notícias em quadros de aviso ou em revista 47 interna da empresa, é eficiente forma de reconhecimento, mas não significativas para o pessoal do que um prêmio em dinheiro. Essas formas de reconhecimento devem ir sendo anunciadas gradativamente, em consonância com os progressos obtidos. Para a implantação de um processo de melhoria de qualidade, é necessário o perfeito entendimento por todo o seu pessoal, do que significa qualidade, dos conceitos e ferramentas a ele associados. Para Albrecht (2002) a qualidade total de serviços requer que sejam efetuados os seguintes processos: ● Melhoria de processos; ● Avaliação, mensuração e feedback; ● Pesquisa de mercado do cliente; ● Formulação de estratégia; ● Educação e treinamento. Pesquisas de Mercado e de Clientes Avaliação, Mensuração e Feedback Formulação da Estratégia Qualidade Total dos Serviços Melhorias de Processos Educação, Treinamento e Comunicação. Figura 1 Qualidade total dos Serviços Fonte: Albrecht (2002 p. 269) Albrecht (2002) cita alguns erros comuns e que levam à maioria dos fracassos: ● Não compreender as necessidades dos clientes; ● Não fixar padrões; 48 ● Permitir que o desempenho abaixo dos padrões não fosse questionado; ● Não se comunicar com os clientes e empregados sobre os serviços; ● Prometer aos clientes mais do que a organização pode fornecer. Segundo Paladini (1995), para gerar qualidade no processo, vários prérequisitos básicos devem ser seguidos sendo para empresas elementos relevantes: ● Focalizar todas as ações da empresa na atenção ao consumidor; ● Envolver efetivamente, a alta administração no esforço pela qualidade; ● Otimizar todos os recursos da companhia no processo; ● Envolver os recursos humanos, preferencialmente em ações coletivas (grupos); ● Treinamento de toda a mão-de-obra; ● Desenvolver mecanismos para incentivar a melhoria contínua e ● Avaliar de forma objetiva os resultados obtidos. A melhoria nos processos envolve cada um na organização e tornam-se uma parte do trabalho de cada pessoa, em vez de se ter as responsabilidades sobre poucos membros da organização. Por intermédio da inspeção e análise do processo, todos partilham uma experiência de aprendizagem comum e o conhecimento acumulado e entendido do processo torna-se a base para melhorá-lo (BROCKA,1994). 2.5.2 Estratégia para Melhoria Contínua Algumas estratégias citada por Brocka (1994) para melhoria contínua: ● Projeto Piloto: Prove que o projeto pode funcionar bem e um departamento ou divisão antes de exportá-lo para toda companhia. Análise das variações de todos os processos: Envolve análise tanto na administração como na linha de produção. Reconheça o processo, e não somente os resultados: O processo é a chave para melhorar os resultados. ● Simplifique: 49 Pergunte qual é o valor agregado a cada passo do trabalho, a cada forma e a cada traço sobre a forma. Falhas e problemas são oportunidades: Aprendemos com os nossos erros, assim como podemos aprender com os erros da organização. ● Coloque tudo em ordem para trazer a melhoria: Se as estratégias advogadas são tão difíceis de implementar sob a estrutura atual da organização, uma mudança poderá ser necessária. Equipes de gerenciamento podem ser estabelecidas e níveis de média gerência poderão ser reduzidos. 2.5.3 Envolvimento da Liderança no Processo da Melhoria Somente o esforço e o envolvimento de todos os membros integrantes da empresa permitirão que o sistema de qualidade seja eficaz. Dar o melhor de si é fundamental, mas não basta. Infelizmente, os melhores esforços tomados isoladamente, cada um avançando em múltiplas direções, se a devida orientação, baseada em princípios, pode causar danos profundos. (DEMING, 1990). Abrecht (2002) comenta que se todos os níveis de liderança estiverem comprometidos e empenhados para a melhoria continua, estes buscam novas maneiras de fazer com que a organização funcione melhor em proveito dos empregados e dos clientes. O esforço para que os sistemas organizacionais sejam amigáveis aos clientes deve ser permanente e inexorável. Também o envolvimento da administração é decisivo para que a melhoria dos serviços seja foco estratégico, reconhecendo e transmitindo a importância da qualidade dos serviços; não apenas o reconhecimento em si; manifestando sob a forma de atos e palavras, ouvindo as sugestões e recomendações dos empregados para a melhoria da qualidade dos serviços. Os gerentes devem se tornar a ligação entre a estratégia da empresa e o que acontece na interação com o cliente, devendo não apenas captar a visão empresarial, mas também ser capaz de transmitir em termos de efeitos na prática de 50 vendas e serviços, dando exemplo de competência, transmitindo confiança a seus subordinados (WHITELEY, 1996). 51 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente trabalho possui caráter científico em sua elaboração e por isso foi utilizado de metodologia específica para a sua conclusão. Segundo Andrade (2001), a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos mediante a utilização de alguns métodos científicos. 3.1 NATUREZA DA PESQUISA A natureza da pesquisa deste trabalho é qualitativa e quantitativa, pois: A “pesquisa qualitativa tem como objetivo, situações complexas ou estritamente particulares”. Oliveira apud Fischer (2001, p.11) destaca que esta abordagem possui a facilidade para descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir a interpretação das particularidades dos comportamentos e atitudes dos indivíduos, em maior grau de profundidade. Segundo Roesch (1999), a pesquisa qualitativa que se orienta pela tradição filosófica da fenomenologia. Para a perspectiva fenomenológica, o mundo e a realidade não são objetivos e exteriores ao homem, mas socialmente construídos e recebem um significado a partir do homem. A partir dessa visão a tarefa da ciência social não é levantar fatos e medir a freqüência de certos padrões, mas apreciar as diferentes construções e os significados que as pessoas atribuem a sua experiência. Nesse sentido, Roesch apud Fischer (1999), a pesquisa qualitativa envolve uma instância teórica que de maneira autoconsciente procura suspender suposições descuidadas sobre significados compartilhados. Sem a utilização de quantificações, na pesquisa qualitativa parte-se de um enfoque, o qual implica iniciar com um 52 conjunto de conceitos amplos e de idéias, cujo conteúdo vai consolidando-se durante o processo de coleta. Ao contrário da pesquisa quantitativa, em que se parte de conceitos a priori sobre a realidade, na pesquisa qualitativa vai-se a campo sem estruturação, justamente para captar as perspectivas e interpretações das pessoas. Também foi utilizada a pesquisa quantitativa, que é apropriada para possíveis alterações nas organizações como forma de implantação de novos programas, buscando obter bons resultados (ROESCH, 1999). 3.2 MÉTODO DA PESQUISA Segundo Marconi e Lakatos (2002, p.253): O método consiste em uma série de regras com a finalidade de resolver determinado problema ou explicar um fato por meio de hipóteses ou teorias que devem ser testados experimentalmente e podem ser comprovadas ou refutadas. Os tipos de pesquisa utilizada para o desenvolvimento do trabalho foram, a pesquisa bibliográfica, que de acordo com Koche (1992); RUIZ, (1979), apud BUBLITZ e, a pesquisa bibliográfica consiste na busca e na análise de referências teóricas, publicadas em livros, obras ou congêneres, para identificar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado assunto. Também o trabalho utilizará da pesquisa descritiva que Segundo (Lakatos e Markoni, 2002) a pesquisa descritiva procura classificar, estudar, explicar e interpretar fatos e fenômenos do mundo físico e humano, sem a interferência do pesquisador, ou seja, sem manipulá-lo. Como assinala Oliveira apud Fischer, (2001), o estudo descritivo procura abranger a correlação entre variáveis, fundamentais para as diversas ciências sociais, e que permite ao pesquisador obter uma melhor compreensão do comportamento de diversos fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno. Também o método será a pesquisa exploratória que de acordo com Mattar (2002), pesquisa exploratória poderá ajudar o pesquisador, a saber, quais das várias 53 opções se aplicam ao problema da pesquisa, propiciando o maior número possível de informações acerca do referido assunto. De acordo com Fischer (2001), um estudo exploratório não elabora hipóteses, restringindo-se à definição de objetivos e à busca de maiores informações sobre determinado assunto. Seu objetivo é a familiarização com o fenômeno ou a obtenção de nova percepção deste e o descobrimento de novas idéias. 3.3 UNIVERSO DA PESQUISA Esta pesquisa foi desenvolvida numa Instituição financeira situada na cidade de Caçador, estado de Santa Catarina, a qual se buscará avaliar como está a qualidade nos serviços prestados nesta Instituição. 3.4 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS As técnicas de coletas de dados utilizadas foram através de pesquisa bibliográfica, questionário e observação. A pesquisa bibliográfica se realiza por meio de livros, revistas, artigos fundamentados sobre o tema apresentado,[...] O questionário é um instrumento de coleta de dados muito utilizado em pesquisa quantitativa, onde se propõem levantar a opinião da população sobre o assunto em questão. É aplicado aos colaboradores antes da realização do treinamento com objetivo de detectar as causas e conseqüências da não utilização do orçamento familiar. Outro método utilizado para coleta de dados será a observação participante aberta, realizada dentro da empresa, juntamente com os colegas e colaboradores em geral (ROESCH, 1999). 54 3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS A análise dos resultados da pesquisa foi apresentada de forma descritiva, onde a empresa pode perceber as situações que influenciam o comportamento das pessoas diante de planejamento do orçamento familiar. Segundo Oliveira (1997), estudo descritivo procura abranger a correlação entre variáveis, fundamentais para as diversas ciências sociais, e que permite ao pesquisador obter uma melhor compreensão do comportamento de diversos fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno. 55 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO Este capítulo se encarrega de sistematizar e analisar os dados coletados na Instituição Financeira com relação à qualidade dos serviços prestados, avaliando interpretando os dados para que possa resultar em melhoria das atividades e satisfação do cliente. 4.1 ANÁLISE DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO E DOS SERVIÇOS PRESTADOS EM RELAÇÃO À NECESSIDADE DO CLIENTE. Diante do estudo teórico, constatou-se que o cliente deve ser considerado como principal ferramenta para que uma empresa se mantenha viva no mercado. Ainda mais quando se trata de Instituições Financeiras, pelo fato destas disponibilizarem praticamente os mesmos produtos e serviços, o que exige uma atenção mais qualificada a este cliente cada vez mais exigente. Neste sentido faz–se necessário uma constante avaliação de seus serviços, avaliando como o cliente está sendo atendido e procurando satisfazê-lo sempre. A Instituição Financeira objeto deste trabalho é um banco público, preocupado em atender seus clientes da melhor maneira possível, integrado às comunidades, prestando serviço com excelência, reforçando o seu compromisso com a qualidade no atendimento aos seus clientes. A busca pela excelência está presente no desenvolvimento de diferentes produtos e serviços e no envolvimento de todos os agentes e setores da Instituição. O grande questionamento é achar uma forma de saber se o atendimento e serviços ofertados estão satisfazendo as necessidades dos clientes, visto que, é necessário conhecer as necessidades destes para então, elaborar maneiras de satisfazer às necessidades, assim como elaborar novos produtos que possam cativar a clientela. 56 Para fazer esta avaliação com relação à satisfação da clientela da instituição objeto deste estudo, foi elaborada uma pesquisa, visando saber a satisfação de seus clientes e usuários, na busca pela identificação de onde e em que podem ser efetuadas melhorias. Foram utilizadas algumas considerações importantes destacadas por Kotler (2000), que englobam procedimentos relacionados a itens como: confiabilidade (ter competência em executar atividades conforme o prometido de forma segura, precisa e com consistência); capacidade de resposta (possuir a disposição em auxiliar e contribuir com os clientes, bem como fornecer os serviços dentro do tempo determinado); segurança (ter a idoneidade dos prestadores de serviços de transmitir com segurança e confiança o conhecimento aos clientes); empatia (prover atenção especial e individualizada de cada um dos clientes, cordialmente); e ainda, demonstrar os aspectos da estrutura física (instalações físicas, equipamentos utilizados no processo). Com relação à confiabilidade também citado por Albrecht (2002) e Whiteley (1992), onde relatam que a confiabilidade se resume em ter competência em executar as atividades conforme o prometido e de forma segura, precisa e com consistência, com também habilidades de transmitir confiança, segurança e credibilidade. Também sobre as formas de medir os desejos do cliente, sendo esta a melhor maneira de saber se estes estão sendo satisfeitos, forçando uma disciplina que irá beneficiar a organização mesmo antes de constatados os resultados, como também fornece informações confiáveis do que está certo e errado na organização, ajudando a melhorar o desempenho mais fraco. A Instituição Financeira, através de seus funcionários busca atender seus clientes de forma segura, precisa e com consistência. Isto pode ser observado no resultado da pesquisa feita a 100 (cem) clientes e usuários da referida instituição, que obteve um excelente resultado, pois 89% (oitenta e nove por cento) consideram este item sendo ótimo e o restante, ou seja, 11% (onze por cento) consideraram-no como bom, demonstrando que seus clientes estão satisfeitos com os serviços, e que os funcionários possuem habilidades em prestar serviços com segurança e de forma precisa, muito importante para a Instituição que conseguiu conquistar e fidelizar seus clientes. 57 No gráfico 1, serão apresentados os resultados da pesquisa, em relação à competência dos funcionários da Instituição. 0% 11% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 89% Gráfico 1 – Competência dos Funcionários Em relação à capacidade de resposta ou à disposição dos funcionários em auxiliar os clientes, fornecendo serviço dentro do tempo determinado é o que cita Kotler (2000), descrevendo que a capacidade de dar a resposta ao cliente auxiliando quando necessário irá contribuir para a qualidade nos serviços. Neste item também o resultado foi excelente com 85% (oitenta e cinco por cento) considerado ótimo e 15% (quinze por cento) considerado bom. Isto demonstra que a Instituição possui funcionários ágeis com amplo conhecimento e domínio do assunto, transmitindo com segurança e clareza as informações para o cliente, a resposta de toda gama de produtos que a mesma disponibiliza, o que vem a contribuir à qualificação dos serviços por ele ofertado e prestado. Em relação à disposição dos funcionários, esta está sendo representada através do gráfico 2. 58 0% 15% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 85% Gráfico 2 – Disposição dos Funcionários Quando se refere a confiança que o cliente possui na Instituição e em seus colaboradores podemos constatar o que Albrecht (2002) e Kotler (2000), destacam que a confiabilidade é um item importante e necessário para atingir o diferencial. E através desta pesquisa podemos analisar que a Instituição transmite esta confiança e segurança aos clientes, pois 57% (cinqüenta e sete por cento) dos usuários e clientes têm com ótimo e 43% (quarenta e três por cento) consideram bom. Isto é muito importante para a Instituição que está há apenas cinco anos prestando serviços nesta cidade de Caçador-SC e, mesmo assim, possui muitos clientes fidelizados com a Instituição, considerando que estes clientes também são clientes da concorrência. No gráfico 3, são apresentados os resultados referentes à confiança, segurança e credibilidade. 59 0% 0% Otimo 43% Bom 57% Ruim Pessimo Gráfico 3 – Confiança/Segurança/Credibilidade Como visto, de acordo com Albrecht (2002) e Kotler (2000), a empatia é outro item importante para prestar um bom atendimento, sendo que este fator determina a qualidade de serviços. Refere-se aqui ao fornecimento de atenção individualizada. Neste item a Instituição possui o atendimento individualizado, tornando um diferencial, visto que o cliente ao chegar à agência é atendido pelo gerente de sua conta, ou seja, um atendimento individualizado, onde este já o conhece e procura atendê-lo conforme sua necessidade. Este item foi bem avaliado, pois 79% (setenta e nove por cento) dos clientes consideram com ótimo, para 21% (vinte e um por cento) foi bom, isto significa que os mesmos se sentem satisfeitos. Conforme pode-se ver no gráfico 4. 0% 21% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 79% Gráfico 4 – Atendimento Individualizado 60 Em relação aos itens tangíveis, que são relacionados às instalações físicas e visuais da referida Instituição. Com relação às instalações físicas e visuais da instituição, apesar de este item apresentar um percentual menor em relação aos outros em que foi obtido um excelente resultado, não deixa de ser bom, pois 72% (setenta e dois) dos clientes ainda consideram bom, para 9% (nove por cento) ótimo, e 19% (dezenove por cento) consideram ruim. Costa (2000), Albrecht (2002) e Kotler (2000), destacam que a aparência física, ou seja, os aspectos da estrutura física é um item tão importante para atingir a excelência no atendimento segundo a percepção do cliente. Assim há necessidade que a Instituição priorize este item, pois será o que fará o diferencial. Através da análise elaborada, sendo esta de grande valia, ao constatar que existe, ainda que pequena, uma insatisfação dos clientes em relação às instalações físicas e, através deste conhecimento procurar adequar melhorias que venham a resultar a satisfação da clientela. No gráfico 5, são apresentados os resultados relacionados aos itens tangíveis. 19% 0% 9% Otimo Bom Ruim Pessimo 72% Gráfico 5 – Instalação Física e Visual da Instituição Pode-se também acrescentar que a receptividade citada por Costa (2000), onde destaca que para realizar um atendimento com diferencial competitivo devem- 61 se desenvolver habilidades e comportamentos da qual inclui a receptividade e avaliação construtivas. Isto fará o cliente se sentir satisfeito com a instituição. O resultado também foi excelente, pois 78% (setenta e oito por cento) avaliaram como ótimo e 22% (vinte e dois por cento) como bom. Significa que o cliente está satisfeito com a instituição, sendo este representado através do gráfico 6. 0% 22% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 78% Gráfico 6 – Receptividade Em relação à informação e comunicação precisa, sabe-se que, tão importante quanto atrair clientes, é ter a capacidade de mantê-los, fazer com que eles voltem a fazer negócios, e a informação é muito importante para que ele adquira confiança. Salina (1993) apud Soares e Schaffler (2004) destaca que à comunicação e informação são algumas características importantes para atingir a qualidade dos serviços bancários. Também para que a informação seja dada corretamente há necessidade de conhecimento dos produtos e serviços e a responsabilidade que o cliente vê no funcionário que está prestando o serviço ou ofertando o produto. Nota-se que a Instituição dispõe de funcionários que procuram transmitir com segurança e clareza as informações que o cliente precisa no que diz respeito a toda gama de produtos que a instituição disponibiliza, contribuindo à qualificação dos serviços por ela ofertado e prestados, pois sabe-se que um cliente mal informado acaba gerando problemas que muitas vezes acabam por perdê-los. 62 O resultado, neste caso, foi de que 60% (sessenta por cento) dos clientes estão satisfeitos, avaliando como ótimo e 40% (quarenta por cento) avaliando como bom, sendo este, representado através do gráfico 7. 0% 0% 40% Otimo Bom Ruim 60% Pessimo Gráfico 7 – Informação e Comunicação Precisas Avaliando o conhecimento dos funcionários, necessário para dar informação precisa os clientes, mais a responsabilidade destes funcionários resultou em que 79% (setenta e nove por cento), consideram bom e 21% (vinte e um por cento) ótimo o conhecimento dos funcionários e, com relação à responsabilidade deste foi excelente, pois 91% (noventa e um por cento) consideram ótimo para 9% (nove por cento) bom. Demonstra que a Instituição possui um excelente quadro funcional preparado para dar a informação e com responsabilidade, contribuindo para um excelente atendimento. No gráfico 8, são apresentados os resultados em relação ao conhecimento dos funcionários e, no gráfico 9, os resultados relacionados à responsabilidade dos funcionários. 63 0% 21% Otimo Bom Ruim Pessimo 79% Gráfico 8 – Conhecimento dos Funcionários 0% 9% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 91% Gráfico 9 – Responsabilidade dos Funcionários Já em relação à agilização nas operações, o processo de agilizar as operações bancárias dentro da instituição é fazer com que a resposta seja dada ao cliente o mais rápido possível quanto às suas solicitações de operações bancárias ou outro serviço ou produto que a Instituição oferece. Assim Costa (2000) destaca que segundo a percepção dos clientes a agilização das operações bancárias é uma das prioridades dos clientes para atingir a excelência no atendimento. Neste caso há necessidade de possuir funcionários disponíveis para esta tarefa, agilizando o processo, dando suporte para amparar o fluxo de documentos 64 que chegam, dados econômicos financeiros, necessários para que uma operação de crédito seja consolidada. Isto requer a atuação de um número mínimo de erros e burocratização conforme comenta Salina (1993) apud Soares e Schaffler (2004) que para atingir a qualidade dos serviços bancários devem levar em consideração algumas características das quais resumem em dispor de todos os produtos e serviços adequados à necessidade dos clientes atuando sem erros e burocratização. E notou-se que em relação a este fator, a Instituição Financeira está com o resultado bom, necessitando melhorar para atingir nota máxima, pois o cliente é a peça fundamental, sendo que, estando ele uma vez insatisfeito basta um deslize, uma desatenção para perdê-lo, e que para reconquistar a credibilidade deste cliente é uma tarefa muito mais difícil do que conquistá-lo. Relacionado ao fator acima mencionado, 52% (cinqüenta e dois por cento) dos entrevistados consideraram bom e 48% (quarenta e oito por cento) consideraram ótimo, Representado, através do gráfico 10. 0% 0% Otimo 52% 48% Bom Ruim Pessimo Gráfico 10 – Agilização nas Operações Em consideração à orientação e ao direcionamento, um cliente bem orientado e esclarecido no início da negociação, acaba sendo fidelizado. Assim, Costa (2000) argumenta que orientar e esclarecer melhor o cliente são algumas das prioridades de ações para a excelência no atendimento de acordo com a percepção dos clientes. 65 A Instituição, através de seus funcionários, procura orientar seus clientes sobre os seus produtos e serviços, esclarecendo a melhor maneira de utilização de seus produtos, isso faz com que o cliente perceba o que é melhor para ele e como a Instituição quer que ele esteja satisfeito. A comunicação e informação devem ser dadas ao cliente por meio de resposta rápida, claras e seguras, sanando seus problemas e suas necessidades. Isso faz com que a Instituição continue formando sua equipe de trabalho, oferecendo treinamento e monitorando para que seus funcionários realmente satisfaçam as reais necessidades de seus clientes. Assim, obteve-se um resultado de 68% (sessenta e oito por cento) que consideraram como bom e 32% (trinta e dois por cento) que consideraram como ótimo, representado através do gráfico 11. 0% 0% 32% Otimo Bom Ruim Pessimo 68% Gráfico 11 – Orientação e Direcionamento Saber quais as reais necessidades dos clientes para poder oferecer o produto e serviço adequado, e o que cita Reis (1998), é crucial para a satisfação no atendimento, pois, um cliente bem satisfeito, tem chances maiores de poder ser fidelizado, já um cliente insatisfeito, pode além de nunca mais usufruir dos serviços da instituição, fazer um marketing negativo da mesma para outras pessoas. Pode-se observar que a Instituição possui produtos e serviços que seus clientes avaliaram como 68% (sessenta por cento) ótimo e 32% (trinta e dois por cento) bom. A Instituição está cada vez mais forte e ainda mais voltada para o cliente, seja ele pessoa física ou jurídica, desenvolvendo produtos e serviços inovadores. E, com 66 o intuito de divulgar essas facilidades elaborará uma campanha publicitária, que busca aumentar o número de clientes da Instituição. Cabe destacar os serviços lançados recentemente através do site da instituição, seu portal, onde se tem navegação prática, objetiva e simples e com total segurança, atendendo tanto a pessoa física quanto a pessoa jurídica. O Office Banking, Home Banking, estão disponíveis ao cliente para fazer suas transações em horário diferenciado ao expediente bancário, utilizando-se do cartão internet magnetizado, oferecendo a segurança que o cliente precisa ao fazer suas transações. Além de produtos com taxas atrativas e de fácil liberação. O índice de satisfação dos clientes em relação aos produtos e serviços oferecidos está representado no gráfico 12. 0% 0% 32% Otimo Bom Ruim Pessimo 68% Gráfico 12 – Produtos e Serviços Oferecidos Para que uma Instituição forneça excelência no atendimento Costa (2001) recomenda que priorizem ações como: Presteza e facilidade de acesso e contato com produtos e serviços e redução do tempo de espera. Assim a instituição procurar empenhar-se ao máximo a esses detalhes, incluindo o tempo de espera, em que os clientes que chegam à instituição possam logo ser atendidos. Por isso questionou-se os clientes para saber se o tempo de espera para ser atendido está de acordo com as suas expectativas. Assim 58% (cinqüenta e oito por cento) dos clientes consideraram ótimo, e 42% (quarenta dois por cento) bom. Este resultado pode ser melhorado desde que 67 disponibilize mais funcionários para atendimento ao cliente reduzindo o tempo de espera. O tempo de espera para o atendimento é representado pelo gráfico 13. 0% 0% Otimo 42% Bom Ruim 58% Pessimo Gráfico 13 – Tempo de Espera para o Atendimento Para satisfazer a necessidade dos clientes deve-se utilizar-se de padrões profissionais e éticos Las Casas (1997) apud Soares e Schaffler (2004), que segundo eles são: possuir eficiência na prestação de serviços, como atos, ações e desempenho com agilidade e qualidade, comunicação clara, resposta rápida e segura, apresentando comodidade e segurança para o cliente. A Instituição, através de seus gerentes e funcionários demonstra atitudes positivas que favorecem o bom relacionamento com seus clientes, qualificando o atendimento, possuindo os padrões profissionais e éticos, objetivando a oportunidade para melhorar a qualidade dos serviços e possuindo eficiência na prestação de serviços. Através do resultado pode-se constatar que 91% (noventa e um por cento) dos clientes vêem seus gerentes e funcionários com atitude ótima e 9% (nove por cento) boa. Excelente para o cliente que busca a qualidade nos serviços. No gráfico 14, tem-se a visualização deste resultado. 68 0% 9% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 91% Gráfico 14 – Atitude dos Funcionários e Gerentes Para melhorar a qualidade nos serviços é preciso identificar o que causa a insatisfação dos clientes. O que se observou com negativo, causando insatisfação do cliente foi o atendimento ao telefone. Com sabe-se que o pronto atendimento causa excelente impressão, e como a Instituição não possuindo telefonista, todos devem atendê-lo com agilidade na solução e no atendimento, atendendo muito bem como se estivesse na frente do cliente, cumprimentando e colocando sempre a disposição do cliente, auxiliando no que for necessário, como também dando um direcionamento e principalmente passando o recado, caso não possa atender. O que for observado é que por várias vezes o telefone toca sem ser atendido, e quando um funcionário atende deixa o cliente esperando por muito tempo ao telefone por não saber prestar as informações ou esclarecimento correto, e ainda não passando o recado a pessoa que prestaria o atendimento. Como se sabe que quando se atende ao telefone à imagem de seu estabelecimento é percebida do outro lado da linha, precisando ser ágil, escutando com atenção e colocando à disposição do cliente, mostrando-se prestativo. Conforme se observou, o processo de melhoria requer o envolvimento de todos, necessitando examinar, questionar reformular os processos, procedimentos, normas e métodos de trabalho, conhecer e focalizar tudo que interessa para gerenciar a qualidade, ajustar, aperfeiçoar e, conforme Albrecht (2002) comenta é essencial que continuamente se examinem todos os processos, sendo que todos os 69 sistemas devem sua existência ao objetivo principal de fornecer valor para os clientes, isto tudo resulta em qualidade total. O essencial em qualquer processo é a capacidade de gerar algo que surpreenda o cliente e muitas vezes são mais uma questão de postura do que de domínio de teorias complexas. Assim deve ter no seu quadro funcional; pessoal que lida diretamente com o cliente; atitude e capacidade de se colocar no lugar deles e tratá-los do jeito esperado. São estes diferenciais que estão vinculados a conceito que o cliente valoriza como credibilidade, flexibilidade e personalização no atendimento. E conforme Almeida (1995) o esforço da qualidade deve ser tarefa de todos, e só a participação e o empenho de todos é que garantem o sucesso, necessitando do comprometimento gerencial, organização ajustada, treinamento continuado, estabelecimento de objetivos, conscientização, participação de todos, avaliação e reconhecimento. Por isso a Instituição objeto deste trabalho procura a melhoria contínua em seus serviços, capacitando constantemente seus funcionários para poder oferecer um atendimento qualificado e produtos que satisfaçam sua clientela, com a participação de todos os gerentes para o processo de melhoria. Conforme recomenda também Paladini (1995) e Albrecht (2002), que para que haja qualidade no processo há a necessidade de treinamento de mão-de-obra e o envolvimento de todos os níveis de liderança comprometidos e empenhados para a melhoria. Neste sentido a administração da Instituição demonstra empenhada para o processo de melhoria, disponibilizando sempre que necessários funcionários para treinamento, estando sempre envolvida com o processo de melhoria, aceitando sugestões dos empregados para atingir os objetivos da organização. Mas como se sabe que para uma empresa se mantenha viva no mercado, o cliente deve ser considerada como a principal ferramenta. 70 4.2 MOTIVAÇÃO, COMPORTAMENTO E ATITUDES DOS FUNCIONÁRIOS PARA UM EXCELENTE RESULTADO. Quem faz e garante a qualidade são as pessoas, muito mais do que ambientes, tecnologia e processos, que também fazem parte. Neste sentido é necessário que a equipe esteja motivada, pois seu comportamento e sua atitude são importantes para que se obtenha um resultado. A Instituição Financeira possui uma equipe de profissionais qualificados, sendo que a mesma investe constantemente na qualificação do seu corpo funcional, oportunizando a este, realizar cursos de qualificação e aperfeiçoamento, como também oferece a este funcionário, no momento de sua contratação um treinamento específico ao trabalho. Mas percebe-se também que há necessidade de treinamentos constantes desses funcionários para acompanhar as mudanças e também a concorrência. Mas como a Instituição prima por um excelente atendimento, isto requer funcionários além de capacitados, trabalhando com prazer, satisfeitos, motivados e respeitando uns aos outros. Quando se consegue criar um clima organizacional que propicie a satisfação das necessidades de seus participantes, canalizando seus comportamentos, motivados para a realização dos objetivos da organização, simultaneamente, tem-se um clima propício ao aumento da eficácia. Apesar de que nem todos os funcionários encontrarem-se satisfeitos em trabalhar nesta cidade, pois vieram de outro estado, deixaram suas famílias, seus amigos, mas não deixam transparecer esta insatisfação, desempenhando o máximo, se comprometendo com o atendimento ao público, como também com a operacionalidade do processo. O atendimento insatisfatório acaba em não atingir a avaliação máxima nos critérios de satisfação aos clientes. E isso é uma grande preocupação por parte da administração, pois diante de uma grande similaridade de produtos e serviços bancários, o grande diferenciador é a qualidade dos serviços prestados, 71 necessitando de uma equipe motivada para atender. São estes funcionários que personificam o atendimento e a própria empresa. O comprometimento funcional pode apresentar uma vantagem competitiva visto que, na busca permanente por qualidade e excelência, a Instituição necessita do investimento das pessoas no trabalho. Um grupo comprometido é um recurso disponível para levar adiante os objetivos da empresa, pois o comprometimento é a disposição a agir uma vez que entenda uma forte identificação da pessoa aos valores da organização. Os funcionários apresentam-se compromissados, motivados, integrados com a Instituição, desenvolvendo lealdade e preocupação com a mesma, contribuindo para maior produtividade e qualidade, consequentemente a excelência no atendimento. 4.3 PROPOSTA DE AÇÃO Considerando que, diante da grande similaridade dos produtos e serviços bancários, o grande diferenciador, o que faz o cliente decidir entre uma Instituição Financeira e outra, é a qualidade dos serviços prestados ou mesmo a excelência no atendimento, atendendo o cliente conforme suas necessidades. Como a Instituição Financeira segue uma política de desenvolvimento de equipe comprometida com a excelência no atendimento aos clientes e está alinhada a visão e aos valores da Instituição; E que por a Instituição estar atuante em Caçador-SC há menos tempo que a concorrência, precisa conquistar esses clientes já fidelizados por outra Instituição; Sabe-se que o perfil de cliente da Instituição Financeira é usuário de outra Instituição, cabendo-lhe ter um diferencial para mantê-lo; Analisando os resultados do questionário aplicado aos clientes, mesmo sabendo que os clientes e usuários estão satisfeito com a instituição, cabe a mesma criar alternativas que possibilite assegurar um melhoramento na qualidade de seus serviços. Para isso o referido trabalho de conclusão de curso apresentará a Instituição Financeira de Caçador-SC, a seguinte proposta de ação: 72 4.3.1 Reestruturação da Estrutura Física Propõem-se a Instituição Financeira reestruturar o Layout da agência, visto que a mesma não possui estrutura física adequada, e conforme foi constatado através da pesquisa, este item obteve insatisfação. Nota-se que com o aumento significativo do número de clientes pessoa jurídica aumentaram consideravelmente a quantidade de rotinas necessitando de atendimento a estes clientes. Neste sentido faz-se necessário a instalação de mais um ponto de atendimento a esses clientes, identificado como plataforma para atendimento pessoa jurídica. A alternativa proposta é abrir o espaço existente ao lado dos caixas, onde tem acesso ao espaço ocupado pela gerente de negócios na parte superior da agência, colocando mais um birô1, necessitando somente da instalação de pontos lógicos elétricos, criando assim mais uma área de atendimento aos clientes. Assim, quando os clientes pessoa jurídica vierem à agência, existirá um local reservado para tratar de negócios. A Instituição possui uma equipe de venda, sendo a gerencia de negócio e gerente geral, assim quando estes visitam os empresários sempre foram muito bem recepcionado em um local adequado para tratar de negócio, assim sendo, a Instituição necessita com urgência adequar o espaço, proporcionando assim um local para reuniões com estes clientes, separado do atendimento normal, um local reservado para este fim, importante para o cliente e para a Instituição. Como a Instituição já possui micro, birô e funcionário na área de negócio, necessita somente da alteração física. 1 Escrivaninha com gavetas, mesa de trabalho. 73 4.3.2 Suporte Operacional. Ampliar o suporte operacional da agência, disponibilizando mais um funcionário na retaguarda confeccionando e atualizando cadastros, tanto pessoa física e jurídica, pois o cadastro faz parte da documentação exigida para abertura de conta, sendo muito importante para a decisão do crédito, como também para agilização das operações. Para isso deve-se liberar o estagiário existente para esta função, visto que hoje a Instituição possui uma plataforma de atendimento com seis birôs, sendo dois para plataforma de serviço e atendimento pessoa física, um para gerência adjunta, um gerência geral, um operador de negócios pessoa física e um somente para pessoa jurídica, necessitando de mais um funcionário para confeccionar os documentos para cadastro que chegam a agência, recepcionar os documentos dos clientes, dar um direcionamento a estes documentos. Como foi visto muitos cadastros encontram-se desatualizados e também cadastros novos precisando ser confeccionados para a consolidação da venda. A alternativa é que seja instalada ao lado do funcionário que já atende a pessoa jurídica, mais um birô e um micro que se encontra na retaguarda, ficando assim os dois atendentes pessoa jurídica. Desta forma será mais um funcionário atendendo, recepcionando documentação e atendendo melhor o cliente, qualificando o atendimento. 4.3.3 Flexibilizar o Atendimento Fexibilizar é ser capaz de mudar e adaptar rapidamente a operação conforme a necessidade do cliente. Assim sabe-se que o cliente é a peça fundamental para a sobrevivência da Instituição, e umas das formas de assegurar a sobrevivência é praticar as mesmas atividades utilizadas pela concorrência, mas com procedimentos ou técnicas diferentes. Assim deve-se encontrar algo que acrescente valor ao seu 74 produto ou serviço, excedendo a satisfação e surpreendendo o cliente, ampliando a capacidade de competição. Por isso na Instituição há a necessidade de inovar, acrescentar um diferencial competitivo ao cliente, escolhendo atividades diferentes daquelas praticadas pela concorrência, ou ainda, praticar as mesmas atividades, mas com procedimentos ou técnicas diferentes. Assim sendo deve a Instituição, através de seus administradores, disponibilizar um funcionário na linha de frente, recepcionando os clientes, ficando permanentemente na recepção, ou seja, na entrada da agência. Na recepção ao cliente é fundamental que ele obtenha uma boa impressão sobre o seu trabalho e/ ou empresa, pois receber o cliente bem é vital. Para isso é necessário que o funcionário que for designado para ficar na linha de frente, possua algumas atitudes e comportamentos que serão necessários, devendo a administração treiná-lo para desempenhar tal função. Assim este funcionário deve: Cumprimentar os clientes com entusiasmo, sorrir com um sorriso sincero, perguntar no que pode servi-lo, escutar o cliente com atenção, ser gentil, prestativo indo ao encontro do cliente, mantendo um bom humor em todas as circunstâncias, sendo cordial, alegre, otimista e com atitudes positivas demonstrando tranqüilidade e sinceridade, recepcionando e dando um direcionamento ao cliente. Como a Instituição possui seis funcionários e duas estagiárias, sugere que seja liberada uma estagiária, visto que o custo de investimento é menor também. Pois é necessário que contrate pessoas que gostem de outras pessoas, mantendo pessoas que aceitem e excutem com entusiasmo o que é preciso fazer para satisfazer o cliente. Sabe-se que para mantermos um bom relacionamento interpessoal é importante valorizar as pessoas com as quais mantemos contatos. Por isso é fundamental desenvolver uma personalidade positiva. 75 4.3.4 Criação do Caixa Retaguarda Como o fluxo de pessoas para atendimento ao caixa é intenso principalmente nos dias de pico, sugere-se que a Instituição implante um caixa retaguarda para atender estes clientes. Como a Instituição possui dois caixas fixos instalados na linha de frente atendendo através de senhas, e conforme constatado o tempo de espera para atender estes clientes tem aumentado consideravelmente. Este será um terceiro caixa que não será fixo, e também não estará na linha de frente, ficará na retaguarda e abrirá somente quando for necessário, atendendo aqueles clientes, principalmente empresários que vêm à agência, e que precisam de um atendimento diferenciado, pois se sabe que estes também precisam estar atendendo seus clientes e fazendo negócios. Fixar o caixa na retaguarda também será uma maneira de não constranger os usuários. Como existem funcionários já treinados para atendimento ao caixa e a Instituição possui caixas sem serem utilizados, e possui espaço, a implantação deste novo caixa irá agregar qualidade no atendimento, fortalecendo ainda mais o valor que o cliente possui da Instituição. A justificativa para esta ação é que a Instituição possui uma carteira de cliente pessoa jurídica (varejo) e uma enorme carteira de clientes corporativo, sendo estes as grandes empresas que são acompanhadas pela gerencia corporativa da superintendência regional por tratar de clientes especiais, necessitando também de atendimento condizente. Sabe-se também que a maior rentabilidade são destes clientes corporativos, são eles que contribuem para que cada meta seja alcançada, superando a carteira pessoa física. Por isso há a necessidade de prestar um atendimento diferenciado, com rapidez para estes clientes que são o sustento da agência. 76 4.3.5 Reuniões Periódicas As reuniões são de grande valia para a empresa e funcionário, pois é através dela que sabemos as metas que precisa ser atingida, avalia os resultados, dando oportunidade de descobrir se está no caminho certo para o alcance dos objetivos e como fazer atingi-lo. Um bom gestor deve manter os profissionais informados sobre a estratégia da empresa e cuidar para que cada um desempenhe o papel necessário para que a meta seja alcançada. A cada reunião há inovação do conhecimento, fortalecendo ainda mais os objetivos da Instituição. Tendo analisado que são poucas as reuniões, sugere-se que sejam feitas reuniões quinzenais, sendo coordenada pela gerencia geral e abrindo espaço para a participação de todos. Nesta reunião serão feitas avaliações e revisões dos seus serviços e produtos, e dos resultados obtidos, objetivando oportunidades para melhorar a qualidade dos mesmos. Também a reunião dará oportunidade para que cada funcionário participe, expondo suas dificuldades, suas idéias, contribuindo de alguma maneira no que se refere aos produtos que domina, multiplicando assim conhecimento, focando sempre na importância do cliente e do excelente atendimento ao cliente. A reunião que será coordenada pela gerencia administrativa, sendo estas com objetivo de estipular metas para cada funcionário, envolvendo toda equipe para alcance dos resultados, e motivando com premiação para aquele funcionário que alcançar ou superar a meta, reconhecendo o sucesso do resultado. Esta premiação será de prêmio em dinheiro, como também dias de folga negociada com a administração. Na reunião de final do mês onde serão apresentados os resultados das metas com a equipe, e sugere a liderança que ofereça como agradecimento pelo resultado alcançado, um café da manhã com a equipe, motivando a participação de toda equipe, resultando num belo momento de confraternização e agradecimento pelo 77 resultado alcançado. Isso fará com que a administração contribua para formação de uma equipe forte. 4.3.6 Capacitação Interpessoal Sabe-se que dentre os serviços prestados ao cliente, o bom atendimento destaca-se de modo especial, como forte instrumento de diferenciação. Para que o funcionário possa desempenhar um excelente atendimento aos clientes, este deve possuir habilidades, ou seja, comportamentos e atitudes. Estes comportamentos e atitudes podem ser treinadas ou educadas. Para isso a Instituição deve oferecer treinamento específico a seus funcionários, principalmente no que se refere a relacionamento interpessoal, como o cumprimento ao cliente com entusiasmo, o sorriso sincero, atitude de cooperação, e outros necessário para que o cliente se sinta valorizado e importante. Este treinamento ao funcionário pode ser aplicado pelos próprios gestores da Instituição, como também deve ser individualizado ao mesmo. Como estes gestores possuem habilidades e também conhecimento, pois já foram treinadas para assumir sua função, poderão multiplicar e contribuir para que o resultado seja atingido, resultando assim em realização do cliente interno e satisfação do cliente externo. 4.3.7 Capacitação em Vendas Aprimorar as habilidades de toda a equipe mercadológica, investindo em treinamento aos profissionais de venda, orientado para a satisfação do cliente, o conceitos de qualidade total e técnicas de relacionamento, só assim mais negócios poderão ser efetivados. Com este treinamento seria implantados na Instituição mais profissionais envolvidos e comprometidos com a venda, com habilidades, determinação e vontade de fechar negócios, possuindo conhecimento daquilo que se vende, visto que muitos produtos são lançados antes mesmo desses funcionários 78 conhecê-lo, assim o treinamento oportunizaria um maior conhecimento, como também um comportamento profissional com iniciativa de diálogo com o cliente. Neste sentido será proposto a Instituição a liberação de mais treinamento para a equipe mercadológica. Como a Instituição é bem estruturada, possuindo profissionais altamente capacitados, dando suporte quando solicitado, e sendo este ministrado pela gestão de pessoas da Agência central, o treinamento será solicitado à administração local, que será encaminhada a agencia central, a qual disponibilizará sempre que for solicitada ou quando forem implantados novos produtos o referido treinamento. O treinamento de princípio atenderia aqueles profissionais ligados diretamente à área mercadológica, mas sendo estendida a todos os colaboradores. 4.3.8 Normalização do Atendimento ao Telefone Quando você atende ao telefone, a imagem da Instituição é percebida do outro lado da linha, assim sendo o pronto atendimento causa excelente impressão. Neste sentido faz-se necessário que normatize o atendimento, visto que a Instituição não possui telefonista, necessitando que se treinem todos os funcionários para o atendimento ao telefone, como também da maneira que deve ser atendido, cabendo a administração, ou seja, seus gestores a instruir seus funcionários quanto à correta maneira de atendê-lo, cativando o cliente através de um fantástico atendimento. Assim para que o atendimento ao telefone seja normatizado e o cliente satisfeito alguns passos devem ser seguidos e dado prioridade: O funcionário deve estar atento para atender ao telefone sempre no primeiro toque, cumprimentando o cliente, dando o seu nome e colocando á disposição. Tudo isso com ênfase e com calor humano. O tom de voz é importante no atendimento telefônico, quanto à postura do corpo é importante no atendimento pessoal. Se o “corpo fala”, o tom da voz também “fala” e diz muito ao cliente. Pelo tom da voz, o cliente percebe sinceridade, boa vontade, disposição, gentileza, etc. Coloque-se à disposição do cliente, mostrando prestativo. 79 Escute com atenção e com concentração, deixando o cliente falar, prestando atenção nos detalhes anotando os pontos principais e os dados fornecidos pelo cliente. Seja empático. Imagine como se fosse o cliente. Ponha-se na “pele dele”. Isso facilita a compreensão. Certifique de que você entendeu tudo, senão pergunte e peça a gentileza do cliente confirmar o que você entendeu. Informe com clareza e objetividade o que for pertinente à colocação do cliente. Seja ágil na solução, no atendimento, visto que uma chamada toma tempo e tempo é dinheiro. Por isso deve ser objetivo, ficar atento, sintonizando com o ritmo de cada cliente. Certifique-se de que o cliente entendeu, que concorda e está satisfeito, caso contrário repita, use outros meio, explicando pacientemente. Evite ao máximo concluir um contato com a insatisfação do cliente. Pergunte em que mais você pode ajudar o cliente, não medindo esforço para oferecer algo a mais. Despeça-se de forma calorosa, ratificando a sua sempre disponibilidade, convidando a retornar, fazer uma visita. Agradeça a ligação. Use a palavra mágica “obrigada”. Deseje bons negócios e/ou um excelente dia para o cliente. 80 5 CONCLUSÃO O presente trabalho foi guiado pelo objetivo geral de propor ações estratégicas para uma Instituição Financeira situada na cidade de Caçador-SC para que haja excelência e eficácia no atendimento Para alcançar o objetivo proposto, este foi desenvolvido em três objetivos específicos que serão relatados a seguir. Inicialmente procurou-se analisar a qualidade do atendimento e dos serviços prestados em relação à necessidade do cliente, da referida instituição, concluindo-se que, para prestar um atendimento excelente, sendo este o objetivo da referida instituição, criando um diferencial, já que o produto é o mesmo entre uma instituição e outra e o diferencial é a maneira com que o cliente é atendido na identificação de suas necessidades e no atendimento às suas expectativas, conseqüente, gerando a satisfação do mesmo. Ao se buscar esta excelência, várias prioridades devem ser analisadas, tais como: oferecer um espaço físico adequado para que os clientes sejam bem atendidos, oferecer o produto certo conforme sua necessidade, agilizando as operações bancárias, funcionários recepcionando o cliente e dando direcionamento para que então estes clientes sejam atendidos com rapidez e de maneira satisfatória, recebendo um excelente atendimento. Diante da conclusão exposta, sugere-se que seja disponibilizada uma retaguarda, uma equipe comprometida na concretização de negócios, pessoal da linha de frentes recepcionando os clientes, com atitudes e comportamentos que faça a diferença e que auxiliem para um excelente atendimento, adequando também o espaço físico para proporcionar comodidade aos clientes, principalmente os empresários que vêem a agência, recepcionando em um local reservado para negócios. Também treinamentos para que estes funcionários estejam sempre atualizados oferecendo sempre um serviço com qualidade resultando em satisfação para o cliente. Na seqüência, buscou-se averiguar como está a motivação dos funcionários, identificando o comportamento e atitudes de sua equipe, perante o atendimento aos clientes, visto que os recursos humanos desempenham papel importante para 81 obtenção da qualidade, necessitando de um gerenciamento do comportamento das pessoas, para poder alcançar os resultados, compreendendo quais são os motivadores do comportamento humano relacionada com a obtenção da qualidade. Diante do exposto sugere-se que os gestores valorizem mais seu quadro funcional, fazendo reuniões periódicas, dando oportunidade para que estes participem para o alcance dos objetivos, contribuindo com suas idéias, suas opiniões, assim, reconhecendo o sucesso da equipe de venda através de bonificação ou prêmios ao funcionário destaque, conquistando e fortalecendo sua equipe e atingindo os objetivos da Instituição. Por fim, foram feitas propostas de ações para a melhoria no atendimento e serviços aos clientes, sendo que o atendimento de qualidade não pode ser dissociado do lado humano, pois são as pessoas os verdadeiros responsáveis pela qualidade nos serviços, necessitando de um perfil ajustado aos relacionamentos com os clientes, possuindo habilidades em lidar com as pessoas, tendo orgulho de sua empresa e de seu trabalho, sendo necessário, para o alcance dos fatores acima relacionados, o desenvolvimento de estratégias para segmentar os clientes de acordo com suas expectativas em relação ao atendimento e, com isto, descobrindo o que são exatamente essas expectativas e ajustá-las de modo que correspondam a sua capacidade de prestar o atendimento. A excelência no atendimento implica também na necessidade de atingir a avaliação máxima em todos os critérios de avaliação, e não apresentar problemas com relacionamento com o cliente, destacando-se como superior à concorrência, fixando e mantendo uma imagem positiva junto à comunidade. Diante do exposto, conclui-se que para uma instituição prestar um serviço com excelência no atendimento, sendo eficiente e eficaz na prestação de seus serviços, a mesma precisa estar voltada a todos os aspectos acima mencionados, para, desta forma, conquistar a satisfação de seu cliente e sua fidelização, atingindo suas necessidades e, ao mesmo tempo, atingindo os objetivos da instituição no que se refere à venda de seus produtos, a qualidade de seu atendimento, não menos importante, a segurabilidade que a mesma precisa ao desenvolver ditas atividade. Diante do que foi acima exposto, sugere-se que sejam feitas avaliações constantes de seu serviços, capacitando seus funcionários, comprometendo e envolvendo toda a equipe para poder prestar um melhor serviço, atraindo mais sua clientela , garantindo desta forma, a competitividade. 82 Ao finalizar este trabalho, as propostas sugeridas a empresa objeto deste estudo buscam a constante melhoria e excelência no atendimento e em seus serviços, buscando desta forma satisfazer seus clientes oferecendo um atendimento eficiente e eficaz conquistando e fidelizando sua clientela. 83 REFERÊNCIAS ALBRECHT, Karl. serviço ao cliente: a reinvenção da gestão do atendimento ao cliente. Rio de Janeiro: Campus , 2002. ALMEIDA, Léo G. de. Qualidade: Introdução a um processo de melhoria. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. ANSOFF, H. IGOR. Do planejamento estratégico à administração estratégica. 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Rio de Janeiro: campus, 1996. 87 ANEXO 88 Questionário de Avaliação Como você avalia os itens descritos abaixo: Ótimo Competência dos funcionários Disposição dos funcionários Responsabilidades dos funcionários Conhecimento dos funcionários Informações e comunicações precisas Atendimento individualizado Orientação e direcionamento Atitudes dos funcionários e gerentes Receptividade Tempo de espera para atendimento Agilização nas operações Confiança segurança, credibilidade Produtos e serviços oferecidos Instalações física e visual da agência Bom Ruim Péssimo 0 UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS JANICE FERREIRA PROPOSIÇÃO DE MELHORIA PARA ATENDIMENTO AO CLIENTE, DENTRO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NA CIDADE DE CAÇADOR–SC CAÇADOR 2007 1 JANICE FERREIRA PROPOSIÇÃO DE MELHORIA PARA ATENDIMENTO AO CLIENTE, DENTRO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NA CIDADE DE CAÇADOR–SC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para obtenção do título de Bacharel em Administração, do curso de administração, ministrado pela Universidade do Contestado campus Caçador, sob a orientação da professora Andrea Simone Machiavelli Pontes. CAÇADOR 2007 2 PROPOSIÇÃO DE MELHORIA PARA ATENDIMENTO AO CLIENTE, DENTRO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NA CIDADE DE CAÇADOR–SC JANICE FERREIRA Este Trabalho de Conclusão de Curso foi submetido ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para obtenção do Título de: Bacharel em Administração E aprovado na sua versão final em 06 de dezembro de 2007, atendendo às normas da legislação vigente da Universidade do Contestado e Coordenação do Curso de Administração. ____________________________________ Paulo Cezar de Campos BANCA EXAMINADORA: ___________________________________ Andrea Simone Machiavelli Pontes ____________________________________ Kelson Martins Fernandes ____________________________________ Ademar J. e Oliveira Godoy 3 Aos meus pais: de vocês recebi o dom mais precioso do universo: a vida. Mas vocês não se contentaram em presentear-me apenas com ela. Revestiram minha existência de amor, carinho e dedicação. Cultivaram na criança todos os valores que a transformaram num adulto responsável, consciente. Abriram a porta do meu futuro, iluminando meu caminho com a luz mais brilhante que puderam encontrar: o estudo. Não foram apenas pais, mas amigos e companheiros, mesmo nas horas em que meus ideais pareciam distantes e inatingíveis e o estudo um fardo pesado demais. Tantas foram as vezes que o meu cansaço e preocupações foram sentidos e compartilhados por vocês, numa união que me incentivava a prosseguir. Procuro entre as palavras aquela que gostaria que seus corações ouvissem. E só encontro uma simples e sincera palavra: Obrigada. 4 AGRADECIMENTOS Muitas são as pessoas que fazem parte dos nossos dias. Pessoas são milagres que iluminam os caminhos. DEUS, nossos pais, nossos filhos, professores, colegas, amigos... Cada um do seu jeito marcou cada momento de nossa trajetória e agora queremos lembrá-los com carinho. A Deus em quem confio e é fonte de todos os nossos méritos, que me iluminou nesta jornada e esteve presente em todos os momentos, dando a coragem para lutar, rompendo obstáculos em busca de meus objetivos. Aos meus pais por ter me dado o dom mais precioso do universo: a vida. Ensinando–me a vivê-la com dignidade. Pelo amor com que me educaram e, que confiaram em mim. Aos meus filhos Gustavo e Caroline razões da minha luta, pelo amor e carinho que sempre me dedicaram. A todos os professores, amigos que me auxiliaram de certa forma nesta caminhada. 5 “O futuro pertence àqueles que vêem as possibilidades antes que elas se tornem óbvias e efetivamente reúnem recursos e energias para conquistá-las ou evitá-las” Theodore Levi 6 RESUMO Este trabalho teve como objetivo geral identificar a eficiência e eficácia dos serviços prestados por uma Instituição Financeira situada na cidade de Caçador, Santa Catarina. Em sua estrutura metodológica, utilizou-se da pesquisa qualitativa e quantitativa, assim como, das pesquisas bibliográfica, descritiva e exploratória. A técnica da coleta de dados foi feita por meio de observações, questionário, instruções e normas da empresa, bibliografias especializadas, revistas, apostilas e internet. Para a análise e interpretação dos dados, utilizou-se do método de abordagem e descritivo. Ao se analisar a competitividade do mercado, sabe-se que a organização que deseja alcançar seus objetivos em relação ao aumento de seus níveis de eficiência e eficácia deve buscar padrões de excelência e adequação de seus processos, visando desta forma, o melhor atendimento ao cliente, a melhor capacitação de seu quadro funcional, garantindo a satisfação de sua clientela e a competitividade. A qualidade no atendimento deve ser focalizada na satisfação do cliente e, para tanto, faz-se necessário contar com uma equipe comprometida com os mesmos, pois, além da necessidade de se usar de tecnologias para aprimorar os processos, é necessário enfocar o relacionamento com os clientes. É neste aspecto em que todos os valores adicionais, incluindo os comportamentais vêm a pesar nos negócios e nas tomadas de decisões. A qualidade está acima do que se produz adequadamente, pois, depende do entusiasmo, deixando de ser um diferencial para tornar-se uma obrigação, onde se deve buscar cada vez mais benefícios aos clientes, a valorização do atendimento com qualidade, a superação de suas expectativas, a agregação de valores que visem atendê-lo da melhor maneira possível e, finalmente, ressaltando o que a empresa estabelece. Neste trabalho procurou-se avaliar o posicionamento da instituição pesquisada em relação à qualidade do atendimento e dos serviços prestados em relação às necessidades dos clientes, o comportamento da equipe que dá suporte para que o atendimento seja eficaz. Finalmente, foram apresentadas neste trabalho algumas sugestões que poderiam auxiliar a referida instituição a aumentar seus níveis de eficiência e eficácia em relação a qualidade no atendimento, visando a satisfação de seus clientes . Palavras-Chave: Qualidade, comportamentos e satisfação. 7 ABSTRACT The general objective of this study was to identify the efficiency and efficacy of the services provided by a Financial Institution located in the city of Caçador, Santa Catarina. In its methodological structure, a qualitative research was made, as well as bibliographical, descriptive and exploratory researches. The technique of the collection of data was made through observation, questionnaire, instructions and norms of the company, specialized bibliographies, magazines, study notes and Internet. For the analysis and interpretation of the data, the approach and description methods were used. When analyzing the market’s competitiveness, it was found that the organization that desires to reach its objectives in relation to the increase of its levels of efficiency and efficacy must search standards of excellence and adjustment of its processes, in this direction, the best attendance to the customer, the best qualification of its functional staff, guaranteeing the customer’s satisfaction and the competitiveness. Quality of attendance must be focused on the customer’s satisfaction and so, it is necessary to count on a team engaged with them, therefore, beyond the necessity of using technologies to improve the processes, it is necessary to focus on the relationship with the customers. It is in this aspect where all the additional values, including the conduct ones have an influence on businesses and the making of decisions. Quality is more important than being produced adequately, therefore, it depends on the enthusiasm, not only being a differential but becoming an obligation, where it is necessary to search any time for more benefits to the customers, the valuation of the quality attendance, the overcoming of its expectations, the aggregation of values that aim serving them in the best possible way and, finally, standing out what the company establishes. In this study, it was attempted to evaluate the positioning of the institution searched in relation to the quality of the attendance and the services provided, related to the customer’s necessities. The behavior of the team that provides the support for an efficacy attendance. Finally, there have been presented in this study some suggestions that could assist the above-mentioned institution to increase its levels of efficiency and efficacy in relation to the quality in the attendance and the analyses of credit, aiming not only the satisfaction of the customers but also the yield of the institution on its negotiations. Key-words: Quality, behavior and satisfaction. 8 LISTA DE FIGURAS Figura1 - Qualidade total dos serviços ...............................................................47 9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Competência dos Funcionários.......................................................... 57 Gráfico 2 – Disposição dos Funcionários ............................................................. 58 Gráfico 3 – Confiança/Segurança/Credibilidade................................................... 59 Gráfico 4 – Atendimento Individualizado .............................................................. 59 Gráfico 5 – Instalação Física e Visual da Instituição ............................................ 60 Gráfico 6 – Receptividade .................................................................................... 61 Gráfico 7 – Informação e Comunicação Precisas ................................................ 62 Gráfico 8 – Conhecimento dos Funcionários........................................................ 63 Gráfico 9 – Responsabilidade dos Funcionários .................................................. 63 Gráfico 10 – Agilização nas Operações ............................................................... 64 Gráfico 11 – Orientação e Direcionamento .......................................................... 65 Gráfico 12 – Produtos e Serviços Oferecidos....................................................... 66 Gráfico 13 – Tempo de Espera para o Atendimento ............................................ 67 Gráfico 14 – Atitude dos Funcionários e Gerentes............................................... 68 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................12 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA.......................................................................12 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................13 1.3 OBJETIVOS .................................................................................................13 1.3.1 Objetivo Geral ...........................................................................................14 1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................14 1.4 JUSTIFICATIVA ...........................................................................................14 1.5 ESTRUTURA CAPITULAR ..........................................................................15 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................17 2.1 ANÁLISE INTERNA .....................................................................................17 2.1.1 Forças e Fraquezas ..................................................................................17 2.1.1.1 Pontos fortes ..........................................................................................18 2.1.1.2 Pontos fracos .........................................................................................19 2.1.2 Análise Estratégica Baseada em Recursos...............................................19 2.2 QUALIDADE NOS SERVIÇOS ....................................................................20 2.2.1 Conceito ....................................................................................................20 2.2.1.1. Qualidade como indicador.....................................................................20 2.2.1.2 Qualidade sob a ótica do consumidor ....................................................21 2.2.1.3 Qualidade no atendimento .....................................................................22 2.2.1.4 Qualidade como nível de excelência ......................................................23 2.2.1.5 Qualidade como melhoria.......................................................................24 2.2.1.6 Qualidade como satisfação do cliente ....................................................24 2.2.1.7 Qualidade como um diferencial ..............................................................25 2.2.1.8 Qualidade como instrumento de avaliação.............................................26 2.2.1.9 Qualidade no serviço bancário ...............................................................27 2.2.2 Papel que deve ser Desempenhado pelas Instituições Financeiras para a Excelência no Atendimento ................................................................................28 2 3 RECURSOS HUMANO NA QUALIDADE DE SERVIÇOS ...........................30 2.3.1 Gerenciamento Através de Departamentos de Recursos Humanos .........31 2.3.2 Comportamento Gerencial e o Fator Humano...........................................31 2.3.3 Elemento Básico como Guia para Estabelecer o Comportamento Gerencial Adequado ...........................................................................................................32 2.4 MONITORANDO DESEMPENHO PARA QUALIDADE E MELHORIA DE SERVIÇO ...........................................................................................................34 2.4.1 A Importância das Pessoas na Realização dos Serviços..........................34 2.4.2 O gerenciamento do Comportamento Humano.........................................35 2.4.3 Ação Gerencial Contribuindo para o Desempenho de Qualidade .............35 2.4.4 Critérios que devem ser Utilizados para Melhorar os Serviços .................36 2.4.5 Critérios para Obtenção da Qualidade ......................................................42 2.5 ESTRATÉGIAS PARA A MELHORIA DOS PROCESSOS ..........................44 2.5.1 Etapas para os Processos de Melhorias ..................................................44 2.5.2 Estratégia para Melhoria Contínua............................................................48 2.5.3 Envolvimento da Liderança no Processo da Melhoria ..............................49 11 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................51 3.1 NATUREZA DA PESQUISA.........................................................................51 3.2 MÉTODO DA PESQUISA ............................................................................52 3.3 UNIVERSO DA PESQUISA .........................................................................53 3.4 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS ..........................................................53 3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS.......................54 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO .....................................................................55 4.1 ANÁLISE DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO E DOS SERVIÇOS PRESTADOS EM RELAÇÃO À NECESSIDADE DO CLIENTE. .......................55 4.2 MOTIVAÇÃO, COMPORTAMENTO E ATITUDES DOS FUNCIONÁRIOS PARA UM EXCELENTE RESULTADO..............................................................70 4.3 PROPOSTA DE AÇÃO ................................................................................71 4.3.1 Reestruturação da Estrutura Física ...........................................................72 4.3.2 Suporte Operacional..................................................................................73 4.3.3 Flexibilizar o Atendimento .........................................................................73 4.3.4 Criação do Caixa Retaguarda ...................................................................75 4.3.5 Reuniões Periódicas .................................................................................76 4.3.6 Capacitação Interpessoal ..........................................................................77 4.3.7 Capacitação em Vendas ...........................................................................77 4.3.8 Normalização do Atendimento ao Telefone...............................................78 5 CONCLUSÃO .................................................................................................80 REFERÊNCIAS .................................................................................................83 ANEXO ..............................................................................................................87 12 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho será desenvolvido nas seguintes etapas: apresentação do tema, problematização, objetivo geral, objetivos específicos, justificativas e estrutura capitular. 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA Diante do surgimento de novos concorrentes, o mercado de um modo geral se mostra competitivo, agressivo nas ações de vendas de produtos e serviços, e torna cada vez mais importante a conquista de novos clientes e a fidelização dos atuais. A grande aldeia dos negócios e o cliente exigente fazem com que as empresas nem sempre saibam de onde virá o próximo concorrente e, devido a isso, é que as empresas estão se voltando aos clientes, buscando identificá-los e conhecê-los para poderem interagir diretamente às suas necessidades e aos seus desejos. A empresa que oferecer um atendimento com qualidade melhor que a do concorrente, criará um forte diferencial competitivo, pois, não basta ter produtos de qualidade, mas junto, um atendimento eficaz aos clientes, buscando a satisfação dos mesmos, com foco e atenção às necessidades atuais e futuras. Os fatores, preço e qualidade do produto tornam-se uma obrigação, e a qualidade no atendimento se tornou um diferencial fundamental para o crescimento da empresa para se destacar frente à concorrência. A Instituição Financeira, situada na cidade de Caçador-SC, constitui-se de um agente financeiro que procura promover o desenvolvimento econômico e social, buscando prestar serviços com excelência, ser um banco público e rentável, sólido e competitivo. Por ser o maior banco público do Estado do Rio Grande do Sul, tem por obrigação ser uma empresa eficaz e gerar resultados positivos, vendendo produtos e prestando serviços com qualidade e bom atendimento. 13 Através da presente pesquisa, buscar-se-á avaliar a qualidade do atendimento dos serviços prestados pela Instituição acima citado, visando se propor meios que a auxiliam a alcançar suas metas institucionais, com o adequado cumprimento de sua política, que se constitui da busca pela excelência na prestação de serviços e de atendimento ao cliente, sendo que para tanto, são necessários diversos fatores, tais como: a venda do produto adequado à necessidade do cliente, administração, planejamento, equipe comprometida, visando desta maneira a satisfação de seus clientes. 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO Devido à necessidade de fidelização dos clientes nas Instituições Financeiras, faz-se necessário a melhoria constante dos setores que prestam o atendimento aos mesmos, objetivando assim, o alcance da satisfação e a conseqüente fidelização dos clientes. A empresa objeto deste estudo busca a melhoria do atendimento, a qualificação das pessoas que trabalham na organização para que, através do conhecimento das normas internas e dos próprios serviços oferecidos, haja a eficácia do atendimento prestado, objetivando assim, a conquista da clientela, pois, tal como as demais instituições, tem por obrigação ser eficaz e gerar resultados positivos, vendendo produtos e prestando serviços com qualidade. Diante do exposto, indaga-se: Quais as estratégias que podem ser utilizadas pela Instituição Financeira para que possa obter maior eficácia nos serviços prestados e excelência no atendimento? 1.3 OBJETIVOS Neste subcapítulo serão tratados o objetivo geral e os objetivos específicos. 14 1.3.1 Objetivo Geral Propor ações estratégicas para uma Instituição Financeira situada na cidade de Caçador-SC para que haja excelência e eficácia no atendimento. 1.3.2 Objetivos Específicos Para atingir o objetivo geral, o mesmo será desenvolvido em quatro partes: ● Levantar através de literatura especializada assuntos cuja abordagem seja a excelência e eficácia no atendimento. ● Analisar a qualidade do atendimento e dos serviços prestados em relação à necessidade do cliente; ● Averiguar a motivação dos funcionários, identificando o comportamento e atitudes de sua equipe, perante o atendimento aos clientes. ● Propor ações estratégicas para a melhoria no atendimento aos clientes. 1.4 JUSTIFICATIVA Ao se buscar alcançar, o sucesso desejado no cumprimento de seus objetivos, as organizações necessitam de alternativas que as possibilitem conquistar um diferencial competitivo, elaborando estratégias que as auxiliem na conquista e fidelização de seus clientes, colocando-as em melhor posição em relação aos seus demais concorrentes. Para que a organização possa estar à frente de seus demais concorrentes e conquistar a preferência de sua clientela, bem como a conquista de um maior número de clientes para usufruir de seus serviços, é necessário conquistar o diferencial que a distinga das demais, não sendo apenas mais uma instituição 15 financeira, mas sim, a instituição que visa melhor atender o cliente em suas necessidades, estabelecendo um vínculo duradouro e, desta forma, garantindo o diferencial competitivo. A referida Instituição busca a satisfação de seus clientes, tornando este um item tão importante em suas análises de desempenho quanto na busca pela conquista do mercado ou aumento do faturamento, almejando tornar sua marca conhecida e respeitada. Ao se buscar a eficácia no atendimento e nos serviços prestados, faz-se necessário analisar as alternativas que possam contribuir para o aumento da satisfação da clientela e, conseqüentemente a geração de lucros oriundos desta atividade, e, dentre estas alternativas, destacam-se: ter uma equipe qualificada, estrutura física adequada, boa conceituação do mercado, qualidade nos serviços oferecidos, um bom esclarecimento sobre a utilização de seus produtos, o oferecimento de comodidade, a agilização dos processos, entre outros aspectos necessários ao bom atendimento dos clientes, sendo que, ao cumprir estes requisitos, a instituição passa a conquistar a fidelização de sua clientela, estabelecendo parcerias duradouras e rentáveis que a proporcionarão conquistar êxito quanto à realização de seus objetivos e cumprimento de suas metas organizacionais. 1.5 ESTRUTURA CAPITULAR Este capítulo apresenta de forma resumida os capítulos constantes neste trabalho de conclusão de curso visando facilitar o entendimento com relação à qualidade no atendimento e nos serviços prestados necessária para a satisfação do cliente. O primeiro capítulo trata-se da introdução, abrangendo a apresentação do tema, a problematização, os objetivos geral e específicos e a justificativa para a elaboração desta pesquisa. O segundo capítulo aborda o referencial teórico sob as quais este trabalho de conclusão de curso foi baseado, apresentando a visão de diversos autores sobre o assunto. 16 No terceiro capítulo serão apresentados quais foram os procedimentos metodológicos utilizados para a realização desta pesquisa, bem como será demonstrado o conceito de cada um destes procedimentos. No quarto capítulo refere-se à análise e interpretação dos fatos levantados por meio deste trabalho. Nesta etapa será analisada a situação da empresa pesquisada e, posteriormente será efetuada uma interpretação desta situação, com proposta de ação para melhoria. Finalmente, o quinto capítulo constitui-se da conclusão do presente trabalho, onde são apresentados resumidamente, os resultados obtidos através das ações realizadas mediante cada um dos objetivos apresentados para a realização da presente pesquisa, de acordo com os procedimentos utilizados para sua realização. 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo serão abordados conceitos no que se refere análise interna, algumas estratégias para identificar os fatores internos, a qualidade nos serviços e no atendimento, os recursos humanos responsável para a obtenção da qualidade, o monitoramento do desempenho para melhoria dos serviços, e finalmente, algumas estratégias para a melhoria dos processos. 2.1 ANÁLISE INTERNA Fazer uma análise do ambiente interno é buscar identificar os pontos fortes e os pontos fracos. Sendo estas variáveis controláveis pela administração. Quanto os pontos fortes forem percebidos, deve-se ressaltá-lo ainda mais, e quando os pontos fracos forem identificados, deve agir imediatamente para controlá-lo, ou pelo menos minimizá-lo, pois, assim a organização poderá melhorar seus serviços contribuindo para um atendimento qualificado. 2.1.1 Forças e Fraquezas Os dirigentes precisam conhecer as partes do ambiente que precisam ser monitorados para que suas metas sejam atingidas, necessitando uma avaliação constante das forças e fraquezas de cada negócio, para explorar melhor às oportunidades. Segundo Costa (2002 pg. 112): 18 As fraquezas dentro de uma organização, contribuem para que a mesma não obtenha sucesso, prejudicando o exercício da missão e o atingimento de seus objetivos. Para Porter (1986), As deficiências ou fraquezas da empresa podem afetar a satisfação do cliente, podendo ser considerada como uma desvantagem competitiva para a organização. 2.1.1.1 Pontos fortes Os pontos fortes se relacionam de forma favorável para o alcance dos objetivos da organização. É nesse momento deve-se controlar, ressaltar para garantir o sucesso, não deixando de monitorar sempre e indagar: ● O que você (empresa/equipe/pessoa) faz bem? ● Que recursos especiais você possui e pode aproveitar? ● O que outros (empresas/equipes/pessoas) acham que você faz bem? Neste sentido Oliveira (2001), definiu que pontos fortes são as variáveis internas e controláveis, que propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. No entanto, Rose (2004), argumenta que deve se ter em mente os pontos fortes e, só podem ser considerados fortes se suas capacidades e recursos estiverem alinhados aos Fatores Críticos de Sucesso (FCS) da empresa, sendo estas as habilidades e os recursos que a empresa necessita ter para vencer, incluindo a mais nova tecnologia, o serviço mais simpático, marketing brilhante ou localização. Segundo Costa (2002, p. 111), “pontos fortes, são aquelas características positivas de destaque, na instituição, que a oferecem no cumprimento de seu propósito”. Mesmo que um ponto seja considerado forte e, portanto, suficiente para o atendimento das estratégias vigente ou propostas, o Benchmarking pode demonstrar que ainda pode existir uma significativa margem para o crescimento do desempenho. (COSTA, 2002) 19 2.1.1.2 Pontos fracos Os pontos fracos podem ser controlados pela administração, sendo que é resultado das estratégias dos próprios membros da organização, detectando um ponto fraco deve controlá-lo, ou minimizá-lo para assim, contribuir para a sobrevivência da organização. Para Oliveira (2001, p. 89) “pontos fracos, são as variáveis interna e controláveis que provocam a situação desfavorável para a empresa, em relação ao seu ambiente”. 2.1.2 Análise Estratégica Baseada em Recursos É preciso fazer uma análise interna da organização para identificar os fatores estratégicos internos. Esta análise interna pode ser conceituada como análise organizacional a qual se presta para identificar e desenvolver os recursos de uma organização. Para Hunger apud Grant (2002) a abordagem à análise de estratégia baseada em recursos pode ser composta de cinco passos: 1- Identificação e classificação dos recursos da empresa em termos de pontos fortes e fracos; 2- Conversão dos pontos fortes da empresa em capacidades específicas: essas são as competências essenciais, coisas que uma corporação pode fazer excepcionalmente bem; 3- Avaliação do potencial de lucro desses recursos e competências em relação ao seu potencial de vantagem competitiva sustentável e sua capacidade de colher os lucros resultantes do uso desses recursos e capacidades; 4- Seleção da estratégia que melhor explore os recursos e as competências das empresas quanto às oportunidades externas; e 20 5- Identificação das lacunas de recursos e investimento na melhoria dos pontos fracos. Quando os recursos de uma organização são convertidos em capacidades, formam uma serie de competências essenciais. 2.2 QUALIDADE NOS SERVIÇOS O futuro de uma empresa ou organização depende dela conseguir satisfazer os requisitos de qualidade do mundo exterior. Ela precisa produzir e entregar bens e serviços que satisfaçam às exigências e expectativas de clientes e usuários. Ter qualidade nos serviços prestados e atender com eficácia e eficiência os clientes é uma questão a ser enfrentada por todas as organizações. É fundamental compreender que atender o cliente com qualidade não se resume a tratá-lo bem, com cortesia. É mais do que isso, significa acrescentar benefícios aos produtos e serviços objetivando superar as suas expectativas. 2.2.1 Conceito Todos estão falando sobre qualidade. A palavra é usada de muitas formas e conceito diferentes, com suas próprias observações e discussões. As frases conceituadas pelos autores definem a qualidade, entretanto, para que a qualidade seja mesmo compreendida é necessário que se entenda o mecanismo na qual esta se processa. 2.2.1.1. Qualidade como indicador A qualidade como um indicador reflete um julgamento definitivo sobre o valor recebido, abrangendo necessariamente critérios subjetivos e objetivos. 21 Para Albrecht (2002 pg. 68) “A Qualidade é definida com um indicador da extensão em que um objeto ou uma experiência atende a uma necessidade, resolve um problema ou cria valor para alguém”. A definição incorpora características tangíveis e intangíveis. Portanto, a qualidade e serviço não devem ter conceitos separados, pois o serviço total é feito numa organização, independentemente do quanto tangíveis ou intangíveis sejam os resultados. Portanto, por definição, qualidade é o indicador do valor de um serviço total (ALBRECHT 2002). 2.2.1.2 Qualidade sob a ótica do consumidor Só o cliente pode avaliar o desempenho e os benefícios que um produto ou serviço pode fazer por ele. Segundo Fitzsimmons (2002), a noção de qualidade é muito ampla, necessitando, portanto conceituar de acordo com a opinião dos consumidores. O conceito, por outro lado, deve ser suficientemente claro para os gerentes de modo que estes saibam que decisões tomarem, visando melhorar a qualidade e, desta maneira, gerar a qualidade que os consumidores esperam. Assim como a qualidade deve envolver a expectativa do cliente quanto à conformidade do processo, o conceito amplo de qualidade, na visão de Barros (1996, p.25), pode ser definido como: Qualidade é um conjunto de características de desempenho de um produto ou serviço que, em conformidade com as especificações, atende e, por vezes, supera as expectativas e anseios do consumidor (cliente). Ainda para Barros (1996), a qualidade é o que o cliente quer, é a satisfação do cliente, estando em conformidade com o que se faz e o que o cliente quer, mas para que ela seja mesmo entendida, é importante que se entenda o mecanismo na qual a qualidade se processa e, só é efetivamente concluída quando dois “personagens“ entram em cena: ● O produtor da qualidade de produtos ou serviços; ● O consumidor da qualidade (usuário ou cliente) 22 A avaliação que o cliente faz sobre qualidade depende do serviço que a organização presta ao mesmo, pois, é avaliado pelo cliente de maneira consciente ou inconsciente. A soma dessas sucessivas avaliações, por cada cliente, e a avaliação coletiva por todos os clientes resulta numa imagem mental da qualidade dos serviços da organização (ALBRECHT2002). Para Ansoff et al (1981), o cliente é que faz uma avaliação através de comparação entre o que ele esperava do serviço e o que percebeu do serviço prestado, isto durante ou após o término do processo. 2.2.1.3 Qualidade no atendimento É difícil quantificar a qualidade no atendimento, pois geralmente não se consegue saber as opiniões dos clientes a seu respeito. Whiteley (1992), afirma que um bom guia é a estrutura desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Texas A& M. onde a qualidade do atendimento pode ser descritas em cinco dimensões: ● Confiabilidade: Capacidade de proporcionar o que foi prometido, com segurança e precisão; ● Convicção: O conhecimento e a cortesia dos empregados. E sua capacidade de transmitir confiança e segurança; ● Aspectos tangíveis: As instalações físicas e os equipamentos, e a aparência do pessoal; ● Empatia: O grau de cuidado e atenção individual proporcionando aos clientes; e ● Receptividade: A disposição para ajudar os clientes e fornecer um atendimento imediato. 23 2.2.1.4 Qualidade como nível de excelência Ao se prestar serviço com excelência à empresa criará um forte diferencial e estará satisfazendo sua clientela. Segundo Harovitz (1993, p. 21), “a qualidade é o nível de excelência que a empresa escolheu alcançar para satisfazer a sua clientela alvo; ao mesmo tempo, a medida com que ela se conforma a esse nível”. Heskett et al (1997), considera que as organizações que prestam serviços excelentes são administradas de maneira diferentes. Os administradores agem de maneira diferente. As ações são baseadas em suposições diferentes. Os resultados são diferentes. Para Albrecht (2002) existem quatro características que farão a diferença para a excelência em serviços: ● Compreensão dos momentos da verdade dos clientes: Momento da verdade é qualquer situação em que o cliente entra em contato com algum aspecto da organização e tem oportunidade de formar um conceito sobre a qualidade de seus serviços. ● Estratégia de serviço bem concebida: A estratégia de serviços é a idéia unificadora que as organizações de serviços notáveis descobriram, inventaram ou cultivaram sobre como atender as necessidades e desejos dos clientes. Ela diferencia a empresa dos concorrentes. Esse conceito ou estratégia de serviços converge à atenção de todos da empresa para as verdadeiras prioridades dos clientes. Quando este conceito norteador impregna a organização de alto a baixo, ele passa a permear todas as ações e atitudes. ● Sistemas amigáveis ao cliente: Os sistemas de serviços são meios para distribuir os recursos da organização, com base na estratégia de serviços e no pacote de serviços. ● Pessoal da linha de frente voltado para o cliente: Sem pessoas bem treinadas, bem gerenciadas e motivadas é impossível prestar bons serviços. O pessoal da linha de frente deve dispor de poderes e recursos para trabalhar em favor do cliente, em função de seus conhecimentos, das normas da empresa e da 24 cultura organizacional. Os gerentes de organizações excelentes em serviços ajudam o pessoal que presta serviços a fixar a atenção nas necessidades dos clientes. O pessoal da linha de frente, eficaz, tem condições de manter um foco implacável nos clientes, ao sintonizar-se com a situação do momento, com o ponto de vista e com as necessidades dos clientes. 2.2.1.5 Qualidade como melhoria Melhorar serviços com qualidades exigirá mais do que desenvolver definições adequadas de qualidade. Para Berry (1995), a época de falar sobre qualidade já passou. O autor indica que se vive hoje à era de melhoria de qualidade. É hora de se obter algum progresso efetivo, é hora de colocar no mercado os serviços de excelência. Neste sentido, Denton (1990) argumenta que para que os serviços sejam melhorados há necessidade de ter empregados motivados, e atenciosos, pois estes são ativos valiosos e que são necessários para a melhoria. Se as pessoas não puderem fornecer serviços com qualidade, certamente as máquinas não o poderão. 2.2.1.6 Qualidade como satisfação do cliente Qualidade é o que o cliente quer, é a sua satisfação estando em conformidade entre o que se faz e o que os clientes querem. Pois, sabe-se que clientes satisfeitos traduzem-se em melhores resultados financeiros, imagem melhor e um futuro mais brilhante. Neste sentido Las Casas (1997) apud Soares e Schaffler (2004), prega que a qualidade tem como objetivo satisfazer as necessidades dos clientes por meios de padrões profissionais e éticos. Obter uma constante melhora nos serviços prestados, evita assim a insatisfação dos clientes e, para isso, deve realizar-se uma permanente revisão dos serviços e dos resultados obtidos, objetivando a oportunidade para melhorar a qualidade dos mesmos, bem como, possuir eficiência 25 na prestação de serviços, como atos, ações e desempenho com agilidade e qualidade, comunicação clara, onde o cliente que está sendo atendido possa entender e ouvir perfeitamente, proporcionando assim sua satisfação por meio de resposta rápida e segura, suprindo suas necessidades e dúvidas, possuir boas estrutura física apresentando comodidade e segurança para o cliente e, quando se refere ao acesso, a agência deve disponibilizar estacionamento, bem como disponibilidade de produtos e serviços adequados às exigências de seus clientes. 2.2.1.7 Qualidade como um diferencial Para uma empresa sair ganhando ao executar um serviço com qualidade superior ao de sua concorrência, bem como superar o desempenho destes concorrentes são necessários diferentes fatores determinantes da qualidade de serviços: Os diferentes fatores determinantes da qualidade de serviços, destacados por Kotler (2000) são: ● Confiabilidade: Ter competência em executar suas atividades conforme o prometido de forma segura, precisa e com consistência; ● Capacidade de resposta: Possuir a disposição em auxiliar e contribuir com os clientes, bem como fornecer os serviços dentro do tempo determinado; ● Segurança: Ter a idoneidade dos prestadores de serviços de transmitir com segurança e confiança o conhecimento aos clientes; ● Empatia: Prover atenção especial e individualizada de cada um dos clientes, cordialmente; ● Itens Tangíveis: Demonstrar os aspectos da estrutura física (instalações físicas, equipamentos utilizados no processo). 26 2.2.1.8 Qualidade como instrumento de avaliação Para prestar serviços excelentes, deve-se empenhar para avaliar a satisfação dos clientes com relação à qualidade nos serviços, para que, utilizando-se destes resultados possa orientar as operações. Um dos trabalhos mais conhecidos na área é o desenvolvido por Zeithaml, Parasuraman e Berry apud Albrecht(2002). Estes autores criaram um instrumento para avaliar a percepção dos clientes a respeito da qualidade do serviço, denominado SERVQUAL, baseado em uma lista de cinco critérios: 1- Confiabilidade: A habilidade de prestar o serviço de forma confiável, precisa e consistente; 2- Responsabilidade: A disposição de prestar o serviço prontamente e auxiliar os clientes; 3- Confiança: Conhecimento (competência) e cortesia dos funcionários e sua habilidade de transmitir confiança, segurança e credibilidade; 4- Empatia: O fornecimento de atenção individualizada aos clientes; facilidade de contato (acesso) e comunicação, e 5- Tangíveis: A aparência das instalações físicas, dos equipamentos, dos funcionários e dos materiais de comunicações. Quando um programa de medição é bem projetado redundam em inúmeros benefícios, que só irão beneficiar a organização. Whiteley (1992), afirma que ao medir os desejos do cliente e se eles estão sendo satisfeitos, força uma disciplina que irá beneficiar a sua organização mesmo antes de constatados os resultados, com também fornece informações confiáveis do que está certo e errado na organização, ajudando a melhorar o desempenho mais fraco. De acordo com Tschohl (1996, pg.59) “serviço de qualidade quase sempre transforma fracassos em sucesso”. 27 2.2.1.9 Qualidade no serviço bancário Os produtos e serviços são praticamente padrões entre uma instituição e outra, e a única maneira de diferenciar-se frente à concorrência é oferecer um serviço com qualidade. Bateson e Hoffman (2001) apud Soares e Schaffler (2004), afirmam que, quando várias empresas que fornecem serviços quase idênticos, como acontece com os bancos, estabelecer qualidade de serviço pode ser a única maneira de se diferenciar. Para Salinas (1993) apud Soares e Schaffler (2004), concordam que existem algumas características importantes para atingir a qualidade dos serviços bancárias, as quais se resumem em: ● Atendimento bancário com qualidade: Este se caracteriza por desenvolver agilidade e respostas rápidas quanto às necessidades dos clientes; ● Comunicação e informação: Neste aspecto, almeja-se que os funcionários satisfarão as reais necessidades de seus clientes por meio de resposta rápida, clara e segura. Para sanar seus problemas e suas necessidades; ● Operações: Tem como qualidade dispor de todos os produtos e serviços adequados às necessidades dos clientes; de atuar com um baixíssimo nível de erros, bem como de burocratização. Tratando especialmente do setor bancário, Reis (1998) afirma que fazer com que o cliente perceba a qualidade dos serviços que ele requer que a instituição bancária lhe preste, pode representar diferencial competitivo. Segundo Reis (1998), um cliente ao pagar pelos serviços, está exigindo das instituições bancárias serviço de qualidades cada vez maiores, pois o cliente sabe o real valor do seu dinheiro e quanto custou para ganhá-lo. Foi-se o tempo em que o cliente tolerava os maus serviços em troca de alguns benesses. De acordo com Kotler e Armstrong (1993) Apud Soares e Schaffler 2004), a qualidade do serviço é uma das principais (se não a principal) formas de uma empresa se diferenciar no mercado, e a qualidade do serviço é uma maneira de 28 obter sucesso, principalmente quando se trata de serviços bancários, pois estes disponibilizam serviço e produtos praticamente iguais. 2.2.2 Papel que deve ser Desempenhado pelas Instituições Financeiras para a Excelência no Atendimento Para que uma instituição forneça excelência no atendimento, algumas prioridades nas ações organizacionais devem ser apresentadas de acordo com a percepção dos clientes, da qual Costa (2000) apresenta o que chamou de “pontos alvos”, como sendo: ● Priorizar o espaço físico; ● Flexibilizar o atendimento; ● Agilizar as operações bancárias; ● Orientar e esclarecer melhor o cliente; ● Melhorar o atendimento dos empregados; ● Organizar a administração da agência; ● Adequar o estacionamento. Costa (2000) recomenda que se priorizem ações, conforme segue: ● Presteza e facilidade de acesso/contato com produtos e serviços como também à redução do tempo de espera; ● Desenvolvimento da capacidade de reparar a confiança e fidelidade no caso de dívidas ou falhas cometidas, mediante soluções adequadas para problemas apresentados no relacionamento com clientes; ● Desenvolvimento de capacidade de oferecer produtos e serviços de modo confiável, preciso e continuo; ● Busca de distinção do banco à concorrência e comunidade; ● Incentivos ao desenvolvimento de competência, junto aos gerentes e empregados, capacitando-os à solução de problemas com habilidades, técnicas e atitudes adequadas; ● Melhoria das características físicas de instalações da agência e condições de estacionamento; ● Capacidade de empregados para aperfeiçoar o atendimento a clientes. 29 O atendimento a ser desenvolvido num ambiente de melhoria contínua requer pessoas com perfil ajustado aos relacionamentos. Uma pessoa para realizar um atendimento com diferencial competitivo deve empenhar-se em desenvolver habilidades comportamentais que, segundo Costa (2000) são: ● Afinidades na lida com pessoas; ● Orgulho de seu trabalho e de sua organização; ● Disposição para assumir responsabilidades; ● Atitudes de visão à frente; ● Atenção aos detalhes; ● Receptividade e avaliações construtivas; e ● Disposição em cooperar. As ações e habilidades descritas por Costa (2000), agregam valores a serviços e o que mantém uma Instituição Bancária são as capacidades de agregar valores a seus serviços. Um artigo publicado no jornal indústria e comércio de 18/07/1994 – declara que “cliente de banco fica mais exigente”, citado por Reis (1998), sugeria que o papel a ser desempenhado pelas instituições era: ● Proporcionar serviços com comodidade para o cliente [...]; ● Atender a todos os clientes de forma igual, sem discriminá-los [...]; ● Ter empregados qualificado, em número compatível à necessidade de atendimento; ● Proporcionar aos empregados treinamentos adequados [...]; ● Ser igual na prestação de serviços [...]; ● Ter agentes com foco dirigido ao cliente [...]; ● Saber quais as reais necessidades dos clientes e procurar satisfazê-las; e ● Manter o cliente informado [...]. Definido o atendimento, cabe ressaltar a consideração de Scott (1999), segundo a qual, apesar de todo o mundo estar falando acerca de clientes, o atendimento insatisfatório ainda constitui uma preocupação importante para as organizações. Podem-se citar algumas das razões: ● As pessoas investiram muito tempo e energia nos aspectos técnicos, não atendendo ao lado humano; ● Não houve condicionamento ou estímulo para tratar as pessoas de dentro da organização tão bem quanto os clientes externos; 30 ● A satisfação dos clientes internos constitui um elo na cadeira que conduz à satisfação dos clientes externos; ● As pessoas não se dão conta que trabalhar com afinco não é o mesmo que satisfazer os clientes. Nesse sentido, Costa (2000), concordam que o atendimento pode ser caracterizado de forma intrínsecas e extrínsecas. ● Características intrínsecas de atendimento: Relacionados com as dimensões de confiabilidade, desempenho, diferenciação, disponibilidade, segurança. ● Características extrínsecas de atendimento: Ligados à competência, comunicação, cortesia, aspectos mais gerais de percepção. O atendimento final que o cliente vai perceber é resultante da correta execução e desempenho em cada grupo de características: intrínsecas e extrínsecas. 2 3 RECURSOS HUMANO NA QUALIDADE DE SERVIÇOS Identificados alguns conceitos de serviços, pode-se observar que qualidade nos serviços não pode ser dissociada do lado humano. São as pessoas os verdadeiros responsáveis pela qualidade nos serviços. Para Paladini (1995), a ação dos recursos humanos na produção da qualidade é muito importante, ainda que possam ser empregados recursos de automação, desenvolvimento e a utilização de dispositivos que visem operar procedimentos nas linhas de produção, sempre será necessária a presença do elemento humano para gerenciar o processo. Pode-se, mesmo, afirmar que o elemento humano é o recurso que exige o maior investimento, mas também determina o maior retorno, em termos de contribuição para a produção da qualidade. Neste sentido, Brocka (1994), ressalta que por mais refinado que sejam os equipamentos e ferramentas, serão inúteis sem boas pessoas, sendo que o envolvimento e a participação conduzem ao compromisso com o gerenciamento da qualidade e com melhoria contínua. 31 Com referência ao envolvimento das pessoas na prestação de serviços, o assunto é bastante discutido, visto que a tecnologia é um fator muito importante para o sucesso de um fabricante do que as pessoas, mas certamente isso não é o caso em serviços, pois se a pessoa não puder fazer algo, certamente às maquinas também não o poderão. Máquinas são ferramentas; as mãos que manuseiam as ferramentas é que são mais importantes. As pessoas são mais importantes para os serviços, mas isso não implica em ignorar a tecnologia (DENTON, 1990). 2.3.1 Gerenciamento Através de Departamentos de Recursos Humanos Os recursos humanos desempenham papel bastante específico no esforço pela qualidade nas organizações. Eles são agentes de transformação, pois mudam efetivamente a história da organização em termos da qualidade. Para Denton (1990), há a necessidade de um bom departamento de gestão de recursos humanos (RH), sendo que este deve saber como utilizar de pesquisas de atitude e outros mecanismos de feedback para avaliar a satisfação dos funcionários com seus empregados e com a corporação como um todo. Também os gerentes de recursos humanos precisam ter conhecimentos de opção de trabalho, como compartilhamento de cargos, horários flexíveis, licenças-prêmio, terceirização e, especialmente, do uso correto de equipes. Para Normann (1993 pg. 78), “diversos serviços são vistos como negócios intensivos de pessoas, portanto pode-se esperar que o desenvolvimento de recursos humano seja assunto estratégico da administração”. 2.3.2 Comportamento Gerencial e o Fator Humano O gerente com sua habilidade têm como fazer com que as pessoas de sua organização se comprometam mais com a qualidade nos serviços, oferecendo alternativas que proporcionarão atingir tal objetivos. 32 Segundo Denton (1990), os gestores estão começando a se conscientizar de que devem ser mais flexíveis na utilização de funcionários para que seus recursos humanos seja um ponto forte. Os líderes devem agir como agentes de mudança nas organizações, e a qualidade mais marcante dos líderes, em geral, é a habilidade para motivar seus funcionários. Os líderes sabem que o sucesso de uma empresa de serviços depende do desempenho individual das pessoas e, estão plenamente conscientes dessa situação desenvolvendo seus próprios métodos de avaliação. (NORMANN, 1993). Normann (1993 pg. 197) relata que: “Líderes bem-sucedidos tendem a ser experientes para julgar o que as pessoas estão motivadas a fazer, quanta energia elas estão disposta a empregar, quais suas ambições em longo prazo e suas capacidades”. De acordo com Paladini (2004), um gerente pode, evidentemente, de forma sutil, induzir as pessoas a solicitar treinamento, mostrando a necessidade de atualização, conhecer conceitos novos sobre a qualidade, marketing, custos, etc., fazendo com que possibilite melhoria em algumas áreas deste que as estratégias sejam conhecida [...]. Neste sentido Lima (2000, pg. 38) afirma: “gerenciar pessoas implica uma questão que vai além de métodos de trabalho: elaborar uma forma de pensar em relação às coisas e às pessoas“. 2.3.3 Elemento Básico como Guia para Estabelecer o Comportamento Gerencial Adequado Há conscientização por parte da organização como um todo, começando dos mais altos aos mais baixos escalões, conscientizando todos de que as operações podem ser importantes armas competitivas, desde que equipadas e administradas adequadamente. Para Lima (2000), o primeiro elemento básico para estabelecer o comportamento gerencial é o grau de preocupação com as atividades, no que tange aos instrumentos disponíveis para alcançar os objetivos. O segundo elemento é o 33 grau de importância que o gerente dá as pessoas que trabalham em sua equipe e em toda empresa como meios autônomos que contribuem e responsabilizam-se pelos resultados efetivos que são, em síntese, as ferramentas básicas a disposição de um gerente para seu trabalho, ou seja, até que ponto ele tem consciência de que seu trabalho gerencial depende – quase exclusivamente – do envolvimento das pessoas com os objetivos traçados; como encara o impacto do comportamento dessas pessoas nos resultados e como o gerente responsável pela condução de pessoas, relaciona-se com elas para o alcance das metas de negócios estipuladas. Townsend (1991), ao se referir na participação dos gerentes, comenta que o ambiente de círculo de qualidade, permite que os gerentes acreditem que não são responsáveis pelas melhorias inovadoras ou que possam sentir-se justificadamente excluídos; com as equipes de qualidade, fica assumida a sua obrigação e capacidade de contribuir para a melhoria. O gerente deve analisar como vem agindo e procurar estabelecer o grau de eficácia de seu comportamento atual em relação às pessoas. Portando deve conhecer-se. Deve estar aberto à mudança, estar consciente de que tudo está em processo de mudança e que as pessoas também se sujeitam a essas mudanças. Nada é estático. O estilo gerencial também não o pode ser, por melhor que o gerente esteja gerenciando no momento. Também deve compreender a importância das pessoas para os resultados gerenciais. O gerente, queira ou não, é a pessoa que obtém resultados por meio de outras pessoas, ele deve compreender, aceitar e, principalmente, aprender a lidar com essa relação. Afinal, pouco adianta idéias brilhantes se o gerente não tiver uma equipe preparada e motivada para implantá-las. Também a qualidade significa ir além das metas e dos objetivos estipulados por meio da obtenção de um clima de envolvimento dos subordinados com os resultados obtidos, mediante a satisfação com o trabalho realizado. E para desenvolver o clima de desenvolvimento, obtendo aceitação e reconhecimento profissional da equipe, o gerente tem que reescrever seu papel e redefinir sua forma de atuar. (LIMA, 2000). 34 2.4 MONITORANDO DESEMPENHO PARA QUALIDADE E MELHORIA DE SERVIÇO Para assegurar o sucesso e a satisfação dos clientes é necessária a monitoração dos serviços. Quem não monitora e não gerencia seu processo está a desejar. É necessário melhorar em cada nível de operação e em cada área funcional, utilizando-se dos recursos financeiros e humanos, dando importância àqueles que realizam o serviço, as pessoas. 2.4.1 A Importância das Pessoas na Realização dos Serviços As pessoas desempenham papel bastante específico no esforço da qualidade, e conforme Paladini (2004), são as pessoas os agentes de transformação, ou seja, aqueles que mudam efetivamente a história da organização em termos da qualidade. Barros (1996 pg. 20) “qualidade se obtém por meio das pessoas, e não unicamente pela via tecnológica”. A monitoração da qualidade dos serviços é importante e, para assegurar o sucesso em longo prazo, não deve ser isolada. Os serviços não são gerados por máquinas, mas produzidos por pessoas e dependentes de pessoas. Como Will Rogers disse certa vez: “Números não significam nada! São pessoas que contam”. Certamente, isso é verdadeiro para os serviços. A medição e a tecnologia são importantes, mas o “ingrediente – chave” para um bom serviço são as pessoas, particularmente as que são ponto de contato. (DENTON, 1990). Muitas empresas investem em suas pessoas. Elas constituem o elemento mais essencial no processo de melhoria contínua. Treinamento, construção de equipes e melhoria no local são elementos importantes para construir um meio ambiente no quais os empregados possam crescer. (BROCKA, 1994). 35 2.4.2 O gerenciamento do Comportamento Humano Para obter garantir a qualidade nos serviços, há a necessidade de um bom gerenciamento do comportamento das pessoas. É preciso mostrar as pessoas que fazem parte da organização uma visão de atendimento, do conhecimento que o cliente necessita e apoio para desempenhar as tarefas. Para isso é necessário contratar pessoas que gostem de pessoas. (Whiteley, 1992). Para Lobos (1991 pg. 28) “Todas as pessoas que compõem uma organização precisam ser conscientizadas para a qualidade. A questão é como e por quem”. Neste sentido Juran (1993), argumenta que as forças do comportamento humano para alcançar os resultados devem ser gerenciados, compreendendo quais sãos os motivadores reais do comportamento humano na empresa relacionado com a obtenção da qualidade É necessário a monitoração e treinamento dos empregados para que as organizações que fornecem serviços com qualidade sejam capazes de melhorar a sua imagem de serviços (DENTON, 1990). 2.4.3 Ação Gerencial Contribuindo para o Desempenho de Qualidade Alguns pré-requisitos muito importantes devem ser observados para que a participação torne-se efetiva numa base contínua, sendo que na visão de Juran (1993), são os seguintes: ● A alta gerência deve se submeter ao treinamento necessário para compreender e apoiar os objetivos do conceito de participação: desenvolver pessoas usando sua educação, experiência e criatividades para melhorar as operações da empresa; ● Outros membros da equipe da gerência (gerentes, supervisores e especialistas da empresa) devem aceitar o conceito de participação, percebendo 36 que se fizerem estarão delegando à mão-de-obra algumas atividades que no passado eram consideradas ”prerrogativas da gerência”. Esses membros devem submeter-se a treinamento suficiente em assuntos de qualidade para poder compreender o que é oferecido à mão-de-obra. Além disso, a primeira linha de supervisão deve receber o mínimo desse mesmo programa de treinamento oferecido à mão-de-obra. ● A gerência deve enfrentar a preocupação da mão de obra. Paladini (2004 pg.163) “Cabe à administração operacional planejar a campanha, dando e recebendo comunicações, revisando resultados e estimulando ações”. 2.4.4 Critérios que devem ser Utilizados para Melhorar os Serviços Para melhorar a qualidade nos serviços precisa-se identificar o que está causando a insatisfação dos clientes. Qualquer processo tem que conhecê-lo, documentá-lo, aferi-lo, saber o quanto ele não está satisfazendo as necessidades, determinar as causas desse fato, rever as necessidades e objetivos para, aí sim, começar a melhorá-lo. (ALMEIDA, 1995) De acordo com Denton (1990), as organizações que desejam melhorar seus serviços necessitam de: ● Grupos de apoio da gerência: Desenvolver padrões e ensaios compreensivos induzidos pela corporação produz melhor qualidade e, por sua vez, maior satisfação dos clientes. Da mesma forma, a interação gerencial com os empregados na linha de frente é fundamental para a satisfação dos clientes. ● Pessoal de serviço: Pessoal dedicado e com perfil correto é crucial, se o negócio pretender obter um serviço com qualidade que produza satisfação dos clientes, essencial em uma sociedade de serviços. ● Pontos chaves: 37 Se uma organização deseja a satisfação dos clientes, ela precisa investir nisso. Deve pelo menos monitorar as preferências e desejos dos clientes para ajudar a assegurar a satisfação dos mesmos. Em muitos casos, somente o esforço de monitorar parece melhorar essa satisfação. Sempre haverá reclamações, mas se alguém estiver ouvindo, isso melhorará a confiança e o respeito dos clientes. ● O treinamento e a motivação: São essenciais para ajudar os empregados a entenderem seus papéis no desenvolvimento da satisfação dos clientes. Um empregado deve ter essa bagagem para se preparar para a função. Somente assim é possível esperar sucesso, no longo prazo. Comprometimento da organização na adoção de altos níveis em padrões e na implantação de ensaios abragentes são também críticos para a satisfação de clientes, a qual não ocorre simplesmente. Ela exige acompanhamento constante e uma atitude perfeccionista. Conforme diz o ditado: “Bom, o melhor, nunca descanse mesmo que o seu bom seja o melhor e que seu melhor seja ao melhor”. Também é essencial um clima positivo entre os empregados e os gerentes. Os empregados não são um “mal necessário”; eles são a solução para a satisfação dos clientes. Os serviços precisam de pessoas dedicadas. È difícil, talvez impossível, que os empregados não se sintam felizes nos empregos e ainda assim produzam o esforço necessário para assegurar a lealdade do cliente. A administração tem de apoiar o seu pessoal de modo que, por sua vez, eles possam apoiar os clientes. Alguns pontos-chaves a serem lembrados incluem: ● Fazer da satisfação do cliente o ponto focal, a nível corporativo; ● Monitorar as necessidades, desejos e atitudes dos clientes; ● Envolver a alta administração na monitoração e no melhor atendimento do cliente; ● Selecionar e contratar pessoas que gostem de produzir serviços com qualidade; ● Enfocar os esforços no treinamento e motivação dos fornecedores de serviços na linha de frente e nas gerencias, de modo que os mesmos saibam como e por que fornecer serviços; ● Dar ao pessoal uma perspectiva do ponto de vista da corporação; 38 ● Compartilhar as informações de forma aberta a respeito na corporação e da necessidade do serviço; ● Mostrar apoio e confiança nos fornecedores de serviços da linha de frente; ● Providenciar ensaios e mostrar aderência aos padrões estabelecidos; ● Definir altos padrões mensuráveis sobre serviço com qualidade (propensão para a perfeição); ● Providenciar metas e realimentação de informações e respeito do desempenho dos empregados com relação aos padrões. ● Pessoas e não tecnologia: Apesar de ser duvidoso, pode ser possível que a tecnologia seja mais importante para o sucesso de um fabricante do que a pessoas, mas certamente isso não é o caso em serviços. Se uma pessoa não puder fazer algo, certamente as máquinas também não o poderão. Máquinas são ferramentas; as mãos que manuseiam as ferramentas é que são mais importantes. As pessoas são mais importantes para os serviços, mas isso não implica em ignorar a tecnologia. Uma companhia pode não precisar fazer uso de tecnologia. Uma companhia pode não precisar fazer uso de tecnologia de ponta, mas a mesma deve ser, pelo menos, atualizada. ● Avaliando o serviço: O que as organizações precisam enfatizar são aqueles serviços que as tornam benquistas e que cativam clientela. A lealdade dos clientes é aumentada quando eles esperam e recebem certas recompensas. As recompensas que os clientes esperam podem ser: velocidade de transações, atenção, confiabilidade, consistência ou até excitação. Não parece ter sentido oferecer serviços, a menos que haja um claro atendimento das necessidades dos clientes. Algumas organizações “pensam” que entendem seus clientes, outras pensam que não precisam de mudanças e algumas somente esperam por clientes em potencial que precisem de seus serviços. Todas essas atitudes são extremamente perigosas. Cada empresa precisa avaliar os serviços fornecidos aos clientes. De fundamental importância é a necessidade de avaliar o estado dos serviços e que melhorias são necessárias. Se não houver formas de avaliar os serviços, então não existem formas pelas quais os mesmos possam ser melhorados. Uma organização deve descobrir formas de avaliar os serviços porque seus competidores certamente o farão. 39 ● Pesquisas de clientes: As pesquisas de clientes podem ser vitais, mesmo para pequenas organizações. ● Pesquisas de auto-avaliação: Existem muitas formas de avaliar as necessidades dos clientes, uma das quais é a pesquisa de clientes. Muitas indústrias também fazem uso de pesquisas profissionais de mercado. O objetivo é tentar analisar o serviço atual, de modo que seja possível visualizar formas de melhorar o mesmo. As pesquisas de mercado são boas, da mesma forma que a solicitação para que os clientes preencham voluntariamente os “cartões de comentários” e outros questionários destinados a clientes. Entretanto, não importam quão valiosos sejam estes métodos, eles não podem definir completamente a qualidade dos serviços oferecidos por uma organização. ● Definindo serviço: Para ser bem-sucedido no fornecimento de serviços com qualidade é necessário, pelo menos, atender, e talvez exceder, às expectativas dos clientes. Também é necessário assegurar que a empresa pode entregar o que os clientes esperam. Isso depende em grande parte do tipo de pessoas existentes na organização. É necessário avaliar experiências, habilidades e atitudes dos empregados. Se não tiverem as experiências necessárias para atender aos padrões propostos, então é preciso reduzir os padrões ou fornecer treinamentos. Se tiverem experiência, mas não motivação, novamente, deve ser mudada os padrões ou dados incentivos para aumentar a motivação. ● Considerações sobre sistemas: Serviço de fato ocorre quando o mesmo é fornecido antes que o cliente peça por ele. Quando as pessoas têm de pedir, já foi perdida uma oportunidade de serviços. O melhor serviço é o preventivo e não o reativo. Para conseguir isso, os fornecedores de serviços na linha de frente e seus gerentes devem conhecer a seqüência e a ordem em que vão ocorrer as atividades dos clientes. Isso é critico para desenvolver a perspectiva do cliente, tão essencial para um bom serviço. Quaisquer padrões de serviços que não atendam a preocupações com comunicação provavelmente não são realistas. Obviamente, deve haver boas comunicações a respeito dos serviços, entre o pessoal de serviço e seus clientes. ● Considerações de natureza humana: 40 Os clientes querem mais do que serviços rápidos e consistentes. Alguns serviços podem ser rápidos, mas não mostram cortesia ou gentileza. Podem existir, mas mostrar pouca empatia. Comparadas com as considerações relacionadas com sistemas, as considerações de natureza humana têm importância igual ou superior. Relacionamento e confiança com os clientes são valiosos para qualquer organização, somente pessoas podem dar isso. A maioria dos clientes aprecia atenção pessoal. Apesar de nem sempre ser possível, a maioria aprecia quando o pessoal de serviço demonstra atenção ou se dirige aos mesmos pelo primeiro nome, isso mostra que o pessoal despendeu tempo e esforço para conhecer os clientes, pelo menos de nome. Também comunica respeito e torna o serviço menos burocrático. Para se fornecer um bom serviço você precisa ter pessoas que queiram servir. Algumas pessoas têm bom impacto no contato com pessoas, ao passo que outras não. Serviço é tanto verbal como não-verbal. Algumas vezes não é tanto a resposta a perguntas, mas a forma como as mesmas são dadas que é critico para a impressão do cliente. ● Estabelecendo padrões: Não importa se exista ou não um roteiro, será importante estabelecer padrões não-verbais. Sorrisos, contato visual e atitudes de recepção cordial são importantes. Postura relaxada, mascar goma ou olhar desinteressante são coisas que as pessoas de serviço alto nível devem evitar. Isso pode arruinar o roteiro mais bem preparado e o melhor sistema disponível para serviços com qualidade. ● Medindo e monitorando desempenho: Os padrões identificam o que deve ser feito, mas não necessariamente o que é feito. Pesquisas da Texas A&M mostraram que: “O que aprendemos é que a qualidade em serviços é medida pela diferença entre as expectativas dos clientes por um lado, e por outro lado, pelo nível de serviços entregues e que o cliente percebe. A diferença entre esses dois níveis representa o tamanho do problema em serviços”. Fazer uso de observações pessoais, como a American Express e outros fornecedores de serviços o fazem, provavelmente é a forma mais comum e simples de verificar o desempenho em relação aos padrões. A postura dessas observações deve ser a de assumir uma atitude de questionamento, em vez de punição de erros. A finalidade dessas observações é encontrar exemplos de aderência, tanto 41 satisfatória quanto insatisfatória aos padrões de serviços. É o que Mary Anne Rasmussinm vice-presidente Mundial de Garantia da Qualidade TRS da American Express, chama de: “Gerenciamento através de deslocamento, ouvir e imediatamente trazer as oportunidades de melhorias nos serviços à atenção dos empregado”. ● Treinamento para o potencial: A maioria dos programas de treinamento prepara os empregados para uma tarefa especifica ou para uma área em particular, mas os melhores tentam maximizar o potencial de um empregado. ● Treinamento inteligente: Atualmente, muitos administradores parecem limitar a capacidade e talvez até a inteligência de seus empregados quando esperam incompetência ou esperam pelo pior. A percepção muda às coisas. Existem profecias que se cumprem sozinhas. Os gerentes produtivos sabem disso, antecipam o melhor e agem de acordo. Se as gerências desejam empregados inteligentes na linha de frente, elas também devem mostrar como jogar o “jogo” do negócio. Não podemos esperar que os empregados ajam com inteligência, se não entenderem as regras do jogo. Para reagir de forma inteligente, o empregado devem entender como tudo se encaixa. ● Melhoria do perfil: Suas sugestões para bem representar o papel incluem projetá-lo para enfocar assuntos especiais (por exemplo, saudar os clientes, escolher uma venda, lidar com reclamações, etc.). Em segundo lugar, a representação deve desafiar o pessoal a interagir com um cliente exigente, resistente e desafiador. Também é aconselhável interrogá-lo: se o vendedor sentiu que poderia ter feito melhor. Também devem ser considerados os comentários de outras pessoas a respeito dos pontos fortes e áreas em que a apresentação poderia ser melhorada. Ele enfatizou de forma especial a necessidade de se evitar ensinar “a melhor forma”, porque não existe melhor forma. Os fornecedores de serviços devem ser encorajados a usar flexibilidade, intuição e imaginação. Tão longo a organização tenha selecionado as que querem que as pessoas exibam, e tenham contratado as melhores pessoas disponíveis, o resto depende de treinamento e motivação. Padrões de cortesia precisam ser desenvolvidos e revisados com freqüência. 42 2.4.5 Critérios para Obtenção da Qualidade Para obter a qualidade alguns processos gerenciais devem ser enfocados: Juran (1993) destaca três processos importantes para o gerenciamento da qualidade: 1- Planejamento da qualidade: Desenvolver produtos e processos necessários para atender às necessidades dos clientes, envolvendo uma série de etapas universais: determinar quem são os clientes, quais as necessidades dos clientes e desenvolver processos que sejam capazes de produzir essas características de produtos, transferir os planos resultantes às forças operacionais. 2- Controle da qualidade: Esse processo consiste nos seguintes passos: Avaliar o desempenho da qualidade real, comparar o desempenho real com as metas de qualidade, atuar nas diferenças. 3- Melhoramento da qualidade: Esse processo é a maneira de elevar o desempenho da qualidade a níveis inéditos (inovação) a metodologia consiste de uma série de etapas universais: Estabelecer a infra-estrutura necessária para assegurar um melhoramento da qualidade anual; Identificar às necessidades específicas para melhoramento; Para cada projeto estabelecer uma equipe de projeto que tenha claramente a responsabilidade de fazer com que o projeto seja bem –sucedido; Fornecer os recursos, motivação e treinamento necessário às equipes para diagnosticar às causas, estimular uma solução e estabelecer controles para manter os ganhos. Para Gianesi (1996) a avaliação da qualidade de serviços requer alguns critérios que são: ● Tangíveis Os critérios tangíveis referem-se à qualidade e ou aparência de qualquer evidência física do serviço ou do sistema de operações, ou seja, bens facilitadores, equipamentos, instalações, pessoal ou, ainda, outros consumidores. ● Consistência 43 Consistência significa conformidade com experiência anterior, ausência de variabilidade no resultado ou no processo. Este critério é importante para clientes que querem saber o que esperar de um serviço. Muitos clientes que são avessos ao risco e à experimentação de novos serviços e ou fornecedores preferem aqueles que lhe proporcionem consistência no serviço prestado. ● Competência A Competência refere-se à habilidade e ao conhecimento do fornecedor para executar o serviço, relacionando-se as necessidades “técnicas” dos consumidores. A competência é geralmente um critério importante para os serviços profissionais, nos quais o cliente procura uma capacitação da qual não dispõe. ● Velocidade de Atendimento A velocidade de atendimento é em geral um critério importante para a maioria dos consumidores de serviços, notadamente quando a presença do cliente é necessária. O tempo que o cliente tem que despender para receber o serviço é geralmente considerado um tempo perdido, a menos que o serviço envolva algum tipo de lazer para o cliente. A velocidade de atendimento refere-se também, à prontidão da empresa e de seus funcionários em prestar o serviço. ● Atendimento Atmosfera Este critério refere-se a quão agradável é a experiência que o cliente tem durante o processo de prestação do serviço. Contribui para a boa avaliação neste critério a atenção personalizada dispensada ao cliente, principalmente quando o cliente percebe que os funcionários do fornecedor do serviço o reconhecem. A cortesia dos funcionários também é um elemento importante para criar uma boa percepção. Este é o critério que avalia o nível de prazer que o cliente tem em participar ou estar presente no processo de prestação do serviço. ● Flexibilidade Flexibilidade significa ser capaz de mudar e adaptar rapidamente a operação, devido a mudanças nas necessidades dos clientes, no processo ou no suprimento de recursos. ● Credibilidade Segurança Sabe-se que o cliente percebe certo grau de risco ao comprar um serviço por não poder avaliá-lo antes da compra. Esta percepção de risco varia com a 44 complexidade das necessidades do cliente e com o conhecimento que este tem do processo de prestação do serviço. O importante conceito de que a avaliação que o cliente faz do serviço se dá através da comparação entre a expectativa prévia e a percepção formada durante e após a prestação do serviço. Contudo, reconhecendo que, além das expectativas do cliente, suas necessidades também exercem papel importante na avaliação. 2.5 ESTRATÉGIAS PARA A MELHORIA DOS PROCESSOS O processo de melhoria requer o envolvimento de todos, necessitando examinar, questionar, reformular os processos, procedimentos, normas e métodos de trabalho, conhecer e focalizar tudo que interessa para gerenciar a qualidade e, ajustar, aperfeiçoar para que resulte em qualidade total. Para Albrecht (2002 p.269), É essencial que continuamente se examinem, questionem e, caso necessário, reformulem todos os processos, pois todos os sistemas devem sua existência ao objetivo principal de fornecer valor para os clientes. Segundo Paladini (1995), As técnicas gerenciais na área da qualidade apontada para uma abordagem de motivação à qualidade, segundo a qual se deve tornar o esforço pela qualidade tarefa de todos, evidenciando-se que só a participação e empenho de todos garantem o sucesso deste esforço. 2.5.1 Etapas para os Processos de Melhorias Para o processo de melhoria é necessária uma série de etapas universais, elevando assim a níveis inéditos (inovação). Neste sentido, Juran (1993) descreve as etapas para o processo de melhoria da qualidade: ● Estabelecer a infra-estrutura necessária para assegurar um melhoramento da qualidade anual; 45 ● Identificar as necessidades específicas para melhoramento – os projetos de melhoramento; Para cada projeto estabelecer uma equipe de projeto que tenha claramente a responsabilidade de fazer com que o projeto seja bem-sucedido; Fornecer os recursos, motivação e treinamento necessário as equipes, para diagnosticar as causas, estimular o estabelecimento de uma solução, estabelecer controles para manter os ganhos. Já para Almeida (1995) o processo de melhoria de qualidade pode ser dividido em oito etapas, não sendo por ordem de importância nem execução, podendo ser dividida de maneira que melhor convier para a organização. As oito etapas são: 1- Comprometimento gerencial: É absolutamente essencial à intensa e permanente participação de todos os gerentes durante todas as etapas. É necessário definir, e divulgar a todos os que a empresa entende por melhoria de qualidade e o que está fazendo a respeito, aperfeiçoar aquilo que seus clientes devem esperar. 2- Organização: A organização deverá ser ajustada a cada caso e, naturalmente, a existência ou inexistência de pessoas designadas em tempo integral para exercer as responsabilidades. As responsabilidades do gerenciamento devem ser desdobradas em três níveis, a saber: Conselho de qualidade, executivo de qualidade, time de melhoria de qualidade. 3- Treinamento: A empresa deverá pôr e prática um programa de treinamento continuado e gradual, de forma a dar reais condições de participação a todos a seus integrantes. Continuada porque é impraticável treinar todos ao mesmo tempo; e gradual; porque se tentar transmitir tudo de uma só vez, não haverá possibilidade de assimilação. Podendo a empresa, se tiver um programa de forma de treinamento de gerentes e funcionários, o treinamento no que diz respeito a qualidade deve ser incorporado . 4- Ciclo de melhoria de qualidade: Ter uma medida de qualidade estabelecida para sua principal atividade, concordada com seu cliente (lembre-se se ela já existir, melhor, teremos, daqui em diante, que tratá-la como uma medida de qualidade); 46 Estabelecer objetivos comparando os resultados reais com os objetivos; identificando eventuais desvios e determinar suas causas; Removê-las, se negativas, ou perpetuá-las, se positivas (incentivos a participação do pessoal através do programa de círculo de qualidade); Aplicar o conceito de objetivos dinâmicos, reajustando-os à nova realidade, tornando-os mais agressivos, porém, ainda sim, os atingíveis; Repetir o ciclo. 5- Gerência de processo: A melhor maneira de se implantar esse conceito na organização é sua presidência designar seus diretores funcionais como donos pessoais de processos. Cada um deles, com o auxílio do seu representante no time de melhoria de qualidade e a participação do executivo de qualidade, definirão o processo mais importante de sua área de responsabilidade. 6- Conscientização/ Participação: O fato de que os diretores funcionais são dígnos de processos e que o assunto é revisado periodicamente por toda a alta administração, são fortes fatores de conscientização e de estímulo à participação de todos. 7- Avaliação: Há fatores que devem ser considerados para se avaliar o desempenho de qualquer gerente. Ver a existência do plano de implementação e de melhoria e a participação e a sua execução. Treinamento. Qual a percentagem de pessoal treinado. Reuniões específicas sobre qualidade. Objetivos claros e mensuráveis. Círculo de qualidade. Quando o processo de melhoria de qualidade tiver atingido um grau de amadurecimento, deverá ser considerada a inclusão obrigatória de qualidade na avaliação de todo o seu pessoal. 8- Reconhecimento: Dar oportunidade a que funcionários desenvolvam, implantem e apresentem seu bom trabalho à gerência superior, almoçar com eles, publicar esses resultados e identificar seus autores através de notícias em quadros de aviso ou em revista 47 interna da empresa, é eficiente forma de reconhecimento, mas não significativas para o pessoal do que um prêmio em dinheiro. Essas formas de reconhecimento devem ir sendo anunciadas gradativamente, em consonância com os progressos obtidos. Para a implantação de um processo de melhoria de qualidade, é necessário o perfeito entendimento por todo o seu pessoal, do que significa qualidade, dos conceitos e ferramentas a ele associados. Para Albrecht (2002) a qualidade total de serviços requer que sejam efetuados os seguintes processos: ● Melhoria de processos; ● Avaliação, mensuração e feedback; ● Pesquisa de mercado do cliente; ● Formulação de estratégia; ● Educação e treinamento. Pesquisas de Mercado e de Clientes Avaliação, Mensuração e Feedback Formulação da Estratégia Qualidade Total dos Serviços Melhorias de Processos Educação, Treinamento e Comunicação. Figura 1 Qualidade total dos Serviços Fonte: Albrecht (2002 p. 269) Albrecht (2002) cita alguns erros comuns e que levam à maioria dos fracassos: ● Não compreender as necessidades dos clientes; ● Não fixar padrões; 48 ● Permitir que o desempenho abaixo dos padrões não fosse questionado; ● Não se comunicar com os clientes e empregados sobre os serviços; ● Prometer aos clientes mais do que a organização pode fornecer. Segundo Paladini (1995), para gerar qualidade no processo, vários prérequisitos básicos devem ser seguidos sendo para empresas elementos relevantes: ● Focalizar todas as ações da empresa na atenção ao consumidor; ● Envolver efetivamente, a alta administração no esforço pela qualidade; ● Otimizar todos os recursos da companhia no processo; ● Envolver os recursos humanos, preferencialmente em ações coletivas (grupos); ● Treinamento de toda a mão-de-obra; ● Desenvolver mecanismos para incentivar a melhoria contínua e ● Avaliar de forma objetiva os resultados obtidos. A melhoria nos processos envolve cada um na organização e tornam-se uma parte do trabalho de cada pessoa, em vez de se ter as responsabilidades sobre poucos membros da organização. Por intermédio da inspeção e análise do processo, todos partilham uma experiência de aprendizagem comum e o conhecimento acumulado e entendido do processo torna-se a base para melhorá-lo (BROCKA,1994). 2.5.2 Estratégia para Melhoria Contínua Algumas estratégias citada por Brocka (1994) para melhoria contínua: ● Projeto Piloto: Prove que o projeto pode funcionar bem e um departamento ou divisão antes de exportá-lo para toda companhia. Análise das variações de todos os processos: Envolve análise tanto na administração como na linha de produção. Reconheça o processo, e não somente os resultados: O processo é a chave para melhorar os resultados. ● Simplifique: 49 Pergunte qual é o valor agregado a cada passo do trabalho, a cada forma e a cada traço sobre a forma. Falhas e problemas são oportunidades: Aprendemos com os nossos erros, assim como podemos aprender com os erros da organização. ● Coloque tudo em ordem para trazer a melhoria: Se as estratégias advogadas são tão difíceis de implementar sob a estrutura atual da organização, uma mudança poderá ser necessária. Equipes de gerenciamento podem ser estabelecidas e níveis de média gerência poderão ser reduzidos. 2.5.3 Envolvimento da Liderança no Processo da Melhoria Somente o esforço e o envolvimento de todos os membros integrantes da empresa permitirão que o sistema de qualidade seja eficaz. Dar o melhor de si é fundamental, mas não basta. Infelizmente, os melhores esforços tomados isoladamente, cada um avançando em múltiplas direções, se a devida orientação, baseada em princípios, pode causar danos profundos. (DEMING, 1990). Abrecht (2002) comenta que se todos os níveis de liderança estiverem comprometidos e empenhados para a melhoria continua, estes buscam novas maneiras de fazer com que a organização funcione melhor em proveito dos empregados e dos clientes. O esforço para que os sistemas organizacionais sejam amigáveis aos clientes deve ser permanente e inexorável. Também o envolvimento da administração é decisivo para que a melhoria dos serviços seja foco estratégico, reconhecendo e transmitindo a importância da qualidade dos serviços; não apenas o reconhecimento em si; manifestando sob a forma de atos e palavras, ouvindo as sugestões e recomendações dos empregados para a melhoria da qualidade dos serviços. Os gerentes devem se tornar a ligação entre a estratégia da empresa e o que acontece na interação com o cliente, devendo não apenas captar a visão empresarial, mas também ser capaz de transmitir em termos de efeitos na prática de 50 vendas e serviços, dando exemplo de competência, transmitindo confiança a seus subordinados (WHITELEY, 1996). 51 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente trabalho possui caráter científico em sua elaboração e por isso foi utilizado de metodologia específica para a sua conclusão. Segundo Andrade (2001), a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos mediante a utilização de alguns métodos científicos. 3.1 NATUREZA DA PESQUISA A natureza da pesquisa deste trabalho é qualitativa e quantitativa, pois: A “pesquisa qualitativa tem como objetivo, situações complexas ou estritamente particulares”. Oliveira apud Fischer (2001, p.11) destaca que esta abordagem possui a facilidade para descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir a interpretação das particularidades dos comportamentos e atitudes dos indivíduos, em maior grau de profundidade. Segundo Roesch (1999), a pesquisa qualitativa que se orienta pela tradição filosófica da fenomenologia. Para a perspectiva fenomenológica, o mundo e a realidade não são objetivos e exteriores ao homem, mas socialmente construídos e recebem um significado a partir do homem. A partir dessa visão a tarefa da ciência social não é levantar fatos e medir a freqüência de certos padrões, mas apreciar as diferentes construções e os significados que as pessoas atribuem a sua experiência. Nesse sentido, Roesch apud Fischer (1999), a pesquisa qualitativa envolve uma instância teórica que de maneira autoconsciente procura suspender suposições descuidadas sobre significados compartilhados. Sem a utilização de quantificações, na pesquisa qualitativa parte-se de um enfoque, o qual implica iniciar com um 52 conjunto de conceitos amplos e de idéias, cujo conteúdo vai consolidando-se durante o processo de coleta. Ao contrário da pesquisa quantitativa, em que se parte de conceitos a priori sobre a realidade, na pesquisa qualitativa vai-se a campo sem estruturação, justamente para captar as perspectivas e interpretações das pessoas. Também foi utilizada a pesquisa quantitativa, que é apropriada para possíveis alterações nas organizações como forma de implantação de novos programas, buscando obter bons resultados (ROESCH, 1999). 3.2 MÉTODO DA PESQUISA Segundo Marconi e Lakatos (2002, p.253): O método consiste em uma série de regras com a finalidade de resolver determinado problema ou explicar um fato por meio de hipóteses ou teorias que devem ser testados experimentalmente e podem ser comprovadas ou refutadas. Os tipos de pesquisa utilizada para o desenvolvimento do trabalho foram, a pesquisa bibliográfica, que de acordo com Koche (1992); RUIZ, (1979), apud BUBLITZ e, a pesquisa bibliográfica consiste na busca e na análise de referências teóricas, publicadas em livros, obras ou congêneres, para identificar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado assunto. Também o trabalho utilizará da pesquisa descritiva que Segundo (Lakatos e Markoni, 2002) a pesquisa descritiva procura classificar, estudar, explicar e interpretar fatos e fenômenos do mundo físico e humano, sem a interferência do pesquisador, ou seja, sem manipulá-lo. Como assinala Oliveira apud Fischer, (2001), o estudo descritivo procura abranger a correlação entre variáveis, fundamentais para as diversas ciências sociais, e que permite ao pesquisador obter uma melhor compreensão do comportamento de diversos fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno. Também o método será a pesquisa exploratória que de acordo com Mattar (2002), pesquisa exploratória poderá ajudar o pesquisador, a saber, quais das várias 53 opções se aplicam ao problema da pesquisa, propiciando o maior número possível de informações acerca do referido assunto. De acordo com Fischer (2001), um estudo exploratório não elabora hipóteses, restringindo-se à definição de objetivos e à busca de maiores informações sobre determinado assunto. Seu objetivo é a familiarização com o fenômeno ou a obtenção de nova percepção deste e o descobrimento de novas idéias. 3.3 UNIVERSO DA PESQUISA Esta pesquisa foi desenvolvida numa Instituição financeira situada na cidade de Caçador, estado de Santa Catarina, a qual se buscará avaliar como está a qualidade nos serviços prestados nesta Instituição. 3.4 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS As técnicas de coletas de dados utilizadas foram através de pesquisa bibliográfica, questionário e observação. A pesquisa bibliográfica se realiza por meio de livros, revistas, artigos fundamentados sobre o tema apresentado,[...] O questionário é um instrumento de coleta de dados muito utilizado em pesquisa quantitativa, onde se propõem levantar a opinião da população sobre o assunto em questão. É aplicado aos colaboradores antes da realização do treinamento com objetivo de detectar as causas e conseqüências da não utilização do orçamento familiar. Outro método utilizado para coleta de dados será a observação participante aberta, realizada dentro da empresa, juntamente com os colegas e colaboradores em geral (ROESCH, 1999). 54 3.5 TÉCNICAS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS A análise dos resultados da pesquisa foi apresentada de forma descritiva, onde a empresa pode perceber as situações que influenciam o comportamento das pessoas diante de planejamento do orçamento familiar. Segundo Oliveira (1997), estudo descritivo procura abranger a correlação entre variáveis, fundamentais para as diversas ciências sociais, e que permite ao pesquisador obter uma melhor compreensão do comportamento de diversos fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno. 55 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO Este capítulo se encarrega de sistematizar e analisar os dados coletados na Instituição Financeira com relação à qualidade dos serviços prestados, avaliando interpretando os dados para que possa resultar em melhoria das atividades e satisfação do cliente. 4.1 ANÁLISE DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO E DOS SERVIÇOS PRESTADOS EM RELAÇÃO À NECESSIDADE DO CLIENTE. Diante do estudo teórico, constatou-se que o cliente deve ser considerado como principal ferramenta para que uma empresa se mantenha viva no mercado. Ainda mais quando se trata de Instituições Financeiras, pelo fato destas disponibilizarem praticamente os mesmos produtos e serviços, o que exige uma atenção mais qualificada a este cliente cada vez mais exigente. Neste sentido faz–se necessário uma constante avaliação de seus serviços, avaliando como o cliente está sendo atendido e procurando satisfazê-lo sempre. A Instituição Financeira objeto deste trabalho é um banco público, preocupado em atender seus clientes da melhor maneira possível, integrado às comunidades, prestando serviço com excelência, reforçando o seu compromisso com a qualidade no atendimento aos seus clientes. A busca pela excelência está presente no desenvolvimento de diferentes produtos e serviços e no envolvimento de todos os agentes e setores da Instituição. O grande questionamento é achar uma forma de saber se o atendimento e serviços ofertados estão satisfazendo as necessidades dos clientes, visto que, é necessário conhecer as necessidades destes para então, elaborar maneiras de satisfazer às necessidades, assim como elaborar novos produtos que possam cativar a clientela. 56 Para fazer esta avaliação com relação à satisfação da clientela da instituição objeto deste estudo, foi elaborada uma pesquisa, visando saber a satisfação de seus clientes e usuários, na busca pela identificação de onde e em que podem ser efetuadas melhorias. Foram utilizadas algumas considerações importantes destacadas por Kotler (2000), que englobam procedimentos relacionados a itens como: confiabilidade (ter competência em executar atividades conforme o prometido de forma segura, precisa e com consistência); capacidade de resposta (possuir a disposição em auxiliar e contribuir com os clientes, bem como fornecer os serviços dentro do tempo determinado); segurança (ter a idoneidade dos prestadores de serviços de transmitir com segurança e confiança o conhecimento aos clientes); empatia (prover atenção especial e individualizada de cada um dos clientes, cordialmente); e ainda, demonstrar os aspectos da estrutura física (instalações físicas, equipamentos utilizados no processo). Com relação à confiabilidade também citado por Albrecht (2002) e Whiteley (1992), onde relatam que a confiabilidade se resume em ter competência em executar as atividades conforme o prometido e de forma segura, precisa e com consistência, com também habilidades de transmitir confiança, segurança e credibilidade. Também sobre as formas de medir os desejos do cliente, sendo esta a melhor maneira de saber se estes estão sendo satisfeitos, forçando uma disciplina que irá beneficiar a organização mesmo antes de constatados os resultados, como também fornece informações confiáveis do que está certo e errado na organização, ajudando a melhorar o desempenho mais fraco. A Instituição Financeira, através de seus funcionários busca atender seus clientes de forma segura, precisa e com consistência. Isto pode ser observado no resultado da pesquisa feita a 100 (cem) clientes e usuários da referida instituição, que obteve um excelente resultado, pois 89% (oitenta e nove por cento) consideram este item sendo ótimo e o restante, ou seja, 11% (onze por cento) consideraram-no como bom, demonstrando que seus clientes estão satisfeitos com os serviços, e que os funcionários possuem habilidades em prestar serviços com segurança e de forma precisa, muito importante para a Instituição que conseguiu conquistar e fidelizar seus clientes. 57 No gráfico 1, serão apresentados os resultados da pesquisa, em relação à competência dos funcionários da Instituição. 0% 11% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 89% Gráfico 1 – Competência dos Funcionários Em relação à capacidade de resposta ou à disposição dos funcionários em auxiliar os clientes, fornecendo serviço dentro do tempo determinado é o que cita Kotler (2000), descrevendo que a capacidade de dar a resposta ao cliente auxiliando quando necessário irá contribuir para a qualidade nos serviços. Neste item também o resultado foi excelente com 85% (oitenta e cinco por cento) considerado ótimo e 15% (quinze por cento) considerado bom. Isto demonstra que a Instituição possui funcionários ágeis com amplo conhecimento e domínio do assunto, transmitindo com segurança e clareza as informações para o cliente, a resposta de toda gama de produtos que a mesma disponibiliza, o que vem a contribuir à qualificação dos serviços por ele ofertado e prestado. Em relação à disposição dos funcionários, esta está sendo representada através do gráfico 2. 58 0% 15% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 85% Gráfico 2 – Disposição dos Funcionários Quando se refere a confiança que o cliente possui na Instituição e em seus colaboradores podemos constatar o que Albrecht (2002) e Kotler (2000), destacam que a confiabilidade é um item importante e necessário para atingir o diferencial. E através desta pesquisa podemos analisar que a Instituição transmite esta confiança e segurança aos clientes, pois 57% (cinqüenta e sete por cento) dos usuários e clientes têm com ótimo e 43% (quarenta e três por cento) consideram bom. Isto é muito importante para a Instituição que está há apenas cinco anos prestando serviços nesta cidade de Caçador-SC e, mesmo assim, possui muitos clientes fidelizados com a Instituição, considerando que estes clientes também são clientes da concorrência. No gráfico 3, são apresentados os resultados referentes à confiança, segurança e credibilidade. 59 0% 0% Otimo 43% Bom 57% Ruim Pessimo Gráfico 3 – Confiança/Segurança/Credibilidade Como visto, de acordo com Albrecht (2002) e Kotler (2000), a empatia é outro item importante para prestar um bom atendimento, sendo que este fator determina a qualidade de serviços. Refere-se aqui ao fornecimento de atenção individualizada. Neste item a Instituição possui o atendimento individualizado, tornando um diferencial, visto que o cliente ao chegar à agência é atendido pelo gerente de sua conta, ou seja, um atendimento individualizado, onde este já o conhece e procura atendê-lo conforme sua necessidade. Este item foi bem avaliado, pois 79% (setenta e nove por cento) dos clientes consideram com ótimo, para 21% (vinte e um por cento) foi bom, isto significa que os mesmos se sentem satisfeitos. Conforme pode-se ver no gráfico 4. 0% 21% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 79% Gráfico 4 – Atendimento Individualizado 60 Em relação aos itens tangíveis, que são relacionados às instalações físicas e visuais da referida Instituição. Com relação às instalações físicas e visuais da instituição, apesar de este item apresentar um percentual menor em relação aos outros em que foi obtido um excelente resultado, não deixa de ser bom, pois 72% (setenta e dois) dos clientes ainda consideram bom, para 9% (nove por cento) ótimo, e 19% (dezenove por cento) consideram ruim. Costa (2000), Albrecht (2002) e Kotler (2000), destacam que a aparência física, ou seja, os aspectos da estrutura física é um item tão importante para atingir a excelência no atendimento segundo a percepção do cliente. Assim há necessidade que a Instituição priorize este item, pois será o que fará o diferencial. Através da análise elaborada, sendo esta de grande valia, ao constatar que existe, ainda que pequena, uma insatisfação dos clientes em relação às instalações físicas e, através deste conhecimento procurar adequar melhorias que venham a resultar a satisfação da clientela. No gráfico 5, são apresentados os resultados relacionados aos itens tangíveis. 19% 0% 9% Otimo Bom Ruim Pessimo 72% Gráfico 5 – Instalação Física e Visual da Instituição Pode-se também acrescentar que a receptividade citada por Costa (2000), onde destaca que para realizar um atendimento com diferencial competitivo devem- 61 se desenvolver habilidades e comportamentos da qual inclui a receptividade e avaliação construtivas. Isto fará o cliente se sentir satisfeito com a instituição. O resultado também foi excelente, pois 78% (setenta e oito por cento) avaliaram como ótimo e 22% (vinte e dois por cento) como bom. Significa que o cliente está satisfeito com a instituição, sendo este representado através do gráfico 6. 0% 22% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 78% Gráfico 6 – Receptividade Em relação à informação e comunicação precisa, sabe-se que, tão importante quanto atrair clientes, é ter a capacidade de mantê-los, fazer com que eles voltem a fazer negócios, e a informação é muito importante para que ele adquira confiança. Salina (1993) apud Soares e Schaffler (2004) destaca que à comunicação e informação são algumas características importantes para atingir a qualidade dos serviços bancários. Também para que a informação seja dada corretamente há necessidade de conhecimento dos produtos e serviços e a responsabilidade que o cliente vê no funcionário que está prestando o serviço ou ofertando o produto. Nota-se que a Instituição dispõe de funcionários que procuram transmitir com segurança e clareza as informações que o cliente precisa no que diz respeito a toda gama de produtos que a instituição disponibiliza, contribuindo à qualificação dos serviços por ela ofertado e prestados, pois sabe-se que um cliente mal informado acaba gerando problemas que muitas vezes acabam por perdê-los. 62 O resultado, neste caso, foi de que 60% (sessenta por cento) dos clientes estão satisfeitos, avaliando como ótimo e 40% (quarenta por cento) avaliando como bom, sendo este, representado através do gráfico 7. 0% 0% 40% Otimo Bom Ruim 60% Pessimo Gráfico 7 – Informação e Comunicação Precisas Avaliando o conhecimento dos funcionários, necessário para dar informação precisa os clientes, mais a responsabilidade destes funcionários resultou em que 79% (setenta e nove por cento), consideram bom e 21% (vinte e um por cento) ótimo o conhecimento dos funcionários e, com relação à responsabilidade deste foi excelente, pois 91% (noventa e um por cento) consideram ótimo para 9% (nove por cento) bom. Demonstra que a Instituição possui um excelente quadro funcional preparado para dar a informação e com responsabilidade, contribuindo para um excelente atendimento. No gráfico 8, são apresentados os resultados em relação ao conhecimento dos funcionários e, no gráfico 9, os resultados relacionados à responsabilidade dos funcionários. 63 0% 21% Otimo Bom Ruim Pessimo 79% Gráfico 8 – Conhecimento dos Funcionários 0% 9% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 91% Gráfico 9 – Responsabilidade dos Funcionários Já em relação à agilização nas operações, o processo de agilizar as operações bancárias dentro da instituição é fazer com que a resposta seja dada ao cliente o mais rápido possível quanto às suas solicitações de operações bancárias ou outro serviço ou produto que a Instituição oferece. Assim Costa (2000) destaca que segundo a percepção dos clientes a agilização das operações bancárias é uma das prioridades dos clientes para atingir a excelência no atendimento. Neste caso há necessidade de possuir funcionários disponíveis para esta tarefa, agilizando o processo, dando suporte para amparar o fluxo de documentos 64 que chegam, dados econômicos financeiros, necessários para que uma operação de crédito seja consolidada. Isto requer a atuação de um número mínimo de erros e burocratização conforme comenta Salina (1993) apud Soares e Schaffler (2004) que para atingir a qualidade dos serviços bancários devem levar em consideração algumas características das quais resumem em dispor de todos os produtos e serviços adequados à necessidade dos clientes atuando sem erros e burocratização. E notou-se que em relação a este fator, a Instituição Financeira está com o resultado bom, necessitando melhorar para atingir nota máxima, pois o cliente é a peça fundamental, sendo que, estando ele uma vez insatisfeito basta um deslize, uma desatenção para perdê-lo, e que para reconquistar a credibilidade deste cliente é uma tarefa muito mais difícil do que conquistá-lo. Relacionado ao fator acima mencionado, 52% (cinqüenta e dois por cento) dos entrevistados consideraram bom e 48% (quarenta e oito por cento) consideraram ótimo, Representado, através do gráfico 10. 0% 0% Otimo 52% 48% Bom Ruim Pessimo Gráfico 10 – Agilização nas Operações Em consideração à orientação e ao direcionamento, um cliente bem orientado e esclarecido no início da negociação, acaba sendo fidelizado. Assim, Costa (2000) argumenta que orientar e esclarecer melhor o cliente são algumas das prioridades de ações para a excelência no atendimento de acordo com a percepção dos clientes. 65 A Instituição, através de seus funcionários, procura orientar seus clientes sobre os seus produtos e serviços, esclarecendo a melhor maneira de utilização de seus produtos, isso faz com que o cliente perceba o que é melhor para ele e como a Instituição quer que ele esteja satisfeito. A comunicação e informação devem ser dadas ao cliente por meio de resposta rápida, claras e seguras, sanando seus problemas e suas necessidades. Isso faz com que a Instituição continue formando sua equipe de trabalho, oferecendo treinamento e monitorando para que seus funcionários realmente satisfaçam as reais necessidades de seus clientes. Assim, obteve-se um resultado de 68% (sessenta e oito por cento) que consideraram como bom e 32% (trinta e dois por cento) que consideraram como ótimo, representado através do gráfico 11. 0% 0% 32% Otimo Bom Ruim Pessimo 68% Gráfico 11 – Orientação e Direcionamento Saber quais as reais necessidades dos clientes para poder oferecer o produto e serviço adequado, e o que cita Reis (1998), é crucial para a satisfação no atendimento, pois, um cliente bem satisfeito, tem chances maiores de poder ser fidelizado, já um cliente insatisfeito, pode além de nunca mais usufruir dos serviços da instituição, fazer um marketing negativo da mesma para outras pessoas. Pode-se observar que a Instituição possui produtos e serviços que seus clientes avaliaram como 68% (sessenta por cento) ótimo e 32% (trinta e dois por cento) bom. A Instituição está cada vez mais forte e ainda mais voltada para o cliente, seja ele pessoa física ou jurídica, desenvolvendo produtos e serviços inovadores. E, com 66 o intuito de divulgar essas facilidades elaborará uma campanha publicitária, que busca aumentar o número de clientes da Instituição. Cabe destacar os serviços lançados recentemente através do site da instituição, seu portal, onde se tem navegação prática, objetiva e simples e com total segurança, atendendo tanto a pessoa física quanto a pessoa jurídica. O Office Banking, Home Banking, estão disponíveis ao cliente para fazer suas transações em horário diferenciado ao expediente bancário, utilizando-se do cartão internet magnetizado, oferecendo a segurança que o cliente precisa ao fazer suas transações. Além de produtos com taxas atrativas e de fácil liberação. O índice de satisfação dos clientes em relação aos produtos e serviços oferecidos está representado no gráfico 12. 0% 0% 32% Otimo Bom Ruim Pessimo 68% Gráfico 12 – Produtos e Serviços Oferecidos Para que uma Instituição forneça excelência no atendimento Costa (2001) recomenda que priorizem ações como: Presteza e facilidade de acesso e contato com produtos e serviços e redução do tempo de espera. Assim a instituição procurar empenhar-se ao máximo a esses detalhes, incluindo o tempo de espera, em que os clientes que chegam à instituição possam logo ser atendidos. Por isso questionou-se os clientes para saber se o tempo de espera para ser atendido está de acordo com as suas expectativas. Assim 58% (cinqüenta e oito por cento) dos clientes consideraram ótimo, e 42% (quarenta dois por cento) bom. Este resultado pode ser melhorado desde que 67 disponibilize mais funcionários para atendimento ao cliente reduzindo o tempo de espera. O tempo de espera para o atendimento é representado pelo gráfico 13. 0% 0% Otimo 42% Bom Ruim 58% Pessimo Gráfico 13 – Tempo de Espera para o Atendimento Para satisfazer a necessidade dos clientes deve-se utilizar-se de padrões profissionais e éticos Las Casas (1997) apud Soares e Schaffler (2004), que segundo eles são: possuir eficiência na prestação de serviços, como atos, ações e desempenho com agilidade e qualidade, comunicação clara, resposta rápida e segura, apresentando comodidade e segurança para o cliente. A Instituição, através de seus gerentes e funcionários demonstra atitudes positivas que favorecem o bom relacionamento com seus clientes, qualificando o atendimento, possuindo os padrões profissionais e éticos, objetivando a oportunidade para melhorar a qualidade dos serviços e possuindo eficiência na prestação de serviços. Através do resultado pode-se constatar que 91% (noventa e um por cento) dos clientes vêem seus gerentes e funcionários com atitude ótima e 9% (nove por cento) boa. Excelente para o cliente que busca a qualidade nos serviços. No gráfico 14, tem-se a visualização deste resultado. 68 0% 9% 0% Otimo Bom Ruim Pessimo 91% Gráfico 14 – Atitude dos Funcionários e Gerentes Para melhorar a qualidade nos serviços é preciso identificar o que causa a insatisfação dos clientes. O que se observou com negativo, causando insatisfação do cliente foi o atendimento ao telefone. Com sabe-se que o pronto atendimento causa excelente impressão, e como a Instituição não possuindo telefonista, todos devem atendê-lo com agilidade na solução e no atendimento, atendendo muito bem como se estivesse na frente do cliente, cumprimentando e colocando sempre a disposição do cliente, auxiliando no que for necessário, como também dando um direcionamento e principalmente passando o recado, caso não possa atender. O que for observado é que por várias vezes o telefone toca sem ser atendido, e quando um funcionário atende deixa o cliente esperando por muito tempo ao telefone por não saber prestar as informações ou esclarecimento correto, e ainda não passando o recado a pessoa que prestaria o atendimento. Como se sabe que quando se atende ao telefone à imagem de seu estabelecimento é percebida do outro lado da linha, precisando ser ágil, escutando com atenção e colocando à disposição do cliente, mostrando-se prestativo. Conforme se observou, o processo de melhoria requer o envolvimento de todos, necessitando examinar, questionar reformular os processos, procedimentos, normas e métodos de trabalho, conhecer e focalizar tudo que interessa para gerenciar a qualidade, ajustar, aperfeiçoar e, conforme Albrecht (2002) comenta é essencial que continuamente se examinem todos os processos, sendo que todos os 69 sistemas devem sua existência ao objetivo principal de fornecer valor para os clientes, isto tudo resulta em qualidade total. O essencial em qualquer processo é a capacidade de gerar algo que surpreenda o cliente e muitas vezes são mais uma questão de postura do que de domínio de teorias complexas. Assim deve ter no seu quadro funcional; pessoal que lida diretamente com o cliente; atitude e capacidade de se colocar no lugar deles e tratá-los do jeito esperado. São estes diferenciais que estão vinculados a conceito que o cliente valoriza como credibilidade, flexibilidade e personalização no atendimento. E conforme Almeida (1995) o esforço da qualidade deve ser tarefa de todos, e só a participação e o empenho de todos é que garantem o sucesso, necessitando do comprometimento gerencial, organização ajustada, treinamento continuado, estabelecimento de objetivos, conscientização, participação de todos, avaliação e reconhecimento. Por isso a Instituição objeto deste trabalho procura a melhoria contínua em seus serviços, capacitando constantemente seus funcionários para poder oferecer um atendimento qualificado e produtos que satisfaçam sua clientela, com a participação de todos os gerentes para o processo de melhoria. Conforme recomenda também Paladini (1995) e Albrecht (2002), que para que haja qualidade no processo há a necessidade de treinamento de mão-de-obra e o envolvimento de todos os níveis de liderança comprometidos e empenhados para a melhoria. Neste sentido a administração da Instituição demonstra empenhada para o processo de melhoria, disponibilizando sempre que necessários funcionários para treinamento, estando sempre envolvida com o processo de melhoria, aceitando sugestões dos empregados para atingir os objetivos da organização. Mas como se sabe que para uma empresa se mantenha viva no mercado, o cliente deve ser considerada como a principal ferramenta. 70 4.2 MOTIVAÇÃO, COMPORTAMENTO E ATITUDES DOS FUNCIONÁRIOS PARA UM EXCELENTE RESULTADO. Quem faz e garante a qualidade são as pessoas, muito mais do que ambientes, tecnologia e processos, que também fazem parte. Neste sentido é necessário que a equipe esteja motivada, pois seu comportamento e sua atitude são importantes para que se obtenha um resultado. A Instituição Financeira possui uma equipe de profissionais qualificados, sendo que a mesma investe constantemente na qualificação do seu corpo funcional, oportunizando a este, realizar cursos de qualificação e aperfeiçoamento, como também oferece a este funcionário, no momento de sua contratação um treinamento específico ao trabalho. Mas percebe-se também que há necessidade de treinamentos constantes desses funcionários para acompanhar as mudanças e também a concorrência. Mas como a Instituição prima por um excelente atendimento, isto requer funcionários além de capacitados, trabalhando com prazer, satisfeitos, motivados e respeitando uns aos outros. Quando se consegue criar um clima organizacional que propicie a satisfação das necessidades de seus participantes, canalizando seus comportamentos, motivados para a realização dos objetivos da organização, simultaneamente, tem-se um clima propício ao aumento da eficácia. Apesar de que nem todos os funcionários encontrarem-se satisfeitos em trabalhar nesta cidade, pois vieram de outro estado, deixaram suas famílias, seus amigos, mas não deixam transparecer esta insatisfação, desempenhando o máximo, se comprometendo com o atendimento ao público, como também com a operacionalidade do processo. O atendimento insatisfatório acaba em não atingir a avaliação máxima nos critérios de satisfação aos clientes. E isso é uma grande preocupação por parte da administração, pois diante de uma grande similaridade de produtos e serviços bancários, o grande diferenciador é a qualidade dos serviços prestados, 71 necessitando de uma equipe motivada para atender. São estes funcionários que personificam o atendimento e a própria empresa. O comprometimento funcional pode apresentar uma vantagem competitiva visto que, na busca permanente por qualidade e excelência, a Instituição necessita do investimento das pessoas no trabalho. Um grupo comprometido é um recurso disponível para levar adiante os objetivos da empresa, pois o comprometimento é a disposição a agir uma vez que entenda uma forte identificação da pessoa aos valores da organização. Os funcionários apresentam-se compromissados, motivados, integrados com a Instituição, desenvolvendo lealdade e preocupação com a mesma, contribuindo para maior produtividade e qualidade, consequentemente a excelência no atendimento. 4.3 PROPOSTA DE AÇÃO Considerando que, diante da grande similaridade dos produtos e serviços bancários, o grande diferenciador, o que faz o cliente decidir entre uma Instituição Financeira e outra, é a qualidade dos serviços prestados ou mesmo a excelência no atendimento, atendendo o cliente conforme suas necessidades. Como a Instituição Financeira segue uma política de desenvolvimento de equipe comprometida com a excelência no atendimento aos clientes e está alinhada a visão e aos valores da Instituição; E que por a Instituição estar atuante em Caçador-SC há menos tempo que a concorrência, precisa conquistar esses clientes já fidelizados por outra Instituição; Sabe-se que o perfil de cliente da Instituição Financeira é usuário de outra Instituição, cabendo-lhe ter um diferencial para mantê-lo; Analisando os resultados do questionário aplicado aos clientes, mesmo sabendo que os clientes e usuários estão satisfeito com a instituição, cabe a mesma criar alternativas que possibilite assegurar um melhoramento na qualidade de seus serviços. Para isso o referido trabalho de conclusão de curso apresentará a Instituição Financeira de Caçador-SC, a seguinte proposta de ação: 72 4.3.1 Reestruturação da Estrutura Física Propõem-se a Instituição Financeira reestruturar o Layout da agência, visto que a mesma não possui estrutura física adequada, e conforme foi constatado através da pesquisa, este item obteve insatisfação. Nota-se que com o aumento significativo do número de clientes pessoa jurídica aumentaram consideravelmente a quantidade de rotinas necessitando de atendimento a estes clientes. Neste sentido faz-se necessário a instalação de mais um ponto de atendimento a esses clientes, identificado como plataforma para atendimento pessoa jurídica. A alternativa proposta é abrir o espaço existente ao lado dos caixas, onde tem acesso ao espaço ocupado pela gerente de negócios na parte superior da agência, colocando mais um birô1, necessitando somente da instalação de pontos lógicos elétricos, criando assim mais uma área de atendimento aos clientes. Assim, quando os clientes pessoa jurídica vierem à agência, existirá um local reservado para tratar de negócios. A Instituição possui uma equipe de venda, sendo a gerencia de negócio e gerente geral, assim quando estes visitam os empresários sempre foram muito bem recepcionado em um local adequado para tratar de negócio, assim sendo, a Instituição necessita com urgência adequar o espaço, proporcionando assim um local para reuniões com estes clientes, separado do atendimento normal, um local reservado para este fim, importante para o cliente e para a Instituição. Como a Instituição já possui micro, birô e funcionário na área de negócio, necessita somente da alteração física. 1 Escrivaninha com gavetas, mesa de trabalho. 73 4.3.2 Suporte Operacional. Ampliar o suporte operacional da agência, disponibilizando mais um funcionário na retaguarda confeccionando e atualizando cadastros, tanto pessoa física e jurídica, pois o cadastro faz parte da documentação exigida para abertura de conta, sendo muito importante para a decisão do crédito, como também para agilização das operações. Para isso deve-se liberar o estagiário existente para esta função, visto que hoje a Instituição possui uma plataforma de atendimento com seis birôs, sendo dois para plataforma de serviço e atendimento pessoa física, um para gerência adjunta, um gerência geral, um operador de negócios pessoa física e um somente para pessoa jurídica, necessitando de mais um funcionário para confeccionar os documentos para cadastro que chegam a agência, recepcionar os documentos dos clientes, dar um direcionamento a estes documentos. Como foi visto muitos cadastros encontram-se desatualizados e também cadastros novos precisando ser confeccionados para a consolidação da venda. A alternativa é que seja instalada ao lado do funcionário que já atende a pessoa jurídica, mais um birô e um micro que se encontra na retaguarda, ficando assim os dois atendentes pessoa jurídica. Desta forma será mais um funcionário atendendo, recepcionando documentação e atendendo melhor o cliente, qualificando o atendimento. 4.3.3 Flexibilizar o Atendimento Fexibilizar é ser capaz de mudar e adaptar rapidamente a operação conforme a necessidade do cliente. Assim sabe-se que o cliente é a peça fundamental para a sobrevivência da Instituição, e umas das formas de assegurar a sobrevivência é praticar as mesmas atividades utilizadas pela concorrência, mas com procedimentos ou técnicas diferentes. Assim deve-se encontrar algo que acrescente valor ao seu 74 produto ou serviço, excedendo a satisfação e surpreendendo o cliente, ampliando a capacidade de competição. Por isso na Instituição há a necessidade de inovar, acrescentar um diferencial competitivo ao cliente, escolhendo atividades diferentes daquelas praticadas pela concorrência, ou ainda, praticar as mesmas atividades, mas com procedimentos ou técnicas diferentes. Assim sendo deve a Instituição, através de seus administradores, disponibilizar um funcionário na linha de frente, recepcionando os clientes, ficando permanentemente na recepção, ou seja, na entrada da agência. Na recepção ao cliente é fundamental que ele obtenha uma boa impressão sobre o seu trabalho e/ ou empresa, pois receber o cliente bem é vital. Para isso é necessário que o funcionário que for designado para ficar na linha de frente, possua algumas atitudes e comportamentos que serão necessários, devendo a administração treiná-lo para desempenhar tal função. Assim este funcionário deve: Cumprimentar os clientes com entusiasmo, sorrir com um sorriso sincero, perguntar no que pode servi-lo, escutar o cliente com atenção, ser gentil, prestativo indo ao encontro do cliente, mantendo um bom humor em todas as circunstâncias, sendo cordial, alegre, otimista e com atitudes positivas demonstrando tranqüilidade e sinceridade, recepcionando e dando um direcionamento ao cliente. Como a Instituição possui seis funcionários e duas estagiárias, sugere que seja liberada uma estagiária, visto que o custo de investimento é menor também. Pois é necessário que contrate pessoas que gostem de outras pessoas, mantendo pessoas que aceitem e excutem com entusiasmo o que é preciso fazer para satisfazer o cliente. Sabe-se que para mantermos um bom relacionamento interpessoal é importante valorizar as pessoas com as quais mantemos contatos. Por isso é fundamental desenvolver uma personalidade positiva. 75 4.3.4 Criação do Caixa Retaguarda Como o fluxo de pessoas para atendimento ao caixa é intenso principalmente nos dias de pico, sugere-se que a Instituição implante um caixa retaguarda para atender estes clientes. Como a Instituição possui dois caixas fixos instalados na linha de frente atendendo através de senhas, e conforme constatado o tempo de espera para atender estes clientes tem aumentado consideravelmente. Este será um terceiro caixa que não será fixo, e também não estará na linha de frente, ficará na retaguarda e abrirá somente quando for necessário, atendendo aqueles clientes, principalmente empresários que vêm à agência, e que precisam de um atendimento diferenciado, pois se sabe que estes também precisam estar atendendo seus clientes e fazendo negócios. Fixar o caixa na retaguarda também será uma maneira de não constranger os usuários. Como existem funcionários já treinados para atendimento ao caixa e a Instituição possui caixas sem serem utilizados, e possui espaço, a implantação deste novo caixa irá agregar qualidade no atendimento, fortalecendo ainda mais o valor que o cliente possui da Instituição. A justificativa para esta ação é que a Instituição possui uma carteira de cliente pessoa jurídica (varejo) e uma enorme carteira de clientes corporativo, sendo estes as grandes empresas que são acompanhadas pela gerencia corporativa da superintendência regional por tratar de clientes especiais, necessitando também de atendimento condizente. Sabe-se também que a maior rentabilidade são destes clientes corporativos, são eles que contribuem para que cada meta seja alcançada, superando a carteira pessoa física. Por isso há a necessidade de prestar um atendimento diferenciado, com rapidez para estes clientes que são o sustento da agência. 76 4.3.5 Reuniões Periódicas As reuniões são de grande valia para a empresa e funcionário, pois é através dela que sabemos as metas que precisa ser atingida, avalia os resultados, dando oportunidade de descobrir se está no caminho certo para o alcance dos objetivos e como fazer atingi-lo. Um bom gestor deve manter os profissionais informados sobre a estratégia da empresa e cuidar para que cada um desempenhe o papel necessário para que a meta seja alcançada. A cada reunião há inovação do conhecimento, fortalecendo ainda mais os objetivos da Instituição. Tendo analisado que são poucas as reuniões, sugere-se que sejam feitas reuniões quinzenais, sendo coordenada pela gerencia geral e abrindo espaço para a participação de todos. Nesta reunião serão feitas avaliações e revisões dos seus serviços e produtos, e dos resultados obtidos, objetivando oportunidades para melhorar a qualidade dos mesmos. Também a reunião dará oportunidade para que cada funcionário participe, expondo suas dificuldades, suas idéias, contribuindo de alguma maneira no que se refere aos produtos que domina, multiplicando assim conhecimento, focando sempre na importância do cliente e do excelente atendimento ao cliente. A reunião que será coordenada pela gerencia administrativa, sendo estas com objetivo de estipular metas para cada funcionário, envolvendo toda equipe para alcance dos resultados, e motivando com premiação para aquele funcionário que alcançar ou superar a meta, reconhecendo o sucesso do resultado. Esta premiação será de prêmio em dinheiro, como também dias de folga negociada com a administração. Na reunião de final do mês onde serão apresentados os resultados das metas com a equipe, e sugere a liderança que ofereça como agradecimento pelo resultado alcançado, um café da manhã com a equipe, motivando a participação de toda equipe, resultando num belo momento de confraternização e agradecimento pelo 77 resultado alcançado. Isso fará com que a administração contribua para formação de uma equipe forte. 4.3.6 Capacitação Interpessoal Sabe-se que dentre os serviços prestados ao cliente, o bom atendimento destaca-se de modo especial, como forte instrumento de diferenciação. Para que o funcionário possa desempenhar um excelente atendimento aos clientes, este deve possuir habilidades, ou seja, comportamentos e atitudes. Estes comportamentos e atitudes podem ser treinadas ou educadas. Para isso a Instituição deve oferecer treinamento específico a seus funcionários, principalmente no que se refere a relacionamento interpessoal, como o cumprimento ao cliente com entusiasmo, o sorriso sincero, atitude de cooperação, e outros necessário para que o cliente se sinta valorizado e importante. Este treinamento ao funcionário pode ser aplicado pelos próprios gestores da Instituição, como também deve ser individualizado ao mesmo. Como estes gestores possuem habilidades e também conhecimento, pois já foram treinadas para assumir sua função, poderão multiplicar e contribuir para que o resultado seja atingido, resultando assim em realização do cliente interno e satisfação do cliente externo. 4.3.7 Capacitação em Vendas Aprimorar as habilidades de toda a equipe mercadológica, investindo em treinamento aos profissionais de venda, orientado para a satisfação do cliente, o conceitos de qualidade total e técnicas de relacionamento, só assim mais negócios poderão ser efetivados. Com este treinamento seria implantados na Instituição mais profissionais envolvidos e comprometidos com a venda, com habilidades, determinação e vontade de fechar negócios, possuindo conhecimento daquilo que se vende, visto que muitos produtos são lançados antes mesmo desses funcionários 78 conhecê-lo, assim o treinamento oportunizaria um maior conhecimento, como também um comportamento profissional com iniciativa de diálogo com o cliente. Neste sentido será proposto a Instituição a liberação de mais treinamento para a equipe mercadológica. Como a Instituição é bem estruturada, possuindo profissionais altamente capacitados, dando suporte quando solicitado, e sendo este ministrado pela gestão de pessoas da Agência central, o treinamento será solicitado à administração local, que será encaminhada a agencia central, a qual disponibilizará sempre que for solicitada ou quando forem implantados novos produtos o referido treinamento. O treinamento de princípio atenderia aqueles profissionais ligados diretamente à área mercadológica, mas sendo estendida a todos os colaboradores. 4.3.8 Normalização do Atendimento ao Telefone Quando você atende ao telefone, a imagem da Instituição é percebida do outro lado da linha, assim sendo o pronto atendimento causa excelente impressão. Neste sentido faz-se necessário que normatize o atendimento, visto que a Instituição não possui telefonista, necessitando que se treinem todos os funcionários para o atendimento ao telefone, como também da maneira que deve ser atendido, cabendo a administração, ou seja, seus gestores a instruir seus funcionários quanto à correta maneira de atendê-lo, cativando o cliente através de um fantástico atendimento. Assim para que o atendimento ao telefone seja normatizado e o cliente satisfeito alguns passos devem ser seguidos e dado prioridade: O funcionário deve estar atento para atender ao telefone sempre no primeiro toque, cumprimentando o cliente, dando o seu nome e colocando á disposição. Tudo isso com ênfase e com calor humano. O tom de voz é importante no atendimento telefônico, quanto à postura do corpo é importante no atendimento pessoal. Se o “corpo fala”, o tom da voz também “fala” e diz muito ao cliente. Pelo tom da voz, o cliente percebe sinceridade, boa vontade, disposição, gentileza, etc. Coloque-se à disposição do cliente, mostrando prestativo. 79 Escute com atenção e com concentração, deixando o cliente falar, prestando atenção nos detalhes anotando os pontos principais e os dados fornecidos pelo cliente. Seja empático. Imagine como se fosse o cliente. Ponha-se na “pele dele”. Isso facilita a compreensão. Certifique de que você entendeu tudo, senão pergunte e peça a gentileza do cliente confirmar o que você entendeu. Informe com clareza e objetividade o que for pertinente à colocação do cliente. Seja ágil na solução, no atendimento, visto que uma chamada toma tempo e tempo é dinheiro. Por isso deve ser objetivo, ficar atento, sintonizando com o ritmo de cada cliente. Certifique-se de que o cliente entendeu, que concorda e está satisfeito, caso contrário repita, use outros meio, explicando pacientemente. Evite ao máximo concluir um contato com a insatisfação do cliente. Pergunte em que mais você pode ajudar o cliente, não medindo esforço para oferecer algo a mais. Despeça-se de forma calorosa, ratificando a sua sempre disponibilidade, convidando a retornar, fazer uma visita. Agradeça a ligação. Use a palavra mágica “obrigada”. Deseje bons negócios e/ou um excelente dia para o cliente. 80 5 CONCLUSÃO O presente trabalho foi guiado pelo objetivo geral de propor ações estratégicas para uma Instituição Financeira situada na cidade de Caçador-SC para que haja excelência e eficácia no atendimento Para alcançar o objetivo proposto, este foi desenvolvido em três objetivos específicos que serão relatados a seguir. Inicialmente procurou-se analisar a qualidade do atendimento e dos serviços prestados em relação à necessidade do cliente, da referida instituição, concluindo-se que, para prestar um atendimento excelente, sendo este o objetivo da referida instituição, criando um diferencial, já que o produto é o mesmo entre uma instituição e outra e o diferencial é a maneira com que o cliente é atendido na identificação de suas necessidades e no atendimento às suas expectativas, conseqüente, gerando a satisfação do mesmo. Ao se buscar esta excelência, várias prioridades devem ser analisadas, tais como: oferecer um espaço físico adequado para que os clientes sejam bem atendidos, oferecer o produto certo conforme sua necessidade, agilizando as operações bancárias, funcionários recepcionando o cliente e dando direcionamento para que então estes clientes sejam atendidos com rapidez e de maneira satisfatória, recebendo um excelente atendimento. Diante da conclusão exposta, sugere-se que seja disponibilizada uma retaguarda, uma equipe comprometida na concretização de negócios, pessoal da linha de frentes recepcionando os clientes, com atitudes e comportamentos que faça a diferença e que auxiliem para um excelente atendimento, adequando também o espaço físico para proporcionar comodidade aos clientes, principalmente os empresários que vêem a agência, recepcionando em um local reservado para negócios. Também treinamentos para que estes funcionários estejam sempre atualizados oferecendo sempre um serviço com qualidade resultando em satisfação para o cliente. Na seqüência, buscou-se averiguar como está a motivação dos funcionários, identificando o comportamento e atitudes de sua equipe, perante o atendimento aos clientes, visto que os recursos humanos desempenham papel importante para 81 obtenção da qualidade, necessitando de um gerenciamento do comportamento das pessoas, para poder alcançar os resultados, compreendendo quais são os motivadores do comportamento humano relacionada com a obtenção da qualidade. Diante do exposto sugere-se que os gestores valorizem mais seu quadro funcional, fazendo reuniões periódicas, dando oportunidade para que estes participem para o alcance dos objetivos, contribuindo com suas idéias, suas opiniões, assim, reconhecendo o sucesso da equipe de venda através de bonificação ou prêmios ao funcionário destaque, conquistando e fortalecendo sua equipe e atingindo os objetivos da Instituição. Por fim, foram feitas propostas de ações para a melhoria no atendimento e serviços aos clientes, sendo que o atendimento de qualidade não pode ser dissociado do lado humano, pois são as pessoas os verdadeiros responsáveis pela qualidade nos serviços, necessitando de um perfil ajustado aos relacionamentos com os clientes, possuindo habilidades em lidar com as pessoas, tendo orgulho de sua empresa e de seu trabalho, sendo necessário, para o alcance dos fatores acima relacionados, o desenvolvimento de estratégias para segmentar os clientes de acordo com suas expectativas em relação ao atendimento e, com isto, descobrindo o que são exatamente essas expectativas e ajustá-las de modo que correspondam a sua capacidade de prestar o atendimento. A excelência no atendimento implica também na necessidade de atingir a avaliação máxima em todos os critérios de avaliação, e não apresentar problemas com relacionamento com o cliente, destacando-se como superior à concorrência, fixando e mantendo uma imagem positiva junto à comunidade. Diante do exposto, conclui-se que para uma instituição prestar um serviço com excelência no atendimento, sendo eficiente e eficaz na prestação de seus serviços, a mesma precisa estar voltada a todos os aspectos acima mencionados, para, desta forma, conquistar a satisfação de seu cliente e sua fidelização, atingindo suas necessidades e, ao mesmo tempo, atingindo os objetivos da instituição no que se refere à venda de seus produtos, a qualidade de seu atendimento, não menos importante, a segurabilidade que a mesma precisa ao desenvolver ditas atividade. Diante do que foi acima exposto, sugere-se que sejam feitas avaliações constantes de seu serviços, capacitando seus funcionários, comprometendo e envolvendo toda a equipe para poder prestar um melhor serviço, atraindo mais sua clientela , garantindo desta forma, a competitividade. 82 Ao finalizar este trabalho, as propostas sugeridas a empresa objeto deste estudo buscam a constante melhoria e excelência no atendimento e em seus serviços, buscando desta forma satisfazer seus clientes oferecendo um atendimento eficiente e eficaz conquistando e fidelizando sua clientela. 83 REFERÊNCIAS ALBRECHT, Karl. serviço ao cliente: a reinvenção da gestão do atendimento ao cliente. Rio de Janeiro: Campus , 2002. ALMEIDA, Léo G. de. Qualidade: Introdução a um processo de melhoria. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. ANSOFF, H. IGOR. Do planejamento estratégico à administração estratégica. 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Rio de Janeiro: campus, 1996. 87 ANEXO 88 Questionário de Avaliação Como você avalia os itens descritos abaixo: Ótimo Competência dos funcionários Disposição dos funcionários Responsabilidades dos funcionários Conhecimento dos funcionários Informações e comunicações precisas Atendimento individualizado Orientação e direcionamento Atitudes dos funcionários e gerentes Receptividade Tempo de espera para atendimento Agilização nas operações Confiança segurança, credibilidade Produtos e serviços oferecidos Instalações física e visual da agência Bom Ruim Péssimo