EstoquE - Balcão Automotivo

Transcrição

EstoquE - Balcão Automotivo
Pérolas da reposição
A bem-sucedida carreira de Álvaro Pereira, aos 80 anos,
da Importadora Alvamar, de São Paulo (SP)
PáG. 12
PáG. 41
n o110
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Ano x
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NOVEMBRO DE 2015
|
R$ 6 ,00
|
www.balcaoautomotivo.com.br
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“o Especialista em Autopeças”
Comemorado em 26 de novembro, nossa homenagem
em um caderno especial aos profissionais do balcão
Rede
Generalista
Associativismo
Especialista
Em um país com dimensões continentais, uma frota de veículos superior a 41,5
milhões e ainda com potencial para crescer, muitos se perguntam qual será o futuro
do varejo de autopeças, uma vez que hoje são cerca de 2.400 modelos e marcas de
veículos (inclui leves, pesados e motos). O cenário é desafiador, mas segundo nossos
entrevistados de capa há várias opções e modelos que podem ser seguidos
PáG. 14
Preparando o
Estoque
para o final do ano
Lojistas de todo o País falam de suas estratégias para
o bom gerenciamento da área nessa época
PáG. 6
3
Diretor Executivo
Bernardo Henrique Tupinambá
Diretor Comercial
Edio Ferreira Nelson
ANO X - Nº 110 - NOVEMBRO DE 2015
www.balcaoautomotivo.com.br
Editor executivo
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Editor-chefe
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Editor de veículos
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Redação
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Colaboradores
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Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs
Departamento de Arte ([email protected])
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Fotografia
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Diretor Comercial
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Supervisor de Desenvolvimento
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([email protected])
Financeiro ([email protected])
Analista Financeira / Tatiane Nunes Garcia
([email protected])
Assistente Administrativa
Stéphany Lisboa ([email protected])
Impressão
Coan Gráfica
Jornalista Responsável
Silvio Rocha – MTB: 30.375
Tiragem: 20 mil exemplares
Editorial
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
As tendências do varejo
Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
E
m um país com dimensões continentais, uma frota de
veículos superior a 41,5 milhões, muitos saindo do período
da garantia seguindo para a reposição, e ainda com
potencial para crescer visto que no Brasil a média é de 4,9 habitantes
por veículo, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, é de 1,2,
muitos se perguntam “qual será o futuro do varejo de autopeças”,
pois se hoje são cerca de 2.400 modelos e marcas de veículos (inclui
leves, pesados e motos) e a tendência é que este
número cresça continuamente.
O cenário é desafiador, balconistas hoje
são consultores de venda e empresários têm
que ter cada vez mais uma gestão alinhada
ao seu negócio para gerir o seu capital, fazer
compras certeiras e não deixar seu investimento
parado, revertido em imposto pela substituição
tributária. Pensando nisto, profissionais falam
sobre as opções e modelos que podem ser
seguidos no varejo, como: rede, associativismo,
especialista e generalista. Mãos à obra!
Outro ponto importante para se refletir é o
gerenciamento do estoque no fechamento do ano. Diante de um
momento econômico conturbado, é preciso planejar as compras
com sabedoria, evitando gastos desnecessários e prejuízos no
faturamento da empresa. Também: novo IVA para autopeças
entrou em vigor no dia 1º de novembro. O novo índice de 65,94%
tem validade até 30 de junho de 2017 para todas as autopeças
comercializadas no segmento, à exceção de baterias.
Em Pérolas da Reposição, aos oitenta anos de idade e há mais
de cinquenta à frente da loja Alvamar, temos a história de Álvaro
Pereira, que conta como o amor por peças de automóveis abriu
caminho para uma carreira bem-sucedida. Ainda: completando 15
anos de atuação no Brasil, a fabricante de itens para o sistema de
transmissão e força, Dayco, destaca os fatores responsáveis por sua
liderança em seu segmento, entre eles a tecnologia e qualidade em
seus desenvolvimentos.
Como novidade, a nova geração da Hilux, picape
média Toyota recebeu nova arquitetura, ajustes de
suspensões e teve o sistema de freios redimensionado
e o chassi reforçado. E também, os lançamentos
ocorridos na Fenatran 2015, realizada entre os dias
9 e 13 de novembro no Anhembi, em São Paulo.
E a Automec 2017, além de reunir fabricantes de
autopeças de veículos leves e pesados, depois de 13
edições, deixará o Anhembi e passará a ser realizada
no São Paulo Expo (antigo Imigrantes).
Por fim, neste mês os artigos: “Revisando
a Formação de Preços de Venda” e “Filão Sem
Donos”. E, é claro, não poderíamos deixar de comemorar uma
importante data no setor, o Dia do Balconista de Autopeças, para
isto, desenvolvemos um Caderno Especial com dicas sobre as
características do vendedor do futuro, histórias de profissionais que
começaram no balcão e hoje são empresários, e mais sobre o dia a
dia e os desafios desta profissão.
Até mais!
O Editor
Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade
exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade.
As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda.
com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o
objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de
seus profissionais e representantes.
Destaques da edição
PáG. 4
Preços de venda
PáG. 35
PáG. 32
PREMIATTA EDITORA LTDA
Tel (11): 5677.7773 ou 5084-1090
[email protected]
Jornal Balcão Automotivo
Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - Térreo
CEP 04362-060 - Vila Mascote - São Paulo - SP
Fenatran 2015
Empresas apresentam
inovações em produtos e
serviços na 20ª edição do Salão
Internacional do Transporte
Rodoviário de Carga.
Nova Hilux
A nova Hilux 4X4 2016, 8ª
geração da picape média
Toyota, é comercializada
com motor diesel e a
versão Flex está prevista
para o primeiro semestre
de 2016.
Especialista explica como
deve ser feita a formação
de preços, que demanda de
atenção nos itens: custos,
composto de marketing,
concorrentes e clientes.
PáG. 22
Dayco no Brasil
Fabricante completa 15
anos no País e fala sobre
o histórico de conquistas
e desenvolvimentos, que
são os responsáveis pela
liderança em seu segmento.
4
economia e gestão
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Revisando a Formação de Preços de Venda
Por: Fauzi Timaco Jorge* | Foto: Divulgação
Q
ualquer que seja o produto ou serviço oferecido num mercado competitivo ou mais
concentrado, a formação de preços de venda demanda particular atenção aos seguintes
aspectos:
• Preços e Custos
• Preços e Composto de Marketing
• Preços e Concorrentes
• Preços e Clientes
Com maior ou menor ênfase em cada um destes aspectos, sob dependência direta do ramo
de atuação, estrutura de mercado, produção seriada ou produção sob encomenda, grandes obras,
venda B2B ou B2C, é preciso atentar para tais aspectos, com vistas à obtenção da maior margem de
contribuição possível. Este é o fundamento de toda e qualquer atividade empresarial e, por isso, a
ênfase que ora se atribui à formação de preços de venda: a lucratividade.
Vejamos mais de perto como se desenvolve cada um destes aspectos.
No particular caso da formação de preços de vendas baseada em custos, geralmente aplicável
a fornecimentos sob encomenda, a questão central reside no sistema de custeio a ser adotado, já que
a margem de contribuição será uma dedução natural das despesas que irão ser cobertas por esta
margem. Aqui, a distinção entre custos e despesas é de fundamental importância. Custos são todos
os gastos “para se colocar o produto na prateleira”, ou seja, tudo o que se gasta para a configuração
do produto final a ser oferecido ao cliente. Despesas são todos os gastos que serão incorridos, para
se obter uma receita com a venda deste produto, a partir do momento em que ele já está disponível
para tal venda. Métodos consagrados de custeio, como o custeio por absorção – em que os gastos
fixos de produção são rateados mediante fórmulas apropriadas para tal – , custeio baseado em horamáquina computada a partir da consideração de todos os gastos diretos e indiretos para a obtenção
do produto, a dado nível de produção, são geralmente os escolhidos. Métodos mais sofisticados,
como o custeio por atividade, contabilidade de ganhos, kaizen ou custo-alvo, demandam uma
estrutura de pessoal e de sistema de informação que carecem de uma análise custo-benefício para
a sua integral utilização.
No caso de certos produtos de varejo, ou mesmo produtos de ampla penetração junto a indústrias
e comércio em geral, a formação de preços de vendas baseada no composto de marketing dedica
especial atenção aos 4 Ps do composto de marketing – produto, praça, preço e promoção – e 3 Ps
do composto de marketing no caso específico de serviços – pessoas, processos e physical evidences
[evidências físicas]. Em determinados casos, a configuração de uma “família” de produtos, tanto
em extensão como em profundidade da linha de produtos, pode ser um atributo significativo a ser
considerado na precificação, dada a concentração das compras junto ao mesmo fornecedor. Como
no caso de produtos de informática, por exemplo. Em outros casos, a presença em todas as regiões
e localidades do país pode ser fator significativo para a penetração em nível nacional, com todos
os benefícios advindos da economia de escala na quantidade produzida. Aspectos relacionados à
promoção, aqui incluídos todos os esforços para divulgação e mind of share [presença na cabeça
do consumidor em relação ao que os demais concorrentes oferecem], podem implicar em dotação
orçamentária relevante, requerendo, portanto, margem de contribuição considerável para suportar
tais gastos de publicidade e promoções diversas. Prestadores de serviços em geral devotam especial
atenção aos aspectos que conformam os Ps dos serviços a que nos referimos e que, como tal, também
podem ser indutores de gastos a serem suportados na precificação.
Vejamos a formação de preços de venda baseada em concorrentes. Para cá são carreados
todos os mitos. É quando decorre certa confusão entre o que o mercado suporta de fato em termos
de diferenciação e custos baixos, com o que a “vala comum” sugere, de que o preço é ditado pelo
mercado. Isso só é válido para commodities, ou seja, para produtos que não trazem qualquer tipo
de diferenciação em relação aos demais que são oferecidos no mercado. Ou mesmo para serviços,
como é o caso do comércio, em que tudo é feito sempre da mesma forma, sem qualquer diferencial
competitivo relevante. Em nossa vivência nesta área de formação de preços, julgamos que seja
possível agregar diferenciais como atendimento, embalagem, logística e outros aspectos que
denotariam diferenciais competitivos relevantes para certos tipos de clientes. Aqui, uma análise
da elasticidade-preço da demanda, ou seja, da resposta da quantidade demandada em relação às
variações percentuais do preço do mesmo bem, pode ser um importante indicador sobre a estratégia
mais recomendada. É o caso de certos produtos classificados dentre os bens de consumo duráveis,
como carros e linha branca, amplamente utilizados pelos policy makers [fazedores de política
econômica] para regulação da atividade econômica neste setor, indutor da multiplicação da renda
pelo conjunto da atividade econômica. Dada uma demanda elástica em relação a preço, fato que se
constata por experimentos de elevação e de redução de preços, pode-se configurar um particular tipo
de produto em que, com redução de 15% no preço de mercado, a variação percentual da quantidade
demandada seja da ordem de 20% ou mais. Com isso, haverá uma ampliação da receita total da
empresa vendedora e, por extensão, da própria arrecadação de tributos, ainda que com percentuais
inferiores àqueles anteriormente praticados, ao longo do tempo. Em casos em que a demanda
seja inelástica em relação a preço, não há porque praticar reduções de preços, já que a resposta da
quantidade demandada não será da mesma magnitude, provocando queda na receita total. Neste
caso, o recomendável é aumentar o preço de venda, já que a queda na quantidade demandada será
menos do que proporcional, elevando a receita total da empresa. Em mercados concentrados, ou seja,
quando existem poucos ofertantes do produto ou similares, é de todo recomendável a elaboração de
uma matriz payoff para a simulação de prováveis atitudes destes concorrentes, como determina a
Teoria dos Jogos, de ampla aplicabilidade em casos de oligopólios. Assim, tais movimentos poderiam
ser a base de suposição para a adoção de determinados preços e promoções neste particular aspecto,
quando os players – as empresas atuantes neste mercado – são conhecidos e suas reações possam
ser adequadamente estimadas.
A formação de preços de venda baseada em percepção de valor pelos clientes é pouco
praticada. Percepção de valor demanda uma clara visão do que seja efetivamente um valor de
diferenciação para o cliente que irá adquirir o produto. Este valor de diferenciação pode ser positivo
ou negativo, de tal forma que um diferencial positivo implicará em percepção de valor aumentada
para o comprador; por sua vez, diferencial negativo resultará em percepção de valor diminuída
para o comprador. Tais diferenciais se juntam ao valor de referência que o cliente já possua em sua
mente. Valor de diferenciação positivo é agregado a este valor de referência e valor de diferenciação
negativa é reduzido deste valor de referência. Para que esta percepção de valor seja fator relevante na
decisão de compra, três tipos de refinamento na estratégia de comunicação devem ser reconhecidos
e utilizados de maneira correta. São eles: 1) divulgar os atributos do produto, à exaustão, mesmo
que os clientes não demonstrem muito interesse por isso; 2) divulgar os benefícios aos clientes,
mesmo que eles não se deem conta disso, e 3) divulgar os benefícios que atendem às necessidades
específicas dos clientes. Aí, sim, os diferenciais começam a aparecer.
À luz destes aspectos na precificação, vale uma recomendação final: a atividade de vendas
e marketing não se resume a processamento de pedidos obtidos a qualquer preço que os
clientes estejam dispostos a pagar. Ao contrário, o trabalho de vendas implica em aumentar
a disposição dos clientes a pagar um preço que reflita melhor o verdadeiro valor do produto.
Parafraseando Nagle & Holden, autores de “Estratégia e Tática de Preços”, editado pela Pearson,
não importa o que os clientes que nunca usaram o produto estão inicialmente dispostos a pagar
por ele. Em vez disso, vamos
entender o valor que o produto
tem para os clientes satisfeitos
e, então, comunicar aos outros
*Economista, escreve regularmente nesta
clientes. Preço baixo nunca
coluna e pode ser acessado pelo e-mail
substitui um esforço adequado
[email protected]
de marketing & vendas.
6
gestão
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Como está o seu estoque para
as vendas de fim de ano?
Empresários revelam estratégias para um bom gerenciamento
da área no fechamento do ano
Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
C
om o final do ano chegando e diante de um
período econômico conturbado, é preciso planejar
com sabedoria e cuidado as compras para o
abastecimento do estoque, evitando gastos desnecessários
e prejuízos no faturamento da empresa.
Neste sentido, trazemos as orientações do consultor
do Sebrae-SP, Davi Jerônimo, sobre como manter o
estoque preparado e ainda incentivar as vendas e dicas de
empresários de todas as regiões do País, que contam o que
fazem no quesito gestão de estoque.
Planeje-se
Segundo o consultor do
Sebrae-SP, neste momento
os administradores devem
reduzir suas despesas
operacionais, melhorar a
compra com seus parceiros
e comprar produtos que
tenham uma boa margem
de lucro e giro rápido. “Altos
valores de estoque podem
aumentar a necessidade de
Davi Jerônimo,
consultor do Sebrae-SP
capital de giro da empresa.
Dessa forma, aumenta o
endividamento com bancos ou fornecedores. Neste ponto
cabe ressaltar que produtos obsoletos em estoque possuem
giros baixos. Então, devem ser desenvolvidas estratégias
comerciais para sua liquidação”, explica.
Ele também lembra que no final do ano há mais
dinheiro na economia. “A Black Friday, que acontece em
novembro, pode ser uma solução para colocar o estoque
para fora e comprar produtos que giram com mais
frequência para vendas. O setor de varejo de autopeças
sofre muito com estoque de produtos, são vários itens
que acabam impactando o capital de giro. Neste caso,
recomenda-se um bom sistema, utilizar a curva ABC
para classificar produtos com alto giro e boas margens,
produtos com baixo giro devem ser trabalhados apenas
como estoque de segurança”, orienta.
Crie estratégias
O consultor aponta que para um bom planejamento é
preciso aplicar ações de marketing digital, de promoções
e de descontos de produtos, “o empresário pode trabalhar
através de um canal de marketing digital para enviar aos
seus consumidores informações sobre compras no seu
e-commerce”, exemplifica.
“Outra estratégia que traz credibilidade a um
negócio e faz com que ele seja bem visto pelos clientes
no ambiente virtual é a disponibilização de canais de
comunicação efetivos para que o mesmo tire dúvidas
e obtenha informações adicionais sobre as peças e
acessórios que são vendidos. Podem usar chat, e-mail,
telefone, WhatsApp. Quanto mais ferramentas, melhor!
Dica: para quem deseja estar em um ambiente que
ofereça todas estas ações e já seja referência no mercado
virtual em vendas de peças e acessórios para carros, vale
conhecer o Canal da Peça”, sugere.
Prepare-se
Para não prejudicar o faturamento da autopeça, Davi
Jerônimo informa que um bom sistema de gestão pode
ajudar a loja a diminuir a quantidade de estoque com
produtos de baixo giro e gerenciar compras de urgência,
“que podem gerar um aumento do custo do produto,
aumentando os preços praticados, fretes, atrasos na
operação e clientes insatisfeitos”, emenda.
“Quando há uma gestão eficiente do estoque, a empresa
evita comprar quantidades desnecessárias. Algumas
ferramentas de gestão como Curva ABC, média aritmética
ou histórico de vendas podem ajudar a comprar melhor
de seu fornecedor. Lembrando que compras feitas com
base na intuição podem fazer com que o capital investido
tenha uma flutuação, compromete os números, acarreta
em perda de oportunidade de investimentos em outras
áreas mais importantes, atrasos em pagamentos, entre
outras coisas”, adverte.
Ter uma relação de parceria com o fornecedor também
é fundamental para evitar que se deixe faltar produtos.
Para definir o que manter em estoque, o consultor
recomenda a seguinte medida: “registrar e comparar mês
a mês o número de faltas mensais de itens, dividindo
o número de faltas mensais pelo total de requisições
mensais, assim teremos o percentual de faltas no estoque
no mês considerado”.
Conheça seu público
Outro ponto importante é conhecer o público, para
isto, o consultor do Sebrae-SP, salienta que a ferramenta
do marketing de relacionamento no mundo real ou
digital aproxima as empresas dos clientes e faz com
que eles participem da gestão dos produtos, com
comentários e interajam nas pesquisas, melhorando o
posicionamento da empresa em relação ao produto e
marca. “Hoje, os sites e e-commerce trabalham com essa
interação, captando e-mail de clientes que têm certa
afinidade com o produto”, pontua.
Além disto, a autopeça deve estudar o perfil dos futuros
consumidores e identificar suas preferências e características
comportamentais. “Se são mais conservadores ou ousados,
por exemplo. É importante informar as novidades por meio
de revistas e blogs para saber o que está acontecendo e
acompanhar possíveis mudanças de gosto do público”.
Esteja atento
Davi Jerônimo relembra os dados divulgados no
Relatório da Pesquisa Conjuntural, elaborados com base
nas informações das empresas associadas ao Sindipeças,
que registraram queda de 12,3% no faturamento líquido
nominal acumulado de janeiro a agosto de 2015, em
comparação ao mesmo período de 2014.
Por outro lado, para 2016, o setor de autopeças prevê
a volta do crescimento de seu faturamento, atingindo
novamente a casa dos R$ 70,8 bilhões, com alta de 4,2%
sobre a projeção para 2015, mas ainda abaixo da média
do desempenho observado entre 2010 e 2013, quando as
receitas ficaram sempre acima dos R$ 80 bilhões por ano.
Para finalizar, o consultor afirma que para o próximo ano
é necessário analisar com cautela o mercado, fazer um bom
planejamento, mensurar os números do seu negócio, locar
indicadores de desempenho e se preparar para tomadas de
decisões rápidas e estratégicas.
No Norte
Na Caxangá Fiat, de Manaus (AM), apesar da queda
de vendas influenciada pelo atual cenário econômico, não
houve muita alteração no planejamento do estoque, visto que
eles adotam um modelo diferente de gestão há alguns anos.
“No nosso estado preferimos trabalhar diretamente com o
8
gestão
estoque do distribuidor, são
poucos os itens que temos
em prateleira, o consumidor
vem ou liga pedindo a
peça, falamos com o nosso
fornecedor e entregamos
via motoboy”, conta Altair
Chaves Vieira, gestor da loja.
Esse sistema, de acordo
com Vieira, tem dado muito
certo, pois possui um bom
Altair Chaves Vieira,
relacionamento com seus
da Caxangá Fiat
parceiros e evita gastos
dispensáveis, ainda mais nesse momento de “crise” que o
Brasil atravessa, “aqui na região vemos que os consumidores
estão fazendo apenas o necessário em seus veículos e
andando até aonde conseguem, evitando ao máximo a
compra de um novo, a frota é mais antiga”, nota.
Para a autopeça, que é referência em Manaus e atende
também as linhas Ford, Chevrolet, Volkswagen e importados,
as vendas continuam acontecendo e a perspectiva é que
com o 13º salário os clientes procurem fazer mais revisões,
contudo, o gestor comenta que a concorrência desleal,
principalmente em acessórios na região, fez com que a loja
não atuasse mais com tantos itens nesse segmento.
Outro fator que a diferencia são os serviços oferecidos.
“Temos montadores que realizam alguns trabalhos em
mecânica, além da venda no balcão”. E para 2016 a expectativa
é de esperança. “Não sabemos como será a economia, mas
esperamos que melhore, com certeza”, completa.
No Nordeste
Já na Nacional Auto Peças, de Barreiras (BA), o clima é
de muito otimismo para
o final do ano. “Nesse
período os consumidores
sempre procuram fazer a
manutenção
preventiva
para viajarem e estamos
preparados para atendê-los,
renovamos o estoque com
nossos parceiros e fizemos
grandes compras focadas
nos itens de revisão”,
Welvis Presley Antônio de Almeida informa Welvis Presley
Antônio de Almeida Sousa,
Sousa, da Nacional Auto Peças
gerente de Estoque.
Sobre o relacionamento com os fornecedores, Sousa
destaca que a autopeça procura sempre por bons parceiros
que atendam as necessidades em mercadorias e ofereçam
prazos maiores. “Nossa proposta para o próximo ano é
buscar parceiros específicos, um fornecedor para uma
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
compra grande, que ofereça melhores descontos e prazos”.
Seguindo a política de sempre realizar campanhas e
promoções, para o natal e final do ano, o gerente adianta
que a tendência é investir ainda mais na divulgação.
“Trabalharemos com ações nas redes sociais, em nosso site e
telemarketing”, conclui.
No Centro-Oeste
Para Erasmo
Viemar, gerente
da Carros Centro
Automotivo, em
Recanto das Emas
(DF), o cenário
econômico
e
político
ainda
causa incerteza,
o que dificulta
as projeções de
c r e s c i m e n t o . Carros Centro Automotivo,
“Acredito que só a de Recanto das Emas (DF)
partir de fevereiro veremos um panorama melhor. Faremos
mais propagandas e a expectativa é que haja movimento
com a revisão de férias, no entanto ainda não estamos vendo
isso acontecer”, analisa.
Também com a estratégia da venda casada, Viemar
10
gestão
revela que atualmente eles têm trabalhado com o estoque
do distribuidor. “Só temos em estoque os itens de maior
giro, o restante buscamos direto no distribuidor através dos
motoboys e levamos ao cliente”. Outro serviço fornecido na
loja é a aplicação de peças. “Vendemos a peça e a instalamos
na hora”, frisa.
No Sudeste
Na visão de Alexandre
Kohara, diretor Comercial
da Braskape Autopeças,
de São Paulo (SP), o que
está ocorrendo no País é
uma crise política que tem
gerado uma crise financeira,
diminuindo os índices
de produção e o giro da
economia. “Se não houver
Alexandre Kohara,
mudanças, continuaremos
da Braskape Autopeças
em um momento como esse.
E acredito que 2016 possa ainda ser mais difícil, pois este
ano, mesmo com as demissões, as pessoas têm contado com
o seguro desemprego e no próximo ano isso irá acabar, o
que impedirá um maior giro na economia”, avalia.
No quesito gestão de estoque, Kohara comenta que a
autopeça se baseia no histórico de vendas para a reposição
do mesmo. “É claro que em anos anteriores nossas compras
eram mais robustas, hoje estamos repondo o necessário, mas
não vamos deixar faltar nenhum item, estamos analisando
o nosso sistema de vendas e o nosso setor de compras é
preparado e ágil para atender as nossas demandas”.
Agora no final do ano, ele destaca que as fábricas estão
diminuindo suas produções, o que faz com que o estoque
do distribuidor falte algum item, contudo a autopeça tem
se antecipado e garantido os componentes que são mais
procurados nesta época.
Sobre a revisão de férias, o diretor Comercial reflete
que a perspectiva é que aqueça mais o setor, no entanto
isso ainda não tem refletido nas vendas. “Nos últimos
anos os consumidores têm usado o 13º salário para
pagar dívidas e não de fato investir esse dinheiro para
seu próprio uso. Na manutenção está sendo feito o
imprescindível apenas”. No geral, ele conta que foram
tomadas novas decisões na empresa focadas na entrega
e rentabilidade de vendas, o que refletiu em um ano
positivo para a Braskape.
No Sul
Alexandre Lima, sócio-proprietário do Grupo Apul, de
Santa Maria (RS), observa que em momentos como este,
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
de dificuldades e próximo
ao final do ano, é preciso
trabalhar muito. “Buscamos
ter um bom relacionamento
com fornecedores e agilidade
na entrega, manter o
estritamente
necessário,
como os produtos que giram,
ter os itens da curva ABC e
dos carros mais vendidos e
repor rapidamente os itens
Alexandre Lima,
que não se tem”, aponta.
Como estratégias para do Grupo Apul
incentivar as vendas, ele conta que foi implementada a
venda e aplicação de acessórios, o horário de trabalho
se expandiu aos domingos de manhã e diariamente
até às 20h, em outubro iniciou os serviços de arcondicionado automotivo e outra solução foi a venda
de produtos sob encomenda.
Lima ainda avisa que os empresários devem se atentar
para os itens de suspensão e freio, que são mais procurados
nesta época. “Esperamos um final de ano melhor em
relação ao ano todo até agora, contudo pior em relação a
anos anteriores. Para 2016, nosso foco é trabalhar com
muita prudência”, enfatiza.
12
PÉrOlas da reposição
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Paixão pelo balcão
O amor por peças de automóveis foi o passo para a carreira bem-sucedida
de Álvaro Pereira, que também já chegou a ser árbitro e diretor da
Federação Paulista de Futebol
Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
A
Álvaro Pereira, empresário do varejo de autopeças
Equipe da Importadora Alvamar, de São Paulo (SP)
14
capa
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Modelos de negócios
no varejo de autopeças
Concorrência com redes que estão por vir não descarta
a viabilidade de crescimento dos pequenos, mas
profissionalismo e gestão serão obrigatórios
Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
E
m um País com dimensões continentais, uma frota de veículos superior a 41,5 milhões,
muitos saindo do período da garantia seguindo para a reposição, e ainda com potencial para
crescer visto que no Brasil a média é de 4,9 habitantes por veículo, enquanto nos Estados
Unidos, por exemplo, é de 1,2, muitos se perguntam qual será o futuro do varejo de autopeças, pois
se hoje são cerca de 2.400 modelos e marcas de veículos (inclui leves, pesados e motos), a tendência
é que este número cresça continuamente.
O cenário é desafiador, cada vez mais as autopeças vão requerer profissionais à frente do balcão
com conhecimento técnico. Balconistas ficaram no passado, hoje são consultores de venda e, no
paralelo, o empresário tem que ter cada vez mais uma gestão alinhada ao seu negócio para gerir o
seu capital, fazer compras certeiras e não deixar seu investimento parado, revertido em imposto pela
substituição tributária.
Desafiador mas há várias opções e modelos que podem ser seguidos. Rede, associativismo,
especialista e generalista. No Rio de Janeiro, a opção de Alfredo Corapi, sócio da Altese, foi partir
para a segmentação. “Por anos eu trabalhei em uma concessionária Fiat e pelo conhecimento que
eu tinha da marca quando decidi abrir a primeira loja eu foquei nesta linha”, diz.
Hoje, são cinco lojas: Fiat, Chevrolet, Ford, Volkswagen e uma multimarca. “Na loja da
Volkswagen também trabalhamos com a linha francesa (Renault, Peugeot e Citröen) em um anexo”,
acrescenta. Segundo ele, “funciona muito bem especializar-se por montadora, o mercado ficou
muito mais complexo pela variedade grande de produtos e dispor de um investimento muito alto
fica praticamente inviável. E a especialização facilita muito o atendimento ao cliente”, afirma.
Da região da Penha para a Barra da Tijuca, a loja multimarcas de Corapi tem uma proposta
diferenciada. “É como se fosse um posto avançado de vendas, só trabalhamos com peças de maior
giro, curvas A e B, muito na reposição de estoque. Temos itens de pronta entrega, mas o estoque
mesmo fica na Penha”, especifica.
Também com foco na segmentação, João Pelegrini, do Grupo Pelegrini, começou o seu negócio
com a Casa do Chevrolet. Hoje no guarda-chuva estão também as marcas Força Caminhões e a
Casa da Transmissão. A novidade é que ele passou a ser também um revendedor Agrale.“Eu já era
distribuidor da marca e agora vendendo caminhões passo a oferecer uma solução completa para os
clientes, desde a compra do veículo até a manutenção”, informa.
Pelegrini analisa que o que vemos hoje são redes de vários países querendo entrar no Brasil,
concessionárias buscando uma fatia do mercado de reposição, associativismo através de redes e
pessoas tentando sobreviver à área de serviços aliada
a peças. “O tempo todo são encontradas fórmulas de
negócios, pois não temos uma cadeia definida como
nos mercados europeu ou americano”, sintetiza.
Para ele, um ponto importante é a diversidade de
produtos, o mix das montadoras. “Nossa área é muito
técnica e eu vejo com muito sucesso as empresas
que se estruturarem e tiverem conhecimento sobre
determinada fatia de mercado, e competência para
vender tanto no canal tradicional como pela internet”,
comenta, complementando que “ouço desde criança
que as concessionárias querem o mercado de reposição,
mas elas não dão conta, pois não têm estrutura,
Alfredo Corapi,
competência e gente”.
da Altese, do Rio de Janeiro (RJ)
Multimarcas
Roberto Gandra, empresário da Mercadocar, também não crê que as concessionárias deterão
uma fatia significativa da reposição.“Vejo isso como impossível, pois o foco delas é venda de veículos.
Por mais pressão que tenham das montadoras para vender peças, elas não têm a capacidade que o
mercado de reposição tem. E quando ofertam produtos a preços competitivos quem compra são as
lojas de varejo”, diz.
Ao contrário de muitos que seguiram ou seguem para a especialização, a Mercadocar,
um shopping de autopeças, só cresce. Hoje são seis lojas, a mais recente foi aberta no bairro do
Aricanduva, zona leste de São Paulo. “E este tem sido o nosso objetivo: somos multimarcas há 45
anos. Hoje são mais de 120 mil itens em estoque, incluindo da loja de caminhões, e a nossa intenção
é nos diferenciarmos pela variedade”, explica.
Além de diretamente na loja, a Mercadocar tem 200 atendentes técnicos no telepreços. Não
é televendas, pois não é feita a venda por telefone. O serviço é para informar os clientes sobre a
disponibilidade de peças e em qual das lojas, bem como o preço. “Recebemos em média oito mil
ligações por dia e já chegamos a ter 250 mil ligações por mês”, diz Gandra, acrescentando que no
início do próximo ano a Mercadocar faz a sua estreia no comércio eletrônico.
Na opinião do empresário há espaço para todos.“O varejo de autopeças é muito grande no Brasil
quando comparado a outros países, como Estados Unidos e Europa. O volume de veículos é muito
grande e cada vez mais está aumentando o dos que estão saindo do período da garantia. Mas acho
que é um mercado pouco profissionalizado”, avalia.
Na Braskape o foco também é ser multimarcas. Alexandre Kohara, gerente Comercial, conta que
um dos caminhos que seguiram foi fidelizar marcas que já trabalham. “Não estamos abrindo para
outros fabricantes a não ser que seja com uma condição melhor que já temos”, informa.
Com cerca de 35 mil itens em estoque, ele conta que a fórmula para uma boa gestão é ter um
bom sistema de ERP. “Tanto na questão organizacional, na parte de televendas, informações de
produtos e aplicações corretas nos veículos”, cita, acrescentando que em relação à variedade de
marcas e modelos de veículos disponíveis hoje no mercado, a Braskape opta por não trabalhar com
as que não têm volume muito expressivo.
Sobre o modelo de especialização, Kohara avalia
que diferentemente de lojas que estão há décadas no
mercado e acompanharam as mudanças que vieram,
os empreendedores mais recentes tiveram que fazer as
suas opções. “Até pelo capital inicial para começar um
negócio, especializar-se é bom. Quem vende a marca
A, por exemplo, vende qualquer outra. É uma questão
de foco, de gestão de equipe e de organização em
escolher a marca, pois hoje o mercado precisa de muitos
fornecedores”.
Empreender
Veterano no mercado de autopeças e idealizador da
Rede Âncora há cerca de vinte anos, o empresário Álvaro João Pelegrini,
Pereira, da Alvamar, conta que a ideia da rede foi para do Grupo Pelegrini, de Uberlândia (MG)
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NOVEMbrO de 2015 / edição 110
que os varejistas tivessem melhores condições de
compra junto aos fabricantes.“E hoje são 800 sócios
no Brasil”, acrescenta, defendendo que no setor de
autopeças não é mais viável crescer sozinho.
Para os pequenos varejistas,ele faz a sua análise:
“eles terão o seu espaço em localidades distantes
dos grandes centros, exatamente pelo poderio de
compra, pois não conseguirão concorrer com lojas
maiores. Hoje, em média, um veículo tem treze
mil itens, tem que ser especializado, ter uma boa
Braskape Autopeças,
equipe e retaguarda financeira”, orienta.
de São Paulo (SP)
Roberto Gandra comenta que o maior desafio
atualmente do setor é a concorrência.“Mas de maneira alguma eu a desprezo, as grandes redes estão
chegando, cada um tem seu mercado e sua forma de trabalhar. Trabalhando direito quem pode
nos prejudicar é somente nós mesmos”. Para Alexandre Kohara, o desafio está em sanar os custos
operacionais.“O que requer organização dos custos”, pontua.
Alfredo Corapi destaca a diversificação da frota e a questão do catálogo de peças como desafios
do setor.“O desafio é grande nesta parte de cadastro de produtos e as fábricas não nos ajudam neste
sentido. Ter um bom cadastro hoje é bem complexo, ainda mais agora que lançamos o comércio
eletrônico e tudo tem que ser muito bem explicado, detalhado para o consumidor final, para evitar
que a compra seja feita errada”.
Na opinião de João Pelegrini, hoje em dia é preciso estar envolvido em todo o negócio. “E se a
burocracia não atrapalhasse, nós teríamos um ganho substancial. Com a substituição tributária o
capital de giro se tornou imposto e vender para outros estados é mais tributo a ser pago, tornando
isso impraticável. Cada estado da federação se tornou um País”, lamenta.
Estoques unificados
O Canal da Peça reúne cerca de 200 varejistas para vendas ao consumidor final e distribuidores
para atenderem autopeças. O modelo é basicamente de
uma plataforma unificada de estoque que potencializa
negócios de varejistas das mais diversas regiões do País.
Vinícius Dias, sócio do Canal da Peça, explica que tratase de um conceito de busca e não de cotação, uma vez
que os preços estão na plataforma.
“Cada varejo coloca suas ofertas no sistema (item
e preço) sem precisar cadastrar e este as organiza
conforme a proximidade; onde estão os varejos mais
próximos dos clientes. Neste processo, os fabricantes
MercadoCar,
atuam ativamente, são eles os responsáveis pelos de São Paulo (SP)
catálogos de produtos”, especifica, acrescentando que a
proposta da plataforma é reduzir o tempo de entrega,
“pois sabemos o custo que é veículo parado na oficina”, acrescenta.
Para participar é cobrada uma mensalidade de R$ 149,90 e uma taxa de 12% sobre cada item
vendido e o varejista não precisa ter uma área de gerenciamento de e-commerce. “Ele consegue
muito facilmente gerenciar os pedidos que chegam, pois nós o avisamos. Na plataforma ele tem
uma senha para acessar a área de administração de sua loja,
onde ele configura a forma de entrega. É também por onde ele
recebe os pedidos, uma interface similar à do e-mail”, compara.
De acordo com Dias, cada varejista com um investimento
mínimo consegue vender R$ 10 mil ou R$ 20 mil por mês
em uma plataforma online. “E quanto mais produtos tiver
disponível, mais ele venderá. Outro benefício é que ele não
perde dinheiro, além de atender clientes que ele nem
Fernando Cymrot e Vinicius Dias,
imaginava ou vender peças que estavam paradas em estoque”,
do Canal da Peça
pontua. Atualmente, o Canal da peça já concentra cerca de
500 mil ofertas.
Caminhos
Fechando o ciclo de divulgação do “Estudo do Mercado
Brasileiro de Reposição Automotiva” iniciado na Automec
2015, o Sincopeças-SP realizou no mês de outubro o fórum
“Um Passo Antes do Futuro” trazendo temas que foram
abordados no estudo elaborado pela Roland Berger a
pedido das entidades do setor de reposição e, em pauta, os
caminhos para o varejo de autopeças.
Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP
e vice-presidente do Sincopeças Nacional, frisou que há
espaço para todos mas que o movimento é de concentração.
“Dá para ser pequeno neste mercado sendo segmentado, visto que são cerca de 2.400
modelos e marcas de veículos, mas o que vemos é um processo de concentração. O número
de lojas tende a diminuir à medida que o varejo vai se profissionalizando”, afirmou.
Sobre formação de redes e as internacionais que estão por vir, o executivo validou que
este movimento vem com força, motivo pelo qual é preciso se preparar investindo em
capacitação técnica e novos serviços. “O que não quer dizer que os pequenos varejistas
não possam continuar sozinhos e competitivos. Mas são grandes desafios que o setor irá
enfrentar”, alertou.
Marcelo Cherto, presidente e fundador do Grupo Cherto,
falou sobre a união como um mecanismo não apenas para
unir conhecimento, mas para ter também maior poderio
de compra perante o fornecedor. “Ninguém consegue ser
bom em tudo, há vários modelos de união, como as redes
e o associativismo no modelo de franquia para atuar em
mercados onde o varejista não é forte”, ilustrou.
Dentro destes modelos, Cherto comentou que o varejista
pode ser tanto o criador como o cocriador, como aderir a
um modelo já existente, ou seguir carreira solo e obter crescimento orgânico. “Todos eles
funcionam muito bem desde que a gestão seja estruturada. Cada vez mais não haverá
espaço para a falta de profissionalismo”.
E para quem acha que resultado se traduz em lucro,
Danilo Saicali, sócio-fundador da Scripta Consultores
& Associados, fez um alerta. “É muito comum empresas
serem administradas pelo fluxo de caixa. É preciso medir
o retorno como um todo, caso contrário, não se saberá qual
ele é exatamente. As empresas precisam ter governança
corporativa com toda a equipe muito alinhada aos
objetivos/missão, o que também é importante para poder
prepará-la para um processo de sucessão”, disse, referindose às empresas familiares.
Sobre o potencial do mercado de reposição, Fábio Matsui, sócio-fundador da Cypress e
colíder da prática de Mercado de Capitais, comentou que ele continuará a crescer perante
o aumento da frota – independentemente da queda de vendas de veículos novos – e que
muito espaço ainda há quando comparado ao número de veículos por habitantes.
Outro ponto posto por Matsui foi a crescente
participação de empresas nacionais no setor, “de 14% para
32%, entre 2013 e 2014, enquanto as estrangeiras tiveram
uma queda de participação de 87% para 69%, no mesmo
período. Porém, na composição dos investimentos do setor,
o capital estrangeiro corresponde a 80%”, comparou.
Para finalizar, o executivo afirmou que a consolidação
no setor de autopeças irá acontecer e quem tiver mais bem
preparado surfará da melhor maneira. Ele também sugeriu
que cabe aos varejistas e reparadores se unirem para se fortalecerem.
18
capa
Referência no setor
Com 17 anos de história, a Rede Âncora nasceu em maio de 1998, em São Paulo –
SP, com o objetivo de atingir volume considerável de compras, permitindo diminuir
custos e ampliar benefícios aos seus associados. A ideia deu tão certo que hoje a rede se
destaca por ser a maior associação de comerciantes de autopeças do País e a única com
abrangência nacional.
Ao todo, são 750 associados, em 14 estados brasileiros e no Distrito Federal, sendo o
escritório nacional sediado em Curitiba. São mais de 100 fornecedores e cerca de 140 mil
produtos cadastrados, além de ferramentas de comunicação e inteligência de mercado e
duas linhas de produtos de marca própria, lançados em 2014, o Car + e o Truck +, com
fluidos de arrefecimento e aerossóis.
Seu sistema de compras é totalmente informatizado, permitindo acesso a mais de 100
mil itens, entre peças e acessórios, 24 horas por dia. Os pedidos são atendidos, em grande
parte a pronta entrega, por um dos
centros de distribuição regional.
A cooperação tem se revelado
uma ótima opção de sobrevivência,
crescimento e ampliação de
lucros no setor. Na Rede Âncora,
empresas do mesmo ramo, antes
concorrentes, tornam-se aliadas
estratégicas e passam a trocar
informações e tecnologias, em
gestão, vendas e marketing.
Rediesel, em Jaboatão dos Guararapes (PE)
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Exemplo de fora
Com três anos de operação no Brasil, oito unidades e o conceito “faça você mesmo”
(do it yourself), a AutoZone é a maior rede varejista de autopeças e acessórios dos
Estados Unidos. Todas as lojas da rede seguem o padrão das unidades do mercado
americano. Além do formato de “minimercado”, as lojas contam com um portfólio de
aproximadamente 19 mil itens.
A companhia também adequou sua oferta de produtos e serviços às necessidades
e demandas dos consumidores locais. Além da maior parte dos itens ser produzida
por fabricantes nacionais, as lojas têm uma área específica para os clientes de veículos
duas rodas.
Os profissionais da empresa, chamados de Autozoners, são capacitados por uma
série de treinamentos para fornecer orientações seguras aos clientes. Eles também estão
preparados para realizar, gratuitamente, pequenas instalações, como de limpadores de
para-brisa, baterias, lâmpadas, calhas, entre outros.
Fundada em 1979, em Forrest
Arkansas, nos Estados Unidos, a
AutoZone é a maior rede varejista de
autopeças e acessórios de veículos da
América do Norte, com faturamento
global de US$ 9 bilhões. Atualmente,
o grupo possui mais de 5 mil lojas
em operação nos Estados Unidos, no
México e em Porto Rico, e emprega
Nova filial inaugurada na Vila Guilherme,
mais de 70 mil pessoas.
zona norte de São Paulo
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NOVEMbrO de 2015 / edição 110
União da cadeia
Já a Rede PitStop, rede associativista com operações voltadas ao fortalecimento
do mercado independente de reposição de autopeças no Brasil, possui benefícios
que geram grande sinergia em toda a cadeia de negócios, integrando fabricantes,
distribuidores, lojas de autopeças, retíficas de motores e oficinas mecânicas.
Construída com base no sucesso do grupo europeu GROUPAUTO International e
do Grupo Comolatti, através da Distribuidora Automotiva, empresa que gerencia as
operações das distribuidoras de autopeças do Grupo; está presente em mais de 370
cidades e o número de empresas associadas não para de crescer, já são mais de 1000
membros entre lojas de autopeças, oficinas mecânicas e retíficas de motores das linhas
leve Eurogarage e pesada TopTruck.
Com uma consultoria presente e
dedicada, tem oferecido inúmeros
benefícios aos associados, de forma a
auxiliar na gestão de pessoas, do ponto de
venda e estoque, das finanças e vendas e
da produção. As vantagens aos membros
são diversas e incluem identificação
visual moderna para fachadas, sinalização
interna própria, uniformização das equipes
e modelos de armazenagem, que garantem
redução de espaço e otimização de
recursos, possibilitando um atendimento
Moral Auto Peças, de Parauapebas (PA)
mais ágil e focado no cliente. Com isto, o empresário consegue aumentar as vendas e
as margens de lucro, além de desenvolver planos de ações para melhorias em outras
áreas importantes da empresa e realizar treinamentos para os colaboradores.
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indústria
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Dayco completa 15 anos no Brasil
Histórico de conquistas e desenvolvimentos é responsável por
sua liderança em seu segmento
Por: Redação | Fotos: Divulgação
C
om uma trajetória baseada no sucesso, a Dayco
comemorou no dia 1º de outubro 15 anos de atuação
no Brasil. A empresa, que surgiu como uma opção de
linha completa, atendendo a falta de muitos produtos de
veículos importados, dos quais era fornecedora original, bem como
atendendo 100% da linha Fiat no Brasil, rapidamente foi reconhecida
pelos mecânicos pela sua qualidade e, em cinco anos, tornou-se líder
de mercado.
De acordo com Silvio Alencar de Almeida, diretor Comercial
Dayco para a América do Sul, a Nytron, líder de mercado
em tensionadores e polias, veio somar ao Grupo Dayco
trazendo a maior gama de produtos para a reposição
(cerca de 500 itens) e atingindo a marca de 40% de
participação, o segundo colocado vem com 22%.
“Com esta união nos tornamos os líderes absolutos
em correias e tensionadores”, emenda.
Desenvolvimentos
A fabricante de itens para o sistema de transmissão e força para
as montadoras de todo o mundo, e com tecnologia própria, conta
22
com: correias, tensionadores e polias, bem como cabos de ignição
e atuadores hidráulicos, oferecendo para o mercado tecnologia e
qualidade em suas produções.
“Recentemente desenvolvemos as correias que trabalham
imersas em óleo que substituem as correntes, com diversas vantagens,
inclusive para o meio ambiente com redução de emissões. A criação
da correia elástica, também pela Dayco, reduz peso e componentes
principalmente para motores menores. Os principais novos projetos
das montadoras do mundo atualmente têm o desenvolvimento com
participação da Dayco”, revela Almeida.
Nos últimos anos, a empresa
recebeu, consecutivamente, os prêmios
SINDIREPA e INOVA como marca líder
e a preferida pelos mecânicos e varejistas.
Outros fatores que comprovam sua
liderança são: portfólio de produtos,
qualidade premium, assistência técnica,
entrega rápida e completa, suporte ao
aplicador e uma equipe de mais de 20 profissionais no mercado em
todas as regiões com suporte de customers services atendendo na
sindicato
base em São Paulo.
Fechamento do ano
Em tempos de recessão econômica, para se sobressair e se
manter no mercado, o diretor Comercial ressalta que a empresa
se preocupa com as necessidades de seus parceiros comerciais,
inovando e mantendo o
bom nível de suporte aos
aplicadores.
“Este ano tivemos que
lutar com as incertezas da
economia e as inseguranças
que inicialmente abateram a
todos. Focamos no trabalho,
no aprofundamento do
conhecimento do mercado e,
principalmente, com objetivos
claros, devemos fechar o ano
dentro das metas estabelecidas”, Silvio Alencar de Almeida,
diretor Comercial Dayco
finaliza Almeida.
para a América do Sul
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Novo IVA para autopeças
Índice entrou em vigor no dia 1º de novembro
Por: Redação | Foto: Divulgação
A
o longo dos últimos dois anos, o Sincopeças-SP
empenhou-se em negociações com a Secretaria da
Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) para equalizar
o índice de valor agregado (IVA) a ser utilizado para cálculo do
ICMS nas operações com autopeças no mercado independente
de reposição. Juntamente com fabricantes e distribuidores,
representados pelo Sindipeças e Sicap/Andap, esse percentual
sofreu redução.
O novo índice de 65,94% entrou em vigor em 1º de novembro
e tem validade até 30 de junho de 2017 para todas as autopeças
comercializadas no segmento, à exceção de baterias, categoria
que permanece com a mesma margem já utilizada, de 71,78%,
neste primeiro ano, e de 180,44%, no segundo ano.
Assim, toda nota faturada pelas fábricas desde 1º de
novembro têm que embutir essa alíquota de imposto. “Essa é
uma significativa conquista do Sincopeças-SP, pois além da
redução do percentual, retiramos definitivamente o item baterias
dos cálculos do governo. A Sefaz insistia para que as baterias
entrassem no cálculo pelo grande giro desse item no mercado.
Mas defendemos que não deveria entrar na cesta porque bateria
segue uma dinâmica específica de comercialização, diferente do
nosso setor”, salienta Francisco Wagner de La Tôrre, presidente
Sincopeças-SP.
Estudos setoriais
Segundo o presidente do Sincopeças-SP, a realidade
foi comprovada através do estudo setorial do Sincopeças
(setembro/2015), realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV),
que estruturou uma pesquisa de mercado para determinar o real
peso de cada canal de comercialização: fábrica, distribuidor,
varejo e consumidor final. “Dentro de um universo de quatro mil
itens, elencamos 271 que refletem o comportamento médio da
autopeça ao longo da cadeia - produtos que têm relevância no
faturamento do setor. Também indicamos 770 lojas de relevância,
de acordo com cinco regiões econômicas do Estado. Dessas, a
FGV selecionou 220 para a tomada de preço”, conta.
Independentemente dessa conquista, de La Tôrre afirma que,
no entendimento do Sincopeças-SP, “justiça fiscal é a volta do
regime de débito e crédito nas operações no ICMS”, ou seja, só
se paga o imposto quando efetivamente existe o fato gerador. No
caso da circulação de mercadoria e serviço, é quando ocorre a
venda. Somente nesse momento é que deve se taxar o imposto.
Luta contínua
O presidente destaca que a luta continuará ainda. “Pois
a substituição tributária já recolhe o imposto da indústria,
imaginando que a mercadoria será vendida no balcão do varejo.
Ou seja, o imposto é recolhido com meses de antecedência,
mesmo sem saber se ocorrerá a venda, porque muitas vezes a
mercadoria acaba virando sucata na prateleira de uma loja e
o varejista já pagou o imposto sobre uma venda que nem foi
efetivada”.
Agravante, no caso específico de autopeça, é o mercado
independente ter um índice e o mercado de peças originais,
através das montadoras e concessionárias, ter outro ainda menor.
“No meu entender, se é autopeça deveria ter um único índice
para todo o segmento, sem diferenciação”, aponta.
Daqui pra frente, ele ressalta que sempre que a Sefaz quiser
majorar o índice vigente através de uma nova portaria, terá
que respeitar a pesquisa de mercado da entidade. “Entendemos
que isso vai refrear o ímpeto de aumento que a Sefaz vinha
impondo para o setor nos últimos anos. Essa conquista também
tem efeito político além do impacto econômico, pela maneira
como o poder público passa a enxergar o setor a partir da forma
como conduzimos, ao longo de todos esses anos, o processo de
negociação para estruturar nossa pesquisa de mercado. Eles nos
enxergarão como um setor mais responsável, mais atuante e
mais firme na luta pelos seus interesses”, conclui.
balcão automotivo / NOVEMbrO de 2015 / edição 110
A Metalmatrix,
integrante
do
Grupo GRX Mundi,
de Caxias do Sul
(RS), apresenta
ao mercado seu
novo catálogo,
focando no design
e confiabilidade
dos seus produtos, além de inovar e trazer ao
público um encarte com dicas necessárias no
dia a dia de compradores de abraçadeiras. A
empresa também divulga seus lançamentos:
a New Minor, abraçadeira rosca sem fim 9mm
com o maior torque de aperto, e a Abraçadeira
U com base em polímero, com resistência à
corrosão e absorção de vibração.
Autozone inaugura
mais uma loja no Brasil
A AutoZone, a maior rede varejista de autopeças
e acessórios dos Estados Unidos, inaugurou
sua oitava loja no Brasil. Localizada na Avenida
Joaquina Ramalho, número 987, uma das mais
movimentadas da Vila Guilherme, na Zona Norte
de São Paulo, a nova unidade também marca
a comemoração de três anos de atividades do
grupo americano no País. A aposta da AutoZone
na expansão da operação no País ocorre na
contramão do desempenho do mercado
automotivo, abatido pelo momento desfavorável
da economia brasileira.
Em sua oitava edição, 11 projetos sociais foram premiados no concurso
promovido pela Fundação Volkswagen
Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação
Neste ano, o VW na Comunidade teve recorde de
inscrições, no total foram 707 projetos indicados por
colaboradores voluntários nessas organizações. Eles
trabalham nas quatro fábricas, unidade Jabaquara,
Centro de Peças e Acessórios de Vinhedo (SP), Escritórios
Regionais de Vendas e Serviços Financeiros e MAN Latin
America de Resende (RJ). Os projetos inscritos são
realizados por organizações sociais localizadas em 22 Estados brasileiros.
Os vencedores foram:
Prêmio de Sustentabilidade- Associação Sagrada Família de Nazaré, Curitiba (PR)- Projeto: Juventude, um Sinal de Esperança.
Ação Cristã Comunitária do Brasil – Projeto Shalom, Santo André (SP)- Projeto: Boca saudável, Sorriso Feliz. Associação Beneditina
da Divina Providência (ABENP), Curitiba (PR)- Projeto: Acolher, Assistir e Educar. Associação Beneficente Arcanjo Gabriel, Penedo
(RJ)- Projeto: Expandir & Integrar. Associação Humanitária Amor e Caridade (AHAC), Jacareí (SP)- Projeto: Educação Ambiental
para Reciclagem de Óleos Usados. Associação Saúde Criança Recomeçar, Rio de Janeiro (RJ)-Projeto: Alimentando Sonhos.
Fraternidade Irmã Clara, São Paulo (SP)- Projeto: Sons da Alma: O Resgate da Pessoa com Deficiência Através da Música. Fundação
Julita, São Paulo (SP)- Projeto: Promovendo Vínculos com a Natureza e a partir dos 4 Elementos. Instituto Ingo Hoffmann,
Campinas (SP), Projeto: Casa da Criança e da Família. Programa Cidadão Bageense, Bagé (RS)- Projeto: Restaurante Escola.
Salesianos São Carlos, São Carlos (SP)- Projeto: Prevenção na Medida, Drogas.
NGK tem novo presidente para o Brasil
Com 56 anos de fabricação e desenvolvimento tecnológico no Brasil, a
multinacional NGK tem novo presidente para o País. O executivo japonês
Hiroyuki Tanabe assume o comando local da maior especialista global em
sistema de ignição. Hiroyuki Tanabe chega ao País com a meta de manter
a rota de crescimento da NGK que, em março deste ano, alcançou a marca
histórica de 2 bilhões de velas produzidas em sua fábrica no Brasil. “NGK é uma
marca fortemente associada à tecnologia e à qualidade, o que se reflete na confiabilidade de nossos
produtos nos mercados do Brasil, América do Sul e demais países para onde a produção brasileira é
exportada, como Estados Unidos e Japão”, afirma o novo presidente.
Tecfil é eleita pela oitava vez uma das 150 melhores
empresas para você trabalhar
Empresa consagra-se mais uma vez como uma das “Melhores Empresas para Você Trabalhar”, através da pesquisa
elaborada pela Revista Você S/A, da Editora Caras. “Procuramos sempre promover eventos internos para que nossos
colaboradores sintam-se trabalhando em ambiente saudável reforçando a qualidade e bem-estar de todos. Como
exemplos, promovemos interação da família, com a visita dos filhos em comemoração ao Dia das Crianças e exames
gratuitos, como prevenção ao câncer de mama, em apoio à Campanha
Outubro Rosa. Acreditamos que essas ações demonstram que somos
uma empresa diferenciada e focada também na satisfação de nossos
colaboradores. Isso faz toda a diferença e nos ajuda a estar mais uma vez no
Guia.”, declara Ana Paula de Oliveira, gerente de Recursos Humanos.
Entidades revelam os resultados da indústria automobilística em outubro
Segundo o balanço da Anfavea, o licenciamento de autoveículos até o décimo mês do ano apresenta retração de 24,3%,
com 2,15 milhões de unidades comercializadas em 2015 contra 2,83 milhões no ano passado. Na análise mensal o
resultado aponta queda de 4% nas vendas em outubro ante a setembro – foram 192,1 mil
unidades no último mês e 200,1 mil em setembro. E de acordo com levantamento realizado
pela Fenabrave, com base nos emplacamentos de veículos registrados pelo Denatran no mês de
outubro, foram comercializadas 292.802 unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos
rodoviários e outros, como carretinhas para transporte. Este valor representa retração de 5,68% no comparativo com o mês de setembro,
quando foram registradas vendas de 310.436 unidades.
CURTAS
Belair
apresenta
lançamentos
A Belair Auto Peças,
reconhecida pelos produtos
de alta qualidade e pelo
excelente atendimento que presta a todos os seus clientes,
completa sua linha com novos Kits de Válvulas Termostáticas.
Ao todo, são mais de 20 KITS e a empresa anuncia ainda que
há novidades na linha de Tubos de Refrigeração. Acesse o site
www.belair2000.com.br e confira mais informações.
Interauto é realizada
em Porto Alegre
A Interauto se encerrou com a troca de muitas informações,
novos contatos comerciais e bons negócios entre os
profissionais que fazem o setor da reparação automotiva.
“O número de participantes cresceu e as indústrias
demonstraram satisfação em fazer parte desta iniciativa,
neste modelo, que é acessível para todos e voltado realmente
para o segmento”, comenta o presidente do Sincopeças-RS,
Gerson Nunes Lopes.
Fotos: divulgação
Metalmatrix lança
novo catálogo e
apresenta novidades
ao mercado
de abraçadeiras
Vencedores Volkswagen na Comunidade 2015
24
1ª Convenção Multiqualita
A empresa realizou no dia 7/11, no Hotel Monaco, em
Guarulhos (SP), sua 1ª Convenção. O evento, que teve
como tema principal mostrar e apresentar a empresa, suas
intenções e projetos para o próximo ano, foi voltado para os
funcionários e representantes do Brasil. Ao todo, estiveram
presentes 43 pessoas. Após a apresentação, os convidados
participaram de uma palestra com Paul (Paul&Jack),
especialista em vendas e mágico, seguida de sorteio de
brindes e, no final, foi feita a premiação aos funcionários
mais antigos e entregue uma lembrança a todos.
balcão automotivo / NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Rede Âncora
promove o 1º
Simpósio Top 100
Entre os dias 13 e 16 de outubro, aconteceu o
1º Simpósio Top 100, no Fazzenda Park Hotel,
em Gaspar, Santa Catarina. O principal evento
do ano reuniu cerca de 160 pessoas, entre
associados, representantes das principais
indústrias parceiras da Rede Âncora e membros
da diretoria. Este evento marca uma importante
fase de atuação da Rede Âncora, buscando um
trabalho cada vez mais sinérgico entre seus
associados e de crescente profissionalização.
Mobilização Empresarial: Inspeção Veicular
e reavaliação da MVA
Empresários varejistas de peças e acessórios
automotivos definiram no dia 05/11 iniciativas
que visam avançar a discussão sobre dois temas
relevantes para o setor: a Inspeção Técnica Veicular
(ITV) e a Margem de Valor Agregado (MVA) nos
Estados. As propostas foram debatidas na reunião da
Câmara Brasileira do Comércio de Peças e Acessórios
para Veículos (CBCPAVE). “A ITV é prioridade na ação
da Câmara”, afirmou o coordenador da CBCPAVE, Ari
dos Santos. Outro tema muito debatido na reunião, por suas implicações negativas para o setor, foi a Margem
de Valor Agregado (MVA) na substituição tributária de peças automotivas. Após os debates, o coordenador
da CBCPAVE, Ari dos Santos, resumiu o consenso empresarial: “o assunto é delicado e de complexa solução”.
Justificou que os Estados, por conta de suas tradicionais dificuldades financeiras, usam a cobrança do MVA
como antecipação de receita. A Câmara vai sugerir que cada sindicato junto com as Federações de comércio
dialogue com as autoridades buscando um acordo que seja bom para todos os envolvidos.
26
CURTAS
IQA distribui a segunda
versão do manual MFMEA
O IQA anuncia que já está disponível em português a
segunda edição do manual MFMEA – FMEA de Máquinas
(Análise de Modos e Efeitos de Falha Potencial para
Ferramentas e Equipamentos), da AIAG (Automotive
Industry Action Group). O MFMEA é destinado a profissionais
responsáveis por programas de desenvolvimento de
produtos e processos, além de auditores de sistemas de
gestão da qualidade e auditores de processos.
Nakata lança série de vídeos no YouTube sobre a
trajetória do piloto Nonô Figueiredo
BorgWarner completa
40 anos produzindo
turbos no Brasil
A BorgWarner completa
40 anos de produção
de turbo no Brasil,
ocupando hoje uma
posição de destaque
no desenvolvimento da
indústria automotiva
nacional. A empresa, que encabeça a tendência do
downsizing, adoção de motores menores com a
potência amplificada, é a pioneira no fornecimento
do primeiro turbo flex para carros de passeio do
Brasil, antes mesmo da vigência do Inovar-Auto. Um
dos pontos fortes dessa conquista é a garantia dos
produtos, a excelência dos componentes BorgWarner
e a preocupação constante com a sustentabilidade.
Disponível no YouTube www.youtube.com/playlist?list=PLWaqkO5OiMOLonggfGGlGp-AAXZ_Q_39V
e elaborada pela Nakata, a série de vídeos “O Piloto Nonô Figueiredo”, além de contar fatos marcantes da
carreira, traz curiosidades e relatos de superação que servem de inspiração. Para contar um pouco da história
do piloto Nonô Figueiredo, que possui ampla experiência
nos campeonatos nacionais e internacionais, a Nakata,
desenvolveu 16 vídeos sobre a carreira do competidor dentro e
fora das pistas. “É muito importante para a Nakata estar ligada
a ações voltadas para o automobilismo, associando a marca a
esta modalidade, além de ajudar no desenvolvimento deste
esporte no Brasil que tem tudo a ver com autopeças”, afirma
Sabrina Carbone, gerente de marketing da Nakata.
Multi-Filtros Mann-Filter completam
10 anos de lançamento
Com vendas consolidadas no Brasil desde 2005, os filtros para óleo MultiFiltros da Mann-Filter trazem inúmeras vantagens para o mercado de
reposição. Os revendedores podem reduzir seu estoque em loja em até
50%, uma vez que um único modelo pode atender às necessidades de 40
diferentes veículos leves das principais montadoras. Em 2015, a solução
desenvolvida com exclusividade pela MANN+HUMMEL completa 10 anos de
lançamento. “Nossa busca é permanente por soluções que agreguem mais
valor para nossos parceiros – fabricantes de automóveis (linha original),
distribuidores (linha de reposição) e consumidores –, reduzindo custos
e gerando maior rentabilidade”, afirmou o diretor de vendas, reposição e
marketing da MANN+HUMMEL, Pedro Ortolan.
Faturamento das autopeças recua 13,3%
O faturamento do setor de autopeças no acumulado de janeiro a setembro foi 13,3% inferior
ao registrado em iguais meses de 2014. As vendas às montadoras e intrassetoriais (de um
fabricante para outro) caíram, respectivamente, 23,8% e 25%. As exportações cresceram 19,5%
em reais. No entanto, se o valor for convertido em dólares, terão caído 13,4%. O segmento da
reposição teve alta de 5% no período. As informações são do Sindipeças, que representa as
empresas do setor, e foram elaboradas a partir de dados de 64 associadas, que representam
28% do faturamento total.
ZF cria novo Programa
de Desenvolvimento
de Fornecedores
Automotivos
A ZF deu início em abril ao programa PDF ZF (Programa
de Desenvolvimento de Fornecedores da ZF), por meio
do qual irá capacitar e estimular o desenvolvimento
de aproximadamente 25 parceiros estratégicos das
categorias Tier 2 (empresas que fornecem produtos
e serviços para a ZF) e Tier 3 (que fornecem para os
fornecedores Tier 2). O objetivo é elevar a qualidade dos
processos industriais na cadeia de autopeças e alavancar
a competitividade de seus fornecedores.
Mazzicar apresenta novo
Catálogo de Peças
A Mazzicar, que produz uma das mais conceituadas
sapatas de freio do mercado automotivo, disponibiliza
aos clientes o seu novo catálogo de peças, para conhecêlo basta acessar o site da empresa (www.mazzicar.com.
br). O constante aprimoramento dos produtos Mazzicar
faz parte da missão da empresa, garantindo segurança e
satisfação aos seus clientes.
balcão automotivo / NOVEMbrO de 2015 / edição 110
DS: Inovando
sempre
A DS amplia cada vez mais sua linha de Sensor
de Nível de combustível e mostra sua força ao
mercado com 153 modelos, contemplando mais
de 90% das aplicações. São todos produzidos
no Brasil, sob altas exigências de qualidade,
durabilidade e precisão. Com variedade e
total segurança, além de design diferenciado,
os produtos permitem total vedação aos
combustíveis e garantia de 1 ano. A empresa
acaba de lançar modelos exclusivos para o Onix
e Prisma 1.0 da GM e para o Ford New Fiesta.
Ford prevê carro autônomo em 2020
A empresa desenvolve e testa tecnologias que possibilitam que os veículos
circulem sem a intervenção do motorista
Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação
A Ford realizou em São Paulo, no dia 29/10, um
seminário sobre pesquisa e avanços em segurança
veicular, que contou com a participação de Thomas
Lukaszewicz, que comanda a área de direção
automatizada do Centro de Pesquisa e Engenharia
Avançada da empresa em Aachen, na Alemanha.
Entre os assuntos abordados, o executivo prevê a
chegada dos carros autônomos em 2020. Isso porque
a evolução dos sistemas de assistência ao motorista, assistência em congestionamentos e estacionamento
abriram caminho para atender essa nova tendência do mercado. Mas, além dessas tecnologias, a viabilização dos
carros autônomos depende principalmente de mapas de alta definição e infraestrutura. O objetivo é a segurança
integrada, paralelamente às pesquisas para reduzir o consumo de combustível, as emissões e melhorar a
qualidade do ar, a reciclagem e oferecer condições para o gerenciamento de tráfego nas grandes megalópoles.
A empresa desenvolve sistemas de iluminação, câmeras para visão geral, diferentes tecnologias, com sistemas
híbridos, híbridos plug-in e com bateria elétrica, os quais podem ser utilizados nos veículos autônomos.
Perfect lança novos itens
Philips oferece lâmpadas
automotivas que
proporcionam dobro de
luminosidade
Produzido por quem mais entende de iluminação
automotiva, as lâmpadas Philips X-Treme
Vision proporcionam uma direção mais segura e
confortável, em todas as situações em que houver
pouca luminosidade para dirigir. As lâmpadas da
linha Philips X-Treme Vision dobram a luminosidade
nas estradas, propiciando mais segurança, além de
aumentar a visibilidade em 35 metros a mais que
as luzes convencionais do seu automóvel.
Sempre atenta às necessidades do mercado, a Perfect Brasil acaba
de agregar novos itens ao seu portfólio de produtos, dessa vez com
o lançamento de Amortecedores, Pivôs e Terminais das montadoras
Renault, Ford, Fiat, Citroën, Chery e Honda. Os modelos Megane, Ranger,
New Fiesta, Palio, Strada, Aircross, Ranger, C3, Celer, Civic e Master, agora
contam com mais produtos da Perfect. Só em 2015 já foram mais de 220
lançamentos e a Perfect seguirá aumentando a cobertura de linha, para atender cada vez melhor os
seus clientes. Para acessar a listagem completa e toda linha de produtos da Perfect do Brasil, entre
no site: www.perfectbrasil.com.br
Bosch apresenta sistema que aciona
eletronicamente a embreagem
A empresa lança o electronic Clutch System (e-Clutch), sistema que aciona eletronicamente
a embreagem. Além de proporcionar mais conforto ao usuário, a tecnologia possibilita
economia de combustível, podendo chegar a um índice de até 5% em um circuito
misto entre cidade e estrada. Com o e-Clutch, o acionamento da embreagem é feito
eletronicamente e a troca da marcha é realizada de forma manual. Com isso, o sistema
apresenta características de conforto similares à de
um câmbio automático, como o Stop&Go (anda e
para em situações de tráfego intenso), Hill Assistance
(saída em rampa) e o Park Assistance (assistente de
estacionamento que possibilita engatar a primeira
marcha e à ré sem pisar na embreagem).
Produção e vendas de motocicletas recuam
12% em relação a setembro
Conforme levantamento divulgado pela Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas,
Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, saíram das fábricas 104.388 motocicletas em outubro,
volume 12,1% inferior ao apresentado no mês anterior. Sob o mesmo período de 2014, a queda foi de 27,8%.
No acumulado do ano, foram produzidas 1.137.103, o que corresponde a 174.020 unidades a menos que os
primeiros dez meses do ano passado. Com base nos licenciamentos registrados pelo Renavam (Denatran), foram emplacadas 89.020 motocicletas no décimo mês
do presente ano, significando quedas de 9,3% ante o volume de setembro (98.101) e de 26% em relação a outubro de 2014 (120.317).
28
CURTAS
Dayco tem nova coordenadora
de Marketing
Complementando as
mudanças estratégicas
e de negócios para as
marcas Dayco e Nytron
em 2015, as empresas
anunciam
Nathalia
Oliveira Amorim como
a nova coordenadora de
Marketing. Graduada
em
Comunicação
Social - Publicidade e Propaganda e Pós Graduada em
Marketing e MBA em Gestão de Negócios pela Fundação
Getulio Vargas, a nova contratada traz, juntamente com
sua formação, grande experiência na gestão de marketing
em empresas do setor automotivo como Dyna S/A e Grupo
Mirassol, sendo responsável por equipes de promotores,
campanhas, comunicação e imagem, redes sociais,
feiras e eventos, estratégias e produtos. Nathalia será
responsável por todas as atividades e ações de marketing
das empresas Dayco e Nytron na América do Sul e ficará
sediada na fábrica em São Paulo.
Magneti Marelli Cofap
Autopeças amplia a oferta
de produtos
A unidade Aftermarket do grupo Magneti Marelli, divisão
de negócios focada no mercado de reposição de autopeças
e segunda maior empresa do segmento no Brasil, amplia
sua linha de componentes de suspensão com um catálogo
de 190 códigos de pivôs, barras, terminais axiais e terminais
de direção com a marca Cofap. A novidade faz parte da
estratégia da empresa em expandir o portfólio.
O adeus ao Sr. Frederico
dos Ramos
O Sincopeças-SP, representando 24.500 lojas de autopeças
e empregando 180 mil
trabalhadores, e toda
sua diretoria, expressa
seu mais sincero pesar
pelo falecimento do
inestimável
amigo
e companheiro de
tantos anos, Frederico
dos Ramos. Homem
de caráter ilibado e profissional dedicado ao mercado
automotivo, Frederico dos Ramos foi fundador e diretor
da Ginjo Distribuidora de Autopeças e por duas gestões
presidiu a Andap - Associação Nacional dos Distribuidores
de Autopeças. Sua vida e trabalho servirão para sempre
como exemplo de conduta e respeito mútuo, baseados em
princípios éticos que balizam com dignidade as relações
entre todos os integrantes do nosso setor.
fenatran
32
Volvo faz lançamentos de caminhões e novas
soluções em transporte
Em sua terceira participação na Fenatran,
a DAF Caminhões apresentou os maiores
lançamentos desde a sua chegada ao País. O
pesado CF85 marca a entrada da montadora
holandesa no segmento de caminhões
pesados para transporte de curtas e médias
distâncias. O já reconhecido XF105 chega
em seu modelo 2016, com mais opções de
distâncias de entre-eixos e novos opcionais
de conforto e segurança. A marca anunciou
também o investimento de R$ 60 milhões
em uma nova linha de motores na fábrica
de Ponta Grossa (PR), que equiparão todos
os caminhões vendidos no Brasil e já em
operação a partir de novembro.
Continental Pneus
apresenta a linha
ContiHybrid
A linha ContiHybrid, a terceira
geração de pneus de carga
da Continental produzida
no Brasil, foi um dos
destaques na Fenatran. Os
novos modelos incorporam
avançadas
tecnologias
que permitem a entrega de uma quilometragem
superior em até 20% em relação à ofertada pelos
seus predecessores e foram desenvolvidos para
atender às duras exigências de ônibus e caminhões
que fazem o transporte regional e de longa distância
nas estradas nacionais. Os visitantes puderam
conhecer o ContiHybrid HD3, versão trativa que chega
para completar a linha já integrada pelos modelos
ContiHybrid HS3 e ContiHybrid LA3.
Fotos: divulgação
DAF Caminhões Brasil
anuncia lançamentos e
nova linha de motores
A Volvo trouxe para a Fenatran 2015 o que há
de mais avançado em transporte comercial.
São caminhões, soluções em transporte, novos
produtos e serviços que colaboram para melhorar
a eficiência do transportador brasileiro e latinoamericano. Também mostrou em seu estande o
seu sistema de gerenciamento de frota, agora
com mais funcionalidades. O Dynafleet é uma
ferramenta de conectividade voltada para aumentar
a produtividade dos caminhões e a economizar combustível. O sistema permite acompanhar em tempo
real o desempenho dos caminhões e a performance dos condutores.
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Honeywell lança linha de
turbos remanufaturados
Garrett
A Honeywell Transportation Systems lançou a linha de
turbos Reman Original Garrett para o mercado de veículos
comerciais usados no estande da Anrap (Associação
Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças) na
Fenatran. A nova linha de turbos Reman Original Garrett
foi criada para oferecer produtos com as mesmas
especificações e garantia de um turbo novo (um ano, sem
limite de quilometragem) e evitar que os proprietários
de veículos recorram a produtos recondicionados, sem as
especificações técnicas do equipamento original e sem os
mesmos padrões de desempenho.
Fenatran 2015: sob aplausos, Governo reabre PSI
A cerimônia de abertura da Fenatran contou com um anúncio vital para o segmento: durante seu discurso, o
presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Moan Yabiku Junior, revelou
decisão do Governo de reabrir a linha Finame
PSI do BNDES. De acordo com Moan, o Governo
reabrirá a linha Finame PSI nas mesmas condições
anteriores, especialmente com relação aos custos
financeiros. Com a decisão, o PSI volta a operar
normalmente, ou seja, aprovará – de acordo com
a análise do BNDES – os pedidos já protocolados
e receberá novos pedidos de financiamento até os
prazos já determinados.
Em parceria, Cummins mostra linha de motores
Remanufaturados ReCon - Euro V
Em parceria com a Anrap – Associação Nacional
dos Remanufaturadores de Autopeças, a Cummins
South America ofereceu sua linha de motores
Remanufaturados Cummins ReCon Euro V durante a
Feira, com o objetivo de garantir suporte e assistência a
seus clientes com toda a qualidade e tecnologia exigidas
pela empresa. Aderir à utilização da linha ReCon é
contar com garantia de fábrica e obter o menor tempo
de parada do caminhão, eliminando a necessidade
de aguardar pela reforma do motor. Os motores são
produzidos para assegurar a mesma performance e
desempenho dos produtos novos Cummins.
Eaton e Voith apresentam transmissão
automatizada integrada ao retarder
Uma nova solução desenvolvida em parceria entre a Eaton e a Voith foi apresentada
durante a Fenatran, em São Paulo. A iniciativa consistiu em integrar a transmissão
automatizada Eaton UltraShift® PLUS HD ao Retarder Voith VR 115CT. Voltada para
aplicações rodoviárias e fora de estrada, incluindo mineração, cana de açúcar e
madeireiras, a plataforma automatizada UltraShift® PLUS HD possui versões
rodoviárias (UltraShift® PLUS HD MXP) e vocacionais (UltraShift® PLUS HD VXP), de
16 e 18 velocidades, aliando robustez e durabilidade ao melhor custo operacional.
ANRAP leva a
remanufatura para a
Fenatran 2015
BorgWarner, Cummins, Delco Remy, Eaton,
Garrett, Knorr-Bremse, Schaeffler Brasil (LuK),
TRW Automotive, WABCO e ZF estiveram juntas
no estande da ANRAP (Associação Nacional dos
Remanufaturadores de Autopeças) para apresentar
o conceito e benefícios da remanufatura de
produtos e fazer palestras a respeito na “Ilha
do Conhecimento” aos visitantes da 20ª edição
da Fenatran. “A ideia foi que os associados da
ANRAP mostrassem o conceito de suas linhas de
remanufatura e os benefícios de seus portfólios de
produtos”, comenta Jefferson Germano, presidente
da ANRAP.
FIQUE DE OLHO
Meritor anuncia mudanças nas áreas de Vendas e
Comunicação
Luís Marques, gerente de Marketing e Vendas, assume a Unidade de Negócios de Aftermarket da
companhia. O executivo continua responsável pela área de Marketing da divisão OEM, porém,
transfere as suas funções da área de Vendas OEM para Leandro Carvalho, antigo gerente de Estratégia
e Produtos. Já Osmar Correa segue como gerente sênior de Vendas OEM, dividindo com Carvalho a
tarefa de comercializar os produtos Meritor para as montadoras, além de incorporar a área de Venda
de Reposição ao canal OES. Todos os executivos passam, com isso, a se reportar a Kleber Assanti, que
assume a diretoria do Aftermarket da Meritor na América do Sul, além de dirigir a rotina de Vendas
OEM, Marketing e Recursos Humanos da companhia.
Fras-le está novamente entre as 150 Melhores
Empresas para Trabalhar no Brasil
A Fras-le figura, pela 12ª vez, no importante ranking das “150 Melhores Empresas para
Você Trabalhar”, organizado pelo Guia Você S/A e que é resultado de uma das maiores
pesquisas de clima organizacional do País. A solenidade de premiação ocorreu dia 19 de
outubro, em São Paulo, e a empresa esteve representada pelo diretor-superintendente e
de Relações com Investidores da Fras-le S.A., Ricardo Reimer. O novo reconhecimento se
deve, especialmente, à atuação da companhia baseada no princípio pessoas valorizadas e
respeitadas e que contribuem para seu crescimento sustentável.
Transmissão da Série 3000™ equipará o
Mercedes-Benz Atego 1729
Um trabalho conjunto realizado entre a Allison Transmission e a MercedesBenz resultou no desenvolvimento do primeiro caminhão brasileiro de coleta
de resíduos totalmente automático da Mercedes-Benz. Para a Mercedes-Benz,
a disponibilização do Atego 1729 automático é um passo importante para
ganhar mercado no segmento de coleta de resíduos, que já reconhece as vantagens dessa tecnologia de
transmissão automática. Esse caminhão foi projetado para atender às exigências e demandas do setor de
coleta de resíduos, com escape vertical e suspensão traseira com molas curtas e reforçadas.
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
MWM Motores Diesel cria mais um canal
de vendas de peças de reposição
A MWM Motores Diesel iniciou a implantação de mais um canal de
venda indireta de Peças de Reposição, o PVA – Ponto de Venda Avançado.
Por meio dele, grandes lojas de varejo, concessionárias, cooperativas e
associações de compras de autopeças poderão se credenciar para a compra de Peças Genuínas MWM
como também das outras linhas oferecidas pela companhia, antes exclusivas à Rede Autorizada. Este novo
canal de venda possui benefícios como: preços atrativos para a compra das peças na Rede Autorizada,
acesso à literatura técnica, boletins, manuais e catálogos da MWM, entre outros.
MAHLE lança Filtro BLINDAGUA
A MAHLE apresenta o Filtro BLINDAGUA, um novo conceito para a separação
mais eficiente de água e diesel e uma alternativa Premium para o mercado. O
produto é o único com duplo estágio de filtração de água no diesel, apresenta
eficiência superior aos concorrentes, separando três vezes mais água durante
sua vida útil, sendo mais econômico por proteger o motor e oferecer o menor
custo por quilômetro rodado ao proporcionar menor custo de manutenção com
injetores e bombas de combustível. O produto é composto por um corpo plástico
de alta resistência com reservatório de água integrado.
Raul Randon é eleito o “Empreendedor da década”
O presidente do Grupo Randon, Raul Randon, é escolhido o ‘Empreendedor da Década’ pelo Prêmio
LIDE de Empreendedorismo, cuja cerimônia aconteceu durante o 6º Fórum
de Empreendedores, promovido pelo LIDE e pelo LIDE FUTURO, realizado
de 13 a 15 de novembro, no Grande Hotel Senac, em Campos do Jordão (SP).
Hoje, mais de 60 anos depois, o empreendedor relembra com carinho a estrada
percorrida até aqui, a família e os amigos, sem esquecer também dos momentos
difíceis. Hoje, a Randon é uma referência global, mantém parcerias estratégicas
com empresas de classe mundial e exporta para todos os continentes.
Fotos: divulgação
34
35
Lançamento
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
A nova geração da Hilux
A 8ª geração da picape média Toyota passou por reestilização visual, recebeu novos
motores e câmbios, também recalibraram as suspensões e reforçaram o chassi
Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação
E
m 05/11, em Mendoza, na Argentina,
a Toyota mostrou para a imprensa
especializada brasileira a picape média
Hilux linha 2016.
Fabricada no país portenho, recebeu nova
arquitetura, ajustes de suspensões e teve o
sistema de freios redimensionado e o chassi
reforçado.
O design é novo, as linhas foram atualizadas e
tiveram como base as utilizadas no novo Corolla.
O interior incorporou novo desenho do painel e
materiais de acabamento.
Fizeram alterações no motor diesel, 1GD 2.8L,
com quatro cilindros em linha, turbo compressor
de geometria variável (TGV) e intercooler. Tem
200 cc a menos que o anterior (Toyota 1KD).
As evoluções colocadas proporcionaram
melhoras nos níveis de consumo e desempenho.
Ele ganhou 6 cv a mais, entrega 177 cv a 3.400
rpm de potência. No torque, o aumento foi de
22% com transmissão manual (42,8 kgfm entre
1.400 e 2.600 rpm) e um acréscimo de 25% na
versão com transmissão automática (45,9 kgfm
entre 1.600 e 2.400 rpm).
Também são novas as transmissões de 6
velocidades, manual e automática, e o conjunto
de acionamento dos sistema 4X4 passa a ser feito
por botão seletor, o anterior utilizava alavanca.
A nova Hilux 4X4 2016 é comercializada com
motor diesel, a versão Flex está prevista para o
primeiro semestre de 2016.
Preços sugeridos Hilux 2016
SRX cabine dupla Automática: R$ 188.120
SRV cabine dupla Automática: R$ 177.000
SR cabine dupla Automática: R$ 162.320
STD cabine dupla manual: R$ 130.960
Cabine simples manual: R$ 118.690
Chassi cabine manual R$ 114.860
36
artigo
téria de capa
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
FILÃO SEM DONOS
Jornalista especializado desde 1967, engenheiro
e consultor técnico, de comunicação e mercado.
www.facebook.com/fernando.calmon2
Por: Fernando Calmon | Foto: Divulgação
M
uito se comenta sobre sistemas de direção
autônomos ou semiautônomos para revolucionar
a maneira de guiar. Além de aumentar a segurança
ativa/preditiva, aliviar o estresse no trânsito congestionado ou
em monótonas viagens, o motorista poderá assumir o comando
quando lhe for prazeroso. Essas tecnologias passarão por
complexas regulamentações técnicas, legislativas e jurídicas,
ainda em estudos profundos. Os grandes fabricantes mundiais
de veículos trabalham com fervor nesse objetivo e estão numa
verdadeira corrida tecnológica. Ninguém quer ficar para trás,
mesmo sem enxergar bem o que está na linha de chegada.
Nada impede, porém, que empresas como Google e Apple
de investir pesadamente no desenvolvimento de automóveis
autônomos. Ainda são nebulosos os planos desses gigantes da
teleinformática. A Apple nem ao menos deixa escapar o que
realmente prepara nesse campo. Google tem até um protótipo
de um microcarro próprio em testes nas ruas da Califórnia.
Entretanto, no recente Salão do Automóvel de Frankfurt, a
empresa afirmou pela primeira vez não pretender construir ou
administrar uma fábrica de automóveis, o que causou surpresa.
Fornecedores da indústria de autopeças desenvolvem
grandes projetos em conjunto com fabricantes de veículos e
criam vínculos difíceis de desfazer em favor de empresas de
outros setores. Isso não significa situação imutável. Um exemplo
é a Tesla, fabricante independente americano de sedãs elétricos,
que partiu do zero e tentará voos mais altos.
Já os fornecedores de autopeças poderiam se juntar para
desenvolver e fabricar um carro, porém nada indica que o
farão. Mas é possível projetar um automóvel de demonstração,
como fez a ZF com o seu Veículo Urbano Avançado (VUA),
36
apresentado um mês antes do Salão de Frankfurt. Trata-se
de um subcompacto, sem arroubos de estilo, apenas para
reafirmar sua capacitação tecnológica ampliada após adquirir
a americana TRW.
A ZF produziu o VUA elétrico em suas próprias instalações,
focado em maneabilidade urbana e assistência semiautônoma
para melhorar conforto, conveniência, segurança e eficiência
também em estradas. Um dos destaques é o volante de direção
multifuncional capaz de detectar as mãos do motorista (e
assumir parte dos comandos), que inclui um mostrador
OLED embutido no aro. Pode procurar uma vaga e estacionar
comandado a distância por meio de telefone ou relógio de pulso
inteligentes. O motorista não precisa estar a bordo e abrir uma
porta, possibilitando criação de vagas perpendiculares mais
estreitas para otimizar o espaço urbano e permitir garagens
menores.
Além de inovações eletrônicas, chamam particular atenção
as soluções mecânicas. A começar pelo eixo de torção traseiro
que inclui dois motores elétricos de 54 cv, um para cada roda.
Mais interessante ainda, as rodas dianteiras podem esterçar até
75 graus, algo inédito. Assim, precisa de uma vaga apenas 60
cm maior do que seu comprimento (em torno de 3 metros), o
que também ajudará no planejamento das cidades. Diâmetro
de giro de apenas sete metros, um terço a menos que qualquer
subcompacto moderno, permite retorno em manobra única em
pistas de largura padrão.
RODA VIVA
MOTORES de três cilindros continuam na ordem do dia. O
da Fiat, previsto para estrear no novo subcompacto no início de
2016, foi adiado para o final do próximo ano (apenas o motor,
claro). Esse bloco dará origem a um novo quatro-cilindros, de
1,4 L, substituto do atual Fire. E Hyundai também terá um turbo
de 1 L no HB20, como up! TSI e futuro Honda Fit.
PREÇOS dos veículos se mantêm em alta (como previu esta
coluna) não só pela inflação, mas porque a desvalorização do
real tem impacto sobre componentes importados. Isso afeta
de forma diferenciada cada modelo, inclusive os que vêm
da Argentina. Mas a principal causa é a queda de escala de
produção: 21% sobre 2014. Sobre isso não há o que fazer.
HYUNDAI HB20 2016, que já tinha ótimo motor de 1,6
L, pode aproveitá-lo melhor com o novo câmbio automático
de seis marchas. Trocas são suaves e relativamente rápidas,
considerando limitações de preço de um compacto. Novos
amortecedores (agora sem ruídos de fim de curso), retoques
de estilo e equipamentos adicionais o tornam ainda mais
competitivo.
FILIAL brasileira da Porsche, recém-aberta, será mais
assertiva ao nomear novas concessionárias. Hoje, todas
as existentes têm ligação direta ou indireta com o antigo
importador oficial, a Stuttgart Sportcar. Estratégia faz parte do
crescimento da marca no País com potencial de retomar do
México o posto de mercado número uma da América Latina.
NOVA embreagem automática de acionamento eletrônico
da Bosch, incorporada à função roda-livre, está em testes no
Brasil. Certamente há algum fabricante interessado, embora a
empresa trabalhe em testes, no momento, por si só. Mais barato
do que um câmbio automático, pode eliminar os incômodos do
terceiro pedal e potencializa diminuir consumo de combustível
em até, nada desprezíveis, 5%.
feira
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Automec 2017
Além de reunir fabricantes de autopeças de veículos leves e
pesados, depois de 13 edições, a feira deixará o Anhembi e
passará a ser no São Paulo Expo (antigo Imigrantes)
Por: Redação | Foto: Divulgação
A
Reed Exhibitions Alcantara Machado apresentou
em 27 de outubro a potenciais expositores a
Automec 2017, que volta a reunir num mesmo
espaço fornecedores de autopeças para veículos leves e
pesados. Aliás, a reunificação, de acordo com a Reed, foi
um pedido dos próprios expositores, muitos deles com
negócios em ambos os segmentos. Também influenciou o
cenário econômico de retração das vendas.
Outra novidade é que a Feira após 13 edições no velho
Anhembi passará a ser realizada no novo São Paulo Expo
(antigo Imigrantes). O São Paulo Expo Exhibition &
Convention Center terá dois pavilhões que somam 90 mil
m2 de área total na zona sul paulistana (o atual reformado
de 40 mil m2 e um novo de 50 mil m2), com ar-condicionado,
centro de convenções de 10 mil m2 e estacionamento
coberto com 4,5 mil vagas.
Com entrega prevista para o começo de 2016, o ambiente
será o maior centro de exposições do Brasil e deverá abrigar
as maiores feiras do País. A modernização do espaço é
realizada pela GL events, operação brasileira de um dos
maiores grupos do setor de eventos no mundo, a francesa
GL events. A concessão será por 30 anos e começou há
cerca de um ano com um ousado plano de investimentos de
R$ 300 milhões para os primeiros 54 meses.
38
De
balcão
para balcão
téria
de capa
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Felicidade no Trabalho, ainda existe?
Especialista explica que é possível ter estabilidade
financeira e ser feliz no trabalho nos dias de hoje
Por: Simone Kühl | Foto: Divulgação
S
em dúvida que a estabilidade financeira é um dos principais fatores que nos fazem permanecer
na empresa onde estamos, ainda mais em tempos que se ouve falar muito em crise econômica,
aumento no número de demissões, preços altos, taxas e juros que não acabam.
Somados todos esses fatores se torna difícil, por vezes, conciliar a fonte de renda com algo que
lhe traga felicidade. O que faz com que muitas pessoas tratem o trabalho como algo penoso e se
acomodem, além do medo do desemprego, contudo quanto mais infeliz, menos a pessoa rende. Por
isso, precisamos e devemos buscar uma função que nos traga
felicidade ao mesmo tempo de um bom sustento.
Madalena Feliciano,
CEO da Outliers Careers
Como deveria ser
O trabalho deveria ser visto como uma maneira de alcançar
o crescimento não só profissional, mas como pessoal. “No
Brasil, possuímos o agravante da jornada semanal ser maior
do que em outros locais, como em alguns países da Europa, em
que o normal é 35 horas semanais”, destaca Madalena Feliciano,
CEO da Outliers Careers.
Trabalhar é uma forma de produzir, o que permite que a
pessoa não só preencha seus dias,“que, muitas vezes, se tornam
vazios quando o indivíduo não possui um propósito”, aponta a
especialista, mas também abre possibilidades para o futuro.
Além disto, ao mesmo tempo em que o profissional segue em busca da felicidade no ambiente
de trabalho, é função dos seus superiores tornarem esse ambiente agradável para todos. “Quando os
colaboradores estão felizes, a empresa funciona melhor, gerando mais resultados para a empresa”, frisa.
De acordo com Madalena, a busca pela felicidade profissional é válida, apesar de não ser fácil.
“Muitos estudos indicam que, em ambientes de trabalho mais descontraídos, a felicidade aumenta, e
a produtividade também. Enquanto as pessoas continuarem com a cabeça fechada para novas formas
de conciliar trabalho com ambientes confortáveis e prazerosos, permanecerá difícil para o profissional
encontrar um local de trabalho que lhe traga felicidade”, completa.
Situações e soluções que podem ajudar no trabalho
O profissional gosta do trabalho, mas o ambiente corporativo não é favorável
Às vezes, a postura que o profissional tem dentro da empresa contribui para que o ambiente
seja desfavorável. Algumas atitudes podem ser tomadas, como ser otimista sobre sua semana
e passar esse sentimento para seus colegas. Outra coisa é se abster de discussões em que sua
opinião serviria, apenas, para carregar mais o ambiente. Tentar elogiar mais e reconhecer
quando o dia foi realmente bom podem deixar a pessoa mais animada para trabalhar.
O profissional não gosta do trabalho, mas o ambiente corporativo é favorável
Procurar achar pontos positivos na sua função é importante.Por exemplo: gosta do seu ambiente,
mas não está satisfeito com o que exerce dentro da empresa? Pondere se sua situação pessoal o
permite procurar outro emprego, ou se não é o caso de você tentar focar nos pontos positivos da sua
função atual, como enriquecimento de portfólio e aprendizado de outras habilidades.
O profissional não gosta de ambos, contudo a remuneração é muito favorável
Na atual situação econômica do País, é arriscado largar um emprego bem-remunerado, por
mais que o ambiente não seja o ideal. Entretanto, se sua vida pessoal e financeira estiver bem
assegurada, procurar outro emprego e, depois, sair da atual empresa sempre é uma opção válida
para alcançar a felicidade no trabalho.
A competitividade no mercado e crise econômica impedem o profissional de
procurar um emprego que o faça feliz
Acredito que o ponto mais importante é enxergar as partes positivas do seu trabalho atual. Por mais
que seja difícil, pense como sua vida pode ser afetada com sua saída de um cargo. Entretanto, melhorar
sua rotina como um todo pode auxiliá-lo a gostar mais do seu trabalho, passando a combinar seu
emprego com outras coisas que lhe trazem felicidade, como um curso diferente ou a prática de esporte.
Como conquistar a felicidade no trabalho?
A CEO da Outliers Careers descreve os principais fatores que
mostram como é possível alcançar essa felicidade.
1- Motivação e inspiração.
Saber (e constantemente se relembrar) o que você faz e
por que você faz é sempre bom para se manter motivado. Na
correria do dia a dia, é fácil esquecer o motivo pelo qual fazemos
as coisas, mas, nem por isso, significa fazer tudo de forma
mecânica. Além disso, encontre algo que o ajude a se inspirar, e
procure realizar essa atividade ou reflexão com certa frequência.
Pode ser ler um livro, ver um filme, enfim, qualquer coisa que
o deixe feliz e que permita que você realize o trabalho de forma
mais disposta.
2- Imersão, engajamento e vontade do indivíduo em trabalhar.
Procurar sua inspiração e motivação também estão relacionadas
à vontade de trabalhar. Quando você as encontra, se torna mais fácil
lembrar o motivo pelo qual você faz o que faz. Isso ajuda não só a gostar
mais da sua rotina, como faz com que seu trabalho se torne mais bem
feito. De forma geral, focar no seu motivo para gostar do seu trabalho o
ajuda a gostar, ainda mais, da sua função.
3- Reconhecimento, remuneração justa e consideração dentro
do ambiente profissional.
Sempre se esforçar no seu ambiente de trabalho é o primeiro
passo para garantir uma remuneração justa. Se você fizer seu trabalho
corretamente, além de mostrar interesse e pró-atividade, as chances de
receber um aumento e reconhecimento profissional são muito maiores.
4- Equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Primeiramente, não deixar as distrações atrapalharem seu
trabalho durante o dia é uma das formas de conciliar o pessoal e o
profissional. Porque se você cumpre suas tarefas dentro do horário, é
possível sair na hora estipulada e não ficar mais tempo para finalizar
pendências. Assim, você poderá ir para casa em um horário bom,
podendo passar tempo de qualidade relaxando e/ou com a família.
Outro ponto é sempre conversar com seu chefe. Precisa sair mais
cedo para praticar um esporte ou realizar outras atividades que lhe
satisfazem? Combine de sair mais cedo em determinados dias, e
compensar em outros, por exemplo.
Este caderno é parte integrante
da 110ª edição do jornal Balcão Automotivo
“o Especialista em Autopeças”
E q u i p e P R P K D i s t r i b u i d o ra d e A u t o Pe ç a s , d e S ã o Pa u l o ( S P )
Homenagem da Premiatta Editora ao profissional que é fonte de inspiração no mercado de autopeças.
caderno especial
2
Capa
Este caderno é parte integrante da 110ª edição do jornal Balcão Automotivo
O novo balconista
Em especial ao Dia do Balconista, consultor
destaca as características do vendedor do futuro
Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
C
omemorado no dia 26 de novembro, não podíamos deixar de prestar nossa
homenagem aos profissionais que trabalham no balcão e que hoje, com as
exigências e inovações constantes no mercado, são mais que vendedores, e sim
consultores e especialistas em peças.
“Independentemente da profissão e do cargo que exercemos, precisamos ser o melhor
no que fazemos”, ressalta o coach de Vendas e palestrante, Jaques Grinberg Costa. E no
segmento automotivo a busca pelo aprimoramento é imprescindível. Com os veículos a
cada ano mais atualizados em suas tecnologias, os balconistas precisam acompanhar e
entender as mudanças.
Para isto, Costa, enfatiza que os profissionais precisam estudar os produtos, tendências
do segmento, atendimento e técnicas de vendas, características estas que os destacam
dentro da empresa. “Atualmente o balconista de autopeças é muito mais que um
balconista, é um vendedor especializado em ajudar os clientes a solucionarem o seu
problema”, completa.
Busque soluções
“Como profissional de coaching e vendedor, acredito que o vendedor do futuro precisa
ter foco na solução do problema do cliente. Muitos vendedores estão preocupados com
os seus problemas, falta de dinheiro, metas para serem cumpridas, etc., mas esquecem
que ao ajudarmos os clientes a comprarem, as nossas metas como vendedores são
consequências e acontecem de forma natural”, explica.
Em sua visão, a era do balconista “tirador de pedido” acabou, hoje as empresas e os
clientes querem consultores que esclareçam dúvidas e ajudem o cliente a comprar o
melhor produto e/ou serviço para resolver o seu problema. “O vendedor que praticar este
conceito irá com certeza aumentar os seus resultados e fidelizar os clientes”, garante.
Invista em conhecimento
É primordial que as empresas preparem o seu time com conhecimento
técnico e motivação. No caso de empresas de autopeças, o coach enfatiza que o
conhecimento técnico não é apenas sobre produtos, mas também técnicas de vendas
e atendimento. “Investir em conhecimento técnico é como abastecer o veículo com
gasolina. O melhor vendedor da empresa sem conhecimento técnico é uma Ferrari
sem combustível”, compara.
Neste sentido, ele faz a pergunta: “a qualificação dos funcionários é um investimento
ou um diferencial competitivo? É Importante lembrar também que estamos na era do
marketing de relacionamento, os produtos estão com diferenciais cada vez menos nítidos
e os preços parecidos, o diferencial das empresas é o atendimento. Conhecimento é um
investimento vitalício e não ocupa espaço”, responde.
caderno especial
4
Capa
Este caderno é parte integrante da 110ª edição do jornal Balcão Automotivo
7 Leis para Vender Mais
1 – Ouvir a necessidade do cliente (atenção):
A escuta ativa é um dos grandes diferenciais dos vendedores de sucesso, mas um hábito
difícil de aprender. Tudo é prática, é preciso estar preparado para saber o momento certo
para perguntar e para ouvir. Fazer perguntas que despertam o interesse do cliente para
que seja possível conduzir com excelência a negociação é o diferencial para potencializar
os seus negócios, trazendo resultados acima das metas.
2 – Ser especialista e um consultor (especialização):
Ser vendedor coach é enfrentar dificuldades constantes, mas ser persistente, estudar
muito e saber conduzir uma negociação. As dificuldades são diversas, podemos citar os
clientes exigentes, concorrência, “guerra” de preços e produtos com diferenciais menos
nítidos. Fazer perguntas que vendem e ajudam a desenvolver argumentações maximizam
os resultados em vendas.
3 – Ser persistente no trabalho (persistência):
Para alcançar um objetivo é preciso ter foco, estar comprometido e ser persistente.
Muitas “pedras” irão aparecer no seu caminho, não desanime. Se você quer, você pode!
Apenas os comprometidos e persistentes com os seus objetivos conseguem vencer.
4 – Foco na solução dos problemas dos clientes (solução):
Os clientes querem soluções e não um produto ou serviço. O vendedor coach desperta
no cliente o desejo para comprar o que irá solucionar os seus problemas. Quando o
vendedor percebe e tem a solução para o cliente, o valor financeiro se torna um obstáculo
pequeno para a negociação, tornando a venda muito mais fácil. Quando o cliente compra
uma solução, a fidelização é consequência.
5 – Atendimento gourmetizado (diferenciação):
Em um mundo globalizado onde a qualidade dos produtos é um diferencial cada vez
menos nítido, surge o atendimento gourmet. O atendimento gourmet é
um atendimento diferenciado, de alta qualidade, em que o cliente terá
uma experiência acima da média e será surpreendido com vontade de
querer voltar com os amigos e familiares.
6 – Qualidade no serviço (qualificação):
Para vender com qualidade há a necessidade de preparar-se, conhecer
as regras da empresa; produto e/ou serviço que irá comercializar; o
perfil dos clientes; etc. Quem vende carros não vende imóveis e
quem vende imóveis não vende remédios.
7 – Administrar o tempo (administração):
Administrar o tempo é uma sabedoria que todos podem
aprender. Auto avalie o seu tempo, as suas atividades
diárias. Faça uma lista por prioridades. A lista pode e deve
ser atualizada sempre que for preciso. Tenha uma agenda
para ajudar na organização das suas atividades e inclua na
sua lista intervalos de descanso.
Jaques Grinberg Costa,
Coach de Vendas e Palestrante
caderno especial
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Mercado
Este caderno é parte integrante da 110ª edição do jornal Balcão Automotivo
Do balcão à
gerência
Empresários contam
sobre entrada no setor e
evolução na carreira
Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
P
ara aqueles que têm o sonho de abrir sua própria
autopeça, apresentamos a fórmula de acordo com
informações reveladas pelos profissionais que foram
crescendo aos poucos e conquistando seu espaço no setor:
planejamento, dedicação, determinação, comprometimento,
investimento e muito trabalho.
Um aprendizado que virou trabalho
Alexandre Peres da Silva,
da SV Auto Peças
A história de Alexandre Peres da Silva, da SV Auto Peças, no
setor automotivo, começou a partir de 1993 quando conseguiu
o emprego de motoboy em uma autopeça e passou a entender
mais sobre o funcionamento do varejo. “Um dos vendedores
me chamava para conferir as mercadorias que chegavam e
nas horas vagas de entrega eu ficava dentro da loja guardando
as peças e aprendendo a rotina”, relembra.
Com o passar do tempo um dos vendedores foi convidado
para trabalhar em outro estabelecimento e surgiu então a
oportunidade para Silva sair das ruas e entrar na loja. “Agarrei
com as duas mãos a chance e, em pouco tempo, já estava
atendendo no balcão e fazia vendas também pelo telefone”.
E seu crescimento não parou por aí, depois de
aproximadamente três anos ele abriu a filial do varejo onde
estava se tornando gerente. “Após alguns anos, meu patrão
decidiu vender a autopeça e eu resolvi seguir meu caminho
sozinho, vendi minha casa e comprei minha própria loja, onde
já estou há cinco anos”, comemora.
Silva ressalta que os principais desafios da profissão estão
em construir uma carteira de clientes adimplentes e capitar
seu próprio capital de giro. Além disto, ele aponta que é
preciso estar atento às novidades do mercado, ter um bom
atendimento, preço justo e um estoque bem organizado para
não perder vendas.
Para aqueles que desejam investir em uma autopeça, ele
explica que é necessário ter dedicação, conhecimento na área,
um bom capital e muita vontade de trabalhar. O empresário
também conta que o projeto de crescer ainda mais faz parte
dos seus objetivos. “Estou em processo de ampliação, visto
que a frota de veículos aumenta a cada ano”, analisa.
Uma mudança de caminho
Já para Carlos Eduardo, da Rede X Autopeças, entrar no
setor automotivo não era sua primeira escolha, mas acabou
se tornando sua melhor decisão. Com 17 anos e buscando
manter suas despesas para a faculdade aceitou trabalhar com
o seu tio, dono da loja Tha Tendo Já, onde ajudava atendendo
os clientes, conferindo mercadoria, tirando o lixo e aprendendo
um pouco de tudo. “Topei entrar pensando que ao ingressar na
faculdade mudaria de emprego, só que não aconteceu, pois eu
precisava do dinheiro para manter meus estudos, contudo eu
detestava atuar no ramo, pois trabalhava aos sábados, feriados
e no final de ano, aos domingos também. No entanto, estive
com uma das melhores equipes que conheci”, destaca.
Ao longo do tempo, Eduardo passou a buscar mais
responsabilidades e com dois anos de empresa se tornou
comprador de acessórios e passou a vender no balcão,
aprimorando seus conhecimentos e técnicas de vendas, e
também acompanhava de longe como era a administração.
“Fui entendendo que aquele comércio era como uma
faculdade, pois precisava aprender um pouco de tudo, vendas,
administração, contabilidade, direito, marketing, gestão de
pessoas, propaganda e muito mais e com isso fui alastrando
meu conhecimento”, informa.
Contudo, em sua caminhada, Eduardo pediu demissão e
começou a desenvolver um trabalho de telemarketing visando
sair do setor e atuar como advogado, mas um período difícil
em sua família o fez mudar de opinião, seu tio foi sequestrado
e após ser solto anunciou o fechamento da loja Tha Tendo Já.
E a partir desse momento passou a amadurecer a ideia de ter
uma autopeça. “Neste período de 1996 a 2006 trouxe à loja
um grande amigo Rogério (hoje meu sócio) e o Edson Dantas,
meu primo (hoje colaborador e sócio). Antes da autopeça
fechar tentamos negociar para ficar tocando o negócio, como
funcionário ou como proprietário, mas infelizmente deu errado
e cada um seguiu seu rumo ainda no setor de varejo”.
Em algumas passagens por varejos automotivos, Eduardo
conta que seu primeiro grande desafio foi gerenciar uma
autopeça, chamada Mello, onde se capacitou em todas as
áreas e, em seu terceiro ano, começou a dar andamento no
seu projeto de negócio com o apoio e incentivo de seu pai. “Em
2012 chamei meu sócio Rogério e iniciamos a loja através de
vendas por telefone em nossa casa para fortalecer o CNPJ,
ter crédito futuro e conta bancária. Foi difícil, pois alguns
distribuidores não acreditavam em nosso trabalho, mas Deus
sempre esteve conosco e conseguimos nos fortalecer e ganhar
espaço. Em outubro de 2014 meu primo Edson ingressou na
família Rede X e neste período também colaborando ainda
mais com o crescimento, Nelson, que atuou conosco na Tha
Tendo Já, passou a fazer parte do time. Hoje estamos ligados
em um objetivo comum, ter felicidade em nosso trabalho e
transmitir amor naquilo que fazemos”.
Para ele, um dos principais desafios do setor é a falta de
profissionalização da cadeia e de profissionais comprometidos
com aquilo que fazem. “Hoje as pessoas querem emprego e
não trabalho, e isso dificulta qualquer intenção de crescer e até
mesmo se manter”, enxerga. Na Rede X, Eduardo conta que
trabalham com catálogos eletrônicos e um sistema que atende
as necessidades básicas. “Mas o próximo passo é investir
na capacitação dos colaboradores em diferentes cursos,
desenvolvimento das mídias sociais e site, que já temos há
quase três anos e vamos agora nos dedicar muito”, conclui.
Carlos Eduardo
Da esq. p/ dir.: Edson,
Nelson e Rogério
Rede X Autopeças
caderno especial
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Mercado
Este caderno é parte integrante da 110ª edição do jornal Balcão Automotivo
Empresários destacam o que é preciso para abrir um negócio
- Dedicação.
- Conhecimento.
- Planejamento financeiro empresarial e pessoal.
- Investimento inicial.
- Fluxo de caixa.
- Metas estipuladas após o ponto de equilíbrio da empresa.
- Divisão das conquistas com os colaboradores.
- Horários e salários justos.
- Investimento em capacitação da equipe.
- Comprometimento.
- Reuniões periódicas para bate-papo informal
e momentos de descontração.
- Reuniões para identificar insatisfações e sugestões.
- Manter um clima de felicidade no trabalho.
- E muita vontade de trabalhar sempre!
Oito dicas de empreendedor para empreendedor
*Texto: Frederico Abraão
1. Crie o seu futuro: Para ser um empreendedor de sucesso, é
fundamental saber planejar e colocar seus objetivos em prática.
Não adianta adiar decisões importantes. É preciso analisar
cada situação, entender o que é possível fazer e projetar as
consequências de cada decisão. E prepare-se para agir caso
suas estratégias não saírem como o planejado: assuma riscos,
mas riscos calculados.
2. Procure ser o melhor. Sempre: É regra básica que o
empreendedor acredite no seu potencial. Se você não tiver
autoconfiança, será difícil conquistar seus clientes, estabelecer
parcerias e fazer o seu negócio crescer. A autoconfiança, no
entanto, não deve ser um sinônimo de estagnação. Dificilmente
um profissional que não se atualiza conseguirá se manter no
topo do seu segmento por muito tempo. É preciso acompanhar
as novidades, mudanças e tendências do seu mercado.
3. Sucesso e disciplina caminham juntos: Disciplina e
persistência são duas palavras-chave para os empreendedores.
Sem que haja dedicação e organização, um projeto de negócio
pode até sair do papel, mas dificilmente vai decolar.
4. Um desafio por vez: Crie estratégias para enfrentar as
dificuldades do dia a dia e para tirar os seus planos e metas do
papel. O ideal é atacar um obstáculo de cada vez. Mas tenha em
mente que, por mais que se planeje, é natural que algumas coisas
não saiam exatamente como se esperava. O empreendedor não
pode se desesperar nesses casos. Errou? Falhou? Reveja sua
rota e recomece sua caminhada o mais breve possível.
5. A força da união conta a favor: Por mais capacitado que
o gestor seja é impossível comandar um negócio sozinho. Mas,
ao delegar as tarefas, ele precisa ter a certeza de que elas vão
ser cumpridas da melhor forma possível. É aí que entra a equipe.
Ter um time capacitado é primordial para que um negócio possa
caminhar rumo ao sucesso.
6. Fuja da zona de conforto: Se você quer se desenvolver
pessoal e profissionalmente, aprender e fazer coisas novas é
essencial. Assumir riscos e ousar é inevitável para o crescimento
do seu negócio. Não estou sugerindo que se assumam riscos
irresponsáveis. Aproveitar as oportunidades e arriscar de
maneira calculada é uma forma consistente de construir um
negócio bem-sucedido.
7. Sempre entregue mais do que se espera: Estar
comprometido com os resultados é essencial para alcançar o
sucesso do negócio. Oferecer atendimento e serviços excelentes
é um dos melhores caminhos para otimizar os resultados.
8. Fracasso serve como aprendizado: O fracasso é uma
ótima fonte de aprendizado para um empreendedor. Quem
consegue fazer de seus erros uma catapulta para o crescimento
profissional aprende melhor a lidar com altos e baixos de mercado
e não se abala quando as coisas não saem como o esperado.
*Franqueador da Direito de Ouvir Amplifon e palestrante sobre
temas de Empreendedorismo
A importância do balconista de
autopeças, segundo o mercado
“A Apex não podia deixar de prestar uma homenagem a estes profissionais que
atuam na linha de frente das lojas de autopeças e relacionam-se diretamente
com o consumidor. Esta profissão exige carisma, conhecimento, desenvoltura
para comunicação e argumentação. E ainda é de grande importância para todos nós! Parabéns
Balconista pelo seu dia! E muito obrigado pela sua dedicação, respeito e companheirismo!”.
Eduardo Martins, da APEX
“A Schaeffler, que reúne as marcas INA, FAG, LuK e Ruville, parabeniza os balconistas
de autopeças de todo o Brasil pelo seu dia e pelo importante papel que desempenham.
Afinal, eles apresentam nossos produtos aos aplicadores e consumidores finais,
destacando os principais benefícios, qualidades e a extensão de nosso portfólio. Assim, é muito importante
contar com esse apoio, pois eles são os grandes promotores de nossas marcas e são os profissionais
responsáveis pelo sucesso de nossos negócios”. Rubens Campos, do Grupo Schaeffler
“Balconista: pessoa que atende os fregueses nos estabelecimentos comerciais, com
ou sem balcão; vendedor, caixeiro. Essa é a definição para ‘balconista’ encontrada no
dicionário, mas, para a Magneti Marelli, o balconista de autopeças é muito mais do
que isso. É também um profissional especializado e formador de opinião, no qual o consumidor deposita
sua confiança no momento da compra. Para nós, é o responsável pela ligação com o cliente final, um dos
principais elos do processo comercial do segmento”. Magneti Marelli Aftermarket
“A SKF gostaria de parabenizar e agradecer a todos os balconistas de autopeças, que
não medem esforços para prestar o melhor atendimento aos seus clientes. Acreditamos
que este profissional é o principal influenciador desta cadeia de consumo, pois ele é o
responsável em indicar ao cliente final a melhor opção em cada situação. O esforço diário da SKF é garantir
que este profissional tenha acesso aos melhores produtos, tecnologias de ponta e informações atualizadas”.
Marcelo Fernandes, da SKF
“O balconista de autopeças é um profissional de altíssima importância na cadeia de
distribuição. Ele é o elo que une os fabricantes, distribuidores e o cliente (mecânico
ou o consumidor final). Sua contribuição é fundamental, pois é mais do que um
vendedor, ele é um consultor técnico, que conhece a aplicabilidade das peças através da sua numeração e
características de cada versão de automóvel. Parabenizamos todos os balconistas e desejamos sucesso em
suas atividades”. Fábio Juliato, da Robert Bosch
“O Balconista é um profissional fundamental no mercado de reposição. Atualmente ele
deixou de ser apenas um atendente e se tornou um consultor que orienta os seus clientes
sobre as funcionalidades, qualidades, bem como as desvantagens de um produto. Deste
modo, ele acaba fazendo com que os clientes obtenham confiança em adquirir determinado produto, por
consequência, contribui na aproximação com os fornecedores”. Renato Ayres Fonseca, da Centerparts
“Só temos a agradecer a todos os balconistas do Brasil neste merecido
dia de homenagem, por se empenharem em oferecer nossos produtos ao
consumidor, tendo um papel fundamental no desenvolvimento de nossa empresa e levando a
marca Sabó por todo o País! Muito obrigado!” João Conrado, da Sabó
“Comemorar essa data de pessoas especiais que fazem a diferença em nosso setor com
certeza é ‘Perfect’. Ser balconista é proporcionar além da compra, a experiência; além da
venda, a satisfação; é sempre estar disposto a dar a devida atenção ao cliente para garantir
o melhor atendimento, ser focado em resultados e trabalhar constantemente com compromissos. Nós, da
família Perfect, parabenizamos e agradecemos este profissional e deixamos a mensagem que estamos juntos
perante esta missão de ‘Ser Balconista’”. Debora Coronado, da Perfect
“Os balconistas de autopeças são extremamente importantes, pois conduzem o primeiro
atendimento e oferecem nossas soluções. A atuação desses profissionais permite uma
maior aproximação da empresa ao consumir, facilitando a chegada do nosso produto e
contribuindo para a imagem da nossa marca no ponto de venda. Nesse dia especial, a Eaton parabeniza
e registra seu agradecimento a esses profissionais que contribuem para o sucesso de nossa empresa no
mercado brasileiro”. Fábio Fernandes, da Eaton
“A Tonini Distribuidora parabeniza estes profissionais que com o passar do tempo
tornaram-se orientadores e não mais atendentes, devido à gama de produtos e
veículos que surgem a cada ano. Parabéns Balconista pelo seu dia!”.
Eduardo Martins, da Tonini
“A NGK parabeniza o balconista de autopeças pelo seu dia. Este profissional é um dos
elos mais importantes entre a indústria e o consumidor, sendo um dos responsáveis pelo
sucesso dos negócios da empresa no Brasil. Nossos produtos possuem peculiaridades
que influenciam o desempenho do veículo e que necessitam de uma aplicação correta. O conhecimento
técnico destes profissionais é fundamental”. Marcos Mosso, da NGK
“Os nossos balconistas são aqueles que lidam e estão preparados para lidar
com todos os níveis de clientes e humores dos nossos varejos do dia a dia.
Além de merecerem o nossos parabéns, merecem muito mais... merecem nossa simpatia,
educação e cordialidade! A Ampri deseja um dia repleto de realizações!”
Jane de Castro, da Ampri
“A Mobensani acredita que a força e o poder da informação é o que gera e transforma
os negócios em valor, portanto fica aqui registrada nossa homenagem à pessoa que
faz esta informação se efetuar em negócios, você, Balconista de Autopeças, é o
disseminador destas informações, o elo mais importante entre a indústria e o consumidor final, portanto
a grandeza de seu trabalho é fator determinante para o sucesso da indústria automotiva no País”.
Simone de Azevedo, da Mobensani
“O Balconista de autopeças é uma peça fundamental e estratégica para o sucesso e
divulgação de qualquer peça ou marca, é ele que atua na linha de frente, oferecendo
o serviço de consultor de autopeças aos clientes e ainda levando consigo a missão de
encantar, fidelizar e atender as necessidades e expectativas dos consumidores. Por estas e outras razões todos
os profissionais do setor consideram o ‘Dia do Balconista de Autopeças’ uma oportunidade de mostrar seu
reconhecimento a esse importante profissional”. Ronald Razori, da Granero
“Nada mais justo do que lembrar da relevância da profissão e do dia que celebra esse
profissional. O balconista de autopeças faz o ‘meio de campo’ entre o cliente e o lojista.
Esses profissionais recebem os consumidores. Por isso, precisam saber ouvir e procurar a melhor forma de
atender. É essencial que sejam bons ouvintes, conhecedores dos produtos que vendem, além de muito gentis e
educados. Eles são a primeira impressão que o cliente tem da empresa e, por isso, representam tanto para os
negócios do setor”. Gerson Nunes Lopes, presidente do Sincopeças-RS
“O balconista precisa ter conhecimento técnico, trabalhar na gestão de estoque e
faltas, estudar qual é o mix adequado de produtos e escolha das marcas. Ele é a peçachave no varejo, seu nome deveria passar a ser ‘gestor de clientes, compras e vendas’,
denominação mais condizente com o que ele faz. Nós, da Affinia, parabenizamos esses profissionais que têm
papel fundamental para o desenvolvimento do aftermarket”. Sabrina Carbone, da Affinia
“Vejo com muito carinho esse profissional de vendas do balcão, a ponto de me preocupar
bastante com o aprimoramento conceitual de vendas, como também encontrar caminhos
para que eles acompanhem de perto a evolução tecnológica automotiva. Aproveito a
oportunidade para parabenizá-los e dizer-lhes que se orgulhem da profissão que exercem e dignifiquem o setor
que atuam, porque só assim seremos fortes e reconhecidos como uma competente categoria econômica”.
Ranieri Leitão, presidente do Sistema Sincopeças/Assopeças (Ce)
“Vale lembrar a importância de celebrar esta data. O Dia do Balconista de Autopeças foi
instituído no calendário oficial da cidade de São Paulo, fruto de um trabalho do SincopeçasSP, que reconhece este profissional como elo fundamental de toda a cadeia de reposição
com o mercado consumidor e com o reparador. Temos sempre que valorizar esse profissional porque sua
formação demanda tempo não apenas no preparo qualitativo, mas também no preparo técnico. Parabéns
a todos os balconistas de autopeças!”. Francisco Wagner de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP
“Costumo dizer que não é correto dirigir-se ao ‘Especialista em autopeças’ como balconista,
pois temos mais de 25 montadoras instaladas no Brasil, portanto este profissional é
um profundo conhecedor de todos os detalhes e este fato o torna um ‘Especialista em
autopeças ou consultor de peças’. Para nós, da Valclei Arrefecimento, ele é o principal elo entre a indústria e o
reparador. Parabenizamos este importantíssimo profissional e agradecemos por preferirem nossos produtos”.
Leandro Lucio, da Valclei
“O bom atendimento ao consumidor é fundamental em qualquer negócio, mas
o balconista de autopeças vai além! Ele busca constantemente compreender as
necessidades do cliente para oferecer produtos satisfatórios. A Dayco parabeniza este
profissional que é peça fundamental e faz a nossa marca cada vez mais forte. Balconista, conte com a
Dayco, estaremos sempre te apoiando!”. Silvio Alencar de Almeida, da Dayco/Nytron
“A Vetor parabeniza todos os balconistas, nossos parceiros, pelo seu dia e pela
competência, disposição e atenção em levar as nossas marcas além do balcão”.
Ricardo Xavier, da Vetor
“O balconista é o principal elo entre o produto e o instalador. É ele quem tem a
responsabilidade de conhecer o que está entregando nas mãos do aplicador. A
responsabilidade é grande. Todos devemos agradecer muito a este profissional e temos
também a responsabilidade e o dever de levar ainda mais conhecimento até ele. A SK Automotive, pensando
no balconista, lançou recentemente o programa Balconista S/A. Parabéns amigo por seu dia”.
Gerson Prado, da SK Automotive
“O Balconista é como o espelho da nossa empresa perante o cliente. Investimos
sempre em informação para que ele forneça corretamente nossas aplicações e
produtos, pois entendemos que parte do sucesso de nossa empresa depende de
um profissional atualizado e bem informado! Parabéns a todos os balconistas de autopeças, pela sua
dedicação, competência e empenho em oferecer nossos produtos e agradecemos por nos ajudarem
a ser líderes de mercado e uma das marcas mais lembradas do Brasil!”. Simone Queiroz, da Tecfil
“São profissionais de extrema importância, são únicos e responsáveis por
atender e propagar nossa marca com carinho e responsabilidade há mais de
50 anos. Parabéns a todos!”. Simone Candido, da Aplic Resolit
“Parabenizamos vocês, balconistas, pessoas mais importantes para o mercado
de autopeças. Vocês são os formadores de opinião, são as pessoas que acreditam
e oferecem os nossos produtos. Queremos agradecer por todos estes 17 anos de
vida da Isapa que nos proporciona parceria e confiança com vocês! Um grande abraço da família
Isapa”. Vinicius Cazarim, da Isapa
“Os balconistas são a porta de entrada para todas as vendas do mercado varejista de
autopeças. Eles têm a capacidade de interpretar a real necessidade do cliente, e isso é o
ponto central para atendê-lo bem. São eles que informam o dono da loja quais itens são
os mais procurados, os que oferecem a melhor garantia e qual é a percepção do cliente quanto ao preço
e qualidade dos produtos. Enfim, o balconista é fundamental para o aftermarket automotivo. Parabéns e
obrigado pela sua dedicação!”. Marcos Soares, da Car Central
“Hoje é o dia de homenagear quem realmente faz a diferença todos os dias.
Feliz Dia do Balconista!”. Eletropar Autopeças
“Parabéns balconistas! Merecida comemoração e reconhecimento ao profissional que
leva nossa marca ao consumidor final! Em comemoração, temos um curso on-line
exclusivo para vocês se aprimorarem ainda mais em nosso site! Nosso muito obrigado
a todos!”. Alfredo Bastos Jr, da MTE-Thomson
“Em meio a vertentes e profissionais do ramo, os balconistas devem ser considerados
como peça-chave e imprescindível, sendo eles o elo fundamental entre fornecedores e
clientes. Todo o trâmite de atendimento, contato com o cliente, filtragem, identificação
de problemas, diagnósticos e encaminhamento é feito por esses competentes especialistas. Montadoras,
fornecedores, autopeças e demais negócios correlatos devem ser gratos e valorizar esses profissionais que
disseminam conhecimento e informações”. Joe Hirakuri, da Motul
“Na posição de distribuidor de autopeças, a Auto Norte, junto aos seus clientes varejistas
que utilizam este profissional como principal agente facilitador da venda de produtos,
agradece e parabeniza o balconista de autopeças por sua dedicação e capacidade
de buscar dentro de sua atividade diária todas as informações necessárias para a comercialização das
centenas de produtos que são indispensáveis para atender a demanda de uma frota tão diversificada”.
Wamberto Marques, da Auto Norte
“O balconista é uma peça-chave no mercado de autopeças, pois atua como o principal
elo entre a empresa e o consumidor final. Ele tem um grande poder de influência junto ao
comprador na indicação de produtos e, por isso, precisa conhecer e entender o que está
vendendo. Este ano, a Rede Âncora lançou o Seminário Estadual Força Âncora, com foco
justamente nesse público, a fim de oferecer treinamentos que o levem a atuar, mais do que como um vendedor,
como um consultor especializado nos produtos das lojas”. Sandro Vivian, da Rede Âncora
Nota da redação:
Para adequar os depoimentos ao espaço destinado à homenagem de empresas e
sindicatos de classe do setor, nos reservamos o direito de editá-los conservando
as características originais.
caderno especial
12
carreira
Este caderno é parte integrante da 110ª edição do jornal Balcão Automotivo
Balconistas em ação!
Profissionais de todas as regiões
do País falam mais sobre seu
trabalho e os desafios do mercado
Texto: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
E
ncerrando o Caderno Dia do Balconista,
entrevistamos os grandes homenageados nesta
edição, aqueles que prestam o atendimento ao
consumidor, os consultores e especialistas em peças,
dedicados, comprometidos e que amam a sua profissão.
Parabéns a todos os balconistas do nosso País!
Norte
Savio Soares da Silva, da Rondobras (filial Porto Velho
- RO), que comemora em dobro essa data especial,
por também ser seu aniversário, conta que mudou de
ramo por sugestão
de um amigo.
“Eu
trabalhava
em um açougue
e
um
amigo
me disse que
trabalhar no setor
automotivo
era
muito gratificante,
então decidi enviar
um currículo para
a Rondobras, fiz
Savio Soares da Silva,
a entrevista, fui
da Rondobras
aceito e estou até
hoje, completando
um ano e seis
meses de casa”.
Para ele, que ainda é novo no setor, os desafios
estão no dia a dia, no atendimento, resolução do
problema e fidelização do consumidor. “Comecei no
estoque, onde pude aprender mais sobre as peças
e depois fui para o balcão, e com as constantes
mudanças e novas tecnologias, procuro me manter
atualizado através de revistas, catálogos e contato
direto com os fabricantes”, informa.
Nordeste
Já Ricardo Lucio do Nascimento Silva, da Ricardo
Peças e Serviços, de Arcoverde (PE), cresceu no meio
automotivo. “Na minha casa havia uma oficina e desde
pequeno eu tinha o sonho de atuar nessa área, fui me
desenvolvendo, aprendendo mais e estou há 22 anos
no setor”.
Na
atual
autopeça, há 14
anos, ele acredita
que o importante
hoje é se sobressair
no
quesito
atendimento.
“É
preciso ter técnicas
de venda, jogo de
cintura, entender
o cliente, além de
Ricardo Lucio do Nascimento
buscar participar
Silva, da Ricardo Peças e Serviços
de treinamentos
e palestras nessa
área”, avalia.
Outro fator que conta muito em sua visão é a
especialização técnica. “Participo de cursos e a internet
tem sido também um grande canal, onde através de
vídeos podemos ampliar nosso conhecimento”, observa.
Sobre o futuro, Silva diz: “pretendo continuar na área
sempre ativo na minha profissão”.
Centro-Oeste
Diego Lourenço, da Jaicar Auto Peças - Goiânia (GO),
conta que seu primeiro contato com o setor automotivo
foi através de seu pai, que era proprietário de uma loja
de autopeças e tinha mais de 30 anos de experiência.
“Comecei no estoque da loja dele aos 14 anos, onde eu
pude conhecer as peças e especificações. Depois de três
anos ele vendeu a autopeça e eu continuei, mas dessa
vez no departamento de vendas. Após tive a oportunidade
de montar meu próprio negócio com a sociedade de um
dos meus tios, mas com um tempo a sociedade acabou
sendo desfeita, vivi em outras áreas, mas retornei ao
setor automotivo e permaneço desde então”.
Na opinião do profissional as inovações, novos
modelos e carros importados com motores diferentes
estão entre os principais desafios da profissão, pois
a busca pelo conhecimento é fundamental na hora da
venda. Outro ponto é o perfil do mercado hoje. “A compra
está cada vez mais fácil, tendo em vista o número de
lojas no segmento e a entrada das distribuidoras na
hora da venda. Para competir é necessário oferecer um
atendimento diferenciado, maior nível de competência e
maior atenção na hora da venda”, acredita.
Para isto, cita a internet como uma importante
ferramenta na procura por informações. “Claro que
não é exclusiva”, esclarece. “Temos acesso também a
catálogos atualizados, treinamentos de fornecedores
em produtos, treinamentos de conhecimento específico
como: motor, freio, suspensão, injeção. Tudo isso ajuda
na hora de se atualizar com as novidades”.
Sua rotina baseia-se em chegar cedo ao trabalho,
reservando um tempo para fazer alguns estudos sobre
o dia anterior, colocar tudo em ordem e começar o
atendimento. “Costumo dizer que os dias nunca são
os mesmos. Apesar da principal tarefa ser a venda, a
cada dia os clientes são diferentes, as peças que eles
procuram são distintas e de outras cidades, são sempre
novas experiências”, comenta.
Falando em projetos, o jovem comenta: “pessoalmente
estou planejando
mais um filho para
crescer a família e,
profissionalmente,
eu não me vejo
trabalhando com
outra coisa, quero
me desenvolver
cada vez mais,
estar entre os
melhores
e
crescer
dentro
Diego Lourenço,
da empresa. E
da Jaicar Auto Peças
na empresa que
atuo existe a
possibilidade de
evolução, quero me desenvolver e quem sabe assumir a
gerência de uma equipe de vendas”, sonha.
Sudeste
A entrada de Marcio Lima de Sena, da Auto Acessórios
Bangu - Rio de Janeiro (RJ), ocorreu por meio de um
convite de um amigo, que o chamou para trabalhar
na empresa. “Aceitei o trabalho e com o tempo fui
adquirindo amor pela profissão”. Para ele, os obstáculos
do mercado giram em torno da informação, qualificação
profissional e qualidade de peças.
caderno especial
14
carreira
Com
uma
rotina de trabalho
relativamente
tranquila,
ele
salienta que hoje a
melhor ferramenta
para se manter
atualizado
nas
tendências, novas
tecnologias
e
conhecimento
técnico é a internet.
Marcio Lima de Sena,
da Auto Acessórios Bangu
“Almejo conquistar
estabilidade
profissional e a
empresa na qual eu trabalho me proporciona isso”, afirma.
Sul
E Ricardo, conhecido como “Caco”, trabalha na
matriz da Alvorada Auto Peças (Curitiba-PR) há 21 anos,
onde foi seu primeiro emprego registrado. “Comecei
muito jovem por gostar desde a infância do segmento
automotivo, tive uma pequena experiência em uma
oficina mecânica e, por conta disso, quando entrei na
loja já fui direto para o balcão por estar familiarizado
com as peças”.
Na autopeça, para adquirir mais conhecimento da
função, passou por alguns setores ligados a vendas,
como separador de peças, onde percebeu a dificuldade
e a quantidade de itens, modelos e versões disponíveis
no segmento. “Naquela época já era imensa, agora
isso é algo imensurável”, ressalta. Depois, Caco ficou
um período no setor de pacote e, posteriormente, no
balcão, onde atualmente desempenha seu papel.
Segundo ele, a principal dificuldade é a constante
mudança dos veículos, que aumentou significativamente
ao longo dos anos. “Antigamente a consulta era somente
por catálogos físicos em que a fábrica disponibilizava
a cada vendedor, hoje com a tecnologia a favor do
consumidor e o acesso fácil a todos a internet auxilia
bastante na atualização e capacitação do profissional.
Então, o acesso a catálogos online e consultas virtuais
sobre aplicações têm ajudado bastante. O profissional
que não se atualiza neste mercado é passado para
Este caderno é parte integrante da 110ª edição do jornal Balcão Automotivo
trás, está fora.
Hoje, recebo várias
informações
por
e-mail, atualização
e aplicações vindas
diretamente
da
fábrica”, pontua.
Em
relação
ao trabalho, ele
destaca que o
atendimento deve
Ricardo,
ser especial. “Todo
da Alvorada Auto Peças
cliente que entra
na loja deve ser
tratado como único.
Quando ele entra na loja, ele entra com um problema;
o carro dele deve estar parado na oficina, então
precisamos encontrar a solução para esse cliente, esse
amigo, com sabedoria e cordialidade”, orienta. “É assim
que procuro atender e espero poder encerrar minhas
atividades na Alvorada, aposentado, com muita saúde e
estar sempre aprendendo”, finaliza.
58
sindicato
NOVEMbrO de 2015 / edição 110
Sincopeças-SP Notícias - Novembro 2015
Fale com o Presidente
O empresário varejista tem linha direta com a Presidência do Sincopeças-SP, no Portal da Autopeça. A íntegra das notícias e
legislações citadas abaixo pode ser encontrada em www.portaldaautopeca.com.br
Francisco Wagner de La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP
Entra em vigor novo MVA para autopeças
Novo MVA de 65,94% vale de 1º
de novembro de 2015 até 30 de
junho de 2017
aplicada nos casos de sujeição
passiva por substituição do
ICMS com retenção antecipada.
Baterias permanecerão com a
mesma margem já utilizada, de
71,78%, no primeiro ano, e no
segundo passará para 180,44%
O novo Índice de Valor
Adicionado Setorial – IVA-ST terá validade de 01/11/2015 a
30/06/2017, e incidirá em 65,94%
sobre o preço de autopeças em
geral comercializadas no varejo
- à exceção de baterias que,
de forma progressiva mantém
índice de 71,78% no primeiro
ano e 180,44% no segundo.
A Portaria CAT-136/15, publicada
no Diário Oficial do Estado de
São Paulo de 30 de outubro,
estabeleceu novas margens
de valor agregado a serem
utilizadas para cálculo do ICMS
nas operações com autopeças
realizadas com destinatários
situados no Estado de São
Paulo, sujeitas ao regime de
substituição tributária, a partir
de 1º de novembro e até 30 de
junho de 2017.
Os novos índices são resultados
de dois anos de negociações
entre
o
Sincopeças-SP,
o
Sindipeças e o Sicap com a
Secretaria da Fazenda do Estado
de São Paulo.
O Sincopeças-SP comunicou
seus representados e coloca sua
Assessoria Jurídica à disposição
para quaisquer esclarecimentos
que se fizerem necessários.
CIRCULAR: NOVA BASE DE
CÁLCULO DO ICMS-ST PARA
AUTOPEÇAS
Prezados Senhores Empresários e
Contadores,
Vigorando a partir de 1º de
novembro de 2015, a Portaria
CAT-136/2015,
cuja
íntegra
segue
anexa,
estabelece
nova base de cálculo de valor
agregado do preço final das
mercadorias com destinatários
situados no Estado de São Paulo,
Sincopeças na Rede
Estes índices também serão
utilizados para calcular o IVAST ajustado quando da entrada
de mercadoria proveniente de
outra unidade da Federação, cuja
saída interna seja tributada com
alíquota superior à interestadual
aplicada pelo remetente.
São sujeitos passivos por
substituição, no que se refere
ao
ICMS,
o
comerciante
ou
prestador
de
serviço,
relativamente
ao
imposto
devido pelas anteriores saídas
de mercadorias ou prestações
de serviço promovidas por
quaisquer outros contribuintes
ou do recolhimento antecipado
do
imposto
devido
pela
operação
ou
prestação
subsequente à entrada em
território paulista de mercadoria
ou recebimento e serviços
originários de outro Estado ou
do Distrito Federal.
Havendo dúvidas, a Assessoria
Jurídica
do
Sincopeças-SP
mantém-se à inteira disposição
para todas as orientações que se
fizerem necessárias.
SINCOPEÇAS –SP - Assessoria
Jurídica
Foto: Divulgação
Por: Redação
ANEXO
Portaria CAT 136, de 29-10-2015
(DOE 30-10-2015)
Estabelece a base de cálculo na saída de autopeças, a que se refere o
artigo 313-P do Regulamento do ICMS
O Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista o
disposto nos artigos 28-A, 28-B e 28-C da Lei 6.374, de 01-03-1989,
e nos artigos 41, 313-O e 313-P do Regulamento do Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-112000, expede a seguinte portaria:
Artigo 1° - No período de 01-11-2015 a 30-06-2017, a base de
cálculo para fins de retenção e pagamento do imposto relativo às
saídas subsequentes das mercadorias arroladas no § 1º do artigo
313-O do RICMS, com destino a estabelecimento localizado em
território paulista, será o preço praticado pelo sujeito passivo,
incluídos os valores correspondentes a frete, carreto, seguro,
impostos e outros encargos transferíveis ao adquirente, acrescido
do valor adicionado calculado mediante à multiplicação do preço
praticado pelo Índice de Valor Adicionado Setorial - IVA-ST.
§ 1º - O Índice de Valor Adicionado Setorial - IVA-ST será:
1 - 37,63%, tratando-se de saída de estabelecimento:
a) de fabricante de veículos automotores, para atender índice de
fidelidade de compra de que trata o artigo 8º da Lei federal 6.729,
de 28-11-1979;
b) de fabricante de veículos, máquinas e implementos agrícolas
ou rodoviários, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva,
mediante contrato de fidelidade;
c) atacadista de peças controlado por fabricante de veículo
automotor, que opere exclusivamente junto aos concessionários
integrantes da rede de distribuição do referido fabricante, mediante
contrato de fidelidade;
2 - Nos demais casos:
a) para acumuladores elétricos de chumbo, do tipo utilizado para o
arranque dos motores de pistão, NCM 8507.10:
I - 71,78%, para o período de 01-11-2015 a 31-01-2016;
II - 180,44%, para o período de 01-02-2016 a 30-06-2017.
b) 65,94%, para as demais mercadorias.
§ 2º - Na hipótese de entrada de mercadoria proveniente de
outra unidade da Federação cuja saída interna seja tributada com
alíquota superior à alíquota interestadual aplicada pelo remetente,
o estabelecimento destinatário paulista deverá utilizar o “IVA-ST
ajustado”, calculado pela seguinte fórmula:
IVA-ST ajustado = [ (1+IVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ
intra) ] -1, onde:
1 - IVA-ST original é o IVA-ST aplicável na operação interna, conforme
previsto no caput;
2 - ALQ inter é a alíquota interestadual aplicada pelo remetente
localizado em outra unidade da Federação;
3 - ALQ intra é a alíquota aplicável à mercadoria neste Estado.
Artigo 2º - O IVA-ST previsto no inciso II da alínea “a” do item 2 do
§ 1º do artigo 1º poderá ser substituído por um outro percentual,
desde que, cumulativamente:
I - a entidade representativa do setor apresente até 22-01-2016
à Secretaria da Fazenda levantamento de preços com base em
pesquisas realizadas por instituto de pesquisa de mercado de
reputação idônea, nos termos dos artigos 43 e 44 do Regulamento
do ICMS.
II - seja editada a legislação correspondente.
Parágrafo único - O atraso no cumprimento do prazo previsto no
inciso I do “caput” poderá acarretar:
1 - o adiamento proporcional na implementação do IVA-ST
resultante do levantamento de preços;
2 - a aplicação do disposto no inciso II da alínea “a” do item 2 do § 1º
do artigo 1º, enquanto não ocorrer a implementação mencionada
no item 1 deste parágrafo.
Artigo 3º - A partir de 01-07-2017, a base de cálculo para fins de
retenção e pagamento do imposto relativo às saídas subsequentes
das mercadorias arroladas no § 1º do artigo 313-O do RICMS,
com destino a estabelecimento localizado em território paulista,
será o preço praticado pelo sujeito passivo, incluídos os valores
correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros
encargos transferíveis ao adquirente, acrescido do valor adicionado
calculado mediante à multiplicação do preço praticado pelo Índice
de Valor Adicionado Setorial - IVA-ST.
§ 1º - Para fins do disposto neste artigo, o IVA-ST será estabelecido
mediante a adoção dos seguintes procedimentos:
1 - a entidade representativa do setor deverá apresentar à Secretaria
da Fazenda levantamento de preços com base em pesquisas
realizadas por instituto de pesquisa de mercado de reputação
idônea, nos termos dos artigos 43 e 44 do RICMS, observando o
seguinte cronograma:
a) até 30-09-2016, a comprovação da contratação da pesquisa de
levantamento de preços;
b) até 31-03-2017, a entrega do levantamento de preços;
2 - deverá ser editada a legislação correspondente.
§ 2º - Na hipótese de não cumprimento dos prazos previstos no
item 1 do § 1º, a Secretaria da Fazenda poderá editar ato divulgando
o IVA-ST que vigorará a partir de 01-07-2017.
§ 3º - Em se tratando de entrada de mercadoria proveniente de
outra unidade da Federação cuja saída interna seja tributada com
alíquota superior à alíquota interestadual aplicada pelo remetente,
o estabelecimento destinatário paulista deverá utilizar o “IVA-ST
ajustado”, calculado pela fórmula indicada no § 2º do artigo 1º.
Artigo 5º - Fica revogada, a partir de 01-11-2015, a Portaria CAT62/14, de 16-05-2014.
Artigo 6º - Esta portaria entra em vigor em 01-11-2015.
(Fonte:
h t t p : / / i n f o . f a z e n d a . s p . g o v . b r / NX T / g a t e w a y . d l l /
legislacao_tr ibutar ia/R egulamento_icms/ind_temas.
html?f=templates&fn=default.htm&vid=sefaz_tributaria:vtribut)
*O artigo 4 não consta dos originais publicados no Diário Oficial
O Sincopeças-SP está na rede mundial. - Acesse: - facebook.com/sincopecas - twitter.com/sincopecas - youtube.com/portaldaautopeca.com.br

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