Colômbia

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Colômbia
PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE
O SETOR ELÉTRICO
RELATÓRIO TRIMESTRAL DE ACOMPANHAMENTO DE
CONJUNTURA:
PROJEÇÕES E CENÁRIOS MACROECONÔMICOS DOS
PRINCIPAIS MERCADOS DA AMÉRICA LATINA - COLÔMBIA
Julho a Setembro de 2012
Adriana Maria Dassie
Rio de Janeiro
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Índice
Sumário ........................................................................................................................ 3
1 Colômbia – Breve Histórico ....................................................................................... 5
2 Atividade Econômica ................................................................................................. 7
2.1 Produto Interno Bruto.......................................................................................... 7
2.2 Mercado de Trabalho........................................................................................... 9
3 Preços ...................................................................................................................... 10
3.1 Política de Metas de Inflação ............................................................................. 10
3.2 Inflação ............................................................................................................. 10
4. Setor Externo .......................................................................................................... 11
4.1 Balanço de Pagamentos ..................................................................................... 11
4.2 Taxa de Cambio ................................................................................................ 11
4.3 Reservas Internacionais ..................................................................................... 12
Referencias ................................................................................................................. 14
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Sumário
A Colombia faz fronteira com os oceanos Pacífico e Atlântico, sendo o único país da
América do Sul a possuir esta característica. É o segundo país mais populoso da
América do Sul, com aproximadamente 45 milhões de habitantes. Apesar de contar
com PIB relativamente pequeno, a Colômbia tem hoje a terceira maior economia
da América do Sul, quarta maior da América Latina e sexta maior de todo o
continente. É também o 25º maior país em área no mundo e o quarto da América
do Sul.
Durante primeiro trimestre de 2012 os principais indicadores econômicos da
Colômbia apresentaram comportamento que segue a tendência observada, em
alguns seguimentos, nos períodos anteriores subemprego. Por outro lado,
apresentaram-se crescimentos na população em idade de trabalhar, assim como
nas taxas de ocupação a nível global.
Em 2011 a economia cresceu a 5,8% marcada pelo lado da oferta dos setores de
mineração (9,7%), comercio (6,7%), transporte (6,3%) e estabelecimentos
financeiros (5,4%).
As perspectivas de médio e longo prazo sobre o crescimento da economia
sinalizam para um crescimento sustentado, apoiado em uma política monetária
menos restritiva e recuperação da demanda externa que incentive as exportações.
A taxa de cambio nominal e real diminuiu e, aumentou o nível de reservas
internacionais assim como os meios de pagamento.
No mercado de trabalho se observou queda nas taxas de desemprego e aumento da
população em idade de trabalhar (PEA).
A política monetária na Colômbia é regida por um esquema de meta de inflação no
qual o objetivo principal é alcançar baixas taxas de inflação e buscar a estabilidade
do crescimento do produto ao redor de sua tendência de longo prazo. A Junta
Diretiva do Banco da República (JDBR) define metas quantitativas de inflação para
o ano em curso e o seguinte.
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Em relação às reservas internacionais os crescimentos percentuais ao longo de
2011, em relação ao mesmo período do ano anterior foram: 17,0% para o primeiro
trimestre, 18,2% no segundo, 18,9% no terceiro e 13,5% no quarto. Para o
primeiro trimestre de 2012 o incremento foi de 11,0%.
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1 Colômbia – Breve Histórico
A Colombia é um país da América do Sul. Seu limite ao norte é o mar do Caribe, ao
leste é a Venezuela e o Brasil, ao sul o Peru e Equador e a oeste o Oceano Pacífico e
o Panamá. Além do território continental, inclui também dois pequenos territórios
insulares, o território de San Andrés e Providencia, no Mar das Caraíbas (Caribe), e
a ilha de Malpelo, no Pacífico. É o segundo país mais populoso da América do Sul,
com aproximadamente 45 milhões de habitantes. Apesar de contar com PIB
relativamente pequeno, a Colômbia tem hoje a terceira maior economia da
América do Sul, quarta maior da América Latina e sexta maior de todo o
continente. É também o 25º maior país em área no mundo e o quarto da América
do Sul, com 1.141.748 km². A Colômbia faz fronteira com os oceanos Pacífico e
Atlântico, sendo o único país da América do Sul a possuir esta característica. Outra
característica interessante, em relação a sua localização, também é o único da
América do Sul que tem fronteira com a América Central.
A Colômbia é considerada a nação com a mais antiga e estável democracia na
América
Latina.
Praticamente
todos
os
presidentes
foram
eleitos
democraticamente, exceto no curto período de ditadura militar, entre 1953 e 1957.
Além disso, é reconhecido como um dos países da região com mais consistência e
transparência em termos de políticas governamentais.
A partir de 2002, as reformas introduzidas pela administração do Presidente
Álvaro Uribe contribuíram fortemente para o desenvolvimento do país, atraindo
grandes investimentos estrangeiros, especialmente por conta de sua eficaz política
de segurança pública que enfraqueceu grupos guerrilheiros e paramilitares, mas
não conseguiu erradicar completamente os ataques contra civis. Os Investimentos
Estrangeiros Diretos (IED) totalizaram USD 9 bilhões em 2007, USD 10,6 bilhões
em 2008 e USD 8,8 bilhões em 2009, apesar da crise financeira. A estimativa para
2010 é de que os IED atinjam aproximadamente USD 8,7 bilhões. (Proexport,
2010).
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O Presidente Álvaro Uribe ganhou as eleições presidenciais pela segunda vez em
maio de 2006. Seu governo foi duramente criticado por violações aos direitos
humanos, estas atribuídas ao seu Exército, acusado de centenas de execuções
extrajudiciais, e pelos vínculos entre os grupos políticos que o apóiam e as milícias
paramilitares de ultradireita, que se dissolveram entre 2003 e 2006, acusadas de
terem se infiltrado em numerosas instituições, entre elas o Congresso. Embora
apresente um bom balanço econômico, com crescimento sustentado (picos de
entre 6% e 7% anual) e inflação sob controle (2% anual), o governo Uribe deixa
um saldo negativo no social, com 46% da população vivendo abaixo da linha de
pobreza e um índice de desemprego de 12%, um dos mais altos da região.
Em 2010 foram realizadas eleições presidenciais que foi marcada pela maior
abstenção dos últimos 16 anos. Apenas 45% dos eleitores compareceram às urnas.
O vencedor das eleições foi o ex-ministro da defesa Juan Manuel Santos, de 58
anos. Ele chega ao poder com uma vantagem inédita. Nunca um presidente
colombiano havia sido eleito com uma diferença de mais de 40% de votos sobre o
segundo colocado. Juan Manuel Santos foi o candidato apoiado por Álvaro Uribe e
sua principal promessa de campanha é de manter o combate às Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia, as Farc, iniciada por Uribe, desde 2002.
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2 Atividade Econômica
Os efeitos da crise econômica internacional que tem obrigado a alguns países da
União Européia a fazer ajustes importantes, não foram sentidos na economia
colombiana, em 2011, a qual continua mostrando grande força graças à
credibilidade de sua política fiscal e a confiança que há por parte dos consumidores
e empresários. Isso se reflete na força dos fundamentos da economia e nos bons
níveis de investimento privado.
Em 2011 a economia cresceu a 5,8% marcada pelo lado da oferta dos setores de
mineração (9,7%), comercio (6,7%), transporte (6,3%) e estabelecimentos
financeiros (5,4%). Pelo lado da demanda a formação bruta de capital fixo foi de
15,4%, o consumo 5,7% e as exportações 9,7% foram os principais motores do
crescimento.
2.1 Produto Interno Bruto
No terceiro semestre de 2011 o crescimento foi de 7,7%, número que superou as
previsões dos analistas privados internos e externos. No acumulado de 2011 o
crescimento foi de 5,8%.
Um fato importante é que o crescimento do PIB do setor privado foi de 7,8%, no
terceiro trimestre, explicado pelo aumento na produtividade, aumento nos
investimentos e sem pressão inflacionaria ou excessos de gasto público. O nível de
investimento ao longo do ano, do setor privado foi de 28,5% do PIB, resultado do
crescimento de 24,2% em investimento em máquinas e equipamentos, 52,3% em
transporte e 9,4% em construção e moradia. Pelo lado do setor público houve uma
recuperação do crescimento graças aos investimentos em obras civis que
aumentaram 20,9%.
As perspectivas de médio e longo prazo sobre o crescimento da economia
sinalizam para um crescimento sustentado, apoiado em uma política monetária
menos restritiva e recuperação da demanda externa que incentive as exportações.
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Gráfico 1: PIB – Variação Anual (%)
14,0
12,0
12,3
11,6
10,3
10,0
8,0
7,8
7,8
8,2
8,2
4,8
4,8
6,9
6,0
5,9
5,7
5,0
4,3
4,0
2,0
4,8
4,0
3,6
1,5
0,0
2007
2008
2009
2010
2011
Crescimento do PIB Nominal (%)
2012
2013
2014
2015
Crescimento do PIB Real (%)
Fonte: DNP
No primeiro trimestre do ano de 2012 a economia colombiana cresceu 4,7% em
relação ao mesmo trimestre de 2011. Frente ao trimestre imediatamente superior,
o PIB aumentou em 0,3%. Este resultado ficou na parte inferior do intervalo de
prognóstico da equipe técnica do Banco da República. Desta forma completaram
dois trimestres com desaceleração na taxa de crescimento, depois de crescer 7,5%
no terceiro trimestre de 2011.
Por tipo de gasto a maior moderação foi observada no investimento, ao passar de
um crescimento de 14,2% anual no último trimestre de 2011 a 8,3% no primeiro
de 2012. A redução nas obras civis (-8,1%) devido ao comportamento do setor de
petróleo e mineração. Os investimentos em equipamentos de transporte e
maquinaria também registraram desacelerações, mas cresceram a taxas altas e
superiores a suas médias desde 2000. O único componente do investimento que se
acelerou foi a construção de edificações.
Para a equipe do Banco da República da Colômbia o cenário central para 2012
seria de um crescimento do PIB por volta de 3,2%, com um intervalo entre 2,6% e
3,6%. Para 2013 o crescimento estaria entre 2,0% e 3,8% com meta central de
3,3%.
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2.2 Mercado de Trabalho
A dinâmica da economia nacional se vê refletida na recuperação dos indicadores
do mercado de trabalho. A nível nacional, a taxa de desemprego registrada em
dezembro de 2011 situo-se em 9,8%. Uma redução significativa de 1,3 pontos
percentuais em relação a registrada em dezembro de 2010 (11,1%).
A PEA apresentou um incremento de 1.045 mil pessoas de dezembro de 2010 ao
mesmo período em 2011.
Gráfico 2: Taxa de Desemprego (total nacional)
Fonte: Departamento Nacional de Planeación (DNP) - DEE
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3 Preços
3.1 Política de Metas de Inflação
A política monetária na Colômbia é regida por um esquema de meta de inflação no
qual o objetivo principal é alcançar baixas taxas de inflação e buscar a estabilidade
do crescimento do produto ao redor de sua tendência de longo prazo. Portanto os
objetivos da política monetária combinam a meta de estabilidade de preços com o
máximo crescimento sustentável do produto e do emprego.
3.2 Inflação
A Junta Diretiva do Banco da República (JDBR) define metas quantitativas de
inflação para o ano em curso e o seguinte. As ações de política da JDBR estão
direcionadas a cumprir a meta de cada ano e situar a taxa de inflação ao redor de
3% no longo prazo. A medida de inflação que é considerada é a variação anual do
índice de preços ao consumidor (IPC).
Em junho de 2012 a inflação anual situou-se em 3,2%, valor inferior a registrada
em marco. Com este resultado a inflação anual retornou a sua tendência
decrescente, depois de haver estado relativamente estável durante abril e maio.
Gráfico 3: Evolução e Projeção da Inflação Anual
9,0
8,0
7,0
7,0
6,0
5,5
5,0
4,2
4,0
3,2
3,0
3,0
3,0
3,0
3,0
2,4
2,0
1,0
0,0
2007
2008
2009
2010
Inflação Doméstica (IPC)
2011
2012
2013
2014
2015
Inflação Doméstica (IPC) média
Fonte: DNP
Para 2011 os dados são preliminares.
Para 2012, 2013, 2014 e 2015 os dados são projetados.
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4. Setor Externo
4.1 Balanço de Pagamentos
Em novembro de 2011 o valor das exportações totais aumentou 42,5% em termos
anuais impulsionados, principalmente, pelo crescimento das vendas externas
tradicionais (48,8%) - café, carvão, petróleo e derivados, ferro-níquel, esmeraldas e
ouro. Os principais destinos das importações foram Estados Unidos (36,3%),
Espanha (266,3%) e Aruba (8119,8%). Em relação às importações estas cresceram
33,1%, explicada principalmente pelo aumento das importações de bens
intermediários, combustíveis e óleos minerais (430,8%), veículos e suas partes
(49,7%), aparatos e material elétrico (27,1%) e caldeiras, máquinas e partes
(12,8%). Estas importações foram oriundas principalmente dos Estados Unidos
(30,1%), China (45,6%) e México (61,2%).
Para 2012 o déficit em conta corrente continuará sendo amplamente financiado
pelos recursos provenientes do IED, o qual para o cenário mais provável em 2012
seria superior ao registrado no ano anterior. Esta projeção é sustentada por níveis
de investimento no setor de petróleo que seriam similares aos observados em
2011. Para 2013 se espera uma redução do déficit em conta corrente, ao situar-se
entre 2,5% e 3,1% do PIB, o qual continuaria sendo financiado principalmente pela
entrada de IED e por recursos externos do setor público.
4.2 Taxa de Cambio
A taxa representativa, média, do mercado foi de $1.800,7 para o primeiro trimestre
de 2012, o que significou uma revolução nominal anual do peso colombiano em
4,1%, em relação ao mesmo período de 2011.
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Gráfico 4: Taxa de Cambio Representativa do Mercado (TRM)
2.500,00
15,00
11,52
10,00
9,82
9,46
2.000,00
5,00
1.500,00
2,04
0,81
0,00
-2,91
1.000,00
-5,00
-5,26
500,00
-10,00
-11,81
-11,98
0,00
-15,00
2007
2008
2009
2010
2011
Taxa de Cambio Nominal média
2012
2013
2014
2015
Desvalorização média anual (%)
Fonte:Banco da República
A taxa de cambio do Peso colombiano com respeito ao dólar apresentou tendência
de queda durante o inicio de 2012, porém fechou janeiro em 1815,08, tendência
generalizada na maioria dos países emergentes.
Na segunda semana de setembro a TRM passou de $1804,09 a $1799,57, variação
semanal de 0,25%.
4.3 Reservas Internacionais
No mês de março de 2012 as reservas internacionais, líquidas, registraram um
nível de US$33.121,7 milhões de dólares frente a US$29.846,6 milhões no mesmo
período de 2011, fato que representou um incremento na aquisição liquida de
$3.275 milhões de dólares.
Os crescimentos percentuais ao longo de 2011 em relação ao mesmo período do
ano anterior foram: 17% para o primeiro trimestre; 18,2% no segundo; 18,9% no
terceiro e 13,5% no quarto. Para o primeiro trimestre de 2012, apresentaram
incremento em 11%.
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Gráfico 5: Reservas Internacionais Líquidas (milhões de dólares)
35.000,0
30.000,0
25.000,0
20.000,0
15.000,0
10.000,0
5.000,0
2011
2010
0,0
Fonte: Banco da República
No mês de marco de 2012 as reservas internacionais líquidas registraram um nível
de US $33.121,7 milhões de dólares frente a US$29.846,6 milhões no mesmo
período de 2011, fato que representou um incremento de $3.275 milhões de
dólares.
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Referencias
http://www.banrep.gov.co/informes-economicos/ine_res_cam.htm
http://www.banrep.gov.co/documentos/publicaciones/inflacion/2012/isi_jun_2012.pdf
http://www.dnp.gov.co/LinkClick.aspx?fileticket=Tp_Lyt5Zan0%3d&tabid=493
http://www.dane.gov.co/files/investigaciones/boletines/pib/bolet_PIB_Itrim12.pdf
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