713 Kb - The Ida P. Rolf Library of Structural Integration

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE INTEGRAÇÃO ESTRUTURAL ROLFING®
LÍCIA MARIA NOVAES
O EFEITO DE UMA SESSÃO DE INTEGRAÇÃO
ESTRUTURAL-ROLFING® EM PACIENTES COM DOR
LOMBAR AGUDA
SÃO PAULO
2014
LÍCIA MARIA NOVAES
O EFEITO DE UMA SESSÃO DE INTEGRAÇÃO
ESTRUTURAL-ROLFING® EM PACIENTES COM DOR
LOMBAR AGUDA
Monografia
apresentada
ao
Centro
Universitário Ítalo Brasileiro, como parte dos
requisitos para conclusão do curso de PósGraduação em INTEGRAÇÃO ESTRUTURAL
ROLFING® sob a orientação do Professor Dr.
Pedro Otavio Barreto Prado.
SÃO PAULO
2014
LICIA MARIA NOVAES
O EFEITO DE UMA SESSÃO DE INTEGRAÇÃO ESTRUTURAL ROLFING® EM
PACIENTES COM DOR LOMBAR AGUDA
Monografia apresentada ao Centro Universitário Ítalo Brasileiro, como parte dos
requisitos para conclusão do curso de Pós-Graduação em Curso de Pós
Graduação Integração Estrutural Rolfing® sob a orientação do Professor Doutor
Pedro Otavio Barreto Prado.
Nota _____________
Data da Aprovação: ____/____/______
Dedico
este
trabalho
a
todos
os
rolfistas, aos colegas de formação, aos
professores e funcionários da ABR, que
tornaram o ambiente de aprendizado
um lugar de crescimento e aos clientes
que
confiaram
em
estar
comigo
participando do meu aprendizado.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Associação Brasileira de Rolfistas (ABR), ao Centro Universitário Ítalo
Brasileiro (UNIÍTALO), ao meu orientador Doutor Pedro Otávio Barreto Prado por
me contagiar com seu entusiasmo e curiosidade e à Mestra Daniele Seo por toda
a paciência e profissionalismo.
Agradeço a Deus Pai-Mãe, fonte de toda a minha força e inspiração.
Agradeço aos meus pais, Mário e Carmen, sem eles o sonho do Rolfing® não
teria acontecido.
Todo o carinho, apoio e generosidade dos amigos Ítalo, José Francisco, o Chico,
e Fernanda Souza, tem muito de vocês em tudo.
Aos colegas de formação e da pós pelas experiências, aprendizados e
descobertas nessa aventura de ser Rolfista.
Aos clientes de classe e do consultório, que me ajudaram a aprender e querer
conhecer cada vez mais.
Ao meu amigo Heriberto de Souza, o Beto, que generosamente partilhou comigo
várias horas na correção deste trabalho, tornando-o muito melhor.
Aos participantes deste estudo de caso IA e OSS pela confiança e
disponibilidade.
“Só há um templo no mundo e é o
corpo humano. Nada é mais sagrado
que esta forma sublime. Inclinar-se
diante
de
um
homem
é
fazer
homenagem a esta revelação na carne.
Toca-se o céu quando se toca um
corpo humano.”
Friedrich Novalis
RESUMO
Este trabalho apresenta uma nova abordagem para o alívio da dor lombar
aguda através do Rolfing® método de integração estrutural e movimento. A dor
lombar aguda, que afeta o corpo de forma significativa, atinge 80% dos adultos
em algum momento de suas vidas. Esta realidade despertou na autora o interesse
de utilizar o Modelo de Função Tônica desenvolvido pelo Rolfista francês Hubert
Godard que propõe trabalhar a musculatura tônica no equilíbrio e orientação do
movimento, ao mesmo tempo em que trabalha estrutura e função. Com base
neste modelo em particular, e nos Princípios de Intervenção do Rolfing® em geral,
a autora criou um protocolo de tratamento que consiste em uma única sessão em
que os sujeitos são convidados a experimentar as sensações de peso, direção,
volume, tempo e ritmo do próprio corpo, possibilitando, desta forma uma nova
reorganização e integração das partes afetadas no corpo como um todo e
promovendo o alívio da dor lombar aguda. Este estudo de caso de dois sujeitos
mostra alívio significativo da dor lombar aguda, que foi mantido por oito a nove
meses após a sessão. Além do mais, os sujeitos incorporaram em suas atividades
diárias às lições da “sessão única”.
Palavras chave: : Rolfing®, Dor lombar aguda, Função Tônica e Nãoformulística.
ABSTRACT
This paper presents a new approach to the relief of acute lumbar pain through the
holistic methods of Rolfing® structural and movement integration. Acute lumbar
pain, which affects the entire body, afflicts 80% of adults at some point in their
lives. The Tonic Function Model, developed by French Rolfer™ Hubert Godard,
addresses structure and function by attention to the activity of tonic muscles in the
tasks of balance and orientation. Based on this model in particular, and on the
principles of Rolfing SI in general, the author designed a treatment protocol
consisting of a single session in which the subject experiments with perceptions of
his own body’s weight, direction, volume, and rhythms. The subject’s perceptual
experience allows reorganization and improved integration of the body as a whole,
which relieves the acute lumbar pain. This case study of two subjects shows
significant relief of acute lumbar pain, which relief was maintained for eight to nine
months after the session. What’s more, the subjects incorporated into their daily
activities the lessons of the single session.
Key-words: Rolfing®, Tonic Function, Acute Low Back Pain and Nonformulistic.
SUMÁRIO
Páginas
1.CAPITULO 1. INTRODUÇÃO
10.
2.CAPITULO 2.OBJETIVOS
14
2.1 Objetivo geral
2.2 Objetivos específicos
3. CAPÍTULO 3. REVISÃO DA LITERATURA
15
4. CAPÍTULO 4. METODOLOGIA
35
5. CAPÍTULO 5. RESULTADOS E ANÁLISES
40
6. CAPÍTULO 6.CONCLUSÃO
46
REFÊRENCIAS BIBIOGRÁFICAS
47
ANEXOS
49
Anexo 1
49
Anexo 2
56
Anexo 3
60
10
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO
Dor lombar, também chamada de lombalgia é uma queixa muito comum entre
a população adulta (ITC, acesso em 01/10/13). Ela pode ser aguda ou crônica;
quando aguda, dura de quatro a seis semanas e quando crônica, pode durar toda
uma vida (ITC, acesso em 01/10/13). Entre as causas mais frequentes relativas à
dor estão o sedentarismo, a herança genética, a obesidade, a postura no trabalho, a
idade e o levantamento de objetos pesados inclinando a coluna para frente (ITC,
acesso em 01/10/13).
Quatro entre cinco adultos experimentarão este tipo de dor em algum
momento de sua vida. Os problemas derivados de uma dor lombar representam a
segunda causa mais comum de perda de dias de trabalho entre adultos abaixo de
45 anos, ficando atrás apenas do resfriado (IAF, acesso em 01/10/2013).
Em razão de sua alta incidência na população, o presente trabalho tem por
objetivo demonstrar o alívio da dor lombar aguda ocasionado pela utilização do
método de Integração Estrutural Rolfing® (IE) em uma única sessão.
O método IE Rolfing®, criado pela Dra. Ida Rolf, tem por objetivo melhorar as
funções corporais modificando a sua estrutura e, por conseguinte, formando seres
humanos novos e melhores. Assim os males curar-se-iam por si mesmos os
sintomas desapareceriam à medida que os organismos se tornassem equilibrados
(FEITIS, 1986, p26).
Os corpos humanos existem dentro de um campo gravitacional; a força da
gravidade é o determinante onipresente, todo poderoso e constante em sua
verticalidade ou na ausência dela (FEITIS, 1986).
“Como um agregado de partículas ponderais, o homem é plástico,
segmentado e móvel... O conflito homem versus gravidade envolve
sua estrutura enquanto um agregado de unidades” (ROLF, 1999,
p17).
Usa-se a capacidade adaptativa da fáscia para trabalhar a estrutura (FRANK,
2002).
11
“Nós movemos estrategicamente a fáscia para permitir que o corpo
se re-arranje por ele mesmo em relação a gravidade”(FRANK, 2002).
Rolf (FEITIS, 1986, p213) chama a fáscia de “órgão da estrutura” e suas
propriedades de elasticidade e plasticidade (capacidade de manter uma forma e
ainda assim ser maleável) tornam possíveis as mudanças físicas.
Rolf (1999, p17) fala que em qualquer sistema de energia, por mais
complicado que ele seja, a estrutura (a relação de unidades de qualquer tamanho no
espaço) é experimentada como comportamento. Estrutura é comportamento.
Os seres humanos, como um agregado de partículas ponderais (massa)
estão sujeitos às leis da mecânica; uma dessas leis afirma que as massas devem
estar em equilíbrio para serem estáveis. Por assim dizer, os homens consistem de
”unidades empilháveis”. Os agentes desse equilíbrio são os ossos e os tecidos
frouxos (miofasciais). Os ossos determinam a posição no espaço e são sustentados
pelos tecidos moles; quando os tecidos moles são reposicionados, os ossos
espontaneamente se reorientam (FEITIS, 1986, p27).
Uma sensação de leveza no corpo pode ser experimentada quando entra em
equilíbrio o tônus do tecido mole. As massas da cabeça, do tórax, da pelve etc. não
são mais “arrastadas” devido a seu peso; a estrutura apresenta menos resistência e
a gravidade pode “fluir” através do corpo (FEITIS, 1986, p27).
No I E Rolfing®, integram-se as estruturas por meio da manipulação do tecido
miofascial e pela reeducação do movimento.
O presente trabalho baseia-se no entendimento de que, por ser o sistema
musculoesquelético todo interligado, a desorganização de uma de suas partes pode
afetá-lo como um todo. Dito isto, é possível compreender como a dor lombar aguda
por estar relacionada à postura adequada do indivíduo interfere de forma tão
importante em suas atividades diárias.
A coluna vertebral tem papel importante na postura e locomoção. Composta
por trinta e três vértebras, mais o sacro, o cóccix, a cabeça, o esterno e as costelas,
constitui o esqueleto axial. Dividida em cinco regiões, apresenta curvaturas
fisiológicas (lordose - cervical e lombar e cifose - torácica e pélvica), a saber: cervical
12
- 07 vértebras; torácica - 12 vértebras; lombar - 05 vértebras; sacral - 05 vértebras e
coccígea - 04 vértebras.
Outro aspecto a ser abordado relativo ao sistema musculoesquelético está
intimamente relacionado à fáscia toracolombar que provavelmente tem papel
integrador particularmente importante. Bertolucci (2003) apud Vleeming (1995)
salienta que:
”estruturas anatômicas normalmente descritas como músculos do
quadril, pelve e pernas interagem com os músculos considerados
como do braço e da coluna via fáscia toracolombar. Isto produz
transferência efetiva de carga entre a coluna, pelve, pernas e braços
– um sistema integrado”.
O comprometimento desse papel integrador deve estar relacionado com
sobrecarga tecidual. Isso produz quadros dolorosos, especialmente na coluna
lombar. Em casos de lombalgia, frequentemente, a fáscia toracolombar está com
sua mobilidade prejudicada (BERTOLUCCI, 2003).
Também não poderemos deixar de mencionar a influência da respiração em
praticamente todos os aspectos da fisiologia humana. O diafragma, por exemplo,
pode interferir diretamente com a função da coluna lombar e produzir quadros de
lombalgia (BERTOLUCCI, 2003).
Optamos por usar o método I E Rolfing® na abordagem da dor lombar aguda
com o enfoque no modelo de Função Tônica desenvolvido pelo rolfista francês
Hubert Godard que evoca a resposta da gravidade no corpo humano como princípio
unificador para o que tem se chamado de movimento intrínseco (KEVIN, 2002).
Ao observarmos empiricamente que houve resultados satisfatórios em uma
única sessão, concluímos que é possível demonstrar, através da metodologia
desenvolvida guiando-se pelos Princípios de Intervenção do Rolfing® e pelos
conceitos de Função Tônica, postulados por Godard, alívio da dor lombar aguda.
Um questionamento aqui se faz necessário: se a dor lombar aguda, conforme
observamos, é uma patologia resultante de causas diversas, seria a abordagem IE
Rolfing® realizada em sessão única, eficiente em casos de maior complexidade?
13
Observamos que durante a sessão, no momento em que quando o corpo do
indivíduo consegue perceber que há outra possibilidade de organização, as
estruturas tensionadas, podem relaxar, integrar-se, e, por conseguinte, promover
alívio da dor lombar.
Estudos apontam que a dor lombar aguda é uma patologia de causas
diversas e interfere de forma significativa nas atividades diárias do indivíduo (KOES
et al, 2006; Brazil et al, 2001). Levando isto em consideração, decidimos apresentar
neste trabalho a abordagem do IE Rolfing® em uma única sessão, como
possibilidade de minimizar a dor lombar aguda.
Ao observarmos a eficiência dessa abordagem em atendimentos já
realizados, independente da causa e da possível complexidade dessa dor,
constatamos, após uma sessão de IE Rolfing®, haver melhora significativa da dor
lombar aguda nos indivíduos.
14
CAPÍTULO 2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Demonstrar como a abordagem do IE Rolfing® com ênfase na função tônica,
utilizada em sessão única pode auxiliar no alívio da dor lombar aguda.
2.2 Específicos
- Demonstrar como o método IE Rolfing® pode contribuir para a construção
de uma percepção mais viva do próprio corpo pelos indivíduos.
- Habilitar o sistema do cliente para que ele possa reconhecer novas
possibilidades de incorporar estas percepções em seu corpo e utilizá-las em seu
cotidiano.
- Contribuir para inserir o método IE Rolfing® como uma abordagem
terapêutica reconhecida no meio formal científico.
15
CAPÍTULO 3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1. Rolfing®
O Método de Integração Estrutural IE Rolfing® foi criado pela cientista norteamericana Dra. Ida Pauline Rolf, nascida em 1896 em Nova York. Formou-se em
1916 no Barnard College, em Nova York. De 1920 a 1932, trabalhou como
pesquisadora pelo Instituto Rockefeller (hoje Universidade Rockefeller, na cidade de
Nova York). Em 1920, recebeu o título de doutor em química biológica, pelo
Colegiado de Médicos e Cirurgiões da Universidade de Columbia (FEITIS, 1986,
p17).
Como pesquisadora, Ida Rolf era motivada a aplicar em si mesma aquilo que
aprendia em suas investigações, como forma de cuidar da sua própria saúde
(FEITIS, 1986, p18).
Devido a um coice de um cavalo sofrido na juventude, surgiram problemas
respiratórios que se assemelhavam a pneumonia. Seguindo ordens médicas foi
tratada por um osteopata, melhorando sua função respiratória. Tal fato despertou
sua curiosidade para estudar e conhecer a osteopatia, sistema que preconiza que a
estrutura determina a função (FEITIS,1986, p18-19).
No início da década de 20 do século passado, Dra. Ida Rolf estudou
homeopatia em Genebra. O conhecimento desta nova área aliado aos de osteopatia
contribuíram significativamente para a formação inicial de suas concepções sobre o
corpo. Praticante e estudiosa da hatha yoga, observou que esta prática poderia
ajudar a equilibrar as condições físicas, emocionais e espirituais dos indivíduos. A
concepção de sua ideologia foi influenciada por essa prática. Experimentava o
alongamento do corpo e das articulações por meio de posturas (asanas) em busca
de um corpo mais equilibrado. A base do seu trabalho se firma na ideia da
necessidade de alongamento e equilíbrio do corpo. Um corpo equilibrado fará surgir
um ser humano melhor (FEITIS, 1986, p21). Ida Rolf publicou um artigo intitulado
“Gravity: na Unexplored Factor in a More Human Use of Human Beings” no
16
Systematics (volume1, nº1, junho de 1963) onde assinalava o fato de que “os corpos
humanos existem dentro de um campo gravitacional; a força da gravidade é o
determinante onipresente, todo-poderoso e constante de sua verticalidade ou na
ausência dela”. A lógica do corpo e seu próprio entendimento do que é equilíbrio
deram-lhe o que precisava: seu trabalho seria dirigido para a criação de equilíbrios,
começando pela superfície do corpo e gradualmente atingindo-o em maior
profundidade. Foi nessa época que ela estabeleceu a sequência de dez horas de
Rolfing®. Ida Rolf falava que um sistema fascial equilibrado nos confere maior força,
melhor direcionamento, habilidades mais eficientes (FEITIS, 1986, p27).
O Rolfing® tem por objetivo melhorar as funções modificando a estrutura
corporal, porém difere da osteopatia em dois importantes aspectos: os rolfistas
entendem que os ossos são mantidos no lugar por tecidos moles (músculos,
ligamentos, tendões etc.). Um músculo, estando encurtado de forma crônica, poderá
puxar o osso a ele ligado para fora do seu ponto central de equilíbrio. Reposicionar o
osso não é suficiente para que a modificação seja permanente. Para que isto ocorra,
o músculo e o tecido circundante devem ser alongados (FEITIS, 1986, p19).
Ida Rolf começou a atender pessoas indicadas por amigos que já tinham
procurado várias outras técnicas sem obter sucesso. Por volta de 1940, um amigo
trouxe sua irmã Ethel, professora de música, vítima de uma queda em um buraco
que ocasionou paralisia em suas mãos, para receber atendimento. Ida Rolf aplicou
em Ethel os mesmos exercícios que praticava frequentemente na yoga,
acrescentando a estes outros movimentos. Ao assim proceder, obteve ótimos
resultados que possibilitaram a sua reabilitação e o seu retorno à música (FEITIS,
1986, p18). Mas foi somente com o caso de Grace que se colocaram em prática os
seus conhecimentos de osteopatia, aliando-os aos da yoga. Aos oito anos de idade,
a jovem caiu de um telhado e teve as costas quebradas, ficando completamente
paralisada. O tratamento se deu mediante interação entre Ida Rolf e Grace por meio
de perguntas e respostas tentando identificar aquilo que “estava fora do lugar” em
seu corpo. Esta prática de manipulação do local afetado, guiada pela percepção,
deu bons resultados e após quase dois anos ela voltou a andar. Assim, o primeiro
princípio do Rolfing® “de deslocar o tecido mole para o lugar onde realmente deve
ficar” nasceu de verdade. O trabalho com Grace é onde começa o Rolfing (Rolf,
1986, p23) citado por (FEITIS, 1986, p23).
17
Citando Prado (2006, p4), Rolfing® fala da integração da estrutura humana no
ambiente e no contexto gravitacional. Como abordagem somática que usa a
plasticidade fornecida à estrutura humana pelo tecido miofascial, pode, então, tornar
o arranjo estrutural algo adaptável, consequentemente transformável.
Segundo Prado (2006, p12) Rolf direcionou sua pesquisa para a exploração
das relações entre plasticidade do tecido conjuntivo frouxo, que sustenta as
articulações, e as disfunções estruturais e funcionais.
Prado (2006, p13) fala das funções do tecido conjuntivo (ossos, cartilagens,
fáscia, tendões e ligamentos) que, quando indiferenciado, tem função protetora, e,
sua diferenciação passa a adquirir a função de sustentação do organismo. Através
da estrutura humana, essa rede contínua de tecido é organizada como um sistema
que possui alto grau de conectividade. As fáscias e os ligamentos por suas
propriedades visco-elásticas podem mudar sua constituição e organização por meio
de aplicação de energia (pressão manipulativa) produzindo, desta maneira, uma
sustentação diferente para o organismo. Os ossos definem espaços e o tecido
conjuntivo frouxo organiza a relação entre as partes do organismo.
O ensino do Rolfing® começou na década de 50, com Rolf formulando seu
trabalho utilizando-se de uma técnica cujos princípios foram criados por ela mesma,
baseada na premissa unitária do fato humano, cuja estrutura somática era plástica e
mutável. Considerava o homem como ser uno e integrado e assim seus esforços
buscavam uma teoria e método para o desenvolvimento humano, postulando uma
integração entre estrutura, função e comportamento (ROLF, 1977), citado por
(PRADO, 2006, p14).
Em Big Sur, na Califórnia, no Esalen Institute, sede dos movimentos de
Psicologia Humanística e do Movimento para o Potencial Humano, seu trabalho
encontrou espaço para ser divulgado. Novas propostas e enfoques terapêuticos
estavam sendo revistos, ao mesmo tempo em que estavam sendo repensada a
questão corpo-mente e suas abordagens técnicas. Por ser um momento cultural
específico do pós-guerra, explorava-se e buscava-se a integração das ideias vindas
do oriente, das tradições antigas, a partir de novos parâmetros para lidar com o
desenvolvimento psicológico e humano (PRADO, 2006, p17).
18
Rolf, por sua experiência, adquiriu a facilidade e a habilidade de penetrar em
outras realidades, tendo criado uma técnica que permite aos que a praticam o
desenvolvimento de sua própria intuição e o poder de colocá-la a serviço de outros
(FEITIS, 1986, p40).
Na década de 70, um grupo de profissionais já formados realiza o primeiro
encontro com quarenta participantes. Em 1971, nasce o Rolf Institute para ensino,
pesquisa e divulgação do Rolfing®. Em 1976, é publicado o livro “Rolfing the
integration of human structures” onde expõe seu ponto de vista. Ida P. Rolf morre
em 1979 aos 83 anos (PRADO, 2003, p 2).
A estratégia de integração estrutural em dez sessões, inicialmente chamada
de processo e depois de receita, facilitava a aplicação dos mesmos procedimentos
em todas as pessoas.
Citando Prado (2006):
Por um lado, a aplicação dos mesmos procedimentos para todas as
pessoas pressupõe que os resultados sejam os mesmos, e que se
encaminhem na mesma direção: a do corpo que deveria ser daquela
forma (MAITLAND, 2002). Assim, o que é único, específico em cada
pessoa ou, as diferenças no processo de cada um, podem acabar
não endereçados numa proposta formulística, idealística (PRADO,
2006, p39).
Alguns membros do Rolf Institute eram favoráveis a seguir o protocolo básico
de dez sessões, enquanto outros tentaram esclarecer os princípios subjacentes à
receita, que passaria a reger a estrategização em Rolfing®. Esta discordância gerou,
em 1987, um rompimento no Rolf Institute, resultando na criação do Guild for
Structural Integration, que seguiria o protocolo básico. Mais tarde, em 1992, no Rolf
Institute, é publicado por Maitland e Sultan (1992) o artigo: “Definição e Princípios de
Rolfing®” (PRADO, 2006, p 39).
No Rolf Institute, os professores avançados revisaram a “receita” e criaram os
Princípios de Estrategização. A ideia era possibilitar que todos os tipos de
corpo/pessoa fossem beneficiados com o trabalho do Rolfing®, cada um de uma
maneira própria. (PRADO 2006, p 40).
19
Origina-se então o pensamento não-formulístico, com estratégias organizadas
para cada indivíduo, respeitando-se os Princípios de Intervenção do Rolfing®
(PRADO, 2006, p40).
Princípios do Rolfing®: Holismo, Adaptabilidade, Suporte, Palintonicidade e
Fechamento.
Citando Mota, (2003, p15) o Rolfing® insere-se no terceiro paradigma, como a
Homeopatia, a Terapia Crânio-Sacral, a Osteopatia e a Acupuntura com práticas,
integrativas ou holísticas que buscam integrar os diversos aspectos do ser humano.
Princípio Holístico (MOTA 2003, p16 apud Maitland, Sultan).
“Nenhum princípio pode ser completamente atingido a menos
que todos sejam completamente atingidos”.
Esses princípios mencionados acima se baseiam numa série de observações
e pressuposições, tais como:
- O corpo é um todo, no qual nenhuma parte é mais importante para a
organização do todo do que o todo em si.
- Assim como o corpo é uma unidade, a disfunção somática também é e
reflete-se em todos os aspectos do ser.
- Conhecer os componentes da forma viva não é suficiente para compreende
a organização do todo.
- Corpos vivos são sistemas autorreguladores e „auto-organizadores‟
(ortobiótica).
- Compreender áreas locais de disfunção depende de compreender o estado
do todo e sua relação com o ambiente.
- Nenhum componente do corpo pode ser adequadamente compreendido
quando isolado do todo e de sua relação com o ambiente.
- Todos os princípios funcionam conjuntamente (PRADO, 2006, p 41)
20
Mota (2003) reflete que:
“mudando-se a estrutura do corpo podemos mudar sua função, que o
corpo pode curar-se, e como esse trabalho com o corpo pode elevar
o ser humano a uma condição mais harmônica emocional e
espiritualmente. O princípio Holístico orienta como a estrutura
humana deve ser vista pelo profissional”.
Princípio da Adaptabilidade (MOTA, 2003, p18 apud Maitland, Sultan).
“A Integração somática é uma função da capacidade da pessoa de se adaptar
a um ambiente em constante mutação”.
Neste princípio, a possibilidade do cliente de aceitar novas opções de
alinhamento com a percepção do movimento de si mesmo. A intervenção será
efetiva se o cliente adaptar-se a ela na sua estrutura e no seu universo relacional
(PRADO 2006, p 41).
Princípio do Suporte (MOTA, 2003, p16, apud Maitland, Sultan).
“A integração somática é função do suporte disponível”.
“Suporte na gravidade é crítico para qualquer tentativa de melhorar a
estrutura e a função corporal”.
Neste princípio, o rolfista deve observar o relacionamento do cliente consigo
mesmo, com o espaço, com o tempo, com a gravidade e com o ambiente (MOTA,
2003).
Princípio da Palintonicidade (MOTA, 2003, p16 apud Maitland, Sultan).
“A integração somática é função da harmonia palintônica.
Esta harmonia descreve uma ordem espacial – dentro/fora,
anterior/posterior, superior/inferior e também se refere aos aspectos
do holograma do Ser (aspecto físico, emocional, mental, espiritual e
social)”.
Na origem grega da palavra, Palintonos é o diálogo dos opostos.
“Segundo os autores, Palintônico refere-se à natureza do ser humano, em
relação a ele mesmo”. Não somos anjos nem animais, mas vivemos na tensão entre
céu e Terra e a harmonia destas forças nos torna integradas (MOTA, 2003).
21
Princípio do Fechamento (MOTA, 2003, p19, apud Maitland e Sultan)
“Toda intervenção, sessão ou série de sessões, tem um começo, meio e fim”.
Esses autores descrevem que um fechamento foi atingido quando a pessoa
toda (de acordo com as suas limitações que mudam e as que não mudam) pode
sustentar as mudanças propostas sem nenhuma outra intervenção (MOTA, 2003).
Com a elaboração dos princípios, a execução de uma sessão ou de uma série
de sessões pode ser estrategizada pelo rolfista e realizada de maneira nãoformulística (PRADO, 2006, p45).
Baseamos nosso trabalho nos princípios do Rolfing® acima descritos, e nos
conceitos de Função Tônica postulados por Godard, apresentando uma abordagem
de sessão única não-formulística para alívio da dor lombar aguda.
3.2. Coluna Vertebral
O corpo é uma unidade composta por vários segmentos móveis interligados
entre si; de igual forma o é o sistema músculo esquelético. Portanto, devemos dar
atenção para o aspecto do relacionamento segmentar do corpo quando tratarmos de
doenças do aparelho locomotor (BERTOLLUCI, 2003).
A coluna vertebral exerce função importante na postura e locomoção do
corpo. Estende-se do crânio até o ápice do cóccix e é responsável pela proteção da
medula espinal e dos nervos espinais; sustenta ainda o peso do corpo superior ao
nível da pelve, garantindo um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo, bem
como uma base alargada sobre a qual a cabeça está posicionada que a permite
girar. No adulto, é composta por trinta e três vértebras, organizada em cinco regiões
(sete vértebras cervicais, doze torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e quatro
coccígeas). Suas vértebras, mais os componentes que as unem, formam uma
unidade funcional e estrutural – o eixo do esqueleto axial. O movimento entre elas,
no entanto, é diferenciado. As vinte e quatro vértebras superiores, apresentam um
movimento mais significativo; já as nove inferiores, cinco se fundem formando o
sacro e as quatro restantes, o cóccix. (MOORE, DALLEY, AGUR, 2010, p436-437).
22
A flexibilidade da coluna vertebral deve-se ao fato de ser
formada por muitos ossos chamados de vértebras que são
separadas por discos elásticos. Para facilitar e controlar a
flexibilidade da coluna as vértebras cervicais, torácicas, lombares e a
primeira sacral também se articulam nas articulações dos processos
articulares. Apesar do movimento entre duas vértebras adjacentes
ser pequeno, as vértebras, em conjunto com os discos que as unem
formam uma coluna bastante flexível, porém sólida, que protege a
medula espinal que circundam (MOORE, DALLEY, AGUR, 2010,
p438).
As vértebras de tamanhos e características diferentes para atender as
necessidades de cada região da coluna vertebral, são formadas por um corpo
vertebral, um arco vertebral e sete processos. O corpo vertebral é a parte anterior do
osso com maior massa óssea, possui forma cilíndrica, conferindo resistência à
coluna vertebral e sustentando o peso do corpo. O arco vertebral situa-se
posteriormente ao corpo vertebral e consiste em dois pedículos que são processos
cilíndricos sólidos e curtos.
Projetam-se posteriormente do corpo vertebral para
encontrar duas placas de osso largas e planas denominadas lâminas, que se unem
na linha mediana posterior. O arco vertebral e a superfície posterior do corpo
vertebral formam as paredes do forame vertebral. Na coluna vertebral articulada, a
sucessão de forames vertebrais forma o canal vertebral. Nele há a medula espinal e
as raízes dos nervos espinais que dela emergem, mais as membranas (meninges),
gordura e vasos que os circundam e servem. Os sete processos originados do arco
vertebral são: um processo espinhoso mediano, que se projeta a partir do arco
vertebral na junção das lâminas; dois processos transversos, que se projetam
posterolateralmente a partir das junções dos pedículos e lâminas; quatro processos
articulares (dois superiores e dois inferiores), que também se originam das junções
dos pedículos e lâminas, cada um deles apresentando uma face articular. (MOORE,
DALLEY, AGUR, 2010, p439).
Pela sua extensão, a coluna vertebral articula-se com as seguintes estruturas:
articulações dos corpos vertebrais, articulações dos arcos vertebrais, articulações
craniovertebrais (atlantoaxiais e atlantoccipitais), articulações costovertebrais e
articulações sacroilíacas. Os ligamentos que permitem a estabilidade destas
articulações são ligamento longitudinal anterior, longitudinal posterior, amarelos,
interespinais, supraespinais, nucal e ligamento intertransversários (MOORE,
DALLEY, AGUR, 2010, p460-462).
23
A amplitude de movimento da coluna vertebral varia de indivíduo para
indivíduo.
Sua
mobilidade
decorre
principalmente
da
compressibilidade
e
elasticidade dos discos vertebrais. Estes discos intervertebrais fibrocartilaginosos
são formados por tecido conjuntivo que os une às vértebras. Os movimentos da
coluna são a flexão, a extensão, a flexão e extensão lateral e a rotação (torção).
Estes movimentos são produzidos pelos músculos do dorso, pela gravidade e pela
ação dos músculos anterolaterais do abdome. Quanto às vértebras adjacentes, os
movimentos ocorrem nos núcleos pulposos resilientes dos discos IV e nas
articulações dos processos articulares. As curvaturas da coluna vertebral ocorrem
nas regiões cervical, torácica, lombar e sacral. As cifoses torácica e sacral são
anteriormente côncavas e as lordoses cervical e lombar são posteriormente
côncavas (MOORE, DALLEY, AGUR, 2010, p 426,466).
Baseado na descrição acima, como tornar eficiente um segmento que
protege, sustenta o peso, garante um eixo e tem papel importante na postura e
locomoção?
Segundo (NEWTON, 2004) o que faz uma coluna “ruim” é algum tipo de
instabilidade ou desequilíbrio.
Descrita por (NEWTON, 2004): a estabilização da coluna envolve uma cocontração do muitifídio e do transverso do abdome, esta é uma abordagem eficiente
para resolver dores lombares.
Para melhor compreender o significado de estabilização da coluna, algumas
vezes conhecida por estabilização do “core”, é importante considerar o conceito de
músculos “locais” e músculos “globais”. Músculos locais são habitualmente mais
profundos e próximos da articulação e são, com frequência, inseridos diretamente
nas cápsulas articulares. O comprimento deles muda muito pouco, não causando
grande impacto no movimento da articulação; seu trabalho é, primariamente,
estabilizar a articulação para que ela possa movimentar-se. Os músculos globais,
maiores e mais superficiais, são responsáveis por movimentos de grande amplitude,
de transferência e de equilíbrio de cargas externas (NEWTON, 2004).
Considerando os conceitos acima, como evocar a ação destes músculos
estabilizadores para tratar a dor lombar?
24
3.2.1 Dor lombar
Feldenkrais (1977, p100-101), falando a respeito da distorção das sensações,
relata que as respostas aos estímulos serão retardadas devido à diminuição da
sensibilidade do poder de discriminação. O reajuste da postura acontecerá à custa
de esforço muscular intenso. Ele descreve:
“Uma das causas originais deste curso de eventos é a dor, que pode
ter origem física ou emocional. A dor que mina gradativamente a
confiança no corpo e no eu, é a causa principal dos desvios da
postura ideal. Dor desta natureza reduz o valor do indivíduo a seus
próprios olhos. A tensão nervosa aumenta o que, por sua vez, reduz
a sensibilidade uma vez mais; assim, nós não sentimos os contínuos
pequenos desvios da posição ideal, nem os músculos tensos, nem
sequer temos consciência do esforço que fazemos para mantê-los
assim. O controle pode tornar-se tão distorcido que, pensando que
não estamos fazendo nada, estamos de fato, forçando nossos
músculos desnecessariamente” (FELDEKRAIS, 1977, p101).
Um dos motivos de consulta ao médico - responsável também pela ausência
no trabalho, perdendo apenas para o resfriado comum e a cefaleia - é a dor nas
costas, particularmente a dor lombar (MOORE, DALLEY, AGUR, 2010, p476).
Referida por (MOORE, DALLEY e AGUR):
(...) a dor lombar localizada (dor percebida como originada nas
costas) geralmente é muscular, articular ou osteofibrosa. A dor
muscular geralmente está relacionada à cãibra reflexa (espasmo)
que causa isquemia, muitas vezes secundária à defesa (contração
dos músculos em antecipação à dor). A dor nas articulações dos
processos articulares geralmente está associada ao envelhecimento
(osteoartrite) ou à doença (artrite reumatoide) das articulações... A
dor aguda associada a uma hérnia de disco IV é provocada pela
ruptura do anel fibroso posterolateral e pela compressão do
ligamento longitudinal posterior...(MOORE, DALLEY, AGUR, 2010,
p476).
Os músculos identificados como estabilizadores primários da coluna lombar
são o multifído e transverso do abdome, que, por sua localização e direção de suas
fibras, controlam as articulações lombares e sacrolombar. Estes músculos não
movem a coluna, mas a estabilizam para que outros movam o tronco sem
comprometer a integridade das articulações (NEWTON, 2004).
Newton (2004) descreve que:
25
“O bom funcionamento dos músculos estabilizadores depende não
só da força: depende da coordenação, do controle do sistema
nervoso. O tempo é essencial: para manter a integridade da
articulação eles precisam ser ativados antes dos músculos mais
importantes da ação. Estabilização é pré-movimento”.
Newton apud Godard (2004) fala:
“A função de estabilização também está acontecendo em relação à
manutenção do equilíbrio da gravidade em todo o corpo - o que
Godard chama de função tônica - e em relação ao nosso próprio
senso proprioceptivo, como nos localizamos. Godard sugere que
uma estratégia eficiente para acessar o sistema de estabilização é
trabalhar com a função tônica na relação com a nossa sensação de
peso, sensação do espaço, nosso senso de orientação”.
De acordo com o descrito acima, utilizamos o modelo de função tônica na
abordagem da dor lombar aguda.
Prado (2006) demonstra no gráfico abaixo (tabela 9, p133) a alta incidência
da dor lombar nos clientes que foram tratados com o método de I E Rolfing®:
Tabela 9
Frequências e porcentagens relativas à localização da dor “A” antes do processo de Rolfing entre
os clientes das diferentes amostras.
BR
EUA
Total
das NAPER
Total Geral
Escolas
F
%
F
%
F
%
F
%
F
%
Coluna/Costas
2
4,8
12
14,3
14
11,1
36
17,9
50
15.3
Lombar/ Ciática
12
28,6
17
20,2
29
23,0
59
29,4
88
26.9
Torácica
0
0,0
0
0,0
0
0,00
2
1,0
2
0.6
Cervical
6
14,3
0
0,0
6
4,8
19
9,5
25
7.6
Ombro/ pescoço
4
9,5
25
29,8
29
23,0
19
9,5
48
14.7
Cintura escapular
1
2,4
2
2,4
3
2,4
15
7,5
18
5.5
Mãos/ pulsos/ dedos
0
0,0
4
4,8
4
3,2
1
0,5
5
1,5
26
Braço/ cotovelo
2
4,8
1
1,2
3
2,4
7
3,5
10
3,1
Peito/ mama/ costelas
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
0,5
1
0.3
Bacia/ quadril
1
2,4
4
4,8
5
4,0
10
5,0
15
4.6
Joelho
3
7,1
4
4,8
7
5,6
9
4,5
16
4.9
Pe/ tornozelo/ calcanhar 4
9,5
6
7,1
10
7,9
7
3,5
17
5.2
Coxa/ pernas
11,9
3
3,6
8
6,3
5
Total geral – 50,4% das respostas se referem a dores nas costas, sendo lombar a
mais frequente (53,33 do total das dores nas costas e, 26,9%, do total das dores).
3.3
Fáscia:
A palavra fáscia anatomicamente designa uma membrana de tecido
conjuntivo fibroso de proteção de um órgão ou de um conjunto orgânico. Usada
sempre no singular, fáscia representa um conjunto membranoso muito extenso,
onde tudo está ligado e em continuidade, uma entidade funcional. Este conceito de
tecidos constitui uma peça única, que nos dá uma noção de globalidade, dá suporte
a todas as técnicas modernas de terapia manual. Quando ocorre um „tensionamento‟
ativo ou passivo num determinado ponto, ele se repercute em todo o sistema
(BIENFAIT, 1999).
O tecido conjuntivo representa cerca de 70% dos tecidos humanos e é
formado por células conjuntivas; os blastos se comunicam por prolongamentos
protoplasmáticos e sua função é a secreção de duas proteínas de constituição:
colágeno e elastina. Estas proteínas são renováveis; entretanto, a elastina, uma
proteína de longa duração, é de formação estável, enquanto o colágeno, de curta
duração, modifica-se por toda a vida. As fibras de colágeno são agrupadas em
feixes conjuntivos ligados entre si por uma substância mucoide de característica
hidrófila, com propriedade de fixar substâncias extraídas do meio interno e fazer a
especialização dos diversos tecidos conjuntivos. Por sua vez, as fibras de elastina
formam uma rede de malha por meio dos tecidos (BIENFAIT, 1999).
27
A secreção do colágeno ocorre por „tensionamento‟ do tecido. Caso ele seja
tensionado de forma contínua e prolongada, moléculas de colágeno instalam-se em
série, e os feixes conjuntivos alongam-se provocando crescimento; caso a tensão
seja curta e repetida, moléculas de colágeno se instalam em paralelo, e os feixes
conjuntivos se multiplicam, provocando a densificação do tecido, que se torna mais
compacto, mais resistente, e com o tempo menos elástico (BIENFAIT, 1999, p16).
Bienfait afirma que “a elasticidade do tecido conjuntivo depende unicamente
de sua maior ou menor densificação” (BIENFAIT, 1999, p16).
Citando Rolf (1999, p 26-27), todos os tecidos conjuntivos são basicamente
estruturados a partir do colágeno e construídos das mesmas unidades, mas em
diferentes proporções. O corpo economiza energia ao se utilizar dos vários tipos de
tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo areolar (ou frouxo) é o mais extensível,
elástico e amplamente distribuído; suas fibras entrelaçam-se em todas as direções,
possibilitando que a gordura do corpo seja deposita e estocada. Isto representa uma
parte fundamental do metabolismo da água no corpo, do mecanismo de condução e
da distribuição dos fluidos. Já o tecido fibroso branco é mais rígido e menos elástico
e desenvolve-se onde há exigência de tensão. Esta maior rigidez é gerada pela
disposição das fibras que estão em feixes paralelos. Nos ligamentos, liga um osso
ao outro, limitando seus movimentos; na aponeurose ou tendão, une um músculo a
um osso ou cartilagem, e pode também gerar bainhas „fasciais‟ densas que, por ser
delgada, a exemplo da fáscia lata, difere do tendão.
Rolf (1999) fala que o permanente intercâmbio metabólico, que se dá pela
relação íntima da fáscia com o metabolismo da água, permite a reorganização
estrutural. Ela é um tecido de fibras colágenas embutida na substância fundamental.
Esta substância apresenta uma consistência semelhante a uma geleia amorfa
semifluida. Já as fibras colágenas, por ser uma entidade química definida, passam
por um processo de transformação mais lento quando comparado ao da fáscia,
muito mais rápido e visível. Este processo de transformação rápido deve ser uma
propriedade de sua complexa substância fundamental. A distribuição universal do
tecido conjuntivo, conforme mencionamos acima, aponta esse gel coloidal como
sendo o ambiente interno universal. As células vivas parecem estar em contato com
esse gel que, sob o efeito de pressão, se modifica, produzindo, possivelmente,
28
inúmeros efeitos já observados na Integração Estrutural, hipótese reforçada pelo
conhecimento que se tem da ação dos coloides e das leis físicas que os governam,
bem como a aplicação de pressão é, de fato, adição de energia ao tecido coloidal.
Prado (2006, p13) fala das funções do tecido conjuntivo (ossos, cartilagens,
fáscia, tendões e ligamentos). Estes tecidos quando indiferenciados, tem função
protetora, mas quando se diferenciam adquirem função de sustentação do
organismo. Através da estrutura humana, essa rede contínua de tecido é organizada
como um sistema de alto grau de conectividade. As fáscias e os ligamentos por suas
propriedades visco-elásticas podem mudar sua constituição e organização através
de aplicação de energia (pressão manipulativa) produzindo, desta maneira, uma
sustentação diferente para o organismo. Os ossos definem espaços e o tecido
conjuntivo frouxo organiza a relação entre as partes do organismo.
A fáscia forma uma rede que traz continuidade ao longo de todo o nosso
corpo e é um importante elemento em nossa postura e organização de movimento
(SCHLEIP, 2003). A fáscia é referida como o nosso órgão de forma (SCHELEIP
apud VARELA & FRENK 1987, GARFIN et al 1981).
Na visão da Integração Estrutural, a fáscia, em estado de organização
contínuo, forma um tecido intrincado, coextensivo e fundamental ao corpo que tem,
como fator básico para o seu bem-estar, o seu desempenho associado ao tônus e à
elasticidade fascial. (ROLF, 1999).
Para Feitis:
“Muito mais difícil é ver como a pessoa traciona e torce de maneira
bem peculiar seu corpo, destituindo-se de sua verticalidade; e ainda
mais complexa é a tarefa de entender como desemaranhar a bagunça
de enrijecimentos e de tensionamentos que respondem pela forma
daquele organismo Feitis (1987, p28)”.
No Rolfing, trabalhamos o alinhamento organizando a estrutura miofascial. As
camadas fasciais abrangem o órgão da estrutura que mantém o corpo de modo
apropriado no mundo material tridimensional. Quando usamos a palavra estrutura
estamos nos referindo às relações no espaço tridimensional (FEITIS, 1987, p45-46).
29
Como rolfistas, organizamos o corpo de modo tal que o campo gravitacional
possa intensificar seu campo energético (FEITIS, 1987, p95).
3.3.1 Fáscia toracolombar
Como parte de um sistema fascial interligado, a fáscia toracolombar
provavelmente tem papel integrador particularmente importante (BERTOLUCCI,
2003).
Bertolucci (2003) apud Vleeming (1995) salienta que:
“estruturas anatômicas normalmente descritas como músculos do
quadril, pelve e pernas interagem com os músculos considerados
como do braço e da coluna via fáscia toracolombar. Isto produz
transferência efetiva de carga entre a coluna, pelve, pernas e braços
– um sistema integrado”.
O comprometimento deste papel integrador deve estar relacionado com
sobrecarga tecidual. Isto produz quadros dolorosos, especialmente na coluna
lombar. Em casos de lombalgia, frequentemente, a fáscia toracolombar está com
sua mobilidade prejudicada (BERTOLUCCI, 2003).
É importante perceber, especialmente a partir de perspectivas de reabilitação,
que dentro dos músculos do envelope da fáscia toracolombar existem os seguintes
tecidos conjuntivos de diferentes tipos de resistência à tração: tecido “frouxo”
conectado, tendões, aponeuroses e fáscia. Sabendo disso, é uma ilusão considerar
a fáscia toracolombar como um envelope de tecido conjuntivo “cheio” de tecido
muscular! Ela é uma unidade de tecido conjuntivo acoplado preenchido com
elementos contrácteis. Devido ao acoplamento entre a fáscia toracolombar,
músculos e outros grandes sistemas fasciais, deve-se ter muito cuidado em
categorizar certos músculos exclusivamente como pertencentes ao braço, à coluna
ou à perna (VLEEMING, 2012).
A fáscia toracolombar, ao transferir forças entre a coluna vertebral, a pélvis e
as pernas, desempenha um papel crucial transferindo forças no sentido cranial,
caudal e também na diagonal (VLEEMING, 2012).
Levando em consideração este conhecimento, é possível conduzir uma
proposta terapêutica diferenciada para indivíduos que apresentam dor lombar
aguda.
3.3.2
Função tônica
30
O modelo Função Tônica enfoca a resposta da gravidade como princípio
unificador para o que se tem chamado de movimento intrínseco (FRANK, 2002).
Função Tônica é um modelo de Integração Estrutural desenvolvido pelo
rolfista francês Hubert Godard (FRANK, 2002).
Merlino (2005) explica que:
“Anatomicamente a Função Tônica envolve partes do corpo que
poderíamos chamar de sistema tônico: cérebro, sistema nervoso,
fáscia, fibras nervosas, tendões de Golgi, e músculos tônicos, num
complexo sistema que negocia a coordenação do corpo com a
gravidade. A teoria da Função Tônica valoriza a função da
musculatura Tônica no equilíbrio e orientação do movimento, lidando
simultaneamente com estrutura e função, ambiente, coordenação,
percepção, e, finalmente, significação (MERLINO, 2005, p54)”.
Citado por FRANK (2002, p1), a idealizadora da Integração Estrutural, Ida
Rolf, considerando a evolução do potencial humano, enfatizou a importância da
gravidade.
Pensando e considerando a gravidade, nossos métodos e modelos deveriam
refletir nossos objetivos e visão, gerando uma discussão que descrevesse um
funcionamento ideal. Como terapeutas corporais, afirmamos que uma melhora na
função é importante e possível (FRANK, 2002).
Para que se alcance melhora na função, certos princípios podem ser
observados: mínima rigidez no corpo, eficiência nos movimentos e força adequada,
locomoção sutil, movimento funcional contralateral na marcha, uma livre e completa
respiração. O corpo deve ser capaz de adaptar-se e reagir a cada situação (FRANK,
2002).
Quando apresentamos uma capacidade ineficiente de usar o controle do
sistema gravitacional do corpo, o movimento não é bem sucedido. Para que
apareçam resultados na mudança de funcionamento e, desta forma, afetar o
controle da gravidade é necessária uma ação conjunta que permita uma combinação
de análise estrutural, manipulação do tecido mole, visualização, trabalho de
respiração, prática de movimento, negociação verbal e rapport (FRANK, 2002).
Outra definição que amplia essa compreensão nos é dada por Godard que
31
“(...) define percepção como a maneira que o sujeito se utiliza
da dinâmica dos sentidos: inter, intra, ou extra-sensorialmente. Intersensorialmente é quando um sentido auxilia outro, como por
exemplo: pôr os óculos para ouvir melhor ou pegar uma fruta para
enxergá--la melhor; intra-sensorialmente é quando um sentido se
volta para fora ou para dentro, como no caso da visão periférica
versus visão focada; e extra-sensorialmente que é a imaginação
evocando os sentidos. O modo como o sujeito percebe, ou seja, o
seu padrão de percepção, afeta o tônus dos músculos antigravitacionais, que mantêm o equilíbrio e que permitem o sujeito ficar
de pé sem que tenha que pensar nisso. São eles também que
registram as mudanças nos estados afetivo e emocional. Isso quer
dizer que os padrões de percepção e de coordenação afetam-se
mutuamente e influenciam e são influenciados pelo psiquismo do
sujeito (Godard, 1995). “Na verdade não é possível ensinar
movimento; tudo o que se pode fazer é tentar mudar o padrão de
percepção do sujeito” (Godard, 1990) (CASPARI, 2011, p4).”
Caspari (2011) apud Godard (1995) afirma que a atividade postural
antecipatória é totalmente dependente da estrutura de percepção de cada pessoa.
A resposta gravitacional é o primeiro desenvolvimento sensório presente em
qualquer coisa que façamos.
“Isso demonstra que o movimento em relação à resposta à gravidade
é formado antes de movermos e que não pode ser mudada pelo
controle voluntário direto. Somente pela mudança da percepção,
emoção ou o significado da situação nós podemos mudar a resposta
da gravidade. Nós não podemos aprender imitando um modelo de
ideal movimento para mover de um jeito ideal. A forma do movimento
certo depende da construção de cada um e do jeito que cada pessoa
sentir o próprio corpo e o espaço circundante e do jeito de cada
pessoa sentir seu corpo e o espaço circundante e do jeito que cada
um categoriza a situação (FRANK, 2002, p6).”
O conceito de palintonicidade reforça a relação entre gravidade e o
funcionamento ideal. Como terapeutas de Integração Estrutural e de Movimento,
buscamos orientar o sentido do corpo pela polaridade em duas direções, Terra e
Céu, com o propósito de, nele, obter respostas (FRANK, 2002).
32
Para entender como Integração Estrutural e de Movimento relacionam a
resposta da gravidade no corpo, devemos compreender o reflexo de alongamento.
Nos músculos que nos mantém eretos, o tônus é mantido através do controle
cerebral superior. Quando acontece mudança na extensão da fibra, os receptores de
alongamento modificam o tônus dos músculos e isto acontece sem percepção
consciente da nossa parte (FRANK, 2002).
Frank (2002) relata que a antecipação do movimento já é um movimento. Os
músculos com uma quantidade relativamente maior de receptores de alongamento
(fusos) são tônicos na função. Eles conseguem trabalhar mais lentamente e firme
por períodos de tempo prolongados pela sua capacidade de queimar o oxigênio de
forma mais eficiente, além de controlar e coordenar o trabalho dos músculos fásicos.
“(...) os músculos tônicos têm a capacidade de
influenciar o limiar de excitação do reflexo de alongamento no corpo
todo, com graus variados, ao influenciar o nível de carga na medula e
na formação reticular. Se o limiar é alto, o corpo ficará mais suave. O
laço do feedback funciona em ambas as direções e tem o potencial
de ser positivo: alta carga na medula e na formação reticular torna o
reflexo do alongamento mais sensível, o que por sua vez pode ser
mais provocado para eliciar carga mais alta; carga mais baixa torna o
reflexo do alongamento menos sensível e ao eliciar mais
alongamento pode continuar a baixar a carga”(FRANK, 2002, p8).
Importante salientar que o controle cinesiológico e a formação reticular podem
ser afetados, sinalizando para as funções cerebrais superiores a necessidade de
ação ou repouso.
“Reação de reflexo reduzido”, “reação de reflexo aumentado”, “mais
suave” e “mais firme” não são descrições de estados inerentemente
bons ou ruins. São antes descrições da capacidade do corpo de se
adaptar às circunstâncias cambiantes. Quando essas adaptações
são econômicas, o resultado é a integração. Adquirir a capacidade
de recrutar a reação necessária é a nossa meta (...). Quando um
conjunto de músculos tônicos solta, outros músculos são capazes de
soltar mais facilmente” (FRANK, 2002, p 8).
Falando sobre outra forma de usar a resposta da gravidade, Frank (2002)
explica:
“Há duas categorias de neurônios motores que podem inervar
músculos: neurônios motores alfa e neurônios motores gama. Os
neurônios alfa são controlados de duas formas: através do controle
voluntário direto e através do controle indireto via neurônio motor
gama, ou como aquilo que é conhecido como o laço gama (gama
33
loop). Quem faz o trabalho são os neurônios alfa. Contudo o controle
voluntário direto pelo córtex é muito diferente que o controle indireto
através da estimulação gama dos fusos nos pontos de feedback
muscular.) Godard salienta que para melhorar o sistema alfa,
dirigimos o cliente no sentido de perceber a sensação, ou sentir a
direção, em vez de imitar uma forma que elicia reação motora alfa
primária” (FRANK, 2002, p9).
Frank (2002) esclarece que a Função Tônica é uma descrição dos fatores que
consciente ou inconscientemente são negociadas quando se tenta modificar a
qualidade da função de uma pessoa através do Rolfing®.
“De acordo com Godard, todo o gestual está literalmente incrustado
na organização tônica. A musculatura tônica conhece a nossa
história, nossa psicologia. A relação com a força da gravidade é
carregada de conteúdos, de expressividade, e essa marca pessoal e
única é o que imprime a melodia cinética tão particular de cada um”
(MERLINO, 2005, p54).
Citando Frank (2002), a liberação do controle diafragmático relaciona-se com
aquele movimento que Laban chama de “fluxo preso” para “fluxo livre”. A mudança
no tônus do diafragma se manifesta mediante a expressão, o movimento livre da
pessoa para fora do ambiente, sendo isto uma contradição à inibição. Existindo uma
liberação no diafragma - de forma inconsciente ou de maneira consciente ou por
inibição cortical - este movimento possibilita alterações no tecido e no sistema
locomotor. Ao analisarmos a expressão do indivíduo no exercício do nosso trabalho,
percebemos como uma inibição no nível psicológico revela uma inibição no
diafragma. Caso ele esteja comprometido com a fixação de um movimento
semelhante ao dos músculos tônicos contraídos, a coluna é incapaz de se alongar,
enfraquecendo assim o mecanismo de resposta à gravidade.
Segundo Frank (2002), nosso trabalho como rolfistas é ensinar a nossos
clientes como desenvolver habilidades para inibir o controle que impede a ação da
Função Tônica cuja finalidade é evocar nova coordenação, resultante do trabalho
empreendido.
Em relação à coluna vertebral, um aspecto que devemos levar em
consideração relativo à Função Tônica é o tônus dos músculos. A redução tônica
dos músculos que controlam a lordose lombar e cervical possui um efeito benéfico
na Função Tônica e, portanto, no movimento intrínseco. Reduzir o tônus dos
34
músculos suboccipitais do pescoço (que são músculos mais densamente spindles
do corpo) e, de igual forma do psoas e dos eretores (Gracovertsky cita como
reguladores da lordose lombar) otimiza o estiramento da coluna (FRANK, 2002).
Concluindo com a ideia de Frank:
“A teoria da função tônica articula a ligação entre movimento e
resposta gravitacional. É um modelo funcional para o I E que começa
por considerar a orientação gravitacional. O movimento integrado
começa com a orientação da orientação para o peso e para o
espaço. A orientação otimizada auxilia na regulação da lordose, na
estabilidade do core e na melhora da caminhada contralateral. A
orientação otimizada também resulta em força e eficácia no dia-a-dia,
com a sensação diminuída de esforço”. (FRANK, 2008, p9).
35
CAPÍTULO 4 METODOLOGIA
A metodologia abordada no presente trabalho faz uso da pesquisa qualitativa
(questionários), da quantitativa (EVA) e, especificamente do estudo de caso.
4.1 Casuística
Foram atendidos dois sujeitos, um do sexo feminino, de quarenta e sete anos
e outro, do sexo masculino, de cinquenta e três anos. Ambos chegaram ao
consultório com dor lombar aguda.
4.2 Método
Para o desenvolvimento do atendimento Rolfing® em questão foi realizada:

Uma abordagem de sessão única não-formulística do método Rolfing®
com ênfase na função tônica.

Coleta de dados por meio de questionários (vide anexos).
Estes questionários foram desenvolvidos no Núcleo de Atendimento Pesquisa
e Estudo de Rolfing® (NAPER), criado em 1998, para o atendimento social, a
promoção do Rolfing®, bem como para a dimensão de ensino e o potencial do
exercício de pesquisa na ciência do Rolfing®.
Os instrumentos de avaliação aplicados foram três questionários e uma
escala, citados abaixo:

Entrevista Inicial (NAPER apud PRADO, 2005) preenchida quando da
chegada do sujeito no consultório.

Relatório do Cliente (NAPER apud PRADO, 2005) preenchido ao final da
sessão de Rolfing®.

A Escala Visual Analógica – EVA.
36

Questionário de Avaliação Posterior à Abordagem Recebida (NOVAES,
2014). Este questionário foi desenvolvido baseado nos questionários
citados acima, contendo questões que podem auxiliar a compreensão de
como o sujeito experimenta a abordagem da sessão única do Rolfing® no
momento atual.
Durante a sessão desenvolvida com ênfase na função tônica, foram utilizadas
as referências de percepção de peso, direção, volume e tempo, associando-as à
conexão e à sensação da respiração.
Estas referências foram sendo evocadas nos dois sujeitos, durante todo o
atendimento, estando eles em pé, caminhando, sentados e em decúbito dorsal.
A seguir, será mencionado como o atendimento foi realizado:

Passo 1: Com o objetivo de facilitar a análise das estruturas corporais de
forma mais completa, solicitamos aos sujeitos que se despissem,
permanecendo, durante a sessão, com duas peças de roupa para o
feminino e uma, para o masculino. Solicitamos, também, que prestassem
atenção às sensações do corpo, estimulando-os a relatar as percepções
sentidas.

Passo 2: Em seguida, ao solicitarmos que ficassem de pé, pedimos que
observassem seus pés e nos informassem como eles se apoiam no chão
e como se distribui o peso por toda a sua estrutura.

Passo 3: Na sequência, durante a caminhada, solicitamos que
observassem
como o movimento acontecia. O sujeito relata o que
percebe e sente!

Passo 4: Continuando, agora deitado na maca, em decúbito dorsal, o
corpo todo em extensão, estimulamos o sujeito a perceber como seu
corpo se acomoda, quais os pontos de maior contato com a maca, a
existência de tensão ou dor e a sentir o peso do próprio corpo. Neste
momento, em sentido horizontal, apresentamos a referência de peso
mencionada acima.
37

Passo 5: Feito isto, ao realizar o toque evocativo na região dos
suboccipitais, deixando-se soltar a cabeça, para sentir o seu peso,
solicitamos que o sujeito percebesse o sentido de direção da cabeça em
relação à rolfista e, também, a sensação dos calcanhares em direção
oposta a ela. Agindo assim, acabamos de apresentar, conforme fizemos
em relação à referência de peso, à referência de direção.

Passo 6: Permanecendo com as mãos na região dos suboccipitais,
pedimos ao sujeito que fechasse os olhos, deixando descansa-los na
cavidade orbital (sair do olhar focal), mantendo a conexão peso e direção
da cabeça e calcanhares.

Passo 7: Agora, no momento em que o sujeito está se apropriando das
referências de peso e direção, conduzimos sua percepção para o apoio
e o peso das seguintes estruturas: calcanhares, panturrilhas, coxas,
nádegas, dos segmentos da coluna, escápula, braços, mãos e por fim a
cabeça. Durante este procedimento, foram trazidas duas novas conexões:
a percepção da respiração e o entendimento (consciência) do volume de
próprio seu corpo. Mais uma vez, conforme fizemos em passos anteriores,
introduzimos a referência de volume.

Passo 8: Neste momento, pedimos ao sujeito que abrisse lentamente os
olhos, deixando a luz penetrá-los, sem focar em qualquer ponto da sala
(evocar o olhar periférico). Em seguida, os pés apoiados na maca, joelhos
fletidos e, mantendo a mesma distância da largura do quadril, realizamos,
em toda a extensão da coluna, toque informativo nas apófises espinhosas
no sentido caudal – cefálico. Ao fazermos este toque, tivemos a intensão
de evocar o reconhecimento da existência de cada vértebra, do espaço
entre elas, conectando-as à respiração. Para uma melhor percepção,
durante a fase expiratória, o sujeito era orientado a soltar o peso da
estrutura que estava sendo tocada. Assim, acabamos de introduzir a
referência de tempo para trazer maior percepção de espaço entre as
vértebras e a conexão destas estruturas.
38

Passo 9: Ao posicionarmos as mãos nas cristas ilíacas, orientamos o
sujeito a anteriorizar e a posteriorizar estas estruturas físicas, realizando
movimento sutil, mobilizando a região pélvica e evocando o relaxamento
deste lugar. Assim, acabamos por ensinar o rolamento pélvico.

Passo 10: Realizamos o “pelvic lift” (rolamento pélvico) com a intenção de
proporcionar o reconhecimento das estruturas da região pélvica do corpo
do sujeito.
O apoio dos pés na maca, associado à respiração, possibilita uma
percepção mais integrada das referências de peso, direção, volume, espaço e tempo
(ver Passo 8 p, 37).

Passo 11: Uma vez realizado o neck work (toque no pescoço), evocamos
no sujeito a importância da integração dos segmentos de toda a coluna.
Feito isto, solicitamos ao sujeito observar, mais uma vez, como seu corpo,
estendido, acomoda-se, quais os pontos de maior contato com a maca, e a sentir o
peso do próprio corpo.

Passo 12: Sentado na maca, apoiando os pés no chão, instruímos o
sujeito o modo de localizar os ísquios para que ele possa perceber no
corpo as direções de chão-espaço, de peso, volume e a relação, destas
conexões, com a respiração.

Passo13: Na sequência, ensinamos o movimento do rolamento pélvico a
partir dos ísquios e, em seguida, a flexão e a extensão da coluna a partir
do quadril.

Passo 14: O momento seguinte é o de levantar da maca consciente do
sentido de direções de chão e espaço.

Passo 15: Agora, em pé, o sujeito é convidado a observar as referências
chão/espaço e a perceber a distribuição do peso do corpo.

Passo 16: Nesta fase pedimos ao sujeito que repetisse a orientação
solicitada no Passo 2 para, em seguida, caminhar no próprio ritmo e
39
perceber as direções chão-espaço, frente-trás, lado-lado e volume e, as
conexões destas referências com a respiração.

Passo 17: Neste passo, realizamos entrevista final utilizando o
questionário do NAPER, contendo o relato de como aconteceu o
processo. Estimulamos o sujeito a incorporar as percepções despertadas
no atendimento a fim de que ele possa utilizá-las no seu cotidiano.

Passo 18: Por fim, aplicamos o Questionário de Avaliação Posterior à
Abordagem Recebida (NOVAES, 2014), para conhecermos como o
sujeito experimenta a abordagem da sessão única do Rolfing® no
momento atual.
40
CAPÍTULO 5 RESULTADOS E ANÁLISE
5.1 Resultados
5.1.1 Sujeito A
O sujeito é do sexo feminino, tem quarenta e sete anos, assistente social,
casada, tem três filhos.
Após a sessão está sem dor na região lombar e movimenta-se mais
livremente.
5.1.1.1 Entrevista Inicial – Sujeito A
Buscou o Rolfing® para aliviar a dor concentrada na região da coluna lombar
e cóccix, repercutindo na região do quadril, impedindo-lhe o livre movimento das
pernas. Sentia esta dor há mais ou menos uma semana, piorando na noite anterior
ao atendimento.
Segundo ela, “sinto o corpo duro na região do final da coluna lombar”, o que
dificulta todas as suas atividades diárias. Ao andar, quando o pé esquerdo apoia o
chão, sente dor na região do quadril e na coluna lombar do lado esquerdo.
Necessitou de ajuda para se vestir em casa e se despir no consultório.
Quanto à dor, em uma escala de 0 (nenhuma dor) a 10 (dor insuportável),
pontuou-se, no dia da sessão, 9, revelando dor intensa.
Ao pesquisarmos sobre o corpo, ela relata uma queda do balanço aos dez
anos, machucando o cóccix, resultando em dor e dificuldade para andar.
Aos vinte e três anos, grávida, sofreu um acidente de carro, que ocasionou
impacto no quadril e nas costas, gerando dor e mais uma vez, dificuldades para
andar.
41
Foi submetida a três cesarianas. O primeiro parto se deu há vinte e três anos;
o segundo há dezessete e o terceiro, há quatorze. Há dez anos fez uma cirurgia de
tireoidectomia em decorrência de um câncer. Nas duas últimas cesáreas, sentiu
desconforto na região do quadril e cóccix quando os bebês estavam com,
aproximadamente, dois meses de vida, causando-lhe dor na cervical.
Sente que o incômodo na região lombar é algo presente em sua vida, já fez
uso de medicação e colete cervical, mas obteve pouco alívio para suas dores. Ao
praticar Pilates passou a ter uma sensação de melhora.
Fez psicoterapia e diz que sente certa tendência a melancolia! Percebe que
somatiza as coisas e que esporadicamente tem uma baixa de energia!
Atualmente, costuma caminhar na praia e fazer musculação, esteira e
bicicleta umas três vezes por semana. Como forma de lazer gosta de ler e se reunir
com a família. A leitura e a reflexão ajudam a se equilibrar emocionalmente.
Diz ser econômica “com o corpo”, buscando conforto.
Quando perguntamos qual o objetivo de ter buscado o Rolfing®, obtivemos
como resposta “que espera alívio da dor”.
5.1.1.2 Relatório do Cliente – Sujeito A
Ela informa que o objetivo de aliviar a dor foi alcançado, e sente o corpo
relaxado.
Percebe que esta dor provocava muita tensão no corpo como um todo, mais
acentuadamente na coluna.
Relata ter aprendido a relaxar o sacro e o cóccix.
Compreende o Rolfing® como uma terapia importante porque tem uma ação
educativa.
5.1.1.3 EVA – Sujeito A
A dor desapareceu após a sessão, decaindo de 9, pontuação registrada na
avaliação inicial, para 0, ao término.
42
5.1.1.4 Questionário de Avaliação Posterior à Abordagem Recebida (NOVAES,
2014) – Sujeito A
Relata sentir-se ótima em relação ao corpo, sem dor física, mas tem
consciência de que a região lombar é sensível.
Mantém a rotina de musculação e caminhada na praia de duas a três vezes
por semana.
Descreve que o fato de localizar a região do sacro e poder relaxar este lugar,
foi algo despertado no corpo após a sessão de Rolfing®.
5.1.2 Sujeito B
O sujeito é do sexo masculino, tem cinquenta e três anos, técnico em
logística, casado, tem quatro filhos.
Informa-nos que depois da sessão sentiu grande alívio da dor lombar e
caminha mais livremente.
5.1.2.1 Entrevista Inicial – Sujeito B
Buscou o Rolfing® para aliviar uma dor lombar intensa que o acometeu no dia
anterior ao levantar peso (mover um quadriciclo). Esta dor provocou dificuldade para
caminhar.
Relata que sente dor na região lombar há mais ou menos quinze anos. Um
exame diagnosticou desgaste do disco vertebral. À época houve sugeriram-lhe uma
cirurgia, mas não foi feita. Fez uso de medicação, mas obteve melhor resultado com
a hidroginástica.
Sofreu há, aproximadamente, treze e quinze anos, quatro acidentes
automobilísticos com vários arranhões.
Quanto à dor, numa escala de 0 (nenhuma dor) a 10 (dor insuportável), hoje
está em 7.
43
Faz tratamento para a ansiedade há oito anos, e reconhece que ela “dispara
gatilhos no corpo”. Já fez uso de antidepressivo e atualmente toma medicação para
hipertensão arterial e frequenta terapia regularmente.
Fala de uma dor emocional!
Apesar da dor física, sente-se bem com o próprio corpo, mas precisa manter
o peso controlado. Tem consciência de que precisa se cuidar muito, pois usa o
corpo de forma muito intensa. Desta forma, faz caminhada na praia, esteira, bicicleta
e hidroterapia quase todos os dias. No lazer, gosta de ler, passear com a família e
usa a oração e a meditação para se equilibrar emocionalmente.
Para ele, o objetivo de ter buscado o Rolfing® “foi o de se livrar da dor na
região lombar e da dificuldade para caminhar”.
5.1.2.2 Relatório do Cliente – Sujeito B
O Sujeito B nos informa que após a sessão ficou praticamente sem dor e
caminhou melhor.
Tem a percepção de que “algo foi ativado no sistema do próprio corpo”.
5.1.2.3 EVA – Sujeito B
Após a sessão a dor foi reduzida de 7 para 1.
5.1.2.4 Questionário de Avaliação Posterior à Abordagem Recebida (NOVAES,
2014) – Sujeito B
Relata sentir-se bem em relação ao corpo e, depois da sessão de Rolfing®,
nunca mais teve dor na lombar.
Quanto aos desconfortos do corpo, sente que são causados pela velocidade
em que sua mente trabalha. Utiliza o relaxamento e a leitura como forma de diminuir
o ritmo.
Descreve que “diminuir a velocidade do corpo”, por entender a importância do
fator tempo, prestando mais atenção ao fazer as atividades diárias, foi o grande
aprendizado da sessão de Rolfing®”.
44
5.2 Análise
5.2.1 Análise Sujeito A
Na observação do processo do sujeito A, o que nos chama a atenção é a
forma como a tensão muscular interfere na harmonia corporal.
Neste sentido, conduzir o Sujeito A para dirigir a percepção de suas
estruturas mais sólidas, como, por exemplo, o peso dos próprios ossos e sentir a
direção oposta da cabeça e dos calcanhares, prestando atenção à respiração como
elemento de conexão. Tal conduta provocou as seguintes sensações assim
relatadas por ela:
“Surge um movimento no lado esquerdo na região lombar e sacro e aos
poucos se concentra no meio da coluna”.
“Sensação de pulsação no sacro e cóccix, eles tem ritmo”.
Observamos que durante a realização da sessão, o Sujeito A pode relaxar
quando experimentou a sensação de peso dos ossos e relacionou os espaços
existentes entre cada um deles. Esta percepção das estruturas do corpo interrelacionando trouxe uma possibilitou à cliente apropriar-se do seu próprio corpo e,
assim, reorganizar as partes que produziam a tensão e a dor. As referências de
peso/direção/espaço foram elementos chaves para a modificação da função.
Após a sessão única de Rolfing®, a cliente passou a dispor de novas
possibilidades para organizar suas estruturas corporais e harmonizá-las em relação
à gravidade.
5.2.2 Análise Sujeito B
Observamos que, durante a realização da sessão, o Sujeito B, ao ser
instruído a direcionar sua atenção ao peso dos próprios ossos, conscientizando-se
de que é necessário determinado tempo para desacelerar o ritmo do próprio corpo,
percebeu, então, a existência de direções e espaços entre as estruturas. Esta
conduta despertou, nele, a habilidade de identificar, relaxar as áreas de maior
tensão e de organizar suas estruturas em relação à gravidade.
45
5.3 Comentários em relação aos sujeitos deste estudo:
Constatamos que os dois Sujeitos tinham históricos importantes de queixas
em relação à região lombar em suas histórias de vida. Os dois chegaram ao
consultório com dor lombar aguda e dificuldade na caminhada. Apesar das
semelhanças
descritas,
cada
um
dos
Sujeitos
percebe
e
descreve
os
acontecimentos do próprio corpo de maneira bem diversa.
Respeitando a subjetividade de cada um dos Sujeitos atendidos, aplicando
metodologia acima descrita, utilizamos uma linguagem capaz de evocar,
individualmente, as respostas de sensação, percepção e coordenação. Esta ação
tem por objetivo permitir que o Sujeito aproprie-se do próprio corpo e, assim, consiga
melhor integração da parte dolorosa em relação a todo o sistema. Esta abordagem,
acreditamos, fez toda a diferença para uma resposta tão relevante dos Sujeitos em
relação ao alívio da dor lombar aguda.
46
CAPÍTULO 6 CONCLUSÃO
A ocorrência de quadros dolorosos na região lombar é uma causa frequente e
leva o indivíduo a buscar ajuda para o alívio destes desconfortos.
O Rolfing® ajuda na organização do corpo em relação à gravidade e nos
relacionamentos entre as diversas estruturas corporais entre si, com o outro e o
ambiente. Neste estudo, propomos utilizar o enfoque da função tônica, em uma
sessão única e não-formulística, para aliviar a dor lombar aguda. Interessa-nos
também estudar quando as resposta do corpo (em relação à força da gravidade, à
percepção e coordenação do movimento) trazem um posicionamento espacial mais
harmonizado das estruturas tensionadas, bem como o efeito disto na dor lombar
aguda.
Considerando os resultados observados nos dois Sujeitos deste estudo de
caso, que apontam uma melhora expressiva na sensação da dor lombar logo após a
sessão, bem como o não aparecimento desta dor por um período entre oito e nove
meses, observamos que a sessão única e não-formulística de Rolfing®, mostrou-se
um instrumento eficiente para tratar a dor lombar aguda.
Ao utilizarmos uma sessão única e não-formulística de Rolfing®, com enfoque
na função tônica, guiada pelos princípios do método, tivemos como propósito
oferecer aos clientes uma abordagem capaz de aliviar o quadro doloroso intenso
que causava dificuldade de locomoção.
Este trabalho revela que o resultado despertado no corpo dos Sujeitos
durante a sessão única, permanece presente no cotidiano. Há um ganho conforme
eles relatam, para além do corpo físico. Estes relatos indicam que a abordagem de
função tônica em sessão única pode ser curativa em relação à dor lombar aguda.
A existência de inervação autônoma na região lombar sugere novas
pesquisas de como o Sistema Nervoso Autônomo possa ser mobilizado em sessão
única de Rolfing® com Função Tônica. Assim sendo, é necessário replicar este
estudo de caso em um número maior de sujeitos entre faixas etárias diferentes
observando a durabilidade do tempo de resposta.
Esperamos que este estudo possa contribuir para novos debates e pesquisas.
47
CAPITULO 7 REFERÊNCIAS
BERTOLUCCI, L. Integração de Segmentos Corpóreos na Dor Músculo Esqueléticas
parte Rolfing Brasil., v.4, n.10, p4-7, 2003.
BERTOLUCCI, L. Integração de Segmentos Corpóreos na Dor Músculo Esqueléticas
parte IRolfing Brasil., v.4, n.11, p4-8, 2003.
BERTOLUCCI, L.Anatomia Funcional do Aparelho Locomotor-Parte Rolfing Brasil.,
v. 5, n. 13, p. 9-12, 2004.
BIENFAIT, M. Estudo e Tratamento do Esqueleto Fibroso Fáscias e Pompages. São
Paulo: Summus Editorial, 4ª ed,1999.
CASPARI, M. A Lógica Funcional da Receita. Rolfing Brasil., v. 6, n. 18, p. 4-31,
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FEITIS, R. Ida Rolf Fala –sobre Rolfing e realidade física. São Paulo: Summus
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FELDENKRAIS,M. Consciência Pelo Movimento –exercícios fáceis de fazer,para
melhorar a postura, visão, imaginação e percepção de si mesmo. São Paulo:
Summus Editorial, 19ªed, 1977.
FRANK, K. Função Tônica parte Rolfing Brasil. v.3, n.8, p.2-6, 2002.
FRANK, K.Função Tônica parte IRolfing Brasil. v.3, n.9, p.4-7, 2002.
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KEEN, L. A Ética do Toque. Rolfing Brasil., v. 9, n. 28, p. 10-15, 2009.
MERLINO, M, L. O Rolfing como Agente Restaurador da Comunicação entre Corpo
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509f Tese de Doutorado APRESENTADA programa de Estudos de Pós-graduação
em
Psicologia
Clínica,
Núcleo
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ROLF, Rolfing-A Integração das Estruturas Humanas. 2ª ed., São Paulo: Martins
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SCHLEIP, R. Fascial plasticity – a new neurobiological explanation: Part I. Journal of
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VLEEMING, A. The thoracolumbar fascia: an integrated functional view of the
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CHAITOW, L.; HUIJING, P. A. Fascia the tensional network of the human body. 1a
ed.. British: Elsevier, 2012, Cap1.6, p37- 43.
49
ANEXOS
ANEXO 1
NAPER – Núcleo de Atendimento, Pesquisa e Educação em Rolfing® - Versão 2013
Entrevista Inicial – NAPER
Parte 1 (pode ser preenchido pelo cliente)
Nome do Cliente: _____________________________________________________________
Data de Nascimento: ____/_____/________
Telefone: _________________ Celular: _________________
Endereço:
___________________________________________________________________
____________________________________________________CEP:___________________
E-mail: _____________________________________________________________________
1. Data de Início do Processo:_____/_____/________
2. Rolfista: ________________________
3. Sexo:
1) Masculino
2) Feminino
4. Local de Moradia:
a) Cidade: ________________________
b) Bairro: __________________________
5. Idade: _________
6. Estado Civil:
1) Solteiro
3) Separado
2) Casado / Morando Junto
4) Viúvo
5) Divorciado
7. 7a. Tem filhos? Quantos?
0) Não tenho ( 1) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) ( 5 ) ( 6 ) ( 7 ) ( 8 ) ( 9 ) (10)
7b. Tipos de parto: 1 ) Parto normal 2) Cesária
8. Formação Escolar:
1) Analfabeto
2) Pré-escola
3) 1º. grau incompleto
4) 1º. grau completo
5) 2º. grau incompleto
6) 2º. grau completo
7) Universitário incompleto
8) Universitário completo
9) Pós-Graduação
9. 9a. Profissão: _____________________________________
50
9b. Categoria Profissional:
1) Assalariado
2) Profissional Liberal
10. Religião
3) Estudante 5) Aposentado
4) Do Lar
6) Desempregado
10a. Tem religião?
1) Sim
2) Religião não, espiritualidade sim
3) Não – Ateu
10b. Qual?
1) Católico
3) Espírita 5) Muçulmano
2) Evangélico 4) Judeu
6) Protestante
7) Afro-brasileiro
8) Outros
10c. É praticante?
1) Sim
2) Não
11. Como você ficou sabendo sobre o método Rolfing®?
Múltiplas respostas
1) Cliente do NAPER
2) Rolfista
3) Cliente de Rolfing
4) Outros Profissionais – especifique: ___________________________
5) Mídia – especifique: _______________________________________
6) Internet
7) Livros / Bibliografia
8) Outras formas – especifique: _________________________________
9) Nome / Pessoa não identificada
12. Como ficou sabendo do NAPER?
Múltiplas respostas
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
Cliente do NAPER
Rolfista
Cliente de Rolfing
Outros Profissionais – especifique: __________________________
Mídia – especifique: ______________________________________
Internet
Outras Formas – especifique: _______________________________
Nome / Pessoa não identificada
13a. Já passou pelo processo de Rolfing® anteriormente?
1) Sim
2) Não
13b. Quando? (ano) __________________
Parte 2 (para ser preenchido pelo rolfista)
51
14. Porque você está procurando Rolfing® - Integração Estrutural? Escrever:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14a. Físicas:
14b. Psicobiológicas:
14c. Outros:
1) Estruturais 2) Funcionais
3) Emocional 4) Cultural / Ambiental / Visão de Mundo
5) Existencial / Espiritual / Autoconhecimento
6) Energética / Vitalidade
7) Interesse pela técnica 8) Outros
15. Como você se sente em relação ao seu corpo? _______________________________
_________________________________________________________________________
1) Ótimo
2) Bem
3) Regular 4) Ruim
5) Péssimo
16. Limitação Física
16a. Você tem queixa de alguma limitação física? 1) Sim
2) Não
16b. Qual? ________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
16c. Que efeitos isto tem na sua vida? __________________________________________
___________________________________________________________________________
17. Tem dor física?
1) Sim
2) Não
18. DOR A
18a. Localização: _______________________________________
18b. Há quanto tempo? __________________________________
18c. Qual a intensidade? 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
18d. Qual a periodicidade? _______________________________
18e. Histórico: (diagnóstico, exames, etc.)
__________________________________________________________________________
18f. O que você já fez para tratar essa dor e quais foram os resultados obtidos?
(remédios, fisioterapia, acupuntura, RPG, massagem, etc.)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
19. DOR B
19a. Localização: ________________________________________
19b. Há quanto tempo? ___________________________________
52
19c. Qual a intensidade 1 ( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
19d. Qual a periodicidade? ________________________________
19e. Histórico: (diagnóstico, exames, etc.)
__________________________________________________________________________
19f. O que você já fez para tratar essa dor e quais foram os resultados obtidos?
(remédios, fisioterapia, acupuntura, RPG, massagem, etc.)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
20. DOR C
20a. Localização: ________________________________________
20b. Há quanto tempo? ___________________________________
20c. Qual a intensidade? 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
20d. Qual a periodicidade? ________________________________
20e. Histórico: (diagnóstico, exames, etc.)
__________________________________________________________________________
20f. O que você já fez para tratar essa dor e quais foram os resultados obtidos?
(remédios, fisioterapia, acupuntura, RPG, massagem, etc.)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
 Observação para o Rolfista: Preencher no Relatório do Cliente as questões 45a 45c 45e
de acordo com as respostas das dores das questões 18, 19 e 20.
21. Como essas dores o afetam? (fisicamente, emocionalmente, qualidade de vida, etc.)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
22. Acidente
22a. Você já sofreu algum acidente? Qual? ______________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
53
22b. Alguma consequência física ou emocional? _________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
23. Cirurgia.
23a. Já passou por alguma cirurgia? 1) Sim
2) Não
23b. De quê? ______________________________________________________________
23c. Quando? (ano) ________________________________
23d. Como foi esta experiência do ponto de vista físico e emocional?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
24. Cirurgia Plástica.
24a. Já fez cirurgia plástica? 1) Sim
2) Não
24b. De que tipo? ___________________________________________________________
24c. Quando? (ano) _________________________
24d. O que levou a fazê-la?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
25. Investigação geral no que se refere a aspectos de saúde física e emocional.
a) Sistema Respiratório
b) Sistema Vascular
c) Sistema Imunológico / Auto-Imune
d) Sistema Músculo Esquelético
e) Sistema Digestivo
f) Sistema Neurológico
g) Emocional
26. Tratamento
26a Está se submetendo a algum tipo de tratamento? 1) Sim
2) Não
26b. Quais?_______________________________________________________________
___________________________________________________________________________
26c. De que tipo?
1) Alopático
2) Homeopático / Alternativo
54
3) Alopático e Homeopático / Alternativo
27. Tratamento Ortodôntico ou Fonoaudiológico
27a. Você faz ou fez algum tratamento ortodôntico ou fonoaudiológico? 1) Sim
2) Não
27b. Para quê? _____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
28. Medicamento
28a. Está tomando algum tipo de medicamento?
1) Sim
2) Não
28b. Para quê? _____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
29. Doença no Passado
29a. Teve outra doença no passado que gostaria de relatar? 1) Sim
2) Não
29b. Qual? _________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
30. Emocional
30a. Do ponto de vista emocional, como você se sente?
1) Ótimo
2) Bem
3) Regular 4) Ruim
5) Péssimo
30b. Percebe alguma relação entre como você se sente emocionalmente e seu corpo?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
31. Psicoterapia
31a. Você está fazendo psicoterapia? 1) Sim
2) Não
31b. Há quanto tempo? ____________________________________
31c. Já fez psicoterapia? 1) Sim
2) Não
31d. Por quanto tempo? ___________________________________
31e. Usa medicamento psicotrópico? 1) Sim
2) Não
31f . Para quê?____________________________________________
31g. Seu terapeuta sabe que está procurando Rolfing®? 1) Sim
2) Não
55
32. Tem vida sexual ativa? 1) Sim
2) Não
33. Atividade Física
33a. Faz alguma atividade física? 1) Sim
2) Não
33b. Qual (is)? ___________________________________________________________
33c. Com que frequência? _________________________________________________
34. Quais as atividades favoritas de lazer?
___________________________________________________________________________
35. Como usa seu corpo no cotidiano?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
36. Que recursos você tem para se equilibrar física ou emocionalmente, quando necessário?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
37. Algo mais que considera importante relatar?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
56
Anexo 2
NAPER – Núcleo de Atendimento, Pesquisa e Educação em Rolfing® - Versão 2013
Relatório do Cliente - NAPER
Nome do Cliente: ____________________________________________________________
Nome do Rolfista:
Data: _____/_____/_________
38. De uma forma geral, como você avalia seu processo de Rolfing® do ponto de vista
físico, emocional ou de outros aspectos.
39. Que mudanças você percebe?
40. Quais eram os seus objetivos no início do processo?
41. Você atingiu seus objetivos?
1) Sim
2) Não
3) Parcialmente
42a. Você acha que o Rolfing® lhe ajudou em outros aspectos da sua vida e de sua
pessoa além dos objetivos iniciais?
1) Sim
2) Não
3) Parcialmente
4) Talvez / provavelmente 5) Não sabe dizer
42b. Comente se quiser.
43. Como você avalia seu processo de Rolfing®?
2) Ótimo
2) Bem
3) Regular 4) Ruim
5) Péssimo
57
44a. Como você se sente emocionalmente após o processo de Rolfing®?
1) Ótimo
2) Bem
3) Regular 4) Ruim
5) Péssimo
44b. Como você se sentia emocionalmente antes do processo Rolfing®?
1) Ótimo
2) Bem
3) Regular 4) Ruim
5) Péssimo
44c. Comentários:
obs.: Seguir a ordem das dores mencionadas na Entrevista Inicial
45. DOR A
45a. Localização: _______________________________________
45b. Qual a intensidade dessa dor após o processo de Rolfing®?
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
45c. Qual a intensidade dessa dor antes o processo de Rolfing®?
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
45d. Qual a periodicidade atual dessa dor A?
____________________________________
45e. Qual a periodicidade anterior dessa dor A? _________________________________
46. DOR B
46a. Localização: _______________________________________
46b. Qual a intensidade dessa dor após o processo de Rolfing®?
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
46c. Qual a intensidade dessa dor antes o processo de Rolfing®?
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
46d. Qual a periodicidade atual dessa dor A?
____________________________________
46e. Qual a periodicidade anterior dessa dor A? _________________________________
47. DOR C
47a. Localização: _______________________________________
58
47b. Qual a intensidade dessa dor após o processo de Rolfing®?
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
47c. Qual a intensidade dessa dor antes o processo de Rolfing®?
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
47d. Qual a periodicidade atual dessa dor A?
____________________________________
47e. Qual a periodicidade anterior dessa dor A? _________________________________
48a. Você tem algum comentário a fazer com relação as suas dores e desconfortos?
48b. Atualmente como essas dores o estão afetando física e emocionalmente?
48c. Que recursos você tem atualmente para lidar com suas dores?
49a. Como foi trabalhar com seu rolfista?
1) Ótimo
2) Bem
3) Regular 4) Ruim
5) Péssimo
49b. Comentários:
50a. Como foi ser atendido no ambulatório / NAPER?
1) Ótimo
2) Bem
3) Regular 4) Ruim
5) Péssimo
59
50b. Você tem algum comentário ou sugestão para melhorar este atendimento:
51a. Como foi ser atendido numa situação grupal?
1) Ótimo
2) Bem
3) Regular 4) Ruim
5) Péssimo
51b. Comentários:
52. Como você falaria do Rolfing® para outra pessoa?
53. Algum outro comentário que gostaria de fazer?
60
ANEXO 3
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO POSTERIOR A ABORDAGEM RECEBIDA
(NOVAES, 2014).
Nome:
Data:
1 )Como você se sente atualmente/hoje em relação ao seu corpo?
(1) Ótimo (2) Bom (3) Regular (4) Ruim (5) Péssimo
2)Você tem dor física?
(1) Sim (2) Não
3)Qual o local da dor?
4)Qual a intensidade da dor?
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) 6( ) 7( ) 8( ) 9( ) 10( )
5)Atualmente como você se sente em relação a sua região lombar?
6)Hoje,quais os recursos que você utiliza para lidar com os desconfortos do corpo?
7)Da sessão de Rolfing® que recebeu, você pode descrever algo que chamou sua
atenção/despertou no seu corpo?

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