A Voz da Comunidade pg 03 Loteamento Balneário Maranduba pg

Transcrição

A Voz da Comunidade pg 03 Loteamento Balneário Maranduba pg
Maranduba, 15 de Abril de 2010
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Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br
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Ano I - Edição 05
Espaço do Leitor:
A Voz da Comunidade
pg 03
História:
Loteamento Balneário Maranduba pg 05
Sustentabilidade:
Famílias dos Parques Estaduais
pg 06
Dica de Turismo:
Cachoeira da Bacia: banana, café e aventura pg 08
Corcovado: natureza e história num só local pg 09
Gente da Nossa História:
Tereza dos Santos: uma mulher de fibra e de fé pg 10
Crônica:
A Maldição de Cunhambebe pg 11
Esporte:
Água Branca Futebol Clube pg 12
Cultura:
Rumo à Aparecida do Norte (Parte II) pg 13
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15 Abril 2010
Jornal MARANDUBA News
Internet para todos?
EDITORIAL
Seria tão bom se pudéssemos aproveitar todas as inovações e
vantagens que a tecnologia oferece, mas as empresas responsáveis pela prestação dos serviços que viabilizam essas tecnologias
insistem em prestar um péssimo atendimento.
Quem já não ficou intermináveis minutos - os mais insistentes,
horas! – escutando as ridículas musicas nos serviços de espera
telefônica? Algumas prestadoras implantaram serviço de atendimento automático tipo “tecle 1 para falar sobre isso”, “tecle 2 para
falar sobre aquilo”, “tecle 3 para falar sobre aquilo outro”... E assim
vai repetindo várias opções, menos a que você busca. Você tecla
uma opção, não é aquilo. Tecla outra, nem passa perto. Às vezes
volta para o início ou se despede encerrando a ligação. Você tem
vontade de jogar o telefone na parede.
No mundo atual envolvemo-nos demasiadamente com essa tecnologia, ficando reféns de facilidades e serviços disponíveis. Qual seu email? Não tem MSN? Orkut? Twitter? FaceBook? Skype? YouTube? Se
você não tem alguns desses serviços, você simplesmente não existe.
O mundo virtual está a cada dia se tornando parte da vida das
pessoas. Se você utiliza essas “facilidades” fica totalmente dependente dos serviços dessas empresas que viabilizam essa conexão
com o mundo virtual.
Minha decepção é com a Telefônica. Como webmaster de vários
sites, editor de newsletter, produtor multimídia e redator chefe deste
jornal, necessito de um acesso banda larga com a internet. Meu
trabalho depende inteiramente da internet.
Fico impressionado com o despreparo de uma companhia que
detém o monopólio do acesso banda larga em grande parte do
Estado de São Paulo, investe milhões em campanhas publicitárias
oferecendo o serviço Speedy, mas não tem disponibilidade de atender uma região com duas centrais telefônicas a menos de cinco
quilômetros uma da outra. Chego a ter saudade da antiga Telesp.
Saudade mesmo é do tempo antes da internet. Você sabia o que
podia fazer, como fazer, suas capacidades e limitações. Você não
se frustrava com o despreparo e ineficiência de tais prestadoras.
Hoje, com toda essa tecnologia a disposição, você vê seu vizinho
da direita acessando o Orkut, o da esquerda assistindo vídeos no
YouTube, e você se contorcendo de raiva para realizar seu trabalho a 128kbps que o G3 lhe contempla depois de trafegar mais
de 2 GB na rede.
Reclamar? Para quem? Ouvidoria... ANATEL... Não adianta.
Fica aqui mais uma vez meu desabafo. Sei que não sou o único,
mas espero que um dia o sonho do Lula se realize e possamos ter
Internet para todos.
Emilio Campi
Editor
Editado por:
Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.
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Responsabilidade Editorial:
Emilio Campi
Colaboradores:
Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues,
Camilo de Lellis Santos, Denis Ronaldo e Fernando Pedreira
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores
e não refletem a opinião da direção deste informativo
Cartas à Redação
Ruínas da Lagoinha
Parabéns pela iniciativa do
jornal Maranduba News!
Fiquei feliz em ver o artigo a
respeito das Ruínas e da cachoeira da Lagoinha, locais
que frequento desde 1953.
Tenho muitas fotos de época,
inclusive um jornal “A GAZETA”, de 1957, falando das ruínas da Lagoinha.
Michael Swoboda
São José dos Campos, SP
Mudança
Quero parabenizar o trabalho
elaborado por esta equipe que
decidiu mudar e mudou, mudou em todos os sentidos e
para melhor, mostrando que
a competência e o prazer de
fazer os levarão ao sucesso.
Mario Trindade
Ubatuba, SP
PSF Lagoinha
Gostaria de divulgar o atendimento do Programa Saude da
Familia Lagoinha em 2010:
Toda Segunda-feira das 9 às
12 hs: coleta de preventivo do
cancer do colo uterino, na Van
Saude da Mulher na cobertura
da Igreja católica.
Toda Terça feira das 9 às 12
hs na associação de boirro SALAN, atendimento para hipertensos e diabéticos, vacinação
para crianças e adultos, consulta com Enfermeira, fornecimento de medicamentos do
programa Hiperdia e outros
atendimentos.
Agradeço desde já, se for possivel a divulgação para a comunidade do Lagoinha.
Márcia
Ubatuba, SP
Ponte da Maranduba
Sou natural de Ubatuba, nascido no Sertão da Quina em
janeiro de 1951. Saí em meados de 1951 ou 1952, voltei
em 1964 residindo até fever-
eiro de 1971. Fiquei muito feliz com a criação deste meio
de comunicação social. Hoje
resido em São José dos Campos e tenho apenas um apartamento na mais bela praia de
Ubatuba (Maranduba).
Gostaria que os senhores
pesquisassem e mostrassem
o descaso da Prefeitura no
caso da ponte do Rio Maranduba, que no passado havia
uma bela ponte e depois caiu.
Fizeram apenas um pequena
ponte onde passa apenas
um carro. Ela existia desde a
década de 60 e depois com
o desgaste do tempo, caiu e
não foi refeita.
Vicente Amorim
São José dos Campos, SP
Quilombo Caçandoca
Parabéns pelo jornal, o Litoral
Norte precisa de um veículo
que mostre as belezas e qualidades desta região e do povo
Caiçara que esta perdendo
suas características por falta
de apoio dos órgãos competentes e da própria imprensa
local. Discussões como esta
da Caçandoca são muito importantes e devem sempre
estar em pauta. Os quilombolas precisam se entender
entre eles para que outros
oportunistas não venham derrubar o que foi conquistado
com muita luta e sangue,
como é o caso do esposo da
Dona Maria, conhecida como
“Maria dos Sete”, que chegou
a tomar tiro de capangas de
supostos donos da terra em
1997, e pescadores tiveram
os ranchos derrubados e queimados onde hoje se encontra
uma das sedes na praia da
Caçandoquinha. Os meios de
comunicação ai do litoral norte
não tem responsabilidade social com seus leitores e o povo
praiano. A imprensa marrom
do litoral só prejudica o povo
Caiçara valorizando o que vem
de fora. O que leva as pessoas
a se encantar por esse lugar
“abençoado por Deus e bonito
por natureza” são suas belezas naturais e modo de vida
do Caiçara, e é isso que precisa ser valorizado.
Thales Stadler
Via e-mail
Jornal Impresso
Começo esse e-mail dizendo
que sou um apaixonado por
Ubatuba, e em especial Maranduba. Há 5 anos que vou
à Maranduba. Comecei indo 1
vez ao ano, depois 2 vezes, e
já está ficando pouco... penso
seriamente em até me mudar
aí... mas enquanto isso vou
vendo as notícias através do
jornal Maranduba News. Escrevo esse e-mail para saber
se há possibilidade do jornal
ser enviado pra mim, sou de
Barra Bonita SP. Eu vejo pelo
site, mas gostaria muito de
ter e guardar as edições impressas. Caso seje possível o
envio, por favor me informar
o valor. Agradeço desde já e
aguardo ansiosamente
Obrigado
Eder Lebrão
Barra Bonita, SP
Cadê o Tié-sangue?
Alguém pode informar/pesquisar o que houve com o pássaro Tie-Sangue ou “Sangue
de Boi” como era mais conhecido. Até 1979 ainda era possível encontra-lo facilmente
pelas árvores na Maranduba,
Sapé, etc. Depois disso nunca
mais eu vi.
Alex Carpoviki
Via e-mail
Envie sua carta ou mensagem para a
seção carta do leitor através do e-mail
[email protected]. As mensagens devem conter nome completo,
RG, telefone, endereço de e-mail.
Reservamos o direito de resumir a
mensagem quando necessário.
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Jornal MARANDUBA News
Espaço do Leitor, a voz da Comunidade
Devido ao grande número de e-mails, abrimos este espaço para publicação de mensagens, reivindicações e cobrança da comunidade
Litorânea: ônibus lotado
Antes de mais nada, parabéns pela volta do Jornal Maranduba
News que é muito importante para a comunidade. Fico feliz por
ter um informativo local preocupado em trazer notícias e matérias interessantes.
Acho que seria interessante trazer ao conhecimento da comunidade, alguns fatos que vem ocorrendo com os passageiros do
ônibus da litorânea, principalmene com os que embarcam nos
pontos de ônibus da Maranduba.
Infelizmente, desde o último trimestre do ano de 2009, vem
ocorrendo problemas com a lotação da linha Caraguá-Ubatuba
em horários escolares e de trabalho, e atualmente tornou-se
frequente os cidadãos serem deixados para trás. Pior ainda!
Estudantes com idade entre 7 e 12 anos, moradores da Maranduba, não embarcam no ponto de ônibus do Massaguaçú à
noite, ficando lá até passar o próximo ônibus que nesse horário
tem intervalo de hora em hora. Alguns usuários, pais, inclusive
eu, já reclamamos junto à empresa, no Procon de Caraguá, na
ARTESP (no site do governo do Estado de São Paulo), na polícia,
no Conselho Tutelar de Ubatuba, e estamos aguardando uma
solução, contando cada dia que um colega fica pra trás.
Estamos indignados com esse problema que não deve continuar, pois não existe outra opção para quem precisa utilizar
essa linha. Por essa razão, gostaria de deixar registrado essa
reclamação e espero que isso se resolva da melhor forma para
todos, afinal, por se tratar de uma relação de consumo, não
podemos permitir e aceitar que nossos direitos sejam desrespeitados assim deliberadamente, e muito menos esperar que
aconteça coisa pior com a criançada que fica no ponto de ônibus
enquanto todo mundo sabe do problema e ninguém faz nada!
Desde já agradeço pelo espaço.
Andryelly Andrade
Ubatuba, SP
Cópia desta reclamação foi enviada em 13/04/2010 ao
e-mail [email protected] que até o fechamento desta edição não se pronunciou sobre o assunto.
Olá Ouvidoria!
(quem respondeu o e-mail tem nome??)
Gostaria de um telefone, nome ou e-mail deste Comandante
visto que minha reclamação de alto volume de som em carros
parados no estacionamento da Prefeitura até o momento não
teve solução.
Reintero esclarecimentos da Prefeitura sobre o dinheiro que
ela arrecada neste estacionamento e não justifica para onde vai.
Local: estacionamento Zona Azul - em frente Posto BR - Maranduba
Detalhe: Estive na ouvidoria pessoalmente a mais de 100 dias
(jan/2010 )
ABSURDO!!!!!!!! Ninguém resolve isso aí??????? Só percebo
jogo de empurra-empurra e solução ninguém dá!!!!!!!!!
Aproveito para informar ao Sr. Ouvidor que a base da PM citada encontra-se na maioria do tempo DESATIVADA.
Aviso aos navegantes: Na madrugada de sábado para domingo
deste último fim de semana - dia 10/11 de abril - um carro deu
“cavalo-de-pau “ várias vezes em plena rodovia Rio-Santos (adivinhem onde???) em frente ao estacionamento citado. Parece
que os orgão responsáveis estão inertes aguardando uma tragédia neste local para depois tomarem as providências (ou não?).
P.S. : Srs leitores do Maranduba News, a título de esclarecimento :
1- minha primeira reclamação está na edição 4, pag. 2
2 - o Sr. Ezio da Ouvidoria de Ubatuba informou em março
(depois de 90 dias de minha reclamação) através de telefonema
dado POR MIM que o assunto É DA PREFEITURA e não da Secretaria Municipal de Segurança Pública, visto que o estacionamento É DA PREFEITURA.
Belinda Goldberg
Via e-mail
Em 12/04/2010 09:57 <[email protected]> escreveu:
Prezada Senhora,
Com referência ao seu e-mail, acima referido, informamos que o assunto foi encaminhado para a Secretaria
Municipal de Segurança Pública e Defesa Social para
análise e providências. Em resposta, recebemos da referida Secretaria a seguinte comunicação:
“Resposta da Guarda Municipal de Ubatuba – sub-unidade da Secretaria de Segurança Informa que a Corporação, no período noturno, opera com apenas uma viatura-guarnição, voltada a prover segurança dos próprios
municipais. Na Maranduba há base da Polícia Militar, à
qual poderia ser solicitada a fiscalização e coibição das
irregularidades apontadas pela contribuinte.
Resposta da Secretaria Municipal de Segurança Pública
Informa que foi enviado ofício ao Comandante da Polícia Militar pelo qual pede providências a respeito do assunto em pauta.”
Agradecemos a sua participação.
Atenciosamente,
Ouvidoria Geral da Prefeitura de Ubatuba.
Gente da
Nossa História
A fámilia Amorim ficou muito
emocionada ao ler a matéria
de Pedro Bernardino Amorim.
Só faltou um detalhe - o
nome da filha Celeste - ela não
foi mencionada na matéria.
A matéria foi ótima, os filhos,
netos, bisnetos enfim toda a
família agradece a todos que
trabalham nesse jornal.
O trabalho de vocês é de
muita importancia, pois ele
ajuda a resgatar pessoas que
fizeram parte de nossa comunidade, que contribuiram de
certa forma para o progresso
da nossa gente.
Gostaria de enfatizar a importancia desse trabalho, que traz
tanta alegria a várias famílias.
Tenho certeza que todas
as famílias que passaram no
“Gente da nossa História” sentiram-se acarinhadas como
nós da família Amorim.
Obrigada a todos!!
Eliane de Deus
Via e-mail
Pedimos desculpas pela
omissão da filha Celeste na
matéria e agradecemos seu
e-mail, que incentiva toda
nossa equipe a registrar fatos
da nossa história.
A Redação
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Vamos falar sobre turismo IV
FERNANDO PEDREIRA
Dando continuidade as nossas informações, vamos hoje
falar do terceiro projeto que
desenvolvemos que faz parte
do PDTR Programa de Desenvolvimento do Turismo
Receptivo, que, para aqueles
que estão lendo pela primeira vez, foram desenvolvidos
com a participação do Sebrae
e de lideranças comunitárias
da Região Sul de Ubatuba,
com algumas participações da
Região Oeste, bem como com
alguns voluntários do Centro,
porém a ausência maciça do
empresariado e com as atrapalhadas do poder público.
Capacitação dos operacionais da cadeia produtiva do turismo
Neste projeto esperávamos
contar com a participação das
seguintes entidades:
Sebrae, Prefeitura de Ubatuba, Associação Comercial, Senai, Senac, Universidades, Instituto Florestal dentre outros,
O Objetivo:
Capacitar a comunidade
de Ubatuba para as diversas
oportunidades de trabalho oriundos da atividade turística no
Município.
Capacitar Empresários no sentido de melhor atender ao turista além de maximizar ganhos
oriundos de suas atividades.
Para isso realizaríamos uma
pesquisa para diagnosticarmos as maiores necessidades.
Mais uma vez estamos disponibilizando o projeto em sua
totalidade no site.
Como dissemos o PDTR é o
que hoje o Sebrae denomina
de Circuito Litoral Norte e
“GEOR” e está em pleno desenvolvimento no Litoral Norte
e em Ubatuba juntamente com
a Associação Comercial e Prefeitura Municipal aplicando os
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Jornal MARANDUBA News
Foto: Emilio Campi
O Turismo é uma atividade coletiva e que necessita da integração de todos
projetos, como temos pouca
ou nenhuma comunicação com
o que acontece nessa Cidade,
vou transcrever as últimas informações que recebemos.
Sebrae inicia visitas técnicas
do Circuito Litoral Norte em
Ubatuba
O Projeto GEOR visa transformar a cadeia produtiva do
turismo, buscando alternativas para o aumento do fluxo
de turistas na baixa temporada na região.
O Sebrae, em parceria com a
Prefeitura de Ubatuba e a Associação Comercial de Ubatuba, iniciou no mês de março as
visitas técnicas das consultoras
nos estabelecimentos comercias e atrativos públicos e privados do município que aderiram
ao projeto GEOR (Gestão Estratégica Orientada para Resultados). Foram visitados e
diagnosticados os segmentos
Agências de Turismo, Atrativos
Naturais, Cultura e Artesanato. No prazo aproximado de
40 dias os responsáveis locais
receberão as devolutivas do
Sebrae, com a avaliação detalhada do diagnóstico.
Entre os atrativos visitados
nas últimas duas semanas
em Ubatuba estão: a Fazenda
de Gengibre, Ruínas da Lagoinha, rotas de observação
de aves, Núcleo Picinguaba,
Parque Estadual da Ilha Anchieta,
comunidade
indígena (Prumirim), quilombola
(Sertão da Fazenda) e caiçara
(Prumirim), Aquário, Tamar,
entre outros. Para este mês,
estão previstas as visitas nos
segmentos de Hospedagem e
Gastronomia.
Projeto GEOR
O projeto GEOR (SEBRAE)
visa transformar a cadeia
produtiva do turismo, no caso
do Litoral Norte paulista, buscando alternativas para o aumento do fluxo de turistas na
baixa temporada na região.
A iniciativa do Sebrae-SP se
deu devido à demanda regional e a partir daí, iniciou-se a
análise do potencial turístico e
do ambiente das micro e pequenas empresas, a fim de estudar
a implementação de ações que
busquem elevar a competitividade dos empreendimentos existentes e potenciais.
O projeto atua em diversas
frentes, junto aos gestores
de propriedades públicas e
privadas com recursos turísticos naturais, culturais e atrativos em geral e tem como público alvo empreendimentos
de hospedagens, alimentação, artesãos, agenciamento
turístico, lojas e comércio diferenciado voltados ao turismo.
Na prática, o projeto atua na
adequação de propriedades
para recepção ao turista, formatação de roteiros, capacitação de gestores e profissionais
do setor, consultorias e diagnósticos individualizados, com
o objetivo de resultar em um
plano de promoção e comercialização do circuito turístico
do Litoral Norte de São Paulo,
com foco no aumento da demanda na baixa temporada.
(Fonte: Assessoria de Comunicação - PMU)
Participação Empresarial
Fica impossível desenvolver
o turismo sem a participação
dos Empresários, entrem em
contato com a Associação Comercial.
O Turismo é uma atividade
coletiva e que necessita da integração de todos, Empresários, Comunidades, e Administração Pública, bem como de
outros organismos que podem
muito auxiliar como Sebrae,
Conselho Municipal de Turismo, Senai etc.
Não podemos novamente
perder esta oportunidade, e
perdemos tantas outras, hoje
acredito que estamos prestes
a perder uma das maiores, a
nossa participação como subsede da Copa de 2014.
Para conquistarmos definitivamente este evento para nossa Cidade, necessitamos de
muitos projetos de Urbanização e Paisagismo, bem como,
Saneamento Básico e essencialmente Limpeza e Conservação, mas é imprescindível
a participação do Empresariado nesse processo, se Você
estiver esperando que alguém
faça alguma coisa, perceba
que este alguém é VOCÊ.
Nosso slogan em 2006 era:
“SEM PARTICIPAÇÃO
NÃO CABE RECLAMAÇÃO”
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Jornal MARANDUBA News
A história do loteamento Balneário Maranduba
EMILIO CAMPI
A história do loteamento atualmente denominado “Balneário
Maranduba” começa em em
13 de março de 1797 na qual
a Sesmaria Brejahymirinduba
(ou Maranduba). Por se achar
devoluta, a sesmaria foi concedida a Jose Ferreira de Castilho,
José Faustino de Alvarenga e
Joaquim de Moura Ferreira.
Posteriormente essa sesmaria passou a pertencer a
Dom Pedro de Alcântara, a
qual a regulamentou como
Colônia S. Pedro de Alcântara,
da qual tivemos acesso a fragmentos de um regulamento
determinando os procedimentos na colônia no município de
Ubatuba, em comum com o
engenho central sob a direção
de Firmino Joaquim Ferreira
da Veiga, em 1982. Na página
14 deste regulamento lemos o
seguinte texto:
“A sesmaria está quase toda
em matta virgem, e contém
muita madeira de lei e muito
barro para telha e tijolo. Na
foz do rio Brejahymirim, tem
a sesmaria um magnífico porto de mar, onde com a maré
vasia a sonda deu-me 30 palmos d´agua. N´um bello ancoradouro, com uma ponte de
20 braças de comprimento,
podem atracar a terra navios
que demandem 30 palmos de
calado. Na ilha que fica fronteira a foz daquelle rio, e que
pertence por direito de posse
aos sesmeiros, observei magnífico cascalho para o fabrico
da cal.
Em uma palavra, na época
em que nos achamos, quando
se torna indispensável fundarse explorações agrícolas que
tenham a transformar o nosso
systema de cultura extensiva,
de substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre, não
creio que possa existir uma localidade que ofereça condições
superiores às da sesmaria de
S. Pedro d´Alcantara, desde
que para ali se estabeleçam
fábricas centraes e os terrenos forem divididos e entregues a cultivadores nacionaes
e estrangeiros aos quaes podem se entregarem, não só ao
cultivo da canna de assucar,
como aos demais productos
tropicaes, visto a natureza e a
topographia dos terrenos.
Rio de Janeiro, 30 de maio
de 1882. A. da Silva Netto.
Atestamos ser verdadeira a
firma supra.
Antonio Gonçalves da Cunha
Bastos e Manoel Lopes de
Amorym”.
Registro da sesmaria Brejahymirinduba
Fotos: arquivo pessoal de Fabio Hanna
Loteamento Balneário Maranduba fazia parte da sesmaria Brejahymirinduba de Dom Pedro de Alcantara
Em 1928 as terras foram
arrematadas em praça nos
autos de inventário do finado
Capitão Fermino Joaquim Ferreira da Silva, processado no
Juízo de Direito da 1º Vara
de Niteroi, Estado do Rio de
Janeiro, por Manoel Jorge de
Jesus e sua mulher, Laura Ribeiro de Jesus conforme escritura pública de venda e compra datada de 21 de dezembro
de 1939 das notas do 19º Ofício Álvaro de Mello Alves do
Rio de Janeiro, conforme livro
14, fls 38 vº, no valor de cem
contos de réis (100:000&000).
Em 14 de outubro de 1941
as terras passam a pertencer a
ETAM - Empreza Territorial Agrícola Maranduba Ltda, com sede
no Rio de Janeiro conforme registro da transcrição 354.
No livro de registros públicos
3K de transcrição das transmissões consta nas fls. 15 a
transcrição 5019, feita em 2 de
outubro de 1967 pela qual a
Construtora e Imobiliária Jequi-
tibá Ltda. Adquire da ETAM por
NCR$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros novos) a então Fazenda
Maranduba (ou Brejahymirim),
atravessada pela rodovia Caraguá- Ubatuba, tendo por objeto
parte destacada em desmembramento da antiga sesmaria
de D. Pedro de Alcântara, situada em Ubatuba.
Em ofício datado de 29 de
julho de 1966, o então prefeito
de Ubatuba, Francisco Matarazzo Sobrinho recebe da Construtora e Imobiliária Jequitibá
Ltda. o loteamento Maranduba
após vistoria das ruas e praças, estando elas de acordo
com as Posturas Municipais da
época.
Construtora Jequitibá realiza aterro das ruas do loteamento Maranduba
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Famílias dos Parques Estaduais
BRAZ ALBERTINI
O litoral paulista começou
a ser povoado no século XVI,
logo após o descobrimento
do Brasil. Os imigrantes adentraram nas matas e foram
avançando ao interior, constituindo cidades como São Paulo
e outras tantas. Muitas famílias
permaneceram na costa do
litoral, onde sobrevivem até
hoje. No decorrer do tempo,
o Estado decretou as áreas de
preservação ou parques estaduais, especialmente em áreas
litorâneas. Atualmente, as regras estabelecidas nos parques
limitam as atividades dos antigos moradores, praticamente
inviabilizando a sobrevivência
desse pessoal. Existe ainda a
possibilidade, cada vez mais,
de ser executada a retirada
dos moradores dos parques, o
que é inconveniente.
Quando o Estado vai criar
uma área de parque é necessário que haja uma preocupação e uma destinação para
as famílias que lá vivem. Há
vários anos existem os parques
e os problemas continuam,
porque não se resolve a situação dos moradores. A lógica
do governo é que nestas áreas
não haja nenhum morador. Até
faria sentido essa maneira de
pensar, se aqui no Brasil existisse uma consciência formada
de preservação ambiental. Agir
assim é correr o risco de facilitar a ação dos predadores
da fauna e flora. Com um determinado número de famílias
morando em parques e sendo
educadas para protegê-los, é
possível que seja muito mais
eficiente do que o Estado colocar meia dúzia de guardas
que não dão conta de fiscalizar a área, deixando aberto o
caminho para os que querem
explorar indevidamente suas
riquezas.
15 Abril 2010
Jornal MARANDUBA News
Programa Agita Família
Foto: Emilio Campi
Dia Mundial da Atividade Física – Agita Mundo 2010
Foto: Emilio Campi
Médicos e voluntários prestam atendimento em escola no Sertão da Quina
Os animais e os pássaros precisam sobreviver, mas os seres
humanos também. E se os seres humanos forem educados e
respeitados, eles serão os maiores preservadores da natureza
As pessoas que habitam
áreas de preservação estão
próximas do litoral, que tem
cidades bem povoadas, o que
facilita a comercialização de
seus produtos. Então é perfeitamente possível conciliar a vida
dessas famílias ali sem prejuízo
para a natureza. Elas ficam por
anos e anos na maioria dos
parques estaduais, até que é
decretada a área de preservação, sem consultá-las jamais
sobre essa decisão. Como eles
têm anos de convivência com
esses locais e vivem da exploração saudável deles, tira-los
de lá sem oferecer condições
semelhantes de vida causa um
transtorno bastante considerável a suas vidas.
Estive em Ubatuba recentemente e visitei algumas propriedades rurais. Constatei arbitrariedades descabidas com
relação a um proprietário de
área que vive com sua família, trabalhando no sistema
agroflorestal de maneira espetacular. Ele repovoa a área com
palmito Jussara, onde pretende apenas colher parte das
sementes para extrair polpa,
porque o restante deixa para os
pássaros e para a reprodução
da espécie. Cultiva diversas
frutas intercaladas com outras
árvores típicas da floresta, fazendo doces, licores, extraindo
polpa, produzindo ervas medicinais e outros produtos sem
prejudicar em nada o meio
ambiente. Este é um exemplo
a ser seguido.
Não tenho dúvidas de que
precisamos criar áreas de
preservação, mas é necessário
um processo educativo para
essa população, de como ajudar a preservar ainda mais a
natureza e como conseguir
renda para sua sobrevivência.
Os animais e os pássaros precisam sobreviver, mas os seres
humanos também. E se os
seres humanos forem educados e respeitados, eles serão
os maiores preservadores da
natureza.
Braz Albertini é presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São e idealizador da
Agrifam. Mantém o Blog no endereço
http://blogdobraz.wordpress.com
EMILIO CAMPI
Dando
continuidade
às
ações do Projeto Agita Família, no Sertão da Quina a Escola Áurea Moreira Rachou
participou no último dia 11 de
abril do Agita Mundo 2010,
pela saúde e cidadania ativa
em comemoração do Dia Mundial da Atividade Física.
Este ano o tema escolhido
“Cidades Ativas: Vida Sustentável” teve como proposta sensibilizar as pessoas a refletiram
sobre o seu ambiente externo
e de como esse interfere na
prática de atividades físicas.
Neste dia várias escolas participantes do Programa Escola
da Família realizaram uma
caminhada ou ações educativas para valorizar a melhoria
na qualidade de vida da comunidade.
Na escola Áurea Moreira Rachou, dirigida por Ana Maria
de Farias, a ação foi o atendimento de médicos de outras
cidades que voluntariamente
se propuseram a realizar consultas e prestar orientações à
população. Foram realizados
testes de pressão e glicemia,
além de consultas nas áreas
de cardiologia, fisioterapia, ortopedia e clinica geral.
Segundo a educadora profissional do Programa Escola
da Família, Gláucia Cavalcante
Dias, a ação foi muito bem
recebida e proporcionou informações e atendimento de
grande valia para a população
do bairro.
A educadora Gláucia e o coordenador do projeto “Jovem do
Povo”, Bruno Cesar receberam a
comunidade no “Áurea” dia 11/04
O coordenador do projeto
social “Jovem do Povo”, Bruno
César, também esteve presente no evento auxiliando a
comunidade a conseguir materiais para tratamento ortopédico. Segundo Bruno César,
o projeto visa o fornecimento
de muletas, coletes cervicais,
tipóias, talas e material de
apóio pós-operatório para a
comunidade local. As pessoas
que necessitem esses materiais poderão consultar o coordenado no endereço Rua da
Lage, 190, Sertão da Quina,
telefone (12) 9751.6698 ou
pelo e-mail [email protected].
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Jornal MARANDUBA News
Prevenção Bucal
Regional Sul realiza manutenção e limpeza
DR.THIAGO M. SOKABE
De acordo com os dados
do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística),
estima-se em 179 milhões
a população atual no Brasil,
cerca de 20% da população
nacional nunca teve acesso a
qualquer tipo de tratamento
odontológico, isso significa 26
milhões de desdentados, em
um país com maior número
de dentistas do mundo, 19%
dos quase um milhão de profissionais da Odontologia do
planeta dado divulgado pelo
Ministério da Saúde.
O País ocupa uma das piores
posições no mundo quando se
trata da prevenção e controle
da cárie dentária.
Os problemas mais comuns
no que tange à saúde bucal
dos brasileiros são as cáries
e doenças periodontais (gengivas), pesquisas mostram
que o principal motivo da má
qualidade da saúde bucal dos
brasileiros é resultado da falta
de cuidados básicos de higiene.
Um dos períodos mais importantes para se prevenir as
cáries é durante a erupção dos
dentes, sejam eles decíduos
“de leite” ou permanentes.
A falta de dentes dá à fisionomia um aspecto de velhice
precoce, pois eles dão forma
e expressão ao rosto e à boca,
além de serem indispensáveis
a uma boa dicção. Os dentes
também, podem prejudicar a
Após as torrenciais chuvas que castigaram a região,
várias ações de manutenção
estão sendo efetuadas pela
Administração Regional Sul da
Prefeitura de Ubatuba.
Segundo Moralino Valim
Coelho, a regional sul efetuou operação tapa-buracos na
estrada da Fortaleza, assim
como a capina e limpeza da
mesma.
Outra ação foi a limpeza e a
implantação de tubos na estrada do Araribá para o perfeito escoamento das águas
pluviais.
Várias outras áreas foram
atingidas e serão efetuados
os devidos reparos ainda este
mês.
Devido a ressaca que atingiu
a região, houve um acúmulo
de detritos e lixo o canto direito da praia da Maranduba.
Segundo Moralino, a limpeza
será efetuada nesta sextafeira, dia 16.
digestão que começa na boca,
se os dentes estiverem cariados, ou mesmo se houver a
falta de algum, a digestão
torna-se mais difícil e todo o
organismo poderá ser afetado. Bons dentes favorecem a
boa mastigação, esta favorece
a digestão e, portanto, uma
assimilação mais perfeita e
completa dos alimentos.
Cuidando de seus dentes e
gengivas você estará conservando sua saúde e bem estar,
pois com bons dentes e bom
hálito é muito mais fácil se
relacionar com seus amigos,
namorada, esposa. Além de
aumentar a possibilidade de
ser selecionado entre candidatos à bons empregos.
A prevenção baseia-se em:
- Correta higienização com
escova e fio dental;
- Consumo inteligente do
açúcar;
- Uso correto de flúor, para
fortalecer os dentes;
- Acompanhamento da
saúde bucal pelo dentista a
cada 6 meses.
A grande maioria dos problemas relacionados aos dentes
podem ser evitados com uma
boa escovação e o uso do fio
dental adequado.
Por isso, nós do Consultório
Odontológico Massami viemos
por meio deste jornal orientar
sobre a importância da prevenção da saúde bucal.
Um Forte Abraço.
Dr. Thiago Massami Sokabe
Manutenção e limpeza da estrada da Fortaleza
Canto da Maranduba: ressaca deixou lixo e detritos a beira mar
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15 Abril 2010
Jornal MARANDUBA News
Cachoeira da Bacia: café, banana e muita aventura
Além das belezas naturais o local já foi palco de grandes roças existentes no litoral norte paulista
EZEQUIEL DOS SANTOS
Cravados no fundo do vale
do bairro do Corcovado, o conjunto da Cachoeira da Bacia é
muito visitada por conta de suas
águas límpidas e gelada, o acesso é por trilhas beirando o rio e
passa por áreas particulares e
trechos do parque estadual.
Para chegar ao local é necessário seguir por um trecho
de uma estrada antiga até
o inicio da trilha que leva as
corredeiras da cachoeira. O local foi palco de grandes roças,
no local se plantava de tudo:
milho, café, cana, batata doce,
feijão, banana, arroz e tudo
mais que era necessário para
a manutenção da casa, os antigos moradores da localidade
compravam apenas o sal grosso, a roupa e o querosene.
O local é considerado de
fácil acesso e de nenhuma
dificuldade, apenas requer
os cuidados necessários para
a segurança, as pedras, que
propiciam a visualização de
vários desenhos naturais são
muito escorregadias, principalmente quando chove, o
conjunto de poços e pequenas quedas dáguas mostram
um espetáculo a parte, a cada
vinte ou cinqüenta metros existe um local para uma massagem sem precedentes e um
relaxante banho, os poços são
em sua maioria rasos e de
rara beleza pela transparência
de suas águas.
Vale lembrar que o local já
foi parte de uma Sesmaria com
escravos e tudo, no local foram
realizadas plantações de cana
de açúcar, depois café, depois
mandioca, depois banana e depois as várias culturas agricultáveis para a manutenção do
corpo e da cultura local.
Existem várias trilhas antigas, ainda do período das
trocas de mercadorias entre
o litoral e o planalto, aonde
as pessoas iam a pé a várias
regiões e localidades, principalmente para a Vargem
Grande, as trilhas levam ainda
para os bairros da Lagoinha,
Sertão do Ingá, Sertão da Quina, para o pico do Corcovado
e em direção ao Ipiranguinha
e daí ao Centro da cidade.
O senhor Antonio Inácio,
77, que possui um etnoconhecimento invejável, é testemunha viva deste período,
ele começou sua atividade há
mais de 65 anos na região,
trabalhou na derrubada de
mata para a plantação das
várias culturas, as roças eram
enormes e mantinham muitos
empregos. Ele lembra que já
existiam pés de café na região
e as roças iam das laterais dos
rios até os morros.
Seu Antonio além de agricultor foi um dos primeiros guias
da localidade há cinqüenta
anos, ele levava alemães, ingleses, franceses, espanhóis e
brasileiros para a observação
de aves, para a visita ao pico
do Corcovado, também levou
muitos pesquisadores e desbravadores de ouro, granito
verde Ubatuba e outras pedras. “Cheguei a plantar 4.500
pés de café, colhia cerca de
oito toneladas de bananas
para levar a São Paulo e a
água da bacia era em maior
quantidade do que agora”, comenta Seu Antonio.
Fotos: Ezequiel dos Santos e Manoel Cabral
O conjunto da Cachoeira da Bacia é formado por várias corredeiras e poços. Seu Antonio Inácio (abaixo) é muito requisitado
pelo seu conhecimento sobre a faunba e a flora da região.
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Jornal MARANDUBA News
Natureza e história se fundem num só local
Vestígios de antigas moradias e roças plantadas pelos primeiros moradores ainda podem ser encontradas no fundo do vale
EZEQUIEL DOS SANTOS
No conjunto da Bacia também é muito aparente as
maravilhosas árvores, como
os pés de Cambucá, que podem ter sido plantadas pelos
antigos moradores, existem
também muitas delas caídas
naturalmente entre as trilhas
e as pedras dificultando o passeio. Para quem gosta de observar árvores, o local guarda
inúmeras espécies nativas e
plantadas, que para os moradores tradicionais tem um
grande valor cultural.
O silencio quando não é
quebrado pelo barulho das
águas, é quebrado pelos outros sons da natureza. As aves
e os animais, pequenos ou
grandes também dão o ar da
graça, mas para isto é bom
ter muita paciência e destreza
para a observação e audição.
As laterais das quedas da bacia também mostram as mais
variedades espécies de bromélias, orquídeas e espécies
rasteiras, que como sabemos
deve permanecer no local.
O local foi propriedade da
família Alves Coelho (Benedito, João, José, Etelvina, Teodoro, Daniel, Paulo Lamosa,
Maria Virginia, Ana Lacrina
entre outros) uma das mais
antigas da localidade, que depois vendeu aos a japoneses
da família Ikeda e é parte de
antigo loteamento chamado
de Gamboa.
Existem ainda em meio a
mata pés de café provavelmente ainda do período das
Sesmarias e muitos pés de bananas das grandes plantações.
Antonio Correia de Oliveira,
63, lembra que buscava de
caminhão cerca de 100 dúzias
de bananas por quinzena e
que seu pai já buscava banana
no local a muito mais tempo de
Gavião avistado nas proximidades
que ele. Os bananais funcionaram ainda até o final da década
de 1980 e terminou por conta
das restrições ambientais, por
conta disso muitas famílias ficaram na miséria e tiveram
que vender suas terras a preço
de “banana” aos loteadores,
comenta Antonio Correia.
As plantações foram fundamentais para os animais,
hoje eles descem para se alimentarem do que sobrou das
grandes roças, moradores
mantém pés de frutas no quintal e em outras proximidades
a fim de alimentar as aves,
alguns animais ainda levam
alimentos a seus filhotes, isto
acontece principalmente em
épocas de frio, é parte do conhecimento nativo, aquele que
não se aprende na faculdade.
Existe muitos vestígios de
casas no fundo do local, algumas de fácil visualização e
outras cobertas pelos capins,
também existe um viradouro
para a manobra de caminhões
de embarque de bananas.
O local, embora de fácil
acesso, deve ser visitado com
muito cuidado, é comum moradores encontrarem visitantes perdidos entre as trilhas.
A região tem muitas cobras e
é até fácil se perder nas trilhas, além das restrições ambientais como cortar árvores e
coletar espécimes protegidas,
é mais seguro a contratação
de guia local, que realmente
providencie segurança não
só para os visitantes, quanto
para a fauna e flora local, ele
Fotos: Ezequiel dos Santos e Manoel Cabral
Com um pouco de sorte, técnicas adequadas e paciencia, vários
animais silvestres podem ser avistados as margens da bacia.
Muitos deles descem, principalmente no inverno para se alimentar do que sobrou das grandes roças.
Bando de macacos “bugiu” desce a serra em busca de alimentos
também verificará a possibilidade da entrada ou não das
áreas que são particulares.
A comunidade do Corcovado
tem sua rede de captação de
água própria e não deixou que
a Sabesp fizesse uma represa no
conjunto da Cachoeira da Bacia
para não descaracterizar o local,
existem ainda marcas de furos
nas pedras do período de estudos
para a implantação do projeto.
Vale lembrar que não é legal
deixar outra coisa senão pegadas, porque o lixo urbano não
combina com natureza, ainda
mais neste pedaço de paraíso.
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Gente da nossa história:
EZEQUIEL DOS SANTOS
Nascida em berço humilde,
Tereza dos Santos deu o ar da
graça aos 13 dias do mês de
fevereiro de 1938. O pai, Pedro
Manoel dos Santos agricultor e
pescador. A mãe, Anativa Rosa
de Oliveira, agricultora e artesã,
são frutos dos primeiros moradores da localidade.
Tereza nasceu normal e com
o tempo os pais descobriram
que algo de errado vinha acontecendo com Tereza. Ela tinha
paralisia infantil.
Na época não havia escola,
assim como muitos, aprendeu
a ler e escrever com Maria Ballio, que a pé ensinava em toda a
região, depois de aprender a ler
e a escrever foi só esperar para
mostrar a todos o seu talento.
Com a visita mais freqüente
de turistas a partir da década
1950, ela foi referencia de desenvolvimento artístico, comunitário e cultural da localidade,
graças a ela hoje, o bairro do
Sertão da Quina é descrito no
livro de Lita Chastan - Caiçaras
e Franceses como rota do artesanato regional.
A doença deixou Tereza limitada para certos afazeres, mas isto
não a abalou. O que você faria
se um filho seu não pudesse realizar o gesto mais nobre que
existe, que é ajoelhar-se para
uma conversa íntima com seu
Deus ao pé da cama, “Tia Tereza” embora não pudesse realizar isto desenvolveu técnicas
próprias de agradecimentos a
Deus e de ensinamentos a população. Como era uma pessoa
muito religiosa, decidiu não ficar
só no campo das orações e sim
mostrar ações que lhe dariam
maior satisfação, por si só ela
é um exemplo a ser vivido, era
considerado por todos sem exceção uma lição de vida em vida.
Uma pessoa de baixa estatura
que até os vinte anos teve de se
locomover em uma cadeira de
rodas, empurrada pelos irmãos
que viam que seus lábios nunca
15 Abril 2010
Jornal MARANDUBA News
Tereza dos Santos: mulher de fibra e de fé
se cerravam para a tristeza,
sempre radiante como o sol,
dava com alegria seus conselhos a quem chateado estivesse,
emanava felicidade todos os
dias, todos os meses, o ano
inteiro, isto porque ela tinha
motivos para não ser feliz. “Terezinha”, professora autodidata,
recebeu vários elogios em vida,
mas a homenagem mais importante foi ter virado patrona da
escola onde ajudou a ensinar,
próximo a igreja católica.
Ela era polivalente, dinâmica
e muito esforçada, era ela quem
cortava o cabelo da população,
quem passou a alfabetizar moradores do bairro, dava aulas
de corte e costura, aulas de
catequese, de teatro, canto religioso, artesanato, dobraduras,
doces, salgados, tricôs, crochê,
bordado, fazia curativos, organizava festas e trabalhava nelas. Era ela, por exemplo, quem
organizava os casamentos, ela
fazia a roupas dos noivos, o
cabelo da noiva, o arranjo na
igreja, a escolha e o ensaio das
músicas, escolhia quem iria tocar, a cor do tapete da entrada,
a comida a ser servida, claro havia muita colaboração, bastava
passar um dia com Tereza que
alguma coisa se aprendia, as
pessoas iam para aprender e
iam espontaneamente.
Tereza recebeu a visita de
muitas autoridades e religiosos, era foi a ponte entre a
ALA, ASEL e a comunidade. Ela
tinha na ponta da língua a data
de aniversário de cada morador
da região, era comum ela dizer:
“Fulano, eu já rezei por você
hoje, feliz aniversário!”. Tereza
tinha a capacidade de transformar um pequeno espaço em um
“estádio de futebol”, tudo parecia grande, imponente, valoroso
e atual. Mais conhecida pela capacidade de transformar matéria
prima em obra de arte, recebeu
ilustres em sua casa, o então
Prefeito de Paraty da época Edson Lacerda, Frei Luiz Bíscaro,
pessoas como Sarah de Brito,
que traziam peças de artesanato
para Tereza reproduzir.
Com sua prima Catarina de
Oliveira Santos, eram responsáveis na década de 1960 por
cerca de 510 artesãos do município. Eram vendidas cerca de
quatro mil peças do artesanato
local, algumas das peças tomavam rumos importantes como o
MASP e Vaticano. Ela lembrava
ainda de que numa exposição
nacional em 1968, realizado em
São José dos Campos, foram
destaques duas peças de Ubatuba: um Tipiti do Manoel Hilário do Sertão do Ingá, e um
Jesus Cristo entalhado na madeira do Bigode do Centro. A
matéria prima extraída era cuidadosamente estudada e das
sobras eram inventadas outras
peças e cada moradora se especializada em duas ou três peças.
O filho do prefeito de Paraty,
Gustavo Lacerda, que havia estudado fora do país uma vez
produziu um filme sobre as
artes da região, o espanto foi
descobrir que ele havia feito o
filme para complementar outro
documentário, que foi exibido
em todo o Brasil e em Ubatuba
não foi diferente, foi exibido no
extinto Cine Atlântico, prédio do
antigo Fórum.
O artesanato durou por cerca
de duas décadas, até os moradores serem considerados criminosos e bandidos pelas leis ambientais criadas em salas com
ar condicionado. Ela também
administrou o prédio da ASEL
no bairro, onde funcionou uma
escola e o posto de saúde, ela
ainda ministrava cursos para as
Irmãs da ALA, onde também
fez aulas de canto com as irmãs
Petrina, Silvia Maria e Hercília com o apoio do Frei Vitório
Fantini, seu canto era balsamo
para os ouvidos, era fácil descobrir a voz de Tereza em meio a
multidão, muitos hoje sentem
saudades daquela voz divina,
que a Deus cantava com os
anjos. Mesmo com dificuldades
acompanhava as procissões da
época. Recebeu a visita de dois
famosos da época da Rádio Aparecida, era Tatu e Tatá, que não
se apresentaram como artistas,
mas com o turistas comuns, por
conta da visita, Tereza foi a Aparecida do Norte uma única vez e
lá participou de um programa de
rádio ao vivo chamado “Sertão
do meu Brasil”, foi uma tarde
de entrevistas e havia ainda um
concurso de frases e rimas. Tereza então apresentou a seguinte
frase: “Nossa senhora Aparecida, Rainha da Terra e do Céu,
Livrai o nosso Tatu, Pra não cair
no mundéu”, a frase não foi escolhida, mas causou muita repercussão pela originalidade.
Em 1969, numa semana que
antecedia o aniversário de Ubatuba, Tereza foi convidada pelo
então prefeito Cicillo Matarazzo,
o Presidente da Câmara senhor
Morgado e o farmacêutico Seu
Filhinho, em caráter de urgência,
a preparar algo para as festividades do aniversário de Ubatuba. Em uma semana ela formou
um coral e no dia e hora marcada
uma Kombi veio buscá-los, meio
acanhados cantaram para a multidão, o espanto foi quando terminou, a população aplaudiu de pé
por vários minutos. Na semana
seguinte o prefeito os convidou
novamente para uma apresentação em sua casa, lá estavam empresários, políticos, juizes e outras autoridades, também foram
aplaudidos de pé. Infelizmente
nada dura para sempre e com
Tereza não foi diferente, com o
agravamento da sua situação,
os problemas de saúde foram
debilitando-a e Deus calou a voz
da filha do Sertão do meu Brasil
mais cedo, era madrugada de 24
de Julho de 1995.
Mais uma enciclopédia da
nossa cultura se foi, as páginas da história escritas por ela
permanecem nas estrelas e seu
nome estampado nas camisas
de muitas crianças de uma das
escolas mais antigas da região.
Perdemos Tereza, mas graças a
ela ganhamos nossa identidade.
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Jornal MARANDUBA News
A Maldição de Cunhambebe
Crônica de Renato Nunes
Publicada em 11 de novembro de 2001
“...como pois contra nós, em guerra assídua, sem medo de seu Deus, cruéis se mostram?”... indagações do cacique Aymberê ao pe. Anchieta.
“Ubatuba é uma cidade que tem
muita iniciativa e pouca continuativa”, dizia um velho caiçara para as
pessoas que lá chegavam, no começo dos anos 70 em busca de um
novo local para trabalho e morada.
Com o passar do tempo se
percebe que o velho tinha razão.
Não só as iniciativas humanas,
mas também a natureza se comporta aqui de maneira estranha,
deixando muitas vezes as coisas
pela metade. O exemplo mais
fácil de encontrar são as mangueiras. Alguém já viu mangas
nas mangueiras de Ubatuba? As
mangueiras são comuns no litoral. Em Paraty estão carregadas
na época certa, em Caraguá e
em São Sebastião também. Em
Ubatuba não. As mangueiras perdem as flores antes da hora. É
claro existe uma ou outra mangueira de vez em quando, sem
muita regularidade, dá algumas
poucas mangas, mas isso são as
exceções, para não fugir da regra
de que toda regra tem exceções.
Os governos começam as coisas
e não terminam, os planos param
pela metade, o comércio começa
bem, logo depois não dá certo.
As pessoas que chegam cheias
de entusiasmo e idéias novas desistem e a maioria vai embora. É
só prestar um pouco de atenção
que os exemplos se multiplicam.
Mas tudo tem uma explicação, e
a explicação para o nosso caso é
a maldição lançada sobre a Aldeia
de Yperoig, hoje Ubatuba, pelo
valente cacique Cunhambebe no
ano de 1563.
# # #
Logo após a descoberta do
Brasil em 1500, os portugueses
tiveram que dominar e garantir a
posse das terras contra vários reinos europeus que naquele tempo
se expandiam descobrindo novas
terras ou simplesmente tomando
a terra dos outros à força, fazendo depois acordos com a coroa
para acomodar a convivência entre eles na Europa. Nessa época,
na posse, no domínio e nos acordos valia a lei do mais forte.
Os holandeses e os franceses
eram os mais terríveis interessados em tomar dos portugueses as
terras descobertas. Os espanhóis
que também foram grandes conquistadores lutavam para manter
o outro lado do vasto continente.
Para dominar a zona costeira e
explorar o interior das terras descobertas, os portugueses usavam
os índios como escravos no trabalho e nas lutas, capturados à força e muita brutalidade. E é aí que
entra a história de Cunhambebe.
Os índios eram pacíficos, não
conheciam nada dos brancos, só
conheciam a natureza que lhes
dava tudo de comer e de curar
alguma doença do mato, ferimentos ou comida mal digerida.
Seus deuses eram as forças da
natureza. Não tinham armas de
fogo nem facas e facões porque
não conheciam o metal, nem prisões. Os portugueses, para usar
seu trabalho escravo, impunham
grande pavor, matando, esfaqueando e prendendo com correntes
de ferro os desobedientes.
# # #
Cansados de tanto sofrimento os índios começaram a se revoltar atacando os invasores em
suas aldeias, porém, poupando as
mulheres e crianças que para eles
são criaturas sagradas. Diferente
dos portugueses que quando atacavam arrasavam tudo matando
quem estivesse pela frente. Caciques de diversas tribos, liderados
por Cunhambebe, (Koniam-bebê)
homem de dois metros de altura
cujo nome vem de sua gagueira
e fala arrastada, resolveram pôr
um fim a tantas injustiças e combinaram um grande ataque para
expulsar de vez aqueles homens
brancos muito maus.
# # #
Comandados por Cunhambebe
e pelos caciques Aymberê, Caoquira e Pindobossú os índios eram
muito numerosos. Os registros do
Padre José de Anchieta indicam
a chegada de mais de duzentas
canoas com mais de vinte índios
cada uma, além dos milhares que
vinham por terra, provenientes
das tribos situadas nas planícies
acima da Serra do Mar. Se a batalha tivesse acontecido os portugueses seriam arrasados e expulsos do litoral de São Paulo, e os
franceses, que dominavam o Rio
de Janeiro e que se relacionavam
muito bem com os índios daquela região, teriam tomado a terra
brasileira das mãos da Coroa Portuguesa. A história seria outra.
Mas a batalha não aconteceu.
# # #
Os portugueses auxiliados pelos jesuítas que tinham grande
poder sobre a bondade na terra
e suas recompensas na eternidade conseguiram aplacar a ira dos
chefes morubixabas com promessas de castigos divinos e muitas
ameaças do furor das forças da
natureza, que era a única coisa
real que orientava as ações e os
pensamentos daqueles homens
primitivos em seu estado natural
mais puro.
# # #
É verdade que alguns índios
duvidavam daquelas palavras,
mas seu temor era tanto que não
ficaram senão algumas memórias
dessas dúvidas. Existe o registro
de uma reclamação do cacique
Aymberê que foi tema de uns versos escritos sobre aqueles tempos, que revela bem as dificuldades dos índios com as coisas que
lhes eram ditas pelos padres. Diz
um trecho do poema encontrado
em velhos arquivos baseado nas
indagações de Aymberê ao padre
José de Anchieta:
# # #
“Não conhecem acaso os portugueses”.
Essa pia doutrina que nos pregas?
Como, pois contra nós, em
guerra assídua,
Sem medo de seu Deus, cruéis
se mostraram?
Ou, só porque de deus ao filho
adoram,
Lhes foi dado o poder de perseguir-nos?
Mas se do céu as leis desobedecem
Que deus é esse então que os
deixa impunes,
E vem por tua boca ameaçar-nos?
# # #
Os índios recolheram seus arcos, flechas e bordunas em atenção às promessas de paz e convivência com os brancos garantidas
pelos jesuítas. Depois de uma
viagem do cacique Cunhambebe
a São Vicente junto com o padre
Manoel da Nóbrega para acerto
dos acordos de fim das hostilidades, foi combinada a Paz de
Yperoig, que serviu de argumento para o desânimo dos franceses
que queriam ver os portugueses
expulsos. Cunhambebe e seus
guerreiros acreditaram na boa
fé dos acordos. Os vários chefes
com seus homens se dispersaram, se desarmaram e voltaram
para suas tribos, e até hoje se comemora a paz de Yperoig como
uma data importante que garantiu a unidade do Brasil contra as
ameaças de divisão, graças ao
trabalho de catequese e união
promovido por Anchieta, Nóbrega
e seus companheiros. Mas a história não comenta que logo depois de terem se desarmado e se
dispersado os índios foram massacrados pelos rudes e estúpidos
colonizadores portugueses interessados no ouro, nas riquezas e
nas terras descobertas.
# # #
Cunhambebe morreu doente,
ferido no corpo e na alma, enver-
gonhado diante da humilhação a
que levou seu povo por ter acreditado na palavra dos brancos.
Sabendo da importância que os
portugueses deram àquela data,
pouco antes de morrer o grande
cacique lançou uma maldição contra os invasores e seus descendentes dizendo que as terras de
Yperoig que eles tanto quiseram
seriam as terras do fracasso, que
lá nada daria certo, tudo que se
começasse não chegaria ao fim.
Grande entusiasmo no início e resultado miserável no final. E assim
tem sido a história de Ubatuba,
seus ciclos econômicos sempre
interrompidos, seus negócios e
empreendimentos sempre fracassados. Já quiseram fazer porto de
turismo, indústrias do pescado,
faculdades, nada dará certo por lá
enquanto se comemorar a Paz de
Yperoig como homenagem ao trabalho dos jesuítas, esquecendo-se
de que ela só foi possível porque
enganaram a boa fé daqueles homens primitivos e os traíram matando seus chefes e humilhando
seu povo, os verdadeiros donos
da terra brasileira.
# # #
Mas a maldição dos índios não
é eterna, seu desejo não é vingança e sim serem tratados com
dignidade e respeito. Para acabar
com os efeitos da Maldição de
Cunhambebe basta parar de comemorar a Paz de Yperoig da forma como ela é comemorada, que
ignora o papel e a traição cometida contra os índios. Para isso a
Câmara Municipal de Ubatuba deveria aprovar uma lei extinguindo
o dia da Paz de Yperoig criando
em seu lugar o dia de Cunhambebe e dos Índios do Litoral Norte.
A paz que uniu o Brasil deveria
ser atribuída ao martírio dos índios, da mesma forma que a independência do Brasil é atribuída
ao martírio de Tiradentes. Para
manter viva a homenagem, estátuas de Cunhambebe, Aymberê,
Coaquira e Pindobussú deveriam
ser erguidas nos principais pontos
da cidade. Aí a nossa história será
outra, podem crer...
# # #
Crônica de Renato Nunes
publicada originalmente no
Jornal A Cidade de 11/11/2001
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15 Abril 2010
Jornal MARANDUBA News
Clubes se aquecem para torneio
Água Branca Futebol Clube
local e regional no Sertão da Quina Época da chuteira de couro e crava de prego
Seleção de Ubatuba se prepara para Jogos Regionais
No último domingo dia 11, O
campo de futebol do Sertão da
Quina foi palco de rodadas entre
clubes do município para preparação ao campeonato da Liga
Ubatubense de Futebol-LUF e
de etapa de preparação dos Jogos Regionais. É a terceira rodada do torneio amador que serve
de aquecimento ao campeonato
oficial do município.
Todos os clubes filiados a
Liga na região sul encontramse inscritos e participam desta
etapa preparatória. Neste domingo a rodada contou com
os seguintes clubes e resultados: Rio da Prata 5 X Maranduba 1 – Araribá 3 X Marissol
1 – Sertão da Quina 4 X Praia
Dura 1. Os atletas que sofreram punições no ano passado
não participarão do campeonato de 2010, segundo normas da LUF.
Ocorreu ainda disputa entre Ubatuba (2) X Caçapava
(5) de futebol feminino, que
também é preparação para
os Jogos Regionais, tratase da Copa Caçapavense de
Futebol Feminino onde os jogos são de ida e volta. Para a
partida do futebol feminino a
ACESQ (Associação Cultural e
Esportiva do Sertão da Quina)
doou o horário do campo para
o evento.
A rodada do torneio Veterano, que seria no sábado dia
10 e contava com oito equipes, não ocorreu por conta
das fortes chuvas, os jogos
foram adiados para o próximo
sábado dia 17 as 16:45horas.
Como faltaram dois times para
preencher as vagas do torneio, os amigos Barba, Paraíba e Zé Correia montaram o
veterano Beira Rio e também
contam com as equipes R9 e
Silop. A ACESQ está aberto a
patrocínios e colaborações.
Contate a diretoria do clube.
LEMBRETE AO PAIS:
A diretoria do ACESQ pede
aos pais que orientem seus
filhos a não depredarem as
dependências do campo, pois
trata-se de um patrimônio de
todos e que no futuro será de
seus filhos, solicita ainda a colaboração dos mesmos na manutenção do local, não precisa
muita coisa, se cada homem
ou mulher puder doar uma
hora por semana, conseguiremos oferecer uma melhoria
significativa para todos.
A diretoria agradece.
EZEQUIEL DOS SANTOS
O nome da cachoeira teve
maior repercussão quando um
grupo de amigos, que jogava
futebol, resolveu em 1955,
ainda no governo Alberto
Santos, criar um time de futebol - o Água Branca Futebol
Clube, o nome foi escolhido
porque de onde eles jogavam
avistavam a cachoeira, o clube
tinha bandeira e tudo.
Na época os homens treinavam descalço no jundú da
Praia da Maranduba, onde atualmente encontra se o posto
de gasolina. Depois o campo
foi transferido para a Rua
Hipólito Alexandre da Cruz, no
Sertão da Quina, que possuía
70 metros quadrados e custou
cerca de 400 Réis contando
com o terreno, a trave era
de guissara de palmito e não
tinha grama, pois era área de
roça de mandioca.
Para preparar o campo, os
amigos arrancaram muito toco
de madeira e as primeiras
“gramas” eram capins, tinha
uma curiosidade, no meio do
campo havia uma trilha que era
o da vila e abaixo era o encanamento de água, a trilha levava
a casa do Tião Pedro e a do
Benedito Elói, por vezes o jogo
parava para que as pessoas
pudessem passar na trilha.
O local era metade do
Hipólito Alexandre da Cruz e
Sebastião Pedro de Oliveira.
Os sobreviventes daquela era
de ouro do futebol têm muitas
saudades, relembra o caiçara
Sebastião Pedro de Oliveira,
85, atacante do ABFC. “Jogávamos descalço, depois apareceu a tal de chuteira de
couro duro, no litoral íamos
de caminhão e na serra acima
subíamos a pé e trazíamos
o troféu para casa, era uma
beleza, fizemos muito mais
amizade do que confusão”, as
primeiras chuteiras de couro
e uniformes foram doadas
por Wilson Abirached que em
campanha política prometeu
e cumpriu o feito. Zeca Pedro, 70, lembra que muitos
olharam para a chuteira e de
cara já sabiam que seria difícil
calça-los, é que os pés eram
tão grossos de couro e os
Foto: Arquivo Zequinha Giraud
Em 1964 o campo no Sertão da Quina possuía 70 metros2, custou cerca
de 400 Réis, a trave era de guissara de palmito e não tinha grama
dedos dos pés esparramados
que foi difícil colocar o calçado
no primeiro momento, recorda
ainda que a bola era feita de
capotão costurada e amarrada, os amigos costumavam
passar sebo de carne animal
para que durasse mais.
Emblema bordado
Thereza dos Santos foi
quem bordou, confeccionou
e colocou os emblemas nas
camisas do clube. Segundo
Tião Pedro, eles já enfrentaram times do litoral e do Vale
do Paraíba. Na lembrança
de Seu Tião e Zeca Pedro, o
primeiro time era composto
por cerca de 20 homens e
alguns não jogavam, eram
eles: Goleiros - Guido Correia
e Antonio Pereira, Defensores
- Pedro Félix, Dito do Anastácio, Mané Pedro e Pedro Néco,
Meio Campistas - Calixto, Dito
Messias, Zé Benedito, Zé Felix, João Américo, Zé João e
Nanzinho Atacantes – Tião
Pedro, Mané Gaspar, Mane
João, Janjão, Pedro Oliveira,
Benedito Correia, Dito Messias, Zèca Pedro e Tião Felix.
O campo durou até o inicio da década de 1970 e foi
trocado por uma área de outros familiares de Catharina
de Oliveira Santos, onde está
até hoje. O uniforme do ABFC
sempre tinha a cor verde das
matas, mesclados com amarelo ou branco, conforme o jogo
de camisa do adversário, cada
jogador comprava seu uniforme que era trazido de Santos. Num determinado campeonato, o Água Branca já havia
eliminado três clubes (Lázaro,
Getuba e Maranduba), contra
o Getuba foram batidos 18
pênaltis e o ABFC passou, na
final foi contra o Massaguaçu
e o escolhido para bater foi
Zeca Pedro que depois de
cansado não conseguiu forças
para marcar o último gol e o
Água Branca perdeu por 3X2.
Havia ainda campos que
tinham valetas em seu meio,
como no caso do Campo da
Vargem Grande, o campo havia sido construído em uma
barreira. Era normal saírem
de manhã do Sertão da Quina,
chegavam a Vargem Grande,
dormiam e seis da manhã rumavam ao Bairro Alto, chegavam às 10 horas, participavam do festival, conquistavam
troféus, 15h30min saiam de
lá para uma pensão, três da
madrugada vinham para casa,
chegavam ao Sertão da Quina
às quatro da tarde tudo regado à farofa de frango, carne
na gordura e frutas apanhadas pelo caminho.
Neste tempo havia uma
molecada que já se preparam
para substituir os atuais
jogadores, eram: Nelson de
Oliveira (que tinha uma bola
de capotão), Jango, Wladimir,
Mauro Soares, Thomé Adolfo,
Ferreira, Augusto Correia,
Mane Hipólito, Adelson, Ivanil,
entre outros que depois de
saírem da roça jogavam até
escurecer.
Para quem gosta do futebol
arte, vai lembrar com muita
saudade do ABFC e outros times
que fizeram história por aqui.
15 Abril 2010
Página 13
Jornal MARANDUBA News
Rumo à Aparecida do Norte (Parte II)
Em 1936, promessa moveu moradores do Sertão da Quina a caminhar até Aparecida
Foto: Arquivo Família Benedito Elói
EZEQUIEL DOS SANTOS
Chegado o dia da caminhada,
subiram pela Água da Preguiça,
no caminho que vai para o
Campo, chegaram as Palmeiras
(bairro), descançaram e continuaram a caminhada. Chegaram as
6 horas da tarde no bairro da Fábrica (lugar de olarias, não existe
mais) no entorno de São Luiz do
Paraitinga, lá pousaram.
As seis da manhã partiram em
direção a Taubaté, por sorte conseguiram carona em um caminhão que transportava tijolos e
chegaram a Taubaté ao meio dia,
arrumaram as crianças, fizeram
o almoço, os homens dormiram,
já que para o pouso em lugar aberto os homens montavam guarda cuidando das mulheres, das
crianças e dos mantimentos, só
dormiam de dia no período do almoço que durava em média duas
horas, quando não havia lugares
prontos para pernoitar, tinham
de abrir acampamento.
O caminho a noite era iluminada por Fifó (lanterna feita de
bambu) e sempre em lugar próximo a água, claro que quem podia
levava um lampião a querosene.
De caminhão foram a Aparecida
e lá, no dia 07, chegaram por
volta do meio dia.
Uma das primeiras providencias foi comprar um cavalo de
lenha, isto mesmo, um cavalo
que puxava uma carroça e conforme o valor da paga vinha um
número de lenhas para usar
nos fogões. Na época a cidade
não tinha mais de 100 casas e
hotel, quer dizer pensão, era
artigo de luxo, então o jeito foi
dormir nos lugares de acampamentos e utilizar as dezenas de
fogão que ficavam a disposição
dos romeiros. Enquanto os adultos se arrumavam as crianças
não perdiam nenhum detalhe,
eram lá que muitas delas viam
pela primeira vez uma maçã, por
exemplo, viam também tomate,
pimentão, brinquedos, macarrão, carne moída, as lâmpadas
nos postes, “máquinas de tirar
Fotos como esta eram obrigatórias e comprovavam a visita das famílias a cidade de Aparecida do Norte
retratos” e o que mais chamava
a atenção na época eram os “pé
de gato”, nada mais eram que os
avós do tênis que calçamos hoje,
era um calçado feito de lona na
lateral e o solado era de fios
de cizal tão bem trançados que
guardavam os pés confortavelmente. Rapidamente os pais e
padrinhos de Elói foram até a
igreja velha e marcaram para o
dia 08 às 14 horas o batizado.
Chega o grande dia e até banho
demorado tomaram, pela manhã
foi uma mistura de café com almoço, já que temiam perder o
horário para o grande acontecimento.
Às 13 horas daquele dia se juntaram a outros que vieram para
o mesmo motivo e uma hora
depois o padre estava batizando
Elói, tudo conforme havia relatado a comadre por intermédio de
Nossa senhora das Graças. No
dia nove pela manhã a tristeza
dos pequenos, hora de partir.
As crianças sabiam que a volta
a Aparecida ia demorar muito, a
vinda pro Sertão foi mais rápida
e não menos cansativa, porém o
alivio de ter cumprido a promessa deram a este povo simples
uma nova missão e muito mais
responsabilidades.
A chegada foi na tarde do dia
11 de maio de 1936, a vizinhança
já os aguardavam e queriam saber das novidades, os mais velhos foram ver Elói. Para Maria
Gaspar dos Santos, 81, “foi uma
festa linda, eu era afilhada de
Benedito Elói e não saía da casa
dele, ele me queria muito bem e
eu ficava quase a semana inteira
na casa dele”. Pedro Oliveira, 75,
ainda vivo, conta que quase não
lembra de nada, até porque tinha
apenas um ano de idade e foi no
colo da mãe, mas lembra do que
a mãe contava, segundo ele a
prova é a foto que encontra-se
na casa que era do “papai”no
Sertão do Ingá em que está no
colo da mãe tirada nos dias em
que a comitiva esteve em Aparecida. Já Manoel Brak lembra é
das bagunças que faziam pelo
caminho, davam trabalho aos
mais velhos, já que eram crianças. Já José Benedito Amorim,
86, era o maior das crianças, na
época com doze anos, Amorim
emociona-se ao falar da mãe
Benedita Januária e da caminha
realizada há mais de 70 anos,
principalmente das pessoas que
ele “queria bem”.
Elói morreu de sarampo e seu
pai de complicações do coração.
Conceição a única viva conta
que, na Santa Casa de Caragua-
tatuba, quando deu a luz ao filho
José Braz, o pai a havia visitado
e depois faleceu. A afilhada Maria Gaspar lembra de que quando deu a luz ao filho Adilson ela
havia recebido a notícia de que
o padrinho havia falecido, ainda
convalescente fez questão de despedir do padrinho, ao vê-lo morto
emocionou-se e voltou para o
quarto, ela lembra ainda que ele
estava fazendo gaiolas com canivete no hospital para passar o
tempo e a última gaiola ele não
chegou a terminar, seu coração
parou antes.
Atualmente todos os anos
centenas de pessoas realizam a
caminhada a pé para a Aparecida, esta demonstração de fé reforça não só os laços da religiosidade deste povo, mas também
os laços culturais e saber que
muitos de nossos antepassados
já o faziam, não por opção, mas
por maior devoção e por necessidade, já que não havia outra
forma de ir ao Vale do Paraíba
senão a pé.
Para os moradores a perda de
Benedito Elói foi enorme, a família perdeu seu pilar mais frondoso, a história perdeu mais um
ícone da cultura caiçara e as festas não foram às mesmas depois
de sua partida. Embora reconhecido, muitos ainda acham que o
nome da rua ainda é pouco pelo
que este homem representou
para a comunidade e que, por
unanimidade, não se fazem mais
homens como antigamente, al-
Tibitilói, esposa e familiares em frente ao tendal de café no seu quintal
Página 14
Jornal MARANDUBA News
Classificados
IMÓVEIS
Sertão da Quina - Casa térrea,
2 dormitórios, sala, cozinha,
banheiro social, área com churrasqueira e banheiro. Área do
terreno 400 m². Área construída 125 m². Valor R$ 70.000.00
Tratar (12) 3849.8393
------------------------------------Sertão da Quina - Casa térrea c/
3 dormitórios, sendo uma suíte,
sala, cozinha e lavanderia. Escritura definitiva. 150 metros
da praia. Valor R$ 115.000,00
Tratar (12) 3849.8393
------------------------------------Tabatinga - Casa térrea, 3 dorms
(uma suíte), terreno grande c/
gramado, piscina, churrasqueira coberta. R$.170.000,00
Tratar (12) 3849.8393
------------------------------------Condomínio Sapê - Casa térrea,
2 suítes, 2 dorms, 2 banheiros, sala, cozinha, lavanderia,
varanda e churrasqueira, 50
metros da Praia do Sapé. R$
200.000,00 - (12) 3849.8393
------------------------------------Maranduba - Casa térrea, 3
dorms, 1 suíte, banheiro, sala,
churrasqueira, cozinha e garagem coberta. Localizada á 50
metros da praia, de frente para
rodovia. Valor R$ 300.000,00 Tratar (12) 3849.8393
------------------------------------Estufa II - Terreno 275m2 doc
OK, atrás Toninho Terraplenagem (antigo Flat Club). Valor
R$ 70.000,00. Aceito proposta.
(12) 9135.3998 Lucimara
[email protected]
15 Abril 2010
Isso é Maranduba!
Mande sua foto retratando cenas do cotidiano da região sul de Ubatuba: [email protected]
VEÍCULOS
Triciclo 1.6 c/ INMETRO, lindo.
Doc. OK. R$ 18,000,00. Tratar
(12) 3832.4192 ou 9601,5472
-------------------------------------
NAUTICA
Escuna 30 passageiros, Doc
OK. Completa, motor Yanmar
novo. Tr. (12) 3832.4192 ou
9601.5472 c/ Eduardo
Uma das opções de transporte muito utilizada na temporada são as escunas. Além de atração turística
elas compõe um cenário fascinante embelezando o visual da linda Maranduba. Foto Luciano Cancelier.
ATENÇÃO: Os anúncios classificados representa um serviço do Jornal Maranduba News à
comunidade da região sul de Ubatuba e norte
de Caraguatatuba. O jornal não tem qualquer
interesse ou participação dos negócios aqui
propostos. Para facilitar o acesso aos usuários
deste serviço, o jornal aceira anúncios através
de telefone ou e-mail não exigindo qualquer
procedência dos mesmos. Portanto, o Jornal
Maranduba News não se responsabiliza pelos
anúncios aqui veiculados.
15 Abril 2010
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Jornal MARANDUBA News
O Poder dos Sucos
ADELINA CAMPI
Para uma pele sem rugas
É rico em antioxidantes e bioativos que combatem os radicais
livres, retardando o envelhecimento da pele. Além disso, dá energia e disposição.
Ingredientes
. 1/2 limão
. 1 xícara (chá) de uva com casca
. 1 maçã verde com casca
. 200 ml de água mineral
Modo de fazer
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Coe, se preferir, e
beba com gelo.
Túnel do Tempo
Registro de fatos do século passado em nossa região
1965
1975
1999
1998
Suco que refresca e afasta as ruguinhas
O abacaxi e o alecrim merecem destaque por sua função digestiva. A maçã possui ação antiglicante, que impede que a
proteína do colágeno (que deixa a pele firme) seja estragada. Já
a hortelã confere sabor e frescor.
Ingredientes
. 1 xícara (chá) de abacaxi
. 1 xícara (chá) de maçã com casca
. 1 xícara (chá) de água filtrada
. 1 punhado de alecrim
. 1 punhado de folhas de hortelã
Modo de fazer
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Se preferir, coe.
Beba gelado.
1996
2001
Suco que dá energia
Além de muita energia, este suco fornece boas doses de vitamina A e C. É ótimo para ser ingerido depois da prática de
atividades físicas.
Ingredientes
. 2 caixinhas (200 ml) de suco de laranja
. 100 g de manga
. 1 caixinha de suco de goiaba (200 ml)
Modo de fazer
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Se preferir, coe.
Beba gelado
1995
Bumbum sem celulite
Ajuda a combater a inflamação das células e na eliminação das
toxinas, suavizando a celulite. Também estimula a ação do colágeno, que dá firmeza à pele.
Ingredientes
. 1 xícara de morango
. 1 maçã com casca
. Suco de 1 lima-da-pérsia
. 1 colher (sopa) rasa de aveia
. 1 pires de couve-manteiga
. 200 ml de água mineral
Modo de fazer
Bata todos os ingredientes no liquidificador e coe. Beba gelado.
E.C. Maranduba em final de campeonato
Juventude do Sertão em passeio a Ilha Anchieta
Estrada do Sertão da Quina após enchente
Aroldo e Zé Corrêa espiando céva na praia
1998
Manguaça filosófica era a pauta da reunião
No Bar do Pedro ainda não existia ressaca...
Grupo Guelê em apresentação oficial
Colocação de lombada na Rodovia SP-55
1998
Quando essa turma se reunia, algo acontecia
1995
Nosso editor com o freestyle Douglas Carvalho
Mande sua colaboração (foto, assunto e data) para esta coluna: [email protected]

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