Protocolo para Atendimento dos Casos Suspeitos de

Transcrição

Protocolo para Atendimento dos Casos Suspeitos de
Protocolo para Atendimento dos Casos
Suspeitos de Meningites e
Meningococcemia
Bruna Drummond de Souza
Maria Elisa Paula de Oliveira
Gt Meningites
CEI/COVEDIDivep
maio/2014
Objetivo
Este protocolo tem como objetivo
sistematizar para todos os profissionais de
saúde do Estado da Bahia, o atendimento,
o fluxo da investigação epidemiológica
das meningites e as medidas de controle
desse agravo, segundo o Guia de
Vigilância Epidemiológica preconizado
pelo Ministério da Saúde.
Quem notifica?
São obrigados a notificar:
Médicos e outros profissionais de saúde
(bioquímicos, enfermeiros etc.) no exercício da
profissão;
Responsáveis por organizações, estabelecimentos
públicos, privados e filantrópicos de saúde;
População em geral.
Notificação do caso suspeito à Secretaria Municipal
de Saúde e/ou Distrito Sanitário para a investigação
epidemiológica e adoção das medidas de controle.
Portaria nº 5 de 21/02/2006
• Art. 5º - Os profissionais de saúde no exercício da
profissão, bem como os responsáveis por
organizações e estabelecimentos públicos e
particulares de saúde e ensino, são obrigados a
comunicar aos gestores do Sistema Único de Saúde
(SUS) a ocorrência de casos suspeitos ou
confirmados
das
doenças
de
notificação
compulsória.
Parágrafo único. O não cumprimento desta
obrigatoriedade será comunicado aos conselhos de
entidades de Classe e ao Ministério Público para
que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Investigação Epidemiológica
É necessária a investigação epidemiológica de
todos os casos notificados, pelos núcleos
hospitalares de epidemiologia e distritos
sanitários, para que através das características
clínicas do caso, da análise dos resultados
laboratoriais e das possíveis fontes de
transmissão da doença, seja definido o
diagnóstico para encerramento do caso e
adotadas as medidas de controle cabíveis.
Definição de Caso
Suspeito de Meningite
Meningite - Criança e/ou adulto com febre,
cefaleia, vômito, rigidez de nuca, prostração,
confusão mental, sinais de irritação meníngea
(Kernig
e
Brudzinski),
convulsões
e
ocasionalmente
sufusões
hemorrágicas
(petéquias).
Em crianças menores de 1 ano observar sinais
de irritabilidade (choro persistente) e existência
de abaulamento da fontanela.
Investigação Epidemiológica
Suspeita Clínica
Notificação
Coleta de líquor e sangue
Diagnóstico laboratorial
Confirmação do caso
Medidas de controle
Diagnóstico Laboratorial
O diagnóstico laboratorial dos casos
suspeitos de meningite é de extrema
importância para a Vigilância
Epidemiológica, tanto na situação
endêmica da doença, quanto em
situações de surto, para a confirmação do
diagnóstico etiológico.
Diagnóstico Laboratorial
Os principais exames de rotina para o
esclarecimento diagnóstico dos casos
suspeitos de meningites são:
• Exame quimiocitológico do líquor;
• Bacterioscopia (líquor);
• Cultura (líquor) e Hemocultura (sangue);
• Aglutinação pelo látex (líquor e soro);
• PCR.
Diagnóstico Laboratorial
A DM pode ser confirmada pelos seguintes
exames:
• Bacterioscopia (Diplococos gram
negativo);
• Cultura (Neisseria meningitidis);
• Látex, CIEF e PCR ( Neisseria
meningitidis)
• Confirmação clínica - Meningococcemia
(quadro toxiinfeccioso, com evolução
rápida e presença de petéquias).
Fluxo laboratorial
• O médico deve colher o líquor e solicitar a
hemocultura (sangue) para enviar ao laboratório
local para os exames: citológico, bioquímico,
microbiológico e imunológico;
• Os Hospitais da Rede Própria SESAB e contratados
pelo SUS, que utilizam o KIT Meningites, deverão
encaminhar as amostras (lâminas, cultura do líquor,
hemocultura, líquor e soro) para o Laboratório de
Saúde Pública (Lacen), devidamente condicionadas
e com a Ficha de Acompanhamento de Amostras;
Fluxo laboratorial
• O perfeito acondicionamento das amostras é
importante para o êxito dos procedimentos
laboratoriais;
• Os Kits meningites, necessários ao diagnóstico
laboratorial, estão disponíveis nas Diretorias
Regionais de Saúde para serem fornecidos às
unidades hospitalares quando solicitados pelas
mesmas;
• As demais unidades hospitalares deverão enviar as
cepas para o Lacen;
Fluxo laboratorial
• Os exames realizados pelo Lacen são: Cultura,
Bacterioscopia, Látex e PCR;
– Todas as culturas positivas de Neisseria meningitidis,
Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae
deverão ser enviadas ao Lacen, que a seguir as
enviarão para o Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP), que é o
laboratório de referência nacional para as Meningites
Bacterianas, para que sejam realizados os seguintes
estudos complementares: confirmação da espécie,
sorogrupo, sorotipo e subtipo, caracterização
molecular e controle de resistência antimicrobiana da
cepa;
Quimioprofilaxia
• A quimioprofilaxia é adotada como medida
para prevenir casos secundários e não
assegura efeito protetor absoluto e
prolongado;
• A quimioprofilaxia só está indicada para
os
contatos
íntimos
dos
casos
confirmados de Doença Meningocócica
(DM) e Meningite por Haemophilus
influenzae (MH).
Quimioprofilaxia
Os contatos íntimos são os moradores do
mesmo domicílio, indivíduos que
compartilham o mesmo dormitório,
comunicantes de creches e pessoas
diretamente expostas às secreções do
paciente.
Quimioprofilaxia
A quimioprofilaxia para profissionais de
saúde só está indicada quando houver
exposição às secreções respiratórias e
vômitos, durante procedimentos como
respiração boca a boca e/ou entubação,
ou quando permaneceram no mesmo
ambiente que o doente por um período
superior a 4 horas, sem utilização de
equipamentos de proteção individual
(EPI);
Quimioprofilaxia
A Rifampicina (droga de escolha) está
disponível nas Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde e nas Diretorias
Regionais de Saúde, para ser
administrada pelas equipes dos serviços
de saúde e/ou Vigilância Epidemiológica
local, assim que receberem a notificação;
Coleta pós-morte
• Devido à ausência de Serviço de Verificação de
Óbito (SVO) no Estado e com o objetivo de
auxiliar a vigilância epidemiológica das
meningites no esclarecimento do diagnóstico,
recomenda-se em caso de óbito com suspeita
de meningite ou meningococcemia, que seja
realizada a punção liquórica até 6 horas após o
evento e a coleta de sangue, através da punção
cardíaca ou de veia calibrosa.
OBRIGADA!
• e-mail: [email protected]
• (71) 3116 - 0033
• Gt Meningites/COVEDI/DIVEP

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