meningite 2012

Transcrição

meningite 2012
OFICINA INTEGRADA DE VIGILÂNCIA DAS
DOENÇAS IMUNOPREVINÍVEIS
Salvador, 03 de Agosto de 2012
Quando há suspeita de um caso de meningite
O QUE FAZER?
Equipe GT Meningite
Bruna Drummond
Claudia Canabrava
Mª Elisa Oliveira
Orgali Marques
1
Apresentação
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
SITUAÇÃO
EPIDEMIOLÓGICA
1. OBJETIVOS
2. FLUXOS
DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
3. DISCUSSÃO DE CASOS
ASPECTOS
CLÍNICOS
2
Como atuar para atender aos objetivos
da Vigilância Epidemiológica
OBJETIVOS GERAIS
O QUE FAZER?
1. Monitorar a situação
epidemiológica
das
meningites no país;
Acompanhar o nº de
casos
no espaço
geo-social sob sua
responsabilidade –
Bairro;
Distrito;
Município;
Estado;
País;
Mapa da saúde da Bahia
2. Orientar a utilização das medidas de
prevenção e controle disponíveis
e
avaliar efetividade do uso
dessas tecnologias;
Esclarecer quais as medidas de controle e/ou
prevenção a serem realizadas nos comunicantes
e/ou população circunscrita.
Controle - Quimoprofilaxia
Orientar
a
administração
Quimioprofilaxia com Rifampicina
Quimioprofilaxia efetiva –
ausência de novos casos
com vínculo epidemiológico
da
Acompanhar cobertura vacinal:
Doença Meningocócica
• BCG
Haemophilus
•Tetravalente/Pentavalente
Prevenção – Vacinação
•Meningocócia Conjugada – C e
•Pneumococo 10 Valente
Vacina Meningocócica Conjugada – C
(menores de 1 ano)
Correlacionar os resultados a situações:
Vacina Polissacáride para maiores de
2 anos em casos de surto –
(administrada
somente
após
avaliação do Ministério da Saúde)
•Esperadas = ausência de casos em pessoas
imunizados na faixa etária;
•Não Esperadas = Adoecimento de pessoas
imunizadas
4
3. Avaliar o desempenho operacional do
Epidemiológica das Meningites – SVE/Meningite
Sistema
de
Vigilância
Avaliar o SINAN:
• completitude de dados
A ficha está completa?
• qualidade dos dados
Os dados digitados são coerentes ao diagnóstico?
• tempo oportuno de:
uso da quimioprofilaxia
A quimio foi em até 10 dias do início dos sintomas?
encerramento de casos
Cumprimos o prazo de 60 dias?
Avaliar o aparecimento de casos secundários /
casos com vínculo epidemiológico
Por que isso pode
acontecer?
• Riscos inerentes da doença – processo de adoecimento em curso
• Fragilidades do SVE –
• o caso não foi identificado em tempo oportuno;
• a quimio não foi realizada em tempo oportuno;
• Os contatos não foram identificados.
5
OBJETIVOS GERAIS
O QUE FAZER?
4. Produzir e disseminar
informações epidemiológicas
Produção contínua de informações,
organizadas em relatórios, boletins etc
• Incidência – nº de casos num
determinado período/ pop. X 10n
• Letalidade – nº de óbitos / nº de casos x
100
• Mortalidade – nº de óbitos / pop x 10n
(ex:100.000hab)
5. Detectar surtos de doença
Meningocócica e de Meningite
Viral.
Estar em alerta para o aumento
abrupto de um maior número de
casos numa comparação em série
histórica (anos anteriores)
Ferramenta – Diagrama de Controle
6
6. Monitorar a prevalência dos sorogrupos e sorotipos de Neisseria
meningitidis, dos sorotipos de Haemophillus influenzae e
Streptococcus pneumoniae circulantes no país.
7. Monitorar o perfil da resistência bacteriana das cepas de
Neisseria meningitidis, Haemóphilus influenzae e Streptococcus
pneumoniae.
Encaminhar
adequadamente
as amostras de material
biológico (líquor e sangue)
para o LACEN
processo de coleta
quantidade e
forma de armazenamento
Uma cepa só é identificada
em exames específicos
PROBLEMAS:
•ausência de amostra
•amostra contaminada
e com material em
condições adequadas
•amostra em quantidade
inadequada
•amostra de pacientes em uso de
medicamento (antibiótico)*
7
um caso suspeito de meningite
O QUE FAZER?
...desde a notificação até o encerramento...
FLUXO DE
INVESTIGAÇÃO DAS
MENINGITES
• identificar as ações a serem
realizadas para atender ao
FLUXO
• analisar o preenchimento dos
documentos de notificação e
investigação
• associar as ações ao protocolo de
meningite
(especialmente
confirmação
diagnóstica
dos
casos)
8
ROTEIRO DE INVESTIGAÇÃO MENINGITE
Caso suspeito
O que chama atenção para identificar um caso suspeito?
Sinais e sintomas mais comuns:
•Cefaléia intensa
•Febre elevada
Assistência médica
•Vômito em jato
•Manchas na pele (petéquias ou sufusões hemorrágicas)
•Pescoço endurecido (rigidez de nuca)
•Sonolência
Suspeita clínica
•Convulsões
Abaulamento de fontanela
Irritabilidade aumentada
9
Caso suspeito
Assistência médica
UBS
HOSPITAL
1. História da doença
Suspeita clínica
Quando iniciou os sintomas?
Quais são os sintomas?
Há doença de base?
O paciente está fazendo uso
de medicamento?
Acionar o NHE / CCIH
2. Coleta de material
biológico para
confirmação do caso
• Líquor
• Soro
NOTIFICAÇÃO
•
•
•
•
UPA
+
Laboratório
profissional treinado
Kit de meningite
Transporte ao LACEN
Acionar a Vigilância Epidemiológica
10
NOTIFICAÇÃO
COMUNICAR
Há um caso suspeito de
meningite....
E os dados do paciente são......
NOME
NOME DA MÃE
IDADE – DATA DE NASCIMENTO
MUN. DE RESIDÊNCIA
ENDEREÇO
DATA DO INÍCIO DOS SINTOMAS
E FORMALIZAR
0204691
Semana Epidemiológica
NOTIFICAÇÃO
Notificação
201052
G03.9
MENINGITE
BA
Primeiros Sintomas
201052
01/01/2011
SALVADOR
292740
CNES
HOSPITAL ESPECIALIZADO COUTO MAIA
0005428
30/12/2010
ITDSS
07/05/1994
6
M
4
016
04
NP
BA
SAO SEBASTIAO DO PASSE
292950
RUA URBIS I CAM 1
5
COLEGIO GRACILIANO
1
71
92494682
BRASIL
12
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
Confirmar ou não o caso e
Identificar a etiologia da doença
• Coleta e registro de informações
• Interpretação das informações para
diagnóstico
• Busca ativa de casos - Identificação dos
comunicantes
• Medidas de Controle - Orientações à
população/familiares
• Encerramento do caso
Coleta e registro de informações
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
SINAIS E SINTOMAS
Teve febre? Cefaléia? Vômito? Rigidez de
Nuca? Petéquias/ manchas no corpo?
DOENÇAS DE BASE E/OU ASSOCIADAS
O paciente tem alguma doença de Base –
diabetes, doenças cardiovasculares,
tuberculose, aids etc
HISTÓRIA DA DOENÇA
Quando o paciente começou a se sentir mal?
O que ele fez? Foi a algum serviço médico?
Tomou algum medicamento?
Coleta e registro de informações
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Insistir para coleta do material em tempo oportuno e
em condições adequadas;
• Garantir os kits de meningite;
• Interpretar resultados;
Coleta de material biológico:
• Sangue
• Líquor
• Raspado de petéquias
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
Interpretação das informações para diagnóstico
BACTERIOSCOPIA – “FORMA DA CÉLULA”
Realizado em líquor
Resultado
O que pode ser...
LISTA DAS ETIOLOGIAS DAS MENINGITES
PARA RESULTADO DE BACTERIOSCOPIA
N
61
62
32
31
30
29
36
34
33
35
03
08
28
51
RESULTADOS
NÃO REALIZADO
IGNORADO
BACILOS GRAM NEGATIVO
BACILOS GRAM POSITIVO
BASTONETES GRAM NEGATIVO
BASTONETES GRAM POSITIVO
COCOBACILOS
COCOS GRAM NEGATIVO
COCOS GRAM POSITIVO
DIPLOBACILOS GRAM NEGATIVO
DIPLOCOCOS GRAM NEGATIVO
DIPLOCOCOS GRAM POSITIVO
OUTRAS BACTÉRIAS
NENHUM AGENTE
Meningite Haemophilus
Doença meningocócica
Meningite Pneumocócica
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
Interpretação das informações para diagnóstico
QUIMIOCITOLÓGICO / CITOQUÍMICA –
“BIOQUÍMICA DO LÍQUOR”
Realizado em líquor
Resultado*
O que pode ser...
Glicose reduzida = ≤ 50mg%
Proteínas aumentadas = ≥ 50mg/dl
Cloreto diminuídos = ≤ 680mg
Meningite bacteriana
Hemácias = algum acidente de punção
Leucócitos aumentados = ≥ 4 cél.
Neutrófilos em maior proporção
Línfócitos em maior proporção
Meningite viral
Eosinófilos ou Monócitos
Men. outras etiologias
* - parâmetros para adultos
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
Vigilância
Epidemiológica
Bacteriana
MH DM
Viral
Outros
BACTERIOSCOPIA E
QUIMIOCITOLÓGICO
AGLUTINAÇÃO PELO LATEX – identifica o agente
pela reação de aglutinação de seu antígeno
Resultado
N
61
62
01
43
06
14
07
28
51
AGENTE ETIOLÓGICO
NÃO REALIZADO
IGNORADO
NEISSERIA MENINGITIDIS
CRIPTOCOCOS
HAEMOPHILUS INFLUENZAE
STREPTOCOCOS (SP, PIOGENS, ALFA,
HEMOLÍTICO, FECALIS, AGALACTIAE)
STREPTOCOCOS PENUMONIAE
OUTRAS BACTÉRIAS
NENHUM AGENTE
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
CULTURA – identifica o agente com o seu respectivo sorogrupo
do agente
QUADRO VII - LISTA DAS ETIOLOGIAS DAS MENINGITES PARA
RESULTADO DE CULTURA
N
61
62
01
06
07
28
51
AGENTE ETIOLÓGICO
NÃO REALIZADO
IGNORADO
NEISSERIA MENINGITIDIS
HAEMOPHILUS INFLUENZAE
STREPTOCOCOS PENUMONIAE
OUTRAS BACTÉRIAS
NENHUM AGENTE
PCR – Reação em Cadeia da Polimerase – identifica a genética
do agente
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
PERSISTÊNCIA E CONHECIMENTO
É preciso construir a cadeia de evidências...
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
FEBRE
CEFALÉIA
DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
BACTERIOSCOPIA
QUIMIOCITOLÓGICO
LATEX
CULTURA
VÔMITO
Adoecimento
abrupto
Doenças de
base
Vínculos
epidemiológicos
Coleta e registro de informações
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Mas se o paciente vier a óbito
antes da coleta, O QUE FAZER?
Coletar material pós morte e
encaminhar para o LACEN
Por que isso é muito
importante?
Definição da causa morte
SE Doença Meningocócica ou Meningite por
Haemophilus – identificar comunicantes e
tratá-los adequadamente - QUIMIOPROFILAXIA
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
Bacteriana
MH DM
Outros
Contatos Íntimos
Medidas
de Controle
Busca ativa
de casos
Orientação
da população
• pessoas que residem no
mesmo domicílio, ou que
compartilham o mesmo
dormitório em internatos,
presídios, quartéis,
creches
• Comunicantes de creches
• Pessoas que tiveram
contato com secreções
• Pessoas com contato em
ambiente fechado acima
de 4 horas
QUIMIOPROFILAXIA EM CASOS DE:
Doença meningocócica
Meningite por Haemophilus influenzae
Notificação
I
N
V
E
S
T
I
G
A
Ç
Ã
O
Encerramento
CRITÉRIOS CONSISTENTES
LISTA DE ETIOLOGIAS COM CRITÉRIO DE CONFIRMAÇÃO COMPATÍVEL
CÓDIGO ETIOLOGIA
PERMISSÃO PARA O CAMPO
CRITÉRIO DE
CONFIRMAÇÃO
01
Meningococcemia
1,2,3,4,5,7,9,10
02
Meningite Meningocócica
1,2,3,5,7,9,10
03
Meningite Meningocócica com
meningococcemia
1,2,3,4,5,7,9,10
04
Meningite Tuberculosa
1,4,5,6,7,9,10
05
Meningite por outras bactérias
VER QUADRO II
06
Meningite não especificada
4,6
07
Meningite asséptica
VER QUADRO III
08
Meningite por outra etiologia
1,3,5,7,9,10
09
Meningite por Hemófilo
1,2,3,7,9,10
10
Meningite por Pneumococo
1,3,9,10
QUADRO III – TABELA DE AGENTES
ASSÉPTICO
QUADRO II
CATEGO
RIA 5
CÓDIGO
MENINGITES POR OUTRAS BACTÉRIAS
09
10
SHIGELLA SP
STAPHYLOCOCCUS (AUREUS, SP,
EPIDERMIDIS
SALMONELA SP
ESCHERICHIA COLI
KLEBSIELLA (SP, PENUMONIAE)
STREPTOCOCCUS (SP, PYOGENES,
AGALACTIAE)
ENTEROCOCCUS
PSEUDOMONAS (AERUGINOSA, SP)
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
45
46
49
81
BACTÉRIAS
SERRATIA (MARCESCENS, SP)
ALCALIGENES (SP, FAECALIS)
PROTEUS (SP, VULGARIS, MIRABILIS)
LISTERIA MONOCYTOGENES
ENTEROBACTER (SP, CLOACAE)
ACINETOBACTER (SP, BAUMANNII)
CRITÉRI
O
1,9
1,9
1,9
1,9
1,9
1,3,9
1,9
1,9
1,9
1,9
1,9
1,9
1,9
1,9
NEISSERIA SP
1,9
OUTRAS BACTÉRIAS
1,9
TREPONEMA PALLIDIUM
RICKETTSIE
LEPTOSPIRA
BACTÉRIA NÃO ESPECIFICADA
1,9
1,9
1,9
4,5,6
CÓDIG
O
75
37
38
39
40
41
55
70
56
63
59
57
58
71
72
60
73
74
AGENTES
CRITÉRIO
NÃO IDENTIFICADO
CAXUMBA
SARAMPO
HERPES SIMPLES
VARICELA/CATAPORA/HE
RPES ZOSTER
RUBÉOLA
INFLUENZA
ADENOVÍRUS
ECHOVÍRUS
COXASACKIE
OUTROS ENTEROVÍRUS
4,6
4,7,8,9
7,8,9
4,7,8,9
4,7,8,9
VÍRUS DO NILO
OCIDENTAL
DENGUE
7,8,9
OUTROS ARBOVÍRUS
OUTROS VÍRUS
7,8,9
7,8,9
7,8,9
7,8,9
7,8,9
7,8,9
7,8,9
7,8,9
7,8,9
QUADRO IV - TABELA DE OUTRAS ETIOLOGIAS
CATEGORIA
85
N
42
43
44
47
48
50
52
76
77
64
MENINGITES POR OUTRAS
ETIOLOGIAS
ETIOLOGIAS
OUTROS FUNGOS
CRYPTOCOCCUS/TORULA
CANDIDA ALBICANS, SP
TRIPANOSSOMA CRUZI
TOXOPLASMA (GONDI, SP)
CISTICERCO
OUTROS PARASITAS
PLASMODIUM SP
TAENIA SOLIUM
ASPERGILLUS
ESTUDOS DE CASOS
OBRIGADO!
MÃOS À OBRA....

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