curso de bacharelado em enfermagem camila roberta vieira de lima
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Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM CAMILA ROBERTA VIEIRA DE LIMA CLARICE SANTOS DA SILVA RECIFE 2011 CAMILA ROBERTA VIEIRA DE LIMA CLARICE SANTOS DA SILVA PERFIL SÓCIO DEMOGRÁFICO CLÍNICO E OBSTÉTRICO DE GESTANTES ADMITIDAS NUMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA NO RECIFE COM DIAGNÓSTICO DE PARTO PREMATURO NO ANO DE 2010 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso como requisito para obtenção do Grau de Bacharel em Enfermagem. ORIENTADORA Profª Maria de Fátima Barbosa, Esp. RECIFE Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade São Miguel na Área de Enfermagem em Saúde da Mulher . Aprovado em: _____/_____/______ Banca Examinadora: ____________________________________________________________ Profª Maria de Fátima Barbosa, Esp. Presidente Conceito A 646 Recife n. 2 p.646-682 2011 (Camila Roberta) A família por ser nosso porto seguro, aos amigos de hoje e aos que de forma direta ou indireta nos ajudaram nesta caminhada, o nosso muito obrigada. (Clarice Santos) Resumo O objetivo deste estudo foi identificar o perfil sócio demográfico clinico e obstétrico de gestantes admitidas no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, maternidade de referência do Recife com diagnóstico de trabalho de parto prematuro. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo,com abordagem quantitativa. Para pesquisa os dados foram extraídos de 160 prontuários das gestantes admitidas no referido Centro no ano de 2010, o período da coleta dados compreendeu entre os meses de Setembro e Outubro de 2011. Resultados: Verificouse que a faixa etária predominante foi entre 20 e 24 anos (32%), a escolaridade (43%) possuía ensino fundamental incompleto ,estado civil (87%) como solteiras, ocupação (70%) do lar , semanas gestacional (47%) no intervalo de 34 a 37 semanas , antecedentes obstétrico quanto a paridade (45%) eram nulíparas. Os grupos de patologias maternas associadas ao trabalho de parto prematuro foram Ruptura Prematura de Membranas com Infecções geniturinárias (25%) e as Síndromes hipertensivas (20%) e Problemas com liquido amniótico (19%), quanto ao desfecho dos casos o parto aconteceu em 61% da amostra. A Prematuridade constitui-se uma grande problemática para a Saúde Pública, sendo assim uma das principais causa de morbidade e mortalidade, representando um grande desafio para toda uma equipe multiprofissional envolvida no atendimento assistencial de qualidade. Descritores: Trabalho de Parto Prematuro,Prematuridade, Gestantes Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 647 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto À minha família, amigos, professores do curso de graduação e à orientadora acompanhamento e incentivo em todas as etapas, nos estimulando a superar e enfrentar os obstáculos para a conclusão deste trabalho. prematuro no ano de 2010 Agradecimentos Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso Abstract The aim of this study was to identify the socio-demographic and clinical profile of pregnant women admitted to the obstetric Integrated Health Center Amaury de Medeiros, maternity reference Recife with a diagnosis of preterm labor. Methods: This is a descriptive study with a quantitative approach. To search the data were extracted from medical records of 160 pregnant women admitted to the Centre in 2010, the data collection period comprised between the months of September and October 2011. Results: We found that the predominant age group was between 20 and 24 years (32%), education (43%) had incomplete primary education, marital status (87%) and unmarried, occupation (70%) of home week pregnancy (47%) in the range 34 to 37 weeks, parity and obstetric history (45%) were nulliparous. Groups of maternal pathologies associated with preterm labor are Premature Rupture of Membranes with genitourinary infections (25%) and hypertensive syndromes (20%) and problems with the amniotic fluid (19%), and the outcome of the cases occurred in the delivery 61% of the sample. The prematurity constitutes a major problem for public health, so a major cause of morbidity and mortality, representing a major challenge for all involved in a multidisciplinary team of healthcare service quality. Key words: preferm labor, prematurity, pregnant women. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01: Distribuição da faixa etária das gestantes. CISAM – setembro/outubro de 2011.............................................................................................660 Gráfico 02: Características das gestantes em relação à raça. CISAM – setembro/outubro de 2011. ...........................................................................................661 Gráfico 03: Distribuição da procedência das gestantes. CISAM – setembro /outubro de 2011............................................................................................662 Gráfico 04: Distribuição referente à localização da moradia das gestantes. CISAM setembro/outubro de 2011.............................................................................................663 Gráfico 05: Distribuição em relação à escolaridade das gestantes. CISAM – setembro/outubro de 2011. ...........................................................................................664 Gráfico 06: Distribuição quanto ao estado civil das gestantes . CISAM – setembro/outubro de 2011.............................................................................................665 Gráfico 07: Distribuição quanto à profissão e ocupação das gestantes. CISAM – setembro/outubro de 2011.............................................................................................665 Gráfico 08. Distribuição dos dados referentes aos hábitos de vida das gestantes. Conceito A 648 Recife n. 2 p.646-682 2011 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Distribuição do diagnóstico clínico materno, segundo dados coletados nos prontuários do CISAM – setembro/ outubro 2011.................................672 SUMÁRIO 1 Introdução...................................................................................................................650 2 Objetivos.................................................................................................................... 651 2.1 Geral.........................................................................................................................651 2.2 Específicos...............................................................................................................651 3 Revisão da literatura....................................................................................................651 4 Procedimentos metodológicos. ..................................................................................657 4.1 Tipo de estudo..........................................................................................................657 4.2 Descrição de área ..................................................................................................657 4.3 População amostra...................................................................................................658 4.3.1 Critérios de inclusão..............................................................................................658 4.3.2 Critério de exclusão...............................................................................................658 4.4 Instrumento de coleta dados ..................................................................................658 4.5 Operacionalização da coleta de dados......................................................................658 4.6 Aspectos éticos e legais .........................................................................................659 4.6.1 Riscos e benefícios ............................................................................................659 4.7 Apresentação e análise dos dados............................................................................659 5 Apresentação dos resultados........................................................................................659 6 Considerações finais....................................................................................................675 7 Recomendações .........................................................................................................675 Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 649 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 CISAM- setembro/outubro de 2011..............................................................................666 Gráfico 9: Distribuição em relação semana gestacional das gestantes. CISAMsetembro/outubro de 2011.............................................................................................668 Gráfico 10: Distribuição quanto ao número de consultas de pré-natal realizada por gestantes . CISAM – outubro/setembro 2011. .......................................................669 Gráfico 11: Distribuição quanto aos antecedentes pessoais das gestantes. CISAM – outubro/setembro 2011..................................................................................................670 Gráfico 12: Distribuição quanto aos antecedentes familiares das gestantes. CISAM – outubro/setembro 2011. ................................................................................................671 Gráfico 13: Referentes antecedentes obstétricos (numero de paridade). CISAMoutubro/setembro 2011..................................................................................................672 Gráfico 14: Desfechos dos casos clínicos de trabalho parto prematuro. CISAMoutubro/setembro 2011..................................................................................................674 Revista Conceito A | Recista dos Trabalhos de Conclusão de Curso Referências....................................................................................................................676 ANEXO A – Carta de anuência ....................................................................................679 APÊNDICE-A: Instrumento de coleta de dados...........................................................680 1. INTRODUÇÃO A ocorrência de um trabalho de parto prematuro pode interferir e colaborar na antecipação dos nascimentos, essa intercorrência obstétrica tem como conseqüência a prematuridade. Apesar dos recursos tecnológicos que dispomos atualmente na medicina, associados à utilização de ações preventivas como pré-natal e intervenções terapêuticas neonatais, um dos grandes problemas a serem superados na Obstetrícia é o acontecimento dos partos prematuros. De acordo com os dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, os nascimentos prematuros na população brasileira têm se mantido constante nos últimos anos, numa prevalência com média de 6,6%, sua variação dependo da região ( CHAGAS et al 2009) O trabalho de parto prematuro segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, tem como definição aquele que ocorre entre a 22ª e 37ª semana de gestação (OMS, 2006). Sendo assim todo recém-nascido vivo com menos de 37 semanas completas de gestação, contadas a partir do primeiro dia da ultima menstruação do ciclo. Atualmente, o parto pré-termo tem sido responsável por cerca de 80% da mortalidade perinatal e 50% da morbidade neurológica, sendo assim grande a preocupação e o desafio da Obstetrícia prevenir tal fato (CORREIA; CORREIA JÚNIOR, 2005). Em decorrência desse parto prematuro deve os levar em consideração o risco de adaptação à vida extra-uterina, surgimento de complicações como Síndrome do Desconforto Respiratório, em decorrência a imaturidade pulmonar, Alterações do desenvolvimento neuropsicomotor devido a Paralisia cerebral e Hemorragia Intracraniana, susceptibilidade a infecções decorrente especialmente da fragilidade biológica dos recém-nascidos. Assim sendo esses fatores contribuem para o aumento da prevalência de morbidade e mortalidade neonatal (SALGE et al., 2009). O desafio de determinar os componentes associados que levam o trabalho de parto prematuro, do qual na maioria das vezes não têm repercussões imediatas, mas são evidenciadas por toda uma vida, acarretando seqüelas físicas e mentais. A escolha pelo estudo teve como base investigar quais os aspectos acerca do trabalho de Conceito A 650 Recife n. 2 p.620-645 2011 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Investigar o perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de trabalho de parto prematuro no ano de 2010. 2.2 Específicos Definir trabalho de parto prematuro. Descrever os determinantes sóciodemográficos, clínicos e obstétricos do trabalho de parto prematuro da amostra. Indentificar os sinais clínicos apresentado pela amostra; Identificar o desfecho dos casos da amostra com o diagnóstico de trabalho de parto prematuro. 3 REVISÃO DA LITERATURA A gravidez é um acontecimento fisiológico, sendo este caracterizado por diversas alterações e adaptações do organismo das mulheres, o fato dessa interação destes componentes resultará em alterações hormonais, alterações enzimáticas, presença do feto, aumento do Conceito A Recife n. 2 p.620-645 2011 651 Motivos de resistência das mulheres matriculadas na USF Curado II Jaboatão dos Guararapes, para a realização do exame Papanicolaou parto prematuro em relação às condições maternas, conhecer o perfil dessas mulheres atendidas em uma maternidade com o diagnóstico clínico de parto pré-termo. Desta forma, reduzir a incidência dos partos prematuros e co-morbidades nestes recém nascidos, através de ações preventivas e educativas, assim minimizando as complicações que levem a evolução desfavorável para a mãe e/ou para o feto. Tais complicações podem acontecer em mulheres com fatores predisponentes, desta maneira cabe aos profissionais de saúde o devido atendimento durante todo processo que envolve a gestação e o parto, a fim de garantir uma assistência de qualidade voltada não só para mulher e o recém nascido, mas todos participantes da família (DOTTO; MAMEDE, 2008). Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso volume uterino. Ainda existem as modificações nos sistemas tegumentares, digestório, cardio- circulatórios, respiratórios, urinários, neurológicos, endócrino, modificações no corpo como o aumento das mamas e do abdômen, tendo esse conjunto resultando no aumento do metabolismo em conseqüência de tais modificações (CARRARA; DUARTE, 1996). O autor acima afirma que “Deve-se analisar a gestação como uma prova de aptidão física para o organismo feminino, visto que a maioria de seus sistemas e aparelhos apresenta incremento de suas atividades”. Logo tendo em vista todos esses acontecimentos durante a gravidez tem como proposito acomodar uma nova vida, assim garantir o seguimento da gestação a o seu termino com o desfecho do nascimento. Além das alterações citadas serem normais e inerentes ao período gestacional, encontramos na literatura, que o mesmo pode ter a influencia de fatores associados que venha a comprometer o estado de saúde da gestante, do concepto, implicando em complicações no parto. Para Santos (2005, p. 57) As intercorrências clínicas podem se desenvolver em qualquer estágio da gravidez, seja por doenças maternas, dificuldades obstétricas ou fetais. O trabalho de parto prematuro, os quadros de hipertensão e diabetes gestacionais e as gestações gemelares também aparecem com freqüência como fator de risco. A literatura traz como definição o parto a termo ou pré-termo de acordo com a idade gestacional e o parto prematuro acontece a partir da 22ª a 37ª semanas de vida (REZENDE, 2008). O TPP está associado quando a gestação não evolui até o período aprazado, isto é, a gestante apresenta contrações uterinas freqüentes acompanhadas do esmaecimento cervical antes da 37ª semana de gestação (SILVA, 2001). A incidência de nascimentos pré-termo no Brasil variou de 5%, em 1994, a 6,6%, em 2005, sugerindo um aumento na proporção de partos prematuros no país neste período analisado segundo um estudo que avaliou a progressão da prematuridade no Brasil, nas regiões e capitais tendo como base as informações do Sistema de Informação Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde . Os resultados identificaram que na Região Nordeste, não incluído as capitais houve redução da prematuridade de 7,7%, em 1994, para 5,2%, em 2005. No entanto quando se observou o nascimento pré-termo por parte das capitais houve um aumento, como um dos exemplos em Recife (Pernambuco) de 6,7% em 1994 para 7,9% em 2005 (SILVEIRA et al 2009). Conceito A 652 Recife n. 2 p.646-682 2011 Na atenção ao prematuro, surgiram grandes especialistas com destaque para Pierre Budin considerado “O pai da Neonatologia”, o mesmo investigou a prematuridade e identificou o peso como principal critério de definição. Concluindo que um recém nascido poderia ser considerado pré-termo se tivesse um peso ao nascer igual ou inferior a 2500 gramas (BAIÃO, 2009). Com os avanços na neonatologia principalmente nos países da Europa, nosso país adotou novos métodos na assistência a criança recém nascida, como a utilização de incubadoras no tratamento da prematuridade (RODRIGUES ;OLIVEIRA,2004). Atualmente os critérios de avaliação das condições de vida dos recém nascidos têm como fatores importantes à idade gestacional e o peso. Ambos servem como parâmetros diferenciais na avaliação, sendo um elemento colaborativo a sobrevivência e desenvolvimento do mesmo. Logo as classificações desses recém nascidos de acordo com essas variáveis são: Prematuros menores de 37 semanas; de termo 37 a 41 semanas; pós-termo maior que 42 semanas; recém nascido de baixo peso < 2.500 g e recém nascido de muito baixo peso < 1.500 g (RAMOS et al 2003 p. 321). Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 653 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 Em decorrência de um nascimento prematuro a mortalidade neonatal ocorre em 75%,assim sendo a causa mais freqüente de doenças neste período, pelo fato de que nesta fase será inerente ao seu crescimento e desenvolvimento (SALGE et al 2009). No estudo que procurou identificar os fatores de risco para a mortalidade no período perinatal.Em 2003 dos nascimentos ocorridos no Recife compreenderam em uma porcentagem de 57,8% das mortes . Os principais determinantes de risco elevado para morte perinatal foram aos nascidos com menos de 37 semanas em comparação com os nascidos a termo. Fator peso ao nascer menor que 2.500g tendo risco de morte 4,9 vezes maior do que o peso igual ou superior a 2.500g. Essas duas variáveis foram apontadas como principais juntamente com problema sócio econômico e assistência de saúde ( AQUINO et al 2007). Em uma pesquisa histórica buscou resgatar na literatura sobre a evolução da assistência ao recém nascido ao longo dos anos. Durante o século XIX não existiam uma atenção no cuidado as crianças da época, tinha um pensamento que somente as mais adaptadas poderiam sobreviver, aquelas que tivessem nascido prematuramente e mal formadas não apresentariam chances de vida, pois eram tidas como “fracotes”. Com isso era comum aumento de óbitos infantis. Diante desse cenário, movimentos sociais surgiram em prol da saúde dessas crianças, aumento do número de hospitais (maternidades) e o surgimento da incubadora por volta de 1880 em Paris contribuíram de forma considerável para redução da taxa de mortalidade infantil (RODRIGUES; OLIVEIRA, 2004). Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso Em relação a prematuridade ela pode ser classificada como: prematuridade limítrofe (gestação de 35 a 36 semanas); prematuridade moderada (gestação de 31 a 34 semanas) e prematuridade extrema (gravidez inferior a 30 semanas). A determinação da idade gestacional serve como parâmetro diferencial na avaliação do recém nascido, sendo um elemento colaborativo a sobrevivência e desenvolvimento do mesmo (LEONE et al 2003 p.349). Importante levar em consideração esses termos, pois cada um possui suas particularidades, as medidas a serem adotadas diante a gravidez e o parto, implicará num prognostico favorável ou não. Tal fato devido à vulnerabilidade biológica dos prematuros e de baixo peso ao nascer, os riscos de infecções durante o tratamento hospitalar, as doenças relacionadas aos aparelhos respiratórios e neurológicos (CHAGAS et al 2009). A ocorrência de parto prematuro revela que neonatos dependerão de uma assistência especial, devido à imaturidade dos órgãos trazendo riscos ao seu desenvolvimento. Uma das complicações atreladas ao baixo peso ao nascer, dificuldade no sistema respiratório e a ocorrência de infecções (SALGE et al., 2009). Outro critério levado em consideração a cerca da prematuridade, é que a mesma pode acontecer de forma espontânea em decorrência do TPP, associado a ruptura da membrana amniótica, acaba acontecendo em 75% dos casos, sendo difícil de identificar a sua origem por ser tão complexa e envolver vários fatores. A prematuridade tida como eletiva, acarretará a não continuidade da gestação, pois implicará em risco para mãe, por estar associado a patologias como hipertensão gestacional, ocorrência de síndromes hemorrágicas, comuns no terceiro trimestre da gestação, como descolamento prematuro da placenta, placenta prévia etc., ou complicações no feto como crescimento intra-uterino restrito. Representando 25% dos partos prematuros (BITTAR; ZUGAIB, 2009). Os autores citados referem ainda em seu estudo que o acontecimento dos nascimentos prematuros é de difícil compreensão, pois essa patogenia tem origem ou está relacionada a fatores que ocorrem simultaneamente no período da gestação contribuindo para o início do TPP e a expulsão do concepto, seja uma combinação de risco materno e fetal. Os mesmos classificaram e dividiram estes fatores em: Epidemiológicos Baixo nível socioeconômico Ambientais Nutrição inadequada Idade materna Estresse físico e psicológico Fumo Conceito A 654 Recife n. 2 p.646-682 2011 Fonte: Bittar et al 2009. Os antecedentes da gestante como a história de vida, hábitos como o tabagismo, drogas e álcool, são essenciais para o diagnóstico, em razão das principais causas do parto prematuro é a prematuridade prévia. A evolução do trabalho de parto irá depender desses aspectos, além das condições socioeconômicas e alterações patológicas. (DAVIM; MENEZES, 2001). Sendo imprescindível a identificação desses fatores, com o propósito de minimizar complicações. Desta forma , as condutas em torno do parto prematuro são compreendidas por em prevenção e inibição do parto prematuro,cada uma tendo sua particularidade. A prevenção tem como objetivo reduzir fatores risco nas gestantes como hábito de fumar, uso de drogas ,tratamento das infecções, medidas terapêuticas como cerclagem nas mulheres com incompetência cervical, retirada de miomas, remoção de liquido,administrações de Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 655 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 Drogas Obstétricos Alterações hormonais Incompetência cervical Sangramentos de primeiro e segundo trimestres Placenta prévia Descolamento prematuro de placenta Poliidrâmnio ou oligoidramnio Gemelidade Amniorrexe prematura Doença hipertensiva específica da gestação Malformações fetais Restrição do crescimento fetal Partos prematuros anteriores Ginecológicos Alterações anatômicas do colo uterino História de amputação do colo uterino Malformações uterinas Miomatose Clínico-cirúrgicos Infecções Doenças maternas Procedimentos cirúrgicos na gravidez Genéticos Materno e/ou fetal Iatrogênicos Desconhecidos Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso medicamentos. Para obter sucesso nesta fase, depende da boa assistência durante o prénatal, participação de uma equipe de saúde que promova orientações quanto aos cuidados necessários. A fase de inibição segue alguns critérios antes de serem adotas como o diagnóstico de TPP, idade gestacional adequada e as contra indicações. Na avaliação do TPP o diagnóstico correto , pois sua etiologia encontra-se relacionada a diversos fatores já mencionados (BITTAR et al 2010). Logo deverá o profissional identificar no exame físico obstétrico a presença da atividade uterina com a presença de duas ou mais contrações dolorosas a cada 10 minutos e duração de 20 segundos, além de promover a dilatação progressiva do colo uterino em dois centímetros ou mais e 80% de apagamento do colo cervical (SOUZA; CUMANO, 2002). Sendo assim, necessário uma anamnese mais detalhada buscando sinais clínicos, que evidencie o trabalho de parto. A gestante deverá ficar em repouso para avaliação das contrações e alterações cervicais, a fim de descartar um falso trabalho de parto. Outras medidas que podem ser realizadas são ultrassonografia obstétrica para avaliar as condições fetais, estimar o peso a idade gestacional e malformações fetais (BITTAR et al 2010). A literatura tem como referência as seguintes condições para inibir o parto na idade gestacional entre 22 e 34 semanas, período de latência do trabalho de parto, ou seja, dilatação cervical inferior a 3 cm. Porém nem todos os partos podem ser inibidos pois dependendo das circunstâncias que se encontram o feto e a mãe o processo para tocólise fica contra indicado. As contra indicações são presença de infecção amniótica, óbito fetal, malformações fetais incompatíveis com a vida, ruptura das membranas amnióticas, restrição no crescimento fetal, síndromes hipertensivas, cardiopatias, deslocamento prematuro da placenta, placenta prévia, diabetes insulino dependente sem controle e anemia falciforme (BITTAR et al 2005). Os medicamentos utilizados para inibir as contrações uterinas são chamados uteroliticos, sua utilização requer cuidados em decorrência dos efeitos colaterais; os mais comuns na gestante são: distúrbios cardiovasculares, arritmias, isquemia, hipocalcemia, edema pulmonar, náuseas e tremores (CORREIA; CORREIA JÚNIOR, 2005). Os medicamentos utilizados no Brasil são: terbutalina, o salbutamol, a ritodrina; sulfato de magnésio (BRASIL,2000). Toda gestante que utilizar a tocólise, recomenda- se à administração de corticosteróide para promover a maturação pulmonar do feto com menos de 34 semanas de gestação. Observam-se melhores respostas terapêuticas ao uso do surfactante neonatal quando a paciente faz uso de corticosteróide no período que precede o nascimento (BITTAR et al Conceito A 656 Recife n. 2 p.646-682 2011 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4.1 Tipo de estudo Trata-se de um estudo do tipo descritivo que tem como ponto principal à ocorrência do trabalho de parto prematuro, de uma abordagem quantitativa, que segundo Berelson (2001) tem como fundamento a descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo abordado. Assim, contribuindo para o esclarecimento do tema em discussão. 4.2 Descrição da área O estudo foi realizado no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM). O CISAM é considerado como referencia no Estado de Pernambuco na assistência a mulher. Trabalha com assistência médica de média e alta complexidade, na capacitação de profissionais, na área de assistência integral à saúde mulher. O CISAM trabalha nas especialidades como: Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia. Conveniada ao SUS, atendendo a população da região metropolitana do Recife, do interior do Estado de Pernambuco, bem como das regiões Norte-Nordeste. A maternidade localiza-se no 1º andar e dispões de leitos destinados ao atendimento de gestantes procedentes das diversas Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 657 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 2010). A decisão de se prolongar à gestação requer cuidados na avaliação diagnóstico correto diante das condições maternas e fetais. Atuar de forma ágil nestes casos, permite que a duração da gestação se prolongue assim garantindo que o feto se desenvolva, diminuindo a incidência de morte perinatal. Entretanto ter conhecimento diante do processo é importante para priorizar as ações de prevenção para que sejam obtidos bons resultados no período gestacional (RAMOS; CUMAN, 2009). Os fatores inerentes a prematuridade vem sendo discutidos com freqüência entre os profissionais e as instituições de saúde, com a finalidade de trazer mudanças para tal situação, ampliando e focalizando a assistência ao binômio mãe e filho (SALGE et al., 2009) Na literatura podemos identificar os estudos que ressaltam essas problemáticas, decorrentes de fatores associados como ordem socioeconômica, precariedade da assistência, aparecimento de infecções e diversas complicações clínicas e obstétricas. Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso localidades. Esta maternidade possui uma equipe multidisciplinar que trabalha em busca da assistência ao parto sendo composta por médicos, enfermeiros e os demais membros da equipe de enfermagem, fisioterapeuta, nutricionistas, assistente social, entre outros. 4.3 População e amostra A população do estudo estava compreendida num total 1600 prontuários com diagnóstico de trabalho de parto prematuro na maternidade no ano de 2010 . A amostra foi composta por 10% desta população. 4.3.1 Critérios de inclusão Foram adotados como critérios de inclusão: Prontuários de gestantes entre 15 a 40 anos de idade. Hipótese diagnóstica médica de trabalho de parto prematuro. Prontuários legíveis 4.3.2 Critérios de exclusão Foram adotados como critérios de exclusão: Prontuários de gestantes com idade gestacional maior que 37 semanas. Prontuários de menores de 15 e maiores de 40 anos. 4.4 Instrumento para coleta de dados O instrumento para coleta dos dados foi um questionário do tipo check list (APÊNDICE A) preenchido com os dados extraídos dos prontuários. Ele foi testado previamente, corrigido e então aplicado à amostra. 4.5 Operacionalização da coleta de dados A pesquisa foi encaminhada para o Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros para a avaliação, sendo precedido do envio de uma carta à direção do hospital, onde foi aprovada pelo CEP. Os dados foram coletados a partir da análise documental dos prontuários das Conceito A 658 Recife n. 2 p.646-682 2011 Após a autorização do CEP, deu-se o início à pesquisa no período de setembro a novembro do ano de 2011, respeitando a resolução CNS 196/96, que normaliza a pesquisa envolvendo seres humanos. 4.6.1 Riscos e benefícios A pesquisa não causou danos aos envolvidos, incorrendo em risco mínimo, entretanto proporcionou benefícios para melhor assistência a gestante, considerando que contribuirá para a construção do conhecimento de Enfermagem na área específica da Saúde da Mulher. 4.7 Apresentação dos dados Os dados coletados foram inseridos em planilha eletrônica do programa Excel da Microsoft Windows objetivando sua análise. A partir de então, foram dispostos em gráficos e analisados com literatura pertinente. 5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Para fazer a descrição dos resultados da amostra pesquisada, os dados coletados foram organizados de acordo com os objetivos deste estudo em gráficos e tabelas que serão apresentados a seguir. Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 659 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto 4.6 Aspectos éticos e legais prematuro no ano de 2010 clientes internadas no CISAM, analisados os resultados demonstrados em forma de tabelas e gráficos elaborados no Microsoft Excel, e discutidos em relação às variáveis. Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso 2% 15% 29% 22% 32% 15-19 20-24 25-29 30-34 35-40 Gráfico 01: Distribuição da faixa etária das gestantes. CISAM – setembro/outubro de 2011. Conforme o gráfico acima pode-se observar que a porcentagem de maior ocorrência de trabalho de parto prematuro aconteceu na faixa etária de 20- 24 anos que corresponde a 32% da amostra . Segundo Gouveia e Lopes (2004) em um estudo realizado num hospital da cidade São Paulo, os pesquisadores buscaram identificar o perfil demográfico, os diagnósticos clínicos e obstétricos de gestantes de risco atendidas no mesmo. Apontaram que a maior faixa etária estava, entre 20 e 24 anos (33,8%) caracterizando ser constituída por adultas jovens. Em consonância com estudo acima, Ramos e Cuman (2009) ao estudar o perfil epidemiológico no município de Guarapuava, PR, sobre Prematuridade e fatores de risco o resultado sobre a idade materna contém a maior porcentagem de 54% entre 20- 34 anos, devido a este período corresponder à fase reprodutiva da mulher em sua maioria. Seguindo a faixa etária entre 15-19 anos da nossa amostra representou 29%, porém a dos autores citados acima em sua pesquisa encontrou 30%. No presente estudo optamos como inclusão da adolescência tardia a partir dos 15 anos das gestantes admitidas na maternidade. Segundo Oliveira 2009 et al nesta fase é comum ter acontecido à iniciação sexual, descoberta do sentimento do amor, desejo e curiosidades a busca de emoções, acabam assim se relacionando ,muitas vezes sem o cuidado de se proteger tendo como conseqüência uma gravidez inesperada. Importante ressaltar esse percentual no estudo, devido ao cenário atual, um aumento do índice de gestações na adolescência. Rocha et al (2006) em seu artigo refere, “Com o aumento do número de gestantes adolescentes surgem grandes desafios na perinatologia, Conceito A 660 Recife n. 2 p.646-682 2011 16% 12% 72% BRANCA NEGRA PARDA Gráfico 02: Características das gestantes em relação à raça. CISAM – setembro/outubro de 2011. Como mostra o gráfico acima em nossa pesquisa, evidencia-se que quanto à raça 72% são consideradas de raça parda, em seguida de 16 % raça branca e 12% de raça negra. Em nosso estudo revela-se maior incidência de parto prematuro em gestantes da raça parda, se deve ao fato de nosso país existir uma miscigenação racial. Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 661 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 em face dos resultados neonatais adversos, encontrados em recém-nascidos de primíparas adolescente”. O autor acima acredita que essa ascensão remete problema de saúde no setor publico, os gastos em relação aos cuidados na assistência devido à ocorrência de complicações perinatais como o nascimento pré-termo e o baixo peso ao nascer. Na literatura aponta que fato de ser jovem, poderá surgir algumas complicações na gestação como a doença hipertensiva ,anemia , menor ganho de peso, problemas durante o parto e em relação ao recém nascido o baixo peso ao nascer e a prematuridade (MOEHLECKE ,2006) Em relação à idade avançada acima de 35 anos apontada também risco para gestação com intecorrencias segundo a literatura. De acordo com os estudos dos pesquisadores Araújo e Tanaka (2007) evidenciam relação parto pré-termo e idade materna avançada. No entanto em nossa amostra difere dos autores citados, pois somente 2% incluem nesta faixa etária. A provável existência desse achado acredita não ser semelhante devido o maior número analisados pelos autores. Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso A literatura mostra que a raça traz como fatores determinantes maternos, em relação ao parto pré-termo em mulheres da raça negra, e também peso ao nascer. A raça negra apresenta taxa de partos pré-termo duas vezes maiores que as brancas, mesmo quando o fator é sócio econômico (CORREIA; CORREIA JÚNIOR, 2005). 24% 27% 4% 45% RECIFE REGIAO METROPOLITANA OUTROS MUNICIPIOS INTERIOR DO ESTADO Gráfico 03: Distribuição da procedência das gestantes. CISAM – setembro /outubro de 2011. No gráfico 3 observa-se que a maioria das gestantes atendidas no CISAM é proveniente da Região Metropolitana do Recife (45%), seguidas pelo interior do estado (27%). Sendo o CISAM, uma maternidade de referência em gestação de alto risco, assim como referência no estado de Pernambuco, para o tratamento de patologias/intercorrências na gestação, influenciando grande demanda no atendimento, fato evidenciado pelo percentual de gestantes oriundas do interior , que recorrem a capital devido aos melhores recursos em saúde. No estudo de Silveira et al 2009 , aponta que o maior número de nascimento prematuro ocorre mas nas cidades, devido à concentração de maternidades de alto risco. Conceito A 662 Recife n. 2 p.646-682 2011 58% ZONA URBANA ZONA RURAL Gráfico 04: Distribuição referente à localização da moradia das gestantes. CISAM setembro/outubro de 2011 O gráfico acima diz a respeito quanto à localização da moradia, 58 % moram na zona urbana em seguida 42% moram na zona rural. No estudo desenvolvido por Ramos e Cuman (2009) quanto à localização da moradia, os autores ao analisarem os resultados identificaram que 32% residem em área urbana (periferia) e 48% residem em área urbana (bairros). Em relação aos da zona rural eles optaram por dividir em 8% residem em zona rural (interior), 12% residem em zona rural (vilarejo). Os autores apontam que as diferenças encontradas acontecem pela procura de serviços de saúde especializados. Pois em alguns lugares a uma certa restrição ao acesso pela falta de infra-estrutura física ,equipamentos e profissionais qualificados. Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 663 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 42% Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso 3% 0% 8% 3% 8% 12% 43% 23% SEM INSTRUÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO ENSINO MÉDIO INCOMPLETO ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO ENSINO MÉDIO COMPLETO ENSINO SUPERIOR COMPLETO ALFABETIZADO Gráfico 05: Distribuição em relação à escolaridade das gestantes. CISAM – setembro/ outubro de 2011. Em nosso estudo, referente à escolaridade, revela que 43% da população possuem ensino fundamental incompleto, em seguida 23% ensino médio completo. No estudo de Ramos e Cuman (2009) demonstram que menor nível de instrução estar relacionado ao baixo nível econômico, fator que pode levar a situações de risco para mãe e o neonato. A escolaridade interfere nas condições de vida e saúde das pessoas, gerando dificuldade no atendimento durante a gestação, levando a um pré-natal tardio, alimentação inadequada e hábitos e vícios na gravidez. Podemos identificar em outro estudo que buscou traçar o perfil de gestantes de risco internadas em um hospital os resultados obtidos pelos autores quanto à escolaridade, foram (2,8%) tinham curso superior completo e (7%), incompleto; (25,4%) tinham ensino médio completo e (15,5%) incompleto; (9,9%) tinham o ensino fundamental completo e (36,6%), incompleto e (2,8%) eram analfabetas (GOUVEIA; LOPES, 2004). Observou-se que os achados dos autores acima revelam que o maior percentual possuía o fundamental incompleto e logo depois ensino médio completo, assim como em nosso estudo. Conceito A 664 Recife n. 2 p.646-682 2011 10% 87% CASADA SOLTEIRA IGNORARDO Gráfico 06: Distribuição quanto ao estado civil das gestantes . CISAM – setembro/outubro de 2011. Observa-se no gráfico 6 apresenta o perfil das gestantes quanto ao estado civil, evidenciando que 87% são solteiras, e que 10% são casadas. No entanto atualmente a estrutura familiar revela novas mudanças, em decorrência das condições sociais ,econômicas e culturais. Fato mostrado cada vez mais no numero de famílias onde a mulher vivencia a falta de um companheiro para arcar juntamente com a gravidez, enfrentar desafios e responsabilidade. Em um estudo revelou que 51% das gestantes eram solteiras (RAMOS; CUMAN, 2009). 12% 18% 70% ESTUDANTE Conceito A Recife DO LAR n. 2 * OUTROS p.646-682 2011 665 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 3% Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso Gráfico 07: Distribuição quanto à profissão e ocupação das gestantes. CISAM – setembro/ outubro de 2011. Mostra o gráfico 7 em relação à ocupação das gestantes que 70% são do lar, 18% corresponde a profissões variadas e 12% são estudantes. Correia e Correia Júnior (2005) refere que a carga de trabalho árdua e atividades físicas cansativas, exercidas pelas gestantes durante a gestação, podem estar relacionadas ao surgimento de crescimento intra-uterino restrito, parto pretermo. Foi observado que gestantes que passam mais tempo em pé 7,7% tiveram mais chances de um parto a termo do que as gestantes que não tem hábito de fazer atividades físicas. Quanto à ocupação o predomínio percentual de gestantes serem do lar, mostra correlação com o baixo nível escolaridade que correspondeu 43% no gráfico 5 da pesquisa e remete a dificuldade ao mercado de trabalho. Fator relevante destacar baixo percentual de estudantes, essa faixa de adolescentes apareceu em terceiro lugar no estudo, achados de pesquisas tem a associação do abandono e retardo na conclusão dos estudos, dificuldades para ingressar no mercado de trabalho por adolescentes grávidas. Nader e Cosme (2010) em seu estudo corroboraram com os nossos achados tendo o maior índice de donas do lar, mostrando baixa renda familiar,gerando dificuldades financeira para a família. Gráfico 08. Distribuição dos dados referentes aos hábitos de vida das gestantes. CISAM- setembro/outubro de 2011. Conceito A 666 Recife n. 2 p.646-682 2011 Recife n. 2 p.646-682 2011 667 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto Conceito A prematuro no ano de 2010 Conforme o gráfico acima pode-se dizer que se tivéssemos conseguidos dados em todos os prontuários poderíamos fazer uma comparação mais fidedigna, sobre os hábitos de vida das gestantes, porém 89% dos prontuários estavam incompletos em relação a este dado,desta forma impossibilitando sua análise. No que se diz a respeito aos hábitos de vida durante a gestação,estudos correlacionados evidenciam que o uso do fumo e o álcool colaboram para a incidência de parto pré-termo e essa associação revela fator de risco para o concepto. Acarretando em complicações como restrição no crescimento fetal, alteração no sistema nervoso, amadurecimento precoce da placenta e aborto ( FREIRE et al. 2009). Mostra-se no gráfico 7, que 3% das gestantes referiam fazer uso de álcool, porém devido a omissão de informações nos prontuários em 89%, comprometendo a avaliação. Segundo Fabbri (2002) fazendo uma observação sobre o alcoolismo na gravidez afirma ser preocupante o uso do álcool, neste ciclo de vida pois se trata de uma substância teratogênica,trazendo complicações para o feto. Preza-se que aproximadamente 20% das mulheres façam uso de álcool na gestação. O álcool quando ingerido pela gestante atravessa a barreira placentária e faz com que o feto receba a mesma quantidade da substância . Com tudo a exposição fetal é maior, decorrente do metabolismo e eliminações ser mais lenta fazendo com que o liquido amniótico permaneça impregnado de álcool. Entre as dificuldades na gestação provocada pelo consumo de álcool identificam-se alguns problemas como: Anomalias físicas, Abortamento espontâneo, Risco de infecção, Deslocamento prematuro de placenta, Trabalho de prematuro. A presença de mecônio também é freqüente no liquido amniótico, sugerindo sofrimento fetal por efeito do álcool. Estudos demonstram que cada vez mais aumentam o consumo de álcool pela população feminina e, em conseqüência disso grande parcela de mulheres e seus fetos são expostos às doses variáveis desse agente. (FIORENTINI , 2006). O uso de drogas de ilícitas durante o período gestacional também traz grandes problemas para mãe como desenvolvimento deslocamento prematuro da placenta, doenças hipertensivas especificas da gravidez e hemorragias, o acontecimento parto pré-termo e abortamento espontâneo (LEITE,2008). Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso 7% 12% 47% 34% 22-25 26-29 30-33 34-37 Gráfico 9: Distribuição em relação semana gestacional das gestantes. CISAM- setembro/ outubro de 2011. Em nosso estudo o maior percentual em relação à semana gestacional entre 34-37 semanas de gestação correspondeu a 47%, em seguida a semana 30-33 com 34%. Em um estudo realizado num hospital do Recife analisou-se a freqüência de nascimento prematuro na UTI e fatores associados, identificaram os seguintes intervalos da semana gestação entre a 30-36 correspondeu 56,4%, e o intervalo de 36-37 semanas correspondeu a 22,1% (CHAGAS; VENTURA, 2009). Num estudo realizado no Paraná procurou identificar a semana gestacional das crianças de risco atendidas em um hospital da cidade ,obtiveram o maior percentual de 18,4% na 34ª semana e em seguida ,com 36ª semana (16,2%) e 37ª semana (10,3%) e 32° semana (10,3%), caracterizando a ocorrência do trabalho de parto prematuro ( LEITE,2008). Conceito A 668 Recife n. 2 p.646-682 2011 Como mostra o gráfico acima, a maior porcentagem foi de 44% acabou sendo ignorada, por falta de registro nos prontuários durante a admissão dessas gestantes na triagem da maternidade. Em seguida as que realizaram consultas de pré - natal entre 4 - 7 consultas correspondeu a 24%, as quais realizaram menor que 3 consultas 18%. Importante ressaltar ainda que o grande número de registros ignorados desta variável pode ter comprometido está análise. Bezerra et al (2006) faz uma comparação entre mulheres que tiveram partos pré-termo e outra a termo em relação ao número de consulta de pré-natal, verifica que a segunda terá mais chances de realizar mais consultas devido o tempo de gestação maior. No entanto se essas gestantes fossem acolhidas com menos de 12 semanas como preconiza o Ministério da da saúde, por volta da 29ª semana estariam em média com cinco consultas. Ainda para Kilsztajn et al. (2003, pp 303-10), “Quanto maior o número de consultas médicas no pré-natal,menor a prevalência de recém nascidos de baixo peso e prematuros.” A realização do pré-natal serve como principal medida preventiva, a fim de minimizar os fatores de riscos ,tendo como principal objetivo um bom andamento da gestação, procurar esclarecer qualquer dúvida por parte da gestante e de extrema importância, visto que o quanto melhor o acolhimento e assistência prestada implicarão ao retorno dessa mulher ao serviço (BITTAR; FONSECA, 2010). Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 669 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 Gráfico 10: Distribuição quanto ao número de consultas de pré-natal realizada por gestantes . CISAM – outubro/setembro 2011. Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso Gráfico 11: Distribuição quanto aos antecedentes pessoais das gestantes. CISAM – outubro/setembro 2011. Observa-se no gráfico 11 que 9% dos prontuários pesquisados apresentam a Hipertensão Arterial, seguida de infecção urinaria que é de 7% e diabetes gestacional com 4%. Segundo Simões et al, (2006) afirma ser a Hipertensão Arterial a intercorrência clinica mais freqüente na gravidez, afetando a evolução da gestação, elevando os índices de interrupção e de mortalidade perinatal por motivo do inadequado desenvolvimento intrauterino do concepto . Para Assis et al (2008), a Hipertensão Arterial gestacional é considerada uma das mais importantes complicações do ciclo gravídico puerperal com incidência em 6% á 30% das gestantes, e resulta em alto risco de morbidade e mortalidade materna e perinatal. Resende, Montenegro, (1999) afirma que a infecção urinaria e a terceira intercorrência clinica mais comum na gestação acometendo de 10 á 12% das grávidas, sendo que a maioria dessas infecções ocorre no primeiro trimestre da gravidez. Na infecção urinaria as complicações que se sobressaem é: Trabalho de parto e Parto pré-termo, Recém nascido de baixo peso, Ruptura prematura de membranas, Restrição do crescimento intra-útero, Paralisia cerebral/Retardo mental e óbito perinatal. Para Aquino et al (2003), a associação entre diabetes e gravidez é considerada condição de risco, difícil controle glicêmico e que pode repercutir negativamente sobre a saúde Conceito A 670 Recife n. 2 p.646-682 2011 3% 4% 2% 87% DIABETES HIPERTENSAO OUTROS SEM CITAÇOES IGNORADO Gráfico 12: Distribuição quanto aos antecedentes familiares das gestantes. CISAM – outubro/setembro 2011. Não houve referências na literatura de relevância quanto aos antecedentes familiares como contribuinte para prematuridade. Em nosso estudo esse dado foi ignorado em 87% durante a entrevista com a cliente durante a intervenção hospitalar ou triagem obstétrica. Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 671 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto 4% prematuro no ano de 2010 materna e do feto. Avaliação intra-uterina de mãe diabética é recomendada pelo risco elevado de mortalidade perinatal. É importante salientar que a ausência de registros de dados fundamentais para a amostragem do estudo da população estudada foi uma constante observada. Sabe-se que os prontuários fornecem dados suficientes para se chegar avaliação das gestantes, mais está não foi uma constante vivenciada levando em consideração o total de 71% de ignorados. Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso 3% 18% 45% 34% NULÍPARA PRIMÍPARA MULTÍPARA IGNORADO Gráfico 13: Referentes antecedentes obstétricos (numero de paridade). CISAM- outubro/ setembro 2011 Este gráfico analisa-se a distribuição das gestantes segundo a paridade, no estudo e observamos um percentual aumentado de nulíparas 45%, seguida de primípara 34%, mutiparas correspondendo a 18%. Bezerra et al (2006) ao verificarem a prevalência e fatores associados a prematuridade entre gestantes em Hospital universitário em SP, encontraram 52,8% de nuliparas,para ele esses dados revelam que as nuliparas,mostra-se ter mais chance de ter filhos prematuros. Tabela 1 – Distribuição do diagnóstico clinico materno, segundo dados coletados nos prontuários do CISAM – setembro/ outubro 2011. PATOLOGIAS DURANTE A GESTAÇÃO E PARTO n % SÍNDROMES HIPERTENSIVAS 39 20 DIABETES 6 3 INFECÇÕES 48 25 SÍNDROMES HEMORRÁGICAS 11 5 OLIGOÃMNIO 37 19 RUPREMA 54 28 * TOTAL 195 100 * Diagnósticos associados ao TPP múltiplas resposta. Conceito A 672 Recife n. 2 p.646-682 2011 Recife n. 2 p.646-682 2011 673 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto Conceito A prematuro no ano de 2010 Na tabela 1 acima , em relação às patologias durante a gestação e o parto foi observado que algumas gestantes apresentaram duas ou mais patologias associadas, a de maior índice foi à ruptura prematura membranas 28% ; em seguida infecções geniturinárias 25% ; Síndromes hipertensivas 20% e alterações do volume amniótico como oligoâmnio correspondendo 19 %. Em relação aos diagnósticos médicos (clínicos e/ou obstétricos) encontrados no estudo que procurou identificar o perfil das gestantes de risco, o trabalho de parto prematuro foi aquele que teve maior incidência com (40,8%) casos, A doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) com (12,7%). A amniorrexe prematura esteve presente em (12,7%) casos, em uma das vezes associada ao trabalho de parto prematuro e, em outra, a oligoâmnio. A infecção do trato urinário foi constatada em (5,6%) casos e (4,2%) casos de pielonefrite, que foram agrupados em um mesmo grupo para fins de análise. (GOUVEIA; LOPES 2004). A ruptura prematura das membranas e definida como a amniorrexe espontânea, antes do início do trabalho de parto. É denomina como RPM pré-termo, quando a idade gestacional for menor que 37 semanas, sendo assim um fator de risco para parto prematuro por aproximadamente em 30% (MONTENEGRO, REZENDE 2008). Ainda relata sobre o cuidado com o período de latência que compreende o tempo entre a ruptura precoce da membrana e o parto. Sobretudo à medida que aumenta este período mais risco de complicações como infecções maternas a corioamnionite,fetais ou neonatais, sepse neonatal, oligoâmnio, e relacionada a prematuridade a síndrome do desconforto respiratório e problemas pulmonares. Duarte et al (2002) cita em seu estudo a ocorrência de infecção do trato urinário no período da gravidez sendo está a mais comum, devido às modificações ocorridas no sistema urinário ,como a estase urinária por causa da ação de hormônios, diminuição do tônus vesical,levando ao esvaziamento completo da bexiga ainda o refluxo vesicouretral, proliferação bacteriana. A ITU ocorre numa freqüência 5 a 10 % piorando o prognostico da gestação parto prematuro. Os autores procuraram em seu estudo quais as complicações materno-fetais comuns as gestantes com infecções urinárias, a principal foi o TPP com 33,3% e o parto pré-termo 18,9%. Outro tipo de infecção comum na gestação e a vaginose bacteriana que acontece devido um desequilíbrio na flora vaginal, gerando um aumento de bactérias. Alguns autores citam como o principal fator associado à prematuridade dentre outros desfechos gestacionais desfavoráveis, como baixo peso ao nascer, ruptura prematura de membranas e infecção puerperal, sua prevalência depende de fatores demográfico como população de baixo Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso risco ( SILVA et al ,2010). A hipertensão é a complicação clínica mais comum da gestação, ocorrendo em 10 a 22% das gestações. Em 20-50% das pacientes com hipertensão gestacional há progressão para Pré eclâmpsia, ou seja, há desenvolvimento de proteinúria, podendo a mesma se desenvolver antes ou após o parto. A hipertensão arterial crônica (HAC) acomete em torno de 5% das gestações, sendo considerada como fator de risco para a PE. A hipertensão gestacional / pré-eclâmpsia grave agrava mais ainda o prognostico materno e fetal, devido maiores riscos de prematuridade,ocorrência de partos de fetos pequenos para a idade gestacional (PIG), e a necessidade de cuidados intensivos (OLIVEIRA et al 2006). Quanto aos resultados apresentados no estudo condizem com os encontrados na literatura, diante das patologias associados ao trabalho de parto prematuro. Gráfico 14: Desfechos dos casos clínicos de trabalho parto prematuro. CISAM- outubro/ setembro 2011 Em relação à condição dos casos do trabalho de parto prematuro, mostrouse que das 160 gestantes admitidas na maternidade com diagnostico de TPP, os partos aconteceram em 61% e somente 37% tiveram alta hospitalar como gestante devido ao tratamento. Bezerra et al (2006) em seus achados encontram que o nascimento prematuro ocorreu numa porcentagem de 66,3%, mesmo após o tratamento de inibição. Conceito A 674 Recife n. 2 p.646-682 2011 7 RECOMENDAÇÕES • Promover atualização para os profissionais de saúde,pois o conhecimento permite a identificação de melhores escolhas para a assistência da paciente. • Atualizar teoricamente a equipe de saúde sobre o tema,sendo o respaldo técnico cientifico legal de toda comunidade hospitalar. • Incentivar discussões com a equipe nos cuidados das gestantes com a realização de atividades educativas sobre o tema. • Avaliar os cuidados prestados direta ou indiretamente ao paciente a fim de se identificar problemas e apontar soluções. Conceito A Recife n. 2 p.646-682 2011 675 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto Com o desenvolvimento do estudo mostra-se que o TPP está associado a diversos fatores e sua prevenção representa um desafio para todos aqueles envolvidos no cuidado. O estudo demonstrou o perfil sócio demográfico e obstétrico de pacientes com diagnóstico de trabalho de parto prematuro. Em relação aos dados sócios demográficos a amostra foi constituída por jovens adultas ente 20 a 24 anos, a média de escolaridade com ensino fundamental incompleto, solteiras , a maioria nuliparas, registraram como ocupação do lar, diagnósticos clínicos em confirmaram a associação ao trabalho de parto prematuro. Algumas variáveis não puderam ser analisadas por falta de informações nos prontuários no momento da admissão. Tendo a enfermagem e existência de conhecimento que correlacionados aos fatores de risco identificados podem ser aspectos importantes quando ao quesito de prevenção, interferindo diretamente na recuperação da saúde da mulher. Os resultados aqui apresentados permitem concluir que, tendo em vista o contexto explorado no presente estudo o Trabalho de parto prematuro é um problema de saúde pública existente no Brasil e que os fatores de risco estão intimamente associados à incidência de morbi-mortalidades. Considera-se que os dados encontrados podem servir de referência para futuras investigações e para obter-se um maior êxito é necessário que os prontuários analisados devem estar registradas assegurando informações que a traçarão umas linhas assistenciais deste a base ,ou seja,o início de tudo, até o nascimento de uma criança sadia , ou seja uma gestação sadia. prematuro no ano de 2010 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso • Melhoria dos registros tendo em vista ser um fator contribuinte para eventuais pesquisas e estudo contribuindo assim com a melhoria da assistência e maior conhecimento dos fatores interligados. • Acolher precocemente as gestantes na realização do pré-natal buscar identificar fatores de risco durante a gestação adotar medidas de intervenção . • Implementação da sistematização da assistência de enfermagem,através do diagnóstico de enfermagem, assim desenvolver um plano de cuidado mais edaquado. • Sensibilizar os gestores de saúde e políticos em geral para necessidade de novas opções assistência hospitalar obstétrica de alto risco no interior do estado evitando deslocamento para capital aumentando mais sofrimento durante o trabalho de parto. 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Conceito A 678 Recife n. 2 p.646-682 2011 679 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto 2011 p.646-682 n. 2 Recife Conceito A prematuro no ano de 2010 ANEXO A: CARTA DE ANUÊNCIA Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso APÊNDICE-A: Instrumento para coleta de dados 1. DADOS SOCIAIS Idade: _________ anos COR Branca ( ) preta ( ) parda ( ) amarela ( ) indígena ( ) Procedência : _______________________________________ Natural de : ________________________________________ 2. LOCALIZAÇÃO DA MORADIA ( ) zona urbana 3. ESCOLARIDADE: ( ) Sem instrução ( )Ensino fundamental completo ( )Ensino médio completo ( )Ensino médio incompleto 4. ESTADO CIVIL ( ) casada ( ) solteira ( ( ( ( ( ) união estável ) zona rural ) Ensino fundamental incompleto )Ensino médio incompleto )Ensino superior incompleto ( ) viúva 5. PROFISSÃO:_________________________ ( ) ignorado OCUPAÇÃO:___________________ 6. HÁBITOS DE VIDA Tabagismo numero de cigarros por dia ( ) Alcoolismo ( ) Uso de drogas ilícitas ( Desnutrição ( ) Atividade sexual na gestação ( ) 7. SEMANAS DE GESTAÇÃO: 22 – 25 semanas ( 26- 29 semanas ( ) 30- 33 semanas ( ) 34- 37 semanas ( ) 8. CONSULTA DE PRÉ-NATAL Não realizou ( < 3 consultas ( ) Conceito A 680 Recife n. 2 ) ) p.646-682 2011 ) ) ) ) 9. ANTECEDENTES FAMILIARES Gemelares ( ) sim ( ) não Diabetes ( ) sim ( ) não Hipertensão arterial ( ) sim ( ) não Má formação ( ) sim ( ) não Outros ( ) sim ( ) não 10. ANTECEDENTES PESSOAIS Infecção urinaria ( ) sim ( ) não Infertilidade ( ) sim ( ) não Cardiopatia ( ) sim ( ) não Diabetes ( ) sim ( ) não Hipertensão arterial ( ) sim ( ) não Cirurgia pélvica uterina ( ) sim ( ) não Má formação ( ) sim ( ) não Outros ( ) sim ( ) não 11. ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS Nº de gestações ________________________________________ 12. PATOLOGIA NA GESTAÇÃO/PARTO/PUERPÉRIO( ( ) hipertensão previa ( ) pré-eclampsia ( ) eclampsia ( ) cardiopatia ( ) diabetes ( ) infecção urinária ( ) outras infecções ( ) parasitoses ( ) ameaça de parto prematuro Conceito A Recife n. 2 ) gravidez múltipla p.646-682 2011 681 Perfil sócio demográfico clínico e obstétrico de gestantes admitidas numa maternidade de referência no Recife com diagnóstico de parto prematuro no ano de 2010 4-7 consultas ( > 7 consultas ( Ignorado ( Revista Conceito A | Revista dos Trabalhos de Conclusão de Curso ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( ) desproporção cefálica pélvica ) hemorragia 1º trimestre ) hemorragia 2º trimestre ) hemorragia 3º trimestre ) anemia crônica ) ruptura prematura das membranas ) infecção puerperal ) hemorragia puerperal ) outra )nenhum 14. DESFECHOS DOS CASOS ( ) GESTANTE ( ) PARTOS OCORRIDOS ( ) OUTROS ______________ Conceito A 682 Recife n. 2 p.646-682 2011