Apresentação do PowerPoint - Habitação, Mobiliário e Decoração
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Apresentação do PowerPoint - Habitação, Mobiliário e Decoração
CASTELNOU Assinado de forma digital por CASTELNOU DN: cn=CASTELNOU, c=<n Dados: 2015.06.29 13:09:53 -03'00' Balcones A habitação colonial espanhola adaptou-se aos diferentes climas das Américas, apresentando alguns traços característicos, como o emprego de pátios e varandas, além de amplos telhados e implantação em tabuleiro de xadrez. Houve o aparecimento de móveis adaptados à vida na colônia, como assentos (silas e silones), bancos, mesas, arcas e bargueños. Patio Implantação Urbana Lima (Peru) Casa Virreinal (Casa Colonial Espanhola) 1 Portada (Portón) 2 Saguão (Záguan) 3 Reja (Muxarabi) 4 Lojas (Tiendas) 5 Primeiro Pátio 6 Escadas 7 Galeria fechada Balcones 8 9 10 11 12 13 14 X Cômodo masculino (Sala) Cômodo feminino (Cuadra) Segundo Pátio Capela Criadagem (Recamara) Quarto dos donos (Camara) Corredor (Chiflón) Horta e Depósito (Silo) Bargueño Com a influência barroca e a exploração mineral, o interiorismo latino-americano ganhou mais rebuscamento e luxo, através de talhas elaboradas e aplicações. Tanto o Plateresco como o Churrigueresco encontraram grande difusão nas Américas, principalmente nas colônias mais ricas, o que fez surgir um mobiliário mais curvo e elaborado. Poltronas de Reisado alta e baixa Armário Mesa Casa-Grande (Sécs. XVI-XVII) 1 2 3 4 5 Capela Quartos de hóspedes Salão (jantar) Sala de estar Cômodo das mulheres No caso das colônias lusas, a linguagem estética implantada foi o ESTILO MANUELINO, o qual se desenvolveu do reinado de D. Manuel I (1495-1521) ao de D. João IV (1640-1656), de influências árabes, hindus e chinesas. Contador Móveis em Jacarandá, Pau-Santo e Marfim Assim, pode-se dizer que o ESTILO COLONIAL PORTUGUÊS correspondeu Pernas torneadas à versão local do Manuelino, este adaptado conforme a matéria-prima e a mão-deobra disponíveis, mantendo-se as madeiras entalhadas e torneadas, os couros e as ferragens rústicas. Salão Manuelino (Sécs. XVI-XVII) Cômoda De 1750 a 1777, o reinado de D. José I (1768-1844) produziu um estilo próprio que se espalhou pelas colônias da Espanha e Portugal, inclusive o Brasil. Fortemente influenciado pela França, este estilo rebuscado apresentava um mobiliário com pés e contornos entalhados, além de cadeiras e poltronas com espaldares recortados, de pés tipo “pata de burro”. Patas de burro Meia-Cômoda Poltrona Mesa Marquês de Pombal (1669-1782) Cadeira Cama Mesa Cômoda Estilo Pombalino (Séc. XVIII) Introduzido pelo colonizador português no século XVIII, nosso Rococó manifestou-se principalmente na decoração e mobiliário em Estilo D. José, que aqui recebeu o nome de ESTILO POMBALINO, expressão mais delicada e refinada que a arte anterior, ligada à classe dominante. Casa Colonial Brasileira A habitação colonial no Brasil manteve seu partido arquitetônico imutável por cerca de 300 anos, uma vez que as condições de vida somente se alterariam após a Independência (1822) e, principalmente, com a República (1889). A condição de colônia, a dependência da mão-deobra escrava e o papel feminino de submissão foram alguns dos fatores que contribuiram para essa estagnação no nosso país. Jean-Baptiste Debret (1768-1848) No Brasil colonial, a relação homem/mulher era uma mera relação de mando e obediência, sem contestação, raramente atenuada com demonstrações de afeto. Restrito à reprodução e criação dos filhos, o papel feminino ia além das tradições lusitanas, refletindo a clausura de bases mulçumanas. Ilustrações de Debret Ilustrações de Debret Situadas nas periferias dos centros urbanos, as CHÁCARAS COLONIAIS possuíam profundos alpendres; paredes internas em gaiola (baixas e sem forro); e dependências de serviços externas, incluindo grandes cozinhas. Casa Grande (centro do poder e moradia do colonizador) X Senzala (espaço dos escravos e área de produção e serviços) Engenho Paraty RJ A CASA URBANA, com planta homogênea, feita em pedra, barro e cal, possuía telhado cerâmico em duas águas, sem calhas ou qualquer sistema de captação pluvial. De partido uniforme, padronizado pelas Cartas Régias ou posturas municipais, tinham previstos: o alinhamento, a altura dos pavimentos e o número de aberturas da casa, podendo ser térrea ou assobradada. Salvador BA Nova Viçosa BA Dispostas em correnteza, as casas térreas eram destinadas aos estratos sociais mais simples e possuíam piso em chão batido, cobertura em palha ou cerâmica e vedos em adobe ou pedra entaipada. Os sobrados urbanos eram edificações estreitas, feitas em pedra e cal, para os mais ricos, com o piso assoalhado e o térreo destinado a um estabelecimento comercial (loja) ou acomodação de carroças, animais e escravos. Sobrados urbanos (Sécs. XVI-XVII) 1 2 3 4 5 Loja Corredor Salão Alcovas Sala de viver ou varanda 6 Cozinha e serviços Pav. Superior Pav. Térreo Plantas de casas coloniais brasileiras Derivada de um conceito isolacionista e privativo do íntimo, a ALCOVA brasileira permaneceu ,até o século XIX, como o local exclusivo do repouso, sono e sexo, de dimensões mínimas e mobiliário escasso. A arquitetura residencial não possuía preocupações formais, somente funcionais, caracterizando-se pelo forte gregarismo, repetição de padrões e rebatimento de plantas. No partido arquitetônico da casa colonial brasileira, é possível identificar: Influências lusitanas (uso de paredes caiadas e portais coloridos, com nas regiões de Algarve e Minho) Influências orientais (emprego de beirais alongados e amplos telhados graciosos) Influências árabes (presença de alcovas, treliçados de madeira e paredes azulejadas) Influências indígenas (técnica da taipa e práticas de cozinha fora do corpo da casa) Balcões Muxarabie Mercado de escravos A cidade colonial era um centro de negócios que permanecia quase sempre vazio, exceto em ocasiões especiais, sendo seu maior problema o abastecimento, resolvido por pomares e hortas. A partir do século XVII, as entradas e bandeiras possibilitaram o ocupação do interior brasileiro, fazendo surgir um novo tipo de habitação, verdadeira recriação vinculada às novas condições ambientais. Ilustrações de Debret Casa Bandeirista No interior paulista, as condições diversas do litoral e Nordeste, somadas ao isolamento e à mestiçagem cultural, possibilitaram um novo partido habitacional. O uso sistemático da taipa, a adoção de amplos beirais e a existência do antialpendre, além de particularidades programáticas, caracterizaram um novo tipo de casa rural. Sítio do Pe. Inácio Cotia SP (Séc. XVII) Sítio do Pe. Inácio Cotia SP (Séc. XVII) No período bandeirista, a hospitalidade era questão de sobrevivência, o que conduziu à criação do quarto de hóspedes, ligado ao antialpendre. E a capela ou oratório particular era ideal para as rezas do clã agrícola (moradores, índios, agregados e hóspedes). No partido arquitetônico da casa bandeirista, é possível identificar: Influências lusitanas (volumetria alternando cheios e vazios, beirais e telhas cerâmicas) Influências hispânicas (presença de varandas decoradas, balaústres e rendilhados de madeira) Influências árabes (partido centrípeto, muxarabis, azulejos e pequenas aberturas) Influências indígenas (técnica da taipa, existência de tacaniças e urupemas). Fazenda Sto. Antonio São Roque SP (Séc. XVI) Diamantina MG Casa Barroca O barroco brasileiro, mesmo apresentando um atraso temporal em relação ao europeu e uma deficiência em diversas técnicas e materiais, possibilitou recriações nacionais que simbolizavam o anseio pela liberdade a partir de meados do século XVIII. Ouro Preto MG Janelas barrocas Quanto à arquitetura residencial, alterações gradativas ocorreram, como a incorporação do PORÃO que se tornou habitável, além de mudanças no conforto e ornamentação interior. Servindo de palco de eventos sociais, onde a mulher passou a participar, a ÁREA SOCIAL se desenvolveu, passando de um único aposento ou varanda para dois ambientes: uma sala de receber e outra de comer. Casa urbana (Séc. XVII) 1 2 3 4 5 6 7 Sala de visitas Sala de jantar Dormitórios Pátio Sala de estar Sala de banho Cozinha e dormitório de criados Poltrona D. João V (1706/50) Cadeira D. José I (1750/77) O uso de técnicas mestiças (brancas, indígenas e mamelucas) na cerâmica, tecelagem e construção, acabou atingindo o espaço habitacional. Em paralelo, criou-se vestíbulos térreos situados ao lado das lojas dos artífices. D. João VI (1767-1826) Estilo D. João VI A partir da vinda da Coroa Portuguesa (1808) e a implantação do NEOCLASSICISMO, predominou no país a arquitetura historicista, que reproduzia estilos e decorações do passado. A europeização levou a um novo modo de organização dos espaços interiores, devido ao aumento da vida social e de privacidade das áreas íntimas. Bibliografia BAYEUX, G. SAGGESE, A. O móvel da casa brasileira. São Paulo: Museu da casa Brasileira, 1997. LEMOS, C. A. C. História da casa brasileira. São Paulo: Contexto, 1996. POUNDS, N. G. J. O mundo doméstico. Rio de Janeiro: Abril, 1993. REIS FILHO, N. G. Quadro da arquitetura no Brasil. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 1997. UPTON, D. Architecture in the United States. Oxford UK: Oxford University Press, 1998. VERÍSSIMO, F. S.; BITTAR, W. S. M. 500 anos da casa no Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.