Esquistossomose Schistosoma mansoni
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Esquistossomose Schistosoma mansoni
Esquistossomose Schistosoma mansoni Platyhelminthe, Digenia (Pirajá da Silva, 1908) Miracídio Viável por até 12 horas Epitélio ciliado Deslocamento Fototropismo +, Termotropismo + Quimiotropismo pelo molusco Invasão: 5-10min Enzimas líticas + movimento giratório Superinfecção mata moluscos papila apical glândulas Hospedeiro Intermediário (H.I.) Moluscos da Família Planorbidae Várias Espécies do Gênero Biomphalaria Água doce ou salobra; infecção por toda vida Desenvolvimento no molusco: CERCÁRIA ESPOROCISTO 2ARIO ESPOROCISTO 1ARIO MIRACÍDIO 2009 Bibliotecas: 30ug RNA total de miracídios e esporocistos de 6 e 20dias Schistosoma mansoniSchistosoma mansoni Liberação de cercárias por B. glabrata (3-4 semanas P.I.) Quantas? 1000/dia, 100.000 durante a vida do molusco Ritmo circadiano: dia (Luz, Calor... Vantagens adaptativas?) Cercária~0,5mm Molusco~1,5-2cm Cercária Tem 8 h para invadir o hospedeiro definitivo (viável por 24/36 hs) Fatores facilitadores: Movimento da cauda (0,3 mm dos 0,5 mm totais) Glândulas secretoras de proteases, hialuronidases, colagenases Turbulência da água; Sombra do corpo Quimiotropismo por moléculas da pele (Chemical attractants of human skin for swimming S. mansoni cercariae; Parasitol Res 2008) Cercária na água; Penetrando rapidamente no hospedeiro; Perda da cauda, mudança no fototropismo, grandes mudanças no tegumento): Esquistossômulo no sub-cutâneo (3 a 6 horas) Navigation within host tissue: Cercarias towards dark after penetration (Paras Res 2004) ; Schistosoma responds to chemical gradients (Int J Parasitol 2004) Desenvolvimento no Homem: ESQUISTOSSÔMULO VERME ADULTO OVOS THE LIFE CYCLE OF SCHISTOSOMIASIS MANSONI, INTESTINAL BILHARZIA, IN WHICH THE EGGS PASS OUT WITH THE FAECES. Pulmão: (capilares finos) Esquistossômulo (verme jovem); ficam 2 semanas Vulneráveis! Pele: Esquistossômulo; ficam 3 dias; vulneráveis por 24 horas. Migração do casal até Vênulas do Plexo Mesentérico; oviposição. Não vulneráveis. Fígado (Sistema Porta): Vermes adultos 1º. repasto sanguíneo; Acasalamento/ maturação fêmea Não vulneráveis. wil Verme adulto Diferenças entre macho e fêmea; topologia do canal ginecófaro ESQUEMA MORFOLÓGICO DO TUBO DIGESTIVO E APARELHO REPRODUTOR DOS MACHOS Tubo digestivo igual nos dois sexos: boca na ventosa oral (a), tubo curto (b) que se bifurca (g) e torna a unir-se em intestino único (h) que TERMINA EM FUNDO CEGO. Aparelho reprodutor do macho: vesícula seminal (d), testículos (e) que terminam em canal e poro genital (f). Aparelho reprodutor da fêmea: (NÃO REPRESENTADO): Glândulas vitelíneas (ocupam 2/3 do corpo!) e um só ovário. Casal de S. mansoni em vaso do plexo mesentérico Nutrição: hemácias Machos: 40.000hem/dia Fêmeas: 300.000hem/dia Tegumento: glicose e íons Metabolismo maior do que tumor troca membrana/ 24h ovos: 300/dia (1/5min) Vida média: 3-10 anos (mais que 30) Ovos: 6-8 semanas após infecção 1semana até sair nas fezes Sistema Porta Hepático Vermes adultos de S. mansoni Casal de S. mansoni em veia do plexo mesentérico Cada fêmea deposita cerca de 300 ovos por dia... Para onde vão os ovos? Formação do Granuloma A fibrose esquistossomótica Com o acúmulo de granulomas, a mucosa intestinal vai ficando fibrosada. Na medida em que os capilares mais próximos da superfície mucosa vão sendo substituídos por tecido fibroso, os vermes passam a ficar instalados mais próximos da submucosa. Aí, por serem os vasos de maior calibre, os ovos são mais facilmente arrastados pela corrente sanguínea do sistema porta em direção ao fígado, onde serão retidos nos espaços porta. Esquema do sistema porta para explicar o arraste de ovos do intestino (seta azul) para o fígado (seta vermelha). Esquistossomose crônica FASE ASSINTOMÁTICA Ocorre enquanto houver carga parasitária baixa e pouco acúmulo de ovos nos tecidos (granulomas). O aumento de vermes é lento (só parte dos esquistossômulos chega à fase adulta). A carga parasitária máxima é atingida após ou mais anos. FASE INTESTINAL Ocorre enquanto os ovos predominam na mucosa do intestino. Há retocolite, com evacuações freqüentes com tenesmo e ardor ao defecar. FASE HEPATO_INTESTINAL Ocorre quando os ovos formam granulomas no fígado, com sintomas inespecíficos: inapetência, má digestão, desconforto gástrico pósprandial, flatulência. Fígado e o baço aumentam de tamanho. FORMA HEPATO ESPLÊNICA Quadro clínico com evolução lenta. Quando a fibrose hepática dificulta a circulação portal intra-hepática, surge hipertensão portal, aumento da esplenomegalia, edemas, ascite. Há formação de varizes esofagogástricas, com hemorragias muitas vezes fatais. As lesões hepáticas e esplênicas levam a hipoproteinemia, anemia, leucopenia, plaquetopenia e problemas de coagulação. Quadros clínicos da esquistossomíase FASE AGUDA (INICIAL) Na fase de penetração das cercárias pode ocorrer dermatite com exantema, prurido ou manifestações alérgicas locais, pois muitos parasitas morrem nessa fase. Há migração de polimorfos nucleares em torno dos parasitos e depois linfócitos e macrófagos. A reação mantém-se por 2 ou 3 dias e regride em seguida. Durante a fase pulmonar dos esquistossômulos, pode haver tosse e febre. A chegada dos parasitas no fígado também pode levar a manifestações discretas e passageiras. A morte dos esquistossômulos nesses órgãos produz inflamação, necrose e depois cicatrização. Pode haver febre, eosinofilia, linfadenite, esplenomegalia e urticária, 2 a 3 semanas depois. Essa forma toxêmica da esquistossomose, nem sempre está presente. Dermatite cercariana O ciclo de vida Diagnóstico pelo exame de fezes Os ovos de Schistosoma são grandes, mais densos que a água e de aspecto característico, o que facilita seu encontro nas fezes, desde que sejam aí abundantes. As fezes (2 a 5 g) devem ser dissolvidas em água e coadas através de gaze ou tela (para remover as partículas grosseiras) em um cálice de sedimentação cônico, completando-se o volume do frasco. Após algum tempo, os ovos (por sua densidade) acumulam-se no fundo do cálice, concentrando-se no sedimento, cuja porção inferior deve ser pipetada e levada ao microscópio; é o método de Lutz. O procedimento é econômico, eficiente e permite ver se os ovos estão vivos, isto é, se a infecção continua ativa. Ovo com o miracídio já formado Diagnóstico por Biópsia retal Diagnóstico sorologico: ELISA IMUNOFLUORESCÊNCIA HEMAGLUTINAÇÃO Desvantagem: não negativa após tratamento CRITÉRIOS DE CURA PÓS- TRATAMENTO: Indicador mais utilizado: exame de fezes negativo por mais de 4 meses. Indicadores mais sensíveis: Reação Peri- Ovular Tratamento atual: (Não cura a doença, evita progressão) PRAZIQUANTEL: Aumenta o influxo de cálcio e afeta a contração muscular (Molec Biochem Paras 2009); liga com miosina do parasita (PLoS 2009) OXAMNIQUINE: Possível paralisia e destacamento do parasito das veias mesentéricas Canais de Ca2+ controlados por voltagem e praziquantel Ca2+ Praziquantel Greenberg Int. J. Parasitol., 35:1-9, 2005 Canais de Ca2+ controlados por voltagem e praziquantel 2+ Ca Praziquantel Greenberg Int. J. Parasitol., 35:1-9, 2005 Tratamento Primeiras abordagens: Antimoniais: afetam a fosfofrutoquinase (Schistosoma, Plasmodium, e Trypanosoma (sanguíneo) usam via glicolítica para a obtenção de energia Novas abordagens: Drogas anti-maláricas que impedem formação de hemozoína (agreagação do heme, que é tóxico) são eficientes na esquistossomose (Curr Opinion Infec Dis 2007; Mole Biochem Paras 2008) Há tratamento da doença? Somatostatina: Peptídeo de 14 a.a. secretado pelo SNC, no Fígado, inibe produção de colágeno anti- fibrótico (Trends 2002) , pacientes com alto nível tem menos fibrose (BMC Infect Dis 2005) Controle - Tratamento dos doentes: PROBLEMAS - Controle do molusco (drogas ou biológico) - Saneamento básico e educação Controle: Locais de transmissão ESQUISTOSSOMOSE Cerca de 220 milhões de infectados, 800 mil mortes/ano Endêmica em 76 países Ásia, África, América (BRASIL) ESTABELECIMENTO DE NOVOS FOCOS ONDE OCORRE MULTIPLICAÇÃO DO PARASITA 1 ovo 1 miracídio (sexo definido) 1 miracídio 1 esporocisto 1ario 1 esporocisto 20 a 40 esporocistos 2arios 100.000 a 300.000 cercárias 1 esquistossômulo ( HOMEM) 1 cercária 1 esquistossômulo 1 ovo 1 adulto 100.000 a 300.000 vermes do mesmo sexo NÃO HÁ MULTIPLICAÇÃO DO PARASITA NO HOMEM: AS VACINAS NÃO PRECISAM SER ESTERELIZANTES BASE DA PESQUISA DE VACINAS: Imunidade concomitante (Rhesus em 1960) Macacos infectados resistiam a novas infecções por cercárias Controle de reinfecções Existe resposta imune protetora Alguns dados sobre resposta imune protetora Imunidade contra cercárias e esquistossômulos Th1 (IFNg)- eliminação de esquistossômulos em cmdg Indivíduos não infectados de regiões endêmicas: Th1- Th2 em fases diferentes da infecção Crianças e adolescentes: mais suscetíveis a reinfecções: poucos anticorpos protetores (IgE e IgA) Como o verme adulto resiste à Resposta Imune que impede a entrada/sobrevivência de novas cercárias? MIOC, 2006 - Aquisição de moléculas do hospedeiro (ALB) -Turnover do tegumento (muda 4%/h!) -Fusão de pedaços de membrana do hospedeiro -Baixa exposição de ags, “cortina de fumaça” -Ags estágio específicos -Mimetismo molecular -Clivagem anticorpos (fabulação) -DAF e serinó-proteases (desarmam complemento) -Síntese CR... ALVOS DE VACINAS Proteínas do tegumento Proteínas fertilidade fêmea Enzimas Fase esquistossômulo pulmonar: mais vulnerável Transcriptoma- Nature, 2003 Proteoma tegumento- Proteomics, 2006
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