avaliação do joelho - Instituto Long Tao

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AVALIAÇÃO DO JOELHO
1. Anatomia Aplicada:
Articulação Tibiofemoral:
 É uma articulação em dobradiça modificada que possui 2 graus de liberdade;
 Posição de repouso: 25° de flexão;
 Posição de aproximação máxima: extensão completa, rotação lateral da tíbia.
 Articulação Patelofemoral:
 É uma articulação plana modificada;
 A patela melhora a eficiência da extensão durante os últimos 30° de extensão.
Articulação Tibiofibular Superior:
 É uma articulação sinovial plana entre a tíbia e a cabeça da fíbula.
2. História Clínica:
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
Como ocorreu o acidente, ou qual foi o mecanismo de lesão? De que direção
veio a força lesiva?
O que o paciente é capaz de fazer funcionalmente?
Há qualquer “estalido” ou houve um estalo quando ocorreu a lesão?
A lesão ocorreu durante a aceleração, desaceleração ou quando o paciente
estava se movendo a velocidade constante?
Há dor? Onde? Que Tipo? É difusa? Contínua? Retropatelar?
Certas posições ou atividades têm efeito aumentado ou diminuído sobre a dor?
O joelho “falseia” (instabilidade no joelho)?
O joelho alguma vez bloqueou-se?
Há rangido ou estalido no joelho?
A articulação está inchada?
A marcha é normal?
Que tipo de calçado o paciente utiliza?
3. Observação e Triagem:


Exame das outras articulações adjacentes, acrescentando uma avaliação
postural global;
Observação Geral: evidência de dano tecidual, edema, temperatura,
hipersensibilidade, estalido ou crepitação.
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4. Inspeção:
Vista Anterior, em pé:
 Identificação de joelho valgo e de joelho varo;
 Anormalidades patelares, como patela alta, patela baixa e patelas medializadas.
Figura 1
Figura 2 - Ângulo Q
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Figura 3 - Vista Anterior (em pé)
Vista Lateral, em pé:
 Permite avaliar os joelhos hiperestendidos e as anormalidades patelares.
Figura 4 - Vista Lateral (em pé)
Vista Posterior, em pé:
 Visualização das anormalidades em valgo e em varo e permite a observação
direta da área poplítea.
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Figura 5 - Patela Baixa / Normal / Alta
Vista Anterior e Laterais, sentado:
 Posicionamento da patela, alterações ósseas e aumento anormal de volume;
 Observação de torção tibial.
Figura 6 - Vista Anterior (sentado)
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Figura 7 - Vista Medial (sentado)
Marcha:
 Notar alterações no comprimento do passo, velocidade da marcha, cadência ou
desvio linear e angular;
 Observar a presença de movimentos anormais da patela, pelve, quadril e
tornozelo.
5. Palpação:



Palpação anterior com o joelho estendido (patela, tendão patelar, superfície
cartilaginosa da patela, músculo Quadríceps e Sartório, lig. colateral medial e
pata de ganso, tensor da fáscia lata, trato iliotibial e cabeça da fíbula);
Palpação anterior com o joelho flexionado (linha articular tibiofemural, platô
tibial, côndilos femorais e músculos adutores);
Palpação posterior com o joelho ligeiramente flexionado (face posterior, face
pósterolateral póstero-medial da artic. do joelho, músculos posteriores da coxa
e gastrocnêmio).
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Figura 8 – Estruturas do Joelho (I)
Figura 9 - Estruturas do Joel
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Figura 10 - Estruturas do Joelho (III)
Figura 11 - Posição para palpação do Ligamento Colateral Lateral
6. Mobilidade dos Segmentos:
Triagem para amplitude de movimento:
 Se forem identificadas limitações na amplitude de movimento articular, deverá
ser realizado um teste goniométrico específico para se obter um quadro das
restrições, estabilização e registro das limitações;
 Movimentos Ativos: Quantidade de movimento articular realizada por um
indivíduo sem qualquer auxílio. Objetivo: o examinador tem a informação exata
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
sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento
do indivíduo;
Movimentos Passivos: Quantidade de movimento realizada pelo examinador
sem o auxílio do indivíduo. A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a
informação exata sobre a integridade das superfícies articulares e a
extensibilidade da cápsula articular, ligamentos e músculos (Levangie & Norkin,
1997).
6.2 Movimento Ativo:
Deve-se observar:
 Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor;
 Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
 A quantidade de restrição observável;
 O padrão de movimento;
 O ritmo e a qualidade do movimento;
 O movimento das articulações associadas;
 Qualquer limitação e sua natureza.
6.3 Movimento Passivo:
Deve-se observar:
 Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início de dor;
 Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor;
 O padrão de limitação do movimento;
 A sensação final do movimento;
 O movimento das articulações associadas;
 A amplitude de movimento disponível.
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Figura 12 - Movimento Passivo – Flexão
Figura 13 - Movimento Passivo – Extensão
Figura 14 - Movimento Passivo - Deslizamento medial da Patela
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7. Movimento do Jogo Articular:
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
O teste para folga articular determina a integridade da cápsula;
A folga articular deve ser sempre avaliada na posição destravada (decoaptação
aberta) na qual a frouxidão da cápsula e dos ligamentos é maior e o contato
ósseo é menor.
Deslizamento para trás da tíbia sobre o fêmur;
Deslizamento para a frente da tíbia sobre o fêmur;
Translação medial da tíbia sobre o fêmur;
Translação lateral da tíbia sobre o fêmur;
Deslocamento medial e lateral da patela;
Depressão da patela;
Movimento ântero-posterior da fíbula sobre a tíbia.
8. Princípios dos testes de comprimento muscular:


A finalidade da avaliação do comprimento muscular (flexibilidade) consiste em
determinar se a ADM que ocorre em uma articulação é limitada ou excessiva em
virtude das estruturas articulares intrínsecas ou dos músculos que cruzam as
articulações;
O comprimento do músculo é determinado pela distância entre as
extremidades proximal e distal do músculo, sendo medido por seu efeito sobre
a ADM da articulação.
8.1 Testes de comprimento muscular:


Músculos flexores do joelho (Bíceps Femoral);
Músculos extensores do joelho (Vasto Lateral, Vasto Medial e Vasto Intermédio).
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Figura 16 - Teste de Comprimento do Reto Femoral
9. Testes Musculares Manuais:




Parte integrante do exame físico, fornecendo informações úteis no diagnóstico
diferencial, prognóstico e tratamento de patologias musculoesqueléticas e
neuromusculares;
A avaliação da força muscular manual deve ocorrer quando forem descartadas
outras limitações articulares ou musculares (encurtamentos) impedindo ou
dificultando o movimento.
Músculos do Quadríceps Femoral;
Músculos: Bíceps Femoral, Semimembranáceo, Semitendíneo.
Figura 17 - Prova de Função do Quadríceps
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10. Avaliação Funcional:


“Sistema de graduação para o joelho de Cincinatti” ( FR. Noyes, GH McGinniss &
lA Mooar, Sports Med. 1:287-288, 1984). Sistema de graduação funcional para
pessoas ativas;
Escala para o joelho da Knee Society ( JN De Insall, LD Dorr, RD Scott & WN
Scott, Clin. Orthop. 248:14, 1989).
10.1 Testes funcionais seqüenciais para o joelho:





Andar;
Subir e descer escadas;
Agachamento;
Correr na reta para frente;
Correr na reta para a frente e parar sob comando.
11.Testes Especiais para Instabilidade Ligamentar:

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
Ligamentos Cruzados; anterior e posterior;
Teste de Lachman; Lachman inverso;
Ligamentos Colaterais.
Figura 18
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Figura 19 - Teste do Ligamento Cruzado Anterior
Figura 20 - Teste do Ligamento Colateral Medial
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Figura 21 - Teste do Ligamento Colateral Lateral
12. Testes Clínicos Especiais:

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
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Lesões do menisco;
Teste de compressão de Apley; Teste de McMurray;
Comprimento das pernas;
Medição de Volume Muscular (Medições Antropométricas).
Figura 22 - Teste de Compressão, Descompressão e Compressão com Rotação
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Figura 23 - Medição do Membro Inferior
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Testes Patelares;
Teste de raspagem da patela;
Teste de Apreensão patelar.
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Referências Bibliográficas
1. Marques AP. Ângulos articulares dos membros inferiores. In: Manual de
Goniometria. 2 ed. São Paulo: Manole; 2003. p.40.
2. Magee DJ. Joelho In: Magee, DJ, editor. Disfunção Musculoesquelética. 3 ed. São
Paulo: Manole; 2002. p.525-619.
3. Palmer, LM.; Epler, ME. Joelho: In: Palmer, LM.; Epler, ME. Fundamentos das
Técnicas de Avaliação Musculoesquelética. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 2000. p.275-301.
4. Gardner E, Gray DJ, O’Rahilly R. Anatomia. Estudo Regional do Corpo Humano. 4
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
5. Hoppenfeld, S. Exame do Joelho. Propedêutica Ortopédica. Coluna e
Extremidades. Rio de Janeiro: Atheneu, 1987. p.179-206.
6. Kapandj IA. Joelho. In: Fisiologia Articular. São Paulo: Manole, 1987. p. 169-251.
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