Capa Ranking operadores 2012_Layout 1

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Capa Ranking operadores 2012_Layout 1
Mensal │ n.º 119 │ DEZ.12 - JAN 13
9 euros (iva incluído)
REVISTA INDEPENDENTE
DOS PROFISSIONAIS DE LOGÍSTICA
WWW.LOGISTICAMODERNA.COM
EDIÇÃO ESPECIAL
Em colaboração com
PUB
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
2
Dora Assis
[email protected]
4
Prestação de serviços logísticos
Ao ritmo da economia
6
Dados e factos
Diferentes velocidades
8
Facturação
Quebra ligeira
11
Tipo de actividade, operações e serviços
Foco no cliente
13
Recursos humanos e formação
O bem mais precioso
15
Certificação
A busca da excelência
16
Customer service
À medida dos clientes
17
Sustentabilidade das frotas
O elo mais forte
19
Equipamentos de movimentação
Rapidez, eficiência e segurança
20
Imobiliário
1,42 milhões de m2 ocupados
26
Sustentabilidade
Armazéns cada vez mais verdes
28
Software
Optimizar negócios
29
Lean
A perder peso
30
Estratégias de crescimento
Expansão sustentada
32
Estratégias de crescimento
Crescer pela internacionalização
34
No mundo
Mercado dinâmico
Em colaboração
O PAPEL PRINCIPAL
Que os operadores logísticos ou prestadores de serviços logísticos desempenham um papel vital na
cadeia de abastecimento, já não é novidade. De acordo com a Associação Portuguesa de Operadores
Logísticos (APOL), um operador logístico é uma “Empresa privada, com fins lucrativos, e cuja actividade principal seja a prestação de serviços de valor acrescentado a terceiros, a nível de armazenagem, de manuseamento e de movimentação de bens”.
Ou seja, um operador logístico é uma empresa apta a disponibilizar aos seus clientes múltiplos
serviços logísticos, preferencialmente integrados: armazenagem, transporte, cross-docking, gestão
de inventário e de stocks, embalagem, etiquetagem... são apenas alguns dos exemplos das actividades
que são desenvolvidas pelas empresas que escolheram o segmento da prestação de serviços logísticos
para ser o seu campo preferencial de actuação.
Ao editarmos mais um Ranking e Atlas dos Operadores Logísticos, pelo segundo ano em parceria
com a Cushman & Wakefield, não quisemos que fosse apenas uma actualização do que já anteriormente havia sido publicado, mas antes um espelho daquilo que é a evolução da actividade destas
empresas.
Por isso, nas páginas seguintes, além da informação habitual sobre facturação destas empresas, natureza dos serviços prestados ou características e dimensões dos espaços logísticos que ocupam, encontrará agora alguns capítulos novos dedicados a áreas tão importantes como a formação
profissional dos recursos humanos, o customer service, a sustentabilidade (da actividade e dos espaços), equipamentos de movimentação de mercadorias, tecnologias de informação, certificação,
gestão lean...
O intuito? Proporcionar um retrato fidedigno do que é o sector onde se movimentam os operadores
logísticos, a actividade destas empresas em Portugal, as suas preocupações, as suas reais capacidades,
as suas habilitações e mais-valias.
Face à volatilidade da economia, sabemos todos que são grandes os desafios que se colocam às empresas, em especial aos operadores logísticos. Contudo, é também aí que reside o valor acrescentado
das actividades que desenvolvem e o seu grande trunfo: sabem fazer, bem ou mesmo muito bem, e
conseguem economias de escala na gestão da cadeia de abastecimento que qualquer empresa por si
só teria dificuldade em alcançar.
SEDE E REDACÇÃO: Alameda do Grupo Desportivo Alcochetense, 133 - 137 / 2890-110 Alcochete
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Barros GESTORAS DE CONTAS: Susana Lopes, Alexandra Gomes PROJECTOS ESPECIAIS: Carlos Simões PROJECTO GRÁFICO Codex.pt
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de textos e imagens por quaisquer meios. Os artigos assinados veiculam apenas as posições dos seus autores.
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
4
Prestação de serviços logísticos
AO RITMO DA ECONOMIA
A prestação de serviços logísticos a terceiros está longe dos seus anos de ouro. Estamos perante um sector que não passou, nem tinha
como passar, incólume à crise económica que se tem feito sentir e são múltiplas as consequências da mesma que analisamos na edição
deste ano do Ranking e Atlas dos Operadores Logísticos, já que os seus efeitos acabam por ser transversais e afectar diferentes aspectos
da actividade dos operadores logísticos.
C
arla Fernandes, presidente da Associação
Portuguesa de Operadores Logísticos
(APOL) salienta que “todo o contexto político e económico de desaceleração e de desinvestimento tem obrigado as empresas do sector a serem
mais criativas e a aproveitarem a sua experiência e
elevada capacidade de adaptação à realidade de cada
cliente, respeitando a sua cultura interna e o seu
modus operandi”.
Para 2013 não são previsíveis grande alterações ao
estado do actual cenário em que se movimenta a
maioria destas empresas, bem pelo contrário. Há
quem não descarte algumas possibilidades de agravamento, o que, a verificar-se, levanta alguma preocupação, nomeadamente no que diz respeito à
sustentabilidade de algumas delas.
Como explica Carla Fernandes, “o sector vive um
momento de dificuldade devido à contracção do
consumo que leva a que se verifiquem menos operações logísticas. Existe também uma grande redução das margens e uma elevada dificuldade de
acesso ao crédito para obter financiamento”.
O PASSO NATURAL DA EVOLUÇÃO
Se nunca é fácil perspectivar o futuro, no caso dos
prestadores de serviços logísticos a terceiros, a tarefa
complica-se devido ao contexto de desaceleração
económica que se vive actualmente e em que na
maioria dos casos todas as atenções parecem estar
viradas para a importância da dinamização do volume das exportações nacionais.
A presidente da APOL defende que a internaciona-
lização é o passo natural dos operadores logísticos
que já possuem uma vasta experiência que decorre
do facto de algumas empresas serem multinacionais
e já deterem por isso know-how e experiência internacional: “muitos dos associados da APOL já possuem plataformas logísticas em países estrangeiros
nomeadamente em Espanha, com quem mantêm relações comerciais muito fortes. Em muitos casos, até
se verificam presenças em diferentes regiões de um
país. Além de Espanha, apontamos outros países que
podem ser interessantes e estratégicos para o comércio internacional, como é o caso do Brasil, Angola e
alguns países do Magreb. Este é o caminho para as
empresas a operar em Portugal face à situação recessiva da economia. Os mercados em que a proximidade cultural e linguística é mais próxima da
portuguesa são, certamente, a melhor opção em termos de negócio e que certamente podem beneficiar
as empresas nacionais”.
Porém, é de referir que esta tendência não diminui,
contudo, o facto de este ser um sector que em qualquer país depende em grande medida do consumo
interno, “pelo que a maior parte dos operadores logísticos tem em Portugal o grosso da sua actividade
e dos seus investimentos. Este facto põe em equação
a pressão que é colocada sobre a capacidade de resiliência das empresas.”, enfatiza a responsável associativa.
AGENTES DE DINAMIZAÇÃO ECONÓMICA
Tendo como ponto de partida a definição de “operador logístico” da Associação Portuguesa de Ope-
radores Logísticos (APOL), ou seja, uma “empresa
privada, com fins lucrativos, e cuja actividade principal é a prestação de serviços de valor acrescentado
a terceiros, a nível de armazenagem, de manuseamento e de movimentação de bens”, que papel
podem, então, no actual contexto, desempenhar os
operadores logísticos enquanto agentes dinamizadores das actividades económicas?
Carla Fernandes entende que “os operadores logísticos contribuem, de forma decisiva, para o aumento
da competitividade das diversas cadeias de valor
onde estão inseridos. Introduzem um factor de partilha de recursos (espaço, energia, pessoas, entre outros), o que permite efectuar naturalmente
operações de manuseamento e transporte de uma
forma mais eficiente”.
O impacto deste sector economia empresarial portuguesa é inquestionável. De acordo com os números da APOL, estas empresas são responsáveis pela
ocupação de mais de 1 milhão e 500 mil metros quadrados em termos de espaços para actividades logísticas, além do forte impacto enquanto entidades
empregadoras, pois ocupam mais de 16.000 colaboradores directos.
Não menos relevante é ainda o papel que desempenham na interligação entre produção/distribuição e
entre plataformas de modularidade já que, como recorda a presidente da APOL, “os operadores logísticos são a entidade mais capacitada para aumentar o
valor da cadeia ou introduzir os factores acrescidos
de domínio e optimização dos processos pela sua especialização e dimensão crítica”.
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
6
Dados e factos
DIFERENTES VELOCIDADES
Não é de estranhar que o panorama global da actividade dos operadores logísticos que desenvolvem a sua actividade em Portugal não
seja auspicioso. Ainda que de forma mais tímida face aos momentos de glória vividos a partir da década de 90, os operadores logísticos
continuam empenhados em evidenciar as mais-valias que a sua actividade aporta a montante e a jusante das cadeias de abastecimento.
P
ara a elaboração desta edição do Ranking
e Atlas dos Operadores Logísticos foram
contactadas 115 empresas. Destas, responderam ao inquérito deste ano um total de 58
prestadores de serviços logísticos. É de realçar
neste âmbito que 57% das empresas inquiridas
(33) têm o centro máximo de decisão da empresa
em Portugal, enquanto que no caso de 43% (25)
este está localizado no estrangeiro, sendo esta última amostra constituída maioritariamente por
prestadores de serviços logísticos que integram
grupos multinacionais como facilmente se depreende.
Estas 58 empresas apresentaram em 2011 um volume total de facturação que andou muito próximo dos 2,4 mil milhões de euros, o que em
termos globais nem é muito negativo face à actual
conjuntura, já que na edição anterior do Atlas e
Ranking dos Operadores Logísticos o volume de
facturação das empresas participantes estava ligeiramente acima dos 2,4 mil milhões de euros.
DE BRAÇO DADO
COM A LOGÍSTICA
Em termos de dinamização do mercado de trabalho e criação de emprego, deve salientar-se
que os 58 operadores logísticos que responderam ao inquérito desta edição dão trabalho a
15.730 pessoas, espalhadas por um total de 230
espaços e armazéns logísticos, o que na prática
significa que estas empresas ocupam e gerem
no nosso país qualquer coisa que ronda os
1.416.598,7 m 2 de espaço logístico.
Em termos médios, isto significa que cada operador logístico terá quatro armazéns e uma capacidade média de armazenagem de 24.500 m 2 .
Não obstante o período menos áureo que se
vive e a todos afecta, de acordo com os dados
facultados pelas empresas inquiridas, nos últimos dois anos, no total, terão sido inaugurados
37 novos espaços destinados a albergar operações de prestação de serviços logísticos a terceiros.
Em termos práticos isto significa que ainda há
empresas de distintos sectores de actividade
que encaram o outsourcing logístico como uma
mais-valia e ao entregarem nas mãos de especialistas as suas operações e respectiva gestão
da cadeia de abastecimento procuram rentabilizar as suas competências “core” e, por consequência, a velocidade de chegar ao mercado e
satisfazer os seus clientes.
Aquele que já foi o elo mais fraco e o parente
pobre para muitas empresas é, definitivamente,
cada vez mais percepcionado como um dos últimos redutos não apenas de redução de custos
e criação de valor, mas acima de tudo de agilização e optimização em termos de ganhos e eficiências operacionais para as indústrias.
Tudo continua a ser feito para que mercadorias
e informação entre fornecedores e clientes
sejam transaccionados sem defraudar expectativas, se possível reduzindo custos e, preferencialmente, acrescentando valor.
Comparação de dados globais
2006
2007
2009
2010
2011
Empresas contactadas
90
108
109
115
Nº de Empresas Responderam
81
79
75
58
Volume facturação
2,125,336,535 € 2,350,037,304 € 1,410,350,151 € 2,414,176,360 € 2,355,784,273 €
Total de Colaboradores
13,903
18,945
13,510
15,730
Nº Total de Armazéns
308
446
221
230
2
2
2
Total de àrea de Armazenagem
1.810.677 m
2.372.712 m
1.445.529 m
1416598,7 m2
Média de Armazéns/ Operador
3.9
5.7
3
4.0
Média da Capacidade de Armazenagem/ Operador
21.054 m2
30.034 m2
19.273m2
24,500m2
Armazéns Inaugurados nos ultimos 2 anos
87
51
47%
Estrangeiro
Centro máximo
de decisão
da empresa
53%
Portugal
37
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
8
Facturação
QUEBRA LIGEIRA
Apesar do ligeiro recuo registado em 2011, face a 2010, em termos do volume de facturação, os operadores logísticos nacionais superaram os valores alcançados em 2006. De acordo com as respostas das empresas participantes, a actividade corresponde a quase 1,4%
do PIB de 2011.
C
omo se verificou em edições anteriores, alguns operadores logísticos recusaram partilhar a informação relativa ao seu volume de
facturação anual. Porém, dos 58 inquiridos, 48
aceitaram disponibilizar esta informação. Os dados
recolhidos junto destes operadores logísticos apontam para um volume de negócios global de perto de
2,4 mil milhões de euros em 2011, o que corresponde a cerca de 1,37% do Produto Interno Bruto
(PIB) nacional daquele ano.
A análise (ver quadro) mostra que no último ano, os
cinco primeiros operadores (Alliance Healthcare,
Medlog, Luís Simões Logística Integrada, Torrestir
e Rangel) acumulam 56% da facturação global, contra os 51% de 2010. Contudo, não se registam alterações ao nível das posições ocupadas. Ao
analisarmos os 10 primeiros operadores logísticos
por volume de facturação em 2011, estes acumulam
75% do total da facturação global, contra 71% de
2010.
Nas 10 primeiras posições assiste-se a poucas alterações de 2010 para 2011. De salientar o crescimento da Alliance Healthcare, Luís Simões Logística
Integrada, Torrestir, Rangel, Havilog e Gefco Portugal. Apesar do ligeiro recuo, a Medlog (2º) e a
Schenker (8º) continuam a ocupar as mesmas posições em 2011 face a 2010, o mesmo não acontece
com a Patinter que desceu da 6ª posição para a 7ª,
tendo sido ultrapassada pela Havilog. Uma inversão
de posições aconteceu também entre a Gefco Portugal e os CTT Expresso, com a passagem desta última
para o 10º lugar.
Ao longo das últimas edições do Ranking e Atlas dos
Operadores Logísticos, várias empresas deram o seu
contributo ao nível da cedência dos dados referentes
à sua facturação anual. Os dados divulgados permitem-nos agora traçar uma comparação quanto à
evolução de crescimento em termos de volumes de
facturação.
Em 2006, as 86 empresas participantes registaram
uma facturação conjunta superior a 2,1 mil milhões
de euros. No ano seguinte, num total de 79 empresas, o volume de facturação chegou perto dos 2,4 mil
milhões. A quebra acentuada, registada em 2009,
com um total de 1,4 mil milhões de euros em 75 resposta, foi recuperada em 2010, ano em que os 58 inquiridos pela Logística Moderna alcançaram um
volume de facturação de 2,4 mil milhões de euros.
No último ano observou-se novamente um ligeiro
decréscimo na ordem dos 60 milhões de euros.
De acordo com as projecções do Banco de Portugal,
a actividade económica do país deverá apresentar
uma nova contracção em 2013, de 1,6%, apesar de
menos significativa que a projectada para 2012, de
3%. A projecção traçada está porém “condicionada
pelo grau de incerteza quanto à evolução da envolvente externa, ao impacto das medidas de política
económica interna, à resposta dos agentes económicos e à natureza e rapidez do processo de ajustamento de médio e longo prazo da economia”. Para o
Ranking por Facturação
Rank
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
Empresa
Alliance Healthcare
Medlog
Luís Simões Logística Integrada
Torrestir
Rangel
Havilog
Patinter
Schenker Transitários
Gefco Portugal
CTT Expresso
Garland
Dachser Portugal
Norbert Dentressangle
Transportes Florêncio & Silva
Stef Portugal
Chronopost Internacional Portugal
Transportes Pascoal
Abreu Carga e Trânsitos
Arnaud-Logis
Schnellecke Portugal
Transportes Paulo Duarte
Transportes Azkar Portugal
Rodocargo
Rhenus
UTi - G-SLI
Cat LC
Adicional
Logic
Promo
Logifarma
Santos E Vale
TDN
Frissul
Aviludo
Transportes Coelho Mariano
Salvesen Logística
Autotrans Express
Univeg Portugal
Olicargo
Frigomato
Frigoservice
Carreras Almacenaje Y Distribuicion
Olano
Entreposto Logística
Farmavenix Portugal
Inchain Logistics
Go Logistic
Batista Sanganha
ALM II
2010
(em euros)
2011
(em euros)
570.180.150
362.923.427
198.940.000
112.000.000
110.000.000
96.000.000
110.000.000
91.000.000
75.355.000
88.521.153
58.000.000
61.200.000
51.148.000
N/R
33.200.000
34.000.000
30.082.206
31.500.000
24.034.000
24.000.000
27.000.000
26.935.516
N/R
21.500.000
21.000.000
14.309.000
11.700.000
12.360.000
15.523.845
11.154.949
12.600.000
10.042.662
11.022.668
N/A
8.245.091
7.300.000
7.500.000
6.500.000
3.600.000
2.800.000
2.500.000
2.408.000
1.085.891
2.000.000
N/A
400.246
1.000.000
450.000
N/R
438.081.782
320.803.841
206.267.000
136.000.000
112.000.000
102.000.000
100.000.000
90.400.000
80.413.000
79.847.417
64.000.000
61.500.000
49.525.000
41.776.000
33.300.000
33.000.000
32.367.837
30.650.000
30.127.000
30.000.000
30.000.000
28.348.632
27.200.000
23.500.000
21.000.000
15.017.000
13.100.000
12.980.000
12.088.755
11.952.315
11.200.000
10.727.793
9.821.918
8.500.000
8.425.806
7.300.000
6.750.000
6.550.000
4.100.000
3.086.000
2.500.000
2.108.000
2.038.063
1.500.000
1.300.000
1.131.114
1.000.000
500.000
N/R
9
Rank
50
51
52
53
54
55
56
57
58
Empresa
Bomi Portugal
Dhl
Fiege
Forcargo
Friofarma
Roberts Europe
Sintax Logística Transportes
TNC2
TNT Express Worldwide (Portugal)
2010
(em euros)
2011
(em euros)
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
11.154.556
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
Facturação - Valores Acumulados
Operadores
5 primeiros
10 primeiros
2011
(em euros)
Peso Face ao Total
Facturado
2010
(em euros)
Peso Face ao Total
Facturado
1.213.152.623
1.665.813.040
51%
71%
1.354.043.577
1.814.919.730
56%
75%
Comparação de facturação das 25 empresas presentes nas últimas edições
(em euros)
Operadores
2007
2009
2010
2011
Adicional
Arnaud - Logis
Autotrans Express
Batista Sanganha
Chronopost Portugal
Dachser Portugal
Entreposto Logística
Frissul
Garland
Gefco Portugal
Havilog
Logic
Luís Simões Logística Integrada
Norbert Dentressangle
Rangel
Santos & Vale
Schenker Transitários
Schnellecke Portugal
Sintax Logística Transportes
STEF Portugal
TDN
Torrestir
Transportes Azkar Portugal
Univeg Portugal
UTi – G- SLI
3.990.905
27.000.000
5.500.000
750.000
33.000.000
28.974.604
4.500.000
11.356.318
55.000.000
83.411.496
72.694.857
10.166.166
36.989.000
56.051.451
19.000.000
11.800.000
73.113.974
26.400.000
9.951.910
27.300.000
8.948.531
33.000.000
26.240.000
5.060.874
21.000.000
7.600.000
31.000.000
6.000.000
450.000
35.000.000
40.000.000
3.500.000
11.410.000
53.000.000
89.900.000
92.000.000
10.686.317
37.000.000
43.000.000
14.000.000
11.437.493
80.000.000
25.200.000
10.337.000
29.800.000
8.166.000
61.000.000
29.560.000
6.000.000
18.000.000
11.700.000
24.034.000
7.500.000
450.000
34.000.000
61.200.000
2.000.000
11.022.668
58.000.000
75.355.000
96.000.000
12.360.000
198.940.000
51.148.000
110.000.000
12.600.000
91.000.000
24.000.000
11.154.556
33.200.000
10.042.662
112.000.000
26.935.516
6.500.000
21.000.000
13.100.000
30.127.000
6.750.000
500.000
33.000.000
61.500.000
1.500.000
9.821.918
64.000.000
80.413.000
102.000.000
12.980.000
206.267.000
49.525.000
112.000.000
11.200.000
90.400.000
30.000.000
N/R
33.300.000
10.727.793
136.000.000
28.348.632
6.550.000
21.000.000
Nota: Os valores relativos à facturação em 2010 e 2011 da Luís Simões Logística Integrada e da Rangel reflectem a facturação geral
enquanto Grupo, justificando o crescimento exponencial obtido, comparativamente com os anos anteriores
próximo ano, o Banco de Portugal estima que a procura interna, em particular o consumo privado, diminua cerca de 3,6%, o que representa uma quebra
acumulada de 13% para o período 2011-2013.
Com a contracção do PIB pelo terceiro ano consecutivo, o Banco de Portugal salienta que este ocorre
no contexto do processo de ajustamento dos desequilíbrios estruturais enquadrado pelo programa de
assistência económica e financeira. A mesma instituição sublinha que “não obstante a elevada incerteza que caracteriza o enquadramento internacional,
as exportações têm registado um crescimento significativamente superior ao da procura externa dirigida à economia portuguesa, o que deverá manter-se
em 2013”. Além disso, acrescenta que “a evolução
das exportações deverá continuar a mitigar o impacto da evolução da procura interna sobre a actividade económica, projectando-se um crescimento
significativo desta componente em 2013”. Projecções
que irão, certamente, afectar a actividade dos nossos
operadores.
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
10
Tipo de Actividade, Operações e Serviços
FOCO NO CLIENTE
Como em anos anteriores, a Logística Moderna procurou saber, junto dos participantes desta edição, quais os principais serviços oferecidos, os principais sectores de actividade e o universo de clientes. É fácil perceber que grande parte dos operadores logísticos inquiridos
afirma ter mais de 20 clientes, maioritariamente do grande consumo, sendo a armazenagem e o transporte nacional as principais actividades desenvolvidas.
N
a edição deste ano, 84% dos inquiridos
afirma ter mais de 20 clientes em carteira,
contrastando com os 2% que referem ter
entre 16 e 20 clientes. Para os restantes intervalos (1
- 5, 6 - 10 e 11 - 15) encontram-se 3%, 7% e 4% respectivamente (ver gráfico).
De salientar que o grande consumo (alimentar e não
alimentar) é o principal segmento de actividade dos
operadores logísticos, com 62% dos participantes a
admitirem trabalhar nesta área. Com 38% das respostas surge a área farmacêutica e hospitalar, se-
3%
1a5
7%
6 a 10
4%
11 a 15
2%
16 a 20
Universo de clientes
84%
Mais de 20
Principais segmentos de actividade
Grande Consumo (Alimentar/ Não Alimentar)
Farmacêutico e Hospitalar
Automotive
Têxtil e Calçado
Telecomunicações e Tecnologias de Informação
Electrodomésticos e Electrónica
Industrial, Construção e Cerâmica
Celulose, Madeiras, Cortiças e Curtumes
Livros/Publicações e Material Promocional
Metalomecânica e Maquinaria
Química, Energia e Materiais Eléctricos
Bricolage e Decoração
Outros (Animais Vivos, Aeronáutica, Vinhos)
Combustíveis e Lubrificantes
Vidros, Plásticos e Embalagem
Bazar Ligeiro
Higiene e Limpeza
%
62%
38%
34%
33%
16%
14%
14%
9%
9%
7%
5%
5%
5%
5%
3%
3%
2%
11
Serviços prestados
Armazenagem
Transporte Nacional
Gestão de Stocks
Etiquetagem
Processos de cross-docking
Transporte Internacional
Manipulações
Distribuição
Embalagem
Reembalagem
Actividades promocionais
Pré-montagem e/ou assemblagem
guida de perto pelo automotive com 34% e pelo têxtil e calçado com 33% (ver quadro).
TIPO DE ACTIVIDADE
Em termos de tipo de actividade, os 58 participantes seleccionaram aquelas que são mais representativas na sua operação entre operador logístico,
transportador, transporte urgente ou expresso e
transitário.
Importa referir que, de acordo com a Associação
Portuguesa de Operadores Logísticos (APOL), a actividade de operador logístico contempla a prestação de serviços de valor acrescentado a terceiros, a
nível de armazenagem, manuseamento e movimentação de bens.
No caso da actividade do transportador esta comporta a parte da logística responsável pelo deslocamento de cargas e/ou pessoas, através de vários
sistemas modais. Já o caso do transporte expresso
ou urgente este caracteriza-se por oferecer um serviço de entrega segura e rápida dos envios, desde a
casa do cliente até aos destinatários final. O transporte expresso nacional contempla entregas em 24
horas (dia seguinte). A estes serviços estão também
associadas algumas actividades logística, armazenagem e serviços aduaneiros. Dentro dos transportadores expresso estão os prestadores de serviços
postais, devidamente autorizados pela ANACOM.
PUB
%
93%
91%
86%
83%
79%
78%
74%
69%
67%
66%
53%
48%
Quanto ao transitário, para a Associação dos Transitários de Portugal (APAT) é aquele que coordena
e organiza todas as operações de transporte, designadamente o transporte internacional, tratando as
mercadorias como se fossem suas. Este possui também capacidade profissional certificada, domina
questões financeiras, cambiais e aduaneiras, tem conhecimentos actualizados das regras do comércio
externo e de todos os meandros do transporte internacional, tal como leis, regulamentos e usos dos
países por onde transitam as mercadorias. Segundo
a APAT, um transitário é operador de transporte
multimodal.
Dos inquiridos, 52 afirmaram realizar actividades
de operador logístico. Com 22 respostas está a actividade de transportador, seguido pela actividade
de transitário, com 17 respostas positivas. Com 12
respostas encontra-se a actividade de transporte urgente ou expresso (ver quadro).
Além destes serviços, algumas empresas acrescentam ainda ter como tipo de actividade a armazenagem, gestão de stocks, entreposto aduaneiro,
distribuição, transportes especiais, feiras, exposições, serviços de valor acrescentado, trading e contentores.
OPERAÇÃO VS TEMPERATURA
Na edição deste ano, a Logística Moderna foi conhecer quais as temperaturas com que trabalham os
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
operadores logísticos presentes no mercado nacional. De salientar que o frio positivo, também conhecido como refrigeração, compreende temperaturas
acima dos 0ºC e até aos 10ºC. Abaixo dos 0ºC estamos perante uma temperatura negativa. A necessidade de conservação varia de acordo com as
características do produto a conservar.
Num total de 52 respostas, 22 empresas afirmam
trabalhar apenas com temperatura ambiente, existem ainda 14 empresas com valores entre os 85% e
os 99% a trabalharem com esta temperatura.
No caso do frio positivo, contabilizam-se sete empresas com valores superiores a 40%, sendo a Medlog a empresa que mais utiliza o frio positivo nas
suas operações, num total de 95%. A esta empresa
juntam-se a Salvesen Logística (90%), a Transportes
Paulo Duarte (70%), a Univeg (65%), a STEF (55%)
e a Aviludo (44%).
Por fim, relativamente ao frio negativo, apenas a
Frigoservice admite trabalhar a 100% com esta temperatura. Com 97% encontra-se a Frissul, seguida
pela Frigomato com 85%, Havilog com 65% e a Aviludo com 40%. Das empresas inquiridas, seis preferiram não responder a esta questão.
Entre os serviços prestados, 93% dos operadores logísticos admite fazer armazenagem. Com 91% das
respostas surge o transporte nacional contra 78%
do transporte internacional. Existe também um número significativo de operadores a fazer gestão de
stocks (86%) e etiquetagem (83%).
Além dos serviços identificados no Quadro, alguns
operadores acrescentam outros serviços que consideram igualmente importantes no seu negócio.
Entre eles destaque para os serviços de valor acrescentado, como o fitting, as reparações de equipamentos e o collect to cash da DHL Supply Chain, a
grupagem de importação e exportação levada a
cabo pela Forcargo e a gestão de serviços financeiros de arquivo e consultadoria da Fiege. Também a
Norbert Dentressangle diz oferecer serviços de paletização, a Logifarma conta com o controlo de crédito e o order entry e a Gefco com a representação
fiscal e aduaneira, a logística de eventos, o parque
automóvel e o Gefcobox System. Também na logística de eventos desportivos, feiras e exposições
surge a Schenker Transitários. Os processos de gestão de qualidade são identificados pela Havilog. Já
a Robert Europe diz fazer transportes urgentes/expresso. A Schnellecke Portugal admite fazer logística interna, logística inversa, gestão de embalagens
retornáveis e kitting e a Univeg Portugal salienta a
oferta de uma plataforma de centralização para o
pescado fresco.
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
12
Tipo de Actividade
Empresa
Abreu Carga e Trânsitos
Adicional
Alliance Healthcare
ALM II
Arnaud-Logis
Autotrans Express
Aviludo
Batista & Sanganha
Bomi Portugal
Carreras Almacenaje Y Distribuicion
Cat LC
Chronopost Internacional Portugal
CTT Expresso
Dachser Portugal
DHL
Entreposto Logística
Farmavenix Portugal
Fiege
Forcargo
Frigomato
Frigoservice
Friofarma
Frissul
Garland
Gefco Portugal
Go Logistic
Havilog
Inchain Logistics
Logic
Logifarma
Luís Simões Logística Integrada
Medlog
Norbert Dentressangle
Olano
Olicargo
Patinter
Promo
Rangel
Rhenus
Roberts Europe
Rodocargo
Salvesen Logística
Santos e Vale
Schenker Transitários
Schnellecke Portugal
Sintax Logística Transportes
Stef Portugal
TDN
TNC2
TNT Express Worldwide (Portugal)
Torrestir
Transportes Azkar Portugal
Transportes Coelho Mariano
Transportes Florêncio & Silva
Transportes Pascoal
Transportes Paulo Duarte
Univeg Portugal
Uti - G-Sli
Totalidade da Operação VS Percentagem Temperatura
OL
T
TU/E
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
FF
Países
TA
FP
FN
*
Abreu Carga e Trânsitos
Adicional
Alliance Healthcare
ALM II
Aviludo
Batista & Sanganha
Bomi Portugal
Carreras Almacenaje Y Distribuicion
CAT LC
Chronopost Internacional Portugal
CTT Expresso
Dachser Portugal
DHL Supply Chain
Entreposto Logística
Farmavenix Portugal
Fiege
Forcargo
Frigomato
Frigoservice
Frissul
Garland
Gefco Portugal
Havilog
Inchain Logistics
Logic
Logifarma
Luís Simões Logística Integrada
Medlog
Norbert Dentressangle
Olicargo
Patinter
Promo
Rangel
Rhenus
Roberts Europe
Rodocargo
Salvesen Logística
Santos & Vale
Schenker Transitários
Schnellecke Portugal
Stef Portugal
TDN
TNC2
TNT Express Worldwide (Portugal)
Torrestir
Transportes Azkar Portugal
Transportes Coelho Mariano
Transportes Florêncio & Silva
Transportes Pascoal
Transportes Paulo Duarte
Univeg Portugal
UTi - G-Sli
Arnaud-Logis
Autotrans Express
Friofarma
Go Logistic
Olano
Sintax Logística Transportes
85%
100%
98,5%
90%
16%
100%
95%
99%
100%
100%
100%
100%
85%
100%
90%
90%
100%
1%
10%
5%
1,5%
10%
44%
40%
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
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*
*
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*
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*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
OL – Operador Logístico T – Transportador TU/E – Transporte
Urgente/Expresso FF- Freight Forwarder/ Transitário
TA – Temperatura Ambiente
FP – Frio Positivo FN – Frio Negativo
1%
100%
100%
15%
100%
100%
92%
85%
99%
90%
100%
100%
80%
100%
99%
100%
3%
100%
100%
100%
10%
100%
100%
100%
90%
100%
100%
100%
15%
20%
10%
100%
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
N/R
5%
1%
15%
10%
10%
14%
2%
85%
100%
97%
30%
65%
7,997%
15%
95%
1%
7%
0,003%
5%
3%
20%
1%
90%
7%
55%
35%
10%
2%
70%
65%
2%
10%
25%
13
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
Recursos Humanos e Formação
O BEM MAIS PRECIOSO
É lugar comum dizer que as pessoas são o capital mais importante de uma organização. Mas, numa época em que a tecnologia e o conhecimento estão aí para quem deles quiser fazer uso, o que na prática pode fazer alguma diferença são realmente as pessoas, o seu
know-how, a sua capacidade de melhorar e inovar. Numa área de negócio como a da prestação de serviços logísticos, qual a importância
do capital humano, da sua experiência e da sua qualificação? Parece que, no caso dos operadores logísticos portugueses, as pessoas
estão de facto no centro.
N
os últimos anos, a gestão da supply chain
tem criado oportunidades e desafios para a
competição no mundo dos negócios, sendo
a externalização da totalidade ou parte de uma ou
mais operações apenas um deles. Contudo, entregar
os produtos/mercadorias num operador externo e
delegar nele a responsabilidade pelas actividades de
gestão da sua cadeia de abastecimento envolve benefícios, mas também custos e riscos para quem
toma a decisão.
Do agro-alimentar, ao farmacêutico, do têxtil ao
grande consumo ou à electrónica, apesar de sempre
nos bastidores, as equipas dos prestadores de serviços logísticos, a sua qualificação e as suas aptidões
são determinantes para o êxito de um contrato de
outsourcing.
O VALOR DA EXPERIÊNCIA
Mas por que são afinal tão importantes as pessoas?
Uma determinada operação pode ser replicada, parcial ou totalmente; uma pessoa, a sua experiência,
as suas competências, não. Por isso são tão valiosas
para os operadores logísticos as suas equipas. Pela
criação de emprego e geração de riqueza, sim, mas
sobretudo pelo valor acrescentado que a experiência
e os conhecimentos teóricos e práticos dos seus trabalhadores introduzem nas operações dos seus
clientes e, por consequência, no saber fazer da empresa.
SAZONALIDADE E OPORTUNIDADE
Este é um sector de actividade que até recorre bastante a outsourcing de mão-de-obra, nomeadamente
por questões de sazonalidade das operações a desenvolver – épocas que antecedem Natal, Páscoa, Verão
ou regresso às aulas, por exemplo – pode e é muitas
vezes necessário recursos extraordinários. Do
mesmo modo, lançamentos de novos produtos ou
determinadas campanhas de marketing e que envolvam actividades como reetiquetagem, embalagem
ou copacking, são mais alguns casos que podem
levar um operador logístico a ter recorrer a mão de
obra temporária.
Mas, fora as situações extraordinárias, sazonais ou
pontuais, quantas pessoas desenvolvem a sua actividade em empresas de prestação de serviços logísticos? Quem são os maiores empregadores?
De acordo com os dados apurados e que tiveram
como fonte as respectivas empresas, o sector português de operadores logísticos empregou em 2011
Colaboradores - Acumulado
Cinco primeiros Operadores
Dez primeiros Operadores
2011
Peso face ao total
de colaboradores
5,907
9,641
38%
61%
um número de pessoas que rondou os 15.730 profissionais. Das 58 empresas que responderam ao inquérito, apenas seis empregam mais de 1.000
pessoas. No topo da tabela, como maior empregador, surge a Transportes Florêncio & Silva com 1248
trabalhadores. Seguem-se a Patinter e a Torrestir
com 1200 cada e a Luis Simões Logística Integrada
com 1159.
Realce merece ainda o facto de os cinco maiores
operadores logísticos nacionais serem responsáveis
por gerar emprego a 38% da totalidade da mão-deobra do sector (5907), enquanto que os 10 maiores
em termos de número de postos de trabalho ocupam 9641 pessoas, ou seja, qualquer coisa como 61%
da totalidade.
Curioso e digno de realce é também o facto de no
topo da tabela estarem apenas prestadores de serviços logísticos nacionais. A primeira empresa multinacional vem em sexto lugar: a DHL Supply Chain
com 1.000 trabalhadores.
RECICLAR E ACTUALIZAR
Para esta edição do Ranking e Atlas dos Operadores
Logísticos quisemos ir um pouco mais longe e avaliar junto destas empresas a importância de outros
aspectos directa ou indirectamente relacionados
com a sua actividade. Um deles foi a formação.
É verdade que as pessoas são um precioso recurso
no seio de qualquer organização, mas para isso é
preciso muni-las dos necessários conhecimentos ao
normal desempenho da sua função, reciclar e actualizar alguns já que, em matéria de formação convém,
de facto, que nada seja deixado ao acaso.
Se isto é verdade para a maioria das empresas, no
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
Ranking
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
14
Empresa
Colaboradores
2012
TRANSPORTES FLORENCIO & SILVA
PATINTER
TORRESTIR
LUIS SIMÕES LOGÍSTICA INTEGRADA
RANGEL
DHL
CHRONOPOST INTERNACIONAL PORTUGAL
SCHNELLECKE PORTUGAL
CTT EXPRESSO
TRANSPORTES PAULO DUARTE
STEF PORTUGAL
RODOCARGO
SCHENKER TRANSITÁRIOS
ALLIANCE HEALTHCARE
TNT EXPRESS WORLDWIDE (Portugal)
AVILUDO
GARLAND
TRANSPORTES PASCOAL
MEDLOG
GEFCO PORTUGAL
TRANSPORTES AZKAR PORTUGAL
DACHSER PORTUGAL
NORBERT DENTRESSANGLE
ADICIONAL
FRISSUL
SANTOS E VALE
ABREU CARGA E TRANSITOS
TDN
PROMO
HAVILOG
TNC2
TRANSPORTES COELHO MARIANO
AUTOTRANS EXPRESS
UNIVEG PORTUGAL
SINTAX LOGÍSTICA TRANSPORTES
ARNAUD-LOGIS
UTI - G-SLI
LOGIFARMA
RHENUS
FRIGOSERVICE
FRIGOMATO
FIEGE
OLICARGO
FORCARGO
SALVESEN LOGÍSTICA
CARRERAS ALMACENAJE Y DISTRIBUICION
BOMI PORTUGAL
GO LOGISTIC
CAT LC
OLANO
FARMAVENIX PORTUGAL
ENTREPOSTO LOGÍSTICA
BATISTA & SANGANHA
INCHAIN LOGISTICS
ROBERTS EUROPE
ALM II
FRIOFARMA
LOGIC
Total
1,248
1,200
1,200
1,159
1,100
1,000
770
700
664
600
410
396
384
354
300
286
283
277
272
271
223
202
190
180
176
155
135
135
129
106
101
100
90
90
83
80
72
70
68
60
48
45
40
37
37
36
30
26
19
19
18
16
10
10
9
6
5
N/R
15,730
caso dos operadores logísticos muito mais, pelo tipo
de actividades que desenvolvem, quantas vezes para
clientes de sectores completamente distintos entre
si ou até antagónicos.
DENOMINADORES COMUNS
Todas as empresas inquiridas têm um plano anual
de formação, com um número médio de horas
anuais alocado a cada trabalhador de aproximadamente 30h.
No que diz respeito ao número médio de participantes nas acções de formação a maioria dos inquiridos
respondeu que este é variável consoante a acção e as
especificidades da mesma. Denominador comum a
todos os respondentes é o facto da totalidade dos
seus trabalhadores ser incluída nos planos de formação anual da empresa.
As actividades e tipos de serviços que são desenvolvidos por estas empresas podem ser bastante variáveis consoante o tipo de cliente a que se destine.
Ainda assim, dentro das áreas de formação privilegiadas das empresas participantes no Atlas e Ranking dos Operadores Logísticos salientam-se as
acções vocacionadas para aspectos operacionais relacionados com a actividade desenvolvida (23% dos
inquiridos); desenvolvimento de competências (20%
das empresas); higiene e segurança (15%). Foram 13
as empresas inquiridas que consideraram a formação técnica de condução como um dos campos privilegiados de actualização.
Por ordem decrescente de importância (ver quadro)
seguem-se as tecnologias de informação, a gestão da
qualidade e ambiente, as línguas, e, curiosamente,
em penúltimo lugar, o costumer service, uma área
especialmente importante para quem opera na prestação de serviços e que deve sempre encarar uma reclamação como uma oportunidade, e em último
lugar temáticas legislativas.
15
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
Certificação
A BUSCA DA EXCELÊNCIA
Em qualquer negócio ou área passou a ser fundamental a qualidade, tanto de produtos como de serviços. Mais, não basta tê-la. É fundamental garanti-la, certificá-la, evidenciá-la. Há que cumprir padrões, conformidades e obter certificações, requisitos decisivos para assegurar a capacidade competitiva das empresas e vencer num qualquer mercado, seja ele local ou global.
N
o caso dos operadores logísticos, não só
pelos serviços que disponibilizam, como devido aos mercados para os quais estão na
sua maioria vocacionados e direccionados esses
mesmos serviços (alimentar, bebidas, produtos de
grande consumo, automóvel, farmacêutico...), o
compromisso com a qualidade é para a maioria dos
operadores inquiridos uma realidade do dia-a-dia
das suas empresas, bem como as normas e requisitos
a preencher em matéria de higiene, saúde e segurança.
Não é de estranhar, portanto, que do total de operadores inquiridos 76% sejam certificados, em diferentes âmbitos, por oposição a 22% que não têm
certificação e 1% que não sabe/não responde.
QUALIDADE É...
Sem dúvida que a qualidade é factor essencial para
a competitividade da empresa. Por exemplo, deter
uma certificação ISO 9000 significa que a empresa
possui certificação de qualidade nos seus processos
e que está apta a realizar bons negócios e a servir
com eficiência quer empresas, quer consumidores
finais, também eles cada vez mais exigentes e conscientes da importância destas ferramentas como um
garante da qualidade quer de produtos, quer de serviços. Daí o protagonismo da Certificação ISO 9000,
que passou por revisões e padronizações para se
adequar aos padrões mundiais de qualidade e acompanhar as necessidades ditadas pelas novas tecnologias e tendências de mercado.
Há muito que os operadores logísticos, até pela natureza da actividade que desenvolvem, se deram
conta da importância destes mecanismos de gestão
das empresas e das respectivas actividades. Aliás, se
analisarmos a evolução que se verificou no sector de
prestação de serviços logísticos desde 2009 até 2012,
percebemos que dos 65% de operadores logísticos
que eram certificados naquela época, passámos para
76% de empresas que na actualidade detêm certificações várias. Uma evolução similar teve a percentagem de empresas não certificadas em 2009 – 32%
- quando comparada com 2012, onde se encontram
22% de empresas de prestação de serviços logísticos
que não têm certificações.
DIFERENTES FAMÍLIAS
No universo das empresas inquiridas para o Ranking e Atlas dos Operadores Logísticos as certificações dominantes, não obstante a existência de outras
em diferentes casos, são fundamentalmente três.
A família das ISO 9000 diz respeito a um conjunto
de normas que envolvem a inspecção, controlo e
planeamento para que a organização ou empresa
siga todas as normas a que está obrigada pela certificação e alcance os necessários e tão desejados ní-
veis de qualidade em todos os processos.
Já o conjunto de normas 14000 prende-se com a gestão ambiental e o impacto das actividades desenvolvidas pelas empresas no meio envolvente, enquanto
que as ISO 18000 dizem respeito à ética, sustentabilidade e segurança em operações.
Ou seja, no universo de actuação dos operadores logísticos é ponto assente que qualidade é sinónimo
de excelência, liderança e satisfação dos vários elos
da cadeia, desde trabalhadores, fornecedores, clientes e, claro, a sociedade em geral.
Há muito que se interiorizou que operações com
qualidade implicam excelência na produção, nos
processos, mas também preocupações com o meio
ambiente e com a satisfação e bem-estar dos colaboradores. E, quando assim é, o saldo é positivo.
1%
N/R
13%
Não
Certificação
44%
Sim
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
16
Customer Service
À MEDIDA DOS CLIENTES
Nem sempre muito falado, quantas vezes esquecido, mas de importância crucial para as actividades de marketing e logística. De que
falamos? De “customer service”, pois claro. Como encaram os operadores logísticos o “customer service”?A área ou departamento
existe? ´Funciona? É utilizado de forma coerente? Que objectivos o norteiam?
F
oco no cliente, voz do cliente, nível de serviço
ao cliente. Ninguém tem de ser tão hábil a
gerir este trinómio como um operador logístico. Só assim conseguirá do ponto de vista operacional traduzir e materializar as reais necessidades
dos clientes e, também, só deste modo, pode satisfazer o(s) seu(s) clientes de modo rentável e satisfatório.
Primeiro dado a reter: todas as empresas inquiridas
têm serviço de atendimento ao cliente. Por isso, quisemos saber que meios utilizam os nossos operadores logísticos como ferramentas auxiliares ao seu
customer service. A grande maioria tem no telefone
(35%) e no email (34%) os principais instrumentos
utilizados. A internet é o meio a que recorrem 27%
dos inquiridos, enquanto que 5% desenvolveu ou
encontrou outras formas de estar mais perto, atender e satisfazer os seus clientes, como é o caso dos
portais empresariais de algumas empresas, nomeadamente a Luis Simões, com o portal Lsnet e o
grupo Rangel através do MyRangel.
VALE SEMPRE A PENA
Dizem os especialistas que a implantação de uma
área de customer service tem como principais funções “traduzir as reais necessidades dos clientes para
dentro da empresa; avaliar todas as implicações dessas mesmas necessidades; medir os seus custos; desenhar soluções customizadas; alcançar consenso
interno; e, por fim, disponibilizar aos clientes as diferentes possibilidades e/ou soluções.
Contudo, a implantação destes processos não é simples ou fácil. Em primeiro lugar é fundamental a
empresa deter um grande auto conhecimento, ou
seja, conhecer em profundidade as reais capacidades
da empresa, restrições, limitações e, claro, os objectivos e aspirações. Mas, diz quem sabe, que vale a
pena.
Os benefícios reais podem ser vários, com especial
ênfase para uma clara noção de como servir o
cliente, de forma rentável, tanto a curto como a
longo prazo; conseguir alcançar uma relação mais
forte e duradoura com os clientes e, consequentemente, melhorar o desempenho e aumentar a quota
de mercado. Razões mais do que suficientes para
pensar duas vezes quando vir estas duas palavrinhas,
não? É que o cliente continua rei e sem ele, nada
feito.
5%
Outros
27%
Internet
34%
E-mail
Atendimento ao
cliente
34%
Telefone
Outros meios utilizados*
Empresa
Meio utilizado
Luis Simões Logística Integrada Portal LSnet
Roberts Europe
Sales Manager visit to follow-up
Rangel
Portal MyRangel; Portal Personalizado
*As outras duas empresas não divulgaram os meios utilizados
17
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
Sustentabilidade das frotas
O ELO MAIS FORTE
Não há logística sem mobilidade e, aí, o transporte, nomeadamente o rodoviário continua a ser um elo fundamental da cadeia de
abastecimento, inultrapassável em especial na última milha e na distribuição porta-a-porta. Dentro de casa ou subcontratado, os
operadores logísticos têm no transporte rodoviário um precioso aliado.
F
alar de transporte rodoviário é também, e
cada vez mais, falar de ambiente e de sustentabilidade. Porque a mobilidade, apesar de ser
dada como algo adquirido, tem um preço cada vez
mais elevado, não apenas devido ao aumento crescente do preço dos combustíveis nos últimos anos,
mas principalmente pela factura ambiental que representa.
A título de curiosidade vale a pena lembrar que
todos os dias são mais de 7500 os quilómetros de estradas europeias bloqueadas por engarrafamentos,
tanto de transporte de mercadorias como de passageiros. Aliás, segundo dados da União Europeia, o
congestionamento nas estradas e nos aeroportos europeus acrescenta perto de 6% à factura de combustível da UE e consequentemente um acréscimo dos
níveis de poluição. Não é de estranhar, por isso, que
se tenha considerado que os padrões de crescimento
vigentes no âmbito do transporte se tenham tornado
insustentáveis.
SUSTENTABILIDADE NA AGENDA
À nossa pergunta “A sua empresa tem preocupações com a sustentabilidade do transporte?”, 88%
das empresas que responderam este ano ao inquérito revelaram que sim, 3% disseram perentoriamente que não, enquanto que 10% se
posicionaram na franja dos que não sabem ou não
respondem.
Quisemos saber no grupo dos que já têm a sustentabilidade nas suas agendas que medidas já preconizaram para que essa preocupação ambiental se
torne uma realidade. A principal medidas destes
operadores logísticos “amigos do ambiente” tem
sido a renovação das suas frotas, 32%; a redução
do número de quilómetros percorridos (28% dos
inquiridos); 21% apostaram na certificação ambiental; 6% nas auditorias energéticas e 13% noutro tipo de acções e iniciativas, como por exemplo
PUB
o uso de combustível green, a condução económica, desenvolvimentos técnicos de gestão de frotas e equipamentos “mais verdes”, a exigência da
redução das emissões de CO2 aos parceiros de
transporte através do cumprimento da norma
Euro5 ou, inclusivamente, o desenvolvimento de
ligação alternativa ao transporte rodoviário entre
Portugal e a Alemanha recorrendo para o efeito ao
comboio, condução defensiva e até mesmo a implementação de iniciativas de “eco-driving”.
OUTSOURCING É TENDÊNCIA
A maioria dos operadores logísticos (56%) que participaram neste ranking, em termos de frota, tem
optado por continuar com o transporte “inhouse”
muito embora também recorra a soluções e serviços
externos de transporte: 36%. Apenas 9% dos inquiridos continua a apostar no modelo de negócio que
passa por manter o transporte próprio.
Quanto ao tipo de veículos que utilizam ou a que recorrem para desenvolver a actividade de transporte
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
18
9%
Frota própria
926 veículos
Modelo
de transporte
35%
Frota sub-contratada
1466 veículos
56%
Utilização de frota
própria e sub-contratada
8290 veículos
9%
Ligeiro
30%
Pesado
e/ou distribuição, 61% dos inquiridos recorre a veículos ligeiros e pesados, 30% a veículos pesados e
9% ficam-se pelos veículos ligeiros.
Como já vimos, o transporte rodoviário é um elo
fundamental em toda a cadeia. Não é de estranhar,
então, que para os operadores logísticos, as TIC
sejam vistas como auxiliares preciosos, em especial,
no que à gestão dos transportes diz respeito. De que
forma? É o que vamos analisar já de seguida: 33%
tem software de optmização de rotas; 31% simplesmente recorre a sistemas de localização de viaturas
por GPS, 25% a ambos e 11% não utilizam qualquer
sistema de gestão dos seus transportes.
Tipo de veículo
61%
Ambos
11%
Nenhum
31%
Sistema de localização
de viaturas por GPS
25%
Ambos
Gestão
de transportes
33%
Software de optimização
de persursos
NATURALMENTE COMPETITIVOS
Já não se vive sem um sistema de transportes eficiente, seja por lazer, para entregas ao domicílio ou
para qualquer outra mera distribuição de produtos.
A existência de sistemas de transportes eficientes é
essencial para manter a competitividade da economia e, claro, o bom funcionamento dos negócios.
Ainda assim, nunca é demais lembrar que , por si
só, os transportes constituem um sector económico,
representando cerca de 10% da nossa riqueza em
termos de produto interno bruto (PIB). Trata-se de
uma indústria que vale cerca de um trilião de euros
por anona Europa e que emprega mais de dez milhões de pessoas.
O crescimento dos transportes anda de mãos dadas
com o crescimento da economia e da nossa prosperidade.
Os métodos de produção modernos baseados na
distribuição de peças e componentes «just-in-time»
requerem viagens mais frequentes do que no passado.
Diariamente, dependemos de transportes seguros,
fiáveis, confortáveis e velozes para ir trabalhar, para
viajar profissionalmente ou em lazer e para distribuir os produtos que em grande medida determinam o nosso estilo de vida. A existência de sistemas
de transportes eficientes é essencial para manter a
competitividade das economias e o bom funcionamento dos mercados, ainda que tendencialmente
com viagens cada vez menos frequentes.
19
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
Equipamentos de movimentação
RAPIDEZ, EFICIÊNCIA
E SEGURANÇA
É inquestionável o papel dos equipamentos de movimentação no bom andamento das operações dentro do armazém. Rapidez, eficiência
e segurança são fundamentais para conseguir que o pedido do cliente esteja no local certo, à hora certa e com o menor custo. Tudo
boas razões para ficarmos a conhecer melhor como estão equipados os centros dos operadores logísticos e quais as opções dominantes
em termos de movimentação de mercadorias 'indoors'.
Q
ue tipo de equipamentos de movimentação
são preferidos pelo operadores logísticos?
Nos centros logísticos nacionais das empresas que participaram no Ranking e Atlas dos Operadores Logísticos encontramos maioritariamente
equipamentos eléctricos, 65%; diesel 22% e, por
fim, GPL com 14%.
No caso das empresas que responderam ao nosso inquérito, os equipamentos são próprios para 57% dos
inquiridos e alugados no caso de 43%.
No que diz respeito à renovação da frota de equipamentos de movimentação de mercadorias, 48% dos
operadores logísticos inquiridos tem nos seus planos
renovar os seus equipamentos de movimentação de
mercadorias, maioritariamente porque é a altura estabelecida pelos contratos que têm em vigor. Contudo, são 52% as empresas que revelaram que não
têm intenções de investir nesse domínio.
PAPEL FULCRAL
Os equipamentos de movimentação têm um papel
preponderante dentro dos centros logísticos. Por um
lado, as empresas apostam cada vez mais no controlo
efectivo de todas as actividades relacionadas com os
processos de armazenagem e movimentação das mercadorias e produtos e se a utilização das tecnologias e
sistemas de informação são excelentes ferramentas
para optimizar todos os processos de gestão e armazenagem, por si só não funcionam, sendo fundamental que nomeadamente os equipamentos de
movimentação acompanhem e sejam capazes de dar
resposta às solicitações que vão sendo colocadas.
É a escolha dos equipamentos que determina uma
boa parte dessa eficiência, bem como a garantia de
uma boa e eficaz assistência técnica já que, preferencialmente, a logística não pára.
14%
GPL
Tipologia dos
equipamentos
22%
Diesel
65%
Eléctricos
43%
Alugados
52%
Não
Equipamentos são
maioritáriamente
Está prevista
renovação da frota
48%
Sim
57%
Próprios
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
20
Imobiliário
1,42 MILHÕES
DE M2 OCUPADOS
Nesta secção é efectuada uma análise dos espaços ocupados pelos operadores, com o objectivo de se obter o retrato do segmento logístico do mercado imobiliário em Portugal na perspectiva do ocupante.
F
oram colocadas várias questões relativas às instalações das empresas, abordando a localização,
características técnicas, qualidade na perspectiva do ocupante e áreas ocupadas, entre outras.
As primeiras questões relativas a este tema referemse à capacidade de armazenagem total dos operadores. Os 58 responsáveis das empresas participantes
declararam ocupar uma área total (incluindo espaços de escritórios e de armazenagem) que ronda os
1,42 milhões de m2 distribuídos por mais de 230
instalações logísticas no país, correspondendo a
5%
Alentejo / Algarve / Ilhas
12%
Centro
9%
Norte
16%
Grande Porto
Instalações
Dispersão
geográfica
(todo País)
58%
Grande Lisboa
uma área média por instalação acima dos 6.000m2.
Em média, as empresas inquiridas ocupam quatro
plataformas que totalizam cerca de 24.500m2.
No que se refere à origem dos capitais das empresas,
verifica-se que 43% da totalidade dos inquiridos
conta com capitais maioritariamente estrangeiros.
A análise que se apresenta de seguida refere-se aos
espaços dedicados exclusivamente à armazenagem,
sobre as quais foram colocadas diversas questões de
ordem técnica que permitem caracterizar o perfil
das principais instalações logísticas do país. Tratase de um universo de cerca de 1,1 milhões de m2 de
área de armazenagem, correspondendo a uma área
média de 19.600m2 por empresa e de 4.800m2 por
instalação.
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
PUB
21
A concentração dos espaços na região da Grande
Lisboa é elevada, correspondendo a 58% do total. As
restantes instalações distribuem-se especialmente
pelo Grande Porto (16%) e zona Centro do país
(12%).
A primazia do eixo Alverca - Azambuja, a zona
prime do mercado industrial da Grande Lisboa, é
confirmada pelos operadores logísticos na sua
opção de localização. É nesta zona que se concentra
a maioria das instalações na Grande Lisboa, cerca
de 305.000m2 de espaços. Segue-se a zona de Loures,
que tem vindo a beneficiar das excelentes infra-estruturas rodoviárias recentemente desenvolvidas na
região, ultrapassando inclusive o eixo Almada - Setúbal em comparação com a anterior edição do inquérito em 2010.
No que se refere às especificações técnicas dos armazéns, verifica-se uma predominância pela opção
de espaços com cais de carga, com 75% das empresas
a reportarem que trabalham em instalações com esta
valência, com a zona Norte a apresentar o maior
peso, 83%. Em média as empresas trabalham com
13 cais de carga por instalação logística, sendo as regiões da Grande Lisboa e Porto as que verificam
maior número médio de cais de carga.
5%
Lisboa cidade
10%
Eixo Sintra-Cascais
12%
Eixo Montijo - Alcochete
Instalações
Dispersão
geográfica
(Grande Lisboa)
14%
Loures
46%
Eixo Alverca Azambuja
13%
Eixo Almada - Setúbal
Especificações técnicas dos armazéns (todo país)
Zona
Com
cais de carga
Sem
cais de carga
N.º médio
de cais de carga
Grande Lisboa
Grande Porto
Norte
Centro
Alentejo/Algarve/ Ilhas
Total
81%
77%
83%
68%
62%
75%
19%
23%
17%
33%
38%
25%
15
16
13
10
4
13
Quanto ao pé direito médio dos armazéns, mais
uma vez confirma-se os elevados padrões de exigência dos operadores logísticos no que se refere aos espaços que ocupam. Os inquiridos reportam
trabalhar em instalações com um pé direito médio
de 8,0m, sendo que na zona da Grande Lisboa este
valor sobre para os 8,8m. Em Lisboa, os eixos Alverca-Azambuja e Montijo-Alcochete são os que reportam pés direitos mais elevados.
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
A qualidade dos armazéns está necessariamente interligada à idade dos imóveis, ou seja, quanto mais
recente sejam os projetos, maior qualidade se espera
que registem. O parque de armazéns ocupado pelos
operadores logísticos inquiridos regista uma idade
média ainda considerável, quando relacionada com
as outras características analisadas, como a presença
de cais de carga ou o pé direito das plataformas.
22
23
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
PUB
Em média, os imóveis ocupados por operadores logísticos em Portugal têm 12 anos de idade, tendo
sido construídos no início do milénio. Os espaços
da zona Centro e Norte são os mais antigos, sendo
na região do Grande Porto e zonas do Alentejo, Algarve e Ilhas onde se encontram os armazéns mais
recentes.
No que se refere à propriedade dos imóveis, os
dados recolhidos retratam um mercado cada vez
mais profissionalizado no que ao imobiliário se refere, com um peso considerável dos operadores a arrendarem os espaços que ocupam. Em média, 70%
dos inquiridos são inquilinos dos armazéns em que
desenvolvem a sua actividade, sendo a zona Norte a
que maior peso regista neste tipo de ocupação.
Instalações próprias vs arrendadas (todo país)
Zona
Arrendadas
Próprias
Grande Lisboa
Grande Porto
Norte
Centro
Alentejo/Algarve/ Ilhas
Total
67%
57%
85%
76%
80%
70%
33%
43%
15%
24%
20%
30%
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
24
Instalações próprias vs arrendadas (Grande Lisboa)
Zona
Arrendadas
Próprias
1 - Eixo Alverca - Azambuja
2 - Eixo Almada - Setúbal
3 - Loures
4 - Eixo Montijo - Alcochete
5 - Eixo Sintra - Cascais
6 - Lisboa cidade
Total
63%
92%
30%
100%
50%
80%
67%
38%
8%
70%
0%
50%
20%
33%
Imediatamente após os custos de transporte, os custos de armazenagem, ou custos imobiliários, são os
que têm maior peso na estrutura de custos para a generalidade dos operadores.
Em relação aos seus custos imobiliários, designadamente os valores de arrendamento praticados, estes
confirmam a exigência em termos de qualidade dos
operadores logísticos, o que naturalmente se retrata
nos valores de renda. No entanto, a actual conjuntura que o mercado imobiliário atravessa afectou
igualmente este sector, e os operadores logísticos
que optam pelo arrendamento reportam valores médios de renda inferiores ao último inquérito, na
ordem dos 3,8 €/m2/mês. A média mais elevada é
praticada na região do Grande Porto, 5,2 €/m2/mês,
dado haver alguma escassez de produto de qualidade disponível nesta região do país.
As expectativas quanto à evolução das rendas de
mercado são claramente no sentido de uma compressão dos valores. Cerca de 66% dos operadores
logísticos participantes antevêem uma descida dos
valores, 28% esperam uma manutenção e apenas 6%
acreditam que irá assistir-se a uma subida das rendas a médio prazo.
No que se refere às melhores localizações logísticas
em Portugal, a zona 1 (eixo Alverca-Azambuja) da
região da Grande Lisboa é eleita por 41% dos operadores participantes como a melhor localização do
mercado logístico nacional. Alverca, Azambuja e
Carregado são as subzonas mais destacadas neste
6%
Subida
28%
Manutenção
Qual será a
evolução das rendas
a medio prazo?
66%
Descida
25
9%
Localização
3%
Outra
36%
Instalações
insuficientes
11%
Actividade em regressão
Razões que o levam
a encarar a mudança de instalações
18%
Instalações
desajustadas
24%
Preço
PUB
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
eixo. Cerca de 15% apontam a região do Grande
Porto como a melhor localização e a zona Centro e
eixo de Loures (Zona 3) da região da Grande Lisboa
reuniram, cada uma delas, cerca de 12% dos votos.
Alguns dos operadores não elegeram uma zona em
específico considerando que depende dos mercados
de actuação. No entanto, definiram um conjunto de
critérios que determinam por si só as melhores localizações logísticas, nomeadamente proximidade
aos grandes centros de consumo, aos portos, à indústria inerente à atividade e às vias de acesso.
O último grupo de questões colocadas relativas às
instalações dos operadores, teve como objectivo aferir o que poderá levar os inquiridos a considerar
uma mudança de instalações num futuro próximo.
Dos inquiridos que responderam afirmativamente
ao facto de encararem a possibilidade de vir a mudar
de instalações, a principal motivação apresentada
relaciona-se com o facto de as mesmas se revelarem
insuficientes para o desenvolvimento da actividade,
num total de 34% respostas positivas. A segunda
maior razão apresentada revela a preocupação com
os custos de ocupação, com 24% de respostas, a terceira razão apontada relaciona-se com a inadequação das instalações, com 18% de respostas positivas.
Se o crescimento do negócio é visto como um impulsionador da mudança de instalações, o inverso
também se parece verificar, com um peso de 11%.
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
26
Sustentabilidade
ARMAZÉNS CADA VEZ
MAIS VERDES
Os centros logísticos e zonas circundantes não são os espaços mais amigos do ambiente. Contudo, falar de sustentabilidade na logística
e de eco eficiência das infra-estruturas não é uma questão de moda ou uma mera tendência, mas sim uma necessidade. É que o planeta
e os seus recursos são finitos e a actividade logística pode ter um forte impacto ambiental, positivo ou negativo, consoante as opções
que se façam. Não é fácil, mas tem que se começar por algum lado.
A
s preocupações ambientais e a sustentabilidade estão na agenda dos logísticos. Mas as
preocupações não devem apenas prender-se
com uma gestão eficiente do transporte, emissões
gasosas ou optimizações de rotas. É dentro de casa
que começa a ecologia e aí, dos escritórios ao armazém, nem sempre as coisas acontecem da forma ambientalmente mais acertada, eficaz e eficiente.
Ao introduzirmos este ano questões relacionadas
com a sustentabilidade, neste caso nos espaços logísticos, quisemos aferir até que ponto esta é uma
preocupação presente nos espaços que os operadores logísticos ocupam e onde desenvolvem para os
seus clientes as diferentes operações.
À questão “Nota uma preocupação crescente dos seus
clientes com a questão da sustentabilidade?” 58% dos
que responderam considera que de facto os clientes
estão cada vez mais atentos e preocupados com estes
temas. 23% não nota esse tipo de preocupação, percentagem quase igual aos que não sabem ou não respondem: 20%.
E quanto aos espaços, às infra-estruturas ocupadas
por estas empresas, são amigas do ambiente e revelam algum nível de preocupação com a diminuição
da pegada e da factura ambiental?
A LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL
Dos participantes nesta edição do Ranking 42% dos inquiridos revela que os espaços onde desenvolvem as
operações de logística para terceiros têm clarabóias; 35%
operam em edifícios com ventilação natural; para 9% a
recolha de águas pluviais para uso sanitário e rega é já
prática corrente e 6% têm espaços com turbinas eólicas,
assim como painéis solares fotovoltaicos.
Entre as práticas sustentáveis dos nossos inquiridos
constam ainda, de forma mais ou menos generalizada, aspectos práticos como o recurso a iluminação
ecológica, além de luzes e torneiras nos seus espaços
logísticos com sensores. O tratamento dos resíduos
e a separação do lixo nos armazéns são mais duas
práticas amigas do ambiente a que os operadores logísticos nacionais não são alheios.
20%
N/R
Preocupação dos
clientes com
sustentabilidade
23%
Não
Equipamentos/ Sistemas no armazém
Empresa
Forcargo
Gefco Portugal
TNT Express Worldwide (Portugal)
Patinter Logística e Imobiliária
Outros
Iluminação ecológica
Luzes e torneira automaticas
Sensores de iluminação e torneiras com temporizador; temporizador de iluminação
Estação de Tratamento de residuos; Paineis Solares
58%
Sim
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
28
Software
OPTIMIZAR NEGÓCIOS
Optimizar ao máximo a operação, aumentar a rapidez da resposta, reduzir custos, eliminar erros e ineficiências, melhorar a adaptabilidade
à imprevisibilidade dos nossos dias. Estas são algumas das mais-valias trazidas pelas novas tecnologias de comunicação e informação.
N
a edição deste ano, tal como na anterior,
quase a totalidade das empresas assume
possuir um sistema de gestão de armazém
próprio, sendo que apenas uma empresa refere utilizar as duas opções (sistema próprios e sistema do
cliente instalado nas plataformas da empresa). De
notar que nenhuma empresa utiliza apenas o sistema de gestão de armazém do cliente instalado nas
suas plataformas (ver quadro).
Quanto às características suportadas pelo sistema de
gestão de armazém, 47 empresas referem que este
faz a rastreabilidade dos artigos, 45 que faz alocação
automática do stock a locais de armazenamento e
com 30 respostas a gestão automática de recursos e
tarefas. Com um menor número de respostas surge
a integração do Advanced Shipping Notices (ASN)
ou aviso antecipado de embarque, ou seja, o aviso
aos clientes sobre a chegada dos seus produtos (ver
quadro). Sobre esta temática, a Fiege acrescenta
ainda a gestão de lotes e da rastreabilidade e a Transportes Florêncio & Silva o track & trace e a consulta
permanente de clientes.
Além destas valências, 90% dos inquiridos salientam que existe a possibilidade de troca de informação de modo electrónico entre o sistema de
gestão do cliente e o sistema de gestão de armazém
implementado. 91% dos respondentes salienta
ainda que a possibilidade de troca de informação
de modo electrónico (EDI ou Web) entre os sistemas de gestão do cliente e o sistema de gestão de
armazém. A troca de informação é feita, em 65%
dos casos, de forma online, em real time, contra
28% das empresas que a faz uma ou várias vezes
ao dia (ver quadro).
Sistema de gestão de armazéns
Empresas
Próprio
Sistema de gestão de armazém do Cliente instalado na plataforma do cliente
Ambos
N/R
53
0
1
4
Características suportadas pelo sistema de gestão de armazém
Empresas
Alocação automática do stock a locais de armazenamento
Gestão automática de recursos e tarefas
Rastreabilidade dos artigos
Integração de "Advanced Shipping Notices" (ASN)
45
30
47
14
7%
N/R
28%
Uma ou várias
vezes ao dia
Troca de informação
com os clientes
65%
Online - “Real Time”
29
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
Lean
A PERDER PESO
A filosofia do pensamento lean (magro) surgiu como “um sistema de gestão, cujo objectivo é o desenvolvimento de processos e sistemas,
tendo em vista a eliminação do desperdício em toda a organização e a criação de valor para todas as partes interessadas”, salienta a
Comunidade Lean Thinking na internet. Hoje, mais do que nunca, faz sentido pensar lean, eliminando desperdícios, optimizando fluxos,
reduzindo custos, permitindo responder rápida e eficientemente às exigências do mercado.
D
os 58 inquiridos pela Logística Moderna, 23
empresas admitem aplicar o pensamento
lean, o que corresponde a 58% do total.
Com uma resposta negativa surgem nove empresas, ou seja, 23% do total. De notar que
oito empresas, 20% do total, preferiram não
responder a esta questão.
Entre as metodologias utilizadas importa
salientar o kaizen (mudar para melhor),
um processo diário que visa o aumento
da produtividade, melhoria do ambiente de trabalho, identificação e eliminação dos desperdícios, entre outros.
Entre as empresas que admitem recorrer ao kaizen encontramos a Alliance
Heathcare, Logifarma, Luís Simões Logística Integrada, Rangel e Schnellecke
Portugal.
Seiri (utilização), Seiton (ordenação),
Seiso (limpeza), Seiketsu (higiene) e Shitsuke (auto-disciplina) são as cinco palavras
japonesas que definem o programa 5S, cujo
objectivo é mobilizar, motivar e consciencializar a empresa para a qualidade total,
através da organização e disciplina no local de
trabalho. A Batista Sanganha, Medlog, Rangel,
Schenker Transitários, Schnellecke Portugal,
TNT Express Worldwide, Transportes Pascoal e
UTI admitem recorrer a este programa.
De salientar ainda a utilização do pokayoke destinado a evitar erros em processo
produtivos e/ou na utilização de produtos, podendo ser utilizado como método
de controlo ou de advertência. Os 6S, ou
seja, os cinco conceitos do programa
5S, referido anteriormente, mais o conceito da Segurança. O Value Stream
Mapping (VSM) ou mapeamento do
fluxo de valor é também uma ferramenta de diagnóstico utilizado pelas
empresas, a qual permite obter uma visão
global de toda a cadeia de valor e identificar os desperdícios dessa cadeia. Além destes, algumas empresas aposta também na
introdução do kanban, ou seja, a introdução de
ajudas visuais ou cartões de sinalização que
permitem controlar os fluxos de produção ou
transportes.
O pensamento lean
é aplicado na sua empresa?
Sim
23
58%
Não
9
23%
N/R
8
20%
Empresa
Alliance Healthcare
Batista Sanganha
CTT Expresso
Quais as filosofias ou metodologias utilizadas
Kaizen
5S; Gestão Visual; Poka Yoke
As metodologias aplicadas são de acordo com os procedimentos da empresa e com as normas ISO 9001,
ISO 14001 e OHSAS 18001
Forcargo
Minimização de Movimentos; Minimização de Distâncias; Minimização de Documentos
Logifarma
Kaizen e 6S
Luis Simões Logística Integrada Kaizen
Medlog
5 S Melhoria Contínua; Eliminação de Desperdícios
Rangel
Kaizen; 5S
Salvesen Logística
Encontrar FIT
Santos e Vale
Métodos Optimização; Melhoria Contínua
Schenker Transitários
5S
Schnellecke Portugal
Kaizen; 5S; "One Piece Flow"; Poka-Yoke; Kaikau; PDCA; VSM, Ishikawa; Muda Walk; outros
TNT Express Worldwide (Portugal) VSM ; TOC; 5S
Transportes Pascoal
5S
UTI
5S; Kanban; Ajudas Visuais
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
30
Estratégias de Crescimento
EXPANSÃO SUSTENTADA
Apesar da volatilidade da economia e dos mercados para alguns operadores é possível apontar um caminho futuro. Com a maioria dos
inquiridos a dirigir-se para um crescimento orgânico, os próximos investimentos passarão seguramente pela aposta em novas tecnologias,
Recursos Humanos, frota e instalações.
N
os últimos tempos, para 50% das empresas
contactadas, a performance económica tem
sido a acontecimento que mais tem influenciado as suas estratégias de negócio, seguida pela introdução de novos produtos ou serviços, com 41%
do total. Com algum peso surge também a melhoria
da visibilidade operacional, com 35% das respostas,
e a abertura a novos mercados, com 31% do total
(ver quadro).
Face à maturidade do mercado, 57% das empresas
inquiridas prevê um crescimento orgânico, sendo
que 19% estima crescer através de um processo de
fusão ou aquisição (ver quadro). Importa referir que
a Norbert Dentressagle prevê crescer por via da colaboração e a Rangel pela internacionalização.
INVESTIR NA CRISE
Quem pensa que os investimentos param em tempos de crise, desengane-se. A contar pelas respostas
das empresas inquiridas entre software, hardware,
RH e instalações, os investimentos são variados.
O painel de participantes foi questionado relativamente às áreas em que planeiam investir num futuro próximo, num total de 13 sub-categorias (ver
quadro).
Em relação ao investimento em tecnologias, os softwares de apoio à actividade logística lideram a tabela, com 50% dos inquiridos a admitir vir a investir
nesta área. Logo de seguida surge o hardware direccionado para a codificação, impressão e identifica-
ção, com 47% das respostas.
Com 43% das respostas está a segurança das instalações e com 41% a contratação de novos colaboradores. O reforço da segurança da frota também está
em cima da mesa, com 36% dos inquiridos a admitir
investimentos nesta área. No caso concreto da frota,
existem 29% de respostas a apontarem para a sua expansão ao nível dos pesados e 22% nos ligeiros.
Quanto às instalações, 38% espera expandir as actuais infra-estruturas e 21% avança mesmo com
uma mudança de instalações.
EXPECTATIVAS PARA O FUTURO
No que se refere às expectativas de evolução futura
da actividade do sector, foi surpreendente o relativo
optimismo da maioria dos inquiridos, embora reconheçam o impacto da actual crise económica na sua
actividade.
Apesar da conjuntura de mercado, a maioria do painel de participantes no Ranking e Atlas dos Operadores Logísticos está moderadamente optimista em
relação à evolução da sua facturação em 2012 face
ao ano anterior. Com 41% dos inquiridos a reportar
um crescimento esperado até 10% e 18% a prever
mesmo um aumento superior a 10%.
Mais de metade dos inquiridos reconhece que a actual crise económica afectou muito a sua actividade
e apenas 12% consideram que esta não a afectou em
nada.
Para os resultados de 2012, a maioria dos participantes prevê que os efeitos da crise se mantenham
face ao ano anterior (45%), com 27% a considerar
que estes irão mesmo agravar-se.
Não obstante o enquadramento económico em que
nos encontramos, a maioria dos inquiridos está optimista quanto à evolução da sua actividade no futuro com 59% a prever um crescimento do seu
negócio. Dos restantes inquiridos, 24% prevêem
mesmo um decréscimo e 17% antecipam uma estagnação da sua actividade.
Face à maturidade do mercado como perspectiva o
crescimento da sua empresa?
Crescimento Orgânico
57%
Fusão ou Aquisição
19%
N/R
7%
Outros
3%
Não Aplicável
2%
O que é que tem influenciado significativamente a
sua estratégia de negócio?
Performance Económica
50%
Introdução de novos Produtos ou serviços
41%
Melhoria da visibilidade operacional
35%
Abertura a novos mercados
31%
Sustentabilidade e Ambiente
27%
Segurança na Supply Chain
24%
Globalização
22%
Outros
7%
N/R
3%
Investimentos
Software de apoio à actividade logística
Hardware (codificação/impressão/identificação)
Segurança das instalações
Contratar recursos humanos
Expandir as actuais instalações
Segurança da frota
Expandir a frota de pesados
Software SCM
RFID
Sistemas de voice picking/pick to light
Expandir a frota de ligeiros
Mudar de instalações
50%
47%
43%
41%
38%
36%
29%
29%
29%
29%
22%
21%
31
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
18.2%
Negativa - entre
0 e 10%
18.2%
Positiva - superior
a 10%
17%
Estagnação
Expectativas de
evolução da facturação em 2012
(face a 2011)
24%
Decréscimo
59%
Crescimento
Quais as
expectativas de
evolução da sua
actividade
no futuro?
22.7%
Manutenção
40.9%
Positiva - entre
0 e 10%
33%
Pouco
28%
Se atenuem
Considera que
a actual situação
económica
afectou a sua
actividade?
45%
Se mantenham
55%
Muito
12%
Nada
PUB
Prevê que
os efeitos da crise
na sua actividade
e nos resultados
de 2012?
27%
Se agravem
RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
32
Estratégias e Crescimento
CRESCER PELA
INTERNACIONALIZAÇÃO
Num mundo globalizado, como aquele em que nos movimentamos, não é possível crescer sem olhar para as boas práticas e para as
oportunidades que se criam e que surgem além fronteiras. Tudo seria mais difícil de entender não fosse o nosso percurso passado com
as explorações e viagens marítimas.
P
ara muitas empresas contactadas, a presença
internacional não é uma novidade. Em alguns casos faz parte da génese da empresa e
das características do próprio negócio. Noutros resulta da volatilidade dos tempos, a qual as empurrou
Países
Espanha
Alemanha
França
Luxemburgo
Bélgica
China
Holanda
Reino Unido
Itália
Rússia
Hungria
Polónia
Moçambique
Angola
Brasil
República Checa
Eslováquia
Índia
Marrocos
EUA
África do Sul
Roménia
Eslovénia
Suíça
Áustria
Bulgária
Turquia
México
Letónia
Lituânia
Noruega
Suécia
Ucrânia
Argentina
Tunísia
Croácia
Dinamarca
Estónia
Finlândia
Cazaquistão
Presenças
internacionais
18
12
10
7
7
7
6
6
6
6
5
5
4
4
4
4
4
4
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
para outros destinos. Há ainda espaço para aquelas
que já não têm margem de crescimento no nosso
país devido à expansão da sua actividade e à internacionalização e expansão dos próprios clientes.
Das empresas inquiridas, 52% admitem ter uma presença internacional, contra 16% de respostas negativas (ver quadro).
Entre os países identificados pelas empresas contactadas, destaque para Espanha, com 18 presenças,
Alemanha com 12 e França com 10 respostas (ver
caixa.
Além dos países assinalados, acrescentam-se ainda
Argélia, Bósnia, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Chile, Colômbia, Costa do Marfim, Nigéria,
Venezuela e Tailândia.
Para os 52% das empresas que tem uma presença internacional, 53% recorrem a meios próprios e 20%
a parceiros locais, sendo que 27% preferiram não
responder a esta questão.
Existem situações de empresas que contam com
uma presença internacional através de meios próprios e parcerias locais, como é o caso da Gefco,
Rangel, Rhenus e Torrestir.
BARREIRAS NA INTERNACIONALIZAÇÃO
As empresas que decidem apostar num processo de
internacionalização depararam-se com algumas barreiras, que podem ser ultrapassadas, com menor ou
maior dificuldade, ou, pelo contrário, contribuir
para o fracasso do processo em questão.
Entres as barreiras apontadas, destaque para a burocracia com 34% das respostas, seguidas pelas di-
ferenças culturais com 18% e pela dificuldade na
atracção e retenção de recursos humanos com 16%.
Também com algum peso surgem as infra-estruturas desadequadas e a insegurança, com 11% e 8%
respectivamente. Da lista fazem ainda parte as barreiras linguísticas e a corrupção encontrada nos países de chegada.
Quanto à aposta na expansão internacional, 31% dos
inquiridos acredita nessa possibilidade contra 21%
que afirma que essa opção não faz parte dos planos
futuros da empresa.
Das empresas que revelaram intenções de expandir
a sua actividade internacionalmente, África continua a liderar as escolhas dos inquiridos, com 47%
das respostas. Entre os países africanos mais apetecíveis destaque para Moçambique, Marrocos, África
do Sul, Tunísia e Argélia. Com 42% das preferências
surgem os mercados europeus, com Espanha,
França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Holanda,
Bélgica e países de Leste a serem os mais escolhidos.
A América do Sul, com o Brasil, também integra a
A sua empresa está presente
internacionalmente?
Sim
Não
N/R
%
52%
16%
33%
20%
Parceiros
locais
Forma de
internacionalização
53%
Meios
próprios
33
5%
Corrupção
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
3%
Outros
5%
Barreiras liguísticas
34%
Burocracia
8%
Insegurança
Barreiras à
internacionalização
11%
Desadequação
das infraestruturas
11%
América do Sul
16%
Dificuldades
na atracção
e retenção
de recursos
humanos
18%
diferenças culturais
A sua empresa pretende
expandir-se internacionalmente?
Sim
Não
N/R
42%
Europa
Expansão
%
31%
21%
52%
47%
África
PUB
Este
ano é
a dobrar
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RANKING E ATLAS DOS OPERADORES LOGÍSTICOS
34
No Mundo
MERCADO DINÂMICO
Estima-se que o mercado global dos operadores logísticos alcance, em 2018, o valor de 1,35 biliões de dólares. Para este aumento contribuirá o crescimento da globalização do comércio e o aumento da aposta no outsourcing logístico, onde se destaca o peso dos países
emergentes.
P
ara a Global Industry Analysts, os operadores
logísticos possibilitam que os clientes coloquem nas suas mãos, integralmente ou parcialmente, as suas operações e gestão da cadeia de
abastecimento. “A externalização de operações logísticas é vista como uma estratégia eficaz para as
empresas que procuram melhorar o seu desempenho em termos de serviço, bem como reduzir os
custos operacionais”, refere a mesma empresa, salientando que as mudanças dramáticas nas condições de negócio ao longo dos anos têm reforçado a
importância da gestão da cadeia de abastecimento e
da logística.
Além dos aspectos e do peso dado à globalização, a
qual tem contribuído em larga medida para o aumento do outsourcing em todo o mundo, os mercados emergentes, como a China, o Brasil, a índia e o
México tem assistido a um crescimento significativo
em termos do outsourcing. “Este crescimento é atri-
Região
América do Norte
Região
Europa
Região
Ásia - Pacífico
Região
América do Sul
Região
Resto dos países / regiões
Total
País
Canadá
México
EUA
França
Alemanha
Itália
Holanda
Espanha
Reino Unido
Outros
Austrália
China
Hong Kong
Índia
Japão
Singapura
Coreia do Sul
Formosa
Outros
Argentina
Brasil
Venezuela
Outros
buído ao desenvolvimento económico e ao aumento
do consumo interno destes mercados, bem como a
politicas governamentais favoráveis e ao crescente
investimento no desenvolvimento de infra-estruturas logísticas”, salienta a mesma fonte.
“O mercado global dos 3PL caracteriza-se por uma
intensa competitividade devido ao aumento da procura de serviços logísticos externos e ao surgimento
de novos players no mercado. A competitividade é
também influenciada por outros factores como a
qualidade do serviço e a capacidade/ habilidade para
oferecer novas soluções", refere o documento.
Quanto ao futuro do mercado global dos operadores
logísticos, a Global Industry Analysts estima que o
mesmo alcance um valor de 1,35 biliões de dólares
em 2018, um resultado “conduzido pelo aumento da
natureza globalizada do comércio que provoca um
aumento da capacidade de carga e uma mais efectiva
gestão logística”. Além disso, a mesma entidade su-
blinha que “o aumento da complexidade das funções
logísticas devido ao aumento dos volumes transaccionados, dos desenvolvimentos tecnológicos e do
aumento das exigências dos clientes estão a alimentar a procura externa de fornecedores especializados
em logística”.
O relatório recentemente divulgado analisa o mercado dos 3PL pelos segmentos de gestão de transporte internacional, gestão de transporte doméstico
e outros, focalizando-se nos Estados Unidos, Canadá, Japão, Europa, Ásia - Pacifico, América Latina
e resto do mundo. As estimativas anuais e as previsões traçadas são para o período 2010 – 2018. Para
o estudo foram consultadas 466 empresas do sector.
PERFORMANCE LOGÍSTICA
Quanto ao Logistics Performance Index (LPI), desenvolvido pelo Banco Mundial, conclui que entre
2010 e 2012 não houve diminuição da distância que
2011
PIB
Logística
(GDP %)
2011 Custos Logísticos
Mil milhões $US
3PL Receitas
%
2011
3PL Receitas
1,759.0
1,185.0
15,060.0
18,004.0
2,808.0
3,629.0
2,246.0
858.3
1,537.0
2,481.0
4,130.7
17,690.0
1,507.0
6,989.0
242.4
1,843.0
5,855.0
266.5
1,164.0
504.6
836.1
19,207.6
435.2
2,518.0
315.0
909.5
4,177.7
11,080.7
70,160.0
9.9%
12.0%
8.5%
8.9%
9.2%
8.3%
9.4%
8.1%
9.4%
8.5%
9.0%
8.9%
10.5%
18.1%
9.0%
13.0%
8.7%
9.0%
9.0%
9.0%
10.7%
12.8%
12.6%
11.6%
11.9%
14.2%
12.3%
15.9%
11.3%
174.2
142.2
1,282.0
1,598.4
258.3
301.1
211.2
69.5
144.4
210.9
371.8
1,567.2
158.2
1,265.0
21.9
239.5
509.6
23.9
104.7
45.5
89.4
2,457.7
54.9
292.1
37.5
129.1
513.6
1,761.8
7,898.7
8.4%
8.1%
10.4%
10.0%
10.1%
10.1%
10.6%
14.2%
9.4%
10.0%
9.9%
10.2%
9.9%
7.0%
11.4%
5.7%
8.8%
11.7%
11.1%
11.0%
7.2%
7.8%
6.0%
8.2%
5.9%
7.7%
7.7%
3.7%
7.8%
14.6
11.5
133.8
159.9
26.1
30.4
22.4
9.9
13.6
21.1
36.9
160.4
15.6
88.6
2.5
13.7
44.9
2.8
11.6
5.0
6.4
191.1
3.3
24.0
2.2
10.0
39.5
65.2
616.1
35
separa os países com melhores e piores performances logísticas, sendo que em anos anteriores essa diferença diminuiu. De notar que, segundo o estudo
já divulgado pela Logística Moderna, o ritmo de
crescimento dosector caiu em termos gerais, sendo
que este recuo no crescimento poderá reflectir uma
mudança do foco dos Governos relativamente à
crise económica e financeira.
De acordo com o documento, Portugal, depois de
ter ocupado a 34ª posição no LPI de 2010, passou
Empresas
DHL Supply Chain & Global Forwarding
Kuehne + Nagel
DB Schenker Logistics
Nippon Express
C.H. Robinson Worldwide
CEVA Logistics
UPS Supply Chain Solutions
Hyundai GLOVIS
DSV
Panalpina
SDV/Bolloré Logistics
Sinotrans
Toll Holdings
Expeditors International of Washington
DACHSER
Geodis
GEFCO
Norbert Dentressangle
UTi Worldwide
Hellmann Worldwide Logistics
Agility
Yusen Logistics
Wincanton
Caterpillar Logistics Services
GENCO ATC
Kintetsu World Express
IMPERIAL Logistics
Damco
Hub Group
Penske Logistics
Pantos Logistics
Sankyu
Ryder Supply Chain Solutions
FIEGE Group
Kerry Logistics
Logwin
BDP International
Nissin Corporation/Nissin Group
Menlo Worldwide Logistics
Americold
APL Logistics
J.B. Hunt DCS & ICS
arvato logistics services
OHL
Landstar
Transplace
BLG Logistics Group
Werner Enterprises Dedicated & Logistics
Greatwide Logistics Services
NFI
para o28º lugar, o mesmo ocupado em 2007, com
um total de 3,5 pontos, numa pontuação de 1 (pior)
a 5 (melhor). Em primeiro lugar no ranking dos países com melhor performance logística está Singapura, com 4,13 pontos, seguida de Hong Kong, com
4,12. Da Europa surge a Finlândia em terceiro lugar,
seguida pela Alemanha, Holanda, Dinamarca e Bélgica. A fechar a lista dos 10 principais surge o Japão,
os EUA e o Reino Unido.
Segundo o Banco Mundial, “em muitos países, as re-
Receitas Brutas
(US dólares – milhões)
32,160
22,181
20,704
20,313
10,336
9,602
8,923
8,588
8,170
7,358
6,785
6,769
6,432
6,150
5,925
5,890
5,267
4,980
4,914
4,687
4,410
3,881
3,507
3,465
3,372
3,360
3,245
2,800
2,752
2,600
2,412
2,341
2,211
2,090
2,060
1,859
1,800
1,647
1,590
1,580
1,405
1,387
1,343
1,254
1,219
1,200
1,195
1,087
1,046
1,014
OPERADORES LOGÍSTICOS MISTOS EM PORTUGAL
formas na logística e transportes deixaram de ser
consideradas prioridades, sendo que muitos projectos não chegaram a avançar”. O estudo mostra ainda
que “os países mais pobres ocupam as últimas posições do ranking em termos de performance logística”. Quanto ao desenvolvimento logístico, “o
investimento em infra-estruturas é o seu principal
impulsionador”. Assim, “os países mais ricos mostraram uma maior cooperação entre os sectores público e privado”. Além disso, “os países que
implementaram reformas mais agressivas na área logística continuaram a melhorar a sua pontuação face
a anos anteriores”, destacando-se o caso da África
do Sul, China, Chile, EUA, Marrocos e Turquia.
Quanto ao ranking global de facturação em 2011, de
acordo com a consultora Armstrong & Associates, a
alemã DHL Supply Chain & Global Forwarding lidera a tabela com um total de 32,160 milhões de
euros, seguida pela Kuhene+Nagel e pela DB Schenker Logistics. Os grupos alemães, uma vez mais, a
demonstrarem a diferença face aos seus principais
concorrentes. Relativamente ao peso da logística
face ao valor do PIB, na Europa os valores andam na
média dos 8,9% (ver quadro), sendo os custos médios de 1,57 mil milhões de dólares e as receitas globais dos 3PL de 160 mil milhões de dólares.

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