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Antes de chegar a Portugal, Moin
nunca tinha visto o mar, a não ser na televisão.
Tomou o primeiro banho na baía de Cascais.
Saiu do Bangladesh porque o sonho de conhecer a
Europa era mais forte do que o projecto de ser
jornalista. Partiu para Londres, onde frequentou a
Queen Mary University. “Inglaterra é um sonho para
nós, mas os imigrantes não tinham direito a
trabalhar horas suficientes para pagar o curso nem
para viver. Não terminei o curso, não tinha dinheiro
para voltar ao meu país e já não podia ficar ali”,
conta. Foi nessa altura que conheceu João,
emigrante Português: “Ele disse-me que cá, era tudo
mais barato. Mas eu só sabia três coisas de Portugal:
a bandeira, que tinha visto no Dicionário; o Senhor
Vasco da Gama, que descobriu a Índia; e o jogador
Cristiano Ronaldo”. De Londres, seguiu então para
Budapeste. “Devo ter sido a única pessoa do
Bangladesh a ir para a Hungria” [risos] E não gostou.
Algumas horas depois, voltou ao aeroporto decidido a
mudar-se para “o tal país no extremo da Europa”. Foi
a 23 de Julho de 2010. Há três anos, Moin chegava a
Lisboa com uma mala e uma mochila. Os primeiros
tempos correram muito mal. Um imigrante que Moin
acredita fazer parte de uma rede organizada
garantiu-lhe trabalho e visto em troca de mais de
2500 euros. Moin pagou e o prometido não foi devido.
Ilegal e sem dinheiro, foi ajudado pela sua
professora de Português. “Arranjou-me trabalho:
tomar conta de um Senhor com 92 anos. Estive lá um
ano e seis meses mas quando fui pedir o visto de
residência, não acreditaram em mim: um homem
como trabalhador doméstico em Portugal?” Para
breve, estava uma das suas melhores experiências: a
participação no Festival TODOS, em que tem dirigido
workshops de dança Bollywood. “Gosto de dançar.
Sou um bailarino!”, sorri, e acrescenta: “O Festival
TODOS mudou tudo. Quando as pessoas ouviam
“Intendente”, ficavam assustadas. Não queriam
passar nesta zona. Agora, parece um parque infantil.
Quando cheguei, mesmo os imigrantes tinham medo
de passar aqui”.
Finalmente com os papéis em ordem, Moin diz só
querer “viver uma vida normal”. “Quero casar, quero
arrumar as coisas.” Gostaria de voltar a estudar,
agora na Escola de Hotelaria do Estoril, e de abrir
uma loja em Lisboa, cidade “de coração quente”,
descreve, e onde “as ruas parecem rios”.
Receitas para todos
Para Fazer Arroz Pulao
Para Fazer Dal
Num tacho, cebola qb, um pouco de óleo, sal, 4 ou 5 piri-piri verde, muita água, e lentilhas bem lavadas. Nos
primeiros 10 minutos, o lume no máximo; depois, lume brando durante cerca de 30 minutos. Retirar
quando as lentilhas estiverem bem cozidas.
Noutra frigideira, fritar alho com azeite e acrescentar, com tomate fresco aos pedaços, às
lentilhas já cozinhadas.
Almoço e Jantar
– Arroz com caril e vegetais
As Sugestões da Sra. Tazmine
Pequeno-Almoço
– Aloo Paratha acompanhado de iogurte natural e
chilli pickle
– Chá indiano com leite
Para Fazer Aloo Paratha
RECHEIO
2 batatas cozidas
1 cebola pequena picada
Folhas de coentro picado
Pequeno pedaço de gengibre (muito picado ou ralado)
1 ou 2 pimentões verdes (picados)
Sal Red Chili em pó e Garam Masala a gosto
Manteiga
PREPARAÇÃO
Para a capa, fazer a massa de farinha de trigo integral.
Amasse as batatas.
Adicione todos os ingredientes do recheio no puré de
batata e misture bem.
Faça dois chapatis (pão indiano) médios, adicione o
recheio num e cubra-o com o outro.
Enrole ligeiramente. Coloque-o no forno pré-aquecido
a 450 graus. Cubra com papel de alumínio.
Quando a parte de cima estiver cozinhada, vire
até estar devidamente cozido.
Cubra de manteiga. Sirva aloo paratha
quente com iogurte.
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Gosto
Bangladesh
Moin cozinha todos os dias, e mistura os ingredientes da culinária
portuguesa com os produtos da sua tradição gastronómica.
Do que mais gosta, confessa, é de sardinha assada com ruti
(o pão que aqui nos ensina a fazer).
Pequeno-Almoço
Ruti com Alo Vaji e Dal
Para Fazer Ruti
Numa taça, misturar farinha com uma pitada de sal e água. Misturar a massa e amassar até ficar fino, em
forma de lua. Numa frigideira, fritar durante 2 ou 3 minutos de cada lado.
Para Fazer Alo Vaji
Descascar 5 ou 6 batatas, cortá-las finas, em palitos, e lavá-las. Acrescentar-lhes sal, caril, piri-piri, meia
cebola aos pedaços e haldi powder (açafrão). Misturar tudo e numa frigideira tapada, com um pouco de azeite,
cozinhar durante 20 min.
– Dal
– Korma de frango
(caril com pedaços de frango desossado cozido,
molho de amêndoas e especiarias e decorado com
amêndoas torradas)
– Chapati
– Arroz Pulao
Para Fazer Chapati
INGREDIENTES
1 chávena chá de farinha integral
1 chávena chá de farinha de trigo
1/2 colher chá de sal
3/4 chávena chá de água morna
3 colheres sopa de manteiga
PREPARAÇÃO
Lave o arroz e deixe-o descansar por 1 hora, escorra e
reserve.
Corte a cebola fina e corte as batatas em
pedaços pequenos.
Aqueça o óleo numa panela e frite a
cebola até dourar, adicionando
todos os legumes, canela, cravo
e cardamomo.
Refogue por 2-3 minutos,
adicione um pouco de água e
cozinhe até que as batatas e as
ervilhas estejam quase cozidas.
Adicione então o arroz escorrido,
sal e pimenta vermelha em pó.
Misture bem.
Adicione 2 chávenas de água e deixe ferver.
Quando a água começar a ferver, reduza o lume, tape
a panela e cozinhe até que o arroz esteja pronto.
Jantar
– Caril de soja granulado e macedónia
– Caril de beringelas assadas
– Chapati
– Lassi (iogurte líquido natural com especiarias)
Sabia que?
e as há, há.
reditamos em bruxas, mas qu
Nós não ac
nossos produtos
Algumas crenças sobre todos os
Lista de produtos
Almoço
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INGREDIENTES
1 chávena de arroz (Chawal)
2 chávenas de água
200 gramas de couve-flor
2 batatas pequenas
1/2 chávena de ervilhas frescas
1 cebola grande
Cardamomos pretos 3-4 (Elaichi)
1/2 colher de chá de pimenta vermelha em pó
Canela
2-4 cravinhos
4 colheres de sopa de óleo
1 colher de chá de sal
PREPARAÇÃO
Numa taça, misture as farinhas e o sal até
conseguir uma massa macia.
Se estiver muito seca, acrescente aos poucos
água morna.
Polvilhe uma superfície lisa com farinha de trigo e
amasse bem.
Faça uma bola, coloque-a numa taça untada com óleo
e cubra com um pano húmido.
Deixe-a repousar pelo menos 30 minutos.
Divida a massa em 10 bolas. Abra-as em discos bem
fininhos.
Aqueça uma frigideira anti-aderente e coloque lá os
discos. Cozinhe até que inchem. Vire-os e cozinhe
mais um pouco até ficarem dourados.
Espalhe a manteiga num dos lados do pão e coloque-o
numa cesta.
Sirva quente.
MADRAS CURRY (caril)
Quando consumido quente, o caril ajuda o corpo a
libertar endorfinas, transformando este produto num
poderoso afrodisíaco.
Há quem defenda que ingredientes do caril podem
ajudar a prevenir certas doenças, como o cancro do
cólon e o Alzheimer.
O caril pode ser de frango, de lentilhas, até
de lagosta. Do que quiser.
HALDI POWDER (açafrão)
Se cortar um dedo, e não tiver à mão água oxigenada,
haldi pode ser a solução cicatrizante. Se estiver com
uma constipação, tosse e pingo no nariz, haldi pode
ser a solução, misturado com mel, ou numa chávena
de leite. Se sonha com uma pele perfeita e com a
JEERA POWDER (cominhos em pó)
LENTILHAS
Já os Antigos Egípcios usavam este pó para o
processo de mumificação.
Hoje, é um ingrediente comum na cozinha indiana, e
no Verão, há quem não perca um copo de leite frio
com jeera powder.
Dizem os apreciadores que é também um grande
aliado do sistema imunológico. Em caso de gripe,
aconselham um copo de água fervida com sementes de
cominho, gengibre, folhas de manjericão e mel. Ajuda
também a combater a anemia e a melhorar a digestão.
Os cominhos são bons para temperar molhos,
sopas, queijos, pratos de caril, carne picada,
assados ou estufados.
“Certo dia, Jacob estava a preparar um guisado, quando
Esaú voltou do campo, esgotado. Esaú pediu a Jacob:
“Deixa-me comer dessa coisa vermelha, que estou
esgotado”. Jacob respondeu: “Vende-me primeiro o
direito de primogenitura. Esaú disse: “Estou quase a
morrer de fome... Que me importa o direito de
primogenitura?” Jacob disse-lhe: “Primeiro, o
juramento”. Esaú jurou e vendeu o seu direito de
primogenitura a Jacob. Então Jacob deu-lhe pão e o
guisado de lentilhas”.
A passagem é da Bíblia, no livro do Génesis.
Hoje, há quem diga que estas pequenas sementes,
achatas como moedas, atraem prosperidade
financeira, e por isso, em alguns países do mundo, é
comum comer-se um prato de lentilhas na passagem
de ano.
Como o feijão, as lentilhas têm um elevado teor de
proteínas. Contra os diabetes e o colesterol, defendese que o consumo de lentilhas previne infecções e
ajuda ao bom funcionamento dos intestinos.
De fácil confecção, as lentilhas são o ideal para
sopas no Inverno, saladas no Verão, pratos
recheados, ou como acompanhamento de carnes
e cozidos.
GARAM MASALA POWDER
(mistura de especiarias moídas)
Já foi, mais de uma vez, título de comédia de
Bollywood.
Garam Masala é muito comum nas cozinhas do
Bangladesh, da Índia e do Paquistão, e a sua
composição varia de acordo com a região, mas
geralmente inclui coentros, canela ou cominhos.
Dizem que uma dona de casa que se preze deve criar
a sua própria versão.
Os especialistas sugerem que se acrescente Garam
Masala aos pratos no fim do processo de cozedura,
para que não se perca o sabor.
Esta mistura pode ser usada para temperar quase
tudo: carne, peixe, vegetais e doces. Há até quem
use Garam Masala para fazer chocolate quente.
FARINHA DE GRÃO
depilação definitiva, aqui tem uma alternativa: na
Índia, contam que as mulheres tomam um banho
especial à Sexta-feira, com óleos e açafrão, que lhes
torna a pele suave e sem pêlos!
Se está para casar, esteja atento. Em muitas
cerimónias no Norte da Índia, os noivos são ambos
cobertos de açafrão, não apenas para ficarem com a
pele mais bonita mas também para afastar o mauolhado.
Anti-oxidante, hipoglicémico, corante, anti-séptico e
cicatrizante, o açafrão é utilizado na culinária como
condimento há mais de 2.500 anos.
Usa-se geralmente em pratos de arroz e de peixe
(paella, risotto, pilaf indiano), em bolos e biscoitos.
Na cosmética ayurvédica, a farinha de grão é usada
como máscara facial ou como sabonete para bebés,
misturada com leite ou iogurte.
Se quer dar um brilho especial à sua pele, dizem os
entendidos que é só misturar um pouco de farinha
com água, espalhar pelo rosto (salvaguardando os
olhos), e quando estiver seco, lavar com água fria –
uma vez por semana. Esfoliante natural, ajuda na
remoção de manchas e de células mortas.
Um estudo recente garante também que o grão-debico é um bom anti-depressivo.
Na gastronomia indiana, esta farinha é usada para
dar sabor e textura a ensopados, molhos e legumes.
Usa-se também em fritos e nalguns doces.
ELAICHI GREEN (cardamomo verde)
Da família do gengibre, o cardamomo é muito
utilizado nas Medicinas Alternativas.
Defendem os entendidos que esta especiaria pode
funcionar como um antídoto às dentadas de cobra ou
às picadas de escorpião. Se não há animais destes
perto de sua casa, saiba que também tem
propriedades antibacterianas e que é muito útil no
tratamento de alergias respiratórias. Para relaxar e
combater o stress, deve tomar um banho com óleo de
cardamomo.
Comum na culinária indiana, é usado em muitos
doces, como pudins de leite, e por isso lhe chamam
“a baunilha da Índia”. Serve também para temperar
pratos salgados (de caril, de arroz). No fim da
refeição, há quem mastigue cardamomo para
refrescar o hálito.
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“Nunca fui imigrante, nem refugiada,
nem estrangeira, nem retornada. Senti-me
sempre Portuguesa.” É assim que Rubi Machado, filha
de pais Goeses, nascida em Moçambique em 1965, se
define. Deixou Maputo aos 13 anos, idade em que
chegou com a família a Lisboa. Mas aos 12, já tinha
começado a cantar. Era a vocalista do grupo amador
The Stars. “O Sr. Jassu ouviu-me a cantar na varanda
e disse: eu quero esta miúda na banda! Chamou-me e
disse: canta lá um bocadinho. Quero-te a cantar
comigo”, conta. Aos 15 anos, já em Portugal, Rubi
cantava em casamentos da comunidade indiana, e em
festas das comunidades hindu e islâmica. Estudava à
noite, trabalhava de dia, em lojas nos Anjos. O sonho
foi comandando a sua vida, e começaram a surgir
convites para colaborações com músicos como Nazzaryn Navarro ou António Chainho. Hoje, Rubi
Machado pertence à Orquestra TODOS, cujo primeiro
álbum, «Intendente», foi lançado em 2012: “É uma
Orquestra que tem tudo para ser feliz. Quando me
chamaram, já tinham seleccionado as músicas
– eram de filmes de Bollywood de 1920... Ouvi e
disse: Meu Deus, como é que eles podem gostar
disto? Mas quando começámos a tocar, adorei!”.
Recorda o primeiro ensaio no Intendente: “Tinha receio de ir lá sozinha. Pedi ao meu marido para me
acompanhar”. No dia seguinte, já foi sem companhia.
Como Rubi, muitos começavam a frequentar e a
perder o medo de uma zona da cidade.
Trinta anos depois, voltou a casa: “Fui cantar na terra
onde nasci. Foi uma emoção tão grande! Mas agora
preciso de visto para ir dar um concerto a Moçambique. Como é possível pedirem-me tanta coisa para
eu ir ao país onde nasci?”.
Rubi é Católica, o marido é Muçulmano. A filha, Yara,
de nove anos, perguntou-lhe há dias: “Mãe, sabes que
és a minha cantora preferida?”. Vivem em Odivelas e
têm uma loja na Rua dos Cavaleiros. “Sair daqui? Não.
Daqui não saio, daqui, ninguém me tira.” Rubi sorri, e
acrescenta: “O meu país qual é? No fundo, é Portugal.
Se eu não preciso de visto para entrar aqui...”
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Rubi recorda os pratos da culinária Goesa que a Mãe tão bem fazia:
xacuti (caril de frango e coco); sarapatel (com carne de porco); caril de peixe;
ou bebinca (sobremesa às camadas). Mas a Mãe também fazia bifes com batatas
fritas e ovo. O bitoque é o prato preferido de Rubi, que não perde o bacalhau com
grão que o marido faz só para ela.
Para Fazer Xacuti de Frango:
INGREDIENTES
1 kg de frango
1 colher de chá de pimentão
1 colher de chá de sementes de cominho
1 colher de chá de sementes de coentro
12 grãos de pimenta
1 colher de chá de sementes de mostarda
1 colher de chá de sementes de funcho
1 pitada de gengibre
1 pitada de canela
Cardamomo q.b.
1/4 de coco ralado
1 lata de leite de coco
2 cebolas, picadas
4 dentes de alho picados
2 colheres de sopa de sumo de limão
Sal a gosto
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nossos produtos
Algumas crenças sobre todos os
PAU DE CANELA
AJWAIN SEEDS (sementes de alcaravia)
Usada desde a Antiguidade, a canela chegou a ser um
dos presentes oferecidos a Monarcas por ser
considerada de enorme valor. Símbolo da sabedoria,
foi usada, por exemplo, por Gregos e Romanos na
aromatização de vinhos. Uma lenda diz que
Nero, imperador de Roma, teria mostrado a
sua dor no funeral da mulher mandando
queimar a mercadoria anual de canela.
O monopólio do comércio desta
especiaria (que os Portugueses
controlavam no séc. XVI) foi
responsável por manter o seu preço
elevado durante séculos.
É considerada uma planta medicinal – antifungicida, anti-inflamatória e anti-bacteriana –
e há estudos que indicam que consumir metade de
uma colher de chá de canela por dia pode reduzir os
níveis de açúcar no sangue.
O pau de canela é ideal para temperar frango,
legumes estufados ou borrego. O que sobrar, use
para uma sobremesa de maçã, pêra e/ou chocolate.
Também é útil como base de alguns licores.
Planta herbácea espontânea e cultivada em Portugal,
é utilizada na medicina e na culinária.
Com sementes ricas em fibras, sais minerais,
vitaminas e anti-oxidantes, garantem os entendidos
que esta planta pode ajudar nos problemas de
digestão, bronquite, asma e até dores de dentes.
Na culinária indiana, as sementes são geralmente
assadas ou fritas. E usadas muitas vezes para a
confecção de biscoitos. As sementes ajwain
costumam ser esmagadas e adicionadas aos pratos
na fase final de preparação.
Dependendo do país ou da região, podem ser
usadas para fazer pão, molhos de feijão, lentilhas,
frango, peixe, carne, sopas e pratos de arroz.
As nossas Sugestões
Pequeno-Almoço
Leite com Muri
INGREDIENTES
1 Chávena de chá de Muri (Puffed Rice)
½ Abacate descascado aos pedaços
Nozes e avelãs a gosto
Leite a gosto
PREPARAÇÃO
Coloque num recipiente o arroz. Junte-lhe
os restantes ingredientes. Junte o leite.
Almoço
Omelete Masala
Jantar
– Xacuti (caril de frango e coco) com arroz
s que as há, há.
o acreditamos em bruxas, ma
– Peixe frito com arroz e chutney verde (de coco e coentros)
Sobremesa – * Fruta
Almoço
Pequeno-Almoço
Adicione o leite de coco e deixe cozinhar por cerca de
15 minutos.
Adicione o sumo de limão, vinagre e sal a gosto.
Lista de produtos
– Chá com Masala (especiaria própria para chá) e um bocadinho de leite
– Ovo mexido com cebola e tomate acompanhado com torrada ou pão
Sugestões da Rubi
Sabia que?
Jantar
INGREDIENTES
2 ovos
1 cebola picada
1 tomate picado
2 pimentões verdes picados
1/2 colher de chá de Garam Masala
1 colher de café de Caril em pó
1 colher de café de Sementes de cominho em pó
1 colher de chá de óleo
Sal a gosto
Receitas para todos
Rubi Machado
Senti-me sempre
Portuguesa
PREPARAÇÃO
Asse as especiarias inteiras, triture e reserve.
Frite a cebola e o alho.
Adicione os temperos e refogue por mais 5 minutos.
Em seguida, adicione o frango e frite por 5 minutos.
Caril de Lentilhas
INGREDIENTES
1/2 colher de sopa de pó de caril (Madras Curry)
400ml de leite de coco
1 kg legumes variados parcialmente descongelados
400g lentilhas castanhas, já lavadas
4 tomates aos cubos
1 cebola roxa pequena, picadinha
1/2 chávena de folhas de coentro picado
4 pappadums, já cozinhados
PREPARAÇÃO
Bata os ovos com a cebola, o tomate e os pimentões
verdes.
Acrescente Garam Masala, o Caril e sal e misture bem.
Aqueça o óleo numa frigideira anti-aderente, onde
coloca as sementes de cominho.
Deixe fritar durante alguns segundos em lume médio.
Deite na frigideira os ovos batidos com os restantes
ingredientes e cozinhe de ambos os lados.
A sua Omelete Masala está pronta.
PREPARAÇÃO
Misture o Caril em pó e 1/2 chávena de leite de coco
numa panela grande. Bata até o caril se dissolver.
Adicione o restante leite de coco. Coloque em lume
médio. Deixe cozinhar, mexendo de vez em quando, por
quatro minutos, ou até o molho começar a ferver.
Misture os legumes congelados e as lentilhas. Tape e
deixe cozinhar por três minutos ou até o caril levantar
fervura. Retire a tampa e cozinhe por mais três minutos,
ou até que os vegetais estejam tenros.
Enquanto isso, misture os tomates, a cebola e metade
dos coentros numa tigela. Tempere com sal e pimenta.
Vá misturando os restantes coentros com o caril.
Divida o caril de lentilhas em pequenas taças individuais.
Sirva com salada de tomate e pappadums.
STAR ANISE (anis estrelado)
Muito utilizado no Ocidente para a produção de
licores, o anis estrelado é um tempero comum na Ásia
(Índia, China, Indonésia e Vietname).
Tosse, flatulência, perda de apetite, distúrbios
menstruais e dores de estômago são algumas das
indicações terapêuticas do anis estrelado, dizem os
especialistas nesta planta.
O anis estrelado realça o sabor da carne e é comum
como tempero no arroz indiano. Pode também ser
utilizado em peixe estufado ou puré de legumes.
CRAVINHO
Muito aromático, o cravinho é utilizado como especiaria
desde a Antiguidade, tanto na culinária como no fabrico
de medicamentos (o óleo de cravo é anti-séptico e útil
no tratamento de náuseas, indigestão ou diarreia).
Conta-se que no início do século XVI, um quilo de
cravinho equivalia a sete gramas de ouro. Hoje, é na
Indonésia que mais se consome cravinho, não na
cozinha mas na confecção de tabaco aromatizado.
O cravinho pode ser utilizado com canela em
sangrias e ponches, mas também para fazer
pickles. É ideal para temperar carne de vaca, caril
ou estufados de boi.
SEMENTES DE SÉSAMO
Fonte de cálcio, magnésio, ferro, fósforo, ou vitamina
B1, com alto teor de fibras, as sementes de sésamo
podem também ajudar na redução do colesterol.
Muito tolerante à seca, já foi considerada como
“cultura sobrevivente”. Em 2010, o maior exportador
do mundo de sementes de sésamo foi a Índia, e o
Japão, o maior importador.
Podem ser ingeridas cruas ou torradas. São muito
utilizadas na confecção de pão, biscoitos, empadas,
assados, saladas, molhos, cereais, pratos de arroz e
massas.
METHI SEEDS (feno-grego)
MUKHWAS (digestivo indiano)
Em Portugal, também lhe chamam alforba, alforva
ou fenacho. O feno-grego é uma planta cujas
sementes são hoje usadas na culinária e na medicina
alternativa. Mas conta-se que na Índia, as sementes
de feno-grego fizeram parte do material de
construção de edifícios e palácios ainda intactos.
O feno-grego é indicado por muitos para problemas
digestivos, renais, tosse, calvície e disfunção eréctil.
As sementes são geralmente misturadas com outras
especiarias para consumo.
Ideal para o caril ao estilo indiano e para temperar
batatas ou o pão antes de cozer. No chá, use uma
colher de chá de sementes para uma chávena de
água a ferver. Coe e acrescente um pouco de mel
ou leite.
Ideal para um hálito fresco, este digestivo indiano e
paquistanês costuma ser consumido a seguir às
refeições. É composto geralmente, entre outros
ingredientes, por sementes de funcho, anis, coco,
sementes de sésamo, coentros ou óleo de hortelãpimenta. Pode ser mais ou menos salgado. Colorido, é
sempre revestido de açúcar.
SEMENTES DE MOSTARDA
Conta-se que uma mulher perdeu o seu único filho e
foi pedir ajuda a Buda. Buda ter-lhe-á pedido que lhe
trouxesse uma mão cheia de sementes de mostarda
de uma família que nunca tivesse perdido um filho ou
um ente querido. A mulher não encontrou nenhuma
família com essas características e percebeu então
que estava acompanhada no seu luto. Também no
Alcorão e na Bíblia há referências à semente de
mostarda, geralmente como metáfora da nossa
pequenez ou da pequenez do universo.
Usadas muitas vezes nos pickles, na Índia é
também costume fritar estas sementes
em óleo e juntá-las a pratos de
lentilhas, caris, assados, saladas e
legumes. Há ainda quem sugira
que um chá de sementes de
mostarda, erva-doce e canela
em porções semelhantes pode
aliviar dores musculares e dar
energia.
DHANIA WHOLE
(coentros inteiros)
Úteis para combater o colesterol e, quando
cozidos apenas com água, as constipações, estes
coentros podem ser assados ou ligeiramente
aquecidos numa panela para que melhore o aroma.
É tempero comum em Garam Masala e caris
indianos, a que muitas vezes se junta cominhos. Na
Europa, é utilizado por vezes em pão de centeio.
MUMRA OU MURI
(puffed rice/ arroz tufado)
Leve, de digestão fácil e baixo em calorias, é ideal
para quem quer manter a linha. Rico em ferro. Livre
de glúten.
Para um bom pequeno-almoço, pode misturar
mumra ou muri com leite e cereais. Também pode
ser consumido torrado com sal e açafrão, e há
quem o misture com castanhas e amendoins.
PAWA (flocos de arroz)
Muito popular no Nepal, na Índia e no Bangladesh,
pawa é uma rica fonte de energia. Sem lactose, é
fonte de fibras e de proteínas.
Pode ser consumido cru, misturado com água ou
leite, sal e açúcar a gosto, ou levemente frito em
azeite com nozes, passas, cardamomo e outras
especiarias. Com água quente, poderá fazer uma
papa para o pequeno-almoço. Há regiões do mundo
em que é apenas misturado com açúcar
mascavado; outras em que o cozem com
sementes de mostarda levemente
frita, açafrão, pimenta em pó e
cebola picada.
KALUNJI
(sementes de cebola preta)
“Há nas sementes negras a cura
para todas as doenças, excepto para
a morte.” É uma frase conhecida
entre os Muçulmanos, proferida por um
dos seus Profetas, e refere-se às
sementes de Kalunji. São inúmeros os seus
alegados benefícios para a saúde, da asma aos
diabetes, das doenças de pele à debilidade sexual.
Na culinária, podem ser usadas para fazer o
tradicional pão naan, caris ou cozidos. Para um
sabor mais apurado, podem ser torradas, sem que
se acrescente azeite, dado o seu alto teor de óleo.
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