calçado procura soluções para responder a boom de
Transcrição
calçado procura soluções para responder a boom de
JORNAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE CALÇADO, COMPONENTES E ARTIGOS DE PELE E SEUS SUCEDÂNEOS # Nº 170 # OUTUBRO 2010 calçado procura soluções para responder a boom de encomendas Fruto de uma multiplicidade de factores, a indústria portuguesa de calçado está, literalmente, na moda e, é cada vez mais procurada por clientes de todo o mundo. No entanto, a escassez de mão-de-obra disponível face às necessidades das empresas e a dificuldade de subcontratar internamente micro e pequenas empresas tem impedido a indústria nacional de responder rapidamente às solicitações do mercado. As empresas estão, assim, à procura de soluções integradas para responder a um anormal, porque conjuntural, boom de encomendas © Frederico Martins 2 Nº 170 # OUTUBRO 2010 Nº 170 # OUTUBRO 2010 3 Volta ao mundo em menos de 365 dias Uma autêntica volta ao mundo em menos de 365 português nos mercados externos, diversificar o quia, mercados onde se perspectiva um crescimento dias. É este o cenário previsível para cerca de 140 destino das exportações, abordar novos mercados e futuro muito interessante. empresas da fileira do calçado no próximo ano. No possibilitar que novas empresas iniciem o processo âmbito do plano de promoção definido pela APIC- de internacionalização. Estimular a procura, qua- CAPS, em parceria com a AICEP e já aprovado pelo lificar a oferta, diferenciar positivamente o calçado Programa Compete, o calçado português marcará português relativamente aos concorrentes e pers- presença em mais de 70 iniciativas promocionais no pectivar novas janelas de oportunidade são outras exterior, num total de 16 países, nos cinco continen- metas importantes. tes. Assim, para além do reforço da presença nos principais certames internacionais da especialidade, A internacionalização é a grande prioridade estra- como MICAM e Expo Riva Schuh (Itália) e GDS tégica da indústria portuguesa de calçado. Nesse (Alemanha), está previsto o reforço na presença sentido, em 2011, o calçado português reforçará a noutras iniciativas que possibilitem a abordagem aposta em matéria de promoção comercial externa, a segmentos de nicho de elevado potencial. Nesse num investimento global próximo dos 10 milhões de sentido, o calçado português marcará presença em euros (mais 11% do que em 2009). fóruns da especialidade desde Las Vegas a Tóquio, Moscovo a Xangai. No essencial, são quatro grandes objectivos para a realização desta ofensiva promocional, designa- Em 2011, pela primeira vez, a indústria portuguesa damente consolidar a posição relativa do calçado de calçado vai investir na Austrália, na Índia e Tur- Forte campanha de comunicação Simultaneamente a este projecto de promoção comercial externa, está prevista a realização de uma campanha de imagem do calçado português nos mercados externos. Dando continuidade à campanha iniciada em Junho de 2009, com a apresentação da nova imagem do calçado português, clientes de todo o mundo serão surpreendidos com informações relevantes sobre a actualidade nacional. Pela primeira vez, a campanha de imagem institucional poderá e deverá ser complementada por um reforço da presença mediática de marcas e produtos portugueses nas principais revistas internacionais da especialidade. A indústria portuguesa de calçado está a preparar uma volta ao mundo © Sergey Galushko (fotolia.com) Nº 170 # OUTUBRO 2010 5 Calçado esgota capacidade produtiva? Fruto de uma multiplicidade de facto- partes da produção no Norte de África, ano, trabalho que estimamos pudes- empresas não corram muitos riscos, res diversos, mas complementares, a em especial para Marrocos e Tunísia. se ser concretizado por 35 pessoas”, subcontratando parte da produção no indústria portuguesa de calçado está, Outras, procuram “deslocalizar” para destacou Jorge Fernandes, Gestor exterior. Já António Lemos, da LG, literalmente, na moda e é, cada vez o interior do país. E há mesmo quem da Savana. Já os responsáveis da em- lamenta “a escassez de unidades de mais, procurada por clientes de todo defenda a necessidade de formatação presa Salgado & Guimarães, lamen- corte e costura, factor que constitui o mundo. No entanto, a escassez de de um programa de apoio ao empreen- tam não ser possível “encontrar no um estrangulamento efectivo à exe- mão-de-obra disponível face às neces- dedorismo específico para a criação de mercado de trabalho colaboradores cução das encomendas”. O emprego sidades das empresas e a dificuldade pequenas unidades industriais. disponíveis para ocupar as ofertas de associado a este aumento das enco- emprego das empresas”. Uma situ- mendas estima-se em 60 colaborado- Empresas preocupadas ação, de resto, difícil de explicar, na res. Albérico Alves, da Ginita, acres- medida em que estão referenciados centa outro aspecto: “a dificuldade dido a indústria nacional de respon- Ainda que algumas empresas tenham em Portugal cerca de 700.000 desem- de subcontratar unidades de costura der rapidamente às solicitações do conseguido, nas últimas semanas, pregados. aumentou em paralelo com o grau de mercado. As empresas estão, assim, recrutar novos colaboradores em es- à procura de soluções integradas para pecial para a área da produção, per- Também os responsáveis da Alabama dos”. António de Sousa, da Ferreira sistem as dificuldades generalizadas referem “um aumento significativo do & Oliveira, Lda, recorda que a situa- de subcontratar internamente micro e pequenas empresas (nomeadamente especializadas na costura) tem impe- responder ao boom de encomendas. complexidades dos modelos produzi- na contratação de mão-de-obra qua- volume de encomendas”, sendo pois ção actual “é muito penalizadora, na As razões: os sinais indiciam que o lificada. Com base num inquérito do desejável “subcontratar internamen- medida em que tem como consequên- modelo de negócio das empresas Gabinete de Estudos da APICCAPS te partes da produção a pequenas cia atrasos dos prazos de entrega”. europeias, assente numa grande ao sector, estima-se que o sector do unidades capazes de produzir men- Manuel Tavares questiona-se “onde capacidade de desenvolvimento e calçado pudesse contratar centenas salmente 2.500 pares de calçado”. param os desempregados?”. O Gestor de colaboradores até final do ano. No caso da empresa Lucília, Vieira da RAP sugere “como fundamental pontos no plano internacional. Com & Lima, Lda, os responsáveis subli- que se incentive os desempregados a efeito, os já esperados aumentos dos “Existe actualmente um grande dé- nham que “o aumento de encomen- criarem as suas próprias empresas”, custos de transporte, da mão-de-obra na resposta rápida, está a ganhar fice de empresas especializadas em das implicaria trabalho para mais 30 num movimento verdadeiramente e mesmo da instabilidade, por via do corte e costura. No caso da Savana, colaboradores”, sendo, ainda assim, empreendedor, capaz de potenciar a acréscimo da tensão social na China necessitaríamos de subcontratar prudente, por uma lógica de sazona- indústria portuguesa de calçado nos cerca de 75.000 pares de calçado por lidade associada ao sector, que as mercados internacionais. (e outros países asiáticos) associados às dificuldades dos importadores europeus em acederem ao crédito (em virtude das novas regras impostas por praticamente todas as entidades bancárias fruto da crise financeira que se instalou) estão a “empurrar” várias marcas para o continente europeu. De um modo geral, é cada vez menos interessante do ponto de vista financeiro para as grandes marcas importarem a totalidade das suas colecções do continente asiático e, por esse motivo, começaram a redescobrir as virtudes da indústria europeia. Em resultado, países como Espanha, Itália ou Portugal são, actualmente, confrontados com um acréscimo muito significativo de encomendas. Mas será esse um fenómeno conjuntural ou estrutural? As empresas não arriscam uma resposta definitiva. Certo é que estão à procura de novas soluções para responderem de forma célere às novas exigências dos mercados internacionais. Vários sinais apontam para que a capacidade produtiva na indústria portuguesa de calçado esteja muito próxima da plenitude. No entanto, subcontratar a produção no exterior, em especial na Ásia, não se afigura como estratégica, na medida em que o modelo de negócio das empresas portuguesas assenta, fundamentalmente, na capacidade de resposta rápida e pequenas encomendas. Ainda assim, algumas empresas equacionam subcontratar As empresas de calçado estão à procura de soluções integradas para responderem às solicitações dos mercados internacionais 6 Nº 170 # OUTUBRO 2010 empresas com histÓria Foi Fundamentalmente nos últimos trinta anos Que a indústria portugue- no entanto, existiam já nessa altura algumas empresas sÓlidas, capaZes e dernidade, garantindo argumentos sa de calçado soFreu uma Verdadeira prontas para se aFirmarem no plano mia cada VeZ mais agressiVa à escala metamorFose. global. mundial. no início dos anos setenta, estaVam reFerenciadas em portugal pouco mais de 500 empresas, responsáVeis por cerca de 13 000 postos de trabalho. empresas Que continuam actiVas no o jornal da apiccaps conVida-o a recuar ao início da histÓria de algumas dessas empresas histÓricas, Que armando silVa, lisete ou campeão português são algumas das mercado, porQue souberam aliar o saber-FaZer acumulado ao longo dos anos às noVas tecnologias e, dessa Forma, conciliar a tradição e a mo- completiVos releVantes numa econo- tanto têm contribuído para o sucesso do sector e de portugal. lisete (1927) uma histÓria com mais de 80 anos A Abílio P. Carneiro & Filhos Lda., gicamente mais evoluídos, optimiza- conhecida normalmente como Calçado ção de processos, informatização da Lisete, foi formalmente constituída em gestão nas suas várias componentes, 1962, muito embora já existisse em formação profissional, promoção, nome individual desde 1927. divulgação da empresa e dos produtos, assim como na construção de uma Tem mantido, desde a primeira hora, moderna unidade industrial com cerca o estatuto de média empresa de cariz de 2700 m2”, destacou Alexandre familiar. Actualmente, a gestão da Carneiro. empresa é assegurada pelas 3ª e 4ª gerações, emprega 55 trabalhadores Num contexto de exigência acrescida, e factura anualmente 7,5 milhões de a Lisete definiu como determinante euros. “actuar ao nível da inovação, diferenciação do produto, garantia de quali- Em 1989, iniciou o processo de in- dade, organização, melhoria da produ- ternacionalização, representando as tividade e optimização da capacidade exportações actualmente mais de 99% de resposta”. Em 2005, é criada uma do volume de negócios, tendo como principal destino a União Europeia. Contudo, outros países como África do Sul, Nova Zelândia, Rússia e Suíça começam a assumir uma importância crescente. cada vez mais rápida e eficiente às A empresa tem recebido sucessiva- exigências do mercado. Com efeito, “o mente os galardões PME Líder e investimento concentrou-se fundamen- Excelência, desde 2001. Nos últimos talmente em áreas da modernização anos, assistiu-se a uma evolução ace- da estrutura produtiva, através da lerada da Lisete, dando uma resposta aquisição de equipamentos tecnolo- eVereste (1942) mercado interno anda é Forte aposta Fundada em Fevereiro de 1942, em S. João a ser uma forte aposta, mas sensivelmente da Madeira , a Evereste dedica-se, desde 50% da produção destina-se já aos mais o primeiro dia, ao fabrico de calçado de exigentes mercados internacionais. segunda empresa, a Fly Shoes, que “se vocacionou na produção de linhas de calçado não convencionais”. Actualmente emprega 33 colaboradores e atingiu um volume de negócios de um milhão de euros, em 2009. o mercado português continua a ser uma Forte aposta para a eVereste homem. marcas, em especial Evereste, Cohibas, onde chegou a produzir apenas dez pares de Tino Celini e Fugato. Mantém há mais de calçado por dia, apresentava as colecções uma década uma parceria estratégica com porta à porta com o único objectivo de se um dos grandes nomes da moda nacional, impor gradualmente no mercado nacional. Miguel Vieira. Não existia uma estratégia definida, mas O calçado Evereste caracteriza-se pela uma forma de actuar espontânea. qualidade dos materiais usados e pela irreverência do design final. A sua produ- Com mais de seis décadas de existência, ção caracteriza-se, ainda, por uma forte a Fábrica de Calçado Evereste é uma das componente manual. Uma opção estratégia principais referências do sector de calçado para manter, de modo a “valorizar o produto masculino, empregando actualmente 80 final”, sublinhou André Fernandes. colaboradores. O mercado interno continua Fotografia Paulo Neves A Evereste produz calçado para várias Durante os primeiros anos de actividade, Nº 170 # OUTUBRO 2010 7 A produção de calçado de excelência é uma das prioridades da Zarco Zarco (1942) Mudança estratégica seis décadas depois Fundada em S. João da Madeira, em verificada de penetração no mercado 1942, a Zarco desde cedo se revelou internacional. Hoje, a marca apresen- uma das empresas mais dinâmicas ta-se globalmente com a designação do sector de calçado, nomeadamente Carlos Santos, nome do sócio-gerente no segmento de calçado de luxo para da empresa. homem. Desde cedo, a Zarco privilegiou um Do ponto de vista estratégico, Carlos produto de elevado valor acrescen- Santos assume que “a Zarco sustenta tado, especializando-se na produção a sua estratégia no capital humano de calçado de homem baseado num que a constitui com base numa relação sistema de construção Goodyear Wel- sólida de confiança e de partilha”. ted, que alia a tecnicidade dos equipa- Esta estreita relação permite “criar e mentos a uma mão-de-obra altamente desenvolver produtos de excelência qualificada. direccionados a um segmento alto-luxo”. Outra das particularidades da Há cerca de 25 anos, criou a primeira Zarco passa pela “implementação de marca, a MackJames, socorrendo-se uma política de qualidade que privile- de uma designação com sonorida- gia a selecção de matérias-primas de de estrangeira devido à dificuldade elevada qualidade”. A Armando Silva continua a ser uma das empresas mais Armando Silva (1946) emblemáticas do sector O calçado dos políticos É uma das empresas mais emblemáticas do sector, fundada em 1946 por Armando Luís da Silva, numa pequena oficina de calçado com um sistema de produção artesanal e com 12 trabalhadores. No final da década, muda de instalações para uma área superior, investindo nos primeiros equipamentos semi-automáticos e aumentando o número de colaboradores para as três dezenas. Em 1975, transformou-se numa sociedade por quotas, com a entrada para a sociedade de mais um sócio, Manuel Adriano da Silva, adoptando a denominação social “Armando Silva, Lda.” A empresa, desde cedo, especializou-se no fabrico de calçado de homem de elevada qualidade. Investiu na promoção de algumas insígnias com grande projecção no mercado doméstico português, como marca Armando Silva e Yucca. Já a Ginno Bianchi foi a aposta da empresas para vencer nos mercados internacionais. A Campeão Português é para muito Campeão Português (1955) A Universidade do sector Fabrica “apaixonadamente calçado”, desde 1955. Fundada por Domingos Torcato Ribeiro, a Fábrica de Calçado Campeão Português é considerada por muitos dos antigos colaboradores como a “Universidade do Calçado” em Portugal. Imbuída por este espírito de excelência, cria em 1986 a marca Camport, tendo como objectivo fabricar calçado para homem, confortável, com qualidade e preço acessível. Em 2003, a Camport inicia a aposta no segmento de calçado feminino. Cinco anos passados, a gama é complementada com a aposta no segmento de criança. Segundo os responsáveis da Camport a meta da empresa passa por “servir bem, convictos de que os sapatos Camport proporcionam conforto para os pés”. Nos últimos anos, a Campeão Português tem investido no sector do retalho e hoje são já várias as lojas Camport espalhadas por todo o país. dos profissionais do sector uma autêntica “universidade” expandindústria Telef. 228 312 477 / 228 310 731 / 228 300 736 Fax 228 317 846 [email protected] Nº 170 # OUTUBRO 2010 9 grandes marcas inVestem em noVas plataFormas de comércio electrÓnico Neste domínio, impulsionado por “Este foi um passo muito importante grandes cadeias de retalho como a porque a internet é a plataforma certa, H&M e a Zara, o ano de 2010 está a é onde tudo acontece: com este site revelar-se muito activo no que respeita é permitido visualizar toda a minha ao lançamento de sites de comércio colecção a três dimensões, receber as electrónico- A quadra natalícia que se encomendas em 24 horas e prestar aproxima promete ser mais animada assistência telefónica para dúvidas ou do que nunca. confirmação da encomenda por sms”, explicou Luís Onofre. luis onoFre e miguel Vieira Foi em Lisboa, no Alcântara Café, que Luís Onofre apresentou, já este ano, um projecto inovador – um site de vendas online tão atraente como funcional , que permite a visualização de toda a colecção a três dimensões, através de uns óculos especiais. No site www.lojaluisonofre.com é possível aceder a toda a colecção do estilista de Oliveira de Azeméis, ficar a par das últimas novidades da marca e contactar com um sistema de compras A recta final de 2010 está a ser marca- ao portal de comércio electrónico da da por grandes investimentos no «ci- prestigiada marca. O novo site permi- berespaço». Consagradas marcas de te a compra de artigos da marca em moda de todo o mundo estão a investir diversas categorias, desde homem a em novas aplicações de comércio senhora, passando pelo segmento de electrónico e mesmo de iPhones para criança ou têxteis-lar. Dá especial des- cativarem uma clientela cada vez mais taque à divulgação de todos os conteú- exigente e informatizada. Em Portu- dos da marca seja informação sobre gal, Luís Onofre e Miguel Vieira estão as campanhas, divulgação da revista na vanguarda. ou aceso a sessões fotográficas. Este A Ralf Lauren, depois de possibilitar é, no entanto, apenas um dos muitos aos fiéis consumidores americanos exemplos que estão a proliferar um que comprem on-line, está a abordar pouco por todo o mundo. Marcas digitalmente o mercado britânico como a Gucci, Prada ou Armani já não e, nos últimos meses, os súbitos de dispensam estas novas aplicações Sua Majestade aderiram em massa informatizadas. simples e com formas de pagamento seguras. Disponíveis estão, também, informações relativas à disponibilidade de stock, cores, material, indicações do designer e lançamento de novas colecções. A loja virtual do Luís Onofre é já um sucesso. Fashion tV distingue proFissionais da moda em portugal É já no próximo dia 23 de Novembro destaque em 2010», pode-se ler no no, Modelo New Face [Cara Nova], que e Fashion TV, em parceria com comunicado divulgado pela organi- Design Loja, Marca Portuguesa, a Câmara Municipal de Lisboa, irá zação. Marca Internacional, Designer Aces- distinguir os principais protagonistas sórios, Fotógrafo, Produtor Editorial, da moda portuguesa. A cerimónia A cerimónia de entrega de prémios Maquilhador, Cabeleireiro e Comu- decorrerá no teatro Tivoli, na capital. será transmitida em directo no canal nicação. Fashion TV Portugal e em diferido, “Pela primeira vez em Portugal, num numa versão encurtada, na Fashion Os premiados serão escolhidos por único evento, co-organizado pela TV Internacional que chega a mais um painel de jurados do qual fazem Fashion TV Portugal e a Câmara de 200 países. Serão distinguidos partes, entre outros, as Diretoras da Municipal de Lisboa, serão reconhe- personalidades e empresas em 14 ModaLisboa, Eduarda Abbondanza cidos, em todas as áreas da moda, categorias: Criador, Novo Criador, e das revistas Elle, Fátima Cotta, e profissionais com actuações de Modelo Feminino, Modelo Masculi- Vogue, Paula Mateus. O site está actualmente apenas em português, mas em curso está já a versão em espanhol e inglês. O objectivo passa por internacionalizar, cada vez mais, a marca. Outro dos nomes importantes da moda portuguesa, Miguel Vieira, desenvolveu uma plataforma de divulgação da sua marca, com a nova aplicação, gratuita, para os portadores de iPhone, iPad e iPod Touch. “Este projecto demorou seis meses a ser criado: dois meses de preparação, quatro meses para aprovação por parte da Apple (América), que reprovou a primeira proposta”, revelou o estilista natural de S. João da Madeira. Miguel Vieira foi mesmo o primeiro português a investir nesta aplicação, juntando-se a outros nomes de relevo da moda mundial como Armani ou Dolce & Gabbana. www.spedycargo.pt SOLUTIONS THAT WORK. A SPEDYCARGO foi criada em Janeiro de 2004 combinando a experiência e profissionalismo da sua equipa e a confiança dos seus parceiros no exterior com o conhecimento das exigências dos mercados nacional e internacional. A SPEDYCARGO empenha-se em encontrar as soluções mais adequadas e melhor desenhadas para os desafios da industria no presente e no futuro. A SPEDYCARGO representa em Portugal o HTFN Global Logistics Partner. O HTFN é uma associação de empresas transitárias privadas com representação mundial que permite uma cobertura global através de parcerias com empresas congéneres de elevada reputação em cada mercado.Como membro a SPEDYCARGO beneficia de parcerias com mais de 60 agentes em cerca de 50 países servindo mais de 250 portos e aeroportos. Aéreo Marítimo Rodoviário A Spedycargo oferece uma diversificada gama de opções no transporte de carga aérea. Garantimos uma operação bem estruturada resultante da criatividade e experiência da nossa equipa. A Spedycargo assegura coordenação total da operação de transporte seleccionando a opção que melhor responda às exigências de cada embarque ao custo mais competitivo. Em parceria com os seus agentes na Europa, a Spedycargo oferece serviço regular de transporte em Camião de e para várias origens e destinos. Aduaneiro A Spedycargo dedica especial atenção a este segmento para o qual criou o seu próprio departamento aduaneiro no que conta com pessoal especializado e licenciado. Transportes Especiais A Spedycargo tem uma vasta experiência no segmento de: · Feiras e Exposições · Transportes Especiais · Armazenagem e Distribuição SPEDYCARGO, TRANSITÁRIOS, LDA. Head Office Travessa da Telheira, nº. 305 · 1º Andar · Sala 9 · 4455-563 Perafita · Portugal Telf. +351 229 993 650 · Fax. +351 229 964 962 Lisbon Office Edifício 124 · Piso 1 Gabinete 18 · 1700-008 Aeroporto de Lisboa · Portugal Tel. +351 218 480 369 / +351 218 487 683 · Fax. +351 218 480 370 TRANSITÁRIO ESPECIALIZADO EM FEIRAS INTERNACIONAIS Nº 170 # OUTUBRO 2010 Cubanas pretende chegar aos 500 mil pares vendidos até 2013 Com uma venda actual de 80 mil pares de entrega em praticamente todos por ano, a Cubanas pretende agora os países do mundo, proliferando ao atingir um novo objectivo com a venda máximo o nome da Cubanas, uma de 500 mil pares de sapatos até 2013. marca que se mantém fiel aos acaba- No âmbito do programa interno ‘Shoes mentos manuais, ao toque orgânico e to the world’, a marca de calçado à criteriosa selecção dos materiais que portuguesa aposta cada vez mais na utiliza. 11 A Cubanas pretende crescer até aos 500 mil pares comercializados em 2013 internacionalização como factor de sucesso, de modo a garantir a afirmação no mercado mundial. A marca Cubanas A exportar actualmente para mais «Revolucionar La Vida» é a nova as- de 15 países, a Cubanas pretende sinatura da marca de calçado portu- chegar a mais mercados, como Japão, guesa, que reflecte a força e a vontade Rússia e Dubai, indo ao encontro da de levar a qualidade e elegância estratégia de expansão da marca, pela além fronteiras, numa vivência muito potencialidade que apresentam. urbana e actual. Criada em 2005, a Contrariando a actual conjuntura eco- Cubanas diferencia-se pela inovação, nómica, o Grupo But Fashion aposta cor, atitude, cujo principal objectivo é a ainda na venda online, com garantia satisfação dos seus clientes. O antigo jogador holandês do Benfica é o embaixador da Metro Sneakers Armando Silva lança nova marca em parceria com antigo futebolista do Benfica Metro Sneakers é a nova marca de europeu, a marca Metro Sneakers já calçado que promete agitar o mer- chegou ao Canadá e à Turquia. cado. Nasceu da parceria entre uma das empresas de S. João da Madeira Pierre van Hooijdonk, ponta de lança mais prestigiadas, a Armando Silva, holandês que despontou na equipa do e um antigo profissional do Benfica: Benfica no início da década, é não só o internacional holandês Pierre van consultor, dada a sua experiência no Hooijdonk. mundo do desporto, como o principal embaixador da marca. O objetivo é A nova marca destina-se a “todos os tornar a Metro Sneakers como uma consumidores de calçado desportivo referência no segmento de calçado de luxo como profissionais do des- desportivo de luxo nos próximos anos. porto, DJs ou seguidores de moda”, Alexandre Tavares sublinha que este destacou Alexandre Tavares. projecto nasceu depois de detectada uma falha de mercado: “os consu- Atualmente, a Metro Sneakers está midores procuram, cada vez mais, a ser comercializada na Europa, em modelos de calçado simultaneamente especial em países do Centro como casuais e desportivos, mas que per- Alemanha, Bélgica ou Holanda e do mitam apresentar um look moderno e Norte como Dinamarca e Noruega. sofisticado. É precisamente nesse seg- Em Portugal, encontram-se já à venda mento que nos pretendemos colocar”, nas grandes cidades. Fora do espaço revelou Alexandre Tavares. 12 Nº 169 # SETEMBRO 2010 ao ritmo do sapateado foi ao ritmo do sapateado, protagonizado por tifannie, finalista do programa “aChas qUe saBes dançar?” qUe seis das mais importantes marCas portUgUesas de Calçado sUBiram À passerelle do portUgal fashion. atelier do sapato, ChoColate negro, dKode, flY london, goldmUd e noBrand, marCas qUe em ConjUnto exportam mais de 90% da prodUção no valor de 42 milhÕes de eUros apresentaram as ColeCçÕes para o verão de 2011. ColeCçÕes qUe estiverem em plano de destaqUe reCentemente na maior feira de Calçado do mUndo, a miCam, qUe deCorreU no final de setemBro, em milão. Orlados nas viras, solas de couro lavadas, rivetes em cobre e um grau mais rico e elevado de materiais, acrescidos de fechos em cobre vermelho, são algumas das propostas da Atelier do Sapato que, pela primeira vez, apresentou uma linha de homem que se distingue pelas densas peles de dupla face enriquecidas com granulados mate e elegantes suedes, numa misto de ousadia, inovação e criatividade. Um estilo contemporâneo com formas arrojadas foi a proposta da Chocolate Negro, marca revelação do sector de calçado em 2009, que se dirige e mulheres de espírito jovem, que gostam de arriscar num visual que marque a diferença. Cores fortes em sapatos e sandálias, saltos e plataformas forradas a couro e pele dão algumas das novidades para o próximo ano. Direccionada para a mulher urbana que procura expressar a sua individualida- lUÍs onofre inspirada nUma sintra nostálgiCa do séCUlo xix, mas remetendo-o para a aCtUalidade, a ColeCção de lUÍs onofre voltoU a sUrpreender a plateia do portUgal fashion Com propostas elegantes e sofistiCadas, seja ao nÍvel dos saltos altos Como dos saltos rasos. de o estilista de oliveira azeméis foi Um dos prinCipais protagonistas da edição de oUtUBro do pf. ChoColate negro atelier do sapato flY london 13 Nº 169 # SETEMBRO 2010 de, a nova colecção Dkode destacou-se pela alegria e pela atitude optimista das suas linhas, quebrando a monotonia da rotina urbana através da irreverência da cor. Sempre progressiva, nunca convencional, a colecção Primavera/Verão 2011 da Fly London é uma mistura eclética que oferece tanto modelos que são perfeitos para o dia-a-dia como linhas de salto alto repletas de glamour e estilo, mantendo sempre intacto o espírito original da marca. Num estilo rústico-chique, a Goldmud subiu uma vez mais à passerelle do Portugal Fashion. A grande novidade deste ano consiste na apresentação de uma linha de carteiras tão elegantes como funcionais. A fusão de moda, música e atitude embala a nova proposta da Nobrand. Em evidência, estilos musicais responsáveis pela trilha sonora de várias épocas, que inspiraram todo o universo musical, desde o Folk ao mais puro Rock. dKode goldmUd noBrand Fotos Portugal Fashion migUel vieira de regresso ao portUgal fashion, migUel vieira sUrpreendeU Com a apresentação de Uma ColeCção Bastante Colorida. desta feita, os tradiCionais preto e BranCo qUe marCam toda a Carreira do estilista s. joão da madeira deram lUgar a Cores mais fortes, nUm misto de elegÂnCia e soBriedade. foi Um dos momentos altos do portUgal fashion. de DECSIS S.A. distinguida com a atribuição do estatuto "PME líder". Reconhecida pelas estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva. Grupo DECSIS | decsis SA | expandiserve SA | decunify SA | deccare Lda SOMOS O MAIOR GRUPO EMPRESARIAL PORTUGUÊS DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO O posto de trabalho do futuro A virtualização e o aparecimento de novas tecnologias de software e hardware prometem revolucionar o tradicional posto de trabalho, oferecendo custos reduzidos de TCO, mais segurança e um controlo total dos activos informáticos. O conceito de "thin client” chegou ao mercado há vários anos e, desde o seu aparecimento, apresentou-se como uma alternativa que, a médio prazo, permitirá às empresas livrarem-se dos custos e complexidade de gestão associados ao tradicional posto de trabalho informático. No entanto, a sua utilização começou a ser vista como bastante limitada, por uma infinidade de razões, e a ser tipicamente dirigida para as grandes empresas ou ambientes verticais. SOMOS RESPONSÁVEIS POR MAIS DE 170 POSTOS DE TRABALHO DIRECTOS Formação Contínua O mérito desta revolução pode ser atribuído à empresa VMware, pois o seu hypervisor de máquinas virtuais converteu-se no standard do mercado, tanto para a consolidação de servidores como para a virtualização de escritório. HP nomeia ex-CEO da SAP como novo presidente O Serviço de Outsourcing de Formação tem como objectivo Acrescentar Valor ao Negócio das Empresas/Organizações, convertendo o seu centro de custos interno num serviço externo, através da subcontratação, permitindo-lhes enfocar a sua atenção nas Estratégias de Negócio. Desta forma, as Empresas/ Organizações asseguram a concentração de processos num único ponto de contacto, que faz toda a Gestão Especializada do serviço pretendido, assegurando a sua máxima qualidade e eficácia. Leo Apotheker assume, hoje, a posição de CEO na Hewlett-Packard. Junta-se também à equipa Ray Lane, sócio da Kleiner Perkins Caufield & Byers, para o cargo de presidente não-executivo. Channel Partner No âmbito do Serviço de Outsourcing de Formação, a DECSIS SI disponibiliza, através da sua Direcção de Formação; 5 5 5 5 5 5 Apoio Pedagógico Especializado ao Plano de Formação, Diagnóstico e Levantamento de Necessidades de Formação, Elaboração do Plano de Formação, Desenvolvimento, Acompanhamento e Avaliação da Eficácia da Formação, Apoio Técnico-Pedagógico, Candidaturas ao POPH/QREN Direcção de Formação | Academia DECSIS Estágios Curriculares A Escola Secundária João de Barros apresentou uma candidatura ao Projecto “Mobilidade Leonardo da Vinci”, com o objectivo de proporcionar aos alunos do Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos um estágio na área da Informática, em contexto real de trabalho num país da União Europeia. Ao nível das pequenas e médias empresas, até há pouco tempo, não era habitual implementar thin clients que recorriam a serviços como o RDP da Microsoft ou ICA da Citrix, devido ao elevado custo dos potentes servidores necessários e às licenças de software exigidas. Actualmente, a história parece ser diferente graças às actuais tecnologias de virtualização que tornaram mais simples e económico centralizar um determinado número de máquinas virtuais em um ou vários servidores, criando assim os chamados escritórios virtuais (Virtual Desktop Infrastructure) ou VDI. DEIXE-NOS AJUDAR A RESOLVER OS SEUS PROBLEMAS, CONTACTE-NOS Após estágio curricular na DECSIS os alunos, desenvolvem esta fase de estágio na ACER | Barcelona com a duração de 3 meses. Escola Secundária João de Barros | www.secundariajbarros.net Estágios | Educação Serviços de Formação estágios curriculares | estágios profissionais garantir competências | melhorar desempenho A DECSIS SI é uma Entidade Formadora Acreditada pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), nos domínios: Concepção de intervenções, programas, instrumentos e suportes formativos; organização e promoção das intervenções ou actividades formativas e desenvolvimento, execução de intervenções ou actividades formativas. Channel Partner | Laboratório Soluções Globais | Grupo DECSIS academia decsis | Grupo DECSIS | formação de profissionais para profissionais DECSIS ExpandiServe DECUNIFY DECCARE Porto Porto Porto Porto Lisboa Lisboa Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Centro Autorizado de Assistência Técnica Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Funchal Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.decsis.pt www.expandiserve.pt Zona Industrial da Maia I Sector IV - Via Carlos Mota Pinto 4470-034 Moreira da Maia Lisboa Praceta António Bravo, 127 r/c sala 1B 2785-521 São Domingos de Rana Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.decunify.com Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Lisboa Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.deccare.pt Microsoft processa Motorola por causa do Android De acordo com a Wired, a Microsoft está a processar a Motorola por causa do uso de determinadas tecnologias nos smartphones baseados em Android. O processo argumenta que a empresa infringiu patentes relacionadas com "sincronização de email, calendários e contactos, marcação de reuniões e notificação de mudanças na força do sinal e carga da bateria". Exame Informática As ferramentas desenvolvidas para garantir a preservação digital permanente da informação estão disponíveis em fonte aberta e foram financiadas pela União Europeia Estão já disponíveis sob a forma de software de fonte aberta as ferramentas desenvolvidas graças a fundos da União Europeia que visam garantir que os dados armazenados digitalmente possam ser indefinidamente preservados, disponibilizados e compreendidos. Semana Informática Nº 169 # SETEMBRO 2010 15 Uma Bailarina espeCial em tempos de difiCUldade “Há cerca de um ano e meio atrás, um dos canais difíceis. Sara Cuje seguiu o sonho e, em Setembro os sapatos Sara Cuje chegarão à Real Academia de televisivos portugueses fez um tributo a uma das passado, estreou-se na Modacalzado, numa iniciativa Ballet de Madrid. mulheres que eu mais admiro no mundo - Audrey da APICCAPS, que contou com o apoio do Programa Hepburn. Sempre a admirei, não só pelas suas Compete. A resposta inicial foi surpreendente. qualidades particulares como actriz, mas também No essencial, as sabrinas Sara Cuje procuram “fazer a diferença, recorrendo a materiais 100% naturais, pela elegância, postura e, acima de tudo, pelo Os últimos meses foram intensos. “Fiz muita pesqui- formas criteriosamente seleccionadas, capazes de humanitarismo que praticava, mesmo sem as luzes sa, recorri a imagens de séculos passados, procurei proporcionar um caminhar com um conforto sem dos holofotes da fama. Ao rever ‘Sabrina’, não podia novos materiais, novos acessórios e finalmente, parti paralelo”. Destacam-se, ainda, por uma enorme per- deixar de constantemente olhar para as sabrinas à procura de concretizar um sonho. Desde esse dia sonalização e mesmo a embalagem, um saco em tule de Audrey. Influenciada pela admiração por esta nunca mais parei.” O culminar desta caminhada com fita de cetim, está a surpreender os profissionais enorme atriz, ambicionei criar a minha própria linha ocorreu na feira de Madrid, há poucas semanas atrás do sector. O próximo objectivo passa por expandir de calçado”. A história, contada na primeira pessoa, e os resultados iniciais são “muito entusiasmantes, a marca Sara Cuje e chegar a um número cada vez é ainda muito curta, mas recheada de pequenas já que continuo a receber encomendas, em especial mais alargado de mercado. peripécias. Uma mensagem de esperança em tempos para o mercado espanhol e japonês”. Brevemente, Sede: Rua da Variante, 1100 Apartado 4510 3700-904 Romariz Tel. 256 840 090 Fax 256 840 099 [email protected] www.lusocal.com Filial: Rua Frei António Ferreira Vilaça, n.º 222 Carvalhinhos - Margaride 4610-187 Felgueiras Tel. 255 310 530 Fax 255 310 539 [email protected] Nº 169 # SETEMBRO 2010 17 Centro Tecnológico lança formação para Empresários A criação de uma elite de empresários para o futuro é o objectivo da iniciativa “Formação para Empresários” que o Centro Tecnológico de Calçado de Portugal está a promover. O programa Iniciativa Formação para Empresários promovido pelo CTCP conta com a colaboração de uma equipa de consultores e formadores com vasta experiência no acompanhamento de PME nas diversas vertentes de apoio à gestão: recursos humanos e organização do trabalho, gestão administrativo-financeira, marketing e estratégia comercial, qualidade e engenharia de processos e permitirá reforçar as competências de gestão dos empresários de PMEs com menos de 100 trabalhadores e, desta forma, melhorar o desempenho das respectivas empresas. O Programa abrange 75 horas de formação em universo de sala e 50 horas de consultoria dirigida ao empresário (coaching) – a realizar na empresa em datas directamente agendadas com o empresário. © memo (fotolia.com) Nº 169 # SETEMBRO 2010 19 Breves Mango A Mango planeia abrir 220 lojas na China no próximo ano. A cadeia de moda, presidida por Isak Andic, definiu o mercado chinês como prioritário. Em 2002, investiu no primeiro Uns chinelos que são posto de venda, número que deverá ascender às seis dezenas até final do corrente ano. As aberturas na China estão inseridas no plano de crescimento inter- um luxo nacional implementado pelo grupo Diferenciar é a palavra da ordem no sector do calça- mundiais em cinco anos (actualmen- do. A Houspring, empresa de S. João da Madeira especializada na produção de calçado para casa, lançou a marca Ghibi e está a revolucionar este segmento de mercado. espanhol, no qual este pretende alcançar uma rede de 3.000 lojas te, existem sensivelmente 1.400). A Mango já se converteu no segundo maior exportador da fileira da moda em Espanha (a seguir à Zara) e en- “O nosso objectivo passa por desenvolver, produzir e cerrou o ano de 2009 com um volume comercializar calçado de casa de elevada qualidade, de negócios consolidado de 1.145 inovador e sofisticado, através de parceiros especiali- milhões de euros, o que representa zados, assegurando desta forma uma correcta rentabilidade do negócio”, revelou Eliana Furão. Entre a lista de clientes destacam-se já insígnias como a Dolce & Gabbana ou os grupos El Corte Inglês e Inditex. um aumento de 4% relativamente ao ano anterior. Louis Vuitton Do ponto de vista comercial, a Houspring criou a marca Ghibi, que exporta já para praticamente todo o O grupo francês Louis Vuitton Moet mundo. “Investimos constantemente na pesquisa de Henessy (LVMH) decidiu centralizar novas tendências ao nível do design, novos modelos, tecidos, e acabamentos, o que nos tem permitido criar e apresentar novas colecções extremamente inovado- em Espanha a sua produção mundial de cintos e investiu na abertura res, apreciadas desde os EUA ao continente asiático, de uma nova fábrica, localizada nos passando por grande parte dos países europeus”, arredores de Barcelona. sublinhou. A nova fábrica de Barberà del Vallés Produzido 100% em Portugal, a Ghibi destaca-se pelos “modelos estilizados, com tecidos e aplicações requintadas, apostando simultaneamente em materiais de elevada qualidade que respeitam o meio am- visa aumentar consideravelmente a capacidade produtiva deste tipo de artigos por parte da Vuitton, biente e a saúde, capazes de proporcionar o máximo sendo de realçar a aposta num país de conforto”. Para Eliana Furão “a Ghibi mantém europeu durante um período em que inabaláveis os seus princípios de charme, sofisticação muitas marcas de luxo estão a des- e glamour”. localizar a sua produção para países A Ghibi está, ainda, a investir fortemente no ciberes- de mão-de-obra barata. paço e, recentemente, a apresentou no seu site a nova colecção Outono/Inverno. Tendo como conceito um fim de semana no Lago di Como, Itália, a Ghibi apena A LVMH já detinha duas fábricas na à harmonia familiar, ao requinte, ao conforto e ao Catalunha dedicadas à marca Louis glamour dentro de casa. Vuitton e duas estruturas logísticas e comerciais da marca Lowe situadas em Madrid e Barcelona. A inauguração e a expansão da capacidade produtiva da unidade de Barverà des Vallès tinham-se iniciado em 2009, altura em que a Louis Vuitton empregava cerca de mil pessoas naquele município de Barcelona. INESC PORTO 25 anos a dinamizar a competitividade da Indústria Portuguesa INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO TRANSFERÊNCIA E VALORIZAÇÃO DE TECNOLOGIA FORMAÇÃO AVANÇADA CONSULTORIA PRÉ-INCUBAÇÃO DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA WWW.INESCPORTO.PT CAMPUS DA FEUP RUA DR. ROBERTO FRIAS 378 4200-465 PORTO PORTUGAL T +351 222 094 000 F +351 222 094 050 [email protected] APOIADO PELA FCT NO ÂMBITO DO FINANCIAMENTO DE LABORATÓRIO ASSOCIADO Nº 169 # SETEMBRO 2010 21 História da Sanjo em exposição no Museu de Chapelaria de S. João da Madeira Têm uma imensa legião de fãs de Norte e calçou as equipas de andebol, basquetebol Sul de país. As sapatilhas Sanjo mais do que e futebol de salão da Sanjoanense durante uma marca de S. João da Madeira assumem- décadas, como o demonstram as fotografias -se como um ícone da cultura portuguesa das cedidas pela Laborpress, e fez inclusivamente últimas décadas. parte do fardamento de ginástica do serviço militar. Há registos de 1978 que comprovam o A história da Sanjo estará parente no Museu fornecimento de 1.355 pares ao Instituto Técni- de Chapelaria em S. João da Madeira até co Militar dos Pupilos do Exército. 31 de Janeiro próximo. Oportunidade para perceber algumas das “peripécias” pela voz O sucesso da Sanjo era tal que a fábrica não dos seus protagonistas e contactar com 44 tinha como responder às encomendas, mes- modelos históricos. mo quando chegou a produzir 2.500 pares de sapatos por dia e 20.000 de solas em borra- Sanjo, uma Marca, uma História” recoloca cha. José Costa conta que, para ser cliente, dentro do edifício da Empresa Industrial de tinha que dar uma encomenda inicial de 8.000 Chapelaria, hoje Museu, uma das mais im- pares, que ia recebendo aos bocados. “Entre- portantes e reconhecidas marcas de calçado gavam 20 a 30 pares por mês porque tinham português. A história começa por volta de tantas, tantas, tantas encomendas que eram 1936, quando a Empresa Industrial de Chape- repartidas aos bocaditos”, recordou . laria cria a secção da borracha, dedicando-se à produção artesanal de calçado desportivo Por considerar que a Sanjo não teve menor em lona e borracha vulcanizada. importância na vida das pessoas que a calçaram, o museu, como conta o jornal Labor, foi Esta não é uma história que se esgota no ao encontro dos utilizadores da marca, reu- fabrico de umas sapatilhas, mas antes a nindo uma série de testemunhos de pessoas história da vida de milhares de pessoas que reconhecidas pelo público como o radialista calçaram ou desejaram ter calçado umas Fernando Alvim, o humorista Nilton, o escritor sapatilhas Sanjo. Para José Costa “o único Manuel Jorge Marmelo, a estilista Anabela problema das Sanjo era a durabilidade, o que Baldaque e o jornalista da Visão Miguel era efectivamente uma desvantagem para Carvalho. Esses registos são exibidos numa quem as vendia”. “Comprávamos hoje umas secção da exposição e, na opinião da comis- e, se usássemos todos os dias, só se torna- sária, mostram que, independentemente des- va a comprar daqui a meio ano ou mais”, te trabalho do museu, “a Sanjo está presente sublinhou. na vida das pessoas”. “É uma visão absolutamente descomprometida e muito pessoal” O K100, o modelo mais emblemático da sobre a marca, considera Suzana Menezes, marca, é o mais presente e surge devidamente do Museu de Chapelaria. destacado no percurso da mostra, sobretudo pelo papel que desempenhou como sapato A exposição “Sanjo. Uma Marca. Uma His- desportivo. A bota de lona com cano, proteção tória” foi patrocinada pela Fersado, a actual lateral de borracha e apoios nos tornozelos produtora das Sanjo. “Cármen Miranda” de Joana Vasconcelos leiloada em Londres por 260 mil euros A escultura de um sapato de Joana Vasconcelos, baptizado de “Cármen Miranda”, foi arrematada num leilão, Ficha Técnica Propriedade: APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos Rua Alves Redol, 372 - Apartado 4643 - 4011-001 PORTO Telef. 225 074 150 Fax 225 074 179 [email protected] http://www.apiccaps.pt em Londres, por mais de 259 mil Director: Presidente da APICCAPS euros. Edição: Gabinete de Imprensa da APICCAPS A obra criada em 2008 é constituída de panelas e tampas em aço, mede sensi- [email protected] velmente 2 metros e 70 de altura e tem Participação especial: Manuel Correia (Fotos) mais de 4 metros de comprimento. Distribuição gratuita aos sócios Ao todo, a artista plástica portugue- Tiragem: 2000 exemplares sa fez cinco esculturas de sapatos COM O APOIO semelhantes a esta, às quais atribuiu o nome de mulheres ou de personagens associadas à ideia de beleza. Nº 169 # SETEMBRO 2010 23 Parlamento Europeu concede «luz verde ao Made In Com uma esmagadora maioria, o Parlamento produtos importados restabelece o direito dos Europeu acaba de aprovar o regulamento consumidores de terem informações trans- “Made In”. Em traços gerais, passa a ser parentes sobre as mercadorias que compram obrigatória a referência à origem de alguns e do seu lugar de origem, de modo a que produtos importados pela Europa de países possam efectuar uma escolha informada”, extra-comunitários, nomeadamente calçado. sublinhou Vito Artioli. A votação ditou 525 eurodeputados a favor da Por outro lado, na óptica do Presidente da introdução desta medida, apenas 49 contra e CEC, esta decisão do Parlamento Europeu 44 abstenções. concede “um direito mais do que legítimo para © rgbspace (fotolia.com) uma maior protecção contra a contrafacção, a Para o Presidente da Confederação Europeia protecção das empresas que trabalham com de Calçado (CEC) trata-se de uma vitória im- transparência e protecção ao emprego”. Para portante para o sector europeu de calçado: “a que este regulamente entre, agora, em vigor, introdução da obrigatoriedade da origem dos falta a aprovação formal do Conselho da UE. Reguila oferece calçado a crianças carenciadas É mais uma empresa de calçado que se assume como uma entidade socialmente responsável. A Reguila, empresa de Santa Maria da Feira, especializada na produção de calçado de criança, disponibilizou-se para produzir calçado destinado a algumas famílias carenciadas. Um gesto solidário da administração e de um grupo de trabalhadores, concretizado em articulação com a Divisão de Acção Social da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. A proposta surgiu depois de um grupo de colaboradores ter frequentado uma acção de formação no Centro Tecnológico de Calçado de Portugal, em que foi abordado de forma particular o tema “Acção Social”. “Os nossos colaboradores estão imbuídos num espírito solidário e procuraram com esta iniciativa alertar para a importância de ajudar os que mais precisam, sobretudo na actual conjuntura”, sublinhou Júlio Rodrigues, sócio-gerente da empresa Reguila.
Documentos relacionados
Conjuntura GAPI World Footwear Yearbook Investimento
acessórios de moda. Actualmente a But Fashion conta com três marcas próprias (Cubanas, Made In e Sky). Os planos da empresa, segundo adiantou António Marques, passam por uma forte aposta na marca C...
Leia maisJornal da APICCAPS
O Governo criou uma nova linha OCDE, no valor de 1.000 milhões, continuando assim a apoiar todas as empresas no processo de internacionalização e deverá manter também uma linha para países fora da ...
Leia mais