Fonoaudiólogos promovem qualidade de vida em idosos

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Fonoaudiólogos promovem qualidade de vida em idosos
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
Fonoaudiólogos promovem
qualidade de vida em idosos
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Lançamentos
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Criança Genial
O livro “Criança Genial”, da fonoaudióloga Cláudia Cotes,com ilustrações de Dimaz Restivo, é o
primeiro título da coleção “Fazendo a Diferença”, um projeto da Editora Paulinas em parceria com a
ONG Vez da Voz voltado às crianças deficientes, que aborda o universo dessas crianças com deficiência
de forma lúdica e educativa. Na história, a autora explora as diferenças que existem entre os elementos
da natureza e aplica isso às pessoas. A parceria dá início a uma série de publicações que também
conterão ilustrações em língua brasileira de sinais (libras) e também em braile. Segundo a autora, o
livro será adotado na Campanha da Fraternidade de 2006, que terá a inclusão como tema.
O lançamento do livro ocorreu em 22 de outubro, em Campinas (SP), durante evento realizado no
Shopping D. Pedro. Em São Paulo, será lançado em 10 de dezembro, no Boa Vista Shopping, no bairro de
Santo Amaro.
Caderno Ilustrado de Verbos
Com 32 cartelas ilustradas de verbos (19,5 cm x 19,5 cm) e um manual explicativo, o “Caderno
Ilustrado de Verbos” , de Patrícia Rodrigues Quintano Neira e Maria Silvia Cárnio, é um recurso pedagógico para o desenvolvimento da língua portuguesa. As autoras, com vasta experiência na área de deficiência
auditiva, tomaram o devido cuidado de testar e aprovar este material em adolescentes surdos do Laboratório de Leitura e Escrita do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo. A publicação é indicada para alunos do Ensino Fundamental 1; alunos surdos; alunos com necessidades educativas especiais; alunos de cursos de Língua Brasileira de Sinais (Libras); alunos estrangeiros ensino de Língua Portuguesa como segunda língua; alunos com distúrbios específicos de aquisição de
leitura e escrita e alunos com distúrbios de leitura e escrita decorrentes de um quadro patológico.
CRFa VAI TRAÇAR NOVO PERFIL DO FONOAUDIÓLOGO
Quem somos? O que fazemos?
consolidar os dados relativos ao campo
fase acadêmica, uma atuação com o
elaboração de um novo perfil do
fonoaudiólogo, em parceria com o
O CRFa 2a Região deu início a
de trabalho e à formação especializada
dos fonoaudiólogos do Estado de São
máximo grau de profissionalismo e
autonomia.
Centro de Estudos Augusto Leopoldo
Ayrosa Galvão (CEALAG), da Facul-
Paulo, entre outras informações
relevantes e a sua evolução nesse
Para isto é essencial a sua
participação, respondendo a esta
dade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo. Desde 6 de
período de oito anos, através da
comparação dos dados entre este e o
pesquisa. Quanto mais amplo o
universo de respostas, maior será a
novembro, a pesquisa está disponibilizada nos sites do CRFa
levantamento anterior.
Com estas informações, o CRFa
garantia de que as informações obtidas
reflitam a realidade da profissão. A
(www.fonosp.org.br) e do CEALAG
(www.cealag.com.br)
poderá contar com informações
atualizadas e confiáveis para definir e
confidencialidade será resguardada: os
dados coletados não serão em nenhum
O último levantamento foi
realizado pelo CRFa em 1997. Este
implementar políticas e estratégias de
ação que garantam aos profissionais e
momento divulgados de forma a
permitir qualquer identificação
novo perfil possibilitará atualizar e
aqueles que ainda se encontram na
individual do profissional.
Sua participação é fundamental. Acesse www.fonosp.org.br ou www.cealag.com.br.
Ao acessar o site o fonoaudiólogo deve preencher no campo nome de usuário: pesquisafono.
2 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
EDITORIAL
Conselho Regional de Fonoaudiologia
do Estado de São Paulo - 2ª. Região
7º Colegiado
Presidente
Sílvia Tavares de Oliveira
Vice-Presldente
Anamy CecÍlia César Vizeu
Diretora-Secretária
Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida
Diretora-Tesoureira
Ana Léia Safro Berenstein
Conselheiros
• Ana Léia Safro Berenstein • Anamy Cecília César Vizeu •
Andrea Wander Bonamigo • Claudia Aparecida Ragusa •
Cristina Lemos Barbosa Furia • Diva Esteves • Dulcirene Souza
Reggi • Fernando Caggiano Júnior • Lica Arakawa Sugueno •
Luciana Pereira dos Santos • Márcia Regina da Silva • Maria
Cecília Greco • Mônica Petit Madrid • Roberta Alvarenga Reis •
Sandra Maria Rodrigues Pereira de Oliveira • Sandra Maria
Vieira Tristão de Almeida • Silvia Regina Pierotti • Silvia Tavares
de Oliveira • Thelma Regina da Silva Costa • Yara Aparecida
Bohlsen •
Rua Dona Germaine Burchard, 331
CEP 05002-061 - São Paulo
Fone/Fax: (011) 3873-3788
Site: www.fonosp.org.br
Delegacia Regional da Baixada Santista
Rua Mato Grosso, 380 – cj. 01
CEP 11055-010 - Santos
Fone: (13) 3221-4647 - Fax (13) 3224-4908
E-mail: [email protected]
Delegada: Isabel Gonçalves
O fim do ano se aproxima. É chegada a hora de comemorar, de celebrar
conquistas e esboçar metas a serem atingidas no novo ano que se avizinha.
E para nós, fonoaudiólogos, é um período ainda mais especial, em razão do
Dia do Fonoaudiólogo, comemorado em 9 de dezembro. Neste dia, além de
comemorarmos o 24o ano de regulamentação de nossa profissão, temos a
celebrar a recente decisão judicial, que restabelece ao fonoaudiólogo o direito
de solicitar exames e avaliações complementares. Em um momento de
relações interprofissionais tão delicadas, em razão da tramitação do Projeto
de Lei do Ato Médico, esta decisão vem consolidar nossa autonomia.
No dia 19 de outubro, uma vez mais os profissionais da saúde estiveram
Delegacia Regional de Marília
Rua Bahia, 165 - 4 o. andar, sala 43
CEP 17501-080 Marília
Fone/fax: (14) 3413-6417
E-mail: [email protected]
Delegada: Fabiana Martins
reunidos por todo o país, em repúdio ao Projeto de Lei 25/02. Acreditamos
Delegacia Regional de Ribeirão Preto
Rua Bernardino de Campos, 1001 - cj. 1303
CEP 14015-130 - Ribeirão Preto
Fone: (16) 632-2555 / Fax: (16) 3941-4220
E-mail. [email protected]
Delegada: Ana Camilla Bianchi Pizarro
te para perceber que, se aprovada, esta lei irá prejudicar muito mais do que
Departamentos:
Geral: [email protected]
Cadastro/perfil: [email protected]
Departamento Pessoal: [email protected]
Contabilidade: [email protected]
Eventos: [email protected]
Fiscalização: [email protected]
Jurídico: [email protected]
Registros/Tesouraria: [email protected]
Secretaria: [email protected]
Supervisão: [email protected]
Comissões:
Divulgação: [email protected]
Educação: [email protected]
Ética: [email protected]
Legislação e Normas: legislaçã[email protected]
Licitação: [email protected]
Ouvidoria: [email protected]
Saúde: [email protected]
Convênios Médicos: convê[email protected]
Tomada de Contas: [email protected]
que as pessoas que vão decidir sobre este assunto estão preparadas o suficien-
favorecer a população. A Fonoaudiologia está totalmente envolvida nesta
causa, e assim estaremos até o fim. E esperamos que todos estejamos juntos,
para que desta forma possamos beneficiar aqueles que dependem do atendimento dos profissionais da saúde.
Temos a comemorar, também, a assinatura de um Protocolo de Intenções entre o Conselho Regional de Fonoaudiologia da 2a. Região e a Assembléia Legislativa de São Paulo, que abre as portas para uma participação mais
efetiva na definição de ações de interesse público em nossa área.
REVISTA DA
Com uma sessão solene, na Assembléia Legislativa, no dia 8 de dezemN° 64 – NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
ISSN – 1679-3048
bro, o Conselho celebrará o Dia do Fonoaudiólogo. Durante o evento, será
Tiragem: 12.200 exemplares
Editor e jornalista responsável:
Elisiario Emanuel do Couto
MTb 8.226
Produção Editorial e Gráfica:
Insert Consultores em Comunicação Ltda.
Tel. (11) 5524-8762 / e-mail: [email protected]
Redação:
Rua Dona Germaine Burchard, 331
CEP 05002-061 - São Paulo, SP
Fone/Fax: (011) 3873-3788
E-mail: [email protected]
outorgado o prêmio “Destaque da Fonoaudiologia 2005” ao profissional que
mais se destacou pelas ações realizadas em prol da Fonoaudiologia. Contamos
com a presença de todos para prestigiar o
evento e a Fonoaudiologia.
A festa é de todos nós. A comemoração é
FOTO: RUBENS GAZETA
Comissão de Divulgação
Márcia Regina da Silva - Presidente
Diva Esteves
Roberta Alvarenga Reis
Cristina Lemos Barbosa Furia
Luciana Pereira dos Santos
Sandra Maria Rodrigues P. de Oliveira
de todos nós. Vamos comemorar juntos.
Impressão:
Prol Editora Gráfica
Para anunciar ligue: (11) 3873-3788
As opiniões emitidas em matérias assinadas, bem como na
publicidade veiculada nesta publicação são de inteira
responsabilidade de seus autores. Os textos desta edição
poderão ser reproduzidos, desde que mencionada a fonte.
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
Silvia Tavares de Oliveira
Presidente do CRFa 2a Região
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 3
Gagueira
não tem
graça.
Tem
tratamento.
essencial ter bem claro o que é
É
quebra da fluência.
fluência da fala, para entender
todos os distúrbios que nela
A maior incidência no sexo
Preocupante... Discussões à
masculino sugere a existência de uma
base orgânica determinante, acrescida
ocorrem. A gagueira é uma delas e é
entendida como um distúrbio que se
parte, o índice de incidência da gagueira,
em suas variadas formas, é preocupante:
da maior pressão social sobre o
homem, mas isso, como muitos outros
caracteriza por interrupções atípicas e
involuntárias no fluxo da fala, tais
alcança 4% da população mundial e sua
prevalência é de 1%, com proporção
dados a respeito da gagueira, ainda
não foi comprovado.
como: repetições, bloqueios, prolongamentos, tensões corporais e/ou
entre três a quatro vezes maior no sexo
masculino. Em números, são 60 milhões
A fga. Ignês Maia Ribeiro,
também com atuação voltada para
orofaciais.
Também conhecida como
de gagos no mundo e, no Brasil, pelo
menos 1 milhão e 600 mil, independen-
fluência da fala, lembra que todas as
questões da linguagem oral e escrita
Gagueira do Desenvolvimento, não é
o único quadro que a Fonoaudiologia
temente da cultura, do credo ou de
religião, com esmagadora predominân-
prevalecem mais no menino do que na
menina. Comprova na prática: “em
reconhece como distúrbios da fluência: existem também a taquilalia, a
cia da gagueira do desenvolvimento.
Estas informações foram confir-
nossa clínica, temos mais brinquedos
masculinos. É um dado empírico
taquifemia, a gagueira neurogênica e
a gagueira psicogênica (estas duas
madas pela fga. Eliana Maria Nigro
Rocha, responsável pelo Ambulatório de
somado a um dado científico”.
A fonoaudióloga lembra que
últimas, bastante raras). Alguns
profissionais consideram a gagueira
Fluência do HSPE – Hospital do Servidor
Público Estadual de São Paulo e inte-
nascem 1% de pessoas com surdez
congênita. “Estatisticamente, é a
neurogênica como um tipo de afasia.
Para a fonoaudióloga Eliana Maria
grante do Comitê Nacional de Fluência
da Fala da Sociedade Brasileira de
mesma porcentagem das pessoas que
gaguejam. No entanto, o que se faz
Nigro Rocha - especializada na área de
fluência - a afasia origina-se de um
Fonoaudiologia, que tabulou os dados
coletados na instituição e constatou que,
com criança que é apresenta deficiência auditiva? Temos uma série de
problema no sistema nervoso central e
a gagueira neurológica também é um
entre os pacientes que procuram o Setor
de Fonoaudiologia, 3% apresentam
programas de atuação precoce e de
acompanhamento. A razão? Talvez
problema no sistema nervoso central,
que apresenta como resultado uma
queixas relacionadas à alterações na
fluência.
porque seja visível, permanente,
perceptível e a sociedade foi sensibili-
4 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
zada para a questão. E o que se faz
vezes mais em pessoas com casos de
se realmente é uma gagueira ou uma
para a criança que está disfluindo,
severamente às vezes? Ainda ouvimos
disfluência na família”. A incidência
familiar é confirmada pela fga. Eliana,
disfluência passageira, porque possui
o conhecimento de como ocorre essa
frases do tipo ‘espera que isso passa,
pare, respire, pense antes de falar’...”.
que aponta estudos que mostram que
esta costuma ser verificada em até
aquisição. E isto deve ser feito o mais
rapidamente possível. Muitas vezes
50% dos casos.
“E também independe da
encontramos crianças nas quais a
aquisição da linguagem, a articulação e
cultura”, complementa a fga. Ignês.
“Se procurarmos nos vários extratos
a fala estão comprometidas e alguns
aspectos psicomotores (a parte
sociais e culturais, sempre encontraremos a gagueira. Até entre os índios do
corporal) se mostram desorganizados.
Este pode ser um campo fértil para
Xingu”.
Para a fga. Eliana, qualquer
desenvolver uma gagueira”.
... e intrigante Uma informação intrigante é que a pessoa que
gagueja, em geral menciona não
conhecer ninguém que gagueja,
excetuando os familiares, nos casos de
gagueira familiar. “Quando fazemos
um trabalho em grupo”, relata a fga.
Eliana, “notamos um alívio inicial e
depoimentos como ‘Gente, tem mais
gagueira necessita da intervenção e da
avaliação do fonoaudiólogo com
pessoas como eu, não sou único...’
Considerando que, segundo as
inferir que a pessoa que gagueja tende
a se ocultar e, como conseqüência, o
que obtém destaque são as visões
estereotipadas sobre gagueira veicula-
se interrompe de maneira imprevista
do que o contrário.
“Tivemos, nos últimos anos,
uma revolução na área da disfluência e
da gagueira. É imprescindível que o
das na mídia”.
“São pessoas muito sensíveis,
fonoaudiólogo busque este conhecimento, esta especialização, para tratar
capazes, mas por se sentirem tão
pressionadas e tão discriminadas,
seu paciente de maneira adequada.
Caso contrário, mostrará a sua
acabam se retraindo e o sofrimento é
intenso. Em geral o maior problema da
ineficiência e a da própria Fonoaudiologia”, preocupa-se a fga. Ignês Maia
gagueira não é da ruptura em si. A
culpa, a vergonha de ter uma fala
diferente da esperada é que marca...”
Para a fga. Ignês Maia Ribeiro, é
forte o mito que a gagueira é puramente uma questão emocional. “Com
o avanço dos estudos na área da
neurolingüística e da neurociência de
maneira geral, a gagueira hoje é
entendida com um distúrbio multicausal ou multifatorial, onde se observa
um conjunto de fatores que podem
provocá-la: não apenas o emocional,
mas também ligados a aspectos
motores da fala, afetivos, cognitivos e
lingüísticos. Os estudos também
apontam para evidências de transmissão genética. A gagueira ocorre três
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
Muitas vezes, mesmo quando a
gagueira surge de forma inesperada,
os problemas emocionais aparecem
mais em conseqüência dessa fala que
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estatísticas, um grande número de
pessoas apresenta gagueira, podemos
conhecimentos científicos e práticos
O fonoaudiólogo tem que estar
atento para todas essas questões.
Ribeiro. A preocupação é também da
fga. Eliana Maria Nigro Rocha. “Os
A fga Ignês Maia Ribeiro lamenta ainda ouvir frases
do tipo “pare, respire, pense antes de falar”...
sobre o tema. “O fonoaudiólogo tem
que ser procurado para fazer esse
diagnóstico diferencial e, quando for o
caso, efetuará o encaminhamento ao
neurologista ou outro profissional de
saúde.... Se uma pessoa tem um
conflito afetivo muito grande,
provavelmente necessitará ser
fonoaudiólogos estão ainda hesitantes
em abraçar a causa da gagueira.”
A fga. Sandra Merlo, presidente
da Associação Brasileira de Gagueira –
Abra Gagueira -, encontra algumas
explicações para a não inserção do
fonoaudiólogo nesta área. “Começa
pela formação na graduação, com
poucas informações, o que não
estimula o estudante a entrar na área.
São pouquíssimos os cursos que
encaminhada para a terapia com o
profissional de saúde adequado”.
possuem a disciplina de Distúrbios de
Fluência. O que existe, na maioria dos
Papel do fonoaudiólogo. “É o
fonoaudiólogo que poderá confirmar
cursos, são algumas aulas sobre
gagueira dentro de disciplinas que
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 5
falam de distúrbios de linguagem de
fonoaudiólogo é médico”.
forma geral. Isso explica, em parte,
porque o fonoaudiólogo ainda tem
“Tudo isso ocorre pelo desconhecimento da gagueira”, afirma Ignês.
único e este é o grande desafio do
fonoaudiólogo. A pessoa que gagueja
dificuldade em lidar com gagueira”.
”A população não conhece, a pessoa
que gagueja não conhece e os profis-
se sente responsável pela produção de
sua fala, o que é um engano. Ela tem
sionais não conhecem a gagueira nem
os tratamentos eficientes que já
algo que acontece de fato: a ruptura
involuntária. Ela deve saber que essas
dispomos. O desconhecimento é
rupturas podem ser suavizadas.
Muitas vezes, para tentar resolver a
uma pesquisa desenvolvida pela fga.
Brasília Chiari há alguns anos,
lembrada por Sandra, é que a visão
dos estudantes de Fonoaudiologia
frente à gagueira era (e provavelmente
continua sendo) muito similar a dos
leigos. “Até com preconceito em
relação a uma pessoa que gagueja, o
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
Visão ainda distorcida. Outro
ponto importante, constatado em
sua dificuldade de fala, ela acaba
complicando sua situação”.
Eliana relata a criação de
tensões, de mecanismos que tem o
intuito de evitar ou ocultar a gagueira. O trabalho do fonoaudiólogo é
também de modificar essa visão que o
que não se esperaria”. Para Sandra,
“esta visão estigmatizada da pessoa
paciente tem dele mesmo.
que gagueja como uma pessoa nervosa, irritada, tensa, desequilibrada
Apesar dessa confusão do
paciente, e do próprio fonoaudiólogo,
permanece muito forte mesmo entre
os fonoaudiólogos”.
o envolvimento deste profissional
com a gagueira está crescendo, de
A fga. Sandra relata uma outra
situação. “Quando a pessoa que
gagueja não sabe da existência do
fonoaudiólogo e que sua gagueira tem
“Cada ser que está a sua frente é
acordo com Eliana. “Há 20 anos
tínhamos um reduzidíssimo número
Fga. Sandra Merl
Merloo : a população, a pessoa que gagueja e
até o profissional ainda não conhecem a gagueira...
um tratamento fonoaudiológico
eficaz, é muito provável que procure
imenso, não se sabe lidar com o
um médico. E muitos ainda confundem as profissões, pensando que o
desconhecido, não se sabe lidar com o
diferente”.
de profissionais (apenas um profissional) da área falando sobre esse tema
em nossos congressos. Hoje temos
muitas pessoas e uma série de
trabalhos científicos publicados,
embora também seja verdade que são
poucos ainda, em relação a outras
áreas da Fonoaudiologia , mas
com atuações bem marcantes”.
“Bem marcantes, mas ainda no
núcleo acadêmico”, lamenta Ignês.
“Ainda não existe uma ampla divulgação. O próprio dia 22 de outubro, em
que se comemora o Dia Internacional de
Atenção a Gagueira, é um movimento
internacional imediatamente trazido
para o Brasil pela fga. Cláudia Regina
Furquim de Andrade, em 1998, mas
suas comemorações eram restritas ao
núcleo acadêmico, às pessoas em busca
de uma formação específica. Em 2005,
procuramos ampliar: esta é a primeira
ocasião em que este evento é estendido
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EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
fortalecer, como se comunicar em
habilitados a tratar de distúrbios de
objetivo de difundir os conhecimentos e
questionamentos” (veja notícia deste
diversas situações...”.
A fonoaudióloga lembra também
fluência no Brasil inteiro. “Fazemos essa
busca gratuitamente, mas nem sempre
evento na página seguinte).
Ignês pontua que a gagueira é
que existem duas vertentes dentro da
própria avaliação: uma mais claramen-
encontramos profissionais que demonstrem conhecimento e segurança com
um sério distúrbio de comunicação
que afeta grande número de pessoas e
te delimitada no tempo, com objetivos específicos de avaliação e outra
relação ao seu trabalho. Após dois anos
de buscas, percebemos que os melhores
que, quanto antes se iniciar o atendimento, melhor. “Dados norte-america-
que efetua uma forma de avaliação
contínua no decorrer de toda a
profissionais tendem a ser aqueles que
estão em constante aprimoramento, ou
nos comprovam que, se você atender a
criança até um ano após o apareci-
terapia, modificando seus objetivos e
sua abordagem em função do que vai
seja, fazendo especialização, mestrado
ou doutorado, publicando trabalhos em
mento do sintoma, de maneira
positiva, com fundamentação científi-
acontecendo.
Para a fga. Sandra Merlo, os
revistas científicas ou apresentando
trabalhos em congressos”. Um novo
ca, as condições para assumir posturas
de comunicação muito mais saudáveis
fonoaudiólogos em geral não têm claro
essas diversas linhas teóricas e esta
projeto está em andamento, para
disponibilizar essa lista de profissionais
e efetivas são excepcionais, por causa
da plasticidade neuronal”. Os adoles-
confusão acaba sendo ainda maior para
as pessoas que gaguejam. “Existem
no site, tornando-a pública. Atualmente,
35 profissionais constam da lista de
centes merecem um atendimento
especial, porque estão em um momen-
tratamentos eficazes, de diferentes
encaminhamento da Abra Gagueira,
além das clínicas de universidades e
to muito complexo, em uma fase de
grandes alterações hormonais,
emocionais, sociais... “Imagine um
adolescente que gagueja. É um
agravante muito sério.”
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
à população de maneira geral, com o
faculdades. “É muito pouco”, diz Sandra.
“Os profissionais enviam mensagens geralmente solicitando indicação
de referências bibliográficas (neste caso,
os direcionamos para sites com bancos
de dados, como a Bireme e o PubMed,
que indicam pesquisas, em geral, em
Vertentes de tratamento.
Existem duas vertentes básicas de
inglês) ou relatam casos que não
apresentam melhora e solicitam ‘dicas’
atuação, de acordo com Ignês. “Uma
linha onde se desenvolve um progra-
do que fazer para recuperar esses
pacientes. A rigor, estas não são funções
ma de promoção de fluência previamente elaborado e outra, mais
da Abra Gagueira, mas, por outro lado,
se deixamos de atendê-los, bloqueamos
individualizada, que em minha
experiência clínica tem provado ser
mais efetiva, com mudanças mais
profundas e duradouras”.
Eliana lembra que esse atendimento individualizado não ocorre em
uma seqüência pré-definida . “Temos
várias ferramentas que serão utilizadas de acordo com o que acreditamos
será bom para aquele indivíduo. Entre
elas, trabalhos psicomotores (no
sentido de refinamento da percepção e
da movimentação de corpo), de
facilitação da fala, de percepção das
sensações que emergem durante a
fala, de como lidar com isso, como se
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um canal. Nas respostas, apontamos
que é imprescindível ter certeza do
Fga. Eliana Maria Nigro RRoo cha
ha: os fonoaudiólogos
ainda hesitam em abraçar a causa da gagueira...
diagnóstico (verificando itens como:
tipo de gagueira apresentado e existên-
linhas, que na maioria das vezes são
cia de outro distúrbio de fluência). Em
segundo lugar, esclarecemos que
desconhecidos também das próprias
pessoas que gaguejam. Ao não constatar
existem diversas abordagens teóricas
(psicologia social, promoção de fluência,
resultados positivos com um tratamento de uma determinada linha, acham
análise do discurso, psicanálise, etc),
com procedimentos de tratamento dife-
que tudo se esgotou”.
rentes, que derivam da forma como cada
abordagem compreende a gagueira”.
Papel da Abra Gagueira. Para
ajudar a reverter este quadro, a Abra
Gagueira indica fonoaudiólogos
O site da Abra Gagueira pode ser
acessado em www.abragagueira.org.br .
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 7
Com o tema “Gagueira não tem
vicz e Silvia Friedman - com as
graça. Tem tratamento”, o CEFAC, a
Abra Gagueira e o HSPE promoveram,
diferentes abordagens fonoaudiológicas no tratamento da gagueira.
de 16 a 22 de outubro, uma série de
eventos de esclarecimento à população
Durante a semana, 84 perguntas
foram encaminhadas, com respostas
em 16 estados brasileiros, envolvendo
35 cidades, entre eles oito municípios
imediatas O site registrou média de
200 acessos diários durante os dias
paulistas. A fga. Daniela Verônica
Zackiewicz, vice-presidente da Abra
da campanha. Estes 12 textos
permanecem no ar, em
Gagueira, destaca as ações desenvolvidas em praças públicas, shopping
centers, locais de grande circulação,
faculdades, hospitais, clínicas-escola,
postos de saúde, creches e escolas.
“Foram distribuídos banners, cartazes e
Dia Internacional de
Atenção à Gagueira:
eventos em 35
cidades brasileiras
www.abragagueira.org.br.
O segundo fórum, presencial,
foi realizado na sede do CEFAC, em
São Paulo (SP), no dia 22, em ação
conjunta com a Abra Gagueira e o
HSPE e também teve como objetivo
folhetos, montadas tendas informativas com plantão de
orientação, realizadas palestras, jornadas científicas e mesas
atingir esses dois públicos. Para uma platéia de 70 pessoas,
foram apresentadas as diversas linhas de tratamento e
redondas com fonoaudiólogos e outros profissionais,
apresentados depoimentos e oficinas com pacientes com
depoimentos das pessoas que gaguejam sobre seus
tratamentos.
gagueira, triagens em clínicas-escola e lançamentos de livros
sobre o tema”. Uma conquista excepcional foi a obtenção da
Para a fga. Daniela, que integrou a Comissão
Organizadora Nacional da Campanha ao lado das fgas.
produção e veiculação gratuita de um comercial de 30
segundos na TV Globo, em rede nacional, de 20 a 22 de
Sandra Merlo, Eliana Maria Nigro Rocha e Ignes Maia
Ribeiro, “os números, embora significativos, não conse-
outubro.
Dois fóruns foram destaques da programação.
guem expressar a dimensão que a campanha teve,
principalmente para as pessoas que gaguejam. Nos
O primeiro, online, disponibilizou 12 textos informativos na Internet, preparados por fonoaudiólogas de diferen-
inúmeros depoimentos e agradecimentos que tivemos a
oportunidade de receber, alguns me chamaram a atenção:
tes linhas de atuação - Ana Maria Schiefer , Anelise Junqueira Bohnen, Beatriz Ferriolli, Claudia Regina Furquim de
pessoas com gagueira dando palestras em universidades,
solicitando espaço em sala de aula para falar sobre
Andrade, Cristiane Moço Canhetti de Oliveira, Eliana Maria
Nigro Rocha, Fabíola Juste, Fernanda Chiarion Sassi,
gagueira para os colegas de classe, dando entrevistas ao
vivo, entregando folhetos, divulgando a campanha no
Fernanda Papaterra Limongi, Ísis Meira, Maria Cláudia
Cunha, Mônica Medeiros de Britto Pereira, Regina Jakubo-
MSN, assumindo a condição de pessoa com gagueira e um
papel importantíssimo de modificador da sociedade”.
8 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
DIREITO CONFIRMADO NA JUSTIÇA
Fonoaudiólogos podem solicitar exames
e avaliações complementares
O fonoaudiólogo pode solicitar
exames e avaliações complementares a
259) ou implantar (por si só, sem o
auxílio de outro profissional de saúde)
em ação ordinária, as três resoluções
emitidas estritamente dentro das
outros profissionais da área da saúde,
que o auxiliem no bom desempenho de
programas de triagem auditiva
neonatal (Resolução 260).
prerrogativas estabelecidas pela
legislação que regulamenta a atividade
seu trabalho e no diagnóstico e na
evolução do tratamento fonoaudiólogo
Uma decisão judicial da 20a Vara
Federal do Distrito Federal, proferida
profissional.
Quem lê a decisão, escrita em
de seu paciente.
Este procedimento, indispensá-
em 30 de setembro, confirma de vez
essa conquista e dá o respaldo jurídico
bom “juridiquês”, talvez não se dê
conta imediatamente do alcance desta
vel ao bom exercício da profissão, já
estava definido desde março de 2000,
para que seja contestada qualquer
negativa de solicitação de exame ou
decisão judicial. Ela respalda e garante,
em um momento delicado das relações
através da Resolução 246, emitida pelo
Conselho Federal de Fonoaudiologia,
avaliação ou em relação a atuação do
fonoaudiólogo em empresas de
inter-profissionais, motivado pelo
projeto de lei que institui o chamado
mas era com frequência questionada,
particularmente por convênios e
aparelhos ou na realização de triagem
auditiva neonatal.
“ato médico”, a autonomia do profissional fonoaudiólogo na utilização dos
planos de seguro-saúde.
Além disto, também não existe
A vitória dos fonoaudiólogos
ocorreu em ação ordinária apresentada
recursos indispensáveis para a
avaliação, diagnóstico e tratamento de
nenhuma objeção sobre o fato do
fonoaudiólogo trabalhar em empresas
pela Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia contra o Conselho Federal
seus pacientes.
Este é o texto da sentença, em
de aparelhos auditivos (Resolução
de Fonoaudiologia, que tentava anular,
sua parte final:
Desse modo, é legal resolução que estabelece
Releva notar, por fim, que na hipótese dos autos
procedimentos para a prática profissional, desde que se
lhe subentenda, por interpretação conforme a lei, que as
cuida-se de processo que tem por objetivo as resoluções
abstratamente consideradas, de sorte que em havendo
atribuições ali previstas devem estar efetivamente
relacionadas e circunscritas à área de Fonoaudiologia.
possibilidade interpretação conforme, não me parece
possível declarar-se a nulidade de tais resoluções. Com
Tenho, assim, que a solicitação de exames complementares, bem como a emissão de diagnóstico, a indica-
efeito, não nos autos qualquer indicação no sentido de
que a interpretação dada pelo Réu às resoluções guerrea-
ção de procedimentos ou estabelecimento de tratamento
de disfunções são atribuições que não interferem
das refoge aos limites legais, de sorte que não resta
alternativa senão julgar improcedente o pedido.
naquelas atribuições específicas dos médicos otorrinolaringologistas, desde que sejam entendidas tão-somente
Por isso, IMPROCEDENTE o pedido.
como formas de viabilizar o desenvolvimento de trabalhos de prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas
Brasília-DF, 30 de setembro de 2005
Marcio Luiz Coelho de Freitas
na área da comunicação oral e escrita, voz e audição, bem
como em aperfeiçoamento dos padrões da fala e da voz.
Juiz Federal Substituto
Da 20ª Vara Federal/DF
Para obter o te
xto integral das Resoluções 24
6, 259 e 26
0,
texto
246,
260,
e também a decisão judicial da 20a V
ara F
ederal de Brasília, acesse o site do C
R Fa. 2 a Região,
Vara
Federal
CR
em www
.fonosp.org.br
www.fonosp.org.br
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 9
19 de outubro:
mobilização nacional
contra o PL do Ato Médico
Destacar a atuação de fonoaudiólogos que desenvolve-
No Dia da Mobilização Nacional - 19 de outubro a Comissão Nacional contra o Projeto de Lei do Ato
Médico, formada por 58 membros de entidades representativas de todas as categorias profissionais de saúde
(Conselhos Federais, Conselhos Regionais, Sindicatos e
Associações), reuniu-se em Brasília (DF) com a Senadora Lúcia Vânia, relatora do projeto na Comissão de
Assuntos Sociais e entregou documento com suas
contribuições para a minuta que havia sido redigida em
parceria com o Conselho Federal de Medicina.
A coordenação do movimento cobrou a realização
de audiências públicas para que a sociedade possa
conhecer e debater o texto que será votado na CAS. A
senadora garantiu que a próxima reunião será entre as
entidades representativas da Medicina e a coordenação
do Movimento Nacional Contra o Ato Médico. A partir
ram ações marcantes na divulgação da profissão; criaram,
estimularam ou participaram de ações sociais em benefício da
população; estiveram envolvidos em atuações políticas no
reconhecimento da Fonoaudiologia , participaram de atividade
pioneiras relevantes ou têm papel importante na história da
Fonoaudiologia.
Este é o objetivo do prêmio Destaque da Fonoaudiologia,
criado pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia 2ª Região
para, através do voto dos próprios fonoaudiólogos reconhecer
este desempenho e, ao mesmo tempo, homenagear todos os
profissionais do Estado de São Paulo na comemoração do Dia
do Fonoaudiólogo, em 8 de dezembro próximo, no auditório
da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (a comemoração foi antecipada em razão desse tradicional local das
comemorações estar reservado para evento interno no dia 9).
Dia do Fonoaudiólogo em São Paulo
desse encontro é que a senadora pretende marcar as
audiências públicas.
A fga. Maria Thereza Rezende, presidente do
Conselho Federal de Fonoaudiologia e atual coordenadora do Movimento Nacional Contra o Ato Médico, fez
questão de ressaltar na entrega do documento que o
movimento é contrário à subserviência e à reserva de
mercado, mas a favor da integridade e do respeito entre
profissionais da saúde e do atendimento ao usuário, por
meio de equipes multiprofissionais e interdisciplinares.
Em todo o Brasil, foram realizadas manifestações
e atos de conscientização da sociedade no dia 19 de
outubro. No Estado de São Paulo, os Conselhos de
Fonoaudiologia, Nutricionistas, Odontologia e Psicologia divulgaram mensagens em painéis eletrônicos da
capital paulista com mensagens contrárias a esse
projeto e coletaram assinaturas em abaixo-assinados
nas universidades paulistas. Faixas também foram
afixadas pelo CRFa 2a. Região em suas sedes.
10 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
Em Santos, Semana
da Fonoaudiologia
Em Santos, o Fórum de Fonoaudiologia da Secretaria
Municipal de Saúde programou uma “Semana da Fonoaudiologia”, para comemorar o Dia do Fonoaudiólogo. No dia 5 de
dezembro fará palestras aos pais das crianças inseridas nas
creches e EMEIs do município; no dia 6, atividades específicas
em unidades de Saúde; no dia 7, triagem auditiva no Centro de
Referência em Triagem Auditiva e no dia 8, evento em praça
pública, com apresentação de coral formado por crianças em
atendimento nos CVCs. A comemoração será encerrada em 9
de dezembro com evento no Paço Municipal, quando serão
apresentados os resultados dos programas desenvolvidos pelas
fonoaudiólogas da Secretaria Municipal de Saúde e as propostas de atuação para o próximo ano. A programação conta com
o apoio do CRFa, através de sua Delegacia em Santos
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
DESTAQUE DA FONOAUDIOLOGIA 2005
Dez fonoaudiólogas indicadas
Estão concorrendo ao prêmio dez fonoaudiólogas, cujos
critérios de seleção levaram em conta os seguintes aspectos:
esforços que desenvolveram, e ainda desenvolvem, na
divulgação da profissão dentro e fora do país;
■
■
atuação política;
■
empreendedorismo nas ações;
■
responsabilidade social.
Célia Maria Giachetti,
■
Fernanda Papaterra Limongi,
■
Heliana Campanatti,
■
Ieda Russo,
■
Irene Marchesan,
Leslie Piccolotto,
■
Márcia Tiveron de Souza,
■
Maria Martha Souza Lima Brant da S. Carvalho,
■
Maria Teresa Pereira Cavalheiro e
■
Teresa Momensohn.
Para votar, o fonoaudiólogo deverá acessar o site do CRFa
2ª. Região e escolher um dos nomes relacionados. Serão
Os nomes que participam da votação são estes, apresentados em ordem alfabética:
■
■
homenageados os três mais votados. Os perfis profissionais
destas dez fonoaudiólogas estão disponíveis no site.
A premiação não tem o objetivo de homenagear destaques na área científica ou acadêmica, pois esta premiação já é
realizada pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, por
ocasião de seu congresso anual. Somente votam os profissionais inscritos no CRFa 2ª. Região. Contamos com sua participação. Acesse http://www.fonosp.org.br e dê o seu voto.
Na capital paulista, o Dia do Fonoaudiólogo será comemorado antecipadamente,
em 8 de dezembro, às 19:30 horas, no auditório da Assembléia Legislativa.
Em Ribeirão, palestra
sobre Marketing
Em comemoração ao Dia do Fonoaudiólogo, a Delega-
Em Marília, ação conjunta
A Delegacia de Marília está estruturando com a
Secretaria de Saúde uma semana de divulgação e orientação
cia de Ribeirão Preto está organizando palestra sobre
Marketing em Fonoaudiologia e Empreendedorismo,
sobre a Fonoaudiologia nas unidades de saúde que não
contam com fonoaudiólogos e, também, um dia de
seguido de coquetel.
Entre em contato com a Delegacia de Ribeirão Preto
mobilização,para divulgação de orientações e informações à
população. No dia 9 de dezembro será realizado happy hour.
para obter detalhes sobre horários e locais da programação
a ser desenvolvida.
Contate a Delegacia de Marília para obter a programação detalhada.
I Fórum sobre Políticas de Saúde Auditiva
Data: 03 de dezembro
Acompanhe a programação no site do CRFa e inscreva-se até dia 30 de novembro
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 11
ONG Grupo Vida Barueri
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
SEXTA
REPORTAGEM
DE UMA
SÉRIE
P
romover uma melhor qualidade
de vida aos idosos com relação à
linguagem, motricidade oral,
cognição, fala e voz. Foi com este
objetivo, que um grupo de fonoaudiólogas de Barueri (na região oeste da
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
Fonoaudiólogos promovem q
Grande São Paulo) decidiu criar em
2003 o grupo Fonoaudiologia e
Terceira Idade, para atuar junto à
população idosa do município.
Os primeiros passos para a
consolidação dessa intervenção
fonoaudiológica haviam sido iniciados
cinco anos antes, em 1998, através da
fga. Maria Isabel Vicari, que constatou
a oferta desse atendimento por parte
de psicólogos, médicos, professores e
outros profissionais de saúde, mas não
de fonoaudiólogos. Decidiu então
começar a atender idosos no seu
consultório, encaminhados inicialmente pela prefeitura do município
(provenientes de seu Centro de
Convivência) e, depois, por uma ONG
– o Grupo Vida Barueri – que estava
assumindo a responsabilidade por
essas ações em Barueri. Esta ONG
12 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
havia sido fundada em setembro de
sob a orientação da fga. Maria Isabel
avaliados e indicados para trata-
1997, voltada exclusivamente ao atendimento acima de 60 anos de Barueri.
Vicari que, por opção, preferiu
continuar o trabalho voluntário.
mento.
Em agosto, as terapias fonoau-
Este atendimento persistiu por
quase dois anos, interrompido pelo
Paula e Flávia focam sua atuação nos
problemas de linguagem, enquanto
diológicas individuais dos oito
idosos tiveram início. Dois deles
mestrado da fonoaudióloga. Ao final
do mestrado, em 2003, retornou o
Caroline atende a parte de voz e
disfagia.
eram atendidos nos próprios consultórios de duas das fonoaudiólogas
atendimento, mas com uma proposta
de trabalho não mais voltada aos
“É importante que outros
colegas percebam que é possível
(a ONG providenciava o transporte
semanal desses pacientes) e os
idosos do Centro de Convivência, mas
também aos residentes do antigo asilo
começar com um trabalho social
voluntário para posicionar a Fonoau-
outros seis, na própria Residência,
em razão das dificuldades de loco-
de Barueri, cuja responsabilidade
havia sido transferida da prefeitura
diologia e, a partir daí, abrir um
novo campo de trabalho”, argumenta
moção que apresentavam.
A Residência abriga hoje 35
para o Grupo Vida Barueri.
A demanda era grande e era
Maria Isabel Vicari.
“Foi um ganho e tanto”,
idosos, dos quais 10 extremamente
dependentes, muitos deles em início
qualidade de vida em idosos
imprescindível ampliar o projeto. A
fga. Isabel obteve o apoio de outras
complementa a fonoaudióloga Paula
Ligeri Sacomano. “No consultório,
de processo demencial. “Notávamos
que, apesar de morar no mesmo
quatro fonoaudiólogas de Barueri Caroline Sarkovas, Karin Genaro (não
não tínhamos tanto contato com
idosos. No início foi um choque. Eu
local, eles não conversavam uns com
os outros, não interagiam”, relata a
mais na equipe), Flávia Miriam
Carneiro Rodrigues e Paula Ligeri
cheguei a pensar em não continuar.
Persisti e ganhei muito em experiên-
fonoaudióloga Paula Ligeri Sacomano. “A partir daí, surgiu um novo
Sacomano - todas para uma atuação
voluntária. “Havíamos sido informa-
cia profissional e pessoal”.
O planejamento e estruturação
projeto, que denominamos Atender é
Preciso, para resgatar a comunicação
das que naquele momento não seria
possível contratações, por falta de
do projeto de atuação se deu através
da pesquisa de literatura relativa à
que se perdia”.
No Centro de Convivência,
recursos financeiros. Sabíamos que já
havia uma equipe multidisciplinar
terceira idade e específicos em relação
à área da Fonoaudiologia. Em paralelo,
duas fonoaudiólogas realizam
atendimento através de grupos de
contratada na instituição, exceto na
área da Fonoaudiologia. Decidimos
foi desenvolvida uma revisão dos
protocolos de anamnese e avaliação.
estimulação de linguagem. “O
objetivo desta fonoterapia em grupo
que atuaríamos todas, em um ano de
trabalho voluntário, em um período
As profissionais foram encarregadas
de preparar e apresentar um seminá-
é estimular a linguagem oral, a
comunicação e a integração dos
finito... Entendíamos que a Fonoaudiologia precisava ter seu espaço na
rio com temas específicos da área, o
que ocorreu de maio a junho de 2003.
componentes. Este grupo tem se
encontrado semanalmente, logo
Residência de fato, mesmo que não
fosse com a gente”.
Em julho desse mesmo ano a
equipe foi pela primeira vez à
após os atendimentos individuais e
conta com a participação voluntária
Em novembro de 2004, as três
fonoaudiólogas foram contratadas e,
Residência para realizar a triagem
dos pacientes, fazer a anamnese e a
de idosos. Em média, a freqüência é
de dez participantes”, relata Flávia
desde então, integram a equipe
multidisciplinar do Grupo Vida, com
avaliação dos idosos que haviam sido
indicados pela geriatra da instituição
MiriamCarneiro Rodrigues.
Um outro projeto – Prevenção e
a mesma carga honorária de psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas
e que necessitavam de uma avaliação
fonoaudiológica imediata. Outros
Saúde – é também desenvolvido no
Centro de Convivência. A fonoaudiólo-
ocupacionais da instituição. Atuam
cinco pacientes foram também
ga Flávia relata que está sendo
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 13
humana, aparecem perguntas
temos muito contato com a família
participam de um grupo de teatro,
para trabalhar a voz. Nesse mesmo
incríveis...”, comenta a fga. Caroline.
dos residentes (aliás, muitos nem
têm mais família) e, para sanar esta
Centro de Convivência, são realizados
encontros com idosos e seus familia-
Avaliaçãoo contínua. A
equipe se reúne quinzenalmente,
barreira foram criadas reuniões,
coordenadas pela psicóloga, com os
res, para esclarecer e informar sobre
os diferentes aspectos trabalhados
desde agosto de 2003, para discutir e
avaliar os casos atendidos, onde se
familiares dos residentes, para
responder aos questionamentos
pela equipe. O atendimento nessa
unidade chega a 300 idosos diaria-
apontam pontos facilitadores e
negativos para o trabalho. “São
sobre a rotina da residência, como as
relacionadas com a alimentação”.
mente, em atividades que vão de aulas
de dança a corais.
analisados casos específicos de
idosos, para se aquilatar se ocorre a
Caroline, especializada em voz,
explica a esses parentes o motivo da
Na Residência, semestralmente, as fonoaudiólogas realizam
melhoria do quadro geral desse
paciente ou se é apenas parcial”,
prescrição de alimentação, complementando o trabalho da nutricionis-
palestras de orientação e informação
com o objetivo de esclarecer e dar
sintetiza fga. Maria Isabel Vicari.
“Há uma interação muito grande
ta.
condições de atendimento aos
auxiliares de Residência. O grupo
com a equipe. Não são discutidas
apenas as questões relacionadas com
também ministra palestras para os
familiares dos idosos e para os
a saúde, mas do seu envolvimento
familiar de egresso”. A proposta de
agentes de saúde da prefeitura.
“Os temas são indicados por
trabalho do Grupo Fonoaudiologia e
Terceira Idade não visa apenas
eles, algumas vezes sobre linguagem,
em outras ocasiões deglutição ou
oferecer serviços para a comunidade,
mas também promover estudos
voz... Com essas palestras também
atingimos o idoso que está acamado,
sobre a terceira idade, para embasar
o trabalho com os idosos.
que não pode chegar ao Grupo Vida e
precisa de uma orientação mais
Caroline lembra que na coordenação da Residência existem anota-
direta. Quando começamos a falar
sobre problemas de voz, ou de
ções consolidadas, efetuadas por
todos os profissionais, que ali
disfagia ou qualquer outro tema da
área dos distúrbios da comunicação
atuam, para que todos estejam a par
da situação de cada paciente. “Não
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
iniciado um grupo de idosos que
“Do ponto de vista dos distúrbios da comunicação, as necessidades dos idosos são absolutamente
iguais às dos demais pacientes,
embora com condições bem diferenciadas, em função das diferenças
sócio-econômicas e culturais”,
pontua a fga. Maria Isabel Vicari.
“No GrupoVida, ao trabalharmos a
estimulação da cognição e a linguagem, encontramos barreiras enormes porque, em geral, são analfabetos. Estamos sempre procurando
sanar essas dificuldades. Quando
não é possível o atendimento direto
– por exemplo, os relacionados a
audiometria – recorremos a colegas
ou a serviços, como o laboratório da
Escola Paulista de Medicina e ao
Cefaquinho”.
“O que fazemos aqui é fonoterapia. Não trabalhamos com o
emocional do idoso, mas não vamos
ignorar esse emocional, procuramos
saber suas necessidades e encaminhar para o profissional competente
ou solicitar a orientação para atuar
em determinadas situações. Temos
que lembrar que, antes de ter um
distúrbio da comunicação, ele é um
idoso. Esse é o nosso perfil no
atendimento”.
14 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
CONSULTAS PÚBLICAS
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ONCOLÓGICA E
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO AO PACIENTE CRÍTICO
CRFa solicita inclusão do fonoaudiólogo
Considerando a importância
epidemiológica do câncer no Brasil e sua
positivamente para a sobrevida e
qualidade de vida do paciente oncológi-
Diante desta afirmação, o CRFa. 2a
Região/SP se manifestou e enviou ao
magnitude social, bem como a necessidade de aprimorar e implementar a
co, o CRFa 2a Região encaminhou ofício
ao Ministério da Saúde, informando
Ministério da Saúde dados sobre a
atuação do fonoaudiólogo nas equipes
“Política Nacional de Atenção Oncológica”, o Ministério da Saúde publicou
sobre a atuação do fonoaudiólogo na
área de Oncologia e requerendo a
interdisciplinares das Unidades de
Terapia Intensiva e Semi-intensiva,
portaria com a minuta da referida
política, com a finalidade de submetê-la
inserção deste profissional na equipe de
apoio multidisciplinar.
requerendo a inserção deste profissional
nas equipes.
à consulta pública. Tal iniciativa do
Ministério possibilitou, a toda pessoa ou
Com relação à “Política Nacional
de Atenção ao Paciente Crítico”,
entidade, o envio de sugestões sobre o
documento.
também submetida à consulta pública,
constatou-se que o fonoaudiólogo não
A atuação do fonoaudiólogo em
Oncologia tem avançado ao longo dos
foi incluído nas equipes das diversas
unidades de cuidado, citadas na minuta
últimos anos, estando este profissional
inserido em inúmeras equipes multidis-
do documento. Porém, de acordo com a
publicação “as estruturas/equipamentos
ciplinares, de hospitais de referência no
tratamento do câncer. Porém, o fonoaudiólogo não foi incluído na equipe de
de atendimento ao paciente crítico/
potencialmente crítico deverão estruturar sua equipe de atenção à saúde dentro
apoio multidisciplinar das unidades de
assistência de alta complexidade em
dos princípios da interdisciplinaridade e
da humanização, com enfoque nas
Oncologia e dos serviços isolados de
Radioterapia e/ou Quimioterapia,
necessidades do usuário, na integralidade assistencial e no respeito à participa-
citados na portaria.
Com o objetivo de garantir um
ção efetiva dos diferentes profissionais
envolvidos na atenção ao paciente
atendimento integral, contribuir
crítico/potencialmente crítico.”
Laramara lança máquina de escrever
em braile 100% nacional
Foi apresentada em 30 de agosto, em São Paulo (SP), a primeira máquina de
escrever em braile 100% nacional. O projeto foi desenvolvido pela Laramara –
Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual , de São Paulo (SP), em
parceria com o sistema Fiesp-Senai. O objetivo é nacionalizar a produção integral da
máquina ainda este ano. Ela é constituída por 756 peças, das quais 354 são totalmente diferentes.
A Laramara disponibilizou uma área de 500 m2 em suas dependências no
bairro de Campos Elíseos para instalar a fábrica, que será a primeira da América
Latina. A máquina, que permite a alfabetização e a preparação para o mercado de
trabalho de deficientes visuais, deverá custar cerca de um terço do modelo importado, segundo seus criadores.
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 15
Sorocaba vence Campanha
da Voz de 2005
Eventos da ONG
Vez da Voz têm
apoio do CRFa
O último evento de
inclusão social da ONG Vez da
Voz em 2005 será realizado no
dia 10 de dezembro próximo no
Boa Vista Shopping, no bairro de
Santo Amaro, em São Paulo (SP).
A comemoração do prêmio obtido pelos profissionais de Sorocaba foi realizada em 21 de outubro, na sede da
Sociedade Médica de Sorocaba. Na foto, a equipe de fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas vencedora
O trabalho de uma equipe de
fonoaudiólogos, profissionais liberais,
intervenção específica em prol da saúde
da população. “Todas as especialistas em
em ação conjunta com médicos otorrinolaringologistas, desenvolvida no
voz contribuíram para o planejamento e
a realização da campanha e houve o
município de Sorocaba (SP) recebeu o
prêmio de Melhor Campanha da Voz
engajamento de fonoaudiólogas de
outras áreas que colaboraram intensa-
2005, concedido pela Sociedade
Brasileira de Fonoaudiologia, no dia 30
mente nas diversas atividades”.
A programação colocada em
de setembro de 2005, em Santos (SP),
durante o XIII Congresso Brasileiro de
prática em 2005 incluiu seis palestras,
voltadas a profissionais da voz (atores,
Fonoaudiologia.
De acordo com a fga. Isabel
cantores, médicos, professores, estudantes de pedagogia e história, enfermagem
Cristina de Arruda, coordenadora do
evento (juntamente com o otorrinola-
e massoterapia, educação física e letras),
atingindo um total de 434 pessoas.
ringologista Rubem Cruz Swensson)
esta foi uma experiência muito gratifi-
Foram ainda realizadas oficinas e
vivências em 17 escolas, envolvendo
cante, pois a iniciativa partiu dos
profissionais liberais, sem o respaldo de
mais de 1.700 alunos.
A população recebeu esclarecimen-
nenhuma instituição. “O trabalho
conjunto com os otorrinolaringologistas
to por meio de cartazes didáticos, vídeo
e distribuição de folders em locais
foi um testemunho de ética e respeito
mútuos, que nos trouxe grande cresci-
públicos como hospitais e SESC e de
apresentações de corais em shopping
mento pessoal e profissional”, relata a
fonoaudióloga, onde cada profissional
center. O número total de pessoas
envolvidas superou a 5.300 pessoas,
deu sua contribuição e possibilitou uma
com ampla divulgação na mídia.
16 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
Nessa ocasião será lançado,
agora na capital paulista, o livro
“Criança Genial”, o primeiro da
série “Fazendo a Diferença”, da
Editoras Paulinas, de autoria da
fga. Cláudia Cotes.
Este evento conta com o
apoio do Conselho Regional de
Fonoaudiologia da 2ª. Região. No
dia 10 de dezembro serão
realizadas oficinas de comunicação, com brincadeiras, braile,
libras, sons, desenhos e letras e
apresentações de canto e dança,
com pessoas com deficiências
(mental, auditiva, visual e física).
A subprefeitura de Santo Amaro
e outras dez instituições estão
envolvidas no projeto.
Perdas e Roubos
Fga. Aureni Martins Benatti
(CRFa. 4620) comunica a perda de
carteira e carimbo.
Fga. Erica Veneroni Pinto
(CRFa. 11045) comunica perda de
carteira
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
O personagem Otacílio, criado
pelas fonoaudiólogas Ana Maria
Torres e Raquel Munhoz, esteve
presente no evento “Em conjunto no
FOTO: RONALDO ROCHA
Otacílio na
avenida Paulista
pelo IEAA, que participou desse
evento mostrando a evolução das
próteses auditivas. A Unitron
Campinas viabilizou a presença do
Conjunto”, realizado das 12 às 14
horas do dia 25 de outubro no
personagem e a distribuição de
livros para colorir.
Conjunto Nacional, na Avenida
Paulista, na cidade de São Paulo.
Muitas das pessoas que passaram pelo local reservaram quatro
Outubro é o mês da comunicação e uma série de eventos culturais
minutos de seu corrido horário de
almoço, para vivenciarem na cabine
foram programados durante a
semana de 24 a 31 em espaços da
“Ser Surdo” imagens com e sem sons
de momentos importantes da vida.
avenida Paulista como Masp, Casa
das Rosas, Itaú Cultural e Parque
selecionado para ser a Estação dos
O público recebeu folders e orientações sobre os cuidados com a
Especiais e lá estiveram entidades
que trabalham com deficientes como
audição, ruído e surdez, zumbido,
sinais da surdez, o desenvolvimento
Laramara, Derdic, Apae, AACD e
Novo Olhar, entre outras.
auditivo do bebê e a importância da
detecção e intervenção precoce da
Trianon. O Conjunto Nacional foi
O convite ao Otacílio foi feito
deficiência auditiva.
FOTO: CRFa 2a. REGIÃO
Presença no
Congresso Brasileiro
O CRFa 2a. Região, em
conjunto com os demais Conselhos Regionais e o Conselho
Federal de Fonoaudiologia,
participou do XIII Congresso
Brasileiro de Fonoaudiologia
patrocinado pela SBFa, realizado
em Santos (SP) de 27 a 30 de
setembro, com estande (foto
acima) e com palestra sobre
classificação de procedimentos
fonoaudiológicos.
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 17
FOTOS: ELISIARIO COUTO/INSERT
AYRTON SENNA RACING DAY
CRFa 2a. Região participa
com três equipes
O CRFa. 2a Região participou
Esta segunda maratona teve um
de oportunidades. A largada simbólica
com 24 profissionais, divididos em
três equipes, que se revezaram na
diferencial importante: com a decisão de
co-patrocinar o evento, a empresa Widex
dos 42 alunos do IESP chamou a atenção
para a questão auditiva, como forma de
segunda edição da maratona Ayrton
Senna Racing Day, realizada no
levou 328 participantes para o autódromo de Interlagos, 250 deles portadores
incentivar os demais participantes a
superarem suas marcas e, ainda, mostrar
autódromo de Interlagos, em 12 de
outubro. A competição contou com
de deficiência auditiva, entre os quais 42
crianças, alunos do IESP – Instituto
que a inserção do deficiente na sociedade é de responsabilidade de todos. “A
quase seis mil inscritos, segundo a
empresa organizadora, Latin Sports,
Educacional São Paulo, instituição
vinculada a DERDIC - Divisão de
idéia foi de mostrar que hoje as pessoas
com perdas auditivas podem desfrutar
parte formada por atletas profissionais e – a absoluta maioria – por
Educação e Reabilitação dos Distúrbios
da Comunicação da PUC-SP. O CRFa
da vida em seu máximo e superar todos
os seus limites”, explicou Marcelo
pessoas preocupadas com a manutenção da sua qualidade de vida. A prova
participou da maratona integrando a
equipe da Widex.
Smith de Vasconcellos, diretor da
Widex Brasil.
teve por objetivo levantar fundos para
o Instituto Ayrton Senna, que já
A motivação desta ação foi a de
destacar a inserção dos deficientes
O CRFa 2a. Região, ao se envolver
nesta maratona, valorizou a importância
beneficiou cerca de quatro milhões de
crianças e jovens, em 24 estados
auditivos, dentro do conceito que todos
nascem com potenciais e têm o direito
da participação dos fonoaudiólogos em
eventos que integram cada vez a
brasileiros.
de desenvolvê-los e, para isso, precisam
profissão em ações sociais.
18 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
CHILE,
PERU e
ESTADOS UNIDOS
Três países,
três visões da Fonoaudiologia
Nesta edição, a Revista da Fonoaudiologia dá
continuidade aos depoimentos de fonoaudiólogas do exterior
que estiveram no Brasil em 12 e 13 de agosto para o
I Encontro Internacional sobre Deglutição promovido
em São Paulo pelo CEFAC.
Os depoimentos das fonoaudiólogas Pía Villanueva Bianchini
e María Yolanda Aybar Orellana, do Chile; da terapeuta da
linguagem Sharon Isabel Toyama Nakamatsu, do Peru e de
Licia Coceani Paskay, dos Estados Unidos complementam os
publicados na edição 63.
No Chile, novas áreas de atuação
“A Fonoaudiologia está
800, segundo Pía, que lamenta a não
existência, ainda, de uma legislação
constata desolada que apenas metade
dos formandos se inscreve nesse
presente no
Chile desde
específica para esse exercício profissional. Para o controle ético, o que se
Colégio.
Todos os cursos de Fonoaudiolo-
1972, portanto há 33 anos. No
entanto, durante quase 27 anos, a
dispõe é apenas a justiça geral.
“Temos um Colégio Fonoaudioló-
gia oferecidos no Chile possuem cinco
anos de duração, quatro deles para a
Faculdade de Medicina da Universidade do Chile foi a única instituição a
gico, com participação não obrigatória, que oferece pouco benefícios, o
licenciatura e o quinto de prática.
“Recebemos formação em audição,
oferecer a opção deste curso”, relembra a fonoaudióloga Pía
que não estimula a adesão”. Pía
voz, linguagem (voltada tanto para o
adulto como para a criança),
Pía VVillanueva
illanueva Bianc
hini
Bianchini
hini,
fonoaudióloga há 13 anos, é
fala e motricidade (que no
Chile chamamos de fonoes-
professora assistente da Escola de
Fonoaudiologia e da Faculdade de
tomatologia)”, relata Pía. Em
relação à motricidade oral, a
Odontologia da Universidade do
Chile e da Universidade Mayor Chile
fonoaudióloga acredita que
são oferecidas mais horas de
dois em Valparaiso e outros
distribuídos em todo o país”.
e também do curso de graduação e
pós-graduação de Ortodontia e
graduação do que no Brasil
“Em compensação, não
O número de fonoaudiólogos no país gira em torno de
Ortopedia Dentomaxilar
temos as especialidades, que
só deverão surgir no próximo
de Chile. “Há cerca de seis
anos surgiu o segundo curso e
hoje eles já são 10, três deles
na capital, Santiago, mais
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
Villanueva Bianchini, há 13
anos docente da Universidade
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 19
ano, na Universidade de Chile, na área
poucos trabalhem com pacientes
fonoaudiólogo atua mas constata a
de linguagem. A Universidade de Talca
irá oferecer o primeiro mestrado,
oncológicos, porque é uma área
devastadora sob o ponto de vista
falta de conhecimento de algumas
delas, notadamente as relacionadas à
também em linguagem”.
Novas áreas vêm surgindo. A
emocional, os profissionais (e os
alunos) ficam mais ‘humanos’ ao ver
linguagem e à motricidade oral. Já em
relação aos demais profissionais de
fonoaudióloga María Yolanda Aybar
Orellana, atua, tanto na docência
que há pessoas como eles que estão
sofrendo, mas que é possível criar um
Saúde, Pía lembra a existência no
Chile do tecnólogo médico, que realiza
como na atividade clínica, com as
questões ligadas à oncologia há pelo
caminho para ajudá-los. Nesta área
aprendi que tudo que havia aprendido
exames de audição, mas que não
efetua a reabilitação e, no campo
menos 13 anos, em um trabalho que
reputa pioneiro. “É uma área nova,
e trabalhado em linguagem, em fala,
em deglutição se reunia para ser utili-
específico da linguagem, a presença de
psicopedagogos que estão se envol-
mas já dispomos de dois centros
voltados ao câncer no Chile, um
zado, pois este é um transtorno em
que todas as funções estão alteradas”.
vendo com as questões da oralidade
(“embora, a bem da verdade, também
público e outro ligado a uma fundação
privada. Com este tipo de paciente a
Pía Villanueva Bianchini vê com
satisfação que a população já reconhe-
se note o fonoaudiólogo envolvido
com a linguagem escrita...” pontua a
atenção é sempre inter, trans e
multidisciplinar e conquista-
ce parte das patologias em que o
profissional).
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
mos o reconhecimento de
nossos pares. Os demais
Ao lado destes conflitos
María YYolanda
olanda AAybar
ybar Orellana
Orellana,
fonoaudióloga há 28 anos, está voltada
e áreas nebulosas, Pía destaca
o bom relacionamento com os
para as áreas da voz, fala, linguagem
e deglutição e atua há pelo menos 13
médicos otorrinolaringologistas. “Com o tempo esta
anos junto a pacientes oncológios em
diversas instituições do país. É docente
relação deixou de ser hierarquizada, mas de mesmo nível.
alcançado”.
“É um campo novo e
da Faculdade de Ciências da Saúde da
Universidade Diego Portales para a
Em minha especialidade, de
motricidade oral, tenho um
gratificante”, destaca María
Yolanda. “Embora ainda
Escola de Odontologia.
relacionamento excelente com
os dentistas”.
profissionais de saúde
reconhecem o esforço que
estamos realizando nesta
área e o resultado que temos
No Peru, avanço rápido
Desde que
foi entrevistada
demonstrando que esta profissão pode
ajudar outras pessoas a se reabilitar
no meio hospitalar. Por outro lado, a
demanda que é gerada começa a nos
pela primeira
vez pela Revista
com maior rapidez. Com isso conquistamos um lugar na equipe interdisci-
preocupar, tal a lista de espera...”.
Até o ano passado, Sharon se
da Fonoaudiologia, em maio de 2004,
Sharon Isaabel Toyama Nakamatsu
plinar dos centros hospitalares”.
A mesma conquista ocorre junto
lembra que eram duas as universidades que formavam fonoaudiólogos.
constata um crescimento do interesse
pela Fonoaudiologia em seu país (a
à população. “Ela reconhece nossa
profissão. Para nos registrarmos no
Hoje são três. “As primeiras turmas
eram de 10,15 ou 20 alunos e hoje são
nomenclatura no Peru é, em realidade,
‘terapeuta da linguagem’, definida por
Ministério da Saúde antes temos que
trabalhar um ano para o Estado, sob
de 40 ou 50. A busca pelo ingresso nos
cursos de terapia da linguagem é cada
uma lei de exercício profissional
aprovada neste ano). “Mais do que
forma gratuita, em zonas urbanas
marginais. Com isso, a população de
vez maior. Neste ano, na universidade
onde me formei, este foi o terceiro
isso, hoje temos profissionais em
maior número e há mais hospitais com
nível social mais baixo tem a oportunidade de receber o atendimento
curso mais procurado, entre todas as
áreas oferecidas e não apenas da
fonoaudiólogos em seus quadros.
Antes, os demais profissionais não nos
fonoaudiológico. Esta estratégia foi
muito boa para nos tornarmos
Saúde”.
“Estudamos cinco anos na
conheciam bem e aos poucos fomos
conhecidos tanto da população como
universidade, com um ano completo
20 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
inscritos no Colégio Profissional (que não é específico
dos fonoaudiólogos, mas de
todas as profissões de saúde,
exceto Medicina), devemos
ser em torno de 200 profissi-
docência em universidades,
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
dentro do hospital. Hoje,
onais. Este registro é obrigatório para em seguida se
registrar no Ministério da
Saúde e assim trabalhar em hospitais
ou em clínicas”.
Além do Ministério da Saúde, o
profissional é habilitado também
pelo Ministério de Educação.
“Estamos colocando em andamento
a criação de uma federação (que já
está estruturada) para controlar o
exercício profissional. Quem avalia
eticamente a atuação profissional é,
em primeiro lugar, o Colégio Profissional e depois os ministérios.
Enquanto essa federação não surge,
sentimos um impedimento muito
grande para crescer, porque as
especialidades não podem ser
estabelecidas até que o Ministério de
Educação defina claramente a
Sharon Isabel TToyama
oyama Nakamatsu
Nakamatsu,
fonoaudióloga há oito anos, é presi-
este profissional é reconhecido e aceito através de
dente da Associação Peruana de
Fonoaudiólogas, mestre em Reabili-
concurso e se nota cada vez
mais a exigência pela presen-
tação de Saúde e docente da Universidade Nacional Federico Villarreal e
ça do fonoaudiólogo em
lugares como UTIs, serviços
da Universidade Nacional Mayor de
São Marcos.
de neonatologia, deglutição e
respiração”.
Fonoaudiologia. Estamos trabalhando muito nisto, mas ainda não temos
autorização para criar especialidades. Temos apenas os mestrados”.
“Nossa autonomia é dependente de nós mesmos, de nossa capacidade de demonstrar que somos
capazes de manejar as patologias
que nos apresentam. Nós efetuamos
a avaliação e discutimos o diagnóstico com a área médica e, cada vez
mais, estamos fundamentando
No entanto, nem tudo
são flores. Sharon se depara com
psicólogos e professores que, com um
ano de formação (até o ano passado
eram necessários dois anos) atuam em
terapia de linguagem. “Os únicos que
ingressam nos hospitais, no entanto,
somos nós, que estudamos cinco anos
e estamos registrados no Colégio de
Profissionais”.
A produção científica em Fonoaudiologia ainda não é muito grande.
“Nosso pais esteve golpeado economicamente durante muitos anos e as
melhor o que estamos fazendo”,
garante Sharon.
A autonomia do fonoaudiólogo
tem muito a ver com o local de
inserção deste profissional. “Nos
cargos em nível hospitalar ou na
pessoas tinham que trabalhar para
sobreviver. Todo trabalho de investigação em geral não é pago e são executados à medida do possível e nem
sempre saem à luz, para publicação”.
Nos Estados Unidos, normas diferenciadas
Nos
atuar especificamente nos hospitais”.
Estados Unidos,
para atuar em
“O treinamento supervisionado
que recebemos é de onze meses ou 36
manter estas licenças é necessária a
realização de cursos periódicos. Esta
patologias da
voz, há necessi-
semanas, ao final do qual recebemos
um certificado, denominado de 3C –
educação continuada é mandatória. Em
meu caso, a exigência é de, no mínimo,
dade de um curso superior de dois anos
teórico e mais um ano prático. “Com sua
Certificate of Clinical Competence.
As companhias de seguro-saúde
36 horas de curso a cada dois anos.
Particularmente as companhias de
conclusão, este profissional pode começar a atuar, mas não ainda em hospi-
só credenciam os profissionais que
tenham esse certificado 3C. Se, no
seguro e os hospitais fazem esta
exigência de formação continuada”.
tais”, relata Licia Coceani Paskay, que
atua em Los Angeles (Califórnia). “Para
entanto, decidir por atuar apenas no
ambiente escolar, este documento não
Licia ressalta que estas normas são
válidas para a região de Los Angeles, na
efetivamente trabalharmos em ambiente hospitalar necessitamos de um
é exigido, ressalva Licia, que é fully
licensed, onde seja, é licenciada para
Califórnia, pois a legislação dos Estados
Unidos é extremamente diferenciada
treinamento adicional, fornecido pela
American Association of Speech Language
exercer seu trabalho tanto em seu
Estado (Califórnia) como em âmbito
para cada estado norte-americano. “Em
todos os estados, no entanto, existe a
Patology. Só assim estamos habilitados a
nacional.
exigência da licença estadual e da licença
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
“Mas não para sempre... Para
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 21
gem. O médico pode nos encaminhar
audiologistas e também dos psicólogos,
você mude de um estado para outro,
mas será sempre necessário, verificar na
o paciente com a suspeita de problemas, mas somos nós que analisamos e
dos psiquiatras... Há uma grande
cooperação, especialmente no ambiente
nova região, as exigências específicas
que são solicitadas pelo State Licencing
definimos o atendimento para o
distúrbio apresentado”. Já nos
escolar”.
Uma discussão séria, amplamente
Board. Esta ausência de unificação torna
complicado saber antecipadamente se
programas de seguridade social, o
encaminhamento é sempre através do
debatida nos Estados Unidos nos dia de
hoje, é a questão da prática baseada em
em um outro estado sua licença será
válida ou não”.
médico.
“Embora não tenhamos contato
evidências, que tem levado as companhias de seguro a exigir base científica
“O profissional que trabalha em
hospital ou em clínica recebe apoio
direto com os audiologistas, os profissionais de patologia da voz nos Estados
da terapia a ser adotada. “Só por essa
razão as publicações e a pesquisa são tão
para a pesquisa e para a publicação dos
resultados”. O mesmo não ocorre com
Unidos apreciam trabalhar sob forma
multidisciplinar, muito próximo dos
importantes. Por outro lado, vejo um
aspecto negativo, porque se contrapõe à
os que trabalham na área
escolar, que não recebem esse
mesmo incentivo. “Trabalham, trabalham, trabalham... e isso é tudo...”, diz
Licia.
Licia destaca um
aspecto importante: “somos
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
nacional. A licença nacional permite que
nós que sempre diagnosticamos os distúrbios de lingua-
22 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
Licia Co
ceani PPaskay
askay é graduada em
Coceani
gerontologia, e com mestrado em
fonoaudiologia. Trabalha com pacientes
experiência adquirida. Muitos
têm essa experiência acumulada por 30 anos ou mais, mas
não têm a pesquisa para
portadores de Alzheimer e Parkinson e,
individualmente ou em grupo, com fala,
embasá-la. É a grande questão
que se discute hoje nos
linguagem e cognição. Antes, trabalhou
15 anos como higienista dental na
Estados Unidos: experiência
versus pesquisa”. Para Licia,
Itália.
ainda não foi encontrado esse
ponto de equilíbrio...
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
do Estado de São Paulo, que permitirá o
acompanhamento e a manifestação em
projetos de interesse dos profissionais
de Fonoaudiologia. Com a assinatura
O protocolo de intenções, que
vigorará por 24 meses, com possibilidade de prorrogação, foi assinado pela fga.
Silvia Tavares de Oliveira, em nome do
CRFa. 2a Região e pelos deputados Rodrigo Garcia, presidente da Assembléia
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
O Conselho Regional de Fonoaudiologia 2a Região assinou protocolo de
intenções com a Assembléia Legislativa
FOTO: ELISIARIO COUTO/INSERT
Protocolo de Intenções
agiliza acompanhamento de projetos
desse instrumento de integração, a
Assembléia Legislativa disponibilizará
todas as informações legislativas de que
dispõe em seu banco de dados, criando a
possibilidade de atuar nos processos
legislativos que alcancem a área de
atuação do CRFa. Para isso, fornecerá
acesso digital abrangente, através de
senha própria, aos seus bancos de dados
e serviços informatizados.
Os objetivos do protocolo não se
restringem a esse acesso: possibilitam,
ainda, o desenvolvimento de estudos,
intercâmbio, integração, cooperação
técnica e cursos de interesse público e do
setor representado pela entidade. O
protocolo oficializa a participação do
CRFa nas audiências públicas, eventos
culturais, cursos, palestras e seminários
promovidos pela Assembléia Legislativa
paulista em temas relacionados ao
campo de atuação da autarquia.
A cerimônia de assinatura do
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
Deputado Rodrigo Garcia e fga. Silvia Tavares de Oliveira
assina-am protocolo de intenções (foto acima) em cerimônia
que reuniu os Conselhos profissionais de São Paulo (ao lado)
Legislativa; Fausto Figueira, primeiro
convênio, que também envolveu os
demais conselhos regulamentadores de
secretário e Geraldo Vinholi, segundo
secretário. O ILP – Instituto do Legislati-
profissão e ordens profissionais do
Estado de São Paulo, foi realizada no dia
vo Paulista será o responsável por sua
implementação no âmbito legislativo.
4 de outubro. Para a fga. Silvia Tavares
de Oliveira, presidente do CRFa 2a
De acordo com o Protocolo de
Intenções, o CRFa 2a. Região e a Assem-
Região, este é um extraordinário
instrumento de gestão, pois permitirá
bléia Legislativa se comprometem a desenvolver estudos quanto à possibilida-
incrementar institucionalmente o
relacionamento com a Assembléia
de de intercâmbio, integração e cooperação técnica, visando a análise e sugestão
Legislativa do Estado de São Paulo e
permitirá, de forma mais rápida e eficaz,
de proposições em assuntos de interesse
público e do setor representado pela
fornecer subsídios para os trabalhos
parlamentares e as ações legislativas.
entidade, bem como, estudos que visem
o aprimoramento do legislativo.
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 23
COMISSÃO DE ÉTICA
e-mail: [email protected]
Fonoaudiologia e a mídia
O Conselho Regional de Fonoaudióloga - 2a Região trabalha intensamente
para divulgar a nossa profissão para a população e para os demais profissionais da
saúde. Batalhamos também pela divulgação de trabalhos fonoaudiológicos importantes e/ou inovadores para os demais fonoaudiólogos.
Ficamos muito felizes quando vemos fonoaudiólogos sendo entrevistados
pelos mais variados meios de comunicação: televisão, revista, jornal, rádio, internet,
etc.
Neste sentido, gostaríamos de orientar os fonoaudiólogos sobre importantes
questões a serem observadas para que a entrevista ocorra da melhor maneira
possível, sem nenhum problema do ponto de vista ético.
Sempre pergunte ao entrevistador, com antecedência, sobre a pauta da
entrevista. Isto evita surpresas desagradáveis, principalmente quando são para rádio
ou televisão, com transmissão ao vivo.
Se tiver alguma dúvida não hesite em entrar em contato com o Conselho para
orientações. A comissão de Ética também tem esta função.
Consultar, diagnosticar ou prescrever tratamento em veículos de comunicação
de massa são ações que constituem infração ética segundo o artigo 21, inciso II do
Código de Ética. Portanto, devemos tomar o máximo cuidado quando solicitados a
dar entrevistas na imprensa. Principalmente em programas de televisão e rádio, o
fonoaudiólogo é quase sempre instigado pelo próprio entrevistador a dar exemplos
e/ou demonstrações que envolvam estes aspectos. É necessário que o fonoaudiólogo
deixe claro que somente uma avaliação fonoaudiológica é capaz de diagnosticar com
exatidão os aspectos alterados e o tratamento a ser realizado. Caso a demonstração
seja inevitável, leve uma pessoa que de fato tenha sido examinada cuidadosamente.
Ao demonstrar algum exercício enfatize que o mesmo não deve ser feito sem antes
receber uma orientação de um fonoaudiólogo, pois pode ser prejudicial a saúde.
Ao tomar estes cuidados, o fonoaudiólogo irá se resguardar de eventuais
Alugam-se salas por horário e período,
mobiliada com tada ingra-estrutura
(telefone, secretária etc...) próximo metrô
Santa Cruz - informações 11 - 5579-9962 ou
11- 5575-7114
Consultório - Metrô Vergueiro
Alugam-se salas em clínica nova, com ótimo padrão
e infra-estrutura, com ou sem mobília, por período
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(14)
9651-9296 Regiane.
CLASSIFICADOS
problemas éticos e, ao mesmo tempo, divulgará nossa profissão com as máximas
qualidade e credibilidade.
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E
SERVIÇOS PÚBLICOS
Projeto de lei é
questionado
O projeto de lei 318/05, que
qualifica entidades privadas sem fins
lucrativos como Organizações Sociais
(OS) e permite a transferência para elas
da gerência e gestão de serviços públicos
das áreas da saúde, educação, esporte,
cultura e meio ambiente e passam a
receber recursos orçamentários públicos,
foi encaminhado em junho deste ano
pelo prefeito de São Paulo, José Serra,
para votação na Câmara Municipal de
São Paulo em caráter de urgência.
Desde que o Projeto de Lei foi
encaminhado à Câmara, inúmeras
discussões têm ocorrido em várias
entidades da área da saúde, com ativa
participação do CRFa 2a Região.
Em audiência pública convocada
pela Comissão de Constituição e Justiça
da Câmara Municipal de São Paulo,
foram salientadas conseqüências
preocupantes, se aprovado esse projeto.
A primeira delas é a contratação de
profissionais sem concurso público.
A segunda, a inexistência de controle
social, ou seja, a não participação de
profissionais, usuários e gestores, de
forma paritária, conforme preconiza a
Lei Federal no 8.142/90, no acompanhamento, mediação e proposição das
ações e fiscalização do uso dos recursos
Vendo Vecto à tinta de 03 canais. Eletro
térmico de 01 canal. Tambor de Barane.
Tel.: (11) 5034-3305 OU 9265-9772 –
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financeiros. Outros pontos criticados
referem-se à indefinição quanto ao
Vendo Illo 288.
Tel. 11-96223313/30730072. E-mail:
[email protected]
qualidade do serviço que será proposto.
O texto integral no projeto de lei está no
cumprimento das políticas públicas
atuais e o possível comprometimento da
site do CRFa. 2a Região
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24 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
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EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
Fonoaudiólogos do
setor público
reúnem-se em
Campinas
COMISSÃO DE
ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
e-mail: [email protected]
O que fazer, ao receber a
visita da fiscalização?
A Faculdade de Fonoaudiologia da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com apoio da direção do Centro de
Ciências da Vida, hospedará o 8o Encontro
de Fonoaudiólogos no Serviço Público, em
18 de novembro de 2005, com a expectativa de 250 participantes. A fga. Silvia
Tavares de Oliveira, presidente do CRFa 2a
Região deverá participar do encontro.
O evento é realizado anualmente
desde 1998, em comemoração ao Dia do
Fonoaudiólogo. Voltado a fonoaudiólogos, estudantes de Fonoaudiologia e
profissionais de áreas afins, o encontro
tem por objetivo oferecer subsídios para
a organização dos serviços de Fonoaudiologia no setor público e, ao mesmo
tempo, reunir fonoaudiólogos para
discutir suas práticas e buscar estratégias para enfrentar os desafios do
trabalho no setor.
Inicialmente realizado como um
evento regional, ao longo do tempo
expandiu sua área de abrangência para
todo o Estado de São Paulo.
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005
A Comissão de Orientação e Fiscalização tem como competência orientar e
fiscalizar o exercício profissional do fonoaudiólogo. Atualmente, estão sendo
realizadas visitas a inúmeros locais de prestação de serviços fonoaudiológicos,
como clínicas, consultórios, centros auditivos, hospitais, centros de saúde e
escolas, na cidade de São Paulo e no interior do Estado.
Existem fonoaudiólogos que demonstram preocupação exagerada quando
recebem a visita de um fiscal. Esta reação é desnecessária, pois as visitas têm
como principal função orientar o colega e verificar suas necessidades e condições
de atuação profissional.
■ ao receber um fiscal, solicite sua carteira profissional de identificação;
durante a visita, apresente sua sala de atendimento, bem como, os
materiais, os equipamentos utilizados e os laudos de calibração/aferição dos
■
mesmos;
■ aproveite o momento para esclarecer dúvidas e solicitar legislações
pertinentes à área;
■ caso não esteja tempo integral em seu trabalho, oriente a secretária para
receber a fiscalização;
■ procure estar sempre atualizado, leia Resoluções, Pareceres, Normas,
Recomendações do Conselho Federal de Fonoaudiologia, e o Código de Ética;
■ acesse nosso site www.fonosp.org.br e cadastre seu local de trabalho para
divulgar seus serviços;
■ sempre que julgar necessário, entre em contato conosco, através do fone/
fax: (11) 3873-3788 - ramal 08 ou e-mail: [email protected].
REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO - 25
Conselhos de
Fonoaudiologia
publicam Manual
Um novo
“Manual dos Conselhos de Fonoaudiologia” foi lançado durante o último Congresso
Brasileiro de Fonoaudiologia, realizado em Santos no
final de setembro. Com oito páginas,
é dirigido aos acadêmicos em fase de
conclusão de curso e aos novos profissionais, no momento em que se
inscrevem nos Conselhos Regionais.
O manual relata as atribuições
dos Conselhos de Fonoaudiologia e
seu modus operandi, detalha os procedimentos eleitorais, para inscrição
de pessoa física e de pessoa jurídica,
para atualização de cadastro, na convocação ao Conselho e em denúncia
de irregularidades. O manual ainda
traz um perfil das entidades voltadas
à profissão – Sociedade Brasileira de
Fonoaudiologia, Academia Brasileira
de Audiologia e Sindicatos dos Fonoaudiólogos – e informações sobre
pós-graduação. O manual é uma publicação conjunta do Conselho Federal de Fonoaudiologia e dos Conselhos Regionais e sua produção foi
realizada pelo CRFa. 2a Região.
Saiu na imprensa...
Programa do Ratinho
A divulgação do Dia Internacional de Atenção à Gagueira, com depoimentos de pacientes e, em especial, da fga. Ignês Maia Ribeiro, que recomendou o
máximo cuidado na escolha de um profissional para combater esse distúrbio de
fluência, foram os destaques do Programa do Ratinho, exibido às 17 horas do dia
12 de setembro pela rede SBT. A fonoaudióloga alertou que tratamentos que
estimulam o uso de truques, como o aumento ou diminuição do tom da voz, falar
fino ou falar grosso, não resolvem a causa da gagueira. Apenas ocorre um
mascaramento, temporário, que pode ainda provocar uma lesão irreversível nas
pregas vocais.
Programa Ronnie Von
A fga. Mara Behlau foi a entrevistada do Programa “Mãe de Gravata”,
apresentado por Ronnie Von no dia 6 de outubro. Na ocasião, a fonoaudióloga
abordou as diferenças de comunicação entre homens e mulheres.
Radio Trianon
A fga. Irene Marchesan foi a entrevistada da rádio Trianon, no dia 25 de
agosto, em programa transmitido das 13 às 14 horas. A entrevista girou sobre os
problemas de fala em adulto e sobre os problemas de voz, em particular se os
problemas de fala interferem ou não no desempenho profissional; se o adulto
com alteração vocal deve procurar o tratamento; se ele sabe que é o fonoaudiólogo que trata estas alterações, quais são os principais problemas de fala... Esta
entrevista possibilitou que a fonoaudióloga fosse convidada para nova entrevista,
na rede Mundial, transmitida no dia 9 de setembro.
Vez da Voz
Os eventos promovidos pela ONG Vez da Voz foram objeto de cobertura
por parte de diversas emissoras. No dia 12 de setembro, a EPTV Campinas
(afiliada da Globo) divulgou no JR2 (o jornal regional das 19 horas) as ações
de inclusão social realizadas no Shopping Pátio Brasilia, em Brasília. No dia
1º. de outubro, a TV Vanguarda (afiliada da Globo no Vale do Paraíba)
noticiou as ações realizadas no Jacareí Shopping no mesmo dia, no jornal das
19 horas. Em 12 de outubro, a rádio CBN Campinas entrevistou a fga.
Cláudia Cotes no programa Jornal Brasil, com o jornalista Oliveira Andrade,
sobre crianças com deficiência. No dia 22 de outubro foi a vez do Programa
do Wood, exibido aos sábados das 13:30 às 14:15 horas pela TVB Campinas
(afiliada do SBT), abordar em programa de estúdio a Fonoaudiologia, através
de entrevista com as fgas. Cláudia Cotes e Lúcia Moreira. Uma estudante de
jornalismo da UNIMEP também participou da matéria e falou sobre a importância da Fonoaudiologia junto aos profissionais da comunicação. No mesmo
dia 22, a EPTV Campinas divulgou o lançamento do livro Criança Genial e a
fga. Cláudia Cotes concedeu entrevista no programa Em Cena, voltado para as
dicas culturais da cidade.
26 - REVISTA DA FONOAUDIOLOGIA - 2ª REGIÃO
EDIÇÃO 64 - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2005

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