empregos - 1 - Bristol

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empregos - 1 - Bristol
4 Empregos
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O ESTADO DE S. PAULO
DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014
Alto Escalão
Muda presidência da CPFL Geração
Antes diretora de Planejamento Energético e Gestão de
Energia da CPFL Energia, Karin Luchesi foi promovida a
diretora-presidente. Entra no
lugar de Alcides Casado, que
deixa o grupo.
Log-In. A Log-In alçou Gustavo Quaresma Freitas a diretor
financeiro, ele que era gerente
geral de controladoria, finanças e de relações com investidores. Por sua vez, Fabio Medrano Siccherino renunciou à
diretoria comercial, acumula-
da interinamente ao diretor
presidente e de RI, Vital Jorge
Lopes.
Abel Reis, agora CEO da Isobar Brasil.
Brasco. Para a direção execu-
S&P. Joaquin Cottani (ex-GlobalSource Partners na Argentina e Citigroup Global Markets, em NY) é o novo economista-chefe para a América
Latina da Standard & Poor’s
Ratings Service.
tiva da Brasco, o Grupo Wilson Sons contratou Gilberto
Cardarelli (ex-Sevan Drilling,
Transocean e Odebrecht). Antônio Paiva, que estava interino, passa a ocupar a recémcriada diretoria técnica.
ex-diretor corporativo de Prevenção de Perdas & Risco na
CBD/ GPA e diretor financeiro
e de RI da Via Varejo.
Marfrig. A Marfrig Global
Foods tem novo vice-presidente de recursos humanos: Marcello Zappia, que recentemente foi diretor-executivo de RH
da Tecnisa.
iON. Alexandre Britto, ex-SKY
e outras operadoras de TV paga, está na presidência da íon.
lugar como diretor corporativo de tecnologia e inovação
está Márcio Schissatti.
Samsung. Luiz Bovi chega à
Samsung como diretor de vendas corporativas.
Zambon. Andrea Negrão é a
Symantec. Lucia Bulhões,
que era diretora de vendas da
Dell Brasil, ingressa na Symantec como diretora de vendas.
nova diretora financeira do
laboratório Zambon no Brasil,
vinda do SGD Group.
Arval. Andrea Falcone é o no-
vo responsável financeiro
(CFO) da Arval Brasil, gestora
de frota subsidiária do Banco
BNP Paribas.
Sonae Sierra. Para o recém-
AgênciaClick Isobar. André
Brasil Pharma. O novo vice-
Embraco. Fábio Klein assume
Chueri, até então COO, assume a presidência da AgênciaClick Isobar, substituindo
presidente de finanças e estratégia e diretor de RI da Brasil
Pharma é Orivaldo Padilha,
a diretoria corporativa de engenharia de produtos da Embraco, a partir da Itália. Em seu
criado posto de diretor comercial & merchandising, a Sonae
Sierra Brasil escolheu José Jerônimo de Souza Júnior.
SAP. Paula Jacomo passa a
VP de recursos humanos para
a América Latina da SAP.
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CONVERSA COM O CEO
Gaetano Crupi, presidente da Bristol-Myers Squibb
NILTON FUKUDA/ESTADÃO
‘Definição de morte
está ligada a gestor
que para de aprender’
Líder de laboratório farmacêutico, Crupi diz que sempre é preciso
viver novas situações e que influenciar é sua grande motivação
Gustavo Aleixo
Depois de mais de três décadas
na indústria farmacêutica, o
paulistano Gaetano Crupi, de
56 anos, garante ainda ser um
apaixonado pela área de atuação. Desde 2012, o executivo é
presidente da Bristol-Myers
Squibb no Brasil, uma das empresas líderes globais do setor
e que mantém atividades no
País há 70 anos. Antes de assumir o cargo, passou por outras
companhias biofarmacêuticas,
como Eli Lilly e Abbott, e participou de projetos ligados a vários medicamentos de destaque no mundo. Crupi desenvolveu grande parte da carreira no
exterior, ao liderar equipes no
Canadá, Estados Unidos e Venezuela. Graduado em administração de empresas, soma 20
anos de experiência internacional e ressalta que viver fora do
Brasil o ajudou a sair da zona
de conforto, algo essencial para quem pretende ter sucesso
no mercado de trabalho. A seguir, trechos da entrevista.
● Qual a importância da experiência internacional para exercer o
cargo de CEO?
Significa mais do que o simples trabalho fora do Brasil.
Ela tira o profissional do cotidiano e da zona de conforto.
Foi um momento muito estimulante para mim, pois me forçou a viver situações novas no
dia a dia. Em casos como esse,
não só a técnica é aprendida,
mas também informações sobre a cidade, a comunidade e a
cultura. No meu ponto de vista, isso sempre foi muito importante, porque venho de
uma família de imigrantes, de
pais italianos. A necessidade
de possuir visão global permanece constante em minha vida.
Esses aspectos preparam o profissional para lidar com mudanças bruscas de forma mais natural e efetiva. No meu trabalho, liderar mudanças é algo
que acontece diariamente.
● A Bristol-Myers Squibb e o Ministério da Saúde fecharam parceria para a fabricação de um
dos medicamentos do coquetel
anti-HIV. Quais as novidades sobre o projeto?
A primeira remessa do antirretroviral sulfato de atazanavir
chega ao País no fim deste mês
e será distribuída pela Fundação Oswaldo Cruz. Trata-se do
encerramento da primeira etapa do acordo com o governo,
que engloba, ainda, a transferência de tecnologia para a produção da matéria-prima. Em
dois anos, o Brasil estará pronto para fabricar a matéria-pri-
ma e o produto final, recebido
pelo paciente. Nós nos sentimos muito orgulhosos dessa
parceria, um exemplo de inovação e colaboração entre a indústria e o poder público.
● Quais são os principais desafios do presidente, quando o assunto é gestão de pessoas?
Eu criei lições que aprendi na
minha vida gerencial do ponto
de vista do desafio. Para mim,
como base de tudo, o gestor
tem de assumir o papel de líder. Esse papel não pertence a
ninguém, a não ser ao líder, que
é o maestro e define o tom da
organização. Outro aspecto essencial: o executivo deve confiar nas pessoas certas, pois não
teremos mais sucesso apenas
em atividades ligadas ao comando e ao controle. O líder deve
elaborar uma visão estratégica,
confiar nos próprios instintos e
não ter receio de ousar. Gestores também precisam refletir
sobre a importância do trabalho em equipe, que vai além da
entrega dos resultados individuais de cada funcionário. Nessa questão, o CEO nunca está
sozinho e precisa demonstrar
humildade, pois tem a necessidade de comunicar e reforçar
constantemente a estratégia da
empresa. Comunicar é a minha
principal prioridade.
● Há outras lições para os líderes e futuros gestores?
No aspecto pessoal, os executivos devem sempre sair da zona
de conforto. Trabalhei 31 anos
na mesma empresa, a primeira
da minha carreira, e as passagens por outras companhias
do setor foram benéficas. Conheci novas pessoas e aprendi
sobre outros produtos, em ambientes diferentes dos quais estava acostumado. O líder precisa abrir os olhos quando entra
na zona de conforto. A minha
definição de morte está ligada
ao gestor que deixa de aprender e de viver situações novas.
Além disso, os gestores devem
se conhecer. Eu cometi muitos
erros quando não sabia o que
me fornecia e tirava energia.
Com isso, o investimento em
mim mesmo foi determinante
para a carreira. O profissional
também precisa saber definir
em uma palavra a própria paixão, o que o motiva. A minha é
influenciar. Vale lembrar, ainda, a importância de sempre
aproveitar a companhia da família e dos momentos de lazer,
como viagens e conversas.
● Em meio a tantas responsabilidades, sobra tempo para aproveitar os momentos fora do ambiente de trabalho?
A grande mágica é saber promo-
ver atividades fora da empresa.
Esses momentos precisam ocorrer. O gestor deve permanecer
atento a como equilibrar a vida
profissional para obter bons resultados. Tenho diversos interesses, como o motociclismo e
o coaching. As viagens, por
exemplo, são ótimos momentos para passar com a família.
● O que é preciso para ser um
bom presidente ou CEO?
A questão está ligada à definição da estratégia e como ela será executada. Essa é a missão
do executivo, que deve possuir
a habilidade de tornar claro, a
todos da organização, o caminho a ser traçado pela equipe.
O CEO precisa estabelecer a estratégia, o destino da empresa
e de que forma a companhia alcançará os objetivos.
● Quais são suas recomenda-
ções para os jovens que plane-
● Conselho
“Os novos profissionais não
podem ter medo de sonhar e
buscar a realização dos
planos de carreira. Mas não
se deve trabalhar para
ocupar rapidamente a
próxima função, mas sim ser
o melhor no cargo atual, com
integridade e dedicação”
jam assumir cargos de gestão na
indústria farmacêutica?
A atuação no setor traz, para
mim, um prazer muito grande.
Na minha avaliação, no fim do
dia, eu não vendo um medicamento, mas sim esperança. Em
quase 37 anos na área, trabalhei
com produtos que mudaram a
vida de pessoas que sofriam
com doenças. Conheço pacientes que passaram por tratamentos e melhoraram sensivelmente a qualidade de vida, algo que
elas não esperavam tão rapidamente. A indústria farmacêutica está relacionada ao aspecto
emocional, pois o produto tem
a capacidade de mudar a vida
de uma pessoa, que possui sonhos e sentimentos. Os novos
profissionais não podem ter medo de sonhar e buscar a realização dos planos de carreira. Não
se deve trabalhar para ocupar
rapidamente a próxima função,
mas sim ser o melhor no cargo
atual, com integridade e dedicação. Quando o profissional é o
melhor naquilo que faz e conta
com uma performance exemplar, as oportunidades virão.
Muitos jovens, ao entrar nas
empresas, se preocupam apenas com o momento em que se
sentarão na cadeira do CEO.
No entanto, eles se esquecem
de que existem várias etapas antes de atingir esse objetivo.