viver_conviver12

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viver_conviver12
condomínios
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locações
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vendas
Viver&Conviver
Ano IV - Número 12
Mauricio
de
Sousa
O pai da “turma” que hoje é lida em mais de 20 idiomas
Uma publicação da
Graiche Construtora e Imobiliária Ltda.
A revista “Viver & Conviver” está de cara nova. Após três anos do
seu lançamento, chegou a hora de mudar a roupagem deste importante canal de comunicação. Aumentamos o número de páginas,
aprimoramos o projeto gráfico e decidimos trazer ainda mais informação, entretenimento e cultura.
Presidente: José Roberto Graiche
Conselho Editorial:
José Roberto Graiche Júnior
Luciana Martins Graiche
José Rodrigo Martins Graiche
Editores:
Com quase 40 anos de história, a Graiche busca a constante melhoria dos seus serviços e valoriza a qualidade do relacionamento
com seu público. Por isso, a partir desta edição, você passará a receber outro presente: “A Turma do Jotinha”, que traz passatempos,
jogos didáticos e as divertidas histórias protagonizadas por Jotinha
e seus amigos JuJu, Seu Toninho e o cachorrinho Picolé. A revista
infantil foi elaborada com um roteiro e uma linguagem específicas
para atingir diretamente as crianças, abrangendo uma faixa etária
que pode variar entre os 5 e os 12 anos de idade. Assim, de forma
lúdica, “A Turma do Jotinha” traz mensagens e ensinamentos sobre
respeito ao próximo, cuidado com o meio ambiente e valorização da
família e da amizade.
Adriano De Luca (Mtb 49.539)
Juliano Guarany De Luca
Projeto Gráfico/Diagramação:
Julliane Bellato
Reportagem: Verônica Petrelli
Comentários e sugestões:
[email protected]
Tiragem: 25 mil exemplares
Capa: Lailson dos Santos - divulgação MSP
GRUPO GRAICHE
Rua Treze de Maio, 1954
1o, 2o, 3o e 4o andares
01327-002 São Paulo SP
Tel.: 55 11 3145-1322
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www.graiche.com.br
Voltando à “Viver & Conviver”, nesta edição a capa é Mauricio de
Sousa. A entrevista nos mostra a vida real (pai, empresário e sonhador) do homem que criou a “turma” mais conhecida e amada por
tantas gerações no Brasil – e fora dele.
Esta publicação é produzida por:
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www.grappa.com.br
Os artigos e matérias assinadas não refletem
necessariamente a opinião da revista.
Nesta Edição
Dentro da proposta de oferecer uma leitura mais agradável, dinâmica e informativa, as outras reportagens aproveitam o verão para
abordar temas correlatos, como os cuidados com a pele, cabelos e
unhas que, durante o verão, devem tornar-se ainda mais intensos e
freqüentes. Já na página 12 você encontra uma proposta tentadora
para curtir as férias sobre as águas e, na sequência, refresque-se
na nova seção “Gastronomia” com a receita do Sorvetone.
Essas e outras matérias, como a de decoração – que ensina a
tornar sua casa mais aconchegante por meio de uma iluminação
adequada – ou a de serviços – que relata o inusitado mercado dos
maridos de aluguel – completam a “Viver & Conviver”, que agora
está ainda mais próxima do leitor, tocando e tratando de assuntos
tão íntimos e fundamentais no seu dia a dia.
Mauricio de Sousa / 04
Cuidados de Verão / 08
Decoração / 10
Cruzeiros Marítimos / 12
Sorvetone / 14
Maridos de Aluguel / 16
Choro de bebê / 18
Toda a equipe da Graiche deseja aos amigos, clientes e parceiros
um ótimo Natal e um feliz 2011! Boa leitura, e até a próxima edição!
12
04
14
José Roberto Graiche
Presidente
4 ENTREVISTA
O pai da turma
Por Verônica Petrelli / Fotos GRAPPA
Chegando à sala de reunião da Mauricio de Sousa Produções,
a reportagem deparou-se com pãezinhos de queijo sobre a
mesa – mero detalhe ou gentileza, o fato é que estava criada
uma atmosfera de “casa da vovó” com quitutes da infância.
Ao lado, vários lápis de cor estampados com os personagens
da Turma da Mônica recheavam dois potes. Nas paredes,
quadros dos personagens que acompanharam a infância e
a juventude de muitas gerações. Foi em meio a esse cenário
que Mauricio de Sousa surgiu para o bate-papo com sua
camisa xadrez, o largo e constante sorriso e um jeito calmo,
quase manso, para contar suas histórias.
O maior cartunista do Brasil completou 75 anos de idade no
mês de outubro e recentemente foi homenageado por seu
meio século de trabalho com um livro comemorativo, no
qual 50 cartunistas redesenharam à sua maneira a Turma
da Mônica. O gosto pelo que faz já lhe rendeu o prêmio “Escritor UNICEF para Crianças”, a tradução dos quadrinhos da
Mônica para 20 idiomas, o lançamento do primeiro Parque
Turma da Mônica internacional, em Angola, a atual tiragem
de 400 mil exemplares mensais da Turma Jovem e o carinho
de 300 funcionários diretos (fora os mais de 30 mil empregados indiretos). E, mesmo tendo que abrir mão de desenhar
para focar a administração de seus negócios, Mauricio nunca perdeu a paixão pelos traços: enquanto está ao telefone,
costuma rascunhar personagens novos, os quais foram
mostrados durante a entrevista.
Quando você começou a desenhar?
Todo mundo começou a desenhar. Você desenhou, eu desenhei, todo mundo desenha
antes de escrever, antes de fazer alguma
coisa. Rabisca, finge que está escrevendo,
desenha também... Então eu, como toda
criança, também ficava desenhando. A diferença é que a maioria das crianças, depois
de algum tempo, faz outra coisa na vida; e
eu estou fazendo a mesma coisa até agora.
Cresci em um ambiente propício para as artes. Minha mãe era poetisa. Meu pai era barbeiro nas horas vagas para ganhar dinheiro,
mas fazia um monte de outras coisas que
não davam dinheiro, mas davam prazer. Ele
pintava, compunha, fazia desenhos, poesias,
era repentista, fazia discurso para políticos...
fazia de tudo. E eu cresci nesse ambiente.
E, no tempo em que o gibi era proibido, ele
me dava gibis. E ali eu aprendi a ler. Com
quatro, cinco anos, eu já estava lendo por
minha conta, porque minha mãe cansou
de ler para mim. Como eu estava lendo, e
gostava de desenhar, logicamente começou
a brotar aí a minha vontade de escrever e
fazer as minhas histórias. É natural. Então
lá ia eu, quando estava na escola, fazer os
meus gibizinhos, com as histórias baseadas
nos meus amiguinhos.
Bem mais tarde você viria a trabalhar em
rádio e jornal. Como foram essas experiências?
Quando eu não conseguia ser desenhista e precisava de um emprego, eu entrei
na reportagem em uma época da vida em
que a reportagem policial é uma aventura,
uma gostosura. Com uns 20 anos, em um
“A gente tem que defender a nossa filosofia, a arte
da gente, a nossa história, o que nós fazemos.
Eu tive alguns confrontos sérios para defender a
independência de tudo o que construí.”
grande jornal, com jipe à disposição, com
fotógrafo acompanhando, escrevendo e
milhares de pessoas lendo, faz bem para o
ego, não é? Então eu me sentia Dick Tracy,
o personagem da história em quadrinhos.
Era minha grande aventura. E eu era o personagem. Porque naquele tempo eu ainda
tinha ranços de timidez, então eu punha o
chapéu, a capa de detetive e mudava minha
personalidade. Aí eu era o superrepórter.
Eu falava com quem quer que fosse de igual
para igual, sem problema nenhum. Eu tinha
coragem de perguntar. Mas em todo esse
tempo trabalhando como repórter policial,
eu dei a sorte de nunca ter pegado uma
tragédia. Eu tinha vertigem e desmaiava se
visse sangue.
E como você começou a desenhar no jornal?
Quando o fotógrafo não conseguia tirar foto
de algum lugar, de alguém, de algum “bandidão”, eu desenhava. Assim, comecei a ser
reconhecido como desenhista pela chefia da
redação. Depois de cinco anos, fiz a minha
tirinha do Bidu e o pessoal resolveu publicar. E daí em diante larguei a reportagem
policial.
Você encontrou muitas dificuldades para
transportar suas criações dos quadrinhos
para os desenhos animados?
Da esq. para a dir., o primeiro gibi da Turma, o atual Turma Jovem e duas versões: em espanhol e inglês
A dificuldade do desenho animado é o custo.
Exige um trabalho em equipe e é caro. Eu
era sozinho e não tinha dinheiro. Então, durante muitos anos, eu fiquei fazendo só as tirinhas de jornal e sonhando com o desenho
animado. Aí eu dei uma sorte... Eu fiz uma
tirinha com a Mônica puxando um elefante,
fazendo uma gozação com o extrato de tomate “Cica”. Essa tira foi vista pela agência
de publicidade que fazia a propaganda da
“Cica”, e eles me ligaram perguntando se
podiam utilizar aquele tema para abrir uma
campanha para a empresa.
Quais foram os maiores desafios ao longo
de sua carreira?
Dar conta de atender a demanda crescente.
Tudo o que nós fazemos, modéstia à parte,
as pessoas gostam muito. A minha maior
dificuldade é atender essa demanda sem
ter sócios ricos, sem ter investidores, sem
perder a independência, sem me curvar a
algumas exigências legais, governamentais
e econômicas. A gente tem que defender
a nossa filosofia, a arte da gente, a nossa
história, o que nós fazemos. Eu tive alguns
confrontos sérios para defender a independência de tudo o que construí. Em diversos
momentos fui ameaçado, inclusive para
proibirem o Chico Bento, que fala errado,
com seu sotaque caipira. Então, há esses
6 ENTREVISTA
obscurantismos que a gente enfrenta de
vez em quando, mas isso vai existir sempre.
Só que você não pode se curvar diante disso:
se dobrou a coluna, não levanta mais.
E quando começou o seu sucesso no exterior, efetivamente?
Houve diversas ondas. Em meados dos anos
80, por exemplo, catorze países da Europa
já estavam com revistas nossas. Só estava
faltando o desenho animado; eu não tinha
isso. No desenho animado eu perdi. A onda
japonesa de desenhos, tipo “mangá”, aliada
a outros concorrentes, fizeram com que eu
refluísse. Depois, peguei a década de 90, que
foi difícil para o Brasil economicamente. E
a produção de conteúdo. Hoje, nós somos
uma fábrica de conteúdo, e não uma fábrica
de desenho. Os roteiristas antigamente estavam todos aqui em São Paulo. Hoje, eles
estão espalhados pelo país inteiro. Tenho roteiristas de Belém do Pará até Porto Alegre.
Quando eles trabalhavam juntos, eu notava
que havia uma repetição, uma mesmice nas
histórias, pois todo mundo estava recebendo
as mesmas influências externas. E isso era
natural. Assim, eu pedi para o pessoal sair
desse trânsito e buscar novos caminhos.
Hoje, cada um deles tem um estilo vivo e diferente, crescendo sozinhos, e muitas vezes
com influências regionais que enriquecem
mais ainda a história.
E a questão da linguagem, que vai mudando de acordo com as gerações?
agora nessa década que passou nós reconstituímos o processo de desenho animado,
que está dando nessas maravilhas que você
está vendo por aí. Como a Turma do Penadinho, por exemplo, que no final de semana
do Halloween foi exibida em formato 3D no
Cartoon Network.
Como você vê o surgimento das novas tecnologias? Você acha que elas vão influenciar na criação de quadrinhos?
Sim. Onde se abrirem plataformas novas,
nós temos que estar lá. Nos sites, nos games... Nós temos que entrar em tudo. Sem
medo e com ousadia. Nossa dificuldade não
é plataforma: quanto mais plataformas houver, melhor. Nosso trabalho maior é manter
Os personagens não falam igual a vinte
anos atrás. E, como eu tenho que ver tudo e
já sou vetusto, tenho uma certa idade, eu coloquei a minha filha Marina para me ajudar
nas avaliações das histórias. Mas isso ela já
faz desde os sete anos de idade (hoje ela
está com 24). Eu sempre comparava a minha avaliação com a dela, sem ela saber. Aí
ela cresceu, ficou linda e maravilhosa, quer
trabalhar, desenha igual a mim e, principalmente, é muito boa no roteiro. E de algum
tempo para cá começou a ocorrer um fenômeno: as minhas opiniões com as dela não
estavam mais batendo. Aí eu pensei: “o que
está acontecendo? A Marina sempre me
acompanhou, sempre pensou como eu”. E
fui ver que, na verdade, é ela quem está certa. Eu estou com três camadas culturais e
ela está com a atual. Eu tento me reciclar,
mas a expressão e o jeito de encarar também pesam.
E a Turma da Mônica Jovem? Foi uma estratégia de marketing para conquistar
outros públicos?
Sim. Eu estava perdendo público. Havia um
hiato entre o pessoal que parava de ler aos
dez anos e que voltava depois dos vinte anos,
quando casava e comprava as revistinhas
para os filhos. As pessoas ficavam cerca de
doze anos longe da Turma da Mônica. Resolvi apressar o processo. Agora temos que
“(...) em todas essas
histórias há um tipo de
mensagem que é passada
para as crianças (...)”
fazer o Chico Bento jovem. Esse tem que
ser um personagem espetacular, para não
decepcionar o público. E vai dar trabalho...
A Turma da Mônica Jovem é a nossa revista mais vendida, uma das mais vendidas do
mundo.
Sente falta em deixar de desenhar para
administrar o seu negócio?
Lógico que eu sinto! Por outro lado, o que eu
faço também é muito curioso e fascinante.
Então compensa um pouco. Mas enquanto eu estou telefonando, fico desenhando
um pouquinho para não perder a mão. O
Horácio é o único que continuo fazendo as
histórias quando tenho tempo, mas tive que
parar um pouco por enquanto. Terei que
retornar ao Horácio novamente, porque a
partir do ano que vem ele começa a sair no
Japão outra vez, e quero elaborar um material bom.
E como surgem os personagens?
Quando eu preciso mesmo, a necessidade
de um personagem nasce antes do próprio
personagem em si. Por exemplo: atualmente, no meio das minhas histórias, sinto
a falta de um personagem que seja líder em
alguns aspectos e que fale de economia. E
eu tenho um filho que é o próprio. Chama-se
Marcelinho. Está com onze anos e é o menino econômico: é cuidadoso, pergunta os
preços, aplica a mesada... Então eu negociei
com ele nos últimos anos e ele topou virar
um personagem. Ele vai ser o chato da história. Vai falar para a Magali parar de gastar
muito dinheiro com frutas, vai falar para a
Mônica parar de bater nos outros com o coelho para não estragar e sujar a pelúcia... O
Marcelinho e o Cascão vão se dar bem, porque o Cascão pratica a reciclagem, aproveitando sucata para fazer brinquedos. Assim,
em todas essas historinhas há um tipo de
Na foto da esquerda, Mauricio mostra os “rabiscos” que faz para não perder o “jeito”
mensagem que é passada para as crianças,
com conselhos e orientações, trazendo a
moral da história.
As gerações que te acompanham são muito variadas. Como é lidar com um público
tão diversificado?
Todo mundo é igual. A criança é tão inteligente quanto o adulto. O adulto, se você der
uma lapidada, volta para a ter uma cabeça
sem preconceitos. Então, eu acredito que o
espírito não tem idade. E eu falo com o espírito das pessoas, usando a sensibilidade.
Nunca criei um personagem pensando na
divisão de faixa etária. No começo, quando
escrevia tiras de jornal, eu nem imaginava
que iria me tornar um escritor infantil. As
pessoas simplesmente me rotularam com
esse título. E eu fui surpreendido com relação a isso.
O Horácio é uma personificação sua?
O Horácio fala mais de mim, mas não chega
a ser uma personificação minha. É que ele
não é um cachorro, nem um menino, nem
uma menina; é um animal (talvez seja um
dinossauro), e com o animal você pode fabular. Como os grandes escritores do pas-
sado, que criticavam a sociedade por meio
de fábulas. Então, o Horácio permite que eu
fabule, e quando eu fabulo, emito minha opinião. O Horácio é o meu arauto.
Qual é o seu personagem favorito?
Não existe isso... Não tenho um preferido. O
gostoso é ter a liberdade de criar e cuidar de
cada um como se fosse um filho. E, na verdade, eles são filhos mesmo.
E quais são as novidades referentes ao
novo Parque da Turma da Mônica?
Nós estamos estudando uma área perto
de Santo Amaro, e tudo indica que lá será o
novo Parque da Mônica. Mas também estamos vendo outras coisas. Em breve, estaremos inaugurando nosso primeiro parque na
África, em Luanda. Além disso, temos parques em hoteis e resorts. Estão pipocando
coisas boas nessa área. E, se tudo der certo,
em três anos teremos três áreas de lazer
aqui em São Paulo: uma da Mônica, outra
do Cebolinha e outra do Chico Bento.
E como foi a mudança da Editora Globo
para a Panini? Qual o objetivo?
Foi já em busca do mercado internacional.
“Todo mundo é igual. A criança é tão inteligente quanto
o adulto. O adulto, se você der uma lapidada, volta a ter
uma cabeça sem preconceitos.”
A Panini é uma multinacional e fez algumas
propostas interessantes para nos espalharmos pelo mundo. No começo não vingou,
mas agora está dando certo. No ano que
vem nós devemos estar em mais 5 países
grandes: Itália (lá já estamos na televisão,
mas na revista ainda não) e Alemanha são
alguns exemplos. Atualmente, o país em
que os quadrinhos e desenhos da Mauricio
de Sousa Produções estão mais fortes é a
Indonésia. Já as tiras de jornal saem em 60
países. E o principal personagem exportado
é o Ronaldinho Gaúcho. A Mônica vem em
segundo lugar.
O que é sonho para você?
Há pessoas que acham que o sonho é aquela coisa que você imagina e é impossível.
Outros acham que é aquela coisa etérea, a
nuvenzinha. Esse tal de “sonho” que a maioria das pessoas entende como um objetivo,
uma meta, é talvez o meu céu. Porque o
meu céu está cheio de nuvenzinhas e ideias,
que estão ali prontas para eu dar uma puxadinha e executar, realizar. Eu acho que
você tem que ter o sonho adequado ao seu
momento, sem ficar imaginando coisas impossíveis. Se existe alguma coisa difícil e
distante, você vai se pendurando no meio
do caminho até chegar ao último sonho que
você deseja mais. Mas eu sou meio realista
nesse ponto. Eu acho que a pessoa tem que
ter metas. E, é claro, estar sempre satisfeita
consigo mesma.
8 Cuide-se
~
Com a chegada do verão, uma das estações mais esperadas
do ano, muitos aproveitam o clima de sol para pegar um
bronzeado e fazer passeios com a família em praias,
parques e piscinas. Contudo, acabam esquecendo-se de
que o cuidado com a pele, os cabelos, as unhas e os pés é
essencial, não só nesses momentos, mas cotidianamente.
Atentar-se à higiene pessoal e à alimentação é
primordial. Além disso, a utilização de cremes e
pomadas também é relevante, dependendo do
biotipo de cada um.
A PELE
Segundo estatísticas do Instituto Nacional
do Câncer, o câncer de pele é o de maior
incidência no Brasil e está diretamente relacionado ao contato direto com o sol. São
muitas as pessoas que se expõem aos raios
ultravioletas sem a devida proteção.
No entanto, esse não é o caso de Priscila
Nishimori, estudante de jornalismo de 24
anos. “Não gosto de passar protetor no rosto por causa da oleosidade natural da minha
pele, mas nem por causa disso deixo de me
cuidar. Uso maquiagem com filtro. Depois
tiro tudo com muita água e sabão. Só uso
protetor com FPS 30 ou mais quando fico
mais exposta ao sol”, conta.
Já Clélia Apparecida Minervini, de 71
anos, afirma que nunca deixa de passar filtro
solar nas mãos. Assim, ela evita as manchas
indesejadas nessa área tão exposta. “O segredo é o protetor solar. Também gosto de
passar hidratante no corpo todo, e particularmente uso dois tipos de creme no rosto:
um durante o dia e outro à noite”. Porém,
segundo Clélia, mais importante do que
passar cremes aleatoriamente é a procura
de um dermatologista apropriado. “Vou à
dermatologista esporadicamente. Acredito
que todos precisam da orientação de um
profissional, que vai indicar o tipo de creme
mais apropriado para cada tipo de pele”.
Tal fala de Clélia é endossada pela médica
dermatologista Marta Moreno Viwian, que
atende em consultório próprio e trabalha no
CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde
da Mulher), em São Bernardo do Campo.
De acordo com a médica, alguns produtos
de perfumaria são inadequados, não surtindo o efeito desejado. Quanto à proteção da
pele, a recomendação é categórica: “o filtro
solar deve ser aplicado a cada duas horas
no decorrer do dia inteiro. Mesmo que seja
à prova d’água, é interessante retocá-lo depois de sair da água. E piscina somente antes das 10h00 ou depois das 16h00”, diz.
Para quem deseja, além de ter a pele
protegida, priorizar também o bronzeado,
a dica da médica é ingerir tipos específicos
de alimentos. “O tomate, mamão, cenoura
e manga, por exemplo, são ricos em betacaroteno, substância que auxilia na formação de melanina e ajuda na pigmentação da
“O filtro solar deve ser aplicado a cada duas horas no
decorrer do dia inteiro. Mesmo que seja à prova d’água,
é interessante retocá-lo depois de sair da água.”
pele”, afirma Marta.
Já a médica Isabel Martinez, integrante
da Sociedade Brasileira de Dermatologia,
lembra que o filtro solar deve ser aplicado
em todas as áreas, como orelhas, boca e
couro cabeludo, e dá outra dica interessante
para quem vai se expor ao sol: “É importante usar roupas, bonés e chapéus com fator
de proteção solar. Essa linha de produto já
é comercializada em lojas específicas”, conta
Isabel.
A estudante Priscila Nishimori opina que
estar atenta à saúde da pele é essencial para
o bem-estar diário. “A pele é nossa roupa
natural. Assim como não gostamos de vestimentas rasgadas ou manchadas, também
não posso deixar esse órgão humano, que
fica tão exposto, descuidado. A pele é nosso
primeiro protetor contra agentes externos
e abrange a maior área de sensibilidade do
nosso corpo”.
e aplicar cremes hidratantes específicos é
primordial para evitar os fungos. “Manter os
pés bem secos depois das piscinas e banhos
de mar é uma importante medida. Não se
deve tirar as cutículas, para que não haja
machucados na área. Além disso, o pé tem
que estar arejado sempre. Usar sandálias e
calçados abertos”, explica.
A dermatologista Isabel Martinez, por sua
vez, aponta que beber bastante água é algo
essencial para a saúde dos cabelos, dos pés
e do corpo todo. E mais do que isso: o fator
emocional é um elemento que influi extremamente. “Já está comprovado. O estresse causa diversas alterações hormonais,
OS CABELOS, AS UNHAS E AS MICOSES
Além da pele, os cabelos acabam sendo mais danificados nos períodos quentes.
Queda, fios ressecados e opacidade são alguns dos sintomas manifestados durante o
verão. Não diferente, as micoses – infecções
causadas por fungos – também são comumente encontradas nos pés e nas unhas,
principalmente nessa nova estação. Fruto
do tempo quente e úmido, essas lesões podem ser evitadas com procedimentos básicos.
“A maioria dos pacientes que eu atendo
nessa época do ano busca um tratamento
para as micoses. É algo muito procurado.
Há também o interesse em tratamentos específicos para a hidratação dos cabelos, a fim
de não deixar os fios ressecados”, ressalta a
médica Marta Moreno Viwian. Segundo a
dermatologista, é importante evitar o uso do
secador de cabelo nesse período e passar
um creme nos fios após o banho. Com relação às unhas, deixá-las sempre bem limpas
levando a sérios problemas. Por isso, o elixir da beleza é ser feliz e relaxar o máximo
possível”.
É isso que Clélia Apparecida Minervini
procura fazer em seu dia-a-dia, além de
cuidar de seu corpo de um modo geral.
Tudo isso, de acordo com ela, proporciona
a autoestima do indivíduo. “É uma demonstração de carinho conosco mesmas, para
que possamos olhar no espelho e nos sentirmos maravilhosas. Isso gera um fortalecimento interior muito grande. E é a nossa
força interior o que mais importa, acima de
qualquer coisa”.
10 decoracao
~
Iluminacao:
´
o detalhe que traz elegância
e bem estar ao ambiente
A Torre Eiffel de Paris, o Castelo da Cinderela
da Disney, o Monumento às Bandeiras de Victor
Brecheret, o Coliseu em Roma. Todos esses
ícones têm em comum um aspecto crucial:
levam uma esplendorosa iluminação à noite,
chamando a atenção dos que passam e dando
um ar pomposo ao monumento. A luz acaba
servindo até como elemento escultural, ao
destacar o ponto turístico à distância.
Na foto da esq., na sala de estar e também de jantar ocorre a utilização de diferentes tipos de lustres e luminárias de maneira separada,
além do aproveitamento da luz natural com a grande janela da sala
de jantar. Na foto da dir., exemplo de integração entre a luz natural
e a luz artificial numa área de convivência.
“Nos dormitórios o
ideal é a luz indireta
ou difusa com luzes
pontuais para locais
de leitura, estudo,
brinquedo e em
frente a espelhos”
Apesar da efetiva elegância que
uma iluminação bem planejada traz
aos ambientes, ainda não são todos
que pensam no assunto ao decorar ou reformar seu apartamento. A “Viver & Conviver” procurou a opinião de alguns arquitetos, especialistas em design de interiores,
para entender como a iluminação de um
ambiente deve ser estruturada.
Segundo a arquiteta Suely Marchesi, o
morador tem que levar em consideração
a disposição dos móveis e dos cômodos de
sua casa. “Há muita criatividade no ramo,
e encontramos facilmente luminárias de
formatos e materiais inusitados, que funcionam por si só como peças decorativas.
Se a peça for bem confeccionada, dura por
muito tempo e, o mais importante, funciona com segurança: é preciso lembrar que
a eletricidade deve ser bem manipulada,
evitando acidentes, curto-circuitos e até incêndios”, diz.
Gerson Fernandes Brancalião, também
arquiteto designer de interiores, afirma que
a luz natural deve ser utilizada em abundância nas residências, complementada pela
iluminação artificial. De acordo com ele, a
luz natural está constantemente associada à
qualidade de vida. “O contato com a variação
do tempo ao longo do dia é o que as pessoas
sempre buscam, procurando informações
sobre o clima externo”, alega. Porém, dependendo do ambiente, esse tipo de iluminação
não é o mais adequado: “Galerias e museus
são as grandes exceções. As peças, a menos
que sejam projetadas para isso, não podem
receber luz solar, sob pena de deteriorarem
irreversivelmente”,complementa Suely.
Já com relação às casas e apartamentos,
especificamente, Suely afirma que a luz fria
costuma ser utilizada para ambientes de
trabalho (escritórios, ateliers, cozinhas) e a
luz quente para ambientes de convivência.
“Nos dormitórios, o ideal é a luz indireta ou
difusa, com luzes pontuais para locais de
leitura, estudo, brinquedo e em frente a espelhos. Estas últimas são direcionadas, mas
podem ser fixas no teto, na parede, ou podem
ser uma luminária móvel. Em banheiros, o
usual é a iluminação geral clara, com luz
especial ao redor de espelhos e banheiras,
quando houver, permitindo cromoterapia,
por exemplo. Cozinha e áreas de serviço,
ateliers e oficinas, sempre com o máximo de
iluminação, e o mais próximo da luz do dia,
com luzes auxiliares sobre bancadas”.
Em se tratando de salas de jantar, a recomendação da arquiteta é outra: uma iluminação pendurada, com foco inferior para
não acertar os olhos dos residentes, torna
o ambiente bastante aconchegante. “Em
home theaters, é conveniente ter luminárias
verticais em cantos fora da visão de quem
está voltado para a televisão, de modo que
não gerem reflexos na tela do aparelho”.
Uma pitada de charme e criatividade pode
ser colocada em halls de entrada ou de elevadores. Nesse caso, de acordo com Suely,
pode-se recorrer a um recurso diferenciado: não utilizar mobiliário e escolher uma
luminária vazada que esculpa a luz, criando
formas e sombras nas paredes.
Gerson Brancalião opta por estratégias
um pouco diferentes quando o assunto é
iluminação de cômodos. De acordo com ele,
na sala de estar, por exemplo, a luz fica acesa durante muito tempo do dia, já que várias
atividades são realizadas ali por longos períodos. “É aconselhável usar lâmpadas compactas ou tubulares nesse caso, por serem
mais econômicas”, comenta. O contrário
também é válido em ambientes onde as luzes são ligadas e desligadas com constância.
“No banheiro, as lâmpadas normalmente ficam acesas por períodos curtos e são acionadas frequentemente. Por isso, o melhor
seria usar as lâmpadas incandescentes. As
luzes fluorescentes teriam o seu tempo de
vida diminuído”.
Já na cozinha, Gerson aconselha o uso de
lâmpadas fluorescentes tubulares grandes.
“É recomendável também usar luzes focadas em locais como pia, bancada ou mesa,
onde são feitas atividades que requerem
muita atenção, como, por exemplo, o preparo da comida”, observa. Em contrapartida, luzes mais fracas em outros ambientes
trazem calma e suavidade, sendo quase cenográficas.
Qualquer que seja o projeto, clássico ou
moderno, vale lembrar que o seu conforto
não deve ignorar o desperdício de energia
elétrica; em tempos de sustentabilidade,
mantenha em pauta o respeito ao meio
ambiente.
12 Divirta-se
Muitos dos viajantes que desejam desfrutar de
paisagens naturais, aliadas ao conforto e ao
bem estar durante a estadia, escolhem cruzeiros
marítimos como opção ideal para o turismo.
Afinal, além dos destinos paradisíacos e das
paradas estratégicas em pontos específicos (como
conhecidas praias e centros históricos), os navios
possuem uma infraestrutura que oferece várias
alternativas para passar o tempo: piscinas, cassinos,
salões de dança, centros de convenção, restaurantes
rebuscados, lojas etc. E mais: muitas das empresas
de cruzeiros marítimos já proporcionam aos seus
clientes cruzeiros temáticos, com o intuito de
promover uma interação maior entre os cruzeiristas.
De acordo com a Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros
Marítimos), nos últimos anos, o segmento teve um crescimento exponencial de 623% e uma expansão média de 33% ao ano, sendo
uma das áreas que mais cresce no turismo nacional. Dos viajantes
que já passaram por essa experiência, 72,9% afirmam que não trocam o passeio de cruzeiro por uma viagem ao exterior do país.
Aproveitando a fama desse tipo de viagem, as empresas oferecem pacotes vantajosos e criativos. A MSC Cruzeiros, por exemplo,
possui vários passeios temáticos, e dentre eles se destaca o Cruzeiro
Mundo Fantástico. Com data marcada para o final de janeiro, passa
por Santos, Ilhéus, Maceió, Salvador e Búzios, durando o equivalente a sete noites. O diferencial desse cruzeiro é a integração entre
a família. Há programações dedicadas especificamente às crianças
– festa à fantasia, gincanas, jogos, caricaturistas, oficinas e desfile de
moda infantil – e também aos adultos, com palestras sobre conflitos
entre pais e filhos e aulas de esculturas em papel e decoração. O
navio fica todo ornamentado para a ocasião.
A empresa Ibero Cruzeiros, por sua vez, realizará o passeio temático Anos Dourados, a fim de relembrar aos cruzeiristas o glamour
das músicas dos anos 50. Com a programação composta até por
baile de máscaras e marchinhas de carnaval, o cruzeiro ocorrerá
em fevereiro e terá a duração de oito noites, passando por Santos,
Buenos Aires, Punta del Este e Porto Belo.
A empresa Cruzeiros Temáticos Costa também oferece inúmeras opções para quem deseja fugir da viagem tradicional. Uma
delas é o Cruzeiro Bem-Estar, que proporciona palestras com especialistas em nutrição e saúde, vivências de Yogaterapia, aulas de
alongamento, pilates, dança de salão, ginástica e acompanhamento
pessoal na academia do navio. Para aqueles que desejam manter o
físico mesmo nas férias. Ele ocorre no final de janeiro, e passa por
Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Ilhéus e Ilhabela, com duração de
sete noites.
Além dos cruzeiros temáticos, uma boa opção são os transatlânticos. Por se tratarem de navios que saem da Europa e chegam ao
Brasil para a alta temporada (que vai até o final do verão no Hemisfério Sul), o retorno dos navios à Europa acaba sendo uma ótima
alternativa, com preços bem convidativos. Deste modo, o cliente
pode fazer uma viagem marítima a vários destinos da Europa e
retornar ao Brasil de avião, economizando no preço. A empresa
Royal Caribbean já tem duas viagens nesse perfil marcadas para
março de 2011.
Uma delas é a bordo do navio Splendour of The Seas. A embarcação sairá do porto de Santos no dia 21 de março e o passeio terá
duração de 14 noites. De acordo com o itinerário, o primeiro destino
é a praia de Búzios. Depois, o navio passa por Salvador, Recife e fica
navegando por seis dias. Em 02 de abril, atraca em Tenerife (Ilhas
Canárias) e chega ao seu destino final, em Lisboa, no dia 04 de abril.
Assim, o viajante retorna ao Brasil posteriormente, de avião. Nesse
pacote, todas as taxas estão inclusas, exceto passagem de avião e
estadia em Lisboa, sendo que uma cabine dupla custa, em média,
de R$2.900 a R$3.200. Outra alternativa da Royal Caribbean é o Mariner of The Seas, o maior navio que atracará em costa brasileira
na temporada 2010-2011. Ele partirá do porto de Santos no dia 13
de março e tem como destino final a cidade de Roma, na Itália. Essa
viagem dura 14 noites.
A empresa MSC Cruzeiros também possui esses pacotes transatlânticos com preços vantajosos. Há promoções como “O 2º Hóspede é Grátis”, inclusive com o bônus aéreo da volta, dependendo das
datas de saída dos navios. Nesse caso, basta consultar as agências
de viagem que vendem os pacotes da MSC Cruzeiros para obter
informações mais precisas. Dentre os destinos, estão Kiel (na Alemanha), Veneza (Itália), Amsterdam (Holanda) e Gênova (Itália).
Opções não faltam para quem quer se divertir sobre as águas. Consulte um agente de viagens e fique atento sobre as taxas cobradas,
as documentações necessárias e os itinerários das empresas.
Os preços citados nesta matéria podem ser alterados sem aviso prévio e a disponibilidade das
datas deve ser consultada nas agências de viagem, empresas marítimas e operadoras de viagem.
14 Gastronomia
Ingredientes
01 Panetone
01 lata de leite condensado
01 lata de creme de leite sem soro
01 colher de sopa de canela em pó
1/2 pote de sorvete de chocolate
Modo de Preparo
1- Leve em uma panela o leite condensado
com a canela. Cozinhe até ponto de brigadeiro.
2- Adicione o creme de leite, sem soro, e
mexa bem até ficar homogêneo.
3- Enquanto o creme esfria, corte o panetone na parte de cima, tirando o topo como se
fosse uma tampa.
4- Remova o miolo com uma faca, deixando
cerca de 1 cm de borda.
5- Quando o creme esfriar adicione o sorvete de chocolate e misture. Reserve cerca de
duas colheres de sopa do creme para “colar” de volta o topo do panetone.
6- Despeje a mistura do creme com o sorvete no interior do panetone.
7- “Cole” o topo do panetone com o creme
restante e leve-o ao congelador por cerca de
2 horas.
8- Sirva o panetone imediatamente após retirar do congelador. Sirva com frutas à sua
escolha.
Palavra do Chef
Esta receita aceita variações. Trocando o
sorvete e o sabor do creme, é possível obter
inúmeras combinações e paladares dessa
sobremesa. Além disso foi mantido o formato original do bolo, mas é possivel realizar o
sorvetone de outras formas, como cortar o
panetone em fatias grossas e montar como
se fosse um pavê.
“O Sorvetone é uma ótima alternativa para aproveitar o
panetone que pode acabar sobrando na noite de Natal.
Uma sobremesa fácil e que muda a forma de servi-lo.”
Detalhe do
Sorvetone
aberto
Danilo Miyaoka é chefe e professor
de Gastronomia no Senac
16 SERVIcO
Maridos de aluguel
Quem passa na rua e se
depara com uma van vermelha,
com os dizeres “Marido de
Aluguel” escritos em branco,
estacionada em frente a um edifício
ou condomínio, pode se assustar ou
achar que alguma coisa ali está muito
esquisita. Mas, na realidade, o serviço
que está sendo oferecido não tem nada a
ver com a cura afetiva de mulheres em busca
de um par. Trata-se de um profissional que se
desloca até a moradia de pessoas que não sabem
ou não têm tempo para consertar um chuveiro
queimado, desentupir um encanamento, trocar uma
lâmpada ou desemperrar uma porta.
Valdir Peres, conhecido como Billy, fundou a empresa “Marido de
Aluguel” e já trabalha nesse ramo há cinco anos. “Tudo começou em
março de 2005. Eu estava vendo uma entrevista no programa do
Jô Soares em que um norteamericano montou uma agência para
cuidar de serviços domésticos. Porém, com o tempo, eu percebi que
uma agência não funciona com a mesma eficiência. As pessoas querem um ‘marido de aluguel’ único, alguém em quem confiem e que
conheçam bem. É esse o diferencial do meu trabalho”, conta Billy.
Desde que começou a prestar esses serviços, ele afirma que já
enfrentou de tudo: fez churrasco em festas e trocou pneu furado
de madrugada. Uma cantada ou outra, claro, ele também já levou.
“Atendo de dois a três clientes por dia e cobro R$70,00 por hora.
Graças a Deus minha agenda está sempre lotada e a demanda é
grande”, diz.
Billy já participou de programas de televisão, deu entrevistas, palestrou na Fundação Casa (antiga Febem) e integrou trabalhos de
conclusão de curso em faculdades: “Além de fazer algo que gosto, consigo muitas amizades por onde passo”. Ele garante que sua
clientela é majoritariamente feminina, sendo que grande parte das
pessoas solicitantes mora sozinha. Porém, apesar disso, o “Marido
de Aluguel” também atende o público masculino, idosos e empresas. “A maioria dos meus clientes mora na Vila Mariana, em Moema, no Itaim, no Morumbi e Jardins. Desses, 85% são mulheres,
10% homens, 10% da terceira idade e 10% da área corporativa”.
Em se tratando do perfil dos clientes, algo bem diferente ocorre
com Christian Salgado, da empresa “Seu Marido de Aluguel”. Ele
iniciou a prestação de serviços domésticos em agosto de 2007 e
afirma que as solicitações femininas não são a maioria. “É bastante
equilibrado entre homens e mulheres. Recebemos pedidos inclusive de escritórios e empresas”. Depois de haver passado por uma
crise de síndrome do pânico, Christian recebeu orientações médicas para trabalhar com coisas das quais gostasse e lhe dessem
prazer. Assim, descobriu na arte de consertar e reparar objetos um
hobby eterno.
Ao comentar dos serviços oferecidos, Christian reforça que o
mais solicitado é o ajuste de vazamentos de pias, vasos sanitários,
sifões etc. “No final do ano, é muito grande a procura por pintura e
reformas; a agenda fica lotada”. Ele também afirma que sua empre-
sa tem um diferencial em comparação às outras do mesmo ramo: a
relação pai e filho. Afinal, Christian trabalha com seu pai nos consertos domésticos, algo que, segundo ele, causa uma relação amistosa
e de confiança. “Fazemos bem feito para fazer uma única vez. Tentamos, na medida do possível, atender todos os clientes no menor
prazo”, garante.
Outra empresa que também oferece serviços de manutenção residencial, mas de uma maneira bem divertida e original, é a “PQM:
Pra Que Marido”, que já possui filiais espalhadas por várias cidades
do país. Ideia do empresário Alexandre Ortega, a franquia PQM começou timidamente em 2003 e ganhou visibilidade pelo boca-a-boca. Hoje, já conta com uma equipe fixa de funcionários e uma vasta
rota de carros. No site da agência de serviços domésticos, a dona de
casa ou o esposo podem escolher por tipos específicos de marido
que desejam, de acordo com a necessidade e ocasião. Há o “Marido
Gramado”, que cuida do jardim, corta a grama e faz a adubação
das plantas. Existe também o “Marido Aquarela”, especializado em
pinturas. Isso sem contar o “Marido Prático”, que realiza serviços
simples que são renegados pelos esposos comuns: passeia com o
cachorro, limpa a piscina e as calhas, lava as pedras e calçadas etc.
Cada um tem a sua especialidade.
A “Viver & Conviver” separou os contatos de cada um dos “maridos”, para você poder escolher, requisitar o serviço e aproveitar o
tempo livre para ficar longe dos consertos domésticos.
O que eles podem fazer por você:
• Instalações de tomadas, interruptores,
luminárias, chuveiros
• Instalação de lavatórios, pias, tanques,
fechaduras e dobradiças
• Manutenção de encanamento e tubulações
• Regulagens e instalações de portas,
armários, camas, varais, cortinas
Consulte
Marido de Aluguel
Billy (Valdir Peres)
Telefones: (11) 3924-2032 /
(11) 9198-4554
www.maridodealuguel.com
Seu Marido de Aluguel
Christian Salgado
Telefones: (11) 8965-3813 /
(11) 7441-6437 / (11) 7896-1158
www.seumaridodealuguel.com.br
Pra Quê Marido
Telefones: (11) 2994-5000 /
(11) 3729-9318
www.praquemarido.com.br
18 comportamento
A crianca pequena se
´
expressa pelo choro
Chorar é manifestação comum entre os lactentes (bebês com até dois
anos de idade) e é o mais significativo dos comportamentos pré-verbais. O
choro pode ter três classificações: “Normal”, “Excessivo” com causa definida
ou “Excessivo” sem causa aparente.
A “cólica” do lactente está na categoria “choro excessivo sem causa aparente”. Prejudica o dia a dia dos pais e atrapalha o sono da criança e da
família. Mais frequente no fim da tarde e começo da noite, é choro forte,
estridente, e o bebê se contorce. Até hoje não se conhece bem essa “cólica”,
que é considerada um sintoma complexo de dor abdominal. Tende a desaparecer por volta dos três ou quatro meses de idade. O aleitamento materno exclusivo diminui muito a incidência desse tipo de choro. Medicalizar a
“cólica”, ou seja, usar medicações em excesso, não é a conduta correta.
O ambiente doméstico deve ser calmo, para não deixar a criança ainda
mais irritada.
Os pais devem se certificar que está tudo bem com o bebê que chora muito, isto é, se não tem fome, está trocado e confortável, sem excesso ou falta
de roupas e com dimensões adequadas dessas roupas. É comum, pelo fato
do bebê crescer rapidamente, que suas roupas fiquem logo apertadas e isso
o incomoda muito.
Se os pais têm uma boa assistência pediátrica, sabem que seu filho está
se desenvolvendo normalmente, e dialogam frequentemente com seu pediatra no consultório, não há motivo para preocupação em relação aos períodos de choro.
A relação sono-vigília não é tão bem organizada no início da vida e isso é
um processo progressivo. O recém-nascido dorme de 16 a 20 horas por dia
em ciclos de três a quatro horas, independentemente se é dia ou noite; com
o passar das semanas é estabelecida uma melhor organização e o bebê
passa a dormir mais durante a noite. Os pais devem “mostrar” à criança
o que é dia e o que é noite administrando com sabedoria a exposição da
mesma à claridade do dia ou à penumbra da noite. Tudo o que os pais não
devem fazer é “confundir” o bebê que está começando a aprender a viver.
É necessário que todos compreendam esse período de transição que é
ter um pequeno ser humano começando a vida dentro de uma família e os
vizinhos precisam ter paciência em relação a essa fase passageira.
Clóvis Francisco Constantino é presidente
da Sociedade de Pediatria de São Paulo
Acesse: www.spsp.org.br

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