Greve dos trabalhadores dos Correios segue com força no Paraná

Transcrição

Greve dos trabalhadores dos Correios segue com força no Paraná
ZERO HORA
O informativo que chega antes da enrolação da ECT
Campanha Salarial 2013 | SINTCOM-PR | www.sintcompr.org.br |
O
24 de setembro - nº4
Greve dos trabalhadores dos Correios
segue com força no Paraná
s trabalhadores dos Correios do Paraná continuam em greve, seis dias após a deflagração. Mesmo no final de semana, diversas atividades foram
realizadas ao redor do estado, enquanto a Empresa organizou mutirões de entrega para aliviar a carga parada
pela falta de ecetistas em atividade (apesar da ECT insistir em afirmar que a greve não está afetando a produção
dos Correios. Uma mentira deslavada). A estimativa é de
que cerca de 2 mil ecetistas do operacional estejam paralisados, principalmente nas regiões de Cascavel, Curitiba,
Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
Em Curitiba, os trabalhadores do CEE Sul se mantiveram acampados em frente à unidade para mostrar que a
paralisação continua forte. No sábado (21), a Empresa
chegou a visitar o local e tentou desmobilizar os ecetistas.
A ida de representantes da ECT até lá instigou ainda mais
os trabalhadores, que não recuaram e se mantiveram com
a comissão de mobilização e convencimento no acampamento.
A preocupação da Empresa com o local tem sentido.
O CEE Sul é uma unidade que recebe encomendas internacionais, não só as que vem para o Paraná, mas para
todo o Brasil. Com os trabalhadores em greve, o CEE Sul
está sem atividade, a carga fica paralisada, gerando uma
pressão política nacional em cima da ECT. Manter o CEE
mobilizado tem uma importância gigante para a greve,
inclusive nacionalmente.
Nesta segunda-feira, a Empresa chegou a apresentar
uma notificação extrajudicial pro Sintcom-PR afirmando
que a carga está se avolumento no aeroporto e que está
vulnerável a “eventuais meliantes” e extravio. A ECT
nos deu nada menos do que um atestado de que estamos
atrapalhando sua produção! Agora não adianta falar que
a greve é fraca!
A greve é forte também no interior
Para além da capital, a greve também segue com força
crescente no interior. Nesta segunda (23), o CDD Campo
Mourão aderiu à paralisação e na cidade de Sarandi, região metropolitana de Maringá, aumentou muito a participação de carteiros e atendentes.
Em Ponta Grossa, a adesão é cada vez mais significativa, em unidade com Castro e Piraí do Sul. Foz do Iguaçu
tem 70% de paralisação do operacional, com participação
ativa dos trabalhadores. Na cidade de Cascavel, os ecetistas em greve estão concentrados principalmente no CDD
Sarandi
Leste, atrasando a entrega de cartas no município.
A participação também cresceu em Londrina, principalmente na região metropolitana. O Centro de Distribuição
Domiciliar de Cambé está fechado nesta segunda-feira e
em Apucarana e Rolândia, a greve atingiu com força as
agências.
Os trabalhadores estão cada vez mais mobilizados!
Queremos aumento real, o fim do golpe do Postal Saúde
e melhores condições de trabalho já!
Cascavel
Justiça adia audiência sobre o Postal Saúde
N
esta segunda-feira (23), seria realizada a audiência de julgamento que definiria, em primeira instância, a ilegalidade ou não do Postal Saúde. No
entanto, o Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal adiou a reunião e a divulgação da decisão para o dia
30 de outubro. A determinação é mais uma prova de que
a justiça está do lado da Empresa e de que é preciso mobilização para vencer a intransigência e os golpes da ECT!
A ação contra a criação do Postal Saúde é movida
pela Fentect. Isso porque no dissídio coletivo de 2012 foi
acordado que qualquer alteração no plano de saúde seria
debatida por uma comissão paritária de trabalhadores e
representantes da Empresa. Além disso, o Postal Saúde
foi criado às escondidas em uma assembleia realizada em
Brasília com a participação dos gestores. Foi um golpe de ex-sindicalistas que antes estavam à frente dos sindicatos e
agora estão na gestão da Empresa. Ou seja, a ECT deliberadamente passou por cima dessa decisão e instituiu o Postal Saúde às escondidas. Isso, além de uma tentativa de atacar nossos direitos, é ilegal!
Precisamos nos manter ainda mais mobilizados para mostrar que somos contra o Postal Saúde! As provas da ilegalidade dessa mudança de gestão são claras, mas a greve é capaz de barrar essa ataque a um dos principais benefícios
que os ecetistas têm hoje. Seguimos firme na luta!
A
Ataques da Empresa são claros!
ECT vem sistematicamente tentando atacar a
nossa greve e desmobilizar os trabalhadores através do jogo baixo da judicialização das nossas
movimentações. Já nos mandou diversos interditos proibitórios, impedindo a paralisação de CDDs como em Colombo e Maringá. Também tentou por várias vezes usar
liminares contra o fechamento do prédio da João Negrão,
mas todas as vezes que o oficial de justiça verificou a validade das acusações, foi obrigado a negar o pedido. Ponto
para os trabalhadores!
Além disso, há denúncias de contratações de terceirizados para substituir trabalhadores em greve, de que pessoas
sem habilitação para dirigir os veículos dos Correios estão
fazendo serviços de entrega e que ecetistas da área administrativa também estão em desvio de função para substituir
os carteiros em greve.
Nacionalmente os ataques são ainda maiores. Na semana passada, a Empresa quis tornar a greve ilegal junto ao
TST. Apesar de entender a paralisação como um direito
dos trabalhadores, a justiça determinou que 40% dos ecetistas deveriam se manter em atividade. Como a ECT tem
divulgado que a adesão nacional é menor que 10%, queremos mais é que a ordem judicial vá pro espaço.
Também na semana passada, logo após a deflagração
nacional, a Fentect enviou um ofício à Empresa comunicando a decisão das assembleias e afirmando que se
mantinha disposta a negociar. A ECT respondeu esse
ofício de forma completamente intransigente, afirmando
que não existiria mais negociação e que devemos aguardar o desfecho do Dissídio Coletivo.
Além de tudo isso, o Correios organizou um mutirão
de entregas com os fura-greve nesse final de semana. Ou
seja, a Empresa mente em seus documentos internos afirmando que a mobilização é fraca, que poucos ecetistas
estão paralisados, ao mesmo tempo em que organiza mutirões pra tentar normalizar a entrega. Se a greve é fraca,
pra que organizar mutirão?
Chega de ataques aos trabalhadores! Se estamos em
greve, é porque lutamos por nossos direitos e estamos cansados de tanta intransigência. E não adianta a ECT tentar
dividir os ecetistas pelo Primeira Hora, dando um ultimato a cada sindicato. A categoria é uma só e a nossa decisão é nacional, porque todos juntos somos mais fortes!
O que queremos é a volta das negociações já!

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