Revista Aliança Premonstratense, nº XXI

Transcrição

ALIANÇA PREMONSTRATENSE
CIRCARIA BRASILEIRA
REVISTA
DAS COMUNIDADES
DE LÍNGUA PORTUGUESA E ESPANHOLA
15.06.2013
n° XXI
ALIANZA PREMONSTRATENSE
REVISTA
DE LAS COMUNIDADES
DE LENGUA ESPAÑOLA Y PORTUGUESA
ITINGA
JAÚ
MONTES CLAROS
SALVADOR
TORO
VILLORIA
Revista Aliança Premonstratense / Revista Alianza Premonstratense, n°XVII – 15.06.2012
1
Revista Aliança Premonstratense / Revista Alianza Premonstratense, n°XXI – 15.06.2013
2
Corresponsales – responsáveis
Por las crónicas – pelas crônicas
Itinga
Fr. Gregório Wellington Soares dos Santos
[email protected]
Natal
Fr. Gabriel Cássio Ribeiro de Lima
[email protected]
Viena
Fr. Emmanuel Juan Manuel Talabera
[email protected]
Jaú
Pe. Alvarino Bienzobás Júnior
[email protected]
Montes Claros
Fr. Erlândio Alves de Oliveira
[email protected]
Mirabela
Pe. Marcelo Luiz Santos Rocha
[email protected]
Salvador
Irmã Clélia Louise Barbosa da Silva
[email protected]
Toro
Sor María Cristina
[email protected]
Villoria de Órbigo
Madre María de las Nieves
[email protected]
Por la edición – pela edição
Côn. Alessandro Resende Heleno
[email protected]
(editor)
Obs: A Revista é editada semestralmente: nos fins dos meses de junho e dezembro.
Por favor, enviar os textos ao Côn. Alessandro antes dos dias 15 de junho e 15 de dezembro.
[email protected]
3
Editorial
I
p. 6
AS CRÔNICAS - LAS CRÓNICAS
Itinga
(Fr. Gregório Wellington S. dos Santos)
p. 7
Natal
(Fr. Gabriel Cássio Ribeiro de Lima)
p. 9
Viena
(Fr. Emmanuel Juan Manuel Talabera)
p. 13
Salvador
(Irmã Clélia Louise Barbosa da Silva)
p. 16
Jaú
(Pe. Alvarino Bienzobás Júnior)
p. 19
Montes Claros
(Fr. Erlândio Alves de Oliveira)
p. 21
Mirabela
(Pe. Marcelo Luiz Santos Rocha)
p. 25
Toro
(Sor Maria Cristina)
p. 27
Villoria de Órbigo
II
p. 31
ESPIRITUALIDADE
"Sangue de Cristo, inebriai-me" (Reflexões sobre a oração)
Dom Thomas Handgrätinger – Abade Geral.
III
p. 32
NUESTRAS CONSTITUCIONES
O caminho para a plena integração na comunidade
Dom Jos Wouters – Abade de Averbode – Bélgica.
p. 41
4
IV
ARTIGOS e RELATÓRIOS - ARTÍCULOS e INFORMES
Definitório da Ordem Premonstratense
Aos 3 a 5 de Novembro de 2012
V
p. 48
10 Anos da Revista Aliança Premonstratense 2003-2013
Côn. Alvarino Bienzobás Júnior, O.Praem.
p. 56
Revolução de São Paulo de 1924 - a ponte de Pirapora e os Premonstratenses
Côn. Godofredo Chantrain, O. Praem.
p. 58
Crônica sobre a visita do Abade Geral Dom Thomas ao Brasil
e sobre o Encontro de jovens da Circaria Brasileira, (Abadia de Jaú - 2013)
Prior Antônio Galvão, O. Praem. (Vigário do Abade Geral - Circaria Brasileira)
p. 65
PASTORAL VOCACIONAL
Encontro dos Jovens Premonstratenses da Circaria Brasileira na Abadia de Jaú
Côn. Alessandro, O. Praem.
p. 71
PARABÉNS!
Votos Solenes:
Aos 02.02.2013: Fr. Michel Valério Junior, O.Praem.
Ordenação Diaconal:
Aos 03.02.2013: Côn. Roney Soares de Souza, O.Praem.
Ordenação Presbiteral:
Aos 03.02.2013: Diácono Flávio Alves Soares, O.Praem.
5
EDITORIAL
10 ANOS DA REVISTA ALIANÇA PREMONSTRATENSE (2003 - 2013)
P
ARABÉNS a todos os norbertinos que contribuem para a Revista e para o site
NORBAL, para nós é uma alegria poder celebrar os 10 anos de dedicação e trabalho prestados
as Canonias Premonstratenses do Brasil. Parabéns a todos os norbertinos!
A Revista Aliança Premonstratense:
Como vocês, norbertinos leitores, podem observar o objetivo da Revista foi
proporcionar a comunicação e a partilha da vida comunitária de cada Canonia. A função dos
cronistas é partilhar um pouco do que cada Comunidade realiza no interior da vida canonical
norbertina. O Abade Geral sempre contribui com as reflexões da Vida Canonial. O Abade Jos
nos ajuda nas reflexões sobre a Constituição da Ordem. O texto do Abade Jos, publicado nesta
edição é parte de um texto apresentado por ele e pela Comissão Jurídica da Ordem durante o
Capítulo Geral de 2012 em De Pere (EUA). O Vigário do Abade Geral, escolhido durante o
Capítulo Geral de 2012, o Prior Antônio Galvão apresenta-nos um relatório do Encontro dos
Jovens Norbertinos, da mais nova Circaria Brasileira, ocorrido em Janeiro de 2013, na abadia
de Jaú. Depois de muitos anos, o Santuário de Pirapora, deixa de ser administrados pelos
Premonstratenses e por isso o nosso fiel e estimado Côn. Godofredo nos presenteia com um
artigo sobre os párocos premonstratenses que passaram pelo Santuário de Pirapora. Queremos
dar as boas vindas aos novos Cronistas: Fr. Emmanuel Juan Manuel Talabera (Viena) e da
Irmã Clélia Louise Barbosa da Silva (Salvador). Não poderemos de agradecer ao Côn. Karol
Woltyla que foi nosso correspondente e cronista em Veina, muito obrigado!
Temos duas novas fundações:
 Uma Comunidade Feminina: "IRMÃS TERCIÁRIAS PREMONSTRATENSE DE
JESUS MISERICORDIOSO" - (SALVADOR)

 Uma Comunidade Masculina: "PRIORADO PAROQUIAL NORBERTINO" (MIRABELA)
O site da Circaria Brasileira: www.norbal.org
No site vocês encontram fotos das novas fundações, das Ordenações e dos Votos de cada
confrade de cada Canonia, além de acompanhar o que está acontecendo na Ordem Premonstratense e
as principais solenidades e festas de cada Abadia ou Priorados. Pretendemos publicar também alguns
textos do Encontro dos Jovens Norbertinos e do Capítulo Geral de 2013.
Côn. Alessandro, O.Praem.
6
I
AS CRÔNICAS - LAS CRÓNICAS
PRIORADO DE SÃO NORBERTO DE ITINGA – (BAHIA)
Fr. Gregório Wellington Soares dos Santos, O.Praem.
“Se queres saber o
que cremos, vem
ouvir o que
cantamos.” E
ainda: “Cantar é
próprio de quem
ama”.
(Santo Agostinho)
JANERIO/2013
O primeiro dia do ano foi celebrado com muita festa. Toda a comunidade
conventual esperava na beira da praia, com expectativa a contagem regressiva
para acolher o Ano Novo que chegava. No dia primeiro rezamos com
solenidade a Festa de Santa Maria Mãe de Deus.
Um evento mais significativo que aconteceu no mês de Janeiro foi o Encontro
de Estudantes da Circaria Brasileira. Sobre este encontro existem vários
aspectos que merecem ser lembrados... No dia 19 embarcamos em Itinga nós
(os irmãos e as irmãs), com previsão de chegada a Montes Claros às 19:00 ou
20:00. Devido a alguns desencontros e por causa de um acidente que bloqueou a
pista nos dois sentidos, conseguimos chegar em Montes Claros no outro dia por
volta do almoço. Onde fomos acolhidos com grande afeto pelos confrades de
Montes Claros. Logo depois do almoço seguimos viagem para Jaú. O encontro
de estudantes este ano, segundo a avaliação feita por nós estudantes de Itinga foi
muito positiva. A acomodação e a organização foram perfeitas. Os pregadores
conseguiram transmitir a mensagem de forma clara e dinâmica. A Abadia de Jaú
recebe por meio desta crônica o nosso agradecimento. Parabéns a todos os
confrades de Jaú. Ao voltarmos de Jaú, fomos acolhidos pelos irmãos de
Contagem – MG. Com o coração aberto e despojados pudemos experimentar o
que há de melhor da hospitalidade mineira. Queremos agradecer a todos os
confrades da Canonia de Montes Claros, na pessoa do seu Prior, Pe. Antônio
Galvão de Campos, pela acolhida generosa, pela hospitalidade e pela caridade.
O nosso muito obrigado, e que Deus os abençoe.
No dia 28 tivemos a graça de receber em nossa casa a visita do Abade Geral.
Sua presença em nosso meio encheu nossa casa de alegria. No dia 29 de Janeiro
o Instituto de Filosofia Beato Thiago Kern recebeu e ouviu de modo sistemático
a defesa das teses monográficas de nossos Confrades; Fr. Emmanuel Juan
Manuel Talabera; Fr. Pedro Adriano Clemilson Ferreira da Silva; Fr. Jorge
Sebastian Andres Encalada Pizarro; Fr. Inácio de Loyola Irlan de Jesus Costa
Medeiros. Onde receberam das mãos do Diretor do Instituto de Filosofia Beato
“Quantas lágrimas
verti, quão violenta
emoção
experimentada,
Senhor, ao ouvir
em vossa Igreja os
hinos e cânticos
que o louvam. Ao
mesmo tempo em
que aqueles sons
penetravam em
meu coração,
excitando os
movimentos de
piedade, enquanto
corriam minhas
lágrimas”...
(Conversão de
Santo Agostinho)
“Poucas coisas são
tão próprias para
excitar a piedade
nas almas e
inflamá-las com o
fogo do amor
divino como o
canto.”
(Santo Agostinho
7
Thiago Kern. A. R. D. Milo Hans Ambros e do Abade Geral Dom Tomás
Handgrätinger o certificado de Conclusão de Curso da Filosofia. O nosso
agradecimento a todos os Professores do Instituto, ao Coordenador do Instituto
Cônego Ângelus Josemir, juntamente com o Diretor Pe. Milo Hans Ambros.
No dia 30 foram enviados para Natal, o Fr. Inácio de Loyola Irlan de Jesus
Costa Medeiros e o Diácono Helder Cícero Alexandrino da Paixão. Vão fazer
falta a presença significativa destes dois irmãos na comunidade de Itinga.
FEVEREIRO/2013
O mês de Fevereiro começa com um grande evento; na Solenidade da
apresentação do Senhor e festejando regionalmente a festa de Nossa Senhora
das Candeias a Canonia de Itinga recebe os votos de profissão simples do então
noviço Fr. Emmanuel Juan Manuel Talabera, um motivo de grande alegria. No
dia 10 é enviado em missão para a casa de Viena na Áustria. Fr, Emmanuel,
você deixará gravado nesta comunidade a sua disponibilidade e vida fraterna,
sentimos saudades.
“Minha alma
suspira e desfalece
pelos átrios do
Senhor. Meu
coração e minha
carne exultam pelo
Deus vivo.”
(Sl 84-3)
No mesmo dia (10), chegam a passeio de Viena, o querido Prior Bernhard
Michel (Miguel) Schelpe, juntamente com uma senhora muito simpática, Dona
Tecca. A estada de Pe. Miguel em nosso meio foi fecunda e alegrou os dias de
nossa comunidade, conventual e paroquial.
No dia 16 deste mês os irmãos do Mosteiro de Itinga (Fr. Aurélio Agostinho
José Fábio e Fr. Gregório Magno Wellington Santos) iniciaram um ousado
trabalho de evangelização. Com o apoio da Paróquia Nossa Senhora Aparecida
e Santa Catarina de Senna (na pessoa do Pe. Thiago Kern) começaram a Escola
Bíblica Teológica. Esta escola dará formação teológica para leigos durante 03
anos. Ao fim deste tempo de formação os leigos receberão um certificado de
curso de Extensão, reconhecido pelo Instituto Beato Thiago Kern. Que Deus dê
forças aos nossos confrades para essa frente de trabalho missionário.
Amor e Felicidade
se encontram,
Justiça e Paz se
abraçam.”
(Sl 85-9,11)
MARÇO/2013
No dia 31 de março celebramos com toda Solenidade a Festa da Ressurreição do
Senhor. As Vésperas pascais marcam a alegria e a dignidade deste tempo.
Rezamos Solenemente as Vésperas Pascais no Domingo como de costume
durante os sete domingos da Páscoa.
ABRIL/2013
Aos sete dias do mês de abril na solene celebração dominical, aconteceu a
vestição dos noviços; Fr. Guilherme Dicarlos Monteiro da Silva; Fr. Paulo
Tiago Santos do Amor Divino; Fr. Rafael Eduardo Fernandes da Silva. Que a
força do Divino Espírito acompanhe sempre estes nossos irmãos na caminhada
vocacional.
“Quem é bom, é
livre, ainda que
seja escravo. Quem
é mau é escravo,
ainda que seja
livre”.
(Santo Agostinho)
Dia 14 de abril chegou de Viena o nosso estimável confrade Karol Wojtyla
Cícero Cardoso Simão. Ele assume como superior da casa de Natal. Para ele
8
uma missão desafiadora.
Aconteceu entre os dias 18 à 21 de abril o NOVINTER, com o tema:
afetividade. O encontro aconteceu na casa de retiro dos Padres Jesuítas e teve
como assessora a Irmã Annete da Congregação Filhas de Santa Teresinha. Os
noviços premonstratenses marcaram presença significativa.
MAIO/2013
No dia 22 de maio toda a comunidade conventual celebrou a festa de Santa Rita
de Cássia, na comunidade paroquial. Após a celebração da Missa com Laudes, a
Comunidade de Santa Rita ofereceu para os confrades um café da manhã
festivo.
“Não temas porque
eu te remi; chameite pelo teu nome, tu
és meu”.
(Is 41 – 1)
JUNHO/2013
O dia 5 de Junho foi marcado pela recitação da 1ª Vésperas da Solenidade de
nosso Pai e Fundador São Norberto. No dia em que celebramos a Festa de São
Norberto (06 de Junho), tivemos um dia festivo. Ao fim do dia, recebemos em
nossa Paróquia o Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo. Ele presidiu a Solene
celebração Eucarística em memória de nosso fundador, na qual os irmãos, Fr.
Pedro Adriano Clemilson Ferreira da Silva; Fr. Jorge Sebastian Andres
Encalada Pizarro e Clélia fizeram a sua primeira profissão de votos. Oremos
para que estes nossos irmãos sejam sempre fiéis a vocação que foram chamados.
Assim se encerram os principais eventos da Canonia de São Norberto em Itinga. “Não basta fazer
Queremos a cada dia crescer mais no amor e na fraterna comunhão. A todos os coisas boas - é
preciso fazê-las
leitores saúde e paz.
bem”.
(St. Agostinho)
MOSTEIRO NOSSA SENHORA MEDIANEIRA
(São Gonçalo do Amarante – Rio Grande do Norte)
Fr. Gabriel Cássio Ribeiro de Lima, O.Praem.
“Vou escutar o que
diz o Senhor:
“Deus anuncia a
paz ao seu povo e
seus fiéis, e aos que
se convertem de
coração.
DEZEMBRO/2012
No dia 24 tivemos as 12hs a confraternização natalina junto com os benfeitores
do Mosteiro. O Cláudio, como o mais novo da casa, segundo o costume, nos
dirigiu a mensagem do natal. Rendemos graças a Deus, em união com todos os
9
confrades premonstratenses, pelos 891 anos de fundação da nossa Ordem.
A meia noite celebramos a Santa Missa do Natal do Senhor, esta foi a primeira
celebração eucarística que aconteceu no local onde está sendo erguida a nova
igreja Matriz de Santo Antônio, um momento de alegria para todos os
paroquianos.
No dia 25 os confrades iniciaram as férias. Neste mês foram concluídos o
telhado e a base do piso da nave central da nova igreja Matriz.
JANEIRO/2013
No dia 11 saíram de viagem para o Mosteiro de Itinga os confrades Gabriel e
Cláudio, para participarem do Encontro dos Jovens Premonstratenses em Jaú SP.
No dia 18, durante as laudes na igreja Matriz de Itinga, o Fr. Gabriel renovou os
votos religiosos pelo período de mais um ano.
Na manhã do dia 19, em uma comitiva de 22 confrades (11 irmãos e 11 irmãs),
saímos de Itinga para Jaú–SP. O III Encontro dos Jovens Premonstratenses,
organizado pela Abadia de São Norberto de Jáu, ocorreu durante os dias 20 a 25
no Hotel Estância Santa Paula da cidade de Dois Córregos - SP.
“Cantarei para
sempre o amor do
Senhor, anunciarei
de geração em
geração a tua
fidelidade.
Pois eu disse: Teu
amor é um edifício
eterno. Tu firmaste
a tua fidelidade
mais que o céu.”
(Sl 89 - 2,3)
Com este tão agradável e frutuoso encontro com os Irmãos e com o Senhor
renovamos nossa fé no caminho que Deus nos chamou a percorrer.
Agradecemos a Abadia de Jaú pela dedicação e cuidado na preparação do
Encontro; ao Abade Geral Dom Thomas e a Dom Paulo Roxo pela presença e
pelas palavras; e aos confrades da Canonia de Montes Claros pela calorosa
hospedagem que nos ofereceram em suas casas durante a viagem.
No dia 22 o Pe. Filipe, junto com a comunidade paroquial, celebrou os 7 anos
de sua ordenação sacerdotal.
No dia 31 chegaram do Mosteiro de Itinga para morar conosco o Diác. Hélder e
“Terra inteira,
o Fr. Inácio.
FEVEREIRO/2013
No dia 01 começou o tríduo e os festejos de preparação para a elevação da Área
Pastoral de Santo Antônio em Paróquia.
No dia 03 acolhemos com alegria o Prior Pe. Milo, e o Pe. Thiago que vieram
participar da elevação da paróquia.
No dia 04 chegava o tão esperado dia da criação da Paróquia de Santo Antônio,
depois de 6 anos de preparação (2007-2013) como Área Pastoral. A Celebração
Eucarística aconteceu as 19h30, presidida pelo arcebispo metropolitano de
Natal, Dom Jaime Vieira Rocha e concelebrada pelos confrades e vários padres
da Arquidiocese, e pelos demais fiéis de todas as comunidades da paróquia, e de
paróquias circunvizinhas. Também contamos com a presença do prefeito do
município e outras autoridades civis. Nesta mesma celebração o confrade Pe.
aclame ao Senhor!
Sirva ao Senhor
com alegria, e vá
até Ele cantando
jubilosos!
Saiba que somente
o Senhor é Deus:
Ele nos fez e a Ele
pertencemos,
somos seu povo e
ovelhas do seu
rebanho.”
(Sl 100-2,3)
10
Filipe recebeu a provisão canônica de Pároco (o primeiro) da então criada
Paróquia de Santo Antônio, pelo período de 6 anos. Após a Missa houve um
momento de confraternização no Mosteiro.
No dia 05 iniciaram as aulas do curso de Teologia para os confrades Fr. Gabriel
e Fr. Inácio na Faculdade Dom Heitor Sales em Natal.
No dia 13 iniciamos o tempo quaresmal, com a Santa Missa da quarta-feira de
Cinzas que foi celebrada as 11hs na capela conventual. Neste mês o postulante
Cláudio Cavalcanti foi convidado a terminar a sua experiência, e voltar por
algum tempo ao convívio de sua família.
MARÇO/2013
“Nas coisas
necessárias, a
unidade; nas
duvidosas, a
liberdade; e em
todas, a caridade”.
(Santo Agostinho)
Durante os dias 01 a 05 de março tivemos a agradável visita do confrade Pe.
Miguel, que é o superior do Mosteiro de Viena.
No dia 28, Quinta-feira Santa, as 8hs participamos da Missa do Crisma na
Catedral metropolitana de Natal. Pela tarde os confrades saíram em missão para
as comunidades mais distantes da paróquia, a fim de auxiliar na assistência
pastoral durante os dias do Tríduo Pascal. Neste ano contamos também com a
preciosa ajuda dos irmãos da Congregação Servos de Maria do Coração de
“Bendito seja o
Jesus.
A solene Vigília pascal, no dia 30, foi iniciada as 19hs na igreja Matriz.
Contamos com a presença dos fiéis de todas as comunidades da Paróquia.
ABRIL/2013
No dia 29 celebramos o aniversário natalício do Pe. Filipe na Missa conventual,
as 7h30. A celebração principal deste dia aconteceu as 19h30 na Igreja Matriz,
com a presença numerosa dos paroquianos, amigos e autoridades civis do
município. Agradecemos a Deus por todo o esforço do Pe. Filipe em dirigir a
comunidade premonstratense de Natal , como também a paróquia. Que o Senhor
o cumule sempre mais com suas bênçãos e torne o seu ministério sempre mais
frutuoso.
Senhor Deus que,
dia a dia, leva o
nosso fardo! Deus
é a nossa salvação.
O nosso Deus é o
libertador; com Ele
escapamos da
morte”.
(Sl 68 – 19,20)
MAIO/2013
Na noite do dia 01 acolhemos com muita alegria o confrade Pe. Karol, que
depois de 3 anos (2010-2013) em missão no Mosteiro de , em Viena – Áustria,
retornou para o Brasil, para assumir a direção da nossa comunidade
premonstratense de Natal.
No dia 02 o confrade Diác. Hélder retornou para o Mosteiro de Itinga. Até esta
data ele foi o responsável pela formação dos juniores de nossa casa.
Dos dias 14 a 21 tivemos a presença do Prior Milo em nossa comunidade. Ele
fez a sua segunda visita deste ano, também para participar das cerimônias de
apresentação do Pe. Karol como novo superior do Mosteiro.
“Que os povos te
celebrem, ó Deus,
que todos os povos
te celebrem. Que as
nações se alegrem
e exultem, porque
julgas o mundo
com justiça”.
(Sl 67-4,5)
No dia 19, Domingo de Pentecostes, na Celebração Eucarística as 5h30, na
11
capela conventual, o Pe. Karol assumiu a missão de superior do Mosteiro Nossa
Senhora Medianeira (o segundo na história da comunidade). A Missa foi
presidida pelo Prior Milo, contando com a presença dos confrades, dos
benfeitores e demais paroquianos. Agradecemos ao Pe. Filipe por todo o
empenho e dedicação que demonstrou na direção da nossa comunidade desde a
sua fundação em 11 de fevereiro de 2007, num total de 6 anos (2007-2013), e
pedimos a Deus que possa conceder também ao Pe. Karol o dom de seu Espírito “Se queres saber o
Santo para que nossa comunidade possa crescer e desenvolver cada vez mais na que cremos, vem
ouvir o que
fé, no compromisso com o Reino de Deus até chegar à estatura de Cristo.
Às 19h30, também na festa de Pentecostes, durante a Missa foi apresentada e
lida a provisão canônica que torna o Pe. Karol o primeiro vigário da Paróquia
de Santo Antônio. A Celebração Eucarística foi presidida pelo pároco o Pe.
Filipe. Neste mês foram concluídas as paredes, e o teto das naves laterais da
nova Igreja Matriz.
cantamos.” E
ainda: “Cantar é
próprio de quem
ama”.
(Santo Agostinho)
JUNHO/2013
No dia 01 iniciamos a festa de Santo Antônio. Pela manhã, as 4h30, houve a
tradicional procissão e o café comunitário que abre as festividades. Durante a
“Confia no Deus
noite aconteceu a carreata saindo do bairro do Amarante até a igreja matriz de eterno de todo o
Santo Antônio, onde foi celebrada a primeira noite da Trezena.
seu coração e não
No dia 06, na grande solenidade do nosso fundador São Norberto, celebramos a
Missa solene as 11hs na capela conventual. Após a celebração foi oferecido o
almoço de confraternização. Contamos com a presença dos benfeitores, do
prefeito do município e demais autoridades civis.
Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, no dia 07, tivemos a grande alegria
de receber Dom Matias Patrício de Macêdo, arcebispo emérito de Natal, que
presidiu a Missa da Trezena de Santo Antônio.
se apóie na sua
própria
inteligência.
Lembre-se de Deus
em tudo o que
fizer, e ele lhe
mostrará o
caminho certo.”
(Prov. 3:5-6)
No dia 13, dia do padroeiro Santo Antônio, tivemos pela manhã duas missas: a
primeira, as 7hs na antiga igreja Matriz; e a segunda, as 10hs na nova igreja
Matriz. O encerramento da festa aconteceu as 19hs, com a solene Celebração
Eucarística. A chuva torrencial que caiu durante toda a tarde não impediu que
um grande número de paroquianos participassem da festa. Celebraram conosco,
o prefeito do município e sua família e outras autoridades. Após a missa
aconteceu a grande procissão pelas ruas do bairro, encerrando com o show
pirotécnico.
Em favor de todos os confrades e leitores da Aliança Premonstratense, pedimos
ao Senhor Deus que abençoe a todos nos trabalhos e ações durante este segundo
semestre do ano que se inicia.
12
PRIORADO BEATO JACOB KERN DE GATTERHÖLZL (VIENA - ÁUSTRIA)
Pfarre Gatterhölzl, Hohenberstrasse 42, A-1120 Wien
Fr. Emmanuel Juan Manuel Talabera, O.Praem.
FEVEREIRO/2013
No dia 10 o Pe. Miguel faz sua viagem pra Itinga, Bahia. Ele vai junto
com Donna Tecla. Ficará lá cerca de um mês e meio.
No dia 11 é a chegada do Ir Emmanuel, quem uma semana antes havia
feito sua primeira profissão religiosa na Canonia de São Norberto de
Itinga.
MARÇO/2013
“Deus e Pai de
Nosso Senhor
Jesus Cristo, lança
teu olhar sobre este
teu servo e
concede-lhe o
Espírito da graça e
do conselho do
presbitério,
para que ajude e
governe teu povo
com um coração
puro, como
lançaste teu olhar
sobre teu povo
eleito e mandaste
Moisés escolher
anciãos que
cumulaste com teu
Espírito que tinhas
dado a teu servo.”
(Prece de
Ordenação
Presbiteral )
Nos primeiros dias deste mês o Irmão André termina seu curso de
alemão na Universidade de Vienna e se inscreve na Faculdade de
Teologia “Benedicto XVI” na Abadia Cisterciense de Heilegenkreutz.
No dia 18 o Pe. Miguel regressou do Brasil, com muita alegria,
lembranças e presentes para os irmãos. Hoje também o Ir. André
começa seu curso de Teologia na Abadia.
No dia 21 celebramos comunitariamente o aniversario do nosso
confrade, o Pe. Norbert.
No dia 27 foi um outro aniversario, do Ir. Joel. Desejamos pra ele que
Deus continue abençoando sua vida.
Este ano a Semana Santa ( 24 ao 31 de Março ) tive um clima pouco
favorável: neve, e chuva marcaram os dias santos, que por certo tive a
pesar de tudo uma boa participação dos fieis.
As vestes querem
nos dar o sentido
de revestir-se de
Cristo, de sua
autoridade, do seu
serviço. O cristão,
procura imitar o
Cristo, seu divino
modelo.
ABRIL/2013
No domingo 7 foi entronizada em nossa igreja matriz a imagem de
13
Nossa Senhora Aparecida. A celebração Eucaristica foi presidida pelo
bispo auxiliar de Vienna, Dom Franz Scharl . Também estiveram
presentes o senhor embaixador do Brasil em Vienna, Dr Evando Di
Donet, o ministro da Embaixada Dr Ricardo, o representante do Brasil
para a ONU e os representantes de diversas associações.
No dia 14 o Pe. Karol faz sua viagem para Brasil, para sua nova missão:
superior da nossa comunidade de Nossa Senhora Medianeira em Natal
( Rio Grande do Norte).
No dia 20 foi a celebração da Crisma em nossa paroquia. O Abade de
Geras, dom Michael Karl Proházka, O. Praem., presidiu a Santa Missa.
Foram vários jovens e adultos pertencentes ao nosso Decanato
diocesano.
No domingo 28 o Grupo Scout da paroquia organizou um “churrasco”
para todo os fieis. Com custos accessíveis, foi uma oportunidade pra a
confraternização entre os membros da paroquia.
MAYO/2013
No dia 5, no 6º Domingo de Pascoa, se celebrou a Missa Solene com a
presencia do Coro e Orquestra que é patrocinado pelo Meidlinger
Kulturverein (Área de Cultura do Distrito de Meidling de Vienna)
No dia 18, o Ir Joel e o Ir. Emmanuel participaram do Oficio da Vigília
de Pentecostes, na Abadia Beneditina de Nossa Senhora (Schottenstift).
No dia de Pentecostes a solene Eucaristia foi presidida pelo Pe. Miguel.
No 24, sexta-feira, se realizou “Lange Nacht der Kirche” (Larga noite da
Igreja). Essa noite em varias igrejas da Arquidiocese de Vienna
desenvolveu-se varias atividades: palestras, concertos musicais,
momentos de oração e também solenes Eucaristias. Nossos irmãos Joel,
Andreas e Emmanuel participaram em distintos lugares.
No dia 2, e
respondendo ao
convite de Sua
Santidade
Francisco, as 17 hs
de Roma, os
irmãos
premonstratenses
participaram do
momento de
adoração
Eucarística em a
Catedral de Santo
Estevão.
No dia 25, Solenidade da Santíssima Trindade se realizou a 1º Eucaristia
das crianças da paroquia.
No dia 30, quinta-feira de Corpus Christi, a Eucaristia foi presidida pelo
prior Pe. Miguel. Realizou-se uma curta e solene processão desde a
paroquia até uma pequena capela que fica próxima.
“Wiener
Neustädter Altar”
(Altar que contém
o corpo do
Santíssimo
Sacramento)
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CRÓNICAS DEL PRIORADO DE VIENA - (TEXTO EN ESPAÑOL)
FEBRERO/2013
El dia 10 el P. Miguel relaiza su viage para Itinga, Bahia. El va junto con
la señora Tecla. Se quedará allí cerca de um mes y medio.
El dia 11 llega el Hno Emmanuel, quien una semana antes habia
realizado su primera profesión religiosa em la Canonia de San Norberto
de Itinga.
MARZO/2013
Orgão da Catedral
de Santo Estevão.
Em los primeiros dias de este mês el Hno Andrés termina su curso de
alemán em la Universidad de Viena e se inscribee em la Faculdad de
Teología “Benedicto XVI” em la Abadia Cisterciense de
Heilegenkreutz.
Em el dia 18 el P. Miguel regresa de Brasil, con mucha alegria,saludos y
regalos para los hermanos. Hoy tambiém el Hno Andrés comienza su
curso de Teologia em la Abadia.
El dia 21 celebramos comunitariamente el cumpleaños de nuestro
hermano de comunidad, el P. Norbert. Dios le conceda muchas gracias
El dia 27 fue otro cumpleanos: el del Hno Joel. Deseamos para él que
Deus continue bendiciendo su vida.
Este año la Semana Santa ( del 24 al 31 de Marzo ) tuvo un clima poco
favorable: nieve y lluvia marcarom los dias santos, que por cierto
tuvieron uma buena participación de los fieles.
Momento antes da
Adoração do
Santíssimo na
Catedral de Santo
Estevão.
ABRIL/2013
El domingo 7 fue entronizada en nuestra iglesia la imagem de Nuestra
Señora de Aparecida. La celebración Eucaristica fue presidida por el
obispo auxiliar de Vienna, S.E.R. Franz Scharl . Tambiém estuvieron
presentes el Sr. Embajador de Brasil en Viena, Dr Evando Di Donet, el
ministro de la Embajada Dr Ricardo, el representante del Brasil para la
ONU y los representantes de diversas associaciones.
Pe. Norbert e o
Bispo Auxiliar de
Vienna, Franz
Scharl.
El dia 14, el P. Karol hace su viaje para Brasil, hacia su nueva misión
como superior de nuestra comunidad “Nuestra Señora Medianera en
Natal ( Rio Grande do Norte).
Em el dia 20 se celebraron las Confirmaciones em nuestra parroquia. El
Abad de Geras, R.D. Michael Karl Proházka O.Praem presidió la Santa
Misa. Fueron varios jóvenes y adultos pertenecientes a nuestro
Interior da Igreja
paroquial.
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Decanato arquidiocesano.
El domingo 28 el Grupo Scout de la paroquia organizó un “churrasco”
(parrillada o barbecue ) para todo los fieis. Con precios accesíbiles, fue
una oportunidad para la confraternización entre los miembros de la
paroquia.
Fr. Joel
MAYO/2013
El dia 5, 6º Domingo de Pascoa, se celebró la Misa Solemne com la
presencia del Coro y de la Orquestra que son patrocinados por
Meidlinger Kulturverein ( Área de Cultura del Distrito de Meidling de
Viena )
El dia 18, el Hno Joel y el Hno Emmanuel participaron del Oficio de
Vigília de Pentecostes, en la Abadia Beneditina de Nuestra Señora
(Schottenstift).
El dia de Pentecostés la solemne Eucaristia fue presidida por el P.
Miguel.
IRMÃS TERCIÁRIAS PREMONSTRATENSE DE JESUS
MISERICORDIOSO - (SALVADOR)
Irmã Clélia Louise Barbosa da Silva
JANEIRO/2013
O novo ano foi iniciado pelas irmãs na nova Casa Lar, em Praia de Ipitanga - Lauro de
Freitas. Nesta casa habitarão as adolescentes do abrigo juntamente com a Ir. Clélia e as
postulantes Taline e Luciana. Na ocasião fez-se presente o Frei Francesco, OFM, benfeitor da
Casa Lar. No dia 31 de dezembro foi celebrada a Eucaristia, e as crianças esperaram a
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chegada do novo ano com muita alegria ao som da meia-lua, cantando e dançando ao Senhor,
que durante todo o ano nos cumulou de bênçãos e nos guardou em Seu imenso amor.
As postulantes Taline, Luciana e Daniela estiveram em período de férias de 4 à 17 de janeiro.
No dia 19 todas as irmãs e as postulantes dirigiram-se logo cedo ao Priorado São Norberto,
em Itinga, onde iniciamos a nossa viagem em companhia dos confrades ao Encontro dos
Jovens Premonstratenses, em Jaú - SP. Foi uma viagem marcada por contra-tempos, contudo
alegre, embalada por muita música. Tivemos a feliz oportunidade de conhecer o Priorado de
São Norberto em Montes Claros, que nos acolheu com grande receptividade. No retorno à
Bahia alegramo-nos ao visitar a nova casa dos confrades em Contagem, onde fomos
fraternalmente recebidos e hospedados.
Toda a semana que passamos em união com os confrades neste encontro foi de imenso júbilo
e de preciosíssima meditação e inserção na Ordem.
No dia 29 deste mês as noviças Ir. Teresa e Ir. Clélia que fizeram o curso de filosofia no ano
passado no Instituto Filosófico Beato Thiago Kern, dirigiram-se ao Priorado São Norberto
para assistirem a defesa das teses de Filosofia dos noviços Irmãos Inácio, Emanuel, Jorge e
Pedro. Logo após elas participaram em companhia da Madre Clara , dos irmãos, do Prior Milo
e do Abade D. Thomas de um festivo almoço.
Após o almoço recebemos a visita do Abade á nossa casa do Bairro da Paz que também
visitou a Casa Lar das adolescentes em Praia de Ipitanga e a creche que recentemente
recebemos por doação da ONG italiana Passo Dopo Passo para prestarmos assistência às
crianças do Bairro da Paz. Celebramos a Eucaristia e depois rezamos todos juntos as
Vésperas. Foi uma tarde alegre, tempo de trocar experiências, de compartilhar a vida.
À noite a Madre Clara viajou para Roma para participar do Congresso dos Apóstolos da
Divina misericórdia, associação que mantém o projeto da Casa lar que dirigimos, através do
Frei Francesco. Nesta ocasião oportuna a Madre reuniu-se com benfeitores e apresentou-lhes
o projeto de uma papelaria para nossa subsistência e que, pela graça de Deus, foi-nos
aprovado. Em Roma a Madre Clara participou, em companhia do Abade Thomas, de um
Concerto oferecido ao então Papa Bento XVI. Em passagem pela Áustria, visitou a Casa dos
confrades em Viena e ali permanecendo com eles alguns dias.
FEVEREIRO/2013
Em 1° de fevereiro as irmãs participaram da profissão simples do Ir. Emanuel, na Paróquia
Nossa Senhora Aparecida e Santa Catarina de Sena, em Itinga, Lauro de Freitas. Após a
Solenidade nos congratulamos em um belo jantar.
A Madre Clara retornou da viajem à Roma dia 22.
MARÇO/2013
As noviças Ir. Clélia e Ir. Teresa participaram do Novinter, encontro de formação de 11 a 15
deste mês , em Salvador. Assessorado pelo padre Jesuíta Eliomar, foi esplanado o tema do
seguimento de Jesus, o discipulado e a missão. É preciso lançar-se sem medo ou restrições,
sempre prontos para toda boa obra! Sigamos a Cristo peregrino!
Início do reforço escolar para crianças carentes no Bairro da Paz. As irmãs encontram as
crianças pela tarde, num prédio um tanto esquecido, e
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Na Semana Santa, tempo de reflexão e de júbilo, a Irmã Maria Madalena e as noviças Isabel e
Dulce Maria, juntamente com a postulante Roseane viajaram em Missão para o município de
Teolândia, interior da Bahia, enquanto a noviça Clélia e a postulante Ana Cláudia foram
enviadas à cidade de Presidente Tancredo Neves, Bahia. Neste tempo propício realizaram
visitas e celebrações e anunciaram com alegria a gloriosa Ressurreição do Senhor.
ABRIL/2013
No dia 07 deste mês, onde celebramos o Domingo da Misericórdia, que temos por especial
devoção, participamos com os confrades do Priorado de São Norberto, em Itinga da vestição
dos três noviços Irmãos Guilherme, Paulo e Rafael.
Acolhemos este mês os benfeitores da ONG italiana La Cometa, momento de rever a
caminhada e o progresso neste último ano de parceria. Recebemos preciosos presentes e,
sobretudo, a aprovação do projeto de construção de uma horta em nosso quintal.
Hospedamos em nossa casa o Frei Francesco, que permaneceu conosco uma semana.
Reunimos todas as crianças e adolescentes para um dia na piscina e depois realizamos um
churrasco; nossas meninas fizeram uma festa!
MAIO/2013
A noviça Ir. Teresa de Jesus foi convidada a deixar o noviciado em nossa comunidade.
A noviça Ir. Clélia participou do Novinter, na ilha de Mar Grande, cujo tema tratado pela Ir.
Anette Havenne foi a consagração e os votos.
JUNHO/2013
Na Solenidade de nosso Pai São Norberto celebramos na oração das Laudes, em presença de
alguns confrades, familiares e do Prior Milo, a vestição das postulantes Ana Cláudia de Jesus
e Roseane Caldas, que, revestidas como novas criaturas, receberam, respectivamente, os
nomes de Ir. Agnes e Ir. Catarina.
À noite, na Comunidade São Norberto em Itinga, em santa Missa solene presidida pelo
Cardeal Emérito D. Geraldo Majella Agnelo, em honra a nosso pai São Norberto, a Madre
Clara recebeu os votos da Ir. Clélia, que professou juntamente com os irmãos Pedro e Jorge os
primeiros votos, consagrando-se, assim ao serviço de Deus no amor do próximo.
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ABADIA DE SÃO NORBERTO DE JAÚ – (SÃO PAULO)
Pe. Alvarino Bienzobás Júnior, O.Praem.
JANEIRO/2013
Prezados confrades.
Paz e bem.
Por ter sido nossa Canonia a “anfitriã” do Encontro de Juniores em
janeiro deste ano pensamos, ser interessante deixar registrado nesta edição
ordinária nossa impressão e avaliação a respeito do mesmo.
Durante algum tempo o assunto por aqui foi este Encontro. Na verdade,
meses antes, de que o mesmo acontecesse, nossa Canonia se empenhou com
muito carinho na sua preparação.
“No oratório
ninguém faça senão
aquilo para o qual
foi destinado, daí
de onde vem o
nome; para que se
por acaso houver
alguns que, tendo
tempo, quiserem
orar fora das horas
estabelecidas, não
sejam impedidos
por aquele que ali
queira fazer outra
coisa.
Quando orarem a
Deus com salmos e
hinos, que o
coração sinta aquilo
que profere a voz”.
(Regra de Santo
Agostinho II – 2,3)
O trabalho foi grande, mas, agradecemos a Deus porque tudo correu
como o planejado. Tivemos vários comentários positivos, principalmente com
relação à hospedagem e também com relação à nossa convivência fraterna
durante o Encontro. Sem dúvida alguma, foram dias de rico conteúdo e louvável
vivência fraternal. Avaliamos que nossa “recém nascida” Circaria deu um
grande passo na busca de um entrosamento mais sólido entre nossas Canonias e
acreditamos que se nos empenharmos neste sentido, em pouco tempo estaremos
“Confia teus
vivendo um relacionamento muito mais frutuoso para nossa Ordem no Brasil.
Façamos empenho nisso prezados confrades, pois, foi essa conclusão
tirada daqueles dias em janeiro. Se a distância nos atrapalha para que possamos
mais vezes no ano nos unir, ao menos as orações mútuas nos manterão
espiritualmente unidos.
Já temos o empenho de enviar convites para a profissão e ordenação de
nossos juniores, de enviar notas de falecimento de confrades e coisas assim,
mas, como Circaria, devemos nos empenhar e nos fazer presente quando destas
e outras circunstâncias, não só em oração, mas levando nossa alegria e nosso
conforto aos confrades. E a Visitação de Nossa Senhora à sua prima Isabel,
poderia nos iluminar nisso. Com muita humildade e vencendo todas as
dificuldades do momento, Maria se empenhou em ficar, três meses com Isabel e
assim auxiliá-la no tempo restante de sua gravidez. Levando Jesus em seu seio,
fez com que mãe e filho exultassem de alegria. É essa também nossa missão
como membros desta nova Circaria.
cuidados ao Senhor,
e ele te sustentará;
jamais permitirá
que o justo seja
abalado”. (Sl 55 –
22)
“Vós sois a
trombeta e o
saltério, a cítara, o
tímpano, o coro, as
cordas e o órgão.”
(Santo Agostinho)
Sejamos solícitos e abertos às alegrias e dificuldades que mutuamente
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vivenciamos e estejamos atentos aos menores gestos de fraternidade e
solidariedade, pois, será sempre isso que nos irmanará num mesmo ideal. Por
aqui, logo após o Encontro aconteceram algumas transferências em vista da
realidade de Pirapora do Bom Jesus.
FEVEREIRO/2013
“Vivam todos, pois,
Em meados de fevereiro nossa Canonia reassumiu a administração da em união de alma e
coração, e honrem a
nossa Casa/Seminário que passou a ser sede do nosso Postulantado.
Passamos também a abrir para os peregrinos, a visitação da nossa Capela
e nosso Jardim Interno, o que trouxe também um pouco mais de conhecimento e
conforto aos visitantes, já que naquela ala eles têm possibilidade de admirar
toda obra esculpida em madeira pelo nosso saudoso Irmão José, além de
banheiros e local para descanso.
Deus uns nos
outros, do qual
vocês foram feitos
templos vivos”.
(Regra de Santo
Agostinho I – 8)
Aproveitamos para agradecer a colaboração dos nossos confrades da
Canonia de Montes Claros por tudo o que realizaram em Pirapora nos últimos
dois anos, Deus lhes pague e que todo o sacrifício ali vivido, se transforme em
recompensa merecida.
No próximo dia 09 de agosto estaremos celebrando o Jubileu de
Diamante de Dom Bonfácio Hartman, nosso primeiro abade, emérito. São 60
anos de uma vida totalmente dedicada ao serviço a Deus no Povo. Queremos
nos congratular e erguer nossa ação de graças pela sua vida de dedicação e
serviço à Ordem e ao Povo de Deus. Nossa Canonia ainda está vendo como será
celebrada tão significativa data e assim que tivermos uma posição mais
definida, estaremos enviando o convite para todos, pois, Dom Bonifácio se
encontra atualmente em Jaú auxiliando em nossa Abadia e cobrindo as férias de
nosso Abade Dom Oswaldo e confrade Côn. Pedro Van Harem. Contudo, desde
já solicitamos orações e bênçãos dos céus para nosso estimado confrade.
Em termos de futuro, estamos vivendo certa obscuridade, já que
vocacionalmente nos encontramos imersos numa crise geral e que nos desafia
contundentemente. Sempre acreditamos que o Espírito Santo suscitará vocações
para manter nossas Canonias e nossa Ordem. Mas, se faz urgente uma análise e
uma compreensão melhor dos “sinais dos tempos” para que possamos atrair
com nosso estilo de vida a muitos jovens que se encorajem na vivência do nosso
Carisma.
“Celebrai o Senhor,
pois Ele é bom, e
sua fidelidade é
para sempre.” (Sl
118,1)
“Eis o que é bom e
agradável aos olhos
Deus, nosso
Salvador, que quer
todos os homens se
salvem e cheguem
ao conhecimento da
verdade.” (1Tm
2,3-4)
Como dissemos é um desafio, mas, que precisa ser encarado com
destemor e muito empenho. Que nossa mais nova Circaria erga uma prece em
comum suplicando ao Senhor da Messe “que envie operários para a colheita”.
Sejamos nós, na vivência e nos costumes da nossa Vida Religiosa e
nosso Carisma, os maiores propagandistas deste nosso estilo de vida,
empenhando-nos com muito mais afinco na realização de uma Canonia mais
comunitária; num serviço litúrgico muito mais esmerado que reflita o brilho da
“liturgia celeste” a qual ansiamos; na diaconia aos confrades e ao Povo de Deus
que, frutificando em boas obras, certamente nos será revertido em recompensa
“Procura a justiça, a
piedade, a fé, o
amor, a
perseverança, a
mansidão.” (1Tm
6,11b)
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eterna.
Contemos com a intercessão de nossa Mãe e Rainha, com o título de
“Nossa Senhora do Sagrado Coração” que nos serve de inspiração e exemplo de
uma vida totalmente consagrada a Deus na Comunhão, na Oração e no Serviço.
Que São Norberto e Santo Agostinho, olhem por nós e continuem nos
orientando na vivência de nosso Carisma na Via de Comunhão de Bens
materiais e espirituais.
Encontro dos
Jovens Norbertinos
em 2013, na Abadia
de Jaú.
Que possamos nos fortalecer a cada dia com a celebração da Santa
Eucaristia, fonte de vida de todos os cristãos e, sobretudo dos religiosos
premonstratenses no mundo todo.
Que, “prontos para toda boa obra” sejamos cada vez mais prestimosos
em nosso relacionamento fraterno e solidário.
Na Paz do Senhor.
PRIORADO NOSSA SENHORA APARECIDA E SÃO NORBERTO
DE MONTES CLAROS – (MINAS GERAIS)
Fr. Erlândio Alves de Oliveira
JANEIRO/2013
“Em primeiro
lugar – já com
este fim vocês se
congregaram em
comunidade –
vivam unânimes
e tenham uma só
alma e um só
coração
orientados para
Deus”.
(Regra de Santo
Agostinho I – 2)
20 – Passagem pelo Priorado, em direção à Jaú/SP, os confrades Premonstratense
de Itinga/BA. E também, Viagem de Micro-ônibus dos membros do Priorado à
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Jaú/SP.
20 a 25 – Encontro dos jovens formandos, formadores e superiores norbertinos da
Circaria Brasileira na Abadia de Jaú/SP.
28 a 30 – Capítulo Anual da Canonia Premonstratense de Montes Claros, no
Centro de Espiritualidade Sagrada Família.
FEVEREIRO/2013
01 – Primeiros Votos Religiosos dos noviços Diego e Fábio e Renovação dos
Votos do juniorista Erlândio, as 11h durante a Celebração Eucarística no Priorado,
presidida pelo Prior Pe. Antonio Galvão.
02 – Missa Solene da Festa de Apresentação do Senhor e Dia Mundial da Vida
Consagrada. As 18h30min, Profissão Solene do juniorista Michel Valério na Igreja
do Priorado. Cerimônia de Vestição e entrada no Noviciado de: Carlos Henrique e
Guilherme, às 17h nas Vésperas, na Igreja do Priorado.
“Celebrem ao
Senhor,
invoquem o seu
nome, anunciem
entre os povos as
suas façanhas!
Cantem para ele,
ao som de
instrumentos,
recitem suas
maravilhas
todas.”
03 – Ordenação Sacerdotal do Diácono Flávio e Ordenação Diaconal do Ir. Roney,
às 09h30min na Paróquia São Norberto e almoço festivo no Vale do Prémontré
(Paróquia São Norberto)
09 a 12 – Congresso das Novas Gerações em Aparecida do Norte/SP (Santuário),
com a participação do noviço Eduardo e os junioritas Diego e Erlândio.
MARÇO/2013
(Sl 105-1,2)
06 – Mutirão de Confissões na Paróquia São Pedro Apóstolo. Confessores: Padres "Os Provérbios
do Priorado e Pe. Marco Simões (Diocesano).
nos ajudam a dar
07 – Mutirão de confissões na Comunidade Santa Clara (Paróquia São Pedro
Apóstolo). Confessores: Padres do Priorado e Pe. Marco Simões (Diocesano).
11 - Mutirão de Confissões na Paróquia São Norberto. Confessores: Padres do
Priorado.
12 a 14 - Os noviços Carlos Henrique e Guilherme, acompanhados pelo Côn.
Alessandro (Formador Auxiliar), participam do 1º Novinter deste ano no espaço
das Irmãs Carmelitas de Santa Teresa em Belo-Horizonte. O encontro foi
assessorado pela Ir. Marlice, que abordou o tema: “Formação Humana”.
valor à sabedoria
e aos bons
conselhos e a
entender os
pensamentos
mais profundos.
Eles nos ensinam
a viver de
maneira
inteligente e a
sermos corretos,
justos e honestos
". (Prov. 1:2,3)
13 - Mutirão de Confissões na Comunidade São Geraldo (Paróquia São Norberto).
Confessores: Padres do Priorado.
14 - Mutirão de Confissões na Comunidade Na. Sra. Aparecida e São Francisco de
Assis- Major Prates (Paróquia São Norberto). Confessores: Padres do Priorado.
08 a 21 – Retiro do Clero da Arquidiocese de Montes Claros. Assessor: Dom Paulo
Mascarenhas Roxo, O.Praem. Local: Pentáurea.
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09 – Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria. Celebração das Bodas
Sacerdotais do Côn. Sérgio Rocha (25 anos).
21 – Missa da Unidade – Santos Óleos – Ás 19h na Catedral.
22 - Mutirão de Confissões na Paróquia Na. Sra. Rosa Mística. Confessores:
“Aclame a Deus,
Padres do Priorado e alguns padres diocesanos.
23 – Avaliação da Caminhada e Celebração Comunitária da Penitência no
Priorado, das 8h as 11h.
24 – Domingo de Ramos. Início da Semana Santa Missionária, onde os formandos
(exceto noviços canônicos) e alguns padres foram enviados em missão para
algumas das comunidades rurais de nossas Paróquias.
26 – Aniversário de Instalação da Canonia Na. Sra. Aparecida e São Norberto de
Montes Claros (12 anos).
ò terra inteira,
toque em honra
do seu nome,
cante hinos a sua
glória.
Povos bendigam
o nosso Deus,
façam ressoar o
seu louvor.”
(Sl 66-2,8)
ABRIL/2013
01 – Confraternização Pascal do Priorado com um almoço na Churrascaria
Chimarrão.
06 – Encontro do Núcleo da CRB/Montes Claros, das 8h as 13h, no espaço das
Irmãs Carmelitas – Carmelo.
10 a 12 - Os noviços Carlos Henrique e Guilherme, acompanhados pelo Côn.
Oswaldo (Formador), participam do 2º Novinter/2013 no espaço das Irmãs
Carmelitas de Santa Teresa em Belo-Horizonte. O encontro foi assessorado pelo
Pe. Dejair Rossi - Cm, com o tema “Formação da Consciência Moral”.
“Y esto há de ser
de tal modo que
13 e 14 – Os juniores Diego, Erlândio e Fábio, participam do I Juninter/2013, no ninguno trabaje
en nada para sí
Colégio Dom Silvério (Irmãos Maristas) em Belo-Horizonte.
20 – Recolhimento para noviços e juniores no espaço do Priorado, assessorado
pelo Côn. Oswaldo.
21 a 09/06 – Viagem de Pe. Sérgio Rocha a Portugal, Espanha, França e Roma,
entre outras visitas.
28 – I Despertar Vocacional Norbertino Misto no espaço do Priorado. Este
ano já direcionado pelo Pe. Andrés (Promotor vocacional) com o auxilio do
noviço Eduardo.
mismo, sino que
todos sus trabajos
se realicen para
el bien de la
comunidad, com
mayor cuidado y
prontitud de
ánimo que si
cada uno lo
hiciese para sí”.
(Regla de San
Agustín V– 2)
MAIO/2013
01 – Passeio comunitário do Priorado no Sítio do casal amigos do Priorado Raul e
Cibele.
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07 a 09 - Os noviços Carlos Henrique e Guilherme participam do 3º Novinter/2013
no espaço das Irmãs Carmelitas de Santa Teresa em Belo-Horizonte. O encontro
foi assessorado pelo Pe. Antonio Pinheiro - SDB, com o tema “Formação da
Consciência Crítica”.
10 a 12 - Iniciam as Barraquinhas da Paróquia São Norberto, todos os finais de
semana finalizando no dia 09/06. Nestas barraquinhas como de costume, os
formandos e alguns padres, além do nosso grupo de apoio do priorado, trabalharam
com uma Barraca de Pasteis com o objetivo de colaborar com o “Economato” do
Priorado.
30 – Manhã de recolhimento no priorado para os noviços e juniores, conduzida
pelo Côn. Oswaldo. A Solene Celebração de “Corpus Christi” do setor 06 da
Arquidiocese (Paróquias: São Norberto, Na. Sra. Rosa Mística e São Pedro
Apostolo) foi presidida por Pe. Antonio Galvão, O.Praem na Paróquia Na. Sra.
Rosa Mística e em seguida em carreata Pe. Marco Simões – Diocesano - carregou
o Santíssimo e dando a benção na tenda arrumada na Igreja Santa Clara (Paróquia
São Pedro Apóstolo). O Côn. Oswaldo conduziu a animação da celebração e da
carreata.
“Não há lugar
para a sabedoria
onde não há
paciência”.
(Santo
Agostinho)
JUNHO/2013
01 e 02 - Realizada a Assembleia da CRB do Sub-Regional Norte (Dioceses:
Montes Claros, Janaúba e Januária) no Colégio São José (Irmãos Maristas) em
Montes Claros. O dia 01 ficou com o assessor Côn. Oswaldo – O.Praem – com
tema “Espiritualidade e Relações Humanas”, tendo no final da tarde uma fala do Ir.
Natalino (Irmão Marista) representando a CRB Regional de Belo-Horizonte. No
dia 02 entre tantos momentos, houve a eleição da nova coordenação da SubRegional CRB/Montes Claros. Nesta coordenação o juniorista Erlândio permanece
como secretário.
03 a 05 – Tríduo Norbertino em preparação da Festa de São Norberto no Priorado.
06 – Festa de São Norberto no Priorado. Após uma pequena carreata com o Mastro
de São Norberto saindo da casa de Mânia (amiga do Priorado), a mesma
juntamente com o jovem Cristian, mordomos e festeiros. Houve o levantamento do
Mastro e em seguida deu início a Celebração Eucarística Solene presidida pelo
Prior Antônio Galvão e concelebrada pelos confrades. E para festejar em
comunhão com os amigos do Priorado e demais presentes, confraternizamos com
um belo almoço preparado com a ajuda do Grupo de Apoio do Priorado.
07 a 09 – Os juniores Diego, Erlândio e Fábio, participam do II Juninter/2013, na
Pousada Catalunya em Contagem/MG.
11 a 13 - Os noviços Carlos Henrique e Guilherme participam do 4º Novinter/2013
no espaço das Irmãs Carmelitas de Santa Teresa em Belo-Horizonte. O encontro
foi assessorado pelo Pe. Medoro, Diocesano, com o tema: “Eclesiologia”.
24 – Aniversário de Ordenação do Prior Antônio Galvão (30 anos). Aniversário
Natalício de Dom Geraldo Majela – O.Praem (Arcebispo Emérito de Montes
“Não possuam
nada como
próprio, mas
tenham tudo em
comum, e que o
superior distribua
a cada um de
vocês o alimento
e a roupa, não
igualmente a
todos, pois nem
todos são da
mesma
compleição, mas
a cada qual
segundo o
necessitar;
conforme o que
lemos nos Atos
dos Apóstolos:
“Tinham todas as
coisas em comum
e se repartia a
cada um segundo
a sua
necessidade.”
(Regra de Santo
Agostinho I – 3)
24
Claros). Pe. Antônio Galvão celebra a Santa Eucaristia em ação de graças no seu
quarto na Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros, juntemos nossas orações
pedindo a Deus por ele, pela intercessão de nossos pais Santo Agostinho e São
Norberto e a nossa grande mãe Maria nossa Senhora e Rainha.
30 – II Despertar Vocacional Misto no espaço do Priorado. Tema: Vocações
Específicas.
PRIORADO PAROQUIA - MIRABELA
Pe. Marcelo Luiz Santos Rocha
JANEIRO/2013
 Dia 22 de janeiro de 2013, Côn. Manoel Pereira Santos Neto assume como
pároco a paróquia de São Sebastião de Mirabela juntamente com os
cônegos Dalviney de Jesus e Marcelo Luiz dos Santos Rocha como
vigários, tendo também a presença do Abade Geral Dom Tomas.
“E agora, Senhor,
concede o
Espírito de tua
graça,
conservando-o
indefectível em
nós, e torna-nos
dignos, [uma
vez] repletos
[deste Espírito],
de te servir na
simplicidade de
coração,
louvando-te por
teu servo Jesus
Cristo, por quem
a ti a glória e o
poder, [Pai e
Filho] com o
Espírito Santo na
santa Igreja,
agora e pelos
séculos dos
séculos.” (Prece
de Ordenação
Presbiteral)
FEVEREIRO/2013
 O Côn. Marcelo permanece maior tempo em Montes Claros por causa dos
estudos e fica em Mirabela nos fins de semana.
 Fica sendo proposto para o Ir. Erlandio trabalhar pastoralmente em
Mirabela e região da zona rural.
 No dia 20 de fevereiro os padres de Mirabela participa da primeira reunião
do clero de Montes Claros, representando a paróquia de Mirabela.
MARÇO/2013
 No dia 01 de março aconteceu em Mirabela a 1º RAP (Reunião ampla de
pastoral) setorial.
 Nos dias 24 a 31 de março, período de semana Santa: Côn. Marcelo e Ir.
Erlandio permaneceu nas comunidades rurais de Pedra Preta e Ermidinha;
Côn. Davi e Ir. Eduardo ficaram nas comunidades rurais de São Bento e
25
Muquém; e o Côn. Manoel ficou na paróquia celebrando a semana com os
paroquianos.
ABRIL/2013
 No dia 6 de abril aconteceu a Crisma em Vista Alegre com a presença do
nosso bispo diocesano Dom José Alberto e acompanhado pelo Côn.
Marcelo
MAIO/2013
 É proposto ao Côn. Marcelo em permanecer mais tempo em Mirabela para
compor a comunidade religiosa e paroquial, indo para a faculdade no
ônibus dos estudantes, podendo permanecer alguns dias em Montes Claros
 Nos finais de semana aconteceu em Mirabela a novena do Divino Espírito
Santo com muitas cores e animação dos cortejos de cada dia.
 No dia 18 de maio aconteceu a festa de Pentecostes juntamente com a
procissão dos cortejos de cada dia com seus dons e suas cores
respectivamente.
 No dia 30 de maio aconteceu a festa de Corpus Christi, onde a cidade
enfeitou as ruas com os tapetes em homenagem ao Santíssimo Sacramento.
26
CANONÍA DE SANTA SOFÍA DE TORO
Sor María Cristina
DICIEMBRE/2012
La Navidad tiempo de alegría y gozo espiritual por la celebración del Nacimiento
de Nuestro Señor y Salvador Jesús. El día 24 y 25 la comunidad además de la
celebración de la Misa de Gallo y del día, con solemnidad y con la asistencia de
muchos fieles y amigos de la comunidad, hemos celebrado un año más con
mucha alegría el onomástico de nuestra Madre Priora, Mª Paz con la recitación
de versos por parte de las hermanas más jóvenes, este año con la novedad de que
sor Mª Cristina se los dijera en Ingles, nadie se entero de las faltas o mala
pronunciación porque no entendían, pero se rieron todas d la originalidad. Y Antiguo
recibió también muchos regalos, hechos con mucho cariño por las hermanas.
mirador del
castillo de
El día 28 celebramos el día de los Santos inocentes y como es tradición este año Toro que la
hubo nuevas y graciosas inocentadas, es de destacar que este año Tanquelino en reina ofreció a
la estatua de San Norberto lucia unos cuernos rojos de diablo, que hizo reír las hermanas.
mucho a las hermanas.
El día 29 tuvimos la visita de la Virgen peregrina de Chestocova, (nos recordó a
Juan Pablo II que tanto la quería),nos había pedido un sacerdote si queríamos
hospedar a la Virgen esa noche en nuestro monasterio, nosotras lo aceptamos con
gran goza, la Virgen venia de Santiago de Compostela y se dirigía a Madrid para
la celebración Eucarística del día de las familias. Llego a las 6;30 de la tarde en
una plataforma iluminada y rodeada de fotos, y después de ciertas dificultades
para acceder en el monasterio debido a su gran tamaño, se situó en el presbiterio
de la iglesia, un pequeño numero de fieles vinieron esa tarde y noche para verla a
pesar del mal tiempo, las hermanas estuvieron toda la noche acompañándola con
oración y cantos y al día siguiente, Domingo, muchos fieles oraron ante el
cuadro, después a hombros de las hermanas fue introducida en la plataforma Vista interior
rodante y despedida con cantos y un fuerte aplauso.
de monasterio
de Santa Sofía.
El día 31 tuvimos un retiro, por la mañana un sacerdote diocesano nos habló (Toro/España)
sobre la santidad de la Vida Religiosa.
Por la tarde tuvimos el Santísimo Sacramento, fue un día dedicado a la revisión
de vida y de intensa oración. Por la noche tuvimos una alegre cena y nos
despedimos hasta el próximo año, con el deseo de que Dios nos siga bendiciendo
especialmente con la santa perseverancia y nuevas vocaciones.
27
ENERO/2013
Comenzamos el año con la Solemnidad de Santa María Madre de Dios. En la
tarde tuvimos la tradicional procesión por los claustros con la Sagrada Familia
cantando villancicos y al son de instrumentos y en la sala Capitular las hermanas
les recitaron poesías. Y en el coro la Madre Priora, la Subpriora y la Cercadora
nos los presentaron a cada hermana para adorarlos. Seguidamente en el taller se
reparte a las hermanas un santo, una santa para que la protejan y una virtud para
practicar durante el año, y un capellán espiritual por el que pedir durante el año.
El día 5 tuvimos las hermanas más jóvenes la tradicional parvica, donde
disfrutamos preparando los regalos para las hermanas y tomando algún
piscolabis. Después tocamos por los claustros los instrumentos musicales y 5
minutos antes de ir a cenar salimos de la meditación a vestirnos de Reyes Magos,
y cargadas con los regalos nos dirigimos al refectorio donde las hermanas ya nos
estaban esperando. Las hacemos reír con nuestros disfraces y después les
repartimos los regalos. Las hermanas ya empezaban a decirnos que nos iban a
extrañar mucho y que aprovecháramos a comer porque no sabíamos que clase
comidas hay en América.
Iglesia del
monasterio de
Santa Sofía.
Vista del patio
del monasterio
El día 6 en la mañana tenemos la celebración solemne de la Eucaristía con la de Santa Sofía.
adoración del Niño.
Y por la tarde después del rezo del santo Rosario, las hermanas más jóvenes nos
disfrazamos de payasos e hicimos un poco de teatro en el que las hermanas se
ríen mucho, después pedimos los reyes a las madres superioras por medio de
versos en los que alabamos, criticamos o pedimos cosas necesarias para la
comunidad.
Continuamos con la formación continua. El domingo del Bautismo del Señor nos
vinieron a visitar los miembros de la Legión de Maria pasamos un rato agradable
y alegre entre chistes y un pequeño teatro y como es ya costumbre esperada
recitaron un verso que habían preparado para Navidad, rezamos, cantamos a
nuestra Madre la Virgen María y juntas cantamos el Himno de la Legión, y nos
recitaron este verso.
Altar de la
iglesia del
monasterio de
Santa Sofía.
Hay que tarde tan rebuena
Reunidas ¡como no!
Contando chistes graciosos
no nos falta el buen humor.
Estribillo:
Ala muchachas cantar alegres
para esta hermosa Comunidad
pues les encanta vernos a todas
hoy celebrando la Navidad,
sacar del bolso lo que traemos
de eso tan rico que ha de gustar.
Y vayamos compañeras
a lo que nos interesa
Crucifijo
antiguo en la
iglesia del
convento.
28
que las monjas aquí pongan
encimita de la mesa
ese vinito que es tan dulzón
que nunca es malo, ni cabezón
pues los doctores siempre recetan
botella y media o tal vez dos
es gran remedio, ellos lo dicen
para la artrosis y el corazón.
¿Y decís que se ha olvidado?
¡Vaya que desilusión!
La Madre como es tan buena
lo suba del bodegón.
Portón que da
al patio del
monasterio.
Imagen de
Santa.
Estribillo
Lo que pedimos es broma
una y mil veces perdón
la intención ha sido buena
el reirse es lo mejor.
Estribillo
De todas las legionarias
nuestra felicitación
mucha salud, año próspero
buscando siempre la perfección.
Carmen de la Torre (Legionaria de Maria)
Entrega del
hábito por la
Virgen a San
Norberto
(pintura en la
iglesia del
convento).
FEBRERO Y MARZO/2013
El día 2 de Febrero, día de la vida consagrada, tuvimos la procesión de las
candelas por los claustros antes de la santa Misa. Y este año se celebro en nuestra
Iglesia la jornada de la Vida Consagrada con la asistencia a la Oración de
Vísperas de muchos fieles y algunas consagradas de diferentes comunidades de
la ciudad.
“El grupo de
los creyentes
tenía un solo
corazón y una
sola alma”
(Hch 4:32) y
oraban “con un
El Domingo de Ramos hicimos la procesión por el claustro del monasterio solo corazón”
(2:46)
acompañando a nuestro Señor en su entrada triunfal en Jerusalén.
Nuestra comunidad ha celebrado la Solemnidad de San José, con una vigilia y
procesión con su imagen por los claustros del Monasterio y las principales salas
en las que le hicimos oraciones y le cantamos.
Durante esta Semana Santa, casi todos los miembros de la comunidad sufrieron
una fuerte gripe, que hizo estar en cama a las hermanas y no nos permitió cantar
el oficio, ni en las otras celebraciones.
El Miércoles Santo, celebración penitencial para prepararnos a celebrar la Pasión,
Muerte y Resurrección del Señor, terminamos con el abrazo fraterno. Jueves
santo los oficios litúrgicos muy solemnes. Este año, el Viernes Santo, no
29
pudimos subir al torreón para contemplar los pasos de la Pasión de Nuestro Señor
que recorren las calles de la ciudad, porque el cielo amenazaba lluvia y no
quieren que se estropeen las tallas tan bonitas que tienen las cofradías.
El sábado Santo, acompañamos a la Virgen en su soledad y adoramos la Cruz en
la que nos redimido nuestro Señor. A las 10 de la noche celebración solemne de
Porque así
la Vigilia Pascual, con la participación de algunos fieles.
El día de Pascua las celebraciones fueron muy solemnes, pero únicamente con el como el cuerpo
es uno, y tiene
acompañamiento del órgano.
muchos
miembros,
ABRIL/2013
pero todos los
El día 20 se celebro en la diócesis una cadena diocesana de 24h. de oración por miembros del
las vocaciones que implico a todos los conventos de clausura y colegios católicos cuerpo, aunque
de la diócesis. Nuestra comunidad estuvo desde 12h. a las 13h. y además la son muchos,
comunidad estuvo en adoración ante el Santísimo Sacramento durante toda la constituyen un
solo cuerpo,
tarde.
así también es
El Domingo 21 Mayo se celebró el domingo del Buen Pastor, día de oración por Cristo. (1
la vocaciones con el lema; ¡CONFÍO EN TI! Las vocaciones, signo de la Corintios
12:12)
esperanza fundada sobre la fe.
MAYO/2013
Es el mes de María, y cada día después del rezo del Santo Rosario hacemos una
breve lectura Bíblica, le ofrecemos alguna flor espiritual, recitamos breves
jaculatorias, preces y cantamos a la Virgen con alegría por la protección y ayuda
que nos dispensa diariamente. Y pidiéndole vocaciones perseverantes para toda
la Orden.
Vista exterior
Un grupo de familias católicas que se hallaban peregrinando con visito con sus del monasterio
hijos. Comieron en el torreón y después se encontraron en el locutorio en el que de Villoria.
nos contaron sus experiencias, se interesaron por nuestra vida y nos pidieron
oraciones .
Hemos hecho la Novena del Espíritu Santo, durante la cual, todas las tardes
hemos dejado el trabajo antes de lo acostumbrado, para orar con el Santísimo
expuesto para que El Señor siga enviando su Espíritu sobre la Iglesia y
especialmente sobre nuestra comunidad con motivo de la elección de Priora que
fue el día 23 de Mayo en el que salió reelegida la madre Mª Paz Martínez
Martínez.
El día 26, solemnidad de la Santísima Trinidad en el que se celebra también el
día pro Orantibus este año con el lema: CENTINELAS DE LA ORACIÓN:
Vida contemplativa en el Año de la fe. La comunidad oró por todos los que
oran en el mundo y por las vocaciones para esta vida de especial consagración.
El 29 comenzamos la novena a nuestro Padre San Norberto.
JUNIO/2013
30
El día 2, Solemnidad del Corpus Christi, tuvimos por la tarde la procesión con el
Santísimo por los claustros, taller y sala capitular en los que las hermanas habían
preparado altares. Después de cenar, las hermanas subieron al torreón para ver
pasar la procesión del Corpus Christi. Ellas arrojaron mas de 10 kilos de pétalos
de rosa desde la altura cuando el Santísimo llego a los pies del torreón, una bella
imagen que mucha gente viene a ver.
El día 6 Solemnidad de nuestro Padre San Norberto; a las 11:30 solemne
concelebración Eucarística, la homilía estuvo a cargo de D. Benito García
Benito, capellán de las Dominicas. Por la tarde a las 19 h solemnes Vísperas y
celebración de la Eucaristía con participación del pueblo; la presidió D. Benito
García, sacerdote Diocesano. Terminadas las celebraciones todos los fieles
tomaron un refresco dando gracias a Dios por celebrar un año más la fiesta de
San Norberto.
El día 7 Solemnidad del Corazón de Jesús, Sor Natividad y la que suscribe
subimos al torreón para ver pasar la precesión del Corazón de Jesús que
organizan los Padres Mercedarios, nuestros capellanes.
Órgano del
siglo XVI, en
la iglesia del
monasterio.
Las hermanas saludan fraternalmente a todos los lectores de Alianza y les
ofrecen oraciones por sus necesidades y por su santificación.
Y en este año en que las Jornadas de la Juventud se celebraran en Brasil nos
unimos con todos nuestros hermanos y hermanas brasileros y les deseamos una
feliz y fructífera jornada con el amado Papa Francisco.
Que paséis un feliz verano. Hasta siempre.
MONASTERIO DE SANTA MARÍA DE LA ASUNCIÓN DE VILLORIA
DE ÓRBIGO
Parte X de la historia del Monasterio
La nueva vida (continuación)
Doña Constanza Maldonado, la primera abadesa normal de Villoria, falleció en
el año de 1570, después de sus larguísimos cuarenta y ocho años de mandato.
Como si Dios hubiera querido mantener a aquella figura de tanto prestigio como
amparo y defensa de la pequeña comunidad, que daba sus primeros passos.
El mismo año en que falleció doña Constanza, el monasterio, aceptando la norma
general que se iba estableciendo como consecuencia de la reforma que se vivía,
adoptó el sistema de renovar el cargo de las abadesas cada tres años, en vez de
Imagen
de
Santa María de
la
Asunción,
colocada
encima del altar
principal de la
iglesia
conventual de
Villoria.
31
considerarlas vitalicias. Y así doña Margarita Dalmada, que fue elegida para
sustituir a doña Constanza, desempeñó el cargo solamente desde 1570 a 1573.
Por estas mismas fechas y acaso como consecuencia, al menos en parte, de todo
aquel proceso de reforma por parte de Felipe II, y de su integración cada día más
estrecha a la Orden, que tan fuertemente reaccionó, y en atención a la lejanía en
que se hallaba de todos los demás de su Orden, el monasterio de Villoria fue
segregado de la jurisdicción y obediencia de la Orden y sujeto directamente a la
obediencia de los obispos de Astorga. El padre Backmund (el grande historiador
de la abadia de Windberg), después de recordar el fallecimiento de la madre
Constanza en 1570, se expresa así: “El monasterio se sustrajo poco después, de
la jurisdicción de la Orden, y se sometió a los obispos de Astorga. Desde
entonces se desenvolvió fácil y felizmente pero casi separado de la Orden, ya
que estaba muy apartado de las casas de la Congregación en España”.
Desde entonces los prelados astorganos se constituyeron en protectores
providenciales de estas religiosas, les prestaron todas las ayudas que estimaron
necesarias, y hasta en más de una ocasión las acogieron complacidamente en su
propia morada, para salvarlas de situaciones difíciles y extremas.
Vista exterior
del monasterio
de Villoria.
Órgano
del
siglo XVI, en la
iglesia
del
monasterio.
Extracto del libro El Monasterio de Santa María de Villoria, de Augusto
Quintana Prieto.
II
ESPIRITUALIDADE
REFLEXÕES SOBRE A ORAÇÃO: “SANGUE DE CRISTO, INEBRIAI-ME”.
1
Introdução
Muitas vezes se encontra um tema que durante muito
tempo não se quer tomar em conta. Para uma comunidade
religiosa que celebra diariamente a eucaristia (consciente
que a liturgia é fonte e o auge de todos os nossos dias),
para um sacerdote que celebra diariamente e pronuncia as
palavras « isso é o meu Corpo, isso é o meu Sangue »,
deveria ser mais fácil refletir sobre o Sangue de Cristo e
aproximar-se do ‘mistério da fé’. Talvez essa negligência
seja ainda o efeito da atitude negativa inoculada durante
nosso noviciado por um irmão que dizia não ser capaz de
venerar partes do Corpo de Cristo. Ele dizia isso com
relação ao coração de Cristo que aparentemente lhe ficou
fechado. Por outro lado, não foi Santo Hermano-José de
nossa Ordem o compositor do hino mais antigo sobre o
Coração de Jesus? Isso não favorece o acesso espiritual ao
Coração e ao Sangue do Salvador ? O impulso final veio
dum artigo de Bernhard Klinger que apresentou a riqueza
32
bíblica da oração ‘Alma de Cristo, santificai-me’. Na sua terceira frase essa oração diz:
‘Sangue de Cristo, inebriai-me’. Eu conhecia essa oração, mas não toda de cor; tentava
sempre memorizá-la, rezando-a após a comunhão. Agora quero refletir mais profundamente
sobre o mistério do Sangue de Cristo.
2 Aproximações
2 .1 A cruz
Começa-se com as representações da cruz nas quais se mostram de maneira mais ou menos
clara as consequências das graves feridas e lesões deixadas pela flagelação, pela coroação de
espinhos e pela tríplice queda debaixo da cruz. Corre sangue, o sangue de Cristo.
Impressionou-me muito uma cruz no claustro da abadia de Tongerlo, chamada de cruz da
peste: a representação é muito realista, a pele é dilacerada. Outra cruz impressionante se
encontra no mosteiro das irmãs de Imbramowice (Polônia): a ferida no ombro se abre
profundamente. « Oh cabeça ensanguentada e totalmente ferida, coroada de espinhos »: esse
canto de Bach descreve toda a Paixão do Senhor. O filme « A Paixão de Cristo » de Mel
Gibson mostra até ao extremo aquele caminho dolorido. A crucifixão do delinquente nu era
no período romano a execução a mais atroz, a mais dolorosa e totalmente degradante.
2.2 Sudário
O lenço suado da Verônica, no qual se imprimiu o rosto de Cristo, estava claramente
impregnado de suor, de lágrimas e de sangue. No negativo daquele lenço de Turim se
descobriu que os vestígios de sangue de um corpo morto estavam como queimados. O
misterioso lenço de suor de Manoppello (Itália) mostra o rosto de Cristo com os olhos abertos
e com os vestígios das feridas e das efusões de sangue. É um rosto que remete a outro mundo.
Segundo a opinião de muitos, as linhas dos rostos nos lenços de Manoppello e de Torino
coincidem perfeitamente. Será que os vestígios de sangue nos conduzem para o verdadeiro
rosto de Cristo?
2.3 O Salvador flagelado
Faz muitos anos que sou membro da ‘Confraria do Salvador açoitado’, perto de Steingaden. A
pedido dos premonstratenses da abadia de Steingaden, o arquitecto Dominikus Zimmermann
construiu uma igreja preciosa para acolher a multidão de peregrinos que veneravam a imagem
do Salvador açoitado. A figura do Salvador é bastante grosseira e foi executada com pouca
habilidade. O Senhor está vinculado com cadeias à coluna da flagelação, estendendo a mão
para as algemas. O rosto e o corpo ensanguentado expressam a lamentação e a miséria.
Milhares de peregrinos vêm cada ano para venerá-lo, para confiar-lhe o seu sofrimento e
buscar consolação e ajuda. «Pelo sangue de Cristo temos a redenção» (Ef 1,7). Os livros dos
romeiros devotos contêm uma variedade de súplicas e de orações de ação de graças. É curioso
como a arquitetura mostra a transformação do sofrimento em salvação: nas colunas
marmorizadas o vermelho passa progressivamente a um azul claro na parte superior do
edifício.
2.4 Transfusão de sangue
O serviço religioso com o nosso arcebispo emérito Dom Geraldo na clínica de Montes Claros
foi uma experiência comovente. Desde anos ele sofre de uma debilidade muscular que
abrange agora o estômago e os pulmões. Desde vários meses ele é alimentado com uma sonda
33
e lhe foi colocado uma cânula na traquéia para a passagem de oxigênio. Ele pode só mover os
lábios e a cabeça, mas não fala. Perto da cama estava um pequeno altar. Junto com duas irmãs
dele, com o Prior Toninho, com uma médica, com um enfermo e um enfermeiro celebramos
na vigília a missa do domingo. Na elevação do Corpo e do Sangue de Cristo, o pão e o cálice
apareceram unidos com o rosto do enfermo. A celebração da Paixão, da morte e da
ressurreição diante do doente causou comoção. Com muita dificuldade conseguiu receber uma
pequena parcela de uma hóstia impregnada com o Sangue de Cristo. No rosto do bispo lia-se
uma grande gratidão pela visita, mas ainda mais pela união com o Senhor que deu seu Sangue
por nós. «Por vocês», especialmente para os doentes, para todos que se encontram «na sombra
da morte» (Lc 1,79).
No quarto ao lado daquele de Dom Geraldo fica um jovem de cerca de 37 anos que tem a
mesma doença. Ele tem a doença há 10 anos e está em estágio bem mais avançado que Dom
Geraldo; ele se comunica apenas com os olhos, pois nem sequer a cabeça movimenta. Ele
dirige os olhos para as letras do alfabeto que o enfermeiro põe diante dele e assim "escreve"
com o olhar o que deseja comunicar. Assim ele havia expressado seu imenso desejo de
comungar e na missa do Natal, dom José Alberto deu autorização para colocar uma gotinha
do precioso sangue na sonda de alimentação, pois ele não consegue engolir absolutamente
nada. Transfusão de sangue, infusão do Sangue de Cristo.
3 Testemunhos bíblicos
3.1 O Antigo Testamento
Imediatamente depois da criação, a Bíblia começa com o primeiro homicídio: Caim abate o
seu irmão Abel? «Onde está o seu irmão Abel?» Que é o que você fez! Ouço o sangue de seu
irmão, do solo, clamar para mim!»(Gen. 4,9-10). E aquela matança continua através de todo o
Primeiro Testamento. Lembre-se aqui só da segunda praga no Egito quando a água do Nilo se
transformou em sangue, e da obrigação de pôr sangue sobre os marcos e as travessas das
portas: «O sangue será para vós um sinal nas casas em que estiverdes: quando eu vir o sangue,
passarei adiante e não haverá entre vós o flagelo destruidor, quando eu ferir a terra do Egito»
(Ex 121,7-24). Aqui o sangue do cordeiro se torna um sinal de proteção e salvação. O sangue
dos animais sacrificados se torna sinal da aliança: «Moisés tomou do sangue e aspergiu sobre
o povo, e disse: Este é o sangue da Aliança que Iahweh fez convosco» (Ex. 24,8). Depois,
Moisés sobe à montanha e recebe as tábuas de pedra com os mandamentos escritos pelo
Senhor mesmo.
No mundo antigo o sangue evoca o sagrado, a seiva vital que não pode ser derramada nem
bebida: “Não comereis o sangue de carne alguma, pois a vida de toda carne é o sangue” (Lv
17,14). Nas prescrições sobre os sacrifícios, o Livro do Deuteronômio determina: «Sê firme,
contudo, para não comeres o sangue, porque o sangue é a vida. Portanto, não comas a vida
com a carne. Jamais o comerás!» (Dt 12,23). O sangue dos animais sacrificados era a vida e
por isso devia ser derramado sobre o altar. Não se aprofunda aqui a purificação do sangue
depois do parto, que era associada à impureza cultual (Lv 12,15). Como faziam os profetas,
Zacarias associa o sangue à aliança, dizendo que «o sangue da aliança» ia libertar os cativos,
ou seja, o povo de Deus (Zc 9,11).
3.2 O Novo Testamento: a Eucaristia
A palavra ‘Sangue’ aparece imediatamente no relato da Instituição: “Depois tomou um cálice
e, dando graças, deu-o a eles dizendo:’Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da
34
aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados» (Mt 26,27-28). Essa locução
se refere ao pacto feito no Sinai e significa que na sala da última ceia é feito um novo pacto
pela morte de Jesus. Os outros evangelistas falam de uma maneira semelhante: «Depois
tomou um cálice, rendeu graças, deu a eles, e todos dele beberam. E disse-lhes: ‘Isto é o meu
sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos’» (Mc 14,23-24). Lucas dá
uma variante: «Depois de comer, fez o mesmo com a taça, dizendo: ‘Este cálice é a nova
aliança em meu sangue, que é derramado por vós’» (Lc 22,20). Antes dessa frase, Lucas
escreve o seguinte: «Tomando uma taça, deu graças e disse: ‘Tomai isto e reparti entre vós;
pois eu vos digo que doravante não beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de
Deus’» (Lc 22,17-18). Neste contexto deve referir-se ao que Paulo escreve aos Coríntios com
relação à eucaristia: «Do mesmo modo, após a ceia, tomou também o cálice, dizendo: ‘Este
cálice é a nova aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória
de mim.’» (1Cor.11,25). Aqui Lucas e Paulo seguem a mesma tradição narrativa. Pronunciase sobre o cálice com vinho uma bênção e palavras da consagração, depois o ato de beber dele
se torna um anúncio da morte do Senhor até que ele venha. No derramamento real de sangue
se faz o novo pacto. Aqui tocamos o íntimo do mistério do amor de Deus que dá sua vida na
cruz e que oferece por antecipação um sinal permanente da aliança. Nele a sua morte não só
se comemora e se proclama, senão se torna presente e se atualiza. Efetuamos a bênção do
cálice e o consumir do vinho que em cada celebração eucarística se transforma pela força do
Espírito Santo e pelas palavras do sacerdote pronunciadas ‘in persona Cristi’. Estas palavras
são exatamente as de Cristo. Na primeira carta aos Coríntios, Paulo pergunta: “O cálice de
bênção que nós abençoamos, não é a nossa comunhão com o sangue de Cristo?». Neste
momento da última ceia, João colocou o lava-pés. Mas no discurso sobre o pão, na sinagoga
de Cafarnaum, Jesus fala assim: «Quem come minha carne e bebe o meu sangue tem a vida
eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeiramente comida e o
sangue é verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue permanece
em mim, e eu nele» (Jo 6,54-56). É uma discussão na qual se torna clara a proposição e a
exigência, mas as palavras são duras e inaceitáveis mesmo para discípulos de Jesus.
Continuam sendo um desafio até hoje: «Como esse homem pode dar-nos a sua carne a
comer?» (Jo 6,52). Como pode dar-nos o seu sangue a beber? Essa discussão é inteligível não
só por causa da proibição bíblica de beber o sangue por ser a seiva de vida; até hoje é um
aguilhão que se opõe a toda habituação e minimização. De fato, devemos ter cautela com
representações materiais canibalescas ou de banalizações vampirescas e liberar-nos de uma
reflexão concreta de tipo materialista. Após a consagração falamos com razão do mistério da
fé. Trata-se de um encontro espiritual com uma realidade através de um símbolo, trata-se de
uma união semelhante àquela que ocorre na mesa, trata-se da recepção do Senhor numa forma
sacramental. E no mesmo tempo se trata de ser transformado nEle, que recebemos como
Corpo e Sangue. O fato de comer se torna um evento de encontro, o alimento oferece uma
permanência no Senhor.
Como crianças, confirmávamos nossas amizades com uma troca de sangue. Com uma faca
arranhávamos a pele e juntávamos os pequenos ferimentos sangrantes prometendo uma
amizade eterna. Tratava-se de amizade, de solidariedade e de fidelidade. Naquele tempo ainda
não existia o medo da AIDS. Talvez aquele desejo fraterno de ficar juntos pelo sangue
espalhe um pouco de luz sobre a confraternização muito mais existencial com o Senhor.
Trata-se de uma variante de transfusão de sangue, real mas não analisável pela razão. Trata-se
de uma injeção de sangue que a medicina não pode investigar e que gera uma nova relação e
amizade. «Já não vos chamo servos…vós sois meus amigos se praticais o que vos mando» (Jo
15,15). A missão é exatamente essa: « Fazei isso em memória de mim»: amizade pela
confraternização no sangue. Trata-se de permanecer em Cristo como ramos que permanecem
35
na videira, a fim de produzir frutos (Jo 15,5). Comendo-o e bebendo-o vivemos por Cristo,
assim como ele vive pelo Pai (Jo 6,57). Trata-se de uma união crescente que Paulo descreve
quase balbuciando: «Já não sou eu que vive, mas é Cristo que vive em mim» (Gal 2.20).
A hemorroíssa (Mc 5, Mt 9 e Lc 8)
A história da mulher hemorroíssa mostra claramente que um fluxo de sangue põe a pessoa em
estado de impureza legal e a exclui do serviço religioso. Dessa forma, os contatos sociais se
limitam. Assim se explica também porque a mulher não se atreve a falar abertamente a Jesus
de seu desejo de ser curada. Está envergonhada e lhe seria penoso manifestar seu estado. Por
isso ela procura entrar em contato com Jesus de maneira oculta, tocando a roupa dele. Ela foi
curada. Mas o que importa a Jesus não é somente uma cura física, senão uma reabilitação da
mulher. Jesus quer quebrar o medo dela diante dos homens, ele quer que a dignidade dela seja
reconhecida e proporcione-lhe a paz interior.
O relato da Paixão se refere ao último trecho do caminho terrestre de Jesus, um trecho
ensanguentado e atroz ‘até a morte na cruz’. Começa no Getsêmani onde, ‘triste até a morte’
(Mc14,34) Jesus “cheio de angústia, orava com mais insistência ainda, e o suor se lhe tornou
semelhante a espessas gotas de sangue que caíam por terra” (Lc 22,44). Depois de interrogálo, Pilatos sentenciou que se atendesse ao pedido dos chefes e do povo: “Soltou-lhes Barrabás;
quanto a Jesus, depois de açoitá-lo, entregou-o para que fosse crucificado” (Mt 27, 26). O
açoitamento era quase uma execução, muitas vítimas não sobreviveram à flagelação. A
condenação à morte podia ser precedida por chicotadas com longas tiras de couro que tinham
pedaços de metal na extremidade. No filme ‘A Paixão’ o açoitamento é extremamente brutal.
Jesus sobrevive às chicotadas. Caçoando dele, os soldados puseram-lhe na cabeça uma coroa
de espinhos e lhe batiam na cabeça com um caniço. No caminho de Calvário “Jesus saiu
carregando sua cruz” (Jo 19.17); cada queda causava novos ferimentos na cabeça. A
crucifixão e a suspensão na cruz era uma das formas mais terríveis de execução no mundo
romano. As dores provocadas pelos cravos e a agonia com as convulsões de asfíxia são
indescritíveis. Depois de umas horas Jesus morre: “dando um grande grito, expirou” (Mc 15,
37). Terminou a agonia, a vida se extinguiu. Porém, quando um soldado “lhe transpassou o
lado com a lança, saiu imediatamente sangue e água” (Jo 19,34). Esse símbolo do sangue e
da água saindo do lado do Senhor é interpretado com frequência como o nascimento da Igreja.
O sangue e a água representam o batismo e a eucaristia enquanto que o Coração aberto de
Jesus é venerado como fonte de amor e de vida para o mundo. “Olharão para aquele que
traspassaram” (Jo 19,37): essa palavra evoca mais uma vez a Jesus elevado na cruz,
traspassado pela lança e cheio de sangue. De sua paixão e morte nasce um novo sinal de
esperança e salvação que Jesus interpretou como antecipação durante a última ceia: “(...) o
meu sangue (...) derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mt26,28). As palavras de
Pedro expressam-no com precisão: “Por suas feridas fostes curados” (1 Pe 2,24).
‘Alvejados no sangue do Cordeiro’
Em vários lugares o livro do Apocalipse fala da obra de salvação através do simbolismo do
sangue. As palavras mais impressionantes e ao mesmo tempo muito misteriosas tratam do
alvejamento: “Alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do
trono de Deus, servindo-o dia e noite em seu templo” (Ap 7,14-15). São os que vêm da grande
tribulação, os mártires, os homens com sua história de sofrimento e perseguição, com suas
lágrimas e feridas. “Ele nos ama e nos lavou de nossos pecados com seu sangue” (Ap 1,5).
Daquele Cordeiro se diz que só ele pode abrir os selos. “(...) pois foste imolado e, por teu
36
sangue, resgataste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. Deles fizeste, para
nosso Deus, um reino de sacerdotes” (Ap 5, 9-10). A obra de salvação é descrita de maneira
distinta, mas sempre no contexto do sangue de Cristo, da morte na cruz, da imolação do
Cordeiro. Por consequência, o sangue tem uma força de purificação, de libertação, de
salvação porque foi derramado para selar novamente a aliança de Deus com os homens.
Durante a consagração o sacerdote diz: “Este é o cálice da nova e eterna Aliança, o meu
sangue derramado por vós e por todos para remissão dos pecados”. Deve tratar-se então de
uma purificação espiritual, de uma descrição simbólica quase paradoxal da salvação e da
santificação.
4 Uma tradição de nossa Ordem
Existe uma congregação sacerdotal sem profissões chamada ‘Missionários do precioso
Sangue’, fundada na Umbria, em 1815 por São Caspar del Bufalo. Um vínculo semelhante
com o Sangue de Cristo não aparece em nossa tradição premonstratense. Existem também
várias congregações de irmãs do precioso Sangue 1; nos seus conventos geralmente a clausura
é muito estrita e se organiza a adoração contínua.
Na vida de São Norberto, no entanto, se encontram alguns indícios que talvez nos adiantem.
No ano 1129 o arcebispo de Magdeburgo encontrou uma resistência armada no recinto de sua
catedral e se refugiou na torre do templo; o conflito foi sanguinário. Uma espada
ensanguentada atingiu o ombro do bispo, sem feri-lo de maneira grave. “Mas o sangue que
estava na espada sujou as franjas da mitra”. A vida ‘A’ narra que Norberto enfrentou seus
adversários sem medo da morte. Terminado o conflito, “Todo o povo elogiava a firmeza do
bispo que atravessou invencivelmente o perigo notório sem dano físico e espiritual”.
Narram-se de Norberto dois milagres com relação à eucaristia e ao sangue de Cristo. Depois
de sua conversão em 1115, Norberto visita distintos lugares com o desejo de discernir a sua
vocação e de receber um acompanhamento espiritual. Ficou bastante tempo em Siegburgo
com o abade beneditino Kuno, posteriormente teve contato com o eremita Ludolfo.
Finalmente foi para Klosterrath onde recebeu orientações do abade Richero. Durante uma
celebração eucarística uma aranha caiu no cálice consagrado. Espantado, Norberto se
perguntava como ia beber o sangue de Cristo com uma aranha possivelmente venenosa.
Bebendo o cálice sentia-se como entrando na morte. Mas de repente espirrou com força e a
aranha saiu pelo nariz. A veneração pelo sangue de Cristo foi maior que o medo de ser
envenenado. Anos depois isso, no dia 11 de abril de 1126, Norberto celebrava a festa de
Páscoa em Würzburgo, onde a sede episcopal estava vacante. Poucos momentos depois de
Norberto receber o corpo e o sangue de Cristo, uma mulher cega se aproximou dele. Norberto
soprou nos olhos dela e a mulher recuperou imediatamente a vista. O evento causou sensação
e Norberto preferiu sair da cidade para evitar uma promoção episcopal iminente.
Esses dois acontecimentos se relacionaram sem dúvida com a presença sacramental do sangue
de Cristo. É sabido que a celebração não sangrenta do sacrifício de Cristo era considerada por
Norberto como um momento central de sua vida; por isso celebrava cada dia. O relato dos
dois milagres sublinha aquela atitude e promove a imitação. Conservou-se também durante
anos o costume de limpar a patena com vinho e água, expressando dessa maneira a veneração
pela presença eucarística.
1
Por exemplo, as missionárias do precioso Sangue, as adoradoras do precioso Sangue, as irmãs do precioso
Sangue,....
37
5 A liturgia
Toda veneração do sangue de Cristo deve partir da eucaristia e da última ceia: “Isto é o meu
corpo...isto é o meu sangue...fazei isso em memória de mim”. O Concílio Tridentino diz que o
sangue forma parte de Cristo, da mesma maneira que o corpo e a alma. O Concílio declarou
que em virtude das palavras da consagração, o ‘verdadeiro sangue’ de Cristo se torna
presente.
A adoração do sangue do Cristo transfigurado se vive na fé na pessoa divina. Se tivesse
guardado sangue da paixão mesma de Cristo, esse não estaria unido com o Senhor
ressuscitado e deveria receber somente uma veneração relativa.
As primeiras celebrações do sangue de Cristo conhecidas tiveram lugar no século décimo. O
culto desabrochou-se particularmente a partir das cruzadas e foi promovido muito por santos
como a santa Catarina de Siena e São Gaspar de Bufalo. Durante os séculos dezoito e
dezenove, várias dioceses e congregações foram autorizadas a celebrar uma festa do sangue
de Cristo, sem relação com uma relíquia. No ano 1849, ao regresso de seu exílio, o Papa Pio
IX introduziu uma festa em toda a igreja latina (aos 10 de agosto). O Papa Pio XI decidiu que
a festa seja celebrada no primeiro dia de julho “por gratidão pela salvação a través da morte
sangrenta na cruz”. Depois do Concílio Vaticano II, no ano 1969, a festa foi suprimida
explicando que já está incluída na celebração de Corpus Christi.
Consultando nossos livros litúrgicos se pode observar que muitas vezes se encontra neles a
festa do Sangue precioso (“Pretiosissimi Sanguinis D.N.J.C.- triplex minus”). No nosso
‘Antiphonarium’ de 1934 se encontram o hino, as antífonas e o responso para o dia primeiro
de julho. No ‘Graduale Praemonstratense’ de 1908 se encontra a festa do Sangue precioso na
sexta-feira depois do quarto domingo da ‘quadragésima’ (ou seja da quaresma) com ‘Introitus,
Graduale, Tractus, Halleluia, Offerta e Communione’. E no livro para as procissões se
encontra para o primeiro de julho um responso e uma antífona. No Graduale a festa da Última
Ceia é chamada ‘a solenidade do Corpo de Cristo’. Depois do Concílio, a solenidade do
domingo depois da festa da Trindade é chamada oficialmente ‘a solenidade do santíssimo
Corpo e Sangue de Cristo’.
No antigo priorado de Bois-Seigneur-Isaac (no sul de Bruxelas) se comemora um milagre
com o Sangue Precioso semelhante a outros milagres que aconteceram especialmente na
Itália. O milagre aconteceu na sexta-feira antes do Pentecostes de 1405 durante uma
celebração eucarística. Ao levantar a hóstia durante a consagração, o sacerdote viu que uma
parte da hóstia ficou no corporal. Querendo tomá-la, sangrou. Depois de examinar o que
aconteceu, Pedro d’Ailly, o bispo de Cambrai, reconheceu o milagre em 1413. Desde então
se venerou o Sangue precioso e teve grandes peregrinações, o que conduziu os cônegos
agostinianos de Zevenborren a construir um convento. Roma reconheceu o priorado em 1418.
Desde então se conserva o corporal ensanguentado num relicário numa capela lateral. Naquele
mosteiro, os confrades expulsados de Mondaye se refugiaram em 1903. Depois de eles
voltarem, a abadia de Averbode assumiu o mosteiro. Durante um tempo foi uma canonia
independente, mas depois se tornou um priorado dependente de Averbode. Desde 2011 o
mosteiro é dirigido por monges maronitas do Líbano que se dedicam também ao trabalho
pastoral.
Na antiga abadia premonstratense de Weissenau (Alemanha) se celebra anualmente na festa
de Santa Maria Madalena um rito com uma relíquia do sangue precioso oferecida à abadia por
Rudolfo de Habsburgo em 1257. Segundo a tradição, debaixo da cruz, Maria Madalena
38
apanhou terra impregnada com sangue e a conservou num recipiente de vidro. Ao terminar a
celebração festiva, o celebrante principal leva o relicário e se coloca diante do portão da igreja
para abençoar todos os carros que desfilam. Maria Madalena foi desde sempre venerada em
nossa Ordem. O primeiro motivo não é a fidelidade dela que ficou com o Senhor até a última
hora na qual os apóstolos fugiram. Mas ela foi eleita como primeira testamunha do
Ressuscitado para levar a boa notícia para os apóstolos (Jo 20,17). Ela passa por apóstola dos
apóstolos e é um grande exemplo para nossa Ordem que usa o hábito branco, que evoca as
vestes brancas dos anjos.
6 “Sangue de Cristo, inebriai-me”
A oração “Alma de Cristo” é atribuída generosamente a santo Inácio. De toda maneira, ele
juntou-a a suas reflexões como uma oração para quem faz o retiro. Ela é considerada como a
sua oração preferida, o que explica a atribuição. Mas a oração é mais antiga e aparece já no
século catorze. O papa João XXII (1249-1334) lhe anexou uma indulgência de remissão dos
pecados e das penas temporais. Foi uma forma de oração familiar da mística Margarita Ebner
(1291-1351). Existem várias composições e elaborações da mesma oração.
O texto pode ser dividido em dois grupos de seis versos. Na primeira parte se dirige a Cristo
meditando sobre a sua alma, o seu corpo, o seu sangue, a água e o sofrimento. O homem que
profere as palavras reza por si mesmo: “lavai-me”. No final dessa parte da oração se pede: “O
bom Jesus, escutai-me”. Então ela continua como muito pessoal: no lugar do “eu” aparece
mais o “Tu”. Considera-se o sofrimento do Senhor e se expressam sentimentos fortes com o
desejo de ser assumido inteiramente por Jesus. Ao pedido de ser ouvido no final da primeira
parte corresponde o desejo de louvar e de elogiar o Senhor junto com todos os santos. No
misticismo se fala do caminho para a união. A oração contém muitas imagens e temas da
Bíblia.
Na terceira linha se fala do sangue de Cristo, o que nos deixa associar tudo o que precede: o
efeito purificador do sangue, a proteção do sangue posto sobre os marcos das portas, a sua
força reconciliadora, o sangue como seiva de vida, o derramamento de sangue vinculado com
a morte, o sofrimento, a entrega e o amor.
A expressão “sangue de Cristo” se encontra só uma vez na Escritura: “...quanto mais o sangue
de Cristo que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha,
há de purificar a nossa consciência das obras mortas” (Hb 9,14).
Aqui se podem citar também outros trechos do relato da Instituição nos quais Jesus fala do
sangue da Aliança. Depois segue a cena no monte das oliveiras onde diante do destino
ameaçante Jesus estava triste até a morte: “O suor se lhe tornou semelhante a espessas gotas
de sangue que caiam por terra” (Lc 22,44). Segue o açoitamento ensanguentado, a execução
na cruz, a grande quantidade de sangue que cai no chão e finalmente; segundo São João, o
golpe de lança depois da morte: “...e imediatamente saiu sangue e água” (Jo 19,34). Em nossa
oração o sangue e a água também vêm junto: “Sangue de Cristo inebriai-me, água do lado de
Cristo, lavai-me”. No êxodo do Egito, o sangue nos marcos das portas significava a proteção
contra o anjo da morte, aqui a cruz traz salvação e vida. A morte deve retroceder diante da
árvore da vida, depois que Jesus entregou seu sangue e sua vida para a remissão dos pecados.
“A cruz traz vida, a cruz traz salvação”.
Falta só o exame do verbo curioso ‘inebriar’ que com relação ao sangue não se encontra na
Bíblia. Quando se fala de ‘inebriar’ se pensa em plenitude e abundância: “Diante de mim
39
preparas a mesa....minha taça transborda” (salmo 23,5), “...tu os embriagas com um rio de
delícias” (salmo 36,9), “Visitas a terra e a regas cumulando-a de riquezas” (salmo 65,10),
“Porque darei abundância àquele que estava esgotado e saciarei todo aquele que desfalecia”
(Jr 31,25). O sangue representa a plenitude de Deus mesmo e, a oração pede que Deus sacie o
homem que reza e, que esse se torne embriagado pelo amor divino, recordando que o sangue
derramado serve de símbolo e penhor dessa graça. Só Deus oferece esse estado de embriaguez
que é a última realização de todos os desejos. Só Deus garante aquela paz e satisfação,
semelhante à da criança desmamada no colo de sua mãe.
7 Reflexão final
“Viva, viva Gesù” é um canto italiano do século dezessete que foi traduzido em alemão e
também em inglês por Edward Caswall da congregação oratoriana (1814-1874): “Glory be to
Jesus, who is bitter pains poured for me the life-blood from his sacred veins”. O canto
entitulado ‘Precious Blood’ termina com as palavras: “Lift ye, then, your voices; swell the
mighty flood, louder still and louder, praise the precious Blood”.
Também a oração ‘Alma de Cristo’ foi traduzida por um anônimo e posta em música por
William Mahler s.j. (1823-1877): “Soul of my Saviour, sanctify my breast, Blood of Christ,
be my saving guest. Blood of my Saviour, bathe me in thy tide, wash me with water flowing
from your side”.
Quis dar só um par de exemplos literários relativos ao tema ‘o sangue precioso’. Atrás das
exigências relacionadas com o ato de beber o sangue e, atrás de toda comoção desatada pela
morte atroz de Jesus na qual derramou o seu sangue por nós, se abrem novas possibilidades de
aproximação. Nas clínicas às vezes se praticam injeções de sangue para pôr termo à
destruição provocada pelas células cancerígenas e para apoiar ao mesmo tempo as células
boas. Essa prática poderia ser até uma imagem ousada para aproximar-se do mistério
eucarístico. Aquele cálice de salvação que nos é oferecido quer construir a energia das
virtudes, fundamentar comunidade, ativar as forças positivas, vencer o mal em nós e no nosso
ambiente e colaborar ativamente conosco para construir justiça na sociedade. O que se realiza
na transformação do vinho em sangue de Cristo deve inebriar-nos e acender-nos por sua
presença transfigurada e pela sua força transformadora de amor a fim de que finalmente
suceda o que aquela oração com insistência implora:
“Na hora de minha morte, chamai-me, e mandai-me ir para Vós, para que, com vossos Santos,
Vos louve por todos os séculos. Amém.” 2
+ Thomas Handgrätinger
Abade Geral
2
O cardeal John Henry Newman traduziu da seguinte maneira :
“Soul of Christ, be my sanctification; Body of Christ, be my salvation; Blood of Christ, fill all my veins; Water
of Christ’s side, wash out my stains; Passion of Christ, my comfort be; O good Jesus, listen to me; in thy wounds
I fain would hide; never to be parted from thy side; guard me, should the foe assail me; call me when my life
shall fail me; bid me come to Thee above, with thy saints to sing thy love, world without end. Amen.”
40
III
NUESTRAS CONSTITUCIONES
Dom José Wouters, abade de Averbode
Nas novas Constituições
(Reflexões da Comissão Jurídica para uma nova edição da Constituição da Ordem)
Introdução




Dois pontos de vista.
Constituições como um corpo normativo.
Constituições como expressão da identidade espiritual da ordem.
Constituições, conforme definido pelo código de direito canônico real.
O Capítulo geral de 2006 aceitou a proposta de preparar uma nova redação das Constituições,
que foram, na sua forma actual, aprovada em 1994. Aqueles que estavam presentes no
capítulo de 1994 se recordam as discussões e as tensões subjacentes que veio à tona. A
questão que me parece 'o cerne da questão' pode ser descrita de diferentes maneiras, mas parte
do mal-estar certamente é a compreensão da relação entre direito e elementos espirituais e
como esta relação deve ser expressa nas Constituições.
Nós geralmente poderia indicar dois pontos de vista que precisam ser reconciliados. O
primeiro ponto de vista é aquele que considera o Constituições principalmente como um
conjunto de normas. Constituições devem fornecer uma resposta às dificuldades chegando ao
BCE um canonicato. Como trabalhar com um capítulo de canonicato e com o Conselho, como
lidar com bens temporários? Quais os recursos que temos que lidar com os confrades que
perturbam a vida da Comunidade? Como devem ser organizadas eleições? O que são os
contornos da formação inicial e permanente? Como podemos adaptar e executar as
prescrições do direito canônico em nossa situação? Estas e muitas outras questões precisam
ser abordadas na legislação ordens. Não poucos deles sujeitos requinte e cuidadosa
permanente adaptação. É uma das principais tarefas de cada Capítulo geral.
O outro ponto de vista sim concentrar-se nas Constituições como expressão da identidade
espiritual da ordem. Parece-me que esta abordagem pode ser e é a fonte de muitas discussões.
A maioria de nós irá admitir que os números de 1 a 24, das Constituições reais contêm muitos
elementos que são imbuídos do espírito do tempo em que foram escritos. Eles adotam a forma
de pensamento e de expressão que era comum e popular na segunda metade da década de
sessenta do século XX. Mudou-se desta forma de pensamento e de expressão. A maneira que
41
nós consideramos que o Concílio Vaticano II também foi alterado. A Igreja e o mundo
mudaram. Como em breve seria darmos início a uma discussão como estas mudanças
afetariam uma expressão contemporânea de nossa espiritualidade de ordens, estaríamos em
um debate muito animado mesmo. A identidade espiritual da ordem não é uma noção
puramente teórica. Que toca a maneira de fazer as coisas e viver valores em casa ou no nosso
circary. Toca profundamente minha identidade pessoal como um Premonstratensian. Isso é
porque, entre outras coisas, teríamos um argumento passional, com o perigo de, em seguida,
perdedores e vencedores no final. Não gostamos que durante o Capítulo geral, para que possa
estragar a própria harmonia e unidade que o capítulo é promover. Compreendo muito bem por
que alguns pais deste capítulo prefere deixar as coisas como elas são e não muda nada sobre
as Constituições, além de algumas normas de refinação ou fraseado apropriadamente alguns
novos.
Esta também é a razão por que, quando pediu para ser membro de uma nova Comissão não
fiquei entusiasmado pelo projeto e um pouco horrorizada quando solicitado a preside. Aceitei,
no entanto, na condição de que a Comissão iria estudar a questão e esclarecê-lo tanto quanto
possível. Esta pergunta, claro, seria o ponto de partida para uma possível nova redação das
Constituições. Portanto não tenho um projeto ainda, nem riscar cópias ou textos para discutir.
Queríamos apresentar o capítulo um claro status quaestionis e apontam em uma direção
possível para iniciar o trabalho. Mas o capítulo precisa concordar com isso, caso contrário
estaríamos na conversação do outro homem surdo. Se o capítulo discordar, nós nos pouparia
uma quantidade considerável de trabalho.
É certamente a tarefa do Capítulo geral para explorar e realizar a espiritualidade de
Premonstratensian, como é sua tarefa de aperfeiçoar as normas disciplinares e canônicas. Mas
toda essa atualização e refinação significa que temos que mudar as Constituições. Pelo menos
não se entendemos o papel e a função das Constituições de um Instituto religioso e se nós iria
entender o lugar das Constituições dentro do corpo de normas que rege a vida e disciplina da
ordem expressa no código de direito canônico real.
O patrimônio espiritual da ordem.
Os seguintes pontos serão tratados nesta seção:
 Patrimônio e patrimônio espiritual.
 a definição de "patrimônio espiritual", no cânone 578.
 Ser conservados fielmente por todos.
 Carisma (intenção e determinação), o fundador e o reconhecimento pela autoridade
eclesiástica competente.
 a natureza de noções, finalidade, espírito e caráter como aplicado a um Instituto de
vida consagrada.
 Elementos espirituais nas Constituições.
O legislador introduz a noção de 'Patrimônio' em canon 578. Nós poderíamos falar dele como
espiritual Patrimônio da ordem, desde que se entende por não são bens materiais temporários.
De acordo com o canon 587, o patrimônio 'espiritual' de um Instituto de vida consagrada deve
ser o coração de suas Constituições. Canon 587 utiliza alguns termos que ajudam a entender o
que se entende por patrimônio neste sentido. Primeiro parágrafo menciona a identidade e a
vocação de um Instituto de vida consagrada. Parágrafo três pontos em "elementos espirituais",
justificando assim o uso do adjetivo "espiritual", neste contexto. Podemos concluir daí que o
patrimônio espiritual de nossa ordem é o que expressa sua identidade e vocação no contexto
sempre em mudança da Igreja e da sociedade.
42
Com isso em mente, podemos ter um olhar mais atento ao texto do cânone 578. Ele lista os
elementos constitutivos do patrimônio de um Instituto de consagrada ao vivo, que deve ser
conservada fielmente por todos. Estes elementos são: a intenção dos fundadores e sua
determinação relativa à natureza, finalidade, espírito e caráter do Instituto que foram
ratificados pela autoridade eclesiástica competente e sua tradições saudáveis. O texto codifica
o segundo número do segundo Decreto Vaticano conselhos sobre o apt renovação da vida
religiosa Perfectae Caritatis.
A frase "que deve ser conservada fielmente por todos" merece alguma atenção. O patrimônio
espiritual de um Instituto de vida consagrada tem uma estabilidade extraordinária. Não pode
ser mudada, não pela autoridade da Igreja, nem pela autoridade do Instituto religioso.
Portanto, está intimamente relacionado à noção de identidade, moldada por uma vocação,
como um ponto estável do qual serão tratados os desafios contemporâneos. Esta identidade é
partilhada por cada canonicato e cada membro de nossa ordem. Ele molda e forma de tudo o
que faço e fiz respondendo a nossa vocação de Premonstratenses.
A intenção de nossos fundadores e sua determinação relativa à natureza, finalidade, espírito e
caráter da ordem que foram ratificados pela autoridade eclesiástica competente é o núcleo da
identidade dos pedidos. A intenção dos fundadores é uma noção bastante global, que engloba
a sua espiritualidade, como mostrado na formação inicial da ordem e os valores que querem
expressar e proteger ao escolher uma determinada forma para sua nova instituição.
Um termo que é usado neste contexto, não no código de direito canônico, mas em outros
documentos eclesiásticos é "carisma". Ele indica um dom do Espírito Santo, dado a um
indivíduo ou um grupo para promover o crescimento do corpo de Cristo, a Igreja. Na reflexão
teológica sobre a vida consagrada, o carisma é usada para indicar sua origem divina, não
apenas como uma forma global de vida, observando os três conselhos evangélicos, mas
especialmente para refletir a sua pluralidade, sua existência em muitas formas. Carisma é a
força movendo os fundadores de um Instituto religioso para abraçar um determinado modo de
vida que expressa um aspecto específico da vida de Cristo. O carisma de um fundador é a
fonte de sua intenção e determinação relativa à formação do Instituto que ele quer
encontrados. Na Fundação de um novo Instituto, o fundador transmite seu carisma para seus
seguidores. Portanto, uma vocação autêntica de um candidato à nossa ordem, por exemplo,
implica um apelo experiente ao carisma de seus fundadores. Neste sentido, o carisma do
fundador torna-se também o carisma da ordem. No entanto, é possível que alguns elementos
do carisma do fundador permanecem pessoais a ele e não ceder à institucionalização.
A fim de tornar o carisma frutuosa para a Igreja, ele precisa ser recebido por uma autoridade
hierárquica competente. Canon 578 afirma que o patrimônio espiritual de um Instituto de vida
consagrada é a intenção e a determinação do fundador, que ele seja ratificado por esta
autoridade.3Este é o motivo por que em algumas edições de estatutos ou Constituições, como
3
Inoltre, ciascuno dei vostri fondatori sotto l'ispirazione dello Spirito santo, promesso da Cristo alla chiesa, è
stato un uomo possedeva un carisma particolare. Il Cristo ha avuto em lui un eccezionale "strumento" per la sua
ópera di salvezza, la quale specialmente in questo modo si perpetua nella storia della famiglia umana. La chiesa
ha assunto via via questi carismi, li ha valutati e, quando li ha coppia autentici, ne ha ringraziato il Signore ed ha
cercato di "mettergli al sicuro" nella vita della communità, perché potessero sempre ousar frutti. Lo ha ricordato
il concilio Vaticano II, sottolineando come la gerarchia ecclesiastica, alla quale spetta il compito di pascere il
popolo di Dio e di condurlo um ubertosi de pascoli, "docilmente seguendo gli impulsi dello Spirito santo,
accoglie le regole proposte da esimi uomini e donne, e, ulteriormente ordenada, le approva autenticamente; e con
la sua autorità vigile e prottetrice viene puro em aiuto agli istituti, dovunque eretti por l'edificazione del corpo de
43
foi o caso nos nossos estatutos de 1630, a aprovação do Instituto pela Santa Sé é impresso. O
patrimônio espiritual da ordem, portanto, foi formado por seus fundadores e pelas
intervenções dos papas que tem aprovado em seu estágio inicial.
Não é tão fácil indicar o significado preciso dos termos "natureza, finalidade, espírito e
caráter", que são, naturalmente, elementos da intenção e a determinação dos fundadores sobre
a ordem em que eles fundaram. Esses termos parecem cobrir parcialmente os outros, e eles
explicam uns aos outros.
A natureza da ordem torna-se claro de seu espírito, o caráter e a finalidade. O espírito do
termo refere-se à espiritualidade da ordem como sendo inspirados por meio de seus
fundadores.
O caráter de termo poderia indicar os elementos externos que definem o lugar que a ordem
teria-se dentro do quadro do direito canônico. É a ordem que pretende ser um Instituto de
cônegos regulares, é um Instituto clerical? Qual é a natureza da autoridade dos seus superiores
e de que forma faz a governação do exame de ordem?
Outro significado do caractere pode ser o complexo de valores, expressos no apostolado,
governança e forma de vida. Trata-se de uma maneira abrangente e definitiva de viver o
Evangelho na existência humana. A finalidade de um Instituto religioso é explicada
geralmente referindo-se ao apostolado que foi fundada por seus fundadores.
Ao tentar clarificar a definição canônica do patrimônio espiritual e aplicá-lo à nossa ordem,
devemos ter em mente a cláusula "como ratificado pela autoridade eclesiástica competente". É
evidente que as tradições saudáveis são aqueles que têm sido desenvolvidos em consonância
com a intenção e a determinação dos fundadores, em viver fielmente a identidade de pedidos
e a vocação.
Como será esclarecido mais detalhadamente quando tratar a relação entre o patrimônio
espiritual da ordem e das suas Constituições, os elementos espirituais, que são o núcleo das
Constituições como redigido de acordo com as prescrições do direito canônico, não
Cristo, perché abbiano um secondo de fiorire crescere e lo spirito dei fondatori "(Lumen gentium, n. 45). ... Não
intendo Tarifa un richiamo "al passato" inteso come un periodo storico concluso em se stesso; referirmi intendo
"alla vita" della chiesa, così come essa si presenta davanti a noi, oggi, portando con sé la ricchezza delle
tradições del passato, por offrire um noi la possibilità di usufruirne oggi. Allocuzione Questa è por mim di
Giovanni Paolo II all'Unione dei superiori generali (nov.1978 24)Ed.: L'Osservatore Romano, 25 nov. 1978.
Em charismtis demum amplitudine omnia alia postulata colliguntur, sicut conside quae propriae peculiaris
consecrationis DIVERSse em suis partibus continuam Postulantado perscrutationem, non tantum em apostolica
verum et em mystica et ascetica parte. ID requirit ut quisque sodalis sui instituti indolem, historiam ac
missionem assidue vestiget, ut personalem communitatisque intellectum perficiat [cf. Potissimum institutioni,
Março]. (Esortazione Apostólica Post-sinodale Vita consecrata di Giovanni Paolo II) Cap. II, in fine) 25/03/1996
O carisma para fundar um Instituto de vida consagrada é uma graça dada por Deus aos fundadores e fundadoras,
por uma questão de promover a santidade da Igreja e de responder, através de sua missão, aos desafios dos
tempos. Uma forma particular de seguir Cristo com total generosidade torna-se visível em cada Instituto. A
diversidade de carismas entre pessoas consagradas e grupos na Igreja é, portanto, um sinal do amor de Deus
infinito e um motivo de alegria para a Igreja.
Renovação de cada Instituto começa com a graça de Deus e com uma revisão de sua vida e obras agora à luz do
seu carisma adequada. O carisma não deve ser uma fonte de tensão entre a hierarquia e as pessoas consagradas.
(Mensagem para Sínodo do Bispos para a consagrada vida de João Paulo II, capítulo V). Enchiridion della Vita
consecrata, 6761-6762.
44
pretendem fornecer uma exaustiva ou uma espiritualidade completamente atualizada de nossa
ordem. Eles sim devem expressar a sua identidade ou vocação, o que pode ser descoberta
quando se encara a intenção e a determinação dos fundadores sobre a natureza, espírito,
caráter e finalidade da ordem, conforme ratificado pela Sé Apostólica e suas tradições
saudáveis. Isso deixa muito para ser dito e explorado por capítulos, comissões, prelados,
mestres de principiante, irmãs e confrades sobre a espiritualidade de ordens fora as
Constituições. Em uma nova redação, nós poderia olhar para uma descrição mais sucinta,
redigida com base nesses elementos, que podem ser encontrados na tradição da ordem e que
têm sido estudadas desde a época de renovação após o Concílio Vaticano II. Muitos
comentaristas concordam que 'Venerável regra', como a regra de Santo Agostinho, ou uma
seleção de textos bíblicos pode ser verdadeiros elementos do patrimônio espiritual de um
Instituto de vida consagrada.
A relação entre o patrimônio espiritual da ordem e das Constituições
 Constituições ou "Codex fundamentalis".
 o patrimônio espiritual da ordem e normas: a diretriz fundamental tendo em conta a
redação das Constituições.
 Estabilidade do patrimônio e das normas essenciais: uma pergunta para o capítulo.
O antigo ponto desta intervenção explorou o contorno do patrimônio espiritual como a
expressão da identidade e a vocação da ordem. A fim de esclarecer o termo "patrimônio",
referimo-nos já a canon 587, no qual canon o legislador não apenas define que cada Instituto
de vida consagrada precisa ter Constituições, mas também dá o esquema básico do seu
conteúdo. O objetivo das Constituições é precisamente salvaguardar a própria identidade e a
vocação de cada Instituto único. O sinônimo, o 'código fundamental', introduzido neste
contexto implica duas coisas. Esse código é chamado de 'fundamental', já que ele é destinado
a proteger e salvaguardar a identidade, enraizada em sua vocação de cada Instituto. Tudo isso
está relacionado com a Fundação, a Fundação de um Instituto, conforme estabelecido pela
intenção e a determinação do fundador. A outra implicação é que é possível ter outros códigos
que não são fundamentais, como aparece na verdade o quarto parágrafo do canon 587.
Constituições devem conter o patrimônio espiritual da ordem, para ser respeitado por todos e,
portanto também as normas fundamentais relativas à governação da ordem, a disciplina dos
membros, incorporação e formação dos membros e o conteúdo dos votos por que a
observância dos conselhos evangélicos é na ordem. A relação entre patrimônio espiritual e
normas fundamentais é evidente. Afigura-se claramente do objectivo das Constituições: para
proteger e salvaguardar a identidade de pedidos. Proteção só pode ser realizada por normas,
não por uma mera descrição, a menos que esta descrição poderia ser considerada como
normativo por aqueles a quem se destina. Há, portanto, um vínculo lógico entre o patrimônio
espiritual e as normas essenciais. No parágrafo terceiro, o legislador define uma norma para a
redação das Constituições, afirmando que as normas e os elementos espirituais devem ser
apropriadamente compostas. Ele não aparece claramente dos trabalhos de comentaristas sobre
esta seção do código, nem a prática da Santa Sé o que se entende por "apt composição". O
termo 'Composição', no entanto, sugere que uma mera justaposição não faria. Pensamos que a
relação lógica entre a expressão do patrimônio espiritual e as normas fundamentais, que estão
relacionadas como fonte e Rio, deve ser colocada em evidência. A melhor maneira de fazer
isso, é motivar qualquer norma nas Constituições, referindo-se ao nosso carisma fundadores
como aparece da regra e das suas intenções e determinação. Normas que não podem ser
motivadas dessa fonte dificilmente podem ser consideradas como fundamental.
45
Outro critério para uma boa redação das Constituições foi dado pelo legislador no mesmo
parágrafo: as normas não devem ser multiplicadas sem necessidade. Constituições são
elementos fundamentais, tocando a identidade e vocação. Demais normas neles iria
obscurecer uma visão clara sobre o que as Constituições servem para. Não se destinam a
resolver todos os problemas práticos. Eles devem preservar o sentido de quem somos e o que
significava que estão a ser. Intimamente relacionados a esta questão é o que é indicado pelo
legislador no parágrafo segundo: "este código (ou seja, as Constituições), deve ser aprovado
pela autoridade competente da Igreja e só pode ser alterado, o mesmo consentir (autoridade)."
Esta norma é compreensível, uma vez que a Fundação de uma ordem resultou de uma
colaboração sinergética dos fundadores e a Sé Apostólica. O privilégio, concedido à nossa
ordem em 1503 para alterar as Constituições de nossa ordem sem a permissão da Sé
Apostólica, implica que a própria ordem tem que cuidar da estabilidade da expressão da sua
identidade na descrição do seu patrimônio espiritual e suas normas essenciais.
Os estatutos de 1290 prevêem, portanto, que qualquer nova norma tinha que ser aprovado por
três sucessivos capítulos gerais. Este estatuto foi reforçado pelos estatutos de 1630 no capítulo
seis da terceira distinção (I, 1-3). Estas normas foram feitas a fim de evitar uma multiplicação
muito prolífica de normas e a garantia de estabilidade. Esta era uma norma Realista, desde
capítulos gerais foram mantidos anualmente, para que uma mudança nas normas levou três
anos. Dada a freqüência real levaria 18 anos para mudar alguma coisa sobre as Constituições.
O resultado seria muita estabilidade.
Dada porém a prescrição que as Constituições são uma entidade estável, gostaríamos de
propor a seguinte pergunta ao capítulo: O Capítulo Geral aprovar que, no futuro, quaisquer
alterações nas Constituições exigem uma maioria de dois terços?
Um "Sim" a essa pergunta, implicaria que no capítulo do 2018 as Constituições só poderiam
ser alteradas por maioria qualificada de dois terços. Isso normalmente também implicaria que
você concorda com uma nova redação de acordo com o código de direito canônico, uma
redação que precisaria esta maioria para serem aprovados.
A relação entre as Constituições da ordem e o direito próprio da ordem
 Direito próprio abrange a totalidade da legislação ordens.
 Constituições são uma expressão espiritual e jurídica estável a identidade de pedidos.
 Outras normas devem ser coletadas fora Constituições.
Tudo o que tem sido tratada acima deixa-nos com mais uma pergunta. Ainda precisamos
esclarecer a relação entre o "bom direito" e "Constituições".
O direito próprio da ordem consiste em todas as normas que têm sido decretadas pela
autoridade competente da ordem. Engloba as normas em nossas Constituições e todas as
outras normas. Dentro deste corpo, Constituições contêm essas normas que são essenciais,
como provenientes de nossa identidade e vocação.
O código de direito canônico, o legislador indica em várias ocasiões onde deve ser prevista
uma norma específica. Assim, por exemplo, canon 684§2 afirma que as Constituições podem
fornecer um ou vários períodos de atividade pastoral durante o tempo do noviciado. Se o
Capítulo geral se sentiria a necessidade de inscrever a atividade pastoral obrigatória durante o
noviciado, Constituições precisaria fornecer uma norma que regulamenta a questão.
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Canon 655, por outro lado afirma que profissão temporária deve ser feita por um período de
tempo, determinado pelo direito próprio, um tempo não inferior a três, mas não mais de seis
anos. Esta norma deixa a liberdade para a legislação de pedidos para definir o tempo de
profissão temporária em seu direito próprio, ou em suas Constituições, dependendo da
importância dada a esta norma pelo Capítulo geral. Uma vez que parece dificilmente
defensável que uma norma sobre esta questão é "essencial", seria sábio deixar este assunto a
outras coleções de normas, como previsto em canon 587§4.
Este quarto parágrafo indica a distinção entre as Constituições, que pretendem ser um
estábulo espiritual e a expressão normativa da identidade da ordem e as normas que são mais
técnicas e mais em detalhe, e que podem ser alterado pela autoridade competente da ordem.
Essas normas caracterizam-se pela capacidade de adaptação. Seria imprudente solicitar uma
maioria qualificada para refinar ou corrigi-los.
Uma nova redação das Constituições ao longo das linhas do actual código de direito canônico
implica que devemos fazer uma distinção clara entre normas essenciais, previstas nas
Constituições e outras normas a serem coletados em outro lugar. As outras normas talvez
poderiam ser publicadas na internet após cada adaptação pelo Capítulo geral. Isso abre uma
possibilidade fecunda de cooperação entre a Comissão de internet e seu correspondente
jurídico.
(Texto extraído do documento da Comissão Jurídica da Ordem do Capítulo Geral de 2012)
47
IV ARTIGOS e RELATÓRIOS - ARTÍCULOS e INFORMES
Côn. Alvarino Bienzobás Júnior, O.Praem.
10 ANOS DA REVISTA ALIANÇA PREMONSTRATENSE
2003-2013
Prezados confrades.
Paz e bem.
Como redator das crônicas da Canonia Jauense, me disponho a deixar para nossa
Revista Eletrônica – “Aliança Norbertina”, este humilde artigo que escrevo também na
humildade e sem pretensão alguma de achar que esgoto tal assunto nestas linhas.
Apenas convido a vocês, prezados irmãos e irmãs premonstratenses, a junto
comigo meditar sobre a importância desta comunicação entre nós.
O mundo ficou cada vez mais comunicativo com tantas inovações tecnológicas e
informatizadas que, nem de longe, poderíamos prescindir disso para promovermos entre
nós uma real comunicação de ideias e acontecimentos pertinentes ao nosso estilo de
vida.
Ser premonstratense neste século é antes de tudo ser comunicativo por
excelência.
Nosso Carisma é o que temos de mais convincente no que diz respeito à
comunicação. Comunicamos simplesmente a realidade e necessidade da Vida de
Comunhão, tão almejada desde as primeiras comunidades cristãs, e tão necessária na
atualidade cujo individualismo e egoísmo imperam, não perdendo tempo em
“comunicar”, valores contrários à Comunhão.
Nosso próprio Deus é Comunhão trinitária e faz comunhão com sua criatura
predileta desde a origem.
Embora sendo Único em sua essência, se fez trino em pessoas para que
tivéssemos certeza de que nunca estaríamos sozinhos na caminhada desta vida.
A imensa alegria de virmos a ser e estar na Unidade da Trindade nos faz as
criaturas mais privilegiadas deste mundo.
Costumo dizer por aí que nenhum ser humano foi criado para estar na presença
ou ao lado de Deus; para estar em Sua presença ou ao Seu lado, Ele criou os anjos e
toda milícia celeste. Nós fomos criados para sermos e estarmos Nele.
Milícia celeste alguma foi criada à imagem e semelhança de Deus, nós, e
somente nós temos esse privilégio. Ele assim quis e assim nos criou. E muito embora
tenhamos dado lugar ao Mal com nossa desobediência mesmo assim nosso Deus e Pai,
fez e faz de tudo para que Sua criatura amada não se perca e não venha mais a
desperdiçar tão preciosa comunicação de Vida Plena.
E comunicar isto ao mundo deve ser nosso maior empenho.
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Nós, consagrados ao Senhor no Carisma Premonstratense da Comunhão,
deveríamos ser os primeiros a evangelizar o mundo nesta intenção.
Comungar com os irmãos e com Deus numa harmonia que nos leva não apenas a
uma satisfação particular, mas a uma satisfação comunitária, abrangente e firmemente
alicerçada na Palavra e na Eucaristia.
Como Jesus, um Premonstratense deveria “atrair” para seu convívio o maior
número de pessoas possível. E também como Jesus ouvir, acolher, exortar a todos a uma
comunhão verdadeira com o Pai. Assim como o Mestre, deveríamos ser íntimos do Pai
na oração, na súplica, na confiança e no abandono, doando-nos inteiramente à Sua
Vontade.
Esta nossa revista eletrônica está completando dez anos de existência e tem sido
um meio salutar de comunicação entre nós.
A cada exemplar editado vemos a alegria dos confrades, as esperanças,
realizações, tristezas e angústias nas mais diversas realidades nas quais estamos
inseridos.
Isso nos faz aprofundar entre nós os laços de uma família religiosa que se propôs
viver o Ideal de São Norberto no seguimento de nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo.
Em nenhum momento o Cristo Senhor nos disse que segui-Lo seria fácil.
Renunciarmo-nos a nós mesmos, tomarmos a cada dia a nossa cruz e ir depois do
Mestre é missão de todo batizado, sobretudo nossa missão de consagrados que
escolhemos radicalizar nossa vivência batismal.
Comunicar isso aos que nos rodeiam torna-se um desafio neste mundo atual,
globalizado que generaliza tudo e em algumas circunstâncias generaliza até mesmo a
existência e presença de Deus.
É preocupante os dados atuais que mostram a grande indiferença até mesmo dos
que ainda tem fé. Tudo se relativiza e quase nada aponta para o Absoluto, Deus nosso
Senhor.
Mais do que nunca se faz necessário que, entre nós, haja uma comunicação
sempre atualizada que nos coloque a par de tais circunstâncias relativistas, para que,
juntos em oração e trabalho, nosso Carisma de Comunhão possa ir ao encontro dos que
andam duvidosos na Fé e quase sem esperanças em Deus.
Que nossa revista eletrônica, avancem cada vez mais para “águas profundas”
onde o Mar da vida quer assustar com suas tempestades inusitadas ou persistentes.
Que nossa missão de “Pescadores de Homens” se perpetue para que possamos
retirar dos “abismos profundos” dos mares do egoísmo, relativismo e conformismo
aqueles que precisam e querem por nós serem “pescados” para fazerem parte da mesma
Barca de nosso Senhor Jesus.
Que este meio de comunicação da nossa Ordem continue sendo eficaz e
animador de nossos ânimos frente ao desafio atual da transmissão da Boa Nova de
Jesus.
Parabéns aos idealizadores, organizadores e editores de nossa revista eletrônica.
Estamos sabendo que a nova “Circaria Brasileira” terá o árduo trabalho de
manter tal comunicação, pois, será de nossa responsabilidade continuar mantendo o
padrão, a seriedade e o compromisso responsável para que este meio comunicativo
continue exercendo seu papel entre nós.
No que diz respeito à Canonia Jauense, estaremos prontos para colaborar e assim
manter nossa comunicação sempre atual e interessante.
Na paz do Senhor, no auxílio de São Norberto e na proteção de Maria, até a
próxima.
49
Cônego Godofredo Chantrain, O. Praem.
OS PREMONSTRATENSES DEIXAM PIRAPORA DO BOM JESUS
DEPOIS DE 117 ANOS DE SERVIÇOS PAROQUIAIS
Aos 23 de setembro de 2012 o Abade de Jaú, Dom Osvaldo Paulino, recebeu a
comunicação de Dom Vicente de Costa, DD, Bispo Diocesano de Jundiaí, que no início
do ano de 2013, dispensaria a Ordem Premonstratense de suas obrigações paróquias a
respeito da Paróquia/Santuário do Senhor Bom Jesus, situada na cidade de Pirapora do
Bom Jesus, SP. e nomearia dois presbíteros diocesanos para assumir a direção daquela
porção do povo de Deus.
50
No mesmo instante Dom Vicente Costa agradeceu, em nome da Diocese de
Jundiaí, os Cônegos Premonstratenses, que durante 117 anos se esforçaram em todos os
setores, tanto espiritual, com material, para fazer desta Paróquia/ Santuário uma
comunidade viva. Comunidade viva não somente formada pelos próprios moradores
piraporanos, mas também reforçada pelos inúmeros romeiros, que acorrem anualmente
à Imagem do Senhor Bom Jesus.
1ª FASE: 1897 - 1936 BASES E FUNDAMENTOS DA VIDA PAROQUIAL
Aos 26 de dezembro de 1897 Côn. Vicente Van
Tongel, o.prem, que desde 1896 dirigiu a paróquia de
Santana de Parnaíba, foi nomeado pároco da recém criada
Paróquia/Santuário de Pirapora, desmembrada da
Paróquia de Santana de Parnaíba. Inúmeras dificuldades e
graves problemas dificultavam as atuações do pároco e
seu auxiliar, Côn. Rafael Goris, o.prem. Com imenso zelo
e confiança total em Deus foram colocados os alicerces da
nova comunidade. Igualmente se efetuou a implantação de
costumes religiosos nas devoções ao Senhor Bom Jesus
manifestadas pelos romeiros. Uma testemunha daquele
tempo atesta: “Agora os peregrinos não voltam para sua
casa apenas com um santinho do Bom Jesus no bolso, mas com o Senhor Bom Jesus no
coração.”
Lentamente nasceram as várias associações religiosas; entre elas a Conferência
de S.Vicente de Paulo (1897), o Apostolado da Oração (1898), as Filhas de Maria. Foi
construída a Primeira Escola Paroquial (1908) do Estado de São Paulo, tanto para
meninos, como para meninas.
Após a morte de Côn. Vicente Van Tongel, foi nomeado em 1920, como pároco
Côn. Alderico Lambrechts o.prem. reitor do Seminário de Pirapora. Poucos anos depois,
esse recebeu a bênção abacial com o direito ao título de Abade
Titular da abadia de São Miguel, situada em Antuérpia, Bélgica,
mas supressa pela Revolução Francesa em 1876. Dom Alderico
dedicou todas as suas forças e suas capacidades à formação não
somente dos seminaristas diocesanos, que naquela época
ocupavam o seminário de Pirapora, e na orientação dos seus
confrades premonstratenses, mas principalmente mostrou-se um
pai amoroso para com os Piraporanos.
Nestes anos, entre outras realizações, foram fundadas a
associação religiosa dos Congregados Marianos (1933) e a Obra
das Vocações Sacerdotais sob auspícios de São Benedito
(1935).
Essas duas figuras premonstratenses colocaram uma
base sólida para a vivência paróquia através de seus exemplos
de religiosos autênticos e dedicados à sua missão e em união
com Deus.
51
2ª FASE: 1936 – 1976 ANOS DE CRESCIMENTO E EXPANSÃO.
Os próximos párocos, que orientaram e animaram a comunidade piraporana,
cada um com seus próprios dons e carismas, se sucederam em quase triênios sucessivos:
Côn. Frederico Neefs (1936-39), Côn. Valério Campers (1939-41), Côn. Henrique Van
Kasteren (1941-42), Côn. Eugênio Avivar y Avivar (1942-45), Côn. Raimundo
Vercauteren (1945-46), Côn. Clemente Leroy (1946-49) e Côn. Oto Van der Burght
(1949-53).
Entre eles destacamos Côn. Henrique Van Kasteren, que aos 25 de agosto de
1942, ofereceu sua vida a Deus ao salvar dois seminaristas menores, que foram tragados
pelas ondas em Itanhaém, SP. Citamos do “Correio da Memória” de 1987 um tópico do
relato do desastre escrito por Antônio Ivo Pezzotti, ex-aluno do seminário e testemunha
ocular:
“Seu leito mortuário foi o cetim macio da imensidão da praia, sua marcha
fúnebre foram os acordes tristes do mar, suas coroas foram os rostos assustados e
lacrimejantes dos jovens seminaristas, sua carruagem foi uma carroça emprestada, o
seu séqüito foram os sulcos das rodas cravadas na areia e seu elogio fúnebre
pronunciado pela voz eloqüente de um imenso silêncio.”
52
No fim deste segundo período surgiu como um dos párocos de um governo
longo - treze anos - e muito valioso o Côn. Marcelo Dyckmans (1954-67), sucedido
pelos Côn. Lino Fourreaux (1967-71) e Côn. Godofredo Chantrain (1971-76).
Impossível de não mencionar os efeitos positivos da atuação da UNIÃO DA
JUVENTUDE CATÓLICA PIRAPORANA, que, fundada em 1958 pelo Côn.
Francisco Boonants, vigário paroquial de 1955-81 e de 1987-95, durante várias décadas
ofereceu aos jovens um apoio firme na sua educação.
A década de sessenta viu a construção da Capela, dedicada a São Benedito na
Vila Nova, bairro situado do outro lado do Tietê.
Esta segunda fase deixou para posteridade uma viva lembrança da vida
paroquial, manifestada principalmente pelas atividades das associações, que, além de
levar os membros a uma vida religiosa intensa, não descuidavam da vida social e
humana, expressa pelas tradicionais festas sociais, que ofereciam pelas famosas
apresentações teatrais muitas horas de divertimentos sadios. A inauguração da SEDE
PAROQUIAL (1955) ofereceu o ambiente ideal para realização não só destas
manifestações culturais, mas principalmente para as tão amadas e muito assistidas
sessões cinematográficas. O salão com um palco e subterrâneo e com até um balcão era
um privilégio, que poucas salas de cinema da região, possuíam naquela época.
3ª FASE: 1976 – 2013 UMA COMUNIDADE VIVA
53
Nessa terceira fase da vida da paróquia encontramos nos registros paroquiais as
atividades frutuosas e eficientes dos párocos seguintes: Côn. Ivo Wels (1976-87), Côn.
Paulo Haenraets (1987-88), Côn. Bonifácio Hartmann (1988-91) e Côn. Godofredo
Chantrain (pela 2ª vez: 1991-2002) Eles continuaram a colocar e aplicar as adaptações
nascidas das conclusões do Concílio Vaticano II a fim criar uma comunidade viva e
unida no Senhor Bom Jesus.
A década de 1970 traz para Pirapora a desastrosa calamidade da poluição do rio
Tietê, que se transformou num rio coberto pela famosa espuma branca, que ataca a
saúde de seus moradores. Espetáculo de “neve branca”, linda em fotos, recordando as
paisagens dos países da Europa no inverno, mas mortífera que levou muitos Piraporanos
à morte lenta e dolorosa. Até hoje, 2013, o rio geme e morre lentamente.
“Maldito progresso insano,
Velozmente caminhando,
O belo Tietê matou,
Hoje a espuma inclemente
Atordoa nossa gente:
- Meu Deus, Pirapora pirou!”
“Peixe-Pula – Pirapora.
Gincana de férias – Equipe 01
Escola Senhor Bom Jesus. 1997
Solenemente foram comemorados nos respectivos dias dos anos 1996 e 1997, o
centenário da Chegada dos Primeiros Premonstratenses, os 110 anos da Elevação da
Capela do Senhor Bom Jesus à dignidade de Santuário, os jubileus de cem anos da
Criação da Paróquia do Senhor Bom Jesus, e dos cem anos da colocação da Primeira
Pedra do Seminário Premonstratense.
Entretanto assumiram a administração da Paróquia/Santuário os seguintes
párocos: Côn. Alvarino Bienzobás Junior (2002-2005), Côn. Marcos José Ferraz (2005),
Côn. Norberto Cazellotto (2006-2010) e Côn. Andrés Munhoz Gonzalez (2011-2013).
54
Na pastoral dos romeiros notamos que tríduo preparatório para a festa do Senhor
Bom Jesus foi substituído por uma novena ativamente participada pelas várias classes
do povo piraporano. Transformando-se assim num acontecimento religioso e social que
movimentava profundamente durante nove dias toda a cidade de Pirapora.
Neste período notamos a construção de três capelas: a Capela dedicada a Nossa
Senhora Aparecida no Parque Payol (1992) a uns cinco quilômetros do centro; a Capela
de São Judas Tadeu no Jardim Bom Jesus do outro lado do Tietê (1994) e a Capela de
Santo Antônio no Bairro Bandeirantes na Estrada Pirapora - Santana de Parnaíba
(2002).
- A Ordem Premonstratense agradece a Deus pela felicidade de ter orientado
durante 117 anos todas as pessoas, tanto as que moravam na Paróquia de Pirapora como
as que visitavam anualmente o Santuário do Senhor Bom Jesus.
- Igualmente todos os religiosos premonstratenses que atuaram durante esses 117
anos nessa Paróquia/Santuário agradecem os Piraporanos pela sincera hospitalidade,
com que foram sempre recebidos e tratados.
- Os Cônegos e os Irmãos Premonstratenses, convencidos de não serem santos,
pedem desculpas pelas falhas e negligências em sua atuação, que muitas vezes
dificultaram o progresso da comunidade.
- E em particular desejamos e fazemos votos que as atuações pastorais dos 19
párocos premonstratenses que orientaram essa comunidade durante esses 117 anos:
colocando suas energias, seu suor e seus carismas a disposição dos irmãos, sirvam de
base firme para um futuro próspero desta porção do povo de Deus, sob a direção dos
presbíteros diocesanos de Jundiaí, e que cresçam em sabedoria e santidade a fim de que
tanto os Piraporanos, como os romeiros do Senhor Bom Jesus alcancem a graça da vida
eterna.
Pirapora do Bom Jesus, 05 de junho de 2013,
Festa de São Norberto,
Ordem Premonstratense.
Prior Antônio Galvão
(Vigário do Abade Geral - Circaria Brasileira)
CRÔNICA SOBRE A VISITA DO ABADE GERAL DOM THOMAS AO BRASIL E
SOBRE O ENCONTRO DE JOVENS DA CIRCARIA BRASILEIRA, SEDIADO PELA
ABADIA DE JAÚ DE 21 A 25 DE JANEIRO DE 2013.
No dia 18 de janeiro próximo passado, viajei de Jaú a São Paulo com os noviços
apostólicos Filipe, de Jaú e Eduardo, de Montes Claros, para esperarmos o Abade Geral que
chegaria ao aeroporto de Guarulhos no dia 19 pela manhã. Hospedamo-nos na Casa Paroquial
de São José, no jardim Europa, onde fomos muito bem acolhidos. Na manhã do dia 19, como
previsto, fomos os três ao aeroporto de Cumbica para aguardarmos a chegada do vôo da TAP,
55
no qual chegaria nosso Abade Geral. O vôo atrasou uns poucos minutos, mas dom Thomas
chegou bem e muito animado e jovial, como sempre. Conversei com ele a respeito da proposta
que o Abade Oswaldo Francisco Paulino me pedira apresentar à sua apreciação, a respeito de
sua/nossa ida de carro a Jaú: um breve descanso na Casa do Jardim Europa, até o início da tarde,
para seguirmos pelas quatorze horas até Pirapora do Bom Jesus, para uma rápida visita aos
confrades Côn. Godofredo, Côn. Andrés e Côn. Marcelo, daí seguindo para Piracicaba, para
uma breve visita aos confrades dessa casa, e por fim, se ele se sentisse em condições, seguir
ainda no mesmo dia para Jaú, ou, caso estivesse muito cansado, dormir em Piracicaba para
seguir para Jaú no dia 20 pela manhã. Ele aceitou bem a proposta, dizendo que até o momento
não se sentia muito cansado e que pensava ser sim possível que seguíssemos esse programa.
Assim sendo, descansamos um pouco em São Paulo, almoçamos, fizemos uma “piccola siesta”
e depois viajamos para Pirapora do Bom Jesus, onde tomamos um cafezinho, conversando um
pouco com Côn. Godofredo e Côn. Marcelo e, posteriormente também com Côn. Andrés e,
pelas 16 horas, partimos para Piracicaba. Fomos muito bem acolhidos por Côn. Josenildo,
concelebramos com ele a Eucaristia Dominical na Igreja Paroquial de São Judas Tadeu,
jantamos e, como Dom Thomas disse sentir-se disposto a continuar a viagem ainda nesse dia,
seguimos para Jaú, onde chegamos pelas 23 horas e imediatamente nos recolhemos para os
quartos, que já estavam confortável e agradavelmente preparados para nós.
No dia seguinte, domingo, celebramos as Laudes com os confrades Jauenses na Igreja
Abacial, tomamos o café da manhã, encontramo-nos com os confrades presentes. Dom Oswaldo
solicitou que Dom Thomas ou eu presidíssemos a Eucaristia na Igreja Abacial às 11 horas e,
assim, concelebramos, com a participação dos juniores e irmão Luiz, e os fiéis presentes que
lotaram a Igreja. Após a Eucaristia, Dom Thomas gentilmente aceitou acompanhar-me ao
almoço com minha família, para juntos festejarmos o 80º aniversário natalício de minha mãe.
Estivemos reunidos (minha mãe, meus irmãos, cunhados, sobrinhos, tios e primos, Dom
Thomas, o noviço. Eduardo e eu, cerca de 60 pessoas) num agradável e fraterno almoço por
bem umas três horas, onde todos tiveram grande alegria e prazer em conhecer e conversar (os
que puderam fazê-lo em Inglês ou Italiano, ou os que tentavam fazê-lo com minha ajuda e
tradução) com nosso Abade Geral, a quem todos agradeceram pela alegre e simpática presença e
convivência desse momento entre minha família. Pelas 16 horas retornamos à Abadia, onde o
Abade Geral participou das Vésperas e jantar, enquanto que eu fui presidir a Eucaristia em ação
de graças pelos 80 anos de minha mãe. Às 20 horas, participamos de um momento de
convivência na sala de TV da Abadia, juntamente com Côn. Pedro, Côn. Norberto e,
posteriormente, dom Oswaldo. Então, chegou o noviço Jorge, de Itinga, vindo de sua viagem de
férias no Chile, a quem acompanhei até à cozinha da Abadia para que ele comesse alguma coisa.
Lá, encontramos o Ir. Luiz, que providenciou algo para que Ir. Jorge se alimentasse e, assim,
pudéssemos ir descansar.
No dia 21, participamos das Laudes e café da manhã na Abadia, ficamos aguardando a
chegada dos confrades de Itinga e de Montes Claros, que desde a véspera estavam em viagem
de Montes Claros para Jaú em dois micro-ônibus. Estes chegaram às portas da Abadia pelas
8h30’ e, a seguir, foram acompanhados pelos noviços Filipe (de Jaú) e Eduardo (de Montes
Claros) até o local do encontro, no Hotel Santa Paula em Dois Córregos, para acomodarem lá
seus pertences e, então, retornarem para a Celebração Eucarística de Abertura do Encontro na
Abadia. Esse retorno dos dois ônibus com os confrades e irmãs demorou mais do que o previsto,
porque um trecho da estrada estava em obras e assim, esperamos por uns vinte minutos além do
horário previsto, para darmos início à Celebração Eucarística presidida por Dom Thomas e
concelebrada por todos os confrades sacerdotes presentes. Dom Thomas havia preparado uma
muito bela, oportuna e edificante Homilia, que foi traduzida e lida pelo Prior Pe. Milo Ambros,
na qual ele aludia à beleza do testemunho da virgindade e do martírio de Santa Inês e
conclamava sua intercessão pelo bom êxito de nosso encontro e que, pelo vigor de fé e alegre
fidelidade dessa jovem, estimulasse o testemunho de nossos jovens à nossa consagração
religiosa premonstratense.
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A seguir, partimos para o Hotel Santa Paula, em Dois Córregos, para o almoço, e para
dar continuidade ao nosso encontro. Após o muito variado e saboroso almoço, iniciamos nossas
atividades, pelas 16:00 horas. Após algumas orientações gerais dadas por Pe. Norberto, eu
solicitei ao Abade Geral que dirigisse aos confrades e irmãs umas palavras na abertura das
atividades do encontro. Ele o fez em Inglês, e procurei traduzir conforme conseguia: ele
lembrava-nos da alegria que era para ele estar ali nesse nosso terceiro encontro dos jovens
premonstratenses do Brasil, que agora realizávamos logo após o último Capítulo Geral de 2012
em De Pere, o qual tinha sido muito bem preparado, organizado e realizado num clima de muita
fraternidade e partilha, e no qual tinha também acontecido a criação da nossa nova Circaria
Brasileira. Disse que esta era uma excelente oportunidade de estreitarmos nossos laços de
fraternidade e conhecimento recíproco de nossas casas e de nossos jovens confrades e co-irmãs;
que era a primeira oportunidade de um encontro brasileiro com a participação da recém formada
comunidade feminina, embora já fosse o terceiro encontro de jovens das três casas do Brasil,
mas o primeiro enquanto Circaria recém criada, e com a participação da iniciante comunidade
de irmãs do Priorado de Itinga, motivo de muita alegria e esperança para a Ordem. Pediu as
luzes e a condução do Espírito Santo para o bom êxito de nosso encontro, para que, também
este, como o Capítulo Geral, favorecesse a todos nós a experiência do “dia de Pentecostes”;
lamentou não poder comunicar-se em Português (ou “Brasileiro”), mas que esperava poder
comunicar-se com todos e todas, através da ajuda e da tradução de Pe. Milo e minha. Falou de
alguns outros tópicos do Capítulo Geral, da nova redação das Constituições que o Capítulo
delegara à Comissão designada para esse fim, tópicos esses que deveriam animar nossa
caminhada e reflexões de jovens norbertinos, pois nossos jovens são o futuro de nossa Ordem.
Disse ainda, que esse encontro marcava o início da caminhada da Circaria Brasileira criada no
Capítulo, e que deveria concorrer para seu fortalecimento e consolidação. Depois, tivemos um
cafezinho, um tempo livre, e às 18:00 hs, Celebramos as Vésperas, presididas pelos confrades
da Abadia de Jaú. A seguir, tivemos o jantar, e um tempo livre para convivência.
Na terça-feira, dia 22, às 7h30’ Celebramos as Laudes (votivas de Nosso Pai São
Norberto) foram presididas pelos confrades da Abadia de Jaú. A seguir, tivemos o desjejum
muito variado, e pelas 9:00 hs, nosso confrade Dom Paulo Mascarenhas Roxo, Bispo Emérito
de Moji das Cruzes, iniciou a primeira parte de suas conferências a nós, a respeito do Ano da
Fé. Pelas 10h40’ houve breve pausa para o cafezinho e a seguir, às 11:00hs, nos dirigimos à
capela (muito bem preparada por Pe. Alvarino com a equipe litúrgica do movimento neocatecumenal de sua Paróquia) para a Celebração Eucarística em memória de N.P.S. Norberto,
presidida por Dom Paulo Roxo, com animação litúrgica da comunidade de Montes Claros. A
seguir, almoçamos e fizemos uma pausa, para retomar os trabalhos orientados por Dom Paulo,
das 14:00 às 15h30’, quando, então, fizemos outra pausa para um cafezinho. Dom Paulo, iniciou
com alguns trechos da alocução do Santo Padre na abertura do Ano da Fé, e depois discorreu
sobre a mesma fé à luz de Hbr 11 e de vários outros textos bíblicos; evidenciando em suas
sábias e bíblicas alocuções, as características da verdadeira fé, como dom absolutamente
gratuito de Deus; que transforma radicalmente a vida de todo aquele que crê; que é resposta
pessoal de cada um ao Deus que vem a nós e Se nos manifesta, movendo-nos à entrega total a
Ele; e que nos leva a uma manifestação pública, comunitária de nossa participação na vida, na
consagração e na missão de Cristo, tornando-nos um com Ele; e suscitando entre nós, como
decorrência da comunhão com Deus, a vida de comunhão fraterna.
Após esse último momento de colocações sobre a vida comunitária, Dom Paulo
convidou-nos a um momento de partilha sobre a experiência pessoal de fé como ajuda a superar
desafios e a viver melhor a vida comum. Alguns dos jovens confrades e das jovens irmãs
fizeram bonitas partilhas de suas experiências de fé e de vida de comunhão com Deus e
comunhão fraterna. Tivemos, então, as Vésperas, presididas pelos confrades de Montes Claros,
seguidas do jantar e tempo livre para a convivência.
No dia 23, às 7h30’ celebramos a Eucaristia com as Laudes, presididas pelos confrades
de Jaú, tomamos o lauto desjejum, e a seguir, partimos para o “tour” à Barra Bonita. Lá
57
chegando, descemos do ônibus e nos encaminhamos ao barco que já estava aportado, à nossa
espera, no qual faríamos o passeio pelo rio Tietê, passando pela eclusa, sendo que, nesse mesmo
barco nos seria servido um agradável almoço. Foi um “tour” muito bonito e agradável, onde
passamos momentos de descontração e fraternidade, tiramos muitas e belas fotos. Voltamos ao
hotel pelas 14:00 horas e às 16:00 hs tivemos uma reunião dos Prelados com o Abade Geral.
Este quis saber de nós a respeito de nossas despesas com o encontro e do que a Ordem
precisaria ajudar nas mesmas. O Abade Oswaldo disse que todas as despesas com o hotel e com
o material do encontro já estavam pagas, uma vez que a Casa do Jardim Europa foi pagando aos
poucos, nos últimos meses. Sobre as despesas de viagem, os Prelados de Montes Claros e de
Itinga dissemos que já havíamos assumido sem maiores problemas. O Abade Geral falou de
uma pequena ajuda enviada pela sua Abadia de origem, para auxiliar nas despesas do encontro
e, Pe. Milo e eu consideramos que seria justo que essa fosse integralmente repassada para a
Abadia de Jaú. Fizemos uma breve e fraterna partilha sobre a situação atual das casas da
circaria, conversamos sobre os encaminhamentos de como aprofundarmos as reflexões deste
encontro e as do Capítulo Geral, nos capítulos de nossas casas, e por fim, conversamos sobre o
nosso próximo encontro. Ficou também estatuído que as comunicações de nossa Circaria com a
Comissão de internet da Ordem, sejam assumidas e feitas em Montes Claros por Pe.
Alessandro; em Jaú por Pe. Alvarino e, em Itinga, pelo Diácono Ângelus, comunicando-se esses
diretamente com Pe. David Komatz. O Abade Geral lembrou-nos que o próximo encontro
internacional de juniores deve acontecer em 2015, e sugeriu que o nosso próximo encontro da
Circaria que pensávamos que deveria acontecer em 2016, em Montes Claros (seguindo a ordem
já iniciada), quem sabe, acontecesse em Pirapora do Bom Jesus, para dar um pouco de vida
àquela casa. A seguir, Dom Thomas deu-nos algumas informações:
- Sobre o relatório do Definitório da Ordem, que todos já recebemos;
- Sobre o 80º aniversário natalício do Abade Geral Emérito, Dom Hermenegildo Noyens;
- Sobre a bênção Abacial do Abade Joel na nova Abadia de Santa María de la Vid, em
Albuquerque;
- A respeito da devolução de 52% das propriedades da Igreja, na República Checa;
- Sobre a eleição do 71º Abade de Berne, Abade Hendrix, cuja benção abacial será em 7 de
abril;
- A respeito das celebrações do 100º Aniversário natalício de Pe. Werenfrid, fundador da “Kirch
in Not”
- Com relação à nomeação, feita pelo Abade Geral, de Pe. Monsieur (da Abadia de Averbode)
para Administrador da Abadia de Frigolet, a partir de 04 de março, uma vez que Dom Thomas
Secuianu fará 80 anos no dia 03/03;
- A respeito de uma visita canônica extraordinária em Storrington, acontecida de 04 a 08 de
janeiro;
- Sobre a situação triste e preocupante de algumas comunidades de irmãs (em Veerle, apenas 5
irmãs idosas e enfermas; em Bonlieu apenas uma; 3 em Rot, 7 em Monte Sião, na Suíça;
também poucas idosas e enfermas em Villória de Orbigo.
- Sobre a ocorrência, no último ano, de três graves acidentes com morte de confrades: na Índia,
no Brasil e em Praga. É necessário falarmos seriamente com os confrades sobre a
responsabilidade no trânsito.
- O Abade Geral pediu ao Confrade Pe. Clemens, de Magdegurgo, que providenciasse uma
medalha de São Norberto em Ouro, para presentear ao Provisor da Ordem, Pe. Bob Finnegan,
pelos excelentes serviços prestados à Ordem como Provisor, ao longo dos últimos anos.
- Pe. Gabriel Wolf oferece aos confrades que queiram, uma estampa do Beato Pedro Adriano,
como a que foi colocada na Celebração da sua Beatificação, é só pedir a ele.
- As Irmãs de Itinga expressaram ao Abade Geral seu desejo de providenciar uma Biblioteca
com livros sobre São Norberto e a Ordem. Ele aconselha que se solicite verba ao Fundo para a
Ciência da Ordem, para tal fim.
- O Abade Geral disse-nos que visitou uma igreja dos Franciscanos em Roma, na qual há uma
imagem de Jesus na qual está escrito: “Digam-me o que eu posso fazer por vocês? Ele também
quer perguntar a nós, o que ele pode fazer por nós?
58
- Aconselhou-nos a marcarmos uma reunião dos prelados e formadores para programar o nosso
próximo encontro, a qual talvez poderia acontecer durante o encontro internacional dos
Prelados, que será em 2015 (ou em Monday, ou em Roma), ou mesmo no encontro dos
formadores, que deve ser em 2017.
A seguir, rezamos as Vésperas, e depois, tivemos um churrasco à beira das piscinas do hotel,
donde depois nos recolhemos.
No dia 24, nossas Laudes foram presididas pelos confrades de Itinga; tivemos nosso
desjejum, e a seguir, pelas 9:00hs, Padre Alcides apresentou-nos seu amigo Pe. Luiz Pablo,
Legionário de Cristo, mexicano, que reside em São Paulo e o ajuda na Paróquia São José do
Jardim Europa, e que veio assessorar nossa reflexão sobre os desafios da vivência dos votos e da
consagração religiosa nos tempos atuais.
Pe. Luiz Pablo falou-nos de maneira muito simples, humilde, aberta,
experiencial/vivencial, a respeito de nossa comum consagração religiosa, de nossa pobreza
evangélica, de nossa castidade por causa do Reino dos Céus, de nossa obediência, fundadas na
pobreza, castidade e obediência do Cristo, por amor dEle, por busca de seguimento e
identificação com Ele. Ele disse basear-se nos documentos “Vita Consecrata”, “Vida Fraterna
em Comum”, nos livros “Uma Espiritualidade Sacerdotal Para Nosso Tempo” e “Consagrados a
Deus: Uma Resposta ao Amor”, de Amadeo Cencini.
Recordou-nos os diversos desafios da pós modernidade à vivência dos conselhos e dos
valores do Evangelho, por causa do individualismo, do consumismo, do relativismo moral e do
hedonismo que marcam nosso tempo, e lembrou que tais desafios não nos devem desanimar,
mas sim, estimular à renovada e criativa fidelidade. Lembrou-nos que este mundo precisa de
nós, mas como homens e mulheres de Deus, cheios de uma espiritualidade de profunda
confiança e esperança, de quem aprecia as coisas pequenas, mas que anseia pelas grandes e
eternas; de quem busca fazer as coisas ordinárias de forma extraordinária; uma espiritualidade
sobretudo contemplativa na ação, que nos leve a contemplar o mundo com os olhos de Cristo;
espiritualidade pautada na fidelidade e não nos êxitos, consciente de estar no mundo, mas de
não ser do mundo, uma espiritualidade de comunhão.
Ele nos falou pela manhã até às 10h50’ (com pequena pausa para o café) e das 14 às
17hs (também com intervalo para cafezinho). Às 11:00 hs celebramos a Eucaristia em memória
de São Francisco de Sales, presidida pelos confrades de Itinga, e às 18:00 hs celebramos as
Vésperas presididas pelos mesmos confrades, e a seguir, tivemos o jantar.
Logo após o jantar, os Prelados e Formadores e a Superiora e a Formadora das irmãs, nos
reunimos com o Abade Geral, às 19:00hs. Conversamos sobre as impressões gerais a respeito
do encontro, as quais foram todas muito positivas. Elogiamos a organização, os preparativos e
materiais do encontro, muito bem realizados pelos confrades Pe. Alvarino e Pe. Norberto.
Falamos também sobre a sugestão ouvida de vários participantes do encontro de que
adotássemos o brasão elaborado para o encontro, por Pe. Alvarino com a companhia de
Heráldica, para ser também o brasão da Circaria, naturalmente substituindo-se a faixa com os
dizeres de “ano da fé - norbertinos brasileiros em comunhão”, por algo que aludisse mais
especificamente à Circaria Premonstratense Brasileira. Após uma sugestão de que se pensasse
melhor, com ulterior apresentação de outras sugestões de brasão para um próximo encontro, eu
propus de ouvirmos o parecer de todos, para ver quais formadores e superiores eram favoráveis
a adotar tal brasão até que eventualmente surgisse outra futura proposta, e quais prefeririam
ficar sem brasão até ulterior proposta, sendo que a maioria optou entusiasticamente pela adoção
desse brasão, com a necessária e devida alteração, que será providenciada por Pe. Alvarino. O
Abade Geral falou a respeito do próximo encontro internacional de formadores em 2017, a
respeito do próximo Capítulo Geral em 2018, talvez em Praga. Falou ainda que, naquele dia 24,
começava em Roma a catequese do Papa sobre o Símbolo da Fé, dentro das programações do
Ano da Fé.
59
Avaliando esse nosso encontro, todos fomos unânimes em considerar excelente o local
providenciado pela Abadia de Jaú para o Encontro, excelente o acolhimento dos confrades de
Jaú, primorosos a preparação e os desenvolvimentos (com louvor especial à dedicação de Pe.
Alvarino e Pe. Norberto); as temáticas muito oportunas e muito bem desenvolvidas pelos
assessores, muito boas as liturgias e refeições, como também foram excelentes o passeio e as
convivências; houve quem dissesse ter esse encontro parecido um mini-capítulo geral.
Após a reunião, às 20:00 horas, tivemos uma muito bem preparada e participada Hora Santa
Vocacional, com Adoração e Bênção do Santíssimo Sacramento, presidida por Pe. Alvarino (a
qual, posteriormente foi considerada com um dos pontos altos do encontro), seguida de tempo
livre para convivência, e depois de uma breve permanência nesse tempo de convivência, nos
recolhemos.
No último dia, as Laudes da Festa da Conversão de São Paulo foram presididas pelos
confrades de Montes Claros, e, depois do maravilhoso desjejum de sempre, reunimo-nos para
leitura e debate do texto escrito pelo Abade Geral, momento esse dinamizado pelo Côn.
Oswaldo Gonçalves Vieira, que lia o texto traduzido por Dom Paulo Meyfroot para o Português,
e moderava as diversas intervenções dos confrades e co-irmãs, respondidas pelo Abade Geral e
traduzidas pelo Prior Pe. Milo Ambros, num momento muito rico de reflexão e partilha. Foi um
fechamento com chave de ouro, à luz do excelente texto redigido pelo Abade Geral, que trouxe
muita luz à nossa vocação religiosa canonical de centrarmo-nos em Cristo, por nossa busca de
interioridade com Ele; ao nosso concentrar-nos em nossa vivência comunitária num só coração
e numa só alma em direção a Deus, alimentada cotidianamente pela mesa da Eucaristia, pela
mesa de nossa refeição comum e pela mesa de nosso recreio comum; e ao nosso descentrar-nos,
pela nossa vivência missionária canonical “ad gentes”. Ficamos de continuar a reflexão e o
debate de aprofundamento em nossas casas, tanto nas etapas de formação inicial, quanto com os
confrades já professos solenes, nos capítulos das casas.
O Abade Oswaldo, às 11:00 hs, presidiu a solene Celebração Eucarística de
encerramento, na qual agradeceu muito ao Abade Geral, e à participação rica e colaborativa de
todos os confrades e co-irmãs.
Estivemos presentes nesse nosso encontro: por Jaú: Abade Oswaldo, Pe. Alvarino, Pe.
Norberto, Pe. Alcides, Pe. Alexandre, Pe. Josenildo, o noviço Filipe e os postulantes André e
Matias; por Itinga: O Prior Milo, o Diácono Helder, Ir. Gabriel, Ir. Emmanuel, Ir. Pedro, Ir
Inácio, Ir Jorge, Ir. Agostinho, Ir. Gregório, e os postulantes Cláudio e Paulo; Ir. Clara, Ir. Maria
Madalena, Ir. Dulce Maria, Ir. Tereza, Ir. Isabel, Ir. Clélia e as postulantes Roseane, Daniela,
Ana Cláudia, Taline e Luciana; por Montes Claros: Pe. Oswaldo, Pe. Alessandro, Diác. Flávio,
Ir. Michel, Ir. Erlândio, Noviço Diego, noviço Fábio, noviço Eduardo, postulantes Carlos
Henrique e Guilherme, Oblato Ir. Edivaldo, e eu.
Após o almoço festivo de encerramento, os confrades de Itinga e de Montes Claros
partiram com os respectivos ônibus para Contagem (onde os confrades e co-irmãs de Itinga
iriam passar a noite, para daí partirem, no dia seguinte, para Itinga), e para Montes Claros, e o
Abade Geral e eu viajamos de carro com Pe. Josenildo para Campinas, de onde tomamos nossos
vôos para Belo Horizonte e Montes Claros.
No dia 26, Dom Thomas esteve conosco em Montes Claros, participando de nossas
celebrações e refeições, convivendo fraternalmente conosco, e vendo as obras da reforma e
construção dos quartos para os confrades, que estão sendo realizadas no Priorado, com recursos
vindos do Fundo de Caridade da Ordem no ano passado e a vir ainda neste ano, e também de
ajuda vinda da Abadia de Tongerlo e da Abadia de Leffe (para aquisição dos móveis para os
quartos). Às 16 horas, o Abade Geral e eu visitamos o confrade Arcebispo Emérito D. Geraldo
Majela em seu quarto de hospital, onde concelebramos com ele a Eucaristia dominical, e depois
celebramos as Vésperas no Priorado.
60
No Domingo 27, dom Thomas presidiu a Eucaristia em nossa Igreja Prioral e, à noite,
foi conosco visitar a nossa nova missão, assumida a partir desse mês de janeiro, como um
“Priorado Paroquial” (como ele a definiu para nós) e para participar da posse dada aos confrades
Côn. Manoel, Côn. Marcelo e Côn. Dalvinei, na Paróquia São Sebastião da cidade de Mirabela,
pelo Arcebispo Dom José Alberto, em Celebração Eucarística presidida por ele e concelebrada
por muitos confrades e com a participação de vários juniores e de inúmeros paroquianos que
lotaram a Igreja paroquial. Após a Celebração da posse, houve uma agradável confraternização
com um jantar festivo no salão paroquial.
No dia seguinte, pela manhã, acompanhei o abade Geral até o aeroporto, de onde ele
seguiu para Salvador para uns dias de visita também aos confrades e irmãs do Priorado de São
Norberto de Itinga.
Foram estes últimos, dias de muito ricas partilhas e convivência fraterna com nosso
querido Abade Geral e com os muito caros confrades de Jaú, confrades e co-irmãs de Itinga.
Que o Senhor nos ajude a colher ainda muitos bons frutos das reflexões e experiências de
convivência fraterna deste nosso encontro, e estreitar sempre mais nossos laços de comunhão
fraterna, entre-ajudando-nos a uma crescente e fiel vivência de nossa comum vocação e missão
premonstratense em nossa jovem Circaria Brasileira.
Montes Claros, 12 de fevereiro de 2013,
Côn. Antônio Galvão de Campos Arruda Filho,
Prior de Regimine do Priorado de Montes Claros
Vigário do Abade Geral para a Circaria Brasileira
V
PASTORAL VOCACIONAL
Relatório do Encontro de Mestres (Formadores) na Abadia de Straov 2011
Recomendações:
1 Formador
- muito importante é a qualificação e a preparação para esta tarefa de formador
- cada formador e diretor espiritual deveria ter um próprio diretor espiritual ou
supervisor
- muito importante é um bom relacionamento entre o prelado e o formador por contatos
regulares, conversas e “sintonia da direção”
- é importante encontrar o equilíbrio entre pleno engajamento, empatia, amor –
distância, auto-reflexão, lidar com as experiências de frustração, problemas, deixar
- continuidade e estabilidade na nomeação de mestre de noviços (não mudar tão
frequentemente); é necessário liberar confrades para essa tarefa, com tempo para
treinamento e preparação
- cooperar com outros confrades no processo de formação
61
- aprender das tentativas e erros; nem sempre há resultados, frequentemente há uma
lacuna entre o ideal e a realidade.
- é necessário ser claro, consistente e rígido (Zollner), dar uma mensagem clara sobre o
que o candidato possa ou não esperar da comunidade.
- dar atenção para o processo de ‘internalização’. O que os candidatos estão realmente
internalizando de tudo o que é oferecido a eles?
2 Noviços
- cada candidato, noviço ou junior deveria ter um contato regular com um confessor e
mais tarde com um diretor espiritual.
- É cada vez mais importante, adaptar e individualizar o programa de formação para os
candidatos concretos, porque as condições dos candidatos hoje são muito diferentes (em
idade, educação, experiências, ligação à Igreja, conhecimento religioso).
- o processo de formação às vezes tem que começar com o preencher as lacunas e faltas
no conhecimento de fé dos candidatos, sua experiência e prática da vida eclesial,
sacramental e espiritual, suas capacidades relacionais ou sociais e habilidades (viver,
partilhar com os outros … )
- Os jovens não tem medo de ser desafiados. Padrões elevados, exigentes, são atraentes
para eles. Devemos buscar bons padrões e (consequentemente) bons candidatos.
3 Formação
- começar com um bom processo de seleção (seleção psicológica, entrevistas com vários
confrades, questionários
- trabalhar por um bom equilíbrio e integração na comunidade e separação com limites,
proteger o grupo de formação
- nossa formação deveria ser ‘holística’ e relacionada com a pessoa – personalidade /
vida comunitária /
Vida espiritual / e o campo profissional-pastoral ou científico-teológico4
- trabalhar nos três níveis (humano – Cristão – religioso)
- criar hábitos fundamentais, costumes e hábitos de vida de oração, de um estilo de vida
comunitário, não somente para o período de formação, mas também para toda a vida
como religioso
- dar claras informações e mensagens aos candidatos, claros limites
- conduzir os candidatos nas pegadas do Senhor
4 Opções - “desiderata”
- mais literatura sobre espiritualidade canonical (livros, artigos em Inglês, Português,
…)
- livros sobre acompanhamento espiritual e direção
- “Hagiologion” também em outras línguas: Inglês, Português, Checo)5
- “Directorium Spirituale” 6 (agora traduzido em Inglês!)
Heinz Lau speaks here from the “formation quadrate” in his article “Entweder Du gehst mit der Zeit oder mit der Zeit gehst Du .“
Ordensbildung in veränderter gesellschaftlicher Wirklichkeit. in: OK 2009/2, S. 174-183.
5
Donatian De Clerck/Gabriel Wolf, Hagiologion. Lebensbilder der Heiligen, Seligen und großen Gestalten des Prämonstratenser Ordens.
Windberg 1999. ‘Hagiologion‘ in Dutch (Windberg 2001), ‘Hagiologe‘ in French (Windberg 2005).
6
Emmanuel Gisquière, Directorium Spirituale Ordinis Praemonstratensis. Averbode 1959.
4
62
- pensar sobre um “Catecismo para o Noviciado”7 sobre a espiritualidade da Ordem
- usar nossas fontes nos boletins da Ordem (Communicator, Communicantes, Alianza
…)
- trabalhar sobre um apêndice para as Constituições “Ratio Generalis formationis”
- trabalhar numa informação-“Börse”, info-troca sobre as fontes de nossa vida canonical
e história8.
- trabalhar em um questionário-modelo, a ser utilizado no processo de seleção, que
possa ser talvez adaptado às necessidades locais.
(Cônego Alessandro, O.Praem.)
(Encontro dos Jovens
Norbertinos na Abadia
de Jáu em 2013)
Vgl. P. Pauline (abbot of Frigolet), Catéchisme de l’Ordre de Prémontré. Tour 1889.
For example this book was recommended: Paul Agaesse, L’anthropologie chrétiens selon saint Augustin – image-liberté-pechegrace.
mediasevres Paris 2004. ISBN 2-900-388-68-6.
7
8
63
64

Revista Aliança Premonstratense, nº XXI

Transcrição

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