941 no topo - Komatsu Forest

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941 no topo - Komatsu Forest
INTERNATIONAL MAGAZINE
No 2 • 2007
941 no topo
16
O „cadillac“ da floresta
em terreno íngreme
LEIA MAIS
Economia
de combustível
32
As máquinas florestais são conhecidas pela
boa economia de combustível e as técnicas
adequadas podem aumentá-la ainda mais.
• Novo centro de máquinas florestais 6 • Novo CEO enfoca o mesmo objetivo 8
• Investimento japonês na qualidade é recompensado 13
komatsuforest.com
Twin Forestry
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Visando
produtos
”Dantotsu”
CONTEÚDO
Valmet tem uma posição sólida no
crescente mercado de máquinas
florestais; um mercado que impõe
condições realmente especiais. É por isso
que considero importante não somente
continuar a ser uma empresa independente dentro da Komatsu Group global, mas
também prosseguir na integração do enfoque da Komatsu no cliente e na qualidade
em um conjunto mais amplo de operações
da empresa.
Considero interessante unir-se a uma
empresa em plena fase de desenvolvimento
intenso como a Komatsu Forest e tenho um
respeito profundo pelo trabalho que meus
novos colegas estão realizando em termos
de garantia de qualidade e desenvolvimento de produtos. Tenho certeza de que continuaremos atuando em uníssono com essas
diretrizes estabelecidas no futuro.
É importante poder concluir o trabalho
estratégico cuja metade se encontra em etapa de implementação; e me assegurarei de
que a Komatsu Forest continue a se concentrar nas necessidades de seus clientes. As
políticas da empresa permanecem inalteradas e seguimos concentrados nos mesmos
objetivos. Com isto em mente, estou convencido de que passaremos a ser um participante ainda maior do mercado.
Uma das próximas etapas nessa fase de
A
desenvolvimento é ampliar o enfoque existente no cliente. Somos capazes de criar
produtos ”Dantotsu”. Isto significa desenvolver produtos com recursos inigualáveis
e únicos para a marca Valmet. Atualmente, temos o esboço do quebra-cabeça; a próxima etapa é colocar as peças corretas no
lugar. Isto fortalecerá nossa posição de mercado e enfatizará ainda mais tudo o que a
marca Valmet representa.
Estou totalmente convencido de que a
Komatsu Forest pode não somente aumentar a confiança que oferece, mas também
continuar a crescer. r
Cabeçote para colheita
atualizado e popular
4
Centro finlandês
de máquinas florestais
6
Novo CEO enfoca
o mesmo objetivo
8
Condições severas na Indonésia
9
Escavadeira na floresta
russa danificada por tempestade
12
Enfoque japonês na qualidade
13
Competições na Rússia e no Brasil 14
O ”cadillac” da floresta
em terrenos íngremes
16
MaxiHarvester à frente
19
Resíduos florestais da
colheita e LoadFlex
20
Tore – um verdadeiro escandinavo 22
Toshio Miyake
Sistemas de colheita – parte 2
24
Bom em inclinações
26
Sistemas eficientes
que economizam combustível
30
Chief Executive Officer,
Komatsu Forest
INTERNATIONAL MAGAZINE
Editor: Roland Lundqvist
[email protected]
Redator: Anders Pauser
[email protected]
Endereço: Just Forest, Komatsu Forest AB,
Box 7124, SE-907 04 Umeå, Suécia
Contato: Telefone +46 90 70 93 00,
fax +46 90 12 04 60
Internet: www.komatsuforest.com
Produção: AB Nordreportern
Autores: Gunnar Andersson, Anders Pauser,
Erik Säfvenberg e Alexandra Sievers
Fotografia: Anders Pauser, Erik Säfvenberg,
Alexandra Sievers e Jostein Skeidsvoll
Layout e original: Fredrik Lundell
Impressão: Ågrens Tryckeri, Örnsköldsvik,
Suécia
Papel: Gotic Silk gramatura 130
Tiragem: 47.000
Idiomas: sueco, finlandês, inglês, alemão,
francês, português, espanhol e russo
O conteúdo pode ser citado se a fonte
for indicada.
komatsuforest.com
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3
enção ainda mais fáceis.
O novo Valme t 350.1 oferec e operaç ão e manut
“Medidas perfeitas”, diz Torbjörn Lustig satisfeito.
NOVA VERSÃO DO
CABEÇOTE DE
CORTE POPULAR
Torbjörn Lustig e Kent Avander estão entre os primeiros a usar o novo Valmet 350.1.
Após o período inicial de uso, eles estão bastante satisfeitos.
“O cabeçote é eficiente, fácil de usar e muito rápido”, é o veredicto de Kent.
INFORMAÇÕES
Valmet 350.1
PESO:
De 2.095 lb (950 kg), mais as opções extras
ALTURA:
59 cm (150 cm)
LARGURA:
55 pol. (140 cm)
BARRA:
29½ pol. (75 cm)
MOTOR DE CORTE:
1,16 pol. cúbicas (19 cc)
POTÊNCIA DE ALIMENTAÇÃO:
De 11.800 a 18.660 libras-pé (16 a 25,3
kNm), de acordo com a seleção do motor
VELOCIDADE DE ALIMENTAÇÃO:
0 a 16,4 pés/s (0–5 m/s)
RODA DE ALIMENTAÇÃO:
3 rolos de aço
ABERTURA DAS FACAS:
23,6 pol. (60 cm)
ABERTURA DOS ROLOS:
20½ pol. (52 cm)
4
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cada metro, a estrada f lorestal se insinua através da paisagem. A estrada escorregadia torna o percurso pelos vilarejos de Ekträsk e
Svävsjön, no norte da Suécia,
uma viagem lenta. No entanto, conseguimos chegar à área
f lorestal onde Torbjörn Lustig
e Kent Avander trabalham com
o novo cabeçote de corte 350.1,
montado em um Valmet 911.
A
“Tínhamos um cabeçote Valmet 360; adquirimos o tamanho
inferior e consideramos o cabeçote Valmet 350.1 mais ágil e
rápido”, explica Torbjörn. “E há
uma grande diferença em termos de ressonância; passamos
a trabalhar a RPMs inferiores, o
que torna a cabine tão silenciosa e confortável quanto um automóvel”.
É hora de trocar de turnos;
Torbjörn e Kent fazem café na
VALMET 350.1
ALGUMAS
DAS MUDANÇAS:
• O Valmet 350.1 tem uma estrutura mais estável do que a
do 350.
• Novo roteamento da cabine.
• Trava de inclinação consideravelmente mais sólida para
uma melhor vida útil de serviço.
Após o período inicial com o Valmet 350.1, Torbjörn Lustig e Kent Avander consideram
que o cabeçote é mais rápido e ágil.
• As selagens do capô do motor
de corte estão mais ajustadas
para oferecer maior proteção
contra detritos.
• Tanque de óleo da corrente reforçado.
cabana. Ambos trabalharam
para a empresa f lorestal Holmen Skog durante dez anos e
conta com uma equipe de quatro pessoas que extraem 60.000
metros cúbicos de madeira por ano. Eles são empregados da empresa e têm salários
com base no rendimento. Conseqüentemente, estão bastante
satisfeitos com o novo cabeçote
que permite que trabalhem ainda mais rápido e de forma eficiente. Consideram que o cabeçote apresenta uma ótima solidez, um dos aperfeiçoamentos
mais importantes e remarcáveis.
O novo cabeçote é estável, graças
ao novo desenho dos componentes críticos.
“O cabeçote Valmet é mais
produtivo do que os outros cabeçotes que testamos e oferece
maior conforto da cabine pois
vibra menos e as manobras são
mais silenciosas”, diz Torbjörn.
Kent acrescenta que a manutenção é melhor com as máqui-
nas Valmet. Os cabeçotes são
fáceis de operar e manter. Todas
as peças importantes estão imediatamente acessíveis e não há a
necessidade de remover componentes, por exemplo, para lubrificar as facas de poda.
APÓS A CURTA pausa para o
café, é hora de voltar ao trabalho. Torbjörn monta na cabine para mostrar como o cabeçote funciona na prática. O Valmet
350.1 tem uma unidade de corte poderosa para seu tamanho.
Outra atualização importante é
a selagem no capô do motor de
corte, que foi mais apertada para
oferecer melhor proteção contra
detritos.
A unidade de medida de
comprimento, que inclui uma
roda de medição com um mancal sensor que se engata no início da alimentação, é altamente precisa e foi redesenhada
para oferecer maior estabilidade com uma nova roda de medi-
ção e uma nova haste da roda
de medição. Kent menciona a
importância das medidas exatas de diâmetro e comprimento. Os salários dos empregados baseiam-se nestes dados
de medição e a empresa f lorestal é penalizada financeiramente caso se entreguem os comprimentos incorretos. Com
um calibrador computadorizado, Ken mede as toras cortadas
transversalmente.
• Com uma nova haste da roda
de medição e uma nova roda
de medição, as medidas de
comprimento tornaram-se
mais estáveis e a unidade de
medição é ainda mais fácil de
manter, além de ser extremamente segura.
O TURNO DE Torbjörn chega ao
fim. É hora de voltar para casa.
Ele tem uma distância considerável a percorrer, exatamente
como Kent.
“Esta é uma das coisas que
mudaram com esse trabalho”,
diz Torbjörn. “O distrito tornouse maior; antes limpávamos áreas com um perímetro de cerca
de 30 milhas (50 quilômetros);
atualmente esse perímetro pode
ser de 45 a 50 milhas (70 a 80
quilômetros).
• Comprimentos otimizados da
mangueira hidráulica.
• Compartimento do motor do
rolo reforçado: os três rolos
de alimentação do cabeçote
são impulsionados por quatro
motores de acionamento, que
agora têm compartimentos
do motor consideravelmente
mais estáveis.
Kent balança a cabeça em
sinal de aprovação e acrescenta
que ainda há muitas liberdades
ligadas ao trabalho, uma maior
independência. E ele aprecia
isso. Ele entra na cabine para
iniciar seu turno. r
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5
O novo centro de máquinas florestais na Finlândia será concluído no segundo semestre desse ano.
Novo centro para
máquinas florestais
A Komatsu Forest está
investindo pesado na
construção do novo
centro de máquinas
florestais na Finlândia.
O novo centro, que será
concluído na segunda metade do ano, terá
32.000 pés quadrados
(3.000 m²) e estará localizado estrategicamente
em Pirkkala, logo fora
de Tampere.
6
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centro incluirá um
núcleo para todas as
operações da Komatsu Forest na Finlândia e oferecerá aos clientes e às partes interessadas um local de encontro
com uma ampla oferta. Escolheu-se a cidade de Pirkkala por
causa da sua proximidade com
os clientes, o aeroporto, as principais rodovias, universidades e
colégios. Trinta dos quase quarenta empregados da Komatsu Forest Oy trabalharão nesse
O
novo centro.
CERCA DE 20.000 pés quadra-
dos (2.000 m²) do novo centro
se dedicará à venda de máquinas f lorestais novas e usadas, à
manutenção e à venda de peças
sobressalentes. A nova construção também abrigará escritórios para o pessoal administrativo e de marketing. Uma área a
céu aberto de 4.300 pés quadrados (400 m²), adjacente à nova
construção, será usada para a
exibição de máquinas. Esse centro fará a manutenção de cerca
de 300 máquinas todos os anos,
embora sua capacidade real seja
para 500 máquinas. r
Pirkkala
PODEMOS
PERGUNTAR…
SABIE SHOW
Convenção florestal sul-africana
Komatsu Southern Africa e a Komatsu Forest
uniram forças para
apoiar a indústria f lorestal sulafricana com uma exibição profissional e presença considerável
na convenção f lorestal em Sabie,
Mpumalanga, África do Sul.
A
A convenção foi estabelecida há vinte anos e até 2001 era
realizada a cada dois anos. Este
ano, no entanto, foi o primeiro
evento desde 2001 e atraiu visitantes não somente da África do
Sul, como também da Suazilândia, do Zimbábue e da Namíbia.
A indústria f lorestal sul-africana mostra um crescimento estável e que se espera manter nos próximos anos. Um dos
grandes problemas da indústria
Sabie
f lorestal, com relação às demais
indústrias na África do Sul, é o
recrutamento. E isto é em grande parte porque muitas das pessoas em idade de trabalho são
portadoras de HIV/AIDS. Como
conseqüência, a indústria f lorestal voltou-se para a extração
mecanizada. A Komatsu Forest,
em parceria com a Komatsu
Southern Africa (KSA), posicionou-se para um papel proeminente nesse crescimento industrial, fortalecido ainda mais pela
posição de liderança no mercado
da Komatsu Southern Africa no
que se refere ao suporte ao produto e treinamento. Na convenção, a Komatsu Southern Africa e a Komatsu Forest expuseram novos equipamentos para
extração, incluindo um Komatsu PC220 equipado com um Valmet 370E. Essa combinação particular foi bem recebida pelos
visitantes e definiu um novo
padrão para a qualidade de instalação e segurança f lorestal. r
…LONARD DOS SANTOS,
diretor de Marketing e
Vendas da Komatsu Forest
Ltda no Brasil
Os negócios vão muito
bem na América do Sul!
Sim, as máquinas Valmet lideram,
sem sombra de dúvidas, o mercado no Brasil e conta também com
uma grande participação de mercado no Chile. Isto, juntamente com a
ampla mecanização florestal nesses
países e a debilidade do dólar face
às moedas locais, favorecem a importação de máquinas florestais e
nos favorecem.
Como você explicaria
esse sucesso?
Inicialmente, aceitamos o desafio
de nossos clientes para desenvolver um programa completo de manutenção, o que significa que os
empreiteiros florestais necessitavam apenas reabastecer as máquinas e executar uma lubrificação diária. As demais tarefas de manutenção eram incluídas na compra e
realizadas por nosso pessoal. Mantivemos os mesmos turnos de trabalho para os operadores das máquinas visando, assim, garantir
uma manutenção eficiente e uma
disponibilidade de peças sobressalentes a preços favoráveis.
Quais são as expectativas para o futuro?
Os representantes da Komatsu Southern Africa e
Komatsu Forest Australia estiveram presentes. Fila
traseira, da esquerda para a direita: Ashley Smith,
Riaan Lauwrens, Jack van Zyl, Chris Bruderlin e
James Cox. Fila dianteira, da esquerda para a direita: Errol Straude e Piet van Antwerpen.
Da esquerda: Tom Mabusa e Maggie Mabusa
da Kuthula Road Works, Suazilândia. Regional
Mazibuko e Chris Bruderlin (Komatsu Forest Ásia
Pacífico). À frente: os filhos de Regional, Junior
Mbali.
O potencial da América do Sul é
considerá vel. Apenas metade de
toda extração realizada no Brasil e
no Chile é totalmente mecanizada;
e na Argentina e no Uruguai esse
número é de apenas um décimo.
Ainda há muito o que desenvolver.
E grande parte da extração nesses
países é feita com o sistema cut to
length, o que, com nossa ampla experiência em CTL, nos oferece uma
vantagem. O crescimento das novas fábricas de celulose e serrarias
significa um mercado em constante expansão.
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Toshio Miyake foi
nomeado o novo CEO
da Komatsu Forest.
Ele sucede Hideki
Yamada, que assumiu uma nova posição dentro do grupo.
Ӄ estimulante unirse a uma empresa no
meio de uma fase tão
intensa de desenvolvimento”, Miyake.
Novo CEO enfoca o mesmo objetivo
oshio Miyake assumiu o posto de CEO da
Komatsu Forest no dia
1º de abril. Ele substitui Hideki
Yamada, que foi nomeado gerente de Marketing da nova empresa da Komatsu, a Komatsu Utility, um negócio em rápida expansão para máquinas de construção de menor envergadura.
Miyake uni-se à Komatsu
Forest com uma larga experiência técnica e de mercado em
máquinas para construção.
“Tenho um respeito absoluto pelo trabalho que a Komatsu Forest realizou em termos de
garantia de qualidade e desenvolvimento de produtos; e continuaremos agindo de acordo
com essas diretrizes estabelecidas”, diz.
Toshio Miyake tem 55 anos
e nos últimos dois anos foi chefe de pesquisa e desenvolvimento da Komatsu Europe International, situada na Alemanha.
Antes disso, ele passou dez anos
nos EUA, divididos em duas
T
8
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estadias. A primeira foi de 1985
a 1989, em Atlanta; e a segunda de 1995 a 2000, em Chicago.
Agora, a Suécia é o seu quarto
país natal.
“A Alemanha e os EUA,
juntamente com o Japão, ocupam um lugar especial no meu
coração; agora estou ansioso
para acrescentar a Suécia”, diz
Miyake.
Miyake é especialista no planejamento e desenvolvimento de produtos; ambas as áreas
são de grande importância para
o desenvolvimento futuro da
Komatsu Forest.
“É importante poder concluir o trabalho estratégico cuja
metade se encontra em etapa de
implementação”, diz Miyake.
“Continuaremos a nos concentrar nas necessidades de nossos clientes, novos e antigos.
Necessitamos saber ainda mais
o que nossos clientes pensam
das máquinas que construímos
e contra o que estamos concorrendo”.
A primeira experiência de
Miyake com uma máquina f lorestal foi nos anos 80, quando trabalhou com escavadeiras
como engenheiro de campo. No
Canadá, ele chegou a ver uma
escavadeira acoplada a um feller-buncher e ficou impressionado com a complexidade do trabalho realizado e o nível técnico da
máquina.
”O trabalho de uma escavadeira é bastante genérico; o
equipamento move o solo ou
outros materiais de um lugar
a outro. Um máquina f lorestal
DADOS SOBRE
é algo completamente diferente. Apresenta uma variedade de
funções distintas e conta com
sistemas sofisticados de controle
que possuem a chave para a produtividade”, diz Miyake.
A Valmet já tem uma posição
sólida no crescente mercado de
máquinas f lorestais; um mercado que impõe condições realmente especiais.
”Estou convencido de que
nos tornaremos um participante ainda maior do mercado”,
diz. “É por isso que considero
importante continuar a ser uma
Toshio Miyake
IDADE: 55 anos
FAMÍLIA: Esposa e dois filhos adultos que moram no Japão.
LAZER: Esportes em geral, mas especialmente golfe, natação e jogging. Jogou futebol quando jovem e hoje acompanha o esporte das arquibancadas e pela televisão. Assistiu a diversos jogos da
Copa do Mundo.
EXPECTATIVAS PARA A SUÉCIA ALÉM DO TRABALHO: Aprender a
patinar no gelo e fazer esqui cross-country. Espero ansioso presenciar as auroras boreais e as longas e brilhantes noites de verão.
Condições severas na Indonésia
Cabeçotes postos à prova
As espécies de árvores extraídas na Indonésia são, com freqüência, deformadas com múltiplos troncos. Além disso, a casca é mais dura e está mais
firmemente presa ao tronco do que na maioria de outras espécies.
O cabeçote de corte para
madeira dura, o Valmet
378, é usado para essas
espécies de árvores que
estão entre as mais difíceis de serem processadas do mundo. Montado
em um Komatsu PC200,
esse cabeçote demonstrou ser produtivo, seguro e sólido.
a ilha de Sumatra,
o Valmet 378 é usado com espécies que
propõem um verdadeiro desafio de extração, como a acacia mangium, acacia crassicarpa e eucalyptus pellita. Além
de serem espécies de árvores pesadas e de folhagem altamente densa, são deformadas,
têm diversos troncos e as cascas
estão firmemente presas. O sistema da máquina é uma escavadeira Komatsu PC200 equipada com um cabeçote de corte montado pela empresa United
Tractors em colaboração com a
N
Komatsu Forest, utilizando um
kit especialmente desenvolvido para a montagem de cabeçotes de corte em escavadeiras. O
kit de instalação assegura uma
boa sincronização entre a escavadeira e o Valmet 378 e inclui
um número de componentes
de segurança do trabalho, como
pára-brisa para evitar acidentes com correntes quebradas ou
árvores que tombam. Isso oferece um nível de segurança que
marca um novo padrão para
esse tipo de máquina f lorestal na Indonésia. E a máquina
pode ser entregue com um kit
de esfriamento para a máquina
padrão que oferece temperaturas hidráulicas aceitáveis, independentemente da alta temperatura e umidade; e isto é especialmente importante próximo ao equador. United Tractors e Komatsu Forest ajudaram
a Forestindo Permai a garantir
que a operação da máquina fosse feita por pessoas treinadas;
e para tanto, ofereceram trei-
O cabeçote está sob grande pressão durante a extração,
mas executa o trabalho sem maiores problemas.
namento que incluiu horas no
simulador da Valmet situado em
Pekan Baru, Sumatra. Pak Alwi
e seus colegas da Forestindo
Permai estão sumamente satisfeitos com o cabeçote de corte e
sua produtividade (extração de
3.600 a 3.900 toneladas durante um turno de onze a doze
horas). Durante a extração, as
árvores são derrubadas, descascadas e cortadas em toras de 13
pés (4 metros) para serem transportadas. A produtividade varia
muito entre as diferentes áreas
onde as máquinas são usadas. A
Forestindo Permai está especial-
INFORMAÇÕES
mente satisfeita com a segurança da máquina, operada durante
várias horas apesar do ambiente de trabalho relativamente difícil. Outro aspecto importante foi
que a colaboração entre o distribuidor da Komatsu e a Komatsu
Forest se desenvolveu de forma
satisfatória, pondo à disposição
do cliente um pacote completo de soluções e compatibilidade
entre a escavadeira e o cabeçote
de corte. Outro fator importante,
o cliente tem um ponto de contato para questões relacionadas
à manutenção e à obtenção de
peças sobressalentes, a empresa
Forestindo Permai
PT. Forestindo Permai fui fundada em 1998 e tem como proprietário o Sr. Hermanto. A empresa conta com 150 empregados e
trabalha principalmente nas florestas em Jambi, uma região da
ilha de Sumatra, nas plantações de madeira para celulose da PT
Wira Karya Sakti (WKS). Em média, a PT. Forestindo Permai produz 40.000 toneladas mensais, com um número de produção recorde de 60.000 toneladas. A empresa tem 25 escavadeiras, 7
tratores de esteira, um forwarder Valmet 890.2, três escavadeiras
equipadas com cabeçotes de corte, uma niveladora e 53 caminhões para o transporte de madeira.
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Para Roy Lawson e sua empresa, a Lawson Logging, Idaho, EUA, o sistema cut to length
é o futuro. Ele investiu na combinação única de um Valmet 445 EXL e um amplo cabeçote de corte Valmet 385 para o corte CTL pesado em terrenos íngremes.
Máquinas efetivas
para o sistema CTL
oy aprecia as máquinas Valmet. Ele
começou a adquirilas em 1995 e todas
as dez máquinas compradas até
agora ainda estão em uso. A última compra foi um forwarder, o
Valmet 890.3, para completar os
R
outros forwarders Valmet, um
890, um 890.1 e um 890.2. O primeiro 890 contabiliza mais de
20.000 horas, mas aparenta ser
novo.
As florestas ao redor de Dreary, Idaho, onde Roy extrai, têm
árvores de diâmetro amplo e em
terreno íngreme, condições exigentes para as máquinas. Considerando os grandes troncos, não
é de surpreender que ele opere
um Valmet 445EXL com um sólido cabeçote de corte 385, uma
combinação única para a um
empreiteiro norte-americano. O
cabeçote foi inicialmente desenvolvido para madeiras de grande porte no mercado australiano e foi atualizado para a colheita norte-americana. Também é
consideravelmente mais produtivo do que os quatro modelos Valmet 500T ainda utilizados pela
Um combinação perfeita para a
América do Norte: um Valmet
445EXL e um cabeçote de corte
Valmet 385.
10
JUST FOREST NO 2 • 2007
Roy Lawson se comunica com
suas equipes de trabalho através
de um rádio comercial de freqüência alta.
empresa Roy Lawson Logging.
“O Valmet 445EXL e o cabeçote de corte 385 são uma combinação excelente, capaz de extrair de
forma efetiva árvores cujo diâmetro apresenta em média 28 polegadas (70 cm)”, diz Roy. “O cabeçote é poderoso e aprecio a serra
superior”.
ELE TAMBÉM APRECIA a grua
telescópica do 445, uma opção
que facilita o acesso a ravinas estreitas onde a legislação
ambiental requer manobras cuidadosas com a máquina. Roy
destaca os demais recursos do
Valmet 445, como a excelência
do balanço, facilitada pelas esteiras mais amplas. Outra vantagem é o sistema de acionamento
único e independente da Komatsu Forest.
“Ter um circuito fechado e
uma bomba de acionamento
hidráulico permite ao operador
realizar diversas funções simultaneamente sem ficar sem a parte hidráulica; assim ele é mais
produtivo”, diz Roy. “Em terrenos íngremes, as esteiras necessitam de força total e a perda de
tração é algo impensável”.
Desde o início do investimento de Roy em máquinas Valmet,
o enfoque tem sido no sistema
cut to length, embora ele tam-
bém trabalhe com o sistema de
extração de árvores inteiras usando um feller-buncher e um sistema de cabos. Como adotante precoce do sistema CTL, Roy acha
que ele tem uma vantagem real
frente a seus concorrentes. Atualmente, ele opera cinco sistemas
de máquinas para responder à
demanda pelo sistema CTL.
“Os novos negócios que obtenho resultam da legislação
ambiental e da escolha de muitos dos proprietários de terra particulares pelo sistema CTL, que é
mais inócuo ao meio ambiente”,
explica Roy.
ma CTL e o de árvore inteira.
“Uma das vantagens do sistema CTL é que é possível deixar os ramos e as copas no local,
aumentando, assim, o nível de
nutrientes do solo”, Roy comenta. “Para a satisfação de diversos proprietários de terra, assim
como para estar em conformidade com as novas regulamentações, temos uma certificação
ambiental”.
Ele também destaca a escala de menor tamanho do sistema
CTL, que proporciona um desbaste mais eficiente.
“Atualmente, estou bastante satisfeito com os negócios e
a maneira na qual as máquinas
funcionam”, comenta. “Aprecio
o sistema Maxi, pois coleta todas
as informações que necessito. É
sempre bom saber como vão as
coisas.” r
PESSOALMENTE, Roy também
prefere o sistema CTL, já que
exige menos trabalho humano.
E isso significa menos problemas, pois é cada vez mais difícil
encontrar operadores de máquina especializados. Além disso, é
satisfatório deixar clareiras bem
feitas. Embora existam diversas
vantagens para o sistema CTL,
Roy diz que a lucratividade é praticamente a mesma entre o siste-
Roy Lawson está convencido de
que o sistema CTL continuará a
se desenvolver em Idaho, EUA.
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Com a ajuda de um conector rápido criado localmente pela DC Europe,
o cabeçote de corte pode ser rapidamente substituído por um balde ou
uma garra, por exemplo.
Escavadeira na floresta russa
danificada pela tempestade Kyrill
O ano teve um início dramático para a indústria
florestal alemã. Durante a noite de 18 para 19 de
janeiro, a tempestade Kyrill golpeou e derrubou
milhões de metros cúbicos de floresta. Todos os
recursos florestais foram necessários para limpar
as madeiras derrubadas pelo vento e o empreiteiro Andreas Truskaller aumentou rapidamente sua
frota Valmet com um Komatsu PC228 e um cabeçote
de corte Valmet 370E.
uando a tempestade
se abateu sobre o país,
gerou ventos de até
125 mph (200 km/h), algo nunca
visto antes na Alemanha. Andreas Truskaller diz que o primeiro pensamento que teve foi que
esse seria o início de outro período muito estressante.
“A tempestade destruiu um
ano de extração, o que significa
que teríamos que fazer um ano
inteiro de trabalho em cinco ou
seis meses, do contrário correríamos o risco de ver a madeira se
desvalorizar”, explica.
Apesar da violência da tempestade, os estragos foram
menos do que o esperado. Em
Q
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JUST FOREST NO 2 • 2007
resumo, cerca de 26,5 milhões de
metros cúbicos de floresta foram
devastados na Alemanha; e aproximadamente 2 milhões desses
metros cúbicos somente no estado federal de Niedersachsen,
onde Andreas trabalha.
FICOU ÓBVIO para Andreas que
todos os recursos disponíveis
seriam necessários. A demanda
por equipamentos florestais foi
alta e como era impossível obter
uma máquina florestal adequada em tão pouco tempo, ele escolheu uma Komatsu PC228 com
um cabeçote de corte Valmet
370E. E ele está bastante satisfeito com essa decisão. A escavadei-
ra, que foi especialmente equipada, entre outras coisas, com uma
versão personalizada da solução
de conector rápido da Komatsu,
é muito confiável e bem adaptada para trabalhar com árvores de
grosso volume.
“Funciona muito bem. A parte hidráulica é potente e usamos
um cabeçote 370E, que tem duas
serras, uma superior e outra para
derrubadas. Outra vantagem é o
conector rápido do cabeçote, que
pode ser removido em poucos
minutos e substituído por um balde ou uma garra, por exemplo. ”
INFORMAÇÕES
Uma vez terminado esse trabalho florestal, poderei usar a
máquina em projetos de construção de estradas”, Andréas argumenta. O mais importante agora
é limpar a maior quantidade de
madeira possível antes do início
do período estival, dessa maneira a qualidade da madeira não se
verá afetada e se evitará a proliferação de parasitas nos estoques
de madeira restantes.
“A limpeza das madeiras derrubadas pelo vento levará mais
alguns meses, mas o trabalho
avança bem”, diz Andreas. r
Conector rápido do cabeçote de corte
Com a ajuda de um conector rápido para escavadeiras, a Komatsu
PC228 pode ser transformado em uma máquina florestal. Utiliza-se um
suporte para conectar o cabeçote de corte à extremidade da grua da
escavadeira e o kit de instalação inclui todos os componentes necessários para personalizar a parte hidráulica da escavadeira. A unidade
pode ser acoplada e removida da cabine. Graças ao conector rápido, o
acoplamento do cabeçote de corte é feito de maneira rápida e fácil; e
pode ser posteriormente substituído por um balde ou uma garra para
que seja possível utilizar a escavadeira para outras tarefas, como trabalhos na estrada. O kit de instalação completo, incluindo os componentes de segurança, é fornecido pela fábrica; o conector rápido é provido
localmente pela Komatsu Forest Europe.
Investimento japonês na
qualidade é recompensado
s proprietários de máquinas Valmet revelam uma crescente satisfação com essas máquinas. Eles citam a alta produtividade e o alto tempo de operação como duas razões importantes. Os esforços iniciados pela Komatsu na garantia da qualidade
estão colhendo seus frutos. A abordagem japonesa na qualidade está
aprimorando as máquinas Valmet e a organização da Komatsu Forest
está cada vez mais eficiente. A garantia da qualidade tem instituído
diversas mudanças e novas áreas de enfoque.
O
• As verificações de montagem e as linhas de produção de fábrica
foram ampliadas. Introduziu-se pontos de verificação adicionais. As
máquinas são testadas em centros de teste recentemente construídos; e os cabeçotes de corte são testados em cabines de teste com
base na tecnologia da aviação. Todos os procedimentos de teste são
realizados por um pessoal especialmente treinado.
• Foram criados departamentos de garantia de qualidade nas fábricas.
Com a ajuda dessas novas funções, toda a organização terá uma só
palavra em mente: qualidade.
• Estabeleceu-se um departamento de garantia de qualidade de grupo
• A fábrica em Umeå, Suécia, foi certificada com ISO 14000 e trabalha visando a certificação ISO 9001.
• Introduziram-se procedimentos melhorados de controle de entrega.
The colour
of quality
Para você, como a campanha ”Quality
comes in red” da Komatsu Forest melhorou
a qualidade das máquinas Valmet?
ALVE LEONSSON, Suécia.
Empresa: Leonsson
Skogsmaskiner AB (máquinas:
um 911, 921, 941 e um 840;
dois 860s e um 890.3)
A segurança melhorou e as máquinas
são mais robustas. E o cabeçote de
corte foi amplamente melhorado, na
minha opinião.
Mais próximo ao cliente:
• As equipes de venda ampliaram o aspecto de garantia de qualidade
de suas operações. A tarefa dessas equipes é escutar os clientes e
garantir que as máquinas Valmet os ajudem a gerar seus negócios
de forma bem-sucedida.
• O ritmo da campanha ”Quality comes in red” aumentou e toda a
empresa está focalizada na garantia da qualidade. No verdadeiro
espírito japonês, a empresa trabalha com índice zero de falhas.
• Desenvolveu-se um sistema melhorado para compartilhar experiências contadas pelos clientes.
• O trabalho de desenvolvimento é realizado em colaboração com os
clientes.
• Sondagens regulares com clientes.
Leia mais em www.komatsuforest.com e veja o que os outros clientes
de todo o mundo pensam da qualidade da Valmet.
JOHN WALTON,
Inglaterra. Empresa:
Walton Logging Limited
(três 941s, um 860, um 860
.1,
um 860.3, um 890 e um
911.3)
Acesso rápido e fácil par
a a manutenção e às peças sobres
salentes é
decisivo para atingir alta
produtividade. A confiança nas máqui
nas
Valmet também é importa
nte.
JUST FOREST NO 2 • 2007
13
COMPETIÇÕES
Trabalhador florestal do ano
000 Duki. Este é o nome do mais bem-sucedido empreiteiro de máquinas florestais da região
de Khabarovsk. Uma prova do sucesso da empresa é que ganhou quase todos os prêmios durante a
competição Lesorub 2006 (Logger 2006).
empreiteiro da Valmet,
000 Duki, ganhou quatro das cinco categorias durante a competição Lesorub 2006, realizada nas comunidades de Duki e Berezovij,
na região de Khabarovsk, extremo leste russo. “É realmente um
resultado excelente. As operações da empresa foram extremamente bem-sucedidas desde que
investiram em novas máquinas
Valmet e essa vitória é uma prova
a mais disso”, disse Jari Alahutala, chefe de operações da Komatsu Forest na Rússia.
A competição, que honra
o trabalhador florestal do ano,
atraiu lenhadores com serras elé-
O
14
JUST FOREST NO 2 • 2007
tricas, operadores de forwarder e
harvester, todos da região de Khabarovsk. Os participantes competem individualmente e como
representantes das respectivas
empresas. Oito empreiteiros de
máquinas foram representados
na competição.
ga com forwarders e no agrupamento de diferentes variedades.
Outro evento envolveu a substituição da corrente e da barra em
um cabeçote de corte o mais rápido possível.
“A competição foi um grande
sucesso para a empresa 000 Duki
que, com suas máquinas Valmet,
não somente ganhou o evento em grupo, como também três
das quatro demais categorias”,
conta Jari Alahutala.
INFORMAÇÕES
A 000 Duki é um dos empreiteiros de máquinas florestais líder
na região de Khabarovsk, cujo
desenvolvimento viu-se impulsionado quando tornou-se a primeira empresa da região a investir em
novas máquinas Valmet.
“Desde então, a empresa vem
aumentando sua capacidade de
extração e até criou, com sucesso,
sua própria serraria”, diz Jari.
A próxima competição Lesorub será realizada em 2008. r
Lesorub 2006
O PRIMEIRO dia do evento
aconteceu na floresta e incluiu
a derrubada de árvores com serras elétricas e harvesters respectivamente; em ambos os casos,
os forwarders transportaram as
toras. O segundo dia do evento
foi realizado no estádio esportivo
em Berezovij. Os participantes
competiram na carga e descar-
Lesorub 2006 é organizada na região de Khabarovsk, extremo leste russo, e é financiada pelas empresas Business Marketing, Sredneamgunskij LPH e ZAO Flora, sob a supervisão
do Ministério Florestal Russo.
Operadores de oito empresas competiram individualmente e como representantes das empresas, operando máquinas
Valmet, John Deere, Caterpillar e HSM.
NOTÍCIAS
SCA cresce na Europa
Destaques
A
Em um teste comparativo realizado recentemente pela empresa Veracel Celulose, o
PC228 da Komatsu equipado com um cabeçote
de corte Valmet 370E foi
o grande destaque.
Veracel é uma empresa de papel e celulose localizada no sul da
Bahia, um dos estados do nordeste do Brasil. Os representantes da empresa compararam o
conceito da Komatsu com duas
outras máquinas da competição.
As máquinas foram controladas
durante um período próximo ao
final do ano passado até o início
desse ano. Ou seja, as máquinas
foram usadas por quase 3.000
horas. O teste cobriu produtividade diária, disponibilidade, economia de combustível, segurança, consumo de óleo hidráu-
lico, velocidade de condução e
os aspectos ergonômicos para o
operador. A escavadeira Komatsu PC228 com o cabeçote de corte Valmet 370E saiu-se bem em
todas as categorias. A disponibilidade foi de 92 por cento e a produtividade de quase 33 metros
cúbicos por hora, o que foi superior à das outras máquinas. A
escavadeira Komatsu com o cabeçote Valmet se sobressaiu ainda mais com relação ao resto no
que se refere ao consumo de óleo
hidráulico e a economia de combustível, que foi de 5 galões (19,1
litros) por hora. r
O gigante da indústria
florestal SCA assinou
um contrato para adquirir as operações européias
de soft paper da Procter &
Gamble por um valor de SEK
4,8 bilhões (EUR 512 milhões,
USD 693 milhões). A aquisição ajudará a SCA a aumentar
os lucros das operações européias de soft paper voltadas
para o consumidor.
Bilhões em prejuízos
Cerca de 50 a 60 milhões de árvores foram destruídas pelo
vento somente na Alemanha
quando a tempestade Kyrill
assolou a Europa Ocidental e
Central no início desse ano.
Os estragos causados na Alemanha estão estimados em
mais de SEK 10 bilhões (USD
13,5 bilhões).
O estado federal de Nordrhein-Westfalen, na Alemanha Ocidental, foi o mais afetado. A companhia de seguros suíça Swiss Re estima que
os estragos causados em toda
a Europa totalizam cerca de
EUR 30 bilhões (USD 40 bilhões).
Nações Unidas:
Desaparição das florestas mundiais As
florestas mundiais estão diminuindo a uma velocidade de 50.000 acres (20.000
hectares) por dia. Assim concluiu a organização agrícola das Nações Unidas, a FAO,
em um novo relatório.
Durante o período de 2000
a 2005, 18 milhões de acres
(7,3 milhões de hectares) de
florestas desapareceram. Há,
no entanto, algumas notícias
positivas. Como um todo, as
perdas florestais estão diminuindo e, em alguns países, a
tendência é positiva. Enquanto que 83 países informaram
um redução na área florestal,
outros 57 informaram um aumento.
JUST FOREST NO 2 • 2007
15
Dustin Stamper diz que o Valmet EX10 é excelente em terrenos íngremes.
O EX10 se sobressai
em terrenos íngremes
Normalmente, uma nova geração de máquinas é sinônimo de grandes aprimoramentos. Quando a primeira máquina Valmet EX10 foi vendida para a Stamper
Logging, Idaho, há um pouco mais de dois anos, viu-se uma melhora impressionante na produtividade – e isso em terrenos íngremes.
16
JUST FOREST NO 2 • 2007
A operação do EX10 é ágil e a máquina apresenta um painel de controle verdadeiramente útil.
de manhã cedo nos
lindos arredores de
Clearwater River,
Idaho, quando nos
encontramos com Dustin Stamper, um dos irmãos que trabalha para o negócio familiar Stamper Logging, atarefado operando
o Valmet EX10. A discussão logo
voltou-se para as vantagens desse
modelo em comparação ao antecessor, o 500T. O EX10 de Dustin
foi a primeira unidade comprada nos EUA e dois anos depois e
2.600 horas mais tarde, a empre-
É
sa está altamente satisfeita com a
máquina. Não apenas em termos
de baixo consumo de combustível, de 6 a 7 galões (23 a 26 litros)
por hora, mas também pela força
bruta da máquina.
”É uma máquina excelente
que apresenta maior velocidade e
potência consideráveis”, diz Dustin. ”Também é ágil e tão fácil de
manobrar quanto o 500T, em parte devido às esteiras potentes”. As
bombas hidráulicas separadas da
esteira e as partes eletrônicas que
as controlam impedem a perda
de potência quando se trabalha
em terrenos íngremes.
DUSTIN TAMBÉM aprecia a
melhora de 30 a 50 por cento na
produtividade em comparação
ao modelo antecessor 500T devido, em parte, ao cabeçote de corte Valmet 370.1 montado no Valmet EX10 da Stamper Logging,
um cabeçote que é ao mesmo
tempo produtivo e ágil, de acordo com ele.
”A precisão das medições é
igual ou melhor que a do cabeço-
te 965”, diz Dustin. ”Mas o 370
desgalha melhor, alimenta mais
rápido e agarra os troncos com
maior firmeza”.
Ele também elogia a grua do
CRH24 e seu alcance de 35 pés
(10,5 metros). Uma grua que
maneja com facilidade árvores com troncos relativamente
espessos, alçando-as a alturas de
130 a 150 pés (40 a 50 metros).
Tal alcance só perde para a velocidade da grua, que contribui para
o aumento da produtividade e
permite que a máquina trabalhe
JUST FOREST NO 2 • 2007
17
As bombas hidráulicas separadas da esteira e as partes
eletrônicas que as controlam
impedem a perda de potência
quando se trabalha em terrenos
íngremes.
em uma área mais ampla de uma
única posição, o que, por outro
lado, abala menos solo e oferece
duas cargas a mais em um dia.
COMO OPERADOR, Dustin não
pode evitar de elogiar a cabine e
o bom ambiente de trabalho que
ela proporciona, já que oferece
conveniência e excelente visibili-
dade. Ele aprecia o design de controle dos joysticks que facilita seu
trabalho.
Ӄ como manejar um cadillac
na floresta”, diz. Atualmente, o Valmet EX10 e seu cabeçote Valmet são partes da estratégia da Stamper Logging que, desde 1999, vem se concentrando no
corte com o sistema cut-to-leng-
th. A empresa, fundada em 1960,
é um negócio familiar que pertence a Albert Stamper. Os dois
filhos de Albert, Dustin e Mitch,
dois cunhados, o pai de Albert,
Lyle, e um operador subcontratado constituem todo o pessoal. As
máquinas da empresa incluem
dois EX10s e um Valmet 890 e,
em breve, outro forwarder, um
890.3, pedido um pouco antes da
nossa visita.
ALBERT ENFATIZA os pontos
fortes de um negócio familiar, de
seu pessoal naturalmente mais
dedicado. E tal dedicação é realmente necessária caso se queira
trabalhar de maneira produtiva
entre 12 e 16 horas por dia, cinco dias por semana e oferecer alta
qualidade. A empresa extrai cerca de 300.000 metros cúbicos de
madeira por ano.
”Há uma grande demanda
por madeira CTL porque muitos dos proprietários de florestas são pessoas físicas que preferem cortes de maior qualidade e
rendimento um pouco mais elevado que o sistema CTL oferece”,
comenta Albert.
A decisão de permanecer um
negócio familiar e oferecer qualidade superior geraram uma série
de prêmios e uma boa reputação
que gera ainda mais trabalho. r
Stamper Loggings, um
negócio realmente familiar.
Representada aqui pelo proprietário Albert Stamper e seu
filho Dustin.
18
JUST FOREST NO 2 • 2007
MaxiHarvester
à frente
Dados de medição mais exatos de toda a árvore e a opção de fornecer mais tipos e quantidades de dados. Estes são alguns dos novos
recursos do MaxiHarvester 3.10.
F
da árvore individual”, Per prossegue. Com esses recursos adicionais, o Maxi cumpre as novas
regulamentações finlandesas.
OUTRO NOVO recurso impor-
tante do MaxiHarvester 3.10 é a
adição de um grande número de
variáveis nos arquivos do sistema
administrativo, como os arquivos
.prd, .pri, .apt, .stm e .ktr.
”Essa é uma das maiores atualizações que já fizemos, tornando possível oferecer uma quantidade muito maior de informação diretamente do harvester
para os sistemas administrativos
da empresa”, diz Per. Outro novo
recurso é o maior limite de tamanho do arquivo de corte transversal. A razão disso é que a variedade de diferentes espécies e sortimentos, em termos de celulose e madeira, aumentou consideravelmente nos últimos anos.
Anteriormente, a quantidade de
sortimentos era limitada a dez e
as classes de comprimento e diâmetro a 48. Atualmente, é possível enumerar 15 sortimentos
diferentes.
“Vemos um aumento no
número de sortimentos extraídos pelo harvester médio. Há
também a necessidade de usar o
mesmo arquivo .apt para diver-
sas máquinas Valmet que produzem diferentes sortimentos”,
explica Per. O MaxiHarvester
3.10 também inclui a opção de
transferir coordenadas do MaxiGis para os arquivos .pri. Como
resultado, é possível ler o local de
cada tora individual dos arquivos .pri.
“É relativamente simples;
cada tora é posicionada geograficamente”, diz Per. r
52 polegadas (1,3 metros)
oi lançada uma nova versão do sistema de controle de harvester da Valmet, o MaxiHarvester 3.10. ”Com
as atualizações que implementamos, demos um grande passo em termos do tipo de informação que o harvester pode fornecer”, diz Per Annemalm, gerente
de produtos da Komatsu Forest.
Um dos vários recursos importantes do MaxiHarvester 3.10 é o
novo método de cálculo da dilatação da base do tronco. “Os cálculos da dilatação da base do tronco agora se baseiam em valores
empíricos que são facilmente
substituídos e atualizados”, explica Per. “Isso torna o sistema mais
flexível e preciso do que antes.”
Os valores empíricos baseiamse em intervalos de medição de
4 polegadas (10 cm) a 52 polegadas (1,3 metros). Essa informação é armazenada em um arquivo .spp que fornece a base para
o cálculo da dilatação da base do
tronco. Os dados do arquivo .spp
são facilmente atualizados com
novos valores para garantir que
os cálculos de volume de corte sejam os mais precisos possível. “O operador pode facilmente substituir um arquivo .spp e
obter cálculos exatos da dilatação
da base do tronco desde o nível
A dilatação da base do tronco é a
parte da árvore que não é medida
diretamente pelo sistema de medição do cabeçote de corte. O volume da dilatação da base do tronco é baseado em valores empíricos
coletados manualmente pela calibragem de um número de árvores
representativas. As medidas são
feitas em intervalos de 4 polegadas (10 cm) do corte a 52 polegadas (1,3 metros). Os dados de medição são transferidos para o arquivo .ssp no MaxiHarvester, onde é
usado em uma fórmula matemática avançada para calcular a dilatação da base do tronco de cada árvore extraída.
JUST FOREST NO 2 • 2007
19
LoadFlex facilita e agiliza o transporte graças à plataforma de carga
flexível. E mais, você obtém medições de peso altamente precisas.
Fácil
carregamento
Uma plataforma de
carga flexível facilita o
manejo de um forwarder
e oferece capacidade de
transporte ainda maior.
asicamente, o LoadFlex
utiliza uma plataforma
de carga controlada de
forma paralela com eixos extras
que se dobram para fora, tornando a plataforma mais ampla do
que o normal. Uma vez feito isso,
as estacas são reposicionadas
para maximizar o volume, o que
significa que o forwarder sempre
transporta a capacidade máxima
de carga. A rampa também pode
ser dobrada para fora para cobrir
toda a largura da plataforma. O
LoadFlex aumenta a largura da
plataforma flexível do forwarder
em 55 polegadas (1,4 metros). O
design é simples e completamente mecânico, o que o torna robusto e muito confiável.
Com o LoadFlex, os forwarders também apresentam um
B
20
JUST FOREST NO 2 • 2007
centro de gravidade inferior. Isto
melhora de forma significativa a estabilidade e torna possível
maiores velocidades de transporte para cargas mais pesadas. A
plataforma flexível também pode
ser dividida para diferentes sortimentos, o que diminui o tempo de carga.
Uma grande vantagem do
LoadFlex é que o forwarder sempre pode transportar sua carga
máxima. Essa plataforma flexível resulta em uma maior lucratividade.
Graças ao software usado no
sistema LoadFlex, o operador
nunca enfrenta o risco de sobrecarga. A estimação de volume do
sistema para um carga já pesada possibilita informar automaticamente o volume correto para
cada sortimento. E esse relatório pode ser produzido como um
arquivo de dados de produção ou
em papel. O sistema LoadFlex
está disponível para os Valmets
840.3, 860.3 e 890.3. r
Para transportar de forma efetiva os resíduos florestais,
é necessário um carregador com roteamento interno de
mangueira, o ProTec, e uma garra específica para resíduos
florestais.
O transporte eficiente de resíduos florestais requer que o
harvester execute a classificação das toras e dos resíduos
para que dessa maneira, possa carregá-los separadamente.
Coleta simples e eficiente
de resíduos florestais
A demanda mundial por
combustível de biomassa está em aumento; e
há um grande interesse
por sistemas funcionais
para coletar biomassa.
Um sistema desse tipo
já existe e um forwarder equipado com o
LoadFlex desempenha
um papel importante em
tal sistema.
alta produtividade. O sistema
LoadFlex, em particular, oferece
melhorias importantes na eficiência. Desta vez, examinaremos
de perto um método de extração
adaptado para a coleta de resíduos florestais. Esse método de
extração funciona melhor em terrenos com boa capacidade de carga em conseqüência do uso limitado de tapetes de relva.
MESMO DURANTE o processo
eve-se por à disposição sistemas
funcionais para
extração e transporte, caso se deseje que o combustível de biomassa seja efetivo e ofereça os mais altos retornos. Os produtos Valmet se adaptam bem a essa finalidade e apresentam qualidades que garantem
D
de extração, o harvester trabalha
de uma maneira adaptada para
recolher os resíduos florestais.
Na prática, isso significa que
o operador do harvester trabalha
com duas tarefas de forma alternada, usando o alcance completo
para trabalhar ao redor da máquina e levantando árvores; e classificando e separando os resíduos
florestais e os troncos.
Isso permite que ele transporte facilmente os troncos e os resíduos em turnos separados.
O RESÍDUO FLORESTAL é volumoso e exige uma plataforma no
forwarder adaptada para a coleta
de combustível de biomassa. Os
forwarders com LoadFlex e escalas
personalizadas se adaptam bem
ao manuseio de resíduos florestais
e tornam possível a carga máxima
apesar da densidade mais baixa.
O forwarder deve ter uma garra adaptada para o trabalho e um
carregador de longo alcance. O
carregador deve ter também um
roteamento de mangueira interno no rotador para que os galhos
não se choquem contra as mangueiras durante o carregamento.
“A Valmet tem uma linha
completa de produtos para a coleta de biomassa, assim como um
conceito único de roteamento
de mangueira, o ProTec, no qual
as mangueiras são roteadas pela
extremidade do carregador, permitindo que o operador obtenha
produtividade máxima da máquina ao trabalhar com biomassa”, diz Tobias Ettemo, gerente
de produtos para forwarders da
Komatsu Forest.
O combustível de biomassa pode ser transportado pelos
forwarders Valmet 840.3, 860.3
e 890.3 equipados com LoadFlex. Essas máquinas também
são equipadas com carregadores combinados da Valmet e com
a solução ProTec. E as garras dos
Valmets E28 e E36 estão especialmente adaptadas para o coleta de
resíduos florestais. r
DICAS PARA COLETAR RESÍDUOS
FLORESTAIS DE FORMA EFETIVA
• A coleta de biomassa envolve um risco importante de falha da
mangueira. Por isso, um carregador equipado com ProTec é essencial para evitar tempos de inatividade, consertos, custos na
limpeza do óleo e simplificar a operação, já que o carregador
pode ser colocado na parte superior da carga para mantê-la no lugar durante as viagens, sem o risco de que fique preso pelos galhos.
• A qualidade do resíduo florestal se vê melhorada se o terreno é
limpo antes da coleta. Areia e óleo são, então, eliminados já que a
vegetação rasteira é extraída juntamente com as raízes.
• A coleta de resíduos florestais em terrenos úmidos pode ser menos apropriada, pois o forwarder não roda sobre esteiras de relva.
• As plantações de abeto são especialmente aptas para a coleta de
resíduos florestais.
As cargas de
re
síduos flo
• Estoques amplos de madeira aumentam a eficiência. Os estoques ser verdadeiramente am restais podem
plas, tornando
a es tabilidade
de madeira devem ser superior a 200 metros cúbicos por hectare.
do forwarder
um
importante.
JUST FOREST NO 2 • 2007
fator
21
Tore – um verdadeiro
escandinavo
Suécia, Noruega e
agora Finlândia. Tore
Waara, o novo CEO da
Komatsu Forest Oy, não
tem apenas uma experiência extensa. Ela é
também larga.
ore Waara começou sua
carreira na indústria
de máquinas f lorestais
há 36 anos quando assumiu um
posto em Kockums que, naquela época, fabricava máquinas f lorestais.
“Foi por pura sorte que acabei
entrando na indústria de máquinas f lorestais”, explica Tore.
“Sou um mecânico treinado,
logo, foi meu interesse em tecnologia que me levou a aceitar o trabalho na Kockums”.
Através dos anos, Tore também trabalhou como mecânico
de manutenção, supervisor de
manutenção, vendedor e gerente
de manutenção.
“Fui chefe do serviço de atendimento ao cliente na fábrica
de Umeå por sete anos nos anos
T
80 e, em 1992, a Valmet decidiu
abrir uma empresa de vendas
proprietária na Noruega, juntamente com a Norwegian Felleskjöpet. Fui nomeado chefe da
nova iniciativa”, prossegue.
Tore permaneceu na empresa
por 15 anos. Atualmente, ele está
preparado para fazer o mesmo
trabalho na empresa de vendas
da Komatsu Forest para os mercados finlandês e báltico.
Através dos anos, Tore adquiriu um vasto conhecimento
sobre a indústria de máquinas
f lorestais e desenvolveu uma boa
percepção sobre o setor f lorestal
escandinavo.
A estrutura de propriedade é
um aspecto que ele enfatiza. A
Noruega tem, principalmente,
proprietários de f lorestas pequenos e privados, enquanto que na
Suécia a maioria das f lorestas é
de propriedade das mais importantes empresas f lorestais. A
Finlândia tem uma combinação
de ambos.
“Creio que é possível dizer
que a indústria f lorestal tem um
papel mais proeminente na Finlândia que nos outros países
escandinavos”, diz Tore.
Tore foi testemunha do grande salto na tecnologia usada nas
máquinas Valmet durante seus
anos na empresa.
“Aconteceram várias coisas;
e com a integração da cultura
corporativa japonesa, o enfoque
dos últimos anos na garantia da
qualidade nos transformou no
número um em confiabilidade”.
Tore continuará como CEO
na Finlândia até o fim o ano;
depois retornará aos escritórios
centrais em Umeå após 16 anos
de ausência.
“Pelo menos, esse é o plano;
embora nessa indústria nunca
seja possível saber o que o futuro
nos reserva”, conclui Tore. r
Tore Waara
Sobre Tore Waara
FUNÇÃO: CEO da Komatsu Forest OY, Finlândia, para 2007
NO CARGO DESDE: Empregado do grupo desde 1984
IDADE: 62 anos
MORA EM: Tampere, Finlândia
FAMÍLIA: Mona, sua companheira, três filhos adultos, um neto,
dois enteados com dois netos
MELHOR PARTE DO TRABALHO: Que a larga experiência de
nossos proprietários em operações globais com um enfoque
voltado para a qualidade e o longo prazo influencie os negócios, oferecendo novas perspectivas. Entre as melhores coisas
do momento estão o espírito de equipe e o trabalho de coordenação fortemente voltado para o cliente.
LAZER: Encontros com amigos e a família, a casa de verão em
Hietaniemi e a pesca ocasional.
22
JUST FOREST NO 2 • 2007
Três perguntas rápidas
1. Máquina Valmet favorita?
A Valmet 911.3/350-360. Essa é realmente a favorita dos operadores, pois oferece facilidade de manobra no terreno, excelente
economia geral e tem a capacidade de se igualar a diversas máquinas maiores.
2. O que a floresta representa para você?
Algo grandioso, como ambiente saudável, um meio de vida, energia, recreação e diferentes tipos de alimento.
3. O que a Komatsu representa para você?
Inspiração e desenvolvimento junto aos clientes, colegas e colaboradores na Finlândia e em outros países.
SÉRIE Controle do cabeçote
O controle do cabeçote Maxi oferece distintas
funções inteligentes – configurações simples
que otimizam e simplificam o trabalho do
operador. Nesta edição, continuaremos nossa
série sobre controle do cabeçote com vistas
postas em algumas das funções de lubrificação da corrente e marcação de cores do Maxi.
Parte 4 Configurações mais usadas
LUBRIFICAÇÃO DA CORRENTE
MARCAÇÃO DE CORES
PRÉ-AQUECIMENTO
A lubrificação da corrente é uma função útil que pode ser ativada nas configurações básicas. A lubrificação pode
ser manual, automática ou personalizada. Um exemplo é a configuração da
pressão inicial quando o ciclo de lubrificação se inicia. Ou seja, a quantidade
de óleo a ser utilizado quando o processo de corte começa. É possível definir as
etapas e os f luxos de pressão para todo o
ciclo de corte.
A marcação de cores é outra opção do
cabeçote. Quando uma tora está para
ser marcada, a tinta é vaporizada em
um momento determinado depois
que a barra ultrapassa um certo ponto de sincronização. O ponto de sincronização pode ser definido para que o
jato de tinta atinja corretamente a parte final da tora. O momento de aplicação do spray pode ser definido e é possível selecionar diferentes cores manualmente ou usando as configurações
do arquivo .apt do Maxi Harvester, se o
corte transversal baseado em valor for
aplicado.
Para que a parte hidráulica atinja rapidamente a temperatura de operação,
a função de pré-aquecimento pode ser
usada já que um f luxo constante gera
calor no sistema hidráulico. Os rolos
de alimentação começarão a funcionar. Essa função pode ser usada com a
máquina parada ou em movimento.
Quando parada, a velocidade pode
ser definida pressionando o acelerador
e depois o botão de parada. Nesse caso,
a funcionalidade básica da máquina, a
grua e algumas funções do cabeçote são
desengatadas.
A função de pré-aquecimento
enquanto em movimento é ativada
pressionando o botão de movimentação. Nesse caso, a funcionalidade básica
da máquina, a grua e algumas funções
do cabeçote são desengatadas.
PROCESSAMENTO DO TRONCO
Os cabeçotes de corte podem ser equipados com um equipamento para o tratamento de troncos opcional que pulveriza um líquido de tratamento de troncos através da barra. Esse tratamento
pode ser manual ou automático. Outras
configurações para o tratamento de
troncos incluem seleção de espécies de
árvores e atraso no tratamento para o
abate. Naturalmente, a taxa de f luxo do
líquido também pode ser definida.
É possível encontrar mais informações sobre como modificar essas configurações
no manual do computador de bordo do Valmet 350-370.
JUST FOREST NO 2 • 2007
23
2
SISTEMAS DE DESBASTE INTERNACIONAIS
DESBASTE
– mecanização cut to length ou de árvore inteira
Os sistemas de máquina usados para extrair no hemisfério sul dependem das condições locais. O terreno,
as espécies de árvores, as dimensões, as tradições e a infra-estrutura contribuem para a escolha da máquina a ser usada. Um denominador comum, no entanto, é que as florestas crescem mais rápido do que no
hemisfério norte e geralmente com diâmetros mais amplos, exigindo ainda mais das máquinas. Reunimos
um resumo dos sistemas mais comuns. A maioria é usado em plantações de pinheiro e eucalipto.
Este é o segundo de três artigos de uma série que enfoca os sistemas de corte mais comuns. Na próxima
edição, veremos alguns dos sistemas menos comuns e usuais.
CUT TO LENGTH, CTL
Sistema de harvester e forwarder
Esse sistema consiste de um harvester e um forwarder com pneus de borracha ou sob esteiras. Usado em plantações de pinheiro e eucalipto. O harvester derruba, desgalha e corta transversalmente as árvores em comprimentos de 10 a 20 pés (3,5 a 6 metros). O forwarder carrega e transporta as toras
para a estrada de exploração mais próxima, onde um outro carregador carrega os troncos de madeira. Na América do Sul, esse carregador pode ser um
trator de fazenda equipado com uma carregador.
As vantagens das máquinas com pneus de borracha incluem a minimização dos danos ao terreno e a capacidade de operação em terrenos íngremes. Na Austrália, no entanto, transportadoras sob esteiras personalizadas ou especificamente criadas são usadas em terrenos íngremes em conseqüência do tamanho amplo da árvore, do tipo e das condições do solo. Esse sistema requer poucas máquinas e pessoal.
Mais comumente utilizado: na Austrália, em algumas partes do oeste da América do Norte, do Brasil, do Chile
e em algumas partes da América do Sul
Sistema de escavadeira e forwarder
O desbaste com uma escavadeira personalizada equipada com um cabeçote de corte em conjunto com um forwarder. A escavadeira derruba, desgalha e corta as árvores transversalmente. O forwarder as carrega e transporta para
a estrada de exploração mais próxima, onde um outro carregador/escavadeira carrega os troncos em caminhões.
Mais comum em plantações de eucalipto onde diversas máquinas trabalham simultaneamente.
As vantagens desse sistema são a eficiência e os altos volumes de produção. Como normalmente as escavadeiras não têm funções de nivelamento, são mais efetivas em terrenos planos. Os cabeçotes de corte modernos podem ser equipados para desgalhar eucaliptos de forma efetiva. Esse sistema requer poucas máquinas e pessoal.
Mais comumente utilizado: no Brasil, Chile e Uruguai
Desbaste manual
As serras elétricas derrubam, podam, desgalham e cortam as árvores transversalmente no local. Às vezes, as árvores são transportadas, outras vezes são rebocadas até uma clareira por um simples rebocador equipado com
uma garra. O corte transversal é feito manualmente, normalmente em comprimentos realmente curtos de cerca
de 6 pés (2 metros) para carregamento posterior em pequenos caminhões transportadores de madeira. Algumas
vezes, a carga é feita manualmente. Mais comum em plantações de eucalipto.
Mais comumente utilizado: na Indonésia e em algumas partes do sudeste da Ásia
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JUST FOREST NO 2 • 2007
Sistemas combinados
Um feller-buncher sob esteiras derruba as árvores, que logo são rebocadas até uma clareira, onde são cortadas transversalmente por uma escavadeira equipada com um cabeçote de processamento. Às vezes, o corte transversal nas árvores é feito manualmente. As toras são, então, carregadas em caminhões por um outro carregador. Mais comum em plantações de pinheiro. Em algumas partes da Austrália, os eucaliptos são extraídos
como árvores inteiras e transportados por uma rebocadora comum ou com garra em forma de pinça para uma fragmentadora. As chapas de madeira são, então, transportadas para um porto para exportação. Essa é uma maneira bastante barata de produzir chapas de eucaliptos.
Mais comumente utilizado: na Nova Zelândia
Sistema combinado com rebocador com garra em forma de pinça
Um feller-buncher sob esteiras especificamente criado ou uma escavadeira com um cabeçote de corte desbasta e desgalha as árvores que logo são
rebocadas até a estrada de exploração. Um rebocador convencional é normalmente usado, embora os com garra em forma de pinça também sejam comuns. Uma escavadeira equipada com um processador ou um cutelo imóvel desgalha e corta as árvores transversalmente. Um outro carregador carrega os troncos nos caminhões. As árvores são normalmente desgalhadas manualmente e cortadas transversalmente com uma escavadeira equipada com uma garra em forma de pinça.
Mais comumente utilizado: no Brasil, Chile e em outras partes da América do Sul
SISTEMA DE ÁRVORE INTEIRA (FULL LENGTH, FL)
Full length, normalmente abreviado como FL, é um sistema de corte onde a árvore inteira é transportada para a fábrica. Esse sistema emprega normalmente um feller-buncher sob esteiras especificamente criado para derrubar e desgalhar as árvores. As árvores também podem ser derrubadas
por serras elétricas. Os rebocadores levam as árvores para uma clareira, onde uma escavadeira equipada com um processador de desgalhe ou um
módulo desgalhador alimentado desgalha os troncos e corta as copas das árvores.
A vantagem desse sistema é a alta capacidade de desbaste. Uma desvantagem do sistema é que requer terrenos amplos para manusear a madeira e estradas bem planejadas, além de um grande número de máquinas e pessoal. O sistema depende das condições climáticas, já que suja a
madeira em climas desfavoráveis. Apresenta uma outra exigência que a de máquinas amplas, já que as árvores têm diâmetro amplo. Esse sistema
é menos comum tanto no hemisfério sul quanto no norte. No Brasil, por exemplo, todas as fábricas estão adaptadas para madeiras com comprimento máximo de 20 pés (6 metros), sendo assim, o sistema de corte de árvore inteira não é utilizado.
Mais comumente utilizado: na Nova Zelândia
Dados sobre o desbaste de eucalipto e pinheiro
No Brasil, os eucaliptos são geralmente cortados com sete anos, enquanto que os pinheiros com quinze anos, se for para ser usado como fibra,
e entre 25 e 30 anos, se for utilizado como madeira. Na Austrália, o período de crescimento para o polpa de eucalipto é de 10 anos e de 35 anos
para os pinheiros. Os eucaliptos são descascados se as fábricas não puderem utilizar as cascas como combustível ou se as distâncias de transporte forem longas e o peso das cargas necessitar ser diminuído.
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VALMET 941
Em um local um tanto quanto íngreme do condado de Lancashire,
Inglaterra, John Latham faz
operações de corte com um Valmet
941. De forma metódica, o Valmet
realiza seu trabalho ladeira acima.
TRANQÜILIDADE
em declives íngremes
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Nunca teve um forwarder Valmet
antes. Ele está bastante interessado na produção da nova
máquina.
O 941 foi operado durante 4.000 horas e provou ser confortável
e produtivo.
Valmet 941 é um harvester quase apto para
trabalhos nas florestas do Reino Unido. Com abetos frondosos firmemente plantados nas florestas plantadas pelo
homem, o desbaste é difícil, mas
o 941 enfrenta o teste e é amplamente apreciado pelos empreiteiros da Escócia e Inglaterra.
”Tinha a intenção de utilizar
um EX10 nesse terreno, mas as
condições da estradas não são
o suficientemente boas para o
rebocador”, diz John Latham.
É o 941 que executa o trabalho
e tanto o operador quanto o Sr.
Latham crêem que o faz bem. O
conforto, a visibilidade e a produtividade geral são as maiores van-
O
Os declines íngremes são de fácil
acesso para o Valmet 941 que, de
forma metódica, avança colina
acima.
tagens da máquina.
”Eu costumava utilizar
somente a marca Timberjack,
mas desde que Colin Robertson
uniu-se à Komatsu Forest, passei a ter quatro de cada marca”,
comenta o Sr. Latham.
”Em terrenos íngremes,
quando se trabalha com árvores
realmente altas e com ventos que
sopram forte, o EX10 realmente faz um trabalho impressionante”, diz John Latham. r
COMO A OPINIÃO dos opera-
dores é de suma importância no
momento de escolher a marca
das máquinas a serem usadas, o
conforto das máquinas Valmet
foi um argumento de peso; e o
sistema de suporte junto com a
confiabilidade terminaram por
convencer a John Latham.
Ele aprecia muito o serviço de
suporte que, de acordo com ele, é
bastante profissional.
Um pouco mais tarde, é a vez
de um Valmet 911 equipado com
um cabeçote 360 realizar mais
trabalho de desbaste. Porém, a
máquina com a qual está impressionado é a EX10.
DADOS
John Latham
Tem quatro Valmets, um 911, 941, EX10 e um novo 840.3.
Nove operadores e um serrador trabalham para ele.
Os operadores trabalham quatro dias e folgam quatro dias; um outro
condutor opera a máquina. Isso significa que a máquina está em constante operação.
Trabalha na extração de cerca de 100.000 a 120.000 metros cúbicos por
ano para Timber Merchants, Sawmills, Forestry Commission, Water
Authorities e Private Estates.
JUST FOREST NO 2 • 2007
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VALMET 941
Um bom sistema de suporte
torna a máquina lucrativa
E por último, são os operadores que decidem a marca das máquinas que desejam operar e Gary Young, que trabalha para Elliot
Henderson, decidiu pela marca Valmet.
O desbaste nesse local, próximo a Lockerbie, no sul da Escócia, não
é um problema para o Valmet 941.
Elliot Henderson, um dos maiores empreiteiros do
Reino Unido, 32 máquinas florestais e cerca de 50
empregados, vê o 941 como um harvester altamente produtivo e que apresenta uma série de benefícios para a companhia e os operadores.
”É mais amigável para o operador do que as
máquinas concorrentes, além de ser confortável e
apresentar boa visibilidade”, diz Henderson.
le também aprecia o consumo relativamente baixo de combustível e a
estabilidade da máquina, especialmente em declives. Porém,
o mais importante para ele em
qualquer máquina é o sistema de
suporte e o nível de segurança.
E
28
JUST FOREST NO 2 • 2007
”Não podemos nos dar ao
luxo de ficar um dia sem trabalhar porque a máquina não está
operacional. Ela deve estar funcional em menos de um dia. O
sistema de suporte, a disponibilidade de peças sobressalentes
e o compromisso em manter o
alto padrão de que necessitamos
que a Komatsu Forest demonstra
aqui no Reino Unido são argumentos poderosos no momento
de escolher a marca das máquinas”, comenta o Sr. Henderson.
Um de seus operadores, Gary
Young, também está bastante
satisfeito com o Valmet 941. Esse
é o primeiro Valmet que opera e a
DADOS
decisão de passar a usar um harvester Valmet foi sua.
”Fiz a minha escolha depois
de testar a máquina. Estou bastante satisfeito, especialmente com o conforto e a visibilidade que apresenta. Também aprecio o cabeçote de corte, o Valmet
370.2, que considero rápido, confiável e fácil de manter”, diz. r
Elliot Henderson Ltd
Tem 2 Valmets 860. 3, três Valmets 890, quatro Valmets 941 e outro
941 com cabeçote 370.2 que está a caminho.
Tem um total de 32 máquinas florestais.
Desbasta cerca de 800 toneladas de madeira por semana e por harvester voltada para tudo, de serragens a papelão, a celulose.
Um novo modelo foi desenvolvido na Universidade de Helsinki para simular o crescimento florestal e da árvore e para prever os efeitos das
diferentes atividades de gerenciamento, como o desbaste. O objetivo é facilitar a escolha da melhor ação para uma plantação.
Simulação otimizada da
produção de madeira
Um novo modelo científico ajudará aos proprietários florestais e as serrarias a otimizar a produção de madeira. De acordo com os pesquisadores, agora vale à pena
investir na qualidade da
madeira de abeto melhorada já que as diferenças de preço entre as
qualidades são bastante
pequenas.
projeto Puro da Universidade de Helsinki
visa ajudar a otimizar a matéria-prima mediante os
processos de silvicultura e serragem. Entre os exemplos, está a
inf luência da silvicultura na forma dos troncos, na estrutura e
nas propriedades da madeira e
os efeitos dos sortimentos e da
O
colheita de matéria-prima.
CHEFIADOS pelo Professor
Annikki Mäkelä, os pesquisadores desenvolveram um modelo
tridimensional que pode ser usado para simular o crescimento
da f loresta e das árvores e prever
os efeitos das diferentes medidas, como o desbaste. O modelo pode ser usado para estudar
o desenvolvimento da plantação
pelo uso de cálculos baseados na
posição de um tronco determinado para prever quão amplo ou
estreito se tornará ou para comparar a lucratividade das distintas medidas de silvicultura.
Esses dados podem fornecer
uma base para escolher as melhores medidas para uma plantação.
O projeto de pesquisa também avaliou a vantagem de des-
bastar plantações de pinheiro e
comparou os preços da celulose.
Os resultados mostram que, em
termos gerais, os preços atuais
demonstram que não é lucrativo
para os proprietários f lorestais
produzir toras de pinheiro de
alta qualidade. A maior qualidade não gera um retorno suficiente porque os preços pagos pelas
diferentes qualidades de madeira diferem muito pouco.
O GRUPO TAMBÉM examinou
as características das diferentes
fibras de abeto produzidas por
vários métodos de silvicultura.
Esses resultados mostram que
não há relação entre a qualidade da fibra e o desbaste. O maior
efeito dos diferentes tratamentos
foi visto na qualidade das chapas
de madeira trituradas.
O modelo pode até ser usa-
do para otimizar o processamento da matéria-prima. O projeto de pesquisa inclui a avaliação dos métodos de desbaste
que oferecem os melhores resultados financeiros na produção
de madeira bruta e a busca da
maneira ideal para administrar
as plantações de abeto. r
Professor Annikki Mäkelä,
Universidade de Helsinque.
JUST FOREST NO 2 • 2007
29
Sistemas eficientes
que economizam
combustível
As máquinas florestais são conhecidas pela boa economia de combustível, mas como
o combustível é usado? Examinamos de perto o caminho percorrido pelo combustível, do reabastecimento ao funcionamento na máquina.
maneira na qual uma
máquina f lorestal converte o combustível em
trabalho produtivo envolve uma
difícil interação entre uma série
de fatores que são balanceados
para maximizar a eficiência da
produção. No caso dos produtos Valmet, todos os aspectos são
otimizados para o trabalho f lorestal para que cada etapa da corrente de combustível estejam em
harmonia com esse propósito
em mente.
O processo de converter o
combustível em trabalho real
exige uma série de perdas. É por
isso que uma perspectiva holística é importante durante o design
de cada componente, do motor
ao sistema hidráulico, e quando
decidir como interagem entre si.
A
O MOTOR
No melhor cenário, todo o conteúdo energético do combustível se converteria em trabalho produtivo, mas, infelizmente, isso não é possível. O motor
de combustão, cujos fundamentos datam de mais de um século, ainda sofre a mesma perda
de energia primária na conversão de combustível em trabalho
– o calor.
O calor é gerado por uma
série de circunstâncias em um
motor, assim como no sistema
30
JUST FOREST NO 2 • 2007
hidráulico, através de processos,
como a fricção entre componentes, e nos líquidos do sistema. É
evidente que o processo de combustão gerado no motor também
origina uma grande quantidade de calor. Os motores Valmet
oferecem controle de combustão
progressivo, o que aumenta a eficiência. Paralelamente, a eficiência também se vê afetada em
alguns aspectos pelas considerações de design que devem cumprir certos requisitos legais de
emissão.
A PARTE HIDRÁULICA
O sistema hidráulico também é
uma fonte de calor, especialmente durante as quedas de pressão,
ou seja, quando o óleo atinge certa pressão inferior, gerando calor
no processo. A queda de pressão ocorre, por exemplo, quando a grua é abaixada ou diminuída de velocidade, quando se verifica um movimento de rotação e
quando a cabine é girada. É por
isso que é importante manter
os níveis de pressão no sistema
hidráulico o mais baixo possível
enquanto se mantém plena funcionalidade a fim de evitar geração desnecessária de calor.
O SISTEMA DE CONTROLE
O próximo passo no processo é o
sistema de controle da máquina,
84.404 CTA-4V engine for Valmet 941
ISO 14396
210
190
Dicas para realizar
operações mais econômicas:
1300
1200
1150
150
1100
Torque [Nm]
1250
170
1050
1000
950
110
230
225
220
215
210
205
1000
1200
1400
1600
speed (rpm)
1800
200
2000
Consumo de combustível [g/kWh]
Potência [kW]
130
Todas as máquinas florestais têm uma velocidade de motor recomendada que oferece eficiência total para a máquina em questão, estabelecida
em colaboração com o fornecedor do motor. Esse gráfico do motor
mostra a relação entre potência, torque e consumo de combustível.
que é a parte essencial no processo e que faz a correspondência
entre os f luxos e o motor. Todas
as máquinas têm uma velocidade de motor recomendada que
oferece eficiência total para a
máquina em questão. Essa velocidade de motor é estabelecida em colaboração com o fornecedor do motor e esse trabalho
também inclui tamanhos otimizados de bomba com relação às
características do motor com o
intuito de oferecer a taxa de eficiência operacional mais eficiente
para cada máquina. Operar dentro do limite de RPM recomendado oferece eficiência máxima
e melhor desempenho em termos de torque e potência. r
DICAS
Para ilustrar que as mudanças mais simples e ínfimas podem melhorar a economia de combustível, damos aqui algumas dicas:
• Nunca exceda os valores recomendados. Acelerar o motor acima da
velocidade recomendada aumenta consideravelmente o consumo de
combustível e não oferece potência ou velocidade extras.
• Verifique se a pressão do sistema hidráulico não excede o valor recomendado. Isso gera mais calor e aumenta o risco de problemas no sistema, como limitadores de pressão sobrecarregados.
• Uma máquina corretamente ajustada e calibrada é essencial para economizar combustível.
• Garanta o ajuste correto do sensor de corte do cabeçote. Um movimento de corte apenas alguns centímetros a menos tem grande influência
no consumo de combustível.
• Desligue o motor se você estiver ocupado em outras tarefas por um
curto período de tempo, como realizando ou recebendo ligações telefônicas.
HARVESTERS
• Não é o cabeçote de corte que consome combustível e sim a grua. Conseqüentemente, a operação
eficiente da grua é importante. A operação com uma
grua estendida na parte dianteira da máquina é desnecessária; é melhor mover a máquina para frente
aos poucos. Trabalhe o mais próximo possível do
tronco e evite mover toras de madeira de um lado a
outro da máquina para reduzir manobras desnecessárias da grua.
• É importante usar o tamanho adequado dos motores do rolo de alimentação para garantir a velocidade correta, já que é a velocidade, e não a potência, o mais importante quando se desgalha toras.
Não é uma boa idéia aumentar a velocidade do motor para aumentar a velocidade do motor do rolo de
alimentação; o ideal é substituir os motores. Em vez
de retirar os ramos, o cabeçote de corte deve podálos.
• Economize combustível ao escolher a máquina mais
adequada para o trabalho. As máquinas concebidas para extrair em florestas densas queimam mais
combustível do que o necessário para extrair árvores de diâmetro inferior em florestais mais esparsas.
FORWARDERS
Além de empregar um estilo de operação econômico e planificar as rotas a serem usadas para
garantir trajetos fáceis, diretos e curtos, há ainda
dois pontos que o operador deve considerar para
manter uma boa economia de combustível:
• É importante manter a velocidade recomendada do
motor. Já com os harvesters, operar o motor acima
do RPM recomendado aumenta o consumo de combustível e diminui a potência ou a velocidade.
• Ajuste a máquina para que supere as condições de
trabalho. Os menus de configuração incluem uma
opção de método de trabalho para aumentar o
RPM. A opção ”Sempre” deve ser usada com precaução. Em alguns casos, é melhor mudar o método de trabalho para ”Nunca” e aumentar a velocidade do motor do RPM regular de 1.550 para um
valor superior adaptado ao terreno a fim de obter
as características desejadas do motor. O método de
trabalho ”independente da polegada” também é
adequado para certas condições do terreno.
JUST FOREST NO 2 • 2007
31
Komatsu Forest AB
Box 7124,
SE-907 04 Umeå
Sweden
%#/42!#+3
Tecnologia flexível
MENOSCONSUMODEENERGIA
MELHORADERÐNCIAAOSOLOMAIORCAPACIDADEDECARGA
MENOSDESGASTENAMÈQUINAENOSPNEUS
MENOSPRESSÍOSOBREOSOLOMENOSDANOSNOTERRENO
"ʵÕiÊjÊLœ“Ê«>À>Ê>ÊyœÀiÃÌ>]ÊÌ>“Lj“ÊjÊÀi˜Ì?ÛiÊ«>À>ÊÈ°Ê
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www.olofsfors.se • Tel 0930-311 40

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