Declaração Ambiental 2011

Transcrição

Declaração Ambiental 2011
Declaração Ambiental
Fábrica Secil l Outão
2011
Fábrica Secil-Outão
SECIL – Companhia Geral
de Cal e Cimento, S.A.
Capital: 264 600 000 Euros
Sede: Outão – SETÚBAL
Contribuinte nº 500 243 590
Matric. Conservatória Registo
Comercial de Setúbal nº
3091/310313 a folha 152
do livro C.2
Fábrica Secil-Outão
Apartado 71
2901-864 SETÚBAL
Código NACE: 23.51
– Fabricação de Cimento
CAE: 23 510
Declaração Ambiental
Fábrica Secil l Outão
2011
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Índice
I. Objectivos e âmbito .............................................................................................................................................
25
I.1 Nota introdutória ........................................................................................................................................................
25
II. A Fábrica Secil-Outão ........................................................................................................................................
6
II.1 Processo de fabrico
.................................................................................................................................................
6
II.2 Plano de Desempenho Ambiental ...........................................................................................................................
7
II.3 Entradas e saídas do processo de fabrico
9
...........................................................................................................
III. Programa de melhoria 2011 ............................................................................................................................ 210
IV. Desempenho ambiental ................................................................................................................................... 17
IV.1 Consumo de recursos naturais
...............................................................................................................................
17
IV.1.1 Racionalização do consumo de matérias-primas naturais ............................................................................................
17
IV.1.2 Requalificação Ambiental das Pedreiras e Protecção da Biodiversidade ......................................................................
17
IV.2 Consumo de energia
.................................................................................................................................................
20
IV.2.1 Energia térmica .....................................................................................................................................................
20
IV.2.2 Energia eléctrica ..................................................................................................................................................
20
IV.3 Consumo de água
....................................................................................................................................................
IV.4 Emissões atmosféricas
22
...........................................................................................................................................
23
IV.4.1 Emissões fixas ......................................................................................................................................................
23
IV.4.2 Emissões de CO2 | Responsabilidade Climática .....................................................................................................
26
IV.4.3 Emissões difusas ...................................................................................................................................................
28
IV.5 Produção de resíduos
.............................................................................................................................................
IV.6 Emissão de ruído para o exterior
30
..........................................................................................................................
31
IV.7 Produção de águas residuais ...................................................................................................................................
32
IV.8 Transporte ...................................................................................................................................................................
36
V. Emergências Ambientais
37
................................................................................................................................
VI. Comunicação com as Partes Interessadas
...........................................................................................
37
VII. Novos diplomas legais e acções implementadas...............................................................................
39
VIII. Programa de Melhoria 2012
.........................................................................................................................
42
IX. Glossário ..................................................................................................................................................................
43
X. Declaração do Verificador Ambiental sobre as Actividades
de Verificação e Validação
....................................................................................................................................
47
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
4
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
I
Objectivos e âmbito
A Secil-Outão ao adoptar voluntariamente o EMAS (Sistema
Comunitário de Ecogestão e Auditoria) compromete-se a
avaliar, a gerir e a melhorar o seu desempenho ambiental
continuadamente.
Esta Declaração é assim o resultado do compromisso
assumido em comunicar às nossas partes interessadas,
de forma transparente, os nossos resultados.
Pretendemos assim publicar informação relativa aos aspectos ambientais cujo impacte é mais significativo e quais
as políticas e medidas que têm vindo a ser adoptadas, no
sentido de minimizar os impactes negativos e potenciar
os positivos.
Esta é a sexta Declaração publicada e corresponde ao
período entre 2009 e 2011, tendo sido elaborada à luz dos
requisitos do Regulamento EMAS III.
Na Internet encontra-se disponível uma versão electrónica
da Declaração, no endereço: www.secil.pt..
E porque entendemos que este documento é um instrumento de comunicação e diálogo com o público e outras
partes interessadas, convidamos todos a participar no nosso Sistema de Gestão Ambiental, apresentando dúvidas,
sugestões ou criticas para o endereço: [email protected]
para que o possamos continuamente melhorar g
I.1 Nota introdutória
Em resultado de uma iniciativa de auscultação e
envolvimento dos nossos colaboradores na Declaração
Ambiental, denominada Painel EMAS, esta sofreu algumas
alterações face às dos anos anteriores. É de salientar, que
as alterações mencionadas são apenas de apresentação
de resultados, não tendo sido alterado o seu conteúdo.
No Painel EMAS, vários grupos de colaboradores foram
desafiados a melhorar a forma como apresentamos
o nosso desempenho ambiental, tendo sido as suas
sugestões incorporadas na presente Declaração, das
quais salientamos:
A aplicação adicional de símbolos na interpretação do
desempenho, nomeadamente a abordagem dos sorrisos,
introduzida em 2008 como forma de facilitar a comunicação,
foi considerada por vezes contraproducente, uma vez
que se sobrepunha a uma leitura mais detalhada das
razões apontadas, muitas vezes importante, e por outro
lado também poderia criar alguma confusão quando os
objectivos e o desempenho não tinham ambos a mesma
evolução. Foi por isso retirada.
O Regulamento EMAS III introduziu a obrigatoriedade
de comunicar os principais indicadores de desempenho
ambiental, assim como as três componentes que os
compõem – valores A, B e R. Assim, substituímos a forma
gráfica de apresentar os consumos/emissões globais de
cada ano (valores A e B), apresentando agora um diagrama
de Entradas/Saídas/Emissões com a fábrica em Plano de
Fundo. O valor R, que representa o rácio entre os valores
A e B, é apresentado ao longo da Declaração Ambiental.
No Programa de Melhoria modificámos a metodologia
para aferição do seu grau de cumprimento, substituindo
os quatro estados anteriores por uma nova simbologia
(ver capítulo III).
O foco da maioria das alterações está na simplificação
e clarificação da informação reportada. Uma delas, é a
associação dos aspectos ambientais às fases do processo
onde a sua ocorrência é mais significativa, razão pela qual
introduzimos uma simbologia do processo de fabrico (ver
capítulo II.1).
Alterámos também alguns gráficos, nomeadamente o
gráfico da monitorização em contínuo das emissões
atmosféricas, que anteriormente era “em teia” e que
agora é um gráfico “de barras”, para que mais facilmente
se perceba quão abaixo estamos dos Valores Limites de
Emissão.
Nas Declarações Ambientais anteriores, para cada
Aspecto Ambiental, dispunhamos de dois gráficos – um
que evidenciava o consumo/emissão por tonelada de
cimento equivalente (índices de eco-eficiência), e um outro
que evidenciava o cumprimento dos objectivos definidos
internamente. Decidimos deixar apenas um, geralmente
aquele que melhor reflecte o desempenho da fábrica face
ao aspecto ambiental em questão.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
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II
A Fábrica Secil-Outão
A Fábrica Secil-Outão está situada na localidade do Outão,
freguesia de Anunciada, concelho de Setúbal, distrito de
Setúbal, estando inserida no Parque Natural da Arrábida
junto ao Rio Sado.
Esta localização privilegiada permite-lhe ter dois cais acostáveis, dotados de meios autónomos de carga e descarga
simultâneas, e acesso a um terminal rodoviário (Praias do
Sado).
A Fábrica emprega 252 pessoas, distribuídas pelos diversos departamentos.
A actividade principal da instalação é a produção e expedição dos seguintes produtos:
g Clínquer cinzento
g Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 42,5R
g Cimento Portland de calcário EN 197-1
– CEM II/B-L 32,5N
g Cimento Portland de calcário EN 197-1
– CEM II/A-L 42,5R
g Cimento Portland de calcário EN 197-1
– CEM II/B-L 42,5R
g Cimento Pozolânico EN 197-1 – CEM IV/A (V) 32,5R
A Fábrica Secil-Outão dispõe de uma Licença Ambiental,
concedida pela autoridade competente em 20 de Outubro
de 2006, e actualizada em 30 de Maio de 2008 (LA n.º
37A.1/2006). Além da Licença Ambiental, a fábrica tem
ainda uma Licença de Exploração (LE) e uma Licença
de Instalação (LI), ambas actualizadas em 2011 – LE n.º
3/2007/INR e LI n.º 2/2011/DOGR – que regulamentam a
actividade de co-incineração.
II.1 Processo de fabrico
De forma a evidenciar, de uma forma simples, a correspondência entre os aspectos ambientais e o processo de
fabrico, introduzimos uma simbologia com as principais
fases do processo.
Assim, em cada aspecto ambiental estará representada a
fase do processo onde a sua ocorrência é mais relevante.
Nos casos em que o aspecto ambiental não está directamente associado a uma, ou mais, fases do processo,
utiliza-se o símbolo da fábrica (ex. água residuais e resíduos).
Global
Fábrica
Exploração
Pedreiras
6
Moagem
cru
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Cozedura
Moagem
cimento
Embalagem e
Expedição
II.2 Plano de Desempenho Ambiental
Na sequência dos pedidos de alteração das Licenças de
Instalação e de Exploração da fábrica foi necessário proceder à actualização do Plano de Desempenho Ambiental, no qual foi proposto os novos VLE e prazos de implementação das MTD’s respectivas.
A redução dos valores limite de emissão proposta implicará a utilização de tecnologias de redução várias, nome-
adamente relativamente ao NOx (que implicam alterações
ao nível dos consumos energéticos e emissões de NH3)
e, ainda, a investimentos consideráveis na alteração dos
equipamentos de remoção de partículas (novos filtros e
novos ventiladores de tiragem, com o respectivo acréscimo de consumo de energia eléctrica e de emissões indirectas de CO2). Estas acções constam do Programa de
Melhoria.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
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Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
II.3 Entradas e saídas do processo de fabrico
Emissões
Emissões fixas
2009 2010 2011
Partículas (t) ...........
CO (t) .....................
NOx (t) .....................
SO2 (t) .....................
HCl (t) .....................
HF (t) .......................
COT (t) ....................
0,04 2,23 2,86
2 145 2 230 1 662
2 330 2 094 2 092
17
32
46
6,04 4,87 5,35
0,05 0,04 0,86
56
53
49
CO2 (kt) .................... 1 339 1 296 1 210
(verificação CELE)
Entradas
Saídas
2009 2010
Matérias-primas naturais (kt)
Calcário + Marga (kt) ..................
Areia (kt) .....................................
Gesso (kt) ...................................
Matérias-primas secundárias (kt)
Energia térmica (TJ) ....................
Energia eléctrica (GWh) ..............
2011
3 030 2 823 2 604
2 741 2 552 2 380
162
219
197
63
71
74
2009
2010
2011
Clínquer produzido (t) ....... 1 614 208
Cimento produzido (t) ....... 1 466 212
1 575 787
1 376 871
1 448 645
1 312 528
116
Cimento equivalente (t) ..... 2 213 786
2 122 704
1 850 522
Resíduos produzidos ................ 2,1
Resíduos industriais banais .......... 1,97
Resíduos industriais perigosos ...... 0,12
2,4
2,22
0,14
2,0
1,99
0,06
90,3
9,7
94,7
5,3
69
95
5 934 5 765 5 372
184
183
170
Combustíveis fósseis (kt) ...........
Combustíveis alternativos (kt) ....
142
88
142
93
113
105
Água subterrânea (m3) ...............
Água superficial (m3) ..................
521
222
509
286
513
261
% Valorizados ......................
% Eliminados .......................
92,4
7,6
Biodiversidade
Área da fábrica: 32 ha
Área da pedreira “Vale de Mós A”: 53,94 ha
Área da pedreira “Vale de Mós B”: 44,73 ha
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
9
III Programa de melhoria 2011
Apresentam-se apenas as acções de melhoria relacionada com as temáticas ambientais.
ID
Aspecto/
impacte
ambiental
Objectivo
Meta
Diminuição do
impacte visual
das instalações
fabris.
Reduzir o
impacte visual
de grandes
estruturas.
1
Impacte
visual
Designação da Acção de
Melhoria/ Prazo
Limpeza silo 10, do transportador
de clínquer W9UO6 e da ponte
sobre a estrada nacional.
Grau de Cumprimento
Acção Concluída.
AM 26/11
Prazo: Dez | 11
2
Minimizar os
consumos de
Energia Eléctrica.
A definir.
Racionalização dos consumos
de Energia Eléctrica através de
implementação de acções de
eficiência energética.
AM 04/11
Prazo: a definir
3
Consumo
de energia
eléctrica
4
Contribuição
para o
aquecimento
global
Poupança de
Energia.
Reduções de
consumo de
Energia Eléctrica
de 75%; 56%;
59%.
Definida após
medição de
referência
(condições de
processo).
Eficiência
no consumo
de Energia
Eléctrica.
Implementação de variadores de
velocidade nos moinhos de carvão
(K8 e K9).
Acção redireccionada.
Esta acção foi redireccionada para
o Projecto de Eficiência Energética a
iniciar-se em 2012.
Acção Concluída.
AM 29/11
Prazo: Dez | 12
Instalação de variadores de
velocidade nos motores do moinho
de carvão K8S06 e dos moinhos
de cimento Z5P39 e Z5P40.
Acção Concluída.
AM 33/11
Prazo: Dez | 13
5
Melhoria da
eficiência
energética.
Reajuste da instalação de baterias
de condensadores.
---
AM 43/11
Prazo: Dez | 12
10
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Com o objetivo de minimizar o
consumo energético foi reajustada
a utilização de várias baterias de
condensadores. Após a conclusão
destas tarefas será melhorada a
nossa capacidade de gestão da
rede.
ID
Aspecto/
impacte
ambiental
Objectivo
6
Consumo
de energia
eléctrica
7
Contribuição
para o
aquecimento
global
Melhoria da
eficiência
energética.
Meta
Redução de
250 kVAR no
PTA2.
Instalação de bateriais de
condensadores.
Acção Concluída.
Prazo: Dez | 08
---
AM 17/10 Portugal Cimento
Emissões
atmosféricas
– Poeiras
Difusas
Degradação
da qualidade
do ar
Redução da
emissão de
poeiras.
Acção Concluída.
Prazo: Dez | 10
---
Instalação de eclusas no sistema
de extracção do silo de carvão
(K9L21).
AM 27/11
Prazo: Dez | 10
9
Foi reaberta uma nova AM 43/11
onde se procedeu a uma redifinição
da utilização das baterias de
condensadores e onde será medida
a eficácia da presente acção.
Certificação energética e Qualidade
do Ar Interior.
8
Diminuição
poeiras difusas.
Grau de Cumprimento
AM 03/08
Redução de
800 kVAR no
R1S10.
Melhoria da
eficiência
energética e da
qualidade do
ar interior dos
edifícios.
Designação da Acção de
Melhoria/ Prazo
Redução da
emissão de
poeiras para
10 mg/m3.
Aumento da capacidade de
filtragem das moagens de cimento,
de acordo com o BREF.
AM 28/11
Prazo: Dez | 14
As eclusas já foram compradas
e recepcionadas. Aguarda-se a
chegada dos doseadores, que
também já foram comprados, para
se proceder à sua instalação.
Acção suspensa
O projecto de aumento da
capacidade de filtragem (Moagens
de Cimento) foi adiado para 2014
por falta de verbas. Será reaberta
novamente em 2014, caso se
justifique.
10
---
Aquisição de novos filtros de
mangas nos transportadores de
clínquer dos fornos.
Acção Concluída.
AM 01/10
Prazo: Dez | 14
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
11
ID
11
Aspecto/
impacte
ambiental
Objectivo
Emissões
atmosféricas
– Poeiras
Difusas
Avaliação da
deposição
de poluentes
(dioxinas e metais
pesados) nos
líquenes e no
solo.
Verificar o
impacte.
Redução do
consumo de
água potável.
Ausência
de histórico
que permita
quantificar a
meta.
Degradação
da qualidade
do ar
Meta
Designação da Acção de
Melhoria/ Prazo
Implementação do projecto de
biomonitorização em líquenes e no
solo.
AM 02/10
Grau de Cumprimento
Foram realizadas 4 campanhas
de amostragem durante o ano de
2011, cujos resultados ainda não
estão disponíveis.
Prazo: Dez | 13
12
Colocação de torneiras com
redutores de caudal.
AM 25/11
Prazo: Dez | 13
Consumo de
água
13
Redução
das reservas
hídricas
Conhecer
a pegada
ecológica em
termos de água
e implementar
medidas
de redução
identificadas.
---
Redução da água
de consumo.
Existência de
caudalímetros
para permitir
reduzir o
consumo de
água.
Avaliação da Pegada Ecológica na
Água.
AM 06/11 Portugal Cimento
Prazo: Dez | 10
Está a ser efectuado o levantamento
do número de torneiras existentes
na fábrica e estimativa da poupança
de água obtida com a instalação de
sensores.
O Manual com as metodologias
a doptar está terminado. Foram
seleccionadas duas ferramentas
para avaliação da Pegada Hídrica
da Secil - a Global Water Tool e a
Water Footprint.
Em 2012 serão acompanhados
os desenvolvimentos sobre as
ferramentas de avaliação dos
riscos e oportunidades da Água
para a Indústria Cimenteira através
do Task Force 9 da CSI - Cement
Sustainability Initiative.
14
Consumo
de água
Redução
das reservas
hídricas
12
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Instalação de caudalímetros em
locais chave para controlo dos
consumos.
AM 11/09
Prazo: Dez | 09
Acção redireccionada.
Acção inserida na AM 25/11, que
prevê a colocação de 2 contadores
para controlar os consumos do
edifício do Comando/Administração,
para ser possível avaliar a eficiência
da instalação dos redutores de
caudal.
ID
Aspecto/
impacte
ambiental
Objectivo
Meta
Designação da Acção de
Melhoria/ Prazo
Grau de Cumprimento
15
Produção
de águas
residuais
16
Potencial
contaminação
dos solos e
dos recursos
hídricos
Reutilização
de Águas
Residuais com
consequente
diminuição do
consumo de
água potável.
Verificar
possibilidade
de reutilização.
AM 24/11
Prazo: Dez | 12
Eliminação de
uma descarga de
águas residuais.
Reavaliação do
impacte das
águas residuais.
Reutilização das águas residuais
tratadas dos balneários para
introdução no processo de fabrico.
Reavaliação da descarga de águas
provenientes do laboratório.
---
AM 33/10
Prazo: Dez | 11
17
No âmbito do processo em curso
com a ARH-Alentejo, para a
atribuição dos TURH, a fábrica
deu a conhecer a intenção de
implementar esta AM.
Aguarda-se parecer daquela
entidade, uma vez que a reutilização
dos efluentes tratados interfere com
o volume descarregado tendo, por
conseguinte, implicação no valor
da taxa.
Acção cancelada
O relatório de estágio não foi
conclusivo. Terá de ser equacionado
novamente num outro âmbito.
Eliminação dos
perigos e riscos
associados à
queima dos resíduos nos fornos.
Produção de
resíduos
Degradação/
contaminação
da qualidade
do meio
receptor
(água/solo/ar)
Redução de
custos directos
associados a
mão-de-obra,
equipamentos e
transporte.
---
Acção Concluída.
AM 34/11
Prazo: Jul | 11
Redução de
custos indirectos,
decorrentes da
entrada de ar
falso no sistema.
18
Melhoria da
separação de
resíduos.
Nova gestão dos resíduos gerados
na fábrica.
---
Reforço de contentores de recolha
de resíduos e construção de um
telheiro na entrada da oficina
mecânica.
AM 41/10
A cobertura do telheiro só poderá
estar finalizada no 1.º trimestre
2012, após a paragem do forno.
Prazo: Set | 10
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
13
ID
Aspecto/
impacte
ambiental
Objectivo
Meta
19
Evitar a
contaminação da
zona envolvente
ao Ecoparque.
---
Designação da Acção de
Melhoria/ Prazo
Encaminhamento das águas pluviais
do Ecoparque para a zona antiga
de lavagem dos carros vassoura.
AM 03/11
Grau de Cumprimento
Começaram a ser feitos os
primeiros estudos para um possível
encaminhamento das águas pluviais.
Prazo: Dez | 12
Resposta a
Emergências
20
Melhorar a
capacidade
de resposta a
emergências.
---
Actualização do Plano de
Emergência Interno (PEI) e das
instruções operatórias de acidentes
e emergências.
Acção Concluída.
AM 13/09
Prazo: Dez | 09
Acção integrada no Projecto CA 70 que visa atingir uma taxa de substituição
de 70% de combustíveis alternativos nas fábricas de cimento em Portugal.
21
A actual AM 16/11 cujo prazo de implementação era Dez|13 passará a ser
acompanhada pela AM 02/11 Portugal Cimento cujo prazo é Dez | 16.
a) Instalação de um bypass no
forno 8.
Aguarda-se a adjudicação desta
acção.
b) Aumento da taxa de substituição
de combustíveis derivados de
resíduos (CDR’s).
Medida inserida no Projecto CA 70,
onde estão contempladas novas
boxes para CDR’s e uma nova cinta
transportadora desde o hangar O4
até aos fornos.
22
23
Consumo de
combustíveis
alternativos
Aumentar a taxa
de substituição
de combustíveis
alternativos.
c) Aquisição de 2 novos
queimadores para o forno 8.
d) Sistema de alimentação de
combustíveis alternativos sólidos
aos fornos.
24
25
e) Modificação da entrada de pneus
no forno 9.
f) Upgrade da torre de ciclones da
linha 8.
26
14
Atingir uma
taxa de
substituição de
45%.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Acção Concluída.
Esta acção encontra-se em fase de
projecto.
Acção Concluída.
Acção Concluída.
ID
Aspecto/
impacte
ambiental
27
Licença
Ambiental
Objectivo
Melhorar a
eficácia do
tratamento das
águas residuais.
Meta
29
Responsabilidade
Ambiental
Grau de Cumprimento
Estudo de optimização das ETAR’s
existentes.
--AM 10/10
Prazo: Dez | 10
28
Evitar derrames e
contaminação da
água.
Designação da Acção de
Melhoria/ Prazo
Acção Concluída.
Aumento da área pavimentada da
zona envolvente aos tanques de
gasóleo da pedreira.
Acção Concluída.
Reduzir o
impacte
ambiental
deste aspecto.
Evitar derrames e
contaminação da
água e solos.
AM 43/10
Prazo: Jun | 10
Estudo da possibilidade de retenção nas descargas de gasóleo/
aditivos no Cais e Moagem II.
AM 45/10
Prazo: Dez | 10
Prevê-se a aquisição dos kit’s
durante o 1ºtrimestre.
A acção foi redireccionada, suspensa ou cancelada
A acção de melhoria não teve qualquer desenvolvimento
A acção de melhoria encontra-se 50% cumprida
A acção de melhoria encontra-se concluída
O grau de cumprimento do Programa de Melhoria de 2011,
na sua vertente ambiental encontra-se no gráfico seguinte.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
15
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
IV Desempenho ambiental
“Ser eficiente é produzir mais com menos recursos”
IV.1 Consumo de recursos naturais
Potenciais Impactes
Ambientais Positivos:
Reabilitação de habitats naturais
g
Potenciais Impactes
Ambientais Negativos:
Perturbação da flora, fauna e vida
humana
Degradação da qualidade visual
da paisagem (poluição visual)
Contribuição para o esgotamento
de reservas naturais não renováveis
g
g
g
IV.1.1 Racionalização do consumo
de matérias-primas naturais
O consumo de matérias-primas naturais diminuiu face a
2010, sendo de 2 606 kt, resultado de uma menor produção de clínquer e de cimento.
De acordo com a nossa Política Ambiental, incorporamos
no processo resíduos provenientes de outras indústrias
(matérias-primas secundárias), reduzindo desta forma o
consumo de matérias-primas naturais e promovendo um
destino final mais sustentável para os resíduos que, de
outra forma, seriam depositados em aterro.
Contudo, a taxa de utilização de matérias-primas secundárias está muito dependente da sua composição e disponibilidade no mercado. Conscientes desta realidade,
Consumo de matérias-primas naturais (MPN) por
tonelada de Cimento Equivalente
foi estabelecido para o ano de 2011, o objectivo de utilização de matérias-primas secundárias na produção de
clínquer de 4,2 %. Este objectivo foi superado com o valor
de 4,9%.
Para 2012, o valor planeado para a incorporação de matérias-primas secundárias na fase do clínquer é de 2,4%.
Este indicador deixou de ter objectivo definido devido a
dificuldades de processo, inerentes à composição química das matérias-primas secundárias.
Relativamente ao índice específico de matérias-primas
naturais, este aumentou. O factor que mais influenciou
este aumento foi a taxa de incorporação de clínquer nos
vários tipos de cimento, que aumentou face ao ano de
2010.
Em 2011, o objectivo de utilização de matérias-primas secundárias, na fase do clínquer,
foi superado com o valor de 4,9%.
IV.1.2 Requalificação ambiental das
Pedreiras e Protecção da Biodiversidade
As actividades extractivas têm impactes na paisagem,
na alteração do relevo, na remoção do solo e do coberto
vegetal e na diminuição de refúgios/alimentos para a
fauna. Uma vez que a recuperação natural destas áreas
e o restabelecimento dos ecossistemas naturais poderá
levar centenas de anos, impõe-se minimizar estes impactes e acelerar o processo de colonização natural, criando
programas de recuperação da estrutura e funcionamento
das comunidades vegetais e animais e dos ecossistemas
originais, que não ambicionem apenas o objectivo estético
da recuperação da paisagem.
A Secil implementou na Fábrica Secil-Outão, em 1982,
um Plano Ambiental de Recuperação Paisagística (PARP),
articulado com o Plano de Lavra, que permite a recuperação das áreas exploradas. As actuações consistem na reintrodução de substrato, no qual se promove a instalação
de vegetação herbácea e arbustiva (por hidrossementeira),
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
17
para controlo imediato da erosão e redução do impacte
visual, e se procura favorecer o desenvolvimento de espécies nativas (por plantação), de modo a obter uma aproximação aos ecossistemas envolventes e, deste modo,
contribuir para a auto-sustentabilidade do sistema.
Hidrossementeira
A hidrossementeira consiste na projecção de uma mistura composta por sementes (herbáceas e arbustivas),
fibra de madeira, aditivos e água, que é executada
através de um hidrossemeador.
Viveiros
Possuímos um viveiro de plantas onde são multiplicadas 15 espécies de árvores e arbustos da flora da
Arrábida: carvalho-cerquinho, zambujeiro, lentisco,
medronheiro, alfarrobeira, aroeira, alecrim, rosmaninho, folhado, murta, madressilva, pinheiro-manso,
sabina-da-praia, alfazema-brava e carrasco.
Em 1983, a Secil investiu na criação de um viveiro próprio
onde multiplica actualmente 15 espécies nativas. As sementes são colhidas nas zonas envolventes às pedreiras e em
29 anos de recuperação a área recuperada é de 36,84 %.
Actualmente a Secil encontra-se a cumprir o Programa
Trienal 2011-2013, em execução do Plano de Pedreira1
aprovado.
Em 2011, foram recuperados 1,44 ha.
1. Documento técnico composto pelo Plano de Lavra e pelo Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística (PARP).
Recuperação Paisagística:
Área recuperada total (ha) .......................
Hidrossementeira (m2) .............................
Plantação (m2)...........................................
Manutenção (m2) ......................................
Vigilância (m2) ..........................................
Limite de Pedreiras
Hidrossementeira
Plantação
Manutenção
Vigilancia
18
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
37
(2011)
14 393
1 275
56 131
3 581
Flora
Desde 1997, e no âmbito de vários projectos, o Centro
de Biologia Ambiental (CBA) da Faculdade de Ciências
da Universidade de Lisboa, tem vindo a realizar o
acompanhamento científico da recuperação paisagística
das pedreiras da Secil-Outão. Os estudos e ensaios
realizados (ou em curso) incidem não apenas na
vegetação, mas também sobre o solo, já que a evolução
deste condiciona inevitavelmente o desenvolvimento das
plantas.
Esta colaboração entre a Secil e o CBA tem por principais
objectivos:
g Avaliar a qualidade da recuperação ecológica de acordo
com os critérios definidos pela SER (Society for Ecological Restoration);
g Aprofundar a informação biológica e ecológica relativa a
espécies mediterrânicas potencialmente colonizadoras
das áreas a recuperar;
g
Propor e testar novas espécies vegetais ou processos
de melhoramento da recuperação em futuros planos;
g Propor e testar modos de gestão das áreas já intervencionadas (“recuperadas”), com vista a melhorar a sua
integração ecológica na Serra da Arrábida.
Em 2011, concluíram-se os trabalhos de acordo com o
plano e objectivos do Protocolo, intitulado “Gestão Ecológica das Áreas Revegetadas em Pedreiras de Calcário”
estabelecido em Fevereiro de 2008, que consistiu na: proposta e avaliação de diferentes metodologias para melhoramento de diversos aspectos das acções de recuperação
(melhoramento do substrato e das hidrossementeiras);
monitorização de ensaios e acções (hidrossementeiras e
plantação de escandentes) implementados nos projectos
anteriores; e avaliação da biodiversidade vegetal na propriedade da Secil-Outão.
Fauna
O primeiro compromisso formal de integração da biodiversidade na gestão empresarial ocorreu em 2002, em sede
da CSI (Cement Sustainability Initiative) no WBCSD (World
Business Council for Sustainable Development).
Em 2007, e no âmbito da Iniciativa Business & Biodiversity,
a Secil introduziu a componente faunística no seu Plano
de Recuperação, onde iniciou na fábrica Secil-Outão, com
uma vasta equipa de investigadores da Universidade de
Évora, o “Estudo e Valorização da Biodiversidade, Componente Fauna” envolvendo cinco grupos faunísticos:
insectos; anfíbios; répteis; aves e mamíferos.
Numa 1ª fase do estudo caracterizou-se a situação de
referência (fauna e flora), nas diferentes fases de recuperação paisagísticas, e ao diagnóstico dos factores limitantes
da riqueza e diversidade faunística.
Entre 2008-2010, iniciou-se a 2ª fase “Implementação
de Medidas de Gestão e Monitorização” que teve como
objectivo gerir e fomentar o valor faunístico, em articulação com o Projecto de Recuperação, que definiu uma
estratégia de gestão activa baseada na implementação de
acções potenciadoras da ocorrência de um maior e mais
diversificado número de espécies autóctones.
Foram implementadas 52% das acções previstas no plano
no âmbito da sensibilização ambiental, vigilância, controlo
de animais assilvestrados, gestão da vegetação, promoção de abrigos e aumento da disponibilidade hídrica, que
corresponde a um total de 29 acções.
Em 2011, iniciou-se a 3ª fase do estudo (2011- 2014) de
modo a dar continuidade às acções implementadas, respectiva monitorização e monitorização da fauna em geral.
A 3ª fase do Plano de Acção contempla ainda a realização
de duas extensões ao projecto:
g Extensão 1: Enquadramento da biodiversidade da
Secil-Outão na sua envolvente;
g Extensão 2: Conectividade-movimentos do ratinho-docampo (Apodemus sylvaticus) numa área de elevada
fragmentação.
Em 2011, foram implementadas um total de 12 acções
no âmbito da informação e sensibilização ambiental, gestão da vegetação, abrigos para a fauna e disponibilidade
hídrica.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
19
IV.2 Consumo de energia
Do ponto de vista energético, o fabrico do cimento é um
processo extremamente exigente, uma vez que incorpora
elevadas quantidades de energia térmica (sobretudo na
fase de clinquerização) e eléctrica (nas diversas fases de
moagem).
O objectivo da sua redução, nas suas duas componentes,
é simultaneamente uma preocupação ambiental assim
como uma necessidade económica, garantindo assim a
sustentabilidade do negócio.
Evolução do consumo térmico por tonelada de clínquer
com a taxa de substituição de combustíveis alternativos
IV.2.1 Energia térmica
Potenciais Impactes
Ambientais Negativos:
Contribuição para o esgotamento
de reservas naturais não renováveis
Contribuição para o aquecimento
global
g
g
O consumo de energia térmica, necessária para o fabrico
do clínquer, resulta da combustão de combustíveis dentro
dos fornos. A Fábrica Secil-Outão tem vindo, desde 2004,
a substituir os combustíveis fósseis tradicionais (coque
de petróleo e carvão) por combustíveis alternativos,
nomeadamente resíduos vegetais, pneus usados, CDR
e resíduos industriais perigosos, ao que chamamos
Valorização Energética de Resíduos.
Contudo, o crescente aumento da taxa de substituição
de combustíveis alternativos, apesar das vantagens inerentes (ver capítulo IV.4.2), resulta num menor rendimento
energético, razão pela qual o consumo térmico tem vindo
a aumentar. Em 2011, o consumo térmico, por tonelada
de clínquer, aumentou de 874 para 886 kcal/kg clk, não
tendo sido atingido o objectivo proposto de 877 kcal/kg
clk. Este aumento resulta do aumento do consumo de
combustíveis alternativos, que subiu de 30% para 36%.
Nestas circunstâncias, e considerando o objectivo de
50% de taxa de substituição de combustíveis alternativos
foi definido para 2012 um consumo térmico específico de
880 kcal/kg clk.
20
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
IV.2.2 Energia eléctrica
Potenciais Impactes
Ambientais Negativos:
Contribuição para o esgotamento
de reservas naturais não renováveis
Contribuição para o aquecimento
global
g
g
A Fábrica Secil-Outão tem realizado importantes investimentos no sentido da optimização dos equipamentos e,
consequentemente, na redução dos consumos eléctricos.
Destacam-se, entre outros, a substituição para motores
de alta eficiência, a instalação de variadores de velocidade
nos ventiladores e alteração da rede interna de ar comprimido, que permitiu a diminuição de perdas de eficiência.
Além destes investimentos, a fábrica dispõe de um sistema de gestão de energia que permite a optimização da
produção nos períodos em que a energia é mais barata
(horas de vazio e súper vazio), nos equipamentos em que
tal é possível, que é o caso dos moinhos de cru e moinhos
de cimento, responsáveis por cerca de 60% da energia
consumida na fábrica.
Em 2011, a fábrica assinou um contrato de interruptibilidade com a REN, no âmbito do decreto-lei n.º 172/2006 e
da portaria n.º 592/2010. Estes documentos legais visam
estabelecer medidas de eficiência e gestão da procura
alternativas à construção e à exploração de novos centros electroprodutores. Assim, a fábrica disponibilizou-se
para, mediante remuneração, reduzir voluntariamente o
seu consumo de electricidade em resposta a uma ordem
de redução de potência dada pela REN, permitindo
que esta dê resposta rápida e eficiente a eventuais
situações de emergência, além de flexibilizar a operação
do sistema e contribuir para a segurança de abastecimento. Este contrato prevê 240 horas de paragem
total por ano, sendo apenas assegurada a expedição de
cimento.
O consumo específico de energia eléctrica está muito
dependente do mix de cimentos produzido, dado que os
cimentos de alta resistência consomem mais energia na
fase de moagem que os outros cimentos.
Em 2011, o consumo específico de energia eléctrica por
tonelada de cimento não sofreu variações significativas,
passando de 102,2 kWh/t, em 2010, para 102,8 kWh/t,
em 2011. Contudo, o objectivo estabelecido (máximo de
102,3 kWh/t cim) não foi atingido.
Consumo de Energia Eléctrica por tonelada de Cimento
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
21
IV.3 Consumo de água
Potenciais Impactes
Ambientais Negativos:
Contribuição para o esgotamento de
reservas naturais não renováveis
Consumo de água por
tonelada de Cimento Equivalente
g
A água utilizada nas instalações fabris
provém de uma captação de água
superficial no Rio Sado (AC4) e de três
captações de água subterrânea (AC2,
AC3 e AC5), devidamente licenciadas
pela entidade competente. Apenas uma
das captações subterrâneas se destina à produção de água para consumo
humano. A restante água captada é utilizada na rega dos viveiros, na recuperação paisagística
das Pedreiras e na humidificação dos caminhos de “terra”
na época seca (como forma de minimização da emissão
difusa de partículas) e para arrefecimento de algumas
máquinas e equipamentos.
Em 2011, o consumo de água subterrânea aumentou
ligeiramente face a 2010, resultado de um ano com baixa
pluviosidade, tendo sido necessário uma maior utilização
de água para a rega, na recuperação paisagística das
pedreiras. Em resultado deste aumento, o índice específico também aumentou.
No que se refere à água superficial, o seu consumo diminuiu face a 2010. Como esta água é utilizada apenas para
arrefecimento de equipamentos, a diminuição do consumo
está relacionada com um menor tempo de funcionamento
dos moinhos de cimentos. É de salientar que esta água
depois de utilizada é restituída ao Rio Sado.
22
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Comparação do Volume Máximo Mensal Extraído com o
Valor Limite de Extracção (VL), por fonte de captação
Tanto a extracção de água subterrânea como a de água
superficial está sujeita a um valor limite (VL) de extracção
mensal, que não deverá ser ultrapassado. Apesar de, em
alguns meses, sobretudo nos meses de Verão, o valor
extraído estar muito próximo do valor limite, estes não
foram ultrapassados.
IV.4 Emissões atmosféricas
Potenciais Impactes
Ambientais Negativos:
Contribuição para o aumento de ozono
troposférico
Degradação da qualidade do meio receptor
(água/solo/ar)
Perturbação da flora, fauna e vida humana
g
Emissão de poluentes por
tonelada de Cimento Equivalente
Fornos
(Partículas, CO, NOx, SO2, HCl, HF e COT)
g
g
g
Contribuição para o aquecimento global
IV.4.1 Emissões fixas
As principais fontes fixas de emissão encontram-se
associadas aos fornos de clínquer e aos moinhos de
cimento e carvão, sendo susceptíveis de originar poluição,
no ambiente exterior à unidade fabril.
Para a monitorização das emissões de gases e partículas, a Fábrica encontra-se equipada com analisadores de
gases e opacímetros, que permitem efectuar medições
em contínuo aos vários poluentes provenientes dos fornos, fontes fixas de maior caudal.
Tal como se pode verificar nos gráficos à direita a emissão dos fornos, por tonelada de cimento equivalente,
manteve-se constante face ao ano anterior. Relativamente
aos moinhos de carvão e cimento, a emissão de partículas, por tonelada de cimento equivalente, diminuiu 64%
face ao ano anterior. Esta redução está relacionada com
a substituição de mangas dos filtros associados a estes
equipamentos.
Moinhos de carvão e cimento
(Partículas)
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
23
Percentagem de emissão de poluentes face ao VLE,
nos fornos
Para além dos fornos, também monitorizamos em contínuo as emissões de partículas dos moinhos de carvão e
cimento, que à semelhança dos fornos, cumprem os valores limite de emissão definidos na Licença Ambiental.
Percentagem de emissão de partículas face ao VLE,
nos moinhos de carvão e cimento
VLE - Valores Limite de Emissão (mg/Nm3)
Partículas: 20 | NOx: 800 | COT: 50 | SO2: 250
|
HCL: 10 | HF: 1
Em 2011, a maioria dos poluentes mantiveram uma emissão na mesma ordem de valores do ano anterior, tal como
de pode verificar nos gráficos acima. Apenas o HF teve
um aumento mais significativo, contudo, encontra-se
cerca de 80% abaixo do VLE.
Acresce-se ainda o facto de não terem sido excedidas as
60 horas permitidas por lei, tendo os valores ficado muito
aquém (máximo de 2 horas acima do VLE no COT do
forno 8).
Ao abrigo da Licença Ambiental, efectuamos anualmente a
monitorização pontual das emissões dos fornos, para um
conjunto de poluentes que não é possível monitorizar em
contínuo. Os resultados das duas campanhas efectuadas
encontram-se no quadro da página seguinte.
24
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Resultados da Monitorização Pontual dos Fornos - 2011
Campanha
Data
Dioxinas e furanos
(I-Teq) (ηg/Nm3)
Mercúrio
(mg/Nm3)
Soma Cd + Tl
(mg/Nm3)
Soma de Sb a V
(mg/Nm3)
2011|05|17
0,0065
0,0109
0,0010
0,0293
2011|05|18
0,0033
0,0044
0,0009
0,0139
2011|05|19
0,0034
0,0056
0,0009
0,0119
2011|10|11
0,0049
0,0090
0,0007
0,0492
2011|10|12
0,0057
0,0259
0,0007
0,0180
2011|10|13
0,0049
0,0244
< 0,0013
0,0115
2011|05|23
0,0023
0,0010
0,0011
0,0169
2011|05|25
0,0024
0,0011
0,0011
0,0343
2011|05|26
0,0025
0,0007
0,0017
0,0189
2011|11|15
0,0022
0,0010
< 0,0010
0,0225
2011|11|16
0,0022
0,0017
< 0,0011
0,0353
2011|11|17
0,0022
0,0022
< 0,0011
0,0203
0,1
0,05
0,05
0,5
Forno 8
1ª
2ª
Forno 9
1ª
2ª
Valores Limite de Emissão
Tal como se pode verificar, todos os valores se encontram abaixo dos VLE.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
25
IV.4.2 Emissões de CO2 | Responsabilidade Climática
Em resposta ao desafio das alterações climáticas, temos
vindo a desenvolver um conjunto de medidas no sentido
de reduzir as emissões específicas de CO2. Estas medidas passam pela redução da taxa de incorporação de
clínquer necessária ao fabrico de cimento, pelo aumento
do consumo de combustíveis alternativos e de matérias-primas descarbonatadas e pela diminuição do
consumo térmico específico.
Taxa de incorporação de clínquer
Temos vindo a promover a utilização de cimentos de
tipo II (cimentos compostos), em substituição dos cimentos
de tipo I, salvaguardando algumas situações excepcionais
em que se torna necessário assegurar a compatibilidade
com a aplicação específica. Desta medida resulta uma
menor intensidade de carbono do produto e um menor
consumo de energia eléctrica na operação de moagem.
Em 2011, o objectivo para a taxa de incorporação de
clínquer era, no máximo, de 75%, não tendo sido atingido,
tendo-se obtido o valor de 76,5%.
Foi estabelecido como objectivo estratégico Secil a redução em 15% até 2015 das emissões específicas de CO2
por tonelada de produto cimentício, tendo por base os
valores verificados em 1990, isto é, alcançar o valor de
637 kgCO2/t produto cimentício. Em 2011, conseguimos
alcançar a redução de 8%, inferior à alcançada em 2010
(10%), resultado do aumento das emissões específicas
de CO2 por tonelada de clínquer, motivadas pelo acréscimo de stock de coque, em comparação com o do ano
anterior.
26
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Relação entre as Emissões de CO2 por tonelada de
produto cimentício e a taxa de incorporação de clínquer
Valorização de resíduos como combustíveis
alternativos
O consumo de combustíveis alternativos tem vindo a
aumentar ao longo dos anos, trazendo consigo vantagens
ambientais ao nível da redução das emissões específicas
de CO2, diminuição do consumo de combustíveis fósseis
e diminuição da quantidade de resíduos que, de outra
forma, seriam depositados em aterro.
Em 2011, o objectivo era atingir 45% de substituição de
combustíveis alternativos, contudo a taxa de substituição
média anual foi de apenas de 36%. O motivo está
associado ao mix de combustíveis alternativos disponível
no mercado, às características físicas e químicas,
nomeadamente menor PCI (poder calorífico inferior) e um
maior teor em cloro (factor limitante da taxa de substituição
no 2º semestre do ano), relativamente aos combustíveis
tradicionais. A estes factores acrescem dificuldades na
alimentação destes combustíveis aos fornos e elevada
frequência de encravamentos de ciclones, que impedem,
muitas vezes, o consumo desejado.
Evolução do consumo de combustíveis alternativos
(em massa e em calor)
Contudo, consideramos que o desempenho foi positivo,
uma vez que a utilização de combustíveis alternativos tem
vindo a aumentar sucessivamente, tendo sido de 20%
face ao ano anterior.
Com o intuito de aumentar a taxa de substituição de combustíveis alternativos, está em curso o projecto “CA 70”,
cujo objectivo é criar as condições necessárias, nas fábricas Secil em Portugal, para se atingir 70% de substituição
de Combustíves Alternativos. Das acções contempladas
neste projecto, em 2011 foram concretizadas três acções:
a aquisição de dois novos queimadores para o forno 8;
a modificação da alimentação de pneus ao forno 9; e, o
updgrade da torre de ciclones do forno 8.
O objectivo estabelecido para 2012 é de 50%.
Projecto substituição 70% Combustíveis Alternativos
Neste projecto, que tem por objectivo atingir uma taxa de substituição de 70% em combustíveis
alternativos, existem 7 grupos de trabalho em várias áreas que irão desenvolver os temas e periodicamente apresentá-los aos restantes, a fim de se poderem tomar decisões, quer relativamente à
viabilidade técnica, quer à económica das várias soluções. Estão equacionadas todas as vertentes
inclusive a segurança e os licenciamentos. Os Grupos constituídos são os seguintes:
G1 Estudo da viabilidade económica e técnica da instalação de by-pass na Fábrica Secil-Outão,
Maceira-Liz e Cibra-Pataias;
G2 Estudo da viabilidade económica e técnica da instalação de Hot-disc/ Pré-calcinador na Fábrica
Secil-Outão e Maceira-Liz;
G3 Secagem de CDR e Lamas de ETAR;
G4 Oxy-fuels;
G5 Impacte na qualidade do clínquer e processo de fabrico pela utilização de 15% de Lamas de
Etar e 45 a 50% de CDR;
G6
Levantamento de riscos de segurança na utilização de Lamas de Etar e CDR derivados de
RSU;
G7 Actualização das Licenças Ambientais, de Exploração e de Instalação para 70% de taxa de
substituição de CA.
g
g
g
g
g
g
g
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
27
IV.4.3 Emissões difusas
As emissões difusas de partículas resultam principalmente
das operações de transporte, armazenagem e manuseamento das matérias-primas, combustíveis sólidos, clínquer e cimento. Devido às baixas temperaturas, altura e
velocidade com que são emitidas, assim como à sua granulometria, estas emissões têm maior incidência no interior da unidade fabril.
Ao longo de toda a cadeia de fabrico existe mais de uma
centena de equipamentos de despoeiramento (filtros de
mangas), desde a extracção até à ensacagem, que permitem a recolha das partículas e a sua reintrodução no
processo, sendo, desta forma, reutilizadas.
28
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
No sentido de diminuir/eliminar estas emissões, dispomos
de aspiradores industriais, cisternas de rega e varredoras
mecânicas. Além destes equipamentos, na época estival,
utilizamos o método de aspersão de água nos caminhos
por onde passa a frota de Pedreira.
Dispomos ainda de uma Rede de Monitorização da Qualidade do Ar, a qual permite monitorizar, em contínuo,
outros poluentes como o PM10, PM2,5, SO2, NO2, O3 e
CO. Esta rede de monitorização permite avaliar a eventual
influência das emissões de partículas da Fábrica na qualidade do ar ambiente da zona envolvente. Os resultados
dessa monitorização encontram-se na tabela seguinte, na
base anual.
Resultados da Monitorização da Qualidade do Ar - 2011
Estação
de monitorização
PM10
[µg/m3]
PM2,5
[µg/m3]
SO2
[µg/m3]
NO2
[µg/m3]
O3
[µg/m3]
CO
[µg/m3]
Quinta da Murteira
14
8
0,7
9
71
355
Hospital do Outão
28
8
2,6
13
65
277
São Filipe
a)
a)
2,9
7
72
154
Tróia
20
9
3,0
9
67
185
São Luís
13
5
1,2
67
a)
-
-
7
Valor Limite
40
28
20
40
a) – sem analisador para o poluente em questão
PM10, SO2 e CO – valores limite estipulados pelo Decreto-lei n.º 111/202, de 16 de Abril; O3 – valor limite estipulado pelo Decreto-lei
n.º 320/2003, de 20 de Dezembro; PM2,5 – valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
A rede não avalia de forma exclusiva o impacte das emissões difusas da Fábrica uma vez que, pela sua localização
as estações de monitorização da qualidade do ar medem
igualmente as emissões da rede viária e de outras unidades industriais da península de Setúbal.
Tal como se pode verificar no quadro anterior, os valores
médios anuais das emissões difusas não excederam os
limites legais em nenhum parâmetro.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
29
IV.5 Produção de resíduos
Potenciais Impactes Ambientais Positivos:
Aumento da disponibilidade de recursos
g
Potenciais Impactes Ambientais Negativos:
Contaminação do meio receptor natural
(água/solo/ar)
Ocupação de solo
g
g
A produção de resíduos na indústria cimenteira não é
significativa, estando directamente relacionada com obras
de investimentos realizados em cada ano nas instalações.
Os resíduos gerados são recolhidos e armazenados de
forma individualizada nos devidos locais (ecoparque e
parque da sucata), sendo estes, sempre que as suas
características o permitam, valorizados internamente.
Caso não seja possível a sua valorização interna, são
encaminhados para operadores licenciados para a sua
gestão, privilegiando-se as soluções de valorização, em
detrimento das soluções de eliminação pura e simples.
A quantidade de resíduos produzidos diminuiu 10% face
a 2010, tendo a percentagem global de resíduos valorizados aumentado para 94,7% (42,6% de valorização interna
e 52% de valorização externa).
No período compreendido entre 2009 e 2011, a produção
de resíduos representou, em média, cerca de 0,16% da
produção total de cimento.
2ESÓDUOSPRODUZIDOSENVIADOSPARADESTINOlNAL
2ESÓDUOSPRODUZIDOSENVIADOSPARADESTINOlNAL
30
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
No início de Julho de 2011 foi implementada uma nova
forma de gestão dos resíduos gerados na fábrica que,
até à data, eram valorizados energeticamente nos fornos
(mangas de filtros; trapos e desperdícios; papel de embalagem e polietileno dos pacotões).
Na sequência de uma parceria entre a Secil e a AVE, foi
possível estabelecer sinergias entre diversos operadores
de resíduos e, deste modo, levar a cabo uma estratégia
integrada de gestão na Fábrica.
Como aspectos positivos desta acção de melhoria, salientam-se os seguintes:
a) eliminação dos perigos e riscos associados à queima
dos resíduos nos fornos, uma vez que a introdução
dos resíduos, no queimador principal, era feita manualmente;
b) redução de custos directos associados a mão-de-obra,
equipamentos e transporte;
c) redução de custos indirectos, decorrentes da entrada
de ar falso no sistema.
Na qualidade de fabricante de produto embalado, cujas
embalagens não são reutilizáveis (sacos de papel e plástico), de entre as soluções previstas na lei vigente, optámos pela adesão a um Sistema Integrado de Gestão de
Resíduos de Embalagens (Certificado n.º 2012/0006051),
nomeadamente a Sociedade Ponto Verde, com quem
estabelecemos um contrato, em vigor desde 1998.
IV.6 Emissão de ruído para o exterior
Potenciais Impactes Ambientais Negativos:
Incomodidade
g
No âmbito da campanha de monitorização do ambiente sonoro, requerida na
Declaração de Impacte Ambiental (DIA),
foi realizado um estudo de ruído no final
de 2008, cujas conclusões referem que “actividade da
fábrica não apresenta impacte sonoro negativo significativo nos receptores sensíveis potencialmente mais afectados, cumprindo integralmente as disposições do Regulamento Geral do Ruído (RGR) durante o seu horário de
funcionamento”.
Novas medições do ruído serão realizadas em 2012.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
31
IV.7 Produção de águas residuais
Potenciais Impactes Ambientais Negativos:
Contaminação do meio receptor
natural (água/solo/ar)
Degradação da qualidade do meio
receptor (água/solo/ar)
g
g
O ano de 2010 e os primeiros meses de
2011 constituíram um marco importante no processo
de tratamento de águas residuais geradas na instala-
g
ção, na sequência das intervenções efectuadas nas
ETAR A (Refeitório), C (Balneários) e E (Fibroetar).
Com efeito, estas três instalações sofreram profundas
alterações nos seus diferentes órgãos, tendo em vista
a implementação do tratamento terciário dos efluentes,
condição necessária para o cumprimento dos requisitos
estabelecidos na Licença Ambiental.
Os resultados da monitorização das águas residuais efectuada em 2011 encontram-se nos pontos seguintes.
Análises laboratoriais dos efluentes das ETAR
Parâmetros
pH
Escala Sorensen
SST
mg/l
CBO5
mg/l O2
CQO
mg/l O2
Óleos e
gorduras mg/l
Coliformes fecais
UFC/100ml
VLE
ETAR A
ETAR C
ETAR E
MM
8,2
7,9
8,3
MD
8,5
8,3
8,6
MM | 60
MM
13,2
16,1
11,6
MD | 120
MD
110
140
150
MM | 40
MM
5,8
9,2
4,4
MD | 80
MD
10
25
10,0
MM | 150
MM
43,2
46,6
35,1
MD | 300
MD
90
140
81,0
MM | 15
MM
4,3
5,7
4,9
MD | 30
MD
8,0
30
29
VMR | 100
MM
1 681,3
610,9
1 074,2
VMA | 2000
MD
45 500
4 600
10 200
6,0 – 9,0
MM – Média mensal; MD – Máximo diário; VMR – Valor máximo recomendável; VMA – valor máximo admissível
32
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
ETAR A: A instalação apresenta uma boa capacidade
de tratamento para todos os parâmetros amostrados,
sendo que os valores médios registados para todos os
parâmetros são muito inferiores aos VLE. Ocorreram duas
situações pontuais de excedência de VLE, para o parâmetro Coliformes fecais resultado da necessidade de
intervenção para manutenção/limpeza do sistema de
bombagem/filtração do efluente do tratamento secundário, nas quais se teve de interromper pontualmente o
tratamento de filtração e desinfecção.
ETAR C: Observa-se um adequado desempenho do tratamento efectuado por esta instalação, relativamente a
todos os parâmetros amostrados. A ocorrência de uma
paragem, involuntária, da bomba que eleva a água residual, após tratamento secundário, para o Filtro de UV,
levou à utilização do overflow do respectivo tanque de
bombagem, originando apenas 1 dia de valores de SST
e de Coliformes fecais acima dos VLE estabelecidos.
Quando a referida bomba foi colocada em funcionamento
o tratamento voltou a apresentar valores da qualidade do
efluente final significativamente inferiores aos VLE estabelecidos.
No caso do pico nos óleos e gorduras, a Licença Ambiental define como limite máximo diário uma concentração de
30 mg/l, o que corresponde ao valor obtido, pelo que esta
não se configura uma situação de incumprimento. Será
um caso pontual excepcional que não resulta de nenhuma
anomalia, mas provavelmente apenas da variação típica
dos caudais de águas residuais.
ETAR E: A instalação apresenta uma boa capacidade de
tratamento para todos os parâmetros amostrados, sendo
que os valores médios registados para todos os parâmetros são muito inferiores aos VLE. Ocorreu a situação de
valores iniciais de coliformes fecais elevados devido ao
início da amostragem ter sido prévio ao início da desinfecção do efluente, situação que se resolveu assim que a
filtração e desinfecção UV entraram em funcionamento.
Os picos verificados no caso dos sólidos suspensos totais
e óleos e gorduras ocorreram sem que se tenham registado anomalias na ETAR tratando-se, por isso, de um caso
pontual isolado. As águas residuais apresentem gamas de
concentrações típicas, sendo a sua constituição sujeita a
variações.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
33
g
Análises laboratoriais dos efluentes do separador do Parque da Sucata (Ponto ES3)
VLE
1ª campanha
Jun|11
2ª campanha
Ago|11
3ª campanha
Set|11
4ª campanha
Nov|11
5ª campanha
Dez|11
SST mg/l
60
5,3
6,4
8,0
18
7,2
CQO mg/l O2
150
36
48
760 b)
45
41
Azoto total mg/l N
15
5,7
3,9
1,7
3,8
3,4
Hidrocarbonetos totais
mg/l
15
7
< 4 a)
< 4 a)
< 4 a)
< 4 a)
Ferro mg/l Fe
2,0
0,66
0,87
< 0,71 a)
0,67
0,36
Crómio mg/l Cr
2,0
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
Chumbo mg/l Pb
1,0
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
Cobre total mg/l Cu
1,0
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
Arsénio total mg/l As
1,0
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
Cádmio total mg/l Cd
0,2
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
0,05 a)
< 0,05 a)
Níquel total mg/l Ni
2,0
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
Mercúrio total mg/l Hg
0,05
< 0,015 a)
< 0,003 a)
< 0,003 a)
0,005
0,01
Fenóis mg/l C6H5OH
0,5
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
< 0,05 a)
Parâmetros
a) inferior ao limite de quantificação
b) acima do valor limite
34
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Nas cinco campanhas realizadas, os resultados evidenciam a conformidade dos parâmetros com os respectivos
valores limite de descarga, à excepção do valor de CQO,
obtido na amostragem do dia 29 de Setembro. Após análise da ocorrência e não existindo motivo aparente para
esta situação, agendou-se uma nova campanha no ponto
ES3, de acordo com a disponibilidade do laboratório (realizada em 25 de Novembro) e, intencionalmente, não se
procedeu a qualquer intervenção ou limpeza do separador
de hidrocarbonetos.
Atendendo aos resultados de CQO obtidos nas duas
campanhas seguintes (Novembro e Dezembro), classificou-se o valor de Setembro como “aberrante”, atribuindose a causa a uma eventual contaminação da amostra, por
razões alheias à SECIL. Por este motivo, não se considerou a situação como uma potencial emergência ambiental,
nem como não conformidade do SGA.
g
Monitorização da Temperatura na descarga
das águas de arrefecimento
Nos meses de Janeiro e Outubro procedeu-se à monitorização diária da temperatura do meio receptor, 30
metros a jusante do ponto de descarga EH6 – local de
rejeição de águas provenientes do circuito de refrigeração indirecto da Moagem II.
Em todas as medições efectuadas, a diferença de temperatura foi inferior aos 3ºC legislados.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
35
IV.8 Transporte
Potenciais Impactes Ambientais
Negativos:
Degradação da qualidade do meio
receptor (água/solo/ar)
Contaminação do meio receptor
natural (água/solo/ar)
Contribuição para o esgotamento
de reservas naturais não renováveis
g
g
g
Os materiais que produzimos (clínquer e cimento) podem
ser transportados até ao cliente final através do transporte rodoviário, ferroviário ou marítimo, quer para o
mercado nacional quer para o mercado internacional. Os
impactes resultantes desse transporte podem ser significativos (aumento da emissão de gases de escape e
da emissão difusa de partículas, aumento dos níveis de
ruído e do risco de ocorrência de acidentes rodoviários),
para além de poder representar uma fonte de perturbação para as populações vizinhas (no caso do transporte
rodoviário).
Consciente desta realidade, o nosso Departamento
Comercial privilegia, sempre que possível, o transporte
por via marítima ou ferroviária, em detrimento da via rodoviária, por razões ambientais e de afectação das populações das localidades situadas nas estradas actualmente
utilizadas.
36
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
A estratégia Secil de comercialização do produto foi reajustada, tendo em conta as capacidades instaladas e a
localização geográfica do mercado e das instalações. Na
Fábrica Secil-Outão, privilegiou-se o transporte marítimo
para responder ao mercado externo/exportação e ainda
e ao mercado ilhas e distribuição para os entrepostos.
Enquanto nas Fábricas Maceira-liz e Cibra-Pataias, privilegiou-se o mercado interno, razão pela qual a percentagem
de produto transportado pelas vias rodovia e ferrovia é
superior. Neste sentido, em 2011, a expedição de produto
via marítima voltou a aumentar, resultado do aumento da
exportação.
Expedição de Clínquer e Cimento
V
Emergências Ambientais
Em 2011 ocorreu uma emergência ambiental, resultado
de um incêndio numa pilha de estilha de madeira. Esta
situação de emergência foi reportada às entidades com-
petentes, nomedamente à CCDR-LVT, IGAOT e DRE-LVT,
no prazo legalmente estabelecido.
VI Comunicação com as Partes Interessadas
Colaboradores internos
Folheto Funâmbulo
O Funâmbulo é uma publicação, em formato de folheto,
com carácter trimestral, tem por objectivo divulgar/comunicar informação sobre várias temáticas na área da sustentabilidade, teve 4 publicações no ano de 2011:
N.º 4 – Estratégia de Optimização de Recursos Naturais
N.º 5 – Eficiência Energética
N.º 6 – Iniciativa para a Sustentabilidade no Cimento (CSI)
N.º 7 – EMAS - Sistema Comunitário de Ecogestão
e Auditoria
g
Comunidade
Reclamações Ambientais
Em 2011, na fábrica Secil-Outão, registaram-se duas
reclamações ambientais: uma devido a vibrações e uma
outra devido a fumos., ambas registadas e fechadas.
g
Pedidos de Parte Interessada
São considerados pedidos de parte interessada (PPI’s),
todos os tipos de pedidos de esclarecimento, informação ou cooperação, efectuados com indivíduos, grupos
ou entidades externos à organização, relacionados ou
influenciados pelo desempenho dos Sistemas de Gestão
de Qualidade, Ambiente e Segurança.
g
Em 2011 foram recebidos 8 PPI’s formais na Fábrica Secil-Outão de carácter ambiental decorrentes de projectos de
investigação/estudos:
· Pedidos de colaboração para estudos/teses e inquéritos;
· Esclarecimento sobre o tema dioxinas e furanos;
· Pedidos de dados vários;
· Visitas de Estudo
Considerando os pedidos de visitas de estudo solicitadas
por diversas escolas e instituições ou outras associações,
durante o ano de 2011, na Fábrica Secil-Outão foram
recebidos 1 024 visitantes.
Semana de Portas Abertas
A 9ª edição da Semana de Portas Abertas decorreu entre
nos dias 2, 3, 9 e 10 de Julho de 2011 e contou com a
presença de 346 visitantes. Esta edição, além de focar
as actividades da fábrica, incidiu fortemente na sua envolvente, na Serra da Arrábida e na política de preservação
da fauna e flora deste local.
Foi possível aos visitantes, interagirem com equipamentos
multimédia para informação detalhada sobre a Biodiversidade promovida pela Secil, e perceberem qual o sentido
e evolução da sistemática recuperação paisagística das
pedreiras.
Foram, ainda, como habitual, feitas visitas guiadas às
instalações. Este ano foi introduzida uma novidade, em
que os participantes tiveram a oportunidade de fazer uma
viagem de barco, que conduziu os participantes num
pequeno percurso náutico, que teve a Arrábida e a Secil
como cenário, permitindo a visualização da recuperação
em curso na pedreira.
g
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
37
Comissão de Acompanhamento Ambiental
Em 2011 foram realizadas 5 reuniões na Fábrica SecilOutão.
Os resultados obtidos até agora com o funcionamento
deste mecanismo podem considerar-se muito positivos,
na medida em que a Empresa passa a deter um processo
regular de escuta e acolhimento de preocupações e
comentários de elementos da chamada sociedade civil
que, num clima de grande franqueza e cooperação,
ajudam a introduzir melhorias nas fábricas e elevar o
padrão de reporte e de disponibilização de informação ao
público, o que acaba por aumentar o nível de confiança
das organizações e da população na nossa actuação.
Entre os vários temas abordados nas reuniões na fábrica
Secil-Outão, destacam-se a apresentação e discussão
dos Aspectos Ambientais – apreciação da CAA,
apresentação dos Relatórios de Ambiente e Segurança,
abordagem do tema “Gestão dos Resíduos em Portugal”,
apresentação da Semana de Portas Abertas 2011, análise
do Impacto das taxas de substituição nos Transportes de
Combustíveis, entre outros.
g
Prémios Europeus de Ambiente
A Secil foi premiada
com o “European Business Awards for the
Environment – Prémio
de Inovação para a
Sustentabilidade”, na categoria de Gestão com a candidatura “Gestão da Sustentabilidade na Secil”.
No passado dia 28 de Novembro realizou-se a cerimónia
de entrega do Prémio, sendo assim reconhecida à Secil
a excelência da sua gestão ambiental, em que incorpora
a sustentabilidade em toda a sua actuação, desde
a estratégica até à operacional, e em todos os seus
processos.
Com esta distinção na categoria Gestão, a Secil candidatase à final europeia dos “European Business Awards for the
Environment” (EBAE) a realizar-se em meados de 2012. O
Prémio de Inovação para a Sustentabilidade é uma iniciativa da Comissão Europeia, cuja organização está a cargo
g
38
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
da Agência Portuguesa do Ambiente, que pretende reconhecer e promover empresas e organizações que dão um
contributo relevante para o Desenvolvimento Sustentável,
no qual Portugal participa pela segunda vez.
Este Prémio é de elevada relevância uma vez que conta com
a contribuição de várias entidades oficiais e da sociedade
civil e é constituído por um júri independente representante
de destacadas entidades ligadas à sustentabilidade e ao
meio empresarial, com exigentes critérios de avaliação.
Esta conquista é resultado do empenho, trabalho e dedicação de todos os colaboradores internos que intervêm
no processo de concepção, implementação e controlo
dos Sistemas de Gestão Ambiental.
Brochura VALORIZAR - A Secil e a Arrábida
Esta brochura descreve a ligação profunda entre a Secil
e a Serra da Arrábida, salientando a forma como se têm
estudado os ecossistemas da Arrábida, de forma a gerir e
valorizar este património inigualável.
Encontra-se representado, em forma gráfica, o desempenho ambiental da fábrica, demonstrando-se os esforços
para respeitar a definição de políticas, e implementação
dos procedimentos operacionais.
g
Outras Publicações e intervenções Científicas
A validação de uma verdadeira política científica é obtida
através da apresentação de inúmeras publicações e intervenções realizadas pelos investigadores associados aos
projectos. Assim, os artigos e comunicações sobre emissões atmosféricas, biodiversidade e modelos de integração, apresentados em diversos eventos científicos nacionais e internacionais, têm sido expostos ao escrutínio de
diversos especialistas das respectivas áreas.
Salientam-se os artigos sobre emissões de metais,
dioxinas e furanos, publicados na revista Elsevier em
2011: “Emissions of metals and Polychlorinated dibenzo
(p) dioxin and furan (PCDD/Fs) from Portland cement
manufacturing plants: Inter-kiln variability and dependence
on fuel types.” E “Polychlorinated dibenzo (p) dioxin and
furan (PCDD/F) congener profiles in cement kiln emissions
and impacts”.
g
VII Novos diplomas legais e acções implementadas
Da legislação ambiental publicada em 2011,
destacam-se os seguintes como os mais relevantes para a actividade.
Implementado
Pendente (por entidades externas)
Decreto – Lei n.º 6/2011
de 10 de Janeiro
Com plano de acções a decorrer
Adapta o registo das emissões e transferências de poluentes ao regime de prevenção e controlo integrados da poluição, procedendo à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 127/2008,
de 21 de Julho.
Este diploma pretende dar execução a uma medida de simplificação administrativa que permite ao operador apresentar à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) relatórios, dados ou
informações relativos à monitorização das emissões da instalação por que é responsável, em
cumprimento de diferentes regimes jurídicos, através de um relatório único que lhe permita dar
cumprimento a todas as obrigações que lhe são imputáveis.
Permite-se, assim, ao operador o recurso ao relatório único, num único momento, o que significa uma diminuição dos seus encargos administrativos. Além disso, a alteração de datas
de reporte, que agora se adopta, permite ao operador ter o formulário previamente semi-preenchido e reportar, junto da APA, apenas a informação que ainda não tenha sido reportada.
Evita-se, assim, o desfasamento ao longo do ano de reporte de informação, visando-se a
simplificação do processo de resposta, bem como o processo de tratamento dos respectivos
dados por parte da administração.
Os formulários PRTR de 2010, de cada instalação, foram submetidos dentro dos prazos definidos pela
APA.
A submissão dos formulários corresponde à primeira fase de cinco fases PRTR: Fase 2: avaliação da
informação comunicada pela autoridade competente PRTR; Fase 3: correcções ou esclarecimentos
necessários solicitados pela autoridade competente e comunicados pelo operador; Fase 4: finalização
do registo PRTR; Fase 5: comunicação europeia.
Neste momento todos os formulários encontram-se na Fase 2.
Decreto – Lei n.º 56/2011
de 21 de Abril
Estabelece o regime aplicável a determinados gases fluorados com efeito estufa, assegurando
a execução do Regulamento (CE) n.º 842/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17
de Maio, e dos respectivos regulamentos de desenvolvimento.
Até ao dia 31 de Março de cada ano, os operadores comunicam à APA, através do Sistema
Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA), os dados referidos no
presente requisito, relativos ao ano civil anterior.
No âmbito deste DL foi incluído no requisito de compra do serviço de manutenção de equipamentos
contendo gases fluorados com efeito de estufa a necessidade de certificação dos técnicos por organismos autorizado pela APA.
Decreto-lei n.º 73/2011 de
17 de Junho
Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, transpõe a Directiva
n.º 2008/98/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Novembro, relativa aos resíduos,
e procede à alteração de diversos regimes jurídicos na área dos resíduos
Este DL prevê a aprovação de programas de prevenção e estabelecem-se metas de reutilização,
reciclagem e outras formas de valorização material de resíduos, a cumprir até 2020.
No âmbito do mercado organizado de resíduos (MOR), este é alargado aos subprodutos, materiais
reciclados e resíduos perigosos. Esta medida confere uma maior versatilidade ao MOR e facilita e
potencia a valorização de outro tipo de resíduos.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
39
No domínio das actividades de gestão de resíduos, o presente decreto-lei vem, por um lado, tornar
mais clara a distinção entre armazenamento preliminar de resíduos antes da recolha e o armazenamento antes do tratamento. Esta distinção traz como vantagem clarificar que os estabelecimentos
ou empresas que produzam resíduos no âmbito das suas actividades não são sujeitos a licenciamento para o armazenamento dos mesmos antes da recolha.
Por outro lado, adopta medidas de simplificação administrativa ao isentar de licenciamento um
conjunto de actividades específicas de valorização de resíduos, concretizando-se, ainda, o conteúdo mínimo das normas técnicas necessárias para que outras actividades possam também vir a
beneficiar dessa isenção.
Em matéria de transporte de resíduos, é introduzida a guia de acompanhamento de resíduos
electrónica (e-GAR). A introdução desta guia tem como vantagens tornar mais fiável o sistema de
acompanhamento de transporte de resíduos, desmaterializando e simplificando de forma significativa o procedimento de registo e controlo da informação relativa a esta actividade.
Estabelecem-se requisitos para que substâncias ou objectos resultantes de um processo produtivo possam ser considerados subprodutos e não resíduos. São ainda estabelecidos os critérios
para que determinados resíduos deixem de ter o estatuto de resíduo. Estes mecanismos decisórios apresentam evidentes vantagens para os operadores económicos e para a economia em
geral, desonerando e simplificando as formas de aproveitamento das substâncias, objectos ou
produtos em causa.
É introduzido o mecanismo da responsabilidade alargada do produtor. Esta abordagem da gestão
de resíduos tem em conta o ciclo de vida dos produtos e materiais e não apenas a fase de fim
de vida, com as inerentes vantagens do ponto de vista da utilização eficiente dos recursos e do
impacte ambiental. A este respeito, aproveita-se ainda para tornar mais eficaz a acção da Agência
Portuguesa do Ambiente (APA) ao nível do acompanhamento do desempenho das entidades gestoras de sistemas integrados de fluxos específicos de resíduos.
Finalmente, ao nível dos resíduos perigosos, tornam-se mais claras as disposições em matéria de
tratamento de resíduos constantes da Directiva n.º 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro,
designadamente quanto a operações de mistura. No que concerne, em particular, à gestão de
óleos usados, actualizam-se os objectivos nacionais para a gestão dos mesmos, com destaque
para a prioridade atribuída à regeneração.
Este Decreto-lei não teve implicações directas para a SECIL.
Regulamento (EU)
1193/2011 de 18 de
Novembro de 2011
O presente regulamento diz respeito às licenças de emissão criadas para o período de comércio
de licenças de emissão da União Europeia com início em 1 de Janeiro de 20 13 e períodos subsequentes.
Todas as contas RPLE, relativas às três fábricas de cimento, encontram-se conforme o disposto do
Regulamento.
Decisão da Comissão
n.º 2011/278/CE de
27 de Abril
40
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Determinação das regras transitórias da União relativas à atribuição harmonizada de licenças de
emissão a título gratuito nos termos do artigo 10.º-A da Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho.
O artigo 10.º -A da directiva dispõe que, ao nível da EU, as regras harmonizadas de atribuição de
licenças de emissão a título gratuito devem, na medida do possível, estabelecer parâmetros de
referência que assegurem que essa atribuição de licenças de emissão a título gratuito se processe
de uma forma que incentive reduções das emissões de gases com efeito de estufa e técnicas
energéticas eficientes, não devendo incentivar o aumento das emissões.
Na definição dos princípios de fixação de parâmetros de referência nos vários sectores ou subsectores, o ponto de partida foi a média dos resultados dos 10 % de instalações mais eficientes de
um determinado sector ou subsector na UE, durante o período de 2007- 2008. Os parâmetros de
referência foram calculados relativamente aos produtos e não aos factores de produção, a fim de
maximizar a redução das emissões de gases com efeito de estufa e as economias em termos de
eficiência energética através de cada processo produtivo do sector ou subsector em causa.
No âmbito desta Decisão devem ser recolhidos dados dos operadores para determinação das
licenças de emissão gratuitas a atribuir anualmente no período de 2013-2020. Estes dados só
poderão ser aceites pela Autoridade Competente quando considerados satisfatórios pelos Verificadores.
Para o efeito, foram aprovados pelos Estados-Membros, em reunião do Climate Change Committee de 14 de Abril de 2011, um formulário, em Excel, para recolha de dados que é suportado
por um outro formulário, em Word, para descrição, pelo operador, da metodologia utilizada para
esse fim.
Os formulários foram submetidos à APA dentro dos prazos definidos. Salienta-se que, o montante
determinado por esta metodologia é preliminar, estando sujeito à aplicação de um factor de correcção
trans-sectorial caso o montante total de alocações gratuitas exceda o montante máximo previsto no
art. 10º(5) da directiva CELE.
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
41
VIII Programa de Melhoria 2012
De seguida apresentam-se as acções de melhoria introduzidas no Programa de Melhoria e que serão desenvolvidas a
partir de 2012.
ID
Aspecto/ impacte
ambiental
1
Emissões atmosféricas
Degradação da qualidade do
meio receptor (água/solo/ar)
Objectivo
Meta
Redução das emissões
específicas de NOx.
Reduzir a emissão de NOx
para Valores Médios Diários
inferiores a 500 mg/Nm3.
Controlo do “NH3 split”
inferior a 50 mg/Nm3.
Perturbação da flora, fauna e
vida humana
2
Melhoria dos Sistemas de Rega
associados à recuperação
paisagística.
Biodiversidade
3
Reabilitação de habitats
naturais
Melhoria e recuperação
dos viveiros associados à
recuperação paisagística.
Implementação de novos
sistemas de rega nas
áreas a recuperar em 2012
previstas no Triénio 20112013.
Implementação e/ou
melhoria de um conjunto de
acções.
Designação da
Acção de Melhoria
Optimização da operação do
SNCR.
AM 16/12
Prazo: Dez | 12
Optimização dos sistemas de
rega.
AM 02/12
Prazo: Fev | 13
Recuperação e optimização dos
viveiros.
AM 03/12
Prazo: Dez | 12
4
5
Responsabilidade/
Sensibilização
Consumo de Água
Redução das reservas
hídricas
Avaliar o desempenho
ambiental dos Prestadores
de Serviços tendo por base
o modelo de competências
definido.
Caderneta distribuída a
todos os PS.
Implementação da caderneta do
Empreiteiro.
(dentro da fábrica)
AM 11/12
Gestão da rede de água
potável.
Consumo de água da rede
pública.
Racionalização do consumo de
água potável.
Racionalização do consumo
de água potável.
Prazo: Dez | 13
Levantamento da rede de
consumo de água potável na
fábrica e adaptação/optimização
para utilização da água.
AM 15/12
Prazo: Dez | 12
42
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
IX Glossário
APA
l
Agência Portuguesa do Ambiente.
Aspecto ambiental l Elemento das actividades, serviços ou produtos da organização que pode interagir com o ambiente.
Biodiversidade l Descreve a riqueza e a variedade do mundo
natural; compreende a diversidade de organismos de uma mesma espécie, entre espécies e ecossistemas. Também designada
por diversidade biológica.
Biomassa l Matéria vegetal proveniente da agricultura ou da
silvicultura, que pode utilizar-se como combustível para efeitos de recuperação do teor energético. Incluem-se nesta definição, desde que utilizados como combustível, os seguintes
resíduos:
– os resíduos vegetais provenientes da agricultura e da silvicultura que não constituam biomassa florestal ou agrícola;
– os resíduos vegetais provenientes da indústria de transformação de produtos alimentares, se o calor gerado for recuperado;
– os resíduos vegetais fibrosos provenientes da produção de pasta virgem e de papel, se forem co-incinerados no local de produção e o calor gerado for recuperado;
– os resíduos de cortiça;
– os resíduos de madeira, com excepção daqueles que possam
conter compostos orgânicos halogenados ou metais pesados
resultantes do tratamento com conservantes ou revestimento,
incluindo, em especial, os resíduos de madeira provenientes de
obras de construção e demolição.
CBO5 l Carência Bioquímica de Oxigénio. Parâmetro que mede o
potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio
receptor, causado pela oxidação bioquímica dos compostos orgânicos.
CCDR-LVT l Comissão de Cordenação e Desenvolvimento
Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
CELE
l
mo dos recursos naturais necessários para a produção daquele
constituinte principal.
CimEq l Cimento Equivalente – Factor utilizado para calcular as
quantidades equivalentes de cimento se todo o clínquer produzido fosse moído para produzir mais cimento. É calculado da seguinte forma:
CimEq = Clk produzido(t) + Clk expedido(t)/Taxa de incorporação
de clk(%).
Clk – Clínquer l Rocha artificial resultante da cozedura das matérias-primas, que constitui o principal componente do cimento.
Co-incineração
l
ver Valorização Energética.
Combustíveis alternativos l Qualquer resíduo industrial resultante de um processo produtivo que, pelas suas características
físicas, químicas e poder calorífico, pode ser utilizado como combustível, substituindo a utilização de combustíveis fósseis.
Combustíveis fósseis l Combustíveis não renováveis resultantes
do processo lento de decomposição das plantas e dos animais.
Existem três grandes tipos de combustíveis fósseis: o carvão,
o petróleo e o gás natural. Uma vez esgotados, não é possível
substituí-los, razão por que se consideram não renováveis.
COT
l
Carbono Orgânico Total.
CQO l Carência Química de Oxigénio. Parâmetro que mede o
potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio
receptor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos.
Desenvolvimento sustentável l Desenvolvimento que satisfaz
as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade
de as gerações vindouras satisfazerem as suas próprias necessidades.
Comércio Europeu de Licenças de Emissão.
Cimentos compostos l Cimentos com taxas de incorporação
de clínquer mais reduzidas (65%-79%), cuja taxa de incorporação
de materiais secundários é maior (21%-35%). Como requerem
menores quantidades de clínquer, são cimentos mais favoráveis
do ponto de vista ambiental, porque permitem reduzir o consu-
Dioxinas e Furanos l Todas as policlorodibenzo-p-dioxinas
(PCDD) e os policlorodibenzofuranos (PCDF) enumerados no
anexo I do Decreto-Lei n.º 85/2005. São compostos orgânicos
altamente tóxicos, pouco solúveis, em água, com elevada persistência no ambiente acumulando-se nas gorduras e bioacumulando-se ao longo da cadeia alimentar; provenientes sobretudo de
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
43
reacções químicas que envolvam a combustão de substâncias
cloradas e cujos principais efeitos incluem maior susceptibilidade a infecções, cancro, defeitos congénitos, e atraso no crescimento das crianças. As suas emissões são expressas em I-TEQ
(Equivalente Tóxico Internacional).
DRE-LVT
Tejo.
l
HCl
HF
Ácido Clorídrico.
l
Ácido Fluorídrico.
l
IGAOT l
Território.
Inspecção Geral de Ambiente e Ordenamento do
Direcção Regional de Energia de Lisboa e Vale do
Dióxido de Carbono (CO2) l Um dos principais produtos da
combustão de combustíveis fósseis. O dióxido de carbono é um
gás com efeito de estufa (greenhouse gas) que contribui para o
potencial aquecimento global.
Impacte ambiental l Qualquer alteração no ambiente, adversa
ou benéfica, resultante total ou parcialmente, das actividades,
produtos ou serviços da organização.
Eco-eficiência l Conceito empresarial que visa acrescentar mais
valor, utilizando menos materiais e energia e provocando um menor impacte ambiental.
Licença Ambiental l Decisão escrita que visa garantir a prevenção e o controlo integrados da poluição proveniente das instalações, estabelecendo as medidas destinadas a evitar, ou se tal
não for possível, a reduzir as emissões para o ar, a água e o solo,
a produção de resíduos e a poluição sonora. Este documento é
emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente.
Eficiência energética l A eficiência energética pode definir-se
como a optimização que podemos fazer do consumo de energia.
Matérias-primas naturais l Matérias-primas utilizadas tradicionalmente no processo de produção (calcário, marga e areia).
EMAS l Eco-management and Audit Scheme (Sistema Comunitário de Eco-Gestão e Auditoria) – Regulamento (CE) n.º
1221/2009, de 25 de Novembro, que revoga o Regulamento
(CE) n.º 761/2001 e as Decisões 2001/681/CE e 2006/193/Ceda
Comissão.
Matérias-primas secundárias l Qualquer resíduo industrial resultante de um processo de produção, que, pelas características
físico-químicas, possa ser utilizado em substituição de matériasprimas primárias.
Emissão difusa l Emissão que não é feita através de uma chaminé, incluindo as fugas e as emissões não confinadas para o ambiente exterior, através de janelas, portas e aberturas afins, bem
como de válvulas e empanques.
ETAR
l
Estação de tratamento de águas residuais.
Fauna l É o termo colectivo usado para designar a vida animal
de uma determinada região ou período de tempo.
Filtro de mangas l Equipamento destinado a filtrar os gases
resultantes de um processo industrial, através de um conjunto
de mangas (algodão, poliéster ou Teflon), onde as partículas de
pequenas dimensões ficam retidas.
Flora l É o conjunto das espécies de plantas (geralmente, apenas as plantas verdes) características de uma região.
44
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
Metais pesados l Elementos químicos nos quais se incluem:
Cd – Cádmio, Hg – Mercúrio, As – Arsénio, Ni – Níquel,
Pb – Chumbo, Cr – Crómio, Cu – Cobre, Tl – Tálio, Sb – Antimónio,
Co – Cobalto, Mn – Manganês e V – Vanádio.
MTD – Melhor Técnica Disponível l Técnica mais eficaz para
alcançar um nível geral elevado de protecção do ambiente no seu
todo.
NH3
NOx
Amónia.
l
l
Óxidos de Azoto.
Partes Interessadas l Também designados por partes interessadas ou intervenientes, referem-se a todos os envolvidos num
determinado processo, por exemplo, clientes, colaboradores,
investidores, fornecedores, comunidade etc. O sucesso de uma
empresa passa pela participação das suas partes interessadas
e, por isso, é necessário assegurar que as suas expectativas e
necessidades são conhecidas e consideradas pela mesma.
PM10 l Partículas em suspensão susceptíveis de passar através de uma tomada de ar selectiva, tal como definido no método
de referência para amostragem e medição de PM10, Norma EN
12341, com uma eficiência de corte de 50% para um diâmetro
aerodinâmico de 10 µm.
Produtos cimentícios l Equivale a todo o clínquer produzido
mais todos os materiais utilizados na moagem de cimento.
Recursos não renováveis l Recursos que existem em quantidades fixas em vários lugares da crosta terrestre e têm potencial
para renovação apenas por processos geológicos, físicos e químicos que ocorrem em centenas de milhões de anos. O carvão e
outros combustíveis fósseis são não-renováveis.
Recursos renováveis l Recursos que potencialmente podem
durar indefinidamente, sem reduzir a oferta disponível porque são
substituídos por processos naturais.
Regime geral l Regime de funcionamento dos fornos quando
estão a consumir apenas combustíveis fósseis tradicionais.
Regime co-incineração l Regime de funcionamento dos fornos quando estão a consumir combustíveis alternativos, além dos
combustíveis fósseis tradicionais.
Resíduo l Qualquer substância ou objecto de que o detentor se
desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer.
RIB - Resíduo industrial banal l O resíduo que esteja isento de
substâncias consideradas perigosas, como os resíduos florestais,
as farinhas animais, os pneus, os plásticos, os desperdícios de
papel e cartão, entre outros.
RIP - Resíduo industrial perigoso l O resíduo que apresente,
pelo menos, uma característica perigosa para a saúde ou para o
ambiente, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de
Resíduos.
sobrevivência e conforto da sociedade em geral. Podem ser renováveis, como a luz do Sol, o vento, os peixes, as florestas, ou
não-renováveis, como o petróleo.
SNCR l Selective Non-Catalytic Reduction. Processo utilizado
na redução das emissões de NOx, que consiste na injecção de
amónia nos gases de saída do forno.
SO2
l
Dióxido de Enxofre.
SST l Sólidos Suspensos Totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido.
Unidades de Medida l m – metro (SI); kg – quilograma (SI); s
– segundo (SI); J – Joule, unidade de energia (1 J = kg.m2/s2);
W – Watt, unidade de potência (1W = 1 J/s); kWh – Kilowatthora,
unidade de energia, corresponde à quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência de 1Watt (W) pelo
período de 1h (1 kWh= 3,6x106 J = 3,5 MJ); cal – caloria (1 cal
= 4,1868 kJ) – unidade de energia, corresponde à quantidade de
calor (energia) necessária para elevar em 1 grau Célsius temperatura de 1 g de água.
Valor A l Correspondente à entrada/impacte anual total no domínio em causa.
Valor B
ção.
Valor R
l
l
Correspondente à produção anual total da organiza-
Correspondente ao rácio A/B.
VLE – Valor limite de emissão l Concentração e / ou o nível
de uma emissão que não deve ser excedido durante um ou mais
períodos determinados.
Valorização energética l Operação de valorização de resíduos,
em que estes substituem os combustíveis fósseis. No caso do
processo de fabrico de cimento, os resíduos são introduzidos no
forno como combustível alternativo.
Recursos naturais l Elementos da natureza com utilidade para
o homem, cujo desenvolvimento tem o objectivo da civilização,
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
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Declaração do Verificador Ambiental
sobre as Actividades de Verificação e Validação
A APCER – Associação Portuguesa de Certificação, com o número de registo de verificador ambiental EMAS PT-V-0001 acreditado ou autorizado para o âmbito “Exploração de Pedreiras e Fabricação
de Cimento” (Código NACE: 23.51) declara ter verificado se a Fábrica SECIL-Outão, tal como indicada
na declaração ambiental actualizada da organização SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
com o número de registo PT 000073 cumpre todos os requisitos do Regulamento (CE) n.º 1221/2009
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro de 2009, que permite a participação
voluntária de organizações num sistema comunitário de ecogestão e auditoria (EMAS).
Assinando a presente declaração, declaro que:
- a verificação e a validação foram realizadas no pleno respeito dos requisitos do Regulamento (CE)
n.º 1221/2009;
- o resultado da verificação e validação confirma que não existem indícios do não cumprimento dos
requisitos legais aplicáveis em matéria de ambiente;
- os dados e informações contidos na declaração ambiental actualizada da Fábrica SECIL-Outão
reflectem uma imagem fiável, credível e correcta de todas as actividades, no âmbito mencionado na
declaração ambiental.
O presente documento não é equivalente ao registo EMAS. O registo EMAS só pode ser concedido
por um organismo competente ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1221/2009. O presente documento
não deve ser utilizado como documento autónomo de comunicação ao público.
Leça da Palmeira, 23 de Maio de 2012
Eng.º José Leitão                                                      Eng.ª Helena Pereira
(CEO)                                                                      (Verificador)
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011
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SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
www.secil.pt
Declaração Ambiental l Fábrica Secil l Outão l 2011

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