Paginação Relatório Secil 2005

Transcrição

Paginação Relatório Secil 2005
Relatório de Sustentabilidade 2005
Empresa relatora do presente documento
SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
Capital: 264 600 000 Euros
Sede: Outão – SETÚBAL
Contribuinte nº 500 243 590
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
1.
Visão e Estratégia
5
1.1
Visão, Missão, Valores e Estratégia
6
1.2
O Desafio do Desenvolvimento Sustentável
na Estratégia do Grupo SECIL
2.
Perfil
11
2.1
Perfil Organizacional
12
2.2
Perfil do Relatório
21
2005
Índice
8
2.3
Âmbito do Relatório
22
3.
Estrutura e Governação
23
3.1
Estrutura de Governação
24
3.2
Participação das Partes Interessadas
27
3.3
Políticas Abrangentes e Sistemas de Gestão
32
4.
Indicadores de Desempenho
37
4.1
Desempenho Económico
38
4.2
Desempenho Ambiental
40
4.3
Desempenho Social
57
5.
Objectivos Estratégicos para o Período 2005-2010
67
Grelha dos Indicadores
69
Glossário
75
3
Sobre o Relatório
Este é o primeiro Relatório de Sustentabilidade do Grupo SECIL, relativo à
actividade desenvolvida nas fábricas de cimento que laboram em Portugal, e
surge como uma evolução natural do Relatório Ambiental e Social que a
Empresa tem vindo a publicar desde 1999, juntamente com o Relatório e
Contas.
Através desta publicação, a SECIL pretende formalizar a sua atitude face às
questões económicas, ambientais e sociais e divulgar, de forma clara e transparente, o desempenho da sua actividade.
Também disponível em www.secil.pt
Visão e Estratégia
1
1.1. Visão, Missão, Valores e Estratégia
VISÃO E
ESTRATÉGIA
A nossa Missão
No Grupo SECIL, trabalhamos para fornecer soluções e serviços de elevada qualidade na área
do cimento e materiais de construção, de modo compatível com um desenvolvimento sustentado, gerando valor acrescentado para Accionistas, Clientes, Colaboradores e demais partes interessadas.
Os Valores em que Acreditamos
Como Grupo Empresarial, e como indivíduos, temos como princípio orientador fundamental a
EXCELÊNCIA, presente, tanto no nosso comportamento perante Clientes, Accionistas,
Colaboradores e demais partes interessadas, como na procura constante da satisfação das
necessidades e expectativas destes. A qualidade dos nossos produtos e serviços e os fortes
valores sociais e ambientais em que acreditamos determinam o nosso próprio desenvolvimento económico enquanto Grupo.
A RESPONSABILIDADE é um dos valores mais importantes para nós, uma vez que o valor entregue ao Cliente do Grupo depende da responsabilidade de cada Colaborador que, na nossa realidade Empresarial, se traduz na definição clara e objectiva da sua função e dos seus objectivos, devidamente alinhados com os objectivos estratégicos do Grupo. Mas este valor aplica-se
também na nossa conduta perante os próprios Colaboradores, Comunidades Locais e demais
partes interessadas.
A QUALIDADE e INOVAÇÃO são outros valores sempre presentes no nosso Grupo, constituindo
um exemplo na Indústria Portuguesa.
O Grupo SECIL dá valor ainda à TRANSPARÊNCIA das suas actividades, através de uma política de comunicação e diálogo com todas as partes interessadas, promovendo, junto dos seus
Fornecedores e Clientes e de todas as partes interessadas, a adopção de práticas coerentes
com a sua política de negócio, ambiental e social.
A Visão que temos para o Grupo SECIL
O Grupo SECIL pretende ser um grupo internacional de cimento e materiais de construção, de
referência em qualidade e custos, com elevada rentabilidade e um comportamento social e
ambiental exemplar.
A nossa Estratégia
A Estratégia do Grupo foca-se em três pilares:
RENTABILIDADE, numa perspectiva de continuar a gerar mais valor para o Accionista e
para todas as partes interessadas;
CRESCIMENTO, de modo a ganhar mais volume e posicionamento no mundo global
e plano;
SUSTENTABILIDADE, gestão do equilíbrio entre responsabilidade social, respeito pelo
ambiente e prosperidade económica.
6
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2005
Em termos de RENTABILIDADE, acreditamos que a criação de valor enquanto Grupo
Empresarial está intimamente ligada com a delegação de competências e a criação de centros
de resultados com autonomia de decisão, tão fundamentais para nós, de modo a permitir criar
uma estrutura internacional mais sólida e coesa, onde se dê primazia à eficiência, ao rigor e à
obtenção de sinergias.
Para fazer face às nossas ambições de CRESCIMENTO, é essencial termos uma postura constante e contínua na procura de novas oportunidades, essencialmente nos mercados mediterrâneos, que estão (geograficamente) e são (culturalmente) mais próximos de nós, Portugal e
Portugueses. Contudo, é necessário garantir escoamentos estáveis, intervindo através de
acções directas nesses e noutros mercados, como seja o desenvolvimento de uma política de
moagens em mercados específicos a determinar, e estarmos sempre atentos a novas oportunidades globais para instalações fabris.
No que toca à natureza do nosso negócio central – CIMENTO, é fundamental que a nossa estratégia de negócio contemple uma estratégia forte no que diz respeito aos canais de distribuição
dos mercados a jusante do Cimento, principalmente no espaço Ibérico, e potencie a utilização
do cimento branco junto do mercado.
Como aspecto fundamental da nossa prática relacionada com a SUSTENTABILIDADE, apostamos essencialmente nos conceitos de racionalização e respeito, mais concretamente na utilização de combustíveis alternativos como forma de reduzir as emissões de CO2, na redução da
taxa de incorporação de clínquer, através da adição de matérias-primas secundárias, de modo
a conseguirmos uma exploração mais racional dos nossos recursos naturais, no forte apoio e
participação nas actividades das comunidades locais onde estamos instalados, numa política
de acção social junto dos nossos Colaboradores, suas famílias e entidades locais.
7
1.2. O Desafio do Desenvolvimento Sustentável
na Estratégia do Grupo SECIL
Sustentabilidade do Universo SECIL: A partida, o caminho já percorrido
e a melhoria contínua rumo à garantia do futuro dos que nos seguem
e que em nós confiam.
O Grupo SECIL, nomeadamente na sua componente cimenteira, tem
cumprido um percurso de actuação ambientalmente responsável, iniciado no Outão, já desde a década de 60, data do primeiro estudo de
recuperação paisagística das pedreiras.
Ao longo das décadas de 70 e 80, em qualquer das três fábricas de cimento, foram efectuadas
alterações importantes no sentido da redução drástica dos consumos energéticos, tendo, inclusivamente, a fábrica Maceira-Liz, sido pioneira na utilização de combustíveis alternativos, permitindo uma poupança adicional de combustíveis fósseis naturais.
Na sequência deste percurso, a Administração da SECIL, no âmbito do Plano a Médio Prazo de
1996-2000, decidiu aprovar o projecto de implementação de um Sistema de Gestão Ambiental
nas suas fábricas de cimento – Outão, Maceira-Liz e Cibra-Pataias. Esta decisão resultou da
vontade expressa de adoptar um perfil vencedor para o grupo cimenteiro da SECIL face aos
desafios do Século XXI: a Satisfação Plena dos Clientes num Quadro de Desenvolvimento
Sustentável.
Entre 1998 e 2001, as três instalações obtiveram a certificação em qualidade e ambiente, permitindo o sistema de gestão implementado assegurar o compromisso constante da Política
Ambiental da SECIL/CMP – A Melhoria Contínua do Desempenho Ambiental, assente na co-responsabilidade de todos os Colaboradores, na integração do ambiente nas estratégias de desenvolvimento da Empresa e na valorização de matérias-primas e combustíveis alternativos,
garantindo uma total transparência das suas actividades através de uma política de comunicação e diálogo com todas as partes interessadas.
Em 2002, foi criado o Grupo de Desenvolvimento Sustentado com o objectivo de vir a integrar,
progressivamente, a sustentabilidade na gestão estratégica do Universo SECIL.
Continuando a cumprir com determinação este seu objectivo, em 2003 a SECIL aderiu ao
Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, a nível nacional, e à Cement
Sustainable Initiative no âmbito do World Business Council for Sustainable Development, a
nível internacional.
Nesse mesmo ano, na busca de uma actuação transparente, condição básica para assegurar a
credibilidade junto dos diferentes stakeholders, a SECIL criou a primeira Comissão de
Acompanhamento Ambiental, na fábrica do Outão, visando simultaneamente a audição das
expectativas e manter informada a comunidade envolvente dos principais desenvolvimentos
estratégicos previstos, de modo a conseguir, na medida do possível, a melhor integração dos
projectos e ambições futuros de todas as partes interessadas. Está prevista a criação das
Comissões de Acompanhamento nas restantes instalações fabris em 2006.
Em 2003, o Grupo de Desenvovimento Sustentado encetou a implementação do projecto
“Integrar Progressivamente a Sustentabilidade na Gestão Estratégica do Grupo SECIL”, apoiado pelo Centro para o Desenvolvimento Empresarial Sustentado (CENDES), do Instituto
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2005
Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI), com o objectivo global de tornar as
empresas mais eficientes em termos económicos e ecológicos.
Em 2005, a fábrica do Outão obteve a certificação do seu Sistema de Gestão de Saúde e
Segurança no Trabalho, prevendo-se a certificação das restantes unidades cimenteiras em
2006. Nesse ano foi ainda solicitado o registo no Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria
(EMAS) das três fábricas.
Assim, após a publicação anual dos Relatórios Ambientais e Sociais, chegou o momento da
emissão do primeiro Relatório de Sustentabilidade do Grupo Cimenteiro Nacional da SECIL,
relativo ao exercício de 2005.
Embora tenhamos procurado manter com firmeza a coerência de valores e princípios nesta
caminhada iniciada há já alguns anos, estou ciente da responsabilidade da melhoria contínua a
perseguir com tenacidade, em parceria com todos os nossos stakeholders, no longo caminho
ainda a percorrer na senda da sustentabilidade, única via de poder estar à altura daqueles que
em nós confiam para garantir um futuro com uma qualidade de vida digna.
O Presidente do Conselho de Administração
9
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Perfil
2
PERFIL
2.1. Perfil Organizacional
Breve Historial da Empresa
A primeira fábrica de cimento construída em Portugal, em 1886, na zona de Alcântara, utilizava, como matéria-prima, os calcários margosos extraídos do Vale da Rasca, no Outão.
Em 1896 foi constituída a Garcia Machado Bosse & Cie; os recursos minerais então utilizados
para o fabrico do cimento eram provenientes da Arrábida. Em 1904, associaram-se a esta
sociedade vários técnicos belgas, tendo sido formada a Compagnie des Ciments du
Portugal, com sede em Bruxelas, que instalou a sua primeira fábrica de cimento, no Outão,
junto ao rio Sado, precisamente pela riqueza geológica da região e pela facilidade das vias de
comunicação oferecidas pelo local.
Em 1906, foram instalados dois fornos verticais,
com uma capacidade de produção de 10 000 t/ano.
Em 1913, arrancou um terceiro forno vertical
idêntico aos anteriores.
Devido a razões várias relacionadas com a
Primeira Guerra Mundial, a Compagnie des
Ciments du Portugal entrou em liquidação, tendo
sido constituída a Companhia Geral de Cal e
Cimento. Em 1918, as instalações e terrenos
envolventes à fábrica do Outão foram comprados por esta sociedade, que os
arrendou, em 1925, à Sociedade de Empreendimentos Comerciais e
Industriais, Lda., fundada pelo Dr. Baltazar Cabral. Esta última fez grandes
investimentos e criou a marca SECIL.
Em 1930, ocorreu a fusão das duas sociedades e constituiu-se uma nova
empresa, a SECIL - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. Em 1931, e na
sequência da união com duas companhias dinamarquesas, a F. L. Smidth &
Co. e a Hojgaard & Schultz A/S, a fábrica do Outão sofreu uma grande remodelação e foi introduzida uma nova dinâmica fabril. Nesse ano arrancou o
primeiro forno rotativo por via húmida e a ele se seguiram mais seis.
Com a entrada em laboração do forno VII, a SECIL atingiu uma capacidade de produção de um
milhão de toneladas de clínquer, tornando-se na maior fábrica de cimento de Portugal.
Em 1957, a SECIL criou, em Angola, a Companhia de Cimentos SECIL Ultramar.
Em 1975, quando da nacionalização do sector cimenteiro, a SECIL passou a ser uma empresa
privada com a maioria do capital público.
Perante o forte crescimento do consumo interno de cimento e o aumento do preço dos combustíveis, impunha-se reduzir os custos de produção e aumentar a capacidade instalada. Por
este motivo, em 1976, entrou em funcionaEvolução do número de Fornos
mento o forno VIII, o primeiro por via seca,
Forno
Ano de Instalação Capacidade de Produção
I
1931
46 000
com uma capacidade de produção de
II
1934
50 000
790 000 t/ ano. Este foi, também, o primeiro
III
1947
70 000
forno com comando centralizado e computoIV
1950
165 000
rizado. Nesta altura, mantiveram-se ainda
V
1959
180 000
VI
1966
250 000
em funcionamento os fornos IV, V, VI e VII.
VII
1972
400 000
Em 1984, entrou em funcionamento o forno
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2005
IX, o último a ser instalado, com uma capacidade de 1 000 000 t/ano. O combustível então utilizado, o fuel, foi substituído pelo carvão, por razões de redução de custos. Em 31 de Dezembro
de 1985, os fornos V, VI e VII foram desactivados, encerrando assim, definitivamente, o ciclo de
utilização de via húmida.
Em 1994/1995, e no âmbito da privatização do capital público no sector cimenteiro, a SECIL passou a ser uma empresa de capital inteiramente privado. Nessa altura adquire a CMP –
Cimentos Maceira e Pataias, S.A., passando a ser detentora das fábricas Maceira-Liz e CibraPataias.
No ano 2000, a SECIL adquire a Société des Ciments de Gabès, empresa reprivatizada pelo
Governo da Tunísia, passando a ter uma fábrica de cimento com uma capacidade de produção
de cimento de 1 100 000 t/ano.
Nesse mesmo ano foi estabelecido um Contrato com o Governo Angolano para a exploração de
uma unidade fabril no Lobito, pela Empresa TecnoSecil, da qual a SECIL detém 70% do capital.
Em 2002, a SECIL adquire 21,2% da CDS - Ciment de Sibline, sal., empresa localizada a sul de
Beirute, no Líbano, e, em 2004, 51% do capital da fábrica de cimento Encime, localizada na baía
do Lobito, em Angola.
Actualmente, o accionista maioritário da SECIL é a SEMAPA – Sociedade de Investimentos e
Gestão, SGPS, S.A., uma holding cotada na Bolsa de Valores de Lisboa, que tem como accionista maioritário a família Queiroz Pereira, com fortes tradições nas actividades industrial e financeira portuguesas.
No ano de 2004 foi estabelecida uma parceria entre a SEMAPA e a sociedade irlandesa CRH,
consubstanciada na aquisição por esta de 45,126% do capital social da SECIL e 49% dos direitos de voto. A CRH é um dos maiores fabricantes mundiais de cimento, betão-pronto, inertes e
asfalto e está fortemente inserida nos circuitos de distribuição de materiais de construção em
23 países da Europa e nos Estados Unidos. A SECIL volta, assim, a ter uma participação internacional no seu capital, tendo sido estabelecida uma parceria com amplas potencialidades para
as duas Empresas.
13
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GRUPO SEMAPA
GRUPO CRH
47,0%
45,1%
2005
ACÇÕES PRÓPRIAS
7,9%
CMP, S.A.
CM PARTIN, SL
SECIL BETÕES
E INERTES,
SGPS, S.A.
100%
100%
93,7%
CONDIND, LDA.
ICV, LDA.
CABO VERDE
SECIL UNICON,
SGPS, S.A.
CIMENTAÇOR,
LDA.
CIMENTOS
MADEIRA. S.A.
SECIL
MARTINGANÇA,
LDA.
ECORESÍDUOS
LDA.
100%
37,5%
50,0%
25,0%
14,3%
51,2%
50%
PARSEINGES,
SGPS, S.A.
CHRYSO, S.A.
CIMIMPART,
SGPS, S.A.
SECIL PREBETÃO,
S.A.
BETÃO LIZ, S.A.
100%
40,0%
100%
42,5%
33,4%
PRESCOR, LDA.
35%
UNIBETÃO, S.A.
SULBETÃO, S.A.
SECIL-BETÃO, S.A.
LISCONCRETO-UNIBETÃO, S.A.
CAMILO&LOPEZ
LDA.
93,7%
93,7%
93,7%
93,7%
93,7%
PEDREIRAL, S.A.
SECIL BRITAS, S.A.
ECOB, S.A.
93,7%
93,7%
93,7%
BRITOBETÃO,
LDA.
AVE, S.A.
SOBIOEN, S.A.
ARGIBETÃO, S.A.
VIROC PORTUGAL,
S.A.
SETEFRETE,
SGPS, S.A.
MACMETAL, LDA.
IRP, S.A.
LUSOCIL, S.A.
51%
51%
90,9%
32,8%
25%
51,2%
51,2%
51,2%
68,4%
HOTELARIA E
IMOBILÁRIA, S.A.
93,7%
93,7%
SECIL ALGERIE,
SPA
CIMENT
DE SIBLINE
LÍBANO
TECNOSECIL,
SARL
ANGOLA
TERCIM, S.A.
CARCUBOS, LDA.
98%
28,6%
100%
100%
93,7%
PARCIM, B.V.
HOLANDA
FLORIMAR, LDA.
SECIMENT, B.V.
HOLANDA
ASTAKOS
GRÉCIA
SERIFE, LDA.
PARSECIL, SL.
SECIL
ENERGIA
SCG
TUNÍSIA
100%
100%
100%
50%
58,4%
100%
100%
98,7%
100%
SECILPAR, SL.
ESPANHA
SOMERA
TRADING INC.
PANAMÁ
SUD-BETON
TUNÍSIA
SILONOR, S.A.
SECIL
LOBITO,S.A.
100%
100%
98,7%
100%
51%
HEWBOL,
SGPS, LDA.
ZARZIS BETON
TUNÍSIA
100%
79%
PHAISTOS,
S.A.
JOBRITA, S.A.
SECIL
CABO VERDE,
LDA.
100%
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GRUPO SEMAPA
GRUPO CRH
47,0%
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ACÇÕES PRÓPRIAS
7,9%
CMP, S.A.
CM PARTIN, SL
SECIL BETÕES
E INERTES,
SGPS, S.A.
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100%
93,7%
CONDIND, LDA.
ICV, LDA.
CABO VERDE
SECIL UNICON,
SGPS, S.A.
CIMENTAÇOR,
LDA.
CIMENTOS
MADEIRA. S.A.
SECIL
MARTINGANÇA,
LDA.
ECORESÍDUOS
LDA.
100%
37,5%
50,0%
25,0%
14,3%
51,2%
50%
PARSEINGES,
SGPS, S.A.
CHRYSO, S.A.
CIMIMPART,
SGPS, S.A.
SECIL PREBETÃO,
S.A.
BETÃO LIZ, S.A.
100%
40,0%
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42,5%
33,4%
PRESCOR, LDA.
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UNIBETÃO, S.A.
SULBETÃO, S.A.
SECIL-BETÃO, S.A.
LISCONCRETO-UNIBETÃO, S.A.
CAMILO&LOPEZ
LDA.
93,7%
93,7%
93,7%
93,7%
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PEDREIRAL, S.A.
SECIL BRITAS, S.A.
ECOB, S.A.
93,7%
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BRITOBETÃO,
LDA.
AVE, S.A.
SOBIOEN, S.A.
ARGIBETÃO, S.A.
VIROC PORTUGAL,
S.A.
SETEFRETE,
SGPS, S.A.
MACMETAL, LDA.
IRP, S.A.
LUSOCIL, S.A.
51%
51%
90,9%
32,8%
25%
51,2%
51,2%
51,2%
68,4%
HOTELARIA E
IMOBILÁRIA, S.A.
93,7%
93,7%
SECIL ALGERIE,
SPA
CIMENT
DE SIBLINE
LÍBANO
TECNOSECIL,
SARL
ANGOLA
TERCIM, S.A.
CARCUBOS, LDA.
98%
28,6%
100%
100%
93,7%
PARCIM, B.V.
HOLANDA
FLORIMAR, LDA.
SECIMENT, B.V.
HOLANDA
ASTAKOS
GRÉCIA
SERIFE, LDA.
PARSECIL, SL.
SECIL
ENERGIA
SCG
TUNÍSIA
100%
100%
100%
50%
58,4%
100%
100%
98,7%
100%
SECILPAR, SL.
ESPANHA
SOMERA
TRADING INC.
PANAMÁ
SUD-BETON
TUNÍSIA
SILONOR, S.A.
SECIL
LOBITO,S.A.
100%
100%
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51%
HEWBOL,
SGPS, LDA.
ZARZIS BETON
TUNÍSIA
100%
79%
PHAISTOS,
S.A.
JOBRITA, S.A.
SECIL
CABO VERDE,
LDA.
100%
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O Universo SECIL
Mantendo o núcleo central da sua actividade na produção de cimento, a SECIL integra actualmente um conjunto de cerca de 50 empresas, que operam em áreas complementares, e que
constituem “O Universo SECIL”.
Na fabricação do betão-pronto, a SECIL encontrou a primeira e natural via de expansão do seu
negócio e, hoje, esta é a sua segunda área de investimentos, facturação e criação de emprego.
Nesta actividade, a SECIL controla três empresas subsidiárias – Unibetão, Secil-Betão e
Sulbetão - e adquiriu participação noutra - Betão-Liz, mantendo-as com gestão independente,
do fabrico à distribuição.
Mantendo-se fiel ao propósito de desenvolver a Empresa com base em actividades complementares, onde o seu know-how possa ser valorizado e onde a inovação possa constituir valor
acrescentado, a SECIL participa ainda em empresas que se dedicam à fabricação e comercialização de novos produtos para a indústria da construção civil em diversas áreas, tais como:
•
•
•
•
Prefabricação ligeira e pesada de betão, através da Secil Prebetão e Argibetão
Revestimentos, na Secil Martingança
Painéis de madeira-cimento, na Viroc Portugal
Rebocos prontos projectáveis e produtos prontos para bricolagem, na Secil Martingança
Além disso, a SECIL gere participações em Empresas que desenvolvem actividades complementares da sua actividade principal, como sejam, a exploração de Pedreiras (Secil Britas,
ECOB, Pedreiral), a concepção e implantação de projectos industriais (CONDIND) e o desenvolvimento de soluções no domínio de preservação do ambiente e utilização de resíduos para
obtenção de energia (ECORESÍDUOS).
É justamente através de empresas participadas, como a ECORESÍDUOS, a PRESCOR, a SOBIOEN
e a AVE, que será possível dar continuidade, na SECIL, a uma política de recuperação e aproveitamento de resíduos e outros produtos susceptíveis de serem utilizados como combustíveis, ou
como matérias-primas, possibilitando a diminuição do consumo de materiais não renováveis.
O reconhecimento da sua responsabilidade social no domínio ecológico tem levado a SECIL a
proceder à constante modernização das suas fábricas e à aquisição e instalação dos mais eficazes equipamentos dirigidos à preservação ambiental.
Com a formação do seu pessoal, a instalação desses equipamentos, a implantação de acções
específicas de recuperação paisagística e a participação em empresas valorizadoras de resíduos, a SECIL procura obter um saldo globalmente positivo entre os efeitos da sua actividade e
as vantagens económicas e sociais que dela advêm para a comunidade.
O Grupo Cimenteiro
Maceira
Pataias Portugal
Outão
Tunísia Gabès
Lobito Angola
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Beirute Líbano
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2005
O Processo de Fabrico de Cimento
1
Matérias-Primas
Materiais de Correcção
2
3
Cru
4
Combustíveis Fósseis
e Alternativos
Clínquer
5
Clínquer
Gesso
Aditivos
Cimento
6
Expedição em Sacos
Expedição a Granel
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1. Extracção de Matérias-Primas
As matérias-primas principais para o processo de fabrico do cimento são os calcários, as margas ou argilas, cuja extracção é efectuada em Pedreiras próprias, localizadas no perímetro
fabril. A exploração é a céu aberto, a partir da cota mais elevada, em patamares ou andares,
sendo o desmonte efectuado com explosivos ou por meios mecânicos, criteriosamente aplicados de modo a minimizar as vibrações. Os principais impactes ambientais associados a esta
actividade de extracção, designadamente sobre a biodiversidade, são minimizados através da
execução de Planos Ambientais de Recuperação Paisagística (PARP) nas frentes já finalizadas,
havendo ainda a preocupação de reduzir a utilização de recursos naturais, através da incorporação de outros materiais como matérias-primas secundárias.
2. Preparação, Transporte, Armazenagem e Pré-Homegeneização
Após extracção, o material apresenta-se em blocos com dimensões que podem ir até cerca de
1m3, pelo que se torna necessário reduzir o seu tamanho a uma granulometria compatível com
o transporte, armazenagem e alimentação das fases seguintes de fabrico, operação que é feita
no britador. Numa fábrica de cimento é necessário prever uma armazenagem de grandes quantidades de matérias-primas, a fim de evitar perdas de produção e garantir trabalho em regime
contínuo. Essa armazenagem pode ser combinada com uma função de pré-homogeneização.
3. Obtenção do Cru
As matérias-primas seleccionadas (calcário e marga) e os materiais de correcção (areia e óxido
de ferro) são depois dosificadas, tendo em consideração a qualidade do produto a obter - clínquer, operação que é controlada através de computadores de processo. Definida a proporção
das matérias-primas, elas são retomadas dos locais de armazenagem e transportadas para
moinhos onde se produz o chamado "cru", isto é, uma mistura finamente moída, em proporções
bem definidas, do conjunto das matérias-primas.
Nessa moagem são normalmente utilizados moinhos tubulares, de duas câmaras, com corpos
moentes (bolas metálicas de diversos diâmetros), ou moinhos verticais de mós. Em qualquer
dos casos, é necessário secar as matérias-primas; para a economia do processo, aproveita-se,
com frequência, o calor contido nos gases de escape dos fornos que, simultaneamente, fazem
o transporte do cru dos moinhos aos silos de armazenagem.
4. Clinquerização
O cru é extraído dos silos de armazenagem e introduzido no sistema de pré-aquecimento (torre
de ciclones), onde é aquecido pelos gases de escape resultantes da queima do combustível. O
material entra então no forno, deslocando-se ao longo deste devido à sua rotação e ligeira inclinação, prosseguindo o aquecimento e desenrolando-se as reacções físico-químicas do processo da clinquerização, obtendo-se o clínquer.
A partir dos 1450º C inicia-se o arrefecimento do clínquer, ainda dentro do forno, sendo completado nos arrefecedores (de satélites ou de grelha), onde é introduzido ar em contracorrente
com o clínquer, aproveitando-se este ar aquecido como ar de queima secundário. Desta forma
há uma recuperação parcial do conteúdo térmico do clínquer.
A minimização do consumo de energia é conseguida através da utilização de fornos com pré-aquecedor, considerada uma Melhor Técnica Disponível (MTD); a utilização de combustíveis
alternativos permite também reduzir o consumo de combustíveis fósseis.
18
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
A reduzida emissão de partículas é assegurada através de sistemas de despoeiramento (filtros
de mangas e/ou electrofiltros), instalados nas linhas de produção de clínquer, e a minimização
das emissões de gases através de sistemas de controlo automatizado da condução dos fornos,
ambas as soluções também consideradas MTD.
5. Moagem de Clínquer e Armazenagem de Cimento
O cimento é moído em moinhos tubulares horizontais, com corpos moentes. O clínquer, o gesso
(regulador da presa do cimento) e os aditivos inertes são moídos, em proporções bem definidas, de acordo com o plano de qualidade, obtendo-se os diferentes tipos de cimento, com
características específicas e adequadas à sua utilização, os quais são armazenados nos respectivos silos devidamente identificados. A minimização do consumo de energia eléctrica é conseguida através da adopção da tecnologia de moagem em circuito fechado e com separadores
de 3ª geração, considerada como MTD. A reduzida emissão de partículas é assegurada por filtros de mangas, também classificados como MTD.
6. Embalagem e Expedição
A comercialização do cimento é feita quer a granel, em cisternas ferroviárias e rodoviárias ou
em navios, quer em sacos, sobre paletes de madeira ou em pacotões plastificados. O ensacamento é feito em linhas de enchimento de sacos e de paletização ou de empacotamento automatizadas. A minimização da emissão de partículas é assegurada por filtros de mangas ao
longo das linhas de transporte do cimento até ao contentor em que é expedido. O consumo de
materiais de embalagem depende do mercado (cerca de 50% do cimento consumido no mercado nacional é ensacado), dos meios de transporte disponíveis (rodovia, ferrovia e marítimo) e de
outras condicionantes. Os sacos de 40 kg, introduzidos em 2003 para substituição dos sacos de
50kg, permitiram uma utilização mais ergonómica desta embalagem em obra.
Gama de Produtos
Da pequena construção à grande obra de engenharia civil, a SECIL oferece uma gama alargada de tipos e classes de cimentos cinzentos e brancos, certificados segundo a Norma Europeia
de Cimentos EN 197-1 e detentores da marcação CE, os quais são sujeitos a um permanente e
rigoroso controlo de qualidade, desde a fase da produção até à sua colocação no mercado.
Produtos Comercializados
Clínquer
Clínquer cinzento
Clínquer branco
Cimento
CEM I 42,5R
CEM I 52,5R
Cimento Portland de Calcário CEM II/B-L 32,5N
Cimento Portland de Calcário CEM II/A-L 42,5R
Cimento Pozolânico CEM IV/A (V) 32,5R
Cimento Pozolânico CEM IV/B (V) 32,5R
CEM I 52,5R (br)
CEM II/A-L 52,5N (br)
CEM II/B-L 32,5R (br)
SECIL-Outão
Maceira-Liz
Cibra-Pataias
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
19
Comercialização dos Produtos
A SECIL é responsável pela distribuição e comercialização da totalidade dos produtos fabricados nas três unidades fabris, sendo estas duas actividades asseguradas pelo Departamento
Comercial, através de uma estrutura orgânica e funcionalmente integrada. A distribuição do
cimento é efectuada através de Entrepostos Comerciais localizados em vários pontos do País.
SERVIÇO A CLIENTES
FÁBRICAS
1
DIRECÇÃO COMERCIAL
1
SECIL - OUTÃO
2
VENDAS NORTE
2
MACEIRA - LIZ
3
VENDAS CENTRO
3
CIBRA - PATAIAS
4
VENDAS SUL
3
5
4
6
2
ENTREPOSTOS
REGIÕES
7
1
8
9
20
NORTE
1
LEIXÕES (Granel)
CENTRO
2
LEIXÕES (Ensacado)
SUL
3
VIANA DO CASTELO (Ensacado)
4
VIANA DO CASTELO (Granel)
5
BRAGA (Tadim)
6
TROFA
7
PENAFIEL
8
PINHÃO (Estação da CP)
9
GODIM
10
12
11
17
2
16
3
10 ESTARREJA
15
11 MANGUALDE (Estação da CP)
12 AVEIRO (Terminal Comercial Sul)
14
13 LISBOA (Poço do Bispo)
14 LINHÓ
19
13
1
15 TORRES VEDRAS (Estação da CP)
16 CASTELO BRANCO (Sarnadas)
17 FUNDÃO
18
18 ST.º ANDRÉ (Sines)
19 ESTREMOZ (Estação da CP)
20 SANTA MARIA DA FEIRA
21 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
21
20
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Apoio Técnico
A SECIL aposta numa ampla e duradoura relação com todos os seus Clientes e mantém com
estes o compromisso de procurar melhorar continuamente o desempenho dos seus produtos e
serviços. Com o intuito de responder eficazmente às crescentes necessidades do mercado e
optimizar a aplicação dos seus produtos, a Empresa disponibiliza aos seus Clientes uma equipa de profissionais qualificados para realizar o diagnóstico de problemas, a análise critica e os
ensaios e experiências que forem necessários para encontrar as soluções mais adequadas ao
Cliente de actividade industrial, ou a cada obra em particular.
O Laboratório de Betões, sito na fábrica Secil-Outão, é fundamental na prestação deste serviço
de apoio pós-venda, tendo como missão apoiar o Cliente para que seja encontrada uma solução
que satisfaça os requisitos específicos pretendidos, realizando um trabalho de parceria com os
Clientes. Igualmente, sempre que solicitados, os laboratórios de controlo da qualidade dos
cimentos de cada uma das fábricas complementam a prestação deste serviço.
As acções de assistência técnica a Clientes podem compreender várias tarefas, como sejam:
a) Promoção do cimento produzido
b) Tratamento de reclamações
c) Recolha e divulgação de informação técnica nos contactos com Clientes e organismos
oficiais
d) Realização de ensaios laboratoriais
e) Ensaios de caracterização de inertes – ensaios físicos, químicos e mecânicos
f) Ensaios em betão fresco
g) Ensaios em betão endurecido
h) Estudo de composição de betões
i) Estudos de comportamento de betões em diferentes situações climáticas
j) Consultorias
2.2 Perfil do Relatório
Este é o primeiro Relatório de Sustentabilidade da SECIL e surge como uma evolução
natural do Relatório Ambiental e Social que a Empresa tem vindo a publicar há já alguns
anos, juntamente com o Relatório e Contas. A elaboração do Relatório teve o apoio do
CENDES/INETI, no âmbito do projecto “Integrar Progressivamente a Sustentabilidade na
Gestão Estratégica do Grupo SECIL”.
O presente documento foi preparado com base nas linhas de orientação da Global
Reporting Initiative (GRI, 2002) e nas preocupações manifestadas pelos nossos principais
stakeholders. Foram igualmente considerados os indicadores recomendados pela
Cement Sustainability Initiative (CSI), uma iniciativa voluntária de empresas multinacionais do sector com o objectivo de integrar a problemática da sustentabilidade na agenda
do sector cimenteiro internacional, no âmbito do World Business Council for Sustainable
Development (WBCSD).
Apesar deste primeiro relatório não ter sido verificado por uma entidade externa, muitos
dos dados apresentados foram já auditados no âmbito de outros processos (os dados económicos, no âmbito da auditoria ao Relatório e Contas de 2005, e os dados ambientais,
relativos ao período 2001 a 2004, na validação das Declarações Ambientais das fábricas
de cimento, para efeitos de registo no EMAS).
21
De modo a organizar, internamente, o conjunto de indicadores de
sustentabilidade aplicáveis à nossa realidade, foi desenvolvido um
Sistema de Informação Centralizado, com o objectivo de optimizar o
processo de recolha e tratamento de dados, tornando-o mais
robusto e expedito.
2.3 Âmbito do Relatório
As informações divulgadas neste Relatório dizem respeito à actividade principal da SECIL,
fabrico e comercialização de cimento.
Os indicadores de desempenho apresentados referem-se ao período compreendido entre 2001
e 2005 e respeitam, exclusivamente, às três unidades cimenteiras operantes em Portugal.
Informações adicionais, comentários ou sugestões podem ser obtidos junto de:
José Bravo Ferreira
Gestor de Qualidade, Ambiente e Segurança da Empresa
SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento, SA
Fábrica SECIL-Outão - Apartado 71
2901-864 Setúbal
Tel.: 212 198 230 / 265 534 766
Fax: 265 234 629
e-mail: [email protected]
22
Estrutura
e Governação
3
ESTRUTURA E
GOVERNAÇÃO
3.1 Estrutura de Governação
O Modelo de Governo do Grupo SECIL está focado, essencialmente, em dar suporte às questões
críticas e estratégicas de negócio, de forma a garantir o alinhamento e a convergência de toda
a Organização para a concretização dos objectivos de negócio.
O Grupo SECIL encontra-se numa fase de consolidação e evolução de um Grupo Empresarial
enquadrado no mercado português para um Grupo Internacional, o que implica o repensar da
estrutura organizacional.
Actualmente, a estrutura organizacional está segmentada em Portugal por divisões de negócio:
Cimento; Betão e Inertes; Cal e Argamassas e Prefabricados e Materiais de Construção.
Todavia, o desenvolvimento futuro esperado do Grupo, associado à internacionalização já em
curso na Tunísia, Líbano e Angola, permite definir o novo modelo organizacional, que poderá
tirar partido de sinergias e facilitar o acesso a know-how técnico e de negócio, através da especialização em torno das divisões de negócio já identificadas em Portugal, mas com um alcance
internacional. A título ilustrativo, na Tunísia, o Grupo já dispõe de uma operação com presença
em cimento e betão.
O Grupo poderá em breve desenvolver uma estrutura organizacional mais adaptada a enfrentar
os desafios correspondentes a uma empresa internacional a operar em três continentes e
multi-produto.
Modelo de Governo da SECIL
O Grupo SECIL, apesar de não ser uma empresa cotada em bolsa, tem procurado consistentemente aplicar as melhores práticas de governação com o objectivo de assegurar os adequados
mecanismos de check and balances associados a uma empresa com importantes responsabilidades na sociedade onde está implantada e perante todos os seus stakeholders.
Por forma a assegurar o contínuo comprometimento do Conselho de Administração da SECIL
com o Desenvolvimento Sustentável e uma sólida Política de Ambiente, foi atribuído ao membro do Conselho de Administração, Eng.º Carlos Abreu, a responsabilidade de assegurar a dinamização de todas as acções da Empresa neste âmbito.
24
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Conselho
de
Administração
Comissão
Executiva
Divisão
Cimento
Divisão
Betão e
Agregados
Fábrica
Secil-Outão
Divisão Novos
Produtos
Divisão
Projectos
Especiais
Departamento
Financeiro
Departamento
de
Planeamento
e Controlo
de Gestão
Assessoria
Transportes
Marítimos
e Compras
Especiais
Assessoria
Coordenação
Funcional e
Auditoria de
Sistemas
Departamento
Comercial
Departamento
Jurídico
Assessoria
Comunicação
Institucional
Departamento
de Recursos
Humanos
Assessoria
Ecologia e
Recuperação
Paisagística
Sistemas
de Informática
e Comunicações
Departamento
de
Desenvolvimento
Organizacional
Secretaria
Central
Fábrica
Cibra-Pataias
Fábrica
Maceira-Liz
Coordenação
de
Vendas
Planeamento
e
Controlo
Técnico-Comercial
Coordenação
Logística
Desenvolvimento
e Qualidade
Norte
Logística
e
Distribuição
Marketing
e
Qualidade
Entrepostos
Desenvolvimento
Industrial
Departamento
Administrativo
e de
Organização
Centro
Comércio
Internacional
Sul
Controlo
de
Crédito
Sistemas de
Informação
Comercial
Laboratório
de Betões
Aprovisionamento
25
Conselho de Administração
Composto por treze membros com um mandato de três anos, com possibilidade de reeleição,
o Conselho de Administração reúne-se cada três meses, com a seguinte composição:
Presidente
Vogais
Pedro Mendonça de Queiroz Pereira
Carlos Eduardo Coelho Alves
Joaquim Dias Cardoso
Mário José de Matos Valadas
José Alfredo de Almeida Honório
Francisco José de Melo e Castro Guedes
Carlos Alberto Medeiros de Abreu
Declan Doyle
Anthony O’Loghlen
Albert Manifold
Sebastian Alegre Rossello
Jim Mintern
Michael O’Sullivan
Comissão Executiva
Composta por cinco membros do Conselho de Administração, dos quais cinco representam o
accionista SEMAPA e dois o accionista CRH, a Comissão Executiva reúne-se semanalmente,
com a seguinte composição:
Presidente
Carlos Eduardo Coelho Alves
Mário José de Matos Valadas
José Alfredo de Almeida Honório
Jim Mintern
Michael Gerard O’Sullivan
Fiscal Único
A actividade da Empresa é acompanhada pelo Fiscal Único que, ao abrigo das responsabilidades como Revisor Oficial de Contas, assume um papel de total independência com outros
órgãos sociais da Empresa na defesa, quer dos interesses dos accionistas, quer da sustentabilidade da Empresa. As funções de Fiscal Único são asseguradas por:
PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda.
representada por Abdul Nasser Abdul Sattar, R.O.C.
26
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
3.2 Participação das Partes Interessadas
A SECIL reconhece que o seu sucesso depende, em grande medida, do bom relacionamento
com as suas diferentes partes interessadas ou agentes, vulgarmente designados por stakeholders, que influenciam, ou são influenciados, de forma directa ou indirecta, pela sua actividade.
Identificação e Selecção dos Principais Stakeholders
O processo de auscultação dos stakeholders iniciou-se com a elaboração de uma listagem
exaustiva de potenciais partes interessadas, baseada nos grupos de interesse indicados pela
CSI, a saber:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Investidores, accionistas, entidades financeiras
Organismos governamentais
Fornecedores, Clientes, parceiros da cadeia de valor
Comunidade local
Trabalhadores, sindicatos
Organizações não governamentais
Juventude, mulheres, grupos minoritários
Organismos de investigação, universidades, institutos politécnicos
Associações Empresariais
Dentro de cada um destes grupos, foram identificadas e seleccionadas as empresas e outras
organizações com as quais a SECIL estabelece e mantém algum tipo de relação.
O contacto com os stakeholders seleccionados, no sentido de recolher as suas principais preocupações e expectativas, foi estabelecido através de um inquérito individual dirigido por carta
e/ou por correio electrónico e, no caso da fábrica Secil-Outão, a recolha dessa informação foi
também efectuada durante uma das reuniões da Comissão de Acompanhamento Ambiental
(CAA).
Análise das preocupações/expectativas manifestadas
A
B
C
D
E
F
G
H
I
Stakeholders
Grupo A
Quem considerar
neste Grupo?
Quem estabelece
o contacto?
Identificação de Subgrupos
Critérios:
Importância a nível local
Importância do ponto de vista do negócio
Estabelecimento de Contactos
Como conhecer
as preocupações/
expectativas?
Reunião da CAA
E-mail
Carta
27
Relacionamento entre a SECIL e os seus Principais Stakeholders
Grupos de Interesse
Principais Canais de Comunicação
Accionistas
Reuniões periódicas
Outras Iniciativas Promovidas pela Empresa
Relatórios regulares
Relatório e Contas (anual)
Relatório Ambiental e Social (anual)
Colaboradores
Intranet
Realização das Festas de Aniversário das Fábricas
Newsletter interna mensal
Desenvolvimento de iniciativas de carácter lúdico e
(SECIL Informação)
cultural, através da Casa do Pessoal da SECIL e da
Painéis informativos nas fábricas
CMP.
Encontros de Quadros
Avaliação de desempenho face ao
estabelecimento de objectivos (Quadros)
Reuniões periódicas
Inquéritos a Colaboradores
Clientes
Site Internet
Brochuras informativas
Participação em Feiras
Empresariais do Sector
Programa de visitas do
Departamento Comercial
Inquéritos de Satisfação
Fornecedores
Selecção e avaliação de fornecedores
Inquéritos a Fornecedores
Comunidade
Comissão de Acompanhamento da
Protocolos de financiamento e colaboração com
Envolvente
fábrica SECIL-Outão (constituída em
Autarquias e Associações Locais
Janeiro de 2003)
Durante o ano de 2005 foi decidido
constituir as Comissões de
Acompanhamento das fábricas
Maceira-Liz e Cibra-Pataias, o que se
prevê venha a ocorrer durante o primeiro
semestre de 2006
• Protocolo com a Câmara Municipal de Setúbal
e 82 Associações Locais
• Protocolo com a Junta de Freguesia da Maceira
para financiamento de vários melhoramentos
locais
• Protocolo com a Câmara Municipal de Alcobaça
e Junta de Freguesia de Pataias para
financiamento da construção do Complexo
Municipal de Piscinas de Pataias
Campanha “Se é Importante para Setúbal, é
Importante para a SECIL” (2005)
Doações financeiras e em espécie a múltiplas
instituições
Apoio à Escola Secundária D. Manuel Martins
Concurso de Postais de Natal nas Escolas do
1º Ciclo do ensino básico
Realização de Semanas Portas Abertas
Visitas de estudo às Fábricas
Visitas ao Museu do Cimento da Fábrica Maceira-Liz
Realização dos Prémios SECIL de Arquitectura e
Engenharia Civil
Patrocínio de Espectáculos e Provas Desportivas
28
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
Grupos de Interesse
Media
Principais Canais de Comunicação
Outras Iniciativas Promovidas pela Empresa
Atendimento personalizado das
Realização de Campanha Publicitária temática
solicitações dos jornalistas
“Responsabilidade Social”
Organização de Encontros com a
Patrocínio de programa televisivo sobre
Imprensa local
Arquitectura
2005
Realização de visitas às fábricas
Comunidade
Desenvolvimento de Projectos Conjuntos
Patrocínio de Publicações, Conferências e
Académica
Realização de visitas de estudo às
Seminários
fábricas
Apresentações em Instituições de Ensino
Comissão de Acompanhamento Ambiental da Fábrica Secil-Outão
Em Janeiro de 2003, e após seis meses de preparação, foi constituída, de forma voluntária, a CAA da
Secil-Outão. Esta Comissão integra, além de representantes da própria Empresa, as seguintes entidades da sociedade civil: Câmara Municipal de
Setúbal, Junta de Freguesia da Anunciada, Junta
de Freguesia de São Lourenço, Junta de
Freguesia de São Simão, Serviço Regional de
Saúde de Setúbal, Delegado de Saúde de Setúbal,
Hospital do Outão, QUERCUS (Organização Não
Governamental), Região de Turismo da Costa
Azul, Instituto Politécnico de Setúbal, Liga dos
Amigos de Setúbal e Azeitão e Parque de
Campismo adjacente às instalações da fábrica.
Com a criação desta CAA, a SECIL pretende estabelecer um diálogo directo e transparente com a sociedade, dando-lhe a conhecer a sua actividade, no
sentido de se gerar uma troca de impressões e sugestões que possam contribuir para a melhoria efectiva do desempenho da Empresa, através da incorporação das questões ambientais no seu desenvolvimento estratégico.
SECIL de Portas Abertas
A SECIL desenvolve uma política de transparência e proximidade com as comunidades envolventes às
fábricas, sendo efectuadas visitas às instalações fabris para grupos interessados (com especial destaque para estudantes e profissionais relacionados com as áreas de engenharia).
Complementarmente, a fábrica Secil-Outão abre,
desde 2004, as suas portas à generalidade da
população durante uma semana, tendo contabilizado cerca de 365 visitantes entre os dias 4 e 10
de Julho de 2005.
Neste período, a fábrica foi visitada não apenas
por cidadãos anónimos, mas também por inúmeros profissionais da comunicação social, que
29
puderam verificar, in loco, o desenrolar do processo de
testes à co-incineração de resíduos industriais banais.
As visitas organizadas durante a Semana de Portas
Abertas integraram uma apresentação em sala, uma
visita detalhada às instalações da fábrica Secil-Outão
(incluindo a recuperação da pedreira, zona de requalificação paisagística da Antiga Fábrica de Via Húmida e
Sala de Comando), um período de esclarecimento de
dúvidas e ainda o preenchimento de questionários através dos quais os visitantes manifestavam a sua opinião
acerca do desempenho ambiental da fábrica.
Os visitantes puderam, assim, compreender melhor o
funcionamento desta fábrica e apreciar o enfoque colocado no seu desempenho ambiental.
Os dados apurados nos questionários permitem concluir que a iniciativa se saldou num êxito, uma vez que
os visitantes se manifestaram generalizadamente
esclarecidos acerca do processo fabril, dissiparam
dúvidas acerca do processo de valorização energética de resíduos e tomaram conhecimento dos avultados investimentos efectuados, quer em aquisição de tecnologia de controlo ambiental quer na vasta
operação de recuperação paisagística do Vale das Mós.
Equipa de Monitores
Os visitantes da Semana Portas Abertas foram acolhidos, esclarecidos e acompanhados por uma equipa
de engenheiros vocacionados para monitorizar as
visitas e garantir que todas as dúvidas ficassem
esclarecidas. Os dados apurados no questionário
demonstram que a grande maioria dos visitantes
considerou que a informação disponibilizada era
clara e adequada, assim como a duração da visita e
a sua interligação com as apresentações efectuadas
na sala, o que atesta a qualidade das intervenções
dos nossos monitores.
Entre os vários comentários recebidos de visitantes, transcrevemos parcialmente a mensagem electrónica recebida
de Manuela Duarte:
“Caros Srs.
Estive recentemente de visita às vossas instalações no âmbito da semana de portas abertas, e aquilo que posso dizer
é: Muito Obrigado. Por todo o cuidado que têm em preservar a natureza, pelo respeito pelo património ambiental do
planeta.
Como moradora na região (Azeitão), estou agora mais esclarecida (…) e estou pronta a esclarecer os menos esclarecidos, e a recomendar-lhes uma ida à Secil Outão.
Cumprimentos
Manuela Duarte”
30
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
A Comissão de Acompanhamento Ambiental, que reuniu dia 11 de Julho, teve
oportunidade de acompanhar todas as
fases de teste dos resíduos, visitando pormenorizadamente as instalações onde
são manuseados os resíduos e efectuados os testes de controlo.
2005
Imagens do anúncio televisivo
31
3.3 Políticas Abrangentes e Sistemas de Gestão
A SECIL tem como principal objectivo a Satisfação Plena dos seus Clientes e compromete-se a
exercer a sua actividade num quadro de equilíbrio de Desenvolvimento Sustentável, visando o
progresso compatível com a obtenção de níveis de desempenho ambiental cada vez mais elevados.
Este compromisso de melhoria contínua do desempenho ambiental assenta na co-responsabilidade de todos os trabalhadores, na integração do ambiente nas estratégias de desenvolvimento da Empresa e na valorização de resíduos, como matérias-primas secundárias e combustíveis alternativos, garantindo uma total transparência das suas actividades, através de uma política de comunicação e diálogo com todas as partes interessadas.
Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança
Na sequência do Plano de Médio Prazo 1996-2000, a Administração da SECIL decidiu implementar um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) e de Gestão Ambiental (SGA) em todas as
fábricas de cimento operantes em Portugal. Esta decisão resultou da vontade expressa de
adoptar um perfil vencedor para o Grupo Cimenteiro face aos desafios do século XXI: garantir a
Satisfação Plena dos Clientes num quadro de Desenvolvimento Sustentável.
Os sistemas de gestão foram implementados de acordo com referenciais normativos internacionais - as Normas NP EN ISO 9000, para o SGQ, e NP EN ISO 14001, para o SGA.
A primeira unidade fabril do Grupo a obter a certificação dos seus sistemas foi a Secil-Outão,
em Dezembro de 1998, tendo a CMP obtido o mesmo reconhecimento em 2001. A SECIL orgulha-se de ter sido a primeira cimenteira Nacional e da Península Ibérica e uma das primeiras
a nível europeu, entre as mais de 330 existentes, a obter a certificação ambiental.
Um dos aspectos mais relevantes do processo de certificação do SGA foi o energético, onde se
realizaram importantes investimentos no aproveitamento racional e redução do consumo de
energia. Estes investimentos contribuíram decisivamente para o facto de o sector Português ter
sido considerado o segundo com a melhor performance energética da Europa, de acordo com
um estudo encomendado pela DG XVII da Comissão Europeia. Aliás, já em 1990, as preocupações da SECIL com o consumo racional de energia tinham sido distinguidas com o prémio
EDP desse ano.
A implementação dos sistemas permitiu iniciar um ciclo de melhoria contínua nas unidades
fabris, através:
i) do estabelecimento de objectivos e metas consequentes;
ii) da definição de programas de gestão com vista ao cumprimento desses objectivos;
iii) da monitorização dos resultados das acções planeadas, de modo a verificar o cumprimento dos objectivos e a determinar eventuais desvios;
iv) do desencadear de acções correctivas e/ou preventivas visando manter os processos controlados dentro do quadro de evolução previsto;
v) do estabelecimento de acções de auditoria aos sistemas, permitindo avaliar a sua eficácia
na garantia da obtenção dos objectivos visados e conduzindo à sua revisão e optimização;
vi) do desenvolvimento da consciência e co-responsabilidade de todos os Colaboradores,
como factores-chave de sucesso para se atingirem os níveis de desempenho pretendidos.
Por forma a garantir o funcionamento dos sistemas, foi estabelecida uma estrutura funcional
única, constituída por órgãos de decisão – o Conselho Geral da Qualidade, Ambiente e
Segurança (CGQA) da Empresa e a Comissão da Qualidade, Ambiente e Segurança das Fábricas
(CQAS e CQAC) e por responsáveis pela manutenção dos sistemas – o Gestor da Qualidade,
32
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Ambiente e Segurança da Empresa (GQAE), representante da Direcção, pelos Gestores da
Qualidade, Ambiente e Segurança das Fábricas (GQAS e GQAC) e pelo Gestor da Qualidade e
Ambiente do Departamento Comercial (GQAD).
Organigrama Funcional do SGQAS
Em 1999, foi estabelecido um Contrato de Melhoria Contínua do Desempenho Ambiental para o
Sector Cimenteiro, entre os Ministérios da Economia e do Ambiente e o Sector Cimenteiro
Nacional, que a SECIL subscreveu. Neste Contrato foram previstas acções e investimentos em
vários domínios, nomeadamente na melhoria do controlo da emissão de partículas, na montagem de instalações de limpeza industrial, na monitorização ambiental e no aumento da eficiência energética e ambiental de alguns moinhos. A sua realização foi devidamente acompanhada
por uma Comissão de Avaliação, conforme previsto. O volume global de investimento associado às acções concretizadas foi de 90,49 M€, com a seguinte distribuição por instalação:
Volume de Investimento (M€)
Secil-Outão
Maceira-Liz
Cibra-Pataias
TOTAL
42,63
20,90
26,96
90,49
No âmbito deste Contrato foi ainda assumido, por parte de todas as unidades cimenteiras
nacionais, o compromisso de obtenção do registo no EMAS. Em Agosto de 2005, foram entregues na Autoridade Competente – Instituto do Ambiente (IA) os pedidos de registo no EMAS das
fábricas Secil-Outão, Maceira-Liz e Cibra-Pataias.
Durante o ano de 2001, a Secil-Outão iniciou o projecto de implementação de um Sistema de
33
Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho (SGSST), com base no referencial normativo
OHSAS 18001: 1994 (Occupational Health and Safety Assessment Series). Este sistema foi certificado em 2005, tendo sido a primeira unidade cimenteira do País a obter tal reconhecimento.
As outras duas fábricas de cimento do Grupo encontram-se em vias de alcançar o mesmo
objectivo.
Sistemas de Gestão
Qualidade
Ambiente
Segurança
Referencial Normativo
NP EN ISO 9001
NP EN ISO 14001
EMAS
OHSAS 18 001/NP4397
Aguarda registo
Maceira-Liz
√
√
√
Estado da Certificação
Cibra-Pataias
√
√
√
√
Previsto para 2006
Previsto para 2006
SECIL-Outão
√
√
Licenciamento Ambiental
De acordo com a Directiva Europeia relativa à Prevenção e Controlo Integrados de Poluição
(PCIP), transposta para o direito interno através da publicação do Decreto-Lei nº 194/2000, de
21 de Agosto, todas as instalações existentes, abrangidas pelo referido diploma, terão que obter
a respectiva Licença Ambiental até 31 de Outubro de 2007. Durante o ano de 2005, iniciaram-se
os trabalhos necessários à obtenção do licenciamento ambiental das três unidades fabris.
Principais Afiliações, Iniciativas e Projectos no Âmbito do Desenvolvimento Sustentável
Principais Afiliações
Internacional GRI – Global Reporting Initiative
CSI - Cement Sustainability Initiative
Nacional
ATIC - Associação Técnica da Indústria de Cimento
AFLOPS - Associação de Produtores
Florestais de Setúbal
BCSD Portugal – Conselho Empresarial para
o Desenvolvimento Sustentável
CEPA/AIP – Conselho Estratégico para o
Ambiente / Associação Industrial Portuguesa
Entidade que tem no seu objecto o desenvolvimento de acções de preservação e valorização das florestas, dos espaços naturais, da fauna e da flora,
bem como a valorização do património fundiário e
cultural dos seus associados.
Na qualidade de membro do Conselho Executivo
da CEPA, a SECIL participou em diversas intervenções desta associação, nomeadamente na elaboração de pareceres sobre propostas de novos
diplomas legislativos, na área do ambiente.
Iniciativas e Projectos
2001
Início do projecto “Gestão Ecológica de Áreas Revegetadas: um Caso de Estudo em Pedreiras Calcárias Mediterrânicas”, na sequência do protocolo entre a SECIL e o Centro de Ecologia e Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências
de Lisboa.
2002
Criação do Grupo de Desenvolvimento Sustentado da SECIL, constituído por Colaboradores pertencentes a todos os
ramos de actividade do Grupo SECIL, de modo a iniciar as bases que permitam a introdução da sustentabilidade
no seio do Grupo.
Continuação do projecto “Gestão Ecológica de Áreas Revegetadas: um Caso de Estudo em Pedreiras Calcárias
Mediterrânicas”
2003
Início do projecto “Integrar Progressivamente a Sustentabilidade na Gestão Estratégica do Grupo SECIL”, desenvolvido com o CENDES/INETI.
A convite das entidades oficiais, a SECIL participou na recolha de informação relativa ao funcionamento do Sector
Cimenteiro, quer no passado, quer em termos de previsão para o futuro próximo, no âmbito do Plano Nacional para
as Alterações Climáticas e do Plano Nacional dos Tectos de Emissões.
No âmbito da aplicação da Directiva PCIP, a solicitação da respectiva Comissão Consultiva, a SECIL integrou o
Grupo de Trabalho do Sector Cimento que elaborou um documento de caracterização deste Sector, ao nível nacional, incluindo as previsões de adopção, a curto-médio prazo, das Melhores Tecnologias Disponíveis.
A convite do CENDES, a SECIL participou na primeira rede temática comunitária sobre o desenvolvimento de
Sistemas Produto/Serviço Sustentáveis, denominada SUSPRONET, a qual visa a criação de excelência e disseminação das melhores práticas no domínio do desenvolvimento dos serviços associados aos produtos, contribuindo
para os objectivos comunitários associados à Política Integrada do Produto, ao Desenvolvimento Sustentável e ao
Aumento da Competitividade.
34
2004
Início do projecto Ecotechnology for Environmental Restoration of Limestone Quarries, projecto ibérico que visa a
excelência na recuperação paisagística de pedreiras.
2005
Participação da SECIL no Young Managers Team Portugal
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
Projecto
2005
“Integrar Progressivamente o Conceito de Sustentabilidade na Estratégia de Desenvolvimento
do Grupo SECIL”
No início de 2004 , foi realizado no INETI o workshop de arranque do projecto, com a presença
do Presidente do INETI e do Presidente da Comissão Executiva da SECIL, do Grupo de
Desenvolvimento Sustentado da SECIL (GDSS), da equipa do CENDES e das Administrações e
Técnicos designados para as equipas afectas ao projecto das empresas /instalações envolvidas, a saber:
SECIL(Outão), CMP (Maceira-Liz), Unibetão (Frielas), Betopal (Queluz), Secil Britas (Penafiel), Argibetão
(Cartaxo), Secil Martingança (Maceira), Secil-Prebetão (Montijo), Enersis (Hídrica Penacova e Eólica Igreja
Nova) e Cal Brita (Fornecedor de Agregados).
Neste workshop foram abordados os seguintes assuntos:
• A sustentabilidade como base de um novo modelo de gestão;
• Apresentação do projecto;
• Aplicação prática da sustentabilidade no grupo SECIL - exemplo da Secil PREBETÃO Setúbal;
• A intervenção das empresas junto do mercado.
Em Março de 2004, foram efectuadas as visitas às empresas, de acordo com o planeamento do projecto, com
vista à caracterização das mesmas de forma a seleccionar as ferramentas de gestão a aplicar em cada caso.
Em Abril de 2004, o CENDES elaborou os planos de acção a aplicar em cada caso que foram aprovados pelo
GDSS.
Em Maio de 2004, realizou-se um workshop em que estiveram presentes as Administrações e Técnicos das
equipas das empresas envolvidas, onde foi dada formação específica sobre as ferramentas seleccionadas para
cada caso, como a aplicação do Manual Prepol para as áreas de Fornecedores de Inertes e Produção Mais
Limpa, Avaliação do Ciclo de Vida do Produto e Análise de Valor, apresentação das directrizes da GRI e
selecção de indicadores a incluir no Relatório de Sustentabilidade, apresentação da plataforma on-line para o
projecto e, ainda, a apresentação de um projecto PSS (Product Service System) com potencial de implementação no Grupo SECIL.
Entre Abril e Novembro de 2004, desenvolveram-se os trabalhos em cada uma das empresas, tendo sido feito
um ponto de situação com todos os intervenientes envolvidos no início de Novembro, em que se procedeu à
preparação das equipas para as sessões de brainstorming que se realizaram até final do ano e algumas já no
início de 2005. Ao longo de 2005, as diferentes equipas analisaram a viabilidade técnica e económica das
acções levantadas nas sessões de brainstorming. Posteriormente, elaboraram a proposta de Plano de Acções
a desenvolver nos próximos anos.
Participação no YMT PT
Durante o ano de 2005 decorreu a 1ª edição do projecto Young
Managers Team Portugal (YMT PT), uma iniciativa do BCSD
Portugal que reuniu um conjunto de 17 Empresas nacionais,
num total de 22 participantes, com idades compreendidas
entre os 25 e os 32 anos.
Foram constituídas duas equipas que, ao longo de um ano,
desenvolveram uma agenda de trabalho dedicada aos temas
da Inovação e da Mobilidade Urbana Sustentável.
O jovem quadro que representou a SECIL neste projecto participou no Grupo de Trabalho dedicado à Inovação Empresarial – hoje reconhecida como pilar fundamental para
o desenvolvimento económico e social do País – cujo objectivo foi promover um processo de reflexão sobre a
forma como o desenvolvimento económico, baseado na inovação, pode e deve incorporar os princípios da sustentabilidade.
A participação de jovens quadros neste tipo de iniciativas constitui uma oportunidade de crescimento profissional e de criação de uma rede de contactos, através da qual é possível partilhar melhores práticas e soluções no
âmbito do desenvolvimento sustentável.
35
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4
Indicadores
de Desempenho
4
INDICADORES
DE DESEMPENHO
4.1. Desempenho Económico
Evolução dos Principais Indicadores Económicos
2001
Activo Líquido
Capitais Próprios
EBIT*
EBITDA**
Investimento Líquido
Passivo Financeiro
Rentabilidade do Activo
Rentabilidade dos Capitais Próprios
Resultados Líquidos
Volume de Negócios
Vendas de Cimento e Clínquer
Portugal
Cimento Cinzento
Cimento Branco
Clínquer
Estrangeiro
Cimento Cinzento
Cimento Branco
Clínquer
Vendas de Cimento e Clínquer
Portugal
Cimento Cinzento
Cimento Branco
Clínquer
Estrangeiro
Cimento Cinzento
Cimento Branco
Clínquer
* EBIT - Resultados operacionais da Empresa
2003
2004
2005
1 066
1 063
1 153
424
453
461
94
91
49
135
138
103
249
71
26
454
385
476
8,2
6,0
4,9
20,6
14,2
12,2
87
64
56
301
294
240
4 094
3 913
3 471
4 035
3 814
3 145
3 932
3 714
3 064
103
96
82
0
4
0
59
99
326
41
48
121
4
0
0
14
51
206
288 431
280 221
229 028
284 114
275 097
220 320
272 521
264 073
210 991
11 593
10 812
9 329
0
212
0
4 317
5 124
8 708
3
10 €
3 166
3 774
3 963
3
10 €
419
11
16
3
10 €
732
1 339
4 729
**EBITDA = EBIT + Amortizações + Provisões
962
313
53
105
20
403
5,8
17,9
56
261
3 906
3 423
3 325
74
24
483
266
0
217
247 514
232 939
223 559
8 120
1.260
14 575
9 555
34
4 986
1 067
353
40
100
38
443
5,4
16,4
58
267
3 736
3 330
3 244
86
0
406
225
0
181
249 641
231 442
221 908
9 534
0
18 199
10 192
32
7 975
M€
M€
M€
M€
M€
M€
%
%
M€
M€
3
10 t
3
10 t
3
10 t
3
10 t
3
10 t
3
10 t
3
10 t
3
10 t
3
10 t
3
10 €
3
10 €
3
10 €
3
10 €
3
10 €
2002
Em 2005, e pelo quarto ano consecutivo, o consumo de cimento no mercado interno sofreu um
decréscimo em relação ao ano anterior na ordem dos 5,5% (entre 2004 e 2005). Esta evolução
negativa na procura de cimento reflecte a situação de recessão que o sector da construção atravessa, quer na área da habitação, quer na área das obras públicas.
A quebra da construção residencial é consequência da evolução negativa do rendimento disponível das famílias e da diminuição da oferta de habitação para níveis mais compatíveis com a
procura. A diminuição do sector das obras públicas decorre da contracção da actividade económica resultante, essencialmente, de uma política económica dominada pela contenção das
despesas públicas.
Apesar deste contexto globalmente recessivo, a SECIL melhorou o seu dinamismo comercial e
postura de proximidade e serviço ao Cliente, o que lhe permitiu manter a quota de mercado.
As vendas de clínquer e cimento atingiram 3,7 milhões de toneladas, correspondentes a
249 M€; comparativamente a 2004, verificou-se um ligeiro aumento em valor (cerca de 0,5%),
apesar da diminuição das quantidades (em cerca de 4,4%).
Em termos de mix dos produtos vendidos, continuou a registar-se o aumento do cimento a granel, em particular, do tipo II 42,5.
As vendas do cimento branco aumentaram cerca de 15% relativamente a 2004, tendência justificada pela implementação do plano de promoção do cimento branco. Nesta área salienta-se
ainda o lançamento de um produto novo, cimento branco tipo II 52,5 N, ensacado.
As vendas para o mercado externo atingiram 406 000 t, tendo sofrido um decréscimo de cerca
de 16% em relação a 2004, no entanto em valor registaram um acréscimo de 25%.
38
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
O cimento SECIL foi incorporado em várias obras relevantes e de prestígio, já concluídas ou em
curso de realização, designadamente a Ponte do Carregado, a Linha Vermelha do Metro de
Lisboa, a Basílica de Fátima e várias obras de arte na rede nacional de estradas e auto-estradas, nomeadamente na A10 e na A13.
A produção global de cimento registou um ligeiro decréscimo face a 2004 (-2,3%).
O cimento produzido nas três fábricas continuou a apresentar características finais bastante
homogéneas e elevados padrões de qualidade, aspecto que se considera essencial para garantir um reconhecimento geral no mercado sobre o alto nível de exigência por que se pauta a
SECIL.
Informação Complementar
Informação mais completa sobre o desempenho económico e financeiro do Grupo SECIL encontra-se disponível no Relatório e Contas de 2005 em www.secil.pt.
Fluxos Financeiros com os Principais Stakeholders
CLIENTES
Vendas
526 489 106 €
COLABORADORES
ASSOCIAÇÕES
ESTADO E AUTARQUIAS
Salários
51 861 814 €
Mecenato
877 498 €
Impostos
16 539 082 €
Dividendos
19 891 344 €
Juros
14 060 177 €
Pagamentos
403 628 912 €
ACCIONISTAS
INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
FORNECEDORES
Outros Recebimentos
195 490 €
Total de Recebimentos
526 684 596 €
Total de Pagamentos
506 658 827 €
Saldo para a Empresa
20 025 769 €
Total Disponível
para Investimento
57 916 529 €
Prémios
de Emissão
40 500 €
Investimentos
Financeiros
11 270 647 €
Investimentos
Industriais
Refinanciamento Líquido
46 645 882 €
37 850 260 €
39
4.2. Desempenho Ambiental
Evolução dos Principais Indicadores Ambientais
Consumo de Materiais
Matérias-Primas Naturais
Matérias-Primas Secundárias
Consumo de Energia
Energia Térmica
Energia Eléctrica
Consumo de Combustíveis
Combustíveis Fósseis
Combustíveis Alternativos
Emissões Atmosféricas
Partículas
NOx
SOx
CO2
Consumo de Água
Captações subterrâneas próprias
Biodiversidade
Instalações fabris com PRPP
Resíduos
Produção total de resíduos
Destino final dos resíduos produzidos
Valorização interna
Valorização externa
Eliminação externa
2001
2002
2003
2004
2005
kt
kt
5 677
152
6 032
172
5 164
153
5 988
180
5 699
214
TJ
GWh
11 003
377
10. 184
362
8 469
321
10 041
362
10 608
384
kt
kt
327
7,9
336
8,6
259
14,3
302
25,7
301
57,2
kt
kt
kt
Mt
0,094
5,2
0,8
2,6
0,080
4,7
0,3
2,7
0,104
4,2
0,7
2,3
0,108
6,8
0,9
2,7
0,046
5,9
0,7
2,6
103 m3
1 354
1 341
1 293
1 396
1 039
%
100
100
100
100
100
kt
20,1
5,1
8,8
8,5
6,9
%
%
%
66
18
16
22
25
53
25
51
24
36
43
20
55
28
17
Consumo de Materiais
Quando as matérias-primas naturais não têm as características necessárias e suficientes para
o fabrico do cimento, torna-se por vezes necessário efectuar correcções, recorrendo a outros
materiais. Por exemplo, o teor em sílica pode ser corrigido através da adição de areia natural à
mistura dos calcários e das margas, podendo eventualmente utilizar-se areias de fundição ou
resíduos industriais ricos em sílica. A correcção do teor em óxido de ferro pode ser feita pela
adição de cinzas de pirite1, ou pela adição de granalha de ferro2.
No caso do fabrico do cimento branco, para o qual as matérias-primas principais são os calcários brancos, os caulinos e as areias, podem adicionar-se, desde que devidamente doseadas,
natas de mármore3 ou chacotas e vidrados4.
Ao nível da moagem do cimento, além da adição de gesso que funciona como regulador de
presa, podem ainda ser introduzidos aditivos calcários (calcário britado e fíler calcário) e outros
constituintes (escórias siderúrgicas5 e cinzas volantes6), consoante o tipo de cimento que se
pretende fabricar, e de acordo com a Norma NP EN 197-1.
Na moagem do cimento branco, e em substituição do gesso natural, pode ser utilizado gesso
de formas7.
O aproveitamento destes materiais no processo de fabrico do cimento, além de contribuir para
1 resíduo industrial resultante da ustulação das pirites
2 resíduo industrial da actividade da construção naval, resultante da decapagem dos navios
3 resíduo da indústria dos mármores e dos calcários
4 resíduos da indústria do barro branco
5 escórias granuladas de alto-forno
6 fracção mais fina das cinzas do carvão queimado nas centrais termoeléctricas
7 resíduo proveniente da indústria cerâmica
40
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
a preservação dos recursos naturais, uma vez que substituem parte das matérias-primas naturais, evidencia o compromisso que a Empresa assumiu na sua Política Ambiental de "colaborar
com as autoridades e as outras indústrias no sentido da redução e valorização de materiais
residuais, incorporando-os no seu fabrico, sempre que possa assegurar um tratamento
ambiental mais favorável e compatível com a qualidade dos seus processos e produtos".
Consumo de Materiais
Matérias-Primas Naturais
Matérias-Primas Secundárias
Taxa de utilização de matérias-primas
secundárias como percentagem do consumo
total de matérias-primas
kt
kt
2001
5 677
152
2002
6 032
172
2003
5 164
153
2004
5 988
180
2005
5 699
214
%
2,61
2,77
2,87
2,93
3,62
Consumo de Materiais - Global Fábricas
%
kt
8 000
3
7 000
2
6 000
1
0
5 000
2001
Matérias-Primas Naturais
2002
2003
2004
2005
Taxa de Utilização de Matérias-Primas Secundárias
Consumo de Energia
O fabrico do cimento é um processo extremamente exigente do ponto de vista energético, dado
que incorpora elevadas quantidades de energia térmica (sobretudo na fase de clinquerização) e
eléctrica (nas diversas fases de moagens).
Sendo a energia o principal factor de custo envolvido na produção de cimento, representando
cerca de 30 a 40% do custo global, naturalmente que ao longo dos anos sempre houve uma preocupação na monitorização rigorosa dos consumos fabris, na promoção da utilização racional
dos recursos e na procura constante de alternativas energéticas.
Tradicionalmente têm sido os combustíveis fósseis – hulhas, lenhites, gás natural, fuelóleo e
petcoque (produtos derivados da destilação do petróleo) - a fornecer a energia caloríficia necessária à indústria cimenteira; a passagem do processo de fabrico por via húmida para via seca
foi, sem dúvida, a alteração tecnológica que contribuiu de forma mais significativa para a
redução do consumo de energia térmica8.
A introdução dos cimentos compostos no mercado, em 1989, também contribuiu para a redução
do consumo de energia, uma vez que estes cimentos, ao incorporarem uma menor quantidade
de clínquer (através da sua substituição por aditivos como cinzas volantes, escórias ou fíler calcário), requerem, por conseguinte, um menor consumo energético.
A SECIL tem realizado importantes investimentos nas suas unidades fabris, no sentido da optimização dos equipamentos e, consequentemente, na redução dos seus consumos eléctricos.
Destacam-se, entre outros, a montagem de prensa de rolos para pré-moagem do clínquer, a
8 O processo por via húmida obrigava a um consumo calorífico de grandes proporções, dado que era necessário proceder
à evaporação da água de diluição utilizada para a homogeneização das matérias-primas. A crise energética do início da
década de 70 forçou o encerramento de grande parte das fábricas por via húmida, optando-se por um processo de homogeneização que prescinde da prévia diluição das matérias-primas em água e que, por isso mesmo, é designado por via
seca. A homogeneização, neste caso, é conseguida após moagem muito fina das matérias-primas, por sistemas adequados.
41
Calcário
Marga
Caulinos
Argila Branca
Resíduos de corte e serragem de pedra
Tijolos refractários, Mistura de RCD
Chicota e vidrado
Rejeitados de pó e placas
Lamas de Cal
Lamas de ETARI
Granalha de Ferro
Cinzas de Pirite
Areias de Fundição
Pós finos de Cal e Cimento
Rejeitados de pó e placas
Areia
2
1
3
4
adopção de separadores dinâmicos nos moinhos de cimento, a substituição do transporte
pneumático por transporte mecânico de materiais e a montagem de cascatas nos grandes ventiladores dos fornos e moinhos de cru.
A redução do consumo de energia, na óptica do desenvolvimento sustentável, passa, cada vez
mais, pela promoção de medidas que permitam atingir a eficiência energética e pela aposta em
energias renováveis ou alternativas. No entanto, o mix de produtos e de combustíveis utilizados
condiciona fortemente os níveis de consumo.
Consumo de Energia
Energia Térmica
Energia Eléctrica
TJ
GWh
2001
11 003
377
2002
10 184
362
2003
8 469
321
2004
10 041
362
2005
10 608
384
Utilização de Combustíveis Alternativos
Em 1986, e após estudos prévios, arrancou na fábrica Maceira-Liz a primeira instalação do País
para a queima de pneus usados. A principal diferença dos pneus, enquanto combustível, em
relação aos combustíveis fósseis reside no facto de
não ser, ao contrário destes, um combustível de fluxo
contínuo e de a sua combustão ser muito mais lenta,
em consequência da sua dimensão.
Em 2005, a percentagem de substituição de combustível tradicional por pneus foi cerca de 12%, em relação
ao consumo calorífico total da fábrica Maceira-Liz e
3,4% em relação ao consumo calorífico das três unidades fabris nacionais.
Biomassa de origem vegetal
Em 2004 iniciou-se, na fábrica SECIL-Outão, o processo de valorização energética de resíduos de natureza
vegetal, de acordo com a Autorização Prévia nº 47/2004-RI.
Em 2005, o Instituto Nacional de Resíduos (INR) concedeu licença9 para a valorização energética dos seguintes resíduos industriais banais (RIB’S):
Pneus na Maceira-Liz
- Farinhas de carne e osso (LER 02 02 03)
- Chips de pneus usados (LER 19 12 04)
- Resíduos do tratamento mecânico de veículos em fim-de-vida (LER 19 12 12)
Consumo de Combustíveis
Fósseis
Alternativos
kt
kt
9 Licença DRG 1200 de 24 de Junho de 2005
42
2001
327
7,9
2002
336
8,6
2003
259
14,3
2004
302
25,7
2005
301
57,2
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Fluff
Pneus
Chips de pneus
RDF
Estilha de Madeira
Farinha e gorduras animais
Petcoque
Fuel
Gesso
Gesso de formas
Cinzas volantes
Escórias
Filer calcário
Pó de despoeiramento
5
6
Fluxo de Materiais
Processo de Fabrico:
Exemplos de resíduos valorizados como matérias-primas secundárias
Exemplos de resíduos valorizados como combustíveis alternativos
Combustíveis fósseis tradicionais
Matérias-primas naturais
1. Extracção de Matérias-Primas
2. Preparação, Transporte, Armazenagem e Pré-Homogeneização
3. Obtenção de Cru
4. Clínquerização
5. Moagem de Clínquer e Armazenagem de Cimento
6. Embalagem e Expedição
Biomassa de origem animal
Chips de pneus usados
4.1%
Fluff
5.6%
Fósseis
Alternativos Fósseis
Alternativos Biomassa
90.3%
Taxa de utilização de combustíveis como percentagem do consumo térmico total - 2005
Biomassa Vegetal
A SECIL desenvolveu uma parceria com a AFLOPS para implementar um
programa de substituição de parte dos combustíveis fósseis utilizados por
resíduos florestais. Esta é uma fonte de energia renovável que, além de
permitir reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera, permite também
reduzir a dependência da Empresa em relação aos combustíveis tradicionais e importados.
O projecto de utilização de energias renováveis inspirou-se nas experiências realizadas, com sucesso, na Alemanha e na Áustria. O investimento
rondou os cinco milhões de euros e incluiu a instalação de máquinas de triturar madeira em zonas florestais,
tendo a primeira unidade sido instalada junto da localidade de Comporta, com o objectivo de alimentar a
fábrica Secil-Outão.
A utilização de resíduos florestais por parte da SECIL traz também benefícios para a AFLOPS; com esta colaboração torna-se viável fazer a limpeza das matas, diminuindo o risco de incêndio, o que, como se compreende, tem uma importância ambiental significativa.
43
Consumo de Água
A água utilizada nas instalações fabris provém de captações próprias, subterrâneas e superficiais, devidamente licenciadas pelas entidades competentes, sendo sujeita a tratamento adequado, conforme o fim a que se destina.
Na produção de cimento por via seca, o consumo de água não é muito significativo; a principal utilização deste recurso encontra-se associada aos circuitos de arrefecimento de
máquinas e equipamentos, ao condicionamento de gases dos fornos e ao arrefecimento dos
moinhos de cimento, sendo ainda utilizada em lavagens, rega dos espaços verdes, na actividade de recuperação paisagística das pedreiras e ainda na humidificação dos caminhos,
sobretudo na época estival, como forma de minimizar a emissão difusa de partículas.
Os sistemas de arrefecimento de máquinas e equipamentos são em circuito fechado, o que
permite o aproveitamento e reutilização da água industrial, reduzindo significativamente o
consumo de água do processo e minimizando a produção de efluentes líquidos.
Consumo de Água
Captações subterrâneas próprias
103 m3
2001
1 354
2002
1 341
2003
1 293
2004
1 396
2005
1 039
Impactes sobre a Biodiversidade
De um modo genérico os impactes ambientais de uma fábrica de cimento, sobre a biodiversidade, encontram-se maioritariamente associados às operações resultantes da exploração das
pedreiras. Com efeito, e em consequência da remoção do coberto vegetal, esta actividade interfere directamente sobre o número de espécies vegetais e, consequentemente, sobre a diversidade florística local. No que respeita aos impactes sobre a fauna, estes poderão estar relacionados com a redução das fontes de alimento e uma eventual alteração na hierarquia da cadeia
alimentar, bem como com a perturbação ou destruição de nichos ecológicos.
Sendo das pedreiras que a SECIL extrai as principais matérias-primas necessárias ao processo de fabrico do clínquer e cimento, produtos que a Empresa devolve à sociedade, justo é que
essa vantagem que a Natureza lhe confere seja retribuída com um grande empenho na
correcção dos desequilíbrios ecológicos, que são o preço de qualquer actividade económica. As
três unidades fabris dispõem de Planos Ambientais de Recuperação Paisagística (PARP) aprovados e em execução.
Recuperação Paisagística das Áreas Exploradas
Os primeiros estudos de recuperação paisagística das pedreiras da Secil-Outão foram realizados em 1965, cerca de uma década antes da criação do Parque Natural da Arrábida (PNA)10. O
estudo prévio data de 1973, e após a sua aprovação, ficou determinado que seriam efectuados
Projectos a Médio Prazo (1981/2000 e 2000/2015) e Projectos de Execução trienais. O Projecto
de Recuperação Paisagística foi concluído em 1981, tendo os trabalhos sido iniciados no triénio
de 1982/84.
O PARP das pedreiras da fábrica Maceira-Liz foi aprovado em 1994, em articulação com o Plano
de Lavra, permitindo a recuperação em simultâneo com a exploração.
10 O PNA foi criado a 28 de Julho de 1976, pelo Decreto-Lei n.º 622/76, e encontra-se dividido em: Reserva Natural Integral
(RNI); Reserva Natural Parcial (RNP) e Reserva Paisagística. Apesar de estar inserida no PNA, a propriedade da SECIL não
se encontra em nenhuma destas reservas classificadas. A área total da propriedade é de 424,7 ha, sendo limitada a Norte
pela estrada nacional EN 379 e pela estrada municipal 528; a Sul pelo Oceano Atântico; a Este pelo Rio Sado; e a Oeste
pelos lugares de Lameiras e Casal de Castelejo.
44
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Relativamente às pedreiras da fábrica Cibra-Pataias, no ano 2000 foi efectuado o pedido de
criação de Área de Reserva ao Instituto Geológico e Mineiro, cuja aprovação só veio a ser publicada em Diário da Republica no final de 2002.
Os trabalhos desenvolvidos durante o ano 2005 encontram-se sistematizados no quadro seguinte:
SECIL-Outão
Maceira-Liz
Cibra-Pataias
√
√
√
4 100m2
4 000m2
- Limpeza e manutenção das
áreas plantadas
2 000m2
1 200m2
PARP aprovado e em execução
Principais trabalhos desenvolvidos em 2005
Plantações
5 434un + 6 744*un
Sementeiras
2 840m2 + 61 980* m2
Hidrossementeira
19 530m2 + 36 140*m2
Na hidrossementeira foi testada a
adição de uma mistura de flores silvestres
17 930m2
- Modelação do talude do 1º piso D
da Pedreira de Marga, com regularização e estabilização de todo o
talude;
Preparação do terreno
(para futuras sementeiras e plantações)
- Colocação de 6 000t de terras
para modelação do talude F
da Pedreira Alva de Pataias
- Colocação de terra vegetal
na zona envolvente do britador
- Colocação de terra vegetal no
talude do 1º piso D da Pedreira da
Marga, para futura plantação de
pinhal
Outros
- Instalação de um sistema de
rega por nebulização na
Pedreira de Marga
- Execução do Projecto ECOQUARRY no talude 180/160
- Colocação de um sistema de rega
por aspersão numa área adjunta à
estrada de acesso à fábrica, tendo
sido também reforçada a hidrossementeira
- Erradicação de acácias
- Arranjo paisagístico na envolvente do britador
* Na requalificação Visual e Paisagística da antiga fábrica por Via Húmida
TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO APLICADAS
Hidrossementeira e sementeira a lanço
A hidrossementeira e a sementeira a lanço têm originado resultados bastante
positivos na aderência das sementes ao solo e à rocha, permanecendo o tempo
suficiente para que haja germinação. A hidrossementeira é uma técnica que tem
como finalidade acelerar os processos de vida no solo e consiste na projecção contra os taludes de uma mistura constituída por sementes (herbáceas e arbustivas);
fertilizantes; fibra de madeira (estilha); um fixador (guam ou goma arábica), não
tóxico e biodegradável; e por um corante natural de cor verde. Este corante é utilizado como marcador, com o intuito de controlar e manter as zonas já trabalhadas e também para minimizar o impacte visual. Devido às condições geológicas
existentes, nomeadamente os taludes mais íngremes, é necessário complementar a hidrossementeira com a sementeira a lanço (maioritariamente sementes de
gramíneas). Este método é utilizado com vários objectivos: corrigir as zonas onde
é realizada a hidrossementeira; minimizar a acção nociva do pisoteio e das chuvas
e atingir os lugares onde o hidrossemeador não consegue chegar.
Hidrossementeira em aplicação
45
TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO APLICADAS
Polímero
O polímero (policrilato de sódio) é uma substância super absorvente que permite fixar a água das chuvas e/ou das regas, podendo absorver 350 vezes o seu peso. No período estival, a água retida no polímero é fornecida progressivamente às plantas, evitando a sua rápida infiltração ou evaporação. O polímero é um produto biodegradável dado que, após sete anos aproximadamente, integra-se no meio.
Rede de rega por aspersão
A insuficiência de substrato, como armazenador de água e vida microbiana, implica a necessidade de rega regular, de modo a assegurar
o desenvolvimento e o crescimento das plantas.
O sistema de rega por aspersão, amovível, tem sido utilizado durante os primeiros três anos – fase de manutenção, enquanto as plantas
são jovens e ainda não atingiram um estado autónomo.
Tutores
Os tutores são utilizados nas plantações, nomeadamente na sustentação de espécies arbóreas, para que seja minimizada a acção nociva do vento. Estes podem ser canas secas ou ferros (no caso de plantas maiores).
Utilização de tutores nas plantações
Muro Ecológico
O muro ecológico foi uma experiência realizada para estabilização de
uma zona difícil da Pedreira de Marga da Secil-Outão. Consistiu
numa estrutura de betão composta por vários compartimentos,
apoiada no talude, de modo a evitar o arrastamento e o desprendimento de terras por acção da chuva, nos quais foi colocada terra
vegetal e plantas. A composição do muro foi estudada e desenvolvida pelo Laboratório de Betões da SECIL.
Início da construção do Muro Ecológico (Julho e Dezembro de 1998)
46
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Recuperação das Pedreiras da Secil-Outão
“O projecto de recuperação paisagística das Pedreiras do Outão tem a finalidade de repor a
vegetação existente antes da abertura de pedreira. Não se pretende obter a mesma forma, pelo
que não se propõe o enchimento com materiais estranhos, entulhos e muito menos lixos. Assim,
propõem-se o revestimento vegetal das plataformas para se obter a estabilidade do meio”.
(in Comunicação apresentada nas II Jornadas da Indústria Mineral Portuguesa pelo Arquitecto Paisagista
Edgar Sampaio Fontes, Abril de 1996)
Uma das novidades de concepção do Projecto de Recuperação Paisagística das Pedreiras do
Outão foi permitir que, pela primeira vez, se procedesse à recuperação da paisagem durante a
exploração e não só no seu final de vida. Tradicionalmente, a exploração de uma pedreira a céu
aberto, e em encosta, processa-se a partir dos pontos de cota mais baixa. Neste caso, só depois
de ser dado por terminado todo o trabalho de extracção é possível começar a recuperação; com
dois grandes inconvenientes: atrasa todo o processo de recuperação e obriga a Empresa a despender avultadas verbas quando já não pode contar com proventos resultantes dos materiais
extraídos. Ao invés, a técnica utilizada na Secil-Outão foi começar a explorar à cota mais elevada, libertando à recuperação áreas de trabalho, conseguindo-se assim a simultaneidade da exploração e
da recuperação.
Conseguir que as zonas recuperadas apresentem um
aspecto, tanto quanto possível, semelhante às zonas
envolventes e não atingidas pelo desmonte não é uma
tarefa fácil. Para recuperar é preciso estabilizar os
taludes, o que por vezes é complicado devido à inclinação dos estratos (no caso da Pedreira de Calcário),
ou pela presença de argilas (no caso da Pedreira de
Marga). Por outro lado, o calcário é uma rocha sedimentar cujo sistema de circulação e retenção da
água não é bem conhecido, obrigando a cuidados
suplementares no processo de rega e posterior
desenvolvimento das plantas.
Para se poder dispor das diferentes espécies necessárias, nas quantidades e épocas convenientes, foi
criado um viveiro com multiplicação ao ar livre e em
estufas, onde, com a antecedência prevista nos
Projectos de Recuperação, é possível dispor das
plantas com garantia de origem, uma vez que as
sementes são colhidas nas imediações. As plantas
saem do viveiro para o local definitivo quando atingem um desenvolvimento suficiente para se autonomizarem. Mesmo assim, após um triénio de plantações, mantém-se, para a mesma área, um triénio
de manutenção e outro de vigilância.
As espécies de plantas utilizadas na reflorestação são as seguintes: Folhado (Viburnum tinus L.), Murta (Myrtus communis
L.), Aroeira (Pistacia lentiscus L.), Medronheiro (Arbutus unedo L.), Carrasco (Quercus coccifera L.), Carvalho Cerquinho
(Quercus faginea Lam.), Sabina da praia (Juniperus phoenicea L.), Madressilva (Locinera implexa Aiton), Giesta (Cytisus grandiflorus DC.), Rosmanhinho (Lavandula stoechas L.), Alecrim (Rosmarinus officinalis L.), Pinheiro do Alepo (Pinus halapensis Miller), Zambujeiro (Olea europea var. sylvestris L.), Alfarrobeira (Ceratonia siliqua L.), Piorno (Lygos monosperma L.),
Pascoinha (Coronilha valentina L.) e Lentisco (Phillyrea angustifolia L.).
47
No projecto de execução trienal é quantificado o custo dos trabalhos e executada uma garantia bancária para esse valor. O PNA efectua vistorias a fim de verificar o cumprimento das
acções previstas, só autorizando o levantamento da caução bancária, feita pela SECIL em favor
da Câmara Municipal de Setúbal, caso as mesmas sejam cumpridas.
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2005
Participação da SECIL num projecto ibérico que visa a excelência
na recuperação paisagística de Pedreiras
O EcoQuarry - Ecotechnology for Environmental Restoration of Limestone Quarries é
um projecto desenvolvido no âmbito do programa LIFE Ambiente, que integra a participação de seis centros de investigação universitária, nomeadamente a Universidade de
Barcelona, coordenadora do projecto, e o Centro de Ecologia e Biologia Vegetal da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, juntamente com 17 Empresas participantes, onde a SECIL se integra. O projecto teve início em 2004 e terá uma duração de
três anos, com finalização prevista em Agosto de 2007.
O EcoQuarry visa aplicar as melhores técnicas no domínio de recuperação paisagística
de pedreiras de céu aberto, em condições mediterrânicas, de modo a atingir um equilíbrio económico/ambiental associado à recuperação de pedreiras. Os objectivos a atingir
são os seguintes:
•
•
•
•
Implementar à escala real as últimas novidades em recuperação de pedreiras em
clima mediterrânico;
Obter uma melhoria nos resultados das intervenções da recuperação desenvolvendo processos de controlo de qualidade normalizados;
Fomentar o uso racional dos recursos naturais e um incremento na fixação de carbono;
Transferir directamente os procedimentos a grandes e pequenas empresas do sector extractivo.
O projecto compreende quatro fases:
1ª Fase – Implementação de experiências-piloto: uso de herbáceas mais adaptadas a cada zona; incremento da diversidade de espécies arbustivas (sementeira,
plantação e maior distribuição das massas vegetais);
2ª Fase – Controlo de qualidade: optimização dos recursos e das intervenções
(dosificação);
3ª Fase – Avaliação dos resultados (eficácia e eficiência);
4ª Fase – Elaboração de sistemas de qualidade ambiental para restauração (protocolos de qualidade, manual de recuperação).
Para a realização deste projecto, a SECIL
disponibilizou uma área de 2 114,95 m2 da
Pedreira de Marga.
49
Requalificação Visual e Paisagística do Vale das Mós
No início do ano 2000, tendo sido constatada a necessidade de requalificar visual e
ambientalmente toda a zona do Vale das Mós e a área adjacente à estrada do Outão, foi
deliberado pela SECIL apresentar um vasto projecto de requalificação. Foram demolidas
todas as estruturas industriais obsoletas. Foi traçada uma nova linha de água, agora com
um novo percurso, mais adequado à nova finalidade. A reabilitação dos edifícios industriais ainda em utilização e o arranjo paisagístico de toda a área intervencionada fazem
parte do Plano de Requalificação.
O terreno foi modelado através de amplas movimentações de terras, após o que se procedeu à vasta plantação de espécies como o carvalho cerquinho, o pinheiro de Alepo, o
medronheiro, a alfarrobeira, o rosmaninho, o alecrim e o zimbro, entre outras espécies
autóctones da Serra.
Os trabalhos desenvolveram-se entre 2001 e 2005, tendo desse esforço resultado a
criação de uma zona requalificada com a integração dos elementos naturais com os elementos construídos ainda subsistentes. É assim permitida a operação da fábrica em perfeitas condições técnicas no enquadramento paisagístico que permite uma melhor
inserção do património construído na paisagem natural. A SECIL investiu mais de
20 milhões de euros neste projecto.
Apesar da conclusão desta requalificação não ser obrigatória por lei, a SECIL entende
que este projecto é um dos marcos mais importantes da sua Responsabilidade Social e
Empresarial na procura do Desenvolvimento Sustentável.
50
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2005
SECIL na Imprensa
Pela sua pertinência, oportunidade e clareza, transcrevemos este artigo, de Isabel Cabral, da
Vida Económica, a quem agradecemos a colaboração.
SECIL investe 22 milhões
na requalificação ambiental
Apesar de não ser obrigatório por lei, a
SECIL iniciou em 2001 um projecto que
visa a recuperação ambiental e requalificação paisagística da Pedreira do
Outão através de capitais próprios.
As pedreiras abandonadas e em exploração dão agora lugar a cerca de um
milhão de plantas. Até porque a fábrica
só tem mais 30 anos de vida.
A SECIL, uma das maiores empresas a
operar em Portugal - produz anualmente mais de dois milhões de toneladas de cimento nas fábricas do Outão, junto à serra da
Arrábida -, já investiu, desde 2001,cerca de 22 milhões de euros na requalificação visual e paisagística.
Devido ao impacto que as instalações da antiga fábrica representavam ,e apesar de não ser
obrigatório por lei, a SECIL mostrou-se preocupada e iniciou em 2001 um projecto que visa não
só o desmantelamento das estruturas fabris, como a recuperação de toda a área.
Foi precisamente no âmbito da Segunda Semana de Portas Abertas,que está a decorrer desde
o dia 11 e se prolonga até 17 de Julho ,que a “Vida Económica” pôde ver “in loco” o plano de
recuperação ambiental e requalificação paisagística da Pedreira do Outão. O projecto, iniciado
em 1982, inclui a recuperação da fauna e da flora locais, assim como da contínua exploração
da pedreira. “Já atingimos o máximo de área autorizada explorada. Agora só podemos fazê-lo
em profundidade”, explicou Júlio Abelho, director da fábrica. A verdade é que a exploração de
pedra está agora a ser feita de cima para baixo: “Tem um maior impacto de início, mas quando chegamos à parte inferior, a superior começa a ficar recuperada. O nosso objectivo é recuperar a paisagem durante a exploração e não no final da mesma”. A ideia é permitir uma
reconstituição visual e paisagística continuada. Por isso mesmo a paisagem será idêntica à de
um vale.
Desde 1982, altura em que este plano foi posto em prática, até 2004 os custos directos da recuperação paisagística atingiram os seis milhões de euros. Durante este tempo foram colocadas
cerca de um milhão de plantas mediterrânicas nas pedreiras abandonadas e em exploração.
Para que fossem semeadas as plantas de origem, ou seja, as mesmas que abundam na Serra
da Arrábida, foi criado um viveiro que permite a multiplicação ao ar livre e em estufas. No total
são 17 espécies mediterrânicas diferentes. Para a reflorestação, muitas das vezes dificultada
pela inclinação das áreas exploradas e pelo clima, são utilizadas técnicas como a hidrossementeira, o “greenfix” e o muro ecológico. “A taxa de sucesso é de 90% porque as plantas são da
zona e sobrevivem”, apontou Júlio Abelho, director da fábrica de Outão.
Esta mesma recuperação paisagística abrange uma área total de 78,4 hectares.
Isabel Cabral
51
Recuperação das Pedreiras da CMP
O PARP das Pedreiras da fábrica Maceira-Liz prevê que estas constituam, no futuro e
quando finalizadas, uma área lagunar cujos taludes marginais estarão cobertos de vegetação autóctone.
Actualmente estão a ser implantadas cortinas arbóreas em torno das zonas em exploração, com vista a minimizar o impacte visual. Os taludes já explorados e finalizados têm
sido revestidos com diversas espécies vegetais autóctones.
Nas áreas de exploração em curso, particularmente na Pedreira dos Calcários, dado o
facto de ter sido necessário, desde a década de 60 do século passado, a instalação de uma
estação de bombagem, por forma a garantir o bombeamento para a Ribeira da Maceira, das águas acumuladas no piso inferior, resultantes quer da drenagem das
águas pluviais, quer dos “olhos de água” provenientes
do maciço calcário, tornou-se possível controlar o nível
de água no piso inferior (4º. piso) da referida Pedreira.
Esta situação permitiu criar e manter uma zona lagunar
que, não afectando o avanço das frentes do referido
piso, acabou por dar lugar ao aparecimento e conservação de um coberto vegetal biodiverso.
Este quadro, criado intencionalmente para aumentar a
biodiversidade e modificar a aridez de áreas calcárias
nuas, passado algum tempo veio a ser enriquecido pelo
aparecimento de colónias de aves aquáticas que passaram a ser sedentárias neste habitat, entre outras espécies, galinhas de água, galeirões, patos-reais, tornando-se ex-libris da Pedreira dos Calcários da fábrica
Maceria-Liz, tendo sido até criado, sobranceiro à
Pedreira, um posto de observação do referido ecossistema.
Emissões Atmosféricas
Emissão de gases com efeito de estufa
O principal gás com efeito de estufa (GEE), resultante do processo de fabrico do cimento, é o
dióxido de carbono (CO2), sendo a sua emissão directa proveniente de duas fontes distintas:
i) da calcinação dos carbonatos presentes nas matérias-primas principais (calcários e
margas), que contribuem em cerca de 60% para a emissão total;
ii) da queima dos combustíveis nos fornos, uma vez que o carbono do combustível se combina com o oxigénio do ar, durante a combustão, formando o CO2, contribuindo para os
restantes 40%.
O único modo de reduzir o peso das emissões provenientes da calcinação das matérias-primas
consiste na utilização de matérias-primas já descarbonatadas na alimentação dos fornos e no
52
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
fabrico de cimentos compostos, os quais, segundo a Norma Europeia NP EN–197-1, incorporam menor quantidade de clínquer. A SECIL tem procurado fomentar a utilização destes tipos
de cimento, mas estará sempre dependente das tendências dominantes nos mercados onde
opera.
Uma forma de reduzir as emissões provenientes dos combustíveis passa pela utilização de
combustíveis com menor incorporação de carbono, ou com ciclo de vida neutro, como é o caso
da biomassa. Com efeito, e ao contrário do que sucede com os combustíveis fósseis, que levaram milhares de anos a formarem-se e a sua utilização está a ser feita num curto período de
vida da nossa civilização, não havendo por isso neutralização do carbono em tempo útil, a biomassa, seja de origem animal ou vegetal, tem ciclo de vida neutro, i.e., a libertação de carbono
durante a queima é compensada pela incorporação do mesmo carbono num curto tempo de
vida dos organismos.
Emissões de CO2
Globais
Mt
Específicas
kg CO2/t clínquer
Específicas
kg CO2/t produtos cimentícios
Taxa de incorporação de clínquer
%
Valores calculados com base no Protocolo de CO2 do WRI/WBCSD
2001
2,6
879
713
82
2002
2,7
875
674
77
2003
2,3
871
665
75
2004
2,7
858
694
80
2005
2,6
859
710
81
Medidas adoptadas pelo Grupo Cimenteiro SECIL no sentido de minimizar as emissões de CO2
Objectivo Global: Até 2015, reduzir em 10% as emissões específicas de CO2 por tonelada de produto cimentício, relativamente ao ano de 1990
• Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o
fabrico do clínquer
• Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias ao nível
da moagem e a consequente redução da taxa de incorporação de clínquer
Objectivo: Até 2008, reduzir a taxa de incorporação de clínquer para um valor médio de 76%
• Utilização de combustíveis alternativos, nomeadamente biomassa, em substituição dos
combustíveis convencionais não renováveis
Objectivo: Aumentar a percentagem de utilização de combustíveis alternativos (com factores de emissão inferiores) de forma a atingir, em 2008, uma taxa de substituição de 16%
• Minimização do consumo de energia térmica nos fornos
Esta medida encontra-se, contudo, limitada pela tecnologia adoptada. A alteração de tecnologia só tem sentido se for
associada a um aumento de produção, perspectiva não expectável a curto/médio prazo, face à evolução do mercado.
As performances actualmente atingidas, dentro do tipo de tecnologia em cada fábrica, são aceitáveis.
Emissão de gases com potencial acidificante
Os principais gases libertados para a atmosfera, com responsabilidade directa no fenómeno de
deposição ácida vulgarmente conhecido por “chuvas ácidas”, são os óxidos de azoto (NOx) e os
compostos de enxofre (SOx), sendo a sua emissão essencialmente resultante da queima dos
53
combustíveis fósseis. A utilização de determinados combustíveis alternativos (pneus usados,
p.e.) permite reduzir as emissões de NOx.
Emissão de Gases com Potencial Acidificante
Óxidos de Azoto (NOx)
Emissão Total
t
Emissão Específica
kg/t clínquer
Óxidos de Enxofre (SOx)
Emissão Total
t
Emissão Específica
kg/t clínquer
2001
2002
2003
2004
2005
5,2
1,71
4,7
1,54
4,2
1,62
6,8
2,17
5,9
1,94
0,8
0,28
0,3
0,10
0,7
0,27
0,9
0,27
0,7
0,25
Outras emissões atmosféricas significativas
Além das emissões já mencionadas, a produção de cimento é ainda responsável pela emissão
de partículas sólidas não-nocivas, vulgarmente designadas por “poeiras”. As principais fontes
fixas de emissão de partículas encontram-se associadas aos fornos de clínquer, aos moinhos
de cimento e aos moinhos de combustível sólido. Estas emissões são rigorosamente controladas por modernos equipamentos, os filtros de mangas, considerados como a melhor tecnologia disponível para a remoção de partículas sólidas.
Durante o ano 2000 foram instalados filtros de mangas novos nas duas linhas de produção da
Maceira-Liz. Os fornos da Secil-Outão foram equipados com novos filtros de mangas em 2001,
tendo sido montados em linha com os electrofiltros já existentes. Em 2003 foi instalado um novo
filtro de mangas na Linha 3 de Cibra-Pataias e, em 2005, na Linha 2.
Emissão de Partículas*
Emissão Total
Emissão Específica
* Provenientes dos Fornos
t
kg /t clínquer
2001
0,094
0,031
2002
0,080
0,026
2003
0,104
0,040
2004
0,108
0,034
2005
0,046
0,015
As emissões difusas resultam principalmente das operações de transporte, armazenagem e
manuseamento das matérias-primas, combustíveis sólidos, clínquer e cimento. Devido às baixas temperaturas, altura e velocidade com que são emitidas, assim como à elevada granulometria das partículas, estas emissões afectam essencialmente o interior das instalações fabris.
No sentido de minimizar as emissões de partículas motivadas pela exploração das Pedreiras,
nomeadamente nas frentes de desmonte e durante os movimentos dos equipamentos e veículos, é utilizado o método de aspersão de água nos caminhos por onde passa a frota das
Pedreiras. Ainda com vista à redução das emissões difusas, as principais vias de circulação das
fábricas são pavimentadas e regularmente limpas com aspiradores industriais e varredoras
mecânicas.
Ao longo de toda a cadeia de fabrico, desde a extracção das matérias-primas até à ensacagem
do produto final, as fábricas têm instalados diversos equipamentos de despoeiramento (filtros
de mangas), sendo as poeiras recolhidas reintroduzidas na linha produtiva e, deste modo, recicladas.
Em zonas específicas estão montados sistemas fixos de limpeza por vácuo, com a reintrodução
das poeiras igualmente na linha produtiva.
54
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Produção e Descarga de Efluentes
O processo de fabrico do cimento não origina águas residuais industriais; a água consumida é
essencialmente utilizada para o arrefecimento dos materiais, perdendo-se por evaporação, e
para o arrefecimento dos equipamentos, sendo reciclada, após arrefecimento, numa torre de
refrigeração.
No entanto, são geradas águas residuais domésticas e outras provenientes de operações de
lavagem e manutenção de veículos, podendo ainda resultar escorrências de águas pluviais em
zonas de armazenagem a céu aberto de matérias-primas, combustíveis sólidos e resíduos.
Contudo, desde o ano de 2005 que não existem águas de escorrências de combustíveis sólidos,
uma vez que foram construídos, nas três fábricas, parques cobertos para a armazenagem desses combustíveis.
Previamente à sua descarga no meio receptor natural, as águas residuais são conduzidas a um
conjunto de pequenas unidades de tratamento (fossas sépticas, mini-ETARs e separadores de
águas oleosas) que garantem a conformidade legal das suas características de qualidade (controlo efectuado de acordo com os respectivos Planos de Monitorização Ambiental que contemplam os parâmetros a analisar e as periodicidades de amostragem, de acordo com as exigências legais aplicáveis). Todos os pontos de descarga encontram-se devidamente licenciados
pelas entidades competentes.
Produção e Destino Final de Resíduos
Os resíduos produzidos podem, de um modo genérico, dividir-se em três grandes grupos:
i) resíduos directamente resultantes do processo fabril; ii) resíduos resultantes da manutenção
de equipamentos e iii) resíduos equiparados a resíduos sólidos urbanos, resultantes de actividades acessórias.
Em termos quantitativos, a produção de resíduos é praticamente irrelevante - representa cerca
de 0,19% face à produção global de cimento, o que está de acordo com as próprias características da indústria cimenteira.
Produção de Resíduos
Produção Total
Produção Específica
kt
kg/t cimento
2001
20
5,18
2002
5,1
1,33
2003
8,8
2,69
2004
8,5
2,32
2005
6,9
1,91
Os resíduos gerados são recolhidos e armazenados de forma individualizada e encaminhados
para operadores devidamente licenciados para a sua gestão, privilegiando-se as soluções de
valorização em detrimento das soluções de eliminação pura e simples.
Ao nível das próprias instalações, são desenvolvidas operações de reciclagem (p.e. reintrodução
no processo das poeiras recolhidas através dos filtros de mangas e electrofiltros) e de reutilização (como é o caso dos óleos usados para a lubrificação de alguns equipamentos).
17%
Valorização Interna
Valorização Externa
Eliminação
28%
55%
55
Impactes Ambientais Significativos Associados ao Transporte
Uma das principais preocupações manifestadas pelas comunidades onde as nossas unidades
fabris se inserem prende-se com a circulação de veículos pesados pelas localidades. Com efeito, o transporte dos materiais necessários ao processo de fabrico do cimento, bem como a
expedição dos produtos, constitui uma fonte de perturbação para as populações, em consequência do aumento do tráfego local, e uma actividade potenciadora de impactes ambientais
significativos – aumento da emissão de gases de escape e da emissão difusa de partículas,
aumento dos níveis de ruído e do risco de ocorrência de acidentes rodoviários.
Consciente desta realidade, a SECIL tem envidado esforços no sentido de minimizar estes
impactes, fomentando, na medida do possível, o transporte dos seus produtos por via ferroviária e marítima, em detrimento da rodoviária, embora esta gestão seja condicionada, de modo
significativo, quer pela evolução do perfil dos principais mercados, quer pela sua localização.
Navio auto-descarregador
O “Roaz”, propriedade da SECIL, é um navio cimenteiro auto-descarregador, construído
em 1990. Tem a possibilidade de ser carregado pneumaticamente, por gravidade e por
camiões. A sua capacidade de descarga ascende a 230 toneladas de cimento por hora,
através de duas linhas, podendo ser carregado no Outão em pouco mais de cinco horas.
Alberga um total de 18 tanques de lastro, com uma capacidade total de 1 300 toneladas.
Dispõe de três porões que acolhem até cerca de 2 700 metros cúbicos de cimento.
56
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
4.3 Desempenho Social
Evolução dos Principais Indicadores Sociais
Emprego e Relações Laborais
Número de Colaboradores (efectivos e contratados)
Tipologia de Contrato
Contrato Permanente
Contrato a Termo
Cedência Temporária
Colaboradores por sexo
Masculino
Feminino
Média etária
Taxa de Rotatividade
Taxa de Absentismo
Colaboradores Sindicalizados
Formação
Número de horas de formação/ano
Saúde e Segurança
Índice de Gravidade (Ig)
Índice de Frequência (If)
Índice de Duração ou Avaliação da Gravidade (Id)
2001
2002
2003
2004
2005
757
743
728
714
687
%
%
%
94,4
2,8
2,8
94,0
2,6
3,4
96,3
3,0
0,7
96,1
2,2
1,7
95,4
3,0
1,6
%
%
anos
%
%
%
89
11
46,30
3,9
4,6
70,01
88
12
46,95
2,8
5,4
69,45
89
11
47,59
2,7
5,1
69,09
88
12
47,95
3,3
5,2
67,93
87
13
47,70
5,8
5,5
64,77
h
4 143
5 266
4 508
2 808
3 519
%
%
%
0,98
21,66
45,17
0,67
10,68
63,08
0,43
20,22
21,38
0,43
10,08
42,58
1,03
25,25
40,62
Práticas Laborais e Condições de Trabalho
De forma a assegurar a melhoria do desempenho dos seus Colaboradores e a garantir, por
conseguinte, o desenvolvimento dos seus negócios, o Grupo SECIL tem disponibilizado várias
ferramentas de Gestão de Recursos Humanois, das quais se salientam as seguintes:
Sistema de Análise de Resultados;
Modelo de Competências;
• Diagnósticos de Clima e Cultura Organizacional;
• Plano de Formação Anual
•
•
O Sistema de Análise de Resultados foi implementado em 2001 e consiste, em termos genéricos, numa revisão e discussão sistemática do cumprimento dos deveres e responsabilidades
dos Colaboradores e da sua contribuição efectiva para a prossecução dos objectivos da unidade de trabalho e da Organização.
O Modelo de Competências foi desenvolvido ao longo dos anos de 2004 e 2005 e contempla 12
competências:
- três culturais ou de negócio;
- quatro relacionais;
- três técnicas de gestão;
- duas técnico-funcionais.
Em 2000 e 2004, realizaram-se dois Diagnósticos Organizacionais que visaram, fundamentalmente, analisar as opiniões e atitudes dos quadros face aos processos de funcionamento e
gestão que têm vindo a ser implementados, e face ao desenvolvimento e expansão do Grupo.
Este projecto decorreu sob orientação do Professor Doutor António Caetano, em colaboração
com o Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE (CIS).
57
Caracterização dos Recursos Humanos
Evolução do Efectivo
Entre 2001 e 2005 regista-se uma tendência de diminuição progressiva do efectivo.
Número de Colaboradores*
760
740
720
700
680
660
640
2001
2002
2003
2004
2005
*Efectivos e Contratados a Termo
Tipologia de Contrato
Tomando como referência o ano de 2005, cerca de 95% dos Colaboradores são efectivos, 3%
contratados a termo e 2% encontram-se na situação de cedência temporária.
Colaboradores por Tipologia de Contrato (%)
90
4
80
3
70
2
60
1
2001
2002
2003
2004
Contrato Permanente
2005
Cedência Temporária
Contrato a Termo
Colaboradores por Sexo
A maioria dos colaboradores é do sexo masculino, representando o sexo feminino, em 2005,
cerca de 13%.
Proporção de Colaboradores por Sexo (%)
80
11
12
11
12
13
89
88
89
88
87
2002
2003
2004
2005
60
40
20
2001
Masculino
58
Feminino
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Esta tendência verifica-se igualmente a nível da Direcção, onde a população feminina representa 16%.
Composição da Direcção - Total (%)
3
97
80
14
15
14
16
86
85
86
84
2002
2003
2004
2005
60
40
20
2001
Masculino
Feminino
Em 2005, a média etária dos nossos Colaboradores situou-se nos 47,7 anos.
Média Etária
48
47
46
45
2001
2002
2003
2004
2005
A taxa de rotatividade registou uma ligeira subida - de 3,9%, em 2001, para 5,8%, em 2005, o
que, em grande parte, se pode explicar pelas saídas por mútuo acordo e pelas reformas verificadas em 2005. Pese embora o aumento desta taxa, pode ainda ser considerada baixa e explicada por dois factores fundamentais: idade e antiguidade.
Taxa de Rotatividade* (%)
6
5
4
3
2
1
2001
2002
2003
2004
2005
*(Admissões + Saídas) / 2
Efectivo médio
Tendo por base a expressiva percentagem de colaboradores em situação de efectividade e a
diminuta taxa de rotatividade, consideramos oferecer aos nossos colaboradores um sentimento de segurança de trabalho, não só pela estabilidade do Grupo como também pelos benefícios,
regalias e ainda pelo clima organizacional.
59
Em termos de absentismo, se analisarmos a linha de tendência entre os anos 2001 e 2005,
tem-se verificado um ligeiro aumento
Taxa de Absentismo (%)
5
4
3
2
1
2001
2002
2003
2004
2005
Relações Laborais
No que respeita às relações laborais, há que referir a assinatura do Acordo de Empresa por um
período de três anos (2005-2007).
No Grupo SECIL existem Comissões de Trabalhadores e Sindicais, que reúnem frequentemente com a Administração da Empresa, sendo-lhes comunicadas as decisões que afectem directamente as condições de trabalho dos nossos Colaboradores. Um bom exemplo desta realidade, entre outros, é o Grupo de Acompanhamento do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde
no Trabalho (GASGST), na Secil-Outão, que conta com a presença activa de três elementos da
Comissão de Trabalhadores.
Tomando como referência o ano de 2005, a expressão percentual de colaboradores sindicalizados ronda os 64%.
Colaboradores Sindicalizados (%)
80
60
40
20
2001
2002
2003
2004
2005
Benefícios e Retribuições
Através do Acordo de Empresa celebrado com as Organizações Sindicais, a SECIL garante a
todos os trabalhadores os seguintes benefícios: complementos de reforma e doença, 25 dias
úteis de férias por ano, seguro de acidentes pessoais, subsídios a trabalhadores estudantes,
auxílio escolar aos filhos de trabalhadores, entre outros.
No domínio da saúde, para além da medicina preventiva, a Empresa possui postos médicos em
cada uma das suas unidades fabris, onde são prestados cuidados de saúde a activos, reformados e respectivos familiares.
Adicionalmente, existem planos médicos para trabalhadores e respectivo agregado familiar,
que incluem cobertura de hospitalização, assistência ambulatória, maternidade, medicamentos, oftalmologia e estomatologia.
60
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Formação e Educação
A política de Recursos Humanos do Grupo SECIL centra-se num investimento permanente na
formação profissional e no reconhecimento da contribuição individual e colectiva dos seus colaboradores para os resultados atingidos.
Esta política visa não só aperfeiçoar conhecimentos tecnológicos de forma a consolidar o investimento realizado em equipamentos e na implementação de processos mais inovadores, como
também sensibilizar as pessoas para a mudança organizacional, facilitando o acompanhamento da estratégia de desenvolvimento da Empresa.
O aperfeiçoamento tem em vista afectar Recursos Humanos a acções de formação que tenham
como finalidade melhorias de desempenho. Esta finalidade espelha-se na formação contínua,
que tem como objectivo a dotação das competências necessárias à melhoria do desempenho
de funções, encontrando-se de igual forma presente nas novas formas de organização da formação, designadamente na integração da componente em contexto de trabalho, nos conteúdos
de grande parte dos cursos, de forma a permitir uma maior e mais rápida apreensão e aplicação das competências adquiridas em cada curso.
Assim sendo, a Empresa desenvolve competências, através de um plano de formação assertivo, para fazer face às exigências do curto, médio e longo prazo.
Incluídos nas 15 794 horas de formação ministradas no Grupo SECIL, no ano de 2005, encontram-se mestrados, pós-graduações e programas avançados destinados a complementar
formações académicas de base e a garantir que, fundamentalmente, os Quadros Superiores
tenham ao seu dispor as “ferramentas” necessárias para levar a cabo a missão do Grupo.
Como exemplo de formação especificamente concebida para outra franja da população ressaltamos o “Mega Programa” desenhado à medida da mais recente função criada – Oficial de
Processo. Este programa decorre desde 2002, tendo abarcado, até agora, cerca de 29 Oficiais
de Processo, com um volume de formação de 24 795 horas.
Volume de Formação*
25 000
20 000
15 000
10 000
5 000
2001
2002
2003
2004
2005
*Horas de Formação x Número de Formandos
61
Saúde e Segurança dos Colaboradores
As três fábricas têm um SGSST implantado segundo o referencial normativo OHSAS
18001:1999/NP4397.
Actualmente, a única fábrica portuguesa de produção de cimento certificada em saúde e segurança no trabalho e a Secil-Outão, encontrando-se as outras duas fábricas em vias de alcançar
o mesmo objectivo.
O Grupo SECIL é membro da Task Force (TF) 3 da CSI, constituída pelas principais cimenteiras
do mundo. No âmbito deste grupo, através de reuniões periódicas, procede-se à partilha de
informação relacionada com saúde e segurança no trabalho (benchmarking), nomeadamente
participação de acidentes de trabalho, principais causas de acidentes, acções correctivas e
acções de melhoria, entre outras. Como exemplo do trabalho desenvolvido por este grupo, pode
salientar-se o manual de “Melhores Práticas em Segurança para a Indústria Cimenteira”.
Tendo em mente a definição de “saúde” da OMS - Organização Mundial de Saúde, “um estado
de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença ou enfermidade”, o
Grupo SECIL tem apostado decisivamente na melhoria das condições de realização do trabalho, valorizando o ser humano, através de uma intervenção em todos os factores que podem
afectar o ambiente de trabalho e o colaborador, com vista a eliminar ou reduzir os riscos.
O Grupo tem investido fortemente na modernização e adequação das instalações no que se
refere à melhoria das condições de trabalho, por exemplo, através do reacondicionamento em
termos de segurança de equipamentos de trabalho/máquinas, insonorização de equipamentos,
instalação de sistemas de detecção e extinção de incêndio adequados a cada instalação, colocação de sinalética, entre outros.
O princípio da melhoria contínua está sempre presente em matéria de saúde e segurança,
sendo o principal input o feedback proveniente das inspecções e auditorias de segurança (internas e externas) e do GASGST. Estas inspecções e auditorias têm-se revelado ferramentas privilegiadas de melhoria do desempenho do SGSST, sendo com base nestas que se planeia a sensibilização/formação dos colaboradores em saúde e segurança no trabalho.
As reuniões mensais do GASGST têm como principal objectivo a proactividade na resolução de
assuntos relacionados com segurança e saúde no trabalho e a consulta e comunicação aos
Colaboradores.
Sendo a saúde dos Colaboradores uma das preocupações, os exames de Medicina do Trabalho
são de fulcral importância, pelo que são realizados com periodicidade anual, o que permite um
acompanhamento do estado de saúde. Todos os Colaboradores admitidos são sujeitos a exames médicos de admissão, de acordo com a legislação vigente.
62
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Nos gráficos seguintes apresenta-se a evolução dos índices de Frequência e Gravidade.
Índice de Frequência*
25
20
15
10
5
2001
2002
2003
2004
2005
2003
2004
2005
*Nº Acidentes c/ Baixa x 106
Horas Trabalhadas
Índice de Gravidade*
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
2001
2002
*Nº Dias Perdidos x 103
Horas Trabalhadas
A evolução do número de dias perdidos, provocados por acidentes de traballho com incapacidade temporária absoluta, encontra-se abaixo representada.
Índice de Avaliação da Gravidade
60
50
40
30
20
2001
2002
2003
2004
2005
63
Iniciativas Desenvolvidas com as nossas Comunidades Locais
António Febra, Presidente da Junta de Freguesia de Maceira
“A SECIL está a fazer um trabalho muito positivo”
A freguesia de Maceira, com 12 500 habitantes, é uma das maiores entre as 29
freguesias do concelho de Leiria. A fábrica Maceira-Liz foi aqui inaugurada há
82 anos e a população desenvolveu-se ao seu redor.
O SECIL Informação falou com António Febra, Presidente da Junta de Freguesia
de Maceira, para saber como tem sido a relação da Secil com a região e que
novos projectos estão a ser implementados.
A fábrica Maceira-Liz completa, no dia 3 de Maio, 82 anos de actividade. Ao longo
deste tempo, o que tem representado esta estrutura fabril para a freguesia de
Maceira?
Eu conheço a fábrica de Maceira desde sempre, o meu pai trabalhou lá.
Houve desde o início uma ligação muito próxima com a população. Nos primeiros tempos, e até ao 25 de Abril, a fábrica proporcionava condições básicas e importantes aos seus trabalhadores e aos residentes da freguesia. Desde a utilização dos balneários - naquele tempo não havia aqui água canalizada - até à deslocação do médico e mesmo de uma parteira a casa das pessoas,
tudo isso era proporcionado pela fábrica. Também se realizavam
sessões de cinema aos fins-de-semana. Estabeleceu-se nessa
altura uma relação de muito valor, quase paternal.
Depois do 25 de Abril, com a criação de melhores condições por
parte da Câmara, o povo passou a depender menos das estruturas da fábrica e houve um maior distanciamento. É verdade que a relação com a população
desde aí nem sempre foi fácil mas, apesar de haver algumas vozes mais críticas, existe
um sentimento de amizade para com a Fábrica de Maceira.
Como avalia a relação entre a Junta de Freguesia da Maceira e a SECIL?
A minha actuação como autarca tem sido sempre no sentido da cooperação. É preciso que
o povo entenda as empresas e que estas entendam as suas necessidades.
Depois de várias reuniões com a Administração da SECIL, verifiquei que há abertura e vontade para uma maior cooperação para o desenvolvimento da freguesia. Há ainda muito que
pode ser feito, mas considero que a SECIL está a fazer um trabalho muito positivo.
Pode dar alguns exemplos?
Além do fornecimento de cimento e outros materiais para obras na freguesia, como por
exemplo o alargamento de vias públicas, existem protocolos de apoio financeiro celebrados com a Câmara Municipal de Leiria que beneficiam a freguesia de Maceira.
A Administração da SECIL manifestou-se aberta à continuidade deste tipo de cooperação
e estou certo de que, em poucos anos, as pessoas na região que são mais críticas em
relação à SECIL vão poder mudar de opinião.
64
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
A cooperação tem sido também visível pelo lado da
Secil Martingança que, entre outros aspectos, nos
forneceu um terreno para a construção do novo mercado. Esta obra vai arrancar dentro de um mês e é
muito importante para a população de Maceira, que
não tem um mercado em condições.
Como interpreta os esforços desenvolvidos pela
SECIL para a redução de impactes ambientais junto
das suas fábricas?
Penso que houve uma grande evolução em relação
há alguns anos atrás. Eu fui o mentor de um movimento chamado “Maceira Saudável”, que alertou a
SECIL para a necessidade de alguns cuidados
ambientais aqui na região. Na altura, a fábrica garantiu-nos que iria colocar filtros de despoeiramento nas
suas instalações e, de facto, cumpriu. A SECIL fez um
grande investimento nesta área e penso que hoje se
pode dizer que a fábrica tem um nível de poluição
muito próximo do “zero”.
O próprio director da fábrica, o Eng.º Castela, é uma
pessoa muito interessada nos aspectos ambientais e
isso é fundamental para as coisas correrem bem
nesse campo.
Eu gostava que a Maceira fosse uma das freguesias
mais limpas e bonitas do concelho, e isto quer dizer
que não pode ter poluição. Em cada visita que faço à
fábrica de Maceira apercebo-me dos melhoramentos
que vão sendo realizados a este respeito e isso deixame satisfeito.
Anúncio publicado na imprensa regional de Setúbal
A Secil estabelece um Protocolo tripartido com a Câmara Municipal de
Setúbal e com várias dezenas de associações do concelho, através do
qual financia, com uma verba de 230 000 €, múltiplas actividades desportivas, culturais e de inclusão social na região, beneficiando milhares de setubalenses.
A Escola Secundária D. Manuel Martins, situada nas
Manteigadas, em Setúbal, possui um Clube de Ambiente,
denominado “Viva a Terra”, que tem beneficiado de apoio
da SECIL no que respeita a actividades relacionadas com a
criação de jardins e respectivas estruturas de rega.
Anualmente, a Escola convida os seus parceiros e patrocinadores para a cerimónia de hastear da bandeira do Clube
de Ambiente, aproveitando a ocasião para efectuar um
balanço das iniciativas realizadas durante o ano e apresentar novos projectos, mobilizando assim apoios e dando
prova de grande responsabilidade perante as demais entidades envolvidas.
65
Cronologia de uma Actuação Responsável
1965 Realização do primeiro Estudo de Recuperação Paisagística das Pedreiras da Secil-Outão, pelo
Arquitecto Paisagista Prof. Edgar Fontes
1968 Início do processo de fabrico do cimento por via seca em Portugal, na fábrica Maceira-Liz
1972 Medalha de Prata da Direcção-Geral de Minas (Serviços Geológicos), pelos serviços prestados às
Indústrias Extractivas
1976 Entrada em funcionamento do primeiro forno por via seca na fábrica Secil-Outão
Criação do Parque Natural da Arrábida (PNA)
1981 Aprovação do Plano de Recuperação Paisagística das Pedreiras da Secil-Outão, pelo PNA
1982 Início dos trabalhos de Recuperação Paisagística das Pedreiras da Secil-Outão
1984 Elaboração do primeiro Plano a Médio Prazo (15 anos) para a Recuperação Paisagística das
Pedreiras da Secil-Outão
1986 Início da queima de pneus usados na fábrica Maceira-Liz
1987 Ano Europeu do Ambiente – Secil-Outão recebe Prémio de Gestão Ambiental pela execução do
Plano inovador de Recuperação Paisagística das Pedreiras
1990 SECIL-Outão recebe Prémio EDP de Consumo Racional de Energia
1991 Inauguração do Museu do Cimento da fábrica Maceira-Liz
1993 Estudo encomendado pela DG XVII da Comissão das Comunidades Europeias, Portugal considerado
o 2º país com melhor performance energética, ao nível do sector cimenteiro europeu
1996 Comissão Executiva da SECIL decide sobre a implementação da SGQ e SGA no âmbito do Plano a
Médio Prazo 1996
1998 Certificação ambiental e de qualidade da “Exploração de Pedreiras e Fabrico de Cimento na fábrica
Secil-Outão” segundo a ISO 14001e ISO 9002
1999 Celebração do Contrato de Melhoria Contínua de Desempenho Ambiental para o Sector Cimenteiro
com o Ministério do Ambiente e o Ministério da Economia (1999-2004)
2001 Início dos trabalhos de “A Requalificação Visual e Paisagística do Vale de Mós e Zona Ribeirinha”
Certificação ambiental e de qualidade da “Exploração de Pedreiras e Fabrico de Cimento da CMP”
2002 Criação do Grupo de Desenvolvimento Sustentado da SECIL
Adaptação do Sistema de Gestão da Qualidade à Norma NP EN ISO 9001:2000
2003 Constituição da Comissão de Acompanhamento Ambiental da Secil-Outão
Transição da certificação do SGQ das três instalações, da ISO 9002:1995 para a EN ISO 9001:2000
2004 Certificação do SGSST da Secil-Outão, pelo referencial normativo OHSAS 18001
Início da valorização energética de biomassa vegetal como combustível alternativo na Secil-Outão
2005 Inauguração do espaço requalificado da Vale das Mós e Zona Ribeirinha
Pedido de registo no EMAS das três instalações fabris
Início do processo de valorização energética de RIBs na Secil-Outão
66
5
Objectivos Estratégicos
para o Período
2005-2010
Pilares do Desenvolvimento Sustentável
% afectação)
Objectivos
Ser considerada uma das
melhores Empresas para
trabalhar
Social
Ambiental
Económico
60
20
20
Grau de
Acções/Iniciativas
Desenvolver uma pool de talentos,
Cumprimento (%)
30
integrada numa cultura de
mobilidade e accountability
Assegurar uma melhoria contínua dos
30
níveis de segurança no trabalho, através
da certificação de todas as instalações fabris
nacionais, segundo a OHSAS 18001
Aumentar a qualidade da comunicação
20
interna e externa
Optimizarmos a produção de
cimento, em harmonia com um
elevado desempenho ambiental
e uma relação saudável com as
comunidades envolventes
35
35
30
Reduzir a incorporação de clínquer nos
50
cimentos, assegurando deste modo uma
redução do consumo de matérias-primas
naturais e uma redução da intensidade
carbónica do produto
Aumentar a utilização de combustíveis
30
alternativos, assegurando assim uma
redução do consumo de combustíveis
fósseis, a minimização das emissões de
CO2 e permitindo a diminuição de deposição
ou exportação de resíduos, através da sua
valorização energética
Melhorar a eco-eficiência na cadeia
30
de valor, estabelecendo sinergias com
fornecedores e/ou parceiros do
Grupo SECIL
Auscultar as partes interessadas e estabe-
33
lecer a relação de transparência no exercício da nossa actividade, através da criação
de CAA em todas as fábricas
Sermos percebidos como
parceiros tecnológicos
preferenciais (best service
provider)
40
20
40
Optimizar a qualidade e uniformidade
30
dos produtos
Desenvolver um departamento
30
de I&D que assegure o fornecimento de
soluções integradas e inovadoras no
domínio da construção, através da
endogeneização de novas tecnologias e
soluções produto/serviço
Crescermos e rentabilizarmos
o negócio, num quadro de
sustentabilidade
30
30
40
Atingir um volume e uma distribuição
30
geográfica do negócio que assegurem a
sustentabilidade do mesmo
Aumentar e diversificar a carteira de
30
Clientes
Controlar rigorosamente os custos de
50
fabrico e distribuição
Implementar, em novas unidades a
integrar no Grupo, as boas práticas a
nível de desempenho ambiental e das
relações com as comunidades já
adoptadas e em desenvolvimento no
grupo cimenteiro nacional
68
20
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
GRELHA DOS
INDICADORES
Referencial de
Indicadores
Secção do Relatório
2005
GRI
WBCSD
Grau de
E
C
Disponibilidade
Página
1. Visão e Estratégia
1.1
Declaração da Visão e da Estratégia da
Organização no que se refere à sua contribuição
para o Desenvolvimento Sustentável
X
•
6
1.2
Declaração do Conselho de Administração
ou do Presidente, com descrição dos pontos
principais do Relatório
X
•
8
X
•
•
•
•
•
•
•
•
•
2
2. Perfil
Perfil Organizacional
2.1
Nome da Organização
2.2
Principais produtos e/ou serviços,
incluindo marcas, se aplicável
2.3
Estrutura operacional da Organização
2.4
Estrutura funcional da Organização
2.5
Presença internacional
2.6
Tipo e natureza legal de propriedade
2.7
Mercados servidos
2.8
Dimensão da Organização
2.9
Lista das partes interessadas
X
X
X
X
X
X
X
X
16-21
16; 20
14-15
16
2; 13
16
16
27-31
Âmbito do Relatório
Pessoa a ser contactada para esclarecimentos
2.10
2.11
Período a que se referem as informações
2.12
Relatório mais recente
2.13
Limites do relatório
2.14
Alterações significativas ocorridas desde
o relatório anterior
2.15
Base de elaboração do relatório
2.16
Reformulação de informações
X
X
X
•
•
•
•
•
•
•
Perfil do Relatório
2.17
Princípios ou protocolos da GRI aplicados
2.18
Critérios e definições
2.19
Alterações significativas
2.20
Políticas e procedimentos internos
2.21
Verificações imparciais do relatório
2.22
Informações adicionais
X
X
X
X
X
X
21
•
• Rodapé de tabelas
--•
--•
21
•
22
•
X
•
•
•
•
•
•
•
•
X
X
X
X
22
22
--22
--21
---
3. Estrutura e Governação
Estrutura de Governação
3.1
Estrutura de governação
3.2
Percentagem de administradores independentes
e não-executivos
3.3
Especialização dos Membros do Conselho
de Administração
3.4
Processos do Conselho de Administração
3.5
Remuneração dos Executivos
3.6
Estrutura da Organização
3.7
Missão e valores, códigos internos de conduta
3.8
Mecanismos para os accionistas fazerem
recomendações ao Conselho de Administração
Participação das Partes Interessadas
3.9
Base para identificação e selecção das principais
partes interessadas
3.10
Formas de consulta às partes interessadas
3.11
Tipo de informação gerada pelas consultas
às partes interessadas
3.12
Uso das informações resultantes da participação
das partes interessadas
Políticas Abrangentes e Sistemas de Gestão
3.13
Explicação sobre o princípio da precaução
3.14
Cartas e princípios voluntariamente subscritos
3.15
Principais adesões a associações industriais
e empresariais
3.16
Políticas e/ou sistemas para gerir os impactes
a montante e a jusante
• Não Relevante ou Não Aplicável
E- Indicador Essencial
• Não Disponível
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
•
•
•
•
•
•
•
•
24
----26
--25
6
---
27
27
27
reflectido nos
indicadores
reportados
32
34
34-35
32-34
• Parcialmente Disponível • Disponível
C- Indicador Complementar
69
Referencial de
Indicadores
GRI
Secção do Relatório
E
3.17
3.18
3.19
X
X
Meios utilizados para gerir impactes indirectos
Principais alterações e mudanças operacionais
Programas de desempenho económico,
ambiental e social
3.20
Estado da certificação relativa a sistemas
económicos, ambientais e sociais
WS21 Sistemas de Gestão (% totalidade, % instalações)
WBCSD
Grau de
C
Disponibilidade
Página
-----
X
•
•
•
•
•
•
•
•
38
-----
•
•
-----
•
•
39
39
•
•
39
39
39
39
--38
X
X
X
•
•
•
•
•
•
•
•
X
•
•
39
---
•
•
•
•
•
•
•
•
40-41
40-41
---
•
•
•
•
40-42
---
X
X
68
34
34
4. Indicadores de Desempenho
4.1 Indicadores de Desempenho Económico
Impactes Económicos Directos
Clientes
Vendas líquidas
EC1
EC2
Análise regional do mercado
EC3
Custo dos bens, materiais e serviços
EC4
Percentagem de contratos pagos segundo
os termos estabelecidos
EC11 Classificação de fornecedores
Colaboradores
EC5
Salários e benefícios sociais
WS4 Salários e remunerações
Investidores
EC6
Distribuições aos investidores
EC7
Aumento/decréscimo em ganhos retidos
no fim do período
Sector Público
EC8
Soma de todos os tipos de impostos pagos
EC9
Subsídios recebidos
EC10 Doações discriminadas
EC12 Gastos em infra-estruturas para negócios
não-centrais
WE1 Contribuição para o crescimento do PIB
WE2 Investimento relacionado com a utilização
de matérias-primas alternativas
WE3 Compras de matérias-primas alternativas
WE4 Investimento em negócios locais ou regionais
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Impactes Económicos Indirectos
EC13 Impactes económicos indirectos
WS11 Criação de emprego indirecto
X
39
-------
4.2 Indicadores de Desempenho Ambiental
Materiais
EN1 Consumo total de materiais por tipo
(excepto a água)
WA1 Consumo total de materiais
WA5 Extracção na Pedreira
EN2 Percentagem de materiais utilizados que são
resíduos de fontes externas
WA2 Matérias-primas alternativas
WA3 Materiais reciclados utilizados
WA4 Contaminação das matérias-primas
WA26 Material de embalagem
Energia
EN3 Consumo directo de energia
EN4 Consumo indirecto de energia
EN18 Consumo anual de energia dos principais
produtos
EN19 Outros consumos indirectos de energia
e suas implicações
70
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
40-43
40-43
42-43
-----
-----
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Referencial de
Indicadores
GRI
Secção do Relatório
Água
EN5 Consumo total de água
WA6 Consumo de água na Pedreira
EN20 Fontes de água e ecossistemas/habitats
significativamente afectados pelo consumo de água
WA7 Saídas não-produto
EN21 Consumo anual de água existente no solo
e na superfície
EN22 Reciclagem e reutilização total de água
Biodiversidade
EN6 Habitats ricos em biodiversidade
WA11 Biodiversidade do ecossistema
EN7 Impactes sobre a biodiversidade
EN23 Total de terras para actividades de produção
ou extracção
WA9 Uso do solo na Pedreira
EN24 Superfície impermeável de terras
EN25 Impactes sobre áreas protegidas ou sensíveis
EN26 Alterações dos habitats naturais
WA10 Recuperação da área
EN27 Protecção e requalificação de ecossistemas
e espécies nativas
EN28 Número de espécies na Lista Vermelha da UICN
EN29 Unidades que operem ou pretendam desenvolver
operações em áreas protegidas
Emissões, Efluentes e Resíduos
EN8 Emissão de gases com efeito de estufa
WA16g CO2
WA19 Mitigação das alterações climáticas
WA20 Redução das emissões de CO2
WA21 Compensação da emissão de CO2
EN9 Utilização e emissão de substâncias
destruidoras de ozono
EN10 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas
significativas
WA16a Partículas
WA16b Poeiras
WA16c SO2
WA16e NO2
WA16f CO
EN11 Quantidade total de resíduos por tipo e destino
WA11 Total de resíduos gerados
WA12 Resíduos reciclados
WA13 Resíduos para aterro
WA14 Resíduos incinerados
WA15 Total de saídas não-produto
EN12 Descargas significativas na água
EN13 Derrames significativos
EN30 Outras emissões indirectas relevantes
de gases com efeito de estufa
EN31 Produção, transporte, importação e exportação
de resíduos
EN32 Fontes de água significativamente afectadas
pela descarga e escoamento de água
WA17 Emissões totais – ciclo de vida
WA18 Ar utilizado na combustão
Fornecedores
EN33 Desempenho ambiental dos fornecedores
E
WBCSD
C
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Grau de
Disponibilidade
Página
•
•
•
•
•
•
40;44
---
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
44
--44
----40;44
44
------44
44
44-52
44-52
--44
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
52-53
52-53
53;68
53
43;52-53
•
---
--53-54
54
54
53-54
53-54
--55
55
55
55
55
--55
-------------
71
Referencial de
Indicadores
GRI
Secção do Relatório
E
Produtos e Serviços
EN14 Impactes ambientais significativos dos principais
produtos e serviços
EN15 Percentagem recuperável dos produtos vendidos
ao fim do seu ciclo de vida
X
Conformidade
EN16 Incidentes ou multas
WS18 Conformidade
X
WBCSD
C
Grau de
Disponibilidade
Página
•
•
---
X
•
•
-----
X
X
X
•
•
•
•
56
56
-----
•
---
•
•
•
•
•
•
57; 58
57; 58-59
57; 58
X
•
57; 60
X
60
X
•
•
62-63
60
X
X
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
X
Transporte
EN34 Impactes ambientais significativos do
transporte utilizado
WS23 Tipo de transporte
WS24 Emissões da distribuição
WS25 Consumo de combustível da distribuição
X
Gastos Ambientais
EN35 Total de gastos ambientais e especificação por tipo
X
---
4.3 Indicadores de Desempenho Social
Práticas Laborais e Condições de Trabalho
Emprego
Mão-de-obra, estatuto, tipo de emprego e tipo
LA1
de contrato de trabalho
LA2
Criação de emprego e rotatividade
WS1 Criação de emprego
LA12 Benefícios dos Colaboradores além dos
previstos por lei
WS5 Emprego de expatriados
WS6 Emprego de indígenas
Trabalho e Relações Laborais
LA3
Percentagem de empregados representados
por organizações sindicais
LA4
Procedimentos para consulta e negociação
com os Colaboradores
LA13 Representação formal de trabalhadores em
tomadas de decisão ou Administração
Saúde e Segurança
LA5
Práticas sobre registo e notificação
de acidentes e doenças ocupacionais
LA6
Comités formais sobre saúde e segurança
LA7
Tipo de lesões, dias perdidos, índice
de absentismo e número de óbitos
WA22 Segurança do subcontratado
WS2 Absentismo
WS15 Taxa de acidentes
WS16 Gravidade dos acidentes
LA8
Descrição de políticas ou programas
a respeito de VIH/SIDA
LA14 Evidência de conformidade substancial com
as directrizes sobre SGSST
LA15 Acordos formais com Sindicatos
Formação e Educação
LA9
Média de horas de formação por ano,
por empregado e por categoria
WS14 Programas de formação
WS19 Workshops/formação
LA16 Programas para apoiar a continuidade
da vida laboral dos funcionários
LA17 Gestão da capacidade e formação ao longo
da vida profissional
72
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
•
•
•
•
•
60
-----
60
57; 60
--57; 60
57; 63
57; 63
--34
60
57; 61
61
61
--61
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
2005
Referencial de
Indicadores
GRI
Secção do Relatório
Diversidade e Oportunidade
LA10 Descrição de políticas ou programas promotores
de igualdade de oportunidades
LA11 Proporção homem/mulher e outros indicadores
de diversidade culturalmente apropriados
WS7 Diversidade da força de trabalho
WS3 Satisfação no trabalho
Direitos Humanos
Trabalho e Relações Laborais
HR1 Políticas de Direitos Humanos
HR2 Impactes sobre os Direitos Humanos
HR3 Procedimentos para avaliar os Direitos Humanos
HR8 Formação de empregados
E
WBCSD
C
X
X
X
X
X
X
X
X
Grau de
Disponibilidade
Página
•
•
•
•
--58-59
58-59
59
•
•
•
•
------61
Não Discriminação
HR4 Políticas que previnam todas as formas
de discriminação
X
•
---
Liberdade de Associação e de Negociação Colectiva
HR5 Política de liberdade de associação
X
•
---
Trabalho Infantil
HR6 Políticas que excluam o trabalho infantil
X
•
---
Trabalho Forçado e Compulsório
HR7 Políticas para prevenir o trabalho forçado
e compulsório
X
•
---
Práticas de Disciplina
HR9 Processos judiciais
HR10 Política de não-retaliação e sistema efectivo
e confidencial de recepção das queixas
dos funcionários
X
•
---
X
•
---
Práticas de Segurança
HR11 Formação em direitos humanos para
segurança dos funcionários
X
•
---
Direitos Indígenas
HR12 Políticas e procedimentos para tratar
das necessidades das populações indígenas
HR13 Queixas e reclamações da comunidade indígena
HR14 Receita operacional
X
X
X
•
•
•
-------
•
•
•
•
•
•
•
•
28-31; 64-65
--28-29; 64-65
--28-29; 64-65
64-65
•
---
•
•
-----
•
•
---
Sociedade
Comunidade
SO1
Políticas para gerir impactes sobre
as comunidades
WS8 Nível de ruído
WS9 Eventos de envolvimento da comunidade
WS10 Reclamações da comunidade
WS12 Programas de apoio à comunidade
WS13 Serviço comunitário
SO4
Prémios recebidos relevantes para o
desempenho social, ético e ambiental
WS17 Prémios ambientais
Suborno e Corrupção
SO2
Políticas referentes a suborno e corrupção
Contribuições Políticas
SO3
Políticas para a gestão de lobbies
e contribuições políticas
SO5
Financiamento de partidos políticos
Concorrência e Preços
SO6
Decisões do tribunal
SO7
Políticas para prevenir comportamentos
anti-competitivos
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
66
66
---
73
Referencial de
Indicadores
GRI
Secção do Relatório
E
WBCSD
C
Grau de
Disponibilidade
Página
-----
X
•
•
•
•
•
---
X
X
•
•
•
---
X
•
•
---
X
•
•
Investigação e Desenvolvimento
Responsabilidade sobre o Produto
Saúde e Segurança do Consumidor
PR1
Políticas para preservar a saúde e a segurança
do consumidor
WS20 Satisfação dos Clientes
PR4
Não-conformidade com a legislação referente
à saúde e segurança do consumidor
PR5
Reclamações relacionadas com a garantia
de saúde e segurança do consumidor
PR6
Conformidade voluntária com um código
de conduta, selos ou rótulos dos produtos
Produtos e Serviços
Informações sobre o produto e a sua rotulagem
PR2
PR7
Não-conformidade com a legislação referente
a informações e rotulagem do produto
PR8
Satisfação do consumidor
X
X
X
X
X
Publicidade
PR9
Adesão a padrões e códigos voluntários
relacionados com publicidade
PR10 Violação de regulamentações em publicidade
e marketing
Respeito da Privacidade
PR3
Respeito da privacidade do consumidor
PR11 Reclamações relacionadas com a violação
da privacidade de consumidores
74
X
X
-------
-----
---
---
R E L ATÓ R I O D E S U S T E N TA B I L I DA D E
Acrónimos
2005
GLOSSÁRIO
AFLOPS - Associação de Produtores Florestais de Setúbal
AIP - Associação Industrial Portuguesa
APCER - Associação Portuguesa de Certificação
ATIC - Associação Técnica da Indústria de Cimento
BCSD Portugal - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável
CAA - Comissão de Acompanhamento Ambiental
CENDES - Centro para o Desenvolvimento Empresarial Sustentado do INETI
CEPA - Conselho Estratégico para o Ambiente da AIP
CGQA - Conselho Geral da Qualidade, Ambiente e Segurança
CIS - Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE
CQAS - Comissão da Qualidade, Ambiente e Segurança da Secil-Outão
CQAC - Comissão da Qualidade, Ambiente e Segurança da CMP
CSI - Cement Sustainability Initiative
EBIT - Earnings Before Interest and Tax
EBITDA - Earnings Before Interest, Tax, Depreciation and Amortization
EDP - Electricidade de Portugal
EMAS - Eco Management and Audit Scheme - Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria
ETAR - Estação de Tratamento de Águas Residuais
GASGST - Grupo de Acompanhamento do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho
GDSS - Grupo de Desenvolvimento Sustentado da SECIL
GEE - Gases com Efeito de Estufa
GQA - Gestor da Qualidade, Ambiente e Segurança Local
GQAE - Gestor da Qualidade, Ambiente e Segurança da Empresa
GRI - Global Reporting Initiative
IA - Instituto do Ambiente
INR - Instituto Nacional de Resíduos
INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação
ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
LER - Lista Europeia de Resíduos
MTD - Melhor Técnica Disponível
OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Series
OMS - Organização Mundial de Saúde
PARP - Plano Ambiental de Recuperação Paisagística
PCIP - Prevenção e Controlo Integrados de Poluição
PNA - Parque Natural da Arrábida
PSS - Product Service System
QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza
RIB - Resíduo Industrial Banal
SGA - Sistema de Gestão Ambiental
SGQ - Sistema de Gestão da Qualidade
SGSST - Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho
SUSPRONET - Rede Comunitária sobre o Desenvolvimento de Sistemas Produto/Serviço Sustentáveis
TF - Task Force
UICN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos seus Recursos
YMT PT - Young Managers Team Portugal
WBCSD - World Business Council for Sustainable Development
75
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