Banco BPI 2003 - Relações com Investidores
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Banco BPI 2003 - Relações com Investidores
Banco BPI 2003 Relatório Índice RELATÓRIO Principais indicadores Apresentação do relatório Órgãos sociais Marcos históricos A identidade do BPI Estrutura financeira e negócio A Marca BPI Canais de distribuição Governo do Grupo BPI Responsabilidade pública Principais acontecimentos em 2003 Enquadramento Recursos humanos Tecnologia Operações Banca comercial Seguros Gestão de activos Banca de investimento Private Equity Análise financeira Gestão de riscos Rating Acções BPI Accionistas Criação de valor para o Accionista Referências finais Proposta de aplicação de resultados 4 6 10 11 12 13 14 15 16 17 19 20 25 28 30 31 50 51 55 59 61 93 105 107 109 110 111 112 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS Demonstrações financeiras consolidadas Notas às demonstrações financeiras consolidadas Certificação legal de contas e relatório de auditoria Relatório dos Auditores Relatório e parecer do Conselho Fiscal 113 121 170 172 173 RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DO GRUPO BPI Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 177 ANEXOS Informação sobre participações no capital 224 Principais indicadores (Montantes consolidados em milhões de euros, excepto quando indicado de outra forma) ∆% 02 / 03 1999 2000 2001 2002 2003 Activo total 16 550.5 21 907.4 24 792.9 25 669.1 26 195.3 2.0% Activo total mais desintermediação 20 753.3 26 331.3 29 098.3 29 576.9 30 533.1 3.2% 5.0% Situação líquida Crédito sobre Clientes (bruto) e garantias Depósitos de Clientes Recursos totais de Clientes Activos financeiros de terceiros sob gestão 650.7 930.0 908.7 1 168.9 1 227.3 12 023.4 16 542.8 18 768.9 19 738.0 20 690.1 4.8% 9 458.5 10 463.7 11 494.3 12 224.6 12 181.4 (0.4%) 14 801.2 16 507.8 17 392.9 17 690.3 18 213.9 3.0% 7 248.5 7 638.4 7 544.4 7 512.6 8 575.5 14.1% Cash flow corrente 207.2 278.6 327.0 310.4 329.1 6.0% Resultado corrente 139.6 152.5 190.6 192.1 200.8 4.5% Lucro líquido 124.8 152.4 133.3 140.1 163.8 17.0% Cash flow após impostos 192.3 278.5 269.6 258.4 292.2 13.1% Rendibilidade do activo total médio (ROA) 0.8% 0.8% 0.6% 0.6% 0.6% Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) 22.4% 21.8% 14.8% 13.5% 13.9% Cost-to-income1 65.0% 60.7% 58.1% 58.7% 57.5% Rácio de eficiência2 79.6% 71.9% 68.3% 67.1% 66.7% Rácio de requisitos de fundos próprios3 11.6% 9.8% 9.2% 10.2% 9.9% 6.8% 6.7% 5.9% 7.3% 6.7% Tier I3 Crédito vencido há mais de 90 dias em % do crédito a Clientes 1.4% 1.0% 0.9% 1.3% 1.2% Cobertura do crédito vencido por provisões 157.3% 194.2% 210.0% 153.0% 148.4% Financiamento das responsabilidades com pensões4 102.4% 101.6% 100.0% 100.1% 101.4% Valores por acção ajustados (euros)5 Cash flow após impostos 0.32 0.44 0.40 0.35 0.38 8.4% Lucro líquido 0.21 0.24 0.20 0.19 0.22 12.1% Dividendo 0.09 0.09 0.09 0.08 0.09 7.8% Valor contabilístico 1.05 1.37 1.34 1.54 1.61 5.0% 603.8 626.3 679.0 728.3 760.0 4.4% 3.86 3.18 2.15 2.18 2.92 33.9% N.º médio ponderado de acções (em milhões)5 Cotação de fecho ajustada5 (euros) Rendibilidade total do Accionista 2.5% (16.0%) (30.4%) 3.0% 38.5% 2 390.0 2 156.4 1 459.1 1 656.8 2 219.2 2.4% 2.4% 2.7% 3.9% 4.1% 592 592 584 564 573 1.6% 54 63 63 61 54 (11.5%) 8 239 8 359 8 106 7 576 7 025 (7.3%) 1) Custos de funcionamento (custos com pessoal e fornecimentos e serviços de terceiros) em % do produto bancário. 2) Custos de estrutura (custos com pessoal, fornecimentos e serviços de terceiros e amortizações) em % do produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras. 3) Calculado de acordo com as regras do Banco de Portugal sobre requisitos mínimos de fundos próprios (Aviso n.° 7 / 96). 4) Responsabilidades com pensões reconhecidas no balanço. 5) Ajustados por aumentos de capital, redenominação e renominalização do capital. 6) Inclui balcões tradicionais (483 em 2002 e 2003), lojas habitação, balcões in-store, centros de investimento e lojas automáticas. 7) Rede vocacionada para servir empresas de média dimensão (38 Centros de Empresas), de grande dimensão (6 Centros de Empresas), 4 Centros de Wholesale, 1 Centro de Project Finance e Institucionais (5 Centros). 8) Colaboradores do Grupo na actividade doméstica e internacional. Inclui trabalho a termo e temporário. Quadro 1 Capitalização bolsista em final do ano Dividend yield Balcões de retalho6 (número) Centros de Empresas e Institucionais7 (número) Colaboradores do Grupo BPI8 (número) 4 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 33.9% CRESCIMENTO, RENDIBILIDADE, SOLIDEZ E VALORIZAÇÃO Activo total líquido e desintermediação Bi.€ Bi.€ 35 20 28 Activo total1 Desintermediação2 Crédito e recursos 15 21 10 14 1) Corrigido de duplicações de registo. 2) Recursos de Clientes, com registo fora do balanço. 5 7 98 01 02 03 M.€ € 180 0.28 135 0.21 90 0.14 45 0.07 0 Ratio de crédito vencido1 Crédito vencido1 líq. de provisões em % do crédito a Clientes 1) Crédito vencido há mais de 90 dias. Capitalização bolsista 00 01 02 03 Lucro líquido por acção 0.00 99 Qualidade do crédito 1) Corrigidos de duplicações de registo. 0 99 0 99 Lucro líquido Recursos totais de Clientes1 Crédito a Clientes 00 01 02 99 03 % Bi.€ 6 2.0 4 1.5 2 1.0 0 0.5 -2 99 00 01 02 03 00 01 02 03 Fundos próprios e requisitos de fundos próprios 0 99 Fundos próprios Requisitos de fundos próprios 00 01 02 03 Ratings do BPI Bi.€ 2.8 Emitente A+ Estável Fitch Ratings 23 Out. 03* A2 Positivo Moody’s 21 Nov. 03* AEstável Standard & Poor’s 10 Fev. 04* 2.1 1.4 0.7 0 99 00 01 02 Notações de longo prazo * último relatório 03 Figura 1 Relatório | Principais indicadores 5 Apresentação do relatório Solidez e consistência O exercício de 2003 confirmou a adequada adaptação da estratégia do BPI à difícil conjuntura dos últimos três anos, marcados por uma importante desaceleração da procura interna e pelo claro agravamento do padrão de risco na economia portuguesa. No ano que passou, o lucro líquido do Banco subiu 17% e foi acompanhado por um inequívoco reforço da sua solidez económica e financeira: o crédito vencido desceu para 1.2%, as mais valias potenciais da carteira de participações superaram as menos-valias potenciais líquidas de provisões, – que caíram para menos de metade do valor registado em 2002 – a cobertura de responsabilidades por pensões ultrapassou os 100% e os rácios de capital mantêm-se confortáveis. Adicionando ao lucro líquido do exercício a recuperação das menos-valias potenciais líquidas em participações financeiras e a evolução favorável dos desvios actuariais relacionados com pensões, podemos constatar que a situação patrimonial do Banco beneficiou de um reforço de 400 milhões de euros no decurso do último ano. Melhorou, também, a rentabilidade, reflectida na subida do return on equity para 14% e no crescimento de 12% do lucro líquido por acção. E prosseguiu, em paralelo, a evolução favorável dos indicadores de eficiência, determinada pela contenção dos custos de estrutura e pela capacidade competitiva que o Banco tem afirmado nos principais segmentos da banca de retalho. A solidez do BPI e a consistência da sua estratégia foram de novo reconhecidas pelas principais agências de rating internacionais (Standard & Poor's, Fitch e Moody’s), que confirmaram as notações anteriores (A-, A+ e A2, respectivamente). No que respeita às perspectivas futuras (outlook), as duas primeiras mantêm a classificação de estável e a Moody’s sobe a sua para positivo, o que representa, neste domínio, o melhor conjunto de resultados entre as instituições financeiras portuguesas. A credibilidade do percurso do Banco foi ainda confirmada pelo mercado, através do comportamento das suas acções que, considerando o dividendo recebido, proporcionaram ao Accionista um rendimento de cerca de 40% em 2003, muito acima do índice PSI, que cresceu 17.4% no mesmo período. Eficiência O crescimento do resultado líquido do BPI em 2003 é explicado pela convergência de três efeitos positivos essenciais: a simplificação orgânica completada em 2002, que permitiu a eliminação de ineficiências fiscais e operativas, com reflexos importantes na redução de custos; o bom desempenho comercial, que permitiu um crescimento do produto bancário de 3.2%, reflectindo uma evolução muito favorável das comissões (+6.3% em termos consolidados); a continuidade da contenção dos custos de estrutura, que subiram apenas 0.4% em termos consolidados, com uma redução de 0.2% na actividade doméstica. Estes efeitos sobre-compensaram o impacto de três factores negativos: o recuo de 2.7% na margem financeira consolidada, sobretudo em consequência de uma redução de 17.6% na margem financeira estrita da actividade internacional, uma vez que a quebra, ao nível doméstico, atinge apenas 0.7%; a contribuição negativa da actividade internacional é explicada pela valorização do euro em relação ao dólar, que conduziu a uma queda de 15% na margem financeira do Banco de Fomento Angola, contabilizada em euros. Apesar deste factor de natureza conjuntural, a análise trimestral da margem financeira estrita evidencia uma evolução favorável ao longo de 2003, nos planos doméstico e internacional; o aumento de 19.4% nas dotações líquidas para provisões, explicado, principalmente, pela constituição de 17.5 milhões de euros de provisões não obrigatórias para outros riscos e encargos, uma vez que as provisões totais para crédito a Clientes caiem cerca de 5%; os resultados extraordinários negativos, que sobem de 5.3 para 18.9 milhões de euros, sobretudo em consequência do crescimento dos custos com pensões determinado pelo programa de reformas antecipadas em aplicação nos últimos anos, através do qual o número total de Colaboradores do Grupo foi reduzido em cerca de 20% entre o final de 2000 e o final de 2003. O exame do desempenho económico do BPI em 2003 permite confirmar a credibilidade do programa de redução de custos iniciado no exercício de 2001. O ligeiro crescimento dos custos de estrutura consolidados verificado no último exercício (+0.4%) é determinado pela actividade internacional, onde este indicador cresceu 17.4%, em consequência de um forte reforço da presença do Banco em Angola, através do BFA, que abriu 10 balcões (+60%), inaugurou uma nova sede e aumentou o quadro em 155 Colaboradores (+55%). Se considerarmos somente a actividade doméstica, a evolução dos custos de estrutura supera o objectivo inicial de crescimento zero, 6 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 registando uma quebra de 0.2%, que reflecte a descida de 0.7% nos custos com pessoal, o recuo de 8.5% nas amortizações e a subida de 3.4% nos fornecimentos e serviços de terceiros; e se fosse excluído o impacto da consolidação por integração global da BPI Rent, que passou a fazer-se a partir do exercício de 2003, os custos de estrutura teriam descido 1.3%. A evolução positiva dos custos permitiu uma nova redução do indicador de eficiência (cost-to-income), que passou de 58.7 para 57.5%, numa contínua linha descendente iniciada em 1999, a partir de um rácio de 65%. Torna-se claro, porém, que a evolução dos proveitos, determinada pela conjuntura económica negativa, mais profunda e prolongada do que a previsão inicial, não permitirá atingir no prazo previsto o objectivo de 53% estabelecido para este indicador no final de 2004. Competitividade O desempenho comercial do BPI confirmou a sua competitividade, expressa na capacidade de defender e aumentar quotas de mercado acima da sua quota natural na maioria dos segmentos mais relevantes da banca de retalho. Os recursos totais de Clientes cresceram 3%, com um aumento de 1.2 % nos recursos de balanço e de 18% nos recursos fora de balanço. Para este resultado contribuiu muito significativamente a carteira de fundos de investimento, que aumentou aproximadamente 15%, com uma captação líquida de 360 milhões de euros. Considerando apenas os fundos domiciliados em Portugal, a BPI Fundos ocupava, no final de 2003, o quarto lugar no ordenamento das sociedades gestoras, com uma quota de mercado de 17.5% e um excelente desempenho relativo em relação às rentabilidades obtidas. Muito positiva foi igualmente a evolução da BPI Vida, que conquistou a 2.ª posição na comercialização de seguros de vida de capitalização, objecto exclusivo da sua actividade, com uma quota de 18%, passando do 11.º para o 4.º lugar absoluto no ordenamento da produção de todo o mercado segurador. Presidente do Conselho de Administração Artur Santos Silva Estes números ilustram o excelente desempenho da área de Gestão de Activos do BPI, que aumentou em 14% o volume total sob gestão, com resultados igualmente muito relevantes no âmbito dos Fundos de Pensões. Segundo estudos publicados por analistas especializados independentes, a BPI Pensões obteve em 2003 o primeiro lugar entre as sociedades gestoras de fundos de pensões nacionais, no que respeita à rentabilidade mediana anual. Destes resultados beneficiou o próprio Fundo de Pensões do Banco, com uma rentabilidade anual de 15%, que permitiu atingir uma cobertura de 101% nas responsabilidades com pensões e disponibilizar uma margem não utilizada de 130 milhões de euros no “corredor” de 10% definido pelo Banco de Portugal para acomodar desvios actuariais e de rendimento sem provocar impacto imediato nos resultados. A carteira de crédito do Banco cresceu, por sua vez, um pouco acima dos 7%, ritmo semelhante ao do ano anterior e acima da média do mercado. Manteve-se a política selectiva seguida nos últimos exercícios, determinada por critérios de rentabilidade do capital alocado e, em consequência, voltou a registar-se um comportamento muito diferenciado entre os grandes segmentos de Clientes e produtos, com uma nova quebra acentuada da banca grossista (-30%) e crescimentos na banca institucional e project finance (+51%), grandes e médias empresas (+1.6%), pequenos negócios (+5.7%) e crédito hipotecário (16.5%). Neste último domínio, o Banco voltou a ganhar quota de mercado, passando de 9.2 para 9.8%, de acordo com as estimativas disponíveis, o que significa mais de 150% do índice registado em 2000. O crescimento da carteira de crédito foi acompanhado por um rigoroso controlo dos riscos, que permitiu, apesar da conjuntura adversa, baixar ligeiramente, para 1.2%, o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias, com uma cobertura de provisões de 148%, o que reflecte uma situação tranquila e em claro progresso relativamente ao ano anterior. Para os bons resultados alcançados pelo Banco no controlo dos riscos de crédito, numa situação de recessão económica generalizada, contribuiu a reestruturação operada em 2002 na área de Banca de Empresas, estabelecendo a separação funcional da actividade comercial e da análise de risco, que passou a depender de uma Direcção Relatório | Apresentação do relatório 7 Central própria, especializada e autónoma. Este processo correspondeu a uma mudança cultural profunda, acompanhada por uma extensa revisão do normativo interno e por um intenso programa de formação, com impactos muito positivos que começaram a concretizar-se plenamente em 2003, ao nível da análise de risco, do acompanhamento da carteira e da recuperação de crédito, mas também nos resultados da actividade comercial. Justifica-se mencionar especialmente a evolução do Banco de Fomento Angola (BFA), que completou em 2003 o primeiro ano como entidade autónoma de direito angolano, na sequência da transformação da sucursal do Banco BPI, resultante, por sua vez, da aquisição do Banco de Fomento e Exterior em 1996. O BFA representa 4.6% dos capitais próprios e 2.5% dos activos do Grupo. É o segundo banco local em depósitos e o terceiro em crédito, com quotas de mercado de 26.7% e de 21.2%, respectivamente. No momento da aquisição do Banco de Fomento, dispunha de três agências; hoje, é a segunda rede do País, com 27 balcões em todo o território nacional. Em 2003, os recursos e o crédito cresceram respectivamente 34 e 90%, em dólares, enquanto o número de Clientes aumentava 50%, para um total de 133 mil. Qualidade O BPI tem dedicado crescentes recursos e competências aos principais aspectos qualitativos do seu desenvolvimento, como a gestão da Marca, a formação dos recursos humanos, o nível de serviço, a tecnologia e os produtos. Em 2003, foi dado um novo passo neste domínio, através da criação, entre os instrumentos de gestão da rede comercial de Particulares, de um Índice de Qualidade de Serviço (IQS), baseado em inquéritos regulares a Clientes, que permitem estabelecer uma classificação trimestral dos balcões, divulgada internamente. O IQS transformou-se rapidamente num poderoso e credível instrumento de avaliação de desempenho, com um importante efeito de emulação, que favorece a focagem na qualidade de serviço e nas necessidades do Cliente. No quarto trimestre de 2003, o índice registou já um crescimento de 2.5% em relação ao período homólogo do ano anterior, suportado por melhorias ao nível do atendimento pessoal e do tempo de espera. A criação do IQS acompanha a modernização das rede de agências do Banco, através do desenvolvimento de um novo modelo de lay-out, já aplicado em 100 balcões, que favorece o atendimento personalizado, a especialização do serviço prestado e a completa automatização das principais transacções bancárias, incluindo depósitos de cheques e notas, disponíveis 24 horas por dia. Prosseguiu, em paralelo, o alargamento da rede de Centros de Investimento, com a abertura de oito novas unidades, destinadas a oferecer um serviço de assessoria financeira personalizada a Clientes particulares de elevado património. No final do ano, estavam em pleno funcionamento, nas principais cidades do País, 11 dos 15 Centros previstos nesta fase do projecto. Concluiu-se, por outro lado, a reorganização e segmentação da rede de apoio à Banca de Empresas, que passa a dispor de quatro centros de wholesale, seis centros de grandes empresas, 38 centros de médias empresas, um centro de project finance e cinco centros de banca institucional. A modernização da rede física desenvolve-se em articulação com uma forte expansão dos canais remotos, cada vez mais integrados na actividade corrente do Banco. Em 2003, a principal inovação nesta área correspondeu ao lançamento do BPI Net Empresas, um serviço de homebanking especializado que, no final do ano, dispunha já de 16 500 Clientes, com 6.6 milhões de páginas visualizadas. Os serviços BPI Directo / BPI Net registavam no final de 2003 um número próximo de 400 mil Clientes activos, correspondentes a um crescimento de 30%; e os acessos mensais ao BPI Net, através do qual são realizadas cerca de 60% das transacções de Bolsa, aumentaram 83%. O BPI Online, banco virtual do Grupo, cresceu 65%, o dobro do crescimento do mercado e conquistou, em 2003, dois lugares do seu ranking próprio, atingindo uma quota de mercado de 7%. O aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, das instalações e da tecnologia tem sido completado por uma actividade intensa de formação profissional, combinando cada vez mais a qualificação técnica e os aspectos de natureza comportamental, essenciais para sustentar os objectivos de melhoria da qualidade percebida pelo Cliente. As 814 acções de formação realizadas em 2003, num total de 60 mil horas, envolveram cerca de 40% dos Colaboradores do BPI. O investimento na dimensão qualitativa do serviço tem-se reflectido no aprofundamento dos atributos da Marca BPI, que mantém a terceira posição em termos de notoriedade no sector bancário, de acordo com as conclusões do Basef 2003, estudo especializado da Marktest, realizado continuamente há mais de uma década. No último ano o BPI sobe e classifica-se em segundo ou terceiro lugar em todos os atributos qualitativos relevantes: melhor banco, qualidade de atendimento, inovação, clareza da informação, solidez, confiança e eficiência. 8 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Renovação Por disposição estatutária (art.º 26, n.º 3), proposta pelo Presidente e aprovada pelo Conselho de Administração em 1998, cessa aos 62 anos o exercício de funções executivas no BPI. Nestes termos, o Presidente do Conselho de Administração do BPI prossegue o mandato para o qual foi eleito pelos Accionistas, mas deixará de desempenhar as funções de Presidente da Comissão Executiva a partir da realização da Assembleia Geral em que apresentará as Contas relativas ao exercício de 2003. Em 3 de Dezembro de 2003, por proposta do Presidente, o Conselho de Administração, no uso das suas atribuições estatutárias, escolheu o Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva. Inicia-se assim uma fase nova na vida da Instituição, em que os cargos de Presidente do Conselho de Administração e de Presidente da Comissão Executiva não coincidem na mesma pessoa. É uma renovação planeada e executada como previsto, da qual deve esperar-se a continuidade estratégica assegurada por uma história consistente, partilhada através de um percurso vencedor, ao longo de mais de vinte anos. O BPI terá agora à sua frente o mesmo Presidente do Conselho de Administração e um novo Presidente da Comissão Executiva de grande estatura profissional e humana, com sólidas provas dadas. A sua eleição não foi apenas a escolha certa. Foi também a escolha merecida. Comissão Executiva do Conselho de Administração Maria Celeste Hagatong (Vice-Presidente) (Presidente) Fernando Ulrich Artur Santos Silva António Domingues António Farinha Morais Manuel Ferreira da Silva José Pena do Amaral Relatório | Apresentação do relatório 9 Órgãos sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente Vice-Presidente Secretários Secretário da Sociedade Conselho de Administração Presidente Vice-Presidentes Vogais Comissão Executiva do Conselho de Administração Presidente Vice-Presidente Vogais Comité de Auditoria e de Controlo Interno Presidente Vogais Conselho Fiscal Presidente Vogais Vogal suplente Comissão de Remunerações Presidente Vogais Rui Manuel Chancerelle de Machete Vasco Manuel Airão Marques Galucho – Indústrias Metalomecânicas, S.A. Produtos Sarcol, Lda. Vitalina Justino Antunes Estela M. Barbot Manuel Correia de Pinho Artur Santos Silva Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Costa Rezende de Almeida António Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal Isidro Fainé Casas João Sanguinetti Talone José Pena do Amaral Klaus Dührkop Manuel Soares de Oliveira Violas Manuel Ferreira da Silva Maria Celeste Hagatong Riunione Adriática di Sicurtá Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell Fernando Ramirez Diethart Breipohl Artur Santos Silva Fernando Ulrich António Domingues José Pena do Amaral Maria Celeste Hagatong Manuel Ferreira da Silva António Farinha Morais Ruy Octávio Matos de Carvalho Carlos da Câmara Pestana Alfredo Rezende de Almeida Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal Fernando Ramirez Jorge de Figueiredo Dias José Ferreira Amorim Magalhães, Neves e Associados, SROC, S.A. António Dias & Associados, SROC, S.A. (suplente) Augusta Francisco António Dias Itaúsa Portugal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Cotesi – Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A. Arsopi – Indústrias Metalúrgicas Arlindo Soares de Pinho, S.A. Figura 2 10 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Marcos históricos LIDERANÇA, INOVAÇÃO E CRESCIMENTO 1981 A Sociedade Portuguesa de Investimentos nasceu em 1981 com um projecto claro para a década que então começava: financiar projectos de investimento do sector privado, contribuir para o relançamento do mercado de capitais e para a modernização das estruturas empresariais portuguesas. Contava com uma estrutura accionista diversificada, que incluía uma forte componente nacional – constituída por 100 das mais dinâmicas empresas portuguesas – e um conjunto de cinco das mais importantes instituições financeiras internacionais. 1996 / 1998 Um ano depois, em 1996, dava-se início, com a aquisição do Banco de Fomento e do Banco Borges, ao processo de integração dos três bancos do Grupo BPI, que culminaria, dois anos depois, na criação do Banco BPI. Este passaria a deter a maior rede de balcões de marca única em Portugal. Com efeito, em 1998, a fusão do Banco Fonsecas & Burnay, do Banco de Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão deu origem ao Banco BPI, tendo também sido absorvido, no final desse ano, o Banco Universo, um banco in-store. Depois da fusão, a estrutura simplificou-se significativamente, pois o BPI SGPS passou a integrar apenas duas instituições bancárias: o Banco Português de Investimento, designado por BPI – Investimentos, e um novo Banco Comercial, o Banco BPI. 1985 Em 1985, a SPI transformava-se em Banco de Investimento e adquiria a possibilidade de captar depósitos à ordem e a prazo, conceder crédito a curto prazo, intervir nos mercados interbancários e praticar operações cambiais. Um ano depois, em 1986, a trajectória do Banco foi marcada pela abertura do capital e pela admissão das acções à cotação nas Bolsas de Valores de Lisboa e do Porto. 1999-2001 No triénio 1999-2001, o BPI confirmou o potencial de crescimento, modernização e reforço estrutural que fundamentou a operação de fusão executada em 1998: conquistou quota de mercado em todas as áreas relevantes da Banca Comercial, alargou e actualizou a estrutura de distribuição, transformando-se rapidamente num banco multicanal, renovou profundamente a sua base tecnológica e construiu uma das marcas com maior vitalidade do sistema financeiro. 1991 Em 1991, uma década depois da sua criação, o BPI conquistara já uma clara liderança nas principais áreas da Banca de Investimento, desempenhava um papel preponderante, que viria a reforçar ao longo da década de 90, no programa de privatizações em Portugal, e assumia a vontade de consolidar a sua posição como um dos principais grupos financeiros portugueses. Foi neste sentido que empreendeu a aquisição do Banco Fonsecas & Burnay (BFB), a qual lhe assegurou a entrada na Banca Comercial e lhe proporcionou um ganho de dimensão, preparando-o para o processo de concentração no sistema financeiro Português. O Grupo pretendia, assim, ser capaz de assegurar a oferta do espectro completo de serviços financeiros a empresas e particulares. Foi então estabelecida uma parceria com o Grupo Itaú, que foi iniciada com a participação no BFB e que, em 1994, foi convertida numa participação no próprio BPI, do qual passou a ser um dos Accionistas de referência. 2002 Em 2002, o BPI concluiu um importante programa de reorganização interna que alterou de forma substancial a estrutura societária e o modo como é governado. O programa envolveu, no essencial, a centralização no Banco BPI do negócio de Banca Comercial e a concentração no Banco de Investimento do respectivo negócio natural. O BPI SGPS incorporou o Banco BPI e, simultaneamente, o seu objecto social passou a ser a Banca Comercial, adoptando a designação Banco BPI e assumindo o papel de entidade de topo do Grupo. Estas alterações dotaram o BPI de uma configuração jurídica simplificada, mais conforme com o seu modelo de negócios actual, que permitirá alcançar, no decorrer dos próximos anos, economias de custos e ganhos de eficiência no funcionamento do Grupo. É criado o Banco de Fomento, em Angola, por transformação da sucursal de Luanda do Banco BPI em banco de direito angolano. 1995 Em 1995, a Instituição viu a respectiva composição reorganizada: o BPI foi transformado numa holding bancária sob a forma de SGPS, que passou a ser a única sociedade do Grupo cotada na Bolsa de Valores, controlando o Banco Fonsecas & Burnay e o Banco Português de Investimento, criado por trespasse dos activos e passivos afectos à actividade característica deste tipo de instituição e, até então, detidos pelo BPI. O BPI intensificou, em simultâneo, o programa de racionalização, rejuvenescimento e qualificação dos seus recursos humanos, de aperfeiçoamento da sua tecnologia, aprofundamento dos canais de distribuição e desenvolvimento da Marca, que se encontra permanentemente em vigor, e que se destina a reforçar decisivamente as competências essenciais à afirmação dos objectivos que constituem o projecto do Banco para o futuro: eficiência, qualidade e serviço. Esta reorganização conduziu à especialização das unidades do Grupo e foi acompanhada de um importante reforço da sua estrutura accionista, com a entrada de dois novos parceiros estratégicos de grande dimensão, que vieram juntar-se ao Grupo Itaú: La Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona (La Caixa), e o grupo segurador alemão Allianz. Activo total líquido e desintermediação Criação do Banco BPI (fusão dos bancos comerciais BFB, BFE e BBI) Aquisição do Banco Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão 17 Bi.€ Programa de reorganização interna, racionalização, rejuvenescimento e qualificação 20 Bi.€ Criação da holding BPI SGPS 8.2 Bi.€ Aquisição do Banco Fonsecas & Burnay Criação da SPI, Sociedade Portuguesa de Investimentos Transformação da SPI em Banco Português de Investimento 5 M.€ 66 M.€ 81 82 83 84 85 86 87 88 31 Bi.€ 5 Bi.€ 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 Relatório | Orgãos sociais e Marcos históricos 11 A identidade do BPI Uma Empresa é como um indivíduo: tem identidade e personalidade, distingue-se pelo seu carácter, pelos seus princípios, pela sua forma de agir, pelos seus objectivos. A identidade do Banco BPI é marcada pela cultura financeira e empresarial do Banco Português de Investimento. Os traços essenciais dessa cultura são a independência da gestão, a flexibilidade organizativa, o trabalho de equipa, a distinção do mérito, a capacidade de antecipação, a rigorosa administração de riscos e a segura criação de valor. A adequada rendibilidade do Banco, através das melhores práticas de gestão e de serviço, constituem um objectivo essencial da nossa actividade. A protecção dos interesses dos Clientes, com dedicação, lealdade e sigilo, é um dos primeiros princípios da ética empresarial e das normas de conduta dos Colaboradores do Banco. A Personalidade de uma Instituição afirma-se através de atributos próprios, que ganham consistência e credibilidade na relação que todos os dias se estabelece com os Clientes e com a Comunidade. O BPI valoriza especialmente dois desses atributos: a Experiência e a Harmonia. A Experiência é o reflexo da formação das nossas equipas e do importante património profissional acumulado ao longo da história de cada uma das Instituições que deram origem ao Banco. Traduz-se na dimensão da sua presença comercial, na solidez dos seus indicadores financeiros, na segurança do seu crescimento e numa comprovada capacidade de realização e liderança. À Experiência queremos associar a Harmonia, que exprime a permanente ambição de servir os Clientes e a Comunidade com os mais elevados padrões de ética e qualidade. É um propósito projectado para o futuro, sempre em aberto, determinado pela constante vontade de aperfeiçoamento que nos permitirá fazer melhor. É o nosso objectivo mais exigente e, em última análise, o que justifica todos os outros. 12 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Estrutura financeira e negócio O Grupo BPI – liderado pelo Banco BPI – é um grupo financeiro universal, multiespecializado, predominantemente focalizado no negócio de Banca Comercial e na actividade doméstica, à qual estão alocados 95% do capital. O Banco BPI serve mais de 1.3 milhões de Clientes – Particulares, Empresas e Institucionais –, através de uma rede de distribuição multicanal composta por aproximadamente 500 balcões de retalho, 11 centros de investimento, serviço de homebanking (BPI Net), banca telefónica (BPI Directo), balcões especializados, rede de promotores externos e estruturas dedicadas aos segmentos das Empresas e dos Clientes Institucionais. O Banco Português de Investimento, matriz original do Grupo BPI, desenvolve a actividade de Banca de Investimento – Acções, Corporate Finance e Private Banking. A actividade de Private Equity é conduzida por uma sociedade detida em 84%. O BPI detém, na Gestão de Activos, posições muito relevantes na gestão de fundos de investimento, fundos de pensões e seguros de vida-capitalização. No exterior, o negócio de Banca Comercial do BPI, ao qual estão afectos 5% do capital do Grupo, é desenvolvido, essencialmente, em Angola, pelo Banco de Fomento, detido a 100% e, em Moçambique, pelo BCI Fomento detido a 30%, em parceria com a Caixa Geral de Depósitos. No que diz respeito aos seguros, o BPI tem uma parceria com a Allianz para os seguros não vida e vida risco, consubstanciada numa participação de 35% na Allianz Portugal e num acordo de distribuição de seguros através da rede comercial do Banco. O BPI detém ainda 50% de uma companhia de seguros de crédito, a Cosec. Principais entidades do Grupo BPI1 Banco BPI Banca Comercial doméstica Banca de Investimento Private Equity Banco Português de Investimento Inter-risco 100% Participações financeiras Banca Comercial no estrangeiro 84% Banco de Fomento Angola BPI Fundos 100% BCI Fomento Moçambique Banco BPI Cayman 1) Participações efectivas, directas e / ou indirectas. Seguros Gestão de Activos Allianz Portugal 100% BPI Pensões 30% 35% Cosec 100% 50% BPI Vida 100% 100% Figura 3 Relatório | A identidade do BPI e Estrutura financeira e negócio 13 A Marca BPI A Marca BPI consolidou em 2003 a sua posição como terceira marca do sistema bancário português, quer no plano da notoriedade espontânea, quer ao nível dos principais atributos qualitativos, de acordo com os resultados do Estudo Base sobre o Sistema Financeiro (Basef), publicado regularmente pela Marktest há mais de uma década, a partir de uma amostra aleatória de 15 mil entrevistas anuais, organizadas em três vagas quadrimestrais. Notoriedade e Atributos O indicador de notorieade espontânea (primeira referência) regista um crescimento superior a 10% em relação a 2001 e evidencia uma melhoria em relação ao segundo e ao quarto classificados, a exemplo do que se tinha já verificado no exercício do ano passado. Mais impressivo é porém o progresso registado na percepção dos principais atributos qualitativos da Marca: o BPI sobe de terceiro para segundo lugar como "melhor banco", de quarto para segundo no que respeita ao "atendimento", de quarto para terceiro na classificação de "banco mais inovador" na "clareza de informação" e na "eficiência", mantendo a terceira posição, com um reforço de 15%, no indicador de "confiança". Num ano marcado por uma forte recuperação do investimento publicitário no sector financeiro, o BPI voltou a ocupar os primeiros lugares, entre os principais Grupos, no que respeita aos indicadores de eficiência. O Banco foi o quarto investidor do sector, mas obteve a segunda posição nos indicadores de recordação espontânea e de recordação comprovada em Televisão, no conjunto do ano, o que lhe permite apresentar o melhor indicador de eficiência, medida através da relação entre o investimento realizado e o nível de recordação obtido. 14 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Qualidade e Satisfação O progresso consistente dos atributos qualitativos associados à Marca BPI reflecte, a montante da política de comunicação, uma preocupação sistemática com a melhoria da qualidade do serviço prestado aos Clientes, que constitui o objectivo final de um programa de investimentos concentrado em três eixos principais: a formação comportamental dos Colaboradores, o aperfeiçoamento tecnológico da plataforma multicanal que serve o conjunto do Banco e a modernização das redes, através de novos modelos de segmentação e de organização dos espaços físicos. A valorização da qualidade de serviço como objectivo central da Instituição conheceu mais um impulso importante em 2003, com a criação de um novo instrumento de gestão da Banca de Particulares, o Índice de Qualidade de Serviço (IQS), que permite estabelecer uma classificação trimestral dos balcões, com base em inquéritos regulares a Clientes. Neste plano, merece relevo o facto de o BPI ter conquistado de novo, em 2003, o primeiro lugar entre os cinco maiores bancos portugueses na classificação do Índice Europeu de Satisfação de Clientes relativa a Portugal. Este índice, apresentado regularmente desde 1999, é elaborado através de uma parceria entre o Instituto Português da Qualidade, a Associação Portuguesa para a Qualidade e o Instituto Superior de Estatística da Universidade Nova de Lisboa, com base num modelo de âmbito europeu, supervisionado por duas entidades internacionais – a Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade e a Organização Europeia da Qualidade. Canais de distribuição Redes de distribuição do Banco BPI em Portugal Continental Clientes Banca de Particulares e Pequenos Negócios Particulares Redes físicas Balcões tradicionais Espaços habitação Pequenos negócios Turnover até 2.5 M. euros Espaços internet In-store 483 64 BPI Directo (banca telefónica) BPI Imobiliário 808 200 500 www.bpiimobiliario.pt Centros de investimento 11 Lojas habitação 19 Lojas automáticas 47 281 mil imóveis anunciados 464 mil aderentes 310 13 Banco automático (ATM) Banca de Wholesale Empresas, Banca 70 maiores grupos Institucional empresariais e Project Grandes empresas Finance Canais de acesso remoto BPI Net (homebanking) BPI Online (corretagem) www.bpinet.pt www.bpionline.pt 464 mil aderentes 14 maiores mercados mundiais 1 118 Centros de wholesale 4 Centros de grandes empresas 6 Centros de médias empresas 38 Project Finance Centros de project finance 1 Institucional1 Centros institucionais 5 Banco Electrónico BPI BPI Net Empresas www.bpinetempresas.pt Turnover acima de 25 M. euros Médias empresas Turnover entre 1.25 M. euros e 25 M. euros 1) Autarquias, regiões autónomas, sistema de segurança social, universidades, associações de utilidade pública e outras entidades com fins não lucrativos. Figura 4 Redes de distribuição do Grupo BPI no estrangeiro Bancos Banca Banco de Fomento Comercial (Angola – 27 balcões) Sucursais Escritórios de representação Paris (9 balcões) Paris Madrid BCI Fomento1 (Moçambique – 31 balcões) Hamburgo S.ta Maria – Açores (Sucursal Financeira Exterior) Banco BPI Cayman Newark Caracas Funchal – Madeira (Sucursal Financeira Exterior) Banca de Investimento Genebra Joanesburgo Acordos de distribuição2 Canadá (Banco Montreal)* Luxemburgo (Banco DEXIA/BILL)* Bélgica* Suécia* Reino Unido* Austrália Brasil Santiago de Compostela Madrid BPI Suisse 1) Participação de 30%. 2) Acordos de distribuição com bancos ou correios para apoio às comunidades emigrantes (assinalados com *) e redes de Agentes. Figura 5 Relatório | A Marca BPI e Canais de distribuição 15 Governo do Grupo BPI Os princípios, as políticas e a prática do BPI, relativamente a um conjunto de temas associados ao modo como é gerido e fiscalizado, encontram-se descritos no relatório sobre o Governo do Grupo BPI, apresentado em anexo1 ao Relatório do Conselho de Administração. O Conselho de Administração do BPI tem procurado apresentar um relatório cada vez mais completo com a preocupação de responder positivamente às iniciativas da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre o “Governo das Sociedades Cotadas” e de aperfeiçoar o modelo de governo do BPI e a respectiva política de reporte de acordo com as reflexões publicadas por diversos organismos europeus, nomeadamente a Comissão Europeia. De entre os aspectos analisados no Relatório sobre o Governo do Grupo BPI, importa destacar os seguintes: a descrição pormenorizada da composição, competências e actividade desenvolvida pelos órgãos de gestão e controlo do Grupo BPI; a existência, desde 1999, de um Comité de Controlo Interno (e que em 2003 passou a denominar-se Comité de Auditoria e de Controlo Interno) que, sendo constituído por membros sem funções executivas, reforça a respectiva independência e o cumprimento efectivo dos objectivos a que se propõe; as medidas levadas a cabo pelo BPI tendentes a estimular a participação dos Accionistas na vida societária, designadamente nas Assembleias Gerais. Exemplo de tal é a ampla divulgação, para além do exigível por lei, das matérias a serem deliberadas e dos procedimentos necessários para o exercício de voto, a possibilidade de votar por correspondência (postal e electrónica), a existência de boletins de voto, a criação de uma página na Internet para apoio ao evento, etc; a caracterização da política de remuneração do BPI e seus componentes e a informação sobre os montantes auferidos pelos membros do Conselho de Administração, incluindo uma descrição exaustiva do programa de atribuição de acções e de opções de compra sobre acções (RVA); a divulgação dos montantes pagos pelo Grupo BPI aos seus auditores (e à sua rede) e dos mecanismos de salvaguarda da independência existentes (tanto de parte do BPI como dos auditores), que asseguram a objectividade e a confiança no trabalho de revisão. a vinculação dos membros dos órgãos de gestão e dos Colaboradores a um conjunto de regras internas, expressas em códigos de conduta, que suplantam, em certos casos, o exigido por lei e pelas associações profissionais; as políticas e práticas adoptadas pelo BPI com o objectivo de salvaguardar a ocorrência de situações de conflito de interesses ou violação do sigilo profissional, assegurar a diligência e lealdade na actividade de intermediação de valores mobiliários, promover o combate ao terrorismo e ao branqueamento de capitais e prevenir a ocorrência de situações de inside trading; 1) Vide páginas 175 a 222. 16 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 a existência desde 1993 de uma estrutura exclusivamente dedicada às relações com os investidores, que para além de estar disponível pelos meios de comunicação tradicionais, dispõe de um web site (www.ir.bpi.pt) onde é possível encontrar toda a informação de natureza institucional, em português e em inglês, divulgada ao mercado. a análise da evolução da acção Banco BPI em bolsa, incluindo a identificação de todas as comunicações de factos relevantes ao mercado, indicadores de mercado nos últimos 5 anos, bem como a informação sobre transacção de acções próprias, a política de dividendos do BPI e a estrutura accionista do Grupo. Reconhecimento pelo mercado No âmbito da XVI edição dos prémios para os melhores relatórios e contas de sociedades cotadas na Bolsa portuguesa, o BPI foi distinguido, em 2003, pelo terceiro ano consecutivo, e pela oitava vez em dezasseis edições, com o prémio de “Melhor Relatório e Contas do sector financeiro” e, com o prémio – em segunda edição, e ganho pela segunda vez – de “Melhor Relatório de Corporate Governance” de entre todas as sociedades cotadas na Euronext Lisboa. Na edição de 2003 dos “Investor Relations Awards”, o BPI foi igualmente, distinguido com nomeações nas categorias de melhor programa global de relações com investidores, melhor investor relations officer e melhor utilização da tecnologia em relações com investidores. As nomeações e os prémios obtidos pelo BPI, constituem a reafirmação do reconhecimento público do modo completo, rigoroso e transparente, como o Banco comunica ao mercado a sua actividade e a forma como é governado e controlado. Responsabilidade pública CULTURA, INVESTIGAÇÃO, ENSINO E SOLIDARIEDADE SOCIAL No exercício de 2003, o Grupo BPI, apesar das dificuldades conjunturais, continuou a apoiar, nas áreas da cultura, educação, investigação e solidariedade social, os projectos e iniciativas de inquestionável mérito, cumprindo, assim, os compromissos anteriormente assumidos. Patrocinou também outras iniciativas que se apresentaram devidamente justificadas e preparadas. Na área da cultura, o Grupo BPI seguiu a mesma linha de continuidade, adoptando sempre uma política activa e de apoio à criação com sentido de diversidade e à inovação como compromisso durável. A convite do Senhor Presidente da República, o Grupo BPI comprometeu-se a ser mecenas do Museu da Presidência, cuja inauguração já está prevista para Maio de 2004. Em 2003, foi renovado, por mais dois anos, o protocolo assinado com a Fundação de Serralves, e continuado o apoio às Fundações Aquilino Ribeiro, Casa de Mateus, Eça de Queiroz, Eugénio de Andrade, Júlio Resende, Luís Miguel Nava, Rei Afonso Henriques. Também a Fundación Justicia en el Mundo mereceu o apoio do Banco BPI. Com a Fundação Calouste Gulbenkian continuou em vigor o protocolo para o patrocínio do ciclo Grandes Orquestras Mundiais. De novo, foram também considerados merecedores de patrocínio o Círculo de Cultura Musical do Porto, o Concurso Internacional de Música do Porto, a Orquestra Nacional do Porto, os Encontros de Música da Casa de Mateus, os II Encontros com a Música – Quinta da Aveleda, o Festival de Música Lírica, promovido pela Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Associação Cultural do Monte de Fralães. Foi dado apoio a novas edições de livros de arte sobre artistas portugueses, que vieram engrossar o número já vasto das publicações de referência de anos anteriores. Refira-se o livro sobre a obra de desenho do Arquitecto Alvaro Siza “O que a luz ao cair deixa nas coisas”, com texto de Bernardo Pinto de Almeida; uma edição retrospectiva de Justino Alves, um livro sobre pinturas de Jaime Izidoro, “Transições” (exposição retrospectiva de alunos da Faculdade de Belas Artes do Porto. Na área da fotografia deve salientar-se “Porta do Paraíso” de Júlio de Matos; “Vento como se não houvesse”, de João Paulo SottoMayor e “O Convento dos Cardaes – Veios da Memória”. Mereceu também o apoio do Banco o filme Vanitas de Paulo Rocha. O BPI colaborou ainda nos livros de homenagem a Francisco Salgado Zenha e Helena Vaz da Silva. Foi também dada continuidade aos apoios concedidos ao Palácio Nacional da Ajuda; à Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas, CRL; à Associação Comercial do Porto, para publicação de O Tripeiro; à Associação Casa Museu Abel Salazar; ao Ateneu Comercial do Porto; à Associação Museu da Imprensa; à Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira; à Associação Cultural – Casa de Animação; ao Centro Português de Fotografia; ao Festival Internacional de Curtas Metragens de Vila do Conde; ao Fórum Portugal Global; ao Lawn Tennis Clube da Foz; à Marânus – Associação Divulgadora da Vida e Obra de Teixeira de Pascoaes; à APOR – Agência Portuguesa para a Modernização do Porto – Projecto Porto com Pinta; à APCNP – Associação para a Promoção Cultural do Norte de Portugal. Na área do ensino e investigação, como em anos anteriores, foram significativos os apoios concedidos às Universidades do Porto e de Coimbra, à Universidade Católica Portuguesa, à Universidade Técnica de Lisboa e ao BBS – Instituto Bancário da Bolsa e dos Seguros. Deu-se continuidade a iniciativas relativamente às quais havia já compromissos anteriormente assumidos, mas também se apoiaram novos projectos como o da Escola das Artes do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, ou a exposição comemorativa dos 50 Anos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Destacase, também, o apoio à Cátedra Portuguesa – António Borges, no INSEAD. O AR.CO. Centro de Arte & Comunicação Visual, o Colégio Universitário de Montes Claros e a Associação Portuguesa – Parlamento Europeu dos Jovens mereceram, mais uma vez, o apoio do BPI. Também em 2003 se continuou a assumir o compromisso relativo ao projecto do ensino de Português, em Timor, na Diocese de Baucau. Foi concedido um subsídio ao Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais para o Fórum Euro-Latino Americano e à Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial – APGEI, para a realização da conferência anual sobre inovação. Cumpre acrescentar que o Banco BPI, por convite do Ministério da Economia, foi também um dos patrocinadores do importante estudo ”Portugal 2010: Accelerating Productivity Growth”. Particular significado deve ser atribuído à criação da COTEC – Associação Empresarial para a Inovação, na sequência de uma iniciativa do Senhor Presidente da República, relevante projecto de que o BPI foi promotor e deu estreita colaboração aos estudos preparatórios. Espera-se que a COTEC venha a dar um importante impulso à aceleração do processo de inovação em Portugal. Relatório | Governo do Grupo BPI e Responsabilidade pública 17 Através do Banco de Fomento Angola, foram dados apoios significativos à Universidade Católica Portuguesa de Angola, destinados à concessão de bolsas de estudo aos alunos, bem como, através da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, a mestrados na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto. Outros apoios destinaram-se à Casa do Noviciado da Província Portuguesa da Ordem Beneditina, à União dos Escritores Angolanos e à Universidade de Benguela. Na área da solidariedade social, o BPI apoiou, de imediato e de forma expressiva, as vítimas dos incêndios dos meses de Julho e Agosto, tendo proporcionado apoio financeiro que permitirá financiar a reconstrução de cerca de 20% das casas destruídas. Uma vez mais foi aceite o convite de contribuição para o Bazar do Corpo Diplomático, com o alto patrocínio da Presidência da República. O Banco BPI patrocinou também a Conferência Internacional Televisão Violência e Sociedade, promovida pela Universidade Católica Portuguesa, que contou com a presença de Sua Majestade a Rainha de Espanha. Igualmente se concederam apoios à Abraço; à Liga dos Amigos das Crianças do Hospital Maria Pia; à Liga Portuguesa Contra o Cancro; à Fundação Pro Dignitate; à Fundação Infantil Ronald MacDonald; à Elo – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento e Cooperação; à Leigos para o Desenvolvimento e à OIKOS –Cooperação e Desenvolvimento. 18 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Também em 2003 o Grupo BPI se comprometeu a apoiar de forma significativa o recém-criado CADIN – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil. Sendo as empresas parte da sociedade e das comunidades que servem, têm por isso de estar atentas aos seus problemas e projectos, e têm de compreender as suas dificuldades e ambições. Na perspectiva do BPI, esta relação entre as empresas e as comunidades regionais ou nacionais exprime a sua responsabilidade social como empresa, presente entre as políticas permanentes do Banco, desde a sua fundação. A política de responsabilidade social definida pelo BPI envolve sobretudo acções de mecenato, mas não se reduz a esta dimensão. Admite parcerias com outras instituições públicas e privadas e dá prioridade a acções com resultados imediatamente identificáveis e que dificilmente se poderiam realizar noutras condições. Principais acontecimentos em 2003 Fevereiro, 3 Março, 18 BPI divulga os resultados consolidados do exercício de 2002. O lucro líquido ascende a 140.1 milhões de euros e o ROE a 13.5%. A Comissão Executiva do Banco BPI realiza, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a III Conferência Anual para Analistas e Investidores, durante a qual apresenta a actividade, as perspectivas e a estratégia do Grupo BPI. Abril, 3 A Assembleia Geral Anual, em que estiveram presentes ou representados accionistas detentores de 59.3% dos direitos de voto, aprova, com mais de 99.9% de votos a favor, o relatório e contas e o dividendo. Abril, 24 O BPI apresenta os resultados do primeiro trimestre. O lucro líquido atinge os 38.9 milhões de euros e o ROE é de 13.1%. Abril, 29 O BPI paga dividendo de oito cêntimos por acção, a que corresponde um payout de 43.4% e um dividend yield de 3.9%. Junho, 6 O BPI emite 500 milhões de euros em obrigações com prazo de dois anos, destinadas a investidores institucionais no mercado internacional. Julho, 14 Inauguração oficial do edifício-sede, em Luanda, do Banco de Fomento Angola. Julho, 30 O BPI apresenta os resultados do primeiro semestre. O lucro líquido atinge os 80.5 milhões de euros e o ROE, os 13.7%. Agosto, 5 Agosto, 18 Dezembro, 19 Setembro, 9 Setembro, 30 Outubro, 13 Dezembro, 4 Outubro, 15 Dezembro, 18 O BPI, através da participada BPI Capital Finance, emite 250 milhões de euros em acções preferenciais, no mercado internacional. Em 18 de Agosto exerce a opção de reembolso antecipado da série B das acções preferenciais que emitira em 1996, no valor de 100 milhões de dólares e, em 19 de Dezembro, exerce a call da série A, no valor de 150 milhões de dólares. O Banco de Fomento Moçambique recebe, pelo segundo ano consecutivo, o prémio Bank of the year in Mozambique, atribuído pela revista The Banker. Ao Banco de Fomento Moçambique é atribuída, pela Foundation for Excellence in Business Practice (FEBP), com sede em Genebra, a medalha de ouro por excelência na prática de negócios. A Assembleia Geral do Banco de Fomento, de Moçambique aprova, em Outubro, o projecto de fusão entre o Banco de Fomento e o Banco Comercial e de Investimentos. A assinatura da escritura de fusão é concretizada em Dezembro. O Banco BPI passa a deter uma participação de 30% na entidade resultante, que adopta a marca BCI Fomento. O BPI emite, no mercado internacional, 250 milhões de euros em obrigações subordinadas com uma maturidade de dez anos, mas com possibilidade de reembolso antecipado ao fim de cinco anos; a 18 de Dezembro, exerce a opção de reembolso antecipado sobre uma emissão anterior, no valor de cerca de 74.8 milhões de euros. Outubro, 23 O BPI apresenta os resultados do terceiro trimestre. O lucro líquido ascende, em 30 de Setembro, a 113.8 milhões de euros e o ROE, a 12.9%. Outubro, 27 O Banco de Fomento Angola patrocina, por ocasião da visita do Primeiro Ministro de Portugal a Angola, o seminário Angola / Portugal – Oportunidades e Desafios. Outubro, 30 O BPI é distinguido com os prémios de melhor Relatório e Contas no sector financeiro pela oitava vez, terceira consecutiva, e com o prémio – em segunda edição e ganho pela segunda vez – de melhor Relatório de Corporate Governance, entre todas as sociedades cotadas na Euronext Lisboa. Novembro Novembro, 14 A Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings confirmam as notações de rating "A" do BPI. A Moody's altera o outlook de "estável" para "positivo", nos ratings "A2" de longo prazo e "C+" de solidez financeira, do Banco BPI, sublinhando a capacidade demonstrada pelo Banco de apresentar rácios de rendibilidade sólidos, bons indicadores da qualidade dos activos, e o facto de ter vindo a ter sucesso na manutenção da posição ocupada no mercado, apesar do crescente aumento da concorrência e não obstante as dificuldades enfrentadas pela economia portuguesa. Concretização da venda da participação de 17% no Banc Post ao Eurobank Ergasias, S.A., após aprovação pelas autoridades romenas. Dezembro, 2 O BPI abre oito centros de investimento – conceito de serviço especializado e personalizado, dirigido a Clientes de elevado património ou com forte potencial de acumulação financeira – elevando para onze o total em pleno funcionamento. Dezembro, 3 Conselho de Administração do Banco BPI aprova, por unanimidade, a designação do Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva, com efeitos a partir da Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2004. A designação de Fernando Ulrich foi proposta pelo Presidente do Conselho de Administração Artur Santos Silva, que cessa funções executivas em virtude de completar 62 anos, limite de idade para o exercício de funções executivas no Banco, imposto pelos estatutos. Fevereiro Junho, 12 Outubro, 30 Prémio de melhor equipa de research em Portugal, em 2003 (Outubro), número oito no ranking Pan European Stock Picking in 2002 (equipa de small caps, Junho), número dois no ranking All – Europe Research Team (número um para gestores de fundos ingleses e americanos, Fevereiro). Dezembro, 31 O Grupo BPI regista um lucro líquido consolidado do exercício de 163.8 milhões de euros, a que corresponde uma rendibilidade dos capitais próprios de 13.9%. Relatório | Principais acontecimentos em 2003 19 Enquadramento Enquadramento macroeconómico Depois de dois anos de expectativas de retoma frustradas, a economia internacional deu, na segunda metade de 2003, sinais de recuperação, a começar pela dos Estados Unidos. Verificou-se a recuperação da actividade económica nas maiores economias mundiais, e os indicadores avançados, em especial os inquéritos de opinião, apontam para que esta tendência se mantenha em 2004. Ao mesmo tempo, porém, constata-se ser a viragem menos pronunciada do que é habitual e manter-se condicionada por desequilíbrios de variáveis fundamentais: desde o défice externo americano às finanças públicas das maiores economias mundiais. Consumo e investimento Taxas de variação homóloga % 15 5 0 -5 Crescimento real do PIB Taxas de variação homóloga % -15 7.5 1999 2000 Consumo privado Espanha FBCF Espanha Consumo privado Portugal FBCF Portugal 5.0 2.5 2001 2002 2003 Gráfico 2 Fontes: Instituto Nacional de Estatística de Portugal e Instituto Nacional de Estatística de Espanha. 0.0 -2.5 1999 2000 EUA Portugal Zona Euro 2001 2002 2003 Gráfico 1 Fontes: Eurostat (zona do Euro e Portugal) e Bureau of Economic Analysis (Estados Unidos). Em 2003, depois de, no primeiro semestre, a actividade económica da zona do Euro ter estagnado, no segundo semestre, aumentou cerca de meio ponto percentual, graças à expansão das exportações. Importa, contudo, sublinhar que o crescimento foi bastante heterogéneo dentro da União Europeia, uma vez que alguns países, pertencentes à zona do Euro (Espanha e Grécia) ou não (Reino Unido), apresentaram ritmos de expansão apreciáveis, ao passo que outros (como a França ou a Alemanha) se mantiveram próximos da estagnação. Portugal reproduziu o padrão de evolução europeu, mas apresentou uma das maiores quebras do Produto Interno Bruto (PIB), que atingiu cerca de 1.1%. Este desempenho contrasta com o da Espanha, cujo crescimento se cifrou em 2.4%. A disparidade resultou de uma diferente evolução da procura interna, em especial, do consumo e do investimento privados. O primeiro sofreu, em Portugal, uma quebra da ordem dos três quartos do ponto percentual, enquanto em Espanha, cresceu 3%. A formação bruta de capital fixo diminuiu 10% em Portugal, ao passo que, em Espanha, aumentou cerca de 3%, o que se prendeu sobretudo com a construção privada, residencial e não residencial. Esta evolução, a par da crescente integração das duas economias, acentua a importância cada vez maior que o mercado ibérico tem para as empresas portuguesas. 20 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Em Portugal, a construção e o comércio foram, no sector privado, as actividades mais afectadas pelas flutuações provocadas pela correcção dos desequilíbrios macroeconómicos, que tinham levado à deterioração da posição externa e das contas públicas. Dado que os referidos sectores estão também entre os sectores que mais contribuem para a criação de postos de trabalho, não pode estranhar-se o aumento, ao longo de 2003, do desemprego, cuja taxa atingiu os 6.4%. No ano anterior, a mesma taxa ficou pelos 5.1%. A evolução da economia portuguesa nos últimos dois anos assumiu uma certa complexidade. Por um lado, exigiu-se a correcção rápida dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados. Por outro lado, procurou-se responder à necessidade de fazer os ajustamentos estruturais capazes de repor a competitividade da economia, tendo em vista tanto o alargamento da União Europeia, como a crescente deslocação das actividades trabalho-intensivas para fora do País, em especial para a China e para o sul da Ásia. Estes condicionalismos obrigam a atrair investimento para actividades de maior valor acrescentado, o que supõe reformas de fundo em matéria de leis e práticas laborais, empresariais, fiscais e da concorrência. Supõe também uma mudança de regime da política orçamental capaz de pôr termo aos ciclos de arranques e travagens que acentuam, em vez de atenuar, as flutuações económicas com origem no exterior. Uma parte deste caminho foi percorrida em 2003, embora o contexto internacional adverso e o dramatismo imposto pelo ajustamento orçamental numa conjuntura desfavorável não tenham facilitado a tarefa. É, portanto, indispensável que as melhores expectativas para 2004 sejam aproveitadas de modo a gerar o clima positivo de partilha de custos, mas também de benefícios, capaz de suscitar o apoio social necessário ao aprofundamento das reformas já iniciadas ou apenas enunciadas. Deve também actuar no mesmo sentido algum alívio orçamental resultante de uma interpretação do Pacto de Estabilidade e Crescimento mais consentânea com a situação da economia. Na verdade, esta encontra-se agora num momento posterior à fase aguda do ajustamento que conduziu à redução do défice orçamental para menos de 3%. Em 2003, assistiu-se também ao início do ajustamento da situação financeira das famílias. O crescimento do crédito para habitação diminuiu (de 15.4%, em Dezembro de 2002, para 12.2%, no final de 2003, ajustado do efeito das operações de titularização levadas a cabo pelos bancos) e o crédito para consumo e outros fins aumentou apenas ligeiramente (2% em Dezembro de 2003). O rácio de endividamento das famílias deve, pois, ter-se aproximado dos 110% do rendimento disponível, o que está de acordo com a situação das principais economias da OCDE. O baixo nível das taxas de juro e, em especial, a redução das taxas do crédito à habitação permitiram que o peso dos juros pagos pelas famílias se reduzisse nos últimos dois anos, situando-se, em 2003, pouco acima dos 5% do rendimento disponível, segundo estimativas do Banco de Portugal e do Ministério das Finanças. As expectativas pouco optimistas relativamente a emprego e a crescimento salarial deverão, contudo, continuar a provocar a desaceleração do rácio de endividamento das famílias, nos próximos anos. das posições registadas em Dezembro de 2002, altura em que os rácios se situavam, respectivamente, em 2.4% e 2.1%. Os depósitos totais de residentes mantiveram a tendência de estagnação, reflectindo a evolução desfavorável do rendimento disponível e os encargos com o endividamento das famílias. Em Dezembro, os depósitos de particulares apresentavam um acréscimo de apenas 0.8%, ao passo que, em 2002, se registara um aumento de 1.2%. Crédito e depósitos bancários Taxas de variação homóloga % 45 35 25 O crédito a empresas, cujo ritmo de crescimento baixara já significativamente em 2002, desacelerou ainda mais em 2003 (2.7%, em Dezembro, ao passo que, no fim do ano anterior, tinha sido de 7.5%, segundo os dados do Banco de Portugal corrigidos de operações de titularização, reclassificações e abatimentos ao activo). Os sectores da construção e das actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas foram os que mais contribuíram para o aumento dos empréstimos bancários ao sector empresarial. Seguiram-se-lhes os sectores ligados aos transportes, comércio e turismo. 15 5 0 -5 1999 2000 2001 2002 2003 Crédito a sociedades não financeiras Crédito a particulares Depósitos totais de particulares No final do ano, o rácio dos créditos em incumprimento atingia os 2.1% do total de empréstimos, no caso das empresas, e os 2.3%, no caso dos particulares. Houve, portanto, uma inversão Gráfico 3 Fonte: Banco de Portugal. Previsões pormenorizadas para Portugal e para a zona do euro Taxas de crescimento em % 2004 2003 Portugal 1 BdP Zona do euro 2 CE Portugal 2 BdP CE Zona do euro 2 CE2 CE Consumo privado -1 1/4 :-1/4 -0.9 1.3 0 : 1 1/2 0.8 1.6 Consumo público 0 -0.9 1.7 -0.8 -0.2 1.3 2.4 -11 : -9 -9.2 -1.0 -4 3/4 : -3/4 1.0 Exportações de bens e serviços 2 1/2 : 3 1/2 3.1 -0.1 4 3/4 : 6 3/4 5.1 5.1 Importações de bens e serviços -2 3/4 : -1 3/4 -2.9 1.6 1:3 3.9 5.2 -1 1/2 : -3/4 -0.8 0.4 0 : 1 1/2 1.0 1.8 3.3 3.4 2.0 2:3 2.6 2.0 -3 1/4 : -2 1/4 -4.5 1.0 -2 1/2 :-1/2 -4.2 Investimento fixo PIB Inflação3 Balança corrente4 1) Banco de Portugal, Boletim Económico, Dezembro 2003. 2) Comissão Europeia, Previsões do Outono, Outubro 2003. 3) Índice Harmonizado de Preços no Consumidor. 4) Em percentagem do PIB. As previsões do Banco de Portugal incluem também a balança de capital, cuja componente mais significativa são as transferências comunitárias, antes integradas na balança de transacções correntes. Mercado cambial À semelhança do que se verificou no ano transacto, a evolução do mercado cambial, em 2003, foi dominada pela depreciação do Dólar, sobretudo, em comparação com o Euro. A moeda europeia apreciou-se cerca de 21% entre Janeiro e Dezembro, embora a tendência não tenha sido sempre clara. No início do ano, quando as entradas de capitais nos EUA diminuíram, o Dólar foi penalizado pelo potencial impacto negativo da aceleração da actividade no défice externo, mas o sentimento relativamente ao Dólar melhorou entre Março e Setembro. O fim formal da guerra no Iraque, a escalada das bolsas e a pujança 1.2 Quadro 2 dos indicadores económicos norte-americanos, em contraponto com os sinais de recessão na Europa, eclipsaram temporariamente as preocupações com a deterioração dos desequilíbrios das contas públicas e externas. No final de Setembro, o comunicado da reunião semestral do G7, em que se apelava a uma maior flexibilidade cambial em todas as zonas do globo, foi entendido como uma declaração formal de abandono da política de “Dólar forte” pelas autoridades norte-americanas. Consolidou-se, então, a tendência de apreciação da moeda europeia: a cotação EUR / USD passou de 1.15, em final de Relatório | Enquadramento 21 Setembro, para 1.26, nos últimos dias de Dezembro. Assim se ultrapassava definitivamente a fasquia inaugural de 1.18. Recentemente, o Banco Central Europeu (BCE) tem alertado para o facto de a veloz apreciação do Euro comportar riscos para a consolidação da retoma económica europeia. Não obstante o desejo que as autoridades europeias têm de conter o movimento ascendente da moeda local, esta tendência deverá manter-se. Na verdade, trata-se de uma resposta à necessidade de corrigir o desequilíbrio externo americano, numa altura em que a maioria dos restantes parceiros comerciais dos EUA evita a apreciação das respectivas moedas. Cotações do euro em 2003 USD 1.32 2 1.24 1.16 1.08 1 Na segunda metade do ano, a confirmação da recuperação da economia norte-americana e a diluição do espectro deflacionista estancaram o deslize das taxas de juro de curto prazo. Estas começaram, entretanto, a contribuir, modestamente, para a inversão de sentido da política monetária, sobretudo nos EUA. Efectivamente, entre Junho e Dezembro, a taxa de juro a seis meses do Dólar subiu de 1.12% para 1.25%, enquanto a Euribor para o mesmo prazo se manteve estável na proximidade dos 2.17%. As taxas de juro de curto prazo encontram-se actualmente em mínimos históricos, apresentando níveis reais nulos na Europa e claramente negativos nos EUA. Ora, a consolidação da retoma económica tenderá a exigir taxas de juro mais elevadas, pelo que o próximo movimento da Reserva Federal ou do BCE deverá ser no sentido ascendente. As autoridades monetárias tenderão, porém, a adiar a reorientação das respectivas políticas. Na economia americana, persiste a incerteza em relação à recuperação, que se nota no excesso de capacidade produtiva instalada, na fragilidade da recuperação do mercado laboral, no elevado endividamento das famílias e nos défices externo e público. Tudo aconselha que a Reserva Federal tenha uma atitude prudente. Na Europa, a debilidade de uma retoma impulsionada pelas exportações amplia os receios relativos ao impacto da apreciação do Euro. Taxas de juro a seis meses em 2003 1.00 % JPY 2.9 144 1 138 2.4 132 1.9 126 120 1.4 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. EUR / USD EUR / JPY Mercado monetário Contrariamente às expectativas relativamente consensuais de final de 2002, o BCE, confrontado com a degradação das condições económicas na Europa, a desaceleração da inflação e a apreciação do Euro, foi compelido a prosseguir uma política monetária expansionista, que se concretizou em duas descidas da taxa de refinanciamento. A primeira (de 2.75% para 2.50%) ocorreu em Março e a segunda, que estabeleceu um novo mínimo histórico (2%) ocorreu em Junho. A agressividade do BCE induziu uma queda acentuada das taxas de juro no mercado monetário: a Euribor a seis meses passou de 2.80%, em Janeiro, para 2.03%, em Junho. Nos EUA, o primeiro semestre do ano ficou marcado pelos esforços da Reserva Federal em assegurar a retoma económica. Para o conseguir, desceu, em Junho, a taxa dos fed funds de 1.25% para 1%, o nível mais baixo desde 1958. Entretanto, no primeiro semestre do ano, a Libor do Dólar a seis meses baixou cerca de 25 pontos base. Banco BPI | Relatório e Contas 2003 0.9 3 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Gráfico 4 Fonte: BCE, Reuters. 1) 1.057: mínimo observado no rescaldo da Guerra do Iraque. 2) 1.263: máximo de sempre da cotação EUR/USD. 22 2 Euribor Libor USD Gráfico 5 Fonte: BPI, Reuters. 1) BCE desce a taxa repo de 2.75% para 2.50% 2) Descida da taxa repo de 2.5% para 2%, novo mínimo de sempre 3) Redução da taxa dos fed funds de 1.25% para 1%, a mais baixa desde 1958. Mercado de obrigações Apesar das grandes oscilações que houve de permeio, a evolução do mercado obrigacionista acabou por confirmar, no final do ano, as expectativas do início do ano, relativamente ao aumento das yields. O primeiro semestre foi dominado pelo aumento da aversão ao risco, comportamento que os receios deflacionistas, a conjuntura geo-política e a incerteza em torno da retoma económica explicavam. Esta fuga ao risco originou uma queda muito significativa das yields, nos EUA e na Europa. Entre Janeiro e Junho, as yields americanas nos dez anos caíram de 4.33% para 3.10%, atingindo o valor mínimo dos últimos cinquenta anos. As europeias, por seu lado, baixaram de 4% para 3.46%. Taxas de juro a dez anos em 2003 Prémios de risco de crédito em 2003 Emissões em euros % pontos base 5.0 200 4.5 150 4.0 100 3.5 50 1 3.0 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Portugal (EUR) Alemanha (EUR) EUA (USD) 0 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Gráfico 6 Fonte: BPI, Reuters. 1) Taxa nos 10 anos atingiu 3.10%, um valor visto apenas nos anos 30 e 40. No segundo semestre do ano, a pujança da expansão norte-americana, a subida consistente das bolsas e o desvanecimento dos temores deflacionistas induziram uma dramática alteração do sentimento nos mercados de dívida pública. Esta mudança concretizou-se numa acentuada subida das yields (para níveis de 4.60%, nos EUA, e de 4.50%, na Europa, em Agosto), acompanhada do aumento da inclinação das curvas de rendimentos. Julho destacou-se como o mês em que, nos últimos vinte anos, o mercado dos Treasuries teve pior desempenho. Tendo em conta as perspectivas de crescimento económico sem evidência de inflação, as taxas de juro de longo prazo têm vindo, ultimamente, a oscilar dentro de um intervalo relativamente estreito cujo limite inferior é 4%. O fortalecimento da actividade económica global, em articulação com a degradação das contas públicas e com os receios de aceleração da inflação tendem a empurrar as yields progressivamente para cima. Embora a persistência de baixas taxas de juro de curto prazo justifique curvas de rendimentos muito inclinadas, o risco de horizontalidade é crescente. A deterioração das contas públicas alemãs explica a redução do diferencial de taxas entre a dívida germânica e a dos países periféricos, ao longo de 2003. Actualmente, o spread entre as Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas e os bunds alemães nos dez anos encontra-se em cerca de sete pontos-base, acreditando-se que este diferencial estabilizará entre os cinco e os dez pontos base. BBB A AA AAA Gráfico 7 Fonte: Goldman Sachs, Bloomberg. Mercado de acções No ano de 2003, inverteu-se a tendência descendente dos mercados accionistas mundiais que se verificava desde os primeiros meses de 2000. Foi também nos primeiros meses que, em 2003, se iniciou a reversão, impulsionada pelo final da segunda guerra do Golfo e a queda do regime iraquiano. Ao todo, o PSI-20 e o Ibex 35 apresentaram, desde o início de 2000, descidas de 44% e 34%, respectivamente. Evolução dos índices PSI20 e IBEX 35 Base 100 150 125 100 75 50 25 1999 PSI20 IBEX 35 2000 2001 2002 2003 Gráfico 8 Fonte: Bloomberg. O comportamento do mercado de dívida diversa e o dos mercados emergentes foi impressionante em 2003, tendo-se assistido a um declínio acentuado dos prémios de risco, sobretudo, no respeitante a entidades com piores notações de rating. Um ambiente de taxas de juro baixas, numa conjuntura caracterizada pela melhoria das perspectivas económicas e da capacidade de pagamento das empresas, determinou a busca de rendimento adicional em activos mais arriscados. Actualmente, tendo em consideração os spreads praticados, as remunerações presentes compensam apenas parcamente o risco destes activos, apesar de as agências de rating preverem a melhoria do enquadramento do risco de crédito. Com o final da guerra no Iraque, os mercados reagiram positivamente aos sinais de recuperação económica, registada principalmente nos Estados Unidos. Por outro lado, começaram a surgir os efeitos das medidas de contenção de custos e de consolidação dos balaços das empresas, que beneficiaram ainda de um cenário muito positivo quanto a taxas de juro. Neste cenário, verificou-se uma maior apetência pelo risco, tendo os investidores procurado acções com um coeficiente beta mais elevado, cíclicas e de mercados emergentes. Os sectores da tecnologia, dos seguros e das indústrias cíclicas foram os Relatório | Enquadramento 23 sectores com melhores comportamentos entre o início de Abril e o final do ano, na Europa. Na verdade, terminaram o ano com diferenciais positivos de valorização muito significativos relativamente aos restantes sectores. Os mercados emergentes, principalmente os da América Latina, tiveram comportamentos excepcionais (+97%, no Bovespa, no Brasil e +44%, no Mexbol, no México, por exemplo). A segunda metade do ano foi principalmente marcada pela queda do Dólar americano. Tal descida impediu, possivelmente, uma maior subida dos mercados europeus, pelos efeitos negativos que teve nas empresas exportadoras. O Eurostoxx 50 subiu 16%, em 2003. Na Península Ibérica, embora ambos os mercados apresentassem, em 2003, comportamentos positivos, o mercado espanhol subiu claramente mais do que o mercado português. Este foi influenciado pela evolução negativa de uma das empresas de maior capitalização do mercado português, e pela contenção do investimento público. Pelo contrário, o comportamento das principais capitalizações espanholas reflectiu as melhores condições económicas de Espanha e a recuperação dos mercados da América Latina, onde as empresas espanholas têm investimentos elevados. Neste contexto, o PSI-20 subiu 16%, em 2003, ao passo que o Ibex subiu 28%. Índices accionistas – variação anual 1999 2000 2001 2002 2003 TCVA1 97 / 03 25% 9% (13%) (25%) (26%) 16% 5% 36% 18% (22%) (8%) (28%) 28% 7% 37% 32% 47% (3%) (20%) (37%) 16% 7% Dow Jones 23% 16% 25% (6%) (6%) (17%) 25% 9% Nasdaq 22% 40% 86% (39%) (20%) (32%) 50% 1997 1998 PSI-20 71% Ibex 35 41% Eurostoxx 50 Fonte: Bloomberg, BPI Nota: Índices expressos em moeda local 1) Taxa Composta de Variação Anual. O ano foi marcado, no mercado nacional, pela primeira oferta inicial de venda (IPO) desde 2000, pela OPV da Gescartão e pelo sucessivo adiamento das privatizações da Galp Energia e da Portucel. O ano foi ainda marcado pela integração dos mercados financeiros domésticos na plataforma Euronext, concluída, para os mercados à vista, em Novembro. 24 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 8% Quadro 3 Recursos humanos RACIONALIZAÇÃO, REJUVENESCIMENTO E QUALIFICAÇÃO A política de recursos humanos do Grupo BPI manteve-se centrada na execução do programa estratégico de redução de custos e aumento de eficiência para o triénio 2002-2004. De modo a atingir este objectivo, prosseguiu em 2003 um programa de análise de valor acrescentado por unidade funcional (AVA) que havia sido lançado no segundo semestre de 2002. A respectiva execução foi acompanhada por um consultor externo e desenvolvida por equipas internas, tendo possibilitado uma discussão aprofundada e pormenorizada sobre o modelo de funcionamento de todas as unidades funcionais das empresas do Grupo BPI com actividade em Portugal. desenvolver actividade em Portugal; 156, a sucursais e escritórios de representação e 441, à actividade no estrangeiro, no Banco de Fomento Angola. Colaboradores do Grupo BPI N.º 10 000 8995 8 500 8239 8359 8106 8123 7695 Este programa, em complemento ao processo de reorganização societária concluído pelo BPI no final de 2002, contribuiu de forma decisiva para a concretização dos objectivos de racionalização e qualificação dos meios humanos traçado no plano estratégico para o triénio 2002–2004. 7576 7025 7 000 5 500 No final do ano 2003, o Grupo BPI contava com 7 025 Colaboradores, dos quais 6 086 estavam afectos ao banco comercial – Banco BPI; 146, ao Banco Português de Investimento; 196, a diversas empresas subsidiárias a Actividade no estrangeiro Actividade em Portugal 4 000 96 97 98 99 00 01 02 03 Gráfico 9 Colaboradores do Grupo BPI Números em fim de período Números médios do período Dez. 2001 Dez. 2002 Dez. 2003 ∆% 02 / 03 2001 2002 2003 ∆% 02 / 03 Actividade doméstica Banco BPI Banco Português de Investimento Outras empresas subsidiárias 6 699 6 583 6 086 (8%) 6 958 6 494 6 468 0% 453 200 146 (27%) 444 437 160 (63%) 450 224 196 (13%) 436 413 208 (50%) 7 602 7 007 6 428 (8%) 7 838 7 345 6 836 (7%) 163 162 156 (4%) 150 164 161 (2%) 7 765 7 169 6 584 (8%) 7 988 7 509 6 997 (7%) Banco de Fomento Angola 228 286 441 54% 207 258 358 39% Banco de Fomento Moçambique2 113 121 - - 107 112 122 8% Subtotal – actividade internacional1 341 407 441 8% 314 370 480 30% 8 106 7 576 7 025 (7%) 8 302 7 879 7 477 (5%) Contratos a termo 569 359 246 (31%) Trabalho temporário 111 46 82 78% 22 15 13 (13%) Subtotal – actividade em Portugal1 Sucursais e escritórios de representação Subtotal – actividade doméstica Actividade internacional Total1 Por memória: Actividade em Portugal Sucursais e escritórios de representação Contratos a termo 1) Inclui contratos a termo e trabalho temporário de pessoas sem qualquer vínculo de trabalho com o BPI. 2) Em 2003, ocorreu a fusão por incorporação do Banco de Fomento Moçambique (detido a 100%) no Banco Comercial e de Investimentos, passando o BPI a deter 30% da entidade resultante (BCI Fomento) que consolida, desde então, pelo método de equivalência patrimonial. Quadro 4 Relatório | Recursos humanos 25 BANCO BPI Do total de 6 086 Colaboradores a exercer funções no Banco BPI no final do ano 2003, 4 408 estavam integrados na actividade comercial e 1 678 nos serviços centrais de apoio, tendo-se reduzido, durante o ano de 2003, o número de Colaboradores nos serviços centrais em 15%. Estes serviços passaram a representar 27.6% do total. Colaboradores do Banco BPI1, 2 Repartição por áreas de actuação Rede de balcões de retalho3 2002 2003 % do total 3 241 3 164 52% Centros de empresas4 456 434 7% Canais não tradicionais5 296 236 4% Unidades de produto6 519 482 8% Marketing Actividade comercial 93 92 2% 4 605 4 408 72% Serviços centrais 1 978 1 678 28% Total 6 583 6 086 100% 1) Não inclui actividade no estrangeiro. Quadro 5 2) Inclui trabalho temporário (43 pessoas, em 2002; e 82, em 2003) e contratos a termo (359 pessoas em 2002; e 246 em 2003). 3) Balcões, centros de investimento e respectivas estruturas de apoio (Direcção de Crédito a Particulares e Pequenos Negócios, Direcção de Projectos da Rede de Particulares, Unidade de novos balcões, Gabinete de Apoio Comercial). 4) Centros de empresas, centros de wholesale e Direcção de Riscos de Crédito. 5) Banca telefónica, Internet, Banca Automática e Banca de Protocolos. 6) Cartões, crédito pessoal, financiamento imobiliário (que inclui 18 lojas habitação) e financiamento automóvel. 50 50 46.3 44.7 40 8% 45 43.5 4% 35% 30 Actividade Serviços centrais (28%) comercial (72%) 4 408 1 678 6 583 6 086 37.2% 40.5 40.3 Experiência (antiguidade média no BPI) 15.4 15.1 Homens 52.8% 51.9% Mulheres 47.2% 48.1% 32% 37% 40.3 40 Rede de balcões e centros de empresas Canais não tradicionais Fábricas de produtos Marketing Serviços Centrais 10 99 35 00 01 02 30 03 Colaboradores com formação universitária em % do total (escala esq.) Média de idades1 (escala dta.) 1) Série ajustada pelo n.º de anos decorridos entre cada ano e 2003. 5.9 Quadro 6 O esforço que conduziu ao aumento da produtividade e da competitividade, tem determinado um importante investimento no financiamento do acréscimo de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência decorrente da saída – por reforma antecipada, pré-reforma ou rescisão de contrato de trabalho por mútuo acordo –, que, em 2003, abrangeu 534 Colaboradores. A média de idades destes Colaboradores era de 56 anos; tinham, em média, 33 anos de actividade bancária e uma formação que, na maior parte dos casos, não ultrapassava o ensino básico ou secundário. Banco BPI | Relatório e Contas 2003 % 58% 20 34.5% 26 Formação universitária e média de idades1 28% 2003 6.2 Colaboradores do Banco BPI Distribuição por áreas 25% 2002 Nota 1: não inclui os balcões automáticos. Nota 2: em 2002, inclui 385 Colaboradores integrados no Banco BPI por fusão ou cisão de empresas do Grupo. Colaboradores do Banco BPI 2% Média de idades Colaboradores por balcão Mercê ainda deste esforço, foi possível atingir, na rede de particulares, um peso de 28.1% de Colaboradores com formação académica de nível superior, facto que assume maior relevância se for considerado que, no final de 1999, a percentagem de Colaboradores com formação universitária era de 14%. 28% Colaboradores do Banco BPI Principais indicadores Colaboradores com formação universitária Os resultados desta política permitiram elevar para 37.2% o peso dos Colaboradores com formação académica superior e reduzir a média etária para 40.3 anos. A experiência dos Colaboradores do Banco é, em média, de 15 anos. 41.5 O acentuado e constante investimento em ferramentas informáticas, desenvolvidas em plataforma web, para apoio ao funcionamento das áreas de back office contribuiu de forma decisiva para a obtenção da eficiência atingida. Importa salientar que se tem seguido uma política de disponibilização generalizada e, ao mesmo tempo, selectiva de informação de gestão através da intranet, proporcionando uma comunicação mais célere e eficaz. Colaboradores Ao mesmo tempo, além de se ter continuado a incentivar fortemente a mobilidade interna dos recursos humanos, promoveu-se o recrutamento de 93 novos Colaboradores. Estes foram escolhidos através de rigorosos processos de selecção em que se prestou especial atenção ao perfil comportamental e técnico dos candidatos. Na maioria dos casos, as habilitações académicas dos que se submeteram ao processo de recrutamento eram de nível superior. Gráfico 10 Gráfico 11 BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO A concentração do Banco Português de Investimento nos negócios de Acções, Corporate Finance e Private Banking – determinou, no final de 2002, a cisão e fusão de uma parte da sua actividade no Banco BPI. Uma das consequências foi a transferência de um conjunto de 54 Colaboradores para o Banco BPI, em 2003, além do movimento de 250 pessoas já transferidas durante o ano de 2002. O quadro de pessoal do banco de investimento, que no final do ano atingiu os 146 Colaboradores, ficou assim estabilizado. média), condição necessária para uma prestação de serviços de elevada qualidade. Colaboradores do Banco Português de Investimento Principais indicadores 2002 Colaboradores Colaboradores com formação universitária Média de idades A estrutura do Banco Português de Investimento está alicerçada num quadro de recursos humanos jovem (média de idades de 37 anos) e dotado de elevada qualificação e aptidões técnicas (76.7% têm formação universitária; experiência de 11 anos, em Experiência (antiguidade média no BPI) 2003 200 146 78.5% 76.7% 36.0 37.2 9.5 10.8 Homens 59.0% 56.2% Mulheres 41.0% 43.8% Quadro 7 Formação Ao longo de 2003, a actividade formativa incluiu 814 acções de formação, num total de 61 mil horas. Estas acções envolveram 2 546 Colaboradores, perto de 40% do efectivo do Banco BPI. Merece referência especial a continuidade do projecto de formação comportamental que, em 2002, envolveu todos os Colaboradores da rede de balcões. Em 2003, realizaram-se sessões de follow-up – destinadas a gerentes de balcão – para consolidação de conceitos e aferição de comportamentos consonantes com a metodologia adoptada na gestão das equipas comerciais. Por outro lado, em 2003, mantiveram-se os programas de acolhimento e integração, destinados aos Colaboradores recém-admitidos, com o objectivo genérico de reforçar a interiorização da mensagem sobre a missão e os valores do Banco, assim como com o propósito de consolidar e desenvolver competências específicas sobre a actividade comercial bancária. Durante o ano de 2003, deu-se também continuidade à política de apoio à formação escolar – essencialmente licenciaturas e pós-licenciaturas nas áreas de Gestão e Sistemas de Informação. Apoiaram-se financeiramente 144 Colaboradores que investiram no desenvolvimento dos respectivos conhecimentos e competências. 2001 2002 2003 Formação em sala Percentagem de Colaboradores com formação 61.37 60.00 39.36 Colaboradores em acções internas (%) 56.84 56.61 37.12 Colaboradores em acções externas (%) 4.52 3.39 2.24 Média de horas de formação por Colaborador 19.98 27.13 24.02 Duração média da formação (horas) 8.10 14.73 6.40 Média de acções por participante 4.26 6.28 3.13 Taxa de pessoal afecto à formação (%) 0.28 0.20 0.17 Investimento em formação sobre a massa salarial (%) (taxa de formação) Investimento em formação por participante (€) 1.06 1.18 0.67 453.90 538.05 498.26 150 140 117 34 40 Apoio ao desenvolvimento pessoal Licenciaturas Pós-graduações 27 Quadro 8 Relatório | Recursos humanos 27 Tecnologia Os sistemas de informação são um elemento fundamental na estratégia de negócio do BPI, por assegurarem níveis exigentes de produtividade e de eficiência internas. Os sistemas de informação do BPI assentam numa estrutura cuja arquitectura se caracteriza pela eficaz integração das diferentes plataformas tecnológicas: sistema transaccional central, infra-estrutura de distribuição multicanal e camadas de apresentação Web. Garantir um desempenho e uma robustez óptimos são os objectivos primordiais do desenho e da manutenção dos sistemas de informação. Os índices de eficiência e de disponibilidade resultantes são significativos. Principais indicadores de eficiência, disponibilidade e desempenho 2002 2003 Capacidade de processamento nos sistemas centrais (em milhões de instruções por segundo) 610 610 Capacidade de armazenamento nos sistemas centrais e middle-range (em Terabytes) 15.4 15.9 Computadores pessoais por Colaborador1 Colaboradores com acesso à intranet e a e-mail Processos desenvolvidos na intranet Páginas visitadas na intranet, por dia Disponibilidade dos sites transaccionais Colaboradores com acesso à Internet 1.2 1.3 100% 100% 62% 68% 330 000 510 000 99.8% 99.75% 20% 33% Páginas visitadas na Internet por dia (todos os sites do BPI) 33 500 36 700 Balcões: abertura antes das 8 h 30 m 99.2% 99.19% Real time com cartões: das 7 h às 4 h 100% 100% Tempo de resposta a transacções nos balcões (inferior a três segundos) 99.85% 99.70% Transacções na plataforma multicanal por dia 200 000 250 000 98% 76%2 Help desk tecnológico: tempo de resposta a solicitações inferior a duas horas2 1) Incluindo PC sem utilizador específico e PC dedicados a tarefas de gestão, monitorização e testes. 2) O âmbito de questões abrangidas passou a ser maior, incluindo questões que ultrapassam a resolução de problemas. Durante o ano de 2003, a actividade do BPI nas áreas da tecnologia e dos sistemas de informação pautou-se pelas linhas de actuação que a seguir se enunciam. Suporte ao negócio A implementação de melhorias no funcionamento dos canais transaccionais alternativos mereceu especial atenção, destacando-se o lançamento do BPI Net Empresas, canal que na Internet está vocacionado para empresas e pequenos negócios. As ferramentas de apoio à venda e de suporte à decisão do BPI continuaram a ser alvo de melhorias, ditadas pelas crescentes exigências de natureza comercial, regulamentar e de controlo do risco. Prosseguiu o trabalho de racionalização e desenvolvimento dos sistemas operacionais que compõem a solução transaccional de back end. Foi o caso da criação e implementação de interfaces interaplicacionais e da optimização dos processos de tratamento das operações financeiras. Aumento da eficiência interna A continuação da integração das áreas cuja missão é a concepção e implementação de soluções informáticas constituiu, em 2003, o factor mais importante no incremento da eficiência e da qualidade pretendidas. Uma especial atenção tem vindo a dedicar-se ao estabelecimento de regras e metodologias de funcionamento interno nestas áreas. Pretende-se, assim, assegurar que os projectos a desenvolver são eficazmente seleccionados e escalonados de acordo com a respectiva prioridade. Igualmente se procura fazer o rigoroso acompanhamento do respectivo ciclo de implementação. 28 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Quadro 9 Segurança A segurança constitui uma prioridade permanente na gestão dos sistemas de informação do BPI. Em 2003, foram aperfeiçoados os planos de contingência das plataformas tecnológicas mais relevantes, o que permitiu reduzir significativamente os tempos de recuperação e ajustá-los melhor às exigências de disponibilidade do negócio. Prosseguiu, igualmente, o desenvolvimento do sistema de controlo de acessos e utilização de sistemas de informação (GAS). Evolução tecnológica No ano de 2003, considerando a necessidade de renovação tecnológica das plataformas distribuídas pelos edifícios centrais e pela rede de balcões, foram analisados, desenhados e testados a arquitectura e os sistemas de hardware e software que consubstanciarão esta renovação. Quanto às aplicações da rede de balcões, foi construído um protótipo da que será a nova aplicação de negócio, com o objectivo de confirmar o cumprimento dos requisitos funcionais e técnicos inicialmente estabelecidos. Tendo em conta que os resultados foram positivos, iniciou-se a análise funcional e o desenvolvimento da aplicação. Internacionalização da negociação em mercados de bolsa No ano de 2003, assistiu-se ao culminar do projecto de integração da BVLP na plataforma de negociação pan-europeia Euronext. O BPI, cuja tradição nesta área de negócio é significativa, acompanhou todo o processo de migração e adaptação tecnológica, na linha da frente. O projecto revestiu-se de certa complexidade, pois foi necessário implementá-lo num período de tempo reduzido, o Banco teve de assumir toda a responsabilidade de montagem das soluções informáticas, ao contrário do que acontecera com a bolsa nacional, a BVLP, e, não menos importante, o modelo de migração adoptado foi um modelo big bang (trading e clearing) que é único nas integrações da Euronext. Não obstante todas estas Novos sistemas no Banco de Fomento de Angola Disponibilização de soluções estruturais Com a abertura do edifício-sede em Julho de 2003, os sistemas de informação do Banco de Fomento Angola (BFA) foram quase inteiramente remodelados. Instalaram-se soluções de microinformática e estruturas de telecomunicações, que permitiram criar um ambiente de rede e disponibilizar um sistema de correio electrónico (e-mail); instalaram-se servidores de dados, sistemas de segurança dos dados e reforçou-se a segurança dos acessos ao exterior. Foram também actualizados os sistemas centrais, de produção e back-up. A tecnologia e os programas actualmente em uso são os mais recentes entre os disponibilizados pela IBM, o que permitiu garantir a operacionalidade do sistema apesar do aumento significativo de utilizadores e de instalações (27 balcões). Foi, também, criado um novo Centro de Processamento de Dados (CPD), onde são asseguradas todas as exigências de operação e de segurança dos sistemas de informação. Os sistemas de informação do BFA assentam numa arquitectura centralizada na plataforma transaccional. Muita da actividade é realizada em ambiente nativo sobre as aplicações do sistema central, estando o ambiente gráfico disponível nos balcões. Intranet A evolução da estrutura dos sistemas de informação do BFA permitiu criar, já em 2003, uma plataforma para intranet, suportada pelo sistema central. Este disponibilizou, nesta primeira fase, uma estrutura que serve de base a conteúdos e normativas. BFA Online No final de 2003, concluiu-se a parametrização da solução BFA Online. Na primeira fase, disponibiliza-se aos Clientes aderentes um conjunto de operações de consulta e o site institucional. dificuldades, o BPI manteve-se operacional desde o primeiro minuto do dia 7 de Novembro de 2003, dia da migração. As soluções implementadas permitiram dotar o Banco das infra-estruturas indispensáveis para possibilitar a negociação integrada nos vários mercados de bolsa mundiais, quer directamente como membro dos mercados, quer através de brokers locais. Está prevista para o próximo ano a adesão do BPI à Bolsa de Madrid e o início da actividade como membro com acesso directo nos restantes mercados da Euronext (Paris, Amsterdão e Bruxelas). Tal adesão não implicará, contudo, grandes desenvolvimentos nem avultados investimentos em tecnologia. Além de tratada a vertente puramente aplicacional e transaccional da solução, foi ainda implementada uma estrutura de rede que assegura a segurança necessária em soluções como esta. Operações de Estrangeiro Para apoiar a actividade no mercado, introduziu-se a aplicação Eximbills e desenvolveram-se as necessárias interfaces com a aplicação central do Banco e com o sistema Swift. Foi assim possível implementar soluções para ordens de pagamento emitidas, ordens de pagamentos recebidas, emissão de cheques bancários, bem como uma interface automática de incoming / outgoing com a Swift. Iniciou-se o estudo para implementação das operações documentárias, sendo os cheques à cobrança a primeira. Personalização da documentação Nesta área foi criada uma solução de impressão de documentos pelo sistema de informação do BFA. Além dos ganhos significativos nos documentos pré-impressos, foi possível melhorar a imagem junto dos Clientes. Aumento de eficiência interna Implementou-se, no sistema central, uma solução informática, a Promosoft – AsM, destinada à gestão de imobilizado. Os elementos da área técnica receberam formação em Portugal, de modo a dominarem as soluções desenvolvidas, bem como a actualizarem conhecimentos sobre o sistema central e o ambiente Windows. A domiciliação de contas passou a ser distribuída electronicamente graças ao desenvolvimento de uma funcionalidade destinada a Clientes e balcões. Evitam-se assim o consumo de papel, as dificuldade levantadas pelo correio postal e os extravios. Relatório | Tecnologia 29 Operações Nos últimos anos tem sido privilegiada a política de centralização das compras do Grupo BPI, o que tem permitido uma maior eficiência na negociação de preços e condições com os principais parceiros estratégicos e fornecedores do Grupo. Conseguiu-se, deste modo, diminuir significativamente os custos de operação. Seguem-se, por áreas de negócio (2001-2003), as reduções mais significativas: os custos associados às viaturas da frota foram reduzidos em 10%, o que ficou a dever-se à substituição do modelo de aquisição directa pelo de aluguer operacional. Os gastos com a frota de viaturas passaram a ser controlados, de acordo com processos mais rigorosos, nomeadamente, o estabelecimento de plafonds de combustível e a alteração das franquias de seguros suportadas pelo BPI. os custos com deslocações e estadas foram reduzidos em 25%, o que foi essencialmente determinado pela política de custos. os custos com a informática foram diminuídos em 11%, devido, fundamentalmente, à adaptação da carteira de contratos às reais necessidades do BPI. os custos com comunicações foram reduzidos em 24%, em resultado da racionalização de acessos à rede telefónica e da implantação de links nos edifícios centrais, de forma a transformar as comunicações entre terminal fixo e terminal móvel em comunicações entre terminais móveis, renegociou-se o tarifário dos circuitos de dados e, na rede comercial, criaram-se mecanismos de redução dos custos das comunicações de voz para os diversos operadores móveis. Adicionalmente, procedeu-se à racionalização do correio interno, de que resultou a eliminação de circuitos e de mail houses. Continuou-se a recorrer ao exterior para o desenvolvimento de algumas actividades – outsourcing –, de acordo com o programa iniciado em 2000, do que resultou uma maior concentração dos recursos nas actividades essenciais do negócio bancário. Simultaneamente, conseguiu-se aligeirar os custos das operativas e melhorar a qualidade dos serviços prestados. os custos de economato foram reduzidos em 14%, por se ter normalizado a oferta de material de escritório, os impressos, os artigos de copa e de higiene, evitando-se, assim, gastos em material considerado supérfluo para a actividade. Este processo alicerça-se num modelo de externalização de toda a operativa desde o fornecimento até à distribuição capilar. Prosseguiu-se com o projecto de racionalização de impressos, com vista à diminuição da oferta, e de selecção de artigos de economato alternativos, menos dispendiosos. A distribuição do material de merchandising foi concentrada no mesmo parceiro, aproveitando-se, assim, as sinergias logísticas. 30 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Neste contexto, prosseguiu-se com a externalização dos serviços de limpeza e segurança. Foi também possível, em 2003, reduzir o quadro de efectivos afectos à área de operações em 100 Colaboradores, o que correspondeu a uma diminuição de 27%. O motivo foi, essencialmente, um processo de racionalização interna de circuitos e processos. Ao longo de 2003 consolidou-se, na vertente operacional, a integração das empresas reestruturadas do Grupo BPI, efectuada no início do ano em apreço. Banca Comercial BANCA DE PARTICULARES E PEQUENOS NEGÓCIOS SÍNTESE DA ACTIVIDADE A Banca de Particulares e Pequenos Negócios do Banco BPI era responsável, no final de 2003, por uma carteira de crédito no valor de 10 137.5 milhões de euros e por uma carteira de recursos no valor de 14 543.5 milhões de euros. A taxa de crescimento anual foi, em 2003, de 13.1%, no caso do crédito, e de 4.9%, no caso dos recursos. Principais indicadores de negócio Carteira de crédito [do qual], crédito hipotecário Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆% 8 959.5 10 137.5 13.1% 6 512.5 7 582.1 16.4% Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias Recursos totais de Clientes 1.1% 1.3% - 13 859.5 14 543.5 4.9% Recursos com registo no balanço 9 871.7 9 742.7 (1.3%) Recursos com registo fora do balanço 3 987.8 4 800.7 20.4% o lançamento de uma rede de promotores externos, constituída por parceiros de negócio que, em conjunto com o Banco, têm o objectivo de captar novos Clientes e novo negócio. No final do ano, esta rede era composta por 250 promotores. o desenvolvimento de mais de 100 acções comerciais, que resultaram em quase dois milhões de contactos, dos quais, 23% por telemarketing e os restantes aos balcões. Ao todo, foram envolvidos cerca de 800 mil Clientes. Crédito e garantias Bi.€ 12 16 10.1 2003 N.º de Clientes (em milhões) 1.3 1.3 N.º de Clientes activos (em milhões) 1.0 1.0 Valor médio de crédito e recursos por Cliente activo (em milhares de euros) 21.9 13.9 14.5 12 11.6 7.5 5.9 6 2002 13.4 12.4 9.0 9 Quadro 10 Clientes da Banca de Particulares e Pequenos Negócios Recursos de Clientes Bi.€ 8 4.3 3 4 23.5 Quadro 11 0 No ano de 2003, salientam-se na Banca de Particulares e Pequenos Negócios as actividades comerciais e de marketing que se seguem: a expansão da rede de Centros de Investimento BPI que tem o objectivo de oferecer um serviço de assessoria financeira personalizada a Clientes particulares de elevado património. Em 2003, concretizou-se a abertura de oito novos Centros de Investimento, pelo que, no final de Dezembro de 2003, esta rede era formada por onze Centros em pleno funcionamento, localizados nas principais cidades do País – Lisboa (3), Porto (2), Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu e Évora. 0 99 00 01 02 Outro crédito garantias Crédito hipotecário Gráfico 12 03 99 00 01 02 03 Recursos captados com registo fora do balanço Recursos captados com registo no balanço Gráfico 13 Relatório | Operações e Banca Comercial 31 RECURSOS DE CLIENTES O comportamento globalmente positivo dos recursos de Clientes, em 2003, está associado, sobretudo, ao crescimento em 20.4% dos recursos com registo fora do balanço. Sublinhe-se o crescimento em 22.3% dos fundos de investimento e o aumento, em 29%, da carteira de seguros de capitalização. Os depósitos à ordem cresceram 3.8%, enquanto os depósitos a prazo diminuíram 2.5%. Recursos de Clientes sob a responsabilidade da Banca de Particulares e Pequenos Negócios1 1999 2000 2001 Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆% 02 / 03 Com registo no balanço Depósitos à ordem 2 101.5 2 297.1 2 605.3 2 589.4 2 687.5 3.8% Depósitos a prazo 4 868.1 5 055.2 5 696.3 5 901.3 5 754.9 (2.5%) Obrigações colocadas em Clientes 271.7 386.3 491.0 585.0 740.9 26.7% Produtos estruturados2 709.9 884.1 853.3 796.0 559.5 (29.7%) 7 951.2 8 622.6 9 645.9 9 871.7 9 742.7 (1.3%) Fundos de investimento 1 863.7 1 925.9 1 981.3 1 982.2 2 424.5 22.3% PPR e PPA3 1 022.4 1 060.4 1 045.1 1 095.9 1 202.7 9.7% 734.1 795.3 749.1 909.7 1 173.6 29.0% 20.4% Subtotal Com registo fora do balanço Seguros de capitalização Subtotal Recursos totais de Clientes 3 620.2 3 781.6 3 775.5 3 987.8 4 800.7 11 571.4 12 404.2 13 421.4 13 859.5 14 543.5 4.9% Quadro 12 1) Não inclui carteiras de títulos. 2) Obrigações de capital seguro e risco limitado indexadas a mercados accionistas. 3) Planos Poupança Reforma e Planos Poupança Acções. Conta ordenado BPI A domiciliação do ordenado dos Clientes no BPI constitui um importante objectivo comercial do Banco, na medida em que proporciona acrescidas oportunidades de fidelização desses Clientes. oferta da primeira anuidade do cartão de crédito, acesso a crédito automático na modalidade de descoberto na conta à ordem com uma taxa atractiva e bonificações directas no crédito pessoal e no crédito BPI automóvel. Fruto da estratégia descrita, o número de Clientes com domiciliação do ordenado no BPI aumentou 39% atingindo os 165 mil no final de 2003, dos quais 65% optaram pela modalidade de domiciliação automática de ordenado. No final de 2002, o BPI reformulou a oferta de contas ordenado, através do lançamento das contas ordenado BPI n.º 1 e BPI gold, associando-lhes um conjunto de vantagens que as tornam especialmente atractivas: isenção de despesas de manutenção, remuneração do saldo diário por escalões, CRÉDITO A CLIENTES O crédito concedido a particulares e pequenos negócios atingia os 10 137.5 milhões de euros, em Dezembro de 2003, registando uma taxa de crescimento anual de 13.1%. O crédito à habitação continuou a ser o motor de crescimento do crédito, contribuindo em 91% para o aumento observado. Assim, o peso do crédito à habitação na totalidade da carteira de crédito a particulares e pequenos negócios, de 72.7% aumentou para 74.8%. Crédito a Clientes na Banca de Particulares e Pequenos Negócios Crédito hipotecário 1 Crédito pessoal Cartões de crédito2 Valores em milhões de euros ∆% 02 / 03 1999 2000 2001 2002 2003 2 751.8 3 806.6 5 144.5 6 512.5 7 582.1 16.4% 352.0 487.9 491.2 449.7 447.9 (0.4%) 98.8 123.8 134.8 140.0 153.6 9.8% BPI automóvel3 121.1 169.6 151.0 216.0 227.6 5.4% Crédito comercial4 719.2 958.0 1 154.9 1 175.1 1 231.3 4.8% Leasing mobiliário e imobiliário3 162.3 241.8 306.9 331.7 352.3 6.2% Crédito por assinatura Total 90.2 105.2 127.1 134.5 142.7 6.1% 4 295.5 5 892.9 7 510.5 8 959.5 10 137.5 13.1% 1) Crédito com garantia sobre imóveis. Corresponde principalmente a crédito à habitação e a crédito para obras. 2) Inclui o outstanding de não-Clientes. 3) Montantes de financiamento automóvel e leasing originados pela Banca de Particulares e Pequenos Negócios. 4) Inclui descobertos, créditos em conta corrente, desconto de letras e outros créditos que integram a oferta de produtos de crédito orientada principalmente para empresários em nome individual e pequenos negócios. 32 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Quadro 13 Crédito à habitação A carteira de crédito hipotecário cresceu 16.4%, em 2003, ascendendo a 7 582.1 milhões de euros no final do ano. Nesta data, o BPI alcançava, considerando o saldo de carteira, uma quota de mercado de 9.8%1, muito superior à quota de 6.1% que o BPI tinha há cinco anos. Este aumento é o resultado da prioridade que, na actividade comercial, o BPI atribuiu ao crescimento deste segmento de negócio, bem como da afirmação do Banco, no mercado, como especialista neste produto de crédito. garantia e do montante do financiamento), o BPI aumentou a exigência nos critérios de aprovação do crédito: A quota de mercado de negócio novo ascendeu a 12.8%, em 2003, percentagem superior à da quota obtida no ano anterior, que foi de 12.3%. O crédito contratado no ano diminuiu 5.9% relativamente a 2002, cifrando-se em 1 717 milhões de euros. Essa redução é, todavia, inferior à redução de 10% estimada para o mercado, a qual reflecte uma conjuntura mais desfavorável e a extinção, em Setembro de 2002, de um segmento de mercado – empréstimos a famílias de baixos rendimentos, subsidiados pelo Estado. No final de 2003, o valor médio da relação entre financiamento e garantia na carteira era de 64%2, enquanto o novo crédito, em 2003, foi contratado com um rácio inferior: 59%. aumentou-se de dois para três pontos percentuais a margem de segurança adicionada à taxa de juro efectiva de cada operação, para efeito de avaliação do risco de cada empréstimo, com o objectivo de avaliar a capacidade de cada mutuário assumir o serviço de dívida numa conjuntura de taxas mais elevadas; foram aumentados os mínimos exigidos quanto a rendimento líquido disponível do agregado familiar para a aprovação do crédito; passaram a considerar-se, na decisão de aprovação do crédito, indicadores sociodemográficos sobre a região onde o proponente habita e indicadores sobre o risco da respectiva entidade patronal. O contributo dos canais de venda especializados – lojas habitação, balcões com espaço habitação e mediadores imobiliários – continuou a ser determinante para o desempenho registado. No conjunto, foram responsáveis pela contratação de 47% do total de novo crédito. Crédito à habitação 2002 ∆% 2003 Contratação de crédito à habitação pelos canais especializados 2003 Carteira de crédito Saldo da carteira de crédito (M.€) Quota de mercado – saldo da carteira 6 512.5 7 582.1 9.2% 9.8% 65% 64% 1 Rácio financiamento / garantia Montante médio por contrato (em milhares de euros) 45.6 # Contratação Contratação por unidade total (M.€) (M.€) 16.4% - 46.7 2.4% Lojas habitação 19 8.0 148.5 9% Balcões com espaço habitação 64 5.4 345.0 20% 18% Mediadores Imobiliários Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias 0.7% 0.9% - Restantes balcões Total Contratação de crédito % - - 309.3 432 2.1 914.2 53% - - 1 717.0 100% Crédito contratado no ano (M.€) 1 824.7 1 717.0 (5.9%) Quadro 15 Quota de mercado – contratação A afirmação do BPI estende-se igualmente à Internet. O BPI dispõe da maior base on-line de imóveis e empreendimentos à venda no site BPI Imobiliário. No final de 2003, contava com 1.5 mil parceiros e 281 mil anúncios de venda de imóveis, ou seja, respectivamente, mais 25% e 41% do que há um ano atrás. Em 2003, as páginas do site foram visualizadas, em média, 2.6 milhões de vezes por mês (mais 37% do que em 2002). 12.3% 12.8% - Rácio financiamento / garantia 62% 59% - Montante médio por contrato (milhares de euros) 56.3 60.0 6.6% 25 28 Período médio do empréstimo (em anos) 1) O valor de mercado inclui crédito securitizado. Quadro 14 Ainda em 2002, próximo do final do ano, o BPI alargou o prazo máximo do crédito hipotecário para 50 anos, impondo embora o limite de 70 anos de idade dos proponentes, no final de vida dos empréstimos. O Banco fixou, igualmente, limites específicos mais restritivos, de relação máxima entre financiamento e garantia. Principais indicadores do BPI Imobiliário Em Fevereiro de 2003, o BPI acrescentou à sua oferta de crédito à habitação uma modalidade que, ao incluir um seguro de protecção ao crédito (plano de pagamentos), permite uma relação máxima entre financiamento e garantia de 100%, desde que a finalidade seja habitação própria permanente e o prazo não seja superior a 40 anos. N.º de mensagens de e-mail enviadas a subscritores do serviço de alerta 2002 2003 ∆% N.º de anúncios de imóveis 200 mil 281 mil 41% N.º de parceiros 1.2 mil 1.5 mil 25% 1.9 milhões 2.6 milhões 37% 735 mil 528 mil (28%) 15 mil 17 mil N.º de páginas visualizadas em média por mês N.º de pedidos de visita efectuados através do site 12% Quadro 16 Em paralelo com a adaptação da oferta e a aplicação de um pricing que reflecte prémios de risco (assente numa grelha de spreads definidos em função da relação entre financiamento e 1) A carteira de crédito considerada para o mercado inclui crédito securitizado. 2) No momento da contratação. Relatório | Banca Comercial 33 Crédito à habitação Modalidades de taxas de juro O Crédito Habitação BPI oferece quatro opções de taxa de juro, permitindo ao Cliente optar por aquela que melhor se ajusta às expectativas que tenha sobre a evolução do mercado: taxa variável, indexada à Euribor, que se ajusta periodicamente à evolução das taxas de juro do mercado, com as consequentes alterações na prestação mensal; taxa variável com prestação fixa, indexada à Euribor, cujo ajustamento periódico à evolução das taxas de juro do mercado se reflecte no prazo da operação, aumentando-o ou diminuindo-o de modo a manter constante o valor da prestação mensal; Seguro de protecção A modalidade com seguro de protecção ao crédito (plano de pagamentos), permite uma relação entre financiamento e garantia até aos 100%, nos casos em que a finalidade é a habitação própria permanente e o prazo não é superior a 40 anos. taxa fixa a dez, 15, 20, 25 ou 30 anos, consoante o prazo do empréstimo; taxa máxima garantida, indexada à Euribor, semelhante à taxa variável, mas com a definição de um valor máximo que a taxa pode alcançar nos primeiros três ou cinco anos. Modalidades de prazo O prazo máximo da operação varia, de acordo com a modalidade escolhida, entre os 20 anos (na taxa variável com prestação fixa) e os 50 anos (na taxa variável), desde que, no final do empréstimo, a idade dos mutuários seja inferior a 70 anos. Crédito pessoal A carteira de crédito pessoal diminuiu 0.4%, em 2003, já que o crescimento em 6.5% de uma das suas componentes – o crédito ao consumo – foi contrariado pela redução em 81.4% do crédito para aquisição de títulos. No final de 2003, o crédito pessoal representava 4.4% do crédito concedido a particulares e pequenos negócios e 2.6% do crédito global do BPI. Em 2003, a contratação de crédito ao consumo foi superior em 20.2% à do ano anterior, enquanto a contratação de crédito para aquisição de títulos foi nula. Crédito pessoal Spreads A taxa fixa ou os spreads a associar ao indexante, no caso da taxa variável, dependem do montante a financiar e da relação entre financiamento e garantia, cujo máximo é 90%. Valores em milhões de euros ∆% 2002 2003 414.3 441.3 6.5% 35.4 6.6 (81.4%) 449.7 447.9 (0.4%) 2.3% 3.1% - Soluções específicas A oferta de crédito à habitação BPI contempla ainda soluções específicas para troca de casa, adiantamento para sinal ou adiantamento em fase de construção, bem como um pacote de seguros associados (vida, multirisco com cobertura de fenómenos sísmicos, protecção ao crédito, e obras e montagens). Informação Dada a importância de prestar aos Clientes uma informação uniforme, transparente e comparável antes da contratação de um crédito à habitação, o BPI aderiu ao Código Europeu de Conduta Voluntário. Crédito comercial e leasing A carteira de crédito comercial e de leasing mobiliário e imobiliário registou, em 2003, crescimentos de 4.8% e 6.2%, respectivamente. Para este resultado contribuíram, de forma significativa, a política de estabelecimento de relações de parceria com empresas e associações empresariais, bem como a participação nos vários programas de apoio ao investimento, nomeadamente o PRIME (antigo POE). Entre as parcerias com as empresas, merece referência especial a estabelecida em Abril com a John Deere, que possibilita às entidades do sector agrícola a aquisição de equipamentos desta marca em condições financeiras especiais. No final do ano, estavam contratadas 172 operações, no montante de 4.42 milhões de euros, situando-se a taxa de aprovação em 76.4%. Carteira de crédito Crédito ao consumo Crédito para aquisição de títulos Total da carteira de crédito Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias Crédito comercial e leasing Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆% 4.8% Carteira de crédito Crédito comercial1 1 175.1 1 231.3 Contratação de crédito Leasing mobiliário e imobiliário 331.7 352.3 6.2% Crédito ao consumo Crédito por assinatura 134.5 142.7 6.1% 1 641.3 1 726.3 5.2% 2.5% 2.3% - Crédito para aquisição de títulos Total de crédito contratado Período médio do empréstimo (em anos)1 1) Prazo médio ponderado pelos montantes; exclui crédito para aquisição de títulos. 34 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 178.5 214.7 20.2% 0.01 - - 178.6 214.7 4.8 5.3 20.2% Quadro 17 Total da carteira de crédito Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias 1) Inclui descobertos, créditos em conta corrente, Quadro 18 desconto de letras e outros créditos que integram a oferta de produtos de crédito orientada principalmente para empresários em nome individual e pequenos negócios. Crédito automóvel A Banca de Particulares e Pequenos Negócios era responsável, no final de 2003, por 39% da carteira de financiamento automóvel do Grupo. Cartões de crédito O número de cartões de crédito colocados junto de Clientes do Banco BPI aumentou 12%, ascendendo a 420 mil, em Dezembro de 2003. A quota de mercado situou-se, no final de 2003, em 12.8%1. O crédito automóvel concedido a particulares e pequenos negócios atingia os 227.6 milhões de euros, no final de 2003, ou seja, mais 5.4% que em Dezembro de 2002. A facturação acumulada ascendeu a 732.5 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 5.5%, relativamente a 2002. A contratação de crédito, em 2003, ascendeu a 136.6 milhões de euros, o que representa um crescimento de 12.9% relativamente a 2002, enquanto, pelo contrário, o mercado de automóveis ligeiros de passageiros continuou em forte contracção registando uma redução de 16% no número de veículos vendidos. Crédito automóvel concedido pela Banca de Particulares e Pequenos Negócios 2002 Destaca-se, relativamente ao ano de 2003: 2003 Aluguer de longa duração 83.6 79.9 (4.4%) 52.6 67.1 27.6% Leasing 79.9 80.7 1.0% 216.0 227.6 5.4% 0.6% 0.8% - Contratação de crédito Crédito contratado no ano 121.0 o lançamento, em Junho, do cartão Zoom, produto inovador que agrega as características de revolving e de crédito a prestações; o lançamento, em Julho, do cartão Euro 2004. ∆% Crédito Rácio de crédito vencido há mais de 30 dias o relançamento do cartão Prémio com base no conceito multimagem; Valores em milhões de euros Carteira de crédito Total da carteira de crédito 136.6 12.9% Quadro 19 O negócio de financiamento automóvel do BPI inclui, para além do crédito a particulares e pequenos negócios, o crédito concedido a empresas e é gerido de forma integrada por uma unidade especializada. Além da rede de retalho e da rede de centros de empresas, o BPI dispõe de parcerias com importadores oficiais de marcas e com grandes grupos de concessionários generalistas. Em 2003, a rede de retalho contratou 28% das operações de financiamento, a rede de Banca de Empresas contratou 16%, 15% foram contratadas no âmbito das parcerias com concessionários monomarca e 41% resultaram das parcerias com concessionários multimarca e generalistas. No final de 2003, a carteira global de financiamento automóvel do Grupo ascendia a 577.2 milhões de euros, o que representa um aumento de 10.6%, relativamente a 2002. Cartões de crédito 2002 N.º de cartões no final do ano (mil) 2003 ∆% 12.0% 374.7 419.9 Quota de mercado 12.7% 12.8% - Facturação (M.€) 694.6 732.5 5.5% Crédito1 (M.€) 140.0 153.6 9.8% Rácio de crédito vencido (mais 30 dias) 5.8% 5.8% 1) Outstanding de crédito. Quadro 20 Cartões de débito O número de cartões de débito colocados aumentou 8%, alcançando os 774 mil cartões no final do ano, conferindo ao BPI uma quota de mercado de 8.8%. A facturação dos cartões de débito ascendeu, no ano, a 2 571 milhões de euros, o que correspondeu a um aumento de 4%, relativamente a 2002. Cartões de débito 2002 2003 ∆% N.º de cartões no final do ano (mil) 715.3 773.7 8.2% Quota de mercado 8.2% 8.8% - 2 464.1 2 571.1 4.3% Facturação (M.€) Quadro 21 A contratação de crédito, em 2003, cifrou-se em 247.8 milhões de euros, sendo inferior em 12.2% à do ano anterior. Campanhas automóvel O ano de 2003 ficou marcado pelo lançamento das campanhas monomarca e pelo sucesso da campanha SMART. As campanhas monomarca proporcionaram a oferta aos Clientes de condições de aquisição mais vantajosas do que as que conseguiriam obter directamente no concessionário. Adicionalmente, aumentaram a taxa de penetração do financiamento automóvel BPI nas marcas e conduziram à captação de novos Clientes para o Banco. No período da campanha (Julho a Novembro de 2003), as vendas do Smart cresceram 65% relativamente ao período homólogo, tendo o Banco BPI aprovado 480 propostas. Este número correspondeu a 45% do total de viaturas da marca vendidas, no período da campanha. Abriram-se 126 novas contas, o que corresponde a 27% dos Clientes da campanha. 1) Quota de mercado nas gamas de cartões Visa e Mastercard em que o BPI concorre. Relatório | Banca Comercial 35 REDE FÍSICA No final de 2003, a rede de distribuição de Particulares e Pequenos Negócios servia cerca de 1.3 milhões de Clientes. Dispunha de 483 balcões tradicionais, 13 balcões in-store, uma rede especializada no crédito à habitação, com 19 lojas, 11 centros de investimento dedicados a Clientes de elevado património, 47 lojas automáticas e uma rede de promotores externos, lançada em 2003, e que no final do ano contava com 250 promotores. a implementação gradual do novo modelo de balcão que, com menos barreiras físicas entre o Cliente e o Colaborador, estimulam uma atitude orientada para a melhoria da produtividade e da qualidade do serviço. No decurso de 2003 foram remodelados 74 balcões pelo que o número de balcões dotados da nova imagem passou a ser de 101; a promoção de uma maior adesão aos canais alternativos. Neste sentido, o Banco BPI dispunha no final do ano de 310 balcões com espaços internet e de 119 balcões com soluções de auto-serviço (que disponibilizam 115 máquinas de depósito e 50 máquinas de dispensação de cheques), permitindo aos Clientes efectuar um leque significativo de transacções, de forma simples, rápida e em horário alargado; a disponibilização, em 240 balcões, de postos de caixa equipados com cash-dispenser, dos quais, 47 são máquinas de reciclagem, promovendo uma simplificação dos processos a par de um incremento da segurança; Rede física de distribuição 2002 2003 Balcões tradicionais 483 483 Espaço habitação 64 64 228 310 Balcões in-store 13 13 Lojas habitação 18 19 Espaço internet Centros de investimento 3 11 Balcões com soluções de auto-serviço 51 119 Lojas automáticas 47 47 – 250 Promotores externos Viana 12 Quadro 22 Capital humano na rede de distribuição1 N.º de Colaboradores na rede de balcões de retalho1 N.º médio de Colaboradores por balcão 2002 2003 Braga 31 3 047 2 908 Porto 89 6.2 5.9 40.1 40.1 % dos Colaboradores com formação superior 26.5% 28.1% Homens 54.9% 52.7% Mulheres 45.1% 47.3% Média de idades Índice de qualidade de serviço (IQS) nos balcões 1) Colaboradores nos balcões tradicionais e in-store. 854.0 Viseu 13 Aveiro 34 a disponibilização de espaços de atendimento especializados nos balcões tradicionais. No final de 2003, existiam 64 balcões com espaços habitação e 132 espaços para atendimento a pequenos negócios; Açores 5 Castelo Branco 8 Leiria 19 Santarém 17 Portalegre 4 Lisboa 143 Setúbal 41 Beja 7 Madeira 7 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Guarda 9 Coimbra 18 Évora 6 36 Bragança 7 875.0 Quadro 23 A gestão da rede de distribuição tem-se concentrado no aumento da capacidade comercial, melhoria da eficiência e operacionalidade e aumento da qualidade de serviço. Destaca-se a este nível: Vila Real 8 Faro 18 o alargamento do serviço de centralização de chamadas a mais 26 balcões, elevando o número total destes balcões para 305, o que corresponde a uma cobertura superior a 50% da rede de distribuição. Colaboradores por balcão Colaboradores com formação superior N.º % 7.0 30 28.1 26.5 CANAIS VIRTUAIS Os canais virtuais constituem um importante factor de aumento da eficiência do Banco. A transferência para estes canais das operações de baixo valor, da automatização de processos e disponibilização de informação, permite à rede fisica concentrarse na actividade de venda, assente no contacto pessoal e na qualidade de serviço. 21.0 21.6 6.5 6.4 20 6.2 6.16 6.0 6.0 BPI Net e BPI Directo Particulares Os serviços de homebanking para particulares – BPI Net – e de banca telefónica – BPI Directo –, têm registado de forma consistente, desde o seu lançamento em início de 2000, aumentos significativos no número de utilizadores e no número de transacções. 10 5.5 5.0 99 No final de 2003, 378 mil Clientes eram utilizadores activos dos serviços BPI Net e/ou BPI Directo, o que corresponde a um crescimento de 29% relativamente a 2002. O BPI Directo registava 264 mil utilizadores activos (+28% vs. 2002) e o BPI Net 223 mil (+51% vs. 2002). 00 01 02 03 Gráfico 14 BPI Net Empresas / BPI Net Negócios Em 2003, foi lançado o novo serviço BPI Net Empresas, suportado pela mesma infra-estrutura informática do serviço para particulares, conjuntamente com o lançamento duma linha de atendimento telefónico especializado na resposta a questões sobre o novo serviço. O BPI Net Empresas representou um importante avanço no serviço de Internet banking, anteriormente prestado às pequenas, médias e grandes empresas. 14.0 5.86 0 99 00 01 02 03 Gráfico 15 BPI Net e BPI Directo Aderentes com password alterada1 N.º Milhões 400 378 292 300 No final do ano, 48% das empresas comerciais, Clientes da Banca de Particulares e Pequenos Negócios, já tinha aderido ao BPI Net Empresas ou ao BPI Net Negócios. Dos Clientes que aderiram ao BPI Net Empresas, 35% eram utilizadores activos e no BPI Net Negócios 85% eram utilizadores activos. Transacções e consultas 30.0 22.5 259 230 200 15.0 146 Canais virtuais N.º de caixas multibanco BPI Directo Subscritores Utilizadores activos1 BPI Net Subscritores Utilizadores activos1 BPI Net Empresas Subscritores2 Utilizadores activos1, 2 BPI Net Negócios Subscritores Utilizadores activos1 Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆% 1 107 1 118 1.0% 323 mil 206 mil 464 mil 264 mil 44% 28% 323 mil 148 mil 464 mil 223 mil 44% 51% - 13.8 mil 4.9 mil - - 23.8 mil 20.3 mil - 1) Subscritores do serviço que alteraram a password atribuída inicialmente, já utilizaram o serviço e se mantêm activos. 2) O BPI Net Empresas conta adicionalmente com 2.7 mil Clientes da Banca de Empresas que subscreveram o serviço, dos quais 2 mil são utilizadores do serviço. Quadro 24 100 7.5 0 0 Jun Dez Dez Dez Dez 00 00 012 02 03 00 01 02 03 Transacções Consultas Gráfico 16 Gráfico 17 1) Contrato e password únicos, simultâneamente válidos para o BPI Net e para o BPI Directo. 2) Em Agosto de 2001 procedeu-se ao cancelamento automático de todas as adesões de Clientes aderentes que à data de 15 de Março de 2001, nunca tinham utilizado o BPI Net / Directo ou que, tendo-o feito, não realizavam consultas ou operações nestes canais há mais de 6 meses. Encontravam-se nesta situação cerca de 90 mil Clientes. Relatório | Banca Comercial 37 DESEMPENHO EM 2003 Os canais electrónicos e virtuais do BPI têm registado crescentes níveis de adesão e de utilização e do número operações realizadas. É de realçar a evolução verificada nas seguintes actividades: serviços de banca directa, centralização de atendimento a Clientes e Colaboradores, prestação de informação e venda de produtos e serviços. Serviços de Banca Directa e migração de operações de baixo valor Máquinas de depósito e fornecimento de cheques Nos balcões onde foram instaladas máquinas de depósito e fornecimento de cheques, registou-se uma migração de cerca de 40% das operações de depósito e 47% das requisições de cheques, respectivamente. Espaços Internet em balcões No decurso de 2003 verificou-se um acréscimo de 127% nos acessos mensais aos Espaços Internet. No mês de Dezembro de 2003, cada espaço registou em média 266 acessos. BPI Net e BPI Directo Particulares 1 180 mil acessos mensais1 ao BPI Net, aumento homólogo de 84%; 3.2 milhões de operações mensais1, o que corresponde a um aumento homólogo de 79%; 2.6 milhões de chamadas telefónicas recebidas em 2003; 11.1 mil chamadas recebidas em média por dia útil; 72% das chamadas recebidas no ano foram atendidas em menos de 20 segundos no BPI Directo; 69% das solicitações feitas no ano através do BPI Directo receberam resposta pelo modo de atendimento automático. Centralização de atendimento a Clientes e Colaboradores O Banco BPI gere de forma centralizada o atendimento a Clientes provenientes de diversos canais (Internet, telefone, iTV, SMS) com base em sistemas de gestão de conteúdos e de tratamento de questões e reclamações alicerçados em bases de dados únicas de informação. Help Desk – 21 mil chamadas recebidas em Dezembro de 2003, ou seja, um crescimento homólogo de 215%, decorrente do processo de centralização dos Help Desks; Centralização de balcões – cerca de 331 mil chamadas em 2003, em resultado do alargamento para 305 do número de balcões abrangidos (mais de 50% do total de balcões do Banco BPI); Centralização de avisos e cobranças – 11 mil contactos com Clientes. Centralização de chamadas Cobertura da rede1 % 75 310 279 285 256 50 212 25 135 BPI Net Empresas / BPI Net Negócios 6.6 milhões de páginas visualizadas em 2003; 0 825 mil consultas e 150 mil transacções em 2003. Jun Dez Jun Dez Jun Dez 01 01 02 02 03 03 1) Balcões tradicionais e balcões in-store. Gráfico 18 1) Registado no mês de Dezembro. 38 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Informação Sites informativos A utilização dos sites informativos do BPI continuou, em 2003, a registar um elevado crescimento: 20.7 milhões de páginas vistas na totalidade dos sites no mês de Dezembro de 2003 – aumento de 69% relativamente ao período homólogo; 1.8 milhões de acessos no mês de Dezembro de 2003, um aumento de 77% relativamente ao período homólogo; 281 mil imóveis disponíveis no site BPI Imobiliário, um aumento de 41% face a 2002; 528 mil e-mails enviados a subscritores do serviço de alerta do site BPI Imobiliário em 2003; 17 mil pedidos de visita a imóveis efectuados através do site BPI Imobiliário em 2003, e enviados para os parceiros imobiliários, principalmente mediadoras, o que corresponde a uma variação de 12% em relação a 2002; BPI Imobiliário Imóveis disponíveis no website N.º 300 Linhas de Atendimento de Produto disponibilização de linhas de informação especificas para produtos de crédito (crédito à habitação, crédito ao consumo, crédito automóvel), fundos de investimento, produtos de investimento e sites Internet. 125 mil chamadas recebidas nas linhas de informação, uma variação de 51% relativamente ao período homólogo; Vendas Neste âmbito à a realçar o lançamento do Clube BPI e a dinamização dos canais telemarketing, e-mail e SMS (início no último trimestre de 2003) como canais de venda, aproveitando as suas características próprias, nomeadamente a elevada interactividade e menor custo do que os canais tradicionais, e garantindo a integração da política comercial destes canais num âmbito global da política de vendas do BPI. Clube BPI Nesta actividade de vendas, há a assinalar o lançamento dum site de comércio electrónico para particulares – Clube BPI –, um canal privilegiado para divulgação dos produtos BPI relacionados com o consumo – crédito pessoal e cartões de crédito – e que conta com a colaboração de parceiros seleccionados pelo elevado padrão dos serviços que oferecem e pelo nível de desenvolvimento tecnológico. 281 250 225 199 146 150 119 Este site tem subjacente a criação de sinergias entre o BPI e os parceiros, conjugando a elevada adesão dos Clientes BPI aos serviços disponibilizados através da Internet, com a experiência dos parceiros na venda de produtos através deste canal. Foram realizadas em 2003, um total de 97 campanhas de outbound, através dos diversos canais: telemarketing, e-mail e SMS, tendo sido realizados 1.8 milhões de contactos com Clientes. 90 75 41 0 Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez 00 01 01 02 02 03 03 Gráfico 19 Relatório | Banca Comercial 39 APOIO AO NEGÓCIO E ÀS VENDAS Potencial Interno de Crescimento O Banco BPI dispõe de um importante instrumento que lhe permite conhecer o potencial de desenvolvimento da relação com cada um dos seus actuais Clientes. O Potencial Interno de Crescimento (PIC), mede o Potencial de Venda Cruzada (Cross-Selling) e o potencial de aumento de quota de Cliente (Share-of-Wallet). Potencial Interno de Crescimento O cálculo do Potencial Interno de Crescimento (PIC) é elaborado com base em informação externa obtida em estudos de mercado – permitindo dimensionar o mercado e criar benchmarks objectivo – e em informação interna obtida através de modelos estatísticos de propensão à compra de produtos para cada Cliente do Banco – baseados no seu envolvimento, comportamento transaccional e perfil socio-demográfico. O Potencial Interno de Crescimento é calculado para cada nível da organização, desde o Balcão ao total da Rede, representando um referencial importante no trabalho de Cálculo do potencial Estudos de mercado Modelos de propensão Como apoio à rede comercial para exploração do potencial, toda esta informação será disponibilizada através dos sistemas de apoio à venda. Apoio à venda por balcão Quais o produtos mais propensos para cada Cliente? Para o Banco BPI Por área Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Adicionalmente, é também estimado para cada Cliente do Banco o seu nível actual de quota (Share-of-Wallet), medida importante para dimensionar o potencial de captação de recursos que ainda existe em cada Cliente. Colocação actual vs. potencial de crescimento por produto Estratégia de crescimento 40 venda cruzada (cross selling) de cada Balcão dentro da sua actual base de Clientes. Definição de objectivos de crescimento Por região Potencial Interno de Crescimento por produto, segmento e Cliente O PIC é resultado de vários anos de investigação da equipa de CRM, e agrega informação de modelos comportamentais desenvolvidos internamente e de diversos estudos de mercado. Por balcão Quais os Clientes com maior propensão à compra de determinado produto? Qual o actual Share-of-Wallet de cada Cliente? Índice de Qualidade de Serviço O Índice de Qualidade de Serviço (IQS) é uma forma de medir quantitativamente a satisfação dos Clientes com o serviço prestado pelo Banco BPI e envolve três componentes que a seguir se identificam. IQS Concorrência – Inquérito bienal a cerca de 2 000 Clientes de bancos, destinado a avaliar o posicionamento do Banco relativamente à concorrência. IQS Banco – Inquérito anual a 5 000 Clientes do Banco BPI, com vista a avaliar o nível de qualidade do serviço do banco como organização. IQS Balcão – Inquérito trimestral a 15 000 Clientes do Banco BPI com o objectivo de avaliar o nível de qualidade do serviço prestado por cada balcão. Os resultados são apurados e publicados trimestralmente, tendo em consideração os resultados dos dois últimos inquéritos, ou seja, as respostas de 30 000 Clientes. Metodologia de construção do indicador No início do ano de 2002, foi levado a cabo um vasto conjunto de entrevistas com Clientes e não-clientes – oito grupos envolvendo 70 entrevistados de distintas características sociodemográficas e bancárias – com o objectivo de determinar quais os factores de satisfação que são levados em conta na avaliação da qualidade do serviço prestado pela banca. Posteriormente, foi realizado um extenso inquérito a 22 000 Clientes do Banco BPI – em média, 45 Clientes por Balcão, numa amostra representativa do balcão, quanto a características sociodemográficas e bancárias. O intuito do inquérito era avaliar o Banco e cada um dos seus balcões, tendo em conta os diferentes factores de satisfação identificados, bem como determinar o peso de cada um destes factores na avaliação global que o Cliente faz do serviço prestado. Foram ainda tomadas medidas para tornar os balcões comparáveis: identificaram-se os factores não controláveis pelo balcão e com maior influência no nível de satisfação dos Clientes (ex.: número de movimentos de caixa de não-clientes do balcão em estudo), e aplicou-se um coeficiente de correcção de modo a contemplar o efeito destas variáveis no IQS final do balcão. Divulgação de resultados trimestrais Os resultados dos inquéritos trimestrais são regularmente publicados na intranet do BPI e constituem uma informação de gestão importante, pois permitem a cada balcão monitorar a percepção da qualidade de serviço dos seus Clientes e ajustar, em conformidade, o nível de qualidade do serviço. Conclusões globais do IQS-Balcão do 4.º trimestre de 2003 O nível de satisfação dos Clientes BPI, que se relacionam com os balcões, cresceu em todos os trimestres de 2003, atingindo, no 4.º trimestre de 2003, um crescimento de 2.5% relativamente ao período homólogo do ano anterior. O aumento do nível de satisfação dos Clientes está fundamentalmente ligado aos factores “capacidade e eficácia dos Colaboradores” e “tempo de espera”. O factor de qualidade de serviço relativamente ao qual o BPI apresenta nível superior de satisfação é o “atendimento pessoal”, conseguindo inclusivamente superar o nível de satisfação global – IQS. Índice de satisfação Aumento do indicador de satisfação 4º Trimestre de 2003 (vs. 4º Trim. de 2002) Factores básicos de satisfação Foram determinados quatro factores básicos de satisfação relacionados com os balcões, e foi calculado o respectivo grau de importância (ponderação no IQS): "capacidade e eficácia dos Colaboradores", "atendimento pessoal", "tempo de espera até ao atendimento" e "eficácia do atendimento telefónico do balcão". 875 IQS 867 Capacidade e eficácia dos Colaboradores 800 858 Tempo de espera 866 Atendimento telefónico 900 2.8% Atendimento pessoal 898 700 2.5% 1000 1.0% 4.6% 1.9% 0% 2% 4% 6% Gráfico 20 Relatório | Banca Comercial 41 BANCA DE EMPRESAS, BANCA INSTITUCIONAL E PROJECT FINANCE SÍNTESE DA ACTIVIDADE No final de 2003, a Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance eram responsáveis por uma carteira de crédito e garantias de 9 920 milhões de euros. Este montante representava um decréscimo de 3.2%, relativamente a 2002. Bi.€ Bi.€ 12 2.4 10.4 A Banca de Empresas continuou a adoptar a mesma política de diversificação do risco da carteira e de selectividade na concessão de crédito, já adoptada em larga medida, em 2002. Os padrões de controlo das maiores exposições tornaram-se mais exigentes, o que aprofundou o rebalanceamento da carteira de crédito e garantias. O peso do segmento de Wholesale Banking, no total de aplicações, reduziu-se, em 2003, de 37% para 28%, enquanto o peso do segmento de grandes e médias empresas aumentou de 50% para 53% da carteira. Recursos de Clientes Crédito e garantias 10.9 10.3 9.9 9 1.8 1.7 1.6 1.7 1.6 00 01 02 03 7.4 6 1.2 1.2 3 0.6 Excluindo o segmento de Wholesale Banking, a carteira de crédito e garantias registou, em 2003, no conjunto dos restantes segmentos da Banca de Empresas, um crescimento de 9%. 0 Os segmentos de Project Finance e Banca Institucional registaram, em 2003, crescimentos muito acentuados, de 54% e de 28%, respectivamente. Importa notar que, durante o ano de 2003, a Direcção de Project Finance passou a assegurar a gestão dos empréstimos sindicados da sucursal de Espanha, anteriormente acompanhados por outras direcções de empresas. Desta mudança resultou uma transferência de operações, no montante de 108 milhões de euros. Registe-se, ainda, o crescimento de cerca de 10% das comissões e outros proveitos líquidos, induzido pelo reforço dos serviços prestados aos Clientes. Os recursos totais, no montante de 1 644 milhões de euros, registaram um ligeiro decréscimo de 2.4% em relação a Dezembro de 2002. Principais indicadores de negócio Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆ M.€ ∆% Wholesale banking 3 757.6 2 836.1 (921.5) (24.5%) Grandes empresas 2 421.8 2 421.2 (0.6) 0.0% Médias empresas 2 750.5 2 804.5 +54.0 2.0% 637.4 983.9 +346.5 54.4% 1 Crédito e garantias Project finance Banca institucional Crédito e garantias Recursos 683.8 874.6 +190.8 27.9% 10 251.1 9 920.3 (330.8) (3.2%) 1 684.1 1 644.0 (40.1) 1) Inclui crédito a Clientes, crédito a Instituições de Crédito, crédito titulado e garantias. 42 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 (2.4%) Quadro 25 0 99 00 01 02 03 99 Garantias Crédito Gráfico 21 Gráfico 22 Rede física As áreas de Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance gerem, de forma integrada, o relacionamento do Banco com os cerca de 14 mil Clientes empresariais e institucionais do BPI, bem como a oferta comercial que lhes é destinada. Depois da autonomização, no segundo semestre de 2002, da área de Wholesale Banking, os Clientes passaram a estar distribuídos por cinco segmentos, de acordo com o respectivo volume de negócios – Wholesale Banking, Grandes Empresas e Médias Empresas –, bem como de acordo com a respectiva especificidade – Project Finance e Banca Institucional. Esta distribuição teve o objectivo de melhor adequar a oferta de produtos e de serviços às características e necessidades de cada segmento. A Banca de Empresas e a Banca Institucional dispõem de redes comerciais específicas – centros de empresas e centros institucionais –, que lhes asseguram proximidade, concentração e agilidade no serviço prestado aos Clientes. A área de Project Finance dedica-se à organização, montagem e participação em operações de project finance, parcerias público-privadas, assim como em outros financiamentos estruturados. Canais virtuais No final do primeiro semestre de 2003, o BPI lançou o BPI Net Empresas, o serviço de corporate Internet banking, destinado a grandes, médias e pequenas empresas e a Clientes institucionais. Este serviço disponibiliza um conjunto alargado de operações bancárias, incluindo operações de estrangeiro e pagamento de salários, bem como o acesso imediato à informação actualizada sobre a empresa (posição integrada, saldos e movimentos) e a possibilidade de efectuar o download de ficheiros para utilização posterior, com eficiência, rapidez, segurança e flexibilidade, proporcionando uma melhor gestão de tesouraria. Rede física Canais virtuais Centros n.º Wholesale1 4 BPI Net Empresas* Grandes Empresas2 6 www.bpinetempresas.pt Médias Empresas3 38 Project Finance 1 Institucionais4 5 Banco Electrónico BPI* *44% de Clientes aderentes Açores Madeira Porto Lisboa O BPI Net Empresas está a registar uma forte adesão por parte dos Clientes da Banca de Empresas, tendo atingido uma taxa de penetração de 31% nos Clientes activos. Este é já o principal meio de relacionamento electrónico dos Clientes da Banca de Empresas com o BPI. 1) Maiores grupos empresariais. 2) Turnover acima de 25 milhões de euros. 3) Turnover entre 1.25 milhões de euros e 25 milhões de euros. 4) Autarquias, regiões autónomas, sistema de segurança social, universidades, associações de utilidade pública e outras entidades com fins não lucrativos. Relatório | Banca Comercial 43 WHOLESALE BANKING, GRANDES E MÉDIAS EMPRESAS Direcção de Riscos de Crédito Em 2003, consolidou-se o processo de autonomização da gestão do risco nos segmentos de grandes e médias empresas na Direcção de Riscos de Crédito, o que permitiu um melhor controlo do risco da carteira e uma mais eficiente gestão do processo de recuperação do crédito em incumprimento. Sistemas de incentivos públicos À semelhança de anteriores sistemas de incentivos públicos a empresas, o BPI assumiu, em 2003, uma posição de liderança na intervenção no SIME, em número de projectos Outras acções a destacar Protocolo com o Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo O BPI associou-se à iniciativa conjunta das direcções regionais de turismo e IFT – Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo – com vista à divulgação do novo regime de protocolos bancários para este sector. A iniciativa integrou um ciclo de sessões de divulgação, promovidas pelas regiões de turismo de Braga, Beja, Aveiro, Mirandela, Guarda, Santarém e Tomar. Nas sessões de Beja, Aveiro e Mirandela, o BPI efectuou intervenções sobre os principais instrumentos de que o Banco dispõe para apoiar as empresas do sector do turismo. Linha de crédito do Banco Europeu de Investimento O BPI celebrou um acordo com o Banco Europeu de Investimento para abertura de uma nova linha de crédito, no valor de cem milhões de euros. PROJECT FINANCE A actividade de project finance evidenciou um grande aumento (54%) das responsabilidades efectivas (crédito e garantias) que, em 31 de Dezembro de 2003, atingiram os 984 milhões de euros. Durante o ano de 2003, a Direcção de Project Finance passou a assegurar a gestão dos empréstimos sindicados da sucursal de Espanha, anteriormente acompanhados por outras direcções de empresas. Desta mudança resultou uma transferência de operações, no montante de 108 milhões de euros. Destaque-se o crescimento das comissões de consultoria, 44 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 com parecer de elegibilidade da Unidade de Gestão daquele sistema de incentivos, com uma quota de 23%, e a segunda posição no montante total dos projectos em que interveio. O Banco BPI tem, igualmente, contribuído para a dinamização da garantia mútua, assumindo uma posição de liderança na carteira global do sistema, com uma quota superior a 50%. O Banco é líder a nível regional, quer em valor contratado, quer em valor vivo, em operações realizadas pelas três sociedades de garantia mútua – Lisgarante, Norgarante e Garval. Protocolo com sociedades de garantia mútua O BPI assinou um protocolo de colaboração com as três novas sociedades de garantia mútua – Norgarante, Lisgarante e Garval –, que dão garantias relativas aos empréstimos contraídos pelas empresas junto da banca. Este protocolo permite que cada sociedade de garantia mútua preste garantias até cinco milhões de euros por ano, relativamente a operações de crédito concedido pelo BPI. Apoio à reconstrução nas áreas afectadas pelos incêndios O BPI assinou com as sociedades de garantia mútua – Norgarante, Lisgarante e Garval – um acordo de prestação de garantias relativas a operações enquadradas na linha de crédito criada para apoiar as empresas, na reconstrução de actividades e do património destruídos pelos fogos. de agenciamento de financiamentos estruturados, e de organização e montagem de parcerias público-privadas. A evolução da actividade de project finance reflecte o papel do BPI no apoio a projectos de investimento em alguns sectores estratégicos, nomeadamente, transportes rodoviários, produção, transporte e distribuição de electricidade, transportes ferroviários e telecomunicações. Entre as operações realizadas em 2003, destacam-se as seguintes: Parcerias público-privadas e administração pública Ministério da Saúde: coordenador global no lançamento do projecto do novo hospital de Loures. Ministério da Administração Interna: consultor financeiro no lançamento do Sistema Integrado das Redes de Segurança e Emergência de Portugal (SIRESP). Governo Regional dos Açores: coordenador global no âmbito da concessão rodoviária da ilha de São Miguel. Município de Mafra: estruturação, montagem e lançamento do projecto Mafratlântico (primeiro caso de uma via municipal financiada em regime de project finance). Administração do Porto de Aveiro: mandato de consultoria financeira para a definição do modelo de exploração dos novos terminais Norte e de granéis sólidos. Área internacional ENA – Empresa Nacional de Autopistas (Espanha): aquisição de holding do Estado pela Sacyr Vallehermoso. AES Cartagena (Espanha): central eléctrica de ciclo combinado promovida pela AES americana. Biskaia Energia: central eléctrica de ciclo combinado promovida pela ESB irlandesa. Inalta (Espanha): aquisição de rede de alta tensão. Eurolink (Irlanda): concessão rodoviária adjudicada à CINTRA espanhola. BANCA INSTITUCIONAL A carteira de crédito, garantias e outros produtos equiparados da Banca Institucional atingiu os 875 milhões de euros, no final de 2003, o que representa um crescimento de 28% relativamente a 2002. Esta evolução evidencia, o empenhamento do Banco em encontrar resposta adequada às necessidades de financiamento a longo prazo das autarquias locais, agora sujeitas a um enquadramento orçamental rigoroso. De acordo com a política de controlo da despesa pública em vigor, é-lhes designadamente imposto um crescimento global nulo do endividamento líquido. Constituíram excepção ao limite de endividamento autárquico, definido para 2004, as operações de cobertura financeira do conjunto de obras municipais associadas à próxima realização do Euro 2004, tendo o Banco contribuído activamente para o desenho e concretização dos principais financiamentos a longo prazo. Fê-lo, em especial, com as Câmaras (ou empresas) Municipais de Braga, Guimarães, Porto, Aveiro, Leiria e Faro. Em paralelo, o Banco reforçou significativamente a sua capacidade para disponibilizar produtos e serviços especializados, capazes de assegurar o normal desenvolvimento da actividade financeira corrente das autarquias e empresas municipais, contribuindo assim para uma gestão racional dos respectivos recursos e aplicações. ELWA (Reino Unido): projecto em regime de parceria público-privada no sector do tratamento de resíduos sólidos urbanos. Estruturação e montagem de reestruturações financeiras / soluções de financiamento no sector público empresarial Transgás: acompanhamento e actualização do modelo económico-financeiro da concessão. Águas de Portugal: apoio na estruturação do financiamento dos sistemas multimunicipais, com destaque para a negociação com o Banco Europeu de Investimento. REFER: assessorias financeiras na definição das bases de um contrato-programa a celebrar com o Estado. Casa da Música / Porto 2001: reestruturação financeira no médio / longo prazo. EMPORDEF e OGMA: reestruturação estratégica e financeira e preparação e desenvolvimento do modelo de privatização da OGMA. Estruturação, montagem e financiamento de operações em project finance Auto-Estradas do Atlântico: reestruturação accionista. Parque eólico da Serra da Cabreira (Eolenerg/SIIF Energies). Euro 2004: projectos de construção / remodelação de estádios (Euroantas e Boavista Futebol Clube). De entre as principais operações concluídas em 2003 destacam-se, sempre no âmbito de concursos abertos: os empréstimos a longo prazo, contratados com a Câmara Municipal de Leiria, visando o financiamento do novo Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, de que o BPI actuou como líder e co-financiador, numa parceria, em operações distintas, com dois bancos internacionais especialmente vocacionados para a concessão de crédito local na União Europeia; a operação de leaseback imobiliário, realizada com a Câmara Municipal de Aveiro, no valor de 25 milhões de euros, visando a obtenção de recursos destinados ao financiamento das obras de construção do novo estádio; as operações de crédito a longo prazo ao investimento, concretizadas, em especial, com as Câmaras Municipais de Macedo de Cavaleiros, Guimarães, Vila do Conde, Sintra (habitação social), Vila Franca de Xira e Seixal. A participação da Banca Institucional, sempre que necessário em estreita ligação com outras direcções especializadas do Banco, foi ainda especialmente importante na obtenção e realização eficaz dos mandatos de consultoria financeira a algumas iniciativas municipais, ou sob égide municipal. Merece ênfase o trabalho relativo à actualização do rating internacional da Câmara Municipal de Lisboa, recentemente concluído. A actividade de concessão de crédito, num ambiente de forte concorrência que, desde 1998, a tem caracterizado, foi ainda orientada no sentido de, sempre que possível, atrair as fontes de financiamento internacionais capazes de proporcionar as melhores condições financeiras à administração e aos serviços regionais e locais. Relatório | Banca Comercial 45 Gabinete para Angola Reflectindo a importância que o BPI atribui à sua presença em Angola, foi criado, no âmbito da Banca de Empresas, o Gabinete para Angola, núcleo profissional destinado a apoiar as empresas portuguesas que pretendam desenvolver negócios naquele país. Os principais objectivos do Gabinete são: 46 dar resposta consistente, especializada e rápida às necessidades das empresas portuguesas, relativamente ao mercado angolano; prestar esclarecimento e intervir no apoio à montagem de operações ou na disponibilização de serviços; detectar oportunidades de negócio e avaliar os riscos envolvidos nos contactos a estabelecer com empresas ou outros promotores de iniciativas; identificar os objectivos, projectos e necessidades das diversas entidades que actuam no mercado angolano (Estado, outros organismos públicos, empresas públicas e privadas), com vista a propor serviços e soluções adequadas; Banco BPI | Relatório e Contas 2003 identificar instrumentos financeiros de origem nacional ou internacional, de natureza bilateral ou multilateral que possam ser, directa ou indirectamente, utilizados no apoio à actividade económica em Angola; recolher informação sistematizada sobre as políticas adoptadas e os serviços disponibilizados por outras entidades, com vista a dar resposta aos problemas concretos defrontados pelos diferentes operadores que actuam no mercado angolano, bem como a ponderar a oportunidade de ajustamento das políticas correntemente seguidas pelo BPI / BFA relativamente àquele mercado; dar a conhecer a actividade do Grupo BPI nas suas relações com o mercado angolano, sublinhando as respectivas potencialidades e divulgando a oferta dos produtos e serviços do Banco BPI e do Banco de Fomento Angola. ACTIVIDADE INTERNACIONAL BANCO DE FOMENTO ANGOLA No final de 2003, os capitais próprios do Banco de Fomento Angola (BFA) ascendiam a 56.4 milhões de euros e os activos a 646 milhões de euros, respectivamente, 4.6% e 2.5% dos indicadores correspondentes do Grupo. Principais indicadores do Banco de Fomento Angola Activo (líquido) A carteira de recursos captados de Clientes registou, em 2003, um crescimento de 21%, atingindo os 486.7 milhões de euros, enquanto a carteira de crédito registou um crescimento de 59%, atingindo os 131.4 milhões de euros. Quando expressas em dólares norte americanos, moeda de referência local, as mesmas carteiras evidenciam taxas de crescimento ainda mais expressivas: 34% e 90%, respectivamente. No final de 2003, o BFA detinha quotas de mercado de 27% nos recursos e de 21% no crédito. O valor de operações de estrangeiro ascendeu, em 2003, a 2 785 milhões de dólares americanos, o que corresponde a um aumento de 35% relativamente ao ano anterior. Importa, igualmente, referir o aumento na base de Clientes em mais de 50%, pelo que, no final de 2003, o BFA contava com 134 mil Clientes. Durante o ano de 2003, o BFA continuou a alargar a rede a todo o território nacional, tendo aberto três novas agências em Luanda e sete na província. A rede foi assim aumentada para um total de 27 agências, o que a transformou, no final de 2003, na segunda maior rede bancária do país quanto ao número de balcões. O exercício em apreço ficou, ainda, marcado pela inauguração, em Julho, do edifício sede, representando um investimento de cerca de 20 milhões de USD. Marcos da operação em Angola A origem da presença do Grupo BPI em Angola, remonta a Junho de 1990, com a abertura de um escritório de representação do antigo Banco de Fomento e Exterior (BFE). O estatuto desta presença foi reforçado, em Julho de 1993, com a abertura da sucursal do BFE, que iniciou a actividade de banco comercial universal a partir de um capital equivalente a 4 milhões de dólares americanos. A aquisição do BFE pelo Grupo BPI, em Agosto de 1996, marca o início de uma forte expansão da actividade bancária do Grupo em Angola e consequente aumento da importância no sector, identificável qualquer que seja o indicador de referência escolhido: número do Colaboradores, Clientes ou balcões, valores de crédito, depósitos ou activos. Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆% Quota1 Posição1 557.4 646.4 16% - - Crédito a Clientes (líq.) 82.8 131.4 59% 21.2% #3 Depósitos de Clientes 401.8 486.7 21% 26.7% #2 Contributo para o lucro consolidado do Grupo 15.92 20.6 29% - - 286 441 54% - - 17 27 59% - #2 Colaboradores Balcões 1) Dados sectoriais relativos a Novembro de 2003. Quadro 26 2) Inclui o lucro relativo ao primeiro semestre de 2002, quando a actividade era desenvolvida pela sucursal do Banco BPI. Relativamente à economia angolana, o ano de 2003 caracterizou-se pela adopção de um conjunto de políticas orientadas para a garantia da estabilidade macroeconómica, tendo-se registado uma desaceleração da inflação e da depreciação da moeda angolana relativamente à moeda de referência (dólar americano). O apertado controlo da liquidez permitiu abrandar a pressão inflacionista sobre a economia, tendo o aumento de preços passado de 106%, em 2002, para 77%, em 2003. A depreciação acumulada do Kuanza angolano (AKZ), em 2003, foi de 34.8% relativamente ao Dólar americano, e de 61.8%, relativamente ao Euro. Estes valores confirmam as desacelerações na perda de valor do AKZ, relativamente ao ocorrido em 2002 (83.6% e 117%, respectivamente). Quanto a medidas institucionais, importa sublinhar o lançamento do Pacote Monetário e Cambial de Fevereiro, e os subsequentes ajustamentos, bem como a criação de novos produtos e activos financeiros (bilhetes e obrigações do tesouro). Balcões Colaboradores N.º N.º 27 28 21 480 441 360 16 14 17 12 9 286 228 240 171 10 130 7 5 120 90 53 3 0 145 0 96 97 98 99 00 01 02 03 Gráfico 23 96 97 98 99 00 01 02 03 Gráfico 24 Relatório | Banca Comercial 47 Em Julho de 2002, o BFA, detido a 100% pelo BPI, assumiu o estatuto de entidade autónoma de direito angolano, na sequência da transformação da sucursal do Banco BPI, com um capital equivalente a 30 milhões de dólares americanos. Em Julho de 2003, é inaugurada a sua nova sede em Luanda, ponto alto da afirmação da marca BFA no mercado local e uma referência no plano de expansão da rede comercial do Banco por concentrar os serviços centrais num único espaço. Crédito Depósitos M.€ M.€ 140 500 131 Perspectivas Nos últimos três anos, assistiu-se à bancarização crescente da economia angolana, ao aumento da transformação de depósitos em crédito, à maior diversificação da oferta e dos produtos, ao alargamento dos prazos dos instrumentos financeiros disponíveis e à redução do peso do mercado informal. Activo total líquido M.€ 487 700 646 402 105 375 353 557 504 525 83 70 249 250 368 350 286 54 244 159 35 25 7 7 125 0 96 97 98 99 00 01 02 03 Gráfico 25 Gráfico 26 É importante salientar, a respeito da vertente tecnológica, que, toda a rede comercial do vasto país angolano se encontra on-line. As comunicações com os balcões das províncias fazem-se por VSAT com dados e voz integrados, e com os balcões de Luanda por um sistema misto de fibra óptica e sem fios. O BFA, que dispõe de um serviço interno de correio electrónico e de intranet, lançou, em Janeiro de 2004, o seu site institucional. Trata-se de um canal de acesso aberto que presta informação sobre os produtos e serviços oferecidos às empresas e particulares, mas também de acesso reservado aos Clientes aderentes que queiram dispor do serviço de homebanking. No domínio da banca electrónica, é considerável o peso do BFA quanto a rede de ATM (35%) e quanto a número de cartões de débito emitidos (65%). A política de gestão privilegiou o investimento em recursos humanos angolanos, o contínuo reinvestimento em Angola dos resultados obtidos pelo BFA, a transferência de tecnologia e o acompanhamento regular em termos de auditoria e inspecção ou de resultados de gestão. Banco BPI | Relatório e Contas 2003 108 0 96 97 98 99 00 01 02 03 Elementos qualitativos da actividade do BFA No que diz respeito ao quadro de Colaboradores, importa realçar que de um quadro actual de 441 Colaboradores (de que apenas sete não são angolanos), 67% estão afectos à rede comercial, que 32% têm licenciatura ou frequência universitária e que 50% participaram, em 2003, em acções de formação, nomeadamente, sobre o atendimento a Clientes e operações bancárias gerais. 48 204 175 61 13 12 0 105 97 96 97 98 99 00 01 02 03 Gráfico 27 Os desafios da reconstrução de Angola – que geram um número crescente de pequenos e médios projectos ligados à indústria ligeira e à agro-pecuária, a par do relançamento de importantes projectos nacionais de infra-estruturas –, a juventude da população e a abundância de recursos materiais permitem envolver de algum optimismo as perspectivas sobre Angola, a médio prazo. No entanto, os dividendos da paz e os resultados das prospecções petrolíferas – antecipa-se um aumento da extracção de petróleo de cerca de 903 mil barris por dia, em 2002, para 2 milhões por dia, no final da década – terão de ser prudentemente ponderados com o reconhecimento dos riscos associados a mercados emergentes. O BFA, pela sua dimensão, cobertura nacional e operacionalidade, está especialmente bem colocado para apoiar o desenvolvimento e a consolidação das expectativas favoráveis, suscitadas pelo cenário mais provável de evolução. BANCO DE FOMENTO MOÇAMBIQUE O Banco de Fomento Moçambique (BFM) começou a operar, em Março de 1993, com a abertura de uma sucursal e uma agência do Banco de Fomento e Exterior (BFE), em Maputo. Com a aquisição do BFE, em 1996, o Grupo BPI reforçou a presença no mercado moçambicano, que até então se tinha circunscrito à área da banca de investimento (consultoria), passando a dispor, através da sucursal do BFE, de um interveniente na área da banca comercial. Principais indicadores do Banco de Fomento Moçambique1 e do BCI Fomento Valores em milhões de euros BFM Activo BCI Fomento 2002 Nov. 03 Dez. 03 274.1 102.8 89.7 Crédito a Clientes (líquido) 42.4 34.1 112.9 Depósitos de Clientes 77.1 67.8 191.2 Contributo para lucro consolidado do Grupo2 2.3 (1.3) (0.5) A criação do BCI Fomento A transformação, em 30 de Setembro de 1998, da sucursal num banco de direito moçambicano concretizou uma decisão estratégica de reforço do envolvimento do Grupo BPI com Moçambique e criou as condições para que, no exercício de 2003, se concretizasse mais um importante marco na presença do BPI: a fusão, por incorporação, do Banco de Fomento Moçambique com o Banco Comercial e de Investimentos (BCI), mediante a transferência global do património do BFM para o BCI. Este foi, pois, juridicamente extinto, em final de Novembro, conforme escritura de 4 de Dezembro de 2003. N.º de Colaboradores 121 137 450 7 7 31 Em resultado desta operação, o Grupo BPI passou a deter uma participação de 30% no Banco Comercial e de Investimentos, que adoptou a marca BCI Fomento. Este passou assim a operar com uma rede de 31 agências e a ter uma quota de mercado de cerca de 20%, convertendo-se na segunda maior instituição bancária do sistema financeiro moçambicano. O valor de balanço da participação de 30% do Grupo BPI no BCI Fomento ascendia, a 1 Dezembro de 2003, a 7.8 milhões de euros, pelo que se registou um goodwill na fusão de 2.4 milhões de euros. Da actividade desenvolvida em 2003, destaca-se o lançamento do cartão cash passport, que permite aos Clientes efectuar levantamentos nos ATM do mundo inteiro. Balcões 1) Os valores de Novembro de 2003 referem-se aos saldos registados Quadro 27 nas contas do BFM, na data da fusão com o BCI. 2) Para Dezembro de 2003, o contributo aqui referido considera apenas a variação mensal da participação no capital de 30% detida pelo Grupo BPI. Em Novembro de 2003, imediatamente antes da fusão com o BCI, dispondo de uma rede de sete balcões e contando com 137 Colaboradores, o BFM registava um volume de depósitos de Clientes de 68 milhões de euros e uma carteira de crédito (líquida) de 34 milhões de euros, ascendendo os seus activos a 90 milhões de euros. Importa ainda referir que, pelo segundo ano consecutivo, o Banco de Fomento Moçambique recebeu o prémio Bank of the Year in Mozambique, atribuído pela revista The Banker. O Banco foi, igualmente, distinguido com a medalha de ouro por excelência na prática de negócios, atribuída pela Foundation for Excellence in Business Practice, com sede em Genebra. Relatório | Banca Comercial 49 Seguros O BPI dispõe na área dos seguros de uma parceria estratégica com o líder mundial do sector – o grupo alemão Allianz. Esta associação encontra-se consubstanciada numa participação de 35% do BPI no capital da Allianz Portugal e num acordo de distribuição de seguros através da rede comercial do Banco. Os Clientes do BPI dispõem, assim, de uma extensa oferta de seguros que compreende tanto o ramo real – automóvel, multiriscos habitação, incêndio, obras e montagens, responsabilidade civil e roubo – como o ramo vida-risco – morte ou invalidez, acidentes pessoais, doença, desemprego, hospitalização e estomatologia. Aumento do nível de satisfação global dos Clientes do BPI De acordo com os resultados de um estudo sobre satisfação do Cliente Bancassurance realizado pela conceituada empresa multinacional de estudos de marketing – Delloite – o nível global de satisfação dos Clientes do BPI que subscreveram seguros da Allianz atingiu, em 2003, o valor de 82% (74% em 2002). De idêntico modo, a Allianz obteve resultados muito positivos na análise individualizada de cada um dos atributos considerados – “Nível de Informação Prestada”, “Rapidez na Resolução de Processos”, “Acessibilidade no Contacto”, etc. – sendo que 74.4% dos Clientes com sinistros, ficaram satisfeitos com a forma como estes foram resolvidos. Os resultados positivos que têm vindo a ser obtidos encontram-se reflectidos nos níveis de actividade, de proveitos e no número de seguros atingidos em 2003: o valor das comissões aumentou em 22%, para 12.9 milhões de euros; os prémios de seguros de vida e de não-vida atingiram, respectivamente, os 29.8 milhões de euros e 28 milhões de euros. As taxas de crescimento daqueles prémios comparam muito favoravelmente com o crescimento médio registado no sector, tendo sido superiores em 9 p.p. nos seguros de vida risco sem rendas e em 12 p.p. no segmento dos seguros nãovida; a evolução do número de seguros tem, de igual modo, registado um comportamento positivo, tendo-se ultrapassado no final de 2003 os 341 mil seguros activos no segmento vida risco e os 168 mil seguros activos no segmento não-vida. Comissões Intermediação de seguros M.€ 16 12.9 12 10.6 Nível de satisfação global dos Clientes do BPI 8 82% 2003 6.0 4 74% 2002 3.4 2.0 69% 2001 0 0% 25% 50% 75% 100% Gráfico 28 50 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 99 00 01 02 03 Gráfico 29 Gestão de activos SÍNTESE DA ACTIVIDADE O volume de activos gerido pelo BPI aumentou 14.1%, em 2003, apresentando, a 31 de Dezembro, o valor de 8 576 milhões de euros. Esta evolução é particularmente positiva, tendo em consideração que se manteve, em 2003, a percepção desfavorável à gestão de activos, em especial aos produtos mais expostos à instabilidade dos mercados de acções. Os investidores mantiveram, assim, a preferência por aplicações mais conservadoras, como os seguros de vida, os fundos de tesouraria ou os fundos de taxa variável. rendibilidade mediana anual, com indicadores de 13.2% e de 9.3%, conforme essa rendibilidade seja, ou não, ponderada pelos activos geridos, respectivamente. Activos de terceiros sob gestão Em 31 de Dezembro de 2003 Bi.€ 10.0 17% 8.6 Com um excelente desempenho em relação às rendibilidades obtidas, a carteira de fundos de investimento mobiliário do BPI, fruto de uma captação líquida de 358.3 milhões, aumentou 14.6%, o que conferia à BPI Fundos uma quota de mercado de 17.5%, no final de 2003. 7.5 7.2 7.6 7.5 14% 23% 7.5 3% 5.0 A BPI Vida atingiu uma produção de 573.8 milhões de euros, obtendo o segundo lugar no mercado de seguros de vida de capitalização com uma quota de 18%, e progrediu da 11.ª para a quarta posição no ranking de produção de seguros de todo o mercado segurador (vida e não-vida). 43% 2.5 Fundos de investimento Fundos de pensões Seguros de vida Private Banking Clientes institucionais 0 A BPI Pensões obteve, de acordo com estudos de entidades independentes e reputadas, o primeiro lugar, entre as sociedades gestoras de fundos de pensões nacionais, no que respeita à 99 00 01 02 03 Gráfico 30 Gráfico 31 Activos sob gestão Valores em milhões de euros 1999 2000 2001 2002 2003 ∆% 02 / 03 14.6% Fundos de investimento 3 776 3 787 3 748 3 505 4 018 Fundos de pensões 1 795 1 893 1 984 1 980 2 099 6.0% Seguros de vida 994 1 046 963 1 170 1 574 34.5% Private Banking 1 417 1 546 1 382 1 264 1 319 4.3% 345 338 316 238 257 8.0% 7 249 7 639 7 545 7 513 8 576 14.1% Clientes Institucionais Activos sob gestão1 Quadro 28 1) Ajustados através da eliminação de duplicações. FUNDOS DE INVESTIMENTO Apesar da evolução positiva dos mercados accionistas, os investidores mantiveram as suas aplicações em produtos de risco controlado (liquidez e taxa variável). A carteira de fundos de investimento mobiliário do BPI aumentou 14.6%, tendo atingido os 4 018 milhões de euros, no final de 2003. Fundos de investimento sob gestão Em 31 de Dezembro de 2003 Bi.€ 4.5 4.0 3.8 Este aumento resultou da captação líquida de 358.3 milhões de euros, concentrada em produtos mais conservadores, nomeadamente em fundos de obrigações de taxa variável, liquidez e PPR/E. Considerando unicamente os fundos domiciliados em Portugal, a BPI Fundos apresentava, no final de 2003, uma quota de mercado de 17.5%, ou seja, ocupava o quarto lugar no ranking das sociedades gestoras portuguesas. 3.8 3.7 31% 14% 3.5 5% 3.0 50% 1.5 0 99 00 01 02 03 Gráfico 32 Obrigações e tesouraria Eficiência fiscal (PPR/E e PPA) Diversificação Valorização (acções) Gráfico 33 Relatório | Seguros e Gestão de activos 51 Evolução do volume dos fundos de investimento BPI Obrigações e tesouraria Valorização (Acções) Eficiência fiscal (PPR/E e PPA) Diversificação Total Fundos de fundos Valores em milhões de euros 1999 2000 2001 2002 2003 ∆ % 02/03 1 253 1 126 1 487 1 631 1 980 21.4% 504 528 334 192 219 14.1% 1 089 1 125 1 163 1 142 1 250 9.5% 893 964 764 541 569 5.2% 3 740 3 743 3 748 3 505 4 018 14.6% 36 43 – – – – Quadro 29 Do total de fundos de investimento BPI, 10% estão colocados junto de Clientes de Private Banking do Banco Português de Investimento, enquanto 87% estão nas carteiras de Clientes particulares do Banco BPI. Distribuição dos fundos de investimento BPI Valores em milhões de euros 2000 % 2001 % 2002 % 2003 % 2 955 78% 2 968 79% 2 955 84% 3 492 87% Private Banking 635 17% 580 15% 454 13% 414 10% Outros 197 5% 200 6% 96 3% 112 3% 3 787 100% 3 748 100% 3 505 100% 4 018 100% Particulares Banco BPI Total Quadro 30 Rendibilidades Os fundos BPI obtiveram elevadas rendibilidades, quer em valor absoluto, quer em termos relativos, quando comparadas com as dos índices de mercado ou com os valores apresentados por fundos da mesma classe: o BPI Euro Taxa Fixa rendeu 4.51%, em 2003 (já em 2002 tinha sido o melhor fundo do mercado português), mantendo a liderança na sua classe (obrigações de taxa fixa euro) e batendo o EFFAS Euro Gov>1 ano, índice que representa a dívida pública europeia; o BPI Universal, fundo que investe em fundos internacionais, teve uma rendibilidade de 21.83%, percentagem muito acima dos fundos da mesma classe em Portugal; o BPI OARAR, fundo de obrigações high yield, teve uma rendibilidade de 24.16%, percentagem que excede a dos índices de mercado internacionais para obrigações corporate e mercados emergentes; 52 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 o BPI Global, fundo balanceado que representa o modelo central de gestão discricionária da BPI Fundos, teve uma rendibilidade de 8.05%; os PPR/E do BPI tiveram, em 2003, rendibilidades de 8.43% no caso do Reforma Investimento, fundo que investe em acções, e 4.66% no caso do Reforma Segura, fundo com um perfil de investimento mais conservador. Estes resultados são o corolário da permanente concentração da equipa de gestão na optimização dos retornos. Esta selecciona os investimentos à escala global e controla os níveis de risco de modo a que sejam adequados a cada classe de activos. A atenção dedicada ao estudo dos padrões de mercado e à inovação é enquadrada pela preocupação absoluta na gestão de activos do BPI – a preservação do capital. SEGUROS DE VIDA DE CAPITALIZAÇÃO A produção da BPI Vida atingiu, em 2003, o valor de 573.8 milhões de euros, a que corresponde um crescimento de 171.8%, relativamente a 2002. Um tal crescimento excede largamente o do mercado que se cifrou em 19.1%. A BPI Vida obteve, assim, em 2003, o segundo lugar na venda de seguros de capitalização, e atingiu uma quota de mercado de 18%. Evolução da produção de seguros de vida de capitalização 2000 2001 BPI Taxas Garantidas 73.0 41.4 40.7 34.8 22.7 BPI Novo Aforro Familiar 21.7 8.5 65.3 130.4 476.7 6.7 5.9 20.71 46.6 74.4 101.4 55.8 126.7 211.9 Total Produção anual M.€ 600 574 Valores em milhões de euros 1999 Outros Seguros de vida de capitalização 1) Não inclui os reinvestimentos em seguros de capitalização. 2002 2003 450 300 212 573.8 Quadro 31 150 127 101 A BPI Vida obteve, em 2003, a quarta posição no ranking da produção de seguros de todo o mercado segurador (vida e não vida), o que contrasta com a 11.ª posição que ocupava em 2002. Este resultado deve-se, sobretudo, ao sucesso na captação de um novo segmento de Clientes, cuja média de idades se situa nos 55 anos, com apetência por produtos com garantia do montante investido e com rendibilidade superior à dos depósitos. As rendibilidades históricas – 4% anual – do Novo Aforro Familiar contribuíram em muito para o sucesso do produto. A rendibilidade para os Clientes, neste último ano, foi de 4.34%. 56 0 99 00 01 02 03 Gráfico 34 O expressivo crescimento da BPI Vida em 2003 (171.8%), na sequência dos crescimentos igualmente elevados em 2002 (67%) e em 2001 (127%), determinaria a realização de dois aumentos de capital sucessivos em 2003 (em Julho e Dezembro), que elevaram o capital social de 17.8 milhões de euros para 50 milhões de euros. Relatório | Gestão de activos 53 FUNDOS DE PENSÕES A BPI Pensões geria, em 31 de Dezembro de 2003, 30 fundos de pensões, representando um volume total de activos financeiros de 2 099 milhões de euros. Relativamente ao valor sob gestão no final do ano anterior, verificou-se um aumento de 6%. Foram acompanhados, em termos actuariais, 60 planos de pensões de benefício definido, foram processadas e pagas pensões a 24 600 reformados e pensionistas e foi assegurada a manutenção de 7 900 contas de participantes de planos de pensões de contribuição definida. Esforço de captação de novos Clientes A BPI Pensões participou activamente em concursos para apresentação de propostas de gestão de fundos de pensões. Desta participação resultou a captação de um número apreciável de novos Clientes, entre os quais se destacam o Grupo Sogrape, o Grupo Jerónimo Martins, o Grupo BNP Paribas e a Docapesca. Rendibilidade dos Fundos de Pensões O ano de 2003 foi igualmente marcado pela excelente rendibilidade obtida pelos fundos de pensões sob gestão, tendo a BPI Pensões alcançado, segundo estudos publicados, o primeiro lugar no ranking das sociedades gestoras de fundos de pensões nacionais, quanto a rendibilidade mediana anual. Fundos de pensões sob gestão Bi.€ N.º 2.4 100 1.9 1.8 2.0 2.0 Eventos Durante o ano em análise, prosseguiram as iniciativas de estreitamento de relações com Clientes, destacando-se a conferência realizada em Sintra, que contou com a presença de dois prestigiados oradores técnicos estrangeiros, especialistas na área financeira e na de gestão de carteiras. A conferência destinou-se aos Clientes de fundos de pensões e outros Clientes institucionais da Área da Gestão de Activos do Grupo BPI. CLIENTES INSTITUCIONAIS Os activos de Clientes institucionais sob gestão, com mandato discricionário ou de aconselhamento, atingiam os 257 milhões de euros, no final de 2003, o que representa um acréscimo de 8%, relativamente ao final de 2002. Esta variação decorreu, primordialmente, da valorização ocorrida na generalidade dos mercados e da angariação de dois novos Clientes. Os resultados estiveram em linha com as rendibilidades obtidas com os produtos distribuídos ao público. Rendibilidade de longo prazo dos fundos de pensões % % 12 12 10.9 9.9 9 2.1 1.8 Numa análise de longo prazo – a três, cinco ou dez anos – comparando a mediana da rendibilidade dos fundos de pensões geridos pela BPI Pensões e o desempenho do mercado, a BPI Pensões continua a apresentar resultados muito positivos. 9.9 9 7.3 75 6 5.5 6 4.7 1.2 50 0.6 25 0 Património sob gestão N.º de Clientes 3 Nota: Em 2003, a movimentação de clientes envolveu a extinção de 5 fundos de pensões, a transferência de 3 fundos e a obtenção de 7 novos Clientes. 0 99 00 01 02 03 Gráfico 35 De acordo com os resultados divulgados pela Mercer Investment Consulting, num estudo que englobou 85% do mercado, a rendibilidade mediana da BPI Pensões, em 2003, situou-se em 9.3%, enquanto o mercado obteve 7.8%. Segundo os resultados apurados pela Watson Wyatt International, a BPI Pensões alcançou o primeiro lugar, numa amostra representativa de 81% do mercado português, com uma rendibilidade mediana, ponderada, de 13.2%, em 2003, enquanto a mediana do mercado se situou em 7.0%. 54 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 3 2.3 2.8 2.2 1.5 2.2 1.2 0 0 Últimos Últimos Últimos 3 anos 5 anos 10 anos Fonte: Watson Wyatt International Ltd. – Sucursal em Portugal (rendibilidade ponderada pelo valor dos Fundos de Pensões sob gestão). Mediana BPI Pensões Mediana Mercado Últimos Últimos Últimos 3 anos 5 anos 14 anos Fonte: Mercer Investment Consulting. Gráfico 36 Banca de Investimento SÍNTESE DA ACTIVIDADE Em 2003, a actividade de Banca de Investimento contribuiu com 8.0 milhões de euros para o lucro consolidado do Grupo e o seu ROE, situou-se em 50.4%. O exercício de 2003 foi o primeiro completo, na sequência da reestruturação do Grupo, no final de 2002, em que a actividade do Banco Português de Investimento esteve, exclusivamente, concentrada nas linhas de negócio de Corporate Finance, Acções e Private Banking. A reorganização societária traduziu-se numa redução significativa da dimensão do Banco de Investimento, conferindo-lhe uma estrutura mais simples e adequada ao negócio. Foram transferidas para o Banco BPI as actividades próprias de banca comercial até então exercidas pelo Banco de Investimento, a função de gestão financeira do Grupo, o trading de taxa fixa e as principais participações. Em consequência, os capitais próprios médios afectos à Banca de Investimento foram reduzidos de 21.9 milhões de euros, em 2002, para 13.1 milhões de euros, em 2003. O enquadramento manteve-se, em 2003, desfavorável à actividade de banca de investimento em Portugal, à semelhança do verificado nos dois anos anteriores. A economia portuguesa registou um redução real do PIB e das principais componentes da procura interna, em especial da formação bruta de capital fixo que diminuiu 10%. O mercado primário de acções em Portugal manteve-se praticamente inactivo e o volume de transacções no mercado secundário de acções continuou em queda (-12% relativamente a 2002), apesar da valorização de 16% do mercado, medida pelo índice PSI-20. Num contexto persistentemente desfavorável, os resultados obtidos e o desempenho da Banca de Investimento do BPI têm de ser considerados muito positivos. Na actividade de corporate finance o BPI manteve a intervenção em sectores importantes da economia, nomeadamente nos sectores de telecomunicações, distribuição e pasta de papel, prestando serviços a empresas de relevo – Portugal Telecom, Vodafone, Impresa, Jerónimo Martins, Modelo-Continente e Portucel, entre outras. Merece destaque, igualmente, a intervenção do Banco, enquanto consultor, em diversos projectos de elevada notoriedade e relevância para o país e, em especial, para a região norte – Metro do Porto; API, promoção do turismo na região do Vale do Douro; e Casa da Música. No mercado de acções, o BPI liderou e tomou firme uma das três operações realizadas no mercado primário e, no mercado secundário, prosseguiu a sua afirmação como broker Ibérico especializado em empresas de pequena e média capitalização. O BPI aumentou para 9.7% a sua quota no mercado secundário de acções da Euronext Lisboa, registou um aumento de 65% no volume de transacções intermediado por Internet e, no mercado de futuros, manteve a primeira posição no ranking com uma quota de 18% nas transacções de futuros do PSI-20 e a segunda posição no ranking, com uma quota de 19%, nos futuros sobre acções. O research de acções do BPI foi alargado a 76 empresas ibéricas e a sua qualidade continuou, em 2003, a obter o reconhecimento nacional e internacional dos investidores institucionais. Em paralelo, o Banco concluiu, com sucesso, a dupla migração da praça de Lisboa para os sistemas de trading e de clearing da Euronext, aumentou o volume de transacções intermediadas em bolsas estrangeiras, especialmente no mercado espanhol, e abriu um escritório em Madrid. A actividade de private banking esteve orientada para a ampliação da oferta de produtos e fidelização de Clientes e privilegiou uma política de investimento e aconselhamento que, preservando o capital dos Clientes, proporcionasse uma valorização do seu património. Os activos sob gestão discricionária e aconselhamento ascendiam a 1 319 milhões de euros no final de 2003, o que corresponde a um crescimento anual de 4%. Relatório | Banca de investimento 55 CORPORATE FINANCE Em 2003, a conjuntura macroeconómica portuguesa registou uma nova degradação, tendo-se verificado variações reais negativas do produto e das principais componentes da procura interna, em especial do investimento. Estes factores, conjugados com o clima de incerteza geopolítica, estiveram na origem de uma nova retracção da procura de serviços de Corporate Finance e de um aumento da tensão concorrencial. Fusões, aquisições, reestruturações e consultoria Impresa: organização, montagem e tomada firme da operação de aumento de capital, no montante aproximado de 20 milhões de euros. Portugal Telecom: assessoria no processo de avaliação dos activos de media do grupo. Vodafone Telecel: conclusão da assessoria no processo de consolidação do sector português das telecomunicações móveis e apoio à análise de decisões de investimento. Ibersol: assessoria na reestruturação da dívida do grupo e na análise de decisões de investimento. Amorim Lage: assessoria na análise de decisões de investimento. Jerónimo Martins: assessoria na análise de decisões de investimento e em processos de avaliação. Radiotelevisão Portuguesa: assessoria no processo de negociação das taxas de teledifusão. Metro do Porto: assessoria nas parcerias público-privadas das extensões do Sistema de Metropolitano Ligeiro e na definição das soluções financeiras para os interfaces e parques de estacionamento. ACE: assessoria na análise de decisões de investimento e de financiamento. TAP – Air Portugal: conclusão do apoio à preparação do processo de reprivatização do capital da empresa. Gescartão: assessoria à Gescartão, na segunda fase do processo de privatização, e participação no sindicato de colocação da operação. API – Agência Portuguesa para o Investimento: assessoria no processo de promoção do turismo na região do Vale do Douro. Portucel: assessoria à Portucel SGPS, no âmbito do processo de privatização da Portucel S.A.: avaliação e apoio na análise das propostas apresentadas a concurso. Manuel Inácio & Filhos: assessoria no processo de aquisição da Sapropor. Modelo Continente: assessoria na avaliação dos activos de distribuição detidos pelo grupo no Brasil, para suporte de transacção interna já efectuada. Unicer: conclusão da assessoria no processo de reestruturação da Unicer Águas e apoio na análise de decisões de investimento. 56 A permanente preocupação do corporate finance do BPI com a satisfação das necessidades dos Clientes e com a qualidade das soluções propostas – de que resulta a crescente fidelização de um conjunto diversificado de Clientes – levou o Banco, ao longo de 2003, a prestar, apesar das condicionantes referidas, um conjunto de serviços de que se destacam os que se seguem. Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Casa da Música: consultoria na definição do modelo de actividade. Quimiparque: assessoria no processo de avaliação de activos imobiliários. Vista Alegre Atlantis: assessoria no processo de reorganização empresarial e apoio em análise de projectos de investimento de internacionalização. CTT / Mailtec: assessoria no processo de concentração dos activos afectos à actividade de finishing. ACÇÕES No ano de 2003 concluiu-se um dos períodos mais negativos para os mercados accionistas mundiais, quer pela magnitude das perdas, quer pela duração. O final da guerra no Iraque marcou o início da recuperação dos mercados accionistas; os indicadores de confiança dos investidores melhoraram e, principalmente, a economia americana deu também sinais positivos. Os mercados accionistas europeus recuperaram, desde o final de Março, cerca de 30%. Os mercados ibéricos não foram excepção, tendo o mercado espanhol registado uma valorização de 34%, enquanto o mercado português observou uma subida de 32%, no mesmo período. Apesar do enquadramento positivo, no mercado português continuaram a registar-se volumes de transacção baixos, sendo a média diária de 86 milhões de euros mais baixa do que as médias de 2002 e 2001: 98 milhões de euros e 139 milhões de euros, respectivamente. Research e vendas A cobertura de research abrangia, no final de 2003, 76 empresas ibéricas, 43 das quais constam nos índices PSI-20 ou IBEX 35. Entre as empresas cobertas, 49 são espanholas e 27 são portuguesas. As principais adições à lista de empresas cobertas, desde Janeiro de 2003, foram: Abengoa, Acerinox, FCC, Indra, Novabase, Prisa, Recoletos, Sogecable e Tubacex. No Grupo BPI, 2003 foi o primeiro ano em que o negócio de acções foi desenvolvido integralmente no Banco de Investimento, após a incorporação da BPI Dealer, em Dezembro de 2002. Este processo, a par de outras medidas de racionalização, permitiu uma diminuição em cerca de 30% dos custos relacionados com esta área de negócio. O research do BPI obteve ainda boas classificações a nível europeu pela qualidade das estimativas e pelas recomendações relativas a empresas ibéricas. Mercado primário de acções O mercado primário continuou praticamente inactivo em Portugal, já que apenas se concretizou a privatização da Gescartão. Outras operações de privatização que o mercado esperava foram adiadas. Em 2003, foram realizados dois aumentos de capital: o do BCP e o da Impresa. O BPI liderou e tomou firme o aumento de capital reservado a accionistas da Impresa. Mercado secundário de acções O BPI gerou, no mercado secundário, comissões no valor de 3.9 milhões de euros (uma variação homóloga positiva de 5%). Esta variação reflecte o aumento da quota de mercado do BPI, no mercado português, de 6.1% para 9.7%, bem como o aumento de transacções de acções em bolsas estrangeiras, especialmente no mercado espanhol. Estes factores contrariaram o impacto da diminuição do volume de transacções no mercado português e da pressão sobre as comissões. Em Novembro de 2003, concluiu-se, com sucesso, a dupla migração da praça de Lisboa para os sistemas de trading e de clearing da Euronext. Esta migração determinou a escolha de um novo sistema de negociação e back office pelo BPI, o que implicou elevados investimentos em recursos finaceiros e humanos. Em 2003, o research do BPI continuou a ser distinguido nos principais rankings relativos a esta actividade. A qualidade do research foi distinguida pelos investidores institucionais, quer internacionalmente, através da Institutional Investor; quer, em Portugal, através do prémio de melhor equipa de research em Portugal atribuído conjuntamente pelo Semanário Económico e pela Deloitte. O BPI subscreveu o serviço de uma empresa externa que permanentemente monitoriza e avalia a qualidade das recomendações, bem como a capacidade de previsão dos respectivos analistas de research. Esta medida pretende estimular a qualidade do serviço prestado na área de Acções. O BPI continuou a organizar roadshows para empresas ibéricas, nomeadamente para: Bankinter, Banco Popular, Banco BPI, Ebro Puleva, Enagás, Impresa, NH Hoteles, Novabase, Portugal Telecom, PT Multimedia e Sonaecom. Trading A actividade de trading (incluindo a arbitragem) teve um contributo positivo, para os resultados de 2003, no valor de 3.7 milhões de euros. Em 2002, o contributo foi de 1.5 milhões de euros. No mercado de futuros, quer no que diz respeito à actividade por conta de Clientes, quer no que respeita à actividade por conta própria, o BPI continuou a ter um lugar de liderança nos futuros sobre o índice PSI-20 (18% de quota e primeira posição no ranking) e nos futuros sobre acções (19% de quota e segunda posição no ranking). O BPI foi, também, líder destacado, entre os operadores domésticos, na negociação de futuros e de opções sobre índices no MEFF (bolsa espanhola de derivados). A BPI Online, corretora do BPI a operar via Internet, registou um aumento de 65% no volume de transacções intermediado, que se pode comparar com o crescimento de 33% do mesmo volume no mercado português de corretagem por Internet. Em 2003, a BPI Online atingiu, assim, uma quota de mercado de 7%, no segmento de corretagem via Internet, o que compara com 5.6% em 2002. O ritmo desta evolução positiva da quota de mercado acelerou nos últimos meses de 2003, tendo a BPI Online atingido o quarto lugar do ranking. Desta forma, a BPI Online, com investimentos relativamente reduzidos, aproximou-se e ultrapassou mesmo alguns dos seus principais concorrentes. Relatório | Banca de investimento 57 PRIVATE BANKING Em 2003, o serviço de Private Banking do BPI concentrou-se em proporcionar soluções de investimento capazes de aumentar o retorno dos activos sob gestão ou aconselhamento do Banco. Neste sentido, e sempre com o principal objectivo de preservar o património dos Clientes, privilegiou-se uma política de investimento e aconselhamento baseada na exposição a activos de taxa de juro com perspectivas atractivas quanto à relação risco / retorno. Ao longo do ano, e sobretudo no segundo semestre, procedeu-se ao incremento gradual da exposição a acções, beneficiando-se, assim, da recuperação dos mercados accionistas. Destaca-se o aumento significativo dos recursos afectos a produtos de investimento de valor acrescentado, nomeadamente, fundos de investimento – próprios e de terceiros –, planos de poupança, seguros de capitalização e produtos estruturados. Salienta-se, neste âmbito, o sucesso das soluções de investimento “à medida” – quer sob a forma de seguros de capitalização quer sob a forma de obrigações –, bem como o êxito dos produtos estruturados indexados à inflação e o das aplicações geridas discricionariamente pelo Private Banking. Integrando a oferta no final de 2002, com o objectivo de proporcionar uma optimização fiscal dos investimentos e uma maior eficiência na gestão dos activos e na fidelização dos Clientes, os seguros de capitalização geridos pelo Private Banking representavam, no final de 2003, a principal componente do volume total de seguros de capitalização do Grupo e uma parte significativa do volume de activos geridos discricionariamente pelo Private Banking. O volume de negócio ascendia, em 31 de Dezembro de 2003, a 1 794 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 9% relativamente ao final do ano anterior. Daquele total, cerca de 1 319 milhões de euros diziam respeito a activos sob gestão discricionária ou aconselhamento efectivo do BPI Private Banking (aumento de 4%), 395 milhões de euros eram relativos a participações estáveis sob custódia (aumento de 25%) e 80 milhões de euros correspondia a crédito concedido a Clientes (aumento de 14%). Principais indicadores do Private Banking Valores em milhões de euros 1998 1999 2000 2001 2002 2003 1 340 1 413 1 546 1 382 1 264 1 319 Gestão discricionária 655 729 697 518 511 426 Aconselhamento 685 684 849 864 753 893 338 452 334 373 316 395 – 58 82 71 70 Gestão discricionária e aconselhamento Participações estáveis sob custódia Crédito concedido 80 Quadro 32 BPI (Suisse), S.A. O exercício de 2003 foi o primeiro completo da BPI (Suisse) S.A., unidade de negócio cuja actividade se iniciou em Julho de 2002. A Sociedade oferece um serviço de private banking a Clientes particulares de elevado património. A actividade centrou-se, em 2003, na divulgação do serviço oferecido e na angariação de novos Clientes. 58 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Private Equity No final de 2003, a área de Private Equity do Grupo BPI geria, através da Inter-Risco, um conjunto de activos que, em valores de balanço, ascendia a cerca de 107 milhões de euros, incluindo carteira própria e fundos de terceiros. Neste âmbito, merece destaque o Fundo Caravela – fundo de capital de risco promovido pelo Grupo BPI –, cuja actividade arrancou em Janeiro de 2003, com uma dotação inicial de capital no valor de 20 milhões de euros. No leque de investidores do Fundo Caravela, conta-se o FEI – Fundo Europeu de Investimento, para o qual esta é a primeira operação do tipo, em Portugal. Está em curso o processo de aumento do capital para 30 milhões de euros. Ao longo do exercício de 2003, foram recebidas e analisadas 70 oportunidades de investimento, que representaram intenções de investimento, na ordem dos 100 milhões de euros – valor correspondente a cerca de 55% dos valores do ano anterior. De acordo com a tendência dos últimos anos, verificou-se um aumento da importância relativa dos projectos de expansão, em detrimento dos projectos com características de start-up. O valor médio solicitado por operação situou-se nos cerca de 1.5 milhões de euros. Considerando as condições de mercado prevalecentes, mantiveram-se critérios particularmente rigorosos de análise e selecção dos projectos, pelo que a taxa de projectos recusados, neste exercício, superou os 70%. Durante o exercício de 2003, realizaram-se investimentos de cerca de oito milhões de euros, essencialmente relativos a reforços de participações já existentes. Adicionalmente, o Grupo BPI subscreveu um total de dez milhões de euros do capital do Fundo Caravela, o qual, dado o arranque recente, dispõe de uma elevada capacidade de investimento. A Inter-Risco subscreveu o protocolo do Fundo de Sindicação de Capital de Risco, criado em Julho de 2003, onde se prevê que o Fundo venha a permitir, nas suas diversas vertentes, alavancar a capacidade de investimento da Inter-Risco e dos fundos por si geridos. A actividade empresarial manteve-se relativamente fraca em Portugal e na Europa, no que diz respeito a fusões e aquisições – 2003 registou o valor mais baixo dos últimos quatro anos em número de transacções e em valor transaccionado –, bem como no que diz respeito a volumes de investimento de capital (que caíram cerca de 21%, em Portugal). Apesar disto, procedeu-se à alienação integral de seis participações – três das quais no âmbito de OPA –, no montante de 23 milhões de euros (valores de balanço). Mercado O sector de capital de risco, em Portugal, manteve, em 2003, as mesmas características dos últimos anos: escassez de oportunidades de investimento atractivas, reduzidas perspectivas de rotação da carteira de investimentos devido à fraca movimentação empresarial já referida, e um nível global de actividade pouco expressivo, relativamente ao contexto europeu. Os indicadores disponíveis relativos à actividade de private equity em Portugal, no ano de 2003, apontam para uma diminuição de 10% do volume de investimento, o qual ascendeu a cerca de 100 milhões de euros. Também as oportunidades de venda praticamente não existiram, pelo que os desinvestimentos sofreram uma quebra de 52%, especialmente sentida no desinvestimento por trade sale, que se reduziu em 76% relativamente ao ano anterior. Apesar do afluxo significativo de capitais ao sector, fundamentalmente oriundos do sector público, via POE, não ocorreu, durante o exercício, qualquer operação de relevo no mercado português, ao contrário do que se observou num mercado próximo, o espanhol. A nível internacional já se registou algum dinamismo em torno de operações de dimensão relevante, nomeadamente operações public-to-private. Estratégia de investimento A actividade do Private Equity do BPI, no exercício de 2003, consistiu essencialmente no acompanhamento da carteira de participações existente, e na detecção e análise de oportunidades de investimento. A Inter-Risco passou a exercer a actividade de private equity participando nos fundos de capital de risco por si geridos, à semelhança do modelo adoptado na generalidade dos mercados europeus. Este novo modelo de negócio permitirá potenciar e tornar os proveitos mais recorrentes, alavancando a experiência de gestão de activos de private equity através da atracção de capitais externos, sobre os quais é cobrada uma comissão de gestão anual. Neste âmbito, a Inter-Risco passará a limitar a actividade directa de investimento a eventuais operações de acompanhamento e reforço de capital em empresas actualmente participadas, direccionando em exclusivo a sua política de novos investimentos para o Fundo Caravela. Na sequência da entrada em actividade do Fundo Caravela, adoptou-se, durante o exercício, uma política activa de procura de oportunidades de investimento, que conduziu ao desenvolvimento de diversas acções, junto de alvos seleccionados. A estratégia de investimento deste Fundo, vocacionado para PME nacionais, privilegiará os projectos liderados por equipas de gestão profissionais, dotadas de uma visão estratégica do negócio, com elevado potencial de crescimento, e providas dos adequados sistemas de informação de gestão. Investimentos A actual carteira de investimentos apresenta um equilíbrio saudável das várias componentes de apreciação, quer sectorial, quer quanto à natureza do investimento. Carteira de Private Equity Repartição por natureza do investimento Repartição por sector 16% 1% 21% 14% 13% 3% 5% 9% 48% 70% Consumidor final Informática Holdings Outras manufacturas Retalho Serviços financeiros Outros Gráfico 37 Buyout Expansion Start-up Gráfico 38 Relatório | Private Equity 59 Investimentos de Private Equity Empresa Vista Alegre Atlantis1 % detida Valores em milhões de euros Investimento líquido Actividade 19.71% 13.6 Produção e comercialização de louça de mesa e decorativa (de porcelana, faiança, cristal e vidro). Cofina 8.58% 12.2 Média, Aços, Celulose, Cerâmica e Vidro. Ibersol2 11.83% 6.9 Retalho alimentar (Pizza Hut, Goody’s, KFC, O’Kilo, Pasta Café, Frangão…). Ensitel 10.78% 1.9 Retalho de equipamento de telecomunicações. ParaRede 12.21% 8.2 Serviços e produtos de tecnologias de informação. Produção e comercialização de vinhos. Arco Bodegas Unidas 2.14% 4.1 Fernando & Irmãos (Aveleda) 15.56% 3.2 Produção e comercialização de vinhos. Ricon 17.02% 3.0 Produção e retalho especializado em roupa masculina (lojas Gant e Decenio). Caravela Gest Tecmic ChipIdea 20.0% 1.2 Retalho alimentar (Häagen Dazs). 24.45% 1.4 Microelectrónica. 4.76% 1.2 Prestação de serviços à indústria de semicondutores / design de chips. Multitema3 30.23% 1.1 Impressão gráfica e produção de conteúdos multimédia. WhatEverNet 12.58% 1.3 Serviços e produtos em tecnologias de informação. 25.0% 0.5 Televisão por cabo. TVTEL Brasopi 15.03% 0.6 Retalho especializado em roupa masculina (lojas Boxer Shorts by Throttleman). Caderno Verde 23.86% 0.1 Grupo editorial e prestação de serviços de comunicação e consultoria ambiental. Outras Participações 10.0 Total Private Equity 70.6 1) Corresponde às participações directas do Banco BPI (12.72%) e da Inter-Risco (5.11%), detida em 83.64% pelo Grupo BPI, bem como à participação directa do Fundo FRIE (1.89%), de que a Inter-Risco é sociedade gestora, que não se encontra reflectida na carteira consolidada de participações do Grupo. 2) Corresponde à participação directa detida pelo Banco BPI (6.33%) e à participação indirecta (5.50%) detida através da IES. 3) Corresponde à participação directa da Inter-Risco (12.7%), detida em 83.64% pelo Grupo BPI, bem como à participação directa do Fundo FRIE (17.53%), de que a Inter-Risco é sociedade gestora, que não se encontra reflectida na carteira consolidada de participações do Grupo. 60 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Quadro 33 Análise financeira RESULTADOS CONSOLIDADOS Síntese O lucro líquido consolidado do BPI, no exercício de 2003, ascendeu a 163.8 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 17%, relativamente aos 140.1 milhões de euros obtidos em 2002. O lucro líquido por acção situou-se em 21.6 cêntimos de euro, ou seja, 12.1% superior ao do ano anterior. A rendibilidade dos capitais próprios (ROE) foi de 13.9%. O contributo da actividade doméstica de Banca Comercial aumentou 2.3%, atingindo os 133.2 milhões de euros, em 2003. A área de Banca de Investimento contribuiu com 8.0 milhões de euros para o lucro consolidado (-0.5 milhões de euros em 2002) e o contributo da área de Private Equity e das outras participações de capital aumentou de um valor negativo de 7.5 milhões de euros, em 2002, para um valor positivo de 2.7 milhões de euros, em 2003. A actividade internacional contribuiu com 19.9 milhões de euros para o lucro consolidado, o que corresponde a mais 11.7% do que em 2002. Lucro líquido A par da evolução dos proveitos, que até ao final de 2003 cresceram, em média, 3% ao ano, desde 2000 (mais 3.2%, em 2003), o BPI intensificou a partir do final de 2001, o programa de racionalização operativa, melhoria da eficiência e aumento da competitividade que permitiu que os custos de estrutura em 2003 fossem inferiores em 2.4% aos do exercício de 2001. O programa envolve o rejuvenescimento e racionalização dos recursos humanos, a gestão proactiva e a modernização da rede de balcões, a simplificação e automatização de processos operativos e a intensificação do recurso aos canais virtuais. Foi assim possível melhorar o rácio de eficiência1 de 71.9%, em 2000, para 66.7%, em 2003. Em simultâneo com um crescimento e rendibilidade apropriados, o BPI conseguiu, neste ciclo, salvaguardar indicadores adequados de solidez financeira. No final de 2003, os principais indicadores eram: o rácio de requisitos de fundos próprios, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, ascendia a 9.9% e o rácio Tier I, a 6.7%; rácio total de 11.1%, e Tier I, de 6.8%, de acordo com as normas do Bank of International Settlements (BIS); a carteira de participações registava um saldo positivo entre mais-valias e menos-valias líquidas de provisões de 68.4 milhões de euros; o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias era de 1.2% (1.3%, em 2002), e o nível de provisões existentes assegurava uma cobertura de 148%; o património dos fundos de pensões assegurava a cobertura integral (101.4%) das responsabilidades com pensões, reconhecidas no balanço. Produto bancário M.€ M.€ 200 800 780.3 751.0 774.9 709.4 163.8 152.4 150 133.3 600 140.1 591.5 124.8 100 400 50 200 0 0 99 00 01 02 03 Gráfico 39 99 00 01 02 03 Gráfico 40 A actividade do Grupo desenvolveu-se, em 2003, numa conjuntura mais adversa, marcada por uma contracção da economia, após dois anos de forte desaceleração. Esta conjuntura condicionou a evolução dos proveitos ao longo destes três anos e provocou um aumento do risco de crédito na economia. Em 2003, a carteira global de crédito aumentou 7.1%, valor que reflecte a opção do BPI por uma abordagem diferenciada dos segmentos. A concessão de crédito hipotecário manteve-se prioritária, tendo-se registado um crescimento de 16.5% e um aumento da quota de mercado. A restante carteira de crédito, pelo contrário, contraiu-se em 0.5%. A evolução descrita reflecte uma política de concessão de crédito, cujo principal critério consiste na obtenção de uma adequada rendibilidade do capital em função dos níveis de risco envolvidos. Em termos gerais, as agências internacionais de rating consideram positivo o desempenho do BPI, nomeadamente pela manutenção dos níveis de rendibilidade e de qualidade dos activos e mantiveram as notações de rating atribuídas ao BPI ao longo do ciclo económico, tendo, em 2003, o outlook do Banco sido melhorado por uma das agências internacionais para “positivo”. Custos de estrutura Rácio de eficiência e rácio cost-to-income M.€ % 600 90 476.7 505.1 490.8 492.8 79.6 450 423.4 80 71.9 300 68.3 70 67.1 66.7 65.0 60.7 O crescimento mais moderado (+0.7%) dos recursos de Clientes no balanço – depósitos e produtos de dívida estruturados – foi compensado com emissões de dívida titulada, colocada junto de institucionais. A componente de funding de médio e longo prazo foi assim aumentada. Por outro lado, aproveitando algum dinamismo dos mercados de acções, promoveu-se a oferta de fundos de investimento e seguros de capitalização com registo fora do balanço, o que resultou num aumento de 17.9% destes recursos. 150 60 0 99 00 01 02 03 50 99 00 58.1 58.7 01 02 57.5 03 Rácio de eficiência Cost-to-income Gráfico 41 Gráfico 42 1) Relação entre custos de estrutura e produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras. Relatório | Análise financeira 61 CONTA DE RESULTADOS O produto bancário consolidado cresceu 3.2%, ascendendo a 774.9 milhões de euros, em 2003. Importa destacar que as comissões e outros proveitos líquidos aumentaram 6.3%, enquanto a margem financeira registou uma redução de 2.7%. percentagem da carteira de crédito, diminuiu de 0.63%, em 2002, para 0.31%, nível próximo da média dos últimos três anos. Os custos com pessoal foram reduzidos em 0.4%, o que traduz a execução do programa de racionalização e rejuvenescimento do quadro de Colaboradores afecto à actividade doméstica, que incluiu, em 2003, a realização de 483 reformas antecipadas. Os custos de estrutura registaram um aumento moderado de 0.4%, inferior à progressão dos proveitos, que permitiu manter a trajectória de melhoria do rácio eficiência1. Este foi reduzido de 67.1%, em 2002, para 66.7%, em 2003. As provisões líquidas de reposições aumentaram 19.4%, o que resultou principalmente do aumento das dotações para cobertura do crédito em incumprimento2. As dotações para risco específico de crédito, em percentagem da carteira de crédito produtivo, aumentaram de 0.38%, em 2002, para 0.49%, em 2003. Salienta-se, todavia, que o acréscimo de crédito vencido, ajustado de write-offs3 e deduzido das recuperações, em Apesar do aumento do custo do risco, em 2003, a melhoria da eficiência permitiu que o resultado corrente aumentasse 4.5%, ascendendo a 200.8 milhões de euros. Os resultados extraordinários diminuíram de um valor negativo de 5.3 milhões de euros, em 2002, para um valor negativo de 18.9 milhões de euros, o que resulta essencialmente dos custos com as reformas antecipadas realizadas em 2003. Por outro lado, a redução da taxa média de imposto sobre os lucros4, que em 2002 era de 24% e em 2003 foi de 13%, bem como o aumento do contributo das subsidiárias na área dos seguros (consolidadas por equivalência patrimonial) concorreram para que o lucro líquido consolidado crescesse 17% O cash flow após impostos ascendeu a 292.2 milhões de euros, o que correspondeu a um aumento de 13.1%. Lucro líquido em 2003 M.€ 800 Resultados de subsidiárias reavaliadas por equivalência patrimonial 790.5 Lucro líquido consolidado 163.8 626.6 600 Impostos sobre lucros Resultados extraordinários Interesses minoritários Provisões 400 Produto bancário Custos de estrutura 200 0 Proveitos Resultado líquido Custos e impostos Gráfico 43 1) Relação entre custos de estrutura e produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras. 2) A cobertura do crédito vencido e de cobrança duvidosa é realizada de forma progressiva, em conformidade com coeficientes mínimos de cobertura, definidos pelo Banco de Portugal (Aviso 8 / 2003). Estes tomam em consideração a antiguidade das situações de incumprimento, o tipo de crédito e a natureza das garantias. 3) Os write-offs correspondem ao montante de créditos vencidos integralmente provisionados que foram abatidos ao activo durante o ano. 4) Medida pela relação entre provisão para impostos e o resultado antes de impostos. 62 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Conta de resultados Valores em milhões de euros Actividade internacional Actividade doméstica ∆% 2002 2003 ∆% 2002 2003 437.3 (0.7%) 37.1 30.5 (17.6%) 477.2 467.8 (2.0%) 6.8 (35.0%) - 10.4 6.8 (35.0%) 450.5 444.0 (1.4%) 37.1 30.5 (17.6%) 487.6 474.5 (2.7%) 213.2 228.4 7.1% 16.0 15.2 (4.7%) 229.2 243.6 6.3% 14.7 20.5 39.7% - 0.1 - 14.7 20.6 40.5% 85.1% 2002 2003 440.1 10.4 Margem financeira Comissões e outros proveitos equiparados (líq.) Margem financeira estrita Rendimento de títulos (de rendimento variável) Recuperações de crédito vencido Lucros em operações financeiras (líq.) Grupo BPI (consolidado) ∆% 23.8 24.0 0.8% (4.2) 12.2 389.2% 19.5 36.2 Produto bancário 702.2 716.9 2.1% 48.8 58.1 19.0% 751.0 774.9 3.2% Custos com pessoal 277.3 275.3 (0.7%) 8.3 9.3 11.1% 285.7 284.6 (0.4%) Outros gastos administrativos 147.4 152.3 3.4% 7.6 8.9 17.4% 155.0 161.3 4.0% 48.1 44.0 (8.5%) 2.1 3.0 42.2% 50.2 47.0 (6.4%) 0.4% Amortizações Custos de estrutura 472.8 471.6 (0.2%) 18.1 21.2 17.4% 490.8 492.8 Resultado operacional 229.4 245.2 6.9% 30.7 36.8 19.9% 260.2 282.1 8.4% 63.6 73.7 15.8% 4.5 7.6 70.3% 68.1 81.3 19.4% 165.8 171.5 3.5% 26.3 29.2 11.3% 192.1 200.8 4.5% (19.0) (105.6%) 3.9 0.1 (96.5%) (5.3) Provisões (líq.) Resultado corrente Resultados extraordinários (líq.) Resultado antes de impostos, resultados por equivalência patrimonial e interesses minoritários Impostos sobre lucros Resultado após impostos (9.2) (18.9) (254.4%) 156.5 152.5 (2.6%) 30.2 29.4 (2.7%) 186.7 181.9 (2.6%) 32.7 13.5 (58.9%) 12.0 10.2 (15.4%) 44.7 23.6 (47.2%) 142.0 158.3 11.5% 97.2% 123.8 139.1 12.3% 18.2 19.2 5.6% Resultados de subsidiárias reavaliadas pelo método da equivalência patrimonial 8.2 14.8 80.4% (0.3) 0.7 321.4% 7.9 15.5 Interesses minoritários no lucro 9.8 10.0 1.8% - - - 9.8 10.0 1.8% Lucro líquido 122.2 143.9 17.7% 17.9 19.9 11.7% 140.1 163.8 17.0% Cash flow após impostos 233.9 261.6 11.8% 24.4 30.6 25.0% 258.4 292.2 13.1% Quadro 34 A actividade doméstica corresponde à actividade de Banca Comercial desenvolvida em Portugal, incluindo a prestação de serviços bancários a não residentes, designadamente a elementos das comunidades de emigrantes e os serviços prestados na sucursal de Madrid, e engloba também a actividade de Banca de Investimento, e a actividade de Private Equity e outras participações. Post e, no mês de Dezembro, procedeu-se à fusão, por incorporação, do Banco Fomento Moçambique no Banco Comercial e de Investimentos. Na sequência da fusão, este adoptou a marca BCI Fomento. Em resultado da operação, o Grupo BPI passou a deter 30% do BCI Fomento e as contas deste, já relativamente a Dezembro de 2003, foram integradas pelo método de equivalência patrimonial. A actividade internacional consistiu, até perto do final de 2003, na actividade desenvolvida pelo Banco de Fomento Angola e pelo Banco de Fomento Moçambique, incluindo ainda a apropriação de resultados correspondente à participação de 17% no Banc Post da Roménia. Em Novembro de 2003, concretizou-se a alienação da participação de 17% no Banco Em 31 de Dezembro de 2003, os capitais próprios afectos à actividade da Banca Comercial no estrangeiro (capitais próprios do Banco de Fomento Angola e valor de balanço da participação de 30% no BCI Fomento em Moçambique) ascendiam a 63.8 milhões de euros, o que correspondia a 5.2% dos capitais próprios do Grupo. Relatório | Análise financeira 63 Rendibilidade por áreas de negócio Em 2003, a rendibilidade média dos capitais próprios (ROE) consolidados do Grupo foi de 13.9%. O ROE da Banca Comercial doméstica situou-se nos 12.3%, enquanto a Banca de Investimento, em virtude do reduzido consumo de capital, registou um ROE de 50.4%. 1.1% do capital médio do Grupo e à área de Private Equity e outras participações, 3.7% do capital. Quanto à actividade de Banca Comercial no estrangeiro o valor foi de 1.1% do capital. Contributos por área de negócio para o lucro líquido de 2003 M.€ É importante referir que, na sequência da reestruturação do Grupo, no final de 2002, as actividades de project finance e de trading de taxa fixa passaram a ser desenvolvidas pelo Banco Comercial, enquanto o Banco de Investimento se tornou responsável, em exclusivo, pelas actividades de corporate finance, corretagem, trading de acções e private banking. Em consequência, os capitais próprios médios afectos à Banca de Investimento foram reduzidos de 21.9 milhões de euros, em 2002, para 13.1 milhões de euros, em 2003. 8.0 133.2 2.7 120 60 Para efeitos de determinação da rendibilidade, os capitais próprios afectos a cada negócio são ajustados. Tendo em conta este ajustamento, a quase totalidade do capital do Grupo está alocado à Banca Comercial doméstica (94.1% do capital médio em 2003). À Banca de Investimento esteve alocado, em 2003, 0 Actividade doméstica de Banca Comercial Banca de investimento Private Equity e outras participações Actividade internacional de Banca Comercial Lucro líquido consolidado Gráfico 44 ROE por áreas de negócio Valores em milhões de euros Actividade doméstica Banca Comercial 2002 Activo médio ponderado pelo risco 163.8 19.9 180 Private Equity e outras participações Banca de Investimento 2003 15 885.2 16 414.6 2002 2003 2002 2003 Actividade internacional de Banca Comercial 2002 2003 Grupo BPI (consolidado) 2002 2003 359.5 193.2 617.3 647.8 167.4 186.7 17 029.4 17 442.4 Capital próprio 687.9 979.6 (207.4) 36.2 439.4 58.8 117.81 106.41 1 037.6 Ajustamento por reafectação do capital 280.0 131.9 229.3 (23.2) (401.7) (15.0) (107.6) (93.7) - - Capital alocado (ajustado) 967.9 1 111.5 21.9 13.1 37.6 43.9 10.2 12.6 1 037.6 1 181.1 Lucro líquido 130.2 133.2 (0.5) 8.0 (7.5) 2.7 17.9 19.9 140.1 163.8 5.7 4.1 5.2 (1.4) (9.1) (1.1) (1.8) (1.6) - - Lucro líquido (ajustado) 135.9 137.2 4.7 6.6 (16.6) 1.6 16.1 18.4 140.1 163.8 ROE 14.0% 12.3% 21.5% 50.4% neg. 3.7% 157.7% 145.3% 13.5% 13.9% Ajustamento ao lucro por reafectação de capital 1 181.1 Nota: Na determinação do capital alocado a cada área pressupôs-se uma utilização de capital idêntica à utilização média no Grupo. Deste modo, o valor do capital Quadro 35 alocado a cada área é calculado multiplicando o activo ponderado pelo quociente entre situação líquida e activo ponderado do Grupo. Sempre que a situação líquida de uma área de negócio seja superior (ou inferior) ao capital alocado, pressupõe-se uma redistribuição de capital, sendo o contributo da área ajustado pelos custos (proveitos) que resultam do aumento (diminuição) dos recursos alheios, em virtude da reafectação do capital. A rendibilidade de cada área resulta do quociente entre o contributo ajustado e o capital alocado à área. 1) Inclui dívida não remunerada do Banco de Fomento Angola. Esta dívida resultou de, no âmbito da transformação da ex-sucursal de Angola em banco de direito local, se ter convertido parte da sua situação líquida num crédito do Banco BPI sobre o novo banco. Este crédito está a ser amortizado, de acordo com um plano de dez prestações semestrais, a primeira das quais teve lugar em Dezembro de 2002. 64 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Margem financeira A margem financeira consolidada diminuiu 2.7% relativamente a 2002, ou seja, 13.1 milhões de euros. A margem financeira em percentagem do activo total médio situou-se em 1.82%, inferior em 0.13 pontos percentuais à de 2002. Margem financeira Valores em milhões de euros Na actividade internacional, a redução de 17.6% (-6.54 milhões de euros) da margem financeira estrita reflectiu, por um lado, uma redução das taxas de juro das aplicações em moeda local e, por outro lado, uma reafectação de recursos de aplicações em moeda local para aplicações em moedas fortes. Estas aplicações geraram margem financeira menor, em virtude de serem remuneradas a taxas mais baixas, mas em contrapartida, originaram ganhos cambiais, registados em lucros em operações financeiras, que derivaram da respectiva apreciação cambial. Os dividendos recebidos ascenderam a 6.8 milhões de euros, o que correspondeu a uma redução de 3.6 milhões de euros relativamente a 2002. Incluíam nesse ano, 6.3 milhões de euros recebidos de uma participação que foi alienada no primeiro trimestre de 2002. 2003 440.1 437.3 (0.7%) 37.1 30.5 (17.6%) 467.8 (2.0%) Margem financeira estrita Actividade doméstica A margem financeira estrita proveniente da actividade doméstica evidenciou uma evolução menos desfavorável ao decrescer 0.7%, ou seja, 2.89 milhões de euros1. ∆% 2002 Actividade internacional Margem financeira estrita (consolidada) 477.2 [em % do activo total médio] Rendimento de títulos (dividendos) 1.91% 1.80% 10.4 6.8 (35.0%) Margem financeira (consolidada) 487.6 474.5 (2.7%) [em % do activo total médio] 1.95% 1.82% 24 996.6 26 009.2 Por memória: Activo total médio (consolidado) 4.1% Quadro 36 Margem financeira Margem financeira em 2003 Contributos por segmentos geográficos M.€ 600 92.1% 495.6 487.6 474.5 442.8 450 341.1 1.4% 300 6.4% Margem financeira estrita da actividade doméstica Margem financeira estrita da actividade internacional Rendimento de títulos (dividendos) 150 0 99 00 01 02 03 Gráfico 45 Gráfico 46 1) A consolidação da BPI Rent por integração global, pela primeira vez em 2003, traduziu-se num aumento da margem de 4.6 milhões de euros. Se se excluir o impacto da consolidação da BPI Rent, a margem financeira estrita proveniente da actividade doméstica teria diminuído 1.7 % (-7.5 milhões de euros). Relatório | Análise financeira 65 Análise de spreads e volumes A evolução da margem financeira estrita consolidada em 2003 continuou pressionada pela redução de spreads. O spread médio entre activos e passivos remunerados diminuiu 0.19 pontos percentuais, o que deu origem a um impacto negativo na margem de 39 milhões de euros. O referido estreitamento de spreads resultou da redução verificada do lado dos recursos1 em 0.41 pontos percentuais, que superou o aumento em 0.21 pontos percentuais registado no spread dos activos remunerados1. Spread médio trimestral Activos remunerados Saldo médio anual % Bi.€ 6.0 24 23.0 21.9 20.4 4.5 18 16.9 3.8 3.6 3.4 O impacto negativo da redução de spreads conduziu à redução da margem financeira estrita, uma vez que, num contexto de crescimento moderado da actividade, foi apenas parcialmente compensado pelo efeito positivo da expansão em 5.2% dos activos remunerados médios. Estes tiveram na margem um impacto de 26.8 milhões de euros. 3.3 13.3 3.2 3.0 12 2.7 2.7 2.8 2.5 2.5 2.2 2.0 1.5 6 0.0 0 99 00 01 02 99 03 Entre crédito e depósitos Entre activos e passivos remunerados 00 01 Gráfico 48 Taxas médias dos activos remunerados e dos passivos remunerados Valores em milhões de euros 2002 Crédito a Clientes Obrigações e outros títulos de rendimento fixo Activos remunerados Débitos para com instituições de crédito 03 Activos remunerados Crédito a Clientes Gráfico 47 Aplicações em instituições de crédito 02 ∆ 2002 / 2003 2003 Saldo médio Taxa média Spread médio1 Saldo médio Taxa média Spread médio1 Do saldo médio (M.€) Do spread médio (p.p.) 3 491.8 3.1% (0.2%) 2 949.6 2.4% 0.0% -542.3 +0.25 15 984.5 5.3% 2.0% 16 794.4 4.5% 2.1% +809.9 +0.17 2 383.7 6.3% 3.0% 3 245.0 5.0% 2.7% +861.3 -0.28 21 860.0 5.1% 1.7% 22 988.9 4.3% 1.9% +1 128.9 +0.21 6 388.5 3.6% (0.3%) 6 944.7 2.8% (0.5%) +556.2 -0.19 11 892.2 2.2% 1.1% 12 103.1 1.7% 0.7% +210.9 -0.48 3 446.9 3.1% 0.2% 3 726.7 2.6% (0.3%) +279.8 -0.52 Passivos subordinados 629.6 4.6% (1.3%) 662.5 3.6% (1.3%) +33.0 -0.01 Passivos remunerados 22 357.2 2.8% 0.5% 23 437.0 2.2% 0.1% +1 079.8 -0.41 Débitos para com Clientes Débitos titulados Spread médio entre activos e passivos remunerados 2.3% 2.1% -0.19 Por memória: Activo total médio 24 996.6 Euribor a três meses 26 009.2 3.3% 1) Face à média anual da Euribor a três meses: activos remunerados = yield médio - Euribor a três meses passivos remunerados = Euribor a três meses - yield médio 1) Spread médio face à média anual da Euribor a três meses. 66 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 +1 012.6 2.3% Quadro 37 O saldo médio da carteira de crédito cresceu 5.1% (+810 milhões de euros) e o saldo médio da carteira de obrigações aumentou em 36.1% (+861 milhões de euros), o que reflectiu principalmente o investimento em obrigações do tesouro e em obrigações de empresas estrangeiras de elevado rating. Estes aumentos foram parcialmente financiados com fundos provenientes da redução em 542.3 milhões de euros do saldo médio das aplicações em instituições de crédito, pelo que o crescimento dos activos médios remunerados se cifrou em 5.1% (+1 129 milhões de euros). Do lado da captação de fundos, o crescimento mais moderado dos depósitos, que constituem os recursos com maior spread, apenas permitiu o financiamento de 19% da expansão do activo. Em complemento, recorreu-se à captação de fundos junto de outras instituições de crédito, que financiou 49% do aumento do activo, e a emissões de dívida titulada senior e subordinada, que financiaram 28% do crescimento do activo. Spreads do crédito a Clientes O spread médio da carteira de crédito (a qual representava 73% dos activos médios remunerados em 2003) aumentou em 0.17 pontos percentuais em 2003. Spreads dos recursos A redução de spreads do lado dos recursos esteve essencialmente associada ao enquadramento de queda das taxas de mercado (a média da taxa Euribor a três meses diminuiu de 3.3%, em 2002, para 2.3%, em 2003). A referida redução foi especialmente acentuada no primeiro semestre de 2003 e conduziu a uma diminuição dos spreads dos depósitos1. Para o estreitamento dos spreads nos recursos contribuiu também, embora em menor medida, o aumento do saldo médio dos recursos captados junto de outras instituições de crédito e a emissão de dívida titulada, destinados a complementar a utilização dos depósitos no financiamento da expansão dos activos remunerados. Spread médio trimestral dos recursos Taxas de juro dos recursos Face à Euribor 3 meses Taxas médias trimestrais % % 4 6.0 5.03 3 4.5 3.45 3.73 3.43 Spread médio trimestral do crédito Taxas de juro do crédito Face à Euribor 3 meses Taxas médias trimestrais % % 4 10.0 1.58 0.96 1.38 1.85 2.20 1.99 1.46 2 5.28 5.32 3.45 3.73 3.43 00 01 02 03 Crédito a Clientes 99 00 01 02 01 1.45 0.13 0.21 02 03 0.0 99 00 01 02 03 Depósitos e outros débitos para com Clientes remunerados Passivos remunerados Euribor 3 meses 2.15 Gráfico 51 Gráfico 52 03 Crédito a Clientes Euribor 3 meses Gráfico 49 2.14 2.02 Depósitos e outros débitos para com Clientes remunerados Passivos remunerados 0.0 99 0.36 3.12 2.5 0 00 2.46 4.14 5.03 5.0 1 99 5.80 2.35 2.90 2.15 2.93 0.70 0 6.49 6.61 2.77 2.52 1.85 1.5 0.97 1 3.09 2.86 1.00 7.5 3.65 3.0 0.87 0.91 2.88 3 3.12 2.10 2 Gráfico 50 Este aumento reflectiu, por um lado, o incremento dos spreads em cerca de 0.13 pontos percentuais, em média, nas carteiras dos segmentos de wholesale banking, grandes e médias empresas, em relação aos correspondentes indexantes, e em 0.59 pontos percentuais no crédito ao consumo e crédito pessoal. Por outro lado, a alteração da estrutura da carteira de crédito contribuiu para o aumento do spread médio da carteira em resultado do aumento do peso relativo do crédito hipotecário (spread médio de 1.36 pontos percentuais, em 2003), de 35%, em 2002, para 40%, em 2003, e principalmente da redução do peso relativo do crédito de wholesale banking (spread médio 1.07 p.p. em 2003). No final de 2003, a carteira de crédito hipotecário com taxa variável representava 99.5% do total da carteira. O crédito com taxa variável está directamente indexado às taxas de mercado, com um repricing médio de cerca de seis meses. Proveitos e custos com juros A margem financeira estrita consolidada diminuiu 9.4 milhões de euros relativamente a 2002, o que resultou essencialmente da conjugação do efeito positivo da expansão dos activos e passivos remunerados de 26.8 milhões de euros, com um impacto negativo superior, de 39 milhões de euros, resultante da redução do spread médio entre as aplicações e os recursos. Num contexto de descida das taxa de juro de mercado, a redução da taxa de juro média das aplicações conduziu a uma redução de 169.5 milhões de euros dos proveitos com juros, enquanto o estreitamento verificado no spread médio dos recursos, determinou uma menor redução dos custos com juros, que se cifrou em 130.5 milhões de euros. Deste modo, o impacto líquido na margem foi, conforme referido anteriormente, negativo em 39 milhões de euros. 1) Uma parte dos recursos são menos sensíveis à evolução das taxas de juro de mercado, nomeadamente, os depósitos à ordem que são remunerados a taxa zero ou próxima de zero. Relatório | Análise financeira 67 No quadro seguinte, analisa-se a evolução dos proveitos com juros das aplicações remuneradas e dos custos com juros dos recursos remunerados. Evolução dos proveitos e dos custos com juros Valores em milhões de euros 2002 Efeito-saldo Efeito-taxa Efeito-residual Variação total 2003 Proveitos dos activos remunerados Aplicações em instituições de crédito 107.8 (16.7) (25.8) 4.0 (38.5) 69.3 Crédito a Clientes 846.6 42.9 (131.7) (6.7) (95.5) 751.1 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 149.6 54.0 (30.3) (11.0) 12.8 162.3 - (23.2) 18.3 4.9 - - 1 104.0 57.0 (169.5) (8.8) (121.3) 982.7 Correcção pelo efeito de estrutura1 Proveitos dos activos remunerados Custo dos passivos remunerados Débitos para com instituições de crédito 230.0 20.0 (51.4) (4.5) (35.9) 194.1 Depósitos e outros débitos para com Clientes remunerados 259.3 4.6 (60.6) (1.1) (57.1) 202.2 Débitos titulados 106.5 8.6 (16.1) (1.3) (8.8) 97.7 28.8 1.5 (6.2) (0.3) (5.0) 23.8 - (4.6) 3.7 0.9 - - Custo dos passivos remunerados 624.5 30.2 (130.5) (6.3) (106.7) 517.9 Subtotal (proveitos dos activos – custo dos passivos) 479.4 26.8 (39.0) (2.4) (14.6) 464.8 Outros proveitos e custos2 (27.9) 9.5 (18.4) 25.7 (4.3) 21.4 477.2 (9.4) 467.8 Passivos subordinados Correcção pelo efeito de estrutura1 Proveitos líquidos de swaps e outras operações extrapatrimoniais Margem financeira estrita Rendimento de títulos de rendimento variável Margem financeira 10.4 (3.6) 6.8 487.6 (13.1) 474.5 1) Linha de reconciliação da soma dos efeitos volume, preço e residual das componentes dos activos e passivos remunerados relativamente ao valor dos mesmos efeitos calculados para a totalidade dos activos e passivos remunerados, em virtude de estes últimos serem igualmente influenciados pela alteração da estrutura das aplicações e recursos, cujo efeito não é apreendido pela soma dos efeitos das respectivas componentes. 2) Proveitos com juros de activos monetários e outros activos, líquidos de contribuições para o fundo de garantia de depósitos e custo com juros de outros passivos. Evolução da margem financeira em 2003 Proveniência da margem financeira1 Em 2003 M.€ 600 12.5% 487.6 +26.8 +2.7 -39.0 474.5 7.4% -3.6 450 300 80.1% 150 Intermediação de crédito Carteira de obrigações Cobertura, gestão de balanço, trading e outros 0 Margem financeira em 2002 Efeito-saldo Efeito-taxa Efeito residual e outros Rendimento de títulos (de rendimento variável) Margem financeira em 2003 Gráfico 53 68 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 1) Considerando o custo médio dos recursos remunerados. Gráfico 54 Quadro 38 Comissões As comissões e outros proveitos equiparados (líquidos) cresceram 6.3%, no total do Grupo, relativamente a 2002, em resultado do aumento de 7.1% das comissões provenientes da actividade doméstica. Na actividade doméstica, as comissões e outros proveitos equiparados da Banca Comercial aumentaram 9.4%, ou seja, aumentaram 17.9 milhões de euros1. Salienta-se, relativamente a 2002, o aumento das comissões relativas a crédito e garantias (+18.3%), a cartões (+5.6%), a depósitos e serviços associados (+10.8%), à intermediação de seguros (+22.1%) e à colocação de produtos não financeiros (+22.2%). As comissões de Banca de Investimento, por seu lado, registaram, em 2003, uma redução de 12.2% (-2.7 milhões de euros), cifrando-se em 19.8 milhões de euros. milhões de euros) relativamente a 2002. Em 2003, incluíram custos não recorrentes de 0.6 milhões de euros relativos a taxas alfandegárias sobre a importação de equipamento para a nova sede do Banco de Fomento Angola. Comissões e outros proveitos equiparados líquidos M.€ 280 243.6 229.2 219.9 225.3 210 190.7 140 De referir que as comissões associadas a fundos de investimento e seguros de capitalização2, no montante global de 45.6 milhões de euros, evidenciaram, em 2003, uma progressão favorável trimestre a trimestre, embora registassem, no ano, uma redução de 5.0% (-2.4 milhões de euros) em relação a 2002. Estas comissão estão incluídas nos contributos da Banca Comercial doméstica e da Banca de Investimento. 70 0 Na actividade internacional de Banca Comercial, as comissões e outros proveitos equiparados ascenderam a 15.2 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 4.7% (-0.8 99 00 01 02 03 Banca de Investimento Banca Comercial no estrangeiro Banca Comercial doméstica Gráfico 55 Comissões e outros proveitos equiparados1 (líquidos) Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % ∆% 18.3% Actividade doméstica Comissões associadas a crédito e garantias 56.4 25% 66.7 27% Proveitos com cartões 44.1 19% 46.5 19% 5.6% Depósitos à ordem e serviços associados 26.2 11% 29.0 12% 10.8% Fundos de investimento e seguros de capitalização 38.2 17% 38.2 16% 0.1% Intermediação de seguros 10.2 4% 12.5 5% 22.1% Comissões relativas à colocação de produtos não financeiros 3.2 1% 4.0 2% 22.2% Serviços bancários 8.9 4% 8.8 4% (1.5%) Operações sobre títulos 3.3 1% 3.5 1% 6.3% Outras 0.1 0% (0.7) (0%) - 190.7 83% 208.6 86% 9.4% Comissões de Banca Comercial Fundos de investimento Serviços bancários 9.8 4% 7.4 3% (25.0%) 9.2 4% 6.3 3% (31.6%) dos quais, gestão de activos e aconselhamento 2.8 1% 2.3 1% (17.7%) consultoria e avaliação 6.3 3% 4.0 2% (37.1%) 25.5% Corretagem e outras operações sobre títulos 4.2 2% 5.2 2% Outras (0.6) (0%) 0.9 0% - Comissões de Banca de Investimento 22.6 10% 19.8 8% (12.2%) 213.2 93% 228.4 94% 7.1% 16.0 7% 15.2 6% (4.7%) 229.2 100% 243.6 100% 6.3% Comissões da actividade doméstica Comissões da actividade internacional Total 1) Inclui outros proveitos de exploração líquidos, excluindo recuperações de crédito vencido e inclui outros impostos à excepção do imposto sobre os lucros. Quadro 39 1) Se se excluirem as comissões provenientes da BPI Rent de 1.5 milhões de euros em 2003, a qual foi consolidada pela primeira vez por integração global, o crescimento das comissões de Banca Comercial doméstica foi de 8.6%. 2) Inclui comissões de colocação e banco depositário e comissões de gestão da BPI Fundos, as quais são repartidas pelas áreas de Banca Comercial doméstica e Banca de Investimento de acordo com a importância relativa de cada área na colocação dos produtos. Em 2003, 88% das comissões foram alocadas à Banca Comercial doméstica e os restantes 12% à Banca de Investimento. Relatório | Análise financeira 69 Lucros em operações financeiras Os lucros em operações financeiras aumentaram de 19.5 milhões de euros em 2002, que correspondiam a 2.6% do produto bancário, para 36.2 milhões de euros em 2003 e uma importância relativa no produto bancário de 4.7%. Os lucros em operações financeiras na actividade doméstica ascenderam a 24 milhões de euros, montante ligeiramente superior aos 23.8 milhões de euros obtidos em 2002. O contributo mais significativo consistiu nos ganhos em instrumentos de taxa de juro, no valor de 15.2 milhões de euros, principalmente associados à gestão financeira do Grupo. Lucros em operações financeiras Actividade doméstica e internacional M.€ % 80 20 Os lucros decorrentes de operações financeiras no âmbito da actividade internacional, no montante de 12.2 milhões de euros, foram essencialmente de natureza cambial e estão associados à actividade desenvolvida em Angola. Estes ganhos resultaram principalmente da valorização cambial das aplicações em moedas fortes estrangeiras, maioritariamente em dólares. Importa referir que, em 2002, o contributo da actividade internacional foi negativamente afectado em 9.6 milhões de euros, em resultado da desvalorização cambial da situação líquida da ex-sucursal em Angola. Lucros em operações financeiras Valores em milhões de euros ∆ M.€ 2002 2003 Instrumentos de taxa de juro 21.4 15.2 -6.2 Acções e futuros de acções 1.5 3.7 +2.2 Actividade doméstica Produtos estruturados 3.1 3.4 +0.3 (4.7) 1.3 +6.0 3.5 3.3 -0.2 (1.0) (3.0) -2.0 Actividade doméstica 23.8 24.0 +0.2 Actividade internacional (4.2) 12.2 +16.4 Total 19.5 36.2 Private Equity Ganhos cambiais Outros +16.6 Quadro 40 70 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 60 49.9 45.7 60 41.2 59.8 15 40 36.2 10 20 46.7 23.8 24.0 40.6 40 A actividade de trading, incluindo arbitragem, com acções e futuros de acções, que é predominantemente doméstica, gerou um contributo de 3.7 milhões de euros. Este representa uma evolução positiva relativamente ao valor de 1.5 milhões de euros em 2002. M.€ 12.2 9.9 5.5 20 19.5 5 0 0 99 00 01 02 03 Lucros em operações financeiras (escala esq.) Lucros em operações financeiras em % do produto bancário (escala dta.) Gráfico 56 0 -5.0 -4.2 01 02 -20 99 00 03 Actividade doméstica Actividade internacional Gráfico 57 Custos de estrutura Os custos de estrutura ascenderam, em 2003, a 492.8 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 0.4% relativamente a 2002. Este é, no entanto, inferior à progressão dos proveitos, pelo que o indicador “custos de estrutura em percentagem dos proveitos recorrentes” (produto bancário excluindo lucros em operações financeiras) melhorou de 67.1%, em 2002, para 66.7%, em 2003. Na actividade doméstica, os custos de estrutura diminuíram 0.2%, ascendendo a 471.6 milhões de euros, o que reflecte o impacto da execução rigorosa do programa de racionalização operativa em curso no triénio 2002-2004, que envolve a redução do número de efectivos, a gestão proactiva da rede de balcões, a simplificação e automatização de processos operativos e a intensificação da utilização dos canais virtuais. Refira-se que, em 2003, a BPI Rent passou a ser consolidada por integração global. Se se excluísse o impacto desta alteração de perímetro de consolidação, os custos na actividade doméstica teriam evoluído da seguinte forma: os custos com o pessoal teriam diminuído 1.8%, os fornecimentos e serviços de terceiros teriam aumentado 2.0% e os custos de estrutura teriam diminuído 1.3%, relativamente a 2002. Custos de estrutura M.€ 600 476.7 505.1 490.8 492.8 450 423.4 300 150 Custos com o pessoal Outros custos administrativos Amortizações 0 99 00 01 02 03 Gráfico 58 Por sua vez, os custos de estrutura da actividade internacional aumentaram 17.4%, ascendendo a 21.2 milhões de euros, o que reflecte o reforço da estrutura operativa em Angola (aumento do quadro de Colaboradores em 54%, do número de balcões em 60% e a inauguração da nova sede). Custos de estrutura Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆% Actividade doméstica Custos com pessoal 277.3 275.3 (0.7%) Fornecimentos e serviços de terceiros 147.4 152.3 3.4% Custos de funcionamento 424.7 427.6 0.7% 48.1 44.0 (8.5%) 472.8 471.6 (0.2%) Amortizações Custos de estrutura da actividade doméstica Custos de estrutura da actividade internacional 18.1 21.2 17.4% Custos de estrutura (consolidado) 490.8 492.8 0.4% Custos de funcionamento em % do produto bancário 58.7% 57.5% Custos de estrutura em % do produto bancário, excluindo lucros em operações financeiras 67.1% 66.7% Quadro 41 Relatório | Análise financeira 71 Custos com pessoal Os custos consolidados com pessoal diminuíram 0.4% relativamente a 2002. Na actividade doméstica, os custos com pessoal diminuíram 0.7% (a redução foi de 1.8%, se se excluir o impacto da consolidação por integração global da BPI Rent, em 2003), apesar da actualização de 2.6% da tabela salarial de 2003 decorrente do ACTV (Acordo Colectivo de Trabalho para o Sector Bancário). O impacto efectivo da referida actualização nos custos com o pessoal foi de 4.4%, aproximadamente. A continuação do programa de rejuvenescimento e racionalização do quadro de pessoal afecto à actividade doméstica resultou, em 2003, numa diminuição em 5.9% do número médio de Colaboradores. Por sua vez, o aumento do quadro de Colaboradores do Banco de Fomento em Angola explica o aumento de 0.9 milhões de euros (+11.1%) nos custos com pessoal afecto à actividade internacional. Custos com pessoal Actividade doméstica Actividade internacional1 Total Em 2003, o quadro de pessoal afecto à actividade doméstica (das empresas consolidadas por integração global) foi reduzido em 510 Colaboradores (-7.3%), 487 dos quais através de reforma antecipada (em 2002, reformaram-se antecipadamente 440 Colaboradores). O impacto das reformas antecipadas, concretizadas em 2003, na redução dos custos com o pessoal ainda não se reflecte totalmente na conta de resultados, uma vez que a saída do quadro de pessoal ocorreu, em termos médios, em Setembro, pelo que estes Colaboradores deixaram de constituir um custo, em apenas cerca de 1/4 do ano. Custos com pessoal em 2003 15.1% 21.8% 4.3% Remunerações fixas Remunerações variáveis Encargos sociais Outros Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆% 277.3 275.3 (0.7%) 8.3 9.3 11.1% 285.7 284.6 (0.4%) 58.8% Gráfico 59 1) Custos com pessoal do Banco de Fomento Angola e até Quadro 42 Novembro de 2003 do Banco de Fomento Moçambique. O Banco de Fomento Moçambique foi incorporado no Banco Comercial e de Investimentos, em Dezembro de 2003. Na sequência desta incorporação, o Grupo BPI passou a deter uma participação de 30% na entidade resultante, o BCI Fomento, que é reconhecida por equivalência patrimonial. Colaboradores do Grupo BPI N.º de Colaboradores em final do ano N.º médio de Colaboradores 2002 2003 ∆% 2002 2003 ∆% 6 429 6 363 (1.0%) 6 540 6 004 (8.2%) Banco Português de Investimento1 437 160 (63.3%) 200 146 (27.0%) Outras subsidiárias em Portugal1 252 167 (33.6%) 71 157 121.1% 7 117 6690 (6.0%) 6 811 6 307 (7.4%) 164 161 (2.1%) 162 156 (3.7%) 7 282 6 851 (5.9%) 6 973 6 463 (7.3%) 370 480 29.7% 407 441 8.4% 7 652 7 330 (4.2%) 7 380 6 904 (6.4%) 154 40 (74.1%) 150 39 (74.0%) 7 805 7 370 (5.6%) 7 530 6 943 (7.8%) 74 107 44.0% 46 82 78.3% 7 879 7 477 (5.1%) 7 576 7 025 (7.3%) Banco BPI em Portugal1 Actividade em Portugal Sucursais e escritórios de representação no exterior Actividade doméstica Actividade internacional2 Quadro de pessoal das empresas que consolidam por integração global Colaboradores das empresas que consolidam por equity method3 Total de Colaboradores do Grupo Trabalho temporário4 1) No final de 2002, na sequência do processo de reorganização do Grupo, o quadro de pessoal do Banco BPI aumentou em 385 Colaboradores, devido à fusão de algumas subsidiárias com o Banco BPI e às transferências de Colaboradores do Banco de Investimento. 2) N.º médio de Colaboradores no Banco de Fomento Angola e no Banco de Fomento Moçambique até Novembro de 2003. O número de Colaboradores no final de 2003 inclui apenas os do Banco de Fomento Angola (no final de 2002,o quadro de Colaboradores do Banco Fomento Angola era de 286). 3) A redução do número de Colaboradores resultou da consolidação por integração global da BPI Rent em 2003, na sequência da qual o número de Colaboradores passou a ser incluído em “Outras subsidiárias em Portugal”. 4) Os custos com trabalho temporário estão reflectidos na rubrica "Fornecimento e Serviços de Terceiros". 72 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Quadro 43 Fornecimentos e serviços de terceiros Os custos com os fornecimentos e serviços de terceiros aumentaram 4.0%, relativamente a 2002. Na actividade doméstica o aumento foi de 3.4%, e se se excluir o impacto da consolidação da BPI Rent por integração global, pela primeira vez em 2003, os fornecimentos e serviços de terceiros aumentariam 2.0%. Na actividade internacional, estes custos aumentaram 17.4%. Fornecimentos e serviços de terceiros Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % ∆% Actividade doméstica Água, energia e combustíveis 5.9 4% 5.8 4% (2.8%) Impressos e material de consumo corrente 1.7 1% 0.9 1% (48.2%) Outros fornecimentos de terceiros 1.2 1% 1.9 1% 52.4% Fornecimentos de terceiros 8.9 6% 8.5 5% (4.0%) Rendas e alugueres [dos quais, rendas de casas] 24.1 16% 27.7 17% 14.9% [19.3] [12%] [20.9] [13%] [8.4%] Comunicação e despesas de expedição 19.0 12% 19.9 12% 4.3% Publicidade e edição de publicações 21.5 14% 20.8 13% (3.3%) [12.9] [8%] [9.8] [6%] [-24.2%] 5.9 4% 5.0 3% (14.1%) Conservação e reparação 10.9 7% 11.3 7% 3.8% Serviços especializados1 39.0 25% 41.3 26% 6.0% Outros serviços de terceiros 18.1 12% 17.8 11% (1.8%) [dos quais, periodificação dos custos com campanhas] Avenças e honorários Serviços de terceiros 138.5 89% 143.8 89% 3.8% Actividade doméstica 147.4 95% 152.3 94% 3.4% 17.4% Actividade internacional Total 7.6 5% 8.9 6% 155.0 100% 161.3 100% 1) O acréscimo está relacionado com a execução do programa de outsourcing de actividades (+1.3 milhões de euros) e com estudos e consultas (+1.1 milhões de euros). Merece referência o aumento mais moderado, relativamente a 2002, dos custos com outsourcing em 1.3 milhões de euros (+14.2%), por oposição ao aumento de 4.4 milhões de euros registado em 2002, relativamente a 2001. A evolução dos custos com o outsourcing reflecte o abrandamento do ritmo de recurso ao exterior para o desenvolvimento de actividades. O ritmo mais lento é ditado pelo já grande número de situações em que tal recurso ocorre. O BPI tem vindo a reconhecer faseadamente, ao longo de três exercícios, os custos de investimento em campanhas de publicidade institucional e de publicidade a produtos na medida em que os benefícios de tais investimentos se repercutem em vários exercícios. Em 2003, o investimento em campanhas de publicidade com estas características ascendeu a 11.5 milhões de euros (4.0 milhões de euros, em 2002). No quadro seguinte, apresentam-se os investimentos realizados em campanhas de publicidade institucional e de publicidade a produto, e o impacto, na conta de resultados, do diferimento do respectivo custo. No final de 2003, o montante a imputar a exercícios seguintes era de 11.2 milhões de euros. Campanhas de publicidade M.€ 20 17.3 15 14.1 13.0 12.9 11.5 9.8 9.8 10 Em 2003, a conta de resultados registou 9.8 milhões de euros, de acordo com o procedimento descrito, dos quais 2.5 milhões de euros relativos ao reconhecimento parcial dos investimentos publicitários realizados no ano, e 7.3 milhões de euros relativos aos efectuados em exercícios anteriores. 4.0% Quadro 44 7.8 5 4.0 Despesa total com campanhas realizadas no ano Custo com campanhas reconhecido em cada ano 2.1 0 99 00 01 02 03 Gráfico 60 Relatório | Análise financeira 73 Diferimento do custo de campanhas de publicidade Valores em milhões de euros Reconhecimento do custo Ano de realização das campanhas Despesa total Montante por amortizar 1999 2000 2001 2002 2003 31 Dez. 2003 - 1999 14.1 2.1 4.7 4.7 2.6 - 2000 17.3 - 3.1 5.8 5.8 2.7 - 2001 9.8 - - 2.6 3.3 3.3 0.7 2002 4.0 - - - 1.2 1.3 1.5 2003 11.5 - - - - 2.5 9.0 Total 56.7 2.1 7.8 13.0 12.9 9.8 11.2 Quadro 45 Amortizações As amortizações consolidadas decresceram 6.4% para 47 milhões de euros em 2003 (menos 3.2 milhões de euros que em 2002). Na actividade doméstica diminuíram 8.5%, ou seja, 4.1 milhões de euros, e reflectem o abrandamento do investimento, após o elevado esforço realizado em anos anteriores, principalmente em 1999 e 2000, que acompanhou a expansão em 20% da rede tradicional de balcões, o lançamento e desenvolvimento dos canais virtuais e a preparação dos sistemas, quer para o ano 2000, quer para a introdução do euro. As classes de activos nas quais se verificou maior redução nos custos com amortizações, em 2003, foram o imobilizado incorpóreo e o equipamento informático, uma vez que, em virtude dos períodos mais curtos de amortização que lhes estão associados, o abrandamento do investimento se reflecte mais rapidamente na conta de resultados. Na actividade internacional, as amortizações aumentaram 42%, ou seja, aumentaram 0.9 milhões de euros relativamente a 2002, e reflectem principalmente a primeira amortização da nova sede do Banco de Fomento em Angola, cuja estimativa de custo foi de 20 milhões de dólares, bem como a abertura de dez novos balcões em Angola, o que representou um aumento em 60% da rede de distribuição. Amortizações em 2003 33% Actividade internacional 6% 23% 18% 20% Actividade doméstica Imobilizado incorpóreo Imóveis em uso Equipamento informático Outro imobilizado corpóreo em uso Gráfico 61 Amortizações de imobilizado incorpóreo e corpóreo Valores em milhões de euros Amortizações no ano Imobilizado líquido 2002 2003 ∆% 11.4 8.6 (24.3%) 10.0 9.2 9.4 1.4% 168.9 Equipamento informático 13.1 10.8 (17.0%) 15.4 Outro imobilizado corpóreo em uso 14.4 15.2 5.4% 70.4 36.7 35.4 (3.6%) 281.0 48.1 44.0 (8.5%) 291.0 2.1 3.0 42.2% 32.3 50.2 47.0 (6.4%) 323.4 31 Dez. 2003 Actividade doméstica Imobilizado incorpóreo Imóveis em uso Imobilizado corpóreo em curso Imobilizado corpóreo Actividade doméstica Actividade internacional Total 26.3 Quadro 46 74 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Provisões As dotações para provisões (líquidas de reposições) aumentaram 19.4% para 81.3 milhões de euros, em 2003. Na actividade doméstica, aumentaram em 10 milhões de euros, tendo ascendido a 73.7 milhões de euros, o que determinou um aumento do rácio provisões / resultado operacional na actividade doméstica de 28% para 30%. Na actividade internacional, as provisões aumentaram em 3.1 milhões de euros para 7.6 milhões de euros, o que corresponde a 21% do resultado operacional. Provisões (conta de resultados) Valores em milhões de euros Actividade internacional Actividade doméstica 2002 2003 ∆ M.€ 2002 61.2 77.3 +16.1 3.2 5.9 +2.7 Grupo BPI (consolidado) 2003 ∆ M.€ 2002 2003 ∆ M.€ (2.6) 2.8 +5.4 58.6 80.1 +21.5 4.4 3.9 -0.5 7.5 9.7 +2.2 -27.2 Provisões para crédito Provisões específicas para crédito Provisões genéricas para crédito Reposições de provisões genéricas (que tiveram como contrapartida dotações para provisões específicas; Aviso 8 / 2003 BdP) - (27.2) -27.2 - - - - (27.2) Total de provisões para crédito 64.4 56.0 -8.4 1.8 6.7 +4.9 66.1 62.7 -3.5 Provisões para depreciação de títulos e participações 19.3 (6.9) -26.2 0.1 0.2 +0.1 19.5 (6.7) -26.1 (29.4) (0.8) +28.6 - - - (29.4) (0.8) +28.6 9.3 25.4 +16.1 2.6 0.7 -1.9 11.9 26.1 +14.2 63.6 73.7 +10.0 4.5 7.6 +3.1 68.1 81.3 +13.2 Provisões para risco-país Outras provisões Total Quadro 47 Realizaram-se dotações (líquidas de reposições) para situações específicas de incumprimento de crédito, no perímetro de consolidação do Grupo, no valor de 80.1 milhões de euros, o que representa um aumento de 21.5 milhões de euros relativamente a 2002. Do montante de dotações realizadas, 29.2 milhões de euros estiveram afectas ao provisionamento das novas situações de crédito vencido e de cobrança duvidosa ocorridas no ano, enquanto o restante se refere ao provisionamento de crédito vencido e de cobrança duvidosa com maturidade superior a um ano. Importa referir que, em 2002, se tinha procedido à reposição de 27.8 milhões de euros de provisões para risco-país que se destinavam a fazer face à cobertura da situação líquida da antiga sucursal de Luanda do Banco BPI. Esta reposição decorreu de, no âmbito da transformação da sucursal num banco de direito local, se ter convertido parte da situação líquida da antiga sucursal num crédito do Banco BPI sobre o novo banco. Este crédito, no montante de 60 milhões de euros, está a ser amortizado em 10 prestações semestrais e encontra-se garantido por um depósito em euros do mesmo montante. A expansão da carteira de crédito determinou que se fizessem dotações (líquidas de reposições) para provisões genéricas1 no valor de 9.7 milhões de euros (7.5 milhões de euros, em 2002). Provisões para crédito e acréscimo anual de crédito vencido Por outro lado, a aplicação das novas regras de provisionamento impostas pelo Aviso 8 / 2003 do Banco de Portugal que, entre outras medidas, estabeleceu a redução de 1% para 0.5% do coeficiente de provisionamento para riscos gerais de crédito no crédito hipotecário à habitação, gerou um excedente de 27.2 milhões de euros de provisões genéricas acumuladas no balanço. Este excedente foi integralmente utilizado em 2003, através da reposição de 27.2 milhões de euros de provisões genéricas, que tiveram por contrapartida dotações, de igual montante, destinadas a provisões específicas para crédito. Em 2003, a valorização da carteira de títulos e participações determinou reposições (líquidas de dotações), com impacto na conta de resultados, de 6.7 milhões de euros quando no ano anterior se tinham efectuado dotações de 19.5 milhões de euros. O BPI efectuou, por outro lado, em 2003, dotações de provisões não obrigatórias para outros riscos e encargos no valor de 17.5 milhões de euros. Em % da carteira de crédito produtivo % 0.8 0.71 0.66 0.6 0.60 0.55 0.43 0.4 0.29 0.30 0.29 0.32 0.491 0.37 0.38 0.2 0.120.18 0.14 0.0 99 00 01 02 03 Gráfico 62 Provisões totais para crédito (específicas + genéricas) Provisões genéricas para crédito Provisões específicas para crédito Acréscimo de crédito vencido no ano2, ajustado por write-offs 1) Em 2003, realizaram-se dotações para provisões específicas de 27.2 milhões de euros (0.17% da carteira de crédito produtivo), que corresponderam à utilização (através de reposições efectuadas) do excedente de provisões genéricas resultante da aplicação das novas regras de provisionamento. Deste modo, estas dotações tiveram um impacto nulo na conta de resultados. 2) Crédito vencido com mais de 30 dias. 1) O crescimento da carteira de crédito determina a obrigatoriedade de constituição de provisões para riscos gerais de crédito correspondentes a 0.5% do crédito garantido por hipoteca sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária (em ambos os casos, quando o imóvel se destine à habitação do mutuário), a 1.5% do crédito ao consumo e do crédito a particulares sem finalidade definida e a 1% do restante crédito concedido. Deste modo, as provisões para riscos gerais de crédito determinam que o maior esforço de provisionamento se realize nas fases de crescimento mais acentuado do crédito. Relatório | Análise financeira 75 Resultados extraordinários Os resultados extraordinários líquidos evoluíram de um valor negativo de 5.3 milhões de euros, em 2002, para um valor negativo de 18.9 milhões de euros em 2003. No final de 2003, estavam por relevar na conta de resultados: 142.1 milhões de euros, que estão a ser reconhecidos como custo ao longo de um período máximo de dez anos, dos quais 138.5 milhões de euros são relativos ao acréscimo de responsabilidades motivado pelas reformas antecipadas de 2001, 2002 e 2003; 85.5 milhões de euros relativos ao acréscimo de responsabilidades decorrente da não utilização, no cálculo actuarial, dos decrementos por invalidez. Este montante está a ser financiado e reconhecido nas demonstrações financeiras, até 2021, de acordo com um plano de prestações uniformes. Os principais factores explicativos foram: mais-valias com a alienação de participações e imobilizado em 2003, no montante de 20.4 milhões de euros, valor ligeiramente inferior às mais-valias realizadas em 2002 de 21.0 milhões de euros; o aumento dos custos relacionados com pensões, de 32.0 milhões de euros, em 2002, para 36.6 milhões de euros, em 2003. Resultados extraordinários líquidos Valores em milhões de euros 2002 2003 Actividade doméstica Mais-valias da venda de imobilizado1 Custos com pensões 21.0 20.4 (32.0) (36.6) Outros proveitos extraordinários líquidos Actividade doméstica Actividade internacional Total 1.8 (2.8) (9.2) (19.0) 3.9 0.1 (5.3) (18.9) 1) Inclui, em 2003, um ganho de 4.7 milhões de euros pelo compromisso assumido de não concorrência com o Banc Post no negócio bancário romeno nos próximos três anos, que esteve associado à alienação da participação no Banc Post. Quadro 48 O impacto dos custos com reformas antecipadas nos resultados de 2003 ascendeu a 28.2 milhões de euros, dos quais 10.8 milhões de euros se referem a incentivos à reforma antecipada (487 reformas antecipadas em 2003) e os restantes 17.3 milhões de euros correspondem à periodificação do acréscimo de responsabilidades com as reformas antecipadas concretizadas, sendo 10.3 milhões de euros relativos às de 2001 e 2002 e 7 milhões de euros referentes às de 2003. Os resultados extraordinários registam ainda, em 2002 e 2003, um custo de 8.5 milhões de euros com as contribuições para os fundos de pensões para cobertura do acréscimo de responsabilidades derivado da não utilização, no cálculo actuarial, dos decrementos por invalidez, conforme nova regulamentação do Banco de Portugal, emitida em 2001 e em vigor a partir de 2002. Custos com pensões Incentivos à reforma antecipada Custos com periodificação do acréscimo de responsabilidades com reformas antecipadas Valores em milhões de euros 2002 2003 13.0 10.8 10.4 17.3 [10.4] [10.3] [dos quais, relativos às concretizadas em 2003] - [7.0] 8.5 8.5 Outros custos associados a pensões 0.2 (0.1) 32.0 36.6 Quadro 49 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 A evolução verificada resultou principalmente do aumento, em 2003, para 8.6 milhões de euros do contributo das subsidiárias nas áreas dos seguros de vida de capitalização (BPI Vida) e dos seguros não-vida e risco de vida (Allianz Portugal), que, em 2002, se tinha limitado a 1.6 milhões de euros. Este aumento reflecte principalmente o impacto positivo, nas carteiras de títulos das seguradoras, da evolução favorável dos mercados de acções. Resultados de subsidiárias consolidadas por equivalência patrimonial Valores em milhões de euros 2002 2003 BPI Pensões 2.0 2.0 BPI Vida 2.4 4.0 (0.8) 4.6 Cosec 0.8 0.6 Viacer 3.4 3.6 BPI Rent 0.3 - Outras 0.2 0.1 8.2 14.8 Actividade doméstica Allianz Portugal Actividade doméstica Total (0.3) 0.7 7.9 15.5 Quadro 50 Amortização do acréscimo de responsabilidades com pensões resultante da não utilização de decrementos por invalidez 76 Resultados de subsidiárias consolidadas por equivalência patrimonial As subsidiárias consolidadas por equivalência patrimonial contribuíram com 15.5 milhões de euros para o resultado consolidado, enquanto, em 2002, o mesmo contributo tinha sido de 7.9 milhões de euros. Actividade internacional [dos quais, relativos às concretizadas em 2001 e 2002] Custos com pensões Impostos sobre lucros A taxa média de imposto sobre lucros, medida pela relação entre provisão para impostos e o resultado antes de impostos, diminuiu de 24%, em 2002, para 13%, em 2003. A redução da taxa média de imposto reflecte, principalmente, a utilização pelo Banco BPI de reporte fiscal, na sequência do processo de reorganização do Grupo, no final de 2002. Interesses minoritários Os interesses minoritários no lucro ascenderam a 10 milhões de euros em 2003 (9.8 milhões de euros em 2002), e consistem, principalmente, nos dividendos das acções preferenciais emitidas pela BPI Capital Finance, que ascenderam a 9.5 milhões de euros, em 2003. BALANÇO O activo total líquido ascendia, em 31 de Dezembro de 2003, a 26 195.3 milhões de euros, o que corresponde a um acréscimo de 2%, relativamente ao final de 2002. A carteira de crédito a Clientes consolidada cresceu 7.1%, ascendendo a 17 638.3 milhões de euros. O crédito hipotecário, cujo aumento alcançou os 16.5%, foi a componente mais dinâmica da carteira de crédito, representando, no final de 2003, cerca de 43% da carteira de crédito consolidada. O crescimento em 0.7% dos recursos captados junto de Clientes com expressão no balanço (depósitos, produtos estruturados e obrigações de taxa fixa) foi acompanhado pela captação de recursos de médio e longo prazo junto de investidores institucionais, o que permitiu limitar o recurso ao mercado monetário e manter um financiamento adequado à estrutura de maturidade do activo. Em final de 2003, o rácio de transformação de recursos mais estáveis (recursos de Clientes e emissões de médio e longo prazo) em crédito era de 103.1%. Por sua vez, os recursos com registo fora do balanço ascendiam a 5 562.0 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 17.9% relativamente ao final de 2002. O Banco BPI emitiu, em Agosto de 2003, através da subsidiária BPI Capital Finance Limited, 250 milhões de euros de acções preferenciais com uma taxa de juro variável equivalente à Euribor de três meses (3M), acrescida de 1.55%. Em Setembro de 2003, o BPI exerceu a call sobre as acções preferenciais série B (100 milhões de dólares, à taxa Libor 3M + 2.65%) e, em Dezembro de 2003, a call sobre as acções preferenciais série A (150 milhões de dólares, à taxa Libor 3M + 1.95%). No final de 2003, à actividade doméstica estavam associados 97.5% dos activos consolidados do Grupo e à actividade internacional 2.5%. Os capitais próprios afectos à actividade internacional (capitais próprios do Banco de Fomento Angola e valor de balanço da participação de 30% no BCI Fomento em Moçambique) ascendiam a 63.8 milhões de euros, o que correspondia a 5.2% dos capitais próprios do Grupo. Activo total líquido e desintermedição Bi.€ 35 29.1 29.6 28 21 30.5 26.3 20.8 Desintermediação1 Activo total2 14 1) Recursos de Clientes, com registo fora do balanço. 2) Corrigido de duplicações de registo. 7 0 99 00 01 02 03 Gráfico 63 Composição do balanço Activo Activos monetários e crédito a instituições de crédito 13.1% Passivo e situação líquida 23.7% Débitos para com instituições de crédito 16.4% Dívida titulada 12.0% Carteira de obrigações e acções Crédito a Clientes 67.3% Débitos para com Clientes 47.2% Participações, imobilizado e outros 7.6% 12.8% 31 Dez. 03 31 Dez. 03 Situação líquida, interesses minoritários, dívida subordinada e outros passivos Gráfico 64 Relatório | Análise financeira 77 Balanço (consolidado) Valores em milhões de euros 2002 2003 ∆% Activo líquido Activos monetários 854.2 1 035.0 21.2% 3 168.2 2 401.4 (24.2%) Crédito sobre Clientes 16 472.6 17 638.3 7.1% Carteira de obrigações 2 856.8 2 941.5 3.0% Carteira de acções 149.7 192.6 28.6% Participações 641.1 663.7 3.5% Imobilizações 306.6 323.4 5.5% 1 219.9 999.4 (18.1%) 25 669.1 26 195.3 2.0% (6.5%) Créditos sobre instituições de crédito Activos diversos Total do activo Passivo e situação líquida Débitos para com instituições de crédito 6 627.3 6 196.3 12 330.9 12 355.6 0.2% 3 541.4 4 298.5 21.4% Passivos diversos 901.8 853.0 (5.4%) Provisões e fundo para riscos bancários gerais 220.0 225.7 2.6% Passivos subordinados 625.7 775.9 24.0% Interesses minoritários 253.1 262.9 3.9% Capital subscrito 760.0 760.0 0.0% Reservas 268.8 303.4 12.9% Débitos para com Clientes1 Débitos titulados Lucro líquido 140.1 163.8 17.0% 1 168.9 1 227.3 5.0% 25 669.1 26 195.3 2.0% Crédito por assinatura 3 122.8 2 907.0 (6.9%) Recursos captados de Clientes com registo fora do balanço2 4 716.5 5 562.0 Total da situação líquida Total do passivo e da situação líquida Por memória 1) Depósitos de Clientes e outros recursos, nomeadamente, cheques e ordens a pagar, operações de venda de títulos com acordo de recompra. 2) O montante dos fundos de investimento incluídos nestes recursos está corrigido pelas unidades de participação nas carteiras dos bancos do Grupo. 78 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 17.9% Quadro 51 Crédito a Clientes A carteira de crédito consolidada cresceu 7.1%. A carteira de crédito produtivo da actividade doméstica, que representa 99% da carteira de crédito consolidada, aumentou 5.9%. Este crescimento reflecte a manutenção da prioridade atribuída ao crédito hipotecário e a selectividade na concessão do crédito, em especial no crédito a empresas. A carteira de crédito hipotecário aumentou 16.5%, o que supera largamente o crescimento médio estimado para o mercado, ou seja, 12.2%1. O peso do crédito hipotecário no total da carteira de crédito produtivo aumentou de 39%, em 2002, para 43%, em 2003. Salvaguardando uma rendibilidade dos capitais próprios compatível com o risco assumido, a carteira de crédito da Banca de Empresas diminuiu 1.4%. Manteve-se a selectividade na concessão de crédito e reforçou-se os padrões de exigência no controle das maiores exposições. Crédito1 a Clientes e garantias Crédito a Clientes em 2003 Repartição por segmentos de Clientes Bi.€ 24 18.8 18 19.7 20.7 16.5 38.8% 3.9% 12 12.0 14% 43.2% 6 Em 2003 procedeu-se à reafectação das carteira de crédito da Banca de Empresas, que se traduziu, em termos gerais, no aumento significativo do âmbito da actividade e cobertura geográfica da área de Project Finance. Nesse âmbito, procedeu-se à transferência de um conjunto de operações que, em termos de saldo em final de 2002, correspondeu a uma redução de 310 milhões de euros da carteira de wholesale banking e a aumentos de 117 milhões de euros da carteira de grandes empresas e de 215 milhões de euros da carteira de project finance. Com base nos saldos ajustados das carteiras em 2002, a carteira de crédito de Clientes de wholesale banking reduziu-se 18% em 2003 e o crédito a grandes empresas diminuiu 4.4%, enquanto a carteira de crédito do segmento de project finance evidencia uma expansão de 19%. Salienta-se igualmente o aumento de 28% da carteira de crédito da Banca Institucional. 0 99 00 01 02 03 Garantias Crédito hipotecário Outro crédito a Clientes 1) Carteira de crédito bruta. Gráfico 65 Crédito a empresas, wholesale, project finance e banca institucional Crédito hipotecário Outro crédito a particulares e a pequenos negócios Outro crédito Gráfico 66 1) Variações homólogas em Dezembro de 2003. Fonte: Banco de Portugal, "Indicadores de conjuntura, Janeiro de 2004". Relatório | Análise financeira 79 Carteira de crédito a Clientes Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % ∆% Actividade doméstica Wholesale Banking 2 177.2 13% 1 526.0 9% (29.9%) Grandes empresas 1 442.0 9% 1 490.5 8% 3.4% Médias empresas 2 321.8 14% 2 331.9 13% 0.4% 356.5 2% 678.3 4% 90.3% Project Finance Banca Institucional 613.2 4% 786.9 4% 28.3% Banca de Empresas 6 910.8 42% 6 813.6 39% (1.4%) Crédito hipotecário 6 507.1 39% 7 583.0 43% 16.5% 846.1 5% 861.8 5% 1.9% Crédito a pequenos negócios 1 517.0 9% 1 602.9 9% 5.7% Banca de particulares e pequenos negócios 8 870.1 54% 10 047.7 57% 13.3% 372.2 2% 273.8 2% (26.4%) (2.9%) Crédito a particulares – outros fins Crédito especializado – leasing, ALD1 Outros Actividade doméstica Actividade internacional Carteira de crédito produtivo Crédito vencido total Provisões específicas Carteira de crédito líquida Ajustamentos por alteração do perímetro de consolidação2 Carteira de crédito líquida consolidada Crédito por assinatura 286.2 2% 277.9 2% 16 439.4 100% 17 413.0 99% 5.9% 82.5 0.5% 130.9 0.7% 58.6% 16 521.8 100% 17 543.8 100% 256.4 239.2 6.2% (6.7%) 143.0 144.7 1.2% 16 635.3 17 638.3 6.0% (162.7) - - 16 472.6 17 638.3 7.1% 3 122.8 2 907.0 (6.9%) Quadro 52 Nota: fez-se a repartição do crédito sob a forma de leasing, factoring e ALD pelos vários segmentos de Clientes. 1) Crédito comercial não alocado aos segmentos. 2) Em 2003, passaram a ser consolidadas, por integração global, a BPI Rent (em Junho de 2003) e a BPI Locação e a Eurolocação (em Dezembro de 2003). Em Dezembro de 2003, ocorreu igualmente a fusão por incorporação do Banco Fomento Moçambique no Banco Comercial e de Investimentos, em resultado da qual o Grupo BPI passou a deter 30% do capital da entidade resultante (BCI Fomento), sendo as respectivas contas integradas pelo método de equivalência patrimonial. Para efeitos de análise fez-se o ajustamento da carteira de crédito em Dezembro 2002. 80 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Carteira de títulos e participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2003, a carteira de títulos e participações financeiras do Grupo BPI ascendia a 3 676.9 milhões de euros, ou seja, mais 96.6 milhões de euros (+2.7%) do que no final de 2002. de uma fase em que os spreads se situaram em níveis significativamente elevados. Por outro lado, destaca-se a redução em 265.8 milhões de euros dos títulos de emissores públicos na carteira de negociação, e a diminuição em 123.6 milhões de euros, na carteira de investimento. Salienta-se, por um lado, o aumento em 524.1 milhões de euros da carteira de obrigações de empresas estrangeiras de elevado rating na carteira de investimento, decorrente do aproveitamento No final de 2003, a carteira de negociação representava 4.5% do activo total, a carteira de investimento representava 7.4% e a carteira de participações e imobilizações financeiras, 2.1%. Carteira de títulos e participações Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % ∆% 1 384.0 39% 1 118.2 30% (19.2%) - - 16.1 0% - 0.6 0% 10.2 0% 1 684.5% De negociação Obrigações de emissores públicos Obrigações de organismos financeiros internacionais Obrigações de outros emissores Acções e outros títulos de rendimento variável 73.1 2% 39.6 1% (45.8%) 1 457.7 41% 1 184.2 32% (18.8%) Obrigações de emissores públicos 761.0 21% 637.4 17% (16.2%) Obrigações de organismos financeiros internacionais 159.3 4% 42.4 1% (73.4%) Obrigações de outros emissores 551.9 15% 1 117.2 30% 102.4% 76.6 2% 152.9 4% 99.6% 1 548.8 43% 1 949.9 53% 25.9% 537.3 15% 574.2 16% 6.9% 65.7 2% 40.0 1% (39.1%) Provisões para depreciação de participações e imobilizações financeiras (29.2) (1%) (71.4) (2%) - Subtotal – participações e imobilizações financeiras 573.8 16% 542.9 15% (5.4%) 3 580.3 100% 3 676.9 100% 2.7% 1) Partes de capital em empresas associadas não incluídas no perímetro de consolidação (com excepção da participação na Viacer) e outras participações financeiras. 2) Contabilizadas na rubrica de outros activos; não incluem empréstimos. Quadro 53 Subtotal – negociação De investimento Acções e outros títulos de rendimento variável Subtotal – investimento Participações e imobilizações financeiras Participações financeiras1 Outras imobilizações financeiras2 Total – carteira de títulos e participações No final de 2003, o valor de balanço da carteira de participações e imobilizações financeiras, líquidas de provisões, ascendia a 542.9 milhões de euros. Os investimentos mais relevantes, em 2003, consistiram na aquisição, por 20 milhões de euros, de uma participação adicional de 15% na estação de televisão SIC, mediante exercício do direito de preferência na operação de venda da referida participação, e na subscrição de 50% do capital do fundo de capital de risco – Fundo Caravela –, no valor de 10 milhões de euros. O Fundo, gerido pelo BPI, iniciou a actividade em 2003. Por outro lado, a actual carteira de participações2, registou, ao longo do ano, uma valorização de 118.4 milhões de euros, dos quais 73 milhões de euros corresponderam à redução de menosvalias latentes na carteira de participações. Se se considerar a cotação média dos últimos seis meses, critério definido pelo Aviso 4 / 2002 do Banco de Portugal em que se estabelece o regime de cobertura de menos-valias latentes em participações, a valorização da carteira foi de 71.9 milhões de euros, tendo-se reflectido 38.8 milhões de euros na redução de menos-valias latentes. Ao longo de 2003, realizaram-se alienações, com um valor de balanço de 45.2 milhões de euros, que geraram mais-valias de 8.6 milhões de euros1. 1) Não inclui ganho de 9.2 milhões de euros obtida com a alienação da participação de 17% detida no Banc Post a qual era incluída no perímetro de consolidação do Grupo. Este ganho correspondeu à uma mais-valia de 4.5 milhões de euros a que acresceram 4.7 milhões de euros pelo compromisso assumido de não concorrência com o Banc Post no negócio bancário romeno nos próximos 3 anos. 2) Com base na cotação de fecho para as empresas cotadas e valor atribuível para as não cotadas calculado de acordo com critério definido pelo Aviso 4 / 2002, ou seja, o capital próprio multiplicado pelo factor 1.5, excepto para a Viacer e para a SIC, cujo valor atribuível corresponde a estimativa do BPI. Relatório | Análise financeira 81 Em 31 de Dezembro, a carteira de participações registava um saldo positivo de 68.4 milhões de euros entre mais-valias e menos-valias, líquidas de provisões, com base nas cotações de fecho no final do ano para as cotadas e a avaliação do BPI para as não cotadas. Considerando as cotações médias dos últimos seis meses para as cotadas e a avaliação do BPI para as não cotadas, o correspondente saldo era positivo em 11.5 milhões de euros. Mais-valias e menos-valias latentes líquidas de provisões na carteira de participações Valores em milhões de euros % do capital Valor de balanço Provisões existentes Valor de balanço, líquido de provisões Viacer1 26.0% 15.9 - SIC1, 2, 3 15.0% 20.0 - Outras 37.9 Subtotal Mais / menos-valias latentes, líquidas de provisões à cotação média Jun.-Dez. 03 à cotação de fecho em 31 Dez. 03 15.9 114.1 114.1 20.0 29.5 41.1 1.6 36.3 33.8 33.6 73.8 1.6 72.2 177.5 188.8 (39.0) Participações com mais-valias Participações com menos-valias Portugal Telecom 1.7% 223.2 18.6 204.6 (61.4) Impresa 10.3% 63.3 11.8 51.6 (27.1) (21.4) SIC1, 3 19.9% 146.3 23.4 122.9 (57.1) (41.7) Outras 67.7 11.1 56.5 (20.4) (18.3) Subtotal 500.4 64.9 435.5 (166.1) (120.4) Total de participações financeiras 574.2 66.6 507.7 11.5 68.4 0.11 0.03 0.08 0.06 0.06 Nota: Imobilizações financeiras com menos-valias latentes 1) O valor atribuído à participação corresponde a estimativa do BPI. Quadro 54 2) Participação adquirida, em 2003, mediante exercício pelo BPI do direito de preferência na operação de venda da participação. 3) O BPI detém uma participação adicional na SIC de 6.4% na carteira de investimento em acções, cujo valor de balanço líquido de provisões é de 26.2 milhões de euros. O valor desta participação, no final de 2003, estimado com base na cotação de fecho da Impresa em 31 de Dezembro de 2003, era de 26.2 milhões de euros (21.2 milhões de euros, com base na cotação média da Impresa nos últimos seis meses). A participação global detida pelo BPI na SIC, no final de 2003, considerando a carteira de investimento de acções e a carteira de participações, ascendia a 41.4%. Ao abrigo do regime transitório previsto no Aviso n.º 4 / 2002 do Banco de Portugal para cobertura de menos-valias latentes nas participações adquiridas até 31 Dezembro de 2001, constituíram-se, em 2003, provisões de 40.9 milhões de euros, por abate contra reservas, que não têm, portanto, impacto na conta de resultados e provisões de 0.3 milhões de euros por contrapartida de resultados. Por outro lado, foram ainda abatidos aos fundos próprios (Tier II), apenas para efeito do cálculo do rácio de capital, 13.3 milhões de euros. No final de 2003, o BPI já tinha atingido o total de provisões exigido pelo Banco de Portugal, pelo que, tendo em conta a existência do corredor de 15% não sujeito a provisionamento, no montante de 73.6 milhões de euros, e o abate ao Tier II de 46.4 milhões de euros já realizado, o montante de menos-valias a cobrir, com base na cotação média dos últimos seis meses, era de 46.1 milhões de euros. Estes serão abatidos ao Tier II, de forma escalonada, até 2006. 82 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Cobertura de menos-valias latentes em participações e imobilizações financeiras Valores em milhões de euros 31 Dez. 03 Valor bruto de balanço 1 1, 2 Menos-valias latentes Provisões1 500.6 231.1 Mais e menos valias latentes1 Com base na cotação média dos ultimos seis meses2 Com base na cotação de fecho2 M.€ M.€ 280 280 253 243 65.0 Menos-valias latentes líquidas de provisões Dedução a fundos próprios para efeitos de cálculo do rácio de solvabilidade 3 166.1 218 210 210 46.4 Corredor utilizado 73.6 Menos-valias não cobertas (ao abrigo do regime transitório) 46.1 Montante a deduzir aos fundos próprios (Tier II) de 2004 a 2006 166 189 178 140 140 70 70 121 - Em 2004 23.1 Em 2005 13.8 Em 2006 9.2 Total (de 2004 a 2006) 221 46.1 1) Valor bruto de balanço das participações (500.4 milhões de euros) Quadro 55 e das imobilizações financeiras (0.11 milhões de euros), com menos valias latentes. No final de 2003, as menos-valias latentes ascendiam a 231.0 milhões de euros na carteira de participações e a 0.1 milhões de euros na carteira de imobilizações e as provisões acumuladas no balanço afectas à sua cobertura eram, respectivamente, de 64.9 milhões de euros e de 0.03 milhões de euros. 2) Calculadas de acordo com o Aviso 4 / 2002: valor de mercado das empresas cotadas calculado com base na cotação média dos últimos seis meses, e valor atribuível às empresas não cotadas correspondente ao capital próprio multiplicado pelo factor 1.5. Exceptuam-se a Viacer e a SIC, cujo valor atribuível é estimado pelo BPI. 3) O “corredor” utilizável corresponde a 15% do valor bruto de balanço. Em Junho de 2002, entrou em vigor um novo regime de provisionamento e dedução dos fundos próprios de menos-valias, na carteira de participações em entidades não sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou do Instituto de Seguros de Portugal. O novo regime aplica-se na situação em que aquelas menos-valias excedem 15% do correspondente valor de aquisição (Aviso 4 / 2002 do Banco de Portugal). 0 0 Dez.02 Jun.03 Dez.03 Dez.02 Jun.03 Dez.03 Menos valias latentes Mais valias latentes 1) Líquidas de provisões. 2) Para as empresas cotadas. Gráfico 67 Para as menos-valias em 30 Junho de 2002 (data de entrada em vigor do Aviso 4 / 2002) em participações adquiridas até 31 de Dezembro de 2001, foi definido um regime transitório que estabelece o provisionamento e dedução dos fundos próprios, de modo gradual até 2006. O regime transitório permite que, em 2002 e 2003, se possam constituir provisões por contrapartida de reservas, não havendo portanto repercussões na conta de resultados. Do montante de menos-valias latentes que exceda 15% do valor de aquisição, um mínimo de 40% deverá ser coberto por provisões enquanto o remanescente será subtraído aos fundos próprios, para efeitos de cálculo do rácio de requisitos de fundos próprios. Relatório | Análise financeira 83 Recursos captados Os recursos de Clientes com registo no balanço consolidado do Grupo ascendiam, em 31 de Dezembro de 2003, a 13 876.1 milhões de euros, o que correspondeu a um crescimento de 0.7%, relativamente a 2002. Os recursos de Clientes com registo no balanço da actividade doméstica aumentaram 0.6%, ascendendo a 13 389.3 milhões de euros, valor que representa 96% do total de recursos de Clientes no balanço do Grupo. Os depósitos de Clientes diminuíram 0.4%, o que reflecte uma desintermediação de recursos do balanço, sendo que a redução em 7.4% dos depósitos a prazo e o aumento em 10.6% dos depósitos à ordem esteve essencialmente associada à preferência dos Clientes por liquidez. Recursos totais de Clientes1 Bi.€ 20 16.5 15 18.2 17.4 17.7 14.8 10 Recursos de Clientes com registo fora do balanço Recursos de Clientes com registo no balanço 5 O saldo dos recursos captados através de produtos estruturados aumentou 8.8%, ou seja, 136.8 milhões de euros. Deveu-se este aumento à colocação de novas emissões estruturadas, maioritariamente indexadas a taxa de juro, num montante de 478.9 milhões de euros, enquanto ao longo do ano se venceu um montante significativo de emissões, nomeadamente as indexadas a mercados accionistas. No final de 2003, a dívida titulada colocada junto de Clientes tinha uma maturidade residual de 2.5 anos. 1) Corrigidos de duplicações de registo. 0 99 00 01 02 03 Gráfico 68 Maturidade da dívida titulada1 Projecção do saldo das emissões vivas Bi.€ Refira-se que na actividade em Angola, os recursos de Clientes no balanço cresceram 21.1%, ascendendo a 486.7 milhões de euros. 6.0 5.1 4.4 4.5 Em complemento ao crescimento da base de recursos de Clientes do Grupo BPI, privilegiou-se, durante o ano de 2003, a captação de recursos de médio e longo prazo junto de investidores institucionais. O contexto desta medida, caracterizado pela descida dos spreads de crédito nos mercados internacionais e por uma percepção mais optimista dos investidores quanto ao risco de crédito da banca em geral e da banca portuguesa em especial, permitiu realizar emissões a custos sucessivamente decrescentes. Foi assim possível aumentar o peso dos recursos estáveis, mais adequados à estrutura de maturidade do activo, limitando o recurso ao mercado monetário. No final de 2003, o total de recursos estáveis captados pelo Grupo ascendia a 17 255.8 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 5.3%, relativamente a 2002. Nesta data, o crédito a Clientes (bruto) representava 103.1% dos recursos de terceiros, de natureza mais estável. 84 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 2.9 3.0 1.8 1.3 1.5 0.6 0.5 0.5 0.4 0.0 2003 2005 2007 2009 2011 Emitidas em 2003 Emissões anteriores a 2003 1) Senior e subordinada, colocada em Clientes e institucionais. 0.4 0.1 0.1 2013 ... Gráfico 69 Recursos totais com registo no balanço Valores em milhões de euros 2002 % 2003 ∆% % Actividade doméstica Depósitos à ordem 4 552.6 28% 5 036.9 29% 10.6% Depósitos a prazo e de poupança 7 193.0 44% 6 657.7 39% (7.4%) 11 745.6 72% 11 694.6 68% (0.4%) 1 557.9 10% 1 694.7 10% 8.8% 13 303.6 81% 13 389.3 78% 0.6% 401.8 2% 486.7 3% 21.1% 77.1 0.5% - - - 478.9 3% 486.7 3% 1.6% 13 782.5 84% 13 876.1 80% 0.7% 1 983.5 12% 2 603.8 15% 31.3% Total de depósitos Produtos estruturados – capital seguro / risco limitado e de taxa de juro Recursos de Clientes na actividade doméstica Actividade internacional Recursos captados pelo BF Angola Recursos captados pelo BF Moçambique1 Recursos de Clientes na actividade internacional Recursos de Clientes (consolidado) Dívida titulada colocada em institucionais Dívida subordinada Recursos totais no balanço 625.7 4% 775.9 4% 24.0% 16 391.7 100% 17 255.8 100% 5.3% Rácio de transformação de recursos totais em crédito 101.4% 103.1% 1) Em Dezembro de 2003, ocorreu a fusão do Banco de Fomento em Moçambique por incorporação no Banco Comercial e de Investimentos (BCI Fomento). Em resultado desta fusão o Grupo BPI passou a deter 30% do capital do BCI Fomento, sendo as respectivas contas integradas pelo método de equivalência patrimonial. Os recursos de Clientes fora do balanço cresceram 17.9% relativamente a 2002, em resultado principalmente da colocação de fundos de investimento de obrigações e tesouraria, Quadro 56 planos de poupança e seguros de capitalização. Foi este o resultado de uma oferta comercial ajustada a uma procura que se caracterizou pela preferência por produtos de reduzido risco. Recursos totais de Clientes Valores em milhões de euros 2002 % 2003 % ∆% 13 782.5 78% 13 876.1 76% 0.7% Fundos de investimento 2 458.3 14% 2 862.2 16% 16.4% Planos Poupança Reforma (PPR) e Planos Poupança Acções (PPA) 1 194.4 7% 1 305.0 7% 9.3% Seguros de capitalização 1 063.8 6% 1 394.8 8% 31.1% 4 716.5 27% 5 562.0 31% 17.9% (808.7) (5%) (1 224.1) (7%) 17 690.3 100% 18 213.9 100% Recursos de Clientes no balanço (consolidado) Recursos de Clientes fora do balanço Subtotal Eliminação de duplicações de registo1 Recursos totais de Clientes 3.0% Quadro 57 Nota: recursos totais corrigidos de duplicações de registo. 1) Aplicações em depósitos dos fundos de investimento e de uma sociedade gestora de produtos de capitalização. Situação líquida Os capitais próprios, no final de 2003, ascendiam a 1 227.3 milhões de euros. Evolução da situação líquida Valores em milhões de euros 2002 M.€ 1 600 Situação líquida em início do ano 908.7 1 168.9 Dividendos distribuídos no ano (relativos ao ano anterior) (57.9) (60.4) 163.8 Lucro líquido 140.1 163.8 Encaixe do aumento de capital, em Maio de 2002 200.2 - Provisões para imobilizações financeiras (Aviso n.º 4 / 2002) (19.0) (40.9) Goodwill pago na aquisição de participações Outros Situação líquida no final do ano Da qual, capital, reservas e resultados1 A distribuir a título de dividendos do ano Reservas de reavaliação 1) Após dedução de dividendos a pagar, relativos ao ano (não inclui reservas de reavaliação). Evolução da situação líquida em 2003 2003 1 200 1 168.9 1 227.3 -60.4 -40.9 -4.2 800 - (9.0) (3.2) 4.8 1 168.9 1 227.3 1 155.0 68.4 400 0 Situação líquida em 2002 Lucro líquido Pagamentos Provisões para Outros dos dividendos imobilizações de 2002 financeiras Situação líquida em 2003 3.9 Quadro 58 Gráfico 70 Relatório | Análise financeira 85 Fundos próprios Os fundos próprios aumentaram em 76.3 milhões de euros (+4.5%), relativamente a 2002. A explicação dessa evolução equaciona-se como se segue. Factores com impacto positivo: Fundos próprios – De acordo com as normas do Banco de Portugal Capital, reservas e resultados1 Interesses minoritários resultado líquido do ano a reter após distribuição de dividendos1, no montante de 95.4 milhões de euros; realização de uma emissão de dívida subordinada não perpétua de 244 milhões de euros. Factores com impacto negativo: amortização de uma emissão de dívida subordinada perpétua, no valor de 74.8 milhões de euros e o vencimento de uma emissão de dívida subordinada, no valor de 24.7 milhões de euros; a cobertura de menos-valias latentes em participações com um impacto na base de capital de 54.3 milhões de euros, dos quais 40.9 milhões de euros por redução do Tier I, através da constituição de provisões por contrapartida de reservas e 13.3 milhões de euros por dedução ao Tier II, apenas para cálculo do rácio de requisitos de fundos próprios. No final de 2003, o BPI já tinha atingido o total de provisões exigido pelo Banco de Portugal, e existiam 46.1 milhões de euros de menos-valias latentes a cobrir, montante que será abatido ao Tier II, de forma escalonada, até 2006; a concretização, no ano, de 487 reformas antecipadas, o que implicou contribuições para fundos de pensões, de modo a cobrir o acréscimo de responsabilidades, no montante de 68.8 milhões de euros2. Emissão de 250 milhões de euros de acções preferenciais BPI Capital Finance Série C No dia 5 de Agosto, o BPI emitiu 250 milhões de euros de acções preferenciais sem direito a voto através da subsidiária BPI Capital Finance. Este tipo de instrumento é elegível como elemento dos Fundos Próprios de Base, pelo que, devido ao respectivo grau de subordinação, paga um prémio acrescido relativamente à restante dívida. Inicialmente concebida para um montante de 100 a 150 milhões de euros, a emissão acabou por ascender aos 250 milhões de euros: as condições atractivas do dividendo preferencial e a estrutura indexada – Euribor + 1.55% por dez anos – determinaram uma grande procura, especialmente por parte de investidores institucionais Valores em milhões de euros 2002 2003 1 106.7 1 155.0 243.2 253.4 [dos quais, acções preferenciais] [238.4] [250.0] Fundo para riscos bancários gerais 1.0 1.0 Contribuições para o fundo de pensões ainda não relevadas como custo (89.3) (142.1) Imobilizações incorpóreas (29.1) (27.7) Acções próprias Fundos próprios de base Reservas de reavaliação Dívida subordinada perpétua (3.0) (29.6) 1 229.5 1 209.9 1.4 3.9 135.1 55.5 Títulos de participação e dívida subordinada não perpétua 425.9 605.0 Fundos próprios complementares 562.4 664.4 Dedução de interesses em participações (31.6) (25.2) (4.8) - Menos-valias não provisionadas em participações financeiras (33.1) (46.4) Outras deduções (10.5) (14.9) Deduções (80.0) (86.5) Títulos adquiridos em operações de titularização Fundos próprios suplementares Total de fundos próprios 1) Após dedução de dividendos a pagar, relativos ao ano. - 0.5 1 711.9 1 788.3 Quadro 59 portugueses. Estes ficaram com 65% do total da emissão, os investidores holandeses, com 13%; os espanhóis, com 7%; e os gregos, com 6%. Na sequência desta emissão, o BPI exerceu a opção de reembolso antecipado das séries B e A, num total de 250 milhões de dólares com um custo médio de Libor + 2.23%, o que representou uma poupança média de spread de cerca de 0.68%, numa base anual. Nos meses que se seguiram à colocação, o preço da emissão subiu significativamente, reflectindo a descida do prémio de risco do Banco, num contexto especialmente favorável quanto aos mercados de crédito. No final de 2003, o spread para a Euribor encontrava-se em 1.40%, tendo alcançado os 1.22%, em meados de Janeiro de 2004. 1) De acordo com proposta de aplicação de resultados. 2) As contribuições relativas a reformas antecipadas realizadas estão a ser reconhecidas na conta de resultados ao longo de um período máximo de dez anos. Para efeitos de cálculo dos fundos próprios regulamentares, as contribuições para o fundo de pensões relativas a reformas antecipadas, na parte ainda não relevada como custo, são abatidas aos fundos próprios de base. Em 2003, do montante de 68.8 milhões de euros de contribuições para o fundo de pensões, 7.0 milhões de euros foram já reconhecidos na conta de resultados. 86 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Requisitos de fundos próprios Os requisitos totais de fundos próprios aumentaram 98.3 milhões de euros (+7.3%) relativamente a 2002. Os aumentos mais relevantes de requisitos de fundos verificaram-se: na carteira de crédito, que cresceu 7.1% e requereu mais 48.2 milhões de euros de fundos próprios (+4.8%), o que reflecte o aumento do crédito hipotecário (com um menor consumo de capital), enquanto o crédito do segmento de wholesale banking registou uma redução significativa; na carteira de títulos, que requereu mais 48.6 milhões de euros (+111%), em resultado, principalmente, do aumento de obrigações de empresas estrangeiras. O capital exigido para cobertura dos riscos associados à carteira de negociação e a posições em moeda estrangeira representa apenas 1.6% do total de requisitos de fundos próprios. Requisitos de fundos próprios Valores em milhões de euros 2003 2002 Activo líquido (valor de balanço) Activos monetários Coeficiente médio de ponderação Activo ponderado pelo risco Activo líquido (valor de balanço) Coeficiente médio de ponderação Activo ponderado pelo risco 855.5 7.7% 66.0 1 036.7 9.3% 96.7 1 794.8 20.4% 367.0 1 111.9 18.8% 209.4 16 472.6 76.0% 12 524.1 17 638.3 74.4% 13 127.1 1 541.9 35.4% 546.2 1 959.2 58.9% 1 153.4 Participações 654.5 100.0% 654.5 638.4 100.0% 638.4 Imobilizações corpóreas 291.1 100.0% 291.1 312.7 100.0% 312.7 Activos diversos 442.0 56.9% 251.4 300.6 68.5% 205.8 22 052.4 66.7% 14 700.3 22 998.0 68.5% 15 743.5 Créditos sobre instituições de crédito Crédito sobre Clientes Carteiras de obrigações e acções Activo Extrapatrimoniais 1 984.9 (-) Provisões para riscos gerais de crédito (188.4) (169.9) Activos ponderados pelo risco de crédito 16 496.8 17 694.1 1 319.7 1 415.5 Riscos de crédito (activos ponderados x 8%) Operações de titularização Riscos de mercado Total de requisitos de fundos próprios Requisitos totais x 12.5 2 120.6 2.7 2.5 20.7 23.3 1 343.1 1 441.4 16 788.6 18 017.1 Quadro 60 Rácio de requisitos de fundos próprios Em 31 de Dezembro de 2003, o rácio de requisitos de fundos próprios, de acordo com as regras do banco de Portugal, era de 9.9% e o rácio do Tier I era de 6.7%. As acções preferenciais representavam 20.7% do Tier I. O core capital, ou seja os fundos próprios de base deduzidos das acções preferenciais, correspondia a 5.3% dos activos ponderados pelo risco. Fundos próprios e requisitos de fundos próprios Rácio de requisitos de fundos próprios Bi.€ 2.0 1.7 1.8 11.1% 1.6 1.5 9.9% 1.5 1.3 4.3% Rácio de requisitos de fundos próprios – De acordo Valores em milhões de euros com as normas do Banco de Portugal Total dos fundos próprios [dos quais, fundos próprios de base] Requisitos totais Requisitos totais x 12.5 Rácio de requisitos de fundos próprios Tier I 2002 2003 1 711.9 1 788.3 [1 229.5] [1 209.9] 1 343.1 1 441.4 16 788.6 18 017.1 10.2% 9.9% 7.3% 6.7% Quadro 61 O rácio total, calculado de acordo com as normas do Bank of International Settlements (BIS), era, no final de 2003, de 11.1% e o Tier I de 6.8%. 3.2% 1.0 1.4% 1.4% 6.8% 6.7% 0.5 5.3% 5.4% 0 99 00 01 02 03 Fundos próprios Requisitos de fundos próprios Gráfico 71 Banco de Portugal BIS Tier II Acções preferenciais Core Capital Tier I Gráfico 72 Relatório | Análise financeira 87 Responsabilidades com pensões Em 31 de Dezembro de 2003, os fundos de pensões do Grupo asseguravam o financiamento integral (a 101.4%) das responsabilidades com pensões, reconhecidas no balanço. Em 2003, os fundos de pensões obtiveram uma rendibilidade média anual líquida de 14.7%, o que permitiu reduzir em 94.8 milhões de euros a margem utilizada do “corredor”, previsto pelo Banco de Portugal, para acomodar desvios actuariais e de rendimento do fundo, sem ocasionar impacto nos resultados. Deste modo, o desvios negativos acumulados no "corredor" diminuíram de 120.4 milhões de euros, em Dezembro de 2002, para 25.6 milhões de euros, em Dezembro de 2003, existindo, no final de 2003, uma margem não utilizada do referido "corredor" de 130.5 milhões de euros (em Dezembro de 2002, a margem não utilizada era de 24.6 milhões de euros). Financiamento das responsabilidades com pensões Responsabilidades por pensões em pagamento Responsabilidades por serviços passados de Colaboradores Total das responsabilidades com pensões Decrementos de invalidez Valores em milhões de euros 2002 2003 1 134.3 1 273.1 315.4 287.9 1 449.7 1 561.1 87.9 85.5 Total das responsabilidades reconhecidas o balanço1 1 361.8 1 475.5 Fundos de pensões 1 363.4 1 495.5 Financiamento das responsabilidades reconhecidas no balanço 100.1% 1) Considerando decrementos por invalidez, no cálculo do valor das responsabilidades. 101.4% Quadro 62 Em 31 de Dezembro de 2003, existiam 85.5 milhões de euros1 de responsabilidades com pensões que estão a ser financiados e reconhecidos nas demonstrações financeiras, de acordo com um plano de prestações uniformes, com início em 2002, e por um período máximo de 20 anos. Se também se considerar este montante, a cobertura do total de responsabilidades com pensões pelo património dos fundos ascendia a 95.8%, no final de 2003 (94.0%, em 2002). Responsabilidades com pensões – enquadramento regulamentar Os aspectos mais relevantes do actual quadro regulamentar, relativo à cobertura das responsabilidades com pensões (Avisos do Banco de Portugal, n.º 12 / 2001 e n.º 7 / 2002), em vigor desde final de 2001, são: a obrigatoriedade de o valor patrimonial dos fundos assegurar uma cobertura mínima de 100% das pensões em pagamento, e o estabelecimento de um mínimo de 95% na cobertura de responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo; a não consideração dos decrementos de invalidez2, no cálculo do valor actual das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo; o duplo tratamento contabilístico das perdas e ganhos resultantes do desvio entre os pressupostos actuariais e os valores efectivamente verificados (perdas e ganhos actuariais), consoante o respectivo valor acumulado exceda ou não um determinado intervalo ("corredor"), que corresponde a 10% do maior dos valores das responsabilidades com pensões ou património dos fundos de pensões (reportados no final de cada ano). Tendo em consideração este enquadramento regulamentar, o registo dos acréscimos de responsabilidades por reformas antecipadas e por alterações nos pressupostos actuariais3 como custo diferido, em contas de regularização; os acréscimos resultantes de reformas antecipadas são reconhecidos como custo ao longo de um período máximo de 10 anos e os acréscimos por alteração dos pressupostos actuariais são reconhecidos como custo, na conta de resultados extraordinários, no mínimo em 10% ao ano, a partir do exercício seguinte ao do respectivo apuramento; as perdas (e ganhos) actuariais verificadas são registadas na rubrica "flutuação de valores" (nas contas de regularização), até que o montante acumulado iguale o limite definido pelo "corredor", não ocasionando qualquer impacto na conta de resultados; a parte que ficar fora do intervalo é registada como custo ou proveito diferido (em contas de regularização) e reconhecido na conta de resultados, no mínimo em 10% ao ano, a partir do exercício seguinte ao do respectivo apuramento. 1) Acréscimo no valor actual das responsabilidades com pensões, em resultado de, com a entrada em vigor, no final de 2001, do actual quadro regulamentar relativo à cobertura das responsabilidades com pensões (Aviso do Banco de Portugal, n.º 12 / 2001) ter deixado de ser possível utilizar os decrementos de invalidez, no cálculo do valor actual das responsabilidades. 2) Redução do valor actual das responsabilidades, em resultado de se considerar a probabilidade dos Colaboradores saírem do activo, por invalidez, antes do tempo normal de reforma. 3) Do mesmo modo, as reduções no valor das responsabilidades com pensões que resultarem de alterações nos pressupostos actuariais serão relevados como um proveito na conta de resultados, no mínimo em 10% ao ano, a partir do exercício seguinte ao do respectivo apuramento. 88 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Fundos de Pensões do Grupo BPI De acordo com as regras do Banco de Portugal, os bancos deverão assegurar o financiamento das responsabilidades com reformas, exclusivamente através de fundos de pensões. As restantes sociedades financeiras deverão assegurar a cobertura integral das responsabilidades por fundo de pensões ou por contrato de seguro de efeito equivalente e, na parte não financiada, através de provisões no balanço. Os fundos de pensões do Grupo garantem integralmente as pensões de reforma por velhice e invalidez e pensões de sobrevivência dos Colaboradores e ex-Colaboradores dos bancos (Banco BPI e Banco Português de Investimento) e das subsidiárias que aderiram ao Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (BPI Fundos e Inter-Risco). No âmbito do programa estratégico de aumento da eficiência e de redução de custos, estabelecido para o triénio 2002-2004, está em execução um plano de reformas antecipadas, na sequência do qual, em 2002 e 2003, já se concretizaram 927. Património dos fundos e responsabilidades com pensões dos Colaboradores do Grupo BPI M.€ 1 600 1 200 800 No final de 2003, os patrimónios dos fundos ascendiam a 1 496 milhões de euros (montante superior ao valor da situação líquida do Grupo, que ascendia, nessa data, a 1 227 milhões de euros) e abrangiam um universo de 6 261 Colaboradores no activo, 6 666 pensionistas e 1 131 ex-trabalhadores. 400 0 Recapitalização dos fundos de pensões Quando, em 1991, o Grupo entrou na Banca Comercial, através da aquisição do Banco Fonsecas & Burnay (BFB), este apresentava uma insuficiência do fundo de pensões de 128 milhões de euros (dos quais 89 milhões de euros relativos às responsabilidades com pensões em pagamento e 39 milhões de euros relativos às responsabilidades com pensões por serviços passados de Colaboradores no activo). Logo no momento da aquisição, a insuficiência do património dos fundos para fazer face às responsabilidades com pensões em pagamento foi coberta por provisões no balanço. 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 Fundos de pensões Responsabilidades com serviços passados Gráfico 73 Fruto do esforço financeiro realizado, no final de 1995, os fundos de pensões cobriam já integralmente as responsabilidades com pensões em pagamento e a cobertura a 100% das responsabilidades com Colaboradores no activo foi conseguida, no final de 1998. Reformas antecipadas Na sequência da aquisição dos bancos comerciais (BFB, em 1991, e BFE e BBI, em 1996) foram realizados intensos programas de modernização e melhoria da eficiência e competitividade das estruturas adquiridas. A racionalização e rejuvenescimento do quadro de pessoal foi uma das prioridades estabelecidas. Assim se levaram a cabo, nomeadamente, os processos de reforma antecipada, que implicaram um elevado esforço financeiro para cobertura do acréscimo de responsabilidades com pensões. Desde 1995 a 2003, concretizaram-se 3 429 reformas antecipadas, o que determinou um aumento das responsabilidades com pensões, no valor de 492 milhões de euros. Relatório | Análise financeira 89 Rendibilidade Em 2003, os fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI obtiveram uma rendibilidade média anual bruta de 15.2%. Composição do fundo de pensões dos Colaboradores do Banco BPI Dez. 2003 Desde 31 de Dezembro de 1991, os fundos de pensões do Grupo obtiveram uma rendibilidade média anual de 11.5%, a passo que a actualização da tabela salarial do ACTV do Sector Bancário foi, em média, de 4.2% e a mediana da rendibilidade do mercado de fundos de pensões se situou em 8.4%, de acordo com dados divulgados pela Mercer Investment Consulting. Liquidez 15.4% Obrigações de taxa indexada 9.3% Obrigações de taxa fixa 25.3% Acções estrangeiras 4.9% Acções portuguesas 32.6% Imobiliário 12.6% Quadro 63 Em 31 de Dezembro 2003, a carteira do Fundo de Pensões do Banco BPI, que correspondia a 99% do património total dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo, apresentava a seguinte composição: Fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Rendibilidade vs. inflação e actualização do ACTV Rendibilidade comparada com o mercado % % 25 25 20 20 19.9 18.3 16.1 16.0 16.1 15.2 14.1 15 10.9 16.1 17.3 11.5 13.2 14.4 6.7 8.6 7.8 7.4 11.3 5.5 93 5.2 4.0 94 3.3 5 7.4 6.5 4.5 4.1 95 3.3 3.1 96 3.0 3.3 2.2 2.8 97 98 3.3 3.9 2.3 2.9 99 Rendibilidade dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Taxa de actualização dos salários (ACTV) Taxa de inflação 4.4 3.9 00 1.9 01 5.7 6.9 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 1.9 3.6 3.3 3.3 3.2 02 0 1.2 2.6 03 Gráfico 74 -2.0 -5 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 -3.3 02 03 Gráfico 75 Rendibilidade do fundo de pensões dos Colaboradores do Grupo BPI Mediana da rendibilidade do mercado de fundos de pensões Fonte: Mercer Investment Consulting 90 15.2 8.6 5.7 0 92 14.1 15 10.9 10 8.9 16.0 10 10.5 5 19.9 18.3 AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE As Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) visam a harmonização contabilística internacional, maior comparabilidade entre entidades, maior transparência e melhor qualidade da informação. Desta forma, os mercados poderão ver aumentada a confiança dos seus intervenientes. De acordo com o Regulamento n.º 1606 / 02 do Conselho Europeu, as sociedades com valores admitidos à cotação na Europa são obrigadas a apresentar contas consolidadas de acordo com os IFRS a partir de 1 de Janeiro de 2005, obrigação esta que vincula o Banco BPI. O Regulamento obriga ainda à apresentação de um ano de comparabilidade, excepto no que respeita às Normas 32 e 39, relativas à apresentação de informação e contabilização de instrumentos financeiros e ao reconhecimento e mensuração dos instrumentos financeiros, respectivamente. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AO PLANO DE CONTAS ACTUAL Da análise até agora efectuada, sublinham-se as diferenças entre os IFRS e o Plano de Contas do Sistema Bancário Português (PCSB) que poderão vir a assumir maior relevo: Imparidade A noção de imparidade aplica-se quando o valor recuperável (ou justo valor) de um activo é inferior ao seu valor contabilístico. Pode existir imparidade a nível de um activo individual, de um conjunto operacional de activos ou da empresa como um todo (goodwill). Regra geral, a perda por imparidade deve ser reconhecida em resultados. O cálculo e o reconhecimento das perdas por imparidade de crédito são bastante complexos. As provisões são baseadas em métodos de discounted cash flow e constituídas apenas para os casos em que seja determinada imparidade (deixam de existir provisões genéricas para crédito e provisões para riscos bancários gerais). Instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros são classificados em quatro categorias que determinam a sua forma de mensuração e de reconhecimento das respectivas variações no valor de balanço. Classificação dos Activos Mensuração Variações no valor de balanço Negociação Justo valor Resultados Detidos até à maturidade Custo amortizado Resultados Empréstimos e contas a receber Custo amortizado Resultados Disponíveis para venda Justo valor1 Capitais próprios2 1) Excepto nas situações em que o justo valor não possa ser Quadro 64 medido com fiabilidade. 2) Até que o activo seja vendido, cobrado, abandonado ou determinada a respectiva imparidade, momento em que as variações são registadas nos resultados do período. Na mensuração dos instrumentos financeiros, pressupõe-se que a empresa é capaz de determinar o seu justo valor (“montante pelo qual um activo poderia ser trocado, ou liquidado um passivo, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção realizada em condições normais de mercado”). Quando tal não for possível, os investimentos devem ser mantidos ao custo deduzidos de eventuais perdas de imparidade. Ao contrário do que acontece actualmente, tanto as mais valias como as menos valias potenciais na carteira de participações financeiras passam a ser reflectidas no valor de balanço por contrapartida de capitais próprios (reserva de justo valor). Todos os derivados (cobertura ou embutidos em outros instrumentos) são relevados ao justo valor. Caso seja determinada imparidade nos activos disponíveis para venda, a totalidade do valor registado na reserva de justo valor deverá passar por resultados. Contabilização de cobertura A relação de cobertura tem de ser formalmente documentada, sendo a sua eficácia testada em cada período. Tendo em conta os requisitos complexos e limitativos da contabilização de operações de cobertura, é expectável que um elevado número de transacções passe a ser tratado como operações de negociação. Desreconhecimento de activos O desreconhecimento de activos (isto é, deixar de registar os activos no balanço) deve acontecer apenas quando se perde o controlo dos direitos contratuais do activo. Não deve haver desreconhecimento caso exista obrigação de recompra futura ou se a empresa retiver alguns riscos / benefícios do activo vendido. Os princípios de desreconhecimento de activos financeiros serão aplicáveis a transacções ocorridas após 1 de Janeiro de 2004. Activos intangíveis A definição de activo intangível é mais exigente do que a actual e as despesas que não cumprem essa definição devem ser registadas integralmente como custo no ano (despesas com publicidade, pesquisa / investigação, formação, despesas de arranque, custos de reorganização, etc.). Activos tangíveis Os activos tangíveis podem ser reavaliados. As respectivas reavaliações têm por base a alteração do justo valor, não sendo aceites reavaliações fiscais. Quando um elemento do activo fixo tangível é reavaliado, toda a classe a que pertence deve ser também reavaliada. O método de amortização deve reflectir o fluxo de benefícios gerados para a empresa. A amortização tem em conta o valor residual do activo e a vida útil esperada (estes parâmetros devem ser revistos periodicamente). Benefícios dos empregados Os pressupostos actuariais (demográficos e financeiros) devem ter por base expectativas de mercado à data de balanço. Na avaliação das responsabilidades, os pressupostos actuariais devem ser mutuamente compatíveis e incluir como variáveis demográficas tábuas de mortalidade actualizadas, taxas de rotação, de invalidez, idade normal de reforma e custos com cuidados médicos. A taxa de desconto deve ser determinada com base em taxas de mercado de obrigações de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Relatório | Análise financeira 91 As reformas antecipadas são integralmente custo no ano em que ocorrem. Mantém-se a existência de um “corredor” e, para além dos desvios actuariais, as alterações de pressupostos passam também a ser enquadráveis nesse corredor. Os valores fora do corredor devem ser amortizados por um período correspondente à diferença entre a idade média esperada de reforma e a idade média dos empregados no activo (de acordo com as actuais regras do Banco de Portugal, o período de amortização é de 10 anos). A IMPLEMENTAÇÃO DAS IFRS NO GRUPO BPI Em meados de 2003, o Grupo BPI constituiu um grupo de trabalho para identificar e avaliar as diferenças gerais entre os princípios contabilísticos do Banco de Portugal e os IFRS. Posteriormente, a análise tem vindo a assumir maior detalhe, passando a incidir sobre a determinação do impacto nos processos administrativos e de negócio. Para tal têm sido criados grupos de trabalho mais especializados, visando a implementação operacional dos IFRS nas respectivas áreas. O diagnóstico tem envolvido a análise dos seguintes aspectos: Impostos diferidos Serão reconhecidos impostos diferidos activos e passivos. Um imposto diferido activo deve ser reconhecido até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros contra os quais o activo por imposto diferido possa ser utilizado. Os activos e passivos por impostos diferidos não podem ser descontados e devem ser mensurados com base nas taxas de imposto que se espera serem aplicáveis no momento da reversão das diferenças que as originaram. Transição Na data da transição, os saldos das principais diferenças entre os IFRS e o PCSB deverão ser relevadas em resultados transitados, por forma a não influenciar o resultado do exercício. identificação das principais áreas e operações afectadas em cada uma das entidades do Grupo; hierarquização das diferenças e estabelecimento de prioridades; análise dos processos e aplicações informáticas existentes para suporte da contabilização de acordo com os IFRS; definição das datas de implementação das principais alterações necessárias; identificação das necessidades de formação dos diferentes grupos de utilizadores; quantificação dos principais impactos por entidade e área de negócio. À redefinição do manual de políticas contabilísticas seguir-se-á uma fase de testes para execução das alterações. O Banco prevê completar a sua transição para os IFRS com a elaboração do pro-forma das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004. 92 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Gestão de riscos GESTÃO DE RISCOS A gestão de riscos, no Grupo BPI, assenta na constante identificação e análise da exposição a diferentes riscos (risco de contraparte, risco-país, riscos de mercado, riscos de liquidez, riscos operacionais e legais) e na adopção de estratégias de maximização dos resultados relativamente aos riscos, dentro de limites preestabelecidos e devidamente supervisionados. A gestão é complementada pela análise, a posteriori, de indicadores de performance. Basileia II Em 2003, de acordo com as melhores práticas que constam já do projecto regulamentar designado por Basileia II, procedeu-se à rotina de revisão dos filtros e scorings de crédito ao consumo e de cartões de crédito; foi criado um novo scoring de cartões para análise dos processos de renovação de cartões; foi elaborado um plano de uso de indicadores de risco e de variáveis comerciais para definir todas as variáveis de relacionamento com os Clientes de cartões (aprovação, pricing, overlines…); foi aplicado um scoring não empírico a pequenos negócios, em complemento do expert system; foi gerado um modelo empírico para rating de empresas (a fim de substituir o actual modelo não empírico), a par de um trabalho de sistematização das variáveis a utilizar pelo expert system complementar ao modelo; e foram melhoradas as bases de dados do crédito automóvel, crédito à habitação, pequenos negócios e garantias, tendo em vista a futura introdução de ratings e scorings empíricos em todos os segmentos da actividade, em complemento do expert system e dos filtros em vigor. RISCO DE CRÉDITO Processo de gestão O risco de crédito, associado à possibilidade de incumprimento efectivo da contraparte (ou à variação do valor económico de um dado instrumento ou carteira, em face da degradação da qualidade do risco da contraparte), constitui o risco mais relevante de toda a actividade do Grupo BPI. A avaliação da exposição a este risco efectua-se segundo diferentes metodologias complementares (expert system, ratings, scorings, filtros e outras). Após a avaliação da exposição, a aprovação específica dos créditos segue os princípios e procedimentos estabelecidos nos regulamentos de crédito. Estão definidos, em cada uma das diferentes direcções envolvidas, os níveis hierárquicos competentes para a aprovação de créditos, consoante as características próprias, o que visa a descentralização das decisões capaz de garantir a celeridade e a eficácia do processo. As operações deverão inscrever-se nos limites previamente estabelecidos e deverão respeitar os pretendidos níveis de rendibilidade dos capitais próprios utilizados. A aprovação de créditos tem em conta várias estratégias, incluindo a diversificação geográfica, dos sectores, dos segmentos, das contrapartes e da maturidade; o uso de garantias / colateral e margens; a periodicidade dos esquemas de pagamento e amortização; as cláusulas de prioridade legal ISDA – international swaps and derivatives association – e garantias CSA – credit support annex – em derivados; derivados de crédito ou cláusulas de liquidação. São respeitados limites por contraparte, mercado, maturidade, produto ou moeda, estabelecidos em função do grau de risco, capacidade de endividamento do Cliente, relacionamento com o Banco (incluindo a experiência relativa à utilização anterior de limites e rendibilidade do Cliente), e em função da própria dimensão do BPI. A posteriori, o Banco mantém vigilância constante sobre a evolução da sua exposição (incluindo o uso do sistema de alertas, no caso das empresas) e dos resultados e índices de rendibilidade alcançados, relativamente aos níveis de risco assumidos. São também analisados, mensalmente, os créditos problemáticos, os índices de cobertura por provisões, write-offs e recuperações. O alerta de créditos vencidos está disponível online, via rede interna, para informação dos gestores do Banco. Relatório | Gestão de riscos 93 Direcção de Riscos de Crédito A Direcção de Riscos de Crédito completou, em 2003, o primeiro ano de actividade. A criação da Direcção de Riscos de Crédito visou uma maior especialização e independência na análise do risco de crédito. Pretendeu-se contribuir para a aproximação do BPI aos objectivos globais das recomendações do Comité de Basileia II, no que se refere à avaliação e monitorização do risco de crédito. As direcções comerciais têm, ainda assim, um papel relevante nesta avaliação, pois a Direcção de Riscos de Crédito apenas analisa propostas de crédito, se tiver havido uma opinião favorável das direcções comerciais. Por outro lado, cabe às direcções comerciais fornecerem informações qualitativas relevantes, mormente sobre accionistas e gestores das empresas-Clientes. As direcções comerciais participam, ainda, nos conselhos de crédito. A Direcção de Riscos é composta por três áreas: Direcção de Riscos de Crédito Concessão de Crédito Acompanhamento Recuperação Responsável pela análise e pela decisão de Responsável pela prevenção de situações Responsável pela recuperação de crédito concessão de crédito, através de um de incumprimento, através da observação em incumprimento há mais de 60 dias, processo de workflow electrónico entre as permanente da carteira de crédito vivo e através de acções desenvolvidas por gestores Direcções Comerciais, a Direcção de Riscos pela realização do follow-up de acções especializados, com forte apoio jurídico. de Crédito e as Direcções Operacionais. preventivas e de regularização, em coordenação com as Direcções Comerciais, nos casos de incumprimento até 60 dias. Figura 6 A Direcção de Riscos de Crédito, na sua função de acompanhamento dos limites de exposição, apoia-se num sistema de alertas que classifica os Clientes com notações de acompanhamento. Este sistema permite detectar alterações no Procede-se ainda a uma estimativa das perdas efectivas, quase efectivas ou esperadas (designadas por “provisões económicas”), de forma a avaliar a suficiência das provisões contabilísticas. As provisões económicas são objecto de uma avaliação mensal pela Comissão Executiva do Conselho de Administração (Comissão Executiva para os Riscos de Crédito), e são analisadas semestralmente pelos auditores externos e apreciadas regularmente pelo Comité de Controlo Interno. risco representado pelos Clientes da Banca de Empresas, gerando informação complementar à fornecida pelas direcções comerciais, e proporciona orientação para a actuação a seguir na gestão do risco de crédito. Funcionam como agentes de controlo de todo este processo de gestão, além do Conselho de Administração, do Comité de Controlo Interno e da Comissão Executiva de Riscos de Crédito, a Assessoria de Análise e Controlo de Riscos, os auditores internos e externos e o Banco de Portugal. Procedimentos relativamente a crédito vencido de empresas Ao 30.º dia O crédito não pago é classificado como “crédito vencido”. Os juros não pagos são anulados e é suspensa a contagem de juros. Maturidade Na maturidade e até ao 30.º dia As direcções comerciais são responsáveis pela recuperação. 30.º Dia 60.º Dia Após o 30.º dia e até ao 60.º A Direcção de Riscos de Crédito – Área de Acompanhamento analisa a situação, em coordenação com as direcções comerciais, com vista à recuperação. Após o 60.º dia O crédito passa a ser gerido pela Área de Recuperação da Direcção de Riscos de Crédito, que apresenta ao Conselho de Crédito uma proposta de reestruturação ou de execução. Figura 7 94 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Avaliação da exposição ao risco de crédito Empresas, Clientes Institucionais, financiamento especializado Os créditos a empresas, Clientes institucionais e project finance são avaliados por analistas especializados. O BPI utiliza ainda um sistema interno de rating de empresas, com cinco classes, para avaliar o crédito, as garantias e os títulos, de empresas de média e grande dimensão. A classificação é apurada a partir de rácios económico-financeiros, de indicadores de experiência, conceito comercial e incidentes, bem como de risco do mercado e sector em que a empresa opera. A Direcção de Riscos de Crédito ou, em última instância, a Comissão Executiva para os Riscos de Crédito, complementam esta informação sobre a probabilidade de incumprimento com uma análise qualitativa da estratégia e gestão da empresa (o que resulta em eventual overrule do rating apurado) e com uma análise da informação sobre a perda esperada ou potencial, em caso de incumprimento (incluindo especialmente a análise da colateral). Rating da carteira de crédito a empresas em 2003 Repartição por classes de risco 42.7% 14.1% 20.5% AAA, AA A B C 22.6% Gráfico 76 A análise da exposição ao risco da contraparte, no segmento dos pequenos negócios, assenta num scoring não empírico e por expert system, sendo envolvida, mediante análise de diferentes indicadores, uma opinião subjectiva sobre a probabilidade de incumprimento da contraparte ou da entidade que presta garantia, além da análise de um eventual colateral. De acordo com esta metodologia de avaliação de riscos e aprovação de créditos, o risco médio da carteira, que no ano anterior era de 46.1, é de 48.4 – classe A. Carteira de títulos No que respeita à avaliação dos ricos da sua carteira de títulos, o BPI recorre, sobretudo, à informação constante de ratings externos. A carteira de investimento é composta, predomi-nantemente, por títulos de emissores cujo risco de crédito é reduzido. Carteira de crédito, títulos e garantias a empresas e institucionais Repartição por classes de risco (rating interno) Carteira de investimento de obrigações1 Repartição por classes de risco (rating externo) Classes de risco 2001 2002 2003 M.€ Rating 2002 % 2003 % Aaa 258.8 17.7 133.7 7.5 AAA (<10) 12.6% 17.7% 17.0% AA (10-30) 10.7% 7.3% 5.6% Aa 676.5 46.3 620.9 34.9 A 195.3 13.4 367.8 20.6 A (30-50) 37.1% 23.2% 20.5% B (50-70) 34.1% 38.6% 42.7% Baa 83.5 5.7 485.4 27.3 14.1% Outros / Sem rating (s/ R) 91.3 6.2 41.0 2.3 100% Papel Comercial (s/ R)2 157 10.7 131.3 7.4 1 462.4 100.0 1 780.1 100.0 C (70-100) Total Pontuação média 5.5% 100% 43.1 13.2% 100% 46.1 48.4 Quadro 65 Estes sistemas de avaliação do risco da contraparte são complementados por outros, em especial pela identificação de grandes riscos (concentração da exposição numa contraparte ou grupo) e pelo cálculo do capital em risco, segundo avaliação consagrada na regulamentação sobre rácio de solvabilidade ou nela inspirada. A nível global, a carteira é ainda avaliada pelo grau de diversificação geográfica, sectorial e por maturidades. Total 1) Inclui acções preferenciais que se contabilizam na carteira de acções. 2) O papel comercial sem notação de rating (s/ R) é garantido por instituições de crédito. Quadro 66 Rating da carteira de investimento de obrigações em 2003 Repartição por classes de risco 27.3% 20.6% 9.7% Particulares e Pequenos Negócios No domínio dos particulares, existem diferentes scorings e filtros de selecção de Clientes. Em créditos com garantias específicas (habitação, automóvel) o prejuízo esperado é muito reduzido, dada justamente a relação entre o financiamento e a garantia. O BPI exige para a relação financiamento / garantia do crédito à habitação um limite máximo de 90%. AAA, AA A Baa Outros / sem rating 42.4% Gráfico 77 No restante crédito a particulares, a selecção de Clientes assenta, sobretudo, na avaliação das probabilidades de incumprimento por scoring ou expert system e o crédito é atribuído dentro de limites preestabelecidos. De forma a reduzir a probabilidade de incumprimento, é exigido um seguro de protecção ao crédito (com coberturas de desemprego e hospitalização) para o crédito pessoal BPI. Os índices de aceitação ou rejeição globais dos Clientes são associados aos níveis de rendibilidade mínima desejáveis, tendo em conta os riscos. Relatório | Gestão de riscos 95 Operações de derivados Dada a especificidade da valorização das operações em derivados, o risco de crédito nelas envolvido tem um tratamento especial cuja base é o conceito de valor de substituição, estimado diariamente pela Assessoria de Análise e Controlo de Riscos. Para mitigar o risco de crédito de derivados, além da elaboração de contratos com cláusulas que permitem a compensação de responsabilidades em caso de incumprimento (mesmo no caso de falência), o Grupo tem assinado acordos de limitação do risco de crédito com as contrapartes mais importantes nestes mercados. Estes acordos, que implicam o recebimento (e pagamento) de valores colaterais para cobertura de risco entre as contrapartes, permitiram reduzir, no final de 2003, o valor de substituição da carteira de derivados, em cerca de 178.4 milhões de euros. Risco corrente de crédito Valor de substituição de derivados por tipo de contraparte Grupo BPI M.€ 2002 % 2003 % 20.8 33.3 15.8 22.7 Fundos de investimento / pensões 0.0 0.0 0.0 0.0 Empresas 7.7 3.6 7.2 6.6 Particulares 6.3 3.0 8.8 8.1 Bancos 164.1 77.6 70.1 64.5 Total 211.3 100 108.9 100 Notas: O valor de substituição total é a soma dos valores de substituição Quadro 67 das contrapartes quando positivos. Não inclui opções inseridas em obrigações emitidas ou compradas. O valor de substituição incorpora o efeito de redução do risco, que resulta da compensação entre saldos credores e devedores entre a mesma contraparte, e da existência de acordos com as contrapartes, que servem de garantia ao cumprimento das responsabilidades. Esta forma de avaliação de exposição ao risco de contraparte é completada pela tradicional abordagem regulamentar e antecipa, de algum modo, as melhores práticas do novo acordo de Basileia. Níveis de incumprimento, provisionamento e recuperação O trabalho de reorganização interna, em que Direcção de Riscos de Crédito assumiu um papel de destaque, a escolha de perfis de exposição, de acordo com a avaliação resultante da aplicação dos métodos citados, e a reduzida média de idades da carteira (fruto do crescimento do crédito) resultam em bons indicadores de performance da carteira e, especialmente, em reduzidos níveis de incumprimento. No final de 2003, o crédito a Clientes, instituições de crédito e os títulos vencidos (há mais de 90 dias) ascendiam a 295.2 milhões de euros, representando 1.3% da carteira bruta destes activos, e estavam cobertos em 135% por provisões. No conjunto destes incumprimentos, o crédito mal parado a instituições de crédito, carteira de títulos e derivados, líquido das provisões afectas à respectiva cobertura, não tem expressão. o crédito a instituições de crédito em situação de vencido, no montante de 83.0 milhões de euros, encontra-se provisionado a 99.9%. Este diz respeito a crédito concedido a um banco central e é proveniente do balanço dos bancos comerciais adquiridos pelo Grupo, em 1991 e 1996. 96 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 os títulos e juros vencidos ascendiam a 0.2 milhões de euros, o que correspondia a 0.01% do total da carteira de obrigações bruta e estavam integralmente cobertos por provisões específicas para títulos vencidos. O crédito a Clientes vencido há mais de 90 dias ascendia, no final de 2003, a 212 milhões de euros, o que correspondia a 1.2% da carteira de crédito bruta e estava coberto por provisões em 148%. Por outro lado, de acordo com o critério estabelecido pela carta circular n.º 99 / 2003 do Banco de Portugal o rácio de crédito em incumprimento era de 1.3% e encontrava-se provisionado a 134%. Além do crédito vencido há mais de 90 dias, no referido rácio, considera-se o crédito de cobrança duvidosa tratado como vencido para efeitos de provisionamento. Em Dezembro de 2003, este ascendia a 22.2 milhões de euros. Em 2003, o acréscimo de crédito a Clientes, vencido há mais de 90 dias e ajustado pelos write-offs efectuados, atingiu os 70.9 milhões de euros, o que correspondeu a 0.43% da carteira de crédito produtivo no início do ano. Estes valores representam uma redução muito significativa, relativamente à percentagem de 0.73% registada em 2002. Rácio de crédito a Clientes vencido Cobertura de crédito a Clientes vencido % % 4 240 194 3 210 180 153 157 170 136 2 120 1.7 1.4 1 130 132 02 03 1.5 1.1 1.3 1.1 1.3 1.0 0 99 148 160 00 1.2 60 0.9 01 02 03 Crédito vencido há mais de 30 dias Crédito vencido há mais de 90 dias Gráfico 78 0 99 00 01 Crédito vencido há mais de 30 dias Crédito vencido há mais de 90 dias Gráfico 79 Por outro lado, ao longo de 2003, recuperaram-se 20.6 milhões de euros de crédito e juros vencidos e anteriormente abatidos ao activo. Deste montante, 7.2 milhões de euros estão relacionados com uma situação antiga de incumprimento que, em 2003, conheceu decisão judicial favorável ao Banco, não passível de recurso. Acréscimo de crédito vencido1 no ano Em % do crédito produtivo no início do ano % 2.0 1.5 1.33 1.34 Deste modo, o acréscimo de crédito vencido no ano, ajustado pelos write-offs efectuados e pelas recuperações, ascendeu a 0.31% da carteira de crédito produtivo no início do ano, o que se revela favorável quando comparados os valores com os de 2002 (0.63%). 1.0 1.14 1.04 0.5 0.29 0.15 0.13 0.29 0.29 0.54 0.37 0.71 0.54 0.39 0.0 Importa salientar que, em 31 de Dezembro de 2003, o saldo de crédito reestruturado ascendia a 37.1 milhões de euros, montante que corresponde a um aumento de 13.9 milhões de euros face ao existente em final de 2002. Este aumento corresponde a 0.08% da carteira de crédito produtivo no início do ano. 0.83 0.53 0.12 0.18 0.24 0.15 -0.05 -0.08 -0.5 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 03 02 Variação anual do crédito vencido, ajustada por write-offs Variação anual do crédito vencido, ajustada por write-offs e deduzido de recuperações de crédito vencido Gráfico 80 1) Crédito vencido há mais de 30 dias. Crédito a Clientes vencido há mais de 90 dias Carteira de crédito a Clientes no final do ano (bruta) 0.37 0.61 Valores em milhões de euros 1999 2000 2001 2002 2003 9 582.3 13 494.4 15 471.0 16 615.2 17 783.0 136.4 138.8 135.8 133.2 216.3 21.5 13.9 17.2 111.5 70.9 (19.1) (16.9) (19.7) (28.5) (75.2) 138.8 135.8 133.2 216.3 212.0 - - - - 22.2 1.4% 1.0% 0.9% 1.3% 1.2% Crédito vencido há mais de 90 dias Crédito vencido há mais de 90 dias no início do ano Acréscimo líquido de crédito vencido (ajustado de write-offs) Write-offs Crédito vencido há mais de 90 dias no fim do ano Crédito de cobrança duvidosa1 Rácio de crédito vencido e de cobrança duvidosa Crédito vencido há mais de 90 dias em percentagem do crédito total Crédito vencido há mais de 90 dias e de cobrança duvidosa1 em percentagem do crédito total Recuperações de crédito vencido abatido ao activo - - - - 1.3% 25.6 18.7 18.9 14.7 20.6 0.29% 0.15% 0.13% 0.73% 0.43% -0.05% -0.05% -0.01% 0.63% Acréscimo de crédito vencido em % da carteira de crédito produtivo em início do ano Acréscimo de crédito vencido ajustado por write-offs Acréscimo de crédito vencido ajustado por write-offs e deduzido de recuperações de crédito vencido 0.31% Quadro 68 Relatório | Gestão de riscos 97 Provisões para crédito a Clientes Valores em milhões de euros 1999 2000 2001 2002 2003 192.3 218.3 263.7 279.8 331.0 67.6 Provisões totais para crédito Provisões totais para crédito no início do ano Dotações (líquidas de reposições) Específicas para crédito vencido 25.4 18.4 17.0 57.4 Específicas para crédito de cobrança duvidosa (1.5) (1.6) 2.2 1.1 12.5 0.2 1.8 (2.1) (1.6) (0.4) (27.2) Risco-país Reposições de provisões genéricas (que tiveram como contrapartida dotações para provisões específicas) Genéricas para crédito Transferências, reav. cambial e aquisição de crédito ao Fundo EFTA - - - - 20.9 45.2 21.1 7.5 9.7 0.1 (1.5) (2.4) 15.1 (3.4) Write-offs (19.1) (16.9) (19.7) (28.5) (75.2) Provisões totais para crédito no fim do ano 218.3 263.7 279.8 331.0 314.6 157.3% 194.2% 210.0% 153.0% 148.4% - - - - Cobertura por provisões Do crédito vencido há mais de 90 dias Do crédito vencido há mais de 90 dias e do crédito de cobrança duvidosa1 1) Crédito de cobrança duvidosa tratado como vencido para efeitos de provisionamento. Quando considerado o crédito vencido há mais de 30 dias, o rácio de crédito vencido situava-se, no final de 2003, em 1.3% e o nível de cobertura do crédito vencido por provisões era de 132%. Considerando o crédito vencido há mais de 30 dias e o 134.3% Quadro 69 crédito de cobrança duvidosa tratado como vencido para efeitos de provisionamento, o rácio era de 1.5% e a respectiva cobertura por provisões ascendia a 120%. Crédito a Clientes vencido há mais de 30 dias e provisões Carteira de crédito a Clientes (bruta) Crédito de cobrança duvidosa1 Valores em milhões de euros 2002 2003 16 615.2 17 783.0 - 22.2 Crédito vencido há mais de 30 dias 254.0 239.2 Provisões totais para crédito 331.0 314.6 1.5% 1.3% - 1.5% 130.3% 131.5% Rácio de crédito vencido e de cobrança duvidosa Crédito vencido há mais de 30 dias em percentagem do crédito total Crédito vencido há mais de 30 dias e de cobrança duvidosa1 em percentagem do crédito total Cobertura por provisões Do crédito vencido há mais de 30 dias Do crédito vencido há mais de 30 dias e do crédito de cobrança duvidosa1 - 120.4% Quadro 70 O quadro seguinte apresenta os rácios de crédito vencido há mais de 30 dias por segmento de mercado, bem como o contributo de cada segmento para a carteira de crédito bruta. 98 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Crédito vencido há mais de 30 dias por segmentos de mercado 2002 2003 Carteira de crédito (bruta) em % da carteira de crédito consolidada Rácio de crédito vencido Carteira de crédito (bruta) em % da carteira de crédito consolidada Rácio de crédito vencido Wholesale banking 13% 2.0% 9% 2.0% Grandes empresas 9% 1.3% 8% 0.3% Médias empresas 14% 2.9% 13% 2.4% Project finance 2% 0.0% 4% 0.0% Banca institucional 4% 0.0% 4% 0.0% Banca de Empresas 42% 1.9% 39% 1.3% Crédito hipotecário 39% 0.7% 43% 0.9% 5% 2.3% 5% 2.7% 2.3% Actividade doméstica Crédito a particulares – outros fins Crédito a pequenas empresas e negócios Banca de Particulares e Pequenos Negócios Crédito especializado – leasing, ALD Outros 9% 2.5% 9% 54% 1.1% 57% 1.3% 2% 3.1% 2% 2.8% 2% 2.8% 2% 3.0% 100% 1.5% 99% 1.3% 0.5% 1.3% 1% 1.2% 100% 1.5% 100% 1.3% 1) Em Dezembro de 2003, ocorreu a fusão por incorporação do Banco Fomento Moçambique no Banco Comercial e de Investimentos, em resultado da qual o Grupo BPI passou a deter 30% do capital deste último, sendo as respectivas contas integradas pelo método de equivalência patrimonial. Para efeitos de análise, o rácio de crédito vencido em 2002 na actividade internacional não inclui o crédito do Banco Fomento Moçambique. Se a carteira de crédito do Banco Fomento em Moçambique fosse considerada, o rácio de crédito vencido em 2002 na actividade internacional ascenderia a 2.3%. Quadro 71 Actividade doméstica Actividade internacional1 Total As dotações de provisões específicas para crédito vencido na actividade doméstica foram de 65.3 milhões de euros (líquidas de reposições), em 2003. Deste montante, 24.0 milhões de euros destinaram-se à cobertura na actividade doméstica do crédito que entrou em incumprimento durante o ano de 2003, enquanto o restante se destinou ao provisionamento do crédito vencido com antiguidade superior a um ano. No final de 2003, na actividade doméstica, o crédito vencido a Clientes há menos de um ano ascendia a 96.5 milhões de euros e estava provisionado em 25% por provisões específicas para crédito vencido. O crédito vencido com antiguidade superior a um ano representava 59% do crédito vencido total e encontrava-se coberto por provisões específicas em 66%. Actividade doméstica – crédito a Clientes vencido por antiguidade e cobertura por provisões específicas (em 31 de Dezembro de 2003) < 1 ano Antiguidade do crédito vencido por classes1 <3 meses (classe I) 3-6 meses (classe II) Valores em milhões de euros 1-2 anos 6-9 meses (classe III) 9-12 meses (classe IV) 12-18 meses (classe V e VI) 18-24 meses (classe VII) 2-3 anos (classes VIII e IX) > 3 anos (classes X a XII) Total Crédito à habitação Crédito vencido Nível de provisionamento 1.5 1.6 3.1 13.1 12.6 9.5 10.7 7.6 59.7 0.5% 10.0% 25.0% 25.0% 34.0% 50.0% 49.5% 63.8% 39.2% Outro crédito com garantia real Crédito vencido Nível de provisionamento 2.4 2.1 1.5 3.7 7.6 15.7 22.1 9.3 64.3 0.8% 9.8% 25.0% 25.0% 49.7% 52.5% 50.0% 85.9% 50.6% Crédito com garantia pessoal Crédito vencido Nível de provisionamento 5.0 4.4 3.4 4.5 8.1 1.5 1.3 1.0 29.2 1.0% 10.0% 25.0% 25.0% 63.8% 100.0% 100.0% 100.0% 39.2% Crédito sem garantia Crédito vencido Nível de provisionamento 18.1 11.3 10.5 10.5 11.7 8.8 5.9 7.8 84.5 1.0% 24.0% 50.0% 73.4% 98.8% 98.2% 100.0% 103.5% 59.2% Crédito vencido total Crédito vencido Nível de provisionamento 26.9 19.3 18.5 31.8 40.0 35.4 40.0 25.7 237.6 0.9% 18.1% 39.2% 40.9% 62.0% 65.2% 59.0% 85.2% 49.4% 1) Classes de crédito vencido por antiguidade, de acordo com o Aviso 8 / 2003 do Banco de Portugal. Quadro 72 Relatório | Gestão de riscos 99 Regime de provisionamento do crédito Tipos de provisões Em Portugal, o regime que regulamenta o provisionamento do risco de crédito (Avisos do Banco de Portugal n.º 3 / 1995 e n.º 8 / 2003) estabelece três tipos de provisões para crédito: provisões específicas para crédito e juros vencidos – destinadas à cobertura do crédito (capital e juros) vencido que se encontra em incumprimento há mais de 30 dias; provisões específicas para crédito de cobrança duvidosa – destinadas à cobertura do risco do crédito ainda não vencido numa operação de crédito ou no total do crédito concedido a um só Cliente, em relação aos quais existam prestações vencidas em incumprimento; provisões para riscos gerais de crédito – correspondentes a uma percentagem do total da carteira de crédito produtivo e garantias, em relação às quais não existe um risco de incumprimento identificado; Alterações ao regime de provisionamento Em 2003, entraram em vigor as alterações ao regime de provisionamento de crédito vencido (Aviso do Banco de Portugal, n.º 8 / 2003). Os aspectos mais relevantes das alterações foram: 100 a adopção de critérios mais exigentes de cobertura do crédito vencido, em geral pela elevação dos coeficientes de provisionamento e antecipação da respectiva cobertura integral, e pela especificação de novas classes de crédito que, de acordo com a sua finalidade e natureza da garantia que lhe esteja associada, passaram a ter um tratamento diferenciado; a redução do coeficiente de provisionamento para riscos gerais de crédito no crédito hipotecário à habitação, de 1% para 0.5%. As provisões libertadas são obrigatoriamente afectas à constituição ou reforço das provisões para riscos específicos de crédito. Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Estas alterações entraram em vigor em Fevereiro de 2003 para o novo crédito concedido, enquanto o ajustamento à cobertura da carteira de crédito pré-existente se tornou efectivo em Agosto de 2003. Actual quadro regulamentar Provisões específicas para crédito vencido É considerado vencido o crédito em incumprimento há mais de 30 dias. Após este prazo, é suspensa a contabilização dos juros em contas de proveitos relativamente ao capital registado em crédito vencido e são anulados os juros contados a partir da última prestação de juros paga. Relativamente ao crédito hipotecário, o BPI adopta uma política que conduz a um reconhecimento mais rápido do crédito em incumprimento. Uma vez que, decorridos cinco a seis meses após a primeira prestação em atraso, o BPI interpõe acção legal com vista à recuperação do crédito, os juros são contabilizados até à data em que se inicia a acção legal. O total do crédito (capital e juros) é, nesta data, reconhecido integralmente como crédito vencido, e não apenas as prestações em incumprimento. O provisionamento do crédito vencido é feito de forma progressiva, de acordo com os coeficientes mínimos de cobertura estabelecidos pelo Aviso n.º 8 / 2003 do Banco de Portugal, que define um tratamento diferenciado de acordo com a finalidade do crédito, a natureza das garantias e a antiguidade do incumprimento. Coeficientes mínimos de provisionamento (Aviso nº 8 / 2003) Antiguidade do crédito em incumprimento Classes Valores em percentagem (%) Finalidade do crédito e natureza das garantias Sem garantia Com garantia Real Pessoal Não hipotecário Hipotecário Outros fins Crédito à habitação Crédito ≥ 75% da garantia Crédito < 75% da garantia De 1 a 3 meses I 1 1 1 1 0.5 0.5 >3 e ≤6 meses II 25 10 10 10 10 10 >6 e ≤9 meses III 50 25 25 25 25 25 >9 e ≤12 meses IV 75 >12 e ≤15 meses V 100 50 50 50 >15 e ≤18 meses VI 75 100 >18 e ≤24 meses VII >24 e ≤30 meses VIII >30 e ≤36 meses IX >36 e ≤48 meses X >48 e ≤60 meses XI >60 meses XII 50 75 75 50 75 100 100 75 100 100 Figura 8 Provisões específicas para crédito de cobrança duvidosa São classificados como crédito de cobrança duvidosa as prestações vincendas de uma operação de crédito quando: existam prestações em incumprimento (capital e juros) que excedem 25% do capital em dívida (acrescido dos juros vencidos); ou existam prestações em incumprimento há mais de 6 meses nas operações com prazo inferior a 5 anos, há mais de 12 meses nas operações com prazo de 5 a 10 anos ou há mais de 24 meses, nas operações com prazo superior a 10 anos. Nas duas situações atrás referidas, e para efeitos de provisionamento, as prestações vincendas são tratadas como crédito vencido, ou seja, são-lhe aplicados os mesmos coeficientes de provisionamento do crédito vencido, considerando-se que têm uma antiguidade idêntica à da primeira prestação em incumprimento. É igualmente considerado crédito de cobrança duvidosa o total das prestações vincendas de um Cliente cujas prestações em incumprimento (capital e juros) excedam 25% do total de capital em dívida (acrescido dos juros vencidos). Nesta situação e para efeitos de provisionamento, ao total de prestações vincendas do Cliente aplica-se metade dos coeficientes de provisionamento do crédito vencido, sendo a antiguidade determinada considerando a data em que as prestações em incumprimento ultrapassaram os 25% do capital em dívida. Provisões para riscos gerais de crédito São constituídas provisões para riscos gerais de crédito sobre a carteira de crédito produtivo e garantias. Estas correspondem a 0.5% do crédito garantido por hipoteca sobre imóvel ou operações de locação financeira imobiliária (em ambos os casos, quando o imóvel se destine à habitação do mutuário), a 1.5% do crédito ao consumo e do crédito a particulares sem finalidade definida e a 1% do restante crédito concedido. Deste modo, o crescimento da carteira de crédito determina que o maior esforço de provisionamento se faça nas fases de crescimento mais acentuado do crédito. Relatório | Gestão de riscos 101 RISCO-PAÍS O risco-país, sendo muito semelhante nos efeitos ao risco de contraparte, está associado a alterações ou perturbações específicas de natureza política, económica ou financeira, nos locais onde operam as contrapartes (ou, mais raramente, num terceiro país onde o negócio tem lugar), que possam impedir o integral cumprimento do contrato, independentemente da vontade ou capacidade das contrapartes. A designação “risco-país” é ainda utilizada para indicar o risco de contraparte envolvido em empréstimos a entidades estatais, dada a semelhança entre os métodos de análise do risco-país e do risco associado à contraparte que é um estado (risco soberano). A avaliação do risco-país é efectuada pela Direcção Internacional do Banco, com apoio em ratings externos publicados, estudos externos e internos. A Comissão Executiva do Conselho de Administração aprova a lista de países a cujo risco-país se autoriza a exposição do Banco. São considerados países elegíveis os mercados emergentes de grande dimensão, aderentes à economia de mercado, abertos ao comércio internacional e com importância estratégica no quadro político internacional. Também se consideram operações elegíveis os financiamentos de curto prazo ao comércio externo, os empréstimos a certos bancos multilaterais, as operações de médio prazo com cobertura de risco político ou que, pela sua estruturação, não estejam sujeitas a risco de transferência. A melhoria sensível das condições económicas em países emergentes está na base de uma crescente actividade da Direcção Internacional, tendo sido retomadas as operações de trade finance na Turquia e no Brasil. A exposição líquida de garantias atingiu os 313.8 milhões de euros, enquanto, em 2002, se tinha cingido a 218.5 milhões. Exposição a países de risco (em 31 de Dezembro de 2003) Valores em milhões de euros Exposição líquida de garantias1 País Exposição não sujeita a provisões (trade finance de curto prazo)2 Exposição sujeita a provisões Provisões Exposição líquida de provisões Angola 82.6 – 82.6 82.6 0 Brasil 173.9 166.7 7.3 3.4 3.8 1.4 Marrocos 1.6 – 1.6 0.2 Turquia 37.9 37.9 – – – Outros3 17.8 17.6 0.2 0.1 0.1 313.8 222.2 91.6 86.3 Total 1) Líquida de garantias de residentes, nomeadamente da COSEC, dos exportadores ou de depósitos. 2) Não estão sujeitas a provisões para risco-país as operações de financiamento externo de curto prazo, as operações com bancos multilaterais de desenvolvimento ou com seguro de risco político. 3) Argélia, Panamá, Cabo Verde e Moçambique. Cerca de 71% da exposição a risco-país líquida de garantias está, nos termos regulamentares, isenta de provisões (por corresponder a operações de curto prazo de financiamento ao comércio externo ou a operações efectuadas com bancos multilaterais de desenvolvimento ou a operações que dispõem de seguro de risco político). Atendendo às normas do Banco de Portugal sobre provisões para risco-país e de acordo com medidas internas de prudência, a outra parte da exposição, no montante de 91.6 milhões de euros, encontra-se amplamente provisionada. A exposição líquida, no montante de 5.4 milhões, representa uma fracção inexpressiva (0.4%) da situação líquida do Grupo. Excluindo esta exposição, o Banco está ainda exposto ao riscopaís por via directa, através da actividade de trading e, sobretudo, através das participações internacionais. Em 31 de Dezembro de 2003, a exposição através das participações internacionais ascendia a 63.8 milhões de euros, que correspondiam ao valor dos capitais próprios contabilísticos do Banco de Fomento Angola e ao valor de balanço da participação de 30% no Banco Comercial e de Investimentos (Moçambique). O montante referido representava 5.2% dos capitais próprios do Grupo. 102 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Exposição a risco país, líquida de provisões M.€ 28 21 21.1 14 10.5 6.6 7 5.7 5.4 02 03 0 99 00 01 Gráfico 81 5.4 Quadro 73 RISCOS DE MERCADO O risco de mercado ou de preço (taxas de juro, taxas de câmbio, preço de acções, preço de mercadorias, outros), define-se como a possibilidade de incorrer em perdas, devido a variações inesperadas do preço de instrumentos ou operações. A avaliação das posições de tesouraria (curto prazo) e das posições estruturais de risco de taxa de juro ou câmbio (longo prazo), assenta em mapas de gaps (gaps cambiais, gaps de maturidades, gaps de duração). Em complemento desta avaliação, especialmente no caso da avaliação da exposição em operações de trading, é executada diariamente pela Assessoria de Análise e Controlo de Riscos uma rotina de cálculo do VaR – Value at Risk – segundo hipóteses estandardizadas, constantes, em regra, do conjunto de recomendações do BIS. A exposição devida a opções é controlada a partir de modelos específicos. A informação proveniente do Sistema de Avaliação e Controlo de Risco está disponível on-line para os utilizadores autorizados. Risco de mercado (VaR) M.€ 28 23.5 21 20.8 20.7 18.3 14 6.6 7 VaR máximo VaR médio mensal 0 99 00 01 02 03 Gráfico 82 Risco de mercado global1 Valores em milhões de euros 1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre 2003 5.3 4.7 16 13.4 9.8 Risco de taxa de juro 5.5 4.5 16.2 12.8 9.7 Risco cambial 1.5 0.6 1.2 2.1 1.4 Risco de acções 1.7 2.1 2.3 1.7 1.9 Mercadorias 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 17.2 10.0 20.8 15.7 20.8 VaR (média mensal) VaR (máximo) 1) Inclui trading e banking book. Perda máxima potencial, com um nível de confiança de 99%, resultante de uma evolução desfavorável dos preços, índices e taxas de juro num horizonte temporal de duas semanas, considerando, no cálculo do risco global, o efeito de correlação dos retornos. É assumida uma distribuição normal dos retornos. No final de 2003, o VaR associado especificamente a operações de trading representava 1.9 milhões de euros, não ultrapassando ao longo do ano, os três milhões de euros. As posições de trading são geridas autonomamente pelos traders e, tendo em conta o mercado ou o produto, são mantidas dentro dos limites de exposição fixados e revistos periodicamente. Há diferentes limites de exposição, incluindo limites globais de VaR, fixados pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado, que são depois distribuídos autonomamente pelos diversos livros e pelas direcções envolvidas na actividade de trading. São definidos, adicionalmente, limites de stop-loss. A gestão de posições de tesouraria encontra-se delegada na Direcção Financeira, mas subordina-se aos limites definidos pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado. Quadro 74 As posições estruturais de longo prazo (risco de taxa de juro ou cambial) são geridas segundo directrizes estabelecidas pela Comissão Executiva de Riscos de Mercado. Os resultados associados à gestão da posição estrutural da taxa de juro atingiram, em 2003, os 13.5 milhões de euros. Quanto à posição estrutural resultante da carteira de participações, o risco de mercado que corre não é facilmente medido por metodologias tradicionais como o VaR, dado o horizonte temporal de investimento, a importância das posições, ou a falta de cotação no mercado de acções. A performance desta carteira e as provisões são analisadas no capítulo de análise financeira. Relatório | Gestão de riscos 103 RISCO DE LIQUIDEZ O risco de liquidez é duplamente acompanhado: i) atendendo à possibilidade de transaccionar os diferentes activos; ii) globalmente, sendo o risco de liquidez definido de acordo com a (in)capacidade de acompanhar o crescimento do activo e de satisfazer necessidades de tesouraria, sem incorrer em prejuízos anormais. Quanto aos diferentes activos, os diferentes gestores mantêm uma constante vigilância da possibilidade de transacção dos vários instrumentos, segundo variados indicadores (quotas de mercado do BPI, número de dias para desfazer posições, dimensão e volatilidade de spreads etc.), devidamente enquadrados por limites de actuação para cada mercado. A avaliação da exposição global é efectuada através de mapas de evolução esperada da liquidez (o que permite a atempada identificação de gaps e a cobertura dinâmica dos mesmos) e ainda através de mapas de stress test (acompanhados pelo Banco de Portugal). São também analisados os indicadores de diversificação de funding por contrapartes, maturidades e praças financeiras. A estratégia de gestão deste risco é da competência da Comissão Executiva de Riscos de Mercado e Direcção Financeira do Grupo. RISCOS OPERACIONAIS Os riscos operacionais correspondem à possibilidade de haver prejuízos inesperados associados a falhas humanas, falhas nos procedimentos internos de controlo e nos sistemas de informação ou a causas externas. A definição deste tipo de risco exclui erros estratégicos ou riscos de reputação. As responsabilidades no domínio dos riscos operacionais cabem a todos os departamentos do Banco, em especial, à AACR (medição da exposição global) e à Direcção de Organização (regulamentação de processos). O Grupo BPI coloca especial ênfase na prévia identificação dos pontos críticos de dependência operacional. Em 2003, foram identificados, de forma sistemática, em todos os departamentos, os focos de potenciais problemas operacionais – um passo também estimulado pela futura introdução de regulamentação sobre este domínio (Basileia II). A identificação destes pontos críticos serve, depois, a estratégia de gestão do risco correspondente. Neste domínio, a gestão assenta primariamente na formação / qualidade dos recursos humanos e na adequada organização dos mesmos, contemplando a segregação de funções, a definição de responsabilidades, de procedimentos, e a supervisão. Esta supervisão é assegurada por duas unidades centrais (uma vocacionada para os canais de distribuição e outra para as restantes estruturas), bem como pelas acções de auditoria interna e externa e pela gestão central de alertas. RISCOS LEGAIS Os riscos legais correspondem à possibilidade de ocorrência de prejuízos inesperados associados a deficiências na análise do enquadramento jurídico aplicável num dado momento aos contratos / posições a estabelecer, ou à alteração desse enquadramento jurídico. É dado especial relevo, no domínio dos riscos legais, à análise do enquadramento jurídico e à identificação de eventuais desajustamentos regulamentares; à análise das perspectivas 104 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Em 2003, destacou-se especialmente a continuidade de uma política de abrandamento selectivo do crescimento do crédito, em consonância com um crescimento (mais lento) da base de recursos de Clientes no balanço (+0.7%) e com o reforço das componentes de funding em prazos mais alargados. Neste âmbito, foi concretizado, em 2003, um total de emissões públicas e privadas de 2 596 milhões de euros, com recurso parcial, a um programa de MTN. O total de operações de dívida de médio e longo prazo em vida atingiu assim um valor global de 5 984 milhões de euros. No final de 2003, o crédito a Clientes (bruto) representava 87% dos recursos de terceiros de natureza mais estável (recursos de médio e longo prazo captados junto de instituições de crédito, recursos de Clientes e dívida titulada e subordinada colocada no mercado). No domínio do interbancário, procurou-se uma crescente diversificação de contrapartes (mais de 280 contrapartes ocasionalmente e recentemente activas) com o objectivo de garantir linhas de financiamento contínuo mais intensas e diversificadas. Há também um plano de continuidade do negócio assente em programas de contingência para os sistemas informáticos centrais mais relevantes. Em caso de necessidade, motivada por avaria de equipamentos ou por um incidente de maiores proporções, é possível recuperar estes sistemas, no próprio local ou em local alternativo, após um período de tempo diferenciado, de acordo com o tipo de risco. Pode assim ser assegurado, mesmo em condições-limite, o funcionamento mínimo próprio de uma situação de excepção. A mesma metodologia se aplica no caso de o problema envolver os principais equipamentos de telecomunicações. Os serviços de voz e dados, nos principais edifícios do Grupo BPI, serão assegurados graças ao recurso a equipamentos alternativos, de acordo com processos formais de recuperação em caso de desastre. O Grupo BPI estabeleceu ainda procedimentos alternativos para cada uma das situações mais críticas. Está disponível uma base de dados com a indicação de todos esses procedimentos, que pode ser activada em qualquer momento. Os esquemas de disaster recovery são testados e sujeitos a revisão periódica. Finalmente, o Grupo BPI revê anualmente o leque de cobertura das suas apólices de seguro, ajustando-as à realidade do seu funcionamento e do seu enquadramento no mercado, procurando externalizar de forma apropriada, parte do risco operacional. de alteração do enquadramento jurídico e respectivas consequências; à clarificação da natureza das relações contratuais e do entendimento que delas fazem as contrapartes; à análise dos produtos, respectivo enquadramento jurídico, centralização da comunicação às entidades de supervisão e instrução dos respectivos processos junto das mesmas entidades; e à identificação / proposta de medidas capazes de reduzir o risco de litigância. Rating A estratégia, posição competitiva, solidez financeira e capacidade de geração de resultados do Grupo BPI continuaram a merecer, de entidades independentes e reputadas – a Fitch Ratings, a Moody’s e a Standard & Poor’s – uma avaliação que se consubstancia em elevadas notações de rating. As agências de rating sublinham, de uma forma geral, a bem sucedida estratégia de crescimento concretizada pelo BPI: a aquisição e adequada integração de quatro bancos – Banco Fonsecas & Burnay, Banco Borges & Irmão, Banco de Fomento e Exterior e Banco Universo, a elevada qualidade dos activos e a rendibilidade do Grupo. Numa conjuntura adversa, de forte desaceleração económica e aumento dos riscos de crédito na economia durante os últimos três anos, o Grupo BPI manteve as notações de rating que lhe tinham sido atribuídas. No final de 2002, na sequência da conclusão do processo de reestruturação do Grupo BPI, as agências de rating Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch Ratings confirmaram as notações do BPI e mantiveram o “outlook” em “estável”, sublinhando os benefícios de uma estrutura mais simples e o potencial de poupança de custos resultante da referida reorganização. Em Novembro de 2003, a Moody's aumentou o outlook de longo prazo do Banco BPI de estável para positivo, sublinhando a manutenção da rendibilidade e da qualidade dos activos. Notações de rating do BPI Último relatório Data Longo prazo Curto prazo Outlook Acção Banco BPI Moody's 21 Nov. 03 Manutenção A2 P-1 Positivo Fitch Ratings 23 Out. 03 Manutenção A+ F1 Estável Standard & Poor's 10 Fev. 04 Manutenção A- A-2 Estável Estável BPI Investimentos Fitch Ratings 23 Out. 03 Manutenção A+ F1 Standard & Poor's 10 Fev. 04 Manutenção A- A-2 Moody’s: A2 Títulos com rating A possuem muitos atributos favoráveis e devem ser considerados investimentos de nível médio / superior. (2 significa um posicionamento central na classe A). Fitch Ratings: A+ Crédito de elevada qualidade. Os ratings denotam uma baixa expectativa de risco de crédito. (+ significa um posicionamento superior na classe A). Standard & Poor’s: A– Uma entidade com rating A possui uma forte capacidade para cumprir as suas obrigações financeiras. (– significa um posicionamento na parte inferior da classe A). Estável Quadro 75 Relatório | Rating 105 RELATÓRIOS DE RATING Moody’s, 21 November 2003 “London, 21 November 2003 – Moody's Investors Service changed to positive from stable the outlook on Banco BPI,S.A.'s A2 long-term ratings and the C+ financial strength rating. According to Moody's the outlook change reflects the bank's continuing solid profitability, as well as its good asset quality, despite the more difficult recent times for the Portuguese economy. It also takes into account the bank's success in maintaining its position within the increasingly competitive Portuguese market.” 106 Moody’s, 21 de Novembro de 2003 “Londres, 21 de Novembro de 2003 – A Moody's Investors Service alterou de "estável" para "positivo" o seu outlook sobre os ratings A2 de longo prazo e C+ de solidez financeira do Banco BPI. De acordo com a Moody's a alteração do outlook reflecte a capacidade demonstrada pelo Banco BPI em apresentar rácios de rendibilidade sólidos, assim como bons indicadores na qualidade dos activos, não obstante as dificuldades que a economia portuguesa tem enfrentado recentemente. Tem ainda em consideração o sucesso do Banco BPI na defesa da sua posição no mercado apesar do crescente aumento da concorrência.” Fitch Ratings, 23 October 2003 “Banco BPI's ratings reflect management's track record in delivering consistently good results, its sound asset quality, conservative risk profile and strong franchise in certain business areas. Since the launch of the BPI brand in mid-1998, management has developed a multi-channel approach and focused on business expansion, particularly in domestic retail banking.” Fitch Ratings, 23 de Outubro de 2003 “As notações de rating do Banco BPI reflectem a experiência da equipa de gestão em gerar bons resultados, a qualidade dos activos do Grupo, o perfil de risco conservador e a posição forte do Grupo no mercado, em algumas áreas de actividade. Desde o lançamento da marca BPI, em meados de 1998, o BPI desenvolveu uma abordagem multi-canal e concentrou-se na expansão da actividade, em especial na área de banca de retalho, no mercado doméstico.” “The group’s ROE and ROA have held up well, despite the decline in net interest margin and its improved equity base, while relatively stable costs have had a positive effect on the group’s cost / income ratio, though this still remains higher than its peers’.” “O ROE e ROA do Grupo mantiveram-se em bom nível, apesar do declínio registado na margem financeira e do aumento da base de capital, enquanto a manutenção dos custos teve um efeito positivo no rácio cost-to-income do Grupo que, mesmo assim, permanece superior relativamente aos grupos bancários concorrentes.” “Portugal’s leading banks display sound asset quality ratios and BPIG continues to demonstrate the best ratios among its peer group.” “Os principais grupos bancários em Portugal apresentam bons indicadores de qualidade dos activos e o Grupo BPI continua a evidenciar os melhores rácios de entre eles.” Standard & Poor’s, 10 February 2004 The ratings on Banco BPI S.A. (BPI) are supported by the bank's good positioning in Portugal, skilled management, good asset-quality track record, and adequate profitability. Standard & Poor’s, 10 de Fevereiro de 2004 “As notações de rating do Banco BPI, S.A. (BPI) são suportadas pela firme posição do Grupo no mercado em Portugal, pela capacidade da equipa de gestão, por um historial de boa qualidade dos activos e por uma adequada rendibilidade. The stable outlook assumes that the economic environment will continue to challenge BPI's performance in the short term – primarily asset quality and profitability-until the economy returns to a sound pace of growth. Nevertheless, Standard & Poor's expects any deterioration to be manageable. The outlook also assumes that management will maintain its policy of tightening costs to provide the bank with the necessary flexibility to operate in a still adverse environment. Solvency is expected to remain close to current levels, with shareholders contributing additional resources if needed, as in the past. O outlook "estável" assume que o ambiente económico desfavorável continue a pressionar o desempenho do BPI no curto prazo – principalmente a qualidade dos activos e rendibilidade –, até que a economia retome níveis de crescimento mais favoráveis. De qualquer modo, a Standard & Poor's espera que qualquer deterioração que possa ocorrer seja gerível. O outlook pressupõe igualmente que a Administração mantenha a política de optimizar e conter custos de forma a proporcionar ao Banco a necessária flexibilidade para operar numa conjuntura económica adversa. Espera-se que a solvabilidade se mantenha a níveis próximos dos actuais, e que, caso seja necessário, os accionistas proporcionarão recursos adicionais, tal como já se verificou no passado.” Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Acções BPI Rendibilidade do accionista As acções do Banco BPI registaram em 2003 uma valorização de 33.9%, superando de forma expressiva o desempenho obtido pelo mercado. Na verdade, em igual período, o mercado accionista registou uma subida de 15.8% em Portugal1 e 13.7% na Europa2, tendo o sector bancário Europeu valorizado 21.6%3. A rendibilidade (ROI) do investimento em acções BPI – que toma em consideração a apreciação do título em bolsa e pressupõe o reinvestimento dos dividendos em novas acções BPI – ascendeu, em 2003, a 38.5%. Evolução das acções Banco BPI e dos índices de referência1 ∆% € 30 Banco BPI DJ Europe STOXX Banks 3.05 2.83 20 2.62 10 2.40 0 2.18 PSI-20 -10 1.96 -20 Cotação das acções do Banco BPI 40 1.74 flow5 situava-se em 7.6 no final do ano e o price book value6 cifrava-se em 1.8. Inclusão no índice Euronext 100 No dia 1 de Julho de 2003, a acção Banco BPI passou a integrar o índice Euronext 100, deixando, por esse facto, de fazer parte do índice Next 150. O índice Euronext 100 é o principal índice da bolsa pan-Europeia Euronext, sendo composto pelas 100 maiores empresas que se encontram cotadas em Paris, Amesterdão, Bruxelas e Lisboa. A sua capitalização bolsista ascendia no final de 2003 a 1.3 mil biliões de euros. A ascenção da acção Banco BPI ao índice Euronext 100 está directamente relacionada com o desempenho muito favorável – tanto em termos absolutos como relativos – do título em 2003. Capital social O capital social do Banco BPI é composto por 760 000 000 de acções ordinárias nominativas e escriturais, com o valor nominal de um euro cada. Todas as acções têm direito ao dividendo integral relativo ao ano de 2003 e seguintes. As acções encontram-se admitidas, na sua totalidade, à negociação no mercado da Euronext. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 1) Evolução face a 31 de Dezembro de 2002. Gráfico 83 Resultados por acção O lucro líquido por acção do BPI ascendeu em 2003 a 0.216 euros (0.192 euros em 2002). O valor contabilístico de cada acção situava-se, no final de Dezembro de 2003, em 1.61 euros. Dividendos O dividendo proposto à Assembleia Geral de Accionistas relativamente ao exercício de 2003 é de 0.09 euros (9 cêntimos de euro) a atribuir a cada uma das 760 000 000 acções representativas do capital social existente em 31 de Dezembro de 2003. O montante total a distribuir ascende a 68.4 milhões de euros. Liquidez Os indicadores de liquidez mantiveram-se, em 2003, em níveis sensívelmente idênticos aos registados no ano anterior. Em 2003, as acções BPI originaram um volume de negócios de 602 milhões de euros, tendo o volume transaccionado médio diário sido de 2.4 milhões de euros. Capitalização bolsista O valor de mercado do Grupo BPI, aferido pela sua capitalização bolsista em 31 de Dezembro de 2003, ascendia a 2 219 milhões de euros, o que traduz um aumento de 34% face a 2002. O BPI era, no final de 2003, a nona maior instituição com acções cotadas na Euronext – Lisboa, tendo um peso de 4.5% na capitalização global do mercado. Valorização pelo mercado O PER (price earnings ratio4) evoluiu, ao longo de 2003, num intervalo compreendido entre um mínimo de 9.1 e um máximo de 13.7, fixando-se em 13.5 no final de 2003. O indicador price cash 1) 2) 3) 4) 5) 6) Outras informações úteis sobre as acções Banco BPI1 Peso em índices PSI-20: 7.625%; #6 Euronext 100: 0.171% Dow Jones STOXX 600: 0.029% Dow Jones Europe STOXX Bank: 0.142% Códigos e Tickers ISIN e Euronext code: PTBPI0AM004 Reuters: BPIN.IN Bloomberg: BPIN PL 1) Valores em 31 de Dezembro de 2003. Acções próprias Em 2003, o Banco BPI adquiriu em bolsa 10 976 023 acções ao preço médio de 2.41 euros (no valor total de 26 399 179 euros), e vendeu em bolsa 1 581 809 acções ao preço médio de 2.39 euros (no valor total de 3 777 649 euros). Fora de bolsa, adquiriu 677 074 acções ao preço médio de 2.61 euros (no valor total de 1 766 422 euros) e vendeu 1 406 459 acções ao preço médio de 2.31 euros (no valor total de 3 248 427 euros). Estas transacções corresponderam a 1.9% do capital social do Banco BPI e destinaram-se exclusivamente à execução do programa de remuneração variável dos Colaboradores e Administradores (série 2001 e série 2002) através da atribuição de acções e opções de compra de acções (RVA). Por seu lado, o Banco Português de Investimento, S.A., – entidade detida a 100% pelo Banco BPI – adquiriu em bolsa 4 360 862 acções ao preço médio de 2.37 euros (no valor total de 10 354 694 euros), e vendeu em bolsa 3 854 220 acções ao preço médio de 2.35 euros (no valor total de 9 074 147 euros). Considerando a evolução do índice PSI-20. Tendo por base a evolução do índice Dow Jones STOXX 600. Tomando por referência o índice Dow Jones Europe STOXX Bank. Cotação como múltiplo do resultado líquido. Cotação como múltiplo do cash flow após impostos. Cotação como múltiplo do valor contabilístico. Relatório | Rating e Acções BPI 107 Fora de bolsa, no âmbito do programa RVA, vendeu 558 304 acções ao preço médio de 2.58 euros (no valor total de 1 443 005 euros). Estas transações corresponderam a 1.2% do capital social do Banco BPI, sendo que 24% da quantidade transaccionada destinou-se à cobertura de posições nos futuros do PSI-20. Em 31 de Dezembro de 2003, o Banco BPI detinha 10 093 492 acções próprias, ou seja, 1.3% do capital, destinadas exclusivamente à cobertura do programa de remuneração variável em acções e opções – RVA – em vigor no Grupo desde 2001. Deste montante, 3 018 864 acções destinam-se à cobertura da série 2001 do plano de opções, 6 834 817 acções destinam-se à cobertura da série 2002 do plano de opções e 239 811 acções destinam-se à cobertura das acções atribuídas relativamente a 2001 sob condição suspensiva. Por seu lado, o Banco Português de Investimento detinha, em 31 de Dezembro de 2003, 290 122 acções do Banco BPI, ou seja, 0.04% do capital, todas destinadas à cobertura de posições nos futuros do PSI-20. As restantes subsidiárias sobre as quais o Banco BPI detém o controlo efectivo de gestão, não adquiriram nem alienaram qualquer acção representativa do seu capital social e, em final de Dezembro de 2003, não detinham em carteira acções do Banco BPI. Outras informações Conforme descrito em capítulo próprio relativo à estrutura accionista do banco, o fundo de pensões dos trabalhadores do Banco BPI detinha, em 31 de Dezembro de 2003, 16 901 124 acções BPI, correspondentes a 2.2% do capital do Banco. Principais indicadores das acções Banco BPI Valores em euros e milhões de euros 1999 2000 2001 2002 2003 Cotação máxima 4.56 4.10 3.83 2.63 2.95 Cotação média 3.69 3.50 2.65 2.34 2.46 Cotação mínima 3.03 3.09 1.81 1.74 1.96 Cotação de fecho 3.86 3.18 2.15 2.18 2.92 (0.1%) (17.6%) (32.3%) 1.5% 33.9% 8.7% (13.0%) (24.7%) (25.6%) 15.8% Variação do índice Dow Jones STOXX 600 35.9% (5.2%) (17.0%) (32.5%) 13.7% Variação do índice Dow Jones Europe STOXX Bank 18.5% 9.3% (9.5%) (26.8%) 21.6% 2.5% (16.0%) (30.4%) 3.0% 38.5% 1 Cotações das acções Banco BPI em Bolsa (euros) Variação da cotação e de índices de referência1 Variação da cotação do Banco BPI Variação do índice PSI-20 Rendibilidade total do accionista Rendibilidade total do accionista Valor de mercado do Grupo BPI N.º de acções em final do ano (em milhões) 565.02 645.6 645.6 760.0 760.0 Capitalização bolsista no final do ano (M.€) 2 390.0 2 156.4 1 459.1 1 656.8 2 219.2 Valores por acção (euros)3 Cash flow após impostos 0.319 0.445 0.397 0.355 0.384 Lucro líquido 0.207 0.243 0.196 0.192 0.216 Dividendo 0.094 0.093 0.086 0.083 0.090 Valor contabilístico 1.050 1.370 1.338 1.538 1.615 603.8 626.3 679.0 728.3 760.0 N.º Médio Ponderado de Acções (em milhões) Indicadores de valorização pelo mercado Preço como múltiplo do: Cash flow após impostos 12.1 7.1 5.4 6.1 7.6 Lucro líquido 18.7 13.1 10.9 11.3 13.5 3.7 2.3 1.6 1.4 1.8 Dividend yield Valor contabilístico 2.4% 2.4% 2.7% 3.9% 4.1% Earnings yield 5.4% 6.3% 6.2% 9.0% 9.9% Liquidez Volume anual transaccionado (M.€) 1 495.0 992.9 390.8 602.0 602.1 70.2% 45.2% 21.7% 36.7% 32.3% 6.0 4.1 1.6 2.4 2.4 124.8 152.4 133.3 140.1 163.8 56.5 58.1 58.1 60.8 68.4 45.3% 38.1% 43.6% 43.4% 41.7% Dividendo por acção (euro) 0.094 0.093 0.086 0.083 0.090 Dividend yield 2.4% 2.4% 2.7% 3.9% Rotação do capital Volume transaccionado médio diário (M.€) Dividendos Lucro líquido (M.€) Resultados distribuídos (M.€) Pay-out ratio 1) Fonte: Bloomberg. 2) Em 1999, procedeu-se ao aumento de capital de 77.9 milhões de acções para 113 milhões de acções, o qual gerou um encaixe de 125.4 milhões de euros. Posteriormente, realizou-se o stock split das acções BPI SGPS mediante o desdobramento de cada acção existente (com um valor nominal de 5 euros cada), por 5 novas acções com valor nominal de 1 euro cada. 3) Ajustados por aumentos de capital, redenominação e renominalização do capital. 108 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 4.1% Quadro 76 Accionistas ESTRUTURA E PRINCIPAIS ACCIONISTAS A 31 de Dezembro de 2003 o capital do Banco BPI era detido por 19 740 accionistas, dos quais 19 222 eram particulares e estavam na posse de 10.5% do capital, enquanto 518 pertenciam às classes dos investidores institucionais e das empresas e detinham 89.5% do capital. Distribuição do capital1 do Banco BPI Em 31 de Dezembro de 2003 Estrangeiros2 Nacionais Tipo de Accionista Particulares Total N.º de Accionistas % N.º de Accionistas % N.º de Accionistas % 19 044 10.4% 178 0.1% 19 222 10.5% Fundos de pensões 59 9.5% - - 59 9.5% Fundos de investimento 22 1.5% - - 22 1.5% 240 49.9% 197 28.6% 437 78.5% 19 365 71% 375 29% 19 740 100% Outros institucionais3 Total 1) A distribuição de capital do Banco BPI apresentada baseia-se na informação recebida da Central de Valores Mobiliários, na qual figura o registo de 759 872 510 euros, ou seja, 99.99% do capital social do Banco BPI, que é de 760 000 000 euros. 2) A distribuição entre tipos de accionistas é, relativamente aos estrangeiros, apenas indicativa. O BPI não dispõe de informação que lhe permita identificar os titulares das acções em nome de bancos de custódia estrangeiros. 3) Inclui participações directas de accionistas institucionais de referência do BPI, participações de empresas e acções em nome de bancos de custódia. Posições accionistas superiores a 2% do capital do Banco BPI Quadro 77 Em 31 de Dezembro de 2003 N.º de acções detidas % do capital detida % dos direitos de voto1 (de acordo com o código VM) Grupo Itaú2, 3 122 323 944 16.1% 16.3% Grupo La Caixa2, 4 121 556 379 16.0% 16.2% Grupo Allianz5 67 210 462 8.8% 9.0% Grupo Totta6 58 050 996 7.6% 7.7% Participação qualificada do Banco BPI7 28 337 206 3.7% 3.8% Grupo BCP8 25 801 971 3.4% 3.4% Arsopi9 22 400 622 2.9% 3.0% Violas – SGPS, S.A. 21 681 062 2.9% 2.9% The Chase Manhattan Bank10 20 804 597 2.7% 2.8% Grupo Espírito Santo11 17 207 241 2.2% 2.3% Grupo Caixa Geral de Depósitos12 15 989 635 2.1% 2.1% Accionista Quadro 78 Nota: posições accionistas registadas a 31 de Dezembro de 2003 na Central de Valores Mobiliários, com base na informação recebida da Central de Valores Mobiliários. 1) Tomando em consideração que, em 31 de Dezembro de 2003, o Grupo BPI tinha registadas na Central de Valores Mobiliários 9 432 932 acções próprias correspondentes a 1.24% do capital social do Banco BPI. 2) De acordo com disposição estatutária, os direitos de voto, para efeitos do seu exercício, estão limitados a 12.5%. 3) Através da IPI – Itaúsa Portugal SGPS, S.A., detida a 100%. 4) Através da Catalunya de Valores – SGPS, Unipessoal, Lda detida a 100%. 5) Através de subsidiárias dominadas pela Reunione Adriática di Sicurtá S.p.A. (detida a 55.5% pela Allianz AG): através da RAS International, N.V.(8.64%), detida a 100% e através da Companhia de Seguros Allianz Portugal (0.20%), detida a 65% 6) Através de sociedades dominadas pelo Banco Totta & Açores (5.42%), pelos fundos de pensões dos Colaboradores do Banco Totta & Açores e do CPP, de sociedades dominadas pelo Totta (1.95%) e por fundos de investimento (0.27%). 7) Através do fundo de pensões dos Colaboradores do Banco BPI (2.22%), através de fundos de investimento geridos pela BPI Fundos (0.22%), através das carteiras de Clientes sob gestão discricionária pelo Banco Português de Investimento (0.06%) e detidas pelos órgãos de administração e fiscalização do Banco BPI e de sociedades por ele dominadas (1.23%). 8) Através do BCP e de sociedades por ele dominadas (1.05%), pelo Fundo de Pensões do Grupo BCP (1.91%) e por fundos de investimento (0.44%). 9) Acções detidas por sociedades do Grupo Arsopi e por seus Accionistas. 10) Banco de custódia. 11) Através do BES e de sociedades por ele dominadas (0.21%), pelo Fundo de Pensões do BES (1.97%), por fundos de investimento (0.08%). 12) Através de sociedades dominadas pela Caixa Geral de Depósitos (0.16%), pelo Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (1.60%) e por fundos de investimento (0.34%). Relatório | Accionistas 109 Criação de valor para os Accionistas Rendibilidade do investimento (ROI) A valorização das acções BPI tem sido consistente: o investidor que subscreveu acções aquando do aumento de capital dirigido ao público em geral, em Setembro de 1986, obteve, até ao final de 2003, uma taxa média anual de retorno do investimento de 13.4%, enquanto que se tivesse optado por um investimento alternativo em acções portuguesas – medido através do índice PSI Geral – teria obtido um retorno médio anual de 9.9%. Rendibilidade anual do Accionista do Banco BPI No quadro seguinte, apresentam-se, por linha, as diversas taxas médias anuais de rendibilidade obtidas por um accionista que, tendo investido em acções BPI, no início de um ano, desinvestisse no final do mesmo ano, ou no final de cada um dos anos seguintes: Criação de valor para os Accionistas do BPI1 Saída3 BPI Mercado1 Desde a Oferta Pública Inicial Setembro de 1986 13.4% 9.9% Desde a aquisição do Banco Fonsecas & Burnay Agosto de 1991 10.7% 8.6% Desde a aquisição do Banco Fomento e Exterior Agosto de 1996 14.2% 8.2% Últimos 2 anos Dezembro de 2001 19.9% 1) Rendibilidade calculada com base na cotação de fecho do Índice PSI Geral (“total return”) em 31 de Dezembro de 2003. (1981-2003) -3.5% Quadro 79 Retorno em percentagem; taxas médias anuais. 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 1981 56.0 70.6 50.0 43.2 31.5 25.6 22.9 27.5 16.2 12.5 14.3 26.7 27.2 24.4 19.5 12.3 11.1 13.9 19864 3,089 319.2 93.2 61.3 34.5 25.0 21.7 27.7 14.4 10.8 12.9 26.7 27.2 24.2 19.0 11.6 10.5 13.4 148.4 39.2 29.3 15.0 11.4 11.5 18.6 8.2 5.9 8.6 21.7 22.7 20.4 16.0 9.6 8.8 11.7 (16.2) (2.9) (6.5) (4.2) (0.5) 8.6 0.3 (0.7) 2.9 16.2 17.8 16.1 12.4 6.7 6.3 9.2 12.6 (1.8) (0.5) 3.0 13.2 2.6 1.1 4.8 19.4 20.8 18.5 14.1 7.8 7.2 10.2 (12.3) (5.3) 0.7 13.4 1.2 (0.1) 4.1 20.0 21.4 18.9 14.2 7.6 7.1 10.2 0.5 4.9 19.8 3.3 1.3 5.7 23.3 24.4 21.3 15.8 8.5 7.8 11.0 9.6 30.8 4.3 1.5 6.6 27.1 27.8 23.6 17.2 9.1 8.2 11.6 56.2 1.8 (0.9) 6.0 30.3 30.5 25.4 18.0 9.1 8.2 11.7 (30.9) (19.1) (4.8) 25.5 26.8 21.8 14.6 5.9 5.5 9.4 (5.6) 9.6 49.0 43.9 33.4 22.1 10.4 9.1 13.0 76.9 59.4 41.7 26.2 12.1 10.3 14.4 139.9 77.5 47.2 26.8 10.5 8.9 13.6 31.2 15.7 3.5 (7.2) (4.9) 2.2 2.5 (7.4) (16.3) (11.3) (2.1) (23.8) (15.1) (3.1) (30.4) (14.7) 1.1 3.0 19.9 Entrada2 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 22.6 1997 1998 1999 2000 (16.0) 2001 2002 2003 38.5 1) Pressupôs-se que, durante o período de investimento, o accionista reinvestiu os seus dividendos no dia imediato àquele em que os recebeu, adquirindo novas acções BPI e que participou em todos os aumentos de capital e emissões de dívida convertível reservados a accionistas, subscrevendo a quantidade máxima de títulos a que tinha direito. 2) Entrada (em início de ano). 3) Saída (em final de ano). 4) Entrada em Setembro de 1986, por subscrição de acções no aumento de capital dirigido ao público em geral. 110 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Quadro 80 Referências finais Apesar de em 2003 se ter continuado a enfrentar uma conjuntura particularmente adversa, o Grupo BPI conseguiu não só prosseguir na concretização do ambicioso plano de racionalização da organização e funcionamento que se propusera, como alcançar resultados e registar indicadores que se consideram muito positivos. Tal não teria sido possível sem o dedicado empenhamento dos Colaboradores, sem o apoio e a compreensão dos Clientes, sem a cooperação das Autoridades Monetárias e Financeiras e sem a confiança dos Accionistas. A todos se expressa, pois, o mais vivo reconhecimento. Um agradecimento especial é, porém, devido ao Eng.º João Talone que, já no corrente exercício, tomou a iniciativa de renunciar ao mandato para que fôra eleito, assim terminando – ao atingir os 80 anos – a sua carreira profissional. O Eng.º João Talone participou no projecto BPI desde a sua concepção, tendo sido promotor, fundador e membro do Conselho de Administração tanto da SPI – Sociedade Portuguesa de Investimento, como do Banco BPI que dela viria a resultar. Pela sua inestimável contribuição para a criação, afirmação e sucesso do Grupo BPI se lhe exprime, assim, o mais profundo reconhecimento. Porto, 3 de Março de 2004 O Conselho de Administração Relatório | Criação de valor para os Accionistas e Referências finais 111 Proposta de aplicação dos resultados No exercício de 2003, o Banco BPI, S.A. obteve um lucro consolidado de 163 843 047 euros e um lucro individual de 145 532 018.66 euros. O Conselho de Administração propõe que, relativamente ao exercício de 2003, seja distribuído um dividendo de 0.09 euros (9 cêntimos de euro) a cada uma das 760 000 000 acções representativas do capital social em 31 de Dezembro de 2003. O dividendo por acção proposto representa um aumento de 8% face ao dividendo distribuído relativamente ao exercício de 2002 ajustado pelo aumento de capital ocorrido nesse ano e implica uma distribuição de resultados correspondente a 42% do lucro consolidado do exercício. Nas contas individuais, o Banco BPI deverá, nos termos do n.º 1 do artigo 97 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, destinar 10% dos lucros líquidos à formação da reserva legal. Assim, no exercício da competência que lhe confere o artigo 16, n.º 2, b) dos Estatutos, o Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do lucro individual do exercício: Para reserva legal (artigo 295 do Código das Sociedades Comerciais) 14 553 201.87 euros Para dividendos 68 400 000.00 euros Para reserva livre 62 578 816.79 euros Total Porto, 3 de Março de 2004 O Conselho de Administração 112 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 145 532 018.66 euros Demonstrações financeiras consolidadas BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002 2002 2003 ACTIVO Valor líquido Valor liquído 551 606 551 606 524 106 483 377 483 377 330 065 82 942 2 401 387 3 168 181 144 669 17 638 346 16 472 592 1 755 573 2 145 047 Notas Valor bruto Amortizações e provisões Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4.1 Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 4.2 Outros créditos sobre instituições de crédito 4.3 2 484 329 Créditos sobre Clientes 4.4 17 783 015 Emissores públicos 4.5 1 755 573 Outros emissores 4.5 1 189 238 3 299 1 185 939 711 777 4.6 257 425 64 873 192 552 149 700 Partes de capital em empresas associadas 4.7 108 656 5 086 103 570 106 961 Partes de capital em empresas filiais excluídas da consolidação 4.8 80 957 Outras participações financeiras 4.9 540 634 Imobilizações incorpóreas 4.10 107 789 97 169 10 620 15 489 Imobilizações corpóreas 4.11 672 426 359 678 312 748 291 077 [322 992] [125 382] [197 610] [183 315] Obrigações e outros títulos de rendimento fixo Acções e outros títulos de rendimento variável Das quais: [Imóveis] Acções próprias 61 492 29 620 Outros activos 4.12 224 613 Contas de regularização 4.13 760 285 Total do activo 27 029 543 15 074 834 282 80 957 48 999 479 142 485 164 29 620 3 044 209 539 251 682 760 285 965 190 26 195 261 25 669 074 2 907 044 3 122 781 [2 836 525] [3 045 337] RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Garantias prestadas e outros passivos eventuais 4.28 Dos quais: [Garantias e avales] [Outros] Compromissos O Técnico Oficial de Contas 114 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 4.28 [70 519] [77 444] 3 449 706 3 146 468 (Montantes expressos em milhares de euros) PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS Notas 2002 2003 Débitos para com instituições de crédito À vista 4.14 29 048 45 748 A prazo ou com pré-aviso 4.14 6 167 223 6 581 508 4.15 871 989 868 361 À vista 4.15 5 325 681 4 922 142 A prazo 4.15 6 157 962 6 540 427 Obrigações em circulação 4.16 4 298 061 3 541 429 Outros 4.16 448 Outros passivos 4.17 154 893 198 097 Contas de regularização 4.18 698 101 703 666 Débitos para com Clientes Depósitos de poupança Outros débitos Débitos representados por títulos Provisões para riscos e encargos Provisões para pensões e encargos similares 4.19 17 159 14 541 Outras provisões 4.19 206 577 200 439 Fundo para riscos bancários gerais 4.19 1 933 5 059 Passivos subordinados 4.21 775 949 625 676 Interesses minoritários 4.22 262 947 253 106 Capital subscrito 4.23 760 000 760 000 Prémios de emissão 4.24 231 306 286 833 Reservas 4.25 72 141 (18 027) Lucro consolidado do exercício 4.36 Total do passivo e dos capitais próprios 163 843 140 069 26 195 261 25 669 074 As notas anexas fazem parte integrante destes balanços. O Conselho de Administração Demonstrações financeiras consolidadas 115 DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002 CUSTOS Notas 2003 2002 Juros e custos equiparados 4.29 1 023 054 1 127 657 Comissões 4.30 19 930 21 975 Prejuízos em operações financeiras 4.31 1 100 843 994 458 Gastos gerais administrativos Custos com o pessoal 4.32 Outros gastos administrativos Amortizações do exercício 284 577 285 661 161 254 154 990 4.10 / 4.11 47 011 50 198 Outros custos de exploração 4.33 12 954 7 886 Provisões para crédito vencido e para outros riscos 4.27 126 922 126 494 Provisões para imobilizações financeiras 4.27 6 690 4 232 Perdas extraordinárias 4.34 47 909 48 562 Impostos sobre os lucros 4.35 23 629 44 743 3 869 1 620 Interesses minoritários no lucro do exercício 4.22 9 978 9 802 Lucro consolidado do exercício 4.36 Outros impostos O Técnico Oficial de Contas 116 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 163 843 140 069 3 032 463 3 018 347 (Montantes expressos em milhares de euros) PROVEITOS Notas 2003 2002 Juros e proveitos equiparados 4.29 1 490 829 1 604 857 Rendimento de títulos 4.29 6 751 10 393 Comissões 4.30 224 623 207 064 Lucros em operações financeiras 4.31 1 137 020 1 014 006 Reposições e anulações de provisões 4.27 Resultados em empresas associadas e em filiais excluídas da consolidação 52 315 62 617 15 549 7 885 Outros proveitos de exploração 4.33 76 337 68 287 Ganhos extraordinários 4.34 29 039 43 238 3 032 463 3 018 347 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Conselho de Administração Demonstrações financeiras consolidadas 117 DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR FUNÇÕES PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002 (Montantes expressos em milhares de euros) 2003 Margem financeira Provisões para risco de crédito Recuperações de crédito 2002 467 776 477 200 (61 700) (35 857) 20 619 14 678 Margem financeira líquida 426 695 456 021 Comissões líquidas 204 693 185 089 Outros resultados de exploração líquidos Margem de serviços Rendimento de títulos 45 841 48 507 250 534 233 596 6 751 10 393 Resultados consolidados pelo método da equivalência patrimonial 15 549 7 885 Resultados em operações financeiras 36 177 19 548 9 607 (17 225) Provisões para depreciação de títulos Margem da função investimento Outros custos Resultados antes de custos de transformação 68 084 20 601 (6 946) (4 404) 738 367 705 814 Custos com o pessoal (284 577) (285 661) Outros gastos administrativos (161 254) (154 990) Amortizações do exercício Custos de transformação (47 011) (50 198) (492 842) (490 849) Resultado operacional 245 525 214 965 Outras provisões (29 204) (15 027) Resultados na alienação de participações Outros resultados extraordinários Resultados antes de impostos e interesses minoritários Impostos Interesses minoritários Lucro consolidado do exercício 13 111 20 256 (31 982) (25 580) 197 450 194 614 (23 629) (44 743) (9 978) (9 802) 163 843 140 069 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Técnico Oficial de Contas 118 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 O Conselho de Administração DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E DE 2002 (Montantes expressos em milhares de euros) 2003 2002 Actividades operacionais Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos Juros, comissões e outros custos equiparados pagos Pagamentos a empregados e fornecedores Recuperações de crédito e juros vencidos Resultados extraordinários operacionais Fluxo líquido proveniente dos proveitos e custos 2 437 503 2 175 430 (1 600 178) (1 393 113) (514 655) (7 268) 20 619 14 678 (31 554) (461 197) 311 735 328 530 Diminuições (aumentos) em: Outros créditos sobre instituições de crédito 740 368 345 114 (1 077 837) (1 155 626) Obrigações e outros títulos de rendimento fixo (74 570) (101 014) Acções e outros títulos de rendimento variável (61 732) (9 728) Outros activos e contas de regularização (19 166) 23 285 (492 937) (897 969) (555 389) (67 759) Créditos sobre clientes Fluxo líquido proveniente dos activos operacionais Aumentos (diminuições) em: Débitos para com instituições de crédito – a prazo ou com pré-aviso Débitos para com clientes 53 073 277 814 Outros passivos e contas de regularização 65 107 (33 678) Fluxo líquido proveniente dos passivos operacionais Contribuições para Fundos de Pensões Pagamento de impostos sobre lucros (437 209) 176 377 (21 180) (140 574) (15 675) (78 462) (655 266) (612 098) Actividades de investimento Aquisição / constituição de partes de capital Aquapor – Serviços, S.A. BPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. CrédiUniverso – Serviços de Marketing, S.A. (1 740) (32 012) (8 400) Solo – Investimentos em Comunicação, S.G.P.S., S.A. (7 223) Venda de partes de capital Luságua – Gestão de Águas, S.A. Banc Post, S.A. Aquisições de participações e outras imobilizações financeiras Vendas de participações e outras imobilizações financeiras Aquisições de imobilizado incorpóreo e corpóreo 23 000 (41 334) (31 964) 66 814 239 312 (78 638) (44 151) Vendas de imobilizado corpóreo: Imóveis de serviços próprio Outros Dividendos recebidos e outros proveitos 1 913 4 243 689 11 896 10 258 (54 431) 167 094 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. Demonstrações financeiras consolidadas 119 (Montantes expressos em milhares de euros) 2003 2002 Actividades de financiamento Emissões de dívida titulada e subordinada Amortizações de dívida títulada Aquisições e vendas de dívida titulada e subordinada própria Amortização de acções preferenciais 2 182 098 927 650 (1 251 820) (569 358) 139 016 75 775 (204 587) Emissão de acções preferenciais 250 000 Aumento de capital Valor nominal 114 375 Prémios de emissão 85 781 Juros de dívida titulada e subordinada (127 716) Distribuição de dividendos de acções preferenciais Distribuição de dividendos (129 630) (8 248) (9 568) (60 371) (57 875) 918 372 437 150 Aumento (diminuição) de caixa e seus equivalentes 208 675 (7 854) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 808 423 816 837 Alterações no perímetro de consolidação Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (11 163) (560) 1 005 935 808 423 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações. O Técnico Oficial de Contas Alberto Pitôrra O Conselho de Administração Presidente Vice-Presidentes Vogais 120 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Artur Santos Silva Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich Ruy Octávio Matos de Carvalho Alfredo Costa Rezende de Almeida António Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho Fernando Ramirez Isidro Fainé Casas João Sanguinetti Talone José Pena do Amaral Klaus Dührkop Manuel Soares de Oliveira Violas Manuel Ferreira da Silva Maria Celeste Hagatong Diethart Breipohl Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell Notas às demonstrações financeiras consolidadas Notas às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2003 e de 2002 (Montantes expressos em milhares de euros – m. euros – excepto quando expressamente indicada outra unidade) 1. GRUPO FINANCEIRO O Banco BPI, S.A. (Banco BPI) é uma sociedade que resultou da transformação do BPI SGPS, S.A., (BPI SGPS) por alteração da sua denominação e objecto social – que passou a ser o exercício da actividade bancária – com incorporação do património e operações do Banco BPI, S.A., entretanto extinto. Esta transformação produz efeitos desde 20 de Dezembro de 2002, data em que ocorreu a inscrição no registo comercial das operações que integraram uma reestruturação societária do Grupo BPI e que, além daquela transformação, envolveu: a fusão por incorporação no BPI SGPS da BPI Ventures, SGPS, S.A., reportada a 1 de Janeiro de 2002, e da Dixit Investimentos Estratégicos, SGPS, S.A.; a cisão-fusão do Banco Português de Investimento, S.A. (BPI Investimentos) com destaque de parte do respectivo património para incorporação no BPI SGPS; a fusão por incorporação no Banco BPI da BPI Leasing – Sociedade Portuguesa de Locação Financeira, S.A., da BPI Factor – Sociedade Portuguesa de Factoring, S.A. e da Estratégia, SGPS, S.A. O Grupo BPI iniciou a sua actividade em 1981 através da constituição da SPI – Sociedade Portuguesa de Investimentos, S.A.R.L. Por escritura pública de Dezembro de 1984, esta sociedade foi transformada no BPI – Banco Português de Investimento, S.A. que se constituiu no primeiro banco de investimento privado criado em Portugal após a reabertura do exercício da actividade bancária à iniciativa privada ocorrida em 1984. Em 30 de Novembro de 1995, o BPI – Banco Português de Investimento, S.A. deu origem ao BPI – SGPS, S.A. que exercia, em exclusivo, as funções de holding do Grupo BPI; nesta data, foi constituído o BPI Investimentos para exercer a actividade de banca de investimento do Grupo BPI. O Banco BPI é a entidade principal de um Grupo Financeiro, centrado na actividade bancária, multiespecializado, que oferece um extenso conjunto de serviços e produtos financeiros para empresas, investidores institucionais e particulares. O Banco BPI está cotado em Bolsa desde 1986. Em 31 de Dezembro de 2003, a actividade bancária do Grupo é desenvolvida, principalmente, através do Banco BPI na área da banca comercial e do BPI Investimentos na área da banca de investimento. O Banco BPI detém a totalidade do capital social do BPI Investimentos. O Banco BPI detém, directa e indirectamente, participações financeiras em empresas filiais e associadas. São consideradas empresas filiais aquelas em que a percentagem de participação excede 50% do seu capital. Empresas associadas são aquelas em que a percentagem de participação se situa entre 20% e 50% do seu capital ou em que o Banco BPI, directa ou indirectamente, exerce uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira (nota 4.7). 122 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Em 2002, foi concluído o processo de constituição e autorização para o exercício da actividade bancária do BPI Cayman, Ltd. O capital social deste banco é de 150 000 m. euros e é integralmente detido pelo Grupo BPI. Em 2002, o Grupo BPI constituiu a BPI (Suisse), S.A. com o capital social inicial de 1 500 000 francos suiços detido em 99.87% pelo Grupo BPI. Durante o exercício de 2003, o Grupo BPI subscreveu integralmente o aumento do capital social desta empresa para 3 000 000 francos suiços. Em 2003, o Banco BPI adquiriu os restantes 50% do capital social da CrédiUniverso – Serviços de Marketing, S.A. Posteriormente, absorveu, por fusão, a CrédiUniverso. Para efeitos contabilísticos, a fusão produziu efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2003. Em 2003, o Grupo BPI vendeu a participação que detinha no Banc Post, S.A. correspondente a 17% do capital social daquele Banco. Em 2003, na sequência da fusão por incorporação do Banco de Fomento Moçambique, S.A.R.L. no Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L., o Grupo BPI passou a deter 30% do Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L., pelo que, em consequência, esta sociedade passou a ser consolidada pelo método da equivalência patrimonial. A fusão produziu efeitos a partir de 1 de Dezembro de 2003. Em 31 de Dezembro de 2003, as sociedades que integram o Grupo BPI são: Sede Capitais próprios Activo Lucro Participação Participação Método de (prejuízo) directa efectiva consolidação do exercício Bancos Banco BPI, S.A. Portugal 1 180 412 26 573 385 Banco Português de Investimento, S.A. Portugal 36 968 2 470 956 5 280 100.0% Moçambique 27 822 274 104 4 048 29.4% Angola 56 427 646 420 16 693 100.0% Ilhas Cayman 155 399 461 565 5 399 BPI Rent – Comércio e Aluguer de Bens, Lda. Portugal (12 016) 186 271 (7 795) 100.0% Eurolocação – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A. Portugal 462 479 (2) 100.0% 100.0% Integr. Global BPI Locação de Equipamentos, Lda. Portugal (6 491) 31 320 (1 228) 100.0% 100.0% Integr. global Moçambique 59 59 6 12.5% 92.7% Integr. global Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. Banco de Fomento, S.A.R.L.1 Banco BPI Cayman, Ltd. 145 532 100.0% Integr. global 30.0% Eq. patrimonial 100.0% Integr. global 100.0% Integr. global Crédito especializado 100.0% Integr. global Gestão de activos e corretagem BPI Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L. BPI Fundos – Gestão de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. Portugal 17 027 21 318 11 664 100.0% 100.0% Integr. global Luxemburgo 441 514 276 100.0% 100.0% Integr. global BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Portugal 4 778 5 323 2 003 100.0% 100.0% Eq. patrimonial Sofinac – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. Portugal 1 186 1 364 267 100.0% Suiça 688 1 425 (851) BPI – Global Investment Fund Management Company, S.A. BPI (Suisse), S.A. 100.0% Integr. global 99.90% Integr. global Capital de risco / desenvolvimento F. Turismo – Capital de Risco, S.A. Portugal 5 326 5 475 149 25.0% 25.0% Eq. patrimonial Inter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A. Portugal 18 875 25 657 (1 930) 83.7% 83.7% Integr. global Solo – Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. Portugal (27) 123 292 (43) 100.0% 100.0% Integr. global BPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. Portugal 75 332 1 569 153 4 022 100.0% 100.0% Eq. patrimonial Cosec – Companhia de Seguros de Crédito, S.A. Portugal 25 243 120 479 1 261 50.0% 50.0% Eq. patrimonial Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Portugal 118 831 878 447 13 076 35.0% 35.0% Eq. patrimonial Ilhas Cayman 259 543 261 237 9 530 100.0% 100.0% Integr. global E.U.A. 437 442 (188) 100.0% 100.0% Eq. patrimonial BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Portugal 154 222 154 224 4 224 100.0% 100.0% Integr. global Douro – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Portugal 4 069 4 128 271 100.0% 100.0% Integr. global Finangeste – Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. Portugal 37 381 159 710 1 173 32.8% 32.8% Eq. patrimonial Promática – Sociedade de Informação e de Organização de Empresas, S.A. 755 (408) 100.0% 100.0% Eq. patrimonial Seguros Outras BPI Capital Finance Ltd.2 BPI, Inc.3 Portugal 589 Simofer – Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. Portugal (5 092) 3 100 (15) 100.0% 100.0% Eq. patrimonial Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Portugal 84 662 63 377 23 663 26.0% 26.0% Eq. patrimonial Nota: Os valores reportam-se a 31 de Dezembro de 2003 (saldos contabilísticos, antes de ajustamentos de consolidação) excepto se outra data for explicitada. 1) O Banco BPI detém 1 305 253 acções, sendo o capital social constituído por 1 305 561 acções detidas, na totalidade, pelo Grupo BPI. 2) O capital social está representado por 5 000 acções ordinárias com o valor nominal de 1 dólar americano cada e por 10 000 000 de acções preferenciais, sem direito de voto, com o valor nominal de 25 dólares americanos cada. Considerando as acções preferenciais, a participação efectiva do Grupo BPI nesta empresa é de 0.002%. 3) Valores relativos a 30 de Setembro de 2003 resultantes da conversão de dólares americanos ao câmbio de 31 de Dezembro de 2003. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 123 2. COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO, BASES DE APRESENTAÇÃO, PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO Em 31 de Dezembro de 2002, as demonstrações financeiras da BPI Rent – Comércio e Aluguer de Bens, Lda., da Eurolocação – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A., da BPI Locação de Equipamentos, S.A. e da Douro – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. foram consolidadas pelo método da equivalência patrimonial. Em 31 de Dezembro de 2003, por orientação do Banco de Portugal, as demonstrações financeiras destas empresas passaram a ser consolidadas pelo método de integração global. BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Banco BPI e das suas filiais e associadas e foram processadas de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário, estabelecido pelo Banco de Portugal na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo n.º 1 do artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298 / 92, de 31 de Dezembro (com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 246 / / 95, de 14 de Setembro, pelo Decreto-Lei n.º 232 / 94, de 5 de Dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 222 / 99, de 22 de Junho, pelo Decreto-Lei n.º 250 / / 00, de 13 de Outubro, pelo Decreto Lei n.º 285 / 2001, de 30 de Novembro, e pelo Decreto-Lei n.º 201 / 2002, de 26 de Setembro), bem como com o regime estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 36 / 92, de 28 de Março. Adicionalmente, foram efectuados ajustamentos de consolidação. PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO As demonstrações financeiras das empresas filiais são consolidadas pelo método de integração global, excepto se a sua integração não permitir que as demonstrações financeiras consolidadas dêem uma imagem fiel do património, da situação financeira e dos resultados do conjunto das empresas compreendidas na consolidação (n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 36 / 92, de 28 de Março). As transacções e os saldos significativos entre as empresas cujas demonstrações financeiras são objecto de consolidação são eliminados no processo de consolidação e o valor do capital, das reservas e dos resultados correspondente à participação de terceiros nestas empresas é apresentado na rubrica INTERESSES MINORITÁRIOS. As demonstrações financeiras das empresas filiais excluídas da integração global nos termos da excepção ao princípio anteriormente referido bem como as das empresas associadas são reconhecidas pelo método de equivalência patrimonial, correspondendo o valor da participação a uma percentagem do capital, das reservas e dos resultados equivalente à percentagem da participação, directa ou indirecta, do Banco BPI nessas empresas. As demonstrações financeiras das empresas filiais ou associadas inactivas, em liquidação, em que as correspondentes participações tenham a natureza de aplicações de capital de desenvolvimento ou quando haja a intenção de alienar tais participações são excluídas da consolidação e de reavaliação por equivalência patrimonial. A inclusão das demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira é precedida da sua conversão para euros com base no câmbio de divisas, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal, sendo o efeito cambial originado na conversão reconhecido como resultado do período. Os valores de goodwill e badwill, decorrentes da diferença entre o custo de aquisição e o valor patrimonial equivalente das empresas filiais e associadas na data da primeira consolidação, são totalmente amortizados no ano de aquisição ou da primeira consolidação por contrapartida de reservas. O lucro consolidado resulta da agregação dos resultados líquidos do Banco BPI e das empresas do Grupo, estes na proporção da participação efectiva e do período de detenção respectivos após se efectuarem os ajustamentos de consolidação, designadamente a eliminação de proveitos e custos gerados em transacções realizadas entre as empresas incluídas no perímetro de consolidação. 124 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 As participações de capital que não são objecto de consolidação pelo método de integração global ou de reavaliação pelo método de equivalência patrimonial registam-se de acordo com o critério definido na nota 2.4. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2003 e 2002. 2.1. Especialização de exercícios Os juros das operações activas e das operações passivas são reconhecidos de acordo com o princípio contabilístico da especialização de exercícios, isto é, são registados à medida que são gerados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Porém, os juros vencidos e não cobrados são contabilizados como juros vencidos a regularizar na data em que a cobrança se deveria ter efectivado, ficando a aguardar, pelo período máximo de 30 dias, a respectiva regularização. Decorrido este prazo, é suspensa a contabilização dos juros em contas de proveitos relativamente ao capital registado em crédito vencido e são anulados os juros contados a partir da última prestação de juros paga, com excepção das operações de crédito com garantia hipotecária cujos juros permanecem registados até à data em que passam a ser consideradas em situação de contencioso. Estas operações passam a situação de contencioso no momento da entrega de requerimento executivo em tribunal, normalmente 150 dias após a data do 1.º incumprimento. As despesas com campanhas de publicidade relacionadas com o lançamento de produtos de médio e longo prazo e da marca do Banco BPI são registadas como despesas com custo diferido quando efectuadas e contabilizadas como custos com fornecimentos de terceiros nos trinta e seis meses seguintes. Os dividendos são reconhecidos quando são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. Os outros proveitos e os outros custos são também reconhecidos de acordo com o referido princípio contabilístico da especialização de exercícios, excepto no caso das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência que são registados segundo o descrito na política contabilística 2.12. 2.2. Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas são contabilisticamente relevadas pelo custo de aquisição ou pelo valor de reavaliação, calculado nos termos da legislação aplicável, sendo a contrapartida do saldo resultante dos movimentos contabilísticos inerentes aos processos de reavaliação registada numa rubrica dos capitais próprios denominada RESERVAS DE REAVALIAÇÃO. As imobilizações corpóreas são amortizadas pelo método das quotas anuais constantes, por duodécimos, às taxas máximas aceites fiscalmente como custo, as quais têm subjacente o número de anos de vida útil esperada para os diferentes tipos de imobilizado como a seguir se indica: Anos de vida útil Imóveis 20 a 50 Obras em edifícios próprios 10 a 50 Imobilizações não passíveis de recuperação efectuadas em edifícios arrendados 3 a 10 Equipamento 3 a 12 Outras imobilizações corpóreas 3 a 10 Nos termos da lei, uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resulta das reavaliações registadas não é considerada como custo para efeitos fiscais. Os correspondentes impostos diferidos passivos não são registados. Os imóveis recebidos em dação em cumprimento de crédito vencido são registados na rubrica OUTROS ACTIVOS pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do imóvel, à data da dação em cumprimento do crédito. Estes imóveis são mantidos no activo até serem vendidos e são objecto de avaliações periódicas que dão lugar à constituição de provisões sempre que o valor decorrente dessas avaliações seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. falência, ter sido objecto de alguma providência de recuperação de empresas ou ter cessado actividade. 2.5. Obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável As compras e vendas de títulos são registadas na data da transacção, salvo se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime legal ou regulamentar aplicável que os direitos e obrigações inerentes aos valores transaccionados se transferem em data diferente, casos em que será esta última a data relevante. As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade do Banco, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento, pelo período máximo de 10 anos. Os títulos transaccionáveis são objecto de esquemas de contabilização diferenciados em função das suas características e da prévia explicitação sobre a intenção da aquisição. 2.3. Imobilizações incorpóreas O Grupo BPI tem por política registar nesta rubrica as despesas notariais, de registo e outras relacionadas com aumentos de capital, bem como as despesas com estudos e projectos (nomeadamente estudos de consultoria e software) elaborados por terceiros cujo impacto se repercuta para além do exercício em que são realizados. i) Títulos de negociação São considerados títulos de negociação aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda até um prazo que não pode exceder seis meses, visando a obtenção de uma mais-valia e em que a natureza e o volume dos títulos a transaccionar não oferecem quaisquer dúvidas quanto à sua negociabilidade tendo em conta as condições concretas de mercado. As imobilizações incorpóreas são amortizadas pelo método das quotas anuais constantes, por duodécimos, às taxas máximas aceites fiscalmente como custo, as quais, em geral, têm subjacente um período de amortização de três anos. As obrigações e outros títulos de rendimento fixo são escriturados pelo valor de aquisição e reavaliados diariamente com base no valor de mercado, acrescido do montante dos juros corridos e não cobrados. Na ausência de valor de mercado, tais títulos são valorizados ao custo de aquisição acrescido dos juros corridos desde a data do último vencimento de juros. As diferenças negativas ou positivas que resultam da aplicação dos critérios anteriores são registadas como custos ou proveitos (notas 2.8 e 4.5). 2.4. Participações financeiras As participações em empresas cujas demonstrações financeiras não são consolidadas nem reconhecidas pelo método da equivalência patrimonial encontram-se registadas ao custo de aquisição. A constituição de provisões para menos valias potenciais em participações financeiras é efectuada nos termos dos Avisos do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 e 3 / 95, de 25 de Junho e 30 de Junho, respectivamente. Nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002, de 25 de Junho, quando o montante da menos valia potencial numa participação – determinada com base na média das cotações diárias dos últimos seis meses, no caso dos títulos cotados, ou, determinada pelo produto da parte correspondente à situação líquida da sociedade participada pelo factor 1.5, no caso dos títulos não cotados – exceder 15% do valor de inscrição no balanço, há lugar à constituição de uma provisão correspondente a, pelo menos, 40% daquele excesso. O referido aviso estabeleceu um regime transitório aplicável ao conjunto das participações financeiras que estavam em carteira em 31 de Dezembro de 2001. No âmbito deste regime especial, a constituição de provisões e a dedução aos fundos próprios em função das menos valias potenciais apuradas naquele conjunto de participações financeiras é efectuada de forma gradual até 2006, se se tratar de participações financeiras em empresas não sujeitas à supervisão do Banco de Portugal ou do Instituto de Seguros de Portugal, e até 2011, se se tratar de participações financeiras sujeitas à supervisão daquelas entidades. As provisões constituídas em 2002 e 2003 poderão ser registadas contra reservas. No âmbito deste regime, o Grupo BPI registou até 31 de Dezembro de 2003 a totalidade das provisões a constituir, nos termos do aviso, até ao final do período transitório. Adicionalmente, o Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95, de 30 de Junho, determina a constituição de provisões para menos valias potenciais em participações financeiras se, relativamente à sociedade participada, se verificar alguma das circunstâncias seguintes: ter apresentado resultados negativos em três exercícios, seguidos ou interpolados, nos últimos cinco anos; encontrar-se em situação de insolvência, ter sido declarado o estado de As acções são registadas ao valor de mercado ou, na sua ausência, ao menor dos valores de aquisição ou presumível de mercado. As diferenças de valorização relativas a acções que integram a composição dos índices BVL30 e PSI20 (Euronext) e a acções que apresentem liquidez adequada são registadas como custos ou proveitos. As diferenças de valorização relativas a outras acções são registadas em contas de regularização do activo ou do passivo, consoante se trate de perdas ou de ganhos potenciais, dando as perdas lugar à constituição de uma provisão (notas 2.8 e 4.6). As acções próprias são registadas em termos idênticos aos anteriormente referidos, excepto as acções que se encontram afectas ao programa RVA – Remuneração Variável em Acções (nota 2.18). ii) Títulos de investimento Os títulos de investimento são aqueles que são adquiridos com a finalidade de os conservar por prazo superior a seis meses. Os títulos emitidos a valor descontado são registados pelo valor de reembolso (valor nominal). A diferença entre o valor nominal e o valor de aquisição é considerada como receita com proveito diferido. Mensalmente os juros corridos são registados nas respectivas contas de proveitos de acordo com a taxa de juro implícita em regime de juro composto. As obrigações e outros títulos de rendimento fixo emitidos com base no valor nominal são registados ao custo de aquisição. Os juros corridos são contabilizados como proveitos a receber. A diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso dos títulos – que constitui o prémio ou desconto verificado por ocasião da compra – é repercutida nos resultados de modo escalonado ao longo do período que decorrerá até à amortização. A diferença entre o custo de aquisição (corrigido das parcelas do prémio ou do desconto reconhecidas nos resultados) e o valor de mercado das obrigações e outros títulos de rendimento fixo, se for positiva, dá origem à constituição de uma provisão (notas 2.8 e 4.5). O valor dos títulos com capitalização dos juros incorpora a periodificação desses juros. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 125 As acções e outros títulos de rendimento variável são registados ao custo de aquisição. Sempre que o valor de mercado (ou presumível de mercado, no caso de títulos não cotados) for inferior ao custo de aquisição, tem lugar a constituição de uma provisão (notas 2.8 e 4.6). As acções próprias são registadas em termos idênticos aos anteriormente referidos. iii) Vendas de títulos a descoberto As vendas de títulos de que resultam posições curtas (vendas a descoberto) são registadas a crédito da conta VENDAS A DESCOBERTO, sendo o saldo desta conta incluído na rubrica DÉBITOS PARA COM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO ou DÉBITOS PARA COM CLIENTES, de acordo com a contraparte respectiva na operação. As aquisições de títulos para cobertura de posições curtas abertas pelas vendas a descoberto são registadas por débito da conta VENDAS A DESCOBERTO. O saldo da conta VENDAS A DESCOBERTO é ajustado diariamente em função do valor de mercado dos títulos vendidos, sendo as diferenças de valorização registadas como custos ou proveitos ou em contas de regularização consoante as regras de valorimetria que seriam aplicáveis a esses títulos se pertencessem à carteira de negociação própria. 2.6. Operações em moeda estrangeira As operações em moeda estrangeira são registadas segundo o sistema multi-currency, isto é, nas respectivas moedas de denominação. Os procedimentos contabilísticos diferem em função do efeito que as operações têm sobre a posição cambial. Enquanto as operações que impliquem variação do saldo líquido de uma moeda estrangeira (por exemplo, compras, vendas, integração de resultados na moeda de conversão) têm por contrapartida a posição cambial, a constituição ou a aceitação de depósitos e a concessão ou a obtenção de crédito não têm qualquer efeito na posição cambial. Operações de permuta de divisas (swaps) As operações de permuta de divisas (swaps) e outras operações de fixação de câmbio não são consideradas na reavaliação das posições à vista e a prazo. Os prémios ou descontos destas operações são amortizados linearmente durante o seu período de vida, sendo reconhecido o respectivo custo ou proveito. ii) Conversão em euros de saldos em moeda estrangeira A conversão para euros dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira é efectuada com base no câmbio oficial de divisas, divulgado a título indicativo pelo Banco de Portugal. iii) Conversão em euros de resultados em moeda estrangeira Os proveitos e custos apurados nas diferentes moedas são convertidos para euros ao câmbio do dia em que são reconhecidos. 2.7. Provisões para risco específico de crédito As provisões para risco específico de crédito são constituídas para crédito, títulos e juros vencidos e para outros créditos de cobrança duvidosa, nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 8 / 03, de 30 de Janeiro). As provisões para crédito, títulos e juros vencidos destinam-se a fazer face aos riscos de não cobrança de créditos com prestações de capital ou juros vencidos não regularizados (notas 4.3, 4.4, 4.5 e 4.27), dependendo de eventuais garantias existentes e sendo o seu montante crescente em função do tempo decorrido desde a entrada em incumprimento. As provisões para outros créditos de cobrança duvidosa destinam-se a fazer face aos riscos de não cobrança das prestações vincendas relativas a créditos daquela natureza não vencidos (notas 4.4, 4.12 e 4.27). São considerados nesta situação: a) as prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: i) Posição cambial e operações de permuta de divisas (swaps) O conteúdo e critério de reavaliação das notas e moedas estrangeiras e da posição cambial, à vista e a prazo, são descritos de seguida. (i) excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos; Notas e moedas estrangeiras As notas e moedas estrangeiras são reavaliadas diariamente com base nos câmbios indicativos divulgados pelo Banco de Portugal. As diferenças cambiais apuradas são registadas como custos ou proveitos do período. (ii) estarem em incumprimento há mais de: seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5 e inferior a 10 anos; vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a 10 anos. Posição à vista A posição à vista numa moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos nessa moeda, acrescido dos montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada com base nos câmbios oficiais de divisas do dia, divulgados a título indicativo pelo Banco de Portugal, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional) por contrapartida de contas de custos ou proveitos. Posição a prazo A posição a prazo numa moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nas taxas de juro das respectivas moedas para o prazo residual de cada operação. As diferenças entre os contravalores em euros às taxas de reavaliação a prazo aplicadas e os contravalores em euros às taxas contratadas representam o custo ou o proveito da reavaliação da posição cambial a prazo, sendo registadas numa conta de reavaliação da posição cambial (conta de regularização) por contrapartida de contas de custos ou proveitos. 126 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. b) os créditos vincendos sobre um mesmo Cliente se, de acordo com a sua reclassificação prevista na alínea anterior, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativamente a esse Cliente, excederem 25% do crédito total, acrescido dos juros vencidos (notas 4.4, 4.12 e 4.27). As alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 8 / 03 para as provisões para créditos de cobrança duvidosa gozaram de um regime transitório de seis meses, só tendo passado a produzir efeitos a partir de Agosto de 2003. Assim, e até aquela data, as provisões para créditos de cobrança duvidosa continuaram a ser calculadas de acordo com as regras do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95. Mensalmente, as instituições de crédito do Grupo BPI avaliam a adequação das provisões para risco específico e para riscos gerais de crédito aos riscos associados a operações de crédito, a garantias prestadas e à carteira de obrigações. 2.8. Provisões para depreciação de títulos e para outros activos As provisões para depreciação de títulos e de outros activos são constituídas para fazer face à totalidade das perdas potenciais apuradas nos termos dos critérios valorimétricos adoptados para as obrigações, acções, outros títulos de rendimento fixo ou variável e outros activos (notas 2.4, 2.5, 4.5, 4.6, 4.9, 4.12 e 4.27). 2.9. Provisões para risco-país As provisões para risco-país são constituídas para fazer face ao risco imputado aos activos financeiros e elementos extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco (notas 4.3, 4.4, 4.5 e 4.27). O regime de constituição destas provisões é o que está previsto no Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95, de 30 de Junho, na Instrução do Banco de Portugal n.º 94 / 96, publicada no Boletim de Normas e Informações n.º 1, de 17 de Junho de 1996, e em Carta do Banco de Portugal sob referência 4903 / 02 / DSBDR, de 12 de Junho de 2002. 2.10. Provisões para riscos e encargos i) Riscos gerais de crédito As instituições de crédito do Grupo BPI sujeitas ao regime do Aviso do Banco de Portugal n.º 3 / 95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas pelos Avisos do Banco de Portugal n.º 2 / 99 e 8 / 03, de 26 de Janeiro e 30 de Janeiro, respectivamente), constituem uma provisão para riscos gerais de crédito que corresponde a 1.5% do crédito ao consumo e do crédito a particulares de finalidade não determinada, a 0.5% do crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário, e a 1% do restante crédito concedido, incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga (notas 4.19 e 4.27). As provisões libertas, em consequência de os créditos garantidos por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário, passarem a ser provisionados por 0.5% (em vez de 1%), foram obrigatoriamente afectas à constituição ou reforço de provisões para risco específico de crédito. Nos termos da legislação fiscal em vigor, entre 1 de Janeiro de 2001 e 31 de Dezembro de 2002 o reforço desta provisão foi apenas considerado como custo fiscal por 50% do seu montante. A partir de 1 de Janeiro de 2003, o reforço desta provisão deixou de ser aceite como custo fiscal. Adicionalmente, nos termos da legislação fiscal em vigor, a partir de 1 de Janeiro de 2001, quando se verifique a reposição de provisões para riscos gerais de crédito, são consideradas proveitos do exercício, em primeiro lugar, aquelas que tenham sido custo fiscal no exercício da respectiva constituição. ii) Outros riscos e encargos Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais, processos judiciais, riscos da carteira de crédito e encargos com impostos a pagar decorrentes de ganhos em curso de operações cujo reconhecimento fiscal, nos termos do artigo 78 do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, apenas tem lugar no exercício de liquidação dessas operações (notas 4.19 e 4.27). 2.11. Fundo para riscos bancários gerais Destina-se a fazer face a riscos não específicos resultantes da actividade do Grupo BPI (notas 4.19 e 4.27). 2.12. Pensões de reforma e de sobrevivência A generalidade dos Colaboradores do Grupo BPI não está abrangida pelo Sistema de Segurança Social. Porém, as Instituições do Grupo BPI que aderiram ao Acordo Colectivo de Trabalho Vertical para o Sector Bancário assumem o compromisso de atribuir aos seus Colaboradores ou às suas famílias prestações pecuniárias a título de reforma por velhice ou invalidez, de reforma antecipada ou de sobrevivência. Estas prestações consistem numa percentagem crescente com o número de anos de serviço do Colaborador, aplicada aos seus salários. O regime de cálculo, reconhecimento contabilístico, financiamento e imputação à conta de resultados das responsabilidades por pensões de reforma e de sobrevivência é o que está previsto no Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001, de 23 de Novembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 7 / 2002, de 31 de Dezembro. Este regime entrou em vigor em 31 de Dezembro de 2001 e determina: a obrigatoriedade de financiamento integral das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades por serviços passados de pessoal no activo; o estabelecimento de um intervalo (“corredor”) de 10%, fixado em função do maior dos valores actual das responsabilidades por serviços passados ou do fundo de pensões, por forma que os ganhos e perdas actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente observados não sejam relevados na conta de resultados, desde que o valor líquido acumulado desses ganhos e perdas se situe dentro daquele intervalo; a não utilização, no cálculo do valor actual das responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo, dos decrementos de invalidez, a não ser que naquele valor esteja incluido o valor actual das responsabilidades por serviços passados relativo à garantia das pensões de invalidez ou que o risco de invalidez se encontre total e integralmente transferido para uma companhia de seguros. A cobertura das responsabilidades com serviços passados (incluindo o acréscimo de responsabilidades originado pelas reformas antecipadas) é assegurada por fundos de pensões. Nos termos do regime em vigor, o valor acumulado líquido dos ganhos e perdas actuariais resultantes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e de alterações nas condições gerais dos respectivos planos de pensões bem como da parcela não enquadrável no “corredor” dos ganhos e perdas actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados pode ser relevado em custos ou proveitos diferidos devendo ser amortizado, no mínimo, em 10% ao ano a partir do exercício seguinte ao do apuramento respectivo. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o Grupo BPI regista as perdas actuariais decorrentes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e nas condições gerais dos respectivos planos bem como a parcela não enquadrável no “corredor” de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados em despesas com custo diferido; e, o montante enquadrável no “corredor” é registado em flutuação de valores (nota 4.13). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o Grupo regista os ganhos actuariais decorrentes de alterações nos pressupostos actuariais e financeiros e nas condições gerais dos respectivos planos bem como de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados em receitas com proveito diferido, após a anulação do “corredor” anteriormente utilizado (nota 4.18). Nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001, o acréscimo de responsabilidades por serviços passados decorrente da passagem de Colaboradores à situação de reforma antecipada é integralmente coberto por correspondente contribuição para o fundo de pensões, podendo tal contribuição ser reflectida na conta de resultados por prazo máximo de 10 anos a contar da data efectiva da reforma, não podendo, porém, ser ultrapassado o quarto exercício seguinte ao do ano em que presumivelmente a reforma ocorreria. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o Grupo BPI registou o saldo das contribuições para o fundo de pensões decorrente dos acréscimos de responsabilidades por reformas antecipadas não relevadas como custo em despesas com custo diferido (nota 4.13). O acréscimo de responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo decorrente de não utilização de decrementos por invalidez está a ser reconhecido como custo e financiado de acordo com um plano de Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 127 amortização de prestações uniformes anuais, durante um período máximo de 20 anos com início no exercício de 2002. Este procedimento mereceu o acordo do Banco de Portugal. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o Grupo BPI registou o acréscimo de responsabilidades resultantes da situação acima referida, ainda não reconhecidas como custo nem financiadas, como elemento extrapatrimonial (nota 4.28). 2.13. Impostos sobre os lucros Todas as empresas do Grupo são tributadas individualmente. O Banco BPI bem como as empresas filiais e associadas cuja sede se encontra localizada em Portugal estão sujeitos ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas e no Estatuto dos Benefícios Fiscais. As Sucursais Financeiras Exteriores na Região Autónoma da Madeira e de Santa Maria do Banco BPI beneficiam, ao abrigo do artigo 31.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. Para efeitos da aplicação desta isenção, de acordo com o disposto na Portaria n.º 555 / 2002, de 4 de Junho, considera-se que pelo menos 80% do lucro tributável da actividade global do Banco é resultante de actividades exercidas fora do âmbito institucional da zona Franca da Madeira e Sta Maria. Este regime é aplicável desde 1 de Janeiro de 2003. O Banco BPI e as suas filiais não registam os impostos diferidos activos, excepto no que se refere a empresas associadas em que tal registo seja autorizado no Plano Oficial de Contabilidade ou pelo Instituto de Seguros de Portugal. Não são igualmente registados impostos diferidos passivos, excepto no caso de ganhos em curso de operações cujo reconhecimento fiscal apenas tem lugar no exercício da liquidação dessas operações. 2.14. Locação financeira Como locatário O imobilizado corpóreo é amortizado de acordo com o procedimento descrito na nota 2.2. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo de locação a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período. Os passivos são reduzidos pelo montante correspondente à amortização do capital de cada uma das rendas. Como locador Os activos detidos sob locação financeira são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor do desembolso líquido efectuado na data de aquisição dos bens locados. As rendas são constituídas pelo proveito financeiro e pela amortização financeira do capital. O reconhecimento do resultado financeiro reflecte uma taxa de rendimento periódico constante sobre o capital em dívida. 2.15. Factoring Os activos decorrentes de operações de factoring contratadas com recurso são registados no balanço como créditos concedidos pelo valor dos adiantamentos de fundos por conta dos contratos respectivos. Os activos decorrentes de operações de factoring contratadas sem recurso são registadas no balanço como créditos concedidos pelo valor dos créditos tomados e tendo por contrapartida o registo de um passivo na rubrica CREDORES POR OPERAÇÕES DE FACTORING. As entregas de fundos efectuadas aos aderentes originam o débito correspondente na rubrica CREDORES POR OPERAÇÕES DE FACTORING. As tomadas, ao abrigo dos contratos de factoring, de facturas com recurso sem adiantamento de fundos por conta dos contratos respectivos são registadas na rubrica extrapatrimonial CONTRATOS COM RECURSO – facturas não financiadas pelo valor das facturas tomadas. A regularização do saldo desta rubrica ocorrerá na medida em que tais facturas forem liquidadas. Os compromissos resultantes das linhas de crédito negociadas com os 128 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 aderentes e ainda não utilizadas são registados como elemento extrapatrimonial. 2.16. Operações em produtos derivados Contratos de trocas de taxas de juro (swaps de taxas de juro) Os contratos de trocas de taxas de juro (swaps de taxas de juro) são registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor teórico (valor nocional), distinguindo-se consoante a sua natureza de negociação ou de cobertura. No caso das operações de cobertura, os fluxos de juros são registados em contas de resultados de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. A reavaliação dos contratos apenas é efectuada se tiver havido lugar à constituição de provisões para depreciação dos activos cobertos. As operações de negociação são reavaliadas diariamente e são registados os fluxos de juros em contas de resultados de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. A reavaliação é efectuada com base no valor actual dos fluxos financeiros futuros a pagar e a receber, calculado com base em taxas de mercado, deduzidos dos juros periodificados, sendo o ganho ou perda resultante reconhecido directamente em resultados, por contrapartida de uma conta de regularização. Contratos a prazo de taxas de juro (FRA) Os contratos de fixação a prazo de taxas de juro (FRA) são registados em contas extrapatrimoniais pelo seu montante teórico (valor nocional), distinguindo-se consoante a sua natureza de cobertura ou de negociação. Este registo é anulado na data da liquidação. No caso dos contratos de cobertura as importâncias relativas a diferenciais de juros recebidas ou pagas na data de liquidação são periodificadas durante o prazo da operação e imputadas às contas de custos ou proveitos associadas aos elementos do passivo ou activo que foram objecto de cobertura. No caso dos contratos de negociação as operações são reavaliadas mensalmente com base no custo ou no proveito que seria obtido se o contrato fosse liquidado na data em que a reavaliação é efectuada. As diferenças negativas ou positivas daí resultantes são registadas como custos ou proveitos por contrapartida de contas de regularização. Futuros Os contratos de futuros, realizados com finalidade de negociação e por conta própria, são registados em contas extrapatrimoniais pelo valor de mercado actualizado diariamente. Este registo é anulado na data do fecho das posições. Estas posições são reavaliadas diariamente com base nas cotações do mercado ou no preço de fecho (tratando-se de posições encerradas), sendo os lucros e as perdas relevados em resultados do exercício por contrapartida de contas de devedores (no caso de se tratar de lucros) e de credores (no caso de se tratar de perdas). Por sua vez, os saldos destas contas são anulados por contrapartida dos movimentos financeiros originados diariamente pela regularização das variações das cotações do mercado. Opções Os contratos de opções são registados em contas extrapatrimoniais pelo seu valor teórico (valor nocional), distinguindo-se consoante a sua natureza de cobertura ou de negociação. Os contratos de opções de negociação são reavaliados mensalmente com base nas cotações de referência disponíveis, sendo os lucros e as perdas relevados em resultados do exercício por contrapartida de contas de devedores e credores. O montante dos prémios recebidos (por opções vendidas) ou pagos (por opções compradas) é registado como um proveito ou custo diferido até à data em que ocorra a execução do contrato. Os contratos de opções sobre índices, realizados com finalidade de cobertura de riscos, são reavaliados mensalmente em consonância com a evolução dos índices subjacentes e os resultados das reavaliações são registados como custos ou proveitos por contrapartida de contas de regularização. Estes resultados são compensados por resultados de sinal oposto registados em relação com as operações cobertas. Os prémios pagos pelas opções compradas bem como os prémios recebidos pelas opções vendidas são registados como despesas com custo diferido e receitas com proveito diferido e periodificados linearmente durante o prazo dos contratos. 2.17. Valores mobiliários de terceiros recebidos em depósito Os valores mobiliários de terceiros recebidos em depósito encontram-se registados ao valor de mercado ou, na sua ausência, ao valor nominal (no caso dos títulos de rendimento fixo), ao valor de aquisição (no caso dos títulos de rendimento variável) ou ao valor patrimonial (no caso de unidades de participação). 2.18. Acções próprias afectas ao programa RVA – Remuneração variável em acções O Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é um esquema remuneratório pelo qual uma parte da remuneração variável dos Administradores Executivos e dos Colaboradores do Grupo BPI (cuja remuneração variável anual seja igual ou superior a 2 500 euros) é paga em acções BPI e em opções de compra de acções BPI. A parcela de remuneração variável individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50%, sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de responsabilidade do Administrador ou Colaborador. Os custos com as remunerações variáveis, incluindo o RVA, são registados em custos com pessoal. As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da atribuição e 25% em cada um dos três anos seguintes. A partir de 2002, a transmissão de propriedade das acções atribuídas no âmbito do RVA é integralmente efectuada na data de atribuição1. As opções de compra de acções podem ser exercidas entre o primeiro e o quinto ano a contar da data de atribuição. O Grupo BPI constituiu uma carteira de acções BPI de modo a assegurar a cobertura das responsabilidades decorrentes da emissão de opções de compra de acções BPI de acordo com uma estratégia de cobertura de delta (determinada por um modelo de avaliação de opções do BPI desenvolvido internamente e baseado na metodologia Black-Scholes). Esta estratégia corresponde a constituir uma carteira com delta acções por cada opção emitida, sendo que delta corresponde à relação entre a variação do preço de uma opção e a variação do preço da acção subjacente. As acções próprias detidas para cobrir o risco de variação do valor das opções vendidas são registadas em contas de títulos de negociação onde permanecem enquanto estiverem afectas àquela finalidade. Estas acções são submetidas a reavaliação pelo valor de mercado e as diferenças de valorização são registadas em contas de regularização. Na eventualidade do resultado conjunto destas diferenças e da reavaliação das opções representar uma perda, será constituída uma provisão pelo montante correspondente a essa perda. 1) No âmbito do RVA 2001 foram atribuídas, por opção do beneficiário, acções sob condição suspensiva, nas quais a transmissão de propriedade se faz à medida que as acções ficam disponíveis. As acções próprias atribuídas sob condição suspensiva mas ainda não transmitidas para os beneficiários foram registadas em contas de regularização do activo pelo valor de atribuição e não são submetidas a reavaliação pelo valor de mercado. Dado que as diferenças entre o valor de aquisição e o valor de atribuição foram registadas em resultados, o valor contabilístico coincide com o preço de venda (valor de atribuição). Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 129 3. REPARTIÇÃO SECTORIAL DAS APLICAÇÕES E INVENTÁRIO DE TÍTULOS E PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 3.1. Repartição sectorial das aplicações Em 31 de Dezembro de 2003, a estrutura sectorial das aplicações das empresas do Grupo BPI consolidadas pelo método de integração global era: Crédito sobre Clientes Crédito1 e títulos vencidos Garantias prestadas2 Obrigações3 Valor % Acções4 Valor Total Valor % Valor % Valor % Valor % Agricultura, silvicultura e pesca 71 163 0.4 969 0.4 6 813 0.2 % 78 945 0.4 Indústrias extractivas 63 855 0.4 484 0.2 9 540 0.3 73 879 0.3 Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco 263 982 1.5 2 419 1.0 63 463 2.2 70 759 1.8 Indústrias têxtil e vestuário 292 765 1.7 14 233 5.9 47 075 1.6 562 37 596 0.2 2 604 1.1 3 086 0.1 Indústrias da madeira e da cortiça 158 948 0.9 2 672 1.1 51 686 1.8 Indústrias de pasta, de papel e cartão, edição e impressão 129 320 0.7 1 577 0.7 32 909 1.1 110 10 492 0.4 458 Indústrias transformadoras Indústrias do couro e dos produtos do couro Indústrias de coque, produtos petrolíferos e combustível nuclear 1 086 6.0 566 0.2 401 189 2 504 1.0 357 139 1.6 43 290 0.2 213 306 1.0 163 916 0.7 12 036 0.1 4 Indústrias químicas e de fibras sintéticas ou artificiais 57 456 0.3 1 215 0.5 27 178 0.9 1 871 Indústrias da borracha e de matérias plásticas 59 560 0.3 960 0.4 11 955 0.4 62 Indústrias de outros produtos minerais não metálicos 312 547 1.8 1 004 0.4 81 080 2.8 2 200 Indústrias metalúrgicas de base e produtos metálicos 0.2 25 0.2 181 652 1.0 3 170 1.3 49 772 1.7 10 000 0.8 374 Fabricação de máquinas e de equipamentos 84 926 0.5 2 307 1.0 34 908 1.2 4 988 0.4 89 Fabricação de equipamento eléctrico e de óptica 67 660 0.4 256 0.1 34 547 1.2 Fabricação de material de transporte 53 299 0.3 1 207 0.5 84 766 2.9 5 623 0.5 Outras indústrias transformadoras 77 145 0.4 2 668 1.1 13 454 0.5 278 292 1.6 4 Produção e distribuição de electricidade, gás e água Construção e obras públicas 292 209 10.1 0.2 0.1 87 745 0.4 72 537 0.3 396 831 1.8 244 968 1.1 127 218 0.6 2 117 0.8 104 580 0.5 702 0.3 145 597 0.7 8 93 275 0.4 1 559 0.1 7 038 2.7 579 102 2.6 754 629 4.3 39 664 16.6 593 039 20.3 2 494 0.2 1 203 0.5 1 391 029 6.3 1 396 124 8.0 19 694 8.2 394 317 13.5 19 480 1.6 3 856 1.5 1 833 471 8.3 Alojamento e restauração 150 328 0.9 1 517 0.6 0.9 2 500 0.2 385 0.1 181 121 0.8 Transportes, armazenagem e comunicações 562 784 3.2 3 213 1.3 315 738 10.9 3 636 0.3 3 090 1.2 888 461 4.0 2 876 1.2 Comércio por grosso e a retalho Bancos e outras instituições de crédito 4 996 Outras instituições financeiras e seguradoras 175 783 1.0 11 Sociedades gestoras de participações sociais 337 750 1.9 779 Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados a empresas 858 033 4.9 7 089 26 391 46 967 1.6 79 947 6.7 5 929 0.2 34 642 2.9 0.3 179 244 6.2 22 533 1.9 3.0 191 866 6.6 11 893 1.0 Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 579 689 3.3 128 0.1 57 037 2.0 Educação, saúde e acção social 355 957 2.0 1 197 0.5 36 009 1.2 Actividades recreativas, culturais e desportivas 93 879 0.5 314 0.1 74 431 2.6 Outras empresas de serviços 38 341 0.2 510 0.2 2 070 0.1 45 080 1.6 2 361 0.2 72 738 28.3 207 524 0.9 3.3 224 883 1.0 26 608 10.3 566 914 2.6 4.8 8 518 1 324 0.5 1 070 205 636 854 2.9 967 0.4 394 130 1.8 63 659 24.8 234 644 1.1 40 921 0.2 Particulares Crédito imobiliário 6 418 674 36.7 67 963 28.5 Outros 2 704 127 15.4 48 890 20.5 Instituições financeiras supranacionais 6 486 637 29.3 4 683 Outros sectores 62 173 0.4 3 431 1.4 967 Não residentes 854 646 4.9 4 337 1.8 83 026 17 543 848 100.0 1) 2) 3) 4) 239 362 100.0 O crédito vencido corresponde a crédito sobre Clientes. Inclui garantias e avales, créditos documentários abertos e fianças e indemnizações. Não inclui obrigações de emissores públicos. Inclui quotas, unidades de participação e outros valores. 130 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 2 798 097 12.6 42 530 2.9 3.7 869 403 73.1 2 907 044 100.0 1 189 043 100.0 1 577 0.6 48 790 0.2 4 072 1.6 70 643 0.3 55 433 21.6 1 866 845 8.4 257 425 100.0 22 136 722 100.0 3.2 Inventário de títulos e participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2003, os títulos e participações financeiras detidos pelas empresas do Grupo BPI consolidadas pelo método de integração global eram: Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros TÍTULOS – NEGOCIAÇÃO Titulos de rendimento fixo – emitidos por residentes De dívida pública portuguesa Obrigações do tesouro OT 3% Julho – 2003 / 2006 893 800 000 0.01 0.01 0.01 OT 3.625% – Agosto 1999 / 2004 1 503 082 0.01 0.01 0.01 15 OT 4.875% – Agosto 2002 / 2007 216 706 731 0.01 0.01 0.01 2 323 OT 5.25% – Outubro 2000 / 2005 512 054 014 0.01 0.01 0.01 5 414 OT 5.45% – Setembro 1998 / 2013 220 988 568 0.01 0.01 0.01 2 428 OT 5.85% – Maio 2000 / 2010 504 849 258 0.01 0.01 0.01 5 771 OT 6.625% – Fevereiro 1997 / 2007 9 084 14 821 0.01 0.01 0.01 OT 8.875% – Janeiro 1994 / 2004 33 405 900 0.01 0.01 0.01 OT 9.5% – Fevereiro 1996 / 2006 47 984 350 0.01 0.01 0.01 585 100 022 220 0.01 0.01 0.01 1 207 OT 11.875% – Fevereiro 1995 / 2005 0.10 363 27 190 Titulos de rendimento fixo – emitidos por não residentes De emissores públicos estrangeiros Bilhetes do Tesouro Bilhetes do Tesouro de Angola 2 650 000 10.12 8.09 8.09 26 807 26 807 Obrigações Banco Nacional de Angola 4 167 000 10.12 8.30 8.30 42 152 Belgium Kingdom – 3% (28/09/2008) 19 610 000 1.00 0.97 0.98 19 300 Belgium Kingdom – 3.75% (28/03/2009) 27 080 000 1.00 1.00 1.00 27 976 Belgium Kingdom – 4.25% (28/09/2013) 17 930 000 1.00 0.98 0.99 17 995 0.01 0.01 31 869 Belgium Kingdom – 5% (28/09/2011) 2 975 000 000 Belgium Kingdom – 5.75% (28/03/2008) 9 400 1 000.00 1 088.90 1 090.40 10 660 Belgium Kingdom – 5.75% (28/09/2010) 23 900 000 1.00 1.11 1.11 26 772 Bundesobligation – 4.5% (17/08/2007) 300 000 000 0.01 0.01 3 178 Bundesobligation – 5% (19/08/2005) 600 000 000 0.01 0.01 6 347 Bundersrepublik Deutschl. – 5% (04/07/2011) 3 832 000 000 0.01 0.01 0.01 41 607 Buonni Poliennali – 3.5% (15/09/2005) 10 000 1 000.00 1 014.40 1 016.10 10 263 Buonni Poliennali – 5.25% (01/08/2011) 28 904 1 000.00 1 064.92 1 072.90 31 643 Fannie Mae – 3.25% (15/01/2008) 7 700 792.00 792.25 792.01 6 189 Fannie Mae – 4.125% (29/12/2008) 5 000 792.00 791.77 784.84 3 925 Fannie Mae – 5% (15/01/2007) 6 900 792.00 845.05 844.18 5 950 Fannie Mae – 5.74% (21/01/2009) 5 000 792.00 802.73 793.50 4 068 Fannie Mae – 6.125% (15/03/2012) 4 850 792.00 888.35 880.03 4 337 10 000 792.00 806.81 805.87 8 123 7 350 792.00 871.50 867.29 6 444 Fannie Mae – 6.4% (15/05/2009) Fed Home Loan MTG Corp – 5.75% (15/03/2009) Finnish Government – 3% (04/07/2008) Finnish Government – 5.375% (04/07/2013) Finnish Government – 5.75% (23/2/2011) France (Govt of) – 4.25% (25/04/2019) France OAT – 4% (25/10/2009) 40 1 000.00 974.40 980.70 40 10 000 1 000.00 1 085.30 1 083.90 11 103 5 250 1 000.00 1 095.87 1 106.90 6 068 2 370 000 1.00 0.95 0.95 2 332 6 470 000 1.00 1.01 1.01 6 604 42 770 000 1.00 1.07 1.07 47 503 France OAT – 5.5% (25/04/2010) 5 320 000 1.00 1.09 1.09 6 008 France OAT – 5.5% (25/10/2010) 19 670 000 1.00 1.09 1.09 21 684 France OAT – 5.5% (25/04/2007) France OAT – 8.5% (25/10/2019) 4 560 000 1.00 1.43 1.43 6 586 40 150 000 1.00 0.98 0.98 39 921 French Treasury Note – 4.5% (12/07/2006) 16 360 000 1.00 1.04 1.04 17 365 Netherlands Government – 4% (15/07/2005) 30 200 000 1.00 1.02 1.02 31 449 Netherlands Government – 4.25% (15/07/2013) 25 365 000 1.00 0.99 1.00 26 296 Netherlands Government – 5% (15/07/2011) 12 700 000 1.00 1.06 1.06 13 754 Netherlands Government – 5% (15/07/2012) 24 700 000 1.00 1.06 1.06 26 686 Netherlands Government – 5.75% (15/02/2007) 19 590 000 1.00 1.08 1.08 22 106 10 360 1 000.00 1 007.33 1 009.00 10 839 French Treasury Note – 3% (12/07/2008) Obligac. Del Estado – 4% (31/01/2010) Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 131 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros Titulos de rendimento fixo – emitidos por não residentes De emissores públicos estrangeiros (cont.) Obrigações (cont.) Obligac. Del Estado – 4.25% (31/10/2007) 71 399 1 000.00 1 031.66 1 033.70 Obligac. Del Estado – 4.8% (31/10/2006) 17 640 1 000.00 1 049.75 1 049.90 18 661 Obligac. Del Estado – 5% (30/07/2012) 18 861 1 000.00 1 061.80 1 056.40 20 322 Obligac. Del Estado – 5.15% (30/07/2009) Obligac. Del Estado – 5.4% (30/07/2011) Obligac. Del Estado – 5.5% (30/07/2017) Reino da Dinamarca – 5% (15/11/2013) 74 311 2 874 001 176 0.01 0.01 0.01 31 435 17 453 1 000.00 1 082.07 1 085.00 19 333 5 000 1 000.00 1 082.30 1 093.10 5 580 0.00 0.00 10 796 7 670 000 000 Reino da Suécia – 6.5% (05/05/2008) 12 500 551.00 599.34 604.30 7 846 Reino da Suécia – 6.75% (05/05/2004) 3 000 551.00 638.15 637.56 1 986 Rep. Grécia – 2.75% (21/06/2006) 9 540 1 000.00 996.75 996.80 9 719 Rep. Grécia – 3.5% (18/04/2008) 12 000 1 000.00 995.36 999.70 12 374 Rep. Grécia – 4.6% (20/05/2013) 5 000 1 000.00 1 012.20 1 013.10 5 284 Rep. Grécia – 4.65% (21/06/2005) 5 000 1 000.00 1 044.89 1 031.30 5 279 Rep. Grécia – 5.25% (18/05/2012) 34 910 1 000.00 1 066.33 1 065.80 38 344 Rep. Grécia – 5.9% (22/10/2022) 5 000 1 000.00 1 109.00 1 107.00 5 592 Rep. Grécia – 6% (19/02/2006) 2 750 000 000 0.01 0.01 0.01 30 743 Rep. Grécia – 6% (19/05/2010) 674 975 027 0.01 0.01 0.01 7 763 Rep. Grécia – 6.3% (29/01/2009) 400 001 142 0.01 0.01 0.01 4 711 Rep. of Austria – 5% (15/07/2012) 25 100 1 000.00 1 052.30 1 056.00 27 085 Rep. of Austria – 5.5% (15/01/2010) 17 820 1 000.00 1 100.68 1 089.50 20 355 Rep. of Austria – 5.5% (20/10/2007) 15 060 1 000.00 1 088.89 1 077.10 16 384 U.S.Treasury – 2.125% (31/10/2004) 27 500 792.00 798.08 797.83 22 017 U.S.Treasury – 3.25% (15/08/2008) 3 800 792.00 796.90 796.28 3 063 2 250 000 1.00 1.00 1.01 2 304 U.S.Treasury – 4.25% (15/08/2013) 1 000 792.00 788.80 792.25 805 U.S.Treasury – 4.625% (15/05/2006) 16 800 792.00 837.23 838.85 14 170 U.S.Treasury – 3.875% (15/01/2009) U.S.Treasury – 4.75% (15/11/2008) 1 850 792.00 847.90 847.16 1 576 U.S.Treasury – 4.875% (15/02/2012) 2 450 792.00 842.73 837.91 2 089 10 461 U.S.Treasury – 5% (15/02/2011) 12 100 792.00 851.27 849.69 U.S.Treasury – 5.375% (15/02/2031) 1 000 792.00 814.18 825.72 842 U.S.Treasury – 5.75% (15/08/2010) 1 900 792.00 887.55 887.12 1 718 U.S.Treasury – 5.75% (15/11/2005) 13 400 792.00 851.77 849.85 11 465 U.S.Treasury – 6% (15/08/2009) 2 950 792.00 896.70 896.35 2 697 U.S.Treasury – 6.5% (15/10/2006) 9 700 792.00 883.09 881.63 8 657 U.S.Treasury – 6.5% (15/02/2010) 3 500 792.00 926.95 919.59 3 286 1 064 195 Organismos Financeiros Internacionais Obrigações BEI / 1999 – EUR – 4.875% (15/04/2006) 625 000 8.00 8.38 8.36 5 400 BEI – EUR / 2002 – 5.375% (15/10/2012) 9 830 1 000.00 1 069.31 1 080.00 10 728 16 128 De outros não residentes Outras obrigações Kredit Fuer Wieder. – 3.5% (15/11/2005) 10 000 1 000.00 1 011.50 1 015.80 TDM 2001 47 050 0.83 0.83 0.83 10 202 41 10 243 Títulos de rendimento variável – emitidos por residentes Direitos de Incorporação Sag Gest – Dir. Sub. (Ob. C/ War) – E03 34 740 0.01 Acções Banco Comercial Português – Nom. 3 532 773 1.00 1.71 1.77 6 253 91 609 5.00 12.61 13.00 1 191 Brisa – Priv. 163 961 1.00 5.26 5.30 869 Cimpor – Cim. de Portugal – SGPS 138 460 1.00 3.65 4.10 568 Cofina – SGPS 15 617 0.50 2.21 2.50 39 Corticeira Amorim – SGPS 30 429 1.00 1.15 1.15 35 Banco Espírito Santo – Nom. 132 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Quantidade Natureza e espécie dos títulos Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros Títulos de rendimento variável – emitidos por residentes (cont.) Acções (cont.) EDP – Electricidade de Portugal – Nom. 3 134 268 1.00 2.05 2.09 6 551 39 744 5.00 2.80 3.71 111 Gescartão, SGPS 2 093 5.00 7.72 7.72 16 Impresa – SGPS 345 359 1.00 1.73 3.50 1 209 Efacec Capital, SGPS Jerónimo Martins – SGPS 4 651 5.00 8.52 10.46 49 Novabase, SGPS 27 100 0.50 5.88 5.90 160 Pararede – SGPS 50 232 0.20 0.24 0.26 13 Portucel Industrial – Nom. 77 763 1.00 1.34 1.40 109 Portugal Telecom – Nom. 349 945 1.00 7.84 7.98 2 793 PT Multimédia, SGPS – NOM. 143 192 0.50 14.95 15.40 2 205 14 329 1.00 1.21 1.43 20 117 304 1.00 3.01 3.60 422 SAG GEST – Soluções Autom. Globais, SGPS Semapa – Soc. de Inv. e Gestão – SGPS Sonae.Com., SGPS Sonae SGPS 31 574 1.00 2.22 2.37 75 5 235 542 1.00 0.67 0.66 3 455 26 143 Títulos de rendimento variável – emitidos por não residentes Acções Altadis 17 000 0.60 20.89 22.50 Arcelor 20 000 1.00 13.53 13.67 273 136 200 0.49 9.61 10.95 1 491 Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Banco Santander Central Hispano Banco Santander Central Hispano (BVLP) – N 383 44 269 0.50 7.81 9.39 416 474 831 0.50 7.96 9.26 3 745 Commerzbank AG 19 017 2.56 16.10 15.55 296 Ebro Puleva 20 000 0.60 8.29 8.99 162 Endesa – Empresa Nacional Electricidade 21 000 1.20 13.71 15.25 320 ENEL SPA 25 000 1.00 5.30 5.39 135 7 000 1.00 19.76 19.20 138 Gamesa Corp Tecnologia 27 000 0.50 24.41 26.09 704 Grupo Ferrovial 12 000 1.00 24.58 27.78 333 Iberdrola 15 000 3.00 14.47 15.67 235 Infineon Technologies AG 8 100 1.00 12.32 11.02 89 Man AG 5 000 1.00 22.59 24.00 120 Euronext NH Hoteles 26 000 2.00 9.38 9.11 237 Nokia OYJ 17 300 0.06 14.18 13.71 237 Peugeot Citroen 6 400 1.00 36.37 40.40 259 Reed Elsevier NV 42 200 0.06 9.82 9.85 416 Repsol YPF 18 800 1.00 12.98 15.46 291 4 000 0.56 37.63 41.80 167 147 472 1.00 10.54 11.64 1 717 50 000 0.50 4.24 4.28 214 1 700 5.50 18.63 19.27 Royal Dutch Petroleum Telefonica Unicrédito Italiano SPA Vivendi Universal 4 33 12 411 4 Unidades de Participação Rydex US Government Money Mark Fund 482 469 530 0.00 0.00 382 382 TÍTULOS PRÓPRIOS Banco BPI, S.A. (RVA 2001) 3 018 864 1.00 2.58 2.92 8 815 Banco BPI, S.A. (RVA 2002) 7 124 939 1.00 2.40 2.92 20 805 29 620 1 213 119 4 TÍTULOS – INVESTIMENTO Títulos de rendimento fixo – de emissores públicos De dívida pública portuguesa Obrigações do Tesouro OT 3.625% Agosto 1999 / 2004 OT 5% Junho 2002 / 2012 OT 5.25% Outubro 2000 / 2005 260 004 000 0 0.01 0.01 2 586 50 000 000 000 0.01 0.01 0.01 509 961 7 650 000 000 0.01 0.01 0.01 79 042 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 133 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros Títulos de rendimento fixo – de emissores públicos (cont.) De dívida pública portuguesa (cont.) Obrigações do Tesouro (cont.) OT 8.875% Janeiro 1994 / 2004 OT 11.875% Fevereiro 1995 / 2005 79 0.01 0.01 0.01 560 131 728 0.01 0.01 0.01 5 724 597 313 De outros emissores públicos nacionais Obrigações Governo Regional da Madeira / 1994 var 96 0 0.02 0.01 100 74 047 74 046.65 74 046.65 52 0.01 0.02 0.01 De emissores públicos estrangeiros Obrigações Gov. Spain – JPY / 1995 – 4.75% (14/03/2005) Obligac. Del Estado – 4.5% (30/07/2004) Obrigações do Tesouro de Angola 7 405 10 427 1 011.57 752.06 992.07 10 344 Republica da Grécia – EUR / 1998 – 5.75% (31/3/2008) 15 000 000 1.00 0.99 1.00 14 914 Republica da Grécia – JPY / 1999 – 0.76% (29/01/2004) 1 000 7 405.00 7 394.04 7 404.66 7 405 40 068 De rendimento fixo – de outros emissores Emitidos por residentes Obrigações de caixa Banco Alves Ribeiro / 1999 – Ob. Cx. – Sr. A Banco Alves Ribeiro / 2001 – Ob. Cx. – 1.ª Em. 30 000 50 50.00 50.00 1 500 500 5 000.00 5 000.00 5 000.00 2 500 4 000 Outras obrigações Auto Sueco / 1999 896 000 5 5.00 5.00 4 480 Auto Sueco / 2000 1 000 000 5.00 5.00 5.00 5 000 7 000 1 000.00 997.90 999.50 6 988 4 0.01 Fábrica Textil de Vizela / 1987 (Ac. Cred.) 127 800 4.41 Fábrica Vidros Barbosa & Almeida / 1997 698 317 056 Banco Itaú Europa – Tx. Vr. (24/07/2006) CMP / 1997 Fapobol / 1995 Inparsa / 1998 (Obg. s/ war.) Jerónimo Martins / 97 Jerónimo Martins 2003 – Tx. Vr. Lisnave – Estaleiros Navais de Lisboa – 92 / 070530 Medinfar / 2003 – Tx. Vr. (15.12.2008) Polimaia / 89 – Série C Salvador Caetano / 2002 – 1.ª Em. Secil Prebetão – Prefabricados de Betão, S.A. 0.01 4.40 1.54 562 365 0.00 0.00 2 023 28 62 200 000 1.24 1.17 1.24 949 711 0.01 0.01 0.01 10 404 087 709 0.01 0.01 0.01 5 862 668 000 5.00 5.00 9 854 251 0.01 0.01 180 5 5.00 0.01 64 4 000 2.24 1.66 500 000 10.00 10.00 10.00 9 5 000 53 066 909 0.01 0.00 0.00 177 1 250 000 4.00 4.35 4.38 5 455 Somague SGPS / 1998 115 084 4.99 4.99 4.92 574 8 39 607 446 Papel comercial Arsopi Em. 76 4 988 Banif Leasing S.A. Em 21 1 500 Climaespaço Em. 27 1 559 Compal 4.ª Em. 1 327 Companhia Portuguesa de Computadores 12.ª 1 250 Empresa Tráfego Estiva 4 1 870 Euroges Em. 13 2 300 Jaba Farmaceutica Em. 15 J.B.Fernandes – 46.ª Emissão 623 1 870 500 JM Fonseca Intl Vinhos 3 1 000 JM Fonseca Sucs Vinhos 4 2 650 JMR Gestão Emp Retalho 29 400 Jornal Notícias Em. 34 2 361 JP Vinhos Em. 1 1 000 M&J Pestana – 116.ª 2 500 134 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 2 1 Soares da Costa / 2000 Incompol 5.ª 43 3 340 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros De rendimento fixo – de outros emissores (cont.) Emitidos por residentes (cont.) Papel comercial (cont.) Manuel Poças Junior 10.ª 469 Mundileasing Em. 5 3 333 Procme E7 2 494 Recheio SGPS 14.ª 9 100 Rentipar Em. 9 2 000 Soc. Franc. Man. Santos 11.ª 3 943 Soc. Franc. Man. Santos 12.ª 7 886 Soc.Vi.Terras Valdigem 10.ª 313 Solverde 135.ª 10 000 Sonae SGPS Em. 66 458 Sonae SGPS Em. 67 5 576 Tertir 13.ª 1 766 Unicer Em. 5 50 000 Unicer Em. 11 6 900 Unicer Em. 12 7 100 139 036 Emitidos por não residentes Por organismos financeiros internacionais Obrigações BEI – PTE / 1995 – Tx. Vr. (Mar. 2005) 5 226 600 5 5.00 4.97 26 071 76 BEI – PTE / 1996 F.R.N. (Dez. 2006) 3 299 500 4.99 4.99 4.97 16 458 46 42 529 122 7 Por outros não residentes Outras obrigações Aegis SRL – CL 1 Tx. Vr. (01/06/2016) 50 29 059 30 574.84 28 928.62 1 453 Allianz Fin.II B.V. – 6.125% (31/05/2022) 12 500 1 000.00 1 028.14 1 066.62 12 841 Allianz Fin.II B.V. – 6.5% (13/01/2025) 15 000 1 000.00 1 031.67 1 090.98 15 461 Allied Domeq Fin Serv – 5.875% (12/06/2009) 5 000 1 000.00 1 082.20 1 078.03 5 368 Anglian Water Ser. Fin – 4.625% (2013/10/07) 2 000 1 000.00 999.39 982.02 1 999 AT&T Corp. – 6% (21/11/2006) 5 000 1 000.00 1 073.70 1 070.84 5 345 Avalon Capital Ltd. 2 – Tx. Vr. (24/5/2012) 14 000 792.00 791.33 791.77 11 080 Bat Intl Finance PLC (3/04/2006) 12 500 1 000.00 997.94 1 005.30 12 477 Brazil Div Pymt Rights – T.V. (20/03/2007) 10 000 792.00 791.77 791.77 7 918 3 000 791.77 791.76 791.77 2 375 Casino Guichard Perrac – 5.875 (23/11/2007) 10 000 1 000.00 1 074.70 1 066.32 10 642 Crédit Local France Cup. Zero – PTE / 2007 25 000 498.80 532.37 784.41 18 432 Brazilian Her Vouch R 5.911% (15/06/2011) CVRD Finance Ltd. Tx. Vr. (15/10/2007) 300 6 562.00 6 561.56 6 528.75 1 969 Daimlerchrysler Int. F. – 6.125% (21/3/2006) 5 000 1 000.00 1 054.20 1 056.77 5 233 Deutshe Telekom Int Fin – 5.875 (11/07/06) 45 000 1 000.00 1 065.12 1 070.37 47 331 Deutshe Telekom Int Fin – 6.625 (06/07/05) 6 000 1 000.00 1 067.10 1 054.63 6 281 Deutshe Telekom Int Fin – 6.625 (11/07/11) 10 000 1 000.00 1 115.00 1 140.88 11 058 Dollar Divers. Ri. F – 6.55% (16/12/2013) – Reg Dow Chemical – 5% (18/10/2006) Dutch Mor. Port. Loans (15.9.34) – O. Hip – Cl. B EFG Ora Funding Ltd. – 2% – conv. (4/5/2005) 35 10 5 000 791.77 791.76 791.77 3 959 10 000 1 000.00 1 049.30 1 040.56 10 416 10 8 500 000.00 500 850.00 500 000.00 4 006 6 19 000 1 000.00 1 000.00 1 000.00 19 000 El Monte Int Finance – Tx. Vr. (12/12/2005) 5 000 1 000.00 998.48 1 002.35 4 996 Eneco Holding NV – 4.125% (10/6/2010) 2 500 1 000.00 996.72 991.92 2 492 13 Essent NV – 4.5% (25/06/2013) 2 500 1 000.00 996.05 978.79 2 491 44 Eurofima – PTE / 1994 – Tx. Vr. (17/08/2004) 2 632 000 4.99 4.99 4.98 13 128 21 Eurofima – PTE / 1995 – Tx. Vr. (19/01/2005) 6 000 000 4.99 4.99 4.98 29 928 78 Eurofima – PTE / 1998 – Tx. Vr. (28/05/2008) 1 564 4 987.98 4 987.98 4 957.55 7 801 48 Euro Vip – USD / 1990 – Tx. Vr. (23/11/2030) 6 000 792.00 791.77 577.99 4 751 1 282 FCE Bank Plc – Tx. Vr. (16/2/2005) 500 10 000.00 9 691.00 9 895.50 4 903 FCE Bank Plc – Tx. Vr. (18/2/2005) 5 000 1 000.00 1 004.50 1 010.90 5 013 FCE Bank Plc – Tx. Vr. (21/3/2006) 5 500 1 000.00 978.90 977.20 5 388 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 13 135 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros De rendimento fixo – de outros emissores (cont.) Por outros não residentes (cont.) Outras obrigações (cont.) FCE Bank Plc – Tx. Vr. (28/6/2006) Finbnk Trd & Div Pymt – Tr – Tv (15/03/2005) Ford Motor Credit – Tx. Vr. (06/1/2006) France Telecom – 5.4% (26/02/2005) 17 000 1 000.00 966.40 977.25 5 000 385.00 527.47 373.08 16 487 1 922 17 500 1 000.00 998.04 1 009.56 17 472 7 500 1 000.00 1 016.10 1 028.93 7 567 35 000 1 000.00 1 145.61 1 133.24 39 649 France Telecom – 7.25% (28/1/2013) 1 500 1 000.00 994.47 1 163.38 1 492 France Telecom – 8.25% (14/3/2008) 20 000 1 000.00 1 111.35 1 125.19 21 885 5 000 1 000.00 1 016.00 1 011.55 5 049 13 000 1 000 1 029.42 1 023.57 13 254 24 039 France Telecom – 7% (23/12/2009) GENL Motors Accept Corp. – 4.625 (2/12/2004) GENL Motors Accept Corp. – 5.5 (2/2/2005) 57 GENL Motors Accept Corp. – T.V. (5/7/2005) 24 000 1 000.00 1 001.95 1 015.55 Gie Suez Alliance – 4.25% (24/6/2010) 10 000 1 000.00 999.64 985.89 9 997 138 Gie Suez Alliance – 5.5% (20/2/2009) 5 000 1 000.00 1 079.00 1 059.48 5 356 58 GMAC Intl Finance BV – 5.375% (18/01/2005) 5 000 1 000.00 1 023.90 1 023.35 5 077 Goldman Sachs Group – PTE / 1997 – Tx. Vr. (24/04/2007) 10 000 498.80 498.80 492.46 4 988 63 Holcim Fin. Lux. – 4.375% (23/06/2010) 10 000 1 000.00 1 006.16 993.46 10 057 122 Imperial Tobacco Canada – 5.125% (14/11/2006) 17 500 1 000.00 1 036.24 1 038.75 18 014 Imperial Tobacco Finance – 5.75% (06/06/2005) 5 000 1 000.00 1 038.50 1 038.34 5 114 Imperial Tobacco Finance – 6.375% (27/09/2006) 15 000 1 000.00 1 087.67 1 069.79 16 059 5 000 791.77 786.34 791.77 3 933 International Endesa BV – 4.375 (18/06/09) 10 000 1 000.00 988.70 1 011.34 9 902 International Endesa BV – 5.25 (22/02/06) 2 500 1 000.00 1 032.20 1 043.68 2 554 International Endesa BV – 5.375 (21/02/13) 7 500 1 000.00 992.00 1 043.30 7 445 Italease Finance Spa (10/03/2011) O. Hip. – Cl. A 5 000 1 000.00 998.90 998.30 4 996 K2 Corporation – Tx. Vr. (15/02/2013) 5 000 791.77 791.76 International Divers. Pay. Rig. DO – 6.75% (20/08/2010) Koninklijke KPN NV – 7.25% (12/4/2006) 10 000 1 000.00 1 098.00 1 086.40 1.00 1.00 1.02 9 575 Lafarge – 5.875% (6/11/2008) 5 000 1 000.00 1 060.50 1 070.49 5 257 Lone Star Industr. Inc. 5.875% (8/11/2004) 5 000 1 000.00 995.02 1 020.00 4 996 10 388 350.00 394 662.80 377 204.21 3 884 5 000 1 000.00 996.70 1 009.96 4 984 10 000 Madison Avenue C. Ltd. (24/03/2014) – O. Hip. Cl. A MBNA Europe Funding PLC – 4.5% (23/01/2009) Metro AG – Tv. (29/5/2006) 5 3 959 9 575 140 Lafarge – 5.448% (04/12/2013) 12 10 712 111 10 000 1 000.00 1 000.00 1 010.40 6 200 1 000.00 1 042.20 1 166.06 6 417 20 000 1 000.00 1 043.37 1 110.39 20 839 NGG Finance PLC – 5.25% (23/8/2006) 5 000 1 000.00 1 034.50 1 046.80 5 151 NGG Finance PLC – 6.125% (23/8/2011) 5 000 1 000.00 1 056.50 1 088.50 5 250 10 000 1 000.00 982.38 1 070.40 9 912 OTE PLC – 5% (5/8/2013) 2 000 1 000.00 993.27 985.58 1 987 16 Pemex Proj.FDG Master Trust – 7.75% (02/08/2007) 5 000 1 000.00 1 119.00 1 087.50 5 516 78 Public Power Corp. – 6.25% (08/11/2010) 10 000 1 000.00 1 002.00 1 095.86 10 014 Renault S.A. – 4.625% (28/05/2010) 15 000 1 000.00 1 008.43 1 006.67 15 116 16 Renault S.A. – 6.125% (26/06/2009) 5 000 1 000.00 1 104.30 1 087.67 5 472 33 37 200 000.00 198 342.73 200 288.00 7 392 MPS Capital Trust I – Ob. Perp. Munich RE Finance BV – 6.75% (21/06/2023) OTE PLC Repsol Intl.Finance – 3.75% (23/02/2004) Repsol Intl.Finance – 5% (22/07/2013) 800 10 000.00 9 980.70 9 965.78 7 985 Sogerim – 6.125% (20/04/2006) 22 500 1 000.00 1 062.44 1 063.05 23 558 Standard Chartered Cap Trust – Ob. Perp. 10 000 1 000.00 1 028.50 1 179.32 10 230 Stichting Eurostar CDO (10/03/2013) O.H – Cl – A1 10 473 661.00 485 008.00 473 661.00 4 736 Tafisa, S.A. 80 60 100.16 60 101.21 10 000 1 000.00 1 030.00 1 039.47 10 271 TDC AS – 5.2% (28/01/2010) 4 808 TDC AS – 5.875% (24/04/2006) 10 000 1 000.00 1 054.80 1 057.65 10 394 Telecom Italia SPA – 5.625% (02/02/2007) 15 000 1 000.00 1 044.71 1 056.97 15 559 Telecom Italia SPA – 6.25% (01/02/2012) 7 500 1 000.00 1 045.03 1 087.03 7 801 80 100 000.00 99 430.00 102 685.55 7 958 Telefonica Europe – USD / 1997 – 5.125% (14/02/2013) Telekom Finanzmanagement – 5% (22/07/2013) 600 1 000.00 1 000.00 1 002.91 595 UBB Divers. Pay. Rights Fin – T – (15/07/2009) 50 79 177.00 79 176.56 79 176.56 3 959 Union Fenosa Finance – 4.25% (02/11/2004) 35 100 000.00 99 957.14 101 325.00 3 499 Union Fenosa Finance – 5% (09/12/2010) 40 100 000.00 99 481.00 100 677.00 3 980 100 100 000.00 103 045.00 106 153.20 10 240 Union Fenosa Finance – 5.875% (26/06/2007) 136 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 13 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros De rendimento fixo – de outros emissores (cont.) Por outros não residentes (cont.) Outras obrigações (cont.) UPM – Kymmene Corp – 6.125% (23/01/2012) 10 000 1 000.00 1 094.30 1 081.70 10 874 Volkswagen Int'l Fin – 4.125% (22/5/2009) 7 500 1 000.00 997.52 999.35 7 483 Zurich Finance (USA) – 5.75% (2/10/2023) 5 000 1 000.00 990.40 1 026.02 57 4 953 843 159 2 346 Papel comercial Brazcomp One – Votorantrad 16 000 16 000 Valores de rendimento variável – emitidos por residentes Acções Alar – Emp. Ibérica de Material Aeronautico, S.A. Apis – Soc. Ind. Parquetes Azarujense Banco Comercial Português Boavista Futebol Clube Brasopi – Comércio de Vestuário 2 200 5 65 000 4.99 9.02 20 29 846 402 1.00 1.78 21 900 5.00 5.00 110 1.77 53 152 327 649 420 1.00 3.99 2 591 8 5.00 112.25 1 Caderno Verde – Comunicação 18 065 4.99 46.59 842 733 Caderno Verde – Comunicação (C) 43 905 1.00 2.85 125 109 Carmo & Braz 65 000 4.99 Buciqueira – SGPS – Cap. Red. – Em. 2001 Casa Hipólito, S.A. Change SGPS, S.A. Cimpor – Cimentos de Portugal, S.A. Companhia Águas da Fonte Santa de Monfortinho, S.A. 17 789 4.99 4.99 89 3 740 000 1.00 1.00 3 740 3 565 1.00 1.89 4.10 10 5.00 4.50 578 14.00 41.42 24 Companhia Aurifícia, S.A. 30 7.00 20.80 1 167 716 2.49 Companhia de Fiação e Tecidos de Fafe, S.A. 240 4.99 1.25 57 200 4.99 0.07 3 269 0.50 1.74 Corticeira Amorim – SGPS 127 419 1.00 2.47 Cosec 251 110 5.00 17.84 100 4.99 4.99 50 2.49 15.56 54 545 4.99 Companhia Portuguesa do Cobre – Imobiliária, S.A. Comundo – Consórcio Mundial de Import.e Export., S.A. Empresa Cinematográfica S. Pedro – Águeda Empresa O Comércio do Porto, S.A. Esence – Soc. Nac. Corticeira – Nom. Estamparia Império – Emp.Industriais e Imobiliários, S.A. 4 1.15 6 4 315 168 4 479 1 170 4.99 7.89 1 11 280 4.99 2.21 25 Eurominas – Electro Metalurgia, S.A. 23 4.99 5.00 Fábricas Vasco da Gama – Ind. Transformadoras, S.A. 33 4.99 22.82 1 32 190 100.00 100.00 3 219 3 335 840 0.50 2.19 7 305 148 4.99 16.95 3 Eurofil – Ind. de Petróleos, Plástico e Filamentos, S.A. Fernando & Irmão, Lda. Finantel, SGPS Fit – Fomento e Industria do Tomate, S.A. Foncar – Org. Industrial Com. Textil, S.A. Futebol Clube do Porto Gap – Gestão Agro-Pecuária, SGPS, S.A. GEIE – Gestão de Espaços de Incub.Empres.S.A. Gregório & Ca. 2 000 7 Companhia Aurifícia, S.A. Companhia de Diamantes de Angola 1 944 6 4.99 4.17 105 000 5.00 5.14 548 4.99 4.99 3 12 500 1.00 1.00 13 1 510 4.99 2.89 4 3.20 203 13 Impresa – SGPS 4 891 1.00 5.26 Incal – Indústria e Comércio de Alimentação, S.A. 2 514 1.13 0.89 2 42 147 4.99 31.01 1 307 1 307 300 000 10.00 12.43 3 729 845 84 5.00 21.17 2 Intersis, S.A. Investimento Directo – Soc. Corretora, S.A. J. Soares Correia – Armazéns de Ferro, S.A. Jotocar – João Tomás Cardoso, S.A. Lisnave – Est. Navais 3.50 539 5 430 10 3 020 4.99 2.49 7 180 5.00 4.99 1 10.85 146 142 41 Matur – Sociedade de Empreend. Tur. da Madeira, S.A. 13 435 5.00 Matur – Sociedade de Empreend. Tur. da Madeira, S.A. 4 5.00 8 190 4.99 4.99 41 127 4.99 4.94 1 405 379 1.00 1.34 542 Maxstor Metalurgia Casal, S.A. Multitema Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 186 137 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros Valores de rendimento variável – emitidos por residentes (cont.) Acções (cont.) Novabase, SGPS Nutroton – Industrias da Avicultura 447 0.50 5.62 11 395 5.00 4.38 Pema, S.A. 532 3.25 0.07 Pirites Alentejanas, S.A. 178 1.00 0.03 2 4.99 Porto de Cavaleiros, SGPS Portugal Telecom – N 4 080 1.00 14.04 76 923 5.00 32.42 107 025 1.00 3.94 10 5.00 Secca – Construções Metálicas – Ac. Ord. Em. 92 3 627 4.99 Secca – Pref. s/ Voto – Em. 92 3 627 4.99 728 1.00 4.35 Ricon Salvador Caetano, Ind. Maq. e Veic. de Transp., S.A. Salvor – Soc. Investimentos Hoteleiros, S.A. Semapa – Soc. Inv. Gestão – SGPS – Stock Split Senal – Soc. Nacional de Promoção de Empresas, S.A. SIC – Soc. Independente de Comunicação Sociedade de Construções ERG Sociedade Industrial Aliança, S.A. Somotel – Soc. Portuguesa de Moteis, S.A. Sonae SGPS Sopeal – Soc. Promoção Educacional Alcacerense, S.A. Sorefame – Socs. Reunidas Fabricações Metálicas, S.A. Sport Lisboa e Benfica (Pub.Geral) Star – Turismo, S.A. SVB, SGPS, S.A. TECMIC Telecine Moro, S.A. 5.90 3 50 7.98 57 25 2 494 422 59 4.99 18 18 4.99 18 18 450 0.50 386 291 5.00 162.90 50 4.99 7.38 2.00 1 2.49 1 420 2.50 0.07 51 868 1.00 2.55 100 4.99 4.99 9.81 3.39 3.60 3 62 928 36 727 132 98 0.90 0.66 31 5.00 16 010 5.00 4.99 80 533 4.99 4.99 3 1 250 4.99 5.00 6 11 324 5.00 121.13 1 372 170 4.99 6.48 1 Terologos – Tecnologias de Manutenção – P 7 960 4.99 4.99 40 Textil Lopes da Costa, S.A. 4 900 4.99 1.70 8 8 5 4.99 5.00 910 Turopa – Operadores Turisticos, S.A. TVTEL – G.P. Unicer – União Cervejeira, S.A. Whatevernet Xelb Cork – Co. e Ind. Cortiça 191 250 4.98 7.18 1 374 1 002 1.00 8.07 8 1 255 128 310 0.50 9.78 87 4.99 4.99 1 152 680 51 316 41 Unidades de participação Fundo BPI – América Fundo Grupo BFE Imobiliário 200 000 0 4.99 4.78 998 73 707 4.99 5.01 5.70 371 1 369 41 13 810 12 134 Outros valores Atlântis – Pref. S/ Voto – Dir. Inc. / Em. 97 Banco Comercial Português – Dir. Inc. – Em. 01 – 2.ª Banco Espírito Santo – Dir. Inc. – Em 2000 Oliva – Direitos de redução 1 11 1 100 Cimpor – Cim. Portugal – SGPS – Dir. Inc. – Em – 99 1 Fabricas Triunfo – Dir. reduçao Em. 2001 8 Soc. Construções Erg / 93 3 Somague – SGPS – Warrant (Obgs. 98) Sonae Industria – SGPS – D.I. / Em. 97 – 2.ª 0.45 5.00 115 015 0.29 1 De rendimento variável – emitidos por não residentes Acções Altitude Software BPI Strategies, LTD. – Class B Cis Corporation 5 984 560 0.04 2.31 5 000 0.01 791.77 808.84 0.10 3 959 39 512 4.49 4.67 6 1 000 000.00 1 000 000.00 6 000 19 000 9.07 9.07 172 172 1 700 0.83 578.59 984 984 Sofaris 13 49.55 94.75 1 Unirisco Galicia 80 1 202.02 1 202.03 European Investment Fund Growela Cabo Verde Liaoyang EFACEC 129 96 25 151 138 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 125 13 415 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros De rendimento variável – emitidos por não residentes (cont.) Acções preferenciais / Perp. Anglo Irish Cap Funding – 7.75% – Pref. Perp. 36 660 25 24.46 25.30 897 BBVA Cap Fund. Cayman – Pref. Perp. – 6.35% 52 800 51.13 44.99 50.45 2 376 BBVA International Ltd. – Pref. Perp. – 7% 50 000 100.00 98.43 104.25 4 921 BCH Eurocapital – Pref. B. – 97 / 2049 – Tx. Vr. 56 739 20.00 17.74 17.62 1 006 7 Central Hispano Euroc. – Acç. Pref. S/ voto – A 200 000 20.00 20.17 19.71 4 033 90 Deutsche BK Cap Fund III – Pref. Perp. 6.6% 100 000 100.00 101.35 101.50 10 135 Erste Finance (Jersey) – 6.625% Pref. Perp 101 820 25.00 23.11 24.15 2 353 12 826 1 000.00 981.70 1 000.00 12 592 Intesa BCI TIER1 FRN – Perp. 38 313 97 Unidades de participação Fundo BPI – Europa (Luxemburgo) 23 405 7.32 Scudder New Europe Fund Inc. 10 000 9.90 171 99 270 Títulos subordinados Axa – 6.75% (15/12/2020) 25 000 1 000 1 090.68 1 115.73 27 183 5 000 1 000.00 996.50 1 017.75 4 984 947 716 004 0.01 0.01 0.01 9 477 5 000 792.00 791.77 791.77 3 959 NBG Finance PLC – Tx. Vr. (25/06/2012) 17 500 1 000.00 997.98 1 008.00 17 469 Santander Central Hispano Iss – 5.25% (21/9/2011) 15 000 1 000.00 1 019.97 1 047.17 Banca Lombarda – T.V. (10/12/2012) BNU – PTE / 1998 – Tx. Vr. (15/10/2008) – Ob. Cx. Sub. K2 Corporation – Tx. Vr. – Pref. Perp 190 15 269 78 341 190 2 433 IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS Partes de capital em empresas associadas Participações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 Aquapor – Serviços, S.A. Auto-Estradas Atlantico II – Conc.Serviços Auto-Estradas do Oeste – Conc. Rodov. Banco Comercial e de Investimentos Caravela Gest, SGPS, S.A. 323 400 5.00 35.78 11 572 1 000 5.00 5.00 5 963 336 5.00 4.99 4 805 96 429 0.33 0.47 7 342 1 634 108 572 5.00 4.99 542 2 768 178 5.00 15.06 41 591 Cosec – Companhia de Seguros de Crédito, S.A. 750 000 5.00 9.40 12 507 F. Turismo – Capital de Risco, S.A. 250 000 5.00 4.99 1 332 1 814 125 5.00 14.91 12 270 11 350 1.00 1.00 11 11 4 900 4.99 49.88 244 244 689 145 0.27 0.81 558 558 Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Finangeste – Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A. Telemanutenção – Assistência Remota e Computadores, S.A. Vera Cruz Exportação – Indústria e Comércio, S.A. Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. 200 15 859 Participações não sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 Auto-Estradas Atlantico II – Conc. Serviços 1 000 5.00 5.00 5 Auto-Estradas do Oeste – Concessões Rodoviárias 2 000 5.00 5.00 10 3 Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A. 2 670 1.00 1.00 3 3 108 656 5 086 Partes de capital em empresas filiais excluídas da consolidação Participações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 BPI, Inc. BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. BPI Strategies Ltd. BPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. Promática – Sociedade Informação e de Organização de Empresas, S.A. 300 13.20 310 200 000 7.24 4 776 1 000 0.01 0.01 10 000 000 5.00 5.21 75 331 150 000 5.00 5.72 540 Simofer – Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. 1.00 80 957 Outras participações financeiras Participações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 No país – em instituições de crédito Lisgarante – Soc. de Garantia Mútua 340 860 1.00 1.00 340 Norgarante – Soc. de Garantia Mútua 238 860 1.00 1.00 238 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 139 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros Outras participações financeiras (cont.) Participações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 (cont.) No país – em instituições de crédito (cont.) SPGM – Sociedade de Investimentos, S.A. – N 990 730 1.00 1.00 988 No país – em outras empresas Alberto Gaspar, S.A. Ambelis – Agência p/ Modernização Economica de Lisboa, S.A. Apor – Agência p/ Modernização do Porto – Cl. B Arco Bodegas Unidas Cofina SGPS Coimbravita – Agência Desenvolvimento Regional 60 000 4.99 4.99 299 107 400 49.88 49.88 20 7 2 877 4.99 4.16 12 63 382 6.01 69.41 4 354 960 0.50 2.76 4 399 2.37 12 018 4.50 806 294 15 000 4.99 4.99 Conduril – Construtora Duriense, S.A. 184 262 5.00 4.37 Digitmarket – Sistemas de Informação, S.A. 742 500 1.00 1.00 764 727 10 000 4.99 4.99 50 16 19 465 EIA – Ensino, Investigação e Administração, S.A. FIEP – Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas SGPS, S.A. 75 3 900 000 4.99 4.99 430 5.00 5.00 Ibersol – SGPS, S.A. 1 265 930 1.00 4.30 3.69 5 444 Impresa – SGPS 8 610 801 1.00 9.02 2.84 63 306 12 50.00 50.00 Gestinsua – Aq. Al. Patrimonio International Factors Group Margueira – Sociedade Gestora de Fundos Investimento Imobiliário, S.A. Mimalha, S.A. NET – Novas Empresas e Tecnologias, S.A. Pararede – SGPS, S.A. PME Capital – Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A. PME Investimentos – Sociedade de Investimentos S.A. 3 362 5.00 4.99 17 4.99 8.27 336 6 099 4.99 0.52 3 4 811 910 0.20 1.44 261 250 5.00 4.99 261 250 5.00 4.99 1.00 10.76 Primus – Prom. e Desenvolvimento Regional, S.A. 8 000 4.99 Sanjimo – Sociedade Imobiliária 1 620 SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A. Soc. Portuguesa de Inovação, Consultoria Empresarial e Fomento da Inovação, S.A. Sodera – Investimentos e Projectos 2 11 753 1 40 557 20 743 391 Portugal Telecom, S.A. 2 0.22 6 951 336 3 053 1 303 1 303 6.90 223 197 18 637 4.99 40 25 4.99 4.99 8 8 738 455 5.00 4.22 3 115 1 196 989 5.00 162.90 146 278 23 413 3 980 5.00 4.99 20 1 812 500 0.01 0.01 8 Soset – Sociedade Desenvolvimento Regional Peninsula Setúbal, S.A. 68 000 4.99 4.99 339 198 Spidouro – Soc. Promoção e Investimento Douro e Tras-os-Montes 15 000 4.99 4.99 75 54 2 500 10.00 10.00 25 2 480 000 5.00 4.99 2 394 Unicre – Cartão Internacional de Crédito 299 265 5.00 3.53 VAA – Vista Alegre Atlantis SGPS (Fusão) 8 391 597 1.00 1.43 0.73 12 036 988 485 1.00 2.71 0.76 2 680 902 4 750 161.25 166.64 792 102 100 15.24 SUBLOC – Locação de submarinos, S.A. Tagusparque – Soc. de Promoção e Desenvolvimento do Parque, S.A. VAA – Vista Alegre Atlantis SGPS (St. Split.) ViaLitoral – Conc. Rodoviária da Madeira 1 057 1 641 No estrangeiro – em outras empresas CLD – Credit Logement Developpment Club Financiero Vigo Empresa Interbancaria de Serviços 1 7 000 15.25 2 17 730.00 18 10.12 InterBancos 100 Nasdaq Europe SA/VN 100 49.96 250.32 25 47 123.95 341.36 36 20 895 9.05 9.05 Swift – Society for Worldwide Inf. Dev Tharwa Finance (dirhams) 6 56 0.72 21 189 510 530 61 305 Participações não sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 No país – em outras empresas Cofina SGPS – Em. 2003 (Conv. War.) 43 400 0.05 1.75 Garval – Sociedade de Garantia Mutua 58 700 1.00 1.00 59 110 000 4.99 14.95 1 645 IES – SGPS Margueira – Sociedade Gestora de Fundos Investimento Imobiliário, S.A. NET – Novas Empresas e Tecnologias, S.A. Pararede – SGPS – Cap. Red. – Em. 2003 140 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 2.37 76 149 5.00 4.99 1 4 440 4.99 5.00 22 21 926 530 0.20 0.20 0.22 4 385 187 Natureza e espécie dos títulos Quantidade Valor nominal Valor médio de aquisição Valor de cotação euros Valor de balanço Provisões m. euros Outras participações financeiras (cont.) Participações não sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 (cont.) No país – em outras empresas (cont.) Plastrade 19 200 5.00 5.00 96 SDEM – Soc. de Desenvolvimento Empr. Madeira, SGPS 937 500 1.00 1.00 938 SIC – Soc. Independente de Comunicação 900 750 5.00 22.20 VAA – Vista Alegre Atlantis – Fusão 237 513 1.00 0.73 20 000 0.73 173 21 2 684 Participações não sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 (cont.) No estrangeiro – em outras empresas Euronext Swift – Society for Worldwide Inf. Dev 130 000 1.00 20.65 13 123.95 1 950.00 25 30 104 187 540 634 61 492 Outras imobilizações financeiras Cauções 363 Empréstimos subordinados 128 Prestações suplementares de capital: Plastrade 154 Contratos de suprimento: Auto Estradas do Oeste, S.A. 11 Caderno Verde Caravela Gest SGPS Digitmarket 167 145 1 354 500 879 Empresa Interbancária de Serviços 48 GEIE – GESTÃO DE ESPAÇOS DE INCB. 23 Intersis 50 50 973 957 Maxstor – Suportes e Matrizes Informáticos, S.A. 23 Contratos de suprimento: Multitema Propaço – Imobiliária de Paço d' Arcos Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A. 245 54 5 112 3 015 136 SVB SGPS, S.A. 2 301 ViaLitoral – Conc. Rodoviária da Madeira 1 069 12 368 4 744 Outros Imobilizações sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 Amsco – African Management Services Com Associação para Escola Gestão do Porto / 2000 Citeve – Cent. Tec. Ind. Tex. Vest. Portugal 1 807 438.17 792 792 2 791.77 24 939.89 50 17 20 498.80 10 Frie Inter-Risco 120 24 939.89 24 939.89 2 993 1 501 Frie – PME Capital 115 24 939.89 24 939.90 2 868 1 336 Frie – PME Capital – Retex 40 24 939.89 24 939.90 997 132 Fun. Cap. Risco P/ Inv. Qual – API CAPITAL II 40 4 987.98 4 987.98 200 25 Fun. Cap. Risco Invest. Qual – PME Inv. 40 24 939.89 24 939.90 997 193 Fun. Cap. Risco P/ Invest. Qual – PME Inv. Fundo Inv. Capital de Risco – F. Turismo Fundo Inv. Imobiliário Margueira Cap. Parque Industrial da Matola – MZM Parque Industrial da Matola – PTE 115 24 939.89 24 939.90 2 868 628 43 24 939.89 25 222.91 1 085 183 2 949 761 4.99 4.99 14 713 295 384 0.03 0.03 10 0.00 52 10 384 620 14 Imobilizações não sujeitas ao regime transitório definido no Aviso do Banco de Portugal n.º 4 / 2002 Fundo Caravela Fundo Inv. Capital de Risco – F. Turismo Fundo Inv. Imobiliário Margueira Cap. Propaço – Soc. Imob. De Paço D' Arcos 2 000 5 000.00 5 000.00 10 000 84 24 939.89 20 610.83 1 731 130 730 4.99 4.99 652 1.00 1.00 1 40 019 4 821 53 032 9 565 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 141 Em 31 de Dezembro de 2003, os valores de balanço e os valores de mercado (ou valores atribuíveis, se aqueles não existirem) das participações financeiras detidas pelo Grupo BPI são: Valor de balanço Valor Mais-valia bruto2 suspensa3 Partes de capital em associadas Aquapor-Serviços,S.A. Auto-Estradas Oeste Auto-Estradas Atlantico II – Conc. Serviços Caravela Gest, SGPS, S.A. Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A. Telemanutenção – Assistência Remota e Computadores, S.A. Vera Cruz Exportação – Indústria e Comércio, S.A. Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.1 11 572 4 815 10 542 14 244 558 15 859 33 614 Outras participações financeiras Alberto Gaspar, S.A. 299 Ambelis – Agência p/ Modernização Economica de Lisboa, S.A. 20 Apor – Agência p/ Modernização do Porto 12 Arco Bodegas Unidas,S.A. 4 399 Associação NASDAQ 25 CLD – Credit Logement Developpment 2 Club Financiero Vigo 18 Cofina, SGPS, S.A. 13 379 Coimbravita – Agência Desenvolvimento Regional 75 Conduril – Construtora Duriense, S.A. 806 Digitmarket – Sistemas de Informação, S.A. 742 EIA – Ensino, Investigação e Administração, S.A. 50 Empresa Interbancária de Serviços 56 Euronext 2 684 FIEP – Fundo para a Internacionalização das Empresas Portuguesas SGPS, S.A. 19 465 Garval – Sociedade de Garantia Mutua 59 Gestinsua – Aq.Al.Patrimonio 2 Ibersol,SGPS,S.A. 5 475 IES – Indústria,Engenharia e Serviços, SGPS, S.A. 1 645 Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais,S.A. 77 694 InterBancos International Factors Group 1 Lisgarante 340 Margueira – Sociedade Gestora de Fundos Investimento Imobiliário, S.A. 18 Mimalha, S.A. 336 NET – Novas Empresas e Tecnologias, S.A. 25 Norgarante 238 ParaRede,SGPS,S.A. 14 466 Plastrade – Comércio Internacional Plásticos, S.A. 96 PME Capital – Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A. 1 303 PME Investimentos – Sociedade de Investimentos S.A. 1 303 Portugal Telecom,S.A. 223 197 Primus – Prom. e Desenvolvimento Regional, S.A. 40 Sanjimo – Sociedade Imobiliária 8 SDEM – Sociedade de Desenvolvimento de Empresas da Madeira, SGPS 938 SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 3 115 SIC – Sociedade Independente de Comunicação,S.A. 214 994 Soc. Portuguesa de Inovação, Consultoria Empresarial e Fomento da Inovação, S.A. 20 Sodera – Sociedade de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 8 Soset – Sociedade de Desenvolvimento Regional Peninsula Setubal, S.A. 339 SPGM – Sociedade de Investimentos 988 Spidouro – Sociedade Promoção e Investimento Douro e Tras-os-Montes 75 SUBLOC – Locação de submarinos, S.A. 25 Swift – Society for Worldwide Inf. Dev 61 Tagusparque – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento do Parque, S.A. 2 394 Tharwa Finance 189 Unicre – Cartão Internacional de Crédito 1 421 VAA – Vista Alegre Atlantis,SGPS,S.A. (Fusão) 11 433 VAA – Vista Alegre Atlantis,SGPS,S.A. 3 295 ViaLitoral – Conc. Rodoviária da Madeira 792 608 365 641 979 Mais (menos) valia latente Provisão Valor líquido 2 433 1 637 9 139 3 178 10 342 3 754 15 253 15 36 (5 385) (3 178) 5 (89) 15 36 15 859 28 528 130 000 134 073 114 141 105 545 192 13 12 105 4 2 12 094 75 806 37 34 56 684 465 59 472 280 (13) 32 (1 102) (4) 1 (12) (1 682) 12 23 (14) (32) 36 57 11 070 29 200 14 244 558 5 086 107 7 294 21 4 6 1 285 (22) Valor de Valor mercado4 atribuível5 12 727 16 2 19 44 3 003 3 10 412 87 829 23 2 92 2 741 30 535 88 2 31 14 388 187 11 753 5 444 1 458 51 553 4 677 930 24 427 1 340 18 513 22 (767) (528) (27 126) (1) 173 4 336 3 130 3 053 18 637 25 8 48 716 23 413 1 198 54 2 364 (776) 615 67 731 67 731 1 641 902 102 61 492 66 578 23 48 115 (2 302) 353 380 92 (61 434) 8 938 3 115 142 865 1 391 11 395 115 322 453 8 280 (27 543) 19 8 141 988 21 23 61 2 394 189 1 057 10 568 1 778 690 479 142 507 670 15 76 213 1 661 31 16 136 8 361 284 6 098 (4) 68 72 673 10 (7) 75 5 967 95 5 041 (4 266) (1 049) 345 (94 093) 11 452 8 1 1 204 25 238 283 96 303 303 560 15 73 353 5 981 449 1 683 1 395 143 126 6 302 729 1 035 199 225 185 824 199 225 319 897 1) A participação na Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. é incluída no perímetro de consolidação do Grupo BPI. 2) O valor bruto de balanço corresponde ao valor de aquisição ou, no caso de participações reavaliadas pelo método da equivalência patrimonial, ao valor da participação do BPI nos capitais próprios. 3) A mais valia suspensa é dedutível ao valor de balanço por o seu reconhecimento como resultado do período se encontrar suspenso. 4) O valor de mercado é determinado pela média de cotações diárias dos últimos seis meses completos. 5) Excepto quanto à Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. e à SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A., o valor atribuível é determinado pelo produto da parte correspondente à situação líquida da sociedade participada pelo factor 1.5. No caso da Viacer, o valor atribuível corresponde a avaliação do BPI; no caso da SIC, o valor atribuível depende do valor de mercado da Impresa e corresponde à percentagem do valor da SIC considerada no valor da Impresa, de acordo com avaliação do BPI. 142 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 4. NOTAS 4.1. Caixa e disponibilidades em bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 2002 Caixa 162 352 152 525 Depósitos à ordem no Banco de Portugal 311 941 310 569 Depósitos à ordem em bancos centrais estrangeiros 77 313 61 012 551 606 524 106 A rubrica DEPÓSITOS À ORDEM NO BANCO DE PORTUGAL inclui os depósitos constituídos para satisfazer as exigências do Sistema de Reservas Mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e correspondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC. 4.2. Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: Cheques a cobrar Outras disponibilidades A rubrica CRÉDITO E JUROS VENCIDOS respeita a créditos sobre um Banco Central. O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota 4.27. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: Até 3 meses Cheques a cobrar Outras disponibilidades 1 834 935 2 510 173 418 542 339 304 De 1 a 5 anos 127 655 300 385 11 804 Indeterminado 2003 2002 5 375 30 869 313 199 180 631 12 944 12 295 145 311 98 112 6 537 8 158 11 330 065 O saldo da rubrica CHEQUES A COBRAR SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS corresponde a cheques sacados por terceiros sobre outras instituições monetárias residentes, os quais, em geral, não permanecem nesta conta por mais de um dia útil. 4.3. Outros créditos sobre instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 2002 Aplicações em bancos centrais No Banco de Portugal 94 051 Outros 186 638 4 172 94 051 190 810 Aplicações em outras instituições monetárias No estrangeiro Crédito e juros vencidos Provisões para crédito vencido Provisões para risco país 3 167 980 Crédito a curto prazo Interno Desconto Créditos titulados por efeitos 2003 2002 372 685 370 923 205 945 307 050 2 438 499 2 709 102 Descobertos em depósitos à ordem 627 348 521 559 Créditos tomados – factoring 364 983 305 682 Créditos em conta corrente Outros créditos 72 284 7 212 208 524 257 766 4 290 268 4 479 294 25 089 23 111 Imobiliário 6 418 219 5 537 166 Outros 4 567 273 4 228 502 Ao exterior Crédito a médio e longo prazos Interno Desconto Empréstimos Créditos titulados por efeitos 25 540 15 186 Créditos em conta corrente 151 367 174 738 Outros créditos 44 000 1 873 1 874 782 405 884 484 11 971 766 10 865 061 40 016 100 087 Locação financeira mobiliária 797 101 594 348 40 016 144 087 Locação financeira imobiliária 470 285 401 945 11 223 19 892 323 141 619 878 1 944 105 2 213 205 2 267 246 2 833 083 Crédito e juros vencidos 239 167 254 028 2 401 313 3 167 980 Provisões para crédito de cobrança duvidosa (25 586) (21 383) (118 333) (120 077) Aplicações em outras instituições de crédito No país 6 314 2 401 313 4.4. Créditos sobre Clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: Ao exterior Mercado monetário interbancário Outros 20 181 Nota: não inclui crédito e juros vencidos. 483 377 Títulos de depósito 2002 De 3 meses a 1 ano Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Depósitos à ordem 2003 Superior a 5 anos Disponibilidades sobre instituições de crédito no País Depósitos à ordem constituição das disponibilidades mínimas de caixa entrado em vigor em 1 de Novembro de 1994. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, estes títulos venciam juros às taxas de 2.05% e 3.28%, respectivamente. Empréstimos subordinados Aplicações de recursos consignados 83 016 100 019 Provisões para crédito vencido (82 922) (99 790) Provisões para risco país (20) 3 205 626 17 543 848 16 361 166 (750) (1 142) (28) (144 669) (142 602) (82 942) (99 818) 17 638 346 16 472 592 2 401 387 3 168 181 Os títulos de depósito representam depósitos constituídos junto do Banco de Portugal sob forma escritural que foram subscritos, em montantes fixados pelo Banco Central, no âmbito da alteração do regime de O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota 4.27. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 143 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, esta rubrica apresenta a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 2003 2002 Até 3 meses 2 312 489 2 416 919 De 3 meses a 1 ano 1 940 930 2 266 076 De 1 a 5 anos 3 105 592 2 892 975 Superior a 5 anos 9 677 695 8 393 941 Indeterminado 507 142 391 255 17 543 848 16 361 166 Nota: não inclui crédito e juros vencidos. 4.5. Obrigações e outros títulos de rendimento fixo Esta rubrica tem a seguinte composição: Valor de balanço 2003 Valor de mercado 2002 2003 2002 A. Emissores públicos Títulos cotados De negociação Obrigações de emissores públicos nacionais Taxa fixa Obrigações de emissores públicos estrangeiros 27 190 302 460 27 190 302 460 1 091 002 1 081 566 1 091 002 1 081 566 597 313 723 767 615 101 742 725 40 154 37 385 1 773 447 2 165 085 De investimento Obrigações de emissores públicos nacionais Taxa fixa Taxa variável Obrigações de emissores públicos estrangeiros 949 40 068 36 307 1 755 573 2 145 047 Provisões para depreciação de títulos 949 (2) B. Outros emissores Títulos cotados De negociação Obrigações de organismos financeiros internacionais 16 128 16 128 Obrigações de outros emissores estrangeiros 10 243 10 243 De investimento Obrigações de outros emissores nacionais 40 257 69 298 40 019 68 246 Obrigações de organismos financeiros internacionais 42 529 42 530 42 406 41 811 Obrigações de outros emissores estrangeiros 834 392 310 304 847 550 311 180 Títulos subordinados 78 341 9 477 79 576 9 184 Provisões para depreciação de títulos (3 104) (4 836) 1 018 786 426 773 1 035 922 430 421 Títulos não cotados De negociação Obrigações de outros emissores estrangeiros 574 De investimento Obrigações de outros emissores nacionais 142 386 Obrigações de organismos financeiros internacionais Obrigações de outros emissores estrangeiros 24 767 24 641 167 153 283 396 195 2 358 Provisões para depreciação de títulos (346) Provisões para risco país Títulos e juros vencidos Provisões para títulos e juros vencidos Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OBRIGAÇÕES DE OUTROS da carteira de investimento, inclui 139 036 m. euros e 137 208 m. euros, respectivamente, relativos a papel comercial. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OBRIGAÇÕES DE OUTROS EMISSORES ESTRANGEIROS NÃO COTADAS, da carteira de EMISSORES NACIONAIS NÃO COTADAS, 144 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 141 068 117 459 (409) (195) (341) 0 2 017 1 185 939 711 777 investimento, inclui 16 000 m. euros e 19 833 m. euros, respectivamente, relativos a papel comercial. O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota 4.27. 4.6. Acções e outros títulos de rendimento variável Esta rubrica tem a seguinte composição: Valor de balanço Títulos cotados De negociação Acções Unidades de participação Flutuação de valores Provisões para depreciação de títulos De investimento Acções Acções preferenciais Outras unidades de participação Provisões para depreciação de títulos Títulos não cotados De negociação Acções De investimento Acções Unidades de participação em FRIEs Outras unidades de participação Provisões para depreciação de títulos Valor de mercado 2003 2002 2003 2002 38 554 382 706 (4) 10 004 462 13 39 255 382 10 017 462 58 728 38 313 1 369 (1 143) 136 905 9 707 68 284 490 (3 728) 85 232 57 826 39 181 1 377 7 886 66 629 601 138 021 85 595 62 607 119 103 270 (63 726) 55 647 192 552 58 924 10 225 3 990 (71 278) 64 468 149 700 O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota 4.27. Em 31 de Dezembro de 2003, as unidades de participação em FRIEs estão registadas na carteira de outras imobilizações financeiras (nota 4.12). 4.7. Partes de capital em empresas associadas As partes de capital em empresas associadas correspondem a: Participação efectiva (%) 1 Aquapor – Serviços, S.A. Auto-Estradas do Oeste S.A.2 Auto-Estradas do Atlântico II, S.A. Banc Post S.A.3 Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L. Caravela Gest, SGPS, S.A. Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Cosec – Companhia de Seguros de Crédito, S.A. F. Turismo – Capital de Risco, S.A. Finangeste – Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. Sociedade Imobiliária Urbanização do Parque, S.A.4 Telemanutenção – Assistência Remota a Computadores, S.A.4 Vera Cruz Exportação – Indústria e Comércio, S.A.4 Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Valor de balanço (líq.) 2003 2002 2003 2002 24.5 20.0 20.0 24.5 9 139 3 178 10 11 070 17.0 30.0 16.7 35.0 50.0 25.0 32.8 28.0 22.8 20.9 26.0 16.7 35.0 50.0 25.0 32.8 22.8 20.9 26.0 17 424 7 342 342 41 591 12 507 1 332 12 270 37 11 1 11 542 734 610 338 807 122 15 859 103 570 15 314 106 961 Nota: O valor de balanço das empresas associadas integradas no Grupo BPI (nota 1) corresponde à reavaliação da participação pelo método de equivalência patrimonial. 1) Esta participação não é incluída no perimetro de consolidação por o Grupo BPI dispôr de uma opção de venda. 2) Esta participação não é incluída no perimetro de consolidação por se encontrarem em perspectiva transacções sobre o capital social desta empresa no âmbito das quais a participação do Grupo BPI deverá ficar abaixo dos 20%. 3) Esta participação foi vendida durante o exercício de 2003. 4) Esta participação está integralmente provisionada. O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota 4.27. Em 31 de Dezembro de 2003, os saldos respeitantes a operações com as empresas associadas integradas no Grupo BPI são os seguintes: Crédito concedido 95 679 Devedores Depósitos 379 25 361 Credores 92 Garantias prestadas 4 389 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 145 4.8. Partes de capital em empresas filiais excluídas da consolidação As partes de capital em empresas filiais excluídas da consolidação correspondem a: Participação efectiva (%) BPI, Inc BPI Locação de Equipamentos, Lda.1 BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. BPI Rent – Comércio e Aluguer de Bens, Lda.2 BPI Strategies, Ltd. BPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. Douro – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.1 Eurolocação – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamento, S.A.1 Promática – Sociedade de Informação e de Organização de Empresas, S.A. Simofer – Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda.3 Nota: 1) 2) 3) Valor de balanço (líq.) 2003 2002 2003 2002 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 310 117 4 776 4 758 4 596 75 331 540 34 196 3 797 470 1 065 80 957 48 999 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 O valor de balanço das empresas filiais integradas no Grupo BPI (nota 1) corresponde à reavaliação da participação pelo método de equivalência patrimonial. Em 31 de Dezembro de 2003 esta participação passou a ser consolidada pelo método de integração global. Em 30 de Junho de 2003 esta participação passou a ser consolidada pelo método de integração global. O valor desta participação para efeitos de consolidação é nulo, estando constituída uma provisão (na rubrica PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS) para fazer face aos prejuízos acumulados pela empresa. Em 31 de Dezembro de 2003, os saldos respeitantes a operações realizadas por empresas do Grupo BPI com as suas filiais não consolidadas pelo método de integração global são os seguintes: Crédito concedido 24 010 Depósitos 7 818 Credores 21 Garantias prestadas 3 4.9. Outras participações financeiras Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 2002 Títulos cotados Acções 333 756 341 678 333 756 341 678 Títulos não cotados Acções Provisões para depreciação de participações 146 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 206 878 167 358 206 878 167 358 540 634 509 036 (61 492) (23 872) 479 142 485 164 O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota 4.27. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo desta rubrica corresponde a: Participação efectiva (%) Arco Bodegas Unidas Valor de balanço (líq.) 2003 2002 2003 2002 1.8 1.8 4 105 4 350 B.A. – Fábrica de Vidros Barbosa & Almeida, S.A.1 14.5 16 039 Cofina, SGPS, S.A. 8.6 8.7 12 094 Conduril – Construtora Duriense, S.A. 7.7 7.7 806 805 Euronext 0.1 0.2 2 684 3 924 FIEP – Fundo para a Internacionalização das Emp. Portuguesas SGPS, S.A.2 19.5 11 907 19 465 Ibersol – SGPS, S.A. 6.3 6.3 5 444 IES – Indústria, Engenharia e Serviços, SGPS, S.A. 4.6 13.3 1 458 1 327 Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 10.3 10.3 51 553 57 489 Pararede – SGPS, S.A. 12.2 3.8 8 283 3 898 4.8 4.8 1 303 1 303 PME Capital – Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A. 5 373 PME Investimentos – Sociedade de Investimentos, S.A. 4.8 4.8 1 303 1 303 Portugal Telecom, S.A. 1.7 1.7 204 560 216 899 SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 15.0 15.0 3 115 3 115 SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A.3 34.9 19.9 142 865 137 497 S.P.G.M. – Sociedade de Investimentos, S.A. 13.2 15.5 988 1 932 Tagusparque, S.A. 11.0 11.0 2 394 2 394 Unicre – Cartão Internacional de Crédito, S.A. 17.6 17.6 1 057 1 057 VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. 16.5 16.6 12 346 13 420 ViaLitoral – Concessão Rodoviária da Madeira2 SDEM – Sociedade de Desenvolvimento de Empresas da Madeira, SGPS2 Outras Nota: 1) 2) 3) 4.8 690 18.8 938 1 691 1 132 479 142 485 164 O quadro individualiza as participações financeiras de montante global superior a 500 mil euros (líquidas de provisões). Participação alienada no segundo semestre de 2003, na sequência do lançamento de uma oferta pública geral de aquisição. Em 31 de Dezembro de 2002 esta participação estava registada na rubrica OUTRAS IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS. Em 2003, o Banco BPI adquiriu uma participação adicional de 15% do capital social da SIC. O Banco dispõe de autorização temporária para manutenção desta participação ao custo de aquisição, líquido de provisões. Em 31 de Dezembro de 2003, o Grupo BPI detém ainda uma participação de 6.4% registada na carteira de investimento. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 147 4.10. Imobilizações incorpóreas Esta rubrica tem a seguinte composição: Valor bruto Saldo em 31-12-02 Trespasse Despesas de estabelecimento Custos plurienais Despesas de investigação e desenvolvimento Abates Transferências e outros (97) 481 221 (9) (712) 12 503 578 13 003 Saldo em 31-12-03 Aquisições 3 846 (92) 3 754 22 312 13 22 325 Sistemas de tratamento automático de dados 51 006 1 313 (84) 542 52 777 Outras imobilizações 13 132 1 589 (2) 875 15 594 103 877 3 123 (95) 529 107 434 242 1 919 104 119 5 042 (95) Saldo em 31-12-02 Aquisições Alienações e abates 203 337 1 560 6 679 29 (1 485) 2 784 8 007 82 260 2 589 (7) 3 995 88 837 2 664 4 553 (3 522) 3 695 Imobilizações em curso (1 806) 355 (1 277) 107 789 Transferências e outros Saldo em 31-12-03 11 342 216 239 4.11. Imobilizações corpóreas Esta rubrica tem a seguinte composição: Valor bruto Imóveis em uso Imóveis de serviço próprio Outros imóveis Obras em imóveis arrendados Imóveis em curso Imóveis de serviço próprio Outros imóveis Obras em imóveis arrendados 3 090 6 794 298 030 15 525 (1 492) (3 670) 6 214 10 929 322 992 Mobiliário e material 37 866 3 571 Máquinas e ferramentas 14 792 722 (1 050) 174 40 561 (2 493) (209) Equipamento informático 123 512 5 481 12 812 (2 224) 2 739 129 508 76 097 Equipamento Instalações interiores 64 460 853 (41) 10 825 Material de transporte 18 389 9 790 (2 923) (8 249) 17 007 Equipamento de segurança 16 370 1 479 (44) 574 18 379 Outro equipamento 249 1 148 (1) (1 118) 278 275 638 23 044 (8 776) 4 736 294 642 Património artístico 1 969 325 (18) 135 Outras imobilizações em locação financeira 1 677 Outras imobilizações Imobilizado em locação operacional Outras 2 411 1 677 3 632 9 031 12 663 14 335 97 (4) 19 14 447 17 981 4 054 (22) 9 185 31 198 7 759 21 880 (13 470) 16 169 59 107 (69) 97 21 900 8 986 (23 558) 7 328 Imobilizações em curso Equipamento Outras imobilizações Adiantamentos por conta de imobilizações 148 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 29 718 30 973 621 367 73 596 (10 290) (37 097) 23 594 (12 247) 672 426 Amortizações Saldo em 31-12-02 Amortizações do exercício Valor líquido Saldo em 31-12-03 Saldo em 31-12-03 Saldo em 31-12-02 58 316 165 454 (462) 12 306 197 465 3 604 150 517 Alienações e abates Transferências e outros (9) (21) 124 134 12 538 239 3 329 296 17 618 2 930 20 548 1 777 4 694 43 408 4 659 (84) 4 47 987 4 790 7 598 11 613 824 (2) (27) 12 408 3 186 1 519 88 630 9 082 (448) 97 169 10 265 15 247 355 242 88 630 9 082 (448) 97 169 10 620 15 489 Saldo em 31-12-02 Amortizações do exercício Transferências e outros Saldo em 31-12-03 Saldo em 31-12-03 Saldo em 31-12-02 63 344 3 538 (595) 66 287 149 952 139 993 1 850 124 (493) 397 1 878 6 129 4 829 49 521 7 229 (6) 473 57 217 31 620 32 739 3 695 2 664 Amortizações Alienações e abates Valor líquido 6 214 3 090 275 125 382 197 610 183 315 (1 008) 69 28 308 12 253 11 288 (2 487) (78) 10 742 2 070 2 432 (1 995) (205) 112 931 16 577 19 536 (39) 150 44 239 31 858 24 583 (2 491) (201) 12 578 4 429 6 392 (40) (21) 12 681 5 698 5 323 12 (1) 28 255 23 33 206 051 24 002 (8 061) (258) 221 734 72 908 69 587 1 077 580 114 715 10 891 (499) 26 578 2 669 12 360 947 103 976 11 155 39 877 4 251 11 997 3 273 11 047 1 695 216 1 203 (2) 2 411 1 969 1 657 20 600 1 201 11 462 8 447 1 253 (4) 8 9 704 4 743 5 888 9 524 3 036 (4) 6 12 562 18 636 8 457 16 169 7 759 330 290 37 929 (8 564) 23 359 678 97 59 7 328 21 900 23 594 29 718 312 748 291 077 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 149 4.12. Outros activos Esta rubrica tem a seguinte composição: Ouro, metais preciosos e numismática Outras disponibilidades Devedores Bonificações a receber Adiantamentos BPI Taxa Garantida Cessão de créditos à Finangeste Impostos a recuperar Outros Aplicações por recuperação de créditos Imóveis Outros Devedores por operações com futuros e opções Outras aplicações Outras imobilizações financeiras 2003 2002 1 644 76 1 321 83 31 361 21 921 11 136 29 185 35 020 4 274 10 641 26 323 53 032 224 613 Provisões para devedores de cobrança duvidosa (19) Provisões para aplicações por recuperação de créditos (5 490) Provisões para depreciação de outras imobilizações financeiras (9 565) (15 074) 209 539 O detalhe do saldo da rubrica OUTRAS IMOBILIZAÇÕES Dezembro de 2003 é apresentado na nota 3.3. FINANCEIRAS 44 37 7 10 22 612 168 515 962 197 35 002 3 062 1 857 17 187 84 655 265 621 (55) (7 238) (6 646) (13 939) 251 682 em 31 de 4.13. Contas de regularização (activo) Esta rubrica tem a seguinte composição: Despesas com custo diferido De responsabilidades representadas por títulos De campanhas de publicidade De contribuições para fundos de pensões De prémios de opções associadas às operações Capital Seguro De operações de swap De outras operações extrapatrimoniais Outras Flutuação de valores Fundos de pensões Outras Outras contas de regularização Dividendos antecipados relativos a acções preferenciais Operações sobre valores mobiliários a regularizar Operações activas a regularizar Reavaliação de opções compradas associadas às operações Capital Seguro Outras 150 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Saldo no início do exercício 2003 2002 9 527 18 603 Despesas efectuadas no exercício 11 462 3 809 Imputação a custos efectuada no exercício (9 767) (12 885) Alteração no método de consolidação do Banco de Fomento Moçambique Saldo no fim do exercício (5) 11 217 9 527 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo das despesas com custo diferido / contribuições para fundos de pensões inclui os seguintes saldos (nota 4.20): Acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas Perdas resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e os valores efectivamente realizados1 Perdas resultantes de alterações nos pressupostos actuariais2 Excesso de cobertura dos fundos de pensões 2003 2002 138 513 87 027 75 65 3 486 2 204 20 001 1 539 162 075 90 835 1) Valores relativos à BPI Fundos. 2) Decorrentes da atribuição de um plano de pensões complementares a um grupo de quadros directivos. O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota 4.27. Proveitos a receber De aplicações em instituições de crédito De crédito De títulos De operações cambiais, de taxas de juro e sobre cotações (swaps) Reavaliação das obrigações Capital Seguro e Risco Limitado Outros Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo das despesas com custo diferido / campanhas de publicidade resulta de: 2003 2002 3 526 51 661 39 934 9 366 67 879 35 888 286 275 360 559 30 422 411 818 72 860 41 537 588 089 15 231 11 217 162 075 6 939 9 527 90 835 36 527 535 2 24 014 249 601 61 676 8 305 37 9 408 186 727 25 637 358 120 390 243 8 248 0 53 945 9 568 3 148 45 593 7 181 3 497 98 866 760 285 4 928 6 504 190 374 965 190 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica FLUTUAÇÃO DE VALORES / FUNDOS DE PENSÕES corresponde a perdas actuariais acumuladas relativas à cobertura das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência, resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros e os valores efectivamente realizados (pelo montante enquadrável no “corredor”), nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001 de 23 de Novembro. Em 2003, os ganhos actuariais provocaram uma diminuição do saldo desta rubrica, dando origem a um excesso de cobertura nos fundos de pensões no montante de 20 001 m. euros. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OPERAÇÕES SOBRE VALORES MOBILIÁRIOS A REGULARIZAR corresponde ao valor líquido das operações sobre valores mobiliários registadas entre a data de execução das operações e a data prevista nos regulamentos para a respectiva liquidação financeira (nota 4.18). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OPERAÇÕES ACTIVAS A REGULARIZAR inclui 14 306 m. euros relativos a impostos em contencioso pagos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 248-A / 02, de 14 de Novembro. 4.14. Débitos para com instituições de crédito Esta rubrica tem a seguinte composição: À vista No País No estrangeiro A prazo ou com pré-aviso Recursos do Banco de Portugal Depósitos a prazo Operações de venda com acordo de recompra Recursos de outras instituições monetárias Mercado monetário interbancário Depósitos a prazo ou com pré-aviso Outros Recursos de outras instituições de crédito No País Depósitos a prazo ou com pré-aviso Outros No estrangeiro Organismos financeiros internacionais Depósitos a prazo ou com pré-aviso Margens para cobertura de derivados Outros Vendas a descoberto 2003 2002 17 849 11 199 29 048 31 133 14 615 45 748 20 289 150 134 170 423 0 215 000 69 412 4 177 288 589 219 000 278 401 31 913 529 314 911 276 594 3 501 286 177 912 658 019 4 614 722 1 093 489 6 167 223 6 196 271 264 970 3 211 722 216 283 1 003 697 4 710 528 1 341 666 6 581 508 6 627 256 Os débitos para com instituições de crédito a prazo ou com pré-aviso apresentam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: Até 3 meses 2003 2002 4 224 047 5 363 623 De 3 meses a 1 ano 852 410 De 1 a 5 anos 646 560 525 290 Superior a 5 anos 325 130 325 135 Indeterminado 119 076 367 460 6 167 223 6 581 508 4.15. Débitos para com Clientes Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 2002 871 989 868 361 5 325 681 4 922 142 5 983 687 6 434 065 2 679 11 959 74 102 68 641 Depósitos de poupança Outros débitos A prazo Depósitos Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica OUTROS RECURSOS A PRAZO – outros inclui 52 451 m. euros relativos a contas caução provenientes da BPI Rent cujas demonstrações financeiras passaram a ser consolidadas pelo método de integração global em Junho de 2003. Os DÉBITOS PARA COM CLIENTES A PRAZO (incluindo depósitos de poupança) apresentam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento: 2003 Empréstimos Outros recursos Cheques e ordens a pagar Recursos por operações sobre futuros e opções 10 027 5 853 Outros 87 467 19 909 6 157 962 6 540 427 12 355 632 12 330 930 2002 Até 3 meses 3 880 168 4 062 898 De 3 meses a 1 ano 2 236 184 2 538 029 876 444 583 803 De 1 a 5 anos 13 851 5 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo dos recursos de outras instituições de crédito no estrangeiro inclui, respectivamente, 1 017 895 m. euros e 391 896 m. euros de fundos captados pelas sucursais financeiras exteriores do Banco BPI. À vista Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica DÉBITOS PARA COM CLIENTES inclui, respectivamente, 1 201 926 m. euros e 779 956 m. euros de depósitos de Fundos de Investimento geridos pelo Grupo BPI bem como de depósitos da BPI Vida (sociedade que processa os seguros de capitalização vendidos pelo Grupo BPI). Superior a 5 anos Indeterminado 0 9 259 37 155 214 799 7 029 951 7 408 788 4.16. Débitos representados por títulos Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 Obrigações em circulação Obrigações de caixa de taxa fixa BBPI Cayman 16/06/03-2008 3.30% BBPI Cayman 08/03/2001-2007 4.25% BBPI Cayman Rendimento Cresc. USD 2008 BBPI Cayman USD 28/05/02-2005 4% BBPI Rendimento Crescente EUR 2003-2008 BBPI Rendimento Crescente USD 2003-2008 BBPI Rendimento Fixo 2 Anos 4.00% BBPI Rendimento Fixo 2 Anos 4.10% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.15% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.35% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.55% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.65% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.70% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.80% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.90% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.00% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.10% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.25% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.40% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.50% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.60% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.75% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.85% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.00% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.10% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.20% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.25% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.40% BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.65% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 3.50% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.10% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.28% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.40% BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.50% BBPI Rendimento Fixo 7 Anos 4.04% BBPI Rendimento Fixo Crescente BPI 95 / Cupão Zero BPI 96 – 1.ª Emissão / Cupão Zero BPI 97 – 1.ª Emissão / Cupão Zero 100 000 5 000 20 690 32 906 29 248 332 3 623 500 1 988 3 416 6 806 9 159 5 189 1 688 5 042 11 119 2 460 6 458 10 004 1 835 38 497 1 668 36 962 16 209 1 114 4 400 81 022 1 820 62 859 5 000 821 3 850 750 24 565 2 032 768 2002 5 000 39 979 3 623 500 749 6 828 10 338 1 889 39 690 1 696 38 429 38 095 23 047 16 434 85 268 11 787 1 261 65 463 5 000 866 3 973 750 21 539 5 544 2 032 768 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 151 2003 Obrigações de caixa de taxa variável BBPI Cayman 01/03/2001-2006 15 000 BBPI Cayman 03/05/2001-2006 600 000 BBPI Cayman 06/06/2003-2005 500 000 BBPI Cayman 09/02/2001-2004 400 000 BBPI Cayman 15/12/2003-2007 250 000 BBPI Cayman 18/03/2002-2005 400 000 BBPI Cayman 26/02/2001-2003 BBPI Cayman 28/07/2000-2003 BBPI Cayman USD 20/10/2010 BBPI Cayman CZK 15/09/2008 30 814 BBPI Cayman EMT 15/11/2005 22 500 BBPI Cayman EMT 30/05/2006 10 000 BBPI Cayman HKD 10/09/2007 10 199 BBPI Rendimento Variavel 3 Anos 31 114 Obrigações de caixa de rendimento variável 1 BBPI Capital Seguro Euribor Crescente 2003-2008 24 862 BBPI Capital Seguro Triple Chance 2006 2 000 BBPI Capital Seguro Euribor 6% 12/03/2003-08 25 262 BBPI Capital Seguro 10 Uncommon Values USD / 2000 2 755 BBPI Capital Seguro American Call / 2003-2008 3 000 BBPI Capital Seguro American Call II / 2003-2008 3 000 BBPI Capital Seguro American Call III / 2003-2008 700 BBPI Capital Seguro Biotecnologia USD / 2000 3 653 BBPI Capital Seguro Brasil / 99 1 507 BBPI Capital Seguro Cinco Mais 2002 19 120 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / 2000 46 731 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / 2000 2.ª Emissão 47 354 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / 2000 3.ª Emissão 50 378 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / 2000 4.ª Emissão 48 347 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis USD / 2000 3 948 BBPI Capital Seguro Directo 2001 1 181 BBPI Capital Seguro Euro BBPI 2000-2003 BBPI Capital Seguro Euro Best Of 9 2003-2009 4 000 BBPI Capital Seguro Euro Imobiliário 2002-2007 5 714 BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 / 2003 BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 / 2007 8 784 BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 / 2008 2 500 BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 2001-2004 650 BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 2005 1 263 BBPI Capital Seguro Grandes Marcas 2003-2009 34 773 BBPI Capital Seguro Grandes Marcas II 2003-2008 2 825 BBPI Capital Seguro Healthcare 2001-2006 5 120 BBPI Capital Seguro Healthcare 2006 – 2.ª emissão 2 486 BBPI Capital Seguro Imobiliário 2002 42 350 BBPI Capital Seguro Índices Mundiais 2001 37 438 BBPI Capital Seguro Inflação Plus 2003-2008 26 653 BBPI Capital Seguro Inflação Zona Euro 10 anos 34 950 BBPI Capital Seguro Internet Euro / 99 31 438 BBPI Capital Seguro Internet Euro / 99 – 2.ª Emissão 13 912 BBPI Capital Seguro Internet USD / 99 1 460 BBPI Capital Seguro Libor Digital EUR 2003-2004 10 500 BBPI Capital Seguro Multinacionais / 1999 40 386 BBPI Capital Seguro Portugal / 1999 11 339 BBPI Capital Seguro PTNC 2004 3 735 BBPI Capital Seguro Quattro 2004 23 262 BBPI Capital Seguro Rendimento Euribor 5.75% 2001 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 25% 2002-2005 4 758 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 27.5% 2001-2004 6 220 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 27.5% 2002-2005 23 336 152 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 2002 15 000 600 000 400 000 400 000 100 000 300 000 47 678 22 500 10 000 3 566 4 796 1 578 19 766 49 212 49 470 54 029 50 813 5 406 1 268 2 500 5 860 7 500 8 940 2 500 650 1 490 5 203 2 498 42 700 38 880 10 000 32 778 14 632 3 711 43 841 11 998 4 285 25 047 37 638 5 583 7 659 24 250 2003 Obrigações de caixa de rendimento variável (cont.)1 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 5% 2002 37 591 BBPI Capital Seguro Reverse Euribor 2003-2008 38 511 BBPI Capital Seguro Reverse Euribor 2003-2010 4 980 BBPI Capital Seguro Reverse Libor CHF 2003-2008 2 682 BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD I 2002-2007 BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD II 2003-2008 23 540 BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD III 2003-2007 50 331 BBPI Capital Seguro Selecção Europa 2003 – 1.ª emissão BBPI Capital Seguro Selecção Europa 2003 – 2.ª emissão BBPI Capital Seguro Zona Euro 2003 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2004 18 824 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2005 2.ª Emissão 42 133 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2006 23 154 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2006 – 2.ª emissão 20 975 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2007 26 535 BBPI Cayman EMT 08/08/2008 Index Link 180 000 BBPI Cayman EMT 15/11/2005 Index Link 7 500 BBPI Cayman EMT 18/10/2006 Index Link 63 525 BBPI Cayman EMT 26/06/2008 Index Link 119 276 BBPI Cayman EMT 28/11/2008 Inf Link 129 740 BBPI Cayman Global Brands 2003-2009 250 BBPI Cayman Global Brands II 2003-2008 2 080 BBPI Risco Limitado 10 Uncommon Values USD / 2000 506 BBPI Risco Limitado 80 Cabaz Indices 2008 5 000 BBPI Risco Limitado 90 Cabaz Indices 2008 5 000 BBPI Risco Limitado Biotecnologia USD / 2000 1 359 BBPI Risco Limitado Comunicações Móveis USD / 2000 6 710 BBPI Risco Limitado Euro PT 2000 – 2.ª emissão BBPI Risco Limitado Euro Stoxx 50 2005 2 980 BBPI Risco Limitado Euro Telefonica 2000 BBPI Risco Limitado Portugal Telecom 2002 BBPI Risco Limitado Portugal Telecom 2002-2004 8 702 BBPI Risco Limitado Portuguese Basket 2003-2006 3 100 BBPI Risco Limitado PT 2001 BBPI Risco Limitado Tecnologia 2001 BFB Capital Seguro Europa-100 / 98 BFB Capital Seguro França / 98 BFB Capital Seguro Itália / 98 BFB Capital Seguro Japão / 98 BFB Capital Seguro Portugal / 98 BFB Risco Limitado Europa & América / 98 Outros Certificados de depósito 448 4 298 509 2002 38 640 38 142 30 605 27 470 47 724 19 613 44 547 24 673 22 796 29 548 7 500 63 525 3 051 8 375 20 341 1 460 2 980 4 610 2 500 9 164 6 500 7 140 33 750 16 117 16 563 26 922 81 063 337 3 541 429 1) O Grupo BPI dispõe de opções para cobertura dos riscos de variação dos custos suportados com estas obrigações. As emissões de títulos a que se referem os saldos em 31 de Dezembro de 2003 têm as características seguintes: Valor nominal Remuneração Taxa de juro em vigor a 31-12-03 (%) Data de reembolso Obrigações de caixa de taxa fixa BBPI Cayman 16/06/03-2008 3.3% BBPI Cayman 08/03/2001-2007 4.25% 100 000 5 000 Fixada em 3.3% 3.3 Junho de 2008 Fixada em 4.25% 4.25 Agosto de 2007 2.75 Abril de 2008 4.0 Maio de 2005 Fixada em 3.25% em 2004, 3.50% em 2005, 3.75% em 2006, 4.0% em 2007 e 4.25% em 2008 3.25 Maio de 2008 Fixada em 2.75% em 2004, 3.25% em 2005, 3.5% em 2006, 3.75% em 2007 e 4.0% em 2008 2.75 Abril de 2008 BBPI Cayman Rendimento Crescente USD 2008 (2 emissões) 21 441 (USD 27 080 000) Fixada em 2.75% em 2004, 3.25% em 2005, 3.5% em 2006, 3.75% em 2007 e 4.0% em 2008 BBPI Cayman USD 28/05/02-2005 4% 34 081 (USD 43 044 000) Fixada em 4% BBPI Rendimento Crescente EUR 2003-2008 29 500 BBPI Rendimento Crescente USD 2003-2008 332 (USD 420 000) BBPI Rendimento Fixo 2 Anos 4.% (2 emissões) BBPI Rendimento Fixo 2 Anos 4.1% 3 698 Fixada em 4.0% 500 4.0 Entre Março de 2004 e Abril de 2004 Abril de 2004 Fixada em 4.1% 4.1 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.15% (2 emissões) 2 028 Fixada em 2.15% 2.15 Entre Junho de 2006 e Julho de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.35% (2 emissões) 3 425 Fixada em 2.35% 2.35 Entre Junho de 2006 e Julho de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.55% (2 emissões) 7 063 Fixada em 2.55% 2.55 Entre Março de 2006 e Maio de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.65% (4 emissões) 9 690 Fixada em 2.65% 2.65 Entre Março de 2006 e Abril de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.70% (2 emissões) 5 205 Fixada em 2.70% 2.7 Entre Maio de 2006 e Agosto de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.80% 1 782 Fixada em 2.80% 2.8 Fevereiro de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 2.90% (2 emissões) 5 190 Fixada em 2.90% 2.9 Entre Fevereiro de 2006 e Agosto de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.00% (2 emissões) 11 298 Fixada em 3.00% 3.0 Entre Janeiro de 2006 e Setembro de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.1% (2 emissões) 2 524 Fixada em 3.1% 3.1 Entre Dezembro de 2004 e Janeiro de 2006 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.25% (3 emissões) 6 959 Fixada em 3.25% 3.25 Entre Janeiro de 2005 e Dezembro 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.4% (2 emissões) 10 894 Fixada em 3.4% 3.4 Novembro de 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.5% (2 emissões) 1 935 Fixada em 3.5% 3.5 Entre Novembro de 2004 e Fevereiro de 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.6% (2 emissões) 40 165 Fixada em 3.6% 3.6 Outubro de 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.75% 1 730 Fixada em 3.75% 3.75 Março de 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 3.85% (2 emissões) 38 762 Fixada em 3.85% 3.85 Setembro de 2005 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.0% (5 emissões) 17 020 Fixada em 4.0% 4.0 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.1% 1 162 Fixada em 4.1% 4.1 Setembro de 2004 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.2% 5 283 Fixada em 4.2% 4.2 Fevereiro de 2004 BBPI Rendimento Fixo 3 Anos 4.25% (17 emissões) 87 722 Fixada em 4.25% 4.25 Entre Abril de 2004 e Agosto de 2005 Entre Fevereiro de 2004 e Agosto de 2005 BBPI Rendimento Fixo Crescente 3 Anos (2 emissões) 7 995 Fixada em 2.50% em 2004, 2.75% em 2005 e 3.00% em 2006 2.5 Outubro de 2006 BBPI Rendimento Fixo Crescente 3 Anos (4 emissões) 13 530 Fixada em 2.75% em 2004, 3.00% em 2005 e 3.25% em 2006 2.75 BBPI Rendimento Fixo Crescente 3 Anos 3 065 Fixada em 3.00% em 2004, 3.10% em 2005 e 3.20% em 2006 3.0 Novembro de 2006 Entre Setembro de 2006 e Dezembro de 2006 BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 3.50% 1 855 Fixada em 3.50% 3.5 Janeiro de 2009 BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.1% (3 emissões) 75 150 Fixada em 4.1% 4.1 Outubro de 2004 BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.28% 5 000 Fixada em 4.28% 4.28 Agosto de 2006 BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.4% (2 emissões) 938 Fixada em 4.4% 4.4 Março de 2005 BBPI Rendimento Fixo 5 Anos 4.5% (2 emissões) 4 182 Fixada em 4.5% 4.5 Fevereiro de 2005 Fixada em 4.04% 4.04 Outubro de 2009 BBPI Rendimento Fixo 7 Anos 4.04% 750 BPI 96 – 1.ª Emissão / Cupão Zero 2 032 Diferença entre o respectivo valor de reembolso e preço de emissão (998 m. euros) Abril de 2004 BPI 97 – 1.ª Emissão / Cupão Zero 768 Diferença entre o respectivo valor de reembolso e preço de emissão (499 m. euros) Novembro de 2005 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 153 Valor nominal Remuneração Taxa de juro em vigor a 31-12-03 (%) Data de reembolso Obrigações de caixa de taxa variável BBPI Cayman 01/03/2001-2006 15 000 Indexada à Euribor a 3 meses 2.326 Abril de 2006 BBPI Cayman 03/05/2001-2006 600 000 Indexada à Euribor a 3 meses 2.384 Maio de 2006 BBPI Cayman 06/06/2003-2005 500 000 Indexada à Euribor a 3 meses 2.284 Junho de 2005 BBPI Cayman 09/02/2001-2004 400 000 Indexada à Euribor a 3 meses 2.315 Fevereiro de 2004 BBPI Cayman 15/12/2003 – 15/01/2007 250 000 Indexada à Euribor – Telerate a 3 meses BBPI Cayman 18/03/2002-2005 400 000 Indexada à Euribor a 3 meses BBPI Cayman 15/09/2003-2008 30 814 Indexada à CZK – Pribor – PRBO BBPI Cayman EMT 15/11/2005 22 500 BBPI Cayman EMT 30/05/2006 10 000 BBPI Cayman 09/09/2003 – 10/09/2007 10 199 Indexada à HKD – Hibor – HKAB a 3 meses Setembro de 2007 BBPI Rendimento Variável 3 anos (22 emissões) 31 987 Indexada à Euribor a 1 ano Entre Fevereiro de 2006 e Dezembro de 2006 BBPI Capital Seguro Euribor Crescente 2003 – 2008 25 000 Taxas fixas de 4.5% e 4.75% para os 1.º e 2.º ano, do 3.º ao 5.º ano indexada à Euribor a 12 meses 4.5 Março de 2008 BBPI Capital Seguro Euribor 6% 2003-2008 25 306 6% no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano a taxa é variável entre 0% e 6% e indexada à Euribor a 12 meses 6.0 Março de 2008 BBPI Capital Seguro Inflação Plus 2003-2008 27 015 3.5% no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano indexado ao HICP (Índice de preços do consumidor, excluindo o tabaco, harmonizado para a zona euro) 3.5 Abril de 2008 119 276 3% no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano indexado ao HICP (Índice de preços do consumidor, excluindo o tabaco, harmonizado para a zona euro) 3.0 Junho de 2008 2.26 2.295 Janeiro de 2007 Março de 2005 2.27 Setembro de 2008 Indexada à Euribor a 3 meses 2.361 Novembro de 2005 Indexada à Euribor a 6 meses 2.269 Maio de 2006 Obrigações de caixa de rendimento Variável BBPI Cayman EMT 26/06/2008 Index Link BBPI Risco Limitado 80 Cabaz de Índices 5 000 Indexado aos índices Nasdaq 100, Eurostock 50 e S&P 500 Abril de 2008 BBPI Risco Limitado 90 Cabaz de Índices 5 000 Indexado aos índices Nasdaq 100, Eurostock 50 e S&P 500 Abril de 2008 BBPI Capital Seguro Portugal / 1999 15 000 Indexada ao índice PSI20, tendo como limite mínimo por obrigação zero Abril de 2004 BBPI Capital Seguro Multinacionais / 1999 50 000 Indexada a um índice composto por um conjunto de acções de empresas multinacionais cotadas em bolsas internacionais, tendo como limite mínimo por obrigação zero Junho de 2004 7 500 25% do valor nominal na data de reembolso ou zero se se verificar alguma das condições de incumprimento por parte da República Federal do Brasil Julho de 2004 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2004 25 000 Indexada ao índice DJ Euro Stoxx 50 Price, tendo como limite mínimo por obrigação zero Julho de 2004 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2007 39 500 Indexada ao índice DJ Euro Stoxx 50 Price, tendo como limite mínimo por obrigação 0.16 euros Agosto de 2007 BBPI Capital Seguro Brasil / 99 BBPI Capital Seguro Internet USD / 99 20 586 (USD 26 000 000) Indexada ao índice DJ Internet Composite, tendo como limite mínimo por obrigação zero Outubro de 2004 BBPI Capital Seguro Internet Euro / 99 35 000 Indexada ao índice DJ Internet Composite, tendo como limite mínimo por obrigação zero Novembro de 2004 BBPI Capital Seguro Internet Euro / 99 – 2.ª Emissão 15 000 Indexada ao índice DJ Internet Composite, tendo como limite mínimo por obrigação zero Novembro de 2004 BBPI Risco Limitado Comunicações Móveis USD / 2000 25 930 (USD 32 750 000) Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis, tendo como limite mínimo por obrigação USD – 0.1 Janeiro de 2005 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis USD / 2000 10 491 (USD 13 250 000) Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis, tendo como limite mínimo por obrigação zero Janeiro de 2005 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / 2000 50 250 Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis, tendo como limite mínimo por obrigação zero Fevereiro de 2005 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / 2000 2.ª Emissão 50 750 Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis (2.ª Emissão), tendo como limite mínimo por obrigação zero Março de 2005 BBPI Risco Limitado Sector Nasdaq 100 3 167 USD / 2000 (USD 4 000 000) Indexada ao índice Nasdaq 100, tendo como limite mínimo por obrigação USD – 0.1 Março de 2005 BBPI Risco Limitado Sector Internet USD / 2000 3 167 (USD 4 000 000) Indexada ao índice Dow Jones Internet Composite, tendo como limite mínimo por obrigação USD – 0.1 Março de 2005 BBPI Risco Limitado Sector 10 Uncommon Values USD / 2000 2 375 (USD 3 000 000) Indexada ao índice 10 Uncommon Values, tendo como limite mínimo por obrigação USD – 0.1 Março de 2005 BBPI Risco Limitado Sector Biotecnologia USD / 2000 5 938 (USD 7 500 000) Indexada ao índice Amex Biotechnology, tendo como limite mínimo por obrigação USD – 0.1 Março de 2005 Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis (3.ª Emissão), tendo como limite mínimo por obrigação zero Março de 2005 BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / 2000 3.ª Emissão 55 200 BBPI Capital Seguro Biotecnologia USD / 2000 6 413 (USD 8 100 000) Indexada ao índice Amex Biotechnology, tendo como limite mínimo por obrigação zero Março de 2005 BBPI Risco Limitado Biotecnologia USD / 2000 17 973 (USD 22 700 000) Indexada ao índice Amex Biotechnology, tendo como limite mínimo por obrigação USD – 0.1 Março de 2005 Indexada ao índice 10 Uncommon Values, tendo como limite mínimo por obrigação USD – 0.1 Abril de 2005 BBPI Risco Limitado 10 Uncommon Values USD / 2000 2.ª Emissão 154 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 7 047 (USD 8 900 000) Valor nominal Remuneração Taxa de juro em vigor a 31-12-03 (%) Data de reembolso Obrigações de caixa de rendimento variável (cont.) BBPI Capital Seguro Comunicações Móveis EUR / 2000 4.ª Emissão 51 250 Indexada ao índice BPI Comunicações Móveis (4.ª Emissão), tendo como limite mínimo por obrigação zero Abril de 2005 BBPI Capital Seguro 10 Uncommon Values USD / 2000 4 850 (USD 6 125 000) Indexada ao índice 10 Uncommon Values, tendo como limite mínimo por obrigação zero Abril de 2005 50 000 Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price, tendo como limite mínimo por obrigação zero Junho de 2005 BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 / 2008 2 500 Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price, tendo como limite mínimo por obrigação 0.05 euros Julho de 2008 BBPI Risco Limitado Euro Stoxx 50 2005 3 000 Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price, tendo como limite mínimo por obrigação – 0.1 euros Agosto de 2005 BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 2005 2 125 Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price, tendo como limite mínimo por obrigação zero Agosto de 2005 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2005 – 2.ª Emissão BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 2001-2007 10 000 Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price tendo como limite mínimo por obrigação zero Abril de 2007 BBPI Capital Seguro Índices Mundiais 2001 50 000 Indexada aos índices Nikkei 225, FTSE 100, Dow Jones Euro Stoxx 50, Nasdaq 100 e S&P 500, tendo como limite mínimo por obrigação zero Março de 2006 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2006 25 000 Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price tendo como limite mínimo por obrigação 10 euros Maio de 2006 Indexada às cotações das acções Portugal Telecom, Telefónica, Nokia e Cisco, tendo como limites por obrigação 9 euros e 22 euros Maio de 2004 BBPI Capital Seguro Zona Euro 2006 – 2.ª Emissão 25 000 Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price tendo como limite mínimo por obrigação 10 euros Junho de 2006 BBPI Capital Seguro Quattro 2004 27 100 Indexada às cotações das acções Portugal Telecom, Telefónica, Nokia e Cisco Systems, tendo como limites por obrigação 6 euros e 25 euros Junho de 2004 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 27.5% 2001-2004 8 000 Indexada às cotações das acções Portugal Telecom, Telefónica, AXA e Bayer, tendo como limites por obrigação 6 euros e 27.5 euros Julho de 2004 BBPI Capital Seguro Directo 2001 2 500 Indexada às cotações das acções Portugal Telecom, Telefónica, Nokia e Cisco Systems, tendo como limites por obrigação 6 euros e 20 euros Dezembro de 2004 BBPI Capital Seguro Healthcare 2001-2006 5 300 Indexada ao índice Dow Jones Stoxx Healthcare Price, tendo como limite mínimo por obrigação zero Dezembro de 2006 BBPI Capital Seguro Healthcare 2006 – 2.ª Emissão 2 500 Indexada ao índice Dow Jones Europe Stoxx Healthcare Price, tendo como limite mínimo por obrigação zero Dezembro de 2006 BBPI Capital Seguro Euro Stoxx 50 2001-2004 Indexada ao índice Dow Jones Euro Stoxx 50 Price tendo como limite mínimo por obrigação 3 euros Dezembro de 2004 BBPI Capital Seguro PTNC 2004 4 325 1 150 BBPI Cayman 2006 63 525 BBPI Cayman 2005 7 500 BBPI Capital Seguro Imobiliário 2002 BBPI Capital Seguro Euro Imobiliário 2002-2007 BBPI Capital Seguro Cinco Mais 2002 Indexada a um conjunto de índices Outubro de 2006 Indexada a um conjunto de índices Dow Jones Novembro de 2005 50 000 Indexada ao índice European Public Real Estate Index, tendo como limite mínimo por obrigação 10 euros Junho de 2007 6 000 Indexada ao índice European Public Real Estate Index, tendo como limite mínimo por obrigação 8 euros Maio de 2007 Indexada à cotação das acções da Endesa, JP Morgan Chase, Nestlé, Portugal Telecom e Royal Dutch Petroleum, tendo como limite mínimo por obrigação zero Junho de 2007 25 000 BBPI Risco Limitado Portugal Telecom 2002 2 500 Indexada à cotação das acções da Portugal Telecom Março de 2004 BBPI Risco Limitado Euro Portugal Telecom 2002-2004 9 950 Indexada à cotação das acções da Portugal Telecom, tendo como limite máximo por obrigação 17 euros Março de 2004 Indexada à USD Libor a 6 meses Março de 2005 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 5% 2002 39 600 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 25% 2002-2005 5 750 Indexada à cotação das acções da Acesa, Aegon NV, Bayer e British American Tobacco Março de 2005 BBPI Inflação Zona Euro 10 anos (3 emissões) 31 200 Indexada ao HICP (Indíce de preços do consumidor, excluindo o tabaco, harmonizado para a zona euro) Entre Outubro de 2012 e e Abril de 2013 BBPI Capital Seguro Rendimento Máximo 27.5% 2002-2005 25 000 Indexada à cotação das acções da Intel, AT&T, Hewlett-Packard e Deutsche Telekom Maio de 2005 BBPI Cayman Global Brands 2003-2009 BBPI Cayman EMT 08/08/2008 Index Link 5 000 Indexada a um cabaz de 15 acções Julho de 2009 Taxa fixa de 3.25% para o 1.º ano e indexada à evolução da inflação da zona euro a partir de 08/08/2004 3.25 Agosto de 2008 45 000 3.75% no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano a taxa será respectivamente de 5.5%, 6.5%, 7.5% e 8.5% – Euribor a 1 ano, com um mínimo de zero 3.75 Agosto de 2008 BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD II 27 712 2003 – 2008 – Cayman (USD 35 000 000) 3.75% no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano a taxa será respectivamente de 5.5%, 6.5%, 7.5% e 8.5% – USD Libor 1 ano, com um mínimo de zero 3.75 Agosto de 2008 BBPI Capital Seguro Libor Digital EUR 2003 – 2004 Cayman 0% ou 4.25% conforme a evolução da USD – Libor – BBA BBPI Capital Seguro Reverse Euribor 2003 – 2008 – Cayman 180 000 12 500 4.252 Dezembro de 2004 Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 155 Valor nominal Taxa de juro em vigor a 31-12-03 (%) Remuneração Data de reembolso Obrigações de caixa de rendimento Variável (cont.) BBPI Cayman Global Brands II 2003 –2008 2 500 Indexada a um cabaz de 15 acções BBPI Capital Seguro Reverse Libor USD III 51 465 2003 – 2007 – Cayman (USD 65 000 000) BBPI Cayman EMT 28/11/2008 Inf Link 5% no 1.º ano, do 2.º ao 4.º ano a taxa será respectivamente de 5.75%, 6.25% e 7% – USD Libor 1 ano, com um mínimo de zero 129 740 Taxa fixa de 3.25% para o 1.º ano e indexada à evolução Outubro de 2008 5.0 Novembro de 2007 3.25 Novembro de 2008 3.5 Dezembro de 2008 2.0 Julho de 2009 da inflação da zona euro a partir de 28/11/2004 BBPI Capital Seguro Reverse Libor CHF 2003 – 2008 – Cayman 3 209 (CHF 5 000 000) BBPI EUR Triple Chance 2003-2006 2 000 BBPI Capital seguro Grandes Marcas 2003 – 2009 35 000 3.5% no 1.º ano, do 2.º ao 5.º ano a taxa será respectivamente de 4%, 4.25%, 4.5% e 5% – CHF Libor 6 meses, com um mínimo de zero Indexada à cotação das acções Telefonica, Ing Groep e UBS AG Máximo entre uma componente fixa (2% no início e nunca inferior ao rendimento pago no ano anterior) e uma componente variável indexada a um cabaz de 15 acções Junho de 2006 BBPI Capital Seguro American Call 2003 – 2008 3 000 Indexada à evolução do índice SPX (500) BBPI Capital seguro Grandes Marcas II 2003 – 2008 2 825 Máximo entre uma componente fixa (1% no início e nunca inferior ao rendimento pago no ano anterior) e uma componente variável indexada a um cabaz de 15 acções BBPI Capital Seguro American Call II 2003 – 2008 3 000 Indexada à evolução do índice SPX (500) BBPI Capital Seguro American Call III 2003 – 2008 1 000 Indexada à evolução do índice SPX (500) Novembro de 2008 BBPI Risco Limitado Portuguese Basket 2003 – 2006 Cayman 3 500 Indexada à cotação das acções Portugal Telecom, BCP e EDP Novembro de 2006 BBPI Capital Seguro Eur Best of 9 2003-2009 Cayman 5 000 Indexada à evolução de um cabaz de 9 EFTs (Exchange Traded Funds) Fevereiro de 2009 BBPI Capital Seguro Reverse Euribor 5 000 5.75% no 1.º e 2.º ano, do 3.º ao 7.º ano a taxa será 8.25% 2003 – 2010 2002 Fornecedores 14 441 8 840 Credores por contratos de factoring 13 464 11 544 Credores diversos 96 702 145 579 Credores Outras exigibilidades Sector Público Administrativo Outros Contribuições para fundos de pensões Outras 8 830 7 713 12 916 12 709 2 071 8 056 7 48 6 462 3 608 154 893 198 097 Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica CREDORES DIVERSOS inclui 35 894 m. euros relativos a cobranças efectuadas a Clientes do Banco de Fomento, S.A.R.L. (Angola) que aguardam autorização do Banco Nacional de Angola para a emissão de ordens de pagamento ao exterior. 156 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Novembro de 2008 5.75 Dezembro de 2010 4.18. Contas de regularização (passivo) Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 Retenção de impostos na fonte Outubro de 2008 – Euribor a 1 ano, com um mínimo de zero 4.17. Outros passivos Esta rubrica tem a seguinte composição: IRC a pagar Outubro de 2008 1.0 Custos a pagar De recursos de instituições de crédito De depósitos De empréstimos De responsabilidades representadas por títulos De custos administrativos Remunerações variáveis Outros De operações cambiais, de taxas de juro e sobre cotações (swaps) Reavaliação das obrigações Capital Seguro e Risco Limitado Outros 2003 2002 16 186 43 039 180 43 065 35 208 61 889 27 767 36 961 27 314 41 820 124 036 207 914 8 721 12 398 312 353 86 223 9 312 510 752 Receitas com proveito diferido De rendimento de títulos emitidos a valor descontado 750 De fundos de pensões 0 De prémios de opções vendidas associadas às operações Capital Seguro 941 De operações de swap 24 535 De outras operações extrapatrimoniais 2 656 Outras 20 739 49 621 Flutuação de valores 954 Outras contas de regularização Valores cobrados 127 197 Operações sobre valores mobiliários a regularizar 10 571 Operações passivas a regularizar 86 247 Reavaliação de opções associadas às operações Capital Seguro 885 IRC – Pagamentos por conta 8 907 Outras 29 104 262 911 Outras contas internas (nota 2.6) 72 262 698 101 41 072 7 547 655 1 739 16 886 2 698 14 376 43 901 13 8 296 152 57 889 11 820 7 011 2 306 87 474 61 526 703 666 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OUTRAS RECEITAS COM inclui 3 658 m. euros e 6 309 m. euros, respectivamente, relativos à operação de compra do Fundo EFTA. Este montante resulta de os créditos detidos pelo Fundo terem sido adquiridos pelo BPI por preço inferior ao valor nominal. PROVEITO DIFERIDO Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica VALORES COBRADOS inclui 128 410 m. euros cobrados pelo BPI e que foram pagos a Clientes no início de Janeiro de 2004. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OPERAÇÕES SOBRE VALORES MOBILIÁRIOS A REGULARIZAR corresponde ao valor líquido das operações sobre valores mobiliários registadas entre a data de execução das operações e data prevista nos regulamentos para a respectiva liquidação financeira (nota 4.13). Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica OPERAÇÕES PASSIVAS A REGULARIZAR inclui operações relativas a transferências electrónicas interbancárias e de ATMs / POS a regularizar com a SIBS, nos montantes de 41 603 m. euros e 35 464 m. euros, respectivamente. 4.20. Responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência As responsabilidades por serviços passados de Pensionistas e de Colaboradores que estão, ou estiveram, ao serviço de empresas1 do Grupo BPI e cuja cobertura se encontra assegurada por fundos de pensões são calculadas em conformidade com o estabelecido no Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001, de 23 de Novembro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 7 / 2002, de 31 de Dezembro. A BPI Pensões é a entidade a quem compete a responsabilidade de elaborar as avaliações actuariais necessárias ao cálculo das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência bem como a de gerir os fundos de pensões respectivos. Os métodos de valorização actuarial utilizados são o “Projected Unit Credit”, para o cálculo do custo normal e das responsabilidades com serviços passados por velhice, e os “Prémios Únicos Sucessivos”, para o cálculo dos custos relativos aos benefícios de invalidez e sobrevivência. Os principais pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades por pensões são: Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica OUTRAS CONTAS DE REGULARIZAÇÃO inclui 10 111 m. euros relativos a montantes a regularizar relacionados com as actividades de leasing e factoring e 10 511 m. euros relativos a reavaliações relacionadas com o RVA – Remuneração Variável em Acções. Pressupostos 2003 Tábua de mortalidade Para pensões 2003 2002 17 159 14 541 Outras provisões (nota 2.10) Para riscos gerais de crédito Para outros riscos e encargos Fundo para riscos bancários gerais (nota 2.11) 169 940 188 397 36 637 12 042 206 577 200 439 1 933 5 059 225 669 220 039 Os Administradores que integram a Comissão Executiva do Banco BPI, S.A. bem como os demais Administradores do BPI Investimentos beneficiam de um plano complementar de pensões de reforma e sobrevivência. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o valor actual das responsabilidades por serviços passados correspondentes ao plano era de 14 029 m. euros e 12 208 m. euros, respectivamente. Estas responsabilidades estão a ser reconhecidas como custos através de um plano de amortizações uniformes anuais à taxa de 7% e ao longo de um período que corresponde à vida activa remanescente dos Administradores a que respeitam. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica PROVISÕES PARA PENSÕES E ENCARGOS SIMILARES inclui, respectivamente, 12 544 m. euros e 8 786 m. euros para cobertura destas responsabilidades. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica PROVISÕES PARA PENSÕES E ENCARGOS SIMILARES inclui ainda 4 615 m. euros e 4 266 m. euros, respectivamente, respeitantes a responsabilidades por serviços passados de Colaboradores do Banco de Fomento, S.A.R.L. (Angola). Em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica inclui ainda 374 m. euros e 1 115 m. euros relativos a responsabilidades por serviços passados de Colaboradores da Sucursal de Madrid do Banco BPI e do Banco Fomento, S.A.R.L. (Moçambique), respectivamente. 2002 TV – 73 / 77 - - EKV 80 - - Taxa de desconto 7.0% - - Taxa de rendimento dos activos dos fundos de pensões 7.0% 14.7% 3.1% Taxa de crescimento dos salários pensionáveis 4.0% 4.5% 3.5% Taxa de crescimento das pensões 3.0% 2.6% 3.2% 0% - - Por mortalidade - - Tábua de invalidez 4.19. Provisões para riscos e encargos e fundo para riscos bancários gerais Esta rubrica tem a seguinte composição: Realizado Taxa de rotação do pessoal Decrementos Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os Pensionistas e Colaboradores beneficiários de planos de pensões financiados pelos fundos de pensões são em número de: Pensionistas por reforma Pensionistas por sobrevivência Colaboradores em actividade Ex-trabalhadores (cláusula 137.ª A e 140.ª) 2003 2002 5 788 5 300 878 865 6 261 6 786 1 131 970 14 058 13 921 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o valor actual das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência é: 2003 2002 Responsabilidades por pensões em pagamento 1 273 133 1 134 265 A. Responsabilidades por serviços passados Das quais: [acréscimo de responsabilidades resultante de reformas antecipadas efectuadas no exercício] Responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo Responsabilidades por serviços passados de ex-colaboradores [ 68 825] [ 57 387] 287 498 315 445 439 1 561 070 B. Responsabilidades por serviços futuros C. Responsabilidades por serviços totais (A+B) 1 449 710 293 059 306 601 1 854 129 1 756 311 O movimento ocorrido nas provisões durante os exercícios de 2003 e 2002 é apresentado na nota 4.27. 1) Empresas consolidadas pelo método de integração global (Banco BPI, BPI Investimentos, BPI Fundos e Inter-Risco. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 157 De acordo com a disciplina do Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 2001, não são utilizados desde 31 de Dezembro de 2001 decrementos por invalidez no cálculo das responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo. Esta alteração implicou um acréscimo das responsabilidades por serviços passados no valor de 90 077 m. euros que, mediante acordo do Banco de Portugal, está a ser reconhecido como custo e financiado de acordo com um plano de amortização de prestações uniformes anuais, durante um período máximo de 20 anos iniciado em 2002 (nota 4.28). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o acréscimo de responsabilidades decorrentes da não utilização de decrementos de invalidez é de 85 529 m. euros e 87 880 euros, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, as demonstrações financeiras consolidadas registam os seguintes custos relacionados com a cobertura de responsabilidades por pensões: 2003 2002 17 966 19 566 Prestação relativa ao reconhecimento no balanço do acréscimo de responsabilidades por não utilização dos decrementos 8 503 8 503 Amortização do acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas 17 340 10 364 (55) 169 Em custos com pessoal Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a cobertura financeira das responsabilidades por serviços passados é: Custo do ano Em perdas (ganhos) extraordinários 2003 2002 A. Responsabilidades totais por serviços passados 1 561 070 1 449 710 B. Responsabilidades por serviços passados a reconhecer até 2021 C. Responsabilidades por serviços passados reconhecidas no balanço (85 529) (87 880) Amortização de perdas (ganhos) actuariais devidas a: 1 475 541 1 361 830 – alterações dos pressupostos actuariais 1 256 581 – diferenças entre os pressupostos e os valores verificados D. Situação patrimonial dos fundos de pensões Saldo inicial 1 363 326 Contribuições de empresas do Grupo BPI Relativas ao custo corrente do exercício Extraordinárias Outras Contribuições de Colaboradores 18 129 19 566 2 999 121 008 51 0 1 562 1 477 Rendimento dos fundos de pensões (líquido) 196 390 41 890 Pensões pagas pelos fundos de pensões (86 915) (77 196) 1 495 542 1 363 326 E. Contribuições a transferir para os Fundos de Pensões (notas 4.17) F. Cobertura total (D+E) 0 48 1 495 542 1 363 374 20 001 1 544 101% 100% 96% 94% G. Excesso de cobertura (F-C) H. Grau de cobertura das responsbilidades reconhecidas no balanço (F/C) I. Grau de cobertura das responsabilidades totais (F/A) 6 25 794 19 036 2003 2002 Títulos de participação BFE 1.ª Emissão 14 190 8 673 Títulos de participação BFE 2.ª Emissão 13 725 7 740 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 94 49 880 49 880 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 96 74 820 74 820 Obrigações Perpétuas Subordinadas BPI 96 em yenes 55 534 60 294 Obrigações de Caixa Subordinadas BFB 1997 / 2007 74 820 4.21. Passivos subordinados Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos de participação Empréstimos subordinados Obrigações Perpétuas Subordinadas BPI 96 74 820 Obrigações de Caixa Subordinadas BBI / 92 Nos exercícios de 2003 e 2002, as contribuições para os fundos de pensões foram realizadas em dinheiro. Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Rendimento Mais 2001 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os fundos de pensões detinham imóveis utilizados em regime de arrendamento por sociedades do Grupo BPI cujos valores globais são de 88 976 m. euros e 86 645 m. euros, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, as responsabilidades por serviços passados ainda não reconhecidas como custo são: A. Acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas 2003 2002 138 513 87 027 3 486 2 204 B. Perdas (ganhos) actuariais resultantes de alterações nos pressupostos actuariais B1. Reconhecidos como despesas com custo diferido B2. Reconhecidos como receitas com proveito diferido (655) C. Perdas (ganhos) actuariais resultantes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiras e os valores efectivamente realizados C1. Reconhecidos como flutuação de valores 25 637 120 390 C2. Reconhecidos como despesas com custo diferido 75 65 142 074 88 641 C3. Reconhecidos como receitas com proveito diferido D. Responsabilidades a amortizar (A+B+C2+C3) 158 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 74 820 24 697 98 980 99 932 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 2001 / 2011 150 000 150 000 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 2003 / 2013 244 000 775 949 625 676 As emissões dos títulos a que se referem os saldos em 31 de Dezembro de 2003 têm as características seguintes: Valor nominal Taxa de juro em vigor a 31-12-03 Data de reembolso (%) Remuneração Títulos de participação Títulos de Participação BFE 87 – 1.ª emissão 14 209 Indexada à Euribor a 1 ano e aos resultados do Banco BPI Fixa: 1.34 Variável: 1.012 Títulos de Participação BFE 87 – 2.ª emissão 13 872 Indexada à Euribor a 1 ano e aos resultados do Banco BPI Fixa: 1.3993 Variável: 1.0457 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 94 49 880 Indexada à Euribor a 6 meses 2.925 Outubro de 2004 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 96 74 820 Indexada à Euribor a 6 meses 2.4375 Dezembro de 2006 Empréstimos subordinado Obrigações Perpétuas Subordinadas BPI 96 em yenes 55 534 (7 500 milhões JPY) Obrigações de Caixa Subordinadas BFB 1997 / 2007 4% até Novembro de 2011 e, posteriormente, indexada à taxa de rendimento dos títulos do Governo Japonês a 5 anos 4.0 74 820 Indexada à Euribor a 3 meses 2.375 Novembro de 2007 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI Rendimento Mais 2001 100 000 Indexada à Euribor a 6 meses 2.981 Julho de 2006 Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 2001 / 2011 150 000 5% no 1.º ano, 5.1% no 2.º ano, 5.2% no 3.º ano, 5.3% no 4.º ano, 5.4% no 5.º ano, 5.5% no 6.º ano, 5.85 no 7.º ano, 6.2% no 8.º ano, 6.55% no 9.º ano e 7% no 10.º ano Obrigações de Caixa Subordinadas BPI 2003 / 2013 250 000 Indexada à Euribor a 3 meses As obrigações de caixa subordinadas BPI 96, as obrigações de caixa subordinadas BFB 1997 / 2007, as obrigações de caixa subordinadas BPI Rendimento Mais 2001 e as obrigações de caixa subordinadas BPI 2003 / 2013 poderão ser reembolsadas antecipadamente, total ou parcialmente, por iniciativa do Banco BPI a partir, respectivamente, do 10.º, 20.º, 10.º e 20.º cupões, inclusivé, nas respectivas datas de pagamento de juros. As obrigações perpétuas subordinadas BPI 96 em yenes poderão ser reembolsadas antecipadamente, total ou parcialmente, por iniciativa do Banco BPI a partir do 15.º ano de vida, inclusivé, e posteriormente nas respectivas datas de pagamento de juros. 5.2 Julho de 2011 2.688 Outubro de 20013 O Banco de Portugal considera que os fundos provenientes destes passivos são equiparados, para efeitos de cumprimento dos requisitos de solvabilidade, a fundos próprios. Nos cinco anos que precedem o respectivo reembolso o montante equiparado a fundos próprios é gradualmente reduzido, nos termos do Aviso do Banco de Portugal n.º 12 / 92, de 22 de Dezembro. 4.22. Interesses minoritários Esta rubrica tem a seguinte composição: Balanço Demonstração de resultados 2003 2002 2003 2002 259 538 248 290 9 530 9 893 1 031 7671 201 3 404 3 784 (318) (280) BPI (Suisse), S.A. 1 1 (1) (1) BPI Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L. 4 253 106 9 978 9 802 Accionistas minoritários de: BPI Capital Finance Ltd. CrediUniverso – Serviços de Marketing, S.A. Inter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A. (11)1 Solo – Investimentos em Comunicação, S.A. 262 947 1) Resultados adquiridos a minoritários. Em 31 de Dezembro de 2003, os interesses minoritários da BPI Capital Finance Ltd. incluem 250 000 m. euros correspondentes a 250 000 acções preferenciais Série C, com o valor nominal de 1 000 euros cada e emitidas por aquela filial do Banco BPI em Agosto de 2003. Durante o exercício de 2003 foram amortizadas 6 000 000 de acções preferenciais Série A e 4 000 000 de acções preferenciais Série B, ambas sem direito a voto, com o valor nominal de 25 dólares americanos cada e emitidas pela BPI Capital Finance Ltd. Durante o exercício de 2003, o valor dos dividendos (antecipados) pagos pela BPI Capital Finance aos detentores das acções preferenciais ascendeu a 8 248 m. euros. O pagamento de dividendos e o reembolso das acções preferenciais são garantidos pelo Banco BPI. As acções preferenciais da Série C dão direito ao pagamento de um dividendo preferencial não cumulativo determinado pela aplicação de uma taxa anual correspondente à Euribor 3 meses acrescida de uma margem de 1.55 pontos percentuais até 12 de Agosto de 2013, e correspondente à Euribor 3 meses acrescida de 2.55 pontos percentuais a partir de 12 de Agosto de 2013, sobre o valor nominal. Os juros são pagos trimestralmente em 12 de Fevereiro, 12 de Maio, 12 de Agosto e 12 de Novembro de cada ano. Estas acções são subordinadas em relação a qualquer passivo do Banco BPI e pari passu relativamente a quaisquer acções preferenciais que venham a ser emitidas pelo Grupo. As acções preferenciais da Série C são reembolsáveis, no todo ou em parte, ao valor nominal por opção da BPI Capital Finance, Ltd., mediante aprovação prévia do Banco de Portugal e do Banco BPI, em qualquer data de pagamento do dividendo a partir de Agosto de 2013. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 159 4.23. Capital subscrito Por escritura pública de 3 de Junho de 2002, o capital social do Banco BPI foi aumentado de 645 625 m. euros para 760 000 m. euros por emissão de 114 375 000 acções ordinárias nominativas e escriturais com o valor nominal de 1 euro por subscrição pública reservada a accionistas. As acções foram pagas a um preço de subscrição de 1.75 euros cada, o que, em função do seu valor nominal unitário, correspondeu a um prémio de emissão de 0.75 euros por acção (nota 4.24). Em 2003, a Assembleia Geral de 10 de Abril atribuiu ao Conselho de Administração do Banco BPI poderes para, no prazo de dezoito meses: a) comprar em mercados regulamentados acções do Banco BPI representativas de até 10% do seu capital social, sendo o preço máximo igual a 110% da média ponderada das médias diárias ponderadas da cotação das acções do Banco BPI nas 20 sessões de bolsa anteriores à data da compra e o mínimo de 1 euro; b) alienar aos Colaboradores do Banco BPI e de Sociedades por ele dominadas, bem como aos respectivos Administradores, a título de remuneração variável, acções e opções de compra de acções do Banco BPI, nos termos e condições constantes do Regulamento em vigor para o Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA); c) alienar a terceiros ao preço mínimo de 10% abaixo da cotação média ponderada de Bolsa nas 20 sessões anteriores à data de venda, devendo esta ser feita em Bolsa, salvo se tal venda se relacionar com a colocação de ADR’s (American Depositary Receipts) nos Estados Unidos da América. Em 31 de Dezembro de 2003, o capital social do Banco BPI está representado por 760 000 000 acções de valor nominal de 1 euro e encontra-se integralmente realizado. 4.24. Prémios de emissão Entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2003, o movimento ocorrido nos prémios de emissão foi o seguinte: Saldo em 31 de Dezembro de 2001 201 052 Aumento de capital realizado em Junho de 2002 – Prémios de emissão realizados (nota 4.23) 85 781 Saldo em 31 de Dezembro de 2002 286 833 Provisões para imobilizações financeiras (Aviso n.º 4 / 2002) (55 527) Saldo em 31 de Dezembro de 2003 231 306 Nos termos da Portaria n.º 408 / 99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, n.º 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias. 4.25. Reservas Esta rubrica tem a seguinte composição: 2002 25 369 21 416 Reservas livres 20 668 45 457 Reservas de fusão (2 463) 7 360 43 574 74 233 28 567 (92 260) 72 141 (18 027) De acordo com o disposto no art. 97.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298 / / 91, de 31 de Dezembro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 201 / 2002, de 25 de Setembro, o Banco BPI deve destinar uma fracção não inferior a 10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social ou ao 160 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Reservas de fusão em 31 de Dezembro de 2001 Operação de reestruturação do Grupo BPI em 2002 Reservas de fusão em 31 de Dezembro de 2002 Correcção à reserva de fusão gerada em 2002 156 256 (148 896) 7 360 (103) Fusão da CrédiUniverso no Banco BPI (9 720) Reservas de fusão em 31 de Dezembro de 2003 (2 463) A operação de reestruturação do Grupo BPI, em 2002, inclui a incorporação, por fusão, do Banco BPI, da BPI Factor, da BPI Leasing, da Estratégia, da Dixit e da BPI Ventures no BPI SGPS e a incorporação, por cisão, de parte do património do Banco Português de Investimento no BPI SGPS. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os prémios de emissão e as reservas legais das Sociedades que consolidam no Banco BPI, indisponíveis em conformidade com a legislação aplicável, ascendem a 106 056 m. euros e 128 789 m. euros, respectivamente, as quais, ponderadas pela percentagem (efectiva) de participação do Banco BPI, ascendem a 41 448 m. euros e a 39 519 m. euros, respectivamente. Estas reservas são incluídas na rubrica RESERVAS DE CONSOLIDAÇÃO. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, as reservas de reavaliação das Sociedades que consolidam no Banco BPI ascendem a 20 931 m. euros e 17 014 m. euros, as quais, ponderadas pela percentagem (efectiva) de participação do Banco BPI, ascendem a 11 015 m. euros e a 7 099 m. euros, respectivamente. Estas reservas são incluídas na rubrica RESERVAS DE CONSOLIDAÇÃO. A rubrica RESERVAS DE CONSOLIDAÇÃO representa a diferença entre a quotaparte que corresponde à percentagem (efectiva) de participação do Banco BPI nos capitais próprios das participadas e o valor do respectivo custo de aquisição após a introdução dos ajustamentos considerados necessários. Reservas em 31 de Dezembro de 2001 (71 273) Lucro consolidado de 2001 133 283 Dividendos distribuídos em 2002 (57 875) Provisões para imobilizações financeiras (Aviso n.º 4 / 2002) (19 000) Variação das reservas regulamentares das seguradoras Distribuição de resultados a orgãos sociais Outros Reservas em 31 de Dezembro de 2002 (3 123) (50) 11 (18 027) Lucro consolidado de 2002 140 069 Dividendos distribuídos em 2003 (60 371) Provisões para imobilizações financeiras (Aviso n.º 4 / 2002) 2003 Reservas de consolidação Entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2003, o movimento ocorrido nas reservas de fusão foi o seguinte: Entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2003, o movimento ocorrido nas reservas foi o seguinte: (Escritura pública de 3 de Junho de 2002) Reserva legal somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Variação das reservas regulamentares das seguradoras Distribuição de resultados a orgãos sociais e empregados 14 664 5 740 (89) Goodwill na aquisição de 50% da CrédiUniverso (6 601) Goodwill gerado na fusão do Banco de Fomento Moçambique com o Banco Comercial e de Investimentos (2 439) Outros Reservas em 31 de Dezembro de 2003 (805) 72 141 4.26. Goodwill O valor do goodwill relativo à aquisição de 50% do capital social da CrédiUniverso no segundo semestre de 2003 foi: Valor dos capitais próprios ajustados da CrédiUniverso 3 598 Valor dos capitais próprios da CrédiUniverso adquiridos pelo Banco BPI (50%) 1 799 Valor de custo da participação adquirida pelo Banco BPI (8 400) Valor do goodwill (6 601) O valor do goodwill gerado na fusão do Banco de Fomento Moçambique com o Banco Comercial e de Investimentos em 2003 foi: Valor dos capitais próprios do Banco Comercial e de Investimentos Valor dos capitais próprios do Banco Comercial e de Investimentos apropriados pelo banco BPI (30%) 25 985 7 796 Valor da participação do Banco BPI no Banco de Fomento Moçambique (10 234) Valor do goodwill (2 439) 4.27. Provisões para crédito, títulos e outros activos O movimento ocorrido nas provisões do Grupo durante o exercício 2003 foi o seguinte: Saldo em 31-12-02 Dotações Transferências Utilizações Reposições Reavaliação Saldo em cambial 31-12-03 e outros Provisões para créditos de cobrança duvidosa Para crédito (nota 4.4) Para devedores e outras aplicações (nota 4.12) 21 383 16 115 (2 740) (4 612) 55 (3 621) (939) 25 586 (36) 19 Provisões para crédito e juros vencidos Para aplicações em instituições de crédito (nota 4.3) Para crédito (nota 4.4) Para títulos (nota 4.5) 99 790 120 077 69 594 341 41 2 740 (27) (16 841) 82 922 (70 598) (2 012) (1 468) 118 333 (38) (129) (20) 195 Provisões para risco-país Para aplicações em instituições de crédito (nota 4.3) Para crédito (nota 4.4) Para títulos (nota 4.5) Provisões para obrigações e outros títulos de rendimento fixo (nota 4.5) Provisões para acções e outros títulos de rendimento variável (nota 4.6) Provisões para partes de capital em empresas associadas 28 (8) 20 1 142 (392) 750 409 (409) 0 (2 275) 3 104 5 184 195 75 006 2 461 (2 308) 1 182 263 3 641 23 872 1 312 (860) 0 (3 727) 40 895 6 646 5 115 (473) (1 361) (28) (334) 9 565 7 238 203 (973) (995) 17 5 490 (303) (274) (9 987) (25) 64 873 5 086 Provisões para depreciação de imobilizações financeiras Para outras participações financeiras (nota 4.9) Para outras imobilizações financeiras (nota 4.12) Provisões para aplicações por recuperação de créditos (nota 4.12) Provisões para pensões de reforma e sobrevivência (nota 4.19) 14 541 4 886 Provisões para riscos gerais de crédito (nota 4.19) 188 397 4 252 Provisões para outros riscos e encargos (nota 4.19) 12 042 28 847 2 059 (204) 5 059 328 (2 059) (203) 582 392 133 612 0 (78 566) Fundo para riscos bancários gerais (nota 4.19) Em 31 de Dezembro de 2003, as rubricas PROVISÕES PARA PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS ASSOCIADAS e PROVISÕES PARA DEPRECIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS incluem, sob a epígrafe reavaliação cambial e outros, 40 863 m. euros relativos a provisões constituídas por contrapartida de reservas e prémios de emissão nos termos do Aviso n.º 4 / 2002 (notas 2.4, 4.24 e 4.25). 61 492 (677) (1 288) 17 159 (21 670) (1 039) 169 940 (6 320) 213 36 637 (2) (1 190) 1 933 (52 315) 17 981 603 104 O Aviso do Banco de Portugal n.º 8 / 2003, de 30 de Janeiro, alterou a taxa de provisão para riscos gerais de crédito de 1% para 0.5% para as operações de crédito hipotecário destinado a habitação do mutuário. As provisões libertas, no montante de 27 167 m. euros, foram integralmente afectas a provisões para riscos específicos de crédito (crédito vencido e crédito de cobrança duvidosa). Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 161 O movimento ocorrido nas provisões do Grupo durante o exercício de 2002 foi o seguinte: Saldo em 31-12-01 Dotações Transferências Utilizações Reavaliação Saldo em cambial 31-12-02 e outros Reposições Provisões para créditos de cobrança duvidosa Para crédito (nota 4.4) Para devedores e outras aplicações (nota 4.12) 4 403 7 319 21 34 (562) (6 192) 16 415 21 383 55 Provisões para crédito e juros vencidos Para aplicações em instituições de crédito (nota 4.3) Para crédito (nota 4.4) Para títulos (nota 4.5) 118 928 91 756 65 769 439 217 262 (322) (975) (17 841) 99 790 (28 464) (8 327) (919) 120 077 (297) (9) (9) 341 Provisões para risco-país Para aplicações em instituições de crédito (nota 4.3) Para crédito (nota 4.4) Para títulos (nota 4.5) Para outras aplicações (nota 4.12) Provisões para obrigações e outros títulos de rendimento fixo (nota 4.5) Provisões para acções e outros títulos de rendimento variável (nota 4.6) Provisões para partes de capital em empresas associadas 27 5 (4) 28 2 715 50 (1 623) 1 142 409 409 27 821 (27 821) 3 622 2 251 16 147 17 516 44 139 938 0 (1) (689) 1 5 184 (782) (1 986) (28) 75 006 502 1 182 19 228 23 872 (167) 6 646 553 14 541 (346) 188 397 (258) Provisões para depreciação de imobilizações financeiras Para outras participações financeiras (nota 4.9) 6 468 45 Para outras imobilizações financeiras (nota 4.12) 2 626 4 187 Provisões para aplicações por recuperação de créditos (nota 4.12) 6 872 536 Provisões para pensões de reforma e sobrevivência (nota 4.19) 9 442 4 546 Provisões para riscos gerais de crédito (nota 4.19) 180 896 19 280 299 Provisões para outros riscos e encargos (nota 4.19) 54 680 2 908 (44 138) 6 658 6 063 534 868 130 726 Fundo para riscos bancários gerais (nota 4.19) Em 31 de Dezembro de 2002, as reposições de provisões para risco país – outras aplicações correspondem à reposição de uma provisão para fazer face ao risco de transferência da situação líquida da antiga Sucursal de Luanda do Banco BPI. Esta reposição decorre de, no âmbito da transformação da Sucursal em banco de direito angolano, o Banco BPI ter convertido parte do património transmitido num crédito sobre o novo banco garantido por um depósito em euros. Em 31 de Dezembro de 2002, as rubricas PROVISÕES PARA PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS ASSOCIADAS e PROVISÕES PARA DEPRECIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS incluem, sob a epígrafe reavaliação cambial e outros, 19 000 m. euros relativos a provisões constituídas por contrapartida de reservas nos termos do Aviso n.º 4 / 2002 (notas 2.4 e 4.25). (22) (1 847) (38) 0 (132) 7 238 (11 732) (178) (1 230) (7 552) (50) (60) 12 042 5 059 (37 914) (62 617) 17 329 582 392 4.28. Contas extrapatrimoniais Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 2002 2 836 525 3 045 337 70 464 77 010 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales Créditos documentários abertos Aceites e endossos 368 Fianças e indemnizações 55 66 2 907 044 3 122 781 584 428 322 910 Outros passivos eventuais Activos dados em garantia Compromissos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Em 31 de Dezembro de 2002, a reavaliação cambial e outros inclui 18 492 m. euros de provisões relativas à aquisição de créditos do Fundo EFTA. Nos exercícios de 2003 e 2002, as utilizações de provisões para crédito e para títulos vencidos correspondem a writte-offs efectuados naqueles períodos. Opções sobre activos 26 075 Linhas de crédito irrevogáveis 35 168 54 475 Subscrição de títulos 24 500 24 500 Responsabilidades por pensões de reforma (nota 4.20) 85 529 87 880 Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos 32 560 25 621 Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores 11 174 9 957 2 418 14 848 Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis 3 232 282 2 929 187 3 449 706 3 146 468 24 692 552 19 172 830 Responsabilidades por prestação de serviços Por depósito e guarda de valores Por cobrança de valores Por valores administrados pela instituição Outras 275 748 286 213 4 003 656 3 482 376 0 11 795 28 971 956 22 953 214 162 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Em 31 de Dezembro de 2003, o saldo da rubrica inclui: ACTIVOS DADOS EM GARANTIA títulos dados em garantia ao BEI por empréstimos concedidos ao Banco BPI no montante de 102 906 m. euros; títulos dados em garantia ao BEI por swaps de taxa de juro efectuados com o Banco BPI no montante de 37 135 m. euros; títulos dados em garantia ao Banco de Portugal no âmbito do Sistema de Pagamento de Grandes Transacções no montante de 395 076 m. euros; títulos dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de 33 699 m. euros; títulos dados em garantia à Euronext no âmbito da actividade de derivados no montante de 4 662 m. euros; títulos dados em garantia à BDP no montante de 5 575 m. euros. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica RESPONSABILIDADES POR PENSÕES DE REFORMA NÃO COBERTAS PELO FUNDO DE PENSÕES corresponde integralmente ao acréscimo de responsabilidades resultante de terem deixado de ser utilizados decrementos por invalidez no cálculo das responsabilidades por serviços passados de Colaboradores no activo (nota 4.20). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica RESPONSABILIDADES A PRAZO DE CONTRIBUIÇÕES ANUAIS PARA O FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS corresponde ao compromisso irrevogável que o BPI assumiu, por força da lei, de entregar àquele Fundo, em caso de solicitação deste, as parcelas não realizadas das contribuições anuais. Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o saldo da rubrica RESPONSABILIDADE corresponde à obrigação irrevogável que o BPI assumiu, por força da lei aplicável, de entregar àquele Sistema, em caso de accionamento deste, os montantes necessários para pagamento da sua quota-parte nas indemnizações que forem devidas aos investidores. POTENCIAL PARA COM O SISTEMA DE INDEMNIZAÇÃO AOS INVESTIDORES Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica OPÇÕES SOBRE ACTIVOS refere-se a opções sobre acções emitidas pelo Grupo BPI no âmbito do programa RVA – Remuneração variável em acções. Em 31 de Dezembro de 2003, o Grupo BPI detinha sob gestão os seguintes activos de terceiros: Fundos de Investimento e PPRs 4 167 156 Fundos de pensões1 2 098 999 Produtos de capitalização 1 394 809 1) Inclui os fundos de pensões de empresas do Grupo. O Grupo BPI realiza operações derivadas no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados, satisfazendo as necessidades dos seus Clientes ou cobrindo posições de natureza estrutural. O Grupo BPI transacciona derivados financeiros, nomeadamente sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio, de contratos sobre taxas de juro, de contratos sobre preços futuros de mercadorias e de contratos sobre acções ou sobre índices. Estas transacções são efectuadas em mercados de balcão (OTC) e em mercados organizados (especialmente bolsas de valores). A negociação de derivados em mercados organizados rege-se pelas normas e regulamentação próprias desses mercados. A negociação de derivados no mercado de balcão baseia-se normalmente num contrato bilateral standard (no caso de relações interprofissionais um contrato ISDA; no caso de relações com Clientes um contrato próprio do BPI) que engloba o conjunto das operações sobre derivados existentes entre as partes e em que se prevê a compensação de responsabilidades em caso de incumprimento (compensação cuja abrangência está prevista no próprio contrato e é regulada na lei). Os derivados podem ser reconhecidos pelos seus valores contabilístico, de substituição e líquido de mercado. O valor contabilístico, registado em contas extrapatrimoniais, tem por base o valor nocional, isto é, o valor de referência para efeitos de cálculo dos fluxos de pagamentos e recebimentos originados pela operação. O valor de substituição corresponde à perda potencial, em termos de valor actual, no caso de incumprimento da contraparte. No caso de um contrato de derivados em que esteja prevista a compensação de responsabilidades em caso de incumprimento o valor de substituição é igual à soma algébrica dos valores de mercado do conjunto das operações regidas por esse contrato quando positiva. No caso de operações cujo contrato não preveja a compensação de responsabilidades, o valor de substituição é igual à soma dos valores de mercado de cada transacção individual, quando positivos. A abrangência das cláusulas de compensação em caso de incumprimento é considerada pelo Grupo BPI de forma conservadora, sendo em caso de dúvida considerado que a compensação não existe. O valor líquido de mercado (fair value) corresponde ao valor que os derivados teriam se fossem transaccionados no mercado na data de referência. Para além destes valores, que dão indicações sobre a importância relativa da carteira de derivados na actividade do Grupo, é também indicado o impacto dessa carteira no balanço (através de juros e prémios corridos e de revalorizações). Diferentemente das operações tradicionais de mútuo em que o valor de mercado é directamente relacionado com o capital mutuado, nas operações derivadas com fluxos financeiros determinados o valor líquido de mercado é representado pelo valor actual desses fluxos, dado o conjunto de taxas de juros relevantes vigentes no momento do cálculo (swaps ou forwards) ou é determinado pelo próprio mercado (futuros). No caso das opções, o valor de mercado é determinado por recurso a modelos que procuram reflectir o preço e a volatilidade do preço dos activos subjacentes no momento do cálculo bem como as características próprias da opção (preço de exercício e período de tempo até à data de vencimento). O valor contabilístico das operações derivadas constitui, apenas, um indicador do volume de actividade nos diferentes mercados, não se podendo estabelecer relação simples entre aquele valor e o risco de crédito da operação. A perda potencial de um conjunto de operações derivadas num dado momento é dada pelo seu valor de substituição nesse momento. No caso dos futuros, as contrapartes do Grupo BPI são bolsas de valores pelo que o risco de crédito é eliminado diariamente através da liquidação financeira. Nas operações derivadas a médio e longo prazos, os contratos que enquadram as operações prevêm em geral a compensação entre saldos devedores e credores com a mesma contraparte, o que elimina ou reduz o risco de crédito. Com a finalidade de controlar o risco de crédito em derivados OTC, foram também assinados alguns acordos pelos quais o Banco recebe da (ou transfere para a) sua contraparte valores (em divisas ou em títulos) que servem de garantia ao bom cumprimento das responsabilidades. As operações com derivados estão, principalmente, associadas a operações sobre activos e passivos reconhecidos nos balanços, devendo a correcta avaliação do valor dessas transacções tomar em conta essa associação. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 163 Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a actividade desenvolvida pelo Grupo BPI em operações derivadas traduz-se pelos seguintes valores: 2003 Valor Valores nocional1 de balanço2 2002 Valor de substituíção3 Valor líquido de mercado4 Valor nocional1 Contratos de taxa de câmbio Carteira de investimento (cobertura) Cambiais a prazo (outright forwards) Swaps cambiais Swaps de médio e longo prazo 229 223 (309) 2 505 (8 110) 154 177 1 556 239 (62 335) 9 003 (62 504) 2 575 809 56 851 (3 020) 411 (3 514) 90 802 1 842 313 (65 664) 11 919 (74 128) 2 820 789 Contratos de taxa de juro Carteira de negociação Futuros5 Swaps de médio e longo prazo (interest rate swaps) 247 180 4 0 14 714 873 5 260 295 2 354 15 731 2 360 0 Carteira de investimento (cobertura) FRA (forward rate agreements) Swaps de médio e longo prazo (interest rate swaps) Dos quais: [Cobertura de posições estruturais de depósito] Opções compradas - - - - 100 000 8 490 766 160 255 270 912 227 629 11 484 972 [1 000 000] [6 452] [194] [2 298] - 3 750 16 164 164 3 750 14 001 990 162 629 286 807 230 167 12 303 595 27 998 (7) 0 (608) 12 698 626 588 43 661 18 913 18 913 916 629 17 775 (1 826) 0 (1 630) 76 309 672 361 41 827 18 913 16 675 1 005 636 Contratos sobre acções Carteira de negociação Futuros5 Carteira de investimento (cobertura) Opções compradas6 Opções vendidas6 Contratos sobre mercadorias Carteira de negociação Futuros5 341 (18) 0 (2) 81 341 (18) 0 (2) 81 16 130 101 16 517 004 138 774 317 639 172 711 Acordos de redução de risco de crédito de derivados 0 0 (178 409) 0 0 Efeito do netting7 0 0 (30 359) 0 0 16 517 004 138 774 108 870 172 711 16 130 101 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) Valor contabilístico extrapatrimonial. Impacto das operações derivadas em contas de balanço. Soma dos valores de substituição das contrapartes, tomando em conta as cláusulas de compensação, quando existentes. Soma algébrica dos valores de mercado das operações na data de referência. O valor de substituição dos futuros é nulo por serem transaccionados em bolsas de valores. Não inclui opções inseridas em obrigações emitidas ou compradas. Efeito da compensação entre valores de substituição de transacções com a mesma contraparte mas registadas em linhas diferentes do quadro. 164 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Em 31 de Dezembro de 2003, a repartição do valor nocional por maturidades residuais é: < = 3 meses > 3 meses < = 6 meses > 6 meses < = 1 ano > 1 ano < = 5 anos > 5 anos Total Contratos de taxa de câmbio Carteira de investimento (cobertura) Cambiais a prazo (outright forwards) Swaps cambiais Swaps de médio e longo prazo 149 606 75 818 2 501 1 297 0 229 223 1 340 931 114 261 101 047 0 0 1 556 239 7 498 0 0 49 353 0 56 851 1 498 035 190 079 103 549 50 650 0 1 842 313 Contratos de taxa de juro Carteira de negociação Futuros 88 909 128 270 10 000 20 000 0 247 180 244 177 85 424 1 550 871 2 679 421 700 403 5 260 295 364 565 766 345 1 097 340 4 800 272 1 462 243 8 490 766 0 0 0 3 750 0 3 750 697 651 980 039 2 658 211 7 503 443 2 162 646 14 001 990 27 998 0 0 0 0 27 998 Opções compradas 9 965 93 795 35 003 487 825 0 626 588 Opções vendidas 8 775 0 0 9 000 0 17 775 46 738 93 795 35 003 496 825 0 672 361 Swaps de médio e longo prazo (interest rate swaps) Carteira de investimento (cobertura) Swaps de médio e longo prazo (interest rate swaps) Opções compradas Contratos sobre acções Carteira de negociação Futuros Carteira de investimento (cobertura) Contratos sobre mercadorias Carteira de negociação Futuros3 341 0 0 0 0 341 341 0 0 0 0 341 2 242 765 1 263 913 2 796 763 8 050 918 2 162 646 16 517 004 Em 31 de Dezembro de 2003, a repartição das operações derivadas por rating externo de contrapartes é: Em 31 de Dezembro de 2003, a repartição das operações derivadas por categorias de contrapartes é: Valores de balanço Valor nocional % (72 376) 1 561 687 9.0% 6 712 280 626 2.0% (65 664) 1 842 313 11.0% 2003 Valor Valor de Valor líquido nocional substituição de mercado Contratos sobre taxa de câmbio OTC com Instituições Financeiras OTC com Clientes OTC com Clientes Em bolsa 135 649 13 335 374 81.0% 26 976 419 436 3.0% 4 247 180 1.0% 162 629 14 001 990 85.0% Contratos sobre acções OTC com Instituições Financeiras Em bolsa 41 834 644 363 4.0% (7) 27 998 0.0% 41 827 672 361 4.0% (18) 341 0.0% Contratos sobre mercadorias Em bolsa 341 0.0% 138 774 16 517 004 (18) 100.0% Valor nocional Transaccionados em mercado de balcão (OTC) AAA Contratos sobre taxa de juro OTC com Instituições Financeiras 2002 700 811 6 573 (5 211) 1 220 809 AA 9 516 731 89 937 24 505 5 383 862 A 7 745 700 4 827 393 127 322 101 115 BBB 33 666 315 315 66 099 N.R. 1 162 885 63 132 52 585 985 979 16 241 486 287 279 Transaccionados em Bolsa Acordos de redução de risco de crédito de derivados 275 518 0 16 517 004 287 279 0 (178 409) 16 517 004 108 870 173 308 15 402 450 (597) 727 651 172 711 16 130 101 0 0 172 711 16 130 101 Nota: Os valores foram agregados por níveis de rating das contrapartes, tomando em conta os ratings da dívida senior de médio longo prazo atribuídos pelas agências Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch e vigentes na data de referência. A escolha do rating a considerar para uma dada contraparte segue a regra aconselhada pelo Comitê de Basileia (quando há ratings divergentes escolher o segundo melhor). Em termos de mapping considerou-se uma correspondência perfeita dos níveis atribuídos pelas três agências a partir do topo (Aaa = AAA; Aa1 =AA+; etc). As operações com entidades sem rating por estas agências (N.R.) representam sobretudo Clientes sujeitos a rating interno. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 165 4.29. Margem financeira Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 2002 Juros e proveitos equiparados Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os lucros em operações extrapatrimoniais incluem 14 738 m. euros e 20 127 m. euros, respectivamente, relativos a prémios recebidos pela amortização antecipada e pela renegociação das condições de swaps. Juros de aplicações Instituições de crédito 69 318 107 832 Crédito 744 177 838 276 Títulos 165 079 152 233 Devedores e outras aplicações Crédito vencido Juros de operações de swap Outros juros e proveitos equiparados 756 808 6 894 8 308 486 420 469 174 18 185 28 226 1 490 829 1 604 857 6 751 10 393 Rendimento de títulos Em 31 de Dezembro de 2003, as rubricas OUTROS LUCROS E PROVEITOS e incluem, respectivamente, 38 254 m. euros e 39 023 m. euros associados às operações Capital Seguro e Risco Limitado. Em 31 de Dezembro de 2002, as rubricas OUTROS LUCROS E PROVEITOS e OUTROS CUSTOS E PREJUÍZOS incluem, respectivamente, 96 125 m. euros e 96 047 m. euros associados às operações Capital Seguro e Risco Limitado. OUTROS CUSTOS E PREJUÍZOS 4.32. Custos com o pessoal Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros e custos equiparados 2003 Juros de recursos alheios Instituições de crédito 194 092 229 953 Depósitos 202 240 258 560 97 732 106 485 61 898 23 802 28 808 Débitos representados por títulos Outros recursos Juros de capitais próprios e equiparados Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos Juros de operações de swap Outros juros e custos equiparados 2 313 2 331 475 612 460 975 27 202 39 647 1 023 054 1 127 657 2003 2002 23 819 22 679 4.30. Comissões líquidas Esta rubrica tem a seguinte composição: Remuneração dos órgãos de gestão e fiscalização 7 714 8 317 210 188 209 810 Obrigatórios 59 468 59 858 Facultativos 2 621 2 790 4 586 4 886 284 577 285 661 Remuneração de empregados Encargos sociais Outros custos com o pessoal Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica CUSTOS COM PESSOAL inclui a totalidade dos custos relativos à atribuição de remunerações variáveis, nomeadamente os custos da aplicação, nos exercícios de 2003 e 2002, do programa RVA – Remuneração Variável em Acções (nota 2.18). 4.33. Outros proveitos e custos de exploração Estas rubricas têm a seguinte composição: Comissões recebidas Por garantias prestadas Por compromissos perante terceiros 4 886 143 003 2 858 2 966 Por operações realizadas por conta de terceiros 17 280 14 517 Prestação de serviços diversos Outras 21 118 19 013 Reembolso de despesas Por operações de factoring 224 623 207 064 Comissões pagas Por serviços bancários de terceiros 14 016 12 869 Por operações realizadas por terceiros 3 769 7 882 Outras 2 145 1 224 19 930 21 975 Rendimento de imóveis Remuneração pelo exercício de cargos sociais 2003 2002 Lucros em operações financeiras Lucros e diferenças de reavaliação na posição cambial 259 164 194 933 Lucros e diferenças de reavaliação em aplicações 398 301 330 351 Diferenças de reavaliação em recursos alheios 337 248 236 309 Lucros em operações extrapatrimoniais 55 765 48 285 Outros lucros e proveitos 86 542 204 128 1 137 020 1 014 006 Prejuízos em operações financeiras Prejuízos e diferenças de reavaliação na posição cambial 244 678 196 761 Prejuízos e diferenças de reavaliação em aplicações 385 975 291 051 Diferenças de reavaliação em recursos alheios 277 904 334 168 Custos em operações extrapatrimoniais 45 098 52 382 Outros custos e prejuízos 90 924 176 360 1 100 843 994 458 166 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 2002 2 055 1 118 11 16 8 747 9 352 28 217 28 956 Mais-valias em bens de locação financeira 1 505 942 Recuperação de créditos e juros vencidos 20 619 14 678 Outros 15 183 13 225 76 337 68 287 3 077 2 784 140 140 Outros custos e prejuízos Quotizações e donativos Remuneração de títulos de participação 4.31. Lucros líquidos em operações financeiras Esta rubrica tem a seguinte composição: 2003 Outros proveitos e lucros 5 386 154 162 Por serviços bancários prestados 2002 Menos-valias em bens de locação financeira 1 658 804 Outros 8 079 4 158 12 954 7 886 4.34. Ganhos e perdas extraordinários Estas rubricas têm a seguinte composição: Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, as rubricas PERDAS E GANHOS incluem 25 794 m. euros e 19 036 m. euros de custos relativos à cobertura de responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência (nota 4.20). Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, a rubrica OUTRAS PERDAS EXTRAORDINÁRIAS inclui ainda 10 832 m. euros e 12 978 m. euros, respectivamente, relativos a outros custos relacionados com reformas antecipadas realizadas em 2003 e em 2002. EXTRAORDINÁRIOS 2003 2002 Mais-valias realizadas na venda de valores imobilizados 15 887 24 923 Ganhos extraordinários Indemnizações por incumprimento de contratos Outros ganhos relativos a exercícios anteriores Outros ganhos extraordinários 301 96 6 919 16 689 5 932 1 530 29 039 43 238 Menos-valias realizadas na venda de valores imobilizados 204 3 942 Outras perdas em valores imobilizados 2 421 Perdas extraordinárias 5 4.35. Impostos sobre os lucros A carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre os lucros e o lucro do exercício antes daquela dotação, foi a seguinte: 2003 Multas e outras penalidades legais 139 112 Impostos sobre os lucros Prejuízos por roubo, extravio e falsificação de valores 437 363 Lucro do período antes de impostos1 Indemnizações por incumprimento de contratos Perdas relativas a exercícios anteriores Outras perdas extraordinárias 64 32 27 010 20 858 20 050 20 834 47 909 48 562 Em 31 de Dezembro de 2003, a rubrica MAIS VALIAS REALIZADAS NA VENDA DE VALORES IMOBILIZADOS inclui 9 184 m. euros relativos ao ganho na venda da participação no Banc Post e 5 117 m. euros relativos ao ganho na alienação da participação na Barbosa & Almeida. Em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica inclui 12 107 m. euros relativos a ganhos na venda da participação do Grupo BPI na Brisa e 9 892 m. euros relativos a ganhos na venda da participação do Grupo BPI na BVLP. Carga fiscal 2002 23 629 44 743 181 901 186 729 13.0% 24.0% 1) Considera o lucro antes de impostos adicionado dos interesses minoritários e deduzido dos resultados de filiais excluídas da consolidação. A diminuição da carga fiscal em 2003 reflecte a utilização de reporte fiscal pelo Banco BPI, na sequência da operação de reestruturação a que o Grupo BPI se submeteu em Dezembro de 2002. Nos exercícios de 2003 e 2002, os lucros gerados pelas Sucursais Financeiras Exteriores do Banco BPI e isentos de tributação foram: Sucursal Financeira Exterior do Funchal Sucursal Financeira Exterior de Sta. Maria 2003 2002 2 799 7 836 17 442 2 821 4.36. Lucro consolidado A formação do lucro consolidado nos exercícios de 2003 e 2002 foi a seguinte: Resultado contabilístico (não consolidado) do Banco BPI, S.A.1 2003 2002 145 532 118 018 5 280 11 174 Resultado contabilístico (não consolidado) do BPI Investimentos, S.A. Resultado contabilístico (não consolidado) do Banco Comercial e de Investimento, S.A.R.L.2 Resultado contabilístico (não consolidado) do Banco de Fomento, S.A.R.L. (Angola)3 Resultado contabilístico (não consolidado) do Banc Post Resultado contabilístico (não consolidado) do Banco BPI Cayman Ltd. 488 4 347 16 693 11 205 590 848 5 399 Contribuição das filiais e associadas do Banco BPI (excluindo os Bancos) para o lucro consolidado 26 053 20 172 Resultados gerados pela recuperação de ajustamentos considerados no goodwill pago na aquisição do BFE, associados a: – Provisões diversas 132 Reversão dos custos com a amortização de reformas no Banco BPI, já amortizadas por reservas no consolidado Anulação de provisões Anulação de dividendos Reconhecimento e anulação de mais e menos valias geradas na alienação de participações 14 685 (4 695) 5 317 (25 384) (41 204) (7 386) (761) 1 273 (3 864) 163 843 140 069 Outros ajustamentos de consolidação 1) Em 2002, os resultados indicados incluem os resultados das sociedades que, em 31 de Dezembro de 2002, se encontram integradas no Banco BPI. 2) Inclui o lucro gerado pelo Banco de Fomento, S.A.R.L. (Moçambique) em 2002 e até 30 de Novembro de 2003. 3) Em 2002, o resultado gerado pelo Banco de Fomento, S.A.R.L. (Angola) até 30 de Junho está incluído no resultado do Banco BPI. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 167 Nos exercícios de 2003 e 2002, a contribuição do Banco BPI e das empresas suas filiais e associadas para o resultado consolidado é a seguinte: 2003 2002 Montante % Montante % 107 334 65.5 110 690 79.0 5 263 3.2 (3 220) (2.2) Banco Comercial e de Investimentos, S.A.R.L.1 (1 797) (1.1) 2 274 1.6 Banco de Fomento S.A.R.L. (Angola)1 20 554 12.5 10 539 7.5 Banco Post S.A.1, 3 1 182 0.7 (330) (0.2) Banco BPI Cayman, Ltd. 5 399 3.3 BPI Locação de Equipamentos, Lda. 276 0.2 15 0.0 BPI Rent – Comércio e Aluguer de Bens, Lda. 922 0.5 318 0.2 (2) 0.0 57 0.0 Bancos Banco BPI, S.A.1, 2 Banco Português de Investimento, S.A.1 Crédito especializado Eurolocação – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamentos, S.A. Gestão de activos e corretagem BPI Dealer – Sociedade Financeira de Corretagem (Moçambique), S.A.R.L.1 BPI Fundos – Gestão de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A. (6) 0.0 (13) 0.0 11 664 7.1 12 643 9.0 BPI – Global Investment Fund Management Company, S.A. BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. 276 0.2 812 0.6 2 003 1.2 1 983 1.4 Sofinac – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. BPI (Suisse), S.A.1 267 0.2 193 0.1 (927) (0.6) (353) (0.2) Capital de risco / desenvolvimento F. Turismo – Capital de Risco, S.A. Inter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A.1 37 0.0 52 0.0 (1 614) (1.0) (1 299) (0.9) (43) 0.0 (10) 0.0 Solo – Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. Seguros BPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. 4 022 2.5 2 407 1.7 Cosec – Companhia de Seguros de Crédito, S.A. 575 0.4 750 0.5 4 577 2.8 (808) (0.6) 83 0.1 (12) 0.0 4 0.0 (2) 0.0 271 0.2 (54) 0.0 Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. Outros BPI, Inc.1 BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A.1 Douro SGPS, S.A. Finangeste – Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, S.A. Promática – Sociedade de Informação e Organização de Empresas, S.A. Simofer – Sociedade de Empreendimentos Imobiliários e Construção Civil, Lda. 401 0.2 425 0.3 (417) (0.3) 229 0.2 (14) 0.0 (20) 0.0 (595) (0.4) Digitmarket – Serviços de Informação, S.A.1 Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. 3 553 2.2 3 398 2.4 163 843 100.0 140 069 100.0 1) Lucro ajustado. 2) Em 2003, o Banco BPI incorporou, por fusão, a CrédiUniverso. Em 2002, o resultado indicado para o Banco BPI corresponde à soma dos contributos do Banco BPI e da CrédiUniverso. 3) Participação vendida em 2003. Em 2003, o contributo corresponde ao resultado do Banc Post em 31 de Agosto de 2003. 4.37. Segmentação por mercados geográficos e linhas de negócio Em 31 de Dezembro de 2003, a estrutura de segmentação do Grupo BPI por mercados geográficos é a seguinte: Juros e proveitos equiparados Portugal Resto da União Europeia Resto da Europa África 166 Resto do Operações intraMundo1 segmentos Total 1 355 668 30 715 34 268 211 243 -141 231 1 490 829 Juros e custos equiparados 947 423 17 888 3 751 195 223 -141 231 1 023 054 Comissões (proveito) 212 406 6 398 6 031 457 -669 224 623 17 698 932 3 1 931 36 -669 19 931 1 038 20 171 274 6 549 1 137 020 78 1 100 843 Comissões (custo) Rendimentos de títulos 6 751 6 751 Lucros em operações financeiras 958 139 Prejuízos em operações financeiras 934 933 98 159 062 6 672 42 406 2 081 1 721 2 352 48 560 109 508 140 9 103 8 171 126 922 63 953 177 12 202 5 Reposições e anulações de provisões2 Provisões para crédito vencido e outros riscos2 Outros proveitos de exploração Resultado líquido do exercício Créditos sobre Clientes (líq.) Débitos para com Clientes Activo líquido total 76 337 163 843 16 628 379 586 090 131 434 292 443 17 638 346 9 643 267 167 379 489 771 2 055 215 12 355 632 26 195 261 1) Os valores relativos ao "Resto da União Europeia" correspondem essencialmente à sucursal de Madrid e Paris. Os valores do "Resto do Mundo" correspondem às empresas domiciliadas em Cayman (sucursal do Banco BPI, Banco BPI Cayman e BPI Capital Finance). 2) Não inclui as provisões associadas a imobilizações financeiras. 168 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Em 31 de Dezembro de 2003, a estrutura de segmentação do Grupo BPI por linhas de negócio1 é a seguinte: Corporate Trading finance & sales Juros e proveitos equiparados Juros e custos equiparados Comissões (proveito) Comissões (custo) Banca de retalho2 CorrePaga- Custódia Banca3 tagem No Comercial mentos e Doméstica (retalho) liquidações estrangeiro Gestão de activos Outros Operações intrasegmentos Total 11 700 066 24 464 619 34 245 294 451 454 7 320 (10 361) 1 490 829 3 797 501 11 177 839 3 740 26 368 20 372 7 581 (10 361) 1 023 054 3 745 113 747 6 031 49 715 10 855 3 188 31 799 1 975 (2 140) 224 623 11 517 1 930 1 430 564 1 375 2 211 64 (2 140) 19 930 5 009 (17) 3 949 1 759 3 2 976 Rendimentos de títulos 1 759 6 751 Lucros em operações financeiras 964 740 1 20 171 274 985 1 137 020 Prejuízos em operações financeiras 941 456 13 176 159 049 149 1 100 843 Reposições e anulações de provisões4 48 560 Provisões para crédito vencido e outros riscos4 Outros proveitos de exploração 126 922 56 6 186 39 798 12 202 16 218 165 286 1 426 Resultado líquido do exercício Créditos sobre Clientes (líq.) Crédito bruto Provisões Débitos para com Clientes 1 180 16 926 10 637 904 131 433 6 832 607 6 257 23 418 (11 379) 17 638 346 1 962 17 025 10 710 928 132 381 6 899 714 6 735 25 649 (11 379) 17 783 015 782 99 73 024 478 2 231 144 669 1 501 40 271 8 824 525 1 111 738 319 162 (35 572) 12 355 632 948 67 107 489 771 1 604 236 Activo líquido total 1) 2) 3) 4) 76 337 163 843 26 195 261 Segmentação por linhas de negócio definida nos termos da instrução n.º 11 / 2003, do Banco de Portugal. Os valores relativos à Banca de Retalho doméstica correspondem essencialmente à actividade da Banca de Particulares e Pequenos Negócios. Os valores relativos à Banca Comercial correspondem essencialmente à actividade da Banca de Empresas. Não inclui as provisões associadas a imobilizações financeiras. 4.38. Efectivos Nos exercícios de 2003 e 2002, o número de efectivos1, em média e no final do período, eram os seguintes: 2003 Média do período Administradores Quadros superiores 2002 Final do período Média do período Final do período 14 14 17 14 511 502 545 504 Outros quadros 3 277 3 180 3 220 3 177 Outros Colaboradores 3 528 3 208 3 870 3 685 7 330 6 904 7 652 7 380 4.39. Crédito aos membros do Conselho de Administração do Banco BPI De acordo com a política definida, os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI beneficiam do Regime de Concessão de Crédito Bonificado à Habitação em vigor nos Bancos para todos os seus Colaboradores. Deste modo, em 31 de Dezembro de 2003, o saldo global do crédito hipotecário concedido aos elementos da Comissão Executiva do Conselho de Administração por Bancos do Grupo com vista à aquisição de habitação própria ascendia a 972 m. euros. 1) Efectivos das empresas do Grupo consolidadas pelo método da integração global. Inclui os efectivos ao serviço das sucursais do Banco BPI no exterior. Demonstrações financeiras consolidadas | Notas 169 Certificação legal das contas e relatório de auditoria MAGALHÃES, NEVES & ASSOCIADOS, SROC S.A. Inscrição na OROC n.º 95 Registo na CMVM n.º 223 NIPC 502 558 610 Capital Social 50 000 euros Matriculada na CRC de Lisboa sob o n.º 12 179 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS CONSOLIDADAS (Montantes expressos em milhares de euros – m. euros) Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício de 2003 do Banco BPI, S.A. (anteriormente denominado BPI – SGPS, S.A., tendo o seu objecto e denominação social sido alterados em 20 de Dezembro de 2002 – nota 1), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2003 que evidencia um total de 26 195 261 m. euros e capitais próprios de 1 227 290 m. euros, incluindo um resultado líquido de 163 843 m. euros, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as correspondentes notas. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco BPI, S.A. (Banco): (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação, da aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Sede em Lisboa: Escritório no Porto: 170 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Amoreiras – Torre 1 – 7.º – 1070-101 Lisboa Av. da Boavista, 3523 – 1.º – 4100-139 Porto Telefone 21 387 00 15 Telefone 22 610 11 79 MAGALHÃES, NEVES & ASSOCIADOS, SROC S.A. –2– Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada do Banco BPI, S.A. em 31 de Dezembro de 2003, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas Directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Ênfases 6. Conforme descrito em maior detalhe na nota 2.4, no exercício de 2002 o Banco de Portugal, através do seu Aviso n.º 4 / 2002, de 25 de Junho, introduziu uma nova metodologia de determinação das menos-valias potenciais na carteira de participações financeiras e respectivo provisionamento, tendo estabelecido um regime transitório de registo gradual das provisões ao longo de um período máximo de cinco anos, aplicável ao conjunto de participações financeiras em carteira em 31 de Dezembro de 2001. Em 2003 o Banco optou por completar o registo das provisões requeridas pelo referido Aviso no prazo de dois anos, ou seja até 31 de Dezembro de 2003, tendo constituído no exercício de 2003 provisões de 40 863 m. euros por contrapartida de prémios de emissão e reservas (notas 3.2, 4.24, 4.25 e 4.27). As provisões constituídas em 2002 ao abrigo do novo regime ascenderam a 21 616 m. euros, tendo 19 000 m. euros sido registados por contrapartida de reservas (notas 3.2, 4.25 e 4.27). 7. As demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 são apresentadas pelo Banco de forma a dar cumprimento aos requisitos de publicação de contas. Estas demonstrações financeiras foram por nós examinadas e a nossa opinião sobre as mesmas, expressa no nosso relatório datado de 28 de Fevereiro de 2003, incluía uma ênfase sobre o assunto referido no parágrafo 6 acima. Porto, 4 de Março de 2004 Magalhães, Neves & Associados, SROC S.A. Representada por Maria Augusta Cardador Francisco Certificação legal das contas e relatório de auditoria | 171 Relatório dos Auditores Amoreiras, Torre 1 - 15º 1070-101 Lisboa Portugal Tel: +(351) 21 381 60 00 Fax: +(351) 21 387 80 11 www.deloitte.com/pt Aos Exmos. Senhores Accionistas do Banco BPI, S.A. (Montantes expressos em milhares de euros – m. euros) 1. Auditámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas do Banco BPI, S.A. (anteriormente denominado BPI – SGPS, S.A., tendo o seu objecto e denominação social sido alterados em 20 de Dezembro de 2002 – nota 1), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2003, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as correspondentes notas. Estas demonstrações financeiras consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco BPI, S.A. (Banco). A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada na nossa auditoria daquelas demonstrações financeiras consolidadas. 2. A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites em Portugal, as quais exigem que seja planeada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Esta auditoria incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Esta auditoria incluiu igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada do Banco BPI, S.A. em 31 de Dezembro de 2003, bem como o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector bancário. 4. Conforme descrito em maior detalhe na nota 2.4, no exercício de 2002 o Banco de Portugal, através do seu Aviso n.º 4 / 2002, de 25 de Junho, introduziu uma nova metodologia de determinação das menos-valias potenciais na carteira de participações financeiras e respectivo provisionamento, tendo estabelecido um regime transitório de registo gradual das provisões ao longo de um período máximo de cinco anos, aplicável ao conjunto de participações financeiras em carteira em 31 de Dezembro de 2001. Em 2003 o Banco optou por completar o registo das provisões requeridas pelo referido Aviso no prazo de dois anos, ou seja até 31 de Dezembro de 2003, tendo constituído no exercício de 2003 provisões de 40 863 m. euros por contrapartida de prémios de emissão e reservas (notas 3.2, 4.24, 4.25 e 4.27). As provisões constituídas em 2002 ao abrigo do novo regime ascenderam a 21 616 m. euros, tendo 19 000 m. euros sido registados por contrapartida de reservas (notas 3.2, 4.25 e 4.27). 5. As demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 são apresentadas pelo Banco de forma a dar cumprimento aos requisitos de publicação de contas. Estas demonstrações financeiras foram por nós auditadas e a nossa opinião sobre as mesmas, datada de 28 de Fevereiro de 2003, incluía uma ênfase sobre o assunto referido no parágrafo 4 acima. Porto, 4 de Março de 2004 Audit • Tax • Consulting • Corporate Finance • Deloitte & Touche Quality Firm - Serviços Profissionais de Auditoria e Consultoria, S.A. Tipo: Sociedade Anónima - Capital Social: 200.000 euros - NIPC: 502 310 090 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.º 1295 Sede: Amoreiras, Torre 1 - 15.º, 1070-101 Lisboa 172 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 A member firm of Deloitte Touche Tohmatsu Relatório e parecer do Conselho Fiscal RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL CONTAS CONSOLIDADAS Aos Accionistas do Banco BPI, S.A. Em conformidade com a legislação em vigor e o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos consolidados de prestação de contas do Banco BPI, S.A. (anteriormente denominado BPI – SGPS, S.A., tendo o seu objecto e denominação social sido alterados em 20 de Dezembro de 2002) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Ao longo do exercício de 2003 acompanhámos a evolução da actividade e os negócios do Banco BPI, S.A. e das principais empresas participadas, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento dos estatutos em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração, dos diversos serviços do Banco e dos órgãos sociais e serviços das principais empresas participadas, as informações e esclarecimentos solicitados. No âmbito das nossas funções examinámos o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2003, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e dos fluxos de caixa e as respectivas notas anexas, bem como o Relatório de Gestão, preparado pelo Conselho de Administração, para o exercício findo naquela data. Adicionalmente, analisámos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, elaborado pelo Revisor Oficial de Contas vogal deste Conselho, o qual mereceu o nosso acordo. Face ao exposto, somos de opinião que, após considerado o assunto descrito no parágrafo 6 da Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas. Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços do Banco BPI, S.A. o nosso apreço pela colaboração prestada. Porto, 4 de Março de 2004 Jorge Figueiredo Dias Presidente José Ferreira Amorim Vogal Magalhães, Neves & Associados, SROC, S.A. Representada por Maria Augusta Cardador Francisco Vogal Relatório dos Auditores e Relatório e parecer do Conselho Fiscal | 173 Relatório sobre o Governo do Grupo BPI Relatório sobre o Governo do Grupo BPI Declaração de cumprimento 178 1. Introdução 2. Princípios orientadores da política de governo do Grupo BPI 3. Estrutura, repartição de competências e funcionamento dos órgãos de gestão e controlo do Grupo BPI 3.1. Estrutura de governo e fiscalização do Grupo 3.2. Assembleia Geral 3.3. Conselho de Administração 3.4. Comissão Executiva 3.5. Comité de Auditoria e de Controlo Interno 3.6. Conselho Fiscal 3.7. Comissão de Remunerações 3.8. Administração do Banco Português de Investimento 3.9. Comissão de acompanhamento do governo do Grupo BPI 4. Organograma funcional do Grupo 5. Gestão de riscos 5.1. Princípios da gestão de riscos 5.2. Repartição de competências em matéria de controlo e gestão de riscos 6. Auditores externos 6.1. Independência 6.2. Remuneração 6.3. Outros mecanismos de salvaguarda 7. Remuneração 7.1. Política de remuneração 7.2. Remuneração dos membros do Conselho de Administração do Banco BPI e do Banco Português de Investimento 7.3. Programa de remuneração variável em acções (RVA) 7.4. Planos de pensões dos Administradores dos bancos do Grupo BPI 7.5. Crédito aos membros do Conselho de Administração do Banco BPI 7.6. Seguros dos Administradores do Banco BPI 8. Controlo accionista e transmissibilidade das acções 8.1. Controlo accionista 8.2. Acordos parassociais relativos ao exercício de direitos sociais ou relativos à transmissibilidade de acções 9. Exercício do direito de voto e representação de Accionistas 9.1. Promoção do exercício do direito de voto 9.2. Atribuição do direito de voto 9.3. Procedimentos relativos à representação 9.4. Procedimentos relativos ao voto por correspondência postal 9.5. Procedimentos relativos ao voto por correspondência electrónica 10. Exercício de direitos sociais por entidades do Grupo BPI 11. Ética e deontologia 11.1. Compromisso para com rigorosas normas de natureza ética e deontológica 11.2. Equidade e salvaguarda de situações de conflito de interesses 11.3. Violação do sigilo profissional 11.4. Actividade de intermediação de valores mobiliários 11.5. Combate ao terrorismo e branqueamento de capitais 11.6. Prevenção de situações de inside trading 11.7. Negócios realizados entre o BPI e membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, titulares de participações qualificadas ou sociedades pertencentes ao Grupo 12. Comunicação com o mercado 12.1. Princípios de divulgação da informação financeira e outros factos relevantes 12.2. Direcção de Relações com os Investidores 12.3. Sítio na Internet 12.4. Representante para as relações com o mercado 13. Acção Banco BPI 13.1. Rendibilidade do Accionista 13.2. Evolução em bolsa e comunicações ao mercado 14. Política de dividendos 179 180 181 181 182 184 189 193 196 196 197 197 198 200 200 200 201 201 202 202 203 203 203 203 210 210 210 211 211 211 212 212 212 212 212 212 213 214 214 214 214 214 215 215 215 216 216 216 216 217 218 218 218 219 APÊNDICE Outros cargos de administração e fiscalização desempenhados em sociedades pelos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal do Banco BPI 220 Correspondência entre as normas e recomendações da CMVM sobre o governo das sociedades e o Relatório sobre o governo do BPI Publicações, comunicações e eventos institucionais em 2004 221 222 Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 177 Declaração de cumprimento O BPI cumpre integralmente as recomendações da CMVM relativas: ao governo das sociedades cotadas; ao exercício do voto por correspondência nas sociedades abertas; à divulgação de informação através da Internet. O sistema de remuneração do Conselho de Administração do Banco BPI e a sua divulgação pública respeitam os princípios e objectivos das Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas, nomeadamente a Recomendação n.º 8, sem explicitar a remuneração individual de cada um dos seus membros. O actual sistema de remuneração, em vigor desde 2001, encontra-se descrito em capítulo próprio do Relatório e inclui, para os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração, uma componente variável em acções e opções, com regras próprias, definidas e tornadas públicas em cada exercício. Esta componente foi criada com o objectivo expresso de reforçar o alinhamento dos principais executivos do Banco com os interesses da Instituição e dos Accionistas. Por sua vez, a informação contida no relatório sobre as condições de remuneração do Conselho de Administração inclui, desde 2001, os seguintes elementos: montante total, agregado, de todas as remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração, distinguindo entre membros executivos e não-executivos e entre remunerações fixas e variáveis; indicação individualizada da percentagem da remuneração variável que representa, para cada membro da Comissão Executiva do Conselho de Administração, o Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) relativo ao período abrangido pelo Relatório; indicação individualizada da quantidade de acções e opções atribuídas a cada membro da Comissão Executiva do Conselho de Administração, no âmbito do Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA). 178 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Ponderados os interesses do BPI e dos seus Accionistas actuais e potenciais, as necessidades do mercado e os objectivos invocados nas recomendações da CMVM, a Comissão Executiva do Conselho de Administração considerou que a explicitação das remunerações individuais dos seus membros não acrescenta informação relevante para aqueles interesses, necessidades e objectivos, em relação às práticas já seguidas pelo Banco, que acolheu, por antecipação, o essencial da Recomendação n.º 8 da CMVM, segundo a qual a remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada por forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade e deve ser objecto de divulgação anual em termos individuais. 1. Introdução O Conselho de Administração do Banco BPI vem submeter à apreciação dos seus Accionistas e do mercado o seu Relatório sobre o Governo do Grupo BPI, relativo ao exercício de 2003, em cumprimento do seu dever de informação e transparência e em conformidade com as normas em vigor. prestação de informação complementar acerca da remuneração dos membros do Conselho de Administração; prestação de informação sobre a remuneração e independência dos auditores externos do Banco BPI; O Conselho de Administração do BPI tem procurado apresentar um relatório cada vez mais completo, com a preocupação de responder positivamente às iniciativas1 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e de aperfeiçoar o modelo de governo do banco e a respectiva política de reporte, de acordo com as reflexões publicadas por diversos organismos europeus, nomeadamente a Comissão Europeia. aprofundamento do tema "ética e deontologia", designadamente dos aspectos associados à salvaguarda de conflitos de interesses, violação do sigilo profissional, diligência e lealdade na actividade de intermediação de valores mobiliários, combate ao terrorismo, branqueamento de capitais e prevenção de situações de inside trading; enumeração das propostas apresentadas à Assembleia Geral de Accionistas nos últimos quatro anos e dos resultados das respectivas votações, bem como a agenda preliminar da Assembleia Geral Anual, que se realizará no dia 20 de Abril de 2004, e canais disponíveis para a obtenção de informação sobre o evento; indicação da actividade desenvolvida pela Direcção de Relações com Investidores em 2003, incluindo informação pormenorizada sobre os conteúdos e funcionalidades do site de Relações com Investidores. Aperfeiçoamentos no Relatório de 2003 De entre todos os melhoramentos realizados no Relatório sobre o Governo do Grupo BPI relativo ao exercício de 2003, merecem especial destaque os seguintes: descrição sucinta da actividade desenvolvida e principais decisões tomadas pelos órgãos sociais do Banco BPI no exercício de 2003; revisão da relação de competências e de regras de funcionamento do Conselho de Administração do Banco BPI, da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI e do Comité de Auditoria e de Controlo Interno, em virtude da alteração dos respectivos regulamentos em 2003; 1) Consubstanciadas, principalmente, na aprovação do Regulamento da CMVM n.º 11 / 2003 e na revisão das suas "Recomendações sobre o Governo das Sociedades Cotadas" Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 179 2. Princípios orientadores da política de governo do Grupo BPI Princípios orientadores da politica de governo do Grupo BPI 1 Transparência da gestão Informação interna – permite aos membros do Conselho de Administração, aos membros do Conselho Fiscal e aos membros do do Comité de Auditoria e de Controlo Interno levar a cabo, com facilidade e eficácia, as suas funções de supervisão e fiscalização. Informação externa – permite aos Accionistas, às autoridades, aos auditores, aos investidores e à comunidade, em geral, avaliar da qualidade e da conformidade da informação prestada e dos resultados alcançados. 2 Independência da gestão executiva relativamente a qualquer Accionista individual ou a interesses específicos. 3 Equidade no relacionamento com os Accionistas, com os Clientes e com os Colaboradores. 4 Lealdade através da implementação de mecanismos que previnam a ocorrência de situações de conflito de interesses. 5 Eficiência no funcionamento e interacção de todos os órgãos de administração e fiscalização da Sociedade. 6 Rigor na administração dos diversos riscos subjacentes à actividade do Grupo. 7 Partilha através da adopção de modelos colegiais nos processos de tomada de decisão e no fomento do trabalho de equipa. 8 Desempenho e mérito como critérios fundamentais da política de remuneração dos Colaboradores e Administradores. 9 Harmonia No alinhamento entre os interesses dos Accionistas e dos Administradores e Colaboradores 10 Criação de valor como objectivo último da Administração e dos Colaboradores do BPI. 180 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 3. Estrutura, repartição de competências e funcionamento dos órgãos de gestão e de controlo do Grupo BPI 3.1. ESTRUTURA DE GOVERNO E FISCALIZAÇÃO DO GRUPO As grandes linhas estratégicas do Grupo BPI são definidas pelo Conselho de Administração do Banco BPI. Tais orientações, periodicamente validadas em Assembleia Geral de Accionistas, são depois implementadas pela Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, cuja actividade é sistematicamente acompanhada pelo Conselho de Administração. Este órgão integra quatro Administradores não-executivos, dos quais dois são vice-presidentes do Conselho de Administração, e tem por principais funções a escolha dos auditores externos, a fixação dos programas anuais para as auditorias internas e externas, o acompanhamento dos procedimentos do sistema de controlo interno dos dois bancos portugueses do Grupo, bem como das áreas cuja actividade dê lugar aos riscos operacionais mais importantes para o Grupo BPI. Com efeito, o Conselho de Administração aprova o plano e orçamento anual; avalia a evolução do Grupo face ao orçamento; delibera sobre a tomada de participações mais significativas em instituições financeiras, sobre a aquisição de posições de elevado montante no capital de outras empresas; acompanha a evolução de riscos de crédito e dos riscos de mercado; avalia a gestão dos fundos de pensões e o comportamento da carteira de participações financeiras e a gestão dos fundos de pensões relativamente às principais instituições com que concorre no mercado; e analisa os juízos emitidos por agências de rating, por entidades de supervisão e por analistas financeiros sobre a actividade do Grupo BPI. Nas reuniões plenárias – em 2003 realizaram-se sete – são ainda aprovados os resultados trimestrais do Grupo e a comunicação dos mesmos ao mercado. Ao Conselho Fiscal compete acompanhar toda a actividade do Banco BPI, zelando pela observância da lei e dos estatutos. A Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI é o órgão executivo responsável pela gestão da actividade do Grupo, e as funções mais relevantes que assume são a alocação de capital, a avaliação da rendibilidade dos principais negócios, a gestão dos riscos financeiros, a decisão sobre os riscos de crédito e o acompanhamento dos mesmos, a decisão de investimento ou de desinvestimento nas participações de capital, e a definição da política de recursos humanos. A Comissão de Remunerações fixa a remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI e procede à avaliação dos elementos da Comissão Executiva do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, com vista à determinação das respectivas remunerações variáveis anuais. O Secretário da Sociedade, além de desempenhar as funções previstas na lei, é responsável pelas relações com as autoridades de supervisão e fiscalização, nomeadamente, o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)1, o Instituto de Seguros de Portugal, a Direcção Geral de Impostos e Inspecção de Finanças. Compete ainda ao Secretário do Banco BPI elaborar as actas do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, promovendo a circulação das mesmas por todos os membros e assegurando o envio dos documentos de apoio às reuniões do Conselho de Administração. Os estatutos do Banco BPI estão disponíveis no web site de Relações com Investidores localizado no endereço www.ir.bpi.pt. A fim de assegurar um mais estreito acompanhamento de todas as áreas de risco do Grupo BPI, foi criado, em 1999, no âmbito do Conselho de Administração, o Comité de Controlo Interno, que recentemente passou a designar-se Comité de Auditoria e de Controlo Interno. Banco BPI Assembleia Geral de Accionistas Comissão de Remunerações Comité de Auditoria e de Controlo Interno Conselho Fiscal Conselho de Administração do Banco BPI Secretário da sociedade Comissão Executiva do Banco BPI Comissão Executiva da Banca de Investimento 1) Em articulação com o representante para as relações com o Mercado de Valores Mobiliários. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 181 3.2. ASSEMBLEIA GERAL Composição, modo de participação e atribuições A Assembleia Geral (AG) é o órgão social constituído pelos Accionistas com direito a voto – isto é, todos os titulares de, pelo menos, mil acções do Banco BPI – que aprecia matérias de vital importância para a vida da sociedade, sobre elas delibera e vota. Principais competências da Assembleia Geral Eleição dos membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Comissão de Remunerações e da Mesa da Assembleia Geral. Apreciação do relatório anual do Conselho de Administração, discussão e votação do balanço e contas consolidadas e individuais, assim como o parecer do Conselho Fiscal. Apreciação da orientação estratégica e das políticas adoptadas. Deliberação sobre a aplicação dos resultados do exercício, os aumentos de capital e a emissão de obrigações convertíveis em acções ou conferentes do direito a subscrever acções. Deliberação sobre alterações aos estatutos. Os Accionistas dispõem de diversas formas de participação na Assembleia: presencial, mediante representação (por outros Accionistas ou por terceiros), voto por correspondência postal e, pela primeira vez, na Assembleia Geral Anual a realizar em 20 de Abril de 2004, poderão exercer o voto por correspondência electrónica. Composição da Mesa da Assembleia Geral Rui Manuel Chancerelle de Machete Nas últimas três Assembleias, realizadas a 3 de Abril de 2002, 8 de Novembro de 2002 e 10 de Abril de 2003, estiveram presentes ou representados Accionistas detentores de acções correspondentes a 57.2%, 60.4% e 59.3% dos direitos de voto, respectivamente. O Accionista ou Accionistas que possuam acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital social podem requerer que na ordem de trabalhos de uma Assembleia Geral, já convocada ou a convocar, sejam incluídos determinados assuntos. Já no decorrer das Assembleias Gerais, qualquer Accionista pode requerer que lhe sejam prestadas as informações necessárias a formar opinião fundamentada sobre os assuntos sujeitos a deliberação. Não obstante a faculdade expressa no parágrafo anterior, as propostas apresentadas à Assembleia de Accionistas têm sido, em geral, da iniciativa do Conselho de Administração. Resultados das Assembleias de Accionistas desde 2000 As propostas apresentadas em Assembleia Geral têm sido, consistentemente, aprovadas pela totalidade ou quase totalidade dos Accionistas presentes ou representados, conforme é possível verificar no quadro seguinte. Vice-Presidente Vasco Manuel Airão Marques Secretários O Presidente da Mesa deverá proceder à convocação extraordinária da Assembleia Geral, sempre que tal lhe seja solicitado pelo Conselho de Administração, pelo Conselho Fiscal, por Accionistas titulares de acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital social ou noutros casos previstos na lei. A Assembleia Geral pode deliberar, em primeira convocação, qualquer que seja o número de Accionistas presentes ou representados. Exceptua-se a votação de propostas relativas a alterações nos estatutos do Banco ou operações de fusão, cisão ou dissolução da Sociedade, entre outras situações especiais previstas na lei. Nestes casos, é necessário que estejam presentes ou representados Accionistas que detenham, pelo menos, acções correspondentes a um terço do capital social. Em segunda convocação, a Assembleia pode deliberar, seja qual for o número de Accionistas presentes ou representados e o capital por eles representado. Os Accionistas que não possuam mil acções podem agrupar-se, de forma a perfazer este número, e adquirir assim direito de voto. Por disposição estatutária, não são considerados os votos emitidos por um só Accionista, em nome próprio ou como representante de outro ou de outros, que excedam 12.5% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social. Presidente Regras de funcionamento A Assembleia Geral Anual deve, por lei, reunir até ao final do mês de Maio. Galucho – Indústrias Metalomecânicas, S.A. (representada por Vitalina Justino Antunes) Produtos Sarcol, Lda. (representada por Estela M. Barbot) Propostas (em termos genéricos) apresentadas nas Assembleias de Accionistas realizadas nos últimos quatro anos e percentagem de votos a favor que obtiveram 29 Mar. 00 19 Set. 00 29 Mar. 01 26 Jun. 01 03 Abr. 02 08 Nov. 02 10 Abr. 03 Relatório e contas 99.99% - 99.99% - 99.84% - 99.986% Aplicação de resultados 99.99% - 99.99% - 99.83% - 100.000% Apreciação geral da administração e fiscalização1 99.99% - 99.98% - 99.84% - 99.546% Aquisição e alienação de acções próprias - 99.988% - - 99.84% - 99.998% Eleição trienal dos órgãos sociais - - - - 99.84%2 - - Alteração dos estatutos - - - - - - 100.000% Reorganização societária - - - 100.00% - 100.00%3 - Alteração aa composição do Conselho de Administração - - - 99.99% - - 99.998% Aumento de capital - 99.988%4 - - 99.84% - - 1) 2) 3) 4) Proposta de voto de confiança e louvor aos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal apresentada por um Accionista. Proposta de um Accionista. Nesta Assembleia foram votadas quatro propostas, todas referentes ao projecto de reorganização societária concluído no final de 2002. Associada a esta proposta, foi ainda votada uma outra, relativa à limitação do direito de preferência dos Accionistas, que foi aprovada com igual percentagem de votos. 182 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 A última Assembleia Extraordinária decorreu no dia 8 de Novembro de 2002, com o objectivo de deliberar sobre as propostas apresentadas relativas aos seguintes projectos: projecto de fusão por incorporação da BPI Ventures e da Dixit – Investimentos Estratégicos no BPI SGPS; projecto de cisão do Banco Português de Investimento, na modalidade de cisão-fusão, envolvendo o destaque de elementos do respectivo património para o BPI SGPS cisão que, nos termos do respectivo projecto, envolvia igualmente a redução do capital social do Banco Português de Investimento, de 175 180 000 euros para 20 000 000 euros e a correspondente alteração do artigo 4.º dos estatutos daquela sociedade cindida; projecto de fusão por incorporação do Banco BPI no BPI SGPS e alteração dos artigos 1.º, 3.º e 8.º do contrato de sociedade do BPI SGPS, a fim de possibilitar a esta sociedade o exercício da actividade bancária, bem como a emissão de warrants autónomos; projecto de fusão por incorporação da BPI Factor, da BPI Leasing e da Estratégia, SGPS, no BPI SGPS. Estas propostas foram aprovadas por unanimidade. Reunião da Assembleia Geral anual em 2003 A Assembleia Geral de Accionistas do Banco BPI reuniu, em 2003, por uma única vez, no dia 10 de Abril. Estiveram presentes ou representados Accionistas detentores de acções correspondentes a 59.3% dos direitos de voto, tendo os Accionistas deliberado e aprovado as propostas que se seguem. Percentagem de votos Relatório de gestão e contas individuais e consolidadas do Banco BPI, referentes ao exercício de 2002. A favor Abstenções Contra 99.986% 0.014% - 100.000% - - 99.546% 0.446% 0.009% Aplicação dos resultados do exercício de 2002, incluindo a distribuição de um dividendo de oito cêntimos a cada uma das 760 000 000 acções representativas do capital social, em 31 de Dezembro de 2002. Voto de confiança e louvor ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal, extensivo a todos e a cada um dos membros dos órgãos sociais, pelo modo como exerceram os respectivos mandatos durante o exercício de 2002. Alteração dos artigos 2.º, 7.º, 8.º, 11, 14, 16, 17 e 18 dos estatutos da Sociedade. 100.000% - - Aquisição e alienação de acções próprias. 99.998% - 0.002% Ratificação da cooptação feita para preenchimento de uma vaga no Conselho de Administração. 99.998% 0.002% - O BPI adopta a política de anunciar publicamente, após conclusão da Assembleia Geral, os resultados das deliberações dos Accionistas através de comunicado difundido no web site da CMVM (www.cmvm.pt), enviado aos órgãos de comunicação social generalistas e especializados e através do web site de Relações com Investidores do BPI (www.ir.bpi.pt). Assembleia Geral Anual – 20 de Abril de 2004 A próxima Assembleia Geral Anual realizar-se-á no dia 20 de Abril, pelas 11 horas, na Fundação de Serralves, na cidade do Porto. O Conselho de Administração irá propor aos Accionistas a deliberação e votação: O BPI tem a preocupação permanente de estimular a participação dos Accionistas na vida da Sociedade, designadamente, nas reuniões da Assembleia Geral. Para o efeito, promove activamente o exercício do direito de voto – presencial, por representação ou por correspondência postal e electrónica, facultando aos Accionistas – muito para além daquilo que lhe seria exigível por lei – toda a informação e meios necessários à participação destes nas referidas reuniões. Toda a informação é facultada aos Accionistas, simultaneamente, em língua portuguesa e inglesa. 1. do relatório de gestão e contas individuais e consolidadas do Banco BPI, relativas ao exercício de 2003; 2. da proposta de aplicação dos resultados do exercício de 2003; 3. da apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade; 4. do preenchimento de uma vaga no Conselho de Administração; 5. de uma proposta de alteração do artigo 12 dos estatutos da Sociedade; 6. da aquisição e alienação de acções próprias. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 183 Informação preparatória da Assembleia Geral de Accionistas de 20 de Abril de 2004 e meios de informação disponíveis Canais de Comunicação Disponibilizados pelo BPI Outros canais Linha telefónica Correio Postal Web site da Internet E-mail Presencialinformativa CMVM Por iniciativa Por solicitação (www.ir.bpi.pt) ([email protected]) sobre a AGA mente1 do BPI do accionista2 (www.cmvm.pt) (226 073 333) Media Data de disponibilidade nos canais BPI Elementos obrigatórios por lei ou regulamento3 4 Alteração dos estatutos Outras propostas 19 Mar. 04 Relatório e contas5 referente ao exercício de 2003 5 Abr. 04 5 Abr. 04 Outros cargos de administração e fiscalização desempenhados em outras sociedades pelos membros dos órgãos sociais 5 Abr. 04 Nome, qualificações e experiência profissional de um novo membro a propor para o Conselho de Administração 5 Abr. 04 Minutas para o exercício de voto por representação Solicitação de emissão de declaração de registo e mobilização Boletins de voto para o exercício de voto por correspondência postal Minutas para o exercício de voto por correspondência electrónica Esclarecimento de questões Estatutos e regulamentos do Banco BPI Resultados das votações das propostas Convocatória 19 Mar. 04 Propostas do Conselho de Administração: 4 4 Elementos adicionais disponibilizados pelo BPI 4 4 4 4 30 Mar. 04 30 Mar. 04 30 Mar. 04 30 Mar. 04 19 Mar. 04 19 Mar. 04 20 Abr. 04 1) Na sede do Banco BPI (Direcção de Relações com Investidores, Rua Tenente Valadim, n.º 284, 3.º andar, Porto) e em Lisboa, na Direcção de Relações Públicas, no Largo Jean Monnet, n.º 1, 1.º andar. 2) Endereço postal: Assembleia Geral de Accionistas - Abril de 2004, Departamento de Títulos - Área de Fundos e Serviços, Rua Tenente Valadim, 284, 4100-476 Porto. 3) Código das Sociedades Comerciais (artigo 289) e Regulamentos da CMVM (n.º 11/2003). 4) Enviados a Accionistas detentores de 5 ou mais direitos de voto. 5) Relatório de gestão, contas individuais e consolidadas, certificação legal das contas e parecer do Conselho Fiscal. 3.3. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Competências do Conselho de Administração O Conselho de Administração do Banco BPI é o órgão social ao qual cabe zelar pelos interesses gerais da Sociedade, praticando todos os actos necessários ou convenientes para o desenvolvimento das actividades previstas no objecto social. O Conselho de Administração tem delegado numa Comissão Executiva a gestão corrente da Sociedade, dentro dos limites definidos pelo respectivo regulamento. 184 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Competências do Presidente do Conselho de Administração Cabe ao Presidente do Conselho de Administração coordenar a actividade do Conselho, dirigindo as respectivas reuniões e velando pela execução das suas deliberações. Ao Presidente compete ainda, em primeira linha, a responsabilidade de representar a instituição junto dos poderes públicos e demais autoridades. Principais competências do Conselho de Administração Escolher a Comissão Executiva e estar sistematicamente a par da respectiva actividade. Aprovar o plano estratégico, bem como o plano e orçamento anual do Grupo BPI, acompanhando periodicamente a execução do mesmo. Propor à Assembleia Geral eventuais alterações aos estatutos, aumentos de capital e emissões de obrigações que não sejam da sua competência (isto é, obrigações convertíveis em acções e obrigações conferentes do direito a subscrever acções). Aprovar exposições de risco superiores a 15% do capital próprio e manter-se informado a respeito das mesmas. Deliberar a emissão de obrigações, quando para tal for competente. Aprovar os códigos de conduta das sociedades que domina totalmente. Representar a Sociedade em juízo ou fora dele, activa e passivamente, instaurar e contestar quaisquer procedimentos judiciais ou arbitrais, confessar, desistir ou transigir em quaisquer acções e comprometer-se em arbítrios. Adquirir, alienar ou onerar quaisquer bens ou direitos; Constituir mandatários para a prática de determinados actos, ou categorias de actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos. Apreciar, anualmente, o sistema interno de rating, aplicado a todas as empresas com risco de crédito e cujo volume de vendas seja superior a 1.25 milhões de euros. Analisar a evolução das principais participações de capital do Grupo BPI. Deliberar sobre investimentos e parcerias estratégicas. Acompanhar a evolução das responsabilidades e dos activos dos fundos de pensões dos Colaboradores do Grupo. Preparar os documentos de prestação de contas e a proposta de aplicação de resultados a apresentar à Assembleia Geral. Composição O Conselho de Administração do Banco BPI é, actualmente, composto por 19 membros, dos quais sete constituem a Comissão Executiva. Composição do Conselho de Administração do Banco BPI Conselho de Administração Comissão Executiva Administradores não-executivos Não-independentes Independentes Comité de Auditoria e de Controlo Interno Comissão de Remunerações Presidente Artur Santos Silva Presidente Vice-Presidentes Carlos da Câmara Pestana Fernando Ulrich 3 Presidente Vice-Presidente Rui Octávio Matos de Carvalho Presidente Vogais Alfredo Rezende de Almeida António Domingues António Farinha Morais Armando Leite de Pinho Fernando Ramirez 1 5 José Pena do Amaral Klaus Dührkop Manuel de Oliveira Violas Manuel Ferreira da Silva Maria Celeste Hagatong Diethart Breipohl2 Roberto Egydeo Setúbal Tomaz Jervell representação representação representação representação representação João Sanguinetti Talone Em Em Em Em Em 4 Isidro Fainé Casas 1) 2) 3) 4) 5) da da da da da Caixa Holding, S.A. RAS International, N. V. IPI – Itaúsa Portugal, SGPS, S.A. Cotesi – Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A. Arsopi – Indústria Metalúrgica Arlindo Soares de Pinho, S.A. Os membros do Conselho de Administração são eleitos por períodos de três anos, sendo sempre possível a sua reeleição. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 185 Qualificação dos membros do Conselho de Administração quanto à independência O Conselho é composto por dezanove membros. De acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento da CMVM n.º 11 / 2003, cinco Administradores do Banco BPI qualificam-se como «não-independentes» pelo facto de exercerem funções de administração em sociedades susceptíveis de serem consideradas como concorrentes do BPI. A saber: os Administradores Carlos da Câmara Pestana e Roberto Egydeo Setúbal exercem funções de administração em bancos do Grupo Itaú; Os membros do Conselho de Administração encontram-se vinculados, de forma idêntica, a rigorosos deveres de informação e actuação, com o objectivo de assegurar que, no desempenho das suas funções, não possam vir a colocar-se em situação em que haja ou possa haver conflitos de interesses. Conflitos de Interesses Artigo 9.º do Regulamento do Conselho de Administração os Administradores Isidro Fainé Casas e Fernando Ramirez exercem funções de administração ou direcção em instituições de crédito do Grupo La Caixa; o Administrador Diethart Breiphol exerce funções de administração no Crédit Lyonnais e no Banco Popular Español. Informa-se, por outro lado, que o Administrador não-executivo Klaus Dürkop representa o Accionista Allianz, detentor, em 31 de Dezembro de 2003, de 8.8% do capital do BPI; o Administrador não-executivo Armando Leite de Pinho e pessoas e entidades com ele relacionadas detém 2.9% do capital do BPI; o Administrador não-executivo Manuel de Oliveira Violas é Presidente do Conselho de Administração da Violas, SGPS, S.A., detentora de uma participação de 2.9% no capital do BPI; e o Administrador não-executivo Tomaz Jervell é o presidente do Conselho de Gerência da AutoSueco, Lda., sociedade que controla 1.6% do capital social do BPI. Regras de funcionamento O Conselho de Administração só pode deliberar estando presente ou estando representada a maioria dos seus membros. As decisões são tomadas por maioria absoluta de votos e o Presidente tem voto de qualidade. Qualquer membro do Conselho de Administração pode fazer-se representar por outro membro do Conselho de Administração, mas nenhum poderá representar, em cada reunião, mais de um membro. Informação aos membros não-executivos Com o objectivo de manter os Administradores não-executivos permanentemente informados sobre a situação do Grupo é-lhes enviada mensalmente informação sobre a situação económico-financeira consolidada do Grupo, bem como sobre a evolução e situação das principais unidades de negócio e do fundo de pensões do Banco BPI. Esta informação contém texto justificativo das alterações mais salientes e inclui, sempre que possível, a comparação da evolução no mês e a acumulada com o orçamento e com o período homólogo do ano anterior. Paralelamente, os Administradores não-executivos são regularmente informados das principais decisões tomadas pela Comissão Executiva através de documento preparado pelo Secretário da Sociedade, que assiste a todas as reuniões da Comissão Executiva e elabora as respectivas actas. 1. Os membros do Conselho de Administração devem dar conta de qualquer interesse, directo ou indirecto, que eles, algum dos seus familiares ou entidades a que profissionalmente se encontrem ligados, possam ter na Empresa em relação à qual seja considerada a possibilidade de uma tomada de participação ou de os bancos ou sociedades do Grupo BPI concederem um financiamento ou prestarem algum serviço. 2. Nas circunstâncias referidas no número anterior, deverão eles descrever a natureza e extensão de tal interesse e, caso este seja substancial, abster-se de participar na discussão e / ou votação de qualquer proposta que a essa operação diga respeito. A lei portuguesa1 estabelece que os Administradores, assim como os membros do Conselho Fiscal, são solidariamente responsáveis para com a sociedade e para com os credores sociais2, respondendo pela inobservância culposa de disposições legais e dos deveres estatutários. Os membros do Conselho de Administração detinham, em nome individual, em 31 de Dezembro de 2003, 0.5% do capital social e representavam Accionistas ou exerciam cargos de administração em Accionistas, que, à data de 31 de Dezembro de 2003, eram detentores de acções correspondentes a 48.3% do capital do Banco BPI. A relação dos cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração do Banco BPI em empresas do Grupo BPI ou em outras sociedades é apresentada em apêndice a este relatório. Regulamentos e códigos de conduta Cabe ainda ao Conselho de Administração regular o seu funcionamento interno, através da elaboração e aprovação de regulamentos. A mais recente revisão dos regulamentos do Conselho de Administração e da Comissão Executiva ocorreu em 3 de Dezembro de 2003. Os Accionistas podem consultar os referidos regulamentos na sede da Sociedade e no site www.ir.bpi.pt. Os membros do Conselho de Administração estão vinculados a um rigoroso dever de confidencialidade sobre as matérias discutidas nas reuniões do Conselho, e os membros que façam parte da Comissão de Remunerações e do Comité de Auditoria e de Controlo Interno estão obrigados ao cumprimento do mesmo dever, quanto às reuniões destes órgãos. 1) Código das Sociedades Comerciais – Capítulo VII: "Responsabilidade civil pela constituição, administração e fiscalização da sociedade". 2) Quando o património da Sociedade se torne insuficiente para a satisfação dos referidos créditos. 186 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Exercício das funções do Conselho em 2003 O Conselho de Administração reuniu por sete vezes em 2003. Nas reuniões de 29 de Janeiro e 3 de Março de 2004 o Conselho de Administração apreciou e deliberou sobre matérias respeitantes ao exercício de 2003, em especial a aprovação das propostas de relatório e contas do exercício e das propostas de distribuição de resultados a apresentar aos Accionistas. Durante o exercício de 2003, e nas reuniões de 29 de Janeiro e 3 de Março de 2004, o Conselho de Administração do Banco BPI ponderou e aprovou, entre outras, as matérias que abaixo se indicam. Principais deliberações do Conselho de Administração Definição das políticas gerais do Grupo 29 Jan. 2004 Início de reflexão tendo em vista as opções estratégicas do Grupo BPI num horizonte de médio prazo. Aprovação dos planos e orçamentos 24 Abr. 2003 Aprovação da alteração do Orçamento do Grupo BPI para 2003. 3 Dez. 2003 Aprovação do Plano e Orçamento do Grupo BPI para 2004. Prestação de contas e proposta de aplicação de resultados 27 Fev. 2003 Aprovação do projecto de Relatório e Contas e da Proposta de Aplicação de Resultados, relativos aos exercícios de 2002 3 Mar. 2004 e 2003 para apresentar à Assembleia Geral de Accionistas. Emissão de obrigações 24 Abr. 2003 Renovação / revisão do “Euro Medium Term Note Programm” (EMTN Programme) e elevação do respectivo montante global. Iniciativas de apresentação de propostas à Assembleia Geral de Accionistas 27 Fev. 2003 Aprovação da proposta de Convocatória das Assembleia Gerais Ordinárias de Accionistas, realizada em 10 Abr. 2003 e a realizar 3 Mar. 2004 em 20 Abr. 2004, bem como as propostas a apresentar pelo Conselho de Administração naquelas Assembleias. Competência legal 11 Set. 2003 Aprovação do projecto de fusão, por incorporação, da sociedade Crediuniverso – Serviços de Marketing, S.A. no Banco BPI, S.A. Normas de funcionamento interno 3 Dez. 2003 Aprovação da designação do Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração com efeitos a partir da realização da Assembleia Geral de Accionistas convocada para o dia 20 Abr. 2004 24 Abr. 2003 3 Dez. 2003 Aprovação da introdução de alterações nos Regulamentos do Conselho de Administração, da Comissão Executiva do Conselho de Administração e do Comité de Auditoria e Controlo Interno. Prossecução dos interesses gerais da sociedade, assegurar a gestão dos seus negócios 3 Fev. 2003 Apreciação das contas consolidadas, relativas aos exercícios de 2002 e 2003, respectivamente, e deliberação sobre a sua divulgação 29 Jan. 2004 pública. 30 Jul. 2003 Aprovação das contas consolidadas do primeiro semestre 2003 e deliberação sobre a sua divulgação pública. 24 Abr. 2003 23 Out. 2003 Apreciação das contas consolidadas dos primeiro e terceiro trimestres 2003, respectivamente, e deliberação sobre a sua divulgação pública. 2003: 3 Fev., 27 Fev., 24 Abr., 30 Jul., 23 Out. e 3 Dez. 2004: 27 Jan. e 3 Mar. Análise da evolução do comportamento das acções do Banco BPI em bolsa. 2003: 27 Fev., 30 Jul. e 23 Out. 2004: 3 Mar. Análise das exposições individuais a riscos de crédito superiores a 15% dos capitais próprios consolidados do BPI e análise, em 23 Out. 2003, dos resultados da aplicação dos sistemas de avaliação do risco quer na área de crédito a empresas quer na área de negócios com particulares (especialmente crédito hipotecário) e pequenos negócios. 2003: 24 Abr., 30 Jul., 23 Out. e 3 Dez. 2004: 29 Jan. e 3 Mar. Análise das responsabilidades por pensões de reforma e de sobrevivência e a respectiva cobertura pelo Fundo de Pensões bem como a rendibilidade por este conseguida. 30 Jul., 23 Out. e 3 Dez. 2003 Análise da evolução dos principais investimentos que integram a carteira de participações financeiras do BPI e aprovação, em 30 Jul. 2003, da alienação da participação no Banc Post e da aquisição de 50% do capital social da Crediuniverso. 24 Abr. 2003 análise da evolução do programa de redução dos efectivos do Grupo. 27 Fev. 2003 3 Dez. 2003 3 Mar. 2004 Apreciação dos critérios de aplicação do RVA – Programa de Remuneração Variável em Acções pelo desempenho dos Membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração e demais Colaboradores durante o exercício de 2003 e aprovação, em 3 Dez. 2003 e em 3 Mar. 2004, de alterações ao mesmo programa. 24 Abr., 30 Jul. e 3 Dez. 2003 Análise da situação e perspectivas da economia portuguesa. 30 Jul. 2003 Aprovação da prestação de garantia pelo Banco BPI à emissão pelo BPI Capital Finance Ltd (ou outra subsidiária a constituir para o efeito) de até duzentos e cinquenta milhões de euros de acções preferenciais sem voto. 30 Jul., 23 Out. e 3 Dez. 2003 O Conselho de Administração foi informado pelo Presidente do Comité de Auditoria e de Controlo Interno sobre a actividade desenvolvida por este órgão. 23 Out. 2003 Apreciação da posição comercial do BPI no sistema financeiro Português por referência a um conjunto de características de percepção pelo mercado, de atributos próprios e de produtos. 23 Out. 2003 Apreciação da qualidade dos serviços prestados pelo Banco BPI e pelos seus balcões (medido através do Índice de Qualidade de Serviço). Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 187 Comunicado sobre alteração na composição do Conselho de Administração do Banco BPI O Engenheiro João Talone, membro não-executivo do Conselho de Administração do BPI, tomou a iniciativa de renunciar ao seu mandato, que terminaria no final de 2004, pondo termo, com a idade de 80 anos, à sua carreira profissional. A decisão terá efeitos a partir da próxima Assembleia Geral, prevista para 20 de Abril. O Engenheiro João Talone licenciou-se em engenharia de minas no Instituto Superior Técnico e concluiu com distinção um mestrado na Universidade de Lovaina em 1948, altura em que iniciou a sua carreira profissional como Director Técnico da Companha União Fabril Portuense (CUFP) que viria a dar origem, após a sua nacionalização, à Unicer. Foi o principal responsável pelo grande desenvolvimento da CUFP onde exerceu as funções de Administrador, Administrador-Delegado e Presidente do Conselho de Administração. Em representação da CUFP, foi Administrador da CUCA, empresa pioneira e líder do sector cervejeiro em Angola. De 1972 até à nacionalização, em 1975, exerceu, sucessivamente, as funções de Administrador Executivo do Banco Português do Atlântico, onde criou a área de promoção e acompanhamento das participações industriais. Pertenceu à Comissão de Reestruturação do Sector Cervejeiro, de 1975 a 1976, e foi Administrador do Grupo Artois (Bélgica), uma das principais empresas cervejeiras da Europa. Já após a privatização da Unicer, foi Vice-Presidente do Conselho de Administração da empresa, em representação do BPI. Foi também membro da Academia de Cervejeiros dos Estados Unidos. O Engenheiro João Talone participou no projecto do BPI desde a sua concepção, tendo sido promotor, fundador e membro do Conselho de Administração da SPI – Sociedade Portuguesa de Investimentos, que deu origem ao Banco. Integrou o Conselho Geral e a sua Comissão Especial até à transformação daquele órgão em Conselho de Administração, a que sempre pertenceu. O Conselho de Administração e os principais Accionistas do BPI manifestam ao Engenheiro João Talone o mais profundo reconhecimento pela sua inestimável contribuição para a criação, afirmação e sucesso do Grupo. Será proposto à Assembleia Geral o nome do Dr. Pedro Barreto para ocupar o lugar aberto no elenco do Conselho de Administração. Se for eleito pela Assembleia Geral, o Dr. Pedro Barreto será nomeado pelo Conselho de Administração para a Comissão Executiva. O Dr. Pedro Barreto, de 38 anos, é licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade Católica de Lisboa e frequentou o Programa de Formação de Executivos da Universidade de Stanford, na Califórnia. Entrou no BPI em Outubro de 1988 e ocupa desde Novembro de 1998 o cargo de Director-Central de Marketing de Particulares, sendo membro da Comissão Executiva para a Banca Comercial, desde Agosto de 2000, e tendo tido uma importante participação no processo de modernização e crescimento do Banco. Porto, 5 de Março de 2004 O Conselho de Administração do BPI 188 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 3.4. COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Competências da Comissão Executiva A Comissão Executiva do Conselho de Administração (Comissão Executiva) do Banco BPI é o órgão responsável pela gestão global da actividade do Grupo. Todos os membros da Comissão Executiva desempenham um papel activo na gestão corrente do negócio do Grupo, tendo sob sua responsabilidade uma ou mais áreas específicas do negócio, de acordo com o respectivo perfil e com as especializações individuais. Sem prejuízo da maior ou menor concentração de um ou outro elemento numa determinada área, o processo de tomada de decisão em matéria relacionada com a condução operacional do Grupo desenrola-se de modo colegial. São conferidos, à Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, os amplos poderes de gestão necessários ou convenientes para o exercício da actividade bancária. Principais competências da Comissão Executiva Concessão de crédito e garantias, desde que de tal não resulte um envolvimento com uma só entidade ou Grupo, cuja expressão seja superior a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI. Encontram-se vedados à Comissão Executiva todos os actos de gestão que não se encontrem previstos na lista de competências acima apresentada. Competências do Presidente da Comissão Executiva Cabe ao Presidente da Comissão Executiva coordenar as suas actividades, convocar e dirigir a reunião da Comissão, velando pela execução das respectivas deliberações. As competências do Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração e as competências do Presidente do Conselho de Administração encontram-se perfeitamente delimitadas por força da existência de dois regulamentos autónomos que balizam as competências de cada um. Não obstante o essencial desses regulamentos se encontrar neste Relatório, a versão integral de ambos pode ser consultada no web site www.ir.bpi.pt ou por solicitação à Direcção de Relações com Investidores através do endereço [email protected]. Composição da Comissão Executiva Constituem a Comissão Executiva sete Administradores Executivos independentes. Presidente Artur Santos Silva Vice-Presidente Fernando Ulrich Realização de operações cambiais. Realização de operações passivas, incluindo emissão de José Pena do Amaral obrigações de caixa e instrumentos financeiros de natureza similar. Maria Celeste Hagatong Investimento ou desinvestimento em participações de capital, à excepção das participações em Bancos e Companhias de Seguros. António Domingues Manuel Ferreira da Silva António Farinha Morais Aquisição, alienação ou oneração de quaisquer outros valores mobiliários, imobiliários, bens móveis e serviços. Vogais No seu conjunto, os membros da Comissão Executiva detinham, em 31 de Dezembro de 2003, 0.2% do capital social. Admissão de Colaboradores, definição das condições remuneratórias e exercício do poder disciplinar. Abertura ou encerramento de sucursais ou agências. Designação dos representantes do Banco nas Assembleias Gerais das sociedades suas participadas. Designação das pessoas que deverão exercer os cargos sociais para os quais o Banco venha a ser eleito. Emissão de instruções vinculativas para as sociedades que estiverem com a Sociedade em relação de grupo constituído por domínio total. Representação do Banco em juízo ou fora dele. Nomeação de mandatários para a prática de determinados actos. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 189 Experiência e qualificação profissional dos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI Artur Santos Silva (Presidente) Data de nascimento 22 de Maio de 1941 (62 anos) Formação académica 1985: Stanford Executive Program, Stanford University 1963: Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Presidente Presidente Presidente Presidente Admissão no Grupo BPI 1981: Presidente da SPI – Sociedade Portuguesa de Investimentos Experiência profissional 1977-78: Vice-Governador do Banco de Portugal 1975-76: Secretário de Estado do Tesouro 1968-75: Director do Banco Português do Atlântico 1963-67: Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, nas cadeiras de Finanças Públicas e Economia Política do da do do Conselho de Administração do Banco BPI Comissão Executiva do Banco BPI Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola Fernando Ulrich (Vice-Presidente) Data de nascimento 26 de Abril de 1952 (51 anos) Formação académica 1969-74: Frequência do Curso de Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia de Lisboa Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Vice-Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Responsabilidade global sobre a Banca de Retalho, Contabilidade e Planeamento, Financiamento Imobiliário e Gestão de Activos Admissão no Grupo BPI 1983: Director-adjunto da SPI – Sociedade Portuguesa de Investimentos Experiência profissional 1981-83: Chefe de Gabinete do Ministro das Finanças e do Plano 1979-80: Técnico no Secretariado para a Cooperação Económica Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Relações com a EFTA, OCDE e GATT) 1975-79: Membro da Delegação de Portugal junto da OCDE (Paris) responsável pelos assuntos económicos e financeiros 1973-74: Responsável pela secção sobre mercados financeiros do semanário Expresso do da do do Conselho de Administração do Banco BPI Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI Banco Português de Investimento Banco de Fomento Angola António Domingues (Vogal) Data de nascimento 30 de Dezembro de 1956 (47 anos) Formação académica 1979: Licenciatura em Economia pelo Instituto Superior de Economia (ISE); prémio Prof. Beirão da Veiga para a mais elevada classificação de licenciatura Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Vogal do Conselho de Administração do Banco de Fomento Angola Presidente da Comissão Executiva do Banco de Fomento Angola Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Direcção Financeira, Direcção Internacional, Sistemas de Informação, Cartões, Operações e Aprovisionamento, Segurança e Instalações, e Património Admissão no Grupo BPI 1989: Director responsável pela Direcção Financeira do Banco Português de Investimento Experiência profissional 1988-89: Director-geral adjunto da sucursal em França do Banco Português do Atlântico 1986-88: Técnico assessor do Departamento de Estrangeiro do Banco de Portugal 1982-85: Director do Departamento de Estrangeiro do Instituto Emissor de Macau 1981: Economista no IAPMEI Até 1981: Técnico economista no Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Indústria e Energia 190 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 José Pena do Amaral (Vogal) Data de nascimento 29 de Novembro de 1955 (48 anos) Formação académica 1978: Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Comunicação, Marca, Qualidade, Formação, Seguros, Banca de Protocolos, Banca Automática, Financiamento Automóvel e Crédito Pessoal Admissão no Grupo BPI 1986: Assessor da Direcção do Banco Português de Investimento Experiência profissional 1986-96: Consultor da Casa Civil do Presidente da República para os Assuntos Europeus 1983-85: Chefe do Gabinete do Ministro das Finanças e do Plano; membro permanente da delegação ministerial portuguesa nas negociações para a adesão de Portugal às Comunidades Económicas Europeias 1982-83: Membro do gabinete de consultores Jalles & Vasconcelos Porto; correspondente do Expresso, da RTP e da Deutsche Welle em Bruxelas 1980-82: Chefe da delegação da ANOP em Bruxelas 1979-80: Editor do suplemento de economia do Diário de Notícias 1975-80: Jornalista profissional do Diário de Notícias Maria Celeste Hagatong (Vogal) Data de nascimento 2 de Julho de 1952 (52 anos) Formação académica 1977: Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Banca de Empresas, Wholesale Banking, Marketing de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Admissão no Grupo BPI 1985: Directora de projectos do Departamento de Empresas do BPI Experiência profissional 1978-85: Directora dos Serviços Financeiros da Direcção-Geral do Tesouro do Ministério das Finanças 1984-85: Membro do Conselho de Administração do Fonds de Rétablissement du Conseil de L'Europe 1974-77: Responsável pelo Departamento de Finanças Locais do Ministério de Administração Interna Manuel Ferreira da Silva (Vogal) Data de nascimento 25 de Fevereiro de 1957 (47 anos) Formação académica 1982: MBA, curso de pós-graduação em Gestão de Empresas da Universidade Nova de Lisboa em colaboração com a Wharton School (Universidade da Pennsylvania) 1980: Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Banca de Investimento, Private Equity, Relações com Investidores e Análise e Controlo de Riscos Admissão no Grupo BPI 1983: Técnico do Departamento de Operações Financeiras da SPI – Sociedade Portuguesa de Investimentos Experiência profissional 1980-89: Docente na Faculdade de Economia da Universidade do Porto 1981-83: Adjunto do director do Centro de Investigação Operacional da Armada António Farinha Morais (Vogal) Data de nascimento 2 de Agosto de 1951 (52 anos) Formação académica 1974: Licenciatura em Finanças pelo ISCEF Principais cargos desempenhados no Grupo BPI Vogal do Conselho de Administração do Banco BPI Membro da Comissão Executiva do Banco BPI Principais áreas de responsabilidade no Grupo BPI Rede de Particulares e Pequenos Negócios, Riscos de Crédito de Particulares, Emigração Admissão no Grupo BPI 1996: Director-central responsável pela Rede de Particulares e Pequenos Negócios do Banco BPI Experiência profissional 1992-96: Administrador do Banco de Fomento e Exterior e do Banco Borges & Irmão 1992: Administrador da Companhia de Seguros Aliança 1989-91: Administrador do Banco Pinto & Sotto Mayor 1984-89: Administrador da SEFIS e da Eurofinanceira, sociedades do Grupo BFE 1981-89: Director dos serviços Financeiros e Mercado de Capitais do Banco de Fomento e Exterior 1978-81: Técnico analista de projectos de investimento no Banco de Fomento e Exterior 1975-82: Docente no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa 1967-78: Responsável administrativo e financeiro de um grupo de quatro empresas Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 191 Alteração da Presidência da Comissão Executiva do Banco BPI O Conselho de Administração do Banco BPI deliberou, em 3 de Dezembro de 2003, designar o Vice-Presidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, com efeitos a partir da realização da Assembleia Geral de Accionistas convocada para o dia 20 de Abril de 2004. O texto que se segue constitui a reprodução do comunicado então emitido. (Facto relevante) O Conselho de Administração do Banco BPI, reunido em Lisboa a 3 de Dezembro de 2003, aprovou por unanimidade a designação do VicePresidente Fernando Ulrich para o cargo de Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, com efeitos a partir da data da próxima Assembleia Geral, que deverá realizar-se em Abril de 2004. A designação de Fernando Ulrich foi proposta pelo Presidente do Conselho de Administração, Artur Santos Silva, que cessará funções executivas na mesma data, após a aprovação das contas de 2003, exercício em que completou 62 anos, limite de idade para o desempenho de funções executivas no Banco, de acordo com o artigo 26, número 3 dos Estatutos. O limite de idade para o exercício de funções executivas no Conselho de Administração foi fixado em 1998 por proposta do Presidente do Conselho de Administração, Artur Santos Silva. Os titulares dos órgãos sociais do BPI são eleitos em Assembleia Geral por períodos de três anos, renováveis. Os membros do Conselho de Administração designam entre si a Comissão Executiva e o seu Presidente. O actual mandato terminará em Abril de 2005, mantendo-se em funções o Presidente do Conselho, Artur Santos Silva, os Vice-Presidentes Carlos da Câmara Pestana, Ruy de Carvalho e Fernando Ulrich, bem como os vogais do Conselho. Os membros do Conselho de Administração do BPI manifestaram a Artur Santos Silva o maior apreço pela obra realizada desde 1981 como líder e fundador do BPI, primeira instituição financeira privada criada em Portugal desde 1974, e felicitam-se pela sua continuidade como Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão de Auditoria e de Controlo Interno do Banco. Os membros do Conselho de Administração congratulam-se com a designação de Fernando Ulrich para Presidente da Comissão Executiva, sublinhando o seu papel decisivo no desenvolvimento do Grupo BPI, para o qual entrou em Julho de 1983, e a afinidade que sempre manteve com o Presidente do Conselho de Administração, Artur Santos Silva. Essa afinidade é considerada especialmente importante para uma boa coordenação entre o Conselho de Administração e a sua Comissão Executiva, nesta fase nova da vida do Banco em que, pela primeira vez, os dois órgãos são presididos por pessoas diferentes. Lisboa, 3 de Dezembro de 2003 O Conselho de Administração Regras de funcionamento A Comissão Executiva só pode deliberar na presença da maioria dos seus membros; as decisões são tomadas por maioria absoluta de votos e o Presidente tem voto de qualidade. Não é admitido o voto por representação. Os Administradores que sejam membros da Comissão Executiva cessam funções na Comissão, assim que forem aprovadas as contas respeitantes ao exercício em que completarem 62 anos. No exercício de 2003, a Comissão Executiva reuniu 51 vezes. Comissões Executivas especializadas A Comissão Executiva reúne pelo menos uma vez por mês para tratar de assuntos de interesse geral relacionados com o Banco BPI e com as suas participadas. Ocupa-se semanalmente de três áreas especializadas da gestão do Grupo, para as quais foram criadas três comissões específicas: Comissão Executiva para a Banca Comercial Comissão Executiva para os Riscos de Crédito Comissão Executiva para os Riscos de Mercado Comissão Executiva do Banco BPI Comissão Executiva Riscos de Crédito 192 Comissão Executiva Banca Comercial Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Comissão Executiva Riscos de Mercado 3.4.1. Comissão Executiva para a Banca Comercial A Comissão Executiva para a Banca Comercial, presidida pelo VicePresidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, é o órgão responsável pela gestão da infra-estrutura tecnológica, das estruturas centrais de apoio às redes comerciais, e da actividade relacionada com Clientes particulares, pequenos negócios e empresas. A Comissão é constituída por cinco Administradores Executivos do Banco BPI – Fernando Ulrich, António Domingues, José Pena do Amaral, Maria Celeste Hagatong e António Farinha Morais –, um Administrador nãoexecutivo do Banco de Investimento – Manuel Menezes – e dois Directores-Centrais do Banco BPI – Benjamim Pinho e Pedro Barreto –, cujas áreas de responsabilidade se referem no quadro abaixo. Principais áreas de responsabilidade dos membros da Comissão Executiva da Banca Comercial Fernando Ulrich Presidente Responsabilidade global sobre a Banca de Retalho, Contabilidade e Planeamento, Financiamento Imobiliário e Gestão de Activos. António Domingues Direcção Financeira, Direcção Internacional, Sistemas de Informação, Cartões, Operações e Aprovisionamento, Segurança e Instalações, e Património. José Pena do Amaral Comunicação, Marca, Qualidade, Formação, Seguros, Banca de protocolos, Banca automática, Financiamento Automóvel e Crédito Pessoal. Maria Celeste Hagatong Banca de Empresas, Wholesale Banking, Marketing de Empresas, Banca Institucional e Project Finance. António Farinha Morais Rede de Particulares e Pequenos Negócios, Riscos de Crédito de Particulares, Emigração. Manuel Menezes Auditoria e Inspecção, Títulos e Transferências, Organização, Leasing Mobiliário, Factoring, Créditos documentários e recursos de Clientes. Benjamim Pinho Riscos de Crédito a Empresas. Pedro Barreto Marketing Operacional e Estratégico e Novos Canais (Internet, banca telefónica e banca electrónica). 3.4.2. Comissão Executiva para os Riscos de Crédito A Comissão Executiva para os Riscos de Crédito é o órgão que toma as principais decisões relacionadas com a concessão, o acompanhamento e a recuperação de processos de crédito. Este órgão inclui (para além dos elementos da Comissão Executiva do Banco BPI) dois Administradores não-executivos do Banco de Investimento – Francisco Costa e Maria do Carmo Oliveira, responsáveis respectivamente pelas áreas de wholesale banking, Sul e Norte –, o Director-Central responsável pela Direcção de Riscos de Crédito – Benjamim Pinho –, o Director-Central, responsável pela Banca Institucional – Filipe Cartaxo – e os Directores-Centrais da Banca de Empresas, Maria Isabel Lacerda (Direcção de Grandes Empresas, Norte), João Álvares Ribeiro (Direcção de Médias Empresas, Norte), João Coutinho (Direcção de Grandes Empresas, Sul) e Joaquim Pinheiro (Direcção de Médias Empresas, Sul). Desde Fevereiro de 2004 participa também neste órgão o Director-Central João Ermida, responsável pela Direcção de Mercados. 3.5. COMITÉ DE AUDITORIA E DE CONTROLO INTERNO O Comité de Auditoria e de Controlo Interno, criado no âmbito do Conselho de Administração e em funcionamento desde 1999, é constituído por quatro Administradores não-executivos. Por disposição do regulamento do Conselho de Administração, o Comité só pode incluir membros sem funções executivas. A independência dos membros deste Comité perante a Comissão Executiva visa assegurar, de forma adequada, o cumprimento das funções que lhe estão atribuidas. Composição do Comité de Auditoria e de Controlo Interno Presidente Vogais Ruy Octávio Matos de Carvalho Carlos da Câmara Pestana Alfredo Rezende de Almeida Caixa Holding, S.A., Sociedad Unipersonal (Fernando Ramirez) 3.4.3. Comissão Executiva para os Riscos de Mercado A Comissão Executiva Para os Riscos de Mercado é o órgão que procede à análise da conformidade das posições e dos mecanismos associados à avaliação dos riscos de taxa de juro, cambial e de acções. Para além de incluir os membros da Comissão Executiva do Banco BPI, este órgão é composto pelo Administrador do Banco Português de Investimento, Rui Martins dos Santos, responsável pela área de análise e controlo de riscos e pelo departamento de estudos económicos e financeiros; pela DirectoraCentral, Isabel Castelo Branco, responsável pelas direcções financeiras de ambos os bancos do Grupo; e pelo Director-Central, José Manuel Toscano, responsável pela Direcção Internacional. Desde Fevereiro de 2004, participa também neste órgão o Director-Central, João Ermida. A política, os procedimentos e a repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos em matéria de controlo e gestão dos riscos do Grupo – risco de crédito, risco de mercado, risco de liquidez e risco operacional – encontram-se pormenorizadamente descritos em capítulo autónomo do relatório de gestão. Competências do Comité de Auditoria e de Controlo Interno Compete ao Comité de Auditoria e de Controlo Interno: zelar pela existência de um sistema adequado de controlo interno dos bancos e das sociedades relacionadas com a actividade de seguros e de gestão de activos dominadas pelo Grupo BPI e pelo efectivo cumprimento dos respectivos objectivos; escolher os auditores externos; supervisionar a actividade das auditorias interna e externa dos bancos do Grupo BPI. O Comité fixou os objectivos que se seguem, com vista a cumprir a missão que lhe foi confiada: Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 193 Principais objectivos do Comité de Auditoria e de Controlo Interno 1. Avaliar a eficiência do Grupo no uso dos seus recursos e no estabelecimento de mecanismos de controlo que o protejam de eventuais perdas, decorrentes do exercício da sua actividade, nomeadamente dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez e do risco operacional nela envolvidos. 7. Prevenir o envolvimento do Grupo BPI em operações relacionadas com o branqueamento de capitais. 2. Assegurar a integridade, fiabilidade e actualidade da informação contabilística e financeira que alimenta os sistemas de informação de gestão. 9. Analisar as ocorrências geradoras de prejuízos resultantes de fraudes de Clientes ou Colaboradores. 3. Assegurar a conformidade das operações e dos negócios dos bancos do Grupo com os dispositivos legais e outros normativos emitidos pelas autoridades de supervisão, bem como com os regulamentos e as políticas gerais do Grupo BPI. 4. Aprovar e acompanhar a execução dos programas de auditoria externa e interna, procedendo nomeadamente à avaliação das recomendações de alteração de procedimentos elaboradas pelos auditores externos. 5. Aprovar os honorários a pagar aos auditores externos pela prestação do serviço de auditoria; 6. Apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao Banco de Portugal (BP) por todas as instituições de crédito e sociedades financeiras do Grupo BPI e acompanhar todas as acções de inspecção do BP, da CMVM, do Instituto de Seguros de Portugal, da Direcção-Geral de Impostos e da Inspecção-Geral de Finanças. Actividade do Comité em 2003 O Comité de Auditoria e de Controlo Interno acompanha os trabalhos de introdução dos IAS (normas internacionais de contabilidade) e das alterações decorrentes do acordo Basileia II, mantendo-se ainda informado dos principais aspectos abordados nas reuniões de acompanhamento com as agências de rating que avaliam o Banco BPI. Os auditores externos e internos dos bancos do Grupo BPI participam nas reuniões do Comité de Auditoria e de Controlo 8. Analisar as provisões económicas da carteira de crédito, as provisões específicas para participações financeiras e para a carteira de títulos. 10. Apreciar as exposições a risco de crédito superiores a 5% e inferiores a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI. 11. Apreciar os incumprimentos superiores a 90 dias, relativos a exposições a risco de crédito superiores a 500 mil euros. 12. Manter-se a par das menos-valias decorrentes da carteira de títulos e participações financeiras. 13. Acompanhar a situação dos fundos de pensões dos Colaboradores dos bancos controlados pelo Grupo BPI. 14. Analisar as reclamações de Clientes sistematicamente reportadas nos relatórios elaborados pela Direcção de Qualidade. Interno e prestam-lhe directa colaboração. O Comité é ainda assistido, sem direito a voto, pelo Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, pelo Administrador do Grupo BPI que seja responsável pelas áreas de controlo interno e auditoria dos bancos do Grupo BPI, pelos membros de alta direcção que sejam responsáveis por estas áreas, bem como por aqueles em cuja participação na apreciação dos assuntos agendados se veja conveniência. O Comité de Controlo Interno reuniu quatro vezes em 2003. 194 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Síntese da actividade do Comité de Auditoria e de Controlo Interno em 2003 Avaliar a eficiência do Grupo no uso dos seus recursos e no estabelecimento de mecanismos de controlo que o protejam de eventuais perdas decorrentes do exercício da sua actividade (gestão de riscos) 17 de Junho Análise do âmbito, objectivos e desenvolvimentos de um projecto que visa o aperfeiçoamento da gestão do risco operacional, tendo ainda em vista a progressiva aproximação às regras previstas no Acordo de Basileia II. 19 de Novembro Ponto da situação referente ao projecto «Risco operacional» e lançamento das bases para o estudo do impacto, no cálculo do capital regulamentar do Banco, dos métodos de medição do risco operacional propostos no Acordo de Basileia II. Assegurar a conformidade das operações e dos negócios dos bancos do Grupo com os dispositivos legais e outros normativos emitidos pelas autoridades de supervisão, bem como com os regulamentos e a políticas gerais do Grupo BPI 17 de Junho Comparação das conclusões do survey do Comité de Basileia à prática bancária internacional, em matéria de auditoria interna e supervisão bancária, com a prática do Grupo BPI. Assegurar a integridade, fiabilidade e actualidade da informação contabilística e financeira que alimenta os sistemas de informação de gestão Aprovar e acompanhar a execução dos programas de auditoria externa e interna, procedendo nomeadamente à avaliação das recomendações de alteração de procedimentos elaboradas pelos auditores externos 19 de Março Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos existentes na Direcção de Títulos Transferências e Crédito, nas áreas de garantias e de crédito a empresas. 19 de Março Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção aos Serviços Centrais, Estrangeiro e Participadas no segundo semestre de 2002 e aprovação do plano de auditoria para o segundo quadrimestre de 2003. 19 de Março Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção Comercial, no segundo semestre de 2002. 19 de Março Aprovação do plano de revisões de procedimentos a efectuar pelos auditores externos, em 2003. 17 de Junho Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos adoptados pela Direcção de Recursos Humanos, no cálculo da responsabilidade com pensões, no controlo da informação enviada à BPI Pensões e no processamento salarial e de pensões. 17 de Junho Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos abrangidos pela metodologia de classificação das operações geridas pela Direcção Financeira; debate de aspectos suscitados pela introdução das normas internacionais de contabilidade (IAS). 24 de Setembro Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção aos Serviços Centrais, Estrangeiro e Participadas, no primeiro semestre de 2003, e aprovação do plano de auditoria para o terceiro quadrimestre de 2003. 24 de Setembro Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção Comercial, no primeiro semestre de 2003. 24 de Setembro Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos adoptados pela Direcção de Financiamento Automóvel, e na aplicação de gestão de cauções da Direcção de Títulos Transferências e Crédito. 24 de Setembro Apreciação dos relatórios do sistema de controlo interno das sociedades BPI Fundos e SOFINAC. 19 de Novembro Balanço da actividade desenvolvida pela Direcção de Auditoria e Inspecção aos Serviços Centrais, Estrangeiro e Participadas nos meses de Julho, Agosto, Setembro e Outubro. 19 de Novembro Análise das conclusões e sugestões da Deloitte & Touche relativas ao trabalho de revisão dos procedimentos adoptados pelo departamento de private banking do Banco Português de Investimento. 19 de Novembro Análise das conclusões e sugestões de um documento da Deloitte & Touche referente às áreas fiscais do Banco BPI e do Banco Português de Investimento. Aprovar os honorários a pagar aos auditores externos pela prestação do serviço de auditoria 19 de Novembro Estabelecimento dos termos de colaboração com a Deloitte & Touche para o ano de 2004, incluindo honorários. Apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao BP por todos os bancos e sociedades financeiras do Grupo BPI e acompanhar todas as acções de inspecção do BP, da CMVM, do ISP e da DGCI 17 de Junho Apreciação dos relatórios de controlo interno do Banco BPI e do Banco Português de Investimento a enviar ao Banco de Portugal. 17 de Junho Tomada de conhecimento das cartas do Banco de Portugal sobre o conteúdo dos pareceres dos órgãos de fiscalização relativos ao sistema de controlo interno. 24 de Setembro Apreciação dos relatórios de controlo interno das sociedades BPI Fundos e SOFINAC enviados para o Banco de Portugal. Analisar as provisões económicas da carteira de crédito, as provisões específicas para participações financeiras e para a carteira de títulos 19 de Março Troca de considerações acerca do cumprimento de uma circular do BP que determina a elaboração, por parte dos auditores externos, de um relatório semestral sobre a quantidade de provisões económicas adequadas ao risco implícito na carteira de crédito. 19 de Novembro Análise do relatório apresentado pelos auditores externos, em cumprimento das orientações definidas pelo Banco de Portugal, sobre a quantificação das provisões económicas adequadas ao risco implícito na carteira de crédito do Banco BPI, com referência a 30 de Junho. Analisar as ocorrências geradoras de prejuízos resultantes de fraudes de Clientes ou Colaboradores 19 de Março Levantamento das ocorrências detectadas pelas Direcção de Auditoria e Inspecção do Banco (DAISP e DAIC), no segundo semestre de 2002, e das quais resultaram prejuízos; medidas correctivas e sanções disciplinares aplicadas. 24 de Setembro Levantamento das ocorrências detectadas pelas Direcção de Auditoria e Inspecção do Banco (DAISP e DAIC), no primeiro semestre de 2003, e das quais resultaram prejuízos; medidas correctivas e sanções disciplinares aplicadas. 19 de Novembro Levantamento das ocorrências detectadas pelas Direcção de Auditoria e Inspecção do Banco (DAISP e DAIC), no terceiro trimestre de 2003, e das quais resultaram prejuízos; medidas correctivas e sanções disciplinares aplicadas. 19 de Novembro Apreciação de um documento contendo um elenco das deficiências e omissões mais comuns, que as acções de auditoria e inspecção detectaram e identificação das lacunas que mais favorecem a prática de fraudes e dificultam a identificação dos respectivos autores. Apreciar as exposições a risco de crédito superiores a 5% e inferiores a 15% dos capitais próprios consolidados do Banco BPI 24 de Setembro Análise da exposição do Banco aos riscos de crédito compreendidos entre os cinco e 15 milhões de euros, incluindo uma avaliação da situação económico-financeira das empresas com rating na classe "C" ou nas quais haja montantes mais significativos envolvidos. Apreciar os incumprimentos superiores a 90 dias, relativos a exposições a risco de crédito superiores a 500 mil euros 24 de Setembro Análise dos casos de Clientes com incumprimentos de valores superiores a 100 mil euros e relativamente aos quais o Banco tem uma exposição superior a 500 mil euros. Manter-se a par das menos-valias decorrentes da carteira de títulos e participações financeiras 24 de Setembro Análise das menos-valias associadas a participações financeiras (à luz do Aviso do Banco de Portugal 4 / 2002), das provisões constituídas para a respectiva cobertura e impacto nos fundos próprios. Acompanhar a situação dos fundos de pensões dos Colaboradores dos Bancos controlados pelo Grupo BPI 19 de Março Apreciação da rendibilidade apresentada pelo Fundo de Pensões do Banco em 2002, assim como da composição da carteira de activos do mesmo. 24 de Setembro Análise da actividade da BPI Fundos, especialmente da evolução da rendibilidade (por categoria de activos) das carteiras, e da captação de novos Clientes. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 195 3.6. CONSELHO FISCAL Competências do Conselho Fiscal Compete ao Conselho Fiscal fiscalizar a actividade da Sociedade, observando o cumprimento rigoroso da Lei e dos Estatutos. No âmbito desta competência, o Conselho Fiscal elabora anualmente um relatório sobre a sua actuação e emite um parecer sobre os documentos de prestação de contas e sobre a proposta de aplicação de resultados, apresentados pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral. Os membros do Conselho Fiscal estão dotados das qualificações técnicas – designadamente nas áreas do direito, da contabilidade e da gestão financeira – e da experiência profissional que lhes permite cumprir, de forma efectiva e rigorosa, as responsabilidades que lhes estão cometidas. Importa notar que, em Portugal, é obrigatório por lei que um dos membros efectivos e um dos membros suplentes do Conselho Fiscal sejam revisores oficiais de contas (ou sociedades de revisores oficiais de contas). Composição do Conselho Fiscal 3.7. COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES Competências da Comissão de Remunerações A Comissão de Remunerações tem por atribuições fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI, definir a política de remunerações e aplicar o regime de reforma dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento. Composição da Comissão de Remunerações A Comissão de Remunerações é composta por três Accionistas eleitos trienalmente pela Assembleia Geral, os quais, por sua vez, elegem o presidente, que dispõe de voto de qualidade. Constituem presentemente a Comissão os Accionistas Itaúsa Portugal, Cotesi – Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A., e Arsopi – Indústria Metalúrgicas Arlindo Soares de Pinho, S.A. Presidente Itaúsa Portugal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Presidente Vogais Jorge de Figueiredo Dias José Ferreira Amorim Magalhães, Neves & Associados, SROC Vogais Cotesi – Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A. Arsopi – Industrias Metalúrgicas Arlindo Soares de Pinho, S.A. (Augusta Francisco) Vogal Suplente António Dias & Associados, SROC (António Dias) O Conselho Fiscal reuniu cinco vezes, ao longo de 2003. Experiência e qualificação profissional dos membros do Conselho Fiscal Jorge de Figueiredo Dias, 66 anos de idade. É professor catedrático de Direito Penal, Processo Penal e Ciência Criminal na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi, até 2003, Presidente do Conselho Científico desta Faculdade, onde desempenhou, também, os cargos de Presidente da Assembleia de Representantes, do Conselho Directivo e do Conselho Pedagógico. É membro eleito do Senado da Universidade de Coimbra, em representação dos professores. É professor na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, na Faculdade de Direito de Macau, na Universidade Paris I (Panthéon – Sorbonne) e na Universidade Val Paraíso (Chile). É professor responsável pelo Instituto de Direito Penal Económico Europeu (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra) e presidente do respectivo Conselho de Direcção. É membro do Conselho Directivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Foi presidente da Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos. José Ferreira de Amorim, 78 anos de idade. É presidente do Conselho de Administração da SIMON – Sociedade Imobiliária do Norte, S.A., e da RIAOVAR – Empreendimentos Turísticos e Imobiliários, S.A. É procurador da SANOR – Sociedade Agrícola do Norte, Lda. A partir de 1950 e até 1987, foi sócio-gerente de empresas do Grupo Amorim. Actividade da Comissão de Remunerações em 2003 A Comissão de Remunerações procedeu, em 28 de Janeiro de 2004, ao ajustamento, para vigorar a partir de 2004 e até ao termo do seu mandato, das remunerações mensais dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e dos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, que deverão ter um aumento correspondente à variação aplicável, de acordo com o ACTV, ao nível 18. A Comissão de Remunerações estabeleceu, em 17 de Abril de 2003 e em 28 de Janeiro de 2004, os valores das remunerações variáveis dos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e dos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, relativas ao exercício de funções em 2002 e em 2003, respectivamente. A Comissão de Remunerações deliberou, em 17 de Abril de 2003 e em 28 de Janeiro de 2004, sobre as condições do RVA – Programa de Remuneração.Variável em Acções aos membros da Comissão Executiva do Banco BPI e aos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, tendo fixado o custo das opções, respectivamente, em 0.33 euros (2002) e 0.45 euros (2003), e o preço das acções em 2.14 euros (2002) e em 3.13 euros (2003). A Comissão de Remunerações decidiu, em 17 de Abril de 2003, que o crédito à habitação concedido aos membros da Comissão Executiva do Banco BPI, não enquadrável no ACTV para o sector bancário, deverá obedecer a condições iguais às que são aplicáveis aos Clientes do Banco BPI. A Comissão de Remunerações exerceu as funções atribuídas no âmbito do regime de reforma dos Administradores do Grupo BPI, aprovado pelo então Conselho Geral, na sua deliberação de 25 de Julho de 1995. 196 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Nenhum Administrador tem a faculdade de fixar a sua própria remuneração. Os princípios, critérios e montantes envolvidos na fixação da remuneração dos titulares dos órgãos sociais do Banco BPI serão abordados de forma pormenorizada no capítulo sete ("Remuneração") do presente Relatório. 3.8. ADMINISTRAÇÃO DO BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO O Banco Português de Investimento é a unidade que desenvolve o negócio de banca de investimento do Grupo, nomeadamente as actividades de Corporate Finance, Acções e Private Banking. O Conselho de Administração do Banco Português de Investimento é constituído por 11 elementos: o Presidente e o Vice-Presidente, que são os mesmos da Comissão Executiva do Banco BPI, cinco Administradores Executivos e quatro Administradores Não-executivos. A gestão corrente da actividade encontra-se delegada numa Comissão Executiva constituída por quatro Administradores Executivos e três Directores-Centrais, e presidida por Manuel Ferreira da Silva, vogal da Comissão Executiva do Banco BPI. Conselho de Administração do Banco Português de Investimento Administradores Executivos Não-executivos Artur Santos Silva Presidente Fernando Ulrich Vice-Presidente Manuel Ferreira da Silva Rui Lélis José Carlos Agrellos António Borges de Assunção Rui Martins dos Santos Maria Celeste Hagatong Francisco Costa Maria do Carmo Oliveira Manuel Meneses Comissão Executiva do Banco Português de Investimento O Conselho de Administração só pode deliberar na presença da maioria dos seus membros, sendo as deliberações feitas por maioria absoluta de votos e cabendo ao presidente voto de qualidade. Qualquer Administrador poderá fazer-se representar na reunião por um outro, mediante carta dirigida ao Presidente, mas cada instrumento de mandato não poderá ser utilizado mais de uma vez. O Conselho de Administração reúne, pelo menos, trimestralmente, ao passo que a Comissão Executiva reuniu 36 vezes, em 2003. Administradores Manuel Ferreira da Silva Rui Lélis José Carlos Agrellos Presidente Jurídica e Recursos Humanos Private Banking António Borges de Assunção Corporate Finance Carlos Casqueiro Corporate Finance Henrique Cabral Menezes À semelhança do que sucede no Banco BPI, todos os membros do Conselho de Administração estão vinculados a rigorosos deveres de confidencialidade sobre as matérias discutidas nas reuniões do Conselho, assim como a um conjunto de regras internas, expressas num código de conduta, tendentes a prevenir a existência de conflitos de interesses ou de situações de abuso de informação privilegiada. Esta matéria é desenvolvida em maior pormenor no ponto 11 deste relatório – "Ética e Deontologia". Responsabilidade Rui Lopes Ferreira Acções Private Equity 3.9. COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DO GOVERNO DO GRUPO BPI Em Abril de 2004, o Conselho de Administração do Banco BPI, deliberará sobre a criação de uma comissão com competências na avaliação da estrutura de governo do Grupo BPI. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 197 4. Organograma funcional do Grupo Gestão executiva, fiscalização e controlo A composição e funções dos órgãos de gestão, fiscalização e controlo do Grupo BPI são pormenorizadamente apresentadas nos pontos 3.1 a 3.8 do presente Relatório. Funções do Grupo BPI As unidades agrupadas em torno de funções do Grupo BPI estão sob comando directo da Comissão Executiva do Banco BPI. Estruturas centrais Estas estruturas compreendem todo o conjunto de serviços partilhados, com natureza de back-office, que actuam como apoio directo às restantes unidades do Grupo ao assegurarem o desenvolvimento e manutenção das suas infra-estruturas operacionais, físicas e tecnológicas. Riscos de crédito A Comissão Executiva Para os Riscos de Crédito é o órgão que toma as principais decisões relativas à concessão, ao acompanhamento e à recuperação de processos de crédito. A um nível mais operacional, a gestão do risco de crédito encontra-se segregada por cinco segmentos: particulares, pequenos negócios; empresas, banca institucional e project finance. O modo como os diversos riscos são geridos no Grupo BPI encontra-se exaustivamente pormenorizado em capítulo autónomo do Relatório de Gestão. Riscos de mercado A Comissão Executiva para os Riscos de Mercado é o órgão que toma as principais decisões relativas a actividades que envolvem riscos de mercado para o BPI. Compete-lhe, principalmente, definir a estratégia global e os regulamentos de actuação, fixar os limites para as exposições de tesouraria, a respeitar pela Direcção Financeira, definindo as directrizes para a gestão das posições estruturais de longo prazo (riscos de taxas de juro ou cambial), e fixar os limites globais de valor em risco (VaR). Marketing A função de marketing é desenvolvida de forma segregada, de acordo com a segmentação entre particulares e pequenos negócios, por um lado, e empresas, por outro. O marketing de particulares e pequenos negócios é desenvolvido por duas direcções que reportam ao mesmo responsável executivo. a Direcção de Marketing Estratégico – concentrada, sobretudo, na gestão do sistema CRM (customer relationship management) – e a de Marketing Operacional – concentrada na coordenação da função de vendas. A Direcção de Marketing de Empresas trata dos aspectos relacionados com a comunicação, gestão de informação e gestão de bases de dados associados à actividade comercial com empresas. 198 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Unidades de produto O desenvolvimento da oferta comercial encontra-se atribuído a diversas direcções especializadas (unidades de produto), parte das quais – financiamento imobiliário, financiamento automóvel, cartões, gestão de activos, leasing e factoring – servem em simultâneo os segmentos de particulares, pequenos negócios e empresas. A oferta de produtos de passivo do Banco, como sejam os depósitos a prazo, os fundos de investimento, os produtos estruturados e os seguros de capitalização, encontra-se concentrada numa única unidade denominada "Recursos de Clientes". Canais O BPI possui uma rede de distribuição multicanal, totalmente integrada, composta por 483 balcões de retalho, serviço de homebanking (BPI Net), banca telefónica (BPI Directo), balcões especializados e estruturas dedicadas ao segmento de empresas e Clientes institucionais, quatro centros de wholesale, 44 centros de empresas (médias e grandes) e cinco centros de Clientes institucionais. Fora de Portugal, o BPI tem uma operação de banca comercial em Angola e Moçambique, através de dois bancos de direito local – Banco de Fomento (detido em 100% pelo Grupo BPI) e BCI Fomento (detido em 30% pelo Grupo BPI), respectivamente, e, ainda, diversas sucursais e escritórios de representação, que prestam, essencialmente, apoio às comunidades de emigrantes. Marca e qualidade A qualidade, formação, comunicação e gestão da marca são geridas sob o comando do mesmo membro da Comissão Executiva do Banco BPI. Esta circunstância tem em vista o objectivo de dar prioridade à qualidade do serviço, o que determina a estreita coordenação dos programas de qualidade, de formação técnica e comportamental, bem como de comunicação e desenvolvimento da marca. ORGANOGRAMA FUNCIONAL DO GRUPO BPI Banco BPI Assembleia Geral Conselho de Administração do Banco BPI Conselho Fiscal Comité de Auditoria e Controlo Interno Secretário da Sociedade Comissão Executiva do Banco BPI Auditores Externos Auditores Internos Funções do Grupo Contabilidade e Planeamento Jurídica Gestão Financeira Análise e Controlo de Riscos Recursos Humanos Relações com Investidores Relações Públicas Estudos Económicos e Financeiros Comissão Executiva Riscos de Crédito Comissão Executiva Banca Comercial Comissão Executiva Riscos de Mercado Comissão Executiva Banca de Investimento Áreas de Negócio Estruturas Centrais Sistemas de Informação Organização Títulos, Transf. e Crédito Operações e Aprovisionamento Instalações e Património Segurança Banca Comercial Doméstica Banca Comercial no Exterior Gestão de Activos Private Equity Banca de Investimento Bancos Banca de Particulares e Pequenos Negócios Banca de Empresas, Banca Institucional e Project Finance Acções Corporate Finance Private Banking Banco BPI Cayman Riscos de Crédito Particulares e Pequenos Negócios Banco de Fomento Angola Médias e Grandes Empresas, Wholesale Banking, Banca Institucional, Project Finance, Internacional BCI – Fomento1 Moçambique BPI Suisse Madrid Marketing Marketing Operacional Marketing Estratégico Marketing de Empresas Fábricas de Produtos Recursos de Clientes Crédito Pessoal Cartões Financiamento Imobiliário Financiamento Automóvel Leasing, Factoring e Créditos Documentários Canais Balcões Tradicionais Centros de Investimento Centros de Empresas Balcões in-store Centros de Institucionais Banca Electrónica Banca Automática Banca Telefónica BPI Net Lojas Habitação Outros Canais Imobiliários Outros Canais financiamento automóvel Emigração Internacional Sucursais Santiago de Compostela Madrid Paris Escritórios de Representação Paris Genebra Hamburgo Newark Caracas Joanesburgo Canais BPI Online Apoio ao negócio Comunicação e Gestão da Marca Qualidade Formação Relações Públicas Protocolos 1) Participação de 30%. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 199 5. Gestão de riscos 5.1. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE RISCOS A gestão de riscos no Grupo BPI assenta na constante identificação e análise da exposição a diferentes tipos de riscos – risco de crédito, riscopaís, riscos de mercado, riscos de liquidez, riscos operacionais e legais – e na adopção de estratégias de maximização da rendibilidade dentro de limites preestabelecidos (e devidamente supervisionados). A gestão é complementada pela análise, a posteriori, de indicadores de performance. 5.2. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA DE CONTROLO E GESTÃO DE RISCOS A política, os procedimentos e a repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos em matérias de controlo e gestão dos riscos do Grupo encontram-se pormenorizadamente descritos em capítulo autónomo do Relatório de Gestão. Matriz de competências para a gestão e controlo de riscos Risco de Crédito / / Contraparte Limites e controlo Estratégia AACR: Ratings e Scorings (PDs, LGD) para todos os segmentos de crédito CA, CEBC, CERC: Estratégia global CA, CERC, DRC, AACR, DIG, DM CA e aprovação de operações de maior e Áreas de risco de Departamentos CEBC, CERM, CERC de Crédito: Limites relevância AACR e DIG: Títulos de dívida e crédito a Instituições Financeiras – identificação DRC e Direcções de Crédito: de Ratings externos Aprovação de operações DRC – Empresas: Expert System CA, Comité de Controlo interno, CEBC, CERC, AACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: Controlo AACR: Exposição em derivados AACR: Análise global de exposição ao risco de crédito Risco País DIG: Análise de risco país individual CA e CERM: Estratégia global Recurso a Ratings e análises externas DIG, DF, Dep Acções, Dep Mercado: Operações AACR: Análise de exposição global Risco de Mercado Risco de Liquidez AACR: Análise de riscos por Livros / CA e CERM: Estratégia global instrumentose riscos globais – taxas de DF, Dep. Acções e DM: Operações juro, cambios, acções, mercadorias CA, CERM, AACR: Limites CA, Comité de Controlo interno, CERM, AACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: Controlo Departamento Financeiro, Departamento CA e CERM: Estratégia global de Acções e Departamento de Mercados: Análise de riscos individuais de liquidez, por instrumento AACR: Análise de risco global de liquidez Riscos Operacionais AACR: Análise de exposição global DORG e todos os Departamentos: identificação de pontos críticos Riscos Legais Direcção Jurídica AACR – Assessoria de Auditoria e Controle de Riscos; CA – Conselho de Administração; CEBC – Comissão Executiva da Banca Comercial; CERC – Comissão Executiva de Riscos de Crédito; CERM – Comissão Executiva de Riscos de Mercado; DIG – Direcção Internacional do Grupo; DORG – Direcção da Organização; DRC – Direcção de Riscos de Crédito. 200 Avaliação de Performance Identificação e análise de exposição Banco BPI | Relatório e Contas 2003 CA: Organização global CA, CERM, DORG, AACR: Regulamentação e limites DORG: Regulamentação CA, Comité de Controlo interno, AACR, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: Controlo CA, Comité de Controlo interno, Dep Jurídico, Auditores internos e externos, Banco de Portugal: Controlo Direcção de Planeamento, AACR Todas as Direcções 6. Auditores externos A Deloitte – Portugal, pertencente à rede internacional Deloitte Touche Tohmatsu, são os auditores externos do Grupo BPI. A partner responsável pela auditoria às demonstrações financeiras consolidadas do Banco BPI é a Dr.ª Maria Augusta Cardador Francisco. A sociedade de revisores oficiais de contas (SROC) responsável pela certificação legal das contas é a Magalhães, Neves e Associados. Esta sociedade pertence à rede da Deloitte – Portugal. 6.1. INDEPENDÊNCIA O BPI reconhece e subscreve as preocupações manifestadas pela CMVM, pela Comissão Europeia e pela IOSCO1, entre outras entidades, quanto à salvaguarda da independência dos auditores e revisores oficiais de contas relativamente ao Cliente da auditoria e / ou revisão. O BPI entende que esta independência – tanto de espírito como de facto – é essencial para assegurar a confiança do público na fiabilidade dos seus relatórios e na credibilidade das informações financeiras publicadas. O BPI é da opinião de que os seus auditores e revisores oficiais de conta são independentes na acepção dos requisitos regulamentares e profissionais aplicáveis e que a sua objectividade não se encontra comprometida. O BPI tem incorporado nas suas práticas e políticas de governo diversos mecanismos que acautelam a independência dos auditores / ROC. A saber: a nomeação do auditor externo é da responsabilidade do Comité de Auditoria e de Controlo Interno, que, como já referido em capítulo próprio, é obrigatoriamente composto, em exclusivo, por membros sem funções executivas; as sociedades que auditam as contas do Grupo BPI, bem como os responsáveis por estes trabalhos, não detêm, tanto quanto o BPI tem conhecimento, qualquer interesse – efectivo ou iminente – financeiro, comercial, laboral, familiar ou de outra natureza – além dos que resultam do normal decurso da actividade profissional – em empresas do Grupo BPI, capaz de levar um terceiro, razoável e informado, a concluir que possa estar comprometida a independência do auditor; o Grupo BPI não contrata elementos que mantenham ligações profissionais com o auditor ou com a sociedade de revisores oficiais de contas. Por outro lado, o Código das Sociedades Comerciais determina que os membros do Conselho Fiscal – do qual fazem parte os Revisores Oficiais de Contas (ROC) – sejam eleitos pela Assembleia Geral, o que reforça a respectiva independência em relação à equipa de gestão da Sociedade; o diploma regulador dos ROC estabelece que aquele que tenha exercido, nos três anos anteriores, funções de membro de órgãos de administração ou gestão de uma empresa não pode exercer função de ROC na mesma empresa. De igual modo, os ROC e sócios duma sociedade de revisores oficiais de contas que nos três anos anteriores tenham exercido funções de revisão legal de contas em empresas ou entidades não podem nela exercer funções de membros dos órgãos de administração ou gestão. Em paralelo, a Deloitte – Portugal, auditor externo nomeado pelo BPI, tem, de acordo com a informação por esta prestada ao BPI, implementado políticas e procedimentos, concebidos para assegurar que o seu network mundial preste serviços de qualidade e cumpra todas as regras de independência e de ética aplicáveis. Estas políticas e estes procedimentos baseiam-se nos emitidos pelo IFAC (International Federation of Accountants) e são complementados com regras nacionais ou outras mais exigentes, nomeadamente as emitidas pela "SEC" (U.S. Securities and Exchange Commission), as previstas no "Sarbanes Oxley Act" e na recomendação da Comissão Europeia de 16 de Maio de 2002 sobre a independência de auditores. A divulgação do sistema de controlo de independência e de ética é assegurada através de normas escritas, periodicamente actualizadas, e disponibilizadas via Intranet a todas as pessoas da organização Deloitte. Realizam-se periodicamente acções de formação interna sobre matérias de independência e ética, cuja frequência é obrigatória. O funcionamento do sistema de controlo da independência e da ética é assegurado, em primeiro lugar, pela designação, a nível mundial e a nível nacional, de partners com grande experiência em auditoria (practice directors), sem responsabilidades de gestão corrente, e cuja função, na respectiva jurisdição, consiste na liderança de todos os assuntos relacionados com a independência, dentro da organização Deloitte. As respectivas atribuições incluem a implementação e manutenção de mecanismos de aprovação e consulta (entre diferentes linhas de serviços e entre diferentes países ou jurisdições), a gestão e actualização da lista global de Clientes da Deloitte com títulos cotados em bolsas de valores (“International Restricted Entities List”), a análise da informação produzida pelo software de gestão global de independência, GIMS (que abrange Clientes, pessoas e serviços prestados), o controlo do processo de confirmação anual de independência, a condução de programas de teste e inspecção periódicos, e a aplicação de procedimentos disciplinares nos casos de eventual desrespeito pelas regras estabelecidas quanto à independência e à ética. O BPI adopta como princípio que não seja celebrado nenhum contrato de trabalho com um auditor ou ROC, antes de ter decorrido um período significativo após a cessação da relação com o auditor ou ROC. Aliás, nunca qualquer auditor ou ROC foi contratado para os quadros do BPI, ao longo da sua existência de mais de 22 anos. 1) IOSCO – International Organization of Securities Commissions. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 201 6.2. REMUNERAÇÃO A remuneração atribuída à Deloitte e à sua rede1 por serviços prestados a sociedades do Grupo BPI, no exercício de 2003, ascendeu a 1.4 milhões de euros. Este valor reparte-se, segundo a natureza e a sociedade à qual os serviços foram prestados, da forma abaixo indicada. Valores em milhares de euros Tipo de serviço Revisão legal de contas Outros serviços de garantia de fiabilidade Consultoria fiscal Outros serviços Total A Deloitte e a sua rede não prestou ao Grupo BPI nenhum serviço, em áreas como a tecnologia de informação financeira, a auditoria interna, a avaliação, a defesa em justiça, o recrutamento, entre outras, susceptível de gerar situações de conflitos de interesses e de prejuízo para a qualidade do trabalho de auditoria e de revisão legal das contas. Estão já aprovadas as condições de remuneração dos serviços de revisão legal de contas para 2004. Banco BPI Banco Português de Investimento Outras sociedades do Grupo BPI Total 425 125 380 858 69 13 37 118 310 66 22 398 14 0 52 66 818 203 419 1 440 6.3. OUTROS MECANISMOS DE SALVAGUARDA Caberá ao Comité de Auditoria e de Controlo Interno aprovar todas as remunerações a atribuir aos auditores externos, bem como todos os serviços que poderão vir a ser prestados ao Grupo BPI. Em Abril de 2004, o Conselho de Administração do Banco BPI deliberará sobre alterações a introduzir no regulamento do Comité de Auditoria e de Controlo Interno, com o objectivo de atribuir ao Comité um conjunto de competências que consubstanciarão o aperfeiçoamento dos mecanismos de salvaguarda da independência dos auditores externos, nomeadamente sujeitando à apreciação prévia do Comité todos os serviços a prestar pelos auditores externos e respectiva remuneração. 1) A "Rede" de auditores do BPI compreende a Deloitte e a SROC, Magalhães, Neves e Associados, e está de acordo com a definição de "Rede" estabelecida pela Comissão Europeia na sua Recomendação n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio de 2002. 202 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 7. Remuneração 7.1. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO A política de remuneração do BPI assenta em cinco vectores: Desempenho As remunerações dos Administradores e dos Colaboradores do BPI estão directamente associadas aos níveis de desempenho obtidos pelo Banco; pela unidade de negócio ou de apoio ao negócio à qual a pessoa em causa está associada; pelo seu mérito individual. responsabilidade e zona geográfica. Ao adoptar esta política, o BPI tem o objectivo de atrair e reter os elementos mais eficientes, mais rendíveis e com maior potencial para a organização. Estratégia A remuneração atribuída a um determinado Colaborador é ainda influenciada pelas necessidades específicas e prioridades estratégicas do BPI, num dado momento, assim como pela importância e singularidade do contributo da pessoa para a organização. Os critérios utilizados na aferição do nível de desempenho e do peso relativo de cada uma das áreas atrás referidas variam de acordo com as funções e com o nível de responsabilidade da pessoa em causa. Equidade A prática remuneratória do BPI assenta em critérios uniformes, consistentes, justos e equilibrados. Competitividade O BPI procura oferecer aos seus Administradores e Colaboradores pacotes remuneratórios competitivos, tendo em conta a prática do mercado para uma dada área de especialização, nível de Alinhamento com os Accionistas Todos os Administradores, quadros directivos e parte dos Colaboradores têm associada parte da respectiva remuneração à valorização das acções do Banco BPI em bolsa. A remuneração atribuída aos Administradores e Colaboradores do Grupo BPI inclui uma componente fixa e uma componente variável. Esta tem tanto mais peso quanto mais alto é o nível de responsabilidade, e é estabelecida em função do mérito de cada um. Remuneração dos membros do Conselho de Administração do Banco BPI1,2 2002 Fixa A atribuição anual de remuneração variável aos Colaboradores com mais responsabilidades no Grupo resulta de um processo de avaliação individual, realizado pela Comissão Executiva do Banco BPI. Executivos No ponto 7.3 – Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) é prestada informação detalhada sobre este importante instrumento de reforço do alinhamento dos interesses dos Colaboradores e Administradores com os interesses dos Accionistas. 7.2. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI E DO BANCO PORTUGUÊS DE INVESTIMENTO O valor das remunerações fixas do Conselho de Administração e da Comissão Executiva bem como o valor das remunerações variáveis do Presidente e do Vice-Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI são estabelecidos pela Comissão de Remunerações. Quanto aos restantes membros da Comissão Executiva do Banco BPI e aos demais membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, o Presidente do Conselho de Administração do Banco BPI, tendo em conta nomeadamente o desempenho de cada um, propõe à Comissão de Remunerações os montantes a atribuir a título de remuneração variável. Esta aprecia as propostas e aprova depois as remunerações variáveis a conceder. Os montantes auferidos pelos membros do Conselho de Administração do Banco BPI, a título de remuneração pelo exercício dos seus cargos, em 2002 e em 2003, são os seguintes: 2,3 Não-executivos Total Os Colaboradores da rede comercial de particulares e pequenos negócios beneficiam ainda de uma componente de remuneração variável, atribuída em função do desempenho comercial, cuja designação é SIM – Sistema de Incentivo e Motivação. As condições específicas desta componente são revistas trimestralmente. Valores em milhares de euros 2003 Variável Total 1 668.0 2 845.0 4 513.0 486.8 – 486.8 2 154.8 2 845.0 4 999.8 Fixa Variável Total 1 649.4 2 825.0 4 474.4 486.8 – 486.8 2 136.2 2 825.0 4 961.2 1) O Conselho de Administração do Banco BPI foi designado, até 20 de Dezembro de 2002, por Conselho de Administração do BPI SGPS. 2) A remuneração variável dos Administradores que integram a Comissão Executiva do Banco BPI, até 2002, era deliberada pela Comissão de Remunerações, em data posterior à da realização da Assembleia Geral anual; desde 2003, é deliberada por ocasião da divulgação de resultados. A participação nos lucros pelo conjunto dos Administradores Executivos não pode exceder, anualmente, 5% do lucro líquido (artigo 25 dos Estatutos). 3) As remunerações auferidas por funções exercidas, não só no Banco BPI, mas em todas as sociedades com as quais o Banco BPI se encontre em relação de domínio ou de grupo, conforme as alterações introduzidas ao Anexo ao Regulamento da CMVM n.º 7 / 2001 pelo Regulamento da CMVM n.º 11 / 2003. É política do Grupo BPI que os elementos que integram a Comissão Executiva do Banco BPI e os Administradores do Banco Português de Investimento só exerçam cargos sociais noutras empresas em representação do BPI. As remunerações que lhes sejam atribuídas pelo exercício desses cargos são consideradas na remuneração global fixada pela Comissão de Remunerações. Está ainda vedado a tais Administradores exercerem quaisquer outras funções remuneradas. 7.3. PROGRAMA DE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL EM ACÇÕES Caracterização geral O Grupo BPI dispõe de um Programa de Remuneração Variável em Acções (RVA) que consiste na atribuição de uma parte da remuneração variável sob a forma de acções do Banco BPI e opções de compra de acções do Banco BPI. Este programa está em vigor no Grupo desde o início do exercício de 2001. O programa RVA abrange a Comissão Executiva do Banco BPI e o Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, assim como todos os Colaboradores cuja remuneração variável anual seja igual ou superior a 2500 euros. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 203 até ao final do terceiro ano seguinte, e sob condição de o beneficiário manter a ligação ao Grupo. Este efeito será tanto mais relevante quanto maior o nível de responsabilidade e de mérito individual, constituindo portanto um meio importante de selecção positiva dos recursos humanos. O programa RVA constitui um importante instrumento de gestão dos recursos humanos do Grupo e reforça o alinhamento dos interesses de Administradores e Colaboradores com o objectivo último do Grupo e Accionistas – a criação de valor. promove o mérito individual, uma vez que, ao ser uma componente da remuneração variável, o valor da mesma é crescente, consoante o desempenho e mérito individual. alinha os interesses de Administradores e Colaboradores com os interesses dos Accionistas, dado que o rendimento passa a estar intrinsecamente associado à valorização da acção BPI em bolsa e a importância relativa do incentivo da RVA no total da remuneração é crescente com o nível de responsabilidade. Este estímulo é intensificado pela existência da componente de opções de compra de acções BPI que permite uma alavancagem dos ganhos com a valorização futura das acções em bolsa, enquanto uma evolução negativa da cotação da acção resulta num valor nulo das opções. fideliza e retém talentos, uma vez que os incentivos do RVA são disponibilizados ao beneficiário de forma faseada, desde a atribuição Abrangência do programa de RVA A remuneração variável que, até ao exercício de 200O, era integralmente paga em numerário passou, a partir do exercício de 2001, a incluir, para os Administradores e Colaboradores abrangidos pelo RVA, uma parte em numerário e uma parte em acções e opções. Para estes, o peso da componente em acções e opções (RVA) na remuneração variável oscila entre um mínimo de 10% e um máximo de 50%, sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de responsabilidade do Colaborador ou Administrador. O número de Administradores Executivos dos Bancos, Quadros Directivos e outros Colaboradores do Grupo BPI abrangidos pelo RVA-2003 ascendeu a 2 168, o que representa 36% do quadro de efectivos do Grupo em Portugal. N.º de elementos abrangidos % do RVA na remuneração variável RVA-2001 RVA-2002 RVA-2003 Presidente e Vice-Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI1 50% 2 2 2 Outros Administradores da Comissão Executiva do Banco BPI1 40% 5 5 5 Outros Administradores do Banco Português de Investimento2 35% 8 8 7 498 482 481 39 Quadros Directivos, dos quais: Directores-Centrais 30% 45 38 Directores-Coordenadores 25% 61 59 58 Directores 20% 73 78 81 Directores-Adjuntos e Subdirectores Outros Colaboradores Total 15% 319 307 303 10% 1 566 1 660 1 673 - 2 079 2 157 2 168 1) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001, e até 20 de Dezembro de 2002. 2) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001, e até 20 de Dezembro de 2002. Condições de atribuição Plano de acções As acções, regra geral, são atribuídas sob condição resolutiva, segundo a qual a transferência para a titularidade do beneficiário é imediata. A disponibilização das acções, no entanto, faz-se de forma faseada – 25% ficam livres no momento da atribuição e os restantes 75% são libertados no final dos primeiro, segundo e terceiro anos a contar da data de atribuição, na condição de a relação de trabalho se manter naquelas datas. Caso contrário, a transmissão das acções ainda não libertadas é anulada. A Comissão Executiva poderá, tal como o fez relativamente ao RVA de 2001, proceder à atribuição das acções sob condição suspensiva, ou seja, tanto a transmissão da titularidade quanto a respectiva disponibilidade ocorrem de forma faseada e em simultâneo, estando, igualmente, sujeitas à condição de manutenção do vínculo laboral. Plano de acções – atribuição, transmissão e disponibilidade Atribuição sob condição resolutiva Atribuição Na data de atribuição Transmissão Atribuição sob condição suspensiva 1 Disponibilidade Atribuição Transmissão Disponibilidade1 100% 100% 25% 100% 25% 25% 1 ano após - - 25% - 25% 25% 2 anos após - - 25% - 25% 25% 3 anos após - - 25% - 25% 25% 1) Nas datas de disponibilidade, ocorre a consolidação da transmissão das acções que se tornam livres. 204 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Plano de opções As opções de compra de acções do Banco BPI transmitem-se para a titularidade do beneficiário, na data de atribuição. As opções não são transaccionáveis e podem exercer-se entre o fim do primeiro ano da sua atribuição – desde que até essa data não tenha cessado o vínculo laboral, caso em que a transmissão é anulada – e o fim do quinto ano a contar da data de atribuição. Nos programas RVA de 2001 e de 2002, o peso da componente “acções” e o peso da componente “opções” no valor dos incentivos em RVA foi obrigatoriamente idêntico (50% / 50%), enquanto no programa RVA de 2003 se concedeu, aos Administradores e Colaboradores, a faculdade de escolherem o peso relativo de cada uma das componentes, de entre as seguintes combinações: 50% acções / 50% opções (regime de 2001 e 2002); 75% acções / 25% opções; 100% acções / 0% opções. Plano de opções – atribuição, transmissão e disponibilidade Na data de atribuição Atribuição Transmissão Disponibilidade 100% 100% - 1 ano após - - Início do período de exercício 2 anos após - - - - 3 anos após 4 anos após 5 anos após Fim do período de exercício Direito a dividendos, direito de preferência em aumentos de capital e direito de voto em Assembleias Gerais As acções do Banco BPI transmitidas para a propriedade do Administrador ou Colaborador, quer por atribuição directa de acções, no âmbito do programa de RVA, quer por exercício das opções que lhe foram atribuídas, são de natureza idêntica às restantes acções do Banco BPI e conferem, nesses termos, os mesmos direitos. Nomeadamente, o direito a dividendos, o direito de preferência em aumentos de capital e o direito de voto em Assembleias Gerais. No caso das acções atribuídas sob condição suspensiva em 2001 e ainda não transferidas para a titularidade do Administrador ou Colaborador, são adicionalmente atribuídas acções a título de ajustamento devido a pagamento de dividendos ou devido a aumento de capital por incorporação de reservas. No caso de aumentos de capital reservados a Accionistas, permite-se a aquisição de acções adicionais, na proporção estabelecida pelo coeficiente de subscrição do aumento de capital e a um preço idêntico ao preço de subscrição. Por sua vez, no caso das opções, o número detido e o preço de exercício são ajustados em caso de aumentos de capital através de incorporação de reservas ou a subscrição reservada a Accionistas, de forma a que a posição do detentor das opções se mantenha, em substância, idêntica à situação anterior à ocorrência do facto. Determinação do preço de atribuição O valor das acções, para efeitos de atribuição, corresponde à média ponderada da cotação nas dez sessões de bolsa anteriores à data de atribuição. No caso das opções é utilizado o seu justo valor, considerando como preço de exercício o valor de atribuição das acções. O justo valor das opções é calculado com base num modelo que, quanto às características e pressupostos, cumpre as regras contabilísticas em vigor e reflecte a melhor informação disponível no momento. Determinação da quantidade de acções e opções de compra a atribuir O número de acções e opções a atribuir resulta do quociente entre a parte de remuneração variável a atribuir sob a forma de incentivo em RVA e o preço definido de atribuição das acções e opções de compra. Períodos de inibição de exercício das opções e transacção de acções Transacção de acções As transacções de acções atribuídas no âmbito do programa de RVA e as resultantes do exercício de opções enquadram-se no normativo presente nos códigos de conduta, em vigor no Grupo, relativo a transacções de acções do Banco BPI por Administradores e Colaboradores. Exercício de opções As opções são exercíveis em qualquer momento no decurso do período de exercício. No entanto, a alienação das acções resultantes do exercício de opções, e portanto a realização do ganho que tenha sido proporcionado pelo plano de opções, está sujeita aos períodos de inibição definidos nos códigos de conduta relativos a transacções de acções do Banco BPI por Administradores e Colaboradores. Linha de crédito para exercício de opções e manutenção das acções em carteira No início de 2004, foi disponibilizada uma linha de crédito RVA aos Colaboradores e Administradores Executivos do Banco que pretendessem exercer as opções de RVA e manter em carteira as acções assim adquiridas. Relativamente à utilização da linha de crédito pelos membros da Comissão Executiva, obteve-se o parecer favorável do Conselho Fiscal, a autorização do Banco de Portugal, e foi dado conhecimento à Comissão de Remunerações. Esta linha de crédito proporciona um montante com um limite mínimo de 2500 euros e até 75% do valor de mercado das acções a adquirir em consequência do exercício das respectivas opções, com um máximo de 100% do montante necessário para exercer as opções. Aprovação, regulamento, directrizes e competências para a execução e modificação da RVA As linhas gerais da RVA foram aprovadas pelo Conselho Geral1 em 10 de Dezembro de 1998. Na Assembleia Geral de Accionistas de 21 de Abril de 1999, o Presidente do Conselho de Administração colocou à apreciação dos Accionistas uma proposta de autorização de aquisição e alienação de acções próprias pela Sociedade, destinadas a tornar viável a execução do referido plano de incentivos. Esta proposta foi aprovada com 99.99% de votos a favor, tendo sido renovada nos exercícios seguintes. As disposições gerais do Programa RVA, bem como as competências dos órgãos para execução e modificação do mesmo estão definidas em regulamento próprio. O regulamento do RVA foi aprovado pelo Conselho Geral em 25 de Fevereiro de 1999, tendo-lhe sido introduzidas alterações em 3 de Março de 2004. 1) Órgão de administração no anterior modelo de governo do Grupo BPI. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 205 Directrizes de execução do RVA Os aspectos concretos de execução do Programa RVA são regulados por um conjunto de directrizes, aprovado pelo Conselho de Administração, que vinculam a actuação da Comissão Executiva. O valor das opções, para um preço de exercício idêntico ao valor de atribuição de acções, foi fixado em 0.45 euros. Competências da Comissão Executiva para execução e alteração do RVA No quadro do regulamento do programa Remuneração Variável em Acções (RVA), as principais competências atribuídas à Comissão Executiva para a execução ou modificação do programa são as seguintes: fixar o número máximo de acções e opções a atribuir em cada ano, assim como os critérios (dos quais fará sempre parte o da avaliação do mérito de cada Colaborador) e as condições de distribuição das mesmas pelos Colaboradores do Grupo; adoptar, em cada atribuição, o modelo de avaliação de opções que melhor permita a determinação razoável e realista do seu justo valor; interpretar o regulamento do RVA e preencher eventuais lacunas; proceder, pontualmente, a alterações em disposições contratuais do RVA, como por exemplo a antecipação da data de vencimento de opções ou a dispensa de verificação de condições suspensivas. A execução anual do programa RVA, da competência da Comissão Executiva, por delegação do Conselho de Administração, é objecto de acompanhamento, pelo Comité de Auditoria e de Controlo Interno e pelo próprio Conselho de Administração. Programa de Remuneração Variável em Acções de 2003 Fixação do preço de atribuição das acções e opções de compra No âmbito do regulamento do RVA, a Comissão Executiva estabeleceu a data 23 de Fevereiro de 2004 para efeitos de atribuição de acções e opções de compra de acções, relativamente ao exercício de 2003. O valor das acções foi fixado em 3.13 euros, montante correspondente à média ponderada dos valores, nas dez sessões de bolsa que decorreram no período de 9 a 20 de Fevereiro de 2004. De acordo com as competências definidas no Regulamento do RVA, a Comissão Executiva utilizou para avaliação das opções o modelo BlackScholes considerando os seguintes parâmetros: a vida estimada da opção de 3.3 anos (2/3 da maturidade contratual); uma volatilidade estimada de 21.5%; taxa de juro isenta de risco para a vida estimada da opção de 3%. A Comissão Executiva solicitou à firma Watson Wyatt uma opinião independente relativamente às metodologias e procedimentos adoptados pelo BPI no programa RVA 2003, com vista à determinação do valor das opções na atribuição e contabilização de acordo com os IAS. De acordo com o parecer da Watson Wyatt, emitido em 25 de Fevereiro de 2004, a abordagem utilizada pelo BPI para determinação do valor da opção e os pressupostos assumidos, nomeadamente a vida média estimada da opção e a volatilidade estimada, são razoáveis e realísticos e produzem uma avaliação razoável do valor da opção. A Watson Wyatt confirmou que a abordagem do BPI é aceitável para efeitos de atribuição de opções e que, na sua opinião, está de acordo com o normativo contabilístico do International Accounting Standard2 (IFRS2). Atribuição de acções e opções de compra Em 2003, as remunerações variáveis da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI ascenderam a 2.8 milhões de euros1. Do valor da remuneração variável recebido, 1.3 milhões de euros diziam respeito a incentivos do RVA, isto é, em média, 45.3% do valor da remuneração variável. Aos membros do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento (que não são membros da Comissão Executiva do Banco BPI) foram atribuídos 1.3 milhões de euros, a título de remuneração variável relativa ao exercício de 2003. Deste valor, 35% corresponderam a incentivos do RVA. Composição da remuneração variável relativa a 2003 Valores em milhares de euros RVA 2003 Numerário Comissão Executiva do Banco BPI Conselho de Administração do Banco Português de Investimento1 Quadros Directivos e outros Colaboradores2 Total Total Plano de acções Plano de opções Total 1 544 692 589 1 281 842 227 227 453 1 295 22 366 2 207 1 409 3 616 25 982 24 751 3 125 2 225 5 350 30 102 2 825 1) Não incluídos os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI. 2) Colaboradores do Grupo abrangidos pelo Programa RVA. 1) A Comissão de Remunerações do Banco BPI deliberou sobre o montante da remuneração variável atribuída aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI e do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, em 28 de Janeiro de 2004. 206 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 O número de acções atribuídas aos Administradores Executivos do Banco BPI, no âmbito do programa de 2003, ascende a cerca de 221 mil. Atribuição de acções Programa de atribuição de acções RVA 2001 Forma de atribuição RVA 2001 (valores ajustados por dividendos e aumento de capital de 2002) Sob condição resolutiva e sob condição suspensiva Data de atribuição 21 Março 02 Preço de atribuição RVA 2002 RVA 2003 Sob condição resolutiva Sob condição resolutiva 22 Fevereiro 03 23 Fevereiro 04 2.67 euros 2.54 euros1 2.14 euros 3.13 euros 215 875 218 996 265 307 220 930 86 888 89 452 96 501 72 409 635 277 679 497 810 721 705 048 938 040 987 945 1 172 529 998 387 N.º de acções atribuídas2 Comissão Executiva do Banco BPI3 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento4 Quadros directivos e outros Colaboradores do Grupo Total 1) Preço de atribuição da RVA em 2001, ajustado pelo aumento de capital realizado em Maio de 2002. 2) O número de acções atribuído inicialmente a título de RVA em 2001 foi ajustado pelo pagamento de dividendos e pelo aumento de capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), em Maio de 2002. Os ajustamentos consistiram na atribuição adicional de 37 211 acções (por contrapartida do pagamento de 1.75 euros por acção) a Administradores, Quadros Directivos e outros Colaboradores, a título de ajustamento pelo aumento de capital realizado, e de 12 754 acções como ajustamento à distribuição de dividendos relativos ao exercício de 2001. Quanto a este último aspecto, importa notar que apenas os Administradores ou Colaboradores que optaram pelo regime de condição suspensiva – de acordo com o qual as acções em situação de indisponibilidade permanecem, em termos jurídicos, propriedade do Banco – foram alvo do referido ajustamento. Os elementos que optaram pelo regime de condição resolutiva receberam o dividendo referente a todas as acções – cativas ou disponíveis – em numerário. 3) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002. 4) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002. O calendário da disponibilidade das acções atribuídas no âmbito do programa RVA-2001, RVA-2002 e RVA-2003 é o seguinte: Disponibilidade RVA-2001 RVA-2002 RVA-2003 25% 21 Mar. 2002 - - 25% 21 Mar. 2003 22 Fev. 2003 - 25% 21 Mar. 2004 22 Fev. 2004 23 Fev. 2004 25% 21 Mar. 2005 22 Fev. 2005 23 Fev. 2005 25% - 22 Fev. 2006 23 Fev. 2006 25% 23 Fev. 2007 1) A efectiva disponibilidade ocorre após o cumprimento dos procedimentos prévios à contratualização da operação de atribuição. O número de opções atribuídas aos Administradores Executivos do Banco BPI, no âmbito do programa de 2003, ascende a cerca de 1 310 mil. Atribuição de opções de compra de acções Programa de atribuição de opções RVA 2001 Data de atribuição 21 Março 02 Período de exercício N.º de acções adquiríveis por cada opção detida RVA-2001 (valores ajustados pelo aumento de capital de 2002)1 21 Março 03 a 21 Março 07 RVA 2002 RVA 2003 22 Fevereiro 03 23 Fevereiro 04 22 Fevereiro 04 a 22 Fevereiro 08 23 Fevereiro 05 a 23 Fevereiro 09 1 1 1 1 Preço de exercício 2.67 euros 2.54 euros 2.14 euros 3.13 euros Valor de cada opção 0.65 euros 0.62 euros 0.33 euros 0.45 euros Comissão Executiva do Banco BPI2 859 725 904 216 1 720 457 1 310 003 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento3 346 818 364 767 625 761 503 614 2 607 040 2 741 681 5 251 558 3 131 802 3 813 583 4 010 664 7 597 776 4 945 419 N.º de opções atribuídas Quadros Directivos e outros Colaboradores do Grupo Total 1) Em virtude do aumento do capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), realizado em Maio de 2002, o preço de exercício das opções resultantes do RVA-2001 foi ajustado de 2.67 euros para 2.54 euros e o número de opções atribuídas, no âmbito do RVA de 2001, foi acrescido em 5%. 2) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002. 3) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 207 Evolução do programa de atribuição de opções de compra de acções – 2001, 2002 e 2003 Programa de atribuição de opções Comissão Executiva do Banco BPI1 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento2 Quadros Directivos e outros Colaboradores TOTAL 4 010 664 RVA 2001 (número de opções) Atribuídas em Março de 20023, 4 904 216 364 767 2 741 681 exercidas em 2002 0 0 0 0 extintas em 2002 0 0 24 414 24 414 Opções do RVA 2001 existentes em 31 Dez. 02 904 216 364 767 2 717 267 3 986 250 exercidas em 2003 0 0 78 634 78 634 extintas em 2003 0 0 12 570 12 570 904 216 364 767 2 626 063 3 895 046 904 216 364 767 2 626 063 3 895 046 Opções do RVA 2001 existentes em 31 Dez. 03 Opções do RVA 2001 exercíveis em 31 Dez. 03 RVA 2002 (número de opções) Atribuídas em Fevereiro de 20034 1 720 457 625 761 5 251 558 7 597 776 exercidas em 2003 0 0 11 210 11 210 extintas em 2003 0 0 25 008 25 008 1 720 457 625 761 5 215 340 7 561 558 0 0 71 896 71 896 1 310 003 503 614 3 131 802 4 945 419 0 0 0 0 1 310 003 503 614 3 131 802 4 945 419 Opções do RVA 2002 existentes em 31 Dez. 03 Opções do RVA 2002 exercíveis em 31 Dez. 03 RVA 2003 (número de opções) Atribuídas em Fevereiro de 20044 Exercíveis em 2004 Opções do RVA 2003 existentes em 31 Dez. 045 1) Administradores-Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002 (data de transformação do BPI SGPS em Banco BPI). 2) Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002. 3) Número de opções atribuídas, ajustado pelo aumento do capital do BPI SGPS (agora Banco BPI), realizado em Maio de 2002. 4) Segundo o regulamento do RVA, o número de acções objecto de opções atribuídas no ano não poderá exceder 1% do capital social do Banco BPI, à data da atribuição dos referidos incentivos. Simultaneamente, o total de acções objecto de opções em vigor, vencidas ou não, não poderá exceder, em momento algum, 5% do capital social do Banco BPI. 5) Pressupondo que não se exercem ou extinguem quaisquer opções durante 2004. Situação actual do programa de atribuição de opções de compra de acções – 2001, 2002 e 2003 Comissão Executiva do Banco BPI1 Conselho de Administração do Banco Português de Investimento2 Quadros Directivos e outros Colaboradores TOTAL Opções existentes em 31 Dez. 03 2 624 673 990 528 7 841 403 11 456 604 Atribuição de opções do RVA 2003 (em Fev.2004) 1 310 003 503 614 3 131 802 4 945 419 Subtotal (opções existentes em Fev.04)3 3 934 676 1 494 142 10 973 205 16 402 023 opções não exercíveis até 31 Dez. 04 1 310 003 503 614 3 131 802 4 945 419 opções exercíveis até 31 Dez. 04 2 624 673 990 528 7 841 403 11 456 604 Programa de atribuição de opções TOTAL DO PROGRAMA RVA Número de opções: Número de acções necessárias para fazer face ao exercício de: Opções atribuídas (e não exercíveis) no início de 2004 1 720 457 625 761 5 143 444 7 489 662 no final de 20044 1 310 003 503 614 3 131 802 4 945 419 no início de 2004 904 216 364 767 2 697 959 3 966 942 no final de 20044 2 624 673 990 528 7 841 403 11 456 604 Opções exercíveis 1) 2) 3) 4) Administradores Executivos do BPI SGPS, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002 (data de transformação do BPI SGPS em Banco BPI). Outros Administradores do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, em 2001 e até 20 de Dezembro de 2002. Após a atribuição de opções do RVA 2003. Pressupondo que não se exercem ou extinguem quaisquer opções durante 2004. 208 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Registo contabilístico O BPI regista integralmente os custos de atribuição de remunerações variáveis, incluindo os associados aos RVA, na demonstração de resultados do exercício relativamente ao qual a atribuição é realizada, na conta "Custos com o pessoal". Para este efeito, as acções são contabilizadas ao valor de atribuição e as opções atribuídas são contabilizadas pelo justo valor (na data de atribuição, é idêntico ao valor de atribuição). Até 31 de Dezembro de 2003, a referida actividade de cobertura não gerou qualquer perda ou custo para o Grupo BPI. Se vierem a ocorrer, tais perdas ou custos serão relevados nas contas do exercício em que ocorram. Cobertura do programa RVA O Grupo BPI executa a cobertura própria do programa de atribuição de acções e opções (RVA), detendo para o efeito carteiras de acções afectas à cobertura das responsabilidades derivadas da atribuição de acções sob condição suspensiva e de opções. Para a cobertura do programa de opções, o BPI utiliza um modelo próprio. Considerando o valor de mercado das acções, acrescido dos dividendos recebidos e do valor intrínseco das opções atribuídas aos Administradores e Colaboradores abrangidos pelo Programa RVA, o valor do incentivo em 2 de Março de 2004 (última sessão de bolsa, anterior à aprovação do presente Relatório pelo Conselho de Administração) corresponde, relativamente ao valor de atribuição, a uma valorização média anual de 10.7% para o programa de RVA de 2001 e de 135.4% para o de 2002. Rendibilidade dos Programas de Remuneração Variável em Acções de 2001 e 2002 O valor efectivo dos incentivos atribuídos, no âmbito do programa RVA está ligado à valorização das acções do Banco BPI em bolsa. Rendibilidade média anual – Saída em 2 de Março de 20041 ROI do Accionista do Banco BPI ROI do mercado (PSI Geral) +10.7% +16.7% +4.2% +135.4% +52.2% +39.7% Plano de acções Plano de opções Total do RVA +16.7% +4.1% +53.6% +214.2% RVA de 2001 (data de atribuição: 21 Mar. 02) RVA de 2002 (data de atribuição: 22 Fev. 03) Nota: pressupôs-se que, durante o período, o beneficiário do RVA, subscreveu a quantidade máxima de acções a que tinha direito no aumento de capital em 2002, não alienou acções ou exerceu acções. Em 2 de Março de 2004, a carteira de acções foi avaliada com base na cotação de fecho e, em relação à carteira de opções, considerou-se o seu valor intrínseco, isto é, a diferença entre a cotação de fecho, em 2 de Março, e o preço de exercício das opções. 1) Última sessão de bolsa anterior à aprovação do relatório em Conselho de Administração (cotação de fecho da acção Banco BPI de 3.21 euros). Refira-se que as opções de compra, na data de atribuição, partem de um valor intrínseco nulo ou próximo de zero, mas proporcionam uma alavancagem da valorização da acção em bolsa, enquanto uma evolução negativa da cotação da acção resulta num valor nulo do incentivo. Deste modo, o programa RVA determina níveis mínimos de valorização das acções em bolsa, de acordo com o valor fixado de atribuição das acções e das opções, para que o valor efectivo do incentivo seja superior ao valor de atribuição. A partir destes níveis, o programa RVA proporciona aos Administradores e Colaboradores abrangidos uma alavancagem da valorização do incentivo. Este efeito será tanto mais relevante quanto maior for o nível de responsabilidade, uma vez que a importância relativa da remuneração do programa de RVA na remuneração variável está indexada ao nível de responsabilidade. Cotações de referência da acção BPI1 Cotação de mercado e valorização em bolsa que iguala o valor do incentivo em RVA ao valor de atribuição Cotação da acção BPI na data de atribuição1 (em euros) Break-even2 (em euros) Plano de acções 2.54 2.54 3 0.0% Plano de opções 2.54 3.16 4 +24.4% Programa RVA 2001 2.54 3.04 +19.7% Plano de acções 2.14 2.143 0.0% Plano de opções 2.14 2.474 +15.4% Programa RVA 2002 2.14 2.43 +13.6% Plano de acções 3.13 3.13 0.0% Plano de opções 3.13 3.58 +14.4% Programa RVA 20035 3.13 3.53 +12.8% Valorização da acção para se atingir o break-even RVA 2001 RVA de 2002 RVA de 2003 Nota: o valor global do incentivo em RVA, em 2001 e em 2002, foi atribuído em partes iguais sob a forma de acções BPI e sob a forma de opções de compra de acções BPI. 1) Cotação da acção BPI considerada para efeitos de atribuição do RVA (cotação média nas últimas 10 sessões de bolsa). 2) Cotação de mercado da acção BPI que iguala o valor do incentivo em RVA ao valor de atribuição. 3) Valor de atribuição das acções. Não se consideraram, nos planos de acções, os dividendos relativos aos exercícios de 2001 e 2002 recebidos pelos beneficiários dos programas de RVA de 2001 e 2002. Caso fossem considerados, o break-even seria alcançado à cotação de 2.38 euros no plano de acções do programa de RVA de 2001 e à cotação de 2.06 euros no plano de acções do programa de RVA de 2002. 4) Preço de exercício acrescido do valor de atribuição das opções. 5) Considerou-se uma composição do RVA 2003 de 50% de acções e 50% de opções de compra. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 209 7.4. PLANOS DE PENSÕES DOS ADMINISTRADORES DOS BANCOS O plano de pensões dos Administradores dos Bancos do Grupo BPI está consubstanciado em dois regulamentos: um que se aplica aos Administradores da Comissão Executiva do ex-BPI SGPS e aos antigos membros da Direcção eleita que, após nove anos de exercício, se mantenham em funções de gestão em qualquer Banco por esta controlado; e outro que se aplica aos Administradores do Banco BPI (exBFB). Tal como se refere na nota às contas 4.19, essas responsabilidades estão a ser reconhecidas como custos através de um plano de amortizações uniformes e anuais à taxa de 7% e ao longo de um período que corresponde à vida activa remanescente dos Administradores a que respeita. Em 31 de Dezembro de 2003, o saldo da rubrica "provisões para pensões de Administradores" incluía 12 544 mil euros, o que cobria em 89.4% o valor actual das responsabilidades por serviços passados, correspondente ao plano complementar de pensões de reforma e sobrevivência dos Administradores do Banco BPI, do Banco Português de Investimento e do Banco Fonsecas & Burnay (incorporado no Banco BPI). Quanto a benefícios, os regulamentos estabelecem o pagamento de pensões de reforma (velhice ou invalidez) e de sobrevivência, calculadas em função do vencimento mensal fixo auferido no mês anterior à data da reforma e do número de anos de exercício de funções, sendo atingido o benefício máximo (100%) com 16 anos de serviço. Está previsto que às pensões asseguradas pelo plano dos Administradores sejam deduzidas as pensões atribuídas pela Segurança Social, ou por outros planos de pensões do Grupo BPI. Para efeito do cálculo das responsabilidades afectas ao plano de pensões dos Administradores, também se considera a aplicação dos regulamentos de que beneficiam os Administradores do Banco Fonsecas & Burnay (incorporado no Banco BPI) e os Administradores do Banco Português de Investimento, pelo que o universo de Administradores abrangidos, em 31 de Dezembro de 2003, era o que se segue: No activo Na reforma 15 3 18 Responsabilidades (milhares de euros) 10 201 3828 14 029 Número de pessoas Total 7.5. CRÉDITO AOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI De acordo com a política definida, os membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI beneficiam do Regime de Concessão de Crédito Bonificado à Habitação em vigor nos Bancos para todos os seus Colaboradores. Deste modo, em 31 de Dezembro de 2003, o saldo global do crédito hipotecário concedido aos elementos da Comissão Executiva do Conselho de Administração com vista à aquisição de habitação própria ascendia a 972 milhares de euros. Os termos e condições – avaliação de risco, taxa de juro, garantias prestadas, prazo, etc. – em que são concedidos os empréstimos aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI são em tudo idênticos aos que se aplicam aos restantes Colaboradores do Grupo. Relativamente à Comissão Executiva em exercício de funções, em 31 de Dezembro de 2003, a situação era a que se segue: Número de pessoas 7 Tempo de serviço médio 10.4 Responsabilidades (milhares de euros) 6 359 7.6. SEGUROS DOS ADMINISTRADORES DO BANCO BPI Os Administradores Executivos do Banco BPI no activo, beneficiam, à semelhança dos Colaboradores, de um conjunto de seguros que cobrem os riscos de vida, de doença e de acidente. Apólice Riscos cobertos Doença Seguro de vida grupo Acidente (causa exterior à vontade) Acidente de circulação Seguro de acidentes pessoais Acidente Seguro de acidentes de trabalho Morte ou invalidez profissional Seguro de saúde2 Doença ou acidente 1) Para o próprio (ou cônjuge sobrevivo) e para os filhos (se dependentes). 2) Abrange o respectivo agregado familiar. Os custos suportados pelo Grupo BPI das apólices acima referidas, ascenderam, em 2003, a 35.3 mil euros. Adicionalmente, o Grupo BPI suporta o custo de 6.2 mil euros com os encargos para os SAMS relativos a três vogais da Comissão Executiva do Banco BPI que beneficiam da protecção do referido regime. 210 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Capital seguro (em milhares de euro) 424 848 1 272 127 Pensão1 25 (por ano) 8. Controlo accionista e transmissibilidade das acções 8.1. CONTROLO ACCIONISTA O Banco BPI não adoptou nenhuma cláusula defensiva capaz de impedir a livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação, pelos Accionistas, do desempenho dos titulares do órgão de administração. O capital detido pelos Accionistas representados no Conselho de Administração e no Conselho Fiscal era, em 31 de Dezembro de 2003, de 48.2%. A correspondente percentagem de direitos de voto, tendo em conta as acções próprias detidas pelo Grupo e a limitação estatutária, era de 43.4%. O capital do Banco BPI era, naquela data, detido por 19 740 Accionistas. Os estatutos do Banco BPI estipulam que não se contem os votos emitidos por um só Accionista, em nome próprio ou como representante de outro ou outros, que excedam 12.5% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social. Os Administradores e Quadros Directivos do Grupo BPI não beneficiam de qualquer cláusula de indemnização de natureza extraordinária, que os compense na eventualidade da ocorrência de uma alteração no controlo da Sociedade (golden parachutes). 8.2. ACORDOS PARASSOCIAIS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE DIREITOS SOCIAIS OU RELATIVOS À TRANSMISSIBILIDADE DE ACÇÕES Não existe nenhum acordo parassocial com a mesma natureza dos mencionados no Art.º 19 do Código dos Valores Mobiliários, relativamente ao exercício de direitos sociais ou à transmissibilidade das acções do Banco BPI. Não existe, mesmo, nenhum sindicato de voto ou acordo de defesa contra ofertas públicas de aquisição. Foi celebrado, em 1986, um acordo de preferência entre alguns dos mais significativos Accionistas do BPI, onde se determina que qualquer um dos contraentes cuja intenção seja transmitir, a título oneroso, a totalidade ou parte das acções abrangidas pelo referido acordo, está obrigado a dar preferência, na alienação, em igualdade de condições, aos restantes contraentes. Este acordo encontra-se actualmente subscrito por seis Accionistas do Banco BPI e, em 31 de Dezembro de 2003, abrangia acções representativas de 44.7% do capital social do Banco BPI. O acordo tem vindo a ser sucessivamente renovado por períodos de três anos, tendo a última renovação ocorrido em 21 de Agosto de 2003. Qualquer denúncia a este acordo tem de ser comunicada com, pelo menos, seis meses de antecedência. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 211 9. Exercício do direito de voto e representação de accionistas 9.1. PROMOÇÃO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO O Banco BPI promove activamente o exercício do direito de voto, quer directamente – presencialmente ou por correspondência (postal ou electrónica) – quer por representação. No âmbito desta política, o BPI tem implementado um conjunto de medidas tendentes a combater o absentismo dos Accionistas nas reuniões da Assembleias Geral: a possibilidade do voto por correspondência, quer por via postal quer por via electrónica, e a colocação à disposição dos Accionistas de boletins de voto; a ampla divulgação da realização das Assembleias Gerais (por correio postal, por correio electrónico e pela Internet), dos temas a serem deliberados e das diferentes formas de exercício do voto; a descrição clara e detalhada, no texto da convocatória e na carta e documentos preparatórios1 da Assembleia Geral que são enviados aos Accionistas2, dos procedimentos a adoptar para o exercício do voto por correspondência ou por representação (regime consagrado estatutariamente). Importa ainda referir que o Conselho de Administração do Banco BPI, dando resposta positiva às mais recentes recomendações da CMVM, irá propor aos seus Accionistas que, na próxima Assembleia Geral, se aprove uma alteração ao artigo 12 dos Estatutos da Sociedade, com vista a encurtar, de 15 para cinco dias úteis, o prazo de antecedência do depósito e bloqueio das acções para participação em Assembleia Geral. As propostas a submeter à apreciação e deliberação em Assembleia, bem como os demais elementos de informação necessários à preparação das reuniões são postos à disposição dos Accionistas, até 15 dias antes da realização da Assembleia, na sede do Banco BPI (Rua Tenente Valadim, 284, Porto) e no site www.ir.bpi.pt. O envio de qualquer um dos elementos supra-referidos, incluindo exemplares de boletins de voto para o exercício do voto por correspondência, poderá ser solicitado também para o endereço de e-mail divulgado publicamente. 9.2. ATRIBUIÇÃO DE DIREITO DE VOTO Terá direito de voto o Accionista que for titular de pelo menos 1000 acções do Banco BPI, no 15.º dia anterior ao designado para a reunião da Assembleia Geral. O registo desta titularidade deverá ser provado perante o Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao designado para a reunião. A cada 1000 acções corresponde um voto. 9.3. PROCEDIMENTOS RELATIVOS À REPRESENTAÇÃO O BPI segue, por iniciativa própria, a política de enviar aos Accionistas o conteúdo das propostas incluídas na agenda de trabalhos, bem como os impressos próprios para a atribuição do mandato de representação, acompanhados de envelope de porte pago e pré-endereçado. As representações são comunicadas por carta endereçada ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com assinatura devidamente reconhecida (por notário, advogado ou solicitador) ou certificada pela Sociedade. Esta carta deverá dar entrada na sede do Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. O Presidente da Mesa da Assembleia disponibiliza-se, regra geral, para representar os Accionistas que assim o desejarem, expressando de forma clara o sentido do seu voto, no caso de o representado não estipular quaisquer instruções. 9.4. PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO VOTO POR CORRESPONDÊNCIA O BPI envia, em anexo à convocatória da Assembleia Geral, boletins de voto endereçados ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, através dos quais o Accionista pode exprimir de forma clara o sentido do seu voto. O boletim, disponível em português e inglês, deverá ser assinado e o reconhecimento da 1) Também disponíveis na Internet no web site www.ir.bpi.pt. 2) Aos Accionistas com direito a pelo menos cinco votos. 3) Aos Accionistas com direito a pelo menos cinco votos. 212 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 assinatura (por notário, advogado ou solicitador) deverá ser nele registado. Os boletins de voto devem dar entrada na sede do Banco BPI até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. Os votos por correspondência contam para a formação do quorum constitutivo da Assembleia Geral sendo interpretados à luz dos assuntos constantes na convocatória. Não se considera expressarem nenhum sentido quanto a novos assuntos. As declarações de voto por correspondência são abertas pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, a quem cabe verificar a respectiva autenticidade, conformidade com as regras e a inexistência de duplicação de votos decorrente da presença, na Assembleia Geral, dos Accionistas cujo voto chegou por correspondência. Os votos por correspondência são considerados após a contagem dos votos presenciais relativos a cada uma das propostas. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral informa os presentes da quantidade e do sentido dos votos recebidos por correspondência. A descrição do modo como se processa o escrutínio dos votos por correspondência em Assembleia Geral consta dos documentos disponibilizados pelo BPI para o exercício do voto por correspondência, sendo igualmente descritos na secção do web site de Relações com Investidores dedicado ao evento. O secretário da Sociedade assegura a confidencialidade dos votos recebidos por correspondência até ao dia da Assembleia Geral. Nesta data, a salvaguarda do mesmo passa a ser garantida pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral até ao momento da votação. Considera-se revogado o voto por correspondência, no caso da presença do Accionista ou do respectivo representante na Assembleia Geral. Embora o voto por correspondência, pela sua própria natureza, assuma, à partida, uma função alternativa à representação dos Accionistas, nada impede que os dois institutos sejam cumuláveis. 9.5. PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO VOTO POR CORRESPONDÊNCIA ELECTRÓNICA O BPI facultará, pela primeira vez, aos seus Accionistas, a possibilidade de exercerem o voto por correspondência electrónica sobre as propostas em deliberação na Assembleia Geral de 20 de Abril de 2004. Os procedimentos exigidos para o voto por correspondência electrónica são, em parte, similares aos necessários para o voto por correspondência postal. O BPI envia atempadamente aos seus Accionistas, em anexo aos restantes elementos preparatórios da Assembleia Geral, uma minuta – disponível em português e inglês – que lhes permitirá optar pelo regime de voto por correspondência electrónica. Esta minuta pode ainda ser obtida no web site em www.ir.bpi.pt ou mediante solicitação à Direcção de Relações com Investidores. A minuta deverá estar assinada e a assinatura deverá estar reconhecida por notário, advogado ou solicitador. Na minuta, solicita-se ao Accionista que, entre outros elementos, defina uma palavra-chave e indique um endereço de e-mail. Este documento terá de dar entrada na sede do Banco, conjuntamente com a respectiva declaração de depósito e bloqueio das acções, até às 18 horas do quinto dia útil anterior ao dia designado para a Assembleia Geral. No final do quinto dia útil anterior à data da Assembleia, o BPI envia ao Accionista um e-mail indicando-lhe uma contra-senha, que, em conjunto com a senha inicial, lhe permitirá o acesso a um boletim de voto electrónico existente numa página do site www.ir.bpi.pt. O Accionista poderá exercer o seu direito de voto no quarto e terceiro dias úteis anteriores à Assembleia. 10. Exercício de direitos sociais por entidades do Grupo BPI As entidades do Grupo BPI que actuam no mercado como investidores institucionais – Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento, Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, Banco de Investimento e Sociedades de Capital de Desenvolvimento – estão vinculadas a regras que tendem a assegurar uma utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que são titulares ou cuja gestão lhes esteja confiada, nomeadamente, a regras respeitantes aos direitos de informação e de voto. As entidades gestoras de activos pertencentes ao Grupo BPI, para além dos tradicionais critérios de investimento associados ao binómio risco / retorno, consideram ainda, no processo de tomada de decisão sobre investimento, os seguintes factores: qualidade do sistema de governo e fiscalização; transparência na prestação de informação; boas práticas ambientais. Por outro lado, o BPI, por sua iniciativa, não investe em empresas pertencentes à indústria da pornografia ou do armamento. No entanto, por detenção de unidades de participação em fundos de investimento geridos por terceiros, ou por outras formas de investimento indirecto, o BPI poderá ser detentor de interesses financeiros em sociedades associadas a àqueles negócios. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 213 11. Ética e deontologia 11.1. COMPROMISSO PARA COM RIGOROSAS NORMAS DE NATUREZA ÉTICA E DEONTOLÓGICA A actividade profissional dos membros dos órgãos sociais e dos Colaboradores das sociedades pertencentes à esfera do Grupo BPI rege-se pelos seguintes princípios: respeito pela absoluta independência, tanto entre os interesses da Sociedade e dos Clientes, como entre os seus interesses pessoais e os da Sociedade, e os dos Clientes entre si; idoneidade profissional; integridade pessoal. Com vista a salvaguardar o absoluto respeito por todas as normas de natureza ética e deontológica em cada sociedade do Grupo BPI, os Colaboradores, os membros dos órgãos sociais, os prestadores de serviços e os consultores externos comprometem-se a respeitar as normas que declaram, por escrito, conhecer através dos seguintes documentos: códigos de conduta das respectivas associações, designadamente a Associação Portuguesa de Bancos (APB) e a Associação Portuguesa das Sociedades Gestoras de Patrimónios e de Fundos de Investimento (APFIN); códigos de conduta próprios, ajustados em conformidade com o tipo de actividade desenvolvida por cada um dos bancos e empresas participadas. Estes contêm, em certos casos, regras mais restritivas do que as estabelecidas pelas directrizes emanadas pelas associações a que pertencem e pelas entidades de supervisão. O código de conduta do BPI foi pela primeira vez aprovado em Março de 1994, tendo desde então sido actualizado após revisões pontuais. A infracção dos deveres previstos nos referidos códigos punir-se-á, de acordo com a gravidade da violação, o grau de culpa do infractor e as consequências do acto. A gravidade das sanções a aplicar será definida casuisticamente e poderá variar entre a repreensão verbal e o despedimento com justa causa. A responsabilidade disciplinar é independente da responsabilidade civil, contra-ordenacional e criminal. 11.3. VIOLAÇÃO DO SIGILO PROFISSIONAL Nos contactos com os Clientes e com o mercado, os membros dos órgãos sociais e os Colaboradores das sociedades do Grupo BPI deverão pautar a sua conduta pela máxima discrição e devem guardar segredo profissional sobre serviços prestados aos seus Clientes e, bem assim, sobre os factos ou informações relativos aos mesmos Clientes ou a terceiros, cujo conhecimento lhes advenha do desenvolvimento das respectivas actividades. Este dever apenas cessa mediante autorização escrita da pessoa a que respeitam os casos ou mediante o que estiver expressamente previsto na lei. O dever de sigilo profissional mantêm-se mesmo quando termina o exercício das funções de membro de órgãos sociais e de Colaborador. 11.4. ACTIVIDADE DE INTERMEDIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS Actuação por conta própria Existem regras de actuação rigorosas sobre tudo quanto respeite à execução de operações com valores mobiliários por conta própria (e de familiares), nas sociedades especialmente envolvidas neste tipo de actividade, como sejam o Banco Português de Investimento e o BPI Fundos. Exemplo destas regras é o de os valores mobiliários adquiridos por Colaboradores e membros dos órgãos sociais destas sociedades só poderem ser alienados decorridos 30 dias sobre a sua aquisição, o que limita o risco de envolvimento impróprio em operações de natureza especulativa. O cumprimento desta regra apenas poderá ser dispensada por decisão de um Administrador ou, estando em causa um membro de um órgão social, por deliberação do Conselho de Administração, tomada após apresentação pelo interessado de requerimento escrito. Até à data, nunca nenhum membro de um órgão social requereu ao Conselho de Administração a dispensa do cumprimento da referida regra. Importa referir, em termos mais gerais, a obrigação que têm todos os Colaboradores e Administradores do Grupo de comunicar à Administração, num prazo de 24 horas, todas as operações realizadas com valores mobiliários (excluindo obrigações emitidas por entidades com risco soberano ou equiparado), excepto no caso de terem sido utilizados os canais de intermediação do Grupo, o que vale, para este efeito, como comunicação da operação. Os referidos canais constituem um meio obrigatório para os Colaboradores afectos à actividade de intermediação. Os códigos de conduta em vigor no Grupo BPI estão disponíveis para consulta ou download no web site www.ir.bpi.pt ou mediante solicitação à Direcção de Relações com Investidores (ver contactos no ponto 12.2 deste Relatório). Os normativos éticos e deontológicos impostos àqueles que exercem actividades no seio do Grupo BPI pretendem acautelar o sigilo profissional e a defesa dos interesses dos Clientes, bem como impedir a utilização de informação privilegiada em benefício próprio. 11.2. EQUIDADE E SALVAGUARDA DE SITUAÇÕES DE CONFLITO DE INTERESSES Os membros do Conselho de Administração do Banco BPI assumem o compromisso de dar conhecimento de qualquer interesse, directo ou indirecto, que eles, algum dos seus familiares ou entidades a que profissionalmente se encontrem ligados, possam ter na empresa em relação à qual se considere a possibilidade de uma tomada de participação ou de os bancos ou sociedades do Grupo BPI concederem um financiamento ou prestarem algum serviço. Nestas circunstâncias, os Administradores deverão informar da natureza e extensão de tal interesse e, caso este seja substancial, abster-se de participar na discussão e / ou votação de qualquer proposta que à operação diga respeito. No que toca à esfera dos Clientes dos bancos e sociedades do Grupo BPI, é assegurada aos Clientes igualdade de tratamento em todas as situações em que não exista motivo de ordem legal e / ou contratual para proceder de forma distinta. Tal não colide com a prática de condições diferenciadas na realização de operações, depois de ponderado o risco destas, a respectiva rendibilidade e / ou a rendibilidade do Cliente. 214 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Actuação por conta de Clientes Os Colaboradores dos Bancos do Grupo BPI que estão envolvidos na actividade de intermediação de valores mobiliários estão vinculados aos deveres estabelecidos pelo código de conduta da Associação Portuguesa de Bancos, onde se determina que os mesmos devem, na execução de quaisquer operações de que forem incumbidos, servir os seus Clientes com diligência, lealdade e discrição, designadamente: realizando as transacções com celeridade e nas melhores condições que o mercado viabilize; abstendo-se de realizar e de incitar os seus Clientes a efectuarem operações repetidas de compra e venda de valores mobiliários, quando tais operações se não justifiquem e tenham como fim único ou principal a cobrança das correspondentes comissões ou qualquer outro objectivo estranho aos interesses do Cliente; abstendo-se de se atribuir a si mesmos valores mobiliários quando tenham Clientes que os hajam solicitado a preço idêntico ou mais alto ou, por outro lado, abstendo-se de vender valores mobiliários de que sejam titulares, em vez de valores idênticos cuja venda lhes tenha sido ordenada pelos seus Clientes a preço igual ou mais baixo. Paralelamente os bancos devem informar os seus Clientes de todos os aspectos materiais de que careçam para tomarem uma decisão fundamentada sobre a transacção que pretendam realizar, alertando-os, em especial, para a natureza dos riscos existentes e para as consequências financeiras que eles poderão implicar. Tratando-se da prestação do serviço de gestão de carteira de valores mobiliários, os bancos e as sociedades gestoras de fundos de investimento devem assegurar que os Clientes se encontram elucidados sobre o nível de risco a que ficam sujeitos, o grau de discricionariedade concedida ao intermediário e sobre todas as comissões e outras despesas que lhes serão cobradas. 11.5. COMBATE AO TERRORISMO E AO BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS De acordo com as normas estabelecidas, tanto a nível nacional como comunitário, e com vista a evitar o uso do sistema financeiro para efeito de branqueamento de capitais, os bancos do Grupo têm o dever de comunicar às autoridades competentes a realização de operações que suscitem suspeitas neste domínio. Os Colaboradores do Banco devem, portanto,informar os respectivos superiores hierárquicos e a Direcção de Recursos Humanos sobre as operações realizadas e / ou a realizar que, pela natureza, montante ou características, possam indiciar a utilização de valores provenientes de actividades ilícitas. aguardar pelo fecho da sessão de bolsa para proceder à divulgação de factos relevantes; dar conhecimento à CMVM e colocar no site de Relações com Investidores as apresentações realizadas na Conferência anual do BPI com Analistas e Investidores, em cujas últimas duas edições se procedeu a uma análise e revisão dos objectivos estratégicos do Grupo. 11.7. NEGÓCIOS REALIZADOS ENTRE O BANCO BPI, DE UM LADO, E, DO OUTRO, MEMBROS DO SEU CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, MEMBROS DO CONSELHO FISCAL, TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADOS OU SOCIEDADES PERTENCENTES AO GRUPO. Não foram realizados, em 2003, nenhuns negócios ou operações entre o Banco BPI, de um lado, e, do outro, membros do seu Conselho de Administração, membros do seu Conselho Fiscal, titulares de participações qualificadas ou sociedades pertencentes ao Grupo, que tenham sido economicamente significativos e, cumulativamente, tenham sido realizados em condições distintas da prática do mercado (aplicáveis a operações similares) ou fora do âmbito da actividade corrente do Banco. Compete à Direcção e à Comissão Executiva, apoiadas pela Auditoria Interna, analisar as ocorrências, dar-lhes o seguimento adequado, e tomar as medidas necessárias no sentido de prevenir o envolvimento do Grupo BPI em operações relacionadas com o branqueamento de capitais. O Comité de Auditoria e de Controlo Interno é, sistematicamente, informado da evolução das ocorrências e suas consequências. 11.6. PREVENÇÃO DE SITUAÇÕES DE INSIDE TRADING Os Colaboradores e Administradores que, por efeito das suas funções, tomem conhecimento de informações, designadamente as que não tenham sido ainda tornadas públicas e que possam influenciar os preços em qualquer mercado, têm um rigoroso dever de sigilo e abster-se de efectuar transacções sobre os valores mobiliários envolvidos, até à divulgação pública. Nos termos dos Códigos de Conduta do Banco BPI e do Banco Português de Investimento, os membros da Administração ou outros com categoria igual ou superior a Director, assim como os Colaboradores envolvidos na preparação de documentos de prestação de contas ou de emissão de acções ou de títulos nelas convertíveis, estão impedidos de transaccionar acções representativas do capital do Banco BPI, bem como títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direitos: a) no período compreendido entre o 15.º dia anterior ao termo de cada trimestre ou de cada exercício e o momento da divulgação dos correspondentes resultados, o que, considerando a prática habitual do BPI, significa a inibição de transaccionar acções Banco BPI em sensivelmente metade das sessões de bolsa do ano; b) no período compreendido entre a decisão da Administração do BPI em propor uma emissão de acções representativas do respectivo capital social ou de títulos nelas convertíveis ou que a elas confiram direito e o momento da respectiva divulgação pública. O Banco BPI e os seus Administradores estão ainda vinculados a rigorosos deveres de comunicação impostos pela lei e pelos regulamentos da CMVM, como seja a obrigatoriedade de, num prazo de sete dias úteis, os primeiros terem de informar o segundo e este a CMVM de quaisquer operações realizadas sobre acções Banco BPI. Para reforçar a salvaguarda da inexistência de situações de abuso derivadas da posse de informação privilegiada, o BPI segue ainda a política de: divulgar resultados, no mesmo dia em que o Conselho de Administração os aprova; Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 215 12. Comunicação com o mercado 12.1. PRINCÍPIOS DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA E OUTROS FACTOS RELEVANTES Princípios de divulgação de informação financeira e outros factos relevantes Transparência Ao facultar ao mercado toda a informação relevante que lhe permita formular um juízo fundamentado acerca da evolução da actividade e dos resultados alcançados, bem como das perspectivas de crescimento, rendibilidade e riscos existentes. Consistência Na manutenção dos critérios utilizados na prestação da informação e no esclarecimento dos motivos subjacentes à alteração destes, quando esta ocorra, de modo a assegurar a possibilidade de comparação da informação entre os períodos de reporte. Simplicidade Por se utilizar uma linguagem clara, e se recorrer a notas pedagógicas para tratar assuntos complexos e por se incluir um glossário e de um formulário no relatório de gestão anual. Disponibilidade Na adopção de uma postura proactiva, aberta e inovadora na comunicação com o mercado. Materialidade Na divulgação de toda a informação que tenha relevância e na atribuição, a cada peça de informação, de um grau de visibilidade e de pormenor correspondente à respectiva importância; Antecipação Na adopção de práticas de comunicação e de prestação de informação que, não sendo obrigatórias, são valorizadas pelo mercado. 12.2. DIRECÇÃO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES Conceito e competências O Banco BPI atribui uma especial importância à manutenção de uma relação franca e transparente com os analistas financeiros, os investidores, os Accionistas, as autoridades, a comunicação social e os restantes intervenientes no mercado. De acordo com esta permanente preocupação, o BPI tem em funcionamento, desde 1993, uma estrutura exclusivamente dedicada às relações com os investidores e com o mercado. A Direcção de Relações com Investidores (DRI), que reporta directamente à Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI, tem a missão de prestar ao mercado informação rigorosa, regular, oportuna e equilibradamente disseminada acerca do Grupo BPI, especialmente a que é relevante para a formação do preço das acções do Banco BPI, cotadas em bolsa. A Direcção de Relações com Investidores tem as funções principais de assegurar, junto das autoridades e do mercado, o cumprimento das obrigações legais e regulamentares de reporte que impendem sobre o Banco BPI, dar resposta às solicitações de informação dos investidores, analistas financeiros e demais agentes, e apoiar a Comissão Executiva em aspectos relacionados com o estatuto de entidade cotada que o Banco BPI tem no mercado. No âmbito da primeira daquelas responsabilidades, destaca-se a difusão da informação enquadrável na moldura de "facto relevante" ou de "outras comunicações", a prestação de informação trimestral sobre a actividade e os resultados do Grupo e a preparação dos relatórios e contas anuais e semestrais. O BPI divulga informação, com periodicidade trimestral, relativa à respectiva actividade e resultados consolidados, desde o último trimestre de 1991. O BPI segue, desde a sua admissão à cotação em bolsa em 1986, a política de promover uma auditoria completa às suas contas do primeiro semestre, embora a lei apenas exija uma revisão limitada. No âmbito da assessoria à Comissão Executiva, merecem referência o acompanhamento da evolução das acções Banco BPI em mercado, nas suas múltiplas vertentes, o apoio nos contactos directos que a Comissão Executiva regularmente realiza com analistas financeiros e investidores institucionais (nacionais e estrangeiros), quer no âmbito de conferências e roadshows, quer através de reuniões individuais. Relativamente a este aspecto importa destacar a Conferência para Investidores e Analistas Financeiros que a Comissão Executiva, desde 2001, promove anualmente. O BPI tem por política divulgar junto do mercado a informação apresentada nestas reuniões, difundindo um comunicado à imprensa com os aspectos mais relevantes e disponibilizando, no web site de Relações com Investidores, as apresentações realizadas durante o evento. 216 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 A disponibilidade e os contactos da Direcção de Relações com Investidores são amplamente divulgados. Toda a informação pública sobre o Grupo BPI pode ser solicitada à DRI através da página de contactos do seu site (www.ir.bpi.pt), por telefone (22 607 33 37), correio electrónico ([email protected]), fax (22 600 47 38) ou carta (Rua Tenente Valadim, 284, 4100-476 Porto). Actividade em 2003 A Direcção de Relações com Investidores desenvolve intensa actividade em 2003. Além dos compromissos habituais relacionados com as obrigações legais e regulamentares de reporte – que incluem a responsabilidade pela elaboração do relatório anual e semestral do Banco BPI (incluindo o presente Relatório) e de todos os documentos associados às divulgações trimestrais de resultados – e com os pedidos regulares de informação –quer pelo mercado quer internos ao Grupo BPI – a DRI esteve envolvida nos seguintes eventos: apresentação do Banco em cinco conferências para investidores (organizadas por terceiros) em Lisboa, Madrid, Paris e Londres; realização de quatro roadshows, organizados por bancos de investimento de renome internacional, efectuados em Londres e na região da Escandinávia; realização de mais de 40 reuniões individuais com investidores e analistas financeiros (one-on-ones). As apresentações do banco, os roadshows e as reuniões individuais com investidores e analistas contaram com a participação do vice-presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, Fernando Ulrich e / ou com a participação do membro da Comissão Executiva responsável pela Direcção de Relações com Investidores, Manuel Ferreira da Silva. A Conferência Anual para Analistas e Investidores realizou-se em 18 de Março de 2003 e contou com a presença de 25 analistas, provenientes de 19 bancos de investimento e 13 investidores institucionais. 12.3. SÍTIO NA INTERNET Web site Relações com Investidores – www.ir.bpi.pt Em Junho de 2003, o BPI procedeu a uma renovação substancial do seu site dedicado à divulgação de informação de natureza institucional acerca do Grupo. Este web site – anteriormente sediado em www.bpi.pt – está agora disponível no endereço www.ir.bpi.pt, ou, para as pessoas que não disponham de acesso à Internet, nos Quiosques Internet, existentes na maior parte dos balcões do Banco BPI. O web site, disponível em português e inglês, encontra-se dividido em seis secções principais que desenvolvem – entre outras – as matérias abaixo indicadas: Grupo BPI Informação Financeira Accionistas Acção Banco BPI Dívida Notícias e Eventos Comunicados História Indicadores Estrutura Accionista Indicadores Divida emitida Gestão Executiva Resultados Gráficos e Cotações Rating Corporate Governance Relatórios e Contas Calculador de Rendibilidade Estratégia Dividendos Calendário Canais de transacção Apresentações Capital Identidade Responsabilidade Pública Notícias Cobertura de Analistas Assembleias Gerais De entre os mais de 200 conteúdos / funcionalidades de que o web site dispõe, merecem especial destaque os seguintes: simulador interactivo para cálculo do retorno total (i.e. considerando o reinvestimento de dividendos) no investimento em acções Banco BPI; extensa informação financeira integralmente actualizada, quatro vezes por ano, no próprio dia da divulgação de resultados; secção sobre "dívida" contendo fichas de resumo e documentação de suporte relativa às principais emissões públicas de dívida senior, subordinada e de acções preferenciais; gráficos interactivos, incluindo benchmarking com mercado. Toda a informação de natureza institucional que é pública e material encontra-se, por regra, disponível no web site. Para os eventos mais significativos, como seja a Assembleia Geral de Accionistas, a distribuição de dividendos e a divulgação trimestral de resultados, são ainda criadas páginas específicas para a difusão de informação e apoio aos referidos eventos. Os utilizadores do web site têm também a oportunidade de se registarem e receberem diariamente um e-mail contendo um resumo do comportamento da acção Banco BPI em bolsa, um alerta sempre que a acção atingir uma determinada percentagem e notícias ou conteúdos novos publicados no site. Os subscritores destas mailing lists poderão cancelar a qualquer momento a sua subscrição, bastando para tanto seguir os links destinados, no final de cada e-mail, ao efeito. Correio electrónico (e-mail) Os anúncios de factos relevantes e outras comunicações, para além de serem publicados no site de Relações com Investidores e no sistema de difusão de informação da CMVM, são ainda enviados por correio electrónico (e-mail) às autoridades de supervisão, aos média, aos analistas, bem como a todos os investidores institucionais ou particulares que expressamente o solicitem. Na divulgação dos resultados consolidados do Banco BPI referentes a 2003 foram enviados pela Direcção de Relações com Investidores aproximadamente 650 mensagens de e-mail. Estas mensagens foram enviadas a pessoas ou entidades que expressamente manifestaram o desejo de serem incluídas na mailing list do BPI. A Direcção de Relações com Investidores tem por política enviar mensagens por e-mail a pessoas que não o solicitam expressamente e procede periodicamente a uma revisão da sua base de contactos, a fim de eliminar endereços ou destinatários inactivos. De uma forma geral, todos os documentos emitidos em suporte de papel (incluindo os documentos preparatórios das assembleias gerais) estão disponíveis para envio em formato electrónico, mediante solicitação. 12.4. REPRESENTANTE PARA AS RELAÇÕES COM O MERCADO O representante do Banco BPI para as relações com o mercado é Rui Lélis, administrador do Banco Português de Investimento. O web site de Relações com Investidores cumpre integralmente as recomendações da CMVM sobre a utilização da Internet como meio de divulgação de informação institucional. O site de Relações com Investidores registou, em 2003, uma média mensal de 181 milhares de visualizações das respectivas páginas, e 12.4 milhares de visitas. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 217 13. Acção Banco BPI 13.1. RENDIBILIDADE DO ACCIONISTA As acções do Banco BPI registaram em 2003 uma valorização de 33.9%, superando de forma expressiva o desempenho obtido pelo mercado. Na verdade, em igual período, o mercado accionista registou uma subida de 15.8%, em Portugal1, e 13.7%, na Europa2, tendo o sector bancário europeu valorizado 21.6%3. A rendibilidade (ROI) do investimento em acções BPI – que toma em consideração a apreciação do título em bolsa e pressupõe o reinvestimento dos dividendos em novas acções BPI – ascendeu, em 2003, a 38.5%. Em capítulo próprio do relatório, "Acções BPI", é apresentada uma descrição pormenorizada do comportamento bolsista das acções do Banco BPI, que inclui o valor, nos últimos cinco anos, dos resultados por acção, do dividendo distribuído, das cotações em bolsa, da rendibilidade do accionista, indicadores de liquidez, capitalização bolsista e indicadores de valorização pelo mercado. Estas séries históricas são ajustadas por eventos 13.2. EVOLUÇÃO EM BOLSA E COMUNICAÇÕES AO MERCADO O gráfico em baixo apresenta a evolução da acção Banco BPI em 2003 e a comunicação ao mercado de factos relevantes e outras comunicações. Evolução da acção do Banco BPI em 2003 Comunicação ao mercado de eventos relevantes € 1 3.10 2 3 4 5/6/7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Variação anual +33.9% 2.90 2.92 2.70 2.50 2.30 2.18 2.10 1.90 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Comunicação ao mercado de eventos relevantes N.º Data de comunicação ao mercado 1.ª sessão de bolsa após comunicação Descritivo 1 03 Fev 2003 04 Fev 2003 Comunicado de divulgação de resultados consolidados do Banco BPI em 2002 2 21 Fev 2003 21 Fev 2003 Data de atribuição das acções e opções do RVA – Programa de Remuneração Variável em Acções 3 10 Mar 2003 11 Mar 2003 Convocatória para a AGA a realizar em 10 de Abril de 2003 4 17 Mar 2003 18 Mar 2003 Actualização dos objectivos operacionais para 2003-4 anunciada na conferência anual com analistas e investidores 5 14 Abr 2003 15 Abr 2003 Pagamento de dividendos relativos ao exercício de 2002 6 14 Abr 2003 15 Abr 2003 Resultados da votação da AGA realizada em 10 de Abril de 2003 7 15 Abr 2003 16 Abr 2003 BPI pensões informa o mercado que detem 2.32% do capital do Banco BPI 8 24 Abr 2003 28 Abr 2003 Divulgação dos resultados consolidados do Grupo BPI no 1.º trimestre de 2003 9 01 Jul 2003 02 Jul 2003 Banco BPI chega a acordo para venda de participação detida no Banc Post 10 10 Jul 2003 11 Jul 2003 Banco BPI e Modelo Continente, SGPS informam sobre remodelação do quadro de colaboração relativo ao Cartão de Crédito Universo 11 30 Jul 2003 31 Jul 2003 Comunicado de divulgação de resultados consolidados do Banco BPI relativos ao 1.º semestre de 2003 12 23 Set 2003 24 Set 2003 Comunicado conjunto referente à Auto-Estradas do Atlântico 13 29 Set 2003 30 Set 2003 Integração da Crediuniverso no Banco BPI 14 23 Out 2003 24 Out 2003 Comunicado de divulgação de resultados consolidados do Banco BPI relativos ao terceiro trimestre de 2003 15 31 Out 2003 03 Nov 2003 Transferência entre participadas da posição detida pela "La Caixa" no capital do Banco BPI 16 17 Nov 2003 18 Nov 2003 BPI aumenta posição na SIC para 41.4% 17 03 Dez 2003 04 Dez 2003 Alteração da Presidência da Comissão Executiva do Banco BPI Nota: O BPI segue a política de divulgar os factos relevantes após o encerramento da sessão de bolsa, pelo que o eventual efeito nas cotações é apenas sentido na sessão de bolsa seguinte. 1) Considerando a evolução do índice PSI-20. 2) Tendo por base a evolução do índice Dow Jones STOXX 600. 3) Tomando por referência o índice Dow Jones Europe STOXX Bank. 218 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 14. Política de dividendos A política de dividendos do Grupo BPI caracteriza-se por: considerar o lucro líquido consolidado do Grupo como base de cálculo relevante para o dividendo a distribuir; em termos históricos, o BPI ter mantido um payout não inferior a 30%, retendo resultados que possam assegurar o financiamento das necessidades de crescimento do Grupo; fixar o dividendo por acção em termos ajustados, designadamente, por aumentos de capital (em dinheiro ou por incorporação de reservas) e por desdobramento de acções (stock splits). Em capítulo próprio do relatório, "Acções BPI", é apresentada, no quadro "Principais indicadores das acções Banco BPI", informação relativa ao montante de resultados distribuídos, ao payout ratio, ao dividendo por acção e ao dividend yield dos últimos cinco exercícios. Por outro lado, em www.ir.bpi.pt, encontra-se disponível uma secção inteiramente dedicada a dividendos, que contém o histórico completo (i.e. desde a criação do BPI) da informação relativa a este tópico. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 219 APÊNDICE DO RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE OUTROS CARGOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DESEMPENHADOS EM SOCIEDADES PELOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO BPI, S.A Artur Santos Silva, 62 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 22 anos. É Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A., do Banco de Fomento, SARL, da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A., e da Inter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A. É Administrador do Banco BPI Cayman, Ltd. É Gerente da Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Carlos da Câmara Pestana, 72 anos de idade. É Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Itaú Europa, S.A. (Portugal). É membro do Conselho de Administração do Banco Itaú, S.A. (Brasil) e da Itaúsa Portugal, SGPS, S.A. É membro do Conselho de Gerência da Itaúsa Madeira – Investimentos, SGPS, Lda., da IPI – Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, Lda, da Itaú Europa, SGPS, Lda., e da Cashedge – Consultores e Serviços, Lda. Fernando Ulrich, 51 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 20 anos. É Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A. É Presidente do Conselho de Administração da BPI Fundos – Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., da BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., da BPI Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A., da BPI Capital Finance Limited, da BPI Global Investment Fund Management Company, S.A. e da Solo – Investimentos em Comunicação, SGPS, S.A. É membro do Conselho de Administração do Banco de Fomento, SARL, da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A., da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. e da InterRisco – Sociedade de Capital de Risco, S.A. É Administrador do Banco BPI Cayman, Ltd. É membro não-executivo do Conselho de Administração da Portugal Telecom, S.A. e da PT Multimédia, S.A. Ruy Octávio Matos de Carvalho, 71 anos de idade. É Presidente do Conselho Fiscal da EFACEC Capital, SGPS, S.A. É Vice-Presidente da Yura Internacional e da Vittoria Capital. É Vogal do Conselho de Administração da João Marques Pinto – Investimentos Imobiliários, S.A. Alfredo Costa Rezende de Almeida, 69 anos de idade. É Presidente do Conselho de Administração da ARCO TÊXTEIS – Empresa Industrial de Santo Tirso, S.A. e da ARCO FIO – Fiação, S.A. É Vice-Presidente do Conselho de Administração da ARCO TINTO – Tinturaria, S.A. É membro do Conselho de Administração da Fábrica do Arco – Recursos Energéticos, S.A. É Sócio-Gerente da Casa de Ardias – Sociedade Agrícola e Comercial, Lda. António Domingues, 47 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 14 anos. É membro do Conselho de Administração do Banco de Fomento, SARL, do BCI – Banco Comercial e de Investimentos, SARL (Moçambique), do BPI Capital Finance, Limited, da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A., da Digitmarket – Sistemas de Informação, S.A., da SIBS – Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. e da Unicre – Cartão Internacional de Crédito, S.A. António Farinha Morais, 52 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI na sequência da aquisição do antigo BFE em 1996. Anteriormente, exercia actividade profissional no BFE, desde 1978. É membro do Conselho de Administração da BPI Fundos – Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., e da BPI Global Investment Fund Management Company, S.A. Armando Costa Leite de Pinho, 69 anos de idade. É Presidente do Conselho de Administração da Arsopi – Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, S.A., da Arsopi – Holding, SGPS, S.A., da A.P. Invest, SGPS, S.A., da ROE, SGPS, S.A., e da Security, SGPS, S.A. É Vice-Presidente do Conselho de Administração da Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. É membro do Conselho de Administração da Plurimodos – Sociedade Imobiliária, S.A., da Pluricasas – Sociedade Imobiliária, S.A. e da Plurimodus Turismo, S.A. É Gerente da Arsopi – Thermal, Equipamentos Térmicos, Lda., da Tecnocon – Tecnologia e Sistemas de Controle, Lda., da Equitrade – Equipamentos e Tecnologia Industrial, Lda., da Acinox – Acessórios Inoxidáveis, Lda., da Viacer – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. e da IPA – Imobiliária Pinhos & Antunes, Lda. Caixa Holding, S.A. Sociedad Unipersonal – representada por Fernando Ramirez Mazarredo, 50 anos de idade. É Director-Geral Adjunto da Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona La Caixa. É Vice-Presidente do Conselho de Administração da MEFF Sociedad Holding de Productos Financieros 220 Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Derivados. É membro do Conselho de Administração da Societé Monegasque de Banque Privée, da Bolsa de Barcelona, da E-lacaixa, da Caixabank Banque Privée (Suisse), da Iberclear e da Bolsas y Mercados Españoles – Sociedad Holding de Mercados y Sistemas Financieros, S.A. É membro da Comissão Executiva e do Conselho de Administração de Gás Natural SDG, S.A. Isidro Fainé Casas, 61 anos de idade. É Director-Geral da Caixa de Ahorros y Pensiones de Barcelona “la Caixa”. É Presidente da Abertis Infraestructuras, S.A. É Vice-Presidente da Telefónica, S.A. É membro do Conselho de Administração da Caixa Holding, S.A. e da CaixaBank France. João Sanguinetti Talone, 80 anos de idade. Não desempenha funções de administração ou de fiscalização em outras sociedades. José Alberto Ferreira Pena do Amaral, 48 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 17 anos. É Presidente do Conselho de Administração da Eurolocação – Comércio e Aluguer de Veículos e Equipamentos, S.A. É membro do Conselho de Administração da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. e da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. É Gerente da BPI Locação de Equipamentos, Lda., e da BPI Rent – Comércio e Aluguer de Bens, Lda. Klaus Dührkop, 50 anos de idade. É Vice-Presidente Executivo da Allianz, AG. É membro do Conselho de Administração da RAS (Itália), da Lloyd Adriático (Itália), da Allianz Subalpina (Itália), da Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A., da Allianz Greece, da Assurances Federale (France) e da Koc Allianz (Turquia). Manuel Ferreira da Silva, 46 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 20 anos. É membro do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A., da Inter-Risco – Sociedade de Capital de Risco, S.A. e da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. Manuel Soares de Oliveira Violas, 45 anos de idade. É Presidente do Conselho de Administração da Violas – SGPS, S.A., da Cotesi – Companhia de Têxteis Sintéticos, S.A., da Solverde – Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, S.A., da Sociedade Imobiliária da Praia da Rocha, S.A., da I.I.I. – Investimentos Industriais e Imobiliários, S.A., da Corfi – Organizações Industriais Têxteis Manuel de Oliveira Violas, S.A. e do CLIP – Colégio Luso Internacional do Porto, S.A. Maria Celeste Hagatong, 51 anos de idade, exerce funções executivas no Grupo BPI há 18 anos. É membro do Conselho de Administração da BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, S.A. É membro não-executivo do Conselho de Administração do Banco Português de Investimento, S.A. e da CVP – Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A. Riunione Adriática di Sicurtá, representada por Diethart Breipohl, 64 anos de idade. É membro do Conselho de Supervisão da Allianz AG (München), da Beiersdorf AG (Hamburg), da Continental AG (Hannover), da Karstad Quelle (Essen), da Mg Tecnologies AG (Frankfurt) e da KM Europa Metal AG (Osnabrück). É membro do Conselho de Administração do Crédit Lyonnais (Paris), da Assurances Générales de France AGF (Paris), do Banco Popular Español (Madrid) e da Euler & Hermes (Paris). Roberto Egydio Setúbal, 49 anos de idade. É Vice-Presidente do Conselho de Administração, Director-Presidente, Director-Geral e membro do Comité Consultivo Internacional do Banco Itaú Holding Financeira, S.A. É Director-Presidente e Director-Geral do Banco Itaú, S.A. É Director Vice-Presidente Executivo da Itaúsa – Investimentos Itaú, S.A. É Presidente do Conselho de Administração e Director-Presidente do Banco Bemge, S.A., do Banco Beg, S.A., do Banco Banestado, S.A., do Itaú Banco de Investimento, S.A., da CIA Itauleasing de Arrendamento Mercantil, da Investimentos Bemge, S.A., da Itauint Participações Internacionais, S.A. e do Itaú Administradora de Consórcios, Lda. É Director Presidente do Banco Banerj, S.A., do Itaú Capitalização, S.A., da Itaú Previdência e Seguros, S.A., da Itaucard Financeira, S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento, do Banco Itaú Europa, S.A., do Itaú Bank, Ltd. e do Banco Itaú Buen Ayre, S.A. É Administrador da Itaúsa Portugal, SGPS, S.A. Tomaz Jervell, 59 anos de idade. É Presidente do Conselho de Gerência da Auto-Sueco, Lda. É Presidente do Conselho de Administração da Norbase, SGPS, S.A., da Auto-Sueco (Angola), SARL, da Auto-Sueco (Minho), S.A., da Soma, S.A., da Biosafe, S.A. e da Vellar, SGPS, S.A. É membro do Conselho de Gerência da Auto-Sueco (Coimbra), Lda. CORRESPONDÊNCIA ENTRE AS NORMAS E AS RECOMENDAÇÕES DA CMVM E RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DO BPI Natureza Capítulo Descritivo Regulamento Recomendação 0. DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO Indicação discriminada das recomendações da CMVM sobre governo das sociedades adoptadas ou não adoptadas 0. I. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO Organogramas relativos à repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos da sociedade no quadro do processo de decisão empresarial. 4. Lista das comissões específicas criadas na sociedade com indicação da sua composição e das suas atribuições 3.7. Descrição do sistema de controlo de riscos implementado na sociedade Descrição da evolução da cotação das acções do emitente 13.2. Descrição da política de distribuição de dividendos 14. Descrição das principais características dos planos de atribuição de acções e dos planos de atribuição de opções de aquisição de acções adoptados 7.3. Negócios realizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades do Grupo 11.7. Gabinete de Apoio ao Investidor – funções, tipo de informação disponibilizada e vias de acesso Sítio da sociedade na Internet Identificação do representante para as relações com o mercado 12.4. Indicação da composição da comissão de remunerações 3.7. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e sua rede 6.1. Descrição dos meios de salvaguarda da independência do auditor 6.2. Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto, nomeadamente que afastem o exercício do direito de voto por correspondência 9.1. Existência de um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência Possibilidade de exercício do direito de voto por meios electrónicos Antecedência exigida para o depósito ou bloqueio das acções para a participação na assembleia geral 9.1. Exigência de prazo que medeie entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data da realização da Assembleia Geral 9.4. Número de acções a que corresponde um voto 9.2. Existência de códigos de conduta dos órgãos da sociedade ou de outros regulamentos internos 3.3. e 11.1. Descrição dos procedimentos internos adoptados para o controlo de risco na actividade da sociedade 3.5. e 5. 3.5. e 5. 12.2. 12.3. II. EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO E REPRESENTAÇÃO DE ACCIONISTAS 9.4. 9.5. III. REGRAS SOCIETÁRIAS Medidas susceptíveis de interferir no êxito de ofertas públicas de aquisição (limites ao exercício dos direitos de voto, restrições à transmissibilidade de acções, acordos parassociais, etc.) 8. IV. ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO Órgão de Administração: distinção entre membros executivos e não-executivos e membros independentes e não independentes 3.3. Funções exercidas pelos membros do Órgão de Administração em outras sociedades Apêndice Existência de uma Comissão Executiva ou de outras comissões com competência em matéria de gestão, identificando os poderes e competências atribuídos a essas comissões e a sua composição 3.4. Delimitação de competências entre o Presidente do Órgão de Administração e o Presidente da Comissão Executiva 3.4. Lista de matérias vedadas à Comissão Executiva 3.4. Informação aos membros do Órgão de Administração relativamente às matérias tratadas e decisões tomadas pela Comissão Executiva 3.3. Lista de incompatibilidades definida internamente pelo Órgão de Administração 7.2. Número de reuniões do Órgão de Administração durante o exercício em causa 3.3. Descrição da política de remuneração, incluindo designadamente os meios de alinhamento dos interesses dos Administradores com o interesse da sociedade. 7.1. Indicação da remuneração auferida, distinguindo-se os Administradores Executivos dos não-executivos e a parte fixa da parte variável 7.2. Existência de comissões de controlo internas com atribuição de competências na avaliação da estrutura e governo societários. 3.9. Remuneração da Administração: formas de alinhamento dos interesses dos Administradores com os Accionistas e divulgação em termos individuais. 0., 7.1, 7.3. Independência dos membros da Comissão de Remunerações relativamente aos membros do Órgão de Administração 3.7. Proposta submetida à Assembleia Geral relativa à aprovação de planos de atribuição de acções e/ou de opções deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. 7.3. Investidores institucionais: utilização diligente, eficiente e crítica dos direitos inerentes aos valores mobiliários de que sejam titulares ou cuja gestão se lhes encontre confiada 10. Anexos | Relatório sobre o Governo do Grupo BPI 221 PUBLICAÇÕES, COMUNICAÇÕES E EVENTOS INSTITUCIONAIS EM 2004 Datas relevantes Calendário legal / / regulamentar Relatório e contas: Exercício de 2003 Brochura PDF Relatório Brochura e contas: 1º semestre PDF de 2004 Dividendos Assembleias Gerais Apresentação Comunicado 21 Abr. 04 Web site E-mail Telefone Presencialmente ou correio postal (www.ir.bpi.pt) [email protected] 22 607 33 37 Rua Tenente Valadim, 284, 4100-476 Porto Disponível para envio (página de contactos) Disponível por solicitação 20 Abr. 04 Comunicados 21 Abr. 04 Publicação até 30 de Setembro 20 Abr. 04 15/30 Set. 04 21/22 Abr., 21/22 Jul., 27/28 Out. 19 Mar. 04 Propostas Publicação 15 ou 30 dias (dependendo da proposta) antes da AGA Entre 19 Mar. e 5 Abr. Resultados da AG – 20 Abr. 04 Propostas 15 dias antes da AGA 5 Abr. 04 Anúncio 15 dias antes do Pagamento 21/30 Abr. De outras sociedades no capital do BPI Do BPI no capital de outras sociedades abertas Até 20 de Maio 2.º semana de Maio – – Disponível por solicitação Disponível por solicitação Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list – Disponível para envio (página de contactos) Disponível por solicitação Disponível Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list Disponível (em diferido) Página dedicada ao evento com: propostas, boletins de voto, minutas de cartas de representação, etc; disponível em português e inglês Página dedicada à distribuição de dividendos contendo: montantes, datas relevantes, informação fiscal, indicadores, etc; disponível em português e inglês – Maio / Junho Disponível (apresentação e comunicado) – Calendário de eventos disponível no site de RI Disponível – Disponível por solicitação Disponível por solicitação – – Disponível por solicitação – Acessível através de inscrição no serviço Endereço específico para apoio ao evento: [email protected] Linha dedicada de apoio ao evento: 22 607 33 33 - Envio de notícias sobre Dividendos para os subscritores da mailing list do site de RI; Elementos preparatórios da AGA: - Disponíveis na sede da sociedade e nas instalações do Banco BPI no Largo Jean Monnet, n.º 1 em Lisboa; – - Enviados por correio postal para todos os accionistas com mais de 5000 acções Contacto disponível para esclarecimentos - Endereço disponível para esclarecimentos (comunicado) Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Transmitidos ao mercado no dia em que ficam disponíveis No início de cada semestre Actualização permanente do calendário de eventos para o exercício em curso Assim que seja dado conhecimento ao BPI da ocorrência da alteração na sua estrutura accionista Disponível (incluíndo histórico) Disponível (eventos passados e futuros) Envio de notícias para os subscritores da mailing list do site de RI Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Disponível para as datas de fim de semestre e de exercício – Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação Até 3 dias após a data da transacção Disponível 1% do capital Até 5 dias após a data de transacção que gerou desde a o dever de comunicar última comunicação – 0.05% do capital numa só sessão Imediatamente Transacções de acções Banco BPI realizadas pelos Até 7 dias úteis após a transacção (ou nomeação) membros do Conselho de Administração – Cotações históricas, Gráficos, Calculador de Rendibilidade, etc Acção Banco BPI – Dívida / Rating – Responsabilidade Pública – 5 Abr. 04 (Relatório Anual) Disponível Notícias institucionais [de divulgação não obrigatória] – – Disponível (incluindo histórico) Actualização permanente Informação sobre o programa EMTN, acções preferenciais e relatórios de rating – Alerta de variação de preços e envio diário de um resumo da sessão Envio de notícias sobre Dívida para os subscritores da mailing list do site de RI Banco BPI | Relatório e Contas 2003 – – – Envio de notícias para os subscritores da mailing list do site de RI – Contacto para Endereço para assuntos sobre Dívida: [pagamento de assuntos sobre "Direcção Financeira - Mercado de Capitais, juros de emprésDívida: timos obrigaDívida; Largo Jean Monnet, 1 - 1269-067 Lisboa" 21 310 10 00 cionistas] Contactos disponíveis para esclarecimentos ou envio de informação 1) RAO – Relatório Anual On-line. 2) RGO – Relatório de Governo On-line. 3) No âmbito da apresentação dos resultados pela Comissão Executiva do Conselho de Administração do Banco BPI. 222 – Disponível por solicitação Publicação até Outras comunicações – – Mai. 04 1º e 3º Trim.: até 30 dias 21 Abr., 21 Jul., 27 Out. após o final do trim.; 2º Trim.: até 30/Set Convocatória 30 dias antes da AGA Factos Relevantes Disponível para envio (página de contactos) www.cmvm.pt Disponível por solicitação Disponível por pedido pontual ou por inscrição na mailing list – Mai. 04 Disponível – Webcast3 Conferência anual para analistas e investidores Outras apresentações institucionais Transacção de acções próprias Participações qualificadas Publicação até 30 dias após a AGA – Calendário de eventos institucionais Outras obrigações de reporte – Conference Call3 Pagamento Eventos Calendário 2004 (Datas previstas) Disponível RAO1 Governo do Brochura Grupo BPI: PDF Exercício de 2003 RGO2 Divulgação de Resultados Trimestrais Publicação até 30 dias após a AGA Website da CMVM Canais da Direcção de Relações com Investidores Contacto disponível para esclarecimentos – – Anexos Informação sobre participações no capital Participação dos membros do Conselho de Administração no capital da social do Banco BPI, S.A. Acções Membros do Conselho de Administração Detidas em 31.12.2002 Artur Santos Silva 739 756 Carlos da Câmara Pestana 300 000 Fernando Ulrich 283 047 Ruy Octávio Matos de Carvalho 120 092 Alfredo Costa Rezende de Almeida Opções Aumentos Diminuições 66 706 Detidas em 31.12.2003 Detidas em 31.12.2002 Aumentos Diminuições Detidas em 31.12.2003 806 462 231 031 432 576 663 607 205 530 384 849 590 379 300 000 59 346 342 393 120 092 1 680 000 1 680 000 Antonio Domingues 45 648 42 991 39 726 48 913 144 067 278 788 422 855 António Farinha Morais 26 291 29 087 10 000 45 378 67 938 157 576 225 514 5 881 962 0 68 604 145 455 214 059 Armando Costa Leite de Pinho 5 881 962 Diethart Breipohl 4 882 4 882 Fernando Ramirez Mazarredo 4 882 4 882 Isidro Fainé Casas 0 0 João Sanguinetti Talone 12 000 12 000 José Alberto Ferreira Pena do Amaral 58 731 Klaus Duhrkop 22 430 40 000 41 161 0 0 Manuel Soares de Oliveira Violas 31 686 Manuel Ferreira da Silva 37 749 23 365 5 000 56 114 83 147 151 516 234 663 Maria Celeste Hagatong 70 676 31 990 5 000 97 666 82 653 169 697 252 350 Roberto Egydio Setúbal Tomaz Jervell 31 686 0 0 8 541 8 541 ARTUR SANTOS SILVA – Em 23 de Abril de 2003, adquiriu, no âmbito do RVA 2002, 66 706 acções ao preço de €2.14. Em 23 de Abril de 2003, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2002, 432 576 opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de €0.33 e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de €2.14. CARLOS DA CÂMARA PESTANA – Não efectuou movimentos. A IPI – Itaú Portugal Investimentos, SGPS, Lda. adquiriu em bolsa: em 13 de Fevereiro de 2003, 104 067 acções ao preço de €2.08; e, em 25 de Abril de 2003, 7 600 000 acções ao preço de €2.20. Em 31 de Dezembro de 2003, a IPI – Itaú Portugal Investimentos, SGPS, Lda. detinha 122 323 944 acções. – Em 23 de Abril de 2003, adquiriu, no âmbito do RVA 2002, 59 346 acções ao preço de €2.14. acções ao preço de €2.14, das quais parte se encontra sob condição resolutiva. Vendeu em bolsa: em 29 de Abril de 2003, 5 000 acções pelo preço de €2.40; e, em 12 de Junho de 2003, 5 000 acções pelo preço de €2.69. Em 21 de Março de 2004 e 2005, ser-lhe-á transmitida a propriedade de 4 065 e 4 065 acções que lhe foram atribuídas sob condição suspensiva no âmbito do RVA 2001. Nas mesmas datas, ser-lhe-á transmitida a propriedade de 720 e 720 acções que subscreveu, no âmbito do RVA 2001 e sob condição suspensiva, no aumento do capital social ao preço de €1.75. Em 23 de Abril de 2003, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2002, 157 576 opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de €0.33 e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de €2.14. FERNANDO ULRICH Em 23 de Abril de 2003, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2002, 384 849 opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de €0.33 e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de €2.14. RUY OCTÁVIO MATOS DE CARVALHO – Não efectuou movimentos. ALFREDO COSTA REZENDE DE ALMEIDA – Não efectuou movimentos. Em 31 de Dezembro de 2003, as sociedades ARCO TÊXTEIS – Empresa Industrial de Santo Tirso, S.A. e ARCO FIO – Fiação, S.A., de que é Presidente do Conselho de Administração, e ARCO TINTO – Tinturaria, S.A., de que é Vice-Presidente do Conselho de Administração, detinham 1 888 540, 743 230 e 849 750 acções, respectivamente. ANTÓNIO DOMINGUES – Em 23 de Abril de 2003, adquiriu, no âmbito do RVA 2002, 42 991 acções ao preço de €2.14. Em 30 de Abril de 2003, vendeu em bolsa 39 726 acções ao preço de €2.41. Em 23 de Abril de 2003, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2002, 278 788 opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de €0.33 e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de €2.14. ANTÓNIO FARINHA MORAIS – Em 21 de Março de 2003, adquiriu 4 067 acções que lhe haviam sido atribuídas, sob condição suspensiva, no âmbito do RVA 2001 pelo preço de €2.58. Em 21 de Março de 2003, adquiriu 720 acções que havia subscrito, no âmbito do RVA 2001 e sob condição suspensiva, no aumento do capital social ao preço de €1.75. Em 23 de Abril de 2003, adquiriu, no âmbito do RVA 2002, 24 300 224 – Em 23 de Abril de 2003, transmitiu para as sociedades ROE, SGPS, S.A. e Security SGPS, S.A., ambas por si controladas directamente, 2 484 871 e 2 484 871 acções valorizadas em €2.29. Em 30 de Maio de 2003, transmitiu para a sociedade ROE, SGPS, S.A., 788 028 acções valorizadas em €2.41. Em 12 de Setembro de 2003 vendeu em bolsa 124 192 acções ao preço de €2.35. ARMANDO COSTA LEITE DE PINHO Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Em 31 de Dezembro de 2003, as sociedades Arsopi – Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, S.A., ROE, SGPS, S.A. e Security, SGPS, S.A., de que é Presidente do Conselho de Administração, detinham 2 248 271, 3 397 091 e 2 484 871 acções, respectivamente. DIETHART BREIPOHL – Não efectuou movimentos. Em 31 de Dezembro de 2003, a sociedade RAS International N.V., que o indicou para o Conselho de Administração do Banco BPI, S.A., detinha 65 659 233 acções. FERNANDO RAMIREZ MAZARREDO – Não efectuou movimentos. Em 25 de Abril de 2003, a Caixa Holding, S.A. Sociedad Unipersonal, que o indicou para o Conselho de Administração do Banco BPI, S.A., adquiriu 7 600 000 acções ao preço de €2.20. Em 18 de Junho de 2003 e em 31 de Outubro de 2003, a Caixa Holding, S.A. Sociedad Unipersonal alienou em favor da sua participada a 100% Catalunya de Valores – SGPS, Lda. 1 215 564 e 120 340 815 acções, respectivamente, ao preço de €2.18. Em 31 de Dezembro de 2003, esta sociedade detinha 121 556 379 acções. – É Director Central da Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona (“la Caixa”) que controla integralmente a Caixa Holding, S.A. Sociedad Unipersonal e, através desta sociedade, a Catalunya de Valores – SGPS, Unipersonal, Lda. ISIDRO FAINÉ CASAS Em 31 de Dezembro de 2003, o cônjuge Maria do Carmo Guedes de Oliveira detinha: 37 705 acções, das quais 13 085 lhe foram atribuídas em 23 de Abril de 2003 no âmbito do RVA 2002; e 129 990 opções de compra de acções, das quais 84 849 lhe foram atribuídas em 23 de Abril de 2003 no âmbito do RVA 2002. Não detém títulos. JOÃO SANGUINETTI TALONE – Não efectuou movimentos. – Em 23 de Abril de 2003, adquiriu, no âmbito do RVA 2002, 22 430 acções ao preço de €2.14. Em 30 de Abril de 2003, vendeu em bolsa 20 000 acções ao preço médio de €2.38. Em 12 de Junho de 2003, vendeu em bolsa 10 636, 4 364 e 5 000 acções aos preços de €2.65, €2.66 e €2.67, respectivamente. JOSÉ ALBERTO FERREIRA PENA DO AMARAL Em 23 de Abril de 2003, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2002, 145 455 opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de €0.33 e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de €2.14. KLAUS DÜHRKOP – Não detém títulos. MANUEL SOARES DE OLIVEIRA VIOLAS MARIA CELESTE HAGATONG – Em 21 de Março de 2003, adquiriu 4 944 acções que lhe haviam sido atribuídas sob condição suspensiva, no âmbito do RVA 2001 pelo valor unitário de €2.58. Em 21 de Março de 2003, adquiriu 877 acções que havia subscrito, no âmbito do RVA 2001 e sob condição suspensiva, no aumento do capital social ao preço de €1.75. Em 23 de Abril de 2003, adquiriu, no âmbito do RVA 2002, 26 169 acções ao preço €2.14. Em 7 de Maio de 2003, vendeu em bolsa 5 000 acções ao preço de €2.42. Em 21 de Março de 2004 e 2005, ser-lhe-á transmitida a propriedade de 4 946 e 4 946 acções que lhe foram atribuídas sob condição suspensiva no âmbito do RVA 2001. Nas mesmas datas, ser-lhe-á transmitida a propriedade de 876 e 876 acções que subscreveu, no âmbito do RVA 2001 e sob condição suspensiva, no aumento do capital social ao preço de €1.75. – Não efectuou movimentos. Em 31 de Dezembro de 2003, a sociedade Violas – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., detinha 21 681 062 acções. Em 23 de Abril de 2003, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2002, 169 697 opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de €0.33 e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de €2.14. – Em 23 de Abril de 2003, adquiriu, no âmbito do RVA 2002, 23 365 acções ao preço de €2.14. Em 14 de Junho de 2003, vendeu em bolsa 5 000 acções ao preço de €2.66. ROBERTO EGYDIO SETÚBAL Em 23 de Abril de 2003, foram-lhe atribuídas, no âmbito do RVA 2002, 151 516 opções de compra de acções. O custo de cada opção foi de €0.33 e o preço das acções a, eventualmente, adquirir é de €2.14. Em 31 de Dezembro de 2003, as sociedades Norsócia, SGPS, S.A. e Auto Maquinaria Tea Aloya, SL, de cujos Conselhos de Administração faz parte, detinham 6 018 395 e 6 037 256 acções, respectivamente. MANUEL FERREIRA DA SILVA TOMAZ JERVELL – Não detém títulos. – Não efectuou movimentos. Anexos | Informação sobre participações no capital 225 O RVA (programa de remuneração variável em acções) é um esquema pelo qual uma parcela da remuneração variável dos Administradores Executivos e de Colaboradores do Grupo BPI é satisfeita em acções BPI e em opções de compra de acções BPI. O RVA abrange a Comissão Executiva do Banco BPI e o Conselho de Administração do Banco Português de Investimento assim como todos os Colaboradores cuja remuneração variável anual seja igual ou superior a 2 500 euros. A parcela da remuneração variável individual que corresponde ao RVA oscila entre 10% e 50%, sendo a percentagem tanto maior quanto maior for o nível de responsabilidade do Administrador ou Colaborador: Presidente e Vice-Presidente da Comissão Executiva do Banco BPI 50% Outros Administradores da Comissão Executiva do Banco BPI 40% Outros Administradores do Banco Português de Investimento 35% Directores Centrais 30% Directores Coordenadores 25% Directores 20% Directores Adjuntos e Subdirectores 15% Outros Colaboradores 10% O RVA contempla duas modalidades: atribuição de acções BPI e atribuição de opções de compra de acções BPI. No RVA 2001 e no RVA 2002, cada modalidade representou cerca de metade da atribuição individual; no RVA 2003, o Administrador ou Colaborador pode optar, na repartição acções / opções, pelas proporções 50% / 50%, 75% / 25% ou 100% / 0%. As acções atribuídas no âmbito do RVA ficam disponíveis para o beneficiário de uma forma gradual: 25% no momento da atribuição e 25% nos finais de cada um dos três anos seguintes. As acções atribuídas no âmbito do RVA 2001 ficaram sujeitas a condição resolutiva (a transmissão da propriedade foi integralmente efectuada na data da atribuição) ou a condição suspensiva (a transmissão da propriedade faz-se à medida que as acções ficam disponíveis), consoante opção do beneficiário. As acções atribuídas no âmbito do RVA 2002 e do RVA 2003 ficaram sujeitas a condição resolutiva. As opções de compra de acções são exercíveis entre o primeiro e o quinto anos a contar da data da atribuição. Os Administradores e Colaboradores que tenham sido abrangidos pelo RVA e que se encontrem a exercer funções em empresas do Grupo BPI podem recorrer a financiamento com a finalidade exclusiva de aquisição de acções do Banco BPI em resultado do exercício de opções atribuídas no âmbito daquele programa. Os financiamentos individuais concedidos ao abrigo desta linha de crédito satisfazem, entre outras as seguintes regras: Montante disponibilizado: até 75% do montante correspondente ao valor de mercado das acções. Prazo: quatro anos a contar da data da utilização do crédito. Taxa de juro: Euribor a 12 meses, acrescida de um “spread” de 0,75 pontos percentuais. Garantia: penhor sobre as acções adquiridas em consequência do exercício das respectivas opções. Participação dos membros do Conselho Fiscal no capital da social do Banco BPI, S.A. Acções Membros do Conselho Fiscal Detidas em 31.12.2002 Aumentos Diminuições Detidas em 31.12.2003 Jorge Figueiredo Dias 0 0 José Ferreira Amorim 4 980 000 4 980 000 0 0 Magalhães, Neves & Associados JORGE FIGUEIREDO DIAS – Não detém títulos. JOSÉ FERREIRA AMORIM – Não efectuou movimentos. MAGALHÃES, NEVES 226 & ASSOCIADOS – Não detém títulos. Banco BPI | Relatório e Contas 2003 Informações gerais DIRECÇÃO DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES Rua Tenente Valadim, 284 4100-476 Porto Telefone: 22 607 33 37 Telecópia: 22 600 47 38 E-mail: [email protected] WEBSITE INSTITUCIONAL DO GRUPO BPI – www.ir.bpi.pt Site na Internet, disponível em português e em inglês, utilizado pelo BPI para difundir informação de natureza institucional acerca do Grupo, como seja: documentos preparatórios da realização de Assembleias Gerais de Accionistas, comunicados emitidos (incluindo os de divulgação de resultados), apresentações, informação sobre dividendos e sobre a acção do Banco BPI, etc. Serviços aos accionistas e investidores Toda a informação pública sobre o Grupo BPI está disponível junto da Direcção de Relações com Investidores e pode ser solicitada através de uma das formas de contacto acima referidas, ou através do preenchimento e envio do destacável abaixo. Edições electrónicas O presente relatório e outras publicações editadas pelo Banco BPI estão disponíveis em www.ir.bpi.pt para download no formato PDF. Também podem ser obtidas mediante solicitação à Direcção de Relações com Investidores. Publicações O Banco BPI publica, para além do relatório e contas anual, um relatório e contas semestral e procede à divulgação trimestral dos seus resultados e actividade. Endereço dos membros dos órgãos sociais do Banco BPI Para todos os efeitos decorrentes do exercício dos mandatos dos órgãos sociais do Banco BPI, S.A., a morada dos membros daqueles órgãos é: Rua Tenente Valadim, 284 4100-476 Porto INFORMAÇÃO SOBRE AS ACÇÕES BANCO BPI Em 31 de Dezembro de 2003, o capital social do Banco BPI, S.A. é representado por 760 000 000 acções ordinárias, nominativas e escriturais, com o valor nominal de 1 euro (um euro) cada. As acções do Banco BPI estão cotadas no Mercado de Cotações Oficiais da Euronext Lisboa. Códigos e Tickers ISIN e Euronext code: PTBPI0AM004 Reuters: BPIN.IN Bloomberg: BPIN PL Informação pretendida: Enviar para: Relatório e Contas anual (correio) Empresa: Relatório e Contas anual (e-mail) Nome: Relatório e Contas semestral (e-mail) Divulgação Trimestral de Resultados (e-mail) Morada: Outra (especifique, por favor) E-mail: Anexos | Informação sobre participações no capital e Informações gerais 227 BANCO BPI, S.A. Sociedade com o capital aberto ao investimento do público Pessoa Colectiva n.º 501 214 534 Matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto, sob o n.º 35 619 Sede: Rua Tenente Valadim, n.º 284, 4100-476 Porto, PORTUGAL Capital Social: 760 000 000 euros