SHEILA MIRANDA LEO FERREIRA
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SHEILA MIRANDA LEO FERREIRA
SHEILA MIRANDA LEÃO FERREIRA FUNGOS CONIDIAIS ASSOCIADOS À DECOMPOSIÇÃO DA SERAPILHEIRA NA SERRA DO RAMALHO, BAHIA, BRASIL. FEIRA DE SANTANA 2009 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA FUNGOS CONIDIAIS ASSOCIADOS À DECOMPOSIÇÃO DA SERAPILHEIRA NA SERRA DO RAMALHO, BAHIA, BRASIL. SHEILA MIRANDA LEÃO FERREIRA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Botânica, Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Botânica. Orientador: Prof. Dr. Luís Fernando Pascholati Gusmão (UEFS). FEIRA DE SANTANA 2009 ii iii “Teremos de encarar as espécies do modo que aqueles naturalistas encaram os gêneros, admitindo que não passem de combinações artificiais, arranjados em função da conveniência. Pode não ser uma perspectiva das mais animadoras, mas há de servir pelo menos para nos libertar da inglória pesquisa relativa à indecifrável essência da palavra espécie. A distinção entre espécie e variedades é que estas últimas são interligadas por gradações intermediárias enquanto as espécies o eram outrora”. (Charles Darwin) “Dedico a todo cidadão que, mesmo sem o saber, vem custeando toda minha formação acadêmica”. iv AGRADECIMENTOS ∞ À Deus (ou ao acaso aos que preferirem - risos) pela oportunidade de conhecer um pouco da beleza e diversidade dos fungos conidiais. ∞ Aos meus queridos pais Manoel da Silva Leão e Dulcina Miranda Leão por todo apoio e carinho com que me cercaram em todos os momentos de minha existência. ∞ Aos irmãos, irmã, cunhados, cunhadas e sobrinhos pela compreensão por minha ausência em muitos momentos familiares. ∞ Aos amigos cuja saudade e torcida sempre me estimularam durante esta caminhada e em especial Agda Rocha, Ana Jôse Santos, André Costa, Danyelle Araújo, Dênia Kieronski, Edilton Santos, Josimeire Silva, Raniva Gomes, Ronald do Nascimento, Rosângela Marques, Sabrina Lambert, Vinina Silva e Valdiceia Bispo. ∞ Ao Esp. Cristiano Uzêda Texeira pela confecção do mapa com os pontos de coleta na Serra do Ramalho. ∞ À Adriana Estrela, Gardênia Aires e Helton Carneiro pelas orientações junto à secretaria da Pós-Graduação. ∞ A Giselie Rocha pelas fotomicrografias que me ajudaram a reconhecer pequenos detalhes fundamentais às identificações. ∞ Aos professores e colegas da Pós-Graduação que muito somaram à minha formação durante as disciplinas. ∞ À família LAMIC: Dalila Souza e Tasciano Santa Izabel pela amizade e o inesquecível Congresso; Alisson Cruz, Flávia (Flavícola) Barbosa e Marcos (Marquito) Marques pelas orientações micológicas desde minha iniciação científica; Venício Moraes pelo apoio no cultivo de “nossos fungos”; Carolina Azevedo e Emília Valente pelos papos sérios e amizade; e a Davi, Emerson, Jacqueline, Matheus, Thiago, Hermeson e Paulo pelas boas risadas nos momentos de descontração. ∞ À CAPES e a UEFS pela concessão da bolsa. ∞ Aos companheiros de coleta (inesquecíveis) Sr. Edson, que nos guiou com muita tranqüilidade e “sem emoção”; Edgar Alvim, nossa bússola humana, pelas fotos; Maria Alice com sua tranqüilidade; e ao querido v Jorge Dias, a quem dedico o meu respeito enquanto ser humano, educador e amigo. ∞ Ao pesquisador Dr. Rafael F. Castañeda Ruiz pela confirmação da identificação de algumas espécies. ∞ Aos pesquisadores Dr. Chun J. Wang, Dr. Jin L. Chen, Dr. Sayanh Somrithipol, Dra. Sharon A. Cantrell, Dr. Tsuneo Watanabe, Dr. Uwe Braun e Msc. Priscila da Silva pela gentileza e rapidez com que enviaram os artigos solicitados, que muito auxiliaram na realização deste trabalho. ∞ Ao meu amado esposo Vitor Duarte Ferreira por estar sempre ao meu lado, ajudando-me nos momentos de estresse, fazendo-me sorrir e iluminando os meus dias. ∞ Ao “Mestre”, Prof. Dr. Luís Fernando P. Gusmão, a quem sou indescritivelmente grata por me apresentar os fungos conidiais, por me ensinar com paciência a perceber o “imperceptível”, pela tranqüilidade nos meus momentos de ansiedade, pela competência que me deu muita segurança, pelas brincadeiras e companheirismo que fazem dele muito mais do que um orientador. vi SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS………………………………..…………..……..............……..x LISTA DE QUADROS......................……………………..…………..........…...…xii LISTA DE TABELAS….......................…………………..…………..........…...…xiii INTRODUÇÃO...................…………………………..………….….......….......….15 1. INTRODUÇÃO GERAL.................................................................................15 1.2. REFERENCIAL TEÓRICO.........…………….…………….………..…......…20 1.2.1. Fungos conidiais...........................……................................................…20 1.2.2. Nomenclatura e Taxonomia dos fungos conidiais.................................. 21 1.2.3. Sistematização dos fungos conidiais...................................................…22 1.2.4. Estruturas reprodutivas............................................................................26 1.2.4.1. Conidióforos..........................................................................................26 1.2.4.2. Células conidiogênicas.........................................................................27 1.2.4.3. Conídios................................................................................................28 1.2.5. Conidiogênese.........................................................................................29 1.2.6. Estudo dos fungos conidiais.................................................................…30 1.3. ÁREA DE ESTUDO....................................................................................33 1.4. MATERIAL E MÉTODOS...........................................................................36 1.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................38 CAPÍTULO I: Fungos conidiais da Caatinga. Novos registros para o Continente Americano e América do Sul ……….................................................................48 RESUMO…………………………………………………………………..…...48 ABSTRACT...............................................................................................50 INTRODUÇÃO……..………...…………………………………………..........51 MATERIAL E MÉTODOS…….………………………………….……..….….51 RESULTADOS E DISCUSSÃO……….……………………………………..52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS….……………..…………………….…64 CAPÍTULO II: Rhexolobulomyces gen. nov., a new conidial fungi from the semiarid Caatinga biome of Brazil.............................................................................67 RESUMO………………………………………………………….....…….…...67 vii ABSTRACT...............................................................................................69 INTRODUÇÃO……..………....……………………….......…………….........69 MATERIAL E MÉTODOS…….………………………………….……..……..70 TAXONOMIA.............................……….……………………………………..70 LITERATURA CITADA..…...................…………....................………….…76 CAPÍTULO III: New species of Arachnophora, Diplococcium and Hermatomyces from semi-arid Caatinga biome of Brazil………………………..77 RESUMO………………………………………………….......................…....77 ABSTRACT...............................................................................................78 INTRODUÇÃO……..……...……………………………………………..........78 MATERIAL E MÉTODOS…….………………………………….……..….....79 RESULTADOS .........................……….……………………………………..79 REFERÊNCIAS ..............................….………………………………….…..82 CAPÍTULO IV: Fungos conidiais da Caatinga. Endophragmiella tubercullata anam. sp. nov. e novos registros do gênero para o Brasil.................................90 RESUMO………………………………………………………………......…...90 ABSTRACT...............................................................................................91 INTRODUÇÃO……..………...……………………………………………......91 MATERIAL E MÉTODOS…….……………………………….……..…….....92 PARTE TAXONÔMICA………..……….……………………………………..92 REFERÊNCIAS……………………..….…………………………………...…95 CAPÍTULO V: Vanakripa inexpectata anam. sp. nov., a new conidial fungi from the semi-arid caatinga biome of Brazil................................…...................99 RESUMO………………………………………………………………….…….99 ABSTRACT.............................................................................................101 INTRODUÇÃO……..…………………………………………………….......101 MATERIAL E MÉTODOS…….……………………………….……..….......102 RESULTADOS………………………….………………………………........102 DISCUSSÃO………………………………………………………………….103 LITERATURA CITADA……………..….……………………………............105 viii CAPÍTULO VI: Fungos conidiais da Caatinga. Spegazzinia flabellata anam. sp.nov. e o primeiro registro de Dictyoarthrinium para a o Brasil....................110 RESUMO………………………………………………………………......….110 ABSTRACT.............................................................................................111 INTRODUÇÃO……..……….....…………………………………….............111 MATERIAL E MÉTODOS…….……………………………….……......…...112 PARTE TAXÔNOMICA............……….……………………...……….…....112 REFERÊNCIAS...............................….………………………….…….…...114 CONCLUSÕES GERAIS.................................................................................118 RESUMO……………………………………..……….......................………...…..119 ABSTRACT………………………….........................................................….....120 ANEXOS..........................................................................................................121 ix LISTA DE FIGURAS 1. INTRODUÇÃO GERAL FIGURA 1. Semi-árido brasileiro antes e após atualização..............................17 FIGURA 2. Mapa das ecorregiões da Caatinga, destacando a Serra do Ramalho (seta)..................................................................................................18 FIGURA 3. Mapa das áreas prioritárias para conservação da Caatinga, destacando a Serra do Ramalho (seta).............................................................19 1.3. ÁREA DE ESTUDO FIGURA 4. Municípios onde foram realizadas as coletas................................ 33 FIGURA 5. Imagens da Serra do Ramalho...................................................... 34 1.4. MATERIAL E MÉTODOS FIGURA 6. Técnica de lavagem, secagem e câmara-úmida............................36 CAPÍTULO I FIGURAS 1-2. Dendryphiosphaera taiensis Lunghini & Rambelli.....................67 FIGURAS 3-5. Helicosporium nizamabadense P.Rag. Rao & D. Rao..............67 FIGURAS 6-9. Luzfridiella insignus R.F. Castañeda & W.B. Kendr..................67 FIGURAS 10-11. Memnoniella levispora Subram.............................................67 FIGURAS 12-14. Periconia jabalpurensis D.P. Tiwari & P.D. Agrawal.............67 FIGURAS 15-16. Pseudopetrakia kambakkamensis (Subram.) M.B. Ellis........67 FIGURAS 17-18. Sadasivania girisa Subram....................................................67 CAPÍTULO II FIGURAS 1-6. Rhexolobulomyces pulcher S. M. Leão & Gusmão anam. gen. et sp. nov...............................................................................................................75 FIGURAS 7-8. Rhexolobulomyces pulcher S. M. Leão & Gusmão anam. gen. et sp. nov...............................................................................................................76 x CAPÍTULO III FIGURAS 1-6. Arachnophora polybrachiata S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov.....................................................................................................................89 FIGURAS 7-15. Diplococcium multiseptatum S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov.....................................................................................................................89 FIGURAS 16-20. Hermatomyces uniseriatus S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov.....................................................................................................................90 CAPÍTULO IV FIGURAS 1-7. Endophragmiella tubercullata S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov.....................................................................................................................98 FIGURAS 8-10. Endophragmiella collapsa (B. Sutton) S. Hughes ...........................................................................................................................99 FIGURAS 11-13. Endophragmiella dimorphospora (Awao & Udagawa) S. Hughes...............................................................................................................99 CAPÍTULO V FIGURA 1 (a-d). Vanakripa inexpectata S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov...................................................................................................................108 FIGURA 2 (a-g). Espécies de Vanakripa Bhat, W.B. Kendr. & Nag Raj....................................................................................................................109 CAPÍTULO VI FIGURAS 1-5. Spegazzinia flabellata S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov...................................................................................................................116 FIGURAS 6-9. Dictyoarthrinium sacchari (J.A. Stev.) Damon.........................117 xi LISTA DE QUADROS 1.2. REFERENCIAL TEÓRICO QUADRO 1. Estruturas de reprodução em Agonomycetes, Coelomycetes e Hyphomycetes...................................................................................................23 QUADRO 2. Divisão dos fungos conidiais em ordens de acordo com Saccardo............................................................................................................23 QUADRO 3. Divisão em famílias segundo Saccardo........................................24 QUADRO 4. Divisão dos fungos conidiais em secções proposta por Saccardo............................................................................................................25 QUADRO 5. Esquema proposto por Ellis......................................................... 26 QUADRO 6. Caracteres morfológicos de conídios em hifomicetos..................28 xii LISTA DE TABELAS CAPÍTULO II TABELA 1: Synoptic table of related genera with Rhexolobulomyces..............72 CAPÍTULO III TABELA 1: Synoptic characteristics for accepted Arachnophora species........86 TABELA 2: Synoptic characteristics for accepted Diplococcium species…………………………………………………….…………………………..87 TABELA 3: Synoptic characteristics for accepted Hermatomyces species...............................................................................................................88 CAPÍTULO IV TABELA 1: Sinopse das espécies próximas de Endopragmiella tubercullata........................................................................................................94 CAPÍTULO V TABELA 1: Synoptic characteristics for accepted Vanakripa species……………………………………………………………………………….107 CAPÍTULO VI TABELA 1: Sinopse das espécies próximas de Spegazzinia flabellata (conídios tipo b lobados).................................................................................................113 xiii Este trabalho está baseado no Código Internacional de Nomenclatura Botânica, Código de Saint Louis (McNeill et al., 2007). Com base nos critérios previstos nos artigos 29-31 do mesmo, considera-se o presente trabalho uma publicação não efetiva e não válida para fins de prioridade taxonômica e nomenclatural. xiv Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 1. INTRODUÇÃO 1.1. INTRODUÇÃO GERAL Por meio de análises filogenéticas moleculares Hibbett et al. (2007), apresentaram uma nova reestruturação para o Reino Fungi, tendo seus representantes distribuídos em oito filos: Blastocladiomycota, Chytridiomycota, Glomeromycota, Microsporidia, Neocallimastigomycota, Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota, estes dois últimos formando um subreino (Dikarya). Apesar das crescentes evidências moleculares de que os fungos constituem um grupo natural (CARLILE & WATKINSON, 1997), ainda permanece uma instabilidade nas relações filogenéticas entre os filos. Chytridiomycota e Zygomycota, por exemplo, são considerados polifiléticos (ROCHA, 2006; TRUFEM et al., 2006), sendo Blastocladiomycota (JAMES et al., 2006) e Neocallimastigomycota (HIBBETT et al., 2007) segregados de Chytridiomycota e Glomeromycota (SCHÜßLER et al., 2001), que engloba as micorrizas arbusculares, segregado do filo Zygomycota. As ordens tradicionalmente incluídas neste último filo, ainda permanecem com posição “insertae sedis” (HIBBETT et al., 2007). Para estes autores, linhagens como os filos Chytridiomycota e Zygomycota foram as que sofreram as modificações mais dramáticas. Os demais filos, reconhecidamente monofiléticos, em especial os Ascomycota e Basidiomycota, foram tratados como o subfilo Dikaryomycota por Schüßler et al. (2001), e em Hibbett et al. (2007) foram apresentados como o subreino Dikarya. Entretanto, mesmo diante do avanço das pesquisas moleculares, e as diversas nomenclaturas utilizadas, o que realmente importa é que os fungos se mantiveram em um Reino à parte ora definido como grupo irmão do Reino Animalia, com o qual compartilha um ancestral comum (NIKOH et al., 1994). De acordo com Alexopoulos et al. (1996), o Reino Fungi comporta organismos eucarióticos, com nutrição absortiva, que geralmente se reproduzem sexual e assexuadamente pela produção de esporos. Apresentam estruturas somáticas, frequentemente filamentosas e ramificadas, as hifas, constituídas por uma parede celular composta, principalmente, por ß-glicano e quitina. Constituem um grupo de organismos abundante e morfologicamente diverso (HEREDIA et al., 2000), desempenhando, na qualidade de decompositores, papel fundamental nos ecossistemas terrestres e aquáticos, onde vivem como sapróbios, parasitas de plantas, animais e outros fungos ou em simbiose (WHITTAKER, 1969). 15 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Os fungos conidiais constituem parte de uma classificação artificial, com o propósito de agrupar representantes das fases assexuais dos Filos Ascomycota e Basidiomycota (KIRK et al., 2001). Sapróbios por excelência, esses fungos apresentam papel relevante na reciclagem de nutrientes nos ecossistemas (GRANDI, 1999b), determinando a imobilização e mineralização de nutrientes e, consequentemente, favorecendo a produtividade primária (KNOPS et al., 2001). A importância destes organismos não se limita à sua atuação no equilíbrio ecológico, através da decomposição de restos orgânicos e como reguladores de populações fitopatógenas, mas também pelo potencial de produzir enzimas e metabólitos secundários importantes nas diversas indústrias farmacológicas e alimentícias, entre outras (HEREDIA-ABARCA et al., 2004). Os fungos conidiais podem ser encontrados nos mais variados ambientes como lagos, rios, oceanos e, principalmente, no ambiente terrestre, onde os substratos são abundantes (MOORELANDECKER, 1990), destacando-se a serapilheira composta por restos vegetais como cascas, flores, folhas, frutos e galhos. A serapilheira acumulada sobre o solo constitui um compartimento ativo e vital do ecossistema, influenciando e regulando muitos de seus processos funcionais (LOPES et al., 1990), apresentando-se ainda como um reservatório natural para pesquisas de fungos conidiais. O semi-árido brasileiro está localizado quase exclusivamente no Nordeste do país, com aproximadamente 970 mil Km2, (Ministério da Integração Nacional, 2005) (Figuras A e B). A Caatinga constitui o tipo de vegetação mais característico dessa região (COSTA et al., 2002) e o domínio desse bioma abrange cerca de 900 mil Km2, correspondendo aproximadamente a 54% da região Nordeste e 11% do território brasileiro, envolvendo áreas dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, o sudoeste do Piauí, partes do interior da Bahia e do norte de Minas Gerais (ANDRADE et al., 2005). A Caatinga apresenta atributos abióticos particulares com um período seco prolongado, que pode se estender por vários meses, e uma estação chuvosa curta, irregular e mal distribuída ao longo do ano (COSTA et al., 2002). Inserida na região semi-árida, mais precisamente na ecorregião da Depressão Sertaneja Meridional (Fig. 2), Região do Médio São Francisco, a Serra do Ramalho (13º30’S; 44º15’W) apresenta características físicas típicas do sertão nordestino constituído, segundo Barbosa et al. (2006), por uma extensa área com solos em geral rasos e pedregosos, com muitos rios temporários e baixo índice pluviométrico. 16 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... O presente trabalho foi realizado com o objetivo de desenvolver o primeiro estudo taxonômico de fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na Serra do Ramalho, Bahia, erigida entre as 27 áreas (Fig. 3) de extrema importância biológica (VELLOSO et al., 2002) e estabelecida pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semi-árido (PPBio) como uma das áreas para estudo da biodiversidade do semi-árido brasileiro. A B Figura 1. Mapas comparando a área do semi-árido antes (A) e após (B) 2005 (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2005). 17 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Fig. 2. Mapa das ecorregiões da Caatinga, destacando a Serra do Ramalho (seta) (Fonte: VELLOSO et al., 2002). 18 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Fig. 3. Mapa das áreas prioritárias para conservação da Caatinga, destacando a Serra do Ramalho (seta) (Fonte: VELLOSO et al., 2002). 19 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 1.2. REFERENCIAL TEÓRICO 1.2.1. Fungos Conidiais Os fungos conidiais são, em geral, microscópicos que se reproduzem por mecanismos assexuais. De acordo com Moore-Landecker (1990), esses fungos podem apresentar, dentro dos mecanismos assexuais, o ciclo parassexual que é uma seqüência que envolve formação de uma fase heterocariótica, a diploidização nuclear, apresentando número desigual de cromossomos originados da não disjunção durante a anáfase, e retorno à condição haplóide. A haploidização somática ocorre, provavelmente, como resultado de perdas sucessivas de cromossomos, não por meiose, como ocorre na reprodução sexuada (KENDRICK, 1992). O ciclo parassexual é extremante importante nos fungos que se reproduzem apenas assexuadamente, pois o resultado é muito similar ao do processo sexual (PONTECORVO, 1956) e pode até mesmo substituir a reprodução sexual convencional (HENNEBERT, 1992), garantindo assim, a variabilidade genética. Esses fungos podem ser referidos na literatura como fungos anamórficos, imperfeitos, mitospóricos ou ainda deuteromicetos (PFENNING, 1996; GRANDI, 1999b), relacionando-os ao estado assexual, representado pela formação de um esporo assexual denominado conídio. Entretanto, nenhuma dessas terminologias reflete uma categoria taxonômica, e para Sutton (1992) nenhuma denominação é de fato satisfatória. Os fungos conidiais representam as fases assexuais de organismos pertencentes aos filos Ascomycota, em sua maioria, Basidiomycota e muitos outros fungos dos quais se desconhece a fase sexuada (SUTTON, 1980; PFENNING, 1996; GRANDI, 1999a). Alguns autores consideram que entre estes fungos estão ainda presentes representantes da fase assexual de Chytridiomycota (SUTTON, 1992) e Zygomycota (GUARRO et al., 1999). Os fungos conidiais compreendem aproximadamente 2.900 gêneros e 16.000 espécies (KIRK et al., 2001), os quais mantêm um desenvolvimento evolutivo independente do seu estado sexual e, acredita-se, que alguns deles perderam a capacidade de reprodução sexuada (KENDRICK, 1992; KIRK et al., 2001). O número de espécies conhecidas com os estados sexuais (teleomorfos) e assexuais (anamorfos) relacionados ainda é considerado pequeno (HERRERA & ULLOA, 1998). Segundo KENDRICK (1992), apenas 10-15% dos fungos conidiais estão conectados à sua fase sexual. A relevância destas conexões está em suas implicações filogenéticas (HEREDIA-ABARCA et al., 2004), sendo utilizado o termo 20 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... “holomorfo” (teleomorfo + anamorfo) para se referir ao ciclo de vida do fungo em toda sua plenitude (GUERRERO & SILVEIRA, 1996). Contudo, para Reynolds (1992), a diversidade holomórfica é encontrada em três ciclos de vida básicos: o holomorfo meiótico conhecido apenas pelo estado reprodutivo sexual, o holomorfo mitótico conhecido apenas pelo estado mitótico e o holomorfo pleomórfico conhecido por ambos estados, sexual (teleomorfo) e assexual (anamorfo). Para Hennebert (1992), a presunção de que todo fungo assexual deve incluir em suas potencialidades uma reprodução meiótica é equívoca e apresenta repercussões significativas na tarefa de nomear e classificar estes fungos. Isso se torna mais evidente ao se considerar os fungos conidiais conhecidos apenas em seu estado assexual. 1.2.2. Nomenclatura e taxonomia dos fungos conidiais Para Sutton (1992), a nomenclatura e o agrupamento artificial dos fungos conidiais em categorias taxonômicas não teria o mesmo status nomenclatural dado aos fungos sexuais, uma vez que seus componentes provêm de várias origens. Sua nomenclatura segue as orientações do artigo 59 do Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB) (McNEILL et al., 2007). De acordo com Hennebert (1992), a supremacia e proteção dadas ao nome do teleomorfo, no Artigo 59 do CINB, em detrimento do nome anamórfico constitui um erro que dificulta a classificação natural e está fundamentada na crença de que a sexualidade representa um “status” superior. Até o presente, o CINB mantém o uso de uma nomenclatura independente entre fungos anamórficos e sua fase teleomorfa (McNEILL et al., 2007). Esta decisão é fortemente influenciada pelo fato destas fases se desenvolverem em tempos e substratos distintos, por causa do pequeno número de espécies conectadas aos seus teleomorfos e pela inexistência de uma relação direta entre gêneros de fungos assexuais e gêneros correspondentes em estados sexuais (KENDRICK, 1992). De acordo com Guarro et al. (1999), o advento da taxonomia molecular trouxe à tona a discussão sobre a manutenção da nomenclatura dupla destes fungos, considerada estritamente necessária por alguns micologistas. Todavia, de acordo com Barnett & Hunter (1998), em virtude da necessidade de reconhecer suas identidades, com base em seu estado conidial ou não-sexual, esses fungos vêm sendo identificados, levando em consideração que apenas o nome científico do 21 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... estado sexual constitui a designação taxonômica válida, enquanto o nome dado à entidade assexual vem sendo mantido para uso convencional. As determinações e orientações do CINB, por sua vez, não solucionam a problemática nomenclatural de que teleomorfos relacionados geneticamente podem ter anamorfos distintos, bem como gêneros de anamorfos podem estar relacionados à teleomorfos de diferentes categorias (HOLUBOVÁ-JECHOVÁ, 1990). Seifert (1992) cita Acremonium Link, Phoma Sacc. e Verticillium Nees como exemplos de gêneros anamorfos associados a muitos gêneros teleomorfos, assim como Cordyceps (Fr.) Link, Mycosphaerella Johanson e Nectria (Fr.) Fr. como gêneros teleomorfos associados à muitos gêneros anamorfos. Além disso, existem os fungos que, aparentemente, perderam sua capacidade de reprodução sexual, dificultando ainda mais o seu posicionamento entre táxons determinados por caracteres sexuais (KIRK et al., 2001; SEIFERT & GAMS, 2001). 1.2.3. Sistematização dos fungos conidiais Como os fungos conidiais não possuem uma classificação natural, estes costumam ser reunidos em classe, gênero e espécie para a sistematização de sua identificação e nomenclatura. O que, segundo Mercado-Sierra (1984), dispensa um ordenamento sistemático tradicional. Em virtude disto e com base na morfologia de estruturas de reprodução assexuada (Quadro 1), estes fungos costumam ser subdivididos em três grupos: Agonomycetes, Coelomycetes e Hyphomycetes (KIRK et al., 2001). Nos Agonomycetes estão os fungos que não apresentam conídios. Produzem, por sua vez, clamidósporos, esclerócios e outras estruturas somáticas de resistência (KIRK et al., 2001). Nos Coelomycetes ocorre a produção de conídios em acérvulos ou picnídios, freqüentemente desenvolvidos sob o substrato vegetal, subcuticular ou intra-epidermal (KENDRICK, 1992). Os acérvulos se caracterizam pela presença de conidióforos curtos e fortemente agregados, originados de hifas estromáticas pulvinadas. Os picnídios se apresentam em forma de pequenas garrafas, no geral, com um poro apical para liberação dos conídios, e delimitadas por uma parede interiormente recoberta de conidióforos (GUERRERO & SILVEIRA, 1996). Os Hyphomycetes, por sua vez, reúnem os fungos que produzem conidióforos livres sobre o micélio (ALEXOUPOULOS et al., 1996). 22 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Quadro 1: Estruturas de reprodução em Agonomycetes, Coelomycetes e Hyphomycetes (Ilust.: a-b. GUERRERO & SILVEIRA, 1996; c. GUSMÃO et al., 2006) Estruturas de reprodução nos fungos conidiais Agonomycetes (a) Clamidósporos Coelomycetes (b) Acérvulos Picnídios Hyphomycetes (c) Mononemático De acordo Esporodóquio com Mercado-Sierra (1984), as Sinema primeiras tentativas de classificação dos fungos assexuais eram baseadas principalmente em caracteres morfológicos superficiais ou na aparente preferência por determinados substratos. Uma das mais importantes contribuições foi a de Saccardo (1886), que propôs um sistema baseado no arranjo e pigmentação dos conidióforos e morfologia dos conídios. Saccardo classificou os fungos conidiais, dentro de três Ordens como demonstrado no quadro a seguir (Quadro 2): Quadro 2: Divisão dos fungos conidiais em ordens de acordo com Saccardo (Adaptado de Mueller et al., 2004). Ordem Conidióforos Sphaeropsidales Lév. Em receptáculos saculiformes (picnídios) Melanconiales Berk. Em forma de pires (acérvulos) Hyphomycetales Mart. Livres na superfície do substrato Ilustração 23 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Além da divisão em Ordens, Saccardo (1886) utilizando a coloração e arranjo dos conidióforos, propõe uma divisão em “famílias-forma” para a ordem Hyphomycetes como apresentado no quadro abaixo (Quadro 3). Quadro 3: Divisão dos fungos conidiais em famílias dentro da Ordem Hyphomycetales segundo a proposta de Saccardo (Ilust.: BARNETT & HUNTER, 1998). Famílias Características Ilustração Mucedinaceae Link Hifas e conídios hialinos ou com coloração clara Dematiciaceae Fries Hifas e conídios, ou ambos, castanhos à negros Tuberculariaceae Ehnrenb. Stilbaceae Fries Conidióforos curtos e agregados (esporodóquio) Conidióforos longos e agregados (sinema) Para Mercado-Sierra (1984), o sistema de Saccardo é considerado artificial, visto que a cor, septação, agrupamento ou não de conidióforos são caracteres secundários que podem estar mais relacionados à idade do fungo ou ao substrato onde estes se desenvolvem, entre outros fatores, apresentando assim, variações em todos os gêneros. Entretanto, em alguns táxons, o arranjo dos conidióforos são filogeneticamente informativos como em Acrostroma annellosynnema Seifert e Stromatographium stromaticum (Berk.) Höhn., por não apresentarem variações em seus arranjos (SEIFERT & SAMUELS, 2000). De acordo com Subramanian (1983) as famílias propostas por Saccardo foram divididas em seis secções, com base na septação ou forma dos conídios, como apresentado no quadro a seguir (Quadro 4). 24 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Quadro 4: Divisão dos fungos conidiais em secções proposta por Saccardo (Ilust.: Mueller et al., 2004). Secções Conídios Amerosporae Unicelular Didymosporae Duas células Phragmosporae Dois ou mais septos Dictyosporae Septos transversais, oblíquos ou longitudinais Staurosporae Em forma de garfo ou estrela Scolecosporae Longos, delgados, septados ou não Ilustração A partir de 1888, com a obra de Costatin Lês Mucédinées simples, onde mais de 200 gêneros de hifomicetos foram organizados em quatro categorias, foi proposta uma classificação onde a produção dos conídios possuía mais importância do que a sua morfologia e coloração, permitindo que gêneros mucedináceos e dematiáceos fossem tratados como gêneros próximos (SUBRAMANIAN 1983). Para Subramanain (1983), a proposta de Costatin influenciou Vuillemin que, a partir de 1910 utilizou seus conceitos e contribuiu significativamente para um melhor entendimento da conidiogênese, utilizando um sistema baseado na produção dos conídios: talósporos e “conidia vera”. Os sistemas de classificação mais relevantes, segundo Mercado-Sierra (1984), são: o de Hughes (1953) baseado nos diferentes tipos de conidiogênese, distribuindo-as em oito secções (I à VIII); Tubaki (1958; 1963) que subdividiu as secções III, IV e VII propostas por Hughes (1953) e adicionou uma nova secção; Subramanian (1962) onde foram apresentadas seis famílias, com base em tipos 25 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... morfológicos de conídios e sua conidiogênese; Barron (1968) que considerou a existência de 10 seções baseadas em Hughes (1953) e Tubaki (1958; 1963); e Ellis (1971) que apresentou um esquema mais detalhado com base na ontogenia tálica e blástica (Quadro 5). Quadro 5: Esquema proposto por Ellis (1971) (Ilust.: ELLIS, 1971). Aspectos da conidiogênese Tálica Blástica Não 1 meristemático 1 1 Meristemático 1 Basáuxico Acroáuxico 2 Holoblástico 2 Enteroblástico Trético 1 Fialídico 2 Obs: refere-se ao desenvolvimento dos conidióforos; refere-se à formação dos conídios A introdução da conidiogênese como base para a ordenação dos fungos conidiais, estabilizou os critérios de identificação dos esquemas anteriores onde existem problemas de ambigüidade (CASTAÑEDA RUIZ, 2001). A conidiogênese tem revelado características constantes, as quais, normalmente, não se modificam durante o cultivo dos fungos axenicamente (HOLUBOVÁ-JECHOVÁ, 1990). Por isso, atualmente, esta vem sendo utilizada na sistematização dos fungos conidiais, com o propósito de alcançar um sistema mais natural para o grupo. Para Carmichael (1971), mesmo considerando arbitrário o agrupamento dos fungos conidiais com base na conidiogênese sua utilização é necessária para a ordenação destes fungos. De acordo com Seifert (1992), os trabalhos de Tubaki (1958, 1963) e Subramanian (1962) comparando demonstraram que espécies alguns de anamorfos caracteres aos respectivos ontogenéticos são teleomorfos provavelmente monofiléticos, o que podem auxiliar significativamente na classificação do grupo. 1.2.4. Estruturas reprodutivas 1.2.4.1. Conidióforos O conidióforo é uma hifa diferenciada que surge a partir de uma hifa somática e porta uma ou mais células produtoras de conídios. Possui grande diversidade morfológica, podendo ainda, apresentar-se semelhante à hifa somática ou estar 26 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... ausente em alguns táxons (ALEXOUPOULOS et al., 1996; ELLIS, 1971). Termos empregados por Saccardo (1886) como micronemáticos ou macronemáticos são muito utilizados na descrição dos fungos conidiais. Micronemático se refere à conidióforos morfologicamente semelhantes às hifas somáticas e macronemático se refere àqueles que são distintos ou diferenciados (ELLIS, 1971; WU & ZHUANG, 2005). Conidióforos acroáuxicos são mais comuns e se desenvolvem a partir de uma zona apical, enquanto os basáuxicos, presente em um pequeno grupo de fungos, caracteriza-se por seu crescimento basal (ELLIS, 1971; SUBRAMANIAN, 1991; SOMRITHIPOL, 2007). Os conidióforos podem se apresentar simples, ramificados, solitários, agregados em fascículos, formando esporodóquios ou sinemas. Nos esporodóquios os conidióforos surgem de um estroma pseudoparenquimatoso, enquanto nos sinemas os conidióforos, geralmente unidos da base até a parte superior, apresentam-se muito mais desenvolvidos em comprimento do que nos esporodóquios (ALEXOPOULOS et al., 1996). 1.2.4.2. Células conidiogênicas As células conidiogênicas são células especializadas na produção dos conídios (ALEXOPOULOS et al., 1996). De acordo com Ellis (1971), estas células podem se apresentar dispostas terminal ou intercalarmente, sendo denominadas de integradas quando estão incorporadas ao eixo do conidióforo ou de suas ramificações, ou como evidentes quando apresentam formas distintas do conidióforo (ampuliforme, lageniforme, esférica, entre outras), ou seja, não constituem o eixo principal ou das ramificações. De modo geral, as células conidiogênicas são consideradas determinadas quando seu crescimento cessa durante a produção dos conídios, ou indeterminadas quando continuam crescendo e produzindo novos conídios. De acordo com o tipo de crescimento apresentado, estas células podem ser anelídicas, quando as proliferações são curtas e em forma de anéis, ou simpodiais quando ocorre deslocamento subapical do “locus” conidiogênico. Em relação à presença de um ou mais “loci” em cada célula, costuma-se empregar os prefixos mono- ou poli-, respectivamente, acrescido das terminologias que se referem ao tipo de conidiogênese apresentada (blástica, fialídica, trética). Algumas células conidiogênicas apresentam cicatrizes nos “loci” conidiogênicos após a secessão conidial, outras apresentam anelações, colaretes, dentículos ou poros, que podem 27 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... ser aplanadas ou protuberantes (ALEXOPOULOS et al., 1996; CASTAÑEDA-RUIZ, 2001; ELLIS, 1971). 1.2.4.2. Conídios Charmichael (1971) define conídio como esporos produzidos por processos de fragmentação, fissão e/ou extrusão, incluindo todos os esporos de fungos assexuais, exceto os que são produzidos em esporangióforos. O conídio pode ser definido como um propágulo produzido em uma célula especializada onde não ocorreu meiose, estes são imóveis, especializados e frequentemente caducos (KIRK et al., 2001). Os conídios, unidades de reprodução e dispersão, possuem grande variedade quanto à forma, coloração, ornamentações, septação e ramificação. Os conídios podem apresentar extensões celulares denominadas apêndices que são chamados de sétulas quando possuem aspecto filiforme; outros apresentam protuberâncias celulares cilíndricas (semelhantes a chifres), esféricas, lobuladas ou tuberculadas; conídios estrelados apresentam estruturas associadas às suas células centrais denominadas de braços ou células satélites (Quadro 6). Quadro 6: Caracteres morfológicos de conídios em hifomicetos (Ilust.: a-d, h. Charmichael et al. (1980); e. Matsushima (1980); f. Rao & de Hoog (1986); g. este trabalho). Conídios Apendiculados Apêndices (a) Estrelados Sétulas (b) Braços (c) Células satélites (d) Com protuberâncias Cilíndricas (e) Esféricas (f) Lobuladas (g) Tuberculadas (h) 28 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Os conídios dos hifomicetos são freqüentemente secos e a presença de apêndices ou braços pode estar relacionada ao meio de dispersão ou de sua adesão ao substrato (JONES, 2006). Algumas espécies produzem conídios acumulados em massas úmidas que podem ser dispersos através da água, ou por animais, enquanto outras produzem conídios secos dispersos eficientemente pelo vento (ALEXOPOULOS et al., 1996). A presença de células de separação em alguns gêneros como Beltrania Penz., Beltraniella Subram. e Beltraniopsis Bat. & J. L. Bezerra, Vanakripa Bhat et al., Berkleasmium Zobel, Canalisporium Nawawi & Kuthub., Oncopodium Sacc., pode estar relacionada a adaptações para a dispersão e flutuação dos conídios (Tsui et al., 2003). 1.2.5. Conidiogênese Conidiogênese ou ontogenia do conídio se refere ao processo de formação do conídio, de acordo com os diferentes métodos pelo qual se desenvolve a partir da célula conidiogênica, além de como esta célula se modifica antes, durante e depois do conídio ser produzido (KIRK et al., 2001). Alexopoulos et al. (1996) descrevem como hologênica, o tipo de conidiogênese onde ambas as paredes de uma célula conidiogênica são contínuas com as do conídio durante sua formação; e como enterogênica quando apenas a parede interna da célula conidiogênica é contínua com a parede externa do conídio. São consideradas duas formas básicas para a ontogenia dos conídios: a tálica e a blástica (KENDRICK, 1971). A tálica é caracterizada pela formação do septo no conídio inicial, em uma hifa pré-existente, antes de ocorrer seu crescimento ou desenvolvimento. Na blástica o conídio se desenvolve antes de ser delimitado por um septo (ELLIS, 1971; KIRK et al., 2001). Podem-se utilizar as terminologias holo e entero para conídios de origens tálica (holotálica ou enterotálica) ou blástica (holoblástica ou enteroblástica), de acordo com a proposta de Hughes (1953) consolidada por Ellis (1971). Segundo Mercado-Sierra (1984), a maioria dos hifomicetos apresenta conidiogênese blástica. Holoblástica (ou simplesmente blástica) faz referência à participação da parede interna e externa da célula durante a formação do conídio, enquanto enteroblástica (trética ou fialídica) se refere a participação apenas da parede interna da célula na formação do conídio (ELLIS, 1971; CASTAÑEDA-RUIZ, 2001; KIRK et al., 2001). Moore-Landecker (1990) relata que conídios de origem enterotálica são relativamente incomuns, enquanto os de 29 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... origem enteroblástica são muito mais freqüentes, a exemplo os de origem trética e fialídica. Na conidiogênese enteroblástica fialídica os conídios são produzidos através de uma abertura geralmente terminal onde apenas uma parte de sua parede é contínua com o conídio produzido. Nestas células é comum a permanência de resquícios da parede externa, após a formação do primeiro conídio, denominado de colarete. Enquanto na enteroblástica trética os conídios surgem através de um canal, induzidos de maneira secundária pela parede externa da célula conidiogênica, na qual se observa pequenos poros (CASTAÑEDA-RUIZ, 2001). Dentre as formas enteroblásticas fialídica e trética, esta última tem recebido bastante atenção de pesquisadores. De acordo com Mercado-Sierra (1989), estudos de microscopia eletrônica indicam que o desenvolvimento conidial não é realmente enteroblástico. Carrol (1972) também apresenta exemplos de gêneros e espécies cuja conidiogênese era considerada trética e, após estudos de microscopia eletrônica de transmissão, demonstraram serem holoblásticas. Entretanto, neste mesmo trabalho há exemplos de táxons que tiveram sua conidiogênese trética confirmada. Além das formas básicas de desenvolvimento dos conídios, a forma pela qual estes são liberados (secessão) também possui caráter relevante na taxonomia (HOLUBOVÁ-JECHOVÁ, 1990). A secessão esquizolítica ocorre quando o conídio se separa no septo que o delimita da célula conidiogênica, enquanto na secessão rexolítica esta liberação se dá pela ruptura de um ponto abaixo do septo que o delimita da célula conidiogênica, ou dos conídios quando estes se apresentam em cadeias, permanecendo aderido à base do conídio um fragmento da estrutura à qual estava ligado (KENDRICK, 1971; CASTAÑEDA-RUIZ, 2001; KIRK et al., 2001). A conidiogênese pode ser considerada uma característica estável na taxonomia de hifomicetos e uma chave fundamental na classificação dos fungos conidiais, no entanto, não dispensa novos conhecimentos e interpretações (HOLUBOVÁ-JECHOVÁ, 1990; HERRERA & ULLOA, 1998) apesar de não corresponder ainda à uma classificação natural. 1.2.6. Estudo dos fungos conidiais A América do Norte e a Europa apresentam o maior número de registros de hifomicetos no mundo, em torno de 33.000 e 10.500, respectivamente (FARR et al., 2008). Heredia et al. (1997) destacam os trabalhos realizados por Hughes e Sutton 30 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... na África, Matsushima, Rao e De Hoog na Ásia e Hughes e Matsushima na Austrália. Nas zonas tropicais das Américas, os autores ressaltam a colaboração dos pesquisadores como Mercado-Sierra, Mena-Portales, Holubová-Jechová, Castañeda Ruiz e Kendrick, especialmente para a micobiota de Cuba. O México possui poucas publicações, sendo divulgados trabalhos em áreas tropicais e semitropicais do estado de Veracruz (HEREDIA et al. 1995, 1997, 2000; MERCADOSIERRA et al. 1995, 1997). Em verdade, estes últimos vêm somando conhecimento sobre a diversidade dos fungos conidiais e de sua distribuição geográfica, para os países mega-diversos do mundo, localizados no neotrópico, a exemplo do Brasil, México e Venezuela (RODRÍGUEZ et al., 2005), cujas pesquisas ainda são tímidas. O estudo taxonômico dos fungos conidiais no Brasil teve início no final do século XIX, como resultado do trabalho de coletores Europeus, como E.H.G. Ule e A. Puttemans, tendo enviado grande quantidade de material ao micologista P. Hennings (1841-1908) na Alemanha (DIANESE et al., 1997; GUSMÃO et al., 2006). Após o trabalho de Viégas (1946), a primeira grande colaboração ao conhecimento destes fungos foi realizada por A. C. Batista e colaboradores, nas décadas de 50 a 70 (SILVA & MINTER, 1995), podendo ser considerado, portanto, pioneiro em pesquisas sobre fungos no país. Sutton (1975), Sutton & Hodges (1975a, b; 1976a, b, c; 1977; 1978) e Castañeda Ruiz et al. (2001; 2003; 2006; 2007; 2008) publicaram outros espécimes oriundos do Brasil, caracterizando o conhecimento da micobiota de fungos conidiais no país de forma esparsa e fragmentada. Outras contribuições, segundo Maia (2003), foram as do Instituto de Botânica de São Paulo e do, atualmente denominado, Departamento de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco, sendo descritas, aproximadamente 1.000 espécies para cada um dos estados (GRANDI, 1999b; MAIA et al., 2002). Recentemente foram catalogadas mais de 200 espécies de hifomicetos para o estado do Ceará (FREIRE, 2005) e, de acordo com Gusmão et al. (2006), Pernambuco é um dos estados incluídos na região semi-árida, que mais contribuiu para o conhecimento destes fungos (178 táxons), seguido pelo estado da Bahia (146 táxons) e Paraíba (82 táxons). Na Bahia esses estudos vêm crescendo a partir de pesquisas desenvolvidas na região da Chapada Diamantina, na Serra da Jibóia, em áreas integradas ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) como Senhor do Bonfim, Reserva Ecológica do Raso da Catarina e Dunas do Médio São Francisco, reunindo um total de 47 novos registros para o país e 7 novas espécies (BARBOSA, 2007; BARBOSA & GUSMÃO, 2005; CASTAÑEDA-RUIZ et al., 2006; 2007, 2008; CRUZ et al., 2007a, 31 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... b; GUSMÃO, 2003; GUSMÃO & BARBOSA, 2005; GUSMÃO et al., 2008; LEÃOFERREIRA et al., 2008; MARQUES, 2007; MARQUES et al., 2007). A maior parte dos dados publicados sobre fungos conidiais no Brasil se refere aos estudos desenvolvidos em biomas de cerrado, como demonstrado por Dianese et al. (1997) e Grandi (1999b), e em mata atlântica (GRANDI, 1998b; 1999; 2004; GRANDI & GUSMÃO, 2002a; 2002b; GUSMÃO, 1998), enquanto o conhecimento da diversidade dos fungos conidiais no semi-árido é bastante restrita (FREIRE, 2005; GUSMÃO et al., 2006; MAIA et al., 2002). A Caatinga, que apresenta o menor número e a menor extensão de áreas protegidas dentre todos os biomas brasileiros (LEAL et al., 2005), vem ganhando mais atenção a partir de 2004, com o desenvolvimento de pesquisas associadas ao PPBio, que tem oferecido suporte à ampliação do conhecimento da micodiversidade do semi-árido brasileiro. 32 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 1.3. ÁREA DE ESTUDO A Serra do Ramalho é um extenso manto de calcário que cobre a região centro-sul da Bahia, compreendendo os municípios de Cariranha, Coribe, Feira da Mata e Serra do Ramalho, ocupando uma área de aproximadamente 2mil Km² (RUBBIOLI, 2003). Fazem parte ainda os municípios de Cocos e São Félix do Coribe, sendo que este último foi recentemente incluído na região do semi-árido (Ministério da Integração Nacional, 2005). As coletas dos fungos conidiais foram realizadas nas imediações dos municípios de Coribe, São Félix do Coribe e Serra do Ramalho (Fig. 4). Sua vegetação é caracterizada por formações de Floresta estacional decidual e semidecidual (SEI, 2001), com período chuvoso entre os meses de novembro a janeiro (IBGE, 2001), pluviosidade variando entre 1200600mm e altitudes entre 600-800m, apresentando picos de até 1000m (MORENO, 2006). Apresenta vegetação, com adaptações à deficiência hídrica, entre elas perda das folhas na estação seca, presença de herbáceas anuais, plantas suculentas, com acúleos e espinhos e cobertura descontínua de copas que, de acordo com Sampaio & Rodal (2002), são características típica da Caatinga (Fig. 5). Fig. 4: Municípios onde foram realizadas as coletas na área prioritária Serra do Ramalho (Fonte: Laboratório de Sensoriamento Remoto/UEFS). 33 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 1 3 5 2 4 6 Fig.5: 1-6. Imagens da Serra do Ramalho: 1-2. Estrada para São Félix do Coribe e vista do paredão calcário; 3-4. Locais de coleta em Coribe; 5-6. Estrada para o município de Serra do Ramalho e localidade do Caldeirão verde (Fotos: Edgar Alvim). 34 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Dentre as oito ecorregiões propostas por Velloso et al. (2002), a Depressão Sertaneja Meridional, onde está inserida a Serra do Ramalho, é a segunda mais ameaçada, tanto no que diz respeito ao impacto da ação antrópica quanto pelo baixo número de áreas protegidas (ASSOCIAÇÃO PLANTAS DO NORDESTE, 2001). Atividades econômicas relacionadas à pecuária, agricultura, extração de lenha e madeira para fins econômicos estão entre as principais causas da devastação das áreas cobertas pela Caatinga, a despeito do imenso desconhecimento sobre o bioma (SANTANA & SOUTO, 2006). Resquícios destas atividades foram freqüentemente observados na Serra do Ramalho, durante as expedições de coleta. Anteriormente desabitada, a região abrigou um projeto de assentamento rural, na década de 70, sendo criadas 23 agrovilas no Município de Serra do Ramalho (ESTRELA, 2006). Sua área é alvo de explorações espeleológicas, não apresentando ainda levantamentos florísticos nem micológicos. 35 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 1.4. MATERIAL E MÉTODOS Foram realizadas duas coletas em quatro pontos distintos da região de Serra do Ramalho, em novembro de 2007 e fevereiro de 2008. A primeira no início da estação chuvosa (novembro) e a segunda ao final (início fevereiro). As coletas foram realizadas nos municípios de Coribe (13°62,1’75”S; 44°37,3’92”W e 13°35’37”S; 44°18’30”W), São Félix do Coribe (13°23’10,5”S; 44° 04’55,3”W) e Serra do Ramalho (13°32’65”S; 43°47’30,6”W). Em cada ponto foram dem arcadas cinco parcelas (adaptado de MARQUES, 2007), onde foram coletados os materiais vegetais folícolas (flores, folhas e pecíolos) e lignícolas (cascas, frutos e galhos) em decomposição. O material coletado foi acondicionado em sacos de papel Kraft, levados ao laboratório, onde foi confeccionada uma amostra composta a partir das cinco parcelas de cada ponto. As amostras compostas foram submetidas à técnica de lavagem em água corrente (CASTAÑEDA-RUIZ, 2005) que consistiu em depositá-las em escorredor plástico (tipo doméstico), acondicionado em uma bandeja com água até submergir a serapilheira. O fluxo da água sobre a bandeja foi mantido pelo período de uma hora (Fig. 6.1). Posteriormente, o substrato foi colocado para secar sobre papel toalha em cima de uma bancada por 20 minutos (Fig. 6.2). Após a secagem, o material foi acondicionado em câmaras-úmidas confeccionadas em caixas plásticas, completamente forradas com papel toalha e umedecido, onde os fragmentos vegetais foram sobrepostos aleatoriamente, de modo a simular a deposição no ambiente natural (Fig. 6.3). Foram utilizadas oito câmaras-úmidas, sendo duas para cada ponto, tendo sido subdivididos em substratos lignícolas e foliares. A umidade das câmaras foi mantida com o borrifamento de água, periodicamente, e a aeração pela abertura das câmaras por um período de 15 minutos diários. Durante 45 dias foi observado o crescimento e produção de estruturas de reprodução dos fungos conidiais. Fig. 6: Técnica de lavagem (1), secagem (2) e câmara-úmida (3). 36 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... As estruturas de reprodução foram coletadas sob estereomicroscópio, utilizando agulhas (tipo insulina), e montadas em lâminas semi-permanentes com meio composto por Resina PVL (álcool polivinílico + ácido lático + fenol) (TRAPPE & SCHENCK, 1982). O estudo morfológico dos fungos conidiais foi realizado através de microscopia óptica (Axioscop 40, Carls Zeiss), sendo registradas as características e medidas referentes às estruturas de importância taxonômica. A identificação foi realizada com o auxílio de bibliografia especializada, comparando os especimens obtidos com àqueles descritos na literatura. Paralelamente a coleta dos fungos e montagem em lâminas semipermanentes, conídios dos espécimes encontrados foram transferidos para meios de cultura, para obtenção de cultura pura. Após o crescimento e esporulação dos fungos em cultura pura, estes foram transferidos para tubos de ensaio e preservados em óleo mineral (MENEZES & SAYONARA 2004). Os espécimes em que se obteve sucesso no cultivo foram encaminhados à Coleção de Cultura de Microrganismos da Bahia (CCMB), na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). As amostras do substrato contendo os espécimes foram acondicionadas em envelopes de papel vegetal, identificados e secos. Todos os espécimes montados em lâminas semipermanentes e material seco, foram depositados no Herbário da UEFS. A presente dissertação está formatada em capítulos, na forma de artigos, que são apresentados a seguir: Capítulo I - Fungos conidiais da Caatinga. Novos registros para o Continente Americano e América do Sul; Cap. II Rhexolobulomyces gen. nov., a new conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil; Cap. III New species of Arachnophora, Diplococcium and Hermatomyces from semi-arid Caatinga biome of Brazil; Cap. IV - Fungos conidiais da Caatinga. Uma nova espécie e novos registros de Endophragmiella para o Brasil; Cap. V - Vanakripa inexspectata anam. sp. nov., a new conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil; Cap. VI - Fungos conidiais da Caatinga. Spegazzinia flabellata anam. sp. nov. e o primeiro registro de Dictyoarthrinium para o Brasil. As novas referências são descritas, acompanhadas da distribuição geográfica mundial, materiais examinados, comentários taxonômicos e ilustrações. Os demais táxons encontrados e já referidos para o Brasil são apresentados no Capítulo I, em outras espécies identificadas na região da Serra do Ramalho, estando sumarizados juntamente com as demais espécies encontradas no Anexo I. Os espécimes depositados na CCMB estão listados no Anexo II. A apresentação de cada capítulo seguiu as normas dos respectivos periódicos aos quais serão submetidos (Anexo III). 37 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALEXOPOULOS, C.J, MIMS, C.W., BLACKWELL, M. 1996. Introductory Mycology. John Wiley & Sons. New York. ANDRADE, L. A.; PEREIRA, I. M.; LEITE, U. T. & BARBOSA, M. R. V. 2005. Análise da cobertura de duas fitofisionomias de Caatinga com diferentes históricos de uso no município de São João do Cariri, Estado da Paraíba. Cerne, Lavras 11(3): 253-262. ASSOCIAÇÃO PLANTAS DO NORDESTE (APNE). 2001. Ecorregiões propostas para o bioma Caatinga: resultados do seminário de planejamento ecorregional da Caatinga. Disponível em http://www.plantasdonordeste.org, acesso em março de 2008. BARBOSA, F. R. 2007. Fungos conidiais associados à folhas em decomposição de Clusia melquiori Gleason e C. nemorosa G. 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CAPÍTULO I Fungos conidiais da Caatinga. Novos registros para o Continente Americano e América do Sul Artigo a ser submetido para publicação na Acta Botanica Brasílica RESUMO: Expedições realizadas em novembro/2007 e fevereiro/2008, na Serra do Ramalho, Bahia, amostras de serapilheira foram coletadas para a verificação da presença de fungos conidiais. Foram encontradas 47 espécies, destas duas constituem novos registros para o Continente Americano, Dendryphiosphaera taiensis e Helicosporium nizamabadense, e cinco para a América do Sul, Luzfridiella insignus, Memnoniella levispora, Periconia jabalpurensis, Pseudopetrakia kambakkamensis e Sadasivania girisa, São apresentadas descrições, comentários taxonômicos, ilustrações e distribuição geográfica mundial para as novas ocorrências e uma listagem das demais espécies encontradas. Palavras-chave: Bahia, diversidade, fungos anamorfos, Serra do Ramalho. 48 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Fungos conidiais da Caatinga. Novos registros para o Continente Americano e América do Sul. Sheila Miranda Leão-Ferreira ¹,² Luís Fernando Pascholati Gusmão¹ ¹ Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Micologia, Km 03, Av. Transnordestina s/n, bairro Novo Horizonte, CEP 44.036- 900, Feira de Santana, Bahia, Brasil. ([email protected]) ² Bolsista CAPES 49 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... RESUMO: (Fungos conidiais da Caatinga. Novos registros para o Continente Americano e América do Sul). Expedições realizadas em novembro/2007 e fevereiro/2008, na Serra do Ramalho, Bahia, amostras de serapilheira foram coletadas para a verificação da presença de fungos conidiais. Foram encontradas 47 espécies; destas duas constituem novos registros para o Continente Americano, Dendryphiosphaera taiensis Lunghini & Rambelli e Helicosporium nizamabadense P. Rag. Rao & D. Rao, e cinco para a América do Sul, Luzfridiella insignus R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Memnoniella levispora Subram., Periconia jabalpurensis D.P. Tiwari & P.D. Agrawal, Pseudopetrakia kambakkamensis (Subram.) M.B. Ellis e Sadasivania girisa Subram. São apresentadas descrições, comentários taxonômicos, ilustrações e distribuição geográfica mundial para as novas ocorrências. Palavras-chave: Bahia, diversidade, fungos anamorfos, Serra do Ramalho. ABSTRACT: (Conidial fungi from Caatinga. New records for American Continent and South America). Expeditions realized on November/2007 and February/2008, in “Serra do Ramalho”, State of Bahia, leaf litter samples were collected for the study of conidial fungi associates to its decomposition 47 species were founded and for these. Two are new records from American Continent, Dendryphiosphaera taiensis Lunghini & Rambelli and Helicosporium nizamabadense P. Rag. Rao & D. Rao, and five for South America, Luzfridiella insignus R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Memnoniella levispora Subram., Periconia jabalpurensis D.P. Tiwari & P.D. Agrawal, Pseudopetrakia kambakkamensis (Subram.) M.B. Ellis and Sadasivania girisa Subram. Descriptions, taxonomical comments, illustrations and geographic distribution are presented to new records. Keywords: anamorphic fungi, diversity, “Serra do Ramalho”, State of Bahia. 50 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Introdução O semi-árido brasileiro está localizado quase exclusivamente no Nordeste do país, e apresenta uma área aproximada de 970 mil Km² (Ministério da Integração Nacional 2005), onde a Caatinga constitui a vegetação mais característica (Costa et al. 2002). À exemplo das demais regiões do Brasil, o semi-árido possui um conhecimento limitado em relação aos fungos conidiais. Até o presente foram registrados 407 táxons (excluído os sinônimos) pertencentes a 176 gêneros de fungos conidiais, (Gusmão et al. 2006). Mesmo estando entre os países megadiversos do mundo, o conhecimento da micodiversidade do Brasil, ainda é considerado tímido, assim como o de outros de países da América do Sul somando, aproximadamente, 3000 registros de fungos conidiais (Farr et al. 2008). Considerada uma das 57 áreas prioritárias para conservação no quesito vegetação, a Serra do Ramalho, Bahia, está inserida na Depressão Sertaneja Meridional (Velloso et al. 2002) e foi estabelecida pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade do semi-árido (PPBio/MCT), como uma das áreas para estudo da biodiversidade. Apresenta características físicas típicas do Sertão nordestino constituído, segundo Barbosa et al. (2006), por uma extensa área com solos rasos e pedregosos, com muitos rios temporários e baixo índice pluviométrico. O presente trabalho teve como objetivos o estudo taxonômico e o conhecimento dos fungos conidiais associados à serapilheira na região da Serra do Ramalho, ampliando assim o conhecimento e a distribuição geográfica dos fungos encontrados em parte da região semiárida. Materiais e métodos Foram realizadas duas expedições para coleta de serapilheira na Caatinga da Serra do Ramalho em novembro/2007 e fevereiro/2008, nos municípios de Coribe (13°62,1’75”S; 44°37,3’92”W e 13°35’37”S; 44°18’30”W), São Félix do Coribe (13°23’10,5”S; 44°04’55,3”W) e Serra do Ramalho (13°32’65”S; 43°47’30,6”W). Folhas, galhos, cascas, entre outros, constituintes da serapilheira foram coletados e colocados em sacos de papel (tipo Kraft), levados ao laboratório e submetidos à técnica de lavagem em água corrente (Castañeda-Ruiz 2005). Após a lavagem, o material foi acondicionado em câmaras úmidas por 45 dias, período de crescimento e coleta de estruturas de reprodução. Os espécimes foram coletados sob estereomicroscópio, utilizando agulhas (tipo insulina) e montados em lâminas com meio semi-permanente (Resina PVL - álcool polivinílico + ácido lático + fenol) (Trappe & Schenck 1982). Estruturas de importância taxonômica foram mensuradas (20 vezes cada) e comparadas com literatura pertinente. O material seco (substrato + fungo) e lâminas semi51 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... permanentes foram depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Resultados e discussão Foram verificadas 47 espécies de fungos conidiais na serapilheira na região semi-árida da Serra do Ramalho. Destas, sete constituem novos registros, sendo dois para o Continente Americano e cinco para a América do Sul. Todos são descritos e ilustrados, acompanhados de um breve comentário e distribuição geográfica mundial. As demais espécies já registradas para o Brasil são apresentadas acompanhadas do material examinado. Dendryphiosphaera taiensis Lunghini & Rambelli, G. bot. ital.. 112(3): 186. 1978. Fig. 1-2 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples, retos à flexuosos, septados, lisos, castanhos 139,5–262,5 × 4,5–6 µm; células conidiogênicas poliblásticas, evidentes, percorrentes, verticiladas, globosas, lisas, castanho-claras 3,5–4,5 µm diâm.; conídios solitários, 2-septados, cilíndricos, simples, secos, lisos, castanho-claros, 10,5–15 × 4–6 µm. Secessão esquizolítica. Material examinado: BRASIL. Bahia: Coribe, 05/III/2008, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS-136879). Distribuição geográfica: Costa do Marfim (Lunghini & Rambelli 1978). O gênero Dendryphiosphaera foi proposto por Lunghini & Rambelli (1978) e, atualmente, é composto por quatro espécies: D. minuta Vasant Rao & de Hoog (Rao & de Hoog 1986), D. parvula Nawawi & Kuthubutheen (Nawawi & Kuthubutheen 1988), D. taiensis Lunghini & Rambelli (Lunghini & Rambelli 1978) e D. uniseptata Castañeda Ruiz & Guarro (Castañeda et al. 1998). Dendryphiosphaera minuta e D. parva diferem de D. taiensis pela presença de conídios obovóides, com 2 septos não eqüidistantes. Enquanto D. uniseptata apresenta conídios clavados à cuneados, 1-septados. Dendryphiosphaera taiensis é facilmente distinguida dentre as demais espécies por produzir conídios com as maiores dimensões no gênero. Este constitui o segundo registro da espécie para o mundo e o primeiro para o Continente Americano. Helicosporium nizamabadense P.Rag. Rao & D. Rao, Mycopathol. Mycol. Appl. 24: 32. 1964. Fig. 3-5 52 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, ramificados, retos à flexuosos, septados, lisos, castanho-claros, 63–154 × 2–3,5 µm; Células conidiogênicas poliblásticas, intercalares, integradas, determinadas, cilíndricas, lisas, castanho-claras, denticuladas, 1,5–17 × 1,5–3 µm; Conídios solitários, septados, helicóides, simples, secos, lisos, hialinos, não coplanado, 15–24 µm diâm., filamentos 1–3 µm de larg., enrolados 3–4,5 vezes. Secessão esquizolítica. Material examinado: BRASIL. Bahia: Serra do Ramalho, 07/I/2008, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS-136881). Distribuição geográfica: Índia (Rao & Rao 1964). Helicosporium Nees (1817) é constituído por 21 espécies (Zhao et al. 2007), sendo H. nizamabadense descrita pela primeira vez associada à decomposição de Bambusa sp. na Índia (Rao & Rao 1964). O material coletado apresenta colônias brancas e conídios produzidos a partir de dentículos nas células conidiogênicas, como observado em H. dentophorum G.Z. Zhao et al., H. sympodiophorum G.Z. Zhao et al. e H. talbotii Goos (Goos 1989; Zhao et al. 2007). Helicosporium dentophorum difere de H. nizamabadense pela presença de conidióforos pequenos e conídios maiores. Enquanto H. sympodiophorum apresenta conidióforos, conídios e filamentos maiores e H. talbotii apresenta filamentos menores. Dentre as espécies do gênero, H. gracille também produz conidióforos castanho-claros à subhialinos com dentículos subhialinos, sendo facilmente diferenciado da H. nizamabadense por apresentar conídios e dentículos menores (Zhao et al. 2007). O material examinado apresenta conidióforos, conídios e dentículos levemente maiores que a descrição do tipo (Rao & Rao 1964). Este constitui o primeiro registro da espécie para o Continente Americano. Luzfridiella insignus R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Univ. Waterloo Biol. Ser. 35: 69. 1991. Fig.: 6-9 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, fasciculados, simples ou ramificados, retos, septados, lisos, ápice verrucoso, castanho-amarelados 55,5–139,5 × 3–6 µm; células conidiogênicas politréticas, intercalares, integradas, determinadas, cilíndricas, lisas, castanhoamareladas, 9–11,5 × 3–6 µm; conídios solitários, 1-septados, elipsóides à ovóides, simples, secos, verrucosos, mamilado, castanho-escuros 10–12,5 × 6,5–7,5 µm. Secessão esquizolítica. Material examinado: BRASIL. Bahia: Coribe, 06/III/2008, sobre fruto em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS-136882); Coribe, 26/III/2008, sobre fruto em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS-136883). Distribuição geográfica: Cuba (Castañeda Ruiz & Kendrick 1991). 53 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Luzfridiella R.F. Castañeda & W.B. Kendr. é um gênero monotípico, encontrado associado à decomposição de folhas de Stigmaphyllon sp., em Cuba, tendo sido estabelecido como espécie tipo L. insignus. Luzfridiella difere de outros gêneros politréticos como Acroconidiellina Ellis (Ellis 1971b), Diplococcium Grove (1885) e Luxuriomyces R.F. Castañeda (Castañeda 1988), por apresentar conidióforos fasciculados verrucosos ou tuberculados e conídios com uma projeção basal estreita (mamilo). O material examinado apresenta as características típicas da espécie, segundo a descrição de Castañeda Ruiz & Kendrick (1991), entretanto, apresenta conidióforos e conídios ligeiramente menores. Este constitui o primeiro registro da espécie para a América do Sul e o segundo para o mundo. Memnoniella levispora Subram., J. Indian bot. Soc. 33: 40. 1954. Fig.: 10-11 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples, retos à flexuosos, septados, verrucosos, oliváceos à castanhos no ápice, hialinos na base, 36–80 × 3–4 µm; células conidiogênicas monofialídicas, terminais, evidentes, determinadas, claviformes, lisas, subhialinas à oliváceas, 6–9 × 2–4 µm; conídios 0-septados, subesféricos, simples, secos, catenados, lisos, castanho-escuros, 2,5–6 µm. Secessão esquizolítica. Material examinado: BRASIL. Bahia: São Félix do Coribe, 12/XII/2007, sobre pecíolo em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS136884); Coribe, 28/XII/2007, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS-136885). Distribuição geográfica: Cuba (Mena-Portales & Mercado-Sierra 1987; MercadoSierra 1981; Mercado-Sierra et al. 1997b), Índia e Paquistão (Ellis 1971a). Memnoniella Höhn. (Höhnel 1924) tem uma larga distribuição mundial (Jong & Davis 1976), contudo M. levispora não é uma espécie freqüente, apesar de ter sido encontrada várias vezes em Cuba, associadas à diversos substratos (Mercado-Sierra et al. 1997b). A principal característica de M. levispora são os conídios com paredes lisas, característica marcante utilizada para distingui-la das demais espécies (Ellis 1971a; Mercado-Sierra et al. 1997b). O espécime estudado apresenta conidióforos maiores e conídios ligeiramente menores que os apresentados por Ellis (1971a) e Mercado-Sierra et al. (1997b), respectivamente. A espécie está sendo referida pela primeira vez para a América do Sul. Periconia jabalpurensis D.P. Tiwari & P.D. Agrawal, Curr. Sci. 41(12): 463. 1972. Fig.: 12-14 54 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples, retos à flexuosos, septados, levemente verrucosos, castanho-escuros, 462,5–985 × 17,5–32,5 µm, ápice 10–17,5 µm; células conidiogênicas poliblásticas, terminais, globosas, determinadas, lisas, castanhas; conídios solitários, 0-septados, esféricos, simples, secos, verrucosos, castanhos, 8–13,5 µm diâm. Secessão esquizolítica. Material examinado: BRASIL. Bahia, Coribe, 22/I/2008, sobre fruto em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS-136886). Distribuição geográfica: Cuba (Mercado-Sierra et al. 1997a), Índia (Ellis 1976), Kenia (Caretta et al. 1999) e Tailândia (Farr et al. 2008). Periconia jabalpurensis foi descrita pela primeira vez para o Ocidente associada à ramos em decomposição de Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C. Wendl. O material examinado por Mercado-Sierra et al. (1997a) apresentava colônias difusas no substrato natural. Periconia jabalpurensis apresenta similaridades com P. byssoides Pers. e P. cookei E.W. Mason & M.B. Ellis, todas possuem conidióforos longos não ramificados e apicalmente fértil, entretanto ambas apresentam conídios maiores que os conídios produzidos por P. jabalpurensis. O material examinado possui conidióforos mais estreitos no ápice e conídios menores que os apresentados por Ellis (1976) e Mercado-Sierra et al. (1997a), respectivamente. Este constitui o primeiro registro da espécie para a América do Sul. Pseudopetrakia kambakkamensis (Subram.) M. B. Ellis, Mycol. Pap. 125: 4. 1971. Fig.: 15-16 ≡ Petrakia kambakkamensis Subram., Sydowia Beih.(Petrak-Festschrift): 14. 1957. Conidióforos semi-macronemáticos, mononemáticos, simples, retos, septados, lisos, castanho-claros, 7,5–18 × 3–4,5µm; células conidiogênicas monoblásticas, terminais, integradas, determinadas, lisas, castanho-claras; conídios solitários, muriformes, elipsóides à subglobosos, simples, secos, lisos, castanhos, 36–52,5 × 10,5–30 µm, espinhos apicais em número de 0–8 (1–2), castanho-escuros, 7,5–27 × 3–6 µm. Secessão esquizolítica. Material examinado: BRASIL. Bahia: São Félix do Coribe, 15/XII/2007, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS 136887). Distribuição geográfica: Cuba (Holubová-Jechová & Mercado-Sierra 1984; 1989; Delgado-Rodríguez & Mena-Portales 2004); Índia (Ellis 1971b) e México (Heredia et al. 2000). Inicialmente descrita no gênero Petrakia Syd. & P. Syd. (Sydow & Sydow 1913) a espécie foi transferida para o novo gênero por não apresentar conidióforos em esporodóquios 55 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... e conídios rexolíticos (Ellis 1971a). Pseudopetrakia kambakkamensis é uma espécie lignícola, coletada pela primeira vez associada à decomposição de madeira em Kambakkam, Índia (Heredia et al. 2000). Sutton & Alcorn (1984) descreveram uma segunda espécie, P. magna B. C. Sutton & Alcorn que apresenta conídios mais largos, pigmentados e lisos. A ocorrência de células conidiogênicas com proliferações percorrentes em P. kambakkamensis foi observada por Holubová-Jechová & Mercado-Sierra (1989) e Delgado-Rodríguez & MenaPortales (2004), entretanto, no material examinado esta característica não foi observada, assim como no material estudado por Ellis (1971b) e Heredia et al. (2000). O espécime coletado no Brasil apresenta conídios mais largos, conidióforos e espinhos mais estreitos em relação ao material examinado por Ellis (1971b). Este constitui o primeiro registro da espécie para a América do Sul. Sadasivania girisa Subram., J. Indian Bot. Soc. 36: 66. 1957. Fig.: 17-18 Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, simples, retos à flexuosos, 0-septados, lisos, castanho-escuros; células conidiogênicas monoblásticas ou poliblásticas, terminais, determinadas, subesféricas à esféricas, paredes espessas e lisas na base, castanho à castanhoescuras, paredes delgadas e verrucosas no ápice, castanho-claras 6–7 µm diâm., em cadeias acrópetas, 21–45 µm compr.; conídios solitários, 0-septados, esféricos, simples, secos, echinulados, castanho-escuros, 8–9,5 µm diâm. Secessão esquizolítica. Material examinado: BRASIL. Bahia: Coribe, 15/I/2008, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira (HUEFS-136888). Distribuição geográfica: Índia (Ellis 1971a), México (Heredia Abarca et al. 2004). Sadasivania foi proposta por Subramanian com S. girisa como espécie-tipo (Subramanian 1957). O gênero é muito similar a Periconia Tode (Rao & Rao 1964). No entanto, Sadasivania difere de Periconia por formar células conidiogênicas catenadas, com paredes dimórficas e conídios simples (Sundberg & Wicklow 1973). Atualmente o gênero é composto por três espécies, S. girisa, S. aristidae Rao & Rao e S. bhustha Rao & Rao. Sadasivania girisa difere de S. aristidae por apresentar células conidiogênicas e conídios menores, enquanto S. bhustha possui células conidiogênicas obpiriformes e conídios maiores (Rao & Rao 1964). O material coletado no Brasil não apresentou número suficiente de conidióforos para aferição das medidas, entretanto sua descrição é compatível com a de Ellis (1971a) em relação ao diâmetro dos conídios, diferindo apenas pela produção de cadeias de células conidiogênicas mais longas. Este constitui o primeiro registro para a América do Sul. 56 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Outras espécies identificadas na região da Serra do Ramalho: Alternaria alternata (Fr.) Keissl., Beih. bot. Zbl., Abt. 1 29(2): 434. 1912. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/XII/2007 (HUEFS-136896). Beltrania rhombica Penz., Michelia 2 (no. 8): 474. 1882. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 13 XII 2007 (HUEFS-136897). Idem: Município de Serra do Ramalho, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 18/XII/2007 (HUEFS-136898). Idem: sobre pecíolo em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 21/XII/2007 (HUEFS-136899). Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 25/XII/2007 (HUEFS 136900). Beltraniella portoricensis (F. Stevens) Piroz. & S.D. Patil, Can. J. Bot. 48(3): 575. 1970. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/II/2008 (HUEFS-136901). Curvularia intermedia Boedijn, Bull. Jard. Bot. Buitenz, 3 Sér. 13(1): 126. 1933. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/XII/2007 (HUEFS-136904). Curvularia lunata (Wakker) Boedijn, Bull. Jard. Bot. Buitenz, 3 Sér. 13(1): 127. 1933. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/XII/2007 (HUEFS-136902). Idem: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 03/I/2008 (HUEFS136903). Dactylaria botulispora R.F. Castañeda & W.B. Kendr., Univ. Waterloo Biol. Ser. 32: 13. 1990. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 22/XII/2007 (HUEFS 136905). Dendryphiopsis atra (Corda) S. Hughes, Can. J. Bot. 31: 655 (1953) Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 20/XII/2007 (HUEFS-136906). Idem: Município de Coribe, sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/III/2008 (HUEFS-136907). 57 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Dictyochaeta britanica (M.B. Ellis) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde, Fungal Diversity 4: 137. 2000. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/II/2008 (HUEFS-136909). Diplocladiella scalaroides G. Arnaud ex M.B. Ellis More Dematiaceous Hyphomycetes (Kew): 229. 1976. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/I/2008 (HUEFS-136911). Fusariella concinna (Syd.) Hughes, Mycol. Pap. 28: 8. 1949. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre pecíolo em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 05/I/2008 (HUEFS-136914). Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 08/I/2008, (HUEFS-136912). Idem: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 18/II/2008 (HUEFS-136913). Gonytrichum chlamidosporium G.L. Barron & G.C. Bhatt, Mycopath. Mycol. appl. 32: 126. 1967. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 28/XII/2007 (HUEFS-136918). Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 28/XII/2007, (HUEFS-136919). Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 03/III/2008, (HUEFS-136915). Idem: sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 03/III/2008, (HUEFS-136916). Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 14/III/2008, (HUEFS-136917). Gonytrichum macrocladum (Sacc.) S. Hughes, Trans. Br. mycol. Soc. 34: 565. 1951. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 05/I/2008 (HUEFS 137820). Gyrothrix circinata (Berk. & M.A. Curtis) S. Hughes, Can. J. Bot. 36: 771. 1958. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 15/XII/2007 (HUEFS-137821); Idem: sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/XII/2007 (HUEFS-137822); Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/XII/2007 (HUEFS-137823); Idem: Município de São Félix do Coribe, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 03/III/2008 (HUEFS58 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 137824); Idem: Município de Coribe, sobre pecíolo em decomposição S. M. Leão-Ferreira, 07/II/2008 (HUEFS-137825); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 15/II/2008 (HUEFS-137826). Gyrothrix hughesii Piroz. Mycol. Pap. 84: 22. 1962. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de são Félix do Coribe, sobre galho em decomposição S. M. Leão-Ferreira, 20/XII/2007 (HUEFS-137827); Idem: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/II/2008 (HUEFS-137828). Idem: Município de Coribe, sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 07/III/2008 (HUEFS-137829). Gyrothrix microsperma (Höhn.) Piroz., Mycol. Pap. 84: 14. 1962. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de São Félix do Coribe, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 15/XII/2007 (HUEFS-137830); Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 20/XII/2007 (HUEFS-137832); Idem: Município de Serra do Ramalho, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/XII/2007 (HUEFS 137829); Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 20/XII/2007 (HUEFS137831). Helicosporium aureum (Corda) Linder, Ann. Mo. bot. Gdn 16: 279. 1929. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 08/XII/2007 (HUEFS-137834); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/II/2008 (HUEFS-137835); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 07/XII/2008 (HUEFS-137842); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/II/2008 (HUEFS-137839); Idem: Município de Serra do Ramalho, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/I/2008 (HUEFS-137836); Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 06/III/2008 (HUEFS-137837); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/II/2008 (HUEFS-137839); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/II/2008 (HUEFS-137840). Helicosporium griseum Berk. & M.A. Curtis, Grevillea 3 (XXVI): 51. 1874. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 05/III/2008 (HUEFS-137843). 59 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Hyphodiscosia jaipurensis Lodha & K.R.C. Reddy, Trans. Br. mycol. Soc. 62 (2): 421. 1974. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 12/II/2007 (HUEFS-137844); Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/II/2007 (HUEFS-137845). Junewangia globulosa (Tóth) W.A. Baker & Morgan-Jones, Mycotaxon 81: 308. 2002. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 15/II/2008 (HUEFS-13783948); Idem: sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/II/2008 (HUEFS-137849); Idem: sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 10/III/2008 (HUEFS-137846); Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 10/III/2008 (HUEFS-137847). Lobatopedis longistriatum A.C. Cruz, Gusmão, S.M. Leão-Ferreira & R.F. Castañeda. Mycotaxon 102: 37. 2007. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 18/XII/2007 (HUEFS-137850); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 21/XII/2007 (HUEFS 137851). Memnoniella echinata (Rivolta) Galloway, Trans. Br. mycol. Soc. 18(2): 165. 1933. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre pecíolo em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 25/XII/2007 (HUEFS-137852); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 26/XII/2007 (HUEFS-137853). Menisporopsis theobromae S. Hughes, Mycol. Pap. 48: 59. 1952. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 03/I/2008 (HUEFS-137854); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/XII/2007 (HUEFS-137855). Mycoenterolobium platysporum Goos, Mycologia 62(1): 172. 1970. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 07/III/2008 (HUEFS-137856); Idem: sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 09/III/2008 (HUEFS-137857). 60 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Myrothecium indicum Pavgi, R.A. Singh & Dular, Mycopatol. 30(3-4): 258. 1966. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/XII/2007 (HUEFS-137858). Myrothecium leucotrichum (Peck) M.C. Tulloch, Mycol. Pap. 130: 12. 1972. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/XII/2007 (HUEFS-137859); Idem: sobre pecíolo em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 12/XII/2007 (HUEFS-137860); Idem: Município de Serra do Ramalho, sobre pecíolo em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 15/XII/2007, (HUEFS-137861). Periconia hispidula (Pers.) E.W. Mason & M.B. Ellis, Mycol. Pap. 56: 112. 1953. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 18/XII/2007 (HUEFS-137862). Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/XII/2007 (HUEFS-137863). Idem: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/XII/2007 (HUEFS-137864). Periconia tirupatiensis Subram., J. Indian bot. Soc. 34: 356. 1955. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre fruto em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira, 15/II/2008 (HUEFS-136895). Pithomyces chartarum (Berk. & M.A. Curtis) M.B. Ellis, Mycol. Pap. 76: 13. 1960. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe sobre pecíolo em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 07/XII/2007 (HUEFS-137865); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 15/XII/2007 (HUEFS-137868); Idem: sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 29/XII/2007 (HUEFS-137867); Idem: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/XII/2007 (HUEFS-137866); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 12/XII/2007 (HUEFS-137869); Idem: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 15/XII/2007 (HUEFS-137870); Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/XII/2007 (HUEFS-137871). Pithomyces maydicus (Sacc.) M.B. Ellis, Mycol. Pap. 76: 15. 1960. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/XII/2007 (HUEFS 137874); Idem: Município de 61 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 04/III/2008 (HUEFS137873). Pseudobotrytis terrestris (Timonin) Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol. Sci. 43: 277. 1956. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 13/II/2008 (HUEFS-137875); Idem: sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/III/2008 (HUEFS-137876). Sarcopodium circinatum Ehrenb., Sylv. mycol. berol. (Berlin): 23. 1818. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 07/III/2008 (HUEFS-137877); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 15/IV/2008 (HUEFS-137878). Scolecobasidium tshawytschae (Doty & D.W. Slater) McGinnis & Ajello, Trans. Br. mycol. Soc. 63(1): 202. 1974. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 03/I/2008 (HUEFS-137879); Idem: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 14/I/2008 (HUEFS-137880). Spegazzinia tessarthra (Berk. & M.A. Curtis) Sacc., Syll. fung. (Abellini) 4: 758. 1886. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/XII/2007 (HUEFS-137881); Idem: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 21/XII/2007 (HUEFS137883); Idem: Município de Coribe, sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 13/II/2008 (HUEFS-137882); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 13/II/2008 (HUEFS-137885); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/II/2008 (HUEFS-137884); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/II/2008 (HUEFS-137886). Stachybotrys chartarum (Ehrenb.) S. Hughes, Can. J. Bot. 36: 812. 1958. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 21/XII/2007 (HUEFS-137887); Idem: sobre pecíolo em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 04/I/2008 (HUEFS-137889). Idem: Município de Coribe, sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 06/III/2008 (HUEFS-137888). 62 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Stachybotrys globosa P.C. Misra & S.K. Srivast., Trans. Br. mycol. Soc. 78(3): 556. 1982. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 09/I/2008 (HUEFS-137892). Stachybotrys nephrospora Hansf. Proc. Linn. Soc. London 155: 45. 1943. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/XII/2007 (HUEFS-137893); Idem: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 21/XII/2007 (HUEFS137894). Thozetella cristata Piroz. & Hodges, Can. J. Bot. 51(1): 168. 1973. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/II/2008 (HUEFS-137895); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 11/III/2008, (HUEFS-137896). Torula herbarum (Pers.) Link, Magazin Ges. naturf. Freunde, Berlin 3(1-2): 19. 1809. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 21/XII/2007 (HUEFS-137897). Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 07/I/2008 (HUEFS-137898); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 08/I/2008 (HUEFS-137901); Idem: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira 19/II/2008 (HUEFS-137900); Idem: sobre fruto em decomposição, S. M. Leão-Ferreira 03/III/2008 (HUEFS-137899). Virgaria nigra (Link) Nees, Nat. Arr. Brit. Pl. (London) 1: 553. 1817. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Coribe, sobre galho em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 05/III/2008 (HUEFS-137903); Idem, sobre casca em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 19/III/2008 (HUEFS-137904). Volutella minima Höhn., Sber. Akad. Wiss. Wien, Math.-naturw. Kl., Abt. 1 118: 1543. 1909. Material examinado: BRASIL. Bahia: Município de Serra do Ramalho, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 26/XII/2007 (HUEFS-137905); Idem: Município de Coribe, sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 17/II/2008 (HUEFS-137906); Idem: sobre folha em decomposição, S. M. Leão-Ferreira, 09/III/2008 (HUEFS-137907). 63 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Agradecimentos Os autores agradecem ao Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGBot/UEFS), e ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade no semi-árido brasileiro, (PPBio/MCT) pelo apoio financeiro nas expedições. A primeira autora estende os agradecimentos à CAPES pela bolsa concedida. Referências bibliográficas Barbosa, M.R.V., Sothers, C.; Mayo, S.; Gamarra-Rojas, C.F.L. & Mesquita, A.C. 2006. Checklist das plantas do Nordeste do Brasil: Angiospermas e Gymnospermas. Brasília, Ministério da Ciência e Tecnologia. Caretta, G.; Piontelli, E.; Picco, A.M. & Frate, G.D. 1999. Some filamentous fungi on grassland vegetation from Kenya. Mycopathologia 145: 155-163. Castañeda Ruiz, R.F. 1988. Fungi Cubensis III. Investigaciones Fundamentales de Agricultura Tropical “Alejandro de Humboldt”, Habana. Castañeda Ruiz, R.F. 2005. Metodología en el estudio de los hongos anamorfos. 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Brasília: MI-SDR. Nawawi, A. & Kuthubutheen, A.J. 1988. A new species of the genus Dendryphiosphaera. Mycotaxon 32: 461-466. Nees, C.G. 1817. Das System der Pilze und Schwämme. I. Würzburg. Rao, D. & Rao, P.R. 1964. Some allied dematiaceae-amerosporae from India. Transactions of the American Microscopical Society 83 (4): 399-406. Rao, P.R. & Rao, D. 1964. Some Helicosporae from Hyderabad. II. Mycopathologia et Mycologia Applicata 24 (1): 27-34. Rao, V. & de Hoog, G.S. 1986. New or critical hyphomycetes from Índia. Studies in Mycology 28: 1-84. Subramanian, C.V. 1957. Hyphomycetes - III. Two new genera, Dwayaloma and Sadasivania. Journal of the Indian Botanical Society 36: 61-97. Sundberg, W.J. & Wicklow, M.C. 1973. Observations on Sadasivania (fungi imperfecti). Mycologia 65:925-929. Sutton, B.C. & Alcorn, J. L. 1984. Microfungi from Queensland II. Pseudopetrakia and similar taxa. Proceedings of the Royal Society of Queensland 95: 41-46. Sydow, H. & Sydow, P. 1913. 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Memnoniella levispora Subram. 10. Aspecto geral; 11. Células conidiogênicas. 12-14. Periconia jabalpurensis D.P. Tiwari & P.D. Agrawal 12. Ápice fértil; 13. Conídio; 14. Aspecto geral. 15-16. Pseudopetrakia kambakkamensis (Subram.) M.B. Ellis 15. Aspecto geral; 16. Conídio com espinho maduro; 17-18. Sadasivania girisa Subram. 17. Detalhe das células conidiogênicas e conídios; 18. Aspecto geral. Barra = 10µm 67 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... CAPÍTULO II Rhexolobulomyces gen. nov., a new conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. Artigo a ser submetido para publicação na Mycologia Resumo: Rhexolobulomyces pulcher anam. gen. et sp. nov. é descrito e ilustrado com base em espécime encontrado sobre material vegetal em decomposição. O novo gênero proposto é comparado com Acrophragmis, Arachnophora, caracterizado Endophragmiella por apresentar e Uberispora. conidióforos Rhexolobulomyces macronemáticos, é células conidiogênicas holoblásticas, percorrentes, conídios septados, ápice lobulado e secessão rexolítica. Palavras- chaves: hifomicetos, serapilheira, Serra do Ramalho, taxonomia. 68 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Short title: Rhexolobulomyces gen. nov. Rhexolobulomyces gen. nov., a new conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. Sheila Miranda Leão-Ferreira Luís Fernando Pascholati Gusmão Universidade Estadual de Feira de Santana, Depto Ciências Biológicas, Avenida Transnordestina s/n, bairro Novo Horizonte, Feira de Santana – BA, CEP 44.036- 900, Feira de Santana, Bahia, Brazil. Abstract: Rhexolobulomyces pulcher anam. gen. et. sp. nov. is described and illustrated basead on specimen found on plant litter material. The new proposed genus is compared with Acrophragmis, Arachnophora, Endophragmiella and Uberispora. Rhexolobulomyces is characterized by macronematous conidiophores, holoblastic, percurrent conidiogenous cells with rhexolytic conidial secession, and conidia septate with lobulate apex. Key words: hyphomycetes, leaf litter, “Serra do Ramalho”, taxonomy. Introduction In a current survey of saprotrophic conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Northeast of Brazil some interesting fungi were founded and published in a previous papers (Barbosa et al, 2007; Cruz et al. 2007a, b; Gusmão et al, 2008; Leão-Ferreira et al, 2008). In this contribution an undescribed dematiaceous hyphomycetes was found on decaying leaves of unidentified dicotyledonous. After a critical examination of the morphological characters and compared with some related genera as, Acrophragmis Kiffer & Reisinger (1970), Arachnophora Hennebert (1963), Endophragmiella B. Sutton (1973) and Uberispora Piroz. & Hodges (1973), the results suggested placement the specimen in a new genus. Rhexolobulomyces is introduced and a new species, R. pulcher is described to accommodate the unidentified fungus. 69 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Material and Methods The plant litter samples were coleted at “Serra do Ramalho” (13º30’S; 44º15W) locality near of “São Francisco” river, State of Bahia. This area has a calcarea soil, with typical vegetation of the semi-arid region of Brazil, named as “caatinga”. Samples of plant litter were placed in separate paper bags and taken to the laboratory. The litter was then incubated at 25º C in Petri dishes, within moist chambers, consisting of plastic boxes (170 L capacity) containing 200 ml of sterile water plus 2 ml of glycerol (Castañeda-Ruiz 2005). The samples were examined at regular intervals for the presence of conidial fungi. Mounts were prepared in polyvinyl alcohol-glycerol (8.0 g in 100 ml of water, plus 5 ml of glycerol) and measurements made at a magnification of ×1000. All specimens were deposited at Herbarium of State University of Feira de Santana (HUEFS). TAXONOMY Rhexolobulomyces S. M. Leão & Gusmão anam. gen. nov. Ad fungos conidiales, hyphomycetes pertinens. Teleomophosis ignota. Coloniae in substrato naturali, effusae, pallide brunneae. Mycelium partim superficiale et partim in substratum immersum. Conidiophora macronematosa, mononematosa, ex cellulis basilaribus elongatis, oriunda basi lobata radiatim, gregaria, erecta, solitaria, non ramosa, recta vel flexuosa, septata, laevia, brunneae. Cellulae conidiogenae monoblasticae, in conidiophoris incorporatae, terminales, percurrentes. Secessio conidiorum rhexolytica. Conidia acropleurogena, solitaria, versicoloria, septata, obovoidea, sicca, laevia; cellulae distalia atro brunnea, apicem cum lobuli; cellulae media pallide brunneae; cellulae basilare hyalinae vel subhyalinae. Conidial fungi, hyphomycetes. Teleomorph unknown. Colonies on natural substratum efffuse, palle brown. Mycelium superficial and immersed. Conidiophores macronematous, mononematous, arising from radially lobed basal cells, erect, solitary, unbranched, straight or flexuous, septate, smooth, brown. Conidiogenous cells monoblastic, terminals, integrated, 70 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... percurrent. Secession rhexolytic. Conidia acropleurogenous, solitary, versicolored, septate, obovoid, dry, smooth, distal cells brown with lobulate apex, median cells pale brown, basal cells hyaline to subhyaline. Species typica: Rhexolobulomyces pulcher S. M. Leão & Gusmão Rhexolobulomyces pulcher S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov. Figs. 1–9 Conidiophora macronematosa, mononematosa, ex cellulis basilaribus elongatis, oriunda basi lobata radiatim, gregaria, erecta, solitaria, non ramosa, recta vel leniter flexuosa, 3–7-septata, laevia, brunneae, 69–157.5 × 6–18 µm. Cellulae conidiogenae monoblasticae, in conidiophoris incorporatae, terminales vel intercalares, percurrentes, cylindricae vel lageniformis, laevia, dilute brunneae. Secessio conidiorum rhexolica. Conidia acropleurogena, solitaria, versicoloria, 2–septata, obovoidea, ad apicem lobulata, sicca, laevia; cellulae distalia atro brunnea, apicem cum 5–9 lobuli; cellulae media pallide brunneae; cellulae basilare hyalinae vel subhyalinae 10–18.5 × 7–12 µm. Conidiophora macronematosa, mononematosa, erect, solitary, straight vel slightly flexuose, 3–7-septate, smooth, brown to pale brown, 69–157.5 × 6–18 µm. Conidiogenous cells monoblastic, holoblastic, terminal, integrate, percurrent, cylindric to lageniforme, smooth, pale brown. Secession rhexolytic. Conidia acropleurogenous, solitary, versicolored, 2–septate, obovoid, dry, smooth; distal cells brown with 5–9 lobule at apex, median cells pale brown, basal cells hyaline to suhyaline, 10–18.5 × 7–12 µm. Specimens examined: BRAZIL, Bahia: Coribe, on fallen leaves of unidentified dicotyledonous plant, 18 Feb 2008, leg. S. M. Leão-Ferreira. (HOLOTYPE: HUEFS136873). Acrophragmis, Arachnophora and Uberispora resembled Rhexolobulomyces. Some characteristics have been observed, such as, macronematous, mononematous, septate, smooth, pale brown to brown conidiophores; monoblastic, integrated, percurrent proliferations conidiogenous cells; rhexolytic secession of septate, versicolored conidia with hemispherical 71 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... protuberances, arms or satellite cells, respectivelly (Kiffer & Reisinger 1970, Ellis 1971, 1976, Hughes 1979, Rao & De Hoog 1986). All related genera have conidiogenesis similar to Endophragmiella, but this genus has conidia smooth or verrucose without protuberances, lobules, arms or satellite cells (table 1). The new genus is morphologically most related to Acrophragmis, but the hemispherical protuberances are observed only on the brown middle cells of conidia (Kiffer & Reisinger 1970). According Hughes (1979) the presence of the protuberance in this genus, as observed in Rhexolobulomyces, differentiates them of Endophragmiella. The versicolored conidia of Rhexolobulomyces are too comparable with the conidia of Arachnophora and Uberispora, however, the conidia of these genera are considered as staurosporous with arms or with satellite cells, respectively and these genera produce Selenosporella-like synnanamorphs (Ellis 1971, 1976). For these strong and conspicuous distinctions the new taxa is proposed. TABLE I. Synoptic table of related genera with Rhexolobulomyces Genera Conidiophores Conidia Reference Acrophragmis unbranched acrogenous, median cell with hemispheric protuberances Kiffer & Reisinger (1970) Arachnophora unbranched acrogenous, staurosporous (arms) Ellis (1971) Endophragmiella unbranched/branched acrogenous, smooth or verrucolose Hughes (1979) Rhexolobulomyces unbranched, arising from acropleurogenous, with lobule at apex lobed basal cell This paper Uberispora unbranched/branched, arising from lobed basal cell Ellis (1976) acrogenous, staurosporous (satellite cells) Acknowledgment The authors thanks PPBIO (Program of Research on Biodiversity in the Brazilian semi-arid) for financial support and Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGBot/UEFS). The first author extend the gratefully to CAPES. 72 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Literature Cited Barbosa FR, Gusmão LFP, Castaneda Ruiz RF, Marques MFO, Maia LC. 2007. Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. New species Deightoniella rugosa & Diplocladiella cornitumida with new records for the neotropics. Mycotaxon 102: 39-49. Castañeda Ruiz RF. 2005. Metodología en el estudio de los hongos anamorfos. In: Anais do V Congresso Latino Americano de Micologia, Brasília, Brasil. p.182-183. Cruz ACR, Gusmão LFP, Castañeda Ruiz RF. 2007a. Conidial fungi from the semi-arid Caaatinga biome of Brazil. Subramaniomyces pulcher sp. nov. and notes on Sporidesmium circinophorum. Mycotaxon 102: 25-32. —, —, Leão-Ferreira SM, Castañeda Ruiz RF. 2007b. Conidial fungi from semi-arid Caatinga biome of Brazil. Diplococcium verruculosum sp. nov. and Lobatopedis longistriatum sp. nov. Mycotaxon 102: 33-38 Ellis MB. 1971. Dematiaceous hyphomycetes. Commonwealth Mycological Institute, UK. Ellis MB. 1976. More Dematiaceous hyphomycetes. 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Mycotaxon 104: 309-312. Pirozynski, KA & Hodges, CS. 1973. New hyphomycetes from South Carolina. Canadian Journal Botanic 51: 157-173. Rao, V & De Hoog, GS. 1986. New or critical hyphomycetes from Índia. Studies in Mycology 28: 1-84. Sutton, BC. 1973. Hyphomycetes from Manitoba and Saskatchenwan, Canada. Mycological Papers 132:1-143. 74 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... FIGS. 1–6. Rhexolobulomyces pulcher. 1, 2. Conidium and conidiophore. 1. Arrow detail of conidial septation. 2. Arrow detail of the percurrent proliferation. 3. Detail of conidia attached on conidiogenous cells. 4. Lobed basal cells of conidiophore. 5. Rhexolytic secession (arrow). 6. Detail of the conidial lobulate apex. Barr = 10µm. 75 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 8 7 FIGS. 7-8. Rhexolobulomyces pulcher. 7. Conidia and conidiophore. 8. Rhexolytic secession (arrow). Barr = 10µm. 76 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... CAPÍTULO III New species of Arachnophora, Diplococcium and Hermatomyces from semi-arid Caatinga biome of Brazil Artigo a ser submetido para publicação na Fungal Diversity Resumo: Três espécimes lignícolas associados à casca em decomposição, coletados na região semi-árida são descritas, ilustradas, comentadas e propostas como novas. Arachnophora polybrachiata difere das espécies descritas pelo número de ramificações nos conídios; Diplococcium multiseptatum apresenta conídios maiores e septos numerosos; Hermatomyces uniseriatus se caracteriza pela presença de apenas uma coluna de células nos conídios cilíndricos. Tabelas sinópticas e chaves para todas as espécies relacionadas com os gêneros citados estão incluídas. Palavras- chaves: diversidade, fungos conidiais, fungos lignícolas. 77 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Fungal diversity New species of Arachnophora, Diplococcium and Hermatomyces from semiarid Caatinga biome of Brazil. Leão-Ferreira, S.M. 1 and Gusmão L.F.P.1* 1 LAMIC – Laboratório de Micologia, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Avenida Transnordestina s/n, bairro Novo Horizonte, Feira de Santana – BA, CEP 44.036- 900, Feira de Santana, Bahia, Brasil. Leão-Ferreira, S.M. and Gusmão, L.F.P. (200x). New species of Arachnophora, Diplococcium and Hermatomyces from semi-arid Caatinga biome of Brazil. Fungal Diversity XX: xx-xx. Two interesting lignicolous specimens collected on decaying bark from the semi-arid region are described, illustrate, comment and proposed as new. Arachnophora polybrachiata differing from described species by the number of the arms on conidia; Diplococcium multiseptatum has a bigger and multiseptate conidia than the currently species; Hermatomyces uniseriatus is characterized by the presence of only one column on the cylindrical conidia. A synoptic tables and a keys for all species related with the above mentioned genera are including. Key words: anamorphic fungi, diversity, lignicolous fungi Article Information Received Accepted Published online * Corresponding author: Luís F.P. Gusmão; e-mail: [email protected] Introduction Several species of conidial fungi associated with plant debris in the semi-arid Caatinga biome of Brazil were found during recent surveys (Barbosa et al. 2007; Marques et al. 2007; Cruz et al. 2007a, b; Gusmão et al. 2008; Leão-Ferreira et al. 2008). This contribution was carried out at the “Serra do Ramalho”, one of the 27 areas with high biological importance of the Caatinga biome (Velloso et al. 2002). According to Barbosa et al. (2006) this region has extensive areas with a flat surface soil, several rocks and in the major part of the semi-arid zone, as soon as the drought months get under way, the smaller rivers become ever more sluggish, eventually drying up completely. The municipality of Coribe (13°35’37”S; 44°18’30”W) is near (1.500 − 5.000 m) to the “São Francisco” river, the largest in the region and one of the great rivers of Brazil. It crosses for about 2.700 km (almost 1.700 miles), a large part of Minas Gerais State before entering Bahia State, which contains 48.2% of its river basin, bordering Pernambuco State to its north then finally flowing into the Atlantic Ocean further north between the States of Sergipe and Alagoas. 78 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Materials and methods Samples of plant litter were placed in separate paper bags and taken to the laboratory. The litter was then incubated at 25º C in Petri dishes, within moist chambers, consisting of plastic boxes (170 L capacity) containing 200 ml of sterile water plus 2 ml of glycerol (Castañeda-Ruiz 2005). The samples were examined at regular intervals for the presence of microfungi. Mounts were prepared in polyvinyl alcohol-glycerol (8.0 g in 100 ml of water, plus 5 ml of glycerol) and measurements made at a magnification of ×1000. Results Arachnophora polybrachiata S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov. (Figs. 1–6) MycoBank: Etymology: Latin, poly- in reference to number of the arms at conidia; -brachiata in reference to arms. Conidiophores macronematous, mononematous, cylindrical, simple, erect, straight 3–4-septate, smooth, pale brown, 23–50 × 2–4 µm. Conidiogenous cells monoblastic, integrate, percurrent, terminal, cylindric, smooth, pale brown. Secession rhexolytic. Conidia solitary, staurospores, complex, composed of 2–3 central cells, irregular, smooth, brown, 13–21 × 16–23 µm and 9–14 conical 0–1-septate arms; basal central cells tapering at base, bearing remains of the conidiogenous cells; conical arms with basal cells brown 3–4 × 3–5.5 µm and distal cells hyaline 3–4.5 × 3.5–8 µm; synanamorph Selenosporella-like present at the tip of arms producing fusiform, hyaline, one celled conidia, 4–5 × 0.5–1 µm. Material examined: Holotype: HUEFS136869. BRAZIL. Bahia: Coribe, on rotten bark. 15 II 2008, leg. S. M. Leão-Ferreira. Teleomorph: unknown. Habitat: saprobe. Know distribution: Brazil. Notes: The genus Arachnophora Hennebert (1963) comprises five species, A. fagicola Hennebert, A. hughesii R.F. Castañeda & Guarro (Castañeda Ruiz & Guarro 1998), A. polyradiata (Mercado & R.F. Castañeda) R.F. Castañeda & W. Gams, A. pulneyensis (Subram. & Bhat) R.F. Castañeda (Castañeda-Ruiz et al. 1996) and A. uberisporoides R.F. Castañeda, W. Gams & Saikawa (Castañeda-Ruiz et al. 1997). All species were collected from decaying plant material, as leaves, barks and fruits (Castañeda-Ruiz & Guarro 1998; Hughes 1979). Arachnophora is characterized by the presence of conidiogenous cells monoblastic, integrated, with percurrent proliferations and pigmented, complex, multicellular, staurospores conidia, with several radially arms (Castañeda-Ruiz & Guarro 1998). The conidiophores of the new proposed species are very small and paler brown, when compared with the described species (Castañeda-Ruiz et al. 1997; Castañeda-Ruiz & Guarro, 1998; MercadoSierra & Castañeda-Ruiz, 1984; Wu & Zhuang 2005). Arachnophora polyradiata and A. hughesii are the species with several numbers of arms, but less when compared with A. polybrachiata. These last species still differ for presenting arms major and central cells smaller, respectively (Table. 1). Arachnophora pulneyensis have the mensurament of central cells very closely of the specimen examined, but it is easy differentiate by the presence of only three arms. Arachnophora uberisporoides and A. fagicola are too distingueshed by the presence of the unicellular and curve arms, respectively. Key to accepted Arachnophora species 1. Arms with 1-celled........A. uberisporoides 1. Arms with more 1-celled..........................2 2. Arms curved.............................A. fagicola 2. Arms straight............................................3 3. Basal central cells hyaline........................4 3. Basal central cells pigmented...................5 4. Central cells 8–12 × 8–13 µm…………… 79 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... …………………………………..A. hughesii 4. Central cells 17–23 × 12–15 µm………… …………….............................A. polyradiata 5. Central cells with 1–3 arms……………… ……………………………….A. pulneyensis 5. Central cells with 9–14 arms…………….. ............................................A. polybrachiata Diplococcium multiseptatum S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov. (Fig. 7–15) Mycobank Etymology: Latin, multiseptatum- in reference to number of septa at conidia. Conidiophores macronematous, mononematous, aggregate, simple, straight, 1–6-septate, smooth, palle brown, 10.5–36 × 3–3.5 µm. Conidiogenous cells mono- and polytretic, integrate, determinate, cylindrical, terminal and intercalary, pale brown, smooth, palle brown. Secession schizolytic. Conidia catenulate, 2–13septate, cylindric, obtuse ends, branched, dry, smooth to verrucose, palle brown, 11– 52 × 4–6 µm. Material examined: Holotype: HUEFS136876. BRAZIL. Bahia: Coribe, on bark. 16 IV 2008, leg. S. M. Leão-Ferreira. Teleomorph: unknown. Habitat: saprobe. Know distribution: Brazil. Notes: Diplococcium Grove have 24 species, world wide distributed associated with several substrates as, root, leaf, wood, bark, submerged or terrestre (Braun et al. 1996; Cruz et al. 2007; Goh & Hyde 1996; Shirouzu & Harada 2008; Wang & Sutton 1998). Diplococcium is characterized by the macronematous, frequently branched conidiophores, with integrate, terminal or intercalar polytretic conidiogenous cells and simple or branched catenate conidia (Ellis 1963; Goh & Hyde 1996). Diplococcium asperum Piroz. (Pirozynski 1972) and D. verruculosum A. C. Cruz et al. (Cruz et al. 2007) are the two species with ornamented conidia, difering from D. multiseptatum by the conidia 1-septate and 1–4-septate, respectivelly (Table 2). The concolor cylindric conidia of D. stoveri (M. B. Ellis) R. C. Sinclair et al. (Sinclair et al. 1985), D. varieseptatum Goh & Hyde (Goh & Hyde 1998) and D. verruculosum are too similar with D. multiseptatum. However, the conidia of D. stoveri and D. varieseptatum are smooth, thick walled and has less number of septa. Diplococcium verruculosum has verrucose conidia and the largest similar with D. multiseptatum, but it is easy separeted by the smaller conidia and number of septa. Key to accepted Diplococcium species (after Goh & Hyde 1998) 1. Conidia rough…………………………...2 1. Conidia smooth…………...…………….4 2. Conidia 1-septate……….……D. asperum 2. Conidia more 1-septate………………....3 3. Conidia 1–4-septate, 9–25 µm ….……………...………….D. verruculosum 3. Conidia 2–13-septate, 11–52 µm ……….. ..…………..…………...….D. multiseptatum 4. Conidia versicolor………………………5 4. Conidia concolor……………………....13 5. Conidia 0-septate, 8.5–13 µm ….……...... ……………………………….…..D. parcum 5. Conidia 1–3-septate……………………..6 6. Conidia 1-septate......................................7 6. Conidia 2–3-septate……………………10 7. Conidia ellipsoid...........................…..….8 7. Conidia obclavate.....................................9 8. Conidia ellipsoid to piryform, 5–13 × 4–5 µm.....................………………D. aquaticum 8. Conidia ellipsoid to clavate, 9–16.5 × 4.5 – 6 µm........................................D. laurencei 9. Conidia obclavate to lageniform, 11–20 × 4–5.5 µm........................................D. bicolor 9. Conidia obclavate to obpyriform, 11–15 × 3–4.5 µm..............................D. graminearum 10. Conidia 2-septate.................................11 10. Conidia 2–3-septate..............................12 11. Conidia obclavate to ellipsoid, 9.5–22 × 8–11 µm......................................D. insolitum 11. Conidia subellipsoid, 17–25 × 7–9 µm...........................................D. laxusporum 12. Conidia 2–3-septate, 20–40 × 8–10 µm...........................................D. constrictum 80 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... 12. Conidia 3-septate, 16–26 × 8–13 µm...................................................D. grovei 13. Conidia 0-septate..................................14 13. Conidia 0–7-septate..............................15 14. Conidia cylindric to ellipsoid, 7.5–12 × 2.5–5.5 µm.................................D. capitatum 14. Conidia subglobose, oval to oblong, 7– 12 × 5–7 µm…………….………D. hughesii 15. Conidia 0–1-septate..............................16 15. Conidia with up to more 1-septate.......19 16. Conidia up to 10 µm…..……………...17 16. Conidia with up to more 10 µm….…..18 17. Conidia elliptical, obovate, 4.5–10 × 2.5–4 µm…...…………….D. heterosporum 17. Conidia oblong, ends rounded, 6–9 × 3– 4 µm…...………………………D. spicatum 18. Conidia ellipsoid, ovoid, subcylindric, fusiform, 8–23 × 4–7 µm…D. atrovelutinum 18. Conidia ellipsoid, clavate to obclavate, 13–29 × 6–9 µm….......…….D. clavariarum 19. Conidia 0–3-septate……....………......20 19. Conidia with up to more 3-septate…...24 20. Conidia 0–3-septate, 8–40 × 4.5–6 µm....………...…………...……..D. pandani 20. Conidia 1–3-septate…………………..21 21. Conidia 1–2-septate ………………….22 21. Conidia 1–3-septate, 16–32 × 5.6–9 µm ………...………………………….D. clarkii 22. Conidia smaller, 12–17 × 6–9 µm.......................................D. dendrocalami 22. Conidia longer .....................................23 23. Conidia elliptic to subcylindric, 12–30 × 5–7.5 µm..................................D. pulneyense 23. Conidia fusiform to ovate, 12–34 × 7– 10.5 µm..........................D. peruamazonicum 24. Conidia 1–5-septate, 11–55 × 5–15 µm ……………………………D. varieseptatum 24. Conidia 1–7 septate, 14–33 × 6–9 µm……………………………….. D. stoveri Hermatomyces uniseriatus S.M. Leão & Gusmão anam. sp. nov. (Figs. 16–20) MycoBank: Etymology: Latin, uniseriatus in reference to number of columns in cylindrical conidia. Conidiophores macronematous, mononematous, simple, straight or flexuous, septate, smooth, olivaceous to hyaline 10.5– 30.5 × 1.5–6 µm. Conidiogenous cells monoblastic, terminal, integrated, determinated, cylindrical, smooth, hyaline. Secession schizolytic. Conidia solitary, with two kinds: type a, lenticular, muriform, subespheric, smooth, brown, peripherical cells subhyaline to pale brown 27–36 µm diam; 15.5–24 µm thickness; type b, cylindrical, one column composed with 3–4 cells, septate, constrict at septa, apical cell verrucose, olivaceous 19–34 × 10–12.5 µm; Material examined: Holotype: HUEFS136871. BRAZIL. Bahia: Coribe, on rotten bark, 13 II 2008, leg. S.M. LeãoFerreira. Additional material examined: HUEFS136872. BRAZIL. Bahia: Coribe, on rotten bark, 20 II 2008, leg. S.M. LeãoFerreira; Hermatomyces tucumanensis Speg., ARGENTINA. Tucuman, Parque Roca, on Smilax campestris, 10 IV 1906. leg. Spegazzini. (Holotype LPS15823) Teleomorph: unknown. Habitat: saprobe. Know distribution: Brazil. Notes: Lignicolous substrats are preferred by three Hermatomyces species, H. amphisporus R.F. Castañeda & Heredia, H. dimorphus Vasant Rao & de Hoog, H. tucumanensis Speg.; only one, H. sphaericum (Sacc.) S. Hughes was collelected on dead leaves (Castañeda-Ruiz & Heredia Abarca 2000; Chang 1995; Ellis 1971; Heredia-Abarca et al. 1997; HerediaAbarca & Mercado-Sierra 1998; HolubováJechová & Mercado-Sierra 1989; Matsushima 1993; Mercado-Sierra 1984; Rao & De Hoog 1986). Hermatomyces Speg. (1910) is characterized by presence of conidiophores macronematous, with conidiogenous cells monoblastics, integrate, terminal and conidia with tow kind: type a, are lenticular muriform, with peripherals cells subhyaline to pale brown, and central cells dark bronw; type b, are cylindrical and irregular pigmented. The productions of the two kinds of conidia are presente in three species. Hermatomyces amphisporus and H. dimorphus, the cylindrical conidia are formed with four columns composed by 6– 11 and 7 cells, respectively (Castañeda-Ruiz 81 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... & Heredia-Abarca 2000); H. tucumanensis only two columns with 2–3 cells was observed (Chang 1995; Ellis 1971; Matsushima 1993; Rao & De Hoog 1986). The lenticular conidia of H. uniseriatus are similar with H. amphisporus and H. dimorphus (Castañeda-Ruiz & Heredia 2000; Rao & De Hoog, 1986), but the accepted species can be separate by the size and shape of the cylindrical conidia (Table 3). The cylindrical conidia could be considered as a sterile structure. Rao & De Hoog (1986) described this conidia/structure as “paraphyses”, suggesting the possible function in Hermatomyces. However, the greater part of authors considers this structure as a conidia (Ellis 1971; MercadoSierra 1984; Heredia-Abarca et al. 1997; Heredia-Abarca & Mercado-Sierra 1998; Holubová-Jechová & Mercado-Sierra 1989; Matsushima 1993; Chang 1995; CastañedaRuiz & Heredia-Abarca 2000). Key to accepted Hermatomyces species 1. One kind of conidia..............H. sphaericus 1. Two kinds of conidia................................2 2. Conidia cylindrical with 4 columns of cells..............................................................3 2. Conidia cylindrical with 1–2 columns of cells..............................................................4 3. Columns with 6–11 cells............................ ..............................................H. amphisporus 3. Columns with 7 cells............H. dimorphus 4. Conidia with two columns…………......... …………………………….H. tucumanensis 4. Conidia with one column....H. uniseriatus Acknowledgements Part of the support for this work came from the Program of Research of Biodiversity in the Brazilian Semi-arid (PPBIO Semi-arid/Ministry of Technology and Science). The authors L.F.P. Gusmão and S.M. Leão-Ferreira thank the CAPES and “Programa de Pós-graduação em Botânica – PPGBot/UEFS”. 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Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Table 1. Synoptic characteristics for accepted Arachnophora species. Species Arachnophora fagicola Central cells of conidia N° size (µm) 2 15–20 × 10–13 N° 1–3 Arms size (µm) 10–25 × 1–3 Arachnophora hughesii 1–2 8–12 × 8–13 2–5 5–17 × 5–8 Arachnophora polybrachiata 2(-3) 12–21 × 14–22 9–14 7–10 × 4–7 Arachnophora polyradiata 2 17–23 × 12–15 5–6(-7) Arachnophora pulneyensis 2 15–25 × 8–12 1–3 Arachnophora uberisporoides 2 17–20 × 12–15 4–6 15–20 × 6.5–7.5 5–10 × 3–6 3–5 × 2.5–5 85 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Table 2. Synoptic characteristics for accepted Diplococcium species. Species D. aquaticum D. asperum D. atrovelutinum D. bicolor D. capitatum D. clarkii D. clavariarum D. constrictum D. dendrocalami D. graminearum D. grovei D. heterosporum D. hughesii D. insolitum D. laurencei D. laxusporum D. multiseptatum D. pandani D. parcum D. peruamzonicum D. pulneyense D. spicatum D. stoveri D. varieseptatum D. verruculosum Conidia colour shape wall ellipsoid, pyriform ellipsoid, obclavate ellipsoid, ovoid, subcylindric, fusiform obclavate, lageniform short cylindric, broadly ellipsoid ellipsoid, subcylindric, obclavate ellipsoid, clavate, obclavate obovate, clavate oblong, ellipsoid narrowly obpyriform, obclavate obovate, clavate elliptisoid, obovate subglobose, ovate to oblong broadly obclavate, ellipsoid ellipsoid, clavate subellipsoid cylindric, ends obtuse ellipsoid, cylindric ovate, ellipsoid, obpyriform broadly fusiform, ovate elliptic, subcylindric oblong, ends rounded cylindric, obclavate cylindric, ellipsoid oblong, cylindric smooth rough smooth Size (µm) versiconcon- N° septa 1 1 0 (-1) 5–13 × 4–5 15–20 × 5.5–7 8–23 × 4–7 smooth smooth versicon- 1 0 11–20 × 4–5.5 7.5–12 × 2.5–5.5 smooth con- 1–3 16–32 × 5.6–9 smooth con- 0–1 13–29 × 6–9 smooth smooth smooth versiconversi- 2–3 1–2 1 20–40 × 8–10 12–17 × 6–9 11–15 × 3–4.5 smooth smooth smooth versiconcon- 3 0–1 0 16–26 × 8–13 4.5–10 × 2.5–4 7–12 × 5–7 smooth versi- 2 9.5–22 × 8–11 smooth smooth rough smooth smooth versiversiconconversi- 1 2 2–13 0 (-1–3) 0 9–16.5 × 4.5–6 17–25 × 7–9 11–52 × 4–6 8–40 × 4.5–6 8.5–13 × 5.5–8 smooth smooth smooth smooth smooth rough conconconconconcon- 1–2 1–2 1 1–7 1–5 1–4 12–34 × 7–10.5 12–30 × 5–7.5 6–9 × 3–4 14–33 × 6–9 11–55 × 5–15 9–25 × 4.5-6 86 Leão-Ferreira, S. M. 2009. Fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na... Table 3. Synoptic characteristics for accepted Hermatomyces species. Species H. amphisporus H. dimorphus H. sphaericum H. tucumanensis H. uniseriatus Lenticular conidia diâm. width (µm) (µm) 28–35 12–15 35–55 15–20 24–30 15–21 31–42 14–16 27–36 15.5–24 Cylindrical conidia size (µm) Nº columns (cells) 30–38 × 20–26 15–40 × 10–15 Absent 31–46 × 17–28 19–34 ×10–12 4 (6–11 cells) 4 (7 cells) Absent 2 (2–3cells) 1 (3–4 cells) 87 3 1 5 2 4 6 Fig. 1-6. Arachnophora polybrachiata. 1. General aspect. 2. Detail of the percurrent proliferation. 3. Conidium secession. 4-5. Conidia. 6. Detail of the arms. barr = 10µm. 8 10 9 13 14 7 11 12 15 Fig. 7-15. Diplococcium multiseptatum. 7. General aspect. 8-10. Tretic development and secession. 11. Branched conidia. 12-15. Detail of conidia. barr = 10µm. 88 17 16 18 19 20 Fig. 16-20. Hermatomyces uniseriatus. 16. Lenticular conidia. 17. Cylindric and lenticular conidia. 18. Lenticular conidia with lateral view. 19-20. Cylindric conidia verrucose apex. barr = 10µm. 89 CAPÍTULO IV Fungos conidiais da Caatinga. Endophragmiella tubercullata anam. sp. nov. e novos registros do gênero para o Brasil. Artigo a ser submetido para publicação na Mycotaxon Resumo–Três espécimens interessantes foram encontrados durante investigação de fungos conidiais no semi-árido brasileiro. Uma nova espécie, Endophragmiella tubercullata, e dois novos registros, E. collapsa para o Neotrópico e E. dimorphospora para a América do Sul são apresentadas com comentários, ilustrações e uma chave para as espécies próximas de E. tubercullata. Palavras-chave– hifomicetos, semi-árido, serapilheira 90 MYCOTAXON Mycotaxon Styles 2008 August 18, 2008, revision Fungos conidiais da Caatinga. Endophragmiella tubercullata anam. sp. nov. e novos registros do gênero para o Brasil SHEILA MIRANDA LEÃO-FERREIRA [email protected] & LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO [email protected] Departamento de Ciências Biológicas,Laboratório de Micologia Universidade Estadual de Feira de Santana Av. Transnordestina s/n, bairro Novo Horizonte, Feira de Santana – BA, CEP 44.036- 900, Feira de Santana, BA, Brasil. Abstract–Three interesting specimens was found during investigation of the conidial fungi from Brazilian semi-arid. A new species, Endophragmiella tubercullata, and two new records, E. collapsa to Neotropic and E. dimorphospora to South America are presented with commentaries, illustrations and a key for the related species to E. tubercullata. Key words – hyphomycetes, semi-arid, serapilheira Introdução Endophragmiella Sutton foi proposto para acomodar duas espécies hiperparasitas, E. pallescens B. Sutton e E. canadensis (Ellis & Everth.) B. Sutton com secessão rexolíticas dos conídios (Sutton 1973). Atualmente, este gênero congrega 75 espécies e uma variedade (Wu & Zhuang 2005) e se caracteriza pela presença de conidióforos macronemáticos, mononemáticos, células conidiogênicas integradas, percorrentes, conídios solitários, euseptados ou dictioseptados com secessão rexolítica (Sutton 1973; Hughes 1979). As espécies de Endophragmiella são encontradas tanto em áreas temperadas quanto tropicais (Wu & Zhuang 2005). Até o presente, foram registradas três espécies do gênero para o Brasil: E. boewei (J.L. Crane) S. Hughes, associadas à decomposição de folhas de Miconia cabussu Hoehne (Gusmão et al. 2001); E. quadrilocularis Matsush. (Marques et al. 2008) e E. rigidiuscula R.F. Castañeda (Leão-Ferreira et ac. 2008) associadas à decomposição de pecíolos de dicotiledônea não identificada. 91 A região da Serra do Ramalho (13º30’S; 44º15’W), inserida no semiárido brasileiro, ocupa uma área de 2mil Km², compreendendo os municípios de Cariranha, Coribe, Feira da Mata, Serra do Ramalho (Rubbioli 2003), Cocos e São Félix do Coribe (Ministério Da Integração Nacional 2005). Apresenta altitudes que variam entre 600-800m, com picos de até 1000m, e pluviosidade entre 1200-600mm (Moreno 2006), composta por formações de Floresta estacional decidual e semidecidual (SEI 2001), apresentando grande disponibilidade de serapilheira. Material e Método Amostras de serapilheira foram coletadas em novembro de 2007 e fevereiro de 2008, nos municípios de Coribe, São Félix do Coribe e Serra do Ramalho. Os substratos vegetais coletados foram embalados em sacos de papel Kraft, levados ao laboratório onde foram submetidos à técnica de lavagem em água corrente e acondicionados em câmaras-úmidas (Castañeda-Ruiz 2005). As amostras foram observadas durante 45 dias e os espécimes coletados sob estereomicroscópio foram montados em lâminas com meio composto por Resina PVL (álcool polivinílico + ácido lático + fenol) (Trappe & Schenck 1982), sendo depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Parte Taxonômica Endophragmiella tubercullata S. M. Leão & Gusmão anam. sp. nov. Figs. 1–7 MYCOBANK COLONIAE effusae, brunneae. MYCELIUM plerumque in substrato immersum. HYPHAE septate, ramosae, laeviae, brunneae. CONIDIOPHORA solitaria, macronemata, mononemata, erecta, simplicia vel ramificata, recta, septata, laevia, 12,5−106 × 3.5−5,5 µm. CELLULAE CONIDIOGENAE monoblasticae, terminales et intercalares in conidiophoris incorporatae, cum proliferationibus percurrentes, cylindricae, laeviae, pallide brunneae. CONIDIA solitária, 1-septata, obovoidea, simplicia, sicca, cellula distalis 8,5−12 µm, cellulae proximalis 6−7µm, tubercullate, brunneae 14,5−19 ×10,5−18,5µm. TELEOMORPHOSIS ignota. HOLÓTIPO: HUEFS 136870. BRASIL. Bahia: Coribe, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 19 III 2008, col. S. M. Leão-Ferreira. ETIMOLOGIA: tubercullata em referência à presença de conídios tuberculados. COLÔNIAS efusas, castanhas. MICÉLIO imerso no substrato. HIFAS septadas, ramificadas, lisas, castanhas. CONIDIÓFOROS macronemáticos, mononemáticos, simples ou ramificados, retos, septados, lisos, castanhos 12,5–106 × 3,5–5,5 µm; CÉLULAS CONIDIOGÊNICAS monoblásticas, terminais ou intercalares, integradas, com proliferações percurrentes, anelídicas, cilíndricas, lisas, castanho-claras; CONÍDIOS solitários, 1septados, obovóides, simples, secos, célula distal 8,5–12 µm, célula 92 proximal 6–7 µm, tuberculados, castanhos 14,5–19 × 10,5–18,5 µm. Secessão rexolítica. Teleomorfo desconhecido. COMENTÁRIOS: Endophragmiella dingleyae S. Hughes (Hughes 1978a) e E. unisetulata (Matsush.) S. Hughes (Hughes 1979) são as únicas espécies do gênero que apresentam conídios verrucosos. No entanto, são facilmente distinguidas pela presença de conídios esféricos, 0-septados e conídios obclavados, 2-septados, respectivamente. Considerando as espécies que apresentam conídios obovóides 1-septados, temos E. globulosa (B. Sutton) S. Hughes (Hughes 1978c), E. pinicola (M.B. Ellis) S. Hughes (Hughes 1979), E. resinae P. M. Kirk (Kirk 1981), E. taxi (M.B. Ellis) S. Hughes (Hughes 1979) e E. uniseptata (M.B. Ellis) S. Hughes (Hughes 1979). Dentre as espécies acima citadas, E. taxi e E. uniseptata apresentam conídios com as células distais e proximais do mesmo tamanho, enquanto E. pinicola apresenta células distais levemente maiores (Tabela 01). Os resquícios oriundos da secessão do conídio nestas três espécies e em E. resinae são inconspícuos, em E. globulosa são conspícuos com dimensões muito próximas aos do material ora examinado (Hughes 1979). Morfologicamente, E. globulosa é a espécie mais próxima de E. tubercullata, por apresentar conídios obovóides à subglobosos, diferindo na pigmentação das células distais e proximais e por apresentar conídios com paredes lisas. A pigmentação castanho-amarelada, bem como a ornamentação peculiar observada nos conídios de E. tubercullata são argumentos fortes para proposição de uma nova espécie. Tabela 1. Sinopse das espécies próximas de E. tubercullata Espécies E. globulosa E. pinicola E. resinae E. taxi E. uniseptata E. tubercullata Conídios Forma Tamanho (µm) obovóide à subgloboso 15,3–20 × 12,5–16,2 obovóide à piriforme 11–14,4 × 5,4–7,2 obovóide à piriforme 17–22 × 9–13 obovóide à elipsóide 14,4–16,2 × 8,5–10 obovóide à elipsóide 16–25 × 9–12,5 obovóide 15–19, 5 × 10,5–18,5 Referências Hughes (1979) Hughes (1979) Hughes (1979) Hughes (1979) Hughes (1979) Este trabalho Chave para as espécies próximas de E. tubercullata (conídios obovóides 1-septados). 1a. Célula distal igual à célula proximal......................................................... 2 1b. Célula distal maior que célula proximal.................................................... 3 2a. Conídios 14,4–16,2 × 8,5–10 µm...................................................... E. taxi 2b. Conídios 16–25 × 9–12,5 µm................................................. E. uniseptata 3a. Célula distal levemente maior que a proximal........................... E. pinicola 3b. Célula distal maior que a proximal............................................................ 4 4a. Cicatriz inconspícua ................................................................... E. resinae 4b. Cicatriz conspícua .................................................................................... 5 93 5a. Conídios lisos, 15,3–20 × 12,5–16,2 µm................................. E. globulosa 5b. Conídios verrucosos, 15–19, 5 × 10,5–18,5 µm.................. E. tubercullata Endophragmiella collapsa (B. Sutton) S. Hughes, Fungi Canadenses, Ottawa: no. 126. 1978. Figs. 8–10 = Endophragmia collapsa B. Sutton, Mycological Papers 132: 54. 1973. CONIDIÓFOROS macronemáticos, mononemáticos, simples ou ramificados, retos à flexuosos, septados, lisos, castanhos 100–236 × 3–5 µm; CÉLULAS CONIDIOGÊNICAS monoblásticas, terminais, integradas, percurrentes, cilíndricas, lisas, castanho-claras; CONÍDIOS solitários, 2septados, septos escuros, elipsóides à ovóides, simples, secos, lisos, células apical castanho-escuras, células basais hialinas à castanho-claras, freqüentemente colapsadas, 14–17 × 7–9 µm. Secessão rexolítica. MATERIAL EXAMINADO: HUEFS 136880. BRASIL. Bahia: Coribe, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, 06 I 2008, col. S. M. Leão-Ferreira. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Canadá (Sutton 1973), Czechoslovakia (Holubová-Jechová 1986). COMENTÁRIOS: Dentre as espécies do gênero que apresentam conídios elipsóides e 2-septados E. biseptata (Peck) Hughes (Hughes 1978b), E. hughesii D. Hawksw. (Hawksworth 1979) e E. oblonga (Matsush.) S. Hughes (Hughes 1979) possuem conídios maiores e mais largos que E. collapsa. Uma característica marcante é a célula basal do conídio que se apresenta tipicamente colapsada (Holubová-Jechová 1986; Hughes 1979; Sutton 1973). O material examinado apresenta conidióforos maiores e conídios com septos mais espessos e escuros do que os relatados até o momento. Os conídios se apresentam mais estreitos quando comparados à descrição de Ellis (1976) e maiores que o material tipo (Sutton 1973). Este constitui o primeiro registro da espécie para o hemisfério sul e para América do Sul. Endophragmiella dimorphospora (Awao & Udagawa) S. Hughes, New Zealand Journal of Botany 17(2): 149. 1979. Figs. 11–13 = Endophragmia dimorphospora Awao & Udagawa, Transactions of the Mycological Society of Japan 15: 99. 1974. CONIDIÓFOROS macronemáticos, mononemáticos, simples ou ramificados, retos à flexuosos, septados, lisos, castanhos 28,5–273 × 3– 4,5 µm; CÉLULAS CONIDIOGÊNICAS monoblásticas, terminais, integradas, percurrentes, cilíndricas, lisas, castanho-claras; CONÍDIOS solitários, 1septados, obclavados, simples, secos, lisos, células apicais castanhoescuras, células basais castanho-claras, base truncada, 19,5–31 × 13,5– 19,5 µm. Secessão rexolítica. MATERIAL EXAMINADO: HUEFS 137808. BRASIL. Bahia: São Félix do Coribe, sobre galho em decomposição de dicotiledônea não identificada, 20 XII 2007, col. S. M. Leão-Ferreira. 94 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Austrália (Matsushima 1989), Cuba (Castañeda et al. 1998), Estados Unidos (Hughes 1979), Hong Kong e Japão (Farr et al. 2008), Ilhas Maurício (Dulymamode et al. 2001), Kenia (Caretta et al. 1999), México (Heredia et al. 1997), Taiwan (Matsushima 1980). COMENTÁRIOS: Endophragmiella dimorphospora foi descrita associada à solo e decomposição de folhas e outros detritos vegetais (Farr et al. 2008, Heredia et al. 1997). Dentre as espécies do gênero com conídios lisos, 1septados, que apresentam célula apical 1.5–3 vezes maior que a célula basal, temos E. biconstituta (Rambelli) Matsush., E. globulosa (B. Sutton) S. Hughes e E. resinae P.M. Kirk (Hughes 1978c; Kirk 1985; Wu & Zhuang 2005). Endophragmiella biconstituta apresenta conídios obpiriformes à subglobosos e castanho-escuros. Em E. globulosa e E. resinae os conídios apresentam célula basal com base hemisférica com cicatriz estreita, diferindo de E. dimorphospora que possui célula basal com base truncada com cicatriz larga. O material examinado apresenta conídios maiores do que a descrição original (Hughes, 1979) e dos espécimes estudados por Heredia et al. (1997) e Matsushima (1975). Este constitui o primeiro registro da espécie para a América do Sul. Agradecimentos Os autores agradecem ao Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGBot/UEFS), e ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio - semi-árido), Ministério da Ciência e Tecnologia, por todo apoio durante as expedições. A primeira autora estende os agradecimentos à CAPES pela bolsa concedida. Referências Caretta G, Piontelli E, Picco AM, Del Frate G. 1999. Some filamentous fungi on grassland vegetation from Kenya. Mycopathologia 145: 155-169. Castañeda-Ruiz, RF. 2005. Metodología en el estudio de los hongos anamorfos. In: Anais do V Congresso Latino Americano de Micologia, Brasília, Brasil, 182-183. Castañeda-Ruiz RF, Guarro J, Mayayo E, Decock C. 1998. Notes on conidial fungi. XVI. A new species of Dendryphiosphaera and some new records from Cuba. Mycotaxon 67: 9-19. Dulymamode R, Cannon PF, Peerally A. 2001. Fungi on endemic plants of Mauritius. Mycological Research 105 (12): 1472-1479. Ellis MB. 1976. More dematiaceous Hypohmycetes. England: Commonwealth Mycological Institute. Farr DF, Rossman AY. 2008. Fungal Databases, Systematic Mycology and Microbiology Laboratory, ARS, USDA. Disponível em http://nt.ars-grin.gov/fungaldatabases/, acesso em 08 de Outubro de 2008. Gusmão LFP, Grandi RAP, Milanez AI. 2001. Hyphomycetes from leaf litter of Miconia cabussu in a Brazilian Atlantic rain forest. Mycotaxon 79: 201-213. Hawksworth DL. 1979. The lichenicolous Hyphomycetes. Bulletin of the British Museum (Natural History) Botany Series 6: 183-300. Heredia G, Mena-Portales J, Mercado-Sierra A. 1997. Hyphomycetes saprobios tropicales. Nuevos registros de dematiáceos para México. Revista Mexicana de Micología. 13: 41-51. 95 Holubová-Jechová V. 1986; Lignicolous hyphomycetes from Czechoslovakia 8. Endophragmiella and Phragmocephala. Folia Geobotanical Phytotaxonomica 21: 173-197. Hughes SJ. 1978a. New Zealand Fungi 25. Miscellaneous species. New Zealand Journal of Botany 16: 311-70. Hughes SJ. 1978b. Endophragmiella biseptata. Fungi Canadenses 125: 1-2. Hughes SJ. 1978c. Endophragmiella globulosa. Fungi Canadenses 127: 1-2. Hughes SJ. 1979. Relocation of species of Endophragmia auct. With notes on relevant generic names. New Zealand Journal of Botany 17: 139-188. Kirk PM. 1981. New or interesting microfungi 1. Dematiaceous hyphomycetes from Devon. Transactions of the British Mycological Society 76: 71-87. Kirk PM. 1985. New or interesting microfungi XIV. Dematiaceous Hyphomycetes from MT Kenya. Mycotaxon 23: 305-352. Leão-Ferreira, SM, Cruz ACR, Castañeda-Ruiz RF, Gusmão LFP. 2008. Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. Brachysporiellina fecunda sp. nov. and some new records for Neotropica. Mycotaxon 104: 309-312. Marques, MFO, Gusmão, LFP, Maia, LC. 2008. Riqueza de espécies de fungos conidiais em duas áreas de Mata Atlântica no Morro da Pioneira, Serra da Jibóia, BA, Brasil. Acta Botânica Brasílica 22 (4): 954-961. Disponível em http://www.scielo.br, acesso em 17 de março de 2008. Matsushima T. 1975. Ícones microfungorum a Matsushima lectorum. Published by the author, Kobe. Matsushima T. 1980. Matsushima Mycological Memoirs No. 1. Saprophytic Microfungi from Taiwan, Part 1. Hyphomycetes. Matsushima Fungus Collect, Kobe. Matsushima T. 1989. Matsushima Mycological Memories 6. Published by the author, Kobe. Ministério da Integração Nacional. 2005. Secretaria de políticas de desenvolvimento regional. Nova delimitação do semi-árido brasileiro. Brasília: MI-SDR. Moreno JA. 2006. Bacias hidrográficas da Bahia. 2ª ed. Salvador: Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, 66p. Rubbioli EL. 2003. O potencial espeleológico da Serra do Ramalho. XXVII Congresso Brasileiro de Espeleologia. Disponível em http://www.sbe.com.br, acesso em 22 de março, 2007. SEI. 2001. Municípios Disponível em http://www.sei.ba.gov.br, acesso em março de 2007. Sutton BC. 1973. Hyphomycetes from Manitoba and Saskatchenwan, Canada. Mycological Papers 132:1-143. Trappe, J.M. & Schenck. N.C. 1982. Taxonomy of fungi forming endomycorrhizae (1-9). In: Methods an principles of mycorrhizal research. St. Paul, The American Phytopathological Society. Wu W, Zhuang W. 2005. Sporidesmium, Endophragmiella and related genera from China. Fungal Diversity Press. 96 4 5 3 6 1 7 2 Figuras 1-7: Endophragmiella tubercullata. 1-2. Aspecto geral. 3. Detalhe da proliferação percorrente. 4-5. Conídios jovens. 6. Detalhe da secessão rexolítica. 7. Detalhe da ornamentação. Barr = 10 µm 97 8 10 11 9 12 13 Fig. 8-13: 8-9. Endophragmiella collapsa. 8. Septação do conídio. 9. Aspecto geral. 10. Detalhe da proliferação percorrente. 11-13. E. dimorphospora. 11. Cup. 12. Detalhe da base truncada. 13. Aspecto geral. Barr = 10µm 98 CAPÍTULO V Vanakripa inexpectata anam. sp. nov., um novo fungo conidial do bioma Caatinga, semi-árido do Brasil. Artigo a ser submetido para publicação na Mycological Progress Resumo: Vanakripa inexpectata sp. nov. é descrita e ilustrada com base em um espécime coletado sobre substrato vegetal lignícola em decomposição no Estado da Bahia, Nordeste do Brasil. Esta é comparada com espécies já conhecidas e descrita como nova. Vanakripa rhizophorae é descrita, ilustrada e constitui o primeiro registro da espécie para a América do Sul. Vanakripa caracteriza-se pela formação de conidióforos micronemáticos, em esporodóquio, com células conidiogências indiferenciadas e conídios pigmentados com células de separação vermiformes. Vanakripa inexpectata coletada sobre galhos em decomposição apresenta conídios 1-septados, elipsóides, diferindo de V. gigaspora pela morfologia e tamanho dos conídios. Uma tabela sinóptica e ilustrações dos conídios de todas as espécies conhecidas de Vanakripa são apresentadas. Palavras-chave: hifomicetos, fungos lignícolas, Serra do Ramalho 99 Title: Vanakripa inexpectata anam. sp. nov., a new conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. Authors: Sheila Miranda Leão-Ferreira, Alisson Cardoso Rodrigues da Cruz, Luís Fernando Pascholati Gusmão Affiliaton: Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Micologia, Universidade Estadual de Feira de Santana. Av. Transnordestina s/n, Novo Horizonte, 44.036-900, Feira de Santana, BA, Brazil. Corresponding author: Luís Fernando Pascholati Gusmão; e-mail: [email protected]; Phone: 557532248019. Fax: 557532248132 Abstract — Vanakripa inexpectata anam. sp. nov. is described and illustrated based on specimen collected on lignicolous plant debris from Bahia State, Northeast of Brazil. Vanakripa rhizophorae is described, illustrated and it is recorded for the first time to South America. Vanakripa is characterized by punctiform sporodochial colonies, micronematous conidiophores with undifferentiated conidiogenous cells and pigmented conidia with vermiform separating cells. Vanakripa inexpectata collected on dead twigs have 1-septate, ellipsoid conidia, differing from V. gigaspora by morphology and conidial size. A synoptic table and a drawing of the all known Vanakripa species are provided. Taxonomical novelties: Vanakripa inexpectata S.M. Leão & Gusmão Key words — hyphomycetes, lignicolous fungi, “Serra do Ramalho”. Introduction During our continuing surveys of conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome, Northeast region of Brazil, numerous new or noteworthy conidial fungi were encountered. Several of these have been previously described (Barbosa et al. 2007, Cruz et al. 2007, 2008; LeãoFerreira et al. 2008, Marques et al. 2007, Gusmão et al. 2008). The “Serra do Ramalho” mountain (13º30’S; 44º15’W), occupying an area of approximately 2.000 Km2 (Rubbioli 2003), presents physical characteristics typical this region, as land generally shallow and 100 stony, with many rivers and temporary low rainfall. In this contribution, an interesting specimen of Vanakripa Bhat et al. (Bhat & Kendrick 1993) was collected and it is proposed here as new. Materials and methods Samples of litter, including bark and twigs, were placed in separate paper bags and taken to the laboratory. The bark and twigs were then incubated for 30 days, at room temperature in Petri dish moist chambers, stored within a plastic boxes (170 L capacity) containing 200 ml of sterile water plus 2 ml of glycerol. Samples were also observed with a dissecting microscope at regular intervals, for the presence of reproductive structures. Mounts were prepared in polyvinyl alcohol-glycerol (8.0 g in 100 ml of water, plus 5 ml of glycerol) and measurements made at a magnification of × 1000 on a bright field (BF) and phase contrast (PH) microscope (Axioscope 40, Carl Zeiss). Slides and dry material are deposited at Herbarium of the State University of Feira de Santana (HUEFS). Results Vanakripa inexpectata S.M. Leão & Gusmão anam. sp. nov. (Figs. 1 and 2) MycoBank, MB 512365 Coloniae in substrato sporodochiales, sparsae, atrae. Mycelium immersum, hyphae septatae, hyalinae. Conidiophora micronemata, simplicia, laevia, hyalina. Cellulae conidiogenae holoblasticae in conidiophoris incorporatae, terminales, determinatae. Conidiorum secessio rhexolytica. Cellulae separabiles obpyriformes, laevia, hyalinae, 8.5−33.5 × 3−10 µm. Conidia acrogena, ellipsoidea, rotundata ad apicem, septa submediale praedita, laevia, cellulae apicalis grandis, atrobrunnea vel nigra, cellulae basalis parva, 17−27 × 7−12 µm. Teleomorphosis ignota. Etymology: Latin–, inexpectatus, in reference to unexpected new taxon. Holotype BRAZIL. Bahia, Coribe, on dead twigs of unidentified dicotyledonous plant, leg. S.M. Leão-Ferreira, 06.03.2008. (HUEFS122287). 101 Additional specimen examined: BRAZIL, Bahia, Coribe on fruit of unidentified dicotyledonous plant, 06.03.2008, leg. S. M. Leão-Ferreira (HUEFS 137890). BRAZIL, Bahia, Coribe on bark of unidentified dicotyledonous plant, 14.03.2008, leg. S. M. LeãoFerreira (HUEFS 137891). Conidiophores micronematous, sporodochial, aseptate, simple, cylindrical, smooth, hyaline. Conidiogenous cells, holoblastic, integrated, terminal, determinate, smooth, hyaline. Conidial secession rhexolytic. Separating cells obpyriform, hyaline, smooth, 8.5−33.5 × 3−10 µm. Conidia solitary, ellipsoid, rounded at apex, with a submedian septum, smooth, apical cells large, brown to dark, basal cells small, pale brown, 17−27 × 7−12 µm. Teleomorph unknown. Vanakripa rhizophorae R.M. Arias, Heredia & R.F. Castañeda, Mycotaxon 106: 34. (2008) (Fig. 2) Conidiophores micronematous, sporodochial, aseptate, simple, smooth, hyaline. Conidiogenous cells holoblastic, integrated, terminal, determinate, smooth, hyaline. Conidial secession rhexolytic. Separating cells vermiform, smooth, hyaline, 10−55 × 3−7 µm. Conidia solitary, 0-septate, ellipsoid, rounded at apex, smooth, dark brown to black, 12.5−20 × 8−15.5 µm. Specimen examined: BRAZIL. Bahia, Coribe, on dead bark of unidentified dicotyledonous plant, leg. S.M. Leão-Ferreira, 24.2.2008 (HUEFS 133876). BRAZIL. Bahia, Pilão Arcado, on dead bark of unidentified dicotyledonous plant, leg. A.C.R. Cruz 14.2.2007. (HUEFS 130999). Discussion Vanakripa was introduced by Bhat, W.B. Kendrick & Nag Raj with the type species V. parva (Bhat & Kendrick 1993). Currently, six species are included: V. ellipsoidea K.M. Tsui, Goh & K.D. Hyde (Tsui et al. 2003), V. fasciata R.F. Castañeda, M. Stadler & Decock (Castañeda-Ruiz et al. 2005), V. gigaspora Bhat, W.B. Kendr. & Nag Raj (Bhat & Kendrick 1993), V. minutiellipsoidea Pinnoi (Pinnoi et al. 2003), V. parva Bhat, W.B. Kendrick & Nag 102 Raj and V. rhizophorae R.M. Arias, Heredia & R.F. Castañeda (Arias-Mota et. al. 2008). The genus is characterized by having punctiform sporodochial colonies, micronematous conidiophores with undifferentiated conidiogenous cells and pigmented conidia with vermiform to obpyriform separating cells. The separating cells are the great characteristics of the genus and, according Tsui et al. (2003), it can be related to adaptations for conidial dispersal and flotation in freshwater environments. The most Vanakripa species have been described from submerged decaying wood, as V. ellipsoidea, V. fasciata and V. minutiellipsoidea, or on lignicolous plant substrate in moist forest, as V. gigaspora and V. parva (Tsui et al. 2003, Castañeda-Ruiz et al. 2005), or on bark of Rhizophora mangle in mangrove ecosystem, as V. rhizophorae (Arias-Mota et al. 2008). In contrast, the proposed new species were collected in a region with irregular and low annual mean rainfall, characteristics of semi-arid Caatinga biome. Vanakripa inexpectata is somewhat similar to V. gigaspora in having submedian septa at conidia (Figs. 1, 2); however, the conidial length and shape of V. inexpectata are the great characteristics to separate from V. gigaspora (Table 1). Vanakripa rhizophorae resembles V. ellipsoidea and V. minutiellipsoidea (Fig. 2), but the conidia and separating cells of are longer than those of V. rhizophorae. Vanakripa parva is too similar, except by the conidia ovoid to fusiform and smaller (Table 1, Fig. 2). Vanakripa rhizophorae is the second record for the word and the first time to South America. Acknowledgements Part of the support for this work came from the Program of Research of Biodiversity in the Brazilian Semi-arid (PPBIO Semi-arid/Ministry of Technology and Science). The authors SM Leão-Ferreira thank CAPES, ACR Cruz and LFP Gusmão thanks the CNPq and “Programa de Pós-graduação em Botânica – PPGBot/UEFS”. 103 Literature cited Arias-Mota RMA, Abarca-Heredia G, Castañeda-Ruiz RF, Becerra-Hernández CI (2008) Two new species of Polyschema and Vanakripa and other microfungi recorded from mangrove in Veracruz, Mexico. Mycotaxon 106: 29-40. Barbosa FR, Gusmão LFP, Castañeda-Ruiz RF, Marques MFO, Maia, LC (2007) Conidial fungi from semi-arid Caatinga biome of Brazil. New spcecies Deightoniella rugosa & Diplocladiella cornitunida with new records for the neotropics. Mycotaxon 102: 39-49. Bhat DJ, Kendrick B (1993) Twenty-five new conidial fungi from the Western Ghats and the Andaman Islands (India). Mycologia 95: 124-127. Castañeda-Ruiz RF, Stadler M, Saikawa M, Iturriaga T, Decock C, Abarca-Heredia G (2005). Microfungi from submerged plant material: Zelotriadelphia amoena gen. et sp. nov. and Vanakripa fasciata sp. nov. Mycotaxon 91: 339-345. Cruz ACR, Gusmão LFP, Leão-Ferreira SM, Castañeda-Ruiz RF (2007) Conidial fungi from semi-arid Caatinga biome of Brazil. Diplococcium verruculosum sp. nov. and Lobatopedis longistriatum. Mycotaxon 102: 33-38. Cruz ACR, Leão-Ferreira SM, Barbosa FR, Gusmão LFP (2008) Conidial fungi from semiarid Caatinga biome of Brazil. New and interesting Dictyochaeta species. Mycotaxon 106: 15-27. Gusmão LFP, Leão-Ferreira SM, Marques MFO, Almeida DAC (2008) New species and records of Paliphora from the Brazilian semi-arid region. Mycologia 100: 292-295. Leão-Ferreira SM, Cruz ACR, Castañeda-Ruiz RF, Gusmão LFP. (2008). Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. Brachysporiellina fecunda sp. nov. and some new records for Neotropica. Mycotaxon 104: 309-312. Marques MFO, Barbosa FR, Gusmão LFP, Castañeda-Ruiz RF, Maia, LC (2007) Conidial fungi from semi-arid Caatinga biome of Brazil. Cubasina microspora sp. nov., a note on C. albofusca, and some new records for South America. Mycotaxon 102: 17-23. 104 Pinnoi A, McKenzie EHC, Jones EBG, Hyde KD (2003). Palm fungi from Thailand: Custingophora undulatistipes sp. nov. and Vanakripa minutiellipsoidea sp. nov. Nova Hedwigia 77: 213-219. Rubbioli, EL (2003). O potencial espeleológico da Serra do Ramalho. XXVII Congresso Brasileiro de Espeleologia. Disponível em http://www.sbe.com.br, acesso em 22 de março, 2007. Tsui CKM, Goh TK, Hyde KD (2003). Reflections on the genus Vanakripa, and a description of V. ellipsoidea sp. nov. Mycotaxon 91: 124-127. 105 Table 1. Synoptic characteristics for accepted Vanakripa species. Species V. ellipsoidea V. fasciata V. gigaspora V. inexpectata V. minutiellipsoidea V. parva V. rhizophorae Conidia Size(µm) 33−42 × 20−25 24−34 × 13−22 32−43 × 18−22 17−27 × 7−12 25−32.5 × 16−22.5 7.5−10.5 × 4−6 12.5−20 × 8−15.5 Shape ellipsoid ellipsoid to fusiform clavate to obpyriform ellipsoid ellipsoid ovoid to fusiform ellipsoid Separating cells (µm) 30−72 × 11−16 17−30 × 6−9 12.5−40 × 5−10 12−33.5 × 3−10 31−70 × 10−22.5 18−40 × 3−5.5 10−55 × 3−7 106 Fig. 1. Vanakripa inexpectata (from holotype). a General aspect of conidioma; b Immature conidium (upper arrow) with detail of the rhexolytic secession on the separating cells (lower arrow). c Conidia septa (arrow) and separating cells. d Conidia. (Bars = 10µm) 107 Fig. 2. Vanakripa species. a V. rhizophorae; b V. ellipsoidea; c V. fasciata; d V. gigaspora; e V. inexpectata sp. nov. (from holotype); f V. minutiellipsoidea; g V. parva. (Bars = 10 µm) 108 CAPÍTULO VI Fungos conidiais da Caatinga. Spegazzinia flabellata anam. sp. nov. e o primeiro registro de Dictyoarthrinium para o Brasil Artigo a ser submetido para publicação na Mycotaxon Resumo–Duas espécies apresentando conidióforos com desenvolvimento basáuxico foram encontradas durante investigação de fungos conidiais no semiárido brasileiro. Uma nova espécie, Spegazzinia flabellata, e um novo registro para o Brasil, Dictyoarthrinium sacchari, são apresentadas com comentários e ilustrações. Lâminas permanentes dos espécimes foram depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Palavras-chave–fungos anamorfos, serapilheira, Serra do Ramalho. 109 MYCOTAXON Mycotaxon Styles 2008 August 18, 2008, revision Fungos conidiais da Caatinga. Spegazzinia flabellata anam. sp. nov. e o primeiro registro de Dictyoarthrinium para o Brasil. SHEILA MIRANDA LEÃO-FERREIRA [email protected] & LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO [email protected] Departamento de Ciências Biológicas,Laboratório de Micologia Universidade Estadual de Feira de Santana Av. Transnordestina s/n, bairro Novo Horizonte, Feira de Santana – BA, CEP 44.036- 900, Feira de Santana, BA, Brasil. Abstract– Two specimens with conidiophores development basauxic was found during investigation a survey of the conidial fungi from Brazilian semi-arid. A new species, Spegazzinia flabellata, and a new record from Brazil, Dictyoarthrinium sacchari, are presented with commentaries and illustrations. The permanent slides had been deposited in the Herbarium of the “Universidade Estadual de Feira de Santana” (HUEFS). Keywords– anamorphic fungi, leaf litter, “Serra do Ramalho”. Introdução Um pequeno grupo de fungos conidiais, aproximadamente 45-50 espécies distribuídas nos sete gêneros, os quais incluem Arthrinium Kunze, Catenospegazzinia Subram., Cordella Speg., Dictyoarthrinium S. Hughes, Endocalyx Berk. & Broome, Pteroconium Sacc. ex Grove e Spegazzinia Sacc., apresentam conidióforos constituídos por uma célulamãe e um filamento extensível, com desenvolvimento basáuxicos (Ellis 1971; Subramanian 1991; Somrithipol 2007). Em Spegazzinia os conídios são produzidos apenas no ápice do filamento e são, geralmente, de dois tipos, enquanto em Dictyoarthrinium ocorre produção de apenas um tipo de conídio que pode ser produzido tanto apical quanto lateralmente (Mercado-Sierra 1984). Ambos possuem conídios solitários, simples, septados, castanhos à castanho-escuros. O semi-árido brasileiro tem revelado riqueza e diversidade de fungos conidiais, através de pesquisas desenvolvidas no bioma Caatinga 110 (Barbosa et al. 2007; Cruz et al. 2007a, b; Gusmão et al. 2008; LeãoFerreira et al. 2008). Material e Método As coletas na região da Serra do Ramalho (13º30’S; 44°15’W) foram realizadas nos municípios de Coribe, São Félix do Coribe e Serra do Ramalho em novembro de 2007 e fevereiro de 2008. Os substratos vegetais em decomposição foram coletados e embalados em sacos de papel Kraft, levados ao laboratório onde foram submetidos à técnica de lavagem em água corrente e acondicionados em câmaras-úmidas (Castañeda-Ruiz 2005). As amostras foram observadas durante 45 dias consecutivos e os espécimes coletados sob estereomicroscópio foram montados em lâminas com meio composto por Resina PVL (álcool polivinílico + ácido lático + fenol) (Trappe & Schenck 1982), sendo depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Parte Taxonômica Spegazzinia flabellata S. M. Leão & Gusmão sp. nov. Micobank Figs.1−5 MYCELIUM plerumque in substrato immersum. HYPHAE septate, ramosae, laeviae, brunneae. CONIDIOPHORA macronematosa, mononematosa, basauxica, simplia, recta vel flexuosa, 8−42 × 2−3 µm, cellula matricales conidiophori determinate, cupulate vel lageniformis, simplicia, 5–7 × 4–5 µm. CELLULAE CONIDIOGENAE monoblasticae, terminales, in conidiophoris incorporatae. CONIDIA solitaria, simplicia, brunnea vel atro-brunnea, duorum generum: a) globosa vel subglobosa, 4-cellulare, 11–14 × 8–16 µm, spinis 1,5–4 µm longis; b) complanata, quadrangulares, 4-cellulare, latere irregularis, laeviae vel spinosas, 15– 18 × 13–18 µm. TELEOMORPHOSIS ignota. HOLÓTIPO: HUEFS 136875. BRASIL. Bahia: Coribe, sobre fruto em decomposição de dicotiledônea não identificada, col. S. M. LeãoFerreira, 16 III 2008. ETIMOLOGIA: flabellata em referência ao conídio lobulado que se assemelha a um ventilador. MICÉLIO imerso no substrato. HIFAS septadas, ramificadas, lisas, castanhas. CONIDIÓFOROS macronematosos, mononemáticos, basáuxicos, simples, retos à flexuosos, lisos, castanho-claros, 8–42 × 2–3 µm, surgindo de células-mãe, determinadas, cupuliformes à lageniformes, não ramificadas, 5–7 × 4–5 µm; CÉLULAS CONIDIOGÊNICAS monoblásticas, terminais, integradas; CONÍDIOS solitários, apresentando duas formas: tipo a espinhosos, globosos à subglobosos, simples, 4células, castanhos à castanho-escuros, 11–14 × 8–16 µm; espinhos 1,5–4 µm de compr.; tipo b co-planados, 4-células, quadrangulares, bordas irregulares, lisas à levemente espinhosas, simples, castanhos à castanhoescuros, 15–18 × 13–18 µm. Secessão rexolítica. 111 COMENTÁRIOS: Spegazzinia Sacc. apresenta 23 espécies caracterizadas, principalmente pela presença de conidióforos basáuxicos com conídios lisos, rugosos ou com espinhos proeminentes, castanhos à negros (Chen & Tzean 2000). No gênero é comum a produção de dois tipos de conídios, em geral, os conídios do tipo a apresentam aspecto globulosos e espinhosos, enquanto os do tipo b são, na maioria das espécies, coplanados e lisos. Spegazzinia intermedia M.B. Ellis (Ellis 1976), S. lobulata Thrower (McLennan et al. 1954) e S. sundara Subram. (Subramanian 1971) estão entre as espécies que apresentam conídios tipo b com quatro células e margem lobadas (Tabela 1). Spegazzinia intermedia apresenta conídios tipo b semelhantes ao de S. flabellata, entretanto não produz conídios tipo a (Ellis 1976). Em S. lobulata os conídios tipo b apresentam margem lisa, enquanto em S. sundara os conídios do tipo b são irregularmente lobados e maiores (Chen & Tzean 2000; Ellis 1976). Spegazzinia flabellata difere das espécies citadas, pela presença de lobos bem delimitados e presença de espinhos evidentes nos conídios do tipo b. Tabela 1. Sinopse das espécies próximas de Spegazzinia flabellata (conídios tipo b lobados) Espécies Conídios a Diâmetro Espinhos Conídios b Diâmetro Espinhos (µm) (µm) (µm) (µm) S. flabellata 11–14 2–4 15–18 1,5–4 S. intermedia --- --- 18–28 Ausente S. lobulata 20 12 17–22 Ausente S. sundara 10–30 9–12 17–25 Inconspícuos Chave para as espécies próximas de Spegazzinia flabellata 1a. Conídios de um tipo.................................................................. S. intermedia 1b. Conídios de dois tipos................................................................................... 2 2a. Conídios tipo b lisos..................................................................... S. lobulata 2b. Conídios tipo b ornamentados...................................................................... 3 3a. Conídios irregularmente lobados, 17–25 µm................................ S. sundara 3b. Conídios com lobos bem delimitados, 11–14 µm...................... S. flabellata Dictyoarthrinium sacchari (J. A. Stev.) Damon, Bull. Torrey bot. Club 80: 164. 1953. Figs. 6−9 ≡ Tetracoccosporium sacchari J.A. Stev., Johnston & Stevenson, J. Dept. Agric. Porto Rico 1: 225. 1917. 112 CONIDIÓFOROS macronemáticos, mononemáticos, basáuxicos, simples, retos à flexuosos, septados, lisos, hialinos 45–240 × 4,5–6 µm; surgindo de células-mãe determinadas, cupuliformes, não ramificadas, verrucosas, 3–7 × 3,5–4,5 µm; CÉLULAS CONIDIOGÊNICAS poliblásticas, terminais, intercalares, integradas, determinadas, cilíndricas, verrucosas, hialinas; CONÍDIOS solitários, septados em cruz, quadrangulares ou subesféricos, secos, verrucosos, castanhos, 9–15 µm diâm., 7–9 µm espessura. Secessão esquizolítica. MATERIAL EXAMINADO: BRASIL. Bahia: São Félix do Coribe, sobre folha em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. LeãoFerreira, 11 XII 2007, HUEFS 136891; BRASIL. Bahia: Serra do Ramalho, sobre casca em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira, 07 I 2008, HUEFS 136892; BRASIL. Bahia: Serra do Ramalho, sobre flor em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira, 11 I 2008, HUEFS 136893; BRASIL. Bahia: Coribe, sobre fruto em decomposição de dicotiledônea não identificada, S. M. Leão-Ferreira, 07 III 2008, HUEFS 136894. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Cuba (Mena-Portales & Mercado-Sierra 1987; Mercado-Sierra 1980; 1984), Ghana, Índia, Malasia, Porto Rico, Venezuela, Zâmbia (Ellis 1971) e Ilhas Salomão (Matsushima 1971). COMENTÁRIOS: Dictyoarthrinium sacchari foi descrito inicialmente no gênero Tetracoccosporium Szabó, sendo posteriormente transferido para o gênero atual em decorrência do desenvolvimento basáuxico de seus conidióforos. Com larga distribuição nos trópicos (Kirk et al. 2001), o gênero é composto por sete espécies apresentando conidióforos mononemáticos ou sinemáticos, com células conidiogênicas integradas, hialinas, e conídios septados, diferindo de Arthrinium Kunze (Kunze & Schmidt 1817) que apresenta conídios 0-septados. Dentre as espécies do gênero apenas D. africanum S. Hughes (Hughes 1952), apresenta conídios com 16 células, as demais possuem conídios septados em cruz (Somrithipol 2007). Dictyoarthrinium rabaulense Matsush. (Matsushima 1971) e D. synnematicum Somrith. (Somrithipol 2007) diferem de D. sacchari pela presença de conídios com diâmetro maiores que 20 µm e conidióforos em sinema, respectivamente. Dictyoarthrinium lilliputeum P. Rag. Rao & D. Rao (Rao & Rao 1964) e D. microsporum P. Rag. Rao & D. Rao (Rao & Rao 1964) possuem conidióforos curtos e conídios menores, respectivamente. Dictyoarthrinium lilliputeum e D. microsporum apresentam conídios tuberculados enquanto em D. sacchari os conídios são verruculosos (Somrithipol 2007). O material examinado apresenta conidióforos maiores em relação às medidas apresentadas em descrições anteriores (Ellis 1971; Matsushima 1971; Mercado-Sierra 1984). Esta constitui a primeira ocorrência do gênero para o Brasil. Agradecimentos Os autores agradecem ao Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGBot/UEFS), e ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio - semi-árido), Ministério da Ciência e 113 Tecnologia, por todo apoio durante as expedições. A primeira autora estende os agradecimentos à CAPES pela bolsa concedida. Referências Barbosa FR, Gusmão LFP, Castaneda Ruiz RF, Marques MFO, Maia LC. 2007. Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. New species Deightoniella rugosa & Diplocladiella cornitumida with new records for the neotropics. Mycotaxon 102: 39-49. Castañeda-Ruiz RF. 2005. Metodología en el estudio de los hongos anamorfos. In: Anais do V Congresso Latino Americano de Micologia, Brasília, Brasil, 182-183. Chen JL, Tzean SS. 2000. Three species of Spegazzinia (hyphomycetes) from Taiwan. Fungal Sciense 15 (3, 4): 81-87. Cruz ACR, Gusmão LFP, Castañeda Ruiz RF. 2007a. Conidial fungi from the semi-arid Caaatinga biome of Brazil. Subramaniomyces pulcher sp. nov. and notes on Sporidesmium circinophorum. Mycotaxon 102: 25-32. Cruz ACR, Gusmão LFP, Leão-Ferreira SM, Castañeda Ruiz RF. 2007b. Conidial fungi from semi-arid Caatinga biome of Brazil. Diplococcium verruculosum sp. nov. and Lobatopedis longistriatum sp. nov. Mycotaxon 102: 33-38 Ellis MB. 1971. Dematiaceous Hyphomycetes. England: Commonwealth Mycological Institute, 608p. Ellis MB. 1976. More dematiaceous Hypohmycetes. England: Commonwealth Mycological Institute, 507p. Gusmão LFP, Leão-Ferreira SM, Marques MFO, Almeida DAC. 2008. 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Aspecto geral com produção de conídios tipo a e b. 2. Conídio tipo a. 3. Aspecto geral com conídio tipo a. 4. Conídio tipo b. 5. Aspecto geral com conídio tipo b. Barr = 10µm. 116 7 8 9 6 Figs. 6-9: Dictyoarthrinium sacchari. 6. Aspecto geral. 7. Conídios em vários estágios de desenvolvimento. 8. Septação do conídio. 9. Célula-mãe do conidióforo. Barr = 10µm. 117 CONCLUSÕES GERAIS Rhexolobulomyces constitui um novo gênero. Arachnophora polybrachiata, Diplococcium multiseptatum, Endophragmiella tubercullata, Hermatomyces uniseriatus, Rexolobulomyces pulcher, Spegazzinia flabellata e V. inexpectata constituem novas espécies. Dendryphiosphaera taiensis e Helicosporium nizamabadense constituem novos registros para o Continente americano. Endophragmiella Memnoniella collapsa, levispora, E. dimorphospora, Periconia Luzfridiella jabalpurensis, insignus, Pseudopetrakia kambakkamensis, Sadasivania girisa e Vanakripa rhizophorae constituem novos registros para a América do Sul. Dictyoarthrinium sacchari constitui um novo registro para o Brasil. O folhedo foi o substrato de maior ocorrência, seguido de casca. Os novos táxons descritos estavam associados à decomposição de substratos lignícolas, indicando a importância de futuras investigações destes substratos. A Serra do Ramalho apresentou diversidade de fungos conidiais, incluindo espécies inéditas. 118 RESUMO Os fungos conidiais constituem as fases assexuais de representantes de Ascomycota e alguns Basidiomycota, sendo ainda pequeno o número destes correlacionados ao estado sexual. Estes podem ser encontrados nos mais variados ambientes, principalmente no ambiente terrestre, onde os substratos são abundantes. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de desenvolver o primeiro estudo taxonômico de fungos conidiais associados à decomposição da serapilheira na Serra do Ramalho. A Serra do Ramalho (13°30’S; 44°15’W) é um extenso manto de calcário q ue cobre a região centrosul da Bahia, ocupando uma área de aproximadamente 2.000 Km². Foram realizadas duas expedições, em novembro de 2007 e em fevereiro de 2008, para coleta da serapilheira nos municípios de Coribe, São Feliz do Coribe e Serra do Ramalho. As amostras foram submetidas à técnica de lavagem em água corrente e câmaras-úmidas foram montadas e observadas durante 45 dias. Os fungos coletados foram transferidos diretamente para lâminas semipermanentes em meio de montagem com resina PVL e o substrato com o fungo preservado à seco. Os espécimes foram identificados e depositados no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS). Foram identificados 58 espécimes dentre os quais Dictyoarthrinium sacchari constitui um novo registro para o Brasil, Dendryphiosphaera taiensis e Helicosporium nizamabadense são novos registros para o Continente Americano e Endophragmiella collapsa, E. dimorphospora, Luzfridiella insignus, Memnoniella levispora, Periconia jabalpurensis, Pseudopetrakia kambakkamensis, Sadasivania girisa e Vanakripa rhizophorae são novos registros para a América do Sul. Um novo gênero, Rexolobulomyces, e as sete novas espécies Arachnophora polybrachiata, Diplococcium multiseptatum, Endophragmiella tubercullata, Hermatomyces uniseriatus, Rexolobulomyces pulcher, Spegazzinia flabellata e Vanakripa inexpectata são propostos. Os resultados obtidos revelam a diversidade fúngica da Serra do Ramalho, apresentando novos registros e espécies inéditas. Palavras-chave: Bahia, fungos conidiais, Serra do Ramalho, taxonomia. 119 ABSTRACT The conidial fungi constitute the assexual phase of Ascomycota and some Basidiomycota, being small the number these correlated to sexual state. These can be found in the most varied substrate, mainly on the terrestrial environment. The present work has aim to develop the first taxonomic study of conidial fungi associated to decomposition of the leaf litter on “Serra do Ramalho” mountain. The mountain (13°30’S; 44°15’W) is characterized by an extensive calcareous rock mantle that has covered the region center-south of the Bahia state, occupying an area of approximately 2.000 Km2. Two expeditions were realized, in November/2007 and February/2008, to collect the leaf litter in “Coribe”, “São Félix do Coribe” and “Serra do Ramalho” municipality. The sample composed was washing in current water and moist chamber was mounted and observed during 45 days. The fungi found had been transferred directly to semipermanent slides with resin PVL and the substrate were dry preserved. The specimens had been identified and deposited at Herbarium of the “Universidade Estadual de Feira de Santana” (HUEFS). Were identified 58 specimens, Dictyoarthrinium sacchari constitute a new record for Brazil, Dendryphiosphaera taiensis and Helicosporium nizamabadense are new records for American Continent, Endophragmiella collapsa, E. dimorphospora, Luzfridiella insignus, Memnoniella levispora, Periconia jabalpurensis, Pseudopetrakia kambakkamensis, Sadasivania girisa and Vanakripa rhizophorae are new records for South America. A new genus Rexolobulomyces and seven species Arachnophora polybrachiata, Diplococcium multiseptatum, Endophragmiella tubercullata, Hermatomyces uniseriatus, Rexolobulomyces pulcher, Spegazzinia flabellata and V. inexpectata are proposed as new. These results demonstrated the diversity of fungi at “Serra do Ramalho” mountain, presented new records and unknown species. Key-words: Bahia State, conidial fungi, “Serra do Ramalho”, taxonomy. 120 ANEXOS 121 Anexo I Tabela 1: Fungos conidiais encontrados associados a substratos vegetais coletados na Serra do Ramalho em relação à cada substrato (CA = casca, FO = folha, FL = Flor, FR = fruto, GA = galho e PE = pecíolo). ESPÉCIES Alternaria alternata (Fr.) Keissl. Arachnophora polybrachiata S. M. Leão & Gusmão sp. nov. Beltrania rhombica Penz. Beltraniella portoricensis (F. Stevens) Piroz. & S.D. Patil Curvalaria intermedia Boedijn C. lunata (Wakker) Boedijn Dactylaria botulispora R.F. Castañeda & W.B. Kendr. Dendryphiopsis atra R.F. Castañeda & W.B. Kendr. Dendryphiosphaera taiensis Lunghini & Rambelli Dictyoarthrinium sacchari (J.A. Stev.) Damon Dictyochaeta britanica (M.B. Ellis) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde Diplocladiella scalaroides G. Arnaud ex M.B. Ellis Diploccocium multiseptatum S. M. Leão & Gusmão sp. nov. Endophragmiella collapsa (B. Sutton) S. Hughes E. dimorphospora (Awao & Udagawa) S. Hughes E. tubercullata S. M. Leão & Gusmão sp. nov. Fusariella concinna (Syd.) S. Hughes Gonytrichum clhamidosporium G.L. Barron & G.C. Bhatt G. macrocladum (Sacc.) S. Hughes Gyrothrix circinata (Berk. & M.A. Curtis) S. Hughes G. hughesii Piroz. G. microsperma (Höhn.) Piroz. Helicosporium aureum (Corda) Linder H. nizamabadense P.Rag. Rao & D. Rao H. griseum Berk. & M.A. Curtis Hermatomyces uniseriatus S. M. Leão & Gusmão sp. nov. Hyphodiscosia jaipurensis Lodha & K.R.C. Reddy Junewangia globulosa (Tóth) W.A. Baker & Morgan-Jones Lobatopedis longistriatum A.C. Cruz, Gusmão, S.M. Leão & R.F. Castañeda Luzfridiella insignis R.F. Castañeda & W.B. Kendr. Memnoniella echinata (Rivolta) Galloway M. levispora Subram. Menisporopsis theobromae S. Hughes Mycoenterolobium platysporum Goos Myrothecium indicum R.A. Singh & Dular Myrothecium leucotrichum (Peck) M.C. Tulloch Periconia hispidula (Pers.) E.W. Mason & M.B. Ellis P. jabalpurensis D.P. Tiwari & P.D. Agrawal P. tirupatiensis Subram. Pithomyces chartarum (Berk. & M.A. Curtis) M.B. Ellis P. maydicus (Sacc.) M.B. Ellis SUBSTRATO CA FO FL FR GA PE X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X TO* 1 1 3 1 1 2 1 2 1 4 1 1 1 1 1 1 3 4 1 4 2 2 2 1 1 2 2 2 2 1 2 2 1 2 1 2 2 1 1 3 2 Continuação ESPÉCIES Pseudobotrytis terrestris (Timonin) Subram. Pseudopetrakia kambakkamensis (Subram.) M.B. Ellis Rhexolobulomyces pucher S. M. Leão & Gusmão gên. e sp. nov. Sadasivania girisa Subram. Sarcopodium circinatum Ehrenb. Scolecobasidium tshawytschae (Doty & D.W. Slater) McGinnis & Ajello Spegazzinia flabellata S. M. Leão & Gusmão sp. nov. S. tessarthra (Berk. & M.A. Curtis) Sacc. Stachybotrys chartarum (Ehrenb.) S. Hughes S. globosa P.C. Misra & S.K. Srivast. S. nephrospora Hansf. Thozetella cristata Piroz. & Hodges Torula herbarum (Pers.) Link Vanakripa inexpectata S. M. Leão & Gusmão sp. nov. V. rhizophorae R.M. Arias, Heredia & R.F. Castañeda Virgaria nigra (Link) Nees Volutella minima Höhn Total TO*: Total de ocorrência para cada espécie. SUBSTRATO CA FO FL FR GA PE X X X X X X 1 1 1 X X X X X X X X X X X X X X X X 21 X X X X 31 TO* 2 1 1 01 17 18 09 1 2 3 1 1 2 2 3 1 2 1 97 Anexo II Tabela 2: Relação de espécimes depositados na Coleção de Cultura de Microrganismos da Bahia (CCMB) ESPÉCIMES Alternaria alternata (Fr.) Keissl. Curvalaria intermedia Boedijn C. lunata (Wakker) Boedijn Dactylaria botulispora R.F. Castañeda & W.B. Kendr. Dictyoarthrinium sacchari (J.A. Stev.) Damon Dictyochaeta britanica (M.B. Ellis) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde Gonytrichum macrocladum (Sacc.) S. Hughes Helicosporium aureum (Corda) Linder Memnoniella levispora Subram. M. levispora Subram. Periconia hispidula (Pers.) E.W. Mason & M.B. Ellis Pithomyces chartarum (Berk. & M.A. Curtis) M.B. Ellis P. maydicus (Sacc.) M.B. Ellis Pseudopetrakia kambakkamensis (Subram.) M.B. Ellis Stachybotrys nephrospora Hansf. S. nephrospora Hansf. S. nephrospora Hansf. Thozetella cristata Piroz. & Hodges Torula herbarum (Pers.) Link Volutella minima Höhn Total CÓD. LAMIC 0125/07 0014/08 0075/08 0051/08 0058/08 0077/08 HUEFS 136896 136904 136903 136905 136892 136910 0034/08 0073/08 0120/07 0033/08 0026/08 0048/08 0065/08 0025/08 0123/07 0126/07 0012/08 0062/08 0070/08 0013/08 137820 137839 136884 136884 137862 137869 137874 136887 137893 137894 137894 137895 137899 137905 20 Anexo III Instruções aos autores dos respectivos periódicos para os quais cada capítulo será enviado. Cap. I - Acta Botânica Brasílica Cap. II - Mycologia Cap. III - Fungal Diversity Cap. IV e VI - Mycotaxon Cap. V - Mycological Progress INSTRUÇÕES AOS AUTORES • • ISSN 0102-3306 impressa ISSN 1677-941X online Objetivo Normas gerais para publicação de artigos na Acta Botanica Brasilica versão versão Objetivo A Acta Botanica Brasilica, publica artigos originais em todas as áreas da Botânica, básica ou aplicada, em Português, Inglês ou Espanhol. Os trabalhos deverão ser motivados por uma pergunta central que denote a originalidade e o potencial interesse da pesquisa, de acordo com o amplo espectro de leitores nacionais e internacionais da Revista, inserindo-se no debate teórico de sua área. Normas gerais para publicação de artigos na Acta Botanic 1. A Acta Botanica Brasilica publica artigos originais em todas as áreas da Botânica, básica ou aplicada, em Português, Espanhol ou Inglês. Os trabalhos deverão ser motivados por uma pergunta central que denote a originalidade e o potencial interesse da pesquisa, de acordo com o amplo espectro de leitores nacionais e internacionais da Revista, inserindo-se no debate teórico de sua área. 2. Os artigos devem ser concisos, em quatro vias, com até 25 laudas, seqüencialmente numeradas, incluindo ilustrações e tabelas (usar fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço entre linhas 1,5; imprimir em papel tamanho A4, margens ajustadas em 1,5 cm). A critério da Corpo Editorial, mediante entendimentos prévios, artigos mais extensos poderão ser aceitos, sendo o excedente custeado pelo(s) autor(es). 3. Palavras em latim no título ou no texto, como por exemplo: in vivo, in vitro, in loco, et al. devem estar em itálico. 4. O título deve ser escrito em caixa alta e baixa, centralizado, e deve ser citado da mesma maneira no Resumo e Abstract da mesma maneira que o título do trabalho. Se no título houver nome específico, este deve vir acompanhado dos nomes dos autores do táxon, assim como do grupo taxonômico do material tratado (ex.: Gesneriaceae, Hepaticae, etc.). 5. O(s) nome(s) do(s) autor(es) deve(m) ser escrito(s) em caixa alta e baixa, todos em seguida, com números sobrescritos que indicarão, em rodapé, a filiação Institucional e/ou fonte financiadora do trabalho (bolsas, auxílios etc.). Créditos de financiamentos devem vir em Agradecimentos, assim como vinculações do artigo a programas de pesquisa mais amplos, e não no rodapé. Autores devem fornecer os endereços completos, evitando abreviações, elegendo apenas um deles como Autor para correspondência. Se desejarem, todos os autores poderão fornecer e-mail. 6. A estrutura do trabalho deve, sempre que possível, obedecer à seguinte seqüência: - RESUMO e ABSTRACT (em caixa alta e negrito) - texto corrido, sem referências bibliográficas, em um único parágrafo e com cerca de 200 palavras. Deve ser precedido pelo título do artigo em Português, entre parênteses. Ao final do resumo, citar até cinco palavras-chave à escolha do autor, em ordem de importância. A mesma regra se aplica ao Abstract em Inglês ou Resumen em Espanhol. - Introdução (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): deve conter uma visão clara e concisa de: a) conhecimentos atuais no campo específico do assunto tratado; b) problemas científicos que levou(aram) o(s) autor(es) a desenvolver o trabalho; c) objetivos. - Material e métodos (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): deve conter descrições breves, suficientes à repetição do trabalho; técnicas já publicadas devem ser apenas citadas e não descritas. Indicar o nome da(s) espécie(s) completo, inclusive com o autor. Mapas - podem ser incluídos se forem de extrema relevância e devem apresentar qualidade adequada para impressão. Todo e qualquer comentário de um procedimento utilizado para a análise de dados em Resultados deve, obrigatoriamente, estar descrito no item Material e métodos. - Resultados e discussão (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): podem conter tabelas e figuras (gráficos, fotografias, desenhos, mapas e pranchas) estritamente necessárias à compreensão do texto. Dependendo da estrutura do trabalho, resultados e discussão poderão ser apresentados em um mesmo item ou em itens separados. As figuras devem ser todas numeradas seqüencialmente, com algarismos arábicos, colocados no lado inferior direito; as escalas, sempre que possível, devem se situar à esquerda da figura. As tabelas devem ser seqüencialmente numeradas, em arábico com numeração independente das figuras. Tanto as figuras como as tabelas devem ser apresentadas em folhas separadas (uma para cada figura e/ou tabela) ao final do texto (originais e 3 cópias). Para garantir a boa qualidade de impressão, as figuras não devem ultrapassar duas vezes a área útil da revista que é de 17,5?23,5 cm. Tabelas - Nomes das espécies dos táxons devem ser mencionados acompanhados dos respectivos autores. Devem constar na legenda informações da área de estudo ou do grupo taxonômico. Itens da tabela, que estejam abreviados, devem ter suas explicações na legenda. As ilustrações devem respeitar a área útil da revista, devendo ser inseridas em coluna simples ou dupla, sem prejuízo da qualidade gráfica. Devem ser apresentadas em tinta nanquim, sobre papel vegetal ou cartolina ou em versão eletrônica, gravadas em .TIF, com resolução de pelo menos 300 dpi (ideal em 600 dpi). Para pranchas ou fotografias - usar números arábicos, do lado direito das figuras ou fotos. Para gráficos - usar letras maiúsculas do lado direito. As fotografias devem estar em papel brilhante e em branco e preto. Fotografias coloridas poderão ser aceitas a critério da Corpo Editorial, que deverá ser previamente consultada, e se o(s) autor(es) arcar(em) com os custos de impressão. As figuras e as tabelas devem ser referidas no texto em caixa alta e baixa, de forma abreviada e sem plural (Fig. e Tab.). Todas as figuras e tabelas apresentadas devem, obrigatoriamente, ter chamada no texto. Legendas de pranchas necessitam conter nomes dos táxons com respectivos autores. Todos os nomes dos gêneros precisam estar por extenso nas figuras e tabelas. Gráficos enviar os arquivos em Excel. Se não estiverem em Excel, enviar cópia em papel, com boa qualidade, para reprodução. As siglas e abreviaturas, quando utilizadas pela primeira vez, devem ser precedidas do seu significado por extenso. Ex.: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Usar unidades de medida de modo abreviado (Ex.: 11 cm; 2,4 µm), o número separado da unidade, com exceção de percentagem (Ex.: 90%). Escrever por extenso os números de um a dez (não os maiores), a menos que seja medida. Ex.: quatro árvores; 6,0 mm; 1,0 4,0 mm;125 exsicatas. Em trabalhos taxonômicos o material botânico examinado deve ser selecionado de maneira a citarem-se apenas aqueles representativos do táxon em questão e na seguinte ordem: PAÍS. Estado: Município, data, fenologia, coletor(es) número do(s) coletor(es) (sigla do Herbário). Ex.: BRASIL. São Paulo: Santo André, 3/XI/1997, fl. fr., Milanez 435 (SP). No caso de mais de três coletores, citar o primeiro seguido de et al. Ex.: Silva et al. (atentar para o que deve ser grafado em CAIXA ALTA, Caixa Alta e Baixa, caixa baixa, negrito, itálico). Chaves de identificação devem ser, preferencialmente, indentadas. Nomes de autores de táxons não devem aparecer. Os táxons da chave, se tratados no texto, devem ser numerados seguindo a ordem alfabética. Ex.: 1. Plantas terrestres 2. Folhas orbiculares, mais de 10 cm diâm. ................................................ 2. S. orbicularis 2. Folhas sagitadas, menos de 8 cm compr. .................................................. 4. S. sagittalis 1. Plantas aquáticas 3. Flores brancas .............................. 1. S. albicans 3. Flores vermelhas ......................... 3. S. purpurea O tratamento taxonômico no texto deve reservar o itálico e o negrito simultâneos apenas para os nomes de táxons válidos. Basiônimo e sinonímia aparecem apenas em itálico. Autores de nomes científicos devem ser citados de forma abreviada, de acordo com índice taxonômico do grupo em pauta (Brummit & Powell 1992 para Fanerógamas). Ex.: 1. Sepulveda albicans L., Sp. pl. 2: 25. 1753. Pertencia albicans Sw., Fl. bras. 4: 37, t. 23, f. 5. 1870. Fig. 1-12 Subdivisões dentro de Material e métodos ou de Resultados e/ou discussão devem ser escritas em caixa alta e baixa, seguida de um traço e o texto segue a mesma linha. Ex.: Área de estudo - localiza se ... Resultados e discussão devem estar incluídos em conclusões. - Agradecimentos (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): devem ser sucintos; nomes de pessoas e Instituições devem ser por extenso, explicitando o porquê dos agradecimentos. - Referências bibliográficas - Ao longo do texto: seguir esquema autor, data. Ex.: Silva (1997), Silva & Santos (1997), Silva et al. (1997) ou Silva (1993; 1995), Santos (1995; 1997) ou (Silva 1975; Santos 1996; Oliveira 1997). - Ao final do artigo: em caixa alta e baixa, deslocado para a esquerda; seguir ordem alfabética e cronológica de autor(es); nomes dos periódicos e títulos de livros devem ser grafados por extenso e em negrito. Exemplos: Santos, J. 1995. Estudos anatômicos em Juncaceae. Pp. 5-22. In: Anais do XXVIII Congresso Nacional de Botânica. Aracaju 1992. São Paulo, HUCITEC Ed. v.I. Santos, J.; Silva, A. & Oliveira, B. 1995. Notas palinológicas. Amaranthaceae. Hoehnea 33(2): 38-45. Silva, A. & Santos, J. 1997. Rubiaceae. Pp. 27-55. In: F.C. Hoehne (ed.). Flora Brasilica. São Paulo, Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Para maiores detalhes consulte os últimos fascículos recentes da Revista, ou os links da mesma na internet: www.botanica.org.br. ou ainda artigos on line por intermédio de www.scielo.br/abb. Não serão aceitas Referências bibliográficas de monografias de conclusão de curso de graduação, de citações resumos simples de Congressos, Simpósios, Workshops e assemelhados. Citações de Dissertações e Teses devem ser evitadas ao máximo; se necessário, citar no corpo do texto. Ex.: J. Santos, dados não publicados ou J. Santos, comunicação pessoal. INSTRUCTIONS FOR AUTHORS 2009 Mycologia publishes papers on all aspects of fungi, including lichens. Subjects appropriate to the journal are physiology and biochemistry, ecology, pathology, development and morphology, systematics, cell biology and ultrastructure, genetics, molecular biology, evolution, applied aspects and new techniques. Publication in Mycologia is for both members and nonmembers of the Mycological Society of America. Papers appropriate for the journal are: (i) regular articles reporting original research, (ii) notes or brief articles reporting research or new techniques, (iii) invited papers, (iv) reviews and minireviews. Authors should consult the editor before submitting a review manuscript. Papers are limited to 10 printed pages, including tables and illustrations. One printed page is equivalent to 2.8 typed pages with one-inch margins, double spacing and 12-point type. These instructions represent 12 typed pages. Regular articles will be published in the approximate order of their acceptance. After a manuscript has been accepted, the author will receive page proofs and a form for publication charges. Authors will be asked to pay page charges, currently $60 per page. However payment of page charges is not a condition of acceptance for publication. SUBMITTING PAPERS The Web site.— – Go to http://mycologia.allentrack.net. This page will welcome you to Mycologia’s online manuscript submission and review system. The first time you use the system, you will register for an account and be assigned a login name and password; you will use your login and password every time you return to the site to check on the status of your paper or attend to a task. Choices.— – You will have two: One lets you submit a paper and the other provides guidelines for authors. (Take a look at those guidelines; they will save you time and help you make the best use of the system.) After you submit a paper, you will have a third option that links you to information concerning your submission. Uploading files.— – The system receives documents in up to five separate components. These are: the file for the cover letter; the article file, which includes the text, literature cited and legends; the table file (or files); the figure file (or files); and the file for supplemental documents such as alignments. Before uploading please divide your manuscript into these components. Files converted to PDF.— – Once your files are uploaded to the database, they are converted to PDF files that can be viewed, downloaded and printed. Most word-processing formats (e.g. MSWord, WordPerfect, text, Postscript and rich text format) are convertible. Figures can be uploaded in JPEG, TIFF, GIF, EPS, PDF or Postscript formats. Higher resolution, publicationquality figures are not required for submission and review. However if your paper is accepted for publication you will be asked to deliver the final version of your figures in specific formats that ensure high quality and accurate reproduction. (The minimum standard for publication-quality halftone photos is 300–450 dots per inch; the minimum for line art and cover art is 600 dpi. Mycologia therefore recommends creating your figures with publication in mind. Confirmation required.— – The system will ask you to confirm that the files have converted correctly; check those files to ensure the system converted each element properly. (Even if you submit your manuscript as a PDF file, you still should check to ensure that the files open correctly.) Your paper will be considered officially submitted only after the system receives your confirmation. Red arrows.— – As you go through the steps, keep an eye out for red arrows. These will indicate that you need to take action on something. Saving time.— – Converting most files takes 5–10 min, but a large file, such as one of a complex illustration, sometimes takes longer. Conversion time also depends on the speed of your Internet connection. In any case the time saved by the new system makes up for any delay in uploading files. Ready for review.— – Once a manuscript is in the system, the Mycologia Editorial Office will assign a tracking number and an associate editor; the manuscript then will enter the peer-review process. GENERAL The guidelines for preparing a manuscript are basically the same as they were when hard copies were submitted by mail. In brief prepare your paper as follows: Papers are published in American English (USA). Spelling examples include: among, center, color, flavor, gray, ocher, program, theater and toward. Neatly typed, clean copy is required. Double space throughout (all parts, including title, addresses, footnotes, legends, tables, literature citations, etc.). Use line-number guides (left margin) on the original version; these should be removed in the revised version. Identify each page (other than the first) with the first author’s name and the page number in the top right margin. Leave at least a 2.5 cm margin on all sides. All text must be left aligned so that the right margin is uneven (not justified). Do not place page breaks between sections except for tables. Paragraph indents should be consistent throughout the file. Use the tab key or paragraph indent, not multiple spaces. Primary headings should be flush left. Remove all extra vertical space above or below titles, headings or paragraphs. Do not format additional space (6 point or 12 point) between paragraphs or sections. These will be produced by typesetting codes at the press. Do not use hanging indents in LITERATURE CITED. Place an extra line feed between references for improved legibility. Boldface, italic, small caps, subscript and superscript commands should be used. These are normally the only word-processing commands used by the typesetter. Distinguish among hyphens -, en dashes –, em dashes — and minus signs –. Each has a distinct use. Hyphens are used to join words, such as Douglas-fir. Use en dashes to indicate numerical or alphabetical ranges. Do not confused hyphen and minus signs, – and – respectively. Use em dashes in the No. 2 heading.— and three times ——— to designate repeated authors’ names in literature citations. Never use commas within numbers (e.g. 1000 or 20 500). Use small caps in the words TABLES(S), FIG(S). Each table is designated with Roman numerals; figures with Arabic numerals. Program settings also should be small caps (e.g. MULPARS, SUMPT, MULTREES, TBR). Copies of DNA sequence alignments must be submitted. Alignments will not be published in Mycologia but must be deposited in TreeBASE or similar public database for final acceptance. Microsoft Word is preferred. Final version should not be a PDF. Manuscripts requiring extensive alterations by the editor will be returned to the author for correction of the computer file. Manuscripts and text.— – Authors should follow suggestions in the latest edition of the CBE Style Manual and are urged to have one or more colleagues read and criticize the manuscript before submitting it. When in doubt about style, abbreviations or punctuation, refer to recent issues of Mycologia. Articles include these items, in this order: short title for running head, title, author(s) name(s) and address(es), Abstract, Key words, text (with desired headings), INTRODUCTION, MATERIALS AND METHODS, RESULTS, DISCUSSION, ACKNOWLEDGMENTS, LITERATURE CITED, LEGENDS and FOOTNOTES. Notes or articles of less than four printed pages, including illustrations, ordinarily will be published as brief articles. The manuscript format should be similar to regular articles, except that no primary headings are used other than to designate LITERATURE CITED. Secondary headings may be used and are encouraged for clarity of organization. DETAILS Short title.— – An idea expressed by 3–5 words is recommended. Title.—. Make title short but informative; inclusion of a verb to communicate a complete idea is highly recommended (e.g. "Cytoplasmic dynein is involved in nuclear migration in Aspergillus nidulans", not "Cytoplasmic dynein and nuclear migration in Aspergillus nidulans"). Omit names of authors of taxa. Omit higher taxonomic categories (phylum, order, family); place these in the abstract or key words. Do not abbreviate. Capitalize only the first word and proper nouns; the rest is lowercase. Authors.— – Place each name on a separate line, followed by the address on a new line. Addresses are italicized and typed as one paragraph. Do not indent. Authors in sequence with the same address have the address after the last author in the sequence. Provide the e-mail address of the corresponding author in a footnote after the legends. Abstract: Include abstract (before the text) in all articles. Abstract begins in bold italic at the left margin with the text immediately following on the same line. The abstract should be written as a single paragraph, presenting the salient points of the article. It must stand alone and be informative without the need for reference to the text. Key words: Each article must be accompanied by a listing of several key words as an aid to abstracting journals and retrieval. Key words should supplement the title and not duplicate title words. Insert the key words in alphabetical order immediately after the abstract on a separate indented line beginning with the indented designation Key words: (boldface italics). Headings.— – Primary headings should begin at the left margin. Usual primary headings are INTRODUCTION, MATERIALS AND METHODS, RESULTS, DISCUSSION, ACKNOWLEDGMENTS and LITERATURE CITED. Do not combine RESULTS and DISCUSSION sections. Other headings, such as TAXONOMY and/or taxonomic names, may be used to suit the purposes of the paper. Start second-level headings at left margin; use only as necessary for clarity; italicize (except scientific names) followed by a period and an em dash. Thirdlevel headings also are italicized but indented and followed by a period only. Lists.— – Numbered lists in paragraphs should use lowercase Roman numerals in parentheses, such as (i), (ii), (iii), etc. They should be run in a continuous paragraph, not set off as separate paragraphs; see next paragraph. Abbreviations.— – Abbreviations follow CBE Style Manual. Commonly used abbreviations are: (i) time—y, mo, wk, d, h, min, s; names of months by first three letters—Jan, Feb, Mar, Apr, May, Jun, Jul; (ii) volume—L, mL, mL; (iii) size—km, m, cm, mm, mm, nm; (iv) concentration in molarity—M, mM, mM, nM, pM—differs from molecular amounts—mol, mmol, mmol, pmol; (v) distinguish g (grams) from g (force of gravity) by italics for the latter; (vi) temperature—C as 28 C, not 28°C, use the degree sign only for angular measures, latitude and longitude; (vii) P probability (uppercase italics). Notice that singular and plural forms are identical and periods are not used for standard abbreviations (PCP). Exceptions are FIG., FIGS. Do not abbreviate state or province names (e.g. California, not CA; Ontario, not ON). Marks and symbols.— – Parentheses enclose brackets in text ([]). Use the prime symbol ', as in 5' or 3' in sequences; don’t use an apostrophe ', an accent ' or a right single quotation mark '. The single prime denotes minutes and double prime ('') denotes seconds in latitude and longitude. Use the times symbol x in equations; do not use x. Scientific names.— – Italicize only generic, infrageneric (subgenus, section), specific and infraspecific taxa. Citation of nomenclatural authorities for taxa is optional except for taxonomic papers. When cited, authors of all specific and infraspecific taxa, except forma specialis, should be given but only when first used in the text or in a table. If authors for taxa are cited in a table, do not repeat in the text. For abbreviation of authors’ names, see Kirk PM, Ansell AE. (1992). Authors of fungal names. Index of Fungi supplement, also available online at: http://www.indexfungorum.org/AuthorsOfFungalNames.htm. New taxa, keys and formal descriptions.— – Place names of new taxa flush with left margin in boldface, not italics, followed by author(s) and status (e.g. sp. nov., stat. nov.) in lightface roman. Follow with brief but descriptive Latin diagnosis (required for all new taxa except fossil forms and bacteria) in paragraph form. After the English description, designate the type specimen and place of deposit. Authors are responsible for the accuracy of the Latin diagnosis; consult a Latin scholar; the editor does not check diagnoses. An English description, in paragraph form, follows the Latin. Record measurements as length by width (or diam); place exceptional dimensions in parentheses: (10–)12–15(–16.5) x 3 5–6.2 mm. Note spacing, en dashes and multiplication symbol. Dates preferably should be cited as (example) 10 Aug 1995 or 10-VIII-1995, not 8/10/95. Authors are urged to deposit voucher specimens and to cite those specimens appropriately. Failure to do so may delay review and publication. Scientific names for newly described species and new combinations must be submitted to Mycobank (http://www.MycoBank.org) prior to publication. The MycoBank accession number should be provided immediately after the new name in the protologue. Type titles of keys in all capitals as a primary heading. Keys must be dichotomous, the couplets numbered and block indented. Leads of first couplet begin at left margin, as do those of third, fifth, etc. Leads of second (fourth, sixth, etc.) are tab indented equal to five spaces. Turnover lines should be justified at left with the preceding line. Normally keys with four or fewer couplets will be set in one column, while keys of five or more couplets will be set across two columns. Citing collections.— – This standard format should be used: Specimens examined. COUNTRY. STATE/PROVINCE: city/town, locality, map coordinates, elevation. Substrate, date (e.g. 10 Aug 1995 or 10-VIII-1995), collector number (italicize or underline collector and collector number) (HOLOTYPE, ISOTYPE, etc. designations go here when applicable. HERBARIUM). Use the standard recommended abbreviations for herbaria (Holmgren et al 1990. Index herbariorum, 8th ed. Regnum Vegetabile. Vol. 120). The word HERBARIUM is omitted. Specimens and molecular sequence data.— – Authors are urged to deposit voucher specimens and cultures in public herbaria and culture collections, citing these in the paper. Molecular sequence data must be deposited in a molecular sequence repository. Mycologia will not publish nucleic acid sequences or sequence alignments other than short or unique sequences. Hard copies or electronic copies on disk should be provided for review. Authors must deposit sequence alignments in TreeBASE at http://herbaria.harvard.edu/treebase/ or in a similar public database and cite accession numbers. New sequences must be submitted to GenBank or a similar public database and accession numbers cited. Literature cited.— – Consult The CBE Manual for Authors, Editors, and Publishers. 6th ed. Cite references in the text by author-date (name-year system). All references must be cited in the text and any extras deleted. Journal citations and abbreviations must follow the rules for abbreviating titles in The CBE Manual for Authors, Editors, and Publishers. 6th ed. p 743–746. When in doubt provide the unabbreviated title. Do not include personal communications, unpublished data, Web page URL, manuscripts or partial page numbers from books and theses in LITERATURE CITED; place such references in the text. Manuscripts must have been accepted for publication before they may be cited as (In press). A copy of the letter of acceptance is required. Cite the journal name and volume number. Type references flush left with no hanging indent. Use three em dashes to replace repeated author(s) name(s). Use an en dash to indicate page ranges. Consult a recent issue of Mycologia for citation style. Examples of the most common forms of citation are below (note spacing and punctuation). Hanging indents should not be used; Allen Press will set these. To increase readability for editors and typesetters, place an extra line feed between citations. These are easily removed from the computer file. Illustrations.— – Designate all illustrations (photographs, graphs, line drawings) as figures (abbreviate FIG.) and number consecutively in Arabic numerals. A plate of drawings or photographs may be treated as one figure with letters for each element or as several figures with each figure numbered consecutively. The use of capital letters for each element is highly recommended for readability. Do not place numbers on single figures that stand alone. Type legends consecutively, in paragraph form after LITERATURE CITED. See recent issue of Mycologia for format. Plates and figures should be planned so that the figures are numbered (with Arabic numerals) consecutively in the order that they are referenced in the text to allow proper placement of the figures in the published paper. Figures must be designed to fit a maximum of 8.2 cm (3.25 inches, one column) or 17.1 cm (6.75 inches, two columns) wide by 23.4 cm (9.25 inches) high, including space for the legend after reduction. Plan figures to use the full one- or two-column width. Figures should be less than the maximum height to permit insertion of the legend beneath. Individual graphs usually will be reduced to one column width. Maximum size of plate submitted, including margins, may not exceed 30 x 43 cm (12 x 17 inches). Numbers and letters for figures, graphs and drawings should be approximately the same style and size as those in the text of Mycologia (i.e. 12-point type [ca. 2.5 mm tall]). Times New Roman is preferred. Use uppercase and lowercase, not all capitals. Reduction or enlargement of numbers and letters should be taken into account when planning figures, graphs and drawings if they will not be reproduced at the original size. Graphs and photographs preferably should be at actual size for printing. Footnotes.— – Avoid footnotes in the text. If used number them consecutively and place at the end of the article after the legends. Do not use your word processor footnote or endnote command. Do not include acknowledgments, except required institutional statements, in footnotes. Lengthy descriptions of tabular material should not be in footnotes to tables but incorporated into the text. Footnotes to the text use superscript numbers. Footnotes to tables use superscript lowercase letters. Tables.— – Keep them to a minimum. Before constructing a table determine whether the data might be better treated in narrative form in the text. Almost all short tables can be put in such form. Each table begins on a separate page. Tables are numbered in Roman numerals, and the word TABLE with its number begins at the left margin. The title follows in paragraph form, doublespaced. Titles must be brief. Keep footnotes to a minimum, using superscript lowercase letters (not Arabic numerals or other symbols). Omit vertical lines. See Mycologia for use of horizontal separation lines. LITERATURE CITED Bennett JW, Arnold J. 2001. Genomics for Fungi. In: Howard R, Gow N, eds. Biology of the fungal cell. Berlin, Germany: Springer-Verlag: The Mycota XIII:268–297. Fallah PM. 1999. Ascomycetes from north temperature lakes in Wisconsin [Doctoral dissertation]. Urbana-Champaign: Univ. Illinois. 190 p. Klich, MA. 2002. Biogeography of Aspergillus species in soil and litter. Mycologia 94(1):21– 27.[Abstract/Free Full Text] Ridgway R. 1912. Color standards and color nomenclature. Washington, DC: Published by the author. 43 p, 53 pl. Xiang X, Beckwith SM, Morris NR. 1994. Cytoplasmic dynein is involved in nuclear migration in Aspergillus nidulans. Proc Nat Acad Sci USA 91:2100–2104.[Abstract/Free Full Text] ———, Morris N. 1999. Hyphal tip growth and nuclear migration. Curr Opin Microbiol 2:636– 640.[CrossRef][Medline] Fungal Diversity Fungal Diversity is an international journal that publishes papers in all fields of mycology, with preference in biodiversity, systematics, and molecular phylogeny. Review papers are welcome. Papers should be at least seven pages in Fungal Diversity Format. Publication is open to all persons. Corresponding authors will receive their published articles in PDF format. We do not encourage checklists as these should normally be published in regional journals. Introduction of new species and genera should normally be supported by molecular data. General Instructions • Stage one. Abstracts of Manuscripts should be submitted using our automated submissions form and must include the exact e-mail address of the corresponding author. The Abstracts must not be more than 1.5mb. The best way to submit is to use a word document. The authors will receive acknowledgement through email within seven days after submitting. If there is no acknowledgement the authors may conclude that the manuscript has not reached Fungal Diversity. Stage two If your abstract is sucessful the following will apply. •You should include (i) title of the article and (ii) name, address, fax. and e-mail address of the corresponding author • Electronic manuscripts should be submitted in word format. For review purposes all figures and tables should be inserted into the text. All figures, trees and plates should also be submitted as separate jpeg or Tiff files. Excel files for Tables are not acceptable. • The template of manuscript can be downloaded from the web site at the end of this page. • Page size 21.6 × 28 cm (8.5 × 11 inches), leave 2 cm margin on all sides and 1.5-spaced throughout. All paragraphs should be indented and justified aligned, except tables that should be left aligned. • The content should be set out into four major sections: (i) Introduction; (ii) Materials and methods; (iii) Results; and (iv) Discussion, in most circumstances. Acknowledgements, references, figure legends, figures and tables should be followed in order. Commonly used abbreviations are as follows: (i) volume: mL; (ii) length: km; (iii) concentration: M; (iv) weight: kg; (v) temperature: °C; (vi) others: Fig., Figs. Months are not abbreviated. • Take all symbols from symbol (normal text) in MS Word. • Words of non-English origin, like in vivo, et al., ibid. and scientific names should be italicised. • Brackets are used in the following order: {level 3 [level 2 (level 1)]}. • Citation of nomenclatural authorities for taxa is optional except for taxonomic papers. For abbreviation of authors' names, use http://www.indexfungorum.org/Names/AuthorsOfFungalNames.asp. • Multiple references cited in text should be in chronological order, while multiple references from the same year are cited in alphabetical order. Where there are three or more authors, cite the first name only in text, adding et al. for all citations (Armstrong, 2000; Bell and Bell, 2000; Armstrong et al., 2002a,b, 2003). • References in reference list should be in ascending order of authors' names first, followed by year. Journal names and book titles should be spelt in full form. • Figures should be numbered consecutively with Arabic numbers, and in the order that they are referenced in the text. • Figures must be submitted as electronic files and they must be composed into plates. Figures must fit a maximum of 20 cm high by 13.5 wide including space for the legend after reduction. Single photographs that need mounting together are not acceptable. Electronic figures must be captured at or above 600 dpi resolution. • Sequences must be deposited in the GenBank, full alignment of datasets must be submitted to the TreeBASE and a Mycobank number must be added for new species and taxonomic changes. • Please note that all papers in Fungal Diversity are peer reviewed. Home :: About the Journal :: Publications :: Indices :: How to Order :: Instructions to Authors :: Online Resources you are here > > home... instructions to authors Instructions to Authors Mycotaxon is an international journal for articles on the taxonomy and nomenclature of fungi. Publication is open to everyone. The Editor-in-Chief receives publication-ready text documents and illustrations that have been reviewed prior to submission by two mycological experts. The author is responsible for providing potential peer reviewers with a full set of instructions and for preparing concise, well-formatted, error-free copy that accurately conveys the author's ideas in an economy of space. No page charges are incurred for papers with fewer than one hundred (100) pages and containing one or fewer halftone plates per ten (10) pages of text. Excess halftones cost $40 each. (There are last-minute correction fees and modest fees for converting hard copy to digital formats, however.) Mycotaxon submission involves three easy steps: [1] Peer review, in which the authors send their final manuscript text and illustrations to two expert peer reviewers. (Peer reviewers return complete comments to the author and the expert review comments to the Editor-in-Chief.) [2] Nomenclature & presubmission review , in which authors send their peer-reviewed master text clone (no graphics) to the Nomenclature Editor and, if the paper is in French, to the French Language Editor. [3] Final submission, in which authors send all text and illustration materials together with their submission form to the Editor-in-Chief. The Editor-in-Chief, who is available to answer questions at any time, will guide the authors through final submission to publication. Our most recent Mycotaxon Author instructions can be downloaded as a comprehensive printer-friendly PDF. (Remember to download the free Acrobat Reader when needed.) This file, which provides the most complete information on Mycotaxon requirements & submission protocols, includs a sample manuscript. Authors should also download the Word, Legend, and Table Templates formatted to fit our custom journal page size and the Submission Form to be returned to the Editor-in-Chief with all final submission materials. These files are available as individual downloads and as a complete authoring kit on our file download page. Authors who maintain datasets for regional checklists are encouraged to submit short summaries (up to 4 pages) for publication in the print journal and to post a lengthier database online, where it can be updated and easily searched. Please read the paragraphs entitled "About checklists" in our Author instructions. All authors should read detailed information on illustrations from our press before submitting manuscripts with figures. Authors are expected to provide prospective reviewers with copies of the Reviewer's Guidelines and ask that the peers should return the completed comments form to both Editor-in-Chief and authors. These Guidelines are also available from the file download page. Digital Art YOUR HALFTONE PLATES AND SCANNED DRAWINGS Photographs have a continuous tone, and when they are printed, whether in a magazine or on your home or office printer, they need first to be transformed into what is termed a halftone image. It consists for black and white photographs of many dots of varying size and spacing, which you can easly see by using a hand lens. Color reproductions, again whether in a magazine or produced on your color printer, consist of dots of several colors (usually three plus black) and sizes, spaced to achieve the color balance needed. You may submit true, i.e., non-digital, photographs mounted on a separate sheet from any text material that goes on the same page. These may be all black and white or all color photographs, or a mixture of these. The plate should be designed for reduction to final exact size (page width: 11 cm maximum, page height: 17.6 cm maximum). Mark in pencil on the back the percentage reduction needed to achieve the correct size. Some recent manuscripts have been submitted to us with what we thought were glossy photographic plates. Instead these were computer-generated images, some produced using only black ink, but nonetheless in reality halftone images consisting of dots of various sizes. Still others, looking for all the world like black and white images, had been printed on a color printer, so that the dots were of at least 4 colors. All these images had to be rescanned by the printer to allow their use. Making a halftone from an existing halftone greatly degrades the image, producing far less contrast. Worse yet, the background in particular may consist of widely spaced dots of the 4 colors, but when made into a black and white image for Mycotaxon those hardly visible dots now all become black dots, and the background may become a murky, dark gray. Our new printer, The Sheridan Press, has provided specific instructions on how authors should prepare digital images for Mycotaxon. We strongly recommend that you download their excellent booklet on digital art, available in web and PDF file from the Sheridan website. It explains in detail how to prepare a TIFF file of digital images such as scanned photographs or photographs made on a digital camera. A software program such as Adobe Photoshop® will allow preparation of such TIFF files. Line Drawings present another set of problems. Easiest in many cases is to paste an original line drawing into the regular text material so that it will be reproduced in exactly the size and placement you plan. If your drawings need a different reduction from the text, you will need to mount the line drawing separately and mark it for the required reduction to fit the appropriate blank space on your manuscript. If your drawings have been produced as digital materials with vector information, they can instead be submitted as an EPS file at 600 or 1200 dots per inch, again at the exact final printed size. This process is explained in the Sheridan Press PDF file mentioned above. Rarely plates consist of both photographs and line drawings. Such mixed materials may require scanning at a different resolution. Again the Sheridan Press PDF covers this in detail. You can also obtain a free, pre-submission review of your TIFF or EPS materials! Our printer has installed a file checking tool called Digital Expert that can verify your artwork. You are strongly advised to do this before submission of your manuscript. Typical errors are submission as RGB (red, green, blue) instead of B/W (black and white), or at low resolution, or at the incorrect final size. Aims and scope Mycological Progress publishes papers on all aspects of fungi, including lichens. While Review Papers are highly welcome, the main focus is on Research Articles on • • • • • • Taxonomy and Systematics Evolution Cell Biology Ecology Biotechnology Pathology (plants, animals, humans) Manuscripts on current methods applied in, e.g., morphology, anatomy, ultrastructure (TEM, SEM), genetics, molecular biology, chemistry, and physiology will also be considered. Manuscript Submission Submission of a manuscript implies: that the work described has not been published before; that it is not under consideration for publication anywhere else; that its publication has been approved by all co-authors, if any, as well as by the responsible authorities – tacitly or explicitly – at the institute where the work has been carried out. The publisher will not be held legally responsible should there be any claims for compensation. Permissions Authors wishing to include figures, tables, or text passages that have already been published elsewhere are required to obtain permission from the copyright owner(s) for both the print and online format and to include evidence that such permission has been granted when submitting their papers. Any material received without such evidence will be assumed to originate from the authors. Online Submission Authors should submit their manuscripts online. Electronic submission substantially reduces the editorial processing and reviewing times and shortens overall publication times. Please follow the hyperlink “Submit online” on the right and upload all of your manuscript files following the instructions given on the screen. Title Page The title page should include: The name(s) of the author(s) A concise and informative title The affiliation(s) and address(es) of the author(s) The e-mail address, telephone and fax numbers of the corresponding author Abstract Please provide an abstract of 150 to 250 words. The abstract should not contain any undefined abbreviations or unspecified references. Keywords Please provide 4 to 6 keywords which can be used for indexing purposes. Text Formatting Manuscripts should be submitted in Word. Use a normal, plain font (e.g., 10-point Times Roman) for text. Use italics for emphasis. Use the automatic page numbering function to number the pages. Do not use field functions. Use tab stops or other commands for indents, not the space bar. Use the table function, not spreadsheets, to make tables. Use the equation editor or MathType for equations. Note: If you use Word 2007, do not create the equations with the default equation editor but use the Microsoft equation editor or MathType instead. Save your file in doc format. Do not submit docx files. Word template Manuscripts with mathematical content can also be submitted in LaTeX. LaTeX macro package Headings Please use no more than three levels of displayed headings. Abbreviations Abbreviations should be defined at first mention and used consistently thereafter. Footnotes Footnotes can be used to give additional information, which may include the citation of a reference included in the reference list. They should not consist solely of a reference citation, and they should never include the bibliographic details of a reference. They should also not contain any figures or tables. Footnotes to the text are numbered consecutively; those to tables should be indicated by superscript lower-case letters (or asterisks for significance values and other statistical data). Footnotes to the title or the authors of the article are not given reference symbols. Always use footnotes instead of endnotes. Acknowledgments Acknowledgments of people, grants, funds, etc. should be placed in a separate section before the reference list. The names of funding organizations should be written in full. Please arrange your manuscript as follows: • Materials and methods • • • • • • Results Discussion Acknowledgement(s) References Tables Figure legends Abbreviations should be defined at first mention in the abstract and again in the main body of the text and used consistently thereafter. Symbols and units should be used in accordance with SI standards. Enzyme nomenclature has to refer to international standards, too. For decimal values a point and not a comma is used, e.g. ‘3.5’ not ‘3,5’. Statistical analyses of data should be given, with the test of significance used and the estimate of probability. Sources of reagents, supplies, and equipment should be indicated in parentheses (company, city, country). If the equipment has been modified or newly constructed by the authors a detailed instruction has to be described. Dichotomous keys have to be represented with indentations, combining all species with the same set of main characters as one entity. Generic names in keys are repeated with their initials. The characteristics used have to match completely. Segregate a complex of features by a semicolon, e.g. characteristics of hyphae; of spores; etc. 1 Spores dark brown, warty 2 Hyphae amyloid, with clamps T. incognita 2* Hyphae not amyloid, clamps lacking 3 Rhizomorphs present; crystals octahedral; hyphae brownish, 3-4 µm diam., simple septa lacking T. brunnea 3* Rhizomorphs lacking; crystals cubic; hyphae not brownish, 3.5-7 µm diam., simple septa present T. anglica 1* Spores colourless, smooth 4 Fruitbody resupinate, poroid T. poriiformis 4* Fruitbody not resupinate 5 Basidia ... 6... 6* ... 5* Basidia ... Citation Cite references in the text by name and year in parentheses. Some examples: Negotiation research spans many disciplines (Thompson 1990). This result was later contradicted (Becker and Seligman 1996). This effect has been widely studied (Abbott 1991; Barakat et al. 1995; Kelso and Smith 1998; Medvec et al. 1993). Reference list The list of references should only include works that are cited in the text and that have been published or accepted for publication. Personal communications and unpublished works should only be mentioned in the text. Do not use footnotes or endnotes as a substitute for a reference list. Reference list entries should be alphabetized by the last names of the first author of each work. Journal article Gamelin FX, Baquet G, Berthoin S, Thevenet D, Nourry C, Nottin S, Bosquet L (2009) Effect of high intensity intermittent training on heart rate variability in prepubescent children. Eur J Appl Physiol 105:731-738. doi: 10.1007/s00421-008-0955-8 Ideally, the names of all authors should be provided, but the usage of “et al” in long author lists will also be accepted: Smith J, Jones M Jr, Houghton L et al (1999) Future of health insurance. N Engl J Med 965:325–329 Article by DOI Slifka MK, Whitton JL (2000) Clinical implications of dysregulated cytokine production. J Mol Med. Doi:10.1007/s001090000086 Book South J, Blass B (2001) The future of modern genomics. Blackwell, London Book chapter Brown B, Aaron M (2001) The politics of nature. In: Smith J (ed) The rise of modern genomics, 3rd edn. Wiley, New York, pp 230-257 Online document Doe J (1999) Title of subordinate document. In: The dictionary of substances and their effects. Royal Society of Chemistry. Available via DIALOG. http://www.rsc.org/dose/title of subordinate document. Accessed 15 Jan 1999 Dissertation Trent JW (1975) Experimental acute renal failure. Dissertation, University of California Always use the standard abbreviation of a journal’s name according to the ISSN List of Title Word Abbreviations, see www.issn.org/2-22661-LTWA-online.php Tables All tables are to be numbered using Arabic numerals. Tables should always be cited in text in consecutive numerical order. For each table, please supply a table caption (title) explaining the components of the table. Identify any previously published material by giving the original source in the form of a reference at the end of the table caption. Footnotes to tables should be indicated by superscript lower-case letters (or asterisks for significance values and other statistical data) and included beneath the table body. Artwork Guidelines For the best quality final product, it is highly recommended that you submit all of your artwork – photographs, line drawings, etc. – in an electronic format. Your art will then be produced to the highest standards with the greatest accuracy to detail. The published work will directly reflect the quality of the artwork provided. After acceptance Upon acceptance of your article you will receive a link to the special Author Query Application at Springer’s web page where you can sign the Copyright Transfer Statement online and indicate whether you wish to order OpenChoice, offprints, or printing of figures in color. Once the Author Query Application has been completed, your article will be processed and you will receive the proofs. Languages Articles and abstracts must be in English or in the journal's official language(s), but the journal accepts additional abstracts in other languages of the author’s choice (for instance in the author’s first language, if not English or the journal's official language). Such abstracts are optional. Authors would need to supply such abstracts themselves, certify that they are a faithful translation of the official abstract, and they must be supplied in Unicode (see www.unicode.org for details), especially if they are using non-roman characters. http://www.unicode.org Such abstracts in other languages will carry a disclaimer: "This abstract is provided by the author(s), and is for convenience of the users only. The author certifies that the translation faithfully represents the official version in the language of the journal, which is the published Abstract of record and is the only Abstract to be used for reference and citation."