pesquisa de staphylococcus aureus resistente a meticilina (mrsa)
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pesquisa de staphylococcus aureus resistente a meticilina (mrsa)
PESQUISA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE A METICILINA (MRSA) EM EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE BLUMENAU. RESEARCH ABOUT METHICILIN-RESISTANT (MRSA) STAPHYLOCOCCUS AUREUS IN NURSIN TEAM IN HOSPITAL IN BLUMENAU Bianca WRÉS1. 1. RESUMO Infecções relacionadas à assistência com a saúde são uma das causas associadas a aumento na morbi-mortalidade, promovendo a elevação dos custos hospitalares. Nas mãos dos profissionais de saúde reside um grande reservatório de micro-organismos patogênicos, sendo um o Staphylococcus aureus. O objetivo do estudo foi de detectar, através de exames laboratoriais, a prevalência de colonização dos profissionais de saúde por Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA). Foram realizadas coletas de swabs nasais de 36 membros da equipe de enfermagem sendo semeado em placa de ágar manitol. A partir do crescimento bacteriano, foram selecionadas as colônias amarelas (fermentadoras do manitol), sendo realizado o teste da coagulase, critério utilizado para identificar o micro-organismo como S. aureus. Para detecção de MRSA, foi utilizado o disco de cefoxitina, segundo a padronização do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI). Das amostras 14 foram caracterizadas como Staphylococcus aureus sendo que, destas apenas uma foi identificada como MRSA. Além da profilaxia tópica com mupirocina, medidas preventivas tornam-se necessárias, como a realização de culturas de vigilância epidemiológica e a supervisão constante das taxas de infecção hospitalar. Palavras chave: Staphylococcus aureus, resistência bacteriana, infecção hospitalar, antimicrobianos, MRSA. 2. ABSTRACT Infections related with health assistance are one of the causes associated to morbidity and mortality increase, promoting the development of hospital costs. In health professionals hands inhabit a large reservoir of pathogenic microorganisms, one being the Staphylococcus aureus. The purpose of the study was to detect, through the laboratory tests, the prevalence of colonization in health professionals by methicillin-resistant (MRSA) Staphylococcus aureus. Were collected nasals samples from 36 members of the nursing team being spread agar mannitol plate.From the bacterial growth, were selected the yellow colonies (mannitol fermenters), being realized the coagulase test, used to identify the microorganism as S. aureus. For detection of MRSA, it was used the cefoxitin disc, according to the standardization of the Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI). From 36 samples,14 were characterized as Staphylococcus aureus and from these 14 only one was identified as MRSA. Beyond the topical mupirocin prophylaxis, preventive measures became necessary, like the realization of epidemiological surveillance cultures and the constant supervision of hospital infection rates. 1 Farmacêutica Generalista. Email: [email protected] Key words: Staphylococcus aureus, bacterial resistance, hospital infection, antimicrobial, MRSA. 2. INTRODUÇÃO As infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS) ou doenças associadas ao cuidado são comuns e problemáticas devido a sua freqüência, morbidade e mortalidade (1). A freqüência de infecções ocasionadas por Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA) tem apresentado crescimento contínuo em instituições hospitalares a nível mundial (2,3). Pacientes com suspeita ou confirmação de infecção devem ser submetidos a medidas adicionais de prevenção como higienização das mãos, precauções de contato para pacientes colonizados ou infectados e manipulação cuidadosa de cateter venoso central e equipamentos de terapia ventilatória. Tais infecções podem ser veiculadas por via aérea, perdigotos, contato ou em combinação entre estes elementos (4). Operacionalmente, deve-se trabalhar com uma equipe comprometida, usando equipamentos de proteção individual (EPIs) no atendimento aos pacientes. S. aureus é o patógeno humano mais importante do gênero Staphylococcus, são amplamente distribuídos na natureza e fazem parte da microbiota normal da pele e mucosa de uma grande parte de mamíferos (5). A característica isolada mais importante para classificar o gênero Staphylococcus é determinada pela prova da coagulase, que avalia a capacidade de produção da enzima. Bactérias que produzem a coagulase são capazes de promover uma reação de coagulação, aglutinando o plasma humano ou de coelho. S. aureus são coagulase positivos e a incidência deste microorganismo é elevada em casos de infecção hospitalar. Antes da realização da prova de coagulase, faz-se a prova de catalase que os diferencia dos Streptococcus e Enterococcus (2,3). Os micro-organismos apresentam mecanismo de seleção natural que resultam na emergência de isolados resistentes ao diferentes antimicrobianos, assim, quando uma população microbiana é exposta a um antibiótico, os micro-organismos mais suscetíveis são eliminados, sobrevivendo somente os resistentes. Assim podem transferir os genes de resistência a sua descendência ou ainda, para outras bactérias relacionadas, através da conjugação ou por meio de plasmídios. Esse processo natural é exacerbado pelo abuso de antimicrobianos no tratamento das enfermidades humanas, sendo utilizado também na pecuária, piscicultura e agricultura (6). Dois mecanismos são responsáveis pela resistência de S. aureus aos agentes antimicrobianos atuam na parede celular: a produção de beta-lactamases, que são enzimas responsáveis pela quebra do anel beta-lactâmico, responsável pela atividade antimicrobiana. O outro mecanismo é uma alteração nas proteínas ligadoras de penicilinas (PBPs), codificada pelo gene mecA, promovendo a formação de uma PBP alterada, a PBP2a ou 2’, com baixa afinidade pelos agentes beta-lactâmicos. Tais mecanismos não são excludentes, podendo ocorrer concomitantemente. Constituem um desafio clínico, pois limitam o arsenal terapêutico disponível para tratamento (7,8). Os glicopeptídeos, vancomicina e mais recentemente a teicoplamina, são fármacos de escolha no tratamento de infecções por MRSA. O primeiro isolado de S. aureus vancomicinaresistente (VRSA) foi encontrada em 2002, embora, cepas com resistência intermediária à vancomicina (VISA), tenham sido isoladas primeiramente no Japão em 1996 e posteriormente em muitos outros países, incluindo os Estados Unidos. Recentemente, novos agentes antimicrobianos como a linezolida, daptomicina e tigeciclina estão sendo testados, podendo auxiliar no combate ao S. aureus multi-resistente (9). Para a promoção de medidas de prevenção e controle deve-se adotar a educação continuada, monitoramento da adesão á pratica de higienização das mãos, além de retroalimentação dos dados, manutenção e instalação de equipamentos, uso racional de antimicrobianos e recomendações baseadas no cuidado com os procedimentos invasivos realizados (10). Para Cruz (11), a importância da persistência ou transitoriedade da colonização está associada à maior probabilidade de disseminação dessas bactérias, seja em ambiente hospitalar ou comunitário. A disseminação para o paciente está também relacionada ao cuidado prestado e dependente das medidas básicas de higiene utilizadas. Considera-se que o trabalhador colonizado por MRSA está sujeito aos mesmos riscos da população em geral quando expostos a esses agentes, portanto, não se pode ignorar o risco da colonização por MRSA para a saúde do trabalhador. Devido a isso, o conhecimento do estado de portador, e também sua descolonização reduzem muito os risco de infecções subseqüentes. O presente estudo tem como objetivo geral a detecção de portadores de Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA), sendo que os isolamentos foram realizados a partir de coleta nasal da equipe de auxiliares de enfermagem do hospital Santa Catarina, seguido de cultura para identificação bacteriana. Assim podendo detectar a freqüência da colonização nasal por MRSA e determinar o perfil de susceptibilidade das amostras isoladas aos antimicrobianos. 2. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo foi desenvolvido no Hospital Santa Catarina, localizado no município de Blumenau –SC. O hospital conta com 150 leitos de internação, 20 leitos de CTI Adulto, 9 leitos de UTI Neonatal e Pediátrica (UTIN-PED), 16 leitos de Pronto Atendimento, 22 leitos da Clínica de Saúde Mental, 19 leitos de Recuperação Pós-Anestésica e 6 salas cirúrgicas. Os envolvidos na pesquisa foram os profissionais da equipe de enfermagem que trabalha no hospital e mantém contato com pacientes, sendo que todos os membros da equipe de enfermagem receberam orientações sobre os objetivos da pesquisa e também puderam optar por participar ou não da pesquisa, e assim os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Tais profissionais foram selecionados após aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos (CPEH) de protocolo número 159/11, por serem considerados os responsáveis diretos pelo cuidado aos pacientes, o que os torna potenciais veiculadores de microorganismos e disseminadores de infecção cruzada. Para a coleta do material biológico, os funcionários foram identificados por seqüência numérica e subdivididos por setor. As coletas foram realizadas em três turnos, onde foi introduzido swab estéril cuidadosamente em uma das narinas fazendo movimento giratório delicado e deslizando cuidadosamente pela asa nasal interna. O processo se repetiu na outra narina com o mesmo swab, e em seguida realizou-se a semeadura em placa de Petri contendo o ágar manitol, meio seletivo para estafilococos. Apresenta alta concentração de cloreto de sódio 7,5%, sendo que o Staphylococcus aureus tem a capacidade de crescer e fermentar o manitol. O indicador de pH é o vermelho de fenol, que indica uma reação positiva quando o meio ao redor das colônias se torna amarelo devido a fermentação da glicose, e negativa quando permanece avermelhado. As placas foram incubadas em uma temperatura de 35º C por 24 horas. Posteriormente, realizou-se a triagem macroscópica, evidenciando colônias amarelas como suspeitas de Staphylococcus aureus. Para confirmação da espécie foi realizado teste bioquímico de coagulase, pois é uma característica exclusiva ao Staphylococcus aureus. Tal procedimento consiste em verificar a capacidade da bactéria formar coágulo quando em contato com plasma de coelho. houver a formação de coágulo confirmamos a identificação de S. aureus (12). Após serem realizados os testes acima, foi realizado o teste de sensibilidade à cefoxitina, pelo método de disco-difusão, segundo recomendações do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI), documento M100-S21(13). Para o teste de suscetibilidade foi utilizado um inóculo padronizado pela escala de McFarland, de número 0,5. Com uma alça bacteriológica foram retiradas de 3 a 4 colônias do ágar manitol e as mesmas transferidas para um tubo contendo solução fisiológica estéril. Após a homogeneização, realizou-se leitura em espectrofotômetro, em comprimento de onda de 625 nm, sendo que a absorbância estava situada entre 0,08 e 0,10. Após o preparo do inóculo, foi introduzido um swab de algodão estéril no interior do tubo, eliminando o excesso de líquido com pressão na parede interna do tubo. O swab foi então aplicado a toda a superfície da placa de ágar Mueller-Hinton, de modo a se obter crescimento homogêneo. Deixou-se a placa secar por aproximadamente 5 minutos. Do frasco de discos contendo cefoxitina, em temperatura ambiente, retirou-se um disco com auxílio de pinça estéril e aplicouse pressionando sobre a superfície do ágar Muller-Hinton. Feito isso as placas foram incubadas a 35 °C por 24 horas. (14). Após o período, avaliou-se o diâmetro do halo de inibição do crescimento, segundo recomendações do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI), documento M100-S21, sendo sensível se o halo fosse maior ou igual a 22 mm ou então apresentando resistência se aparecesse um halo menor ou igual a 21 mm. Isolados resistentes a cefoxitina foram classificados como MRSA. 6. RESULTADOS A tabela 1, representa um perfil geral dos indivíduos que participaram do estudo, profissão, setor e testes para identificação bacteriana, sendo esses específicos para Staphylococcus aureus. Foram coletadas 36 amostras de swab nasal. Tabela 1. Perfil geral de colonização por Staphylococcus aureus em amostras de swab nasal. Indivíduos do sexo Feminino Teste de Sensibilidade Coagulase a Cefoxitina Identificação Turno Setor Profissão Crescimento Bacteriano 1 Matutino A1 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 2 Matutino A1 Enfermeira Negativo ------ ------ 3 Vespertino A1 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 4 Noturno A2 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 5 Noturno B1 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 6 Vespertino A2 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 7 Matutino B1 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 8 Matutino C1 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 9 Noturno C2 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 10 Matutino C1 Técnica em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 11 Matutino A1 Técnica em Enfermagem Positivo ------ ------ 12 Matutino C2 Técnica em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 13 Noturno B1 Técnica em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 14 Noturno C1 Técnica em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 15 Vespertino C2 Enfermeira Negativo ------ ------ 16 Vespertino B1 Técnica em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 17 Vespertino B1 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 18 Noturno B1 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 19 Vespertino C2 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 20 Vespertino C2 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 21 Matutino C1 Enfermeira Negativo ------ ------ 22 Noturno C1 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 23 Diurno UTI Enfermeira Negativo ------ ------ 24 Noturno A2 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 25 Noturno A2 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ 26 Noturno B1 Técnica em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 27 Vespertino A2 Técnica em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 28 Diurno Oncologia Enfermeira Positivo Positivo Sensível 29 Vespertino C2 Técnica em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 30 Vespertino C2 Técnica em Enfermagem Negativo ------ ------ I Indivíduos do sexo Masculino Teste de Sensibilidade Coagulase a Cefoxetina Identificação Turno Setor Profissão Crescimento Bacteriano 31 Matutino A1 Técnico em Enfermagem Positivo Positivo Sensível 32 Matutino A1 Enfermeiro Positivo Positivo Sensível 33 Vespertino UTI Técnico em Enfermagem Negativo ------ ------ 34 Matutino A1 Técnico em Enfermagem Positivo Positivo 35 Noturno C1 Técnico em Enfermagem Positivo Positivo Sensível Resistente (MRSA) 36 Matutino C1 Técnico em Enfermagem Positivo Positivo Sensível Através da tabela 1, pode-se observar que dos 36 (100%) indivíduos, houve a presença de uma cepa de Staphylococcus aureus meticilina-resistente (MRSA), representando então aproximadamente 3%, sendo que houve uma totalidade de 14 (39%) amostras onde os indivíduos estavam colonizados por S. aureus sensíveis a oxacilina. Enquanto que 21 (58%) dos indivíduos foram classificadas como não carreados de S. aureus, pelo fato de não houver colonização por S. aureus. Os números apresentaram-se baixos devido à baixa adesão dos sujeitos da pesquisa ao estudo. Através do gráfico 1, pode-se observar a prevalência encontrada entre homens e mulheres com relação a sua colonização ou não colonização. Gráfico 1. Representativo da prevalência de colonização entre homens e mulheres. Observou-se uma maior taxa de não colonizados os indivíduos do sexo masculino representando 58%, isso se dá pelo fato de os mesmos estarem em menor número, apenas seis em relação aos indivíduos do sexo feminino que apresentaram-se em grande maioria (30). O gráfico 2, representa por setor e por turno a diferença na taxa de colonização independentemente do sexo. Gráfico 2. Relação setor/turno quanto à taxa de colonização. 7. DISCUSSÃO Existem vários estudos que apontam as principais estratégias para se evitar a disseminação de resistência bacteriana, entre elas aparece a vigilância, o isolamento de pacientes com cepas multi-resistentes, lavagem das mãos e adoção de medidas visando à identificação precoce de pacientes portadores ou infectados com cepas multi-resistentes. Com a adoção dos procedimentos apropriados para o isolamento do paciente, a possibilidade de transferência do micro-organismo para outros pacientes diminui, o que é um fator que previne a colonização da equipe e disseminação intra-hospitalar (15). Devido ao baixo número de amostras não se pode ter um bom parâmetro de embasamento quanto ao setor ou turno que mais apresentou colonização. Contudo deve-se ressaltar que houve um caso positivo para Staphylococcus aureus multirresistente (MRSA), o mesmo se trata de um funcionário, técnico de enfermagem da unidade C1 noturno. Houve pouca adesão durante a realização do estudo por parte do público alvo, isso se deu pelo fato de estarem muito apreensivos quanto às conseqüências caso estivessem colonizados pelo S. aureus meticilina resistente (MRSA), mesmo após as devidas explicações sobre a importância da realização do estudo para o funcionário tendo como benefício à promoção da descolonização, através do uso da pomada de mupirocina, segundo orientação médica. Tal medida é fundamental para evitar a disseminação desta bactéria multi-resistente dentro da própria casa e também contaminação endógena em casos de procedimentos invasivos, assim como diminuição dos riscos de transmissão para pacientes do hospital. De um total 36 amostras, 14 pacientes estavam colonizados por Staphylococcus aureus e, mesmo apresentando essa baixa taxa de participação, ocorreu um caso que apresentou colonização por MRSA, sendo que os demais foram classificados como não carreadores desta bactéria. Encontrou-se uma diversidade de resultados publicados, contudo uma revisão sistemática mostrou uma média de 4,6% de colonização por MRSA nos trabalhadores de saúde (16). Comparando com outros estudos já realizados, e tendo em vista o mesmo propósito podese observar que como tinham um número mais elevado de amostras observa-se uma maior taxa de incidência de casos de MRSA, como no estudo realizado no Hospital Universitário de Goiânia, dentre os 268 profissionais avaliados, 227 (84,7%) foram considerados colonizados por Staphylococcus aureus, enquanto que 41 (15,3%) foram classificados como não carreadores desta bactéria. A colonização por MRSA foi de 9,7% dos profissionais de saúde (17). Já em um hospital de Curitiba a taxa de colonização foi menor quando comparada a de Goiânia. Dentre os 486 profissionais investigados, 296 (60,9%) foram considerados colonizados e 190 (39,1%) foram classificados como não carreadores de Staphylococcus aureus. A prevalência de MRSA foi alta, de 12,7% (11). Obtiveram uma prevalência de 47,6% de colonizados por Staphylococcus aureus e prevalência de MRSA foi 4,1% em um hospital escola público de Santo André (18) . Portanto entre esses importantes hospitais públicos brasileiros analisamos uma maior prevalência de portadores de Staphylococcus aureus no hospital de Goiânia (84,7%) e maior prevalência de MRSA no hospital de Curitiba (12,7%) (16). 8. CONCLUSÃO Apesar do reduzido número amostral, foi encontrado MRSA colonizando as fossas nasais de um funcionário, comprovando a presença de tal micro-organismo no ambiente hospitalar. Sugere-se que um estudo amplo de vigilância epidemiológica seja realizado, a fim de evitar a disseminação de MRSA, visando diminuir as taxas de morbi-mortalidade associadas. É de fundamental importância que, para maior adesão por parte dos funcionários, a instituição apóie de maneira efetiva os estudos, visto que os resultados já obtidos podem e certamente irão auxiliar a comissão de controle de infecção hospitalar a diminuir as taxas de resistência bacteriana e infecção hospitalar. 6. REFERÊNCIAS 1. KOLLEF, M. - Smart Approaches for Reducing Nosocomial Infections in the ICU. Chest., 134 (2): 447-56, 2008. 2. BURKE, J. - Infection Control: A Problem for Patient Safety. The New England Journal of Medicine.; 348 (7): 651–656, 2003. 3. RATTI, R. P.; SOUZA, C. P. - Staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA) e Infecções Nosocomiais. Revista de Ciência Farmacêutica Básica.; 30 (2): 137-143, 2009. 4. COHEN, E. C., AUSTIN, J., WEINSTEIN, M., MATLOW, A., REDELMEIER, D. A. Cohort Study Care of Children Isolated for Infection Control: A Prospective Observational. Journal of the American Academy of Pediatrics.; 122 (1): 411-415, 2008. 5. 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