Vacinação em Felinos

Transcrição

Vacinação em Felinos
23/08/2012
COMPLEXO RESPIRATÓRIO
VIRAL FELINO
VACINAÇÃO EM
FELINOS
Prof. MSc. Rodrigo Supranzetti de Rezende
UNIUBE
Rinotraqueíte Viral Felina (RVF)
FHV-1 vírus DNA
40 – 45% das afecções respiratórias
Calicivirose felina (CVF)
FCV- RNA vírus
40 – 45% das afecções respiratórias
COMPLEXO RESPIRATÓRIO
VIRAL FELINO
COMPLEXO RESPIRATÓRIO
VIRAL FELINO
Locais com confinamento de grande número de
O gato assintomático ou com a doença crônica
gatos a morbidade atinge quase 100% dos
felinos.
Mortalidade mais comum em gatinhos e com
infecções bacterianas secundárias.
Transmissão horizontal direta, indireta e
transmissão vertical.
também pode eliminar o vírus no ambiente,
sendo uma ameaça aos filhotinhos e gatos
suscetíveis.
O vírus da RVF é eliminado quando o animal
passa por um momento de estresse.
O vírus da CVF é eliminado de forma contínua.
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23/08/2012
COMPLEXO RESPIRATÓRIO
VIRAL FELINO
SINAIS CLÍNICOS
RINOTRAQUEÍTE:
Febre
Espirros
Tosse
Secreção ocular
Sialorréia
Anorexia
Prostração
Secreção nasal
Úlceras oculares superficiais
lineares
Pneumonia bacteriana
CALICIVIROSE:
Febre
Anorexia
Úlceras na língua e pálato
Periodontite
Espirros
Rinite
Distúrbios nasais e oculares
leves
Pneumonia viral
Síndrome do gatinho
claudicante
COMPLEXO RESPIRATÓRIO
VIRAL FELINO
COMPLEXO RESPIRATÓRIO
VIRAL FELINO
DIAGNÓSTICO
Histórico
Sinais Clínicos
Diferenciais: Clamidiose, Bordetela, Micoplasma,
massas nasofaringianas.
Exames Laboratoriais :
- Isolamento viral, imunofluorescência e PCR.
- Culturas bacterianas para infecções
secundárias não responsivas.
COMPLEXO RESPIRATÓRIO
VIRAL FELINO
TRATAMENTO
Suporte: - desobstrução das vias aéreas
- fluidoterapia
- suporte nutricional
- antibioticoterapia - sistêmica
- tópica
- antivirais e imunomoduladores
(Interferon 15-30UI/gato por via oral SID)
PROFILAXIA
Vacinação
Divisão dos animais por faixa etária
Baixa densidade populacional
Limpeza e ventilação do ambiente
PROGNÓSTICO
Favorável para os filhotes
Excelente para o adulto em tratamento
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23/08/2012
CLAMIDIOSE FELINA
CLAMIDIOSE FELINA
SINAIS CLÍNICOS
Chlamydia psittaci – 1º patógeno respiratório
isolado em felinos
Responsável por 10-20% das afecções
respiratórias em felinos
Responsável por 30% das conjuntivites
persistentes
Associação com o Hespesvírus e com Caliciviros
Transmissão por contato direto através das
secreções nasais, oculares, fezes e fluidos
vaginais
ZOONOSE
CLAMIDIOSE FELINA
Doença crônica primariamente ocular
Conjuntivite unilateral progredindo para bilateral
com secreção mucopurulenta
Congestão ocular
Aumento do lacrimejamento
Febre
Descarga nasal purulenta
Rinite leve
CLAMIDIOSE FELINA
DIAGNÓSTICO
Clínico
Histórico
Cultura de Swabs conjuntivais
TRATAMENTO
Antibioticoterapia tópica e sistêmica:
Tetraciclinas, Azitromicina
Todos os contactantes devem ser tratados
ELISA
PROFILAXIA
Pesquisa de anticorpos
Quarentena de 6 semanas para animais novos
Vacina
Higiene do ambiente
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PANLEUCOPENIA FELINA
PANLEUCOPENIA FELINA
SINAIS CLÍNICOS
Parvovírus felino (PVF)
Incubação até 10 dias
Vírus muito resistente no ambiente
Forma hiperaguda: depressão, choque (coma) e
PVF x PVC-2a, PVC-2b
Gatos filhotes de 2 a 4 meses
morte súbita
Forma aguda (típica): febre, protusão de 3ª
transmissão vertical.
Mortalidade alta entre os animais jovens
O vírus se replica apenas em células em divisão
pálpebra, depressão, anorexia, vômitos
amarelados, diarréia fétida com ou sem sangue,
desidratação, desconforto abdominal
Forma subclínica: depressão leve, hiporexia,
normotermia.
PANLEUCOPENIA FELINA
PANLEUCOPENIA FELINA
Transmissão horizontal direta e indireta e
SINAIS CLÍNICOS
DIAGNÓSTICO
Abortos
Histórico
Infecção intrauterina: morte súbita, alterações
Exames laboratoriais:
neurológicas (ataxia, perda de reflexo de
ameaça, incoordenação motora, lesões na retina
e no nervo óptico)
- leucopenia por neutropenia, que acompanha a
severidade da doença.
- anemia apenas quando severa hematoquezia.
Patologia: intestino
SNC
ELISA
PCR
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PANLEUCOPENIA FELINA
PANLEUCOPENIA FELINA
DIFERENCIAIS
TRATAMENTO
intoxicação
parasitismo intestinal severo
toxoplasmose aguda
corpo estranho gastointestinal
leucemia felina
septicemia bacteriana aguda
granulomas mesentéricos
linfoma
PANLEUCOPENIA FELINA
Suporte - fluidoterapia - 100mg/kg/h inicialmente
em desidratações severas
- transfusão sangüínea
- antieméticos
- antibioticoterapia - ampicilina
- estimulantes de apetite
- suporte nutricional
LEUCEMIA VIRAL FELINA
PROFILAXIA
Vírus da leucemia felina (FeLV)
Vacina
Higiene do ambiente
Primeiro retrovírus identificado nos gatos
Animais entre 1 e 5 anos
Não afeta seres humanos
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LEUCEMIA VIRAL FELINA
LEUCEMIA VIRAL FELINA
TRANSMISSÃO
ESTÁGIOS DA INFECÇÃO
Necessário contato prolongado
Horizontal - contato oronasal
- fômites
- lambidas e mordidas
Vertical
Gato assintomático - reservatório natural
1º Estágio- replicação local após contato com o
vírus.
2º estágio- infecção dos linfócitos e macrófagos
circulantes.
3º estágio- viremia associada às células
(linfócitos e monócitos).
LEUCEMIA VIRAL FELINA
LEUCEMIA VIRAL FELINA
ESTÁGIOS DA INFECÇÃO
CATEGORIAS DE INFECÇÃO
4º estágio- estágio hemolinfático e intestinal com
replicação viral nos neutrófilos, linfócitos,
plaquetas, medula óssea e células intestinais.
5º estágio- viremia através dos neutrófilos e
plaquetas infectados na medula óssea.
6º estágio- penetração nos tecidos.
Regressiva com infecção extinta - gato
transitoriamente virêmico
Progressiva - gato com viremia persistente
Regressiva - gato com viremia transitória (forma
latente)
Atípica
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23/08/2012
LEUCEMIA VIRAL FELINA
FOCMA
(Antígeno de membrana celular por oncornavírus felino)
O FeLV imprime o FOCMA nas membranas dos
gatos infectados e os torna susceptíveis a
desenvolver neoplasias.
Anticorpos contra FOCMA não protege o animal
contra outras patologias induzidas pelo FeLV.
LEUCEMIA VIRAL FELINA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS
Moléstias degenerativas
(não neoplasicas)
Moléstias proliferativas
(neoplasicas)
Síndrome da imunodeficiência adquirida felina
Linfoma: mediastinal, multicêntrico, alimentar
e formas extranodais
Leucemia linfóide
Fibrossarcoma (multicêntrico)
Leucemias granulocíticas
Anemias
Citopenias
Macrocitose/macroplaquetas
Aplasia/hipoplasia medular
Linfadenopatia
Aborto/natimorto/infertilidade
Glomerulonefrite
Distúrbios neurológicos: ataxia, mudança de
comportamento e incontinência urinária
Poliartrite
Atrofia tímica
Enterite
LEUCEMIA VIRAL FELINA
LEUCEMIA VIRAL FELINA
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Testes detectam o antígeno p27 do núcleo.
Negativo - ausência de infecção
IFA (imunofluorescência indireta)
- infecção pré-aguda
- latente
Positivo - infectado mas não se sabe o estágio
- testar com IFA ou repetir ELISA após
4 a 8 semanas.
ELISA ( imunoadsorção enzimática)
- especificidade
- sensibilidade
- praticidade
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23/08/2012
LEUCEMIA VIRAL FELINA
LEUCEMIA VIRAL FELINA
Discordância de Resultados:
Se 2 testes de ELISA são discordantes, o IFA
deve ser realizado
Se ELISA e IFA positivos - animal infectado
QUANDO TESTAR UM GATO
PARA FeLV???
Se ELISA e IFA discordam, devem ser repetidos
após 60 dias e até que ambos estejam em
concordância.
LEUCEMIA VIRAL FELINA
LEUCEMIA VIRAL FELINA
TRATAMENTO
CUIDADOS
Suporte
Isolamento
G-CSF
Ambiente limpo e tranquilo
(fatos
estimulante
de
colônia
granulocítica humano) por menos de 17 dias.
Quimioterapia nas neoplasias induzidas.
Antivirais - suramin
- zidovudina - AZT 5mg/kg BID VO ou SC
Interferon - 15 - 30 UI/gato SID VO em semanas
alternadas
Dieta balanceada
Vacinação - vacina inativada
Gaiolas individuais e limpas
Lavar bem as mãos
Testar gatos doadores de sangue
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VACINAS TRÍPLICES
LEUCEMIA VIRAL FELINA
PROGNÓSTICO
•Rinotraqueíte, Calicivirose e Panleucopenia
Gatos assintomáticos - 2 a 3 anos
Gatos sintomáticos - reservado
VACINAS QUÁDRUPLAS
•Rinotraqueíte, Calicivirose, Panleucopenia e Clamidiose
VACINAS
FABRICANTE
TIPOS DE VACINAS
Feline-4
Fel-o-vax PCT
Fel-o-vax IV
Merial
Pfizer
Fort Dodge
Vírus atenuado
Vivo modificado
Vírus inativado
VACINAS
Quantum Felis 3
Fel-o-vax PCT
Feligen CR/P
Novibac Tricat
Felocell CRV
FABRICANTE
Shering-Ploug
Ford Dodge
Virbac
intervet
Pfizer
TIPOS DE VACINAS
Vivo modificado
Virús inativado
Vírus inativado
Vivo modificado
Vivo modificado
VACINAS QUÍNTUPLAS
•Rinotraqueíte, Calicivirose, Panleucopenia, Clamidiose
e Leucemia Felina
VACINA
FABRICANTE
TIPOS DE VACINAS
Fel-o-vax LvK IV
Fort Dodge
Vírus inativado
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VACINAS ANTIRRÁBICAS
VACINA
FABRICANTE
TIPOS DE VACINAS
Rabisin
Rabdomun
Tissuvax RI
Rai-vac I
Canigen R
Novibac Raiva
Merial
Shering-Ploug
Shering-Ploug
Fort Dodge
Virbac
Intervet
Vírus inativado
Vírus inativado
Vírus inativado
Vírus inativado
Vírus inativado
Vírus inativado
ESQUEMA DE VACINAÇÃO
Avaliar sanidade do animal
Avaliar os riscos de exposição atual e futuro
Avaliar os riscos de reação pós-vacinal
(predisposição a fibrossarcomas vacinais)
Iniciar esquema de vacinação
ESQUEMA DE VACINAÇÃO
60 dias - 1ª dose da vacina polivalente
90 dias - 2ª dose da vacina polivalente
120 dias - 3ª dose da vacina polivalente
- Vacina antirrábica
Reforço anual das vacinas polivalente e
antirrábica.
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REB = 1,5 [(30xpeso kg) + 70]
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23/08/2012
Soro Ringer com Lactato
- solução isotônica
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