Em constante evolução

Transcrição

Em constante evolução
Ford Focus e Fiat Bravo disputam o concorrido
segmento dos hatches médios.
Comparativo
PáG. 20
Autonor 2015
Feira de Tecnologia Automotiva, de
16 a 19 de setembro, em Recife-PE, chega
à 10ª edição com resultados satisfatórios.
n o108
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SETEMBRO DE 2015
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R$ 6 ,00
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www.balcaoautomotivo.com.br
PáG. 32
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E, também neste período, presenciou
mudanças nas áreas de Atendimento,
Garantia, Estoque e Entrega, que
lojistas de autopeças relatam em
nossa reportagem de capa.
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Ao longo de nove anos, o jornal Balcão Automotivo
tornou-se a principal publicação do setor, com
informações todo mês que fazem a diferença no
dia a dia dos negócios da reposição.
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Atendim
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Fórum IQA
anos
PáG. 24
3º Fórum IQA da Qualidade Automotiva reuniu representantes
das entidades do setor com o objetivo de mostrar os impactos
da qualidade no mercado de reposição.
Lei federal do desmonte
PáG. 8
PáG. 50
Em vigor desde 1º de maio, o próprio cidadão agora poderá
ser o agente fiscalizador com o uso da tecnologia. Próximo
passo previsto é a renovação da frota.
3
Diretor Executivo
Bernardo Henrique Tupinambá
Diretor Comercial
Edio Ferreira Nelson
ANO X - Nº 108 - SETEMBRO DE 2015
www.balcaoautomotivo.com.br
Editor executivo
Bernardo Henrique Tupinambá
Editor-chefe
Silvio Rocha ([email protected])
Editor de veículos
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Redação
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Colaboradores
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Fauzi Timaco Jorge / Karin Fuchs
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Fotografia
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Impressão
Coan Gráfica
Editorial
setembrO de 2015 / edição 108
9 anos de jornal Balcão Automotivo
Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
H
á nove anos, a Prána Editora & Marketing lançava a
primeira edição do jornal Balcão Automotivo, que nascia
com a proposta de levar informações diferenciadas não
apenas para os empresários do setor, mas para toda a sua equipe.
À época, chamava a atenção pelo visual e papel
diferenciados, marcas que o acompanham até os dias de
hoje. Aos poucos, o slogan referência nacional de informação
sobre peças e serviços automotivos fez da publicação a mais
admirada do aftermarket brasileiro.
Com uma equipe antenada às movimentações e presente aos
principais eventos, não demorou a merecer o respeito de fontes,
empresas e representantes de entidades do setor, com informações
mensais que fazem a diferença no dia a dia para os negócios tanto
para quem está na linha de frente quanto na retaguarda.
E, nesta edição comemorativa e fiel ao seu propósito de
contribuir com a evolução do segmento, empresários do varejo de
autopeças analisam o que mudou e evoluiu nesses nove anos, nos
quesitos atendimento, garantia, estoque e entrega.
Ainda neste mês, os avanços na lei federal do desmonte que
passou a vigorar desde o dia primeiro de maio, que com o uso da
tecnologia o próprio cidadão será o agente fiscalizador. Autoridades
também preveem que o próximo passo é a renovação da frota.
Comemorando 50 anos de sucesso, a Metalúrgica Schadek,
que é hoje uma das empresas mais tradicionais do mercado
de reposição automotiva, realizou um grande evento com a
presença de colaboradores, clientes e muitos parceiros na cidade
de Porto Feliz (SP).
Na primeira semana de setembro, a Isapa reuniu seus
representantes para a 13ª Convenção de Vendas. O encontro
contou, mais uma vez, com o comparecimento de lojistas, que
contribuíram para a formação de uma equipe mais preparada,
integrada e motivada para oferecer melhores soluções aos clientes.
E no dia 11 de setembro o Grupo Sabó abriu as portas de sua
fábrica em Mogi Mirim (SP) e mostrou em detalhes todas as etapas
de seus processos de produção, desde a concepção de um novo item
até sua finalização e entrega para o mercado.
Em comparativo, Ford Focus e Fiat Bravo são avaliados,
veículos que disputam o segmento dos hatches médios. E a Jaguar
passa a comercializar no Brasil o novo sedã esportivo de luxo XE.
Linha XE da marca inglesa traz quatro versões diferentes de sedãs.
O saldo de mais uma edição da Feira de Tecnologia Automotiva
do Nordeste – AUTONOR, realizada de 16 a 19 de setembro, no
Centro de Convenções de Pernambuco, foi bastante positivo. A
Feira contou com 380 expositores, gerou aproximadamente R$ 35
milhões em negócios e teve 38 mil visitantes.
E, claro, não podíamos deixar de falar sobre um importante
evento do setor: o 3º Fórum IQA da Qualidade Automotiva,
que aconteceu na capital paulista e abordou os impactos da
qualidade na reposição, alta proteção do mercado doméstico e a
questão da inovação.
Jornalista Responsável
Silvio Rocha – MTB: 30.375
O Editor
Tiragem: 20 mil exemplares
Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade
exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade.
As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Premiatta Editora Ltda.
com distribuição nacional dirigida aos profissionais automotivos e tem o
objetivo de trazer referências ao mercado, para melhor conhecimento de
seus profissionais e representantes.
Destaques da edição
PáG. 22
Sedãs de luxo
PáG. 16
PáG. 38
PREMIATTA EDITORA LTDA
Tel (11): 5677.7773 ou 5084-1090
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Jornal Balcão Automotivo
Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - Térreo
CEP 04362-060 - Vila Mascote - São Paulo - SP
Convenção Isapa
Importadora realiza sua
13ª Convenção de Vendas
com seus representantes e
recebe pela segunda vez a
participação de lojistas
do mercado.
50 anos
Comemorando meio século
de atuação no segmento,
Schadek realiza grande festa
em Porto Feliz (SP) com a
presença de colaboradores,
clientes e parceiros.
Linha XE da Jaguar traz
quatro versões diferentes
de sedãs, sendo três delas
abaixo de R$ 200 mil, e duas
opções de motorização com
transmissão de 8 marchas.
PáG. 6
Visita à fábrica
Sabó abre as portas de
sua fábrica em Mogi Mirim
(SP) e apresenta sua linha
de produção, destacando
seu grande diferencial:
tecnologia em produtos
e processos.
4
economia e gestão
setembrO de 2015 / edição 108
Economia ou... Política?
Por: Fauzi Timaco Jorge* | Foto: Divulgação
C
omo toda ciência, a Economia Política se vale de outros
campos do conhecimento para o estabelecimento de
suas leis, princípios e teorias. Quando aconteceram
as primeiras tentativas de transplante ou implante de órgãos,
os cardiologistas tiveram que esperar o avanço da imunologia
para complementar o que seria uma simples “amarração” de
um novo coração transplantado para outro corpo humano. Só
assim foi possível precaver o transplantado de uma rejeição
do novo órgão, teoricamente perfeito em sua morfologia e
funcionamento. Consideradas as devidas correlações, o mesmo
se dá com a Economia Política: incentivos ao consumo levam ao
endividamento de uma população não acostumada ao usufruto
de uma renda insistentemente aquém dos desejos que a própria
sociedade insiste em alimentar à população. O que se vê, então,
é um efeito perverso da integração de novos consumidores,
hoje responsáveis por uma inadimplência que beira os R$240
bilhões e que congrega mais de um terço da força de trabalho, ou
aproximadamente 53 milhões de indivíduos.
Alguém já disse há algum tempo: a Economia é como o vento
que, no oceano, faz soçobrar o barquinho. É da natureza do vento
ventar; é da natureza da Economia certas ações que, inevitavelmente,
provocarão outras consequências não previstas. Veja, por exemplo,
uma dedução nesta linha: sendo o ensino gratuito, os cidadãos não
têm porque poupar para a educação dos seus filhos. Por sua vez, a
previdência privada só evolui graças à ineficiência da previdência
social. De um lado, ocorre uma diminuição das possibilidades de
investimento, que advém dos recursos poupados e repassados aos
investidores e, do outro, uma poupança compulsória, com fins
específicos, significando subtração ao consumo de uma parcela
substancial da renda do cidadão.
O equilíbrio das contas públicas não se faz sem um consenso
nacional. Interesses de ordem política, quando prioritários, provocam
tais distorções. Neste sentido, temos, enquanto nação, muito a
aprender com todos os demais países que estão à nossa frente, na
estratégia competitiva internacional.
Um Congresso voltado para os verdadeiros interesses nacionais
requer cidadãos plenamente conscientes de suas responsabilidades
perante o povo que o elegeu. Praticar uma proporcionalidade de
votos é um princípio democrático, há muito abandonado e relegado a
segundo plano. Uma câmara alta - o Senado - que equalize a natureza
e poder do voto e uma câmara baixa - a Câmara dos Deputados formada por representantes proporcionais da população eleitos
em distritos eleitorais que deixem claro e expresso seus anseios e
necessidades para todos aqueles que os representará, é uma questão
até mesmo para uma nova Assembleia Constituinte, formada por
próceres da República e não pelos que ali estão hoje, protegendo seus
interesses pessoais, em sua grande maioria. A prática de um jogo
do tipo “quanto pior, melhor” não deve se sobrepor aos verdadeiros
interesses nacionais, não é mesmo?
Quando se praticou uma redução nos encargos sociais,
particularmente no que se referia à contribuição previdenciária
sobre a Folha de Pagamento, não se acompanhou a evolução real do
emprego graças a este incentivo. Empresários foram beneficiados
com um recolhimento menor desta contribuição, o que provocou
uma sensacional expansão do déficit previdenciário. Para o
sindicalismo pleno de viés político, este fato não iria afetar o bolso do
empregado.Assim sendo, não lhe dizia respeito. Hoje, quando se tenta
uma amenização desta perda de receita, forças políticas contrárias já
não se contentam com o presidencialismo de cooptação, praticando
agora um “vice-presidencialismo de coalização”. Ou será também um
“vice-presidencialismo de cooptação”?
A Economia não deve ser subjugada pela Política. Senão... Dá no
que está dando. É preciso um concerto pra valer, não acha? Concerto,
aqui, tem o sentido de uma grande orquestração de interesses, entre
todos os segmentos da sociedade. A realidade brasileira demanda
reflexão e atitudes. Há que se considerar, ademais, a questão do
projeto e do processo. A carência de lideranças no período atual leva à
constatação da falta de um projeto. É possível, na área de engenharia
e arquitetura, cumprir a missão sem a existência de um projeto? Pode
até ser. Mas a obra resultará menos eficiente, muito provavelmente.
Desvios de prazos e custos acontecerão, como acontece com a
sociedade brasileira. Se há um projeto nacional, a exemplo de outros
países que abraçaram investimentos a fundo perdido na educação,
por exemplo, como é o caso da Coreia do Sul, o processo deve exigir
ampla participação de toda a sociedade.
Há alguns anos participei de uma Congresso da ENANGRAD,
voltado para Cursos de Administração. Nesta linha de pensamento,
discutíamos a necessidade de uma ação transformadora da nossa
realidade educacional. Uma diretora de escola de Ensino Médio
no sul do país nos deu um exemplo sobre como agir para tal
transformação. Sua escola só dispunha de um consultório dentário
e um odontólogo, em tempo integral. Não havia como ampliar esta
disponibilidade e era humanamente impossível cuidar de todos
os que ali vicejavam. As crianças apresentavam péssima dentição,
de maneira geral. Refletindo sobre as atitudes, o Conselho Diretor
decidiu tratar os dentes e empreender uma educação bucal única
e exclusivamente para os entrantes. Em oito anos o problema foi
gradual e definitivamente resolvido. Talvez seja o caso de “jogarmos
fora” uma geração para que o projeto e o processo se complementem...
Ainda sobre o acoplamento entre economia e política e sua
interdependência, dia destes assisti a uma (brilhante) palestra
apresentada pelo Dr. Octávio de Barros, diretor de Planejamento e
Estudos Econômicos do Bradesco, em um Seminário promovido
pela Automotive Business, publicação voltada para o setor
automotivo. Uma de suas afirmações, amplamente suportada por
uma centena de slides, foi categórica: o Brasil atravessa um momento
muito particular em sua recente história econômica, em que “o
setor privado caminha ao largo do setor público”. Isto significa que
a economia brasileira, a exemplo da economia norte-americana,
inglesa, italiana, francesa e tantas outras que já passaram por este
estágio, começa a ser desenhada pelo setor privado. Superamos as
eras de planos mirabolantes do tipo I PND, II PND, PACs e tantos
outros. Agora, o setor privado já encontra sustentação suficiente para
caminhar pelas próprias pernas. Alguns dirigentes de associações de
classe ali presentes foram categóricos: ideal seria que o Governo não
participasse das decisões do setor automotivo (até mesmo porque,
para alguns destes dirigentes, a importação de veículos, amplamente
suportada pelas próprias montadoras ali presentes, representava
atrativos adicionais aos veículos produzidos neste solo tupiniquim).
A Economia busca responder a algumas questões
fundamentais: quê e quanto produzir, como produzir e para
quem produzir. A primeira destas questões, em um regime
econômico capitalista, é de responsabilidade dos indivíduos, com
suas necessidades e desejos, e das empresas que irão possibilitar
os bens para a satisfação destas necessidades e desejos; a
segunda questão é respondida pelas demais ciências, voltadas
para os processos de obtenção destes bens; a terceira e última,
neste regime capitalista, é respondida pela capacidade de cada
indivíduo de, com suas competências e habilidades, obter aquilo
de que necessita. Como nem todos têm acesso direto e imediato
a todos os fatores de produção - capital, terra, trabalho, tecnologia
e capacidade empresarial - a sociedade reclama a participação de
um ente que os represente, para a organização e conciliação dos
interesses envolvidos: o governo. Foi assim quando houve a crise
de liquidez internacional, com a subprime nos Estados Unidos.
Tem sido assim, quando alguma marolinha nos assola, com ampla
revisão de tributos incidentes diretamente sobre a base consumo.
E também com economias mais experimentadas, que já passaram
por diversos regimes, como é o caso das economias europeias.
*Economista, escreve regularmente nesta
coluna e pode ser acessado pelo e-mail
[email protected]
6
indústria
setembrO de 2015 / edição 108
Sabó: Sinônimo de qualidade e inovação
Em visita à fábrica, empresa apresenta seu grande diferencial:
a tecnologia em produtos e processos
Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
N
o dia 11 de setembro, o Grupo Sabó abriu as portas
de sua fábrica em Mogi Mirim (SP) e mostrou em
detalhes todas as etapas de seus processos de produção,
desde a concepção de um novo item até sua finalização e entrega
para o mercado.
Segundo Lourenço Agnello Oricchio Jr., diretor Geral da Sabó
Américas, foram investidos 15 milhões de dólares nos últimos
três anos, com 15 linhas novas completas para o mercado. Além
disso, diante do atual cenário econômico, o diretor também
comentou que a empresa acredita e tem investido na exportação,
no aftermarket e na automatização de todos os seus processos.
A fábrica
Em um espaço de 20 mil metros quadrados de área
construída desde 2007, sendo que o total é de 70 mil metros
quadrados, Lourenço Oricchio conta que a fábrica de Mogi
Mirim foi projetada desde o seu início, diferentemente da fábrica
de São Paulo que aumentou de acordo com o seu crescimento.
“Hoje produzimos neste espaço retentores e sistemas de
vedação para montadoras, mas temos área para expandir nossos
processos e integrarmos mais linhas, como reposição. Já a fábrica
de São Paulo é responsável pela
produção de juntas e retentores
que atende à reposição. Com
um total de 400 colaboradores,
hoje a fábrica de Mogi Mirim
trabalha em dois turnos,
produzindo 112 mil peças
por dia, mas também tem
capacidade para trabalhar até
em três turnos e produzir 320
mil peças por dia”, revela.
Durante a visita, o diretor destacou a tecnologia nos
Linha de produção Sabó: destaque na tecnologia em seus processos de fabricação
Fábrica em Mogi Mirim (SP)
processos de produção, tecnologias estas que levaram anos para
se adequarem e chegarem a melhores resultados, e são hoje o
grande diferencial e segredo da Sabó, mostrando as fases de
desenvolvimento do produto no departamento de engenharia de
projeto, a criação e teste do item, sua fabricação e testes em várias
situações para comprovar sua qualidade e garantir sua eficiência
antes de começar a comercializar no mercado.
Após testado, o produto
entra para a etapa de produção
em massa, onde os técnicos
monitoram e gerenciam os
equipamentos de fabricação,
todos automatizados, de forma
a garantir uma maior agilidade
e um menor índice de erros.
Finalizado, o item vai para o estoque até chegar aos canais de venda
no mercado.
Referência no setor
Comprovando sua qualidade em produtos e processos, a
empresa agrega em sua história uma conquista de importantes
prêmios no setor, entre eles: GM Supplier of the Year Award – 2014,
GM Europe QSP, Certificado de Mérito GM, Fornecedor do ano
Mercosul GM, GM Worldwide QSP, Prêmio Qualidade Mercosul
VW e Value to the Costumer VW.
Grupo Sabó
Multinacional brasileira, é especialista em sistemas
de vedação, possui plantas no Brasil e Argentina, e
através da sua coligada Kaco, nos Estados Unidos,
Alemanha, Áustria, China, Hungria, além dos escritórios
técnico-comerciais na França, Inglaterra e Japão. É
uma das maiores fornecedoras de vedação para as
mais importantes montadoras do mundo, exportando
para mais de 40 países. Sua linha atende equipamentos
originais e de reposição utilizados em carros, caminhões,
ônibus, motocicletas e máquinas agrícolas.
Fábrica Mogi Mirim (SP)
Endereço: Av. Romário Schincariol, 955
Distrito Industrial - 13803-584 – Mogi Mirim (SP)
Telefone: (19) 3022-5350
Portal: www.sabogroup.com.br
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téria capa
de capa
setembrO de 2015 / edição 108
Em quase uma década,
o que mudou no varejo?
Na edição comemorativa de nove anos do jornal Balcão Automotivo, empresários do setor
analisam o que evoluiu no atendimento, garantia de peças, estoque e entrega
Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
H
á quase uma década, mais precisamente há nove anos, a Prána Editora & Marketing lançou
a primeira edição do Jornal Balcão Automotivo com a proposta de levar informações
diferenciadas não apenas para os empresários do setor, mas para toda a sua equipe.
Informações que fazem a diferença no dia a dia para os negócios para quem está na linha de frente
e na retaguarda.
Ao longo desses anos, o jornal tornou-se a principal publicação do setor e, também neste período,
presenciou e acompanhou muitas mudanças, principalmente nos quesitos Atendimento, Garantia,
Estoque e Entrega. Empresário de São Paulo, Plínio Castro, da Castro Autopeças, comenta que o
mercado de reposição mudou conforme o ciclo.
“Nós tivemos um período de forte presença dos importadores e foram contestadas as marcas
tradicionais. Com a crise e a valorização do dólar, as tradicionais estão voltando com mais força e
com a globalização muitas trouxeram as mesmas marcas que os importadores.Assim, prevaleceram
as tradicionais, marcas desapareceram, pois as multinacionais conseguem suportar mais o aumento
do dólar e gerir melhor os preços”, analisa.
Diretor da Jaicar, Alair Jr. pontua as principais mudanças no atendimento, ao longo desses
novos anos. “Nós contratamos uma consultoria para treinamento de líderes gerenciais com foco
no atendimento; realizamos reuniões semanais com a equipe; temos o cliente oculto; medição
de tempo dos processos; gerenciamento de atendimentos (totem de senhas); pós-venda; painel
de acompanhamento de pedido (TV); pesquisa de satisfação (avaliação do atendimento dos
profissionais envolvidos); acompanhamento de ligações (gravadas ou online) com feedback com o
vendedor, entre outros”, cita.
Tudo isso, segundo ele, voltado à principal preocupação da loja: “sem dúvida, a principal
preocupação de nossa empresa é o atendimento, sempre buscamos o máximo em excelência.
Também criamos um departamento de marketing,com profissionais competentes para acompanhar
todas as redes sociais”, acrescenta.
No grupo Motocap, o empresário José Dionísio
Gobbi afirma que o cliente ficou mais exigente
e, consequentemente, gerou a necessidade de ter
funcionários mais qualificados para atender esta
demanda. “Como também a necessidade de buscar
alternativas para atendê-lo, oferecendo produtos
diversificados, marcas e preços. Esta é uma situação
que temos notado e as empresas precisam se adequar
à realidade, à concorrência, proporcionando cada
vez melhores condições de atendimento”, defende.
João Pelegrini, do grupo Pelegrini, destaca
a importância da tecnologia neste contexto.
“O profissional teve que se adequar às novas
Alair Jr., da Jaicar, de Goiânia-GO
tecnologias, como o catálogo eletrônico, e os meios
de comunicação também estão mudando. Há praticamente uma década e-mail era uma novidade,
como o MSN e o Skype. Além disso, a busca de produtos pela internet facilitou o atendimento,
proporcionando mais velocidade neste sentido. Hoje é tudo mais dinâmico, é preciso ter agilidade
nas respostas e eficiência na entrega. O mundo do atendimento teve que se adequar à nova realidade
tecnológica”, explica.
Alexandre Lima, diretor do grupo Apul, também destaca o papel da tecnologia. “A
disponibilização do atendimento pelo site, MSN, Skype e, agora pelo WhatsApp, mudou muito a
forma de atendimento. Também agilizamos as que são feitas pelo televendas e no balcão, com a
colocação de fichas de atendimento”, especifica.
Diretor Executivo da Jocar, Moisés Sirvente, também fala sobre mudanças implementadas no
atendimento.“Centralizamos o nosso atendimento telefônico, colocamos um PABX mais inteligente
e melhoramos o controle das respostas aos e-mails de dúvidas e orçamentos dos clientes. Também
temos uma empresa que nos ajuda a monitorar e responder as solicitações dos clientes nas redes
sociais. Damos uma atenção muito especial ao ReclameAqui e à nossa avaliação no ebit (avaliação
do e-commerce)”, pontua.
Na Placin Autopeças, Fernando Jeronimo faz as suas considerações sobre evolução no
atendimento. “Hoje, diferentemente do passado, o consumidor pesquisa mais, sabe o que quer e o
quanto custa. Por isso, a equipe tem de estar muito bem treinada. Além disso, há quase uma década
trabalhávamos com cerca de 5 mil itens, hoje são 20 mil e, mesmo assim, este volume não atende
a demanda. Mais um motivo para a equipe estar sempre se reciclando, para saber das novidades e
lançamentos. Nesse sentido, o respaldo tem sido muito maior, por estarmos cadastrados em quase
todos os e-mails das fábricas e, constantemente, recebemos informações delas”, afirma.
Castro também comenta o quanto a internet facilitou a comunicação. “Tanto o consumidor
como o mecânico estão mais bem informados. O cliente não chega mais crú na loja, não é mais
leigo, e o reparador sabe mais sobre o real defeito do
carro e em relação ao preço das peças, o que tornou
o nosso negócio muito mais competitivo”, avalia.
Garantia
No quesito garantia, Alair Jr. conta que houve
um pequeno aumento de demanda ao longo de
nove anos, tendo em vista que os problemas são
proporcionais ao crescimento de uma maneira
geral. “Mas, com certeza, evoluiu bastante em
relação à informatização e processos, e montamos
uma equipe exclusiva direcionada aos processos
de garantias”.
Para Moisés Sirvente, a maioria dos problemas
permanece a mesma. “Nós temos dificuldade de João Pelegrini, do grupo Pelegrini, de Uberlândia-MG
10
capa
conseguirmos algumas informações técnicas,
algumas vezes, temos que resolver a garantia
com o nosso cliente sem nenhum amparo da
fábrica ou do distribuidor, e muitos fornecedores
dificultam a garantia com burocracia. Mas
houve uma melhora em algumas indústrias,
principalmente, as que querem ter uma marca
forte para os consumidores finais. Elas assumem a
garantia e resolvem o problema diretamente com
o consumidor final. Porém, ainda são poucas que
fazem isso”, pondera.
Jeronimo comenta sobre os empecilhos
colocados pelas fábricas. “Se não tiver tudo
preenchido corretamente, se tiver uma vírgula
Alexandre Lima, diretor do grupo Apul, de Santa
errada, ela retorna. Nenhuma fábrica nega a
Maria-RS
garantia, desde que esteja dentro do que ela quer
que seja feito. Está muito mais rigoroso e uma
garantia feita hoje leva, no mínimo, 60 dias para que a peça seja reposta no meu estoque. Ao
mesmo tempo, o cliente precisa de uma resposta imediata. Assim, nós fazemos a substituição da
peça, algumas vezes conseguimos cortesia e, quando a garantia é improcedente, absorvemos o
prejuízo”, lamenta.
Mesma avaliação tem Gobbi. “Antigamente, a garantia era um pouco amadora. Com o Código
de Defesa do Consumidor, o consumidor ficou mais amparado e ciente de seus direitos. A garantia
é um produto que você tem em seu estoque e que não gera receita, qualquer demanda que o
consumidor tem ele leva para o lado da garantia e os fornecedores ficaram mais criteriosos. Em
algumas situações eles fazem a substituição em caráter de cortesia e os empresários de autopeças
têm de ter muito cuidado em relação a isso, pois é um custo”, alerta.
setembrO de 2015 / edição 108
Para Castro, a garantia continua a mesma há
anos. “Não houve muito progresso nesse sentido,
a fábrica não tem gestão para isso. Até porque
por um bom tempo, o seu faturamento principal
vinha das montadoras e não representávamos
nem 15% do faturamento das grandes empresas.
Agora, elas estão se voltando para o mercado de
reposição e precisam rever esta questão e ter uma
gestão eficiente para atender o pós-venda”, alerta.
Ao contrário, no grupo Apul, Lima conta que
a garantia reduziu bastante ao longo dos anos.
“Até porque o mecânico está mais ciente dos
procedimentos”, acrescenta. E para Pelegrini,
a tecnologia veio como uma aliada para este
José Dionísio Gobbi, do grupo Motocap,
processo. “Hoje, você tira uma foto mostrando as
de Colatina-ES
avarias da peça e a fábrica consegue processar a
garantia online. Hoje já existe este modelo com
algumas indústrias que trabalhamos e a maioria das vezes quando se tem um bom relacionamento,
credibilidade, elas processam esta garantia mais rapidamente”.
Estoque
Para Fernando Jeronimo, sem dúvida o que mais mudou em relação ao estoque foi a grande
variedade de marcas e modelos de veículos que chegou ao mercado nos últimos anos. “Como
comentei antes, tínhamos 5 mil itens, hoje este número quadruplicou e, mesmo assim, o motoqueiro
corre o dia todo até o distribuidor para buscar peças que faltam. É preciso ter capital para ter estoque
com itens novos e manutenção dos antigos”.
O mesmo diz Sirvente: “com o aumento da variedade dos modelos de veículos, está cada vez
mais difícil conseguir ter estoque de tudo. Utilizar o do distribuidor ajuda, principalmente, quando
eu entrego para o cliente. Porém, para os clientes que visitam a loja física, a maioria ainda prefere
pegar a peça na hora. É muito difícil decidir o que tem que ter na loja e o que não. Utilizamos o nosso
ERP para nos auxiliar e estamos constantemente tentando melhorá-lo para termos menos faltas e
o mínimo de peças paradas no estoque”.
Castro complementa, afirmando que “antes, tínhamos muitos itens de poucos, agora, são poucos
itens de muitos. A variedade é o que irá importar, pois apostar no estoque do distribuidor pode ser
um tiro no pé. É preciso ter estoque com reposição rápida e não viciar em não ter mais quase nada
na loja. Para tanto, é preciso gerir melhor o capital, mapear itens de maior saída e compartilhar com
o cliente o dinamismo do mercado: os carros que desvalorizam mais rapidamente perdem a venda
de peças e vice-versa”, expõe.
Análise similar faz Gobbi: “certamente, o que mais mudou foi a quantidade. Hoje, se você tiver
um estoque muito inchado te gera um custo financeiro muito alto e, ainda, tem a questão da
própria garantia, alguns fornecedores te dão 90 dias a partir da emissão da nota fiscal deles e não
da sua emissão. Tem que administrar o estoque de forma que as compras sejam feitas basicamente
diariamente, buscando uma forma de trabalhar
com o estoque até do próprio distribuidor”, sugere.
Pelegrini destaca, mais uma vez, a importância
da tecnologia.“É preciso ter um estoque totalmente
informatizado. E, quando se utiliza a tecnologia,
estar atualizado, pois as mudanças são muito
grandes em termos de veículos e a tecnologia
embarcada neles. Tem que usar ferramentas para
gerenciar, administrar seu negócio. E quando
se fala em estoque tem a carga tributária, a
substituição tributária que obriga o pagamento
do imposto antes da saída da mercadoria das
indústrias. Se você não tiver extremamente
organizado para fazer o pedido, você estoca peças
erradas e estoca impostos”, explica.
Plínio Castro, da Castro Autopeças, de São Paulo-SP
A fim de solucionar a questão do estoque, a
12
capa
Jaicar criou o seu próprio centro de distribuição e, consequentemente, o aumento de estoque próprio
para não deixar seu cliente desassistido. “Com o aumento de variedade de marcas, tivemos que
aumentá-lo ainda mais. E, sem dúvida, está cada dia mais difícil ser competitivo. Temos que criar e
inovar. Melhoramos muito as nossas compras, de maneira assertiva, utilizando relatórios detalhados
e bem analisados, acompanhando lançamentos de novos produtos no mercado, mantendo bom
relacionamento comercial com nossos fornecedores”, pontua Alair Jr.
Já o grupo Apul focou em linhas de produtos. “Focamos mais em serviços rápidos de
conveniência (troca de lâmpadas, palhetas e baterias) e reduzimos o portfólio (latas, parabrisas,
guarnições e tintas). Entramos no projeto Âncora e nos aproximamos mais dos mecânicos. Nós
temos que fortalecer o aftermarket, pois as concessionárias são concorrentes muito poderosas
para o setor”, avalia Alexandre Lima.
Entrega
Na parte de entrega, Alair Jr. comenta que muitas mudanças foram implementadas nas
lojas nesses últimos nove anos. “Entre elas, nós reformulamos o layout do departamento, onde
integramos faturamento, caixa, conferência e expedição, aumentamos o número de colaboradores
e adotamos comissionamento para eles e para os separadores. Também criamos rotas de entregas
no sistema e um painel de acompanhamento de faturamento (disponibilização para entrega, com
horários)”, cita.
No grupo Apul, Lima comenta que cresceu muito a venda sob encomenda. “Com a internet,
tornou-se um diferencial conseguir disponibilizar o produto rapidamente, com prazo para
pagamento, garantia, e, algumas vezes, oferecendo também serviço de instalação do item em
questão”. E no que diz respeito à internet, a Jocar, que opera fortemente no comércio eletrônico,
adotou uma logística eficiente. “Pelo nosso e-commerce, entregamos para todo o Brasil e temos
setembrO de 2015 / edição 108
parceria com várias transportadoras para
conseguir fazer isso. A variedade de marcas
e modelos de veículos não influencia nas
entregas, mas sim na minha administração do
estoque”, revela Sirvente.
Na visão de Gobbi, “como os atacadistas
estão criando unidades nos estados, a entrega
otimizou para itens que adquirimos dos
distribuidores. E das fábricas que temos
oportunidades de comprar, hoje elas recebem
o pedido para produzirem, com isso, os prazos
de entrega estão dilatando um pouco”, avalia.
Fernando Jeronimo diz que da parte dos
clientes eles esperam uma entrega mais do
que expressa. “Eles estão exigindo cada vez Moisés Sirvente, da Jocar, de São Paulo-SP
mais de nós nesse sentido. Na loja temos dez
motoqueiros e peças em estoque para entrega
no máximo em 40 minutos; é difícil quem faça isso em menos tempo que nós”.
Para finalizar, João Pelegrini acrescenta que entrega está diretamente relacionada à velocidade,
à logística. “E temos de estar muito atentos para que isso ocorra de maneira eficiente, mas vejo
que não estamos dando a atenção que deveríamos à entrega. O nosso grande desafio é cuidar de
todos os processos que envolvem os nossos negócios para podermos nos adequar à realidade que
estamos passando atualmente, principalmente porque se antes faturávamos R$ 100 com um custo
de R$ 80, hoje se fatura às vezes R$ 70 com o mesmo custo”, compara.
14
capa
setembrO de 2015 / edição 108
Análise do consultor
Consultor do Sebrae-SP, abaixo, Davi Jerônimo mostra um panorama do que mais
mudou em nove anos nos quatro quesitos abordados nesta matéria. Confira:
Atendimento: “Houve uma modernização com o famoso CRM e as empresas têm
que se preocupar muito com o que chamamos de input, entrada, onde o cliente vai
acessar a empresa por algum tipo de canal, remoto ou presencial, e, independentemente
do canal, é preciso estar preparado. Primeiramente, com informações técnicas do
produto, o CRM tem de ser bem apurado no pré-requisito do tipo de produto e a
frequência que o cliente vai à loja. O que mudou foi usar as informações que tenho do
meu funcionário para tomar uma decisão e também o pós-venda. Há praticamente
uma década, as empresas não se preocupavam com o pós-venda e hoje elas precisam
ser bem ativas na questão do feedback do cliente em relação ao meu atendimento”.
Jerônimo dá algumas dicas de como ter um pós-venda eficiente: “É preciso ter um
canal específico. Ele pode ser remoto, presencial ou por telefone, mas tem de ter um
departamento destinado a falar com o cliente, como por exemplo, um fale conosco. E a
resposta tem de ser rápida. O cliente quer que o seu problema seja resolvido no menor
tempo possível”.
Garantia: “Até dois anos atrás, a garantia tinha como foco atender a lei, o Código
de Defesa do Consumidor. Com a concorrência acirrada, as empresas acabaram
assumindo este custo para deixar o cliente satisfeito. Essa troca de favor entre cliente
e fornecedor acaba sendo diluída, resolve o problema do consumidor rapidamente
e não se posterga ou passa para um terceiro. Com isso, a empresa ganha em seu
posicionamento e, posteriormente, a loja envia o produto para a assistência técnica.
Quem está se atentando a isso está ganhando participação de mercado e vendo a
fidelização do cliente”.
Estoque: “Estoque no varejo é complicado,
é o grande causador da necessidade de capital
de giro da empresa. Sempre orientamos que
o estoque tem que ser controlado e com
prazo do giro. Estoque hoje é custo e como o
mercado é muito competitivo, principalmente
o de autopeças, as margens de lucro não são
excelentes ou não são as que o empresário
gostaria de ter. O estoque pode acabar com o
lucro do negócio. Tem que ter peças de reposição,
saber qual é o tempo necessário de reposição e
o tempo de entrega do seu fornecedor. Ter hoje
estoque para 30 ou 60 dias é muito arriscado”.
Entrega: “É preciso entender o ciclo, desde Davi Jerônimo, consultor do Sebrae-SP
a compra do fornecedor, entrega na loja, venda e
recebimento. Chamamos isso de “lei de time”, quanto tempo isso dura para o estoque
estar adequado nesse ciclo. Comprar um produto e vendê-lo em 60 dias, corre-se o
risco de ter que recorrer ao banco ou outros meios para poder alavancar dinheiro para
pagar o fornecedor e o lucro fica no estoque. O segmento já está entendendo melhor a
situação de que hoje inventário e estoque não são uma boa estratégia para a empresa,
assim, ela trabalha com o mínimo que puder. No setor de autopeças a questão é a
quantidade, empresário tem de ter uma boa gestão, fazer as curvas A, B e C para saber
qual produto tem giro rápido. Trabalhar com reposição e os itens de menor saída, fazer
compras em pequenas quantidades”.
16
comemoração
setembrO de 2015 / edição 108
Parabéns, Schadek!
Comemorando meio século, empresa realiza grande festa em Porto Feliz
Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
50
anos de sucesso! Podemos resumir nestas palavras a trajetória da Metalúrgica
Schadek, que é hoje uma das empresas mais tradicionais do mercado de
reposição automotiva. E, para celebrar suas bodas de ouro, foi realizado na
cidade de Porto Feliz (SP) um grande evento com a presença de colaboradores, clientes e
muitos parceiros na noite do dia 21 de agosto, no Porto Feliz Tênis Clube.
Noite mais que especial
Para iniciar a festa, a apresentadora Luciana Martins convidou o diretor-presidente
Carlos Magalhães para receber o jubileu de ouro, pelos 50 anos da empresa. Ao lado do
diretor Daniel Moreno e da gerente comercial Rosimeire Cenci, Magalhães agradeceu a
todos que confiaram no trabalho da empresa e à cidade de Porto Feliz que os acolheu
tão bem.
Após, os convidados puderam assistir ao show de Stand Up Comedy feito pelo
comediante Rogério Vilela, seguido de um delicioso jantar e da presença da banda Medida
Certa. Ao final, foi entregue ao público um livro comemorativo que narra toda a história
da Metalúrgica Schadek.
Parceiros parabenizam a cinquentenária
“É uma grande satisfação trabalhar com uma marca com
tamanha expressão como a Schadek. Ao longo dos nossos
35 anos de fundação, posso dizer que temos uma parceria
muito forte com a empresa. Por isso, é uma grande honra
festejar com o Sr. Carlos e com toda a família Schadek esses
50 anos de existência, dedicação e produtos de primeira
qualidade”.
Carlos Eduardo Monteiro, da Auto Norte
“É um grande prazer comemorar junto com o Sr.
Carlos os 50 anos da Schadek. Para nós, brasileiros, é muito
importante ver uma indústria nacional pujante e atuante
nesse mercado. Meus parabéns”.
Nilton Rocha de Oliveira, da Pellegrino
“Agradeço o convite de estar aqui nessa comemoração
hoje e gostaria de deixar meus parabéns para o Sr. Carlos e
toda a equipe Schadek por terem chegado até aqui, pois hoje
é muito difícil vermos uma empresa celebrar 50 anos e ainda
estar tão bem. Desejo que eles continuem sempre fortes e
importantes no mercado de reposição”.
Ana Paula Cassorla, da Pacaembu
“Fico muito honrado de estar presente nesse evento,
gostaria de parabenizar a Schadek que é uma empresa tão
renomada no nosso mercado, parabenizar o Sr. Carlos por
tudo que ele fez e vai continuar fazendo, com certeza”.
Alcides J. Acerbi Neto, da Jahu
“Estar nesse evento comemorando o aniversário da
Schadek é um grande prazer para nós que temos a Schadek
como fornecedora há 20 anos. Ver uma empresa de 50
anos preservando a ética como a Schadek tem feito não é
para qualquer uma, é muito difícil em um mercado tão
concorrido como o nosso. Então, além da satisfação de estar
aqui, é muito emocionante ver o Sr. Carlos ainda à frente
da empresa com seu empreendedorismo. Para nós que
somos parceiros é motivo de muito orgulho participar dessa
celebração”.
Rogério Colla, da Auto Pratense
“É muito prazeroso para nós que somos clientes da
Metalúrgica Schadek ver que uma empresa nacional
conseguiu se manter no mercado nesses 50 anos contra todas
as adversidades do setor. Por isso, só temos a parabenizar,
principalmente o empreendedorismo, determinação e
vontade do Sr. Carlos de fazer o trabalho correto. Para
nós, que somos distribuidores, é muito bom ver a empresa
completar meio século de vida tão solidamente”.
Juveci Barbosa, da Comando Auto Peças
“Gostaria de parabenizar a Schadek, em nome do
Sr. Carlos, pela sofisticação do evento, tudo estava
maravilhoso. Com 50 anos de trabalho, eu tenho
certeza que ele já deve ter enfrentado muitas crises,
mas sempre mostrou que a empresa veio para ficar.
Parabéns, Schadek!”.
José Ilídio, da Real Moto Peças
“Nossa distribuidora tem 54 anos e temos uma
parceria com a Schadek há 50 anos, ela fez parte do
nosso portfólio desde o início. Então, para nós, é
um imenso prazer estar participando desse evento
comemorando este importante marco para a Schadek”.
Luiz Carlos Bianchi, da Bianchi Distribuidora de
Auto Peças
“Temos uma parceria com a Schadek de 50 anos,
somos um de seus primeiros clientes. O Sr. Carlos é
uma pessoa maravilhosa, com uma conduta de política
comercial fantástica, ele sempre foi muito sincero e
fiel em sua proposta de trabalho. Parabéns Schadek,
parabéns Sr. Carlos. Espero que meus filhos e netos
possam vir comemorar os 100 anos da empresa”.
Luiz Augusto Passaglia, PPL Distribuidora de Peças
18
comemoração
setembrO de 2015 / edição 108
História
Fundada em 17 de agosto de 1965,
a metalúrgica Schadek já conquistou
reconhecimento
mundial
e
mantém
liderança no segmento em que atua, sendo
detentora do maior portfólio de bombas
de óleo e bombas d’água da indústria
brasileira de reposição. A empresa está
instalada em Porto Feliz (interior do Estado
de São Paulo) há mais de 30 anos. O nome
“Schadek” veio do fundador da fábrica, o
imigrante húngaro Zoltan Schadek, que
abriu um pequeno negócio para produção
de peças metálicas fundidas sob pressão,
utilizadas em automóveis e aparelhos
domésticos. Inicialmente, os produtos
eram fabricados com base em desenhos
e amostras fornecidos pelos primeiros
clientes e atendiam apenas encomendas
locais. E foi assim que a metalúrgica deu
seus primeiros passos.
Para reforçar e administrar os trabalhos
que eram desenvolvidos, o imigrante
contratou novos funcionários e passou a
contar com um importante aliado, que,
anos depois, se tornou o protagonista da
história da Schadek: o projetista Carlos
Magalhães, atual diretor-presidente da
empresa. Magalhães desempenhou um papel
extremamente significativo na metalúrgica.
Em pouco tempo, tornou-se mais que um
colaborador. O projetista conseguiu elevar
a qualidade das peças, aumentar o portfólio
de produtos, organizar a produção e trazer
pontualidade às entregas, além de uma série
de outros avanços. Dessa forma, a Schadek
ganhou a confiança do mercado. A presença
de Carlos Magalhães também passou a ser
tão vital que, ainda na década de 60, o jovem
profissional assumiu o controle completo
da metalúrgica.
A expansão dos negócios fez a Schadek
buscar novos espaços. O interior do estado
de São Paulo mostrou-se, então, uma boa
alternativa. Assim, Porto Feliz foi escolhida
para abrigar a fábrica. As obras tiveram
início em 1978 e, no ano de 1982, a Schadek
foi inaugurada em terras porto-felicenses.
Em 50 anos, Magalhães e a Schadek
transpuseram obstáculos e alcançaram um
patamar que poucos poderiam imaginar.
Da pequena fábrica fundada na capital
paulista até a moderna empresa no interior
de São Paulo, foram diversas mudanças,
tanto nos processos de produção quanto
na estrutura física. Hoje, a empresa conta
com mais de 350 funcionários e, além da
efetiva participação na indústria nacional,
exporta seus produtos diretamente de Porto
Feliz para cerca de 30 países e está entre os
fabricantes de maior crescimento no ramo.
20
comparativo
setembrO de 2015 / edição 108
Os novos hatches médios
O Ford Focus recebeu novo visual, calibragem de direção e suspensões, já o Fiat Bravo passou por
reestilização e ganhou acessórios, eles disputam o segmento dos hatches médios
Por: Edison Ragassi | Fotos: Estúdio Premiatta
N
o final de junho a Ford lançou o hatch
médio Focus 2016. O visual é igual ao do
comercializado na Europa e Estados Unidos.
A grade central cresceu, assim como os faróis. Na
parte traseira, os designers mudaram detalhes do
para-choque, tampa do porta-malas e lanternas.
Ele disputa clientes com o Bravo, da Fiat, o
qual recebeu modificações estéticas em fevereiro.
Imprimiram visual esportivo, ganhou novo desenho
no para-choque dianteiro, molduras negras nas
lanternas traseiras, novas rodas com desenho
exclusivo para cada versão.
O modelo de entrada do Focus tem acabamento
SE, utiliza propulsor 1.6L Sigma Flex TiVCT. Sua
potência é de 135 cv (E)/131 cv (G), o torque chega
a 16,7 kgfm a 5.250 rpm (E)/ e 16,2 kgfm a 3.000
rpm (G), a transmissão é manual de 5 velocidades.
A opção de entrada do Bravo é a Essence, com
propulsor E.TorQ 1.8L 16V Flex e câmbio mecânico
de cinco marchas. Entrega potência de 132cv (E)/130
Suspensão dianteira
O novo Focus teve a suspensão dianteira e traseira recalibradas,
já o novo Bravo versão Essence continua com a calibração da
versão anterior
Motor
quatro rodas, tem nova geometria na dianteira. Os
elementos foram redesenhados e receberam maior
espessura e as buchas são feitas com composto
de borracha mais rígido. E a suspensão traseira
Multilink foi revisada, incluíram um reforço na
longarina da torre do amortecedor.
No Bravo a suspensão dianteira é independente
McPherson e a traseira com travessa de torção de
seção aberta e barra estabilizadora.
Tanto a Ford como a Fiat utilizam sistema
de freios a disco nas quatro rodas e direção com
assistência elétrica.
O novo Focus vem de série com rodas de liga
leve de 17”, sistema AdvanceTrac, sistema de
conectividade SYNC com tela colorida de 4,2”,
AppLink e Assistência de Emergência. Faróis de
neblina, acendimento automático dos faróis, espelho
Amortecedor e freio
No Ford Focus o propulsor é o 1.6L Sigma Flex TiVCT, com
potência de 135 cv (E) e torque de 16,7 kgfm a 5.250 rpm
(E). O Fiat Bravo utiliza motor E.TorQ 1.8L 16V Flex, entrega
potência de 132 cv (E) e torque de 18,9 kgfm (E) a 4.500 rpm
cv (G) com torque de 18,4 kgfm (G) / 18,9 kgfm (E)
a 4.500 rpm.
A engenharia da Ford trabalhou as condições de
dirigibilidade do Focus. A direção elétrica recebeu
nova calibração, a curva de assistência ficou mais
refinada, isso para melhorar o conforto em baixas e
médias velocidades e melhor controle nas altas.
O sistema de suspensão, independente nas
O Novo Focus recebeu nova carga nos amortecedores e molas,
a Fiat manteve a carga do modelo anterior. Em ambos os freios
são a disco nas quatro rodas
22
comparativo
retrovisor eletrocrômico, sensor de chuva, chave
programável MyKey e ar-condicionado, entre outros,
por R$ 69.900.
Já o novo Bravo tem preço sugerido de
setembrO de 2015 / edição 108
R$63.680, com alarme antifurto, ar-condicionado
com saída de ar para o banco traseiro, computador
de bordo A/B (distância, consumo médio, consumo
instantâneo, autonomia, velocidade média e tempo
de percurso), faróis de neblina, rodas de liga leve
16 polegadas, pneus 205/55 R16, central multimídia
com tela de 5” touchscreen (comandos de voz e
Bluetooth), entre outros.
Custos de peças e serviços
Novo Focus hatch 1.6L
Peças
Serviços
Amortecedor dianteiro lado direito:..............................................R$ 441,00.............................................R$ 80,00
Amortecedor dianteiro lado esquerdo:.......................................R$ 461,00 ........................................... R$ 80,00
Amortecedor traseiro:............................................................................R$ 408,00*....................................... R$ 80,00 *
Disco de freio dianteiro:.........................................................................R$ 343,00*........................................ R$ 80,00*
Jogo de pastilhas dianteiras:..............................................................R$ 393,00 ............................................R$ 80,00
Disco de freio traseiro:............................................................................R$ 282,00* ........................................R$ 120,00
Jogo de pastilhas traseiras:..................................................................R$ 224,00.............................................R$ 80,00
Óleo/ litro: .....................................................................................................R$ 42,56
Filtro de óleo:...............................................................................................R$ 40,00
Filtro de ar:.....................................................................................................R$ 80,00
Filtro de combustível:.............................................................................R$ 40,00
Filtro anti-pólen:.........................................................................................R$ 85,00
Velas (jogo com 4 unidades):.............................................................R$ 76,00 ...............................................R$ 60,00
* custo para cada peça
Fiat Bravo 1.8L
Peças
Serviços
Amortecedor dianteiro:.........................................................................R$ 303,01*.........................................R$ 230,00
Amortecedor traseiro:............................................................................R$ 215,73......................................... R$ 160,00
Disco de freio dianteiro:.........................................................................R$ 342,25*....................................... R$ 203,00
Jogo de pastilhas dianteiras:..............................................................R$ 406,15 ..........................................R$ 145,00
Disco de freio traseiro:............................................................................R$ 253,77* ........................................R$ 203,00
Jogo de pastilhas traseiras:..................................................................R$ 603,32...........................................R$ 261,00
Óleo/ litro: .....................................................................................................R$ 41,41..............................................R$ 145,00
Filtro de óleo:...............................................................................................R$ 30,66 ...............................................R$ 85,00
Filtro de ar:.....................................................................................................R$ 42,01..............................................R$ 101,50
Filtro de combustível:.............................................................................R$ 15,06................................................R$ 87,00
Filtro anti-pólen:.........................................................................................R$ 138,20.............................................R$ 58,00
Velas (jogo):..................................................................................................R$ 239,36 ...........................................R$ 72,50
* custo para cada peça
Colaboraram: Ford Motor Company, Fiat Automóveis, concessionária Ford Navesa- Giovanni Gronchi e concessionária Fiat Itavema- Itaim.
Lançamento
Jaguar disputa segmento dos sedãs de luxo
Linha XE da marca inglesa traz quatro versões diferentes de sedãs, sendo três delas
abaixo de R$ 200 mil, e duas opções de motorização com transmissão de 8 marchas
Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação
A
Jaguar passa a comercializar no mercado brasileiro o novo sedã esportivo de luxo XE.
Sua estrutura é 75% em alumínio.
A versão de entrada é a Pure, vem com bancos em couro Luxtec, volante
multifuncional em couro granulado, acabamento Black Piano e detalhes contrastantes
espalhados pelo painel de instrumentos, o design é no estilo Riva Hoop. É equipado
com sistema Stop/Start, transmissão automática ZF de 8 velocidades, sistema de
monitoramento de pressão nos pneus, faróis Xenon com luzes de circulação diurna em
LED, All-Surface Progress Control, Jaguar Drive, sistema multimídia com navegador, 6
alto-falantes e sensor de estacionamento traseiro. O motor é o 2.0 Si4 Turbo de 240 cv, tem
preço sugerido de R$ 169.900.
A opção seguinte é a 2.0 Si4 Pure Tech, tem a mais o teto solar elétrico, câmera traseira de
estacionamento e limpadores de para-brisa automáticos com sensor de chuva ao preço de
R$ 177.000. A versão 2.0 Si4 R-Sport custa R$ 199.900, tem visual mais agressivo com saias
laterais, para-choques diferentes e aerofólio traseiro. Os bancos são esportivos revestidos em
couro Taurus com acabamento bicolor.
O topo de linha XE S custa R$ 299.000, tem propulsor 3.0 V6 Supercharged de 340 cv de
potência e 45,89 kgfm de torque. Conta com sistema Adaptive Dynamics de amortecedores
ativos e configuráveis. Entre as novidades tecnólogicas, o inédito Head-Up display com
tecnologia a laser que proporciona maior definição na imagem projetada no para-brisa
dianteiro. Além disso, vem equipado com Keyless Entry, sensor de estacionamento 360º,
monitor de ponto cego com sensor de aproximação de veículos e detecção de tráfego em
marcha à ré, entre outros.
Com estas opções, a Jaguar entra na disputa pelo segmento de sedãs Premium de luxo,
dominado pelos modelos alemães.
24
fórum
setembrO de 2015 / edição 108
Reversão da baixa competitividade
para a retomada do crescimento
Alta proteção do mercado doméstico e pouca inovação foram temas
do 3º Fórum IQA da Qualidade Automotiva
Por: Karin Fuchs | Foto: Divulgação
N
a segunda quinzena de setembro, o IQA realizou em
São Paulo o 3º Fórum IQA da Qualidade Automotiva.
Um dos painéis reuniu representantes das entidades
do setor com o objetivo de mostrar os impactos da qualidade
no mercado de reposição, principalmente pela sua relevância,
por representar aproximadamente 80% da reparação nacional.
Sob a coordenação de Edson Brasil, vice-presidente de
Vendas e Marketing do grupo Arteb, alguns dos avanços
foram expostos pelos representantes das entidades do setor,
como a certificação de autopeças pelo Inmetro e os esforços
da cadeia para aprimorar a qualidade de produtos e serviços.
A falta de peças, sobretudo as cativas, e a importância da
inspeção técnica veicular também fizeram parte dos debates.
Conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição,
Elias Mufarej disse que a entidade tem trabalhado o quesito
qualidade no canal independente e citou algumas das
ações, como a que culminou a certificação de autopeças
pelo Inmetro. “E estamos chegando ao ponto de equalizar a
qualidade das peças produzidas no mercado local com as de
outros países”, acrescentou.
Ele também falou sobre o acompanhamento das inovações
das montadoras, divulgadas aos associados, e a iniciativa
junto a outras entidades para o retorno da inspeção técnica
veicular. Bandeira também defendida por Antonio Fiola,
presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP. “No
período de inspeção veicular em São Paulo a qualidade do
ar melhorou significativamente e hoje voltamos a níveis
piores do que em 2006. Foi um dos maiores retrocessos”,
lamentou, complementando que a inspeção melhora também
a qualidade da manutenção dos veículos.
Sobre o abastecimento do mercado, Ana Paula Cassorla,
vice-presidente da Andap/Sicap, destacou a abrangência
dos distribuidores em território nacional. “São cerca de 300
empresas de distribuição, muitas têm filiais, e um portfólio
com até 50 mil itens. Elas têm um papel muito importante
de fazer a peça chegar ao varejo, ao reparador e aos frotistas.
Peças mecânicas e elétricas de alguma forma chegam, pois a
concorrência é grande, muitas empresas participando deste
mercado com diferentes marcas. Se há desabastecimento, ele
se concentra em peças cativas e de design”, afirmou.
Fiola defendeu que o problema de desabastecimento é
relativamente sério, principalmente nas cidades do interior.
“Nós tivemos um aumento grande de modelos de veículos que
não foi acompanhado em estoque de peças cativas”. Ele disse
ainda que “dificilmente temos notícia de um carro parado na
oficina por falta de informação, temos um grande aliado que
é o Senai, mas seria fundamental a parceria com a montadora.
Se um carro fica na oficina por falta de peça ou informação,
isso é ruim para a própria imagem da montadora”.
E, para enfrentar tamanha diversificação de marcas e
modelos, Francisco de La Tôrre, presidente do Sincopeças
SP, comentou que “o papel do varejo é atender o reparador de
forma rápida, até porque a cultura no País é de manutenção
corretiva. Hoje são cerca de 2.200 modelos e marcas de
veículos (leves e pesados) e, ainda, o varejo teve que se
adequar a questões fiscais. Isso tudo tem feito com que ele se
profissionalize rapidamente”, analisou.
Segundo ele, o varejo tem parceiros estratégicos, mas não
pode ir contra o livre comércio. “Os chineses impuseram
um preço no mundo todo e o certo seria a certificação do
Inmetro em todas as autopeças. Em relação à venda de peças
pela internet, algumas vezes ela é feita sem informação e
qualidade adequadas. Orientamos o varejista que ocupe esta
lacuna”, expôs.
O executivo também comentou o avanço com a lei do
desmonte, à medida que ela irá garantir a rastreabilidade de
peças que possam retornar ao mercado de reposição. “Falta
amarrar a inspeção técnica veicular, o que vai garantir que a
frota circulante tenha qualidade, e também falta uma política
para a renovação da frota”, defendeu.
Equação da Qualidade Automotiva
Diretora da Prada Assessoria, Letícia Costa palestrou
no evento destacando o quanto qualidade é importante
e fundamental para a competitividade da indústria
automobilística nacional.“A última inovação foi com o sistema
flex fuel, posteriormente, houve melhorias no que já existe.
Para ser uma indústria competitiva, é preciso falar mais em
uma revolução do que inovação, o que requer investimento,
capital humano e mudança de gestão”.
De acordo com ela, os mecanismos de proteção de
mercado no País só aumentaram a lacuna de competitividade.
“É um mercado fechado, protegido e altamente dependente
do mercado doméstico. Mas cedo ou mais tarde o Brasil terá
que abri-lo e o nível de proteção no mercado doméstico irá
cair”, previu.
Mostrando um cenário para os próximos anos, Letícia
Costa comentou que para os próximos anos haverá excesso de
capacidade, em curto prazo, a saída é exportação e, em longo
prazo, é preciso buscar soluções para a inserção da indústria
automobilística brasileira no mercado global, o que demanda
competitividade.
“O que se vê hoje é um mercado muito mais voltado
à certificação de peças, do que na satisfação do cliente. A
certificação é importante, mas não é suficiente para que
fechemos a lacuna qualidade de produtividade. Qualidade
pode ser um saída para a crise. Se o Brasil quiser ter uma
indústria automobilística terá que exportar para outros países
e não somente para os seus vizinhos”, finalizou.
Qualidade na retomada do crescimento
Gerente da Qualidade Corporativa da Bosch, Bruno Neri destacou
alguns pontos para que haja qualidade na retomada do crescimento,
como as manutenções da qualificação de mão de obra, da base de
fornecedores, do planejamento da qualidade do produto e localizações,
alterações de fontes e projetos de redução de custos homologados e
acordados com os clientes.
“Hoje,na base dos fornecedores,nós temos baixa demanda,apesar de
complexa, situação financeira crítica, estoques insuficientes de matéria
prima e componentes, realocações emergenciais de subfornecedores e
alto esforço para manter a conscientização de qualidade”, exemplificou.
E, entre as medidas para equilibrar o cenário descrito acima, Neri
comentou sobre o acompanhamento in loco da primeira linha de
gestão e de interrupções de produção e retomadas. “Como também a
revisão trimestral da pirâmide de fornecedores, iniciativas no chão de
fábrica com eles e auditorias especiais nos lançamentos”, concluiu.
balcão automotivo / setembrO de 2015 / edição 108
A partir do mês de agosto, a Tecfil passou
também a administrar a indústria química
Tecbril. O grande objetivo dessa mudança é o
ganho de competitividade no mercado devido
à sinergia existente entre as duas empresas.
As duas empresas, sediadas na cidade de
Guarulhos, na capital paulista, agora possuirão
a mesma gestão contribuindo para o constante
desenvolvimento e crescimento de ambas. O
portfólio de produtos bem como a identidade
no mercado de cada empresa será mantido
individualmente.
Produção de
motocicletas cresce
11,6% em agosto
Conforme levantamento divulgado pela Abraciclo,
a produção de motocicletas em agosto registrou
114.162 unidades, volume 11,6% superior a julho
(102.330), que contou com período de paralisação
para férias coletivas nas fabricantes localizadas no
PIM – Polo Industrial de Manaus. Em comparação
a igual período do ano passado (129.767), os
índices são negativos, com decréscimo de 12%. Já
no acumulado do ano a retração chega a 11,9%,
passando de 1.038.714 motocicletas, em 2014,
para 914.752, em 2015.
CURTAS
Pioneira na adoção do modelo associativista no mercado automotivo brasileiro, a Rede PitStop anuncia o
lançamento de mais uma importante plataforma tecnológica: seu aplicativo para smartphones e tablets.
A nova ferramenta traz toda a base de membros
da Rede, composta por mais de 1000 pontos de
venda, entre lojas, oficinas e retíficas das linhas leve
e pesada, em mais de 370 cidades brasileiras. O app
pode ser instalado gratuitamente em aparelhos com
os sistemas Android (no Google Play) e iOS (na App
Store). O objetivo dessas ferramentas é disponibilizar
aos membros todas as informações relacionadas
à empresa, como pacote de benefícios, ações
promocionais e histórico das atividades desenvolvidas
pelo seu consultor de Campo.
Com apoio da Investe SP, SKF inaugura
fábrica da Kaydon no Brasil
Foi inaugurada no dia 10 de setembro, em
Cajamar (SP), a nova fábrica da Kaydon
Corporation. A inauguração acontece quase
dois anos depois da SKF global ter concluído
a aquisição da Kaydon, com sede nos Estados
Unidos e um ano depois de anunciada a
construção de uma fábrica no Brasil. O
investimento faz parte da estratégia de
ampliar o portfólio de soluções da SKF para
os mais diversos segmentos industriais. O projeto recebe apoio da Investe São Paulo, agência de
promoção de investimentos ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia
e Inovação do Estado de São Paulo. Em coletiva a empresa anunciou que tem projetado investimentos
para o setor automotivo que logo serão anunciados, no momento o que pode ser dito é que a fábrica
também será adaptada para as necessidades do mercado.
Peças remanufaturadas podem contribuir
para a reciclagem automotiva
A ANRAP (Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças) anunciou que
as peças remanufaturadas podem contribuir para a reciclagem automotiva. Segundo
a associação, a remanufatura é um processo industrial certificado e que pode ser
rastreado, pois tem procedência. Além da garantia de originalidade e mais segurança ao
usuário, o produto remanufaturado também tem como foco a sustentabilidade global.
Mundialmente, mais de 110 indústrias reciclam produtos, incluindo o setor automotivo;
equipamentos elétricos, médicos e de comunicação; e outros. Adicionalmente aos
benefícios para o meio ambiente, a reciclagem também aumenta a geração de empregos.
O legado de Osvaldo Dias Peres
No ano de 1963, praticamente junto à indústria nacional, nascia a Aplic, abreviação de Auto
Peças Limitada Indústria e Comércio, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Genuinamente
nacional e com dois sócios na linha de frente, entre eles, Osvaldo Dias Peres, logo ela se tornaria
uma das principais indústrias de autopeças do País, tendo desde o início o eixo de comando como
principal item fabricado. Nos anos 70, a Resolit, marca forte de engrenagens no mercado nacional,
foi incorporada à Aplic que, assim passou a ser denominada Aplic Resolit, unificando também a
produção de eixos e engrenagens em um mesmo local. Osvaldo Dias Peres, reconhecido por seu
grande trabalho no setor, deixará muitas saudades.
De pai para filho: Osvaldo Dias
e Marcos Peres durante a 11ª
edição da Automec, em 2013,
no estande da Aplic Resolit,
onde receberam clientes e
parceiros para comemorar os
50 anos e autografar o livro da
empresa
Delphi apresenta catálogo
online de sistemas de conexão
A Delphi Automotive PLC lançou
sua nova geração de catálogos
de sistemas de conexão: um
novo e completo catálogo online
que detalha o que os conectores
e sistemas de conexão Delphi
oferecem para as indústrias
e segmentos de produtos. O
catálogo está disponível em inglês
no site delphi.com, mas pode ser acessado diretamente pelo link:
http://delphi.com/manufacturers/cv/connection-systems/catalog
Contran torna facultativo o uso
do extintor em automóveis
Fotos: divulgação
Tecfil incorpora
administração da
Tecbril
Rede PitStop lança aplicativo para
smartphones e tablets
28
A mudança na legislação ocorre após 90 dias de avaliação técnica
e consulta aos setores envolvidos, e torna facultativo, também, em
utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.
O equipamento será obrigatório para todos os veículos utilizados
comercialmente para transporte de passageiros, caminhões,
caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus e destinados ao transporte
de produtos inflamáveis, líquidos e gasosos.
Pósitron é vencedora em cinco
categorias do Prêmio Marca
Brasil 2015
A Pósitron, marca da PST Electronics, conquistou o primeiro lugar
em cinco importantes categorias do Prêmio Marca Brasil 2015,
um dos mais expressivos para empresas e fabricantes do Brasil.
Os segmentos conquistados pela empresa neste ano foram no
setor de sonorização & acessórios para autos: alarme, câmera de
ré, módulos de vidro, sensor de estacionamento; e no setor de
mototurismo: alarme para motos.
30
balcão automotivo / setembrO de 2015 / edição 108
Magneti Marelli
Aftermarket
amplia portfólio de
amortecedores Cofap
Lançamentos são para diversos modelos
das marcas asiáticas Honda, Hyundai, Kia,
Mitsubishi, Nissan e Toyota. O contínuo
lançamento para novas aplicações reflete
o objetivo fundamental da empresa em
oferecer aos consumidores o maior catálogo
de amortecedores do mercado, que já atende
a 98% da frota circulante, com as mesmas
soluções de qualidade pelas quais alcançou o
reconhecimento dos fabricantes de veículos,
leves e pesados, em mais de 50 anos de
experiência na indústria automobilística
brasileira.
Ford roda 250
milhões de km no
Campo de provas
No Campo de Provas de Tatuí (SP), a Ford
completou 250 milhões de quilômetros de
testes. O número representa 6.250 voltas
no globo terrestre. A unidade é preparada
para experimentação de carros, picapes e
caminhões e funciona há 37 anos. Em Tatuí,
foram desenvolvidos os dois veículos globais
criados no Brasil, EcoSport e Ka, modelos
comercializados em vários continentes. A Ford
também desenvolveu o Edge, a Ranger, o New
Fiesta e o Focus Hatch e Fastback nas instalações
de experimentação.
NGK inaugura prédio e moderniza
operação logística
Para modernizar os seus processos e atender às necessidades de seus clientes, a NGK construiu um novo
prédio para centralizar todas as operações logísticas em sua fábrica, na cidade de Mogi das Cruzes, interior
de São Paulo. A cerimônia de inauguração reuniu executivos da empresa, autoridades municipais e
parceiros logísticos da fabricante mundial de componentes automotivos. A ampliação é parte do plano
de investimento da multinacional no Brasil, que
tem como meta ampliar sua capacidade produtiva
anual para 100 milhões de velas até 2020. O novo
prédio permite duplicar a capacidade operacional
de armazenagem e entrega dos produtos
comercializados pela NGK. Nos últimos anos, a
multinacional investiu fortemente na modernização
das instalações de Mogi das Cruzes, aprimorando a
sua eficiência e reforçando a sua competitividade.
Estevão Caputto, presidente fundador
da Sampel (1946 - 2015)
Começando do zero, na década de 1960 ele iniciou sua trajetória no mercado
de peças automotivas, baseado no princípio de que para se ter sucesso era
necessário excelência e muita dedicação e só assim seria possível entregar
algo a mais para seus clientes. Com o mesmo instinto lutador, foi o grande
alicerce da família Caputto. Ao lado de sua esposa e companheira de vida,
construiu uma família como poucos e exerceu até seus últimos dias o papel de
um grande homem, pai, avô, filho, irmão, sogro, tio e amigo. Sempre vivendo
intensamente e com o coração aberto, deixou um grande legado para os seus.
Construiu uma família forte, uma empresa sólida, uma vida e uma história de
um homem exemplar.
Gordon Hensley é nomeado vice-presidente
sênior de R & D e Gestão de Projetos da Dayco
A Dayco anuncia Gordon Hensley como vice-presidente sênior de Pesquisa, Desenvolvimento,
Engenharia de Produto e Gestão de Projetos.
Hensley, que possui capacidade comprovada de
construir equipes de alta performance e gerenciar
relações complexas no OEM e gestão da cadeia de
logística, junta-se à Dayco com experiência de mais
de 25 anos na indústria automotiva. Gordon atuou
como diretor Global de Gestão de Projetos para
Magna Powertrain, onde liderou o grupo de Pressão
de Fluidos e Controles de Projetos no mundo inteiro;
aumentou a rentabilidade; realizou duas aquisições integradas, entre outras realizações. Hensley
também trabalhou para The Gates Corporation, Ford Motor Company e Ricardo Consulting Engineers.
Desempenho do setor
De acordo com os dados divulgados pela Anfavea sobre a indústria automobilística em agosto, as exportações de autoveículos, que englobam automóveis, comerciais
leves, caminhões e ônibus, aumentaram 10,5% este ano comparado com o ano passado. O volume de veículos exportados este ano chegou a 260 mil unidades
enquanto no mesmo período do ano passado era de 235,3 mil. O balanço mostrou
crescimento também na análise mês a mês: foram 34,6 mil unidades enviadas para
outros países em agosto, o que representa um salto de 21,9% ante a julho com 28,4
mil veículos. E, segundo a Fenabrave, o total de emplacamentos no mês de agosto
foi 8,44% menor que o registrado em julho. Ao todo, foram comercializadas 319.246
unidades em agosto de 2015, contra 348.674 em julho deste ano.
CURTAS
Lançamentos Kolbenschmidt
(KS) para a linha leve
No mês de setembro a KS lançou no mercado de reposição
anéis de segmento, arruelas de encosto e bronzinas de biela
e mancal que atendem diversos veículos entre as montadoras
Honda, Citroën, Peugeot e Renault. Os produtos da marca
Kolbenschmidt (KS), Pierburg e B.F são comercializados no
mercado brasileiro de reposição pela MS Motorservice Brazil,
divisão do Grupo KSPG
AG responsável pelas
atividades de vendas e
prestação de serviços
para o aftermarket.
Continental lança
plataforma digital para
consulta completa
sobre produtos
A Divisão ContiTech, do Grupo Continental, lança no Brasil
sua plataforma digital completa para consulta ao banco de
dados de todos
os produtos do
portfólio, ligada
diretamente ao
site da ContiTech e
ao catálogo online.
O PIC (Centro de
Informação de
Produtos, na sigla
em inglês) é um
projeto inovador da
empresa, que lista para os mecânicos e clientes finais todas as
informações relacionadas a cada produto. O site em português
do PIC da ContiTech é www.contitech.com.br/aam/pic
Total e Tata Motors assinam
acordo de parceria global
O grupo francês Total e a Tata Motors acabam de assinar
um acordo global para a prestação de serviços de reposição
(aftermarket). A parceria prevê o fornecimento dos
lubrificantes de alto desempenho da marca Total nos
pontos de venda e de serviços da Tata Motors nos mercados
internacionais. Por meio desta parceria, a Total também
participará do processo de aperfeiçoamento de qualificação
da rede Tata Motors e apoiará a modernização das oficinas da
companhia indiana em todo o mundo.
32
FEIRA
setembrO de 2015 / edição 108
Autonor 2015
Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste chega
à 10ª edição com resultados bastante animadores,
apesar do desaquecimento da economia
Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
O
saldo de mais uma edição da Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste – AUTONOR,
realizada de 16 a 19 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, surpreendeu
a todos, principalmente os expositores, que registraram resultados acima do esperado.
Para a grande maioria dos participantes, a Feira foi um sucesso, o que motivou um aumento na
procura por estandes para o próximo evento.
“Um grande número de empresas expositoras deste ano já confirmou participação na edição de
2017. Isso mostra que as empresas estão acreditando no mercado de autopeças brasileiro e também
na força do evento como instrumento de promoção e fomento de negócios”, afirma Emanuel Luna,
diretor da Autonor Empreendimentos, empresa responsável pela organização da feira.
Nesta edição, a Feira contou com 380 expositores, gerou aproximadamente R$ 35 milhões em
negócios e recebeu nos quatro dias 38 mil visitantes. Segundo Luna, na atual conjuntura do País,
os segmentos de reparação de veículos e o comércio de carros usados registraram um crescimento
significativo. Isso gerou reflexos positivos no setor de autopeças e, consequentemente, na feira.
“Nossas expectativas diante desse momento do País em realizar a feira são as melhores possíveis,
a Feira já teve um público muito bom no primeiro dia, está bonita e ocupando todo o pavilhão do
centro de exposições. As marcas mais importantes do segmento estão aqui. É um momento de
felicidade, de agradecimento, é um ânimo que dá para o setor, para atravessarmos melhor esse
momento”, diz Emanuel.
José Carlos de Santana, presidente Sincopeças-PE, afirma que “pelo momento de dificuldade
que o País através a Feira demonstra que os empresários estão deixando de lado a ‘crise’ e focando
no trabalho, no que possuem de melhor e fazendo a diferença. Esse é um momento de reflexão, das
empresas se alinharem, que com certeza após esse período virão dias melhores”, garante.
“A Autonor tornou-se uma realidade, é uma grata surpresa diante das dificuldades que o País
está atravessando, diante desse momento de falta de perspectiva, a Feira é uma resposta firme
e forte da região do Nordeste, que é um setor que sempre soube responder bem nos momentos
de crise, como a reposição. Eu quero parabenizar os organizadores do evento, pois ela está muito
forte e bonita. Só tenho a mencionar a alegria e felicidade em ver a Feira tão boa em meio a esse
momento de crise, pois parece que a crise ainda não chegou até aqui”, destaca Francisco de La Tôrre,
presidente do Sincopeças de São Paulo.
Já Álvaro Pereira, tesoureiro do Sincopeças-SP, enfatiza que “o mundo é dos fortes, dos líderes,
daqueles que têm vontade de vencer e sempre veem o mundo de maneira otimista, assim são os
representantes que organizaram essa feira de uma maneira muito boa. Posso dizer que ultrapassou
minhas expectativas”.
Outro fator que contribuiu para o sucesso da Feira foi a qualificação do público visitante que, em
sua maioria, era constituído de empresários e profissionais ligados à cadeia de reparação automotiva
vindos de vários estados da região. Isso favoreceu a realização de negócios e o estabelecimento de
relacionamentos comerciais permanentes.
Momento de homenagem
Um dos pontos altos da cerimônia de
abertura da Autonor 2015 foi a homenagem
que a organização da Feira prestou a
familiares de Antônio Maciel Lins, influente
varejista de autopeças local e ex-presidente
do Sincopeças-PE.
“O Antônio Maciel é uma pessoa que
está muito ligada à história de autopeças de
Pernambuco, ele exerceu todas as funções na
cadeia de autopeças, foi um grande amigo, um
grande parceiro. É uma pessoa que começou
junto comigo essa ideia de se fazer uma feira
em Pernambuco. Ele era um visionário e foi
um momento de muita alegria relembrar e
comemorar o trabalho que ele fez”, diz Emanuel
Tenório.
Para José Carlos de Santana, “foi uma
homenagem muito bem aplicada a uma pessoa
que fez com que essa feira chegasse ao sucesso
que está hoje. Com o conhecimento dele, ele
foi a muitas fábricas junto com o Emanuel, o
apresentando e o inserindo no setor de autopeças
e começando com ele essa feira praticamente
do zero. Fico muito feliz desse reconhecimento
que teve em vida e em sua ausência nessa
homenagem tão merecida”, conta.
“É um motivo a mais de felicidade, de ver
a Feira se consolidar no calendário nacional
exatamente na terra do Sr. Antônio Maciel, ele
sempre foi um homem que andou à frente,
sempre teve os projetos mais avançados e sempre
acreditou, ele tinha essa capacidade de nos
motivar a seguir os seus sonhos”, relata Francisco
de La Tôrre.
Por fim, Álvaro Pereira destaca que “essa
homenagem ao meu amigo do ‘Chapéu de
Couro’ foi algo que tocou muito o nosso coração,
ele foi um homem de batalha, posso dizer que
ele sempre esteve jogando como centroavante e
capitão do time”.
34
FEIRA
setembrO de 2015 / edição 108
Expositores
ABR
Affinia
Alfatest
Ampri - Sampel - Fremax
Apex
Bosch
Brokits
Chiptronic
Cobreq
Continental
Dayco
Driveway
FHollanda
Filtros Wega
Finder
Grupo Schaeffler
IKS - Valclei
IRB
Isapa
Kitsbor - Efrari
Marflex - Speed Brake
Motul
Nytron
Radnaq
Raja
Raven - King Tony
Rede Âncora
Reflex & Allen
Rufato
SKF
Takao
Taranto
Tecfil
Tecnomotor
TSA
Tuba
Vetor
Vibrasil
Viemar
ZF Sachs
36
FEIRA
setembrO de 2015 / edição 108
Fatos & Fotos
Para assistir em vídeo a cobertura completa
e as entrevistas da Autonor 2015, acesse o
nosso portal: www.ctra.com.br
38
encontro
setembrO de 2015 / edição 108
13ª Convenção de Vendas Isapa
Repetindo o sucesso do ano passado, importadora
recebe lojistas em evento
Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
R
ealizada na primeira semana do mês de setembro, como já é de costume, a Isapa reuniu seus
representantes para a 13ª Convenção de Vendas no Hotel Fazenda Hípica Atibaia (SP). O
encontro contou, mais uma vez, com o comparecimento de lojistas referências no mercado,
que aceitaram de prontidão o convite da empresa.
A participação dos lojistas junto aos representantes contribuiu para a formação de uma equipe mais
preparada, integrada e motivada para oferecer melhores soluções aos clientes, através da oportunidade
de ouvi-los e entendê-los melhor quanto às suas necessidades e opiniões.
Sobre a presença dos lojistas, os diretores ressaltaram: “Para nós é muito importante poder contar
com eles no evento, podemos perceber que nossos representantes escutam mais atentamente quando
os clientes falam o que é preciso melhorar”, diz o diretor Roland Setton. “Ficamos honrados com a
presença deles, o que mostra a credibilidade que a Isapa tem no setor”, completa o também diretor
Alberto Douek.
Nova Campanha de Vendas
De acordo com Douek, todo ano, antes da exibição do planejamento de vendas, são realizadas
premiações aos representantes em diversas categorias, com entrega de troféus e gratificações em
dinheiro para os profissionais.
E, ao final do encontro, são apresentadas as regras da campanha de vendas, que vai de setembro
de 2015 até agosto de 2016. “A nova Campanha tem o nome de ‘Corrida dos Campeões’, em que os
representantes vão acumulando pontos durante sua duração”, explica Setton.
Referência em qualidade
Além de difundir ainda mais o conhecimento das marcas trabalhadas pela empresa no encontro, a
Isapa faz questão de destacar que atesta a idoneidade de todo fornecedor.“Sempre visitamos a fábrica,
independentemente de sua localização, e comprovamos sua qualidade”, informa Douek.
Outro ponto que evidencia sua
competência é a conquista do título
de melhor distribuidor de peças
importadas, em que a Isapa já foi eleita
14 vezes seguidas, segundo pesquisa
realizada junto a varejos de autopeças de
todo o Brasil.
Roland Setton e Alberto Douek, diretores
Perspectivas e projeções
Em relação ao primeiro semestre,
os diretores da Isapa apontam que o
Equipe de representantes de vendas Isapa
crescimento, mesmo pequeno, foi positivo e saudável, em virtude do momento econômico que o País
atravessa, o que faz com que a empresa consiga se manter em uma boa posição no mercado.
Na contramão de muitas teorias sobre a crise, o objetivo da Isapa é continuar investindo em
estoque para sempre ter à disposição as peças solicitadas pelos clientes, contudo as variações do dólar
também influenciam nos preços, mas para não repassar valores altos a empresa busca soluções que
não prejudiquem os elos da cadeia.“Nós abaixamos nossa margem, lutamos por mais descontos com o
fornecedor e aumentamos um pouco o nosso preço”, contam.
Outra importante ação que contribui para o fortalecimento e crescimento da marca é a participação
das feiras do setor. A Isapa participa da Feira Autopar, na região Sul; da Autonor, no Nordeste; e da
Automec, em São Paulo.
Cenário para importação
Não é novidade que o aumento do dólar diante desta recessão econômica tem dificultado muito a
importação no País, mas para a Isapa este cenário, apesar de difícil, não muda seus planos de investir
em peças e em novas ações de vendas, como é o caso da realização de sua convenção, que novamente
foi um sucesso.“Mesmo com as dificuldades do dólar, procuramos sempre investir, nos esforçando para
proporcionar aos clientes condições especiais”, aponta Douek.
“A empresa tem 53 anos de mercado e essa não é nossa primeira crise, e digo também que não é a
mais difícil que enfrento, vamos continuar a viver um dia de cada vez e conseguiremos passar bem por
esse período“, conclui Setton.
40
setembrO de 2015 / edição 108
encontro
Lojistas repercutem encontro
“Só tenho a enaltecer essa iniciativa que vem a
acrescentar tanto para nós, do varejo de autopeças,
quanto para a empresa e colaboradores envolvidos. O
evento possibilita a troca de informações com vários
profissionais, e diante dessa crise esse investimento é
um diferencial que merece muito ser valorizado. Em
relação ao mercado, nós não temos do que reclamar,
estamos
crescendo
dentro das expectativas,
prospectando novos clientes
e abrindo filiais”.
Rogério Carnevale, da
Josecar Distribuidora de
Autopeças (São Paulo-SP)
“Essa iniciativa é muito importante, pois o
representante consegue ouvir o outro lado do balcão, e
dessa forma poderá oferecer e abordar melhor o produto.
Esse evento gera mais ânimo para os colaboradores
trabalharem a marca, visto que o cenário de importação
está mais difícil, eles podem ver que a empresa está
investindo em estoque e em melhores condições para
eles trabalharem. Em nossas lojas estamos percebendo
que diferentemente dos outros pontos de venda, nas
filiais mais próximas de periferias estão mais receosos,
diminuindo as compras, pois estão vendo que o cenário
pode mudar a qualquer momento. Outra forma de
medir como está o mercado é a inadimplência, que
está crescendo, e as pessoas
não vão conseguir sanar
suas dívidas antes do décimo
terceiro, o que limita o crédito
e faz com que o dono do carro
postergue seu conserto”.
Roberto Rocha, da Auto
Peças Rocha (Campinas-SP)
“Acredito que é muito interessante a empresa trazer
seus clientes para poder enriquecer ainda mais essa
convenção, são ângulos diferentes de se enxergar o
mesmo tema, estamos em um elo da cadeia e eles, em
outro. Podemos passar para os representantes as nossas
dificuldades, o que achamos que é preciso mudar. Quem
está tentando se fortalecer nessa crise, como a Isapa,
irá sair mais forte dela. O Espírito Santo é um estado
que tem uma frota de automóveis pequena e teve uma
retração nessa crise, estamos passando por momentos
difíceis, mas estamos nos adaptando. Não é a primeira
crise e nossas perspectivas são boas, temos que ser
otimistas, pois a frota está envelhecendo e os carros não
param de quebrar”.
Fabiano Massariol, da
Auto Imports (Vitória-ES)
“Com oito anos no
mercado e quatro lojas, posso
afirmar que essa iniciativa
é muito boa para discutirmos
novas ideias, e a Isapa está inovando cada vez mais no
setor. A região Norte, que atuamos, tanto o Acre como
Rondônia, a linha de importados é grande e a frota é
nova, então o mix da Isapa nos atende muito bem, somos
clientes fiéis e para nós a marca é de primeira linha.
Sobre a recessão econômica, o mercado realmente está
mais devagar, estamos estagnados e diminuímos nossos
índices de compra, contudo estamos fazendo novos
planejamentos e olhando
melhor para os nossos
negócios, temos duas lojas
de varejo e duas de serviços
mecânicos”.
Reinaldo Carvalho, da
Rondomaza Distribuidora
de Autopeças e Acessórios
(Rio Branco-AC)
42
Lançamento
setembrO de 2015 / edição 108
iX 35 reestilizado
Fabricado em Goiás, o utilitário esportivo foi
redesenhado, recebeu equipamentos, novas versões,
configurações e continua com o motor 2,0 litros
Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação
D
ia 25 de agosto, a imprensa especializada brasileira conheceu o New Hyundai iX35.
Ele é fabricado em Anápolis (GO) pela CAOA Montadora de veículos.
O SUV recebeu nova grade dianteira, as luzes de neblina foram redesenhadas,
incluíram na dianteira um spoiler e luzes de LED no conjunto ótico.
Utiliza motor Flex 2.0 de 16 válvulas, o qual entrega 167 cv (E)/157 (G) a 6.200 rpm e
torque de 20,6 kgfm (E)/19,2 kgfm (G) a 4.700 rpm. O câmbio é automático de 6 marchas e a
direção tem assistência elétrica progressiva com controle de torque.
O New iX 35 é comercializado em três versões. A de entrada custa R$ 99.990 e traz: arcondicionado com saída para os bancos traseiros, sistema de som leitor de MP3, Bluetooth,
entrada auxiliar, conexão USB, sensor de estacionamento, entre outros. Nos bancos o
acabamento parcial é de couro, rodas aro 18 e chave tipo canivete.
A opção intermediária tem preço sugerido de R$ 109.990, as rodas são aro 18 com outro
desenho, botão de partida e entrada sem chave, controlador de velocidade, sistema multimídia
com tela de LCD, câmera de ré, GPS e rack de teto.
E a topo de linha custa R$ 122.990, vem com bancos, volante e manopla do câmbio
de couro, maçanetas cromadas, protetor externo para a base das portas, ESP (controle de
estabilidade) e TCS (controle de tração), ar-condicionado dual zone, regulagem elétrica do
banco do motorista com ajuste lombar, airbags laterais e de cortina, lanternas traseiras em
LED e duplo teto solar.
Para celebrar a chegada do novo veículo, a fabricante criou a série especial Launching
Edition. Ela é oferecida na cor laranja, limitada a 300 unidades.A empresa projeta comercializar
em média 1.700 unidades por mês do New iX 35.
44
setembrO de 2015 / edição 108
Volvo inaugura novo Centro
de Distribuição
O Grupo Volvo América Latina está
inaugurando um novo Centro de Distribuição
de peças. O espaço, duas vezes maior que o
atual, oferece mais eficiência aos processos de
recebimento e distribuição de peças, aumentando a agilidade dos serviços de entrega de pós-venda
para os clientes da marca. Localizado em um ponto estratégico em São José dos Pinhais, Região
Metropolitana de Curitiba, possui fácil acesso às duas principais rodovias que cortam o Paraná, está
próximo do aeroporto, do Porto de Paranaguá e da sede de um grande número de transportadoras.
Velas aquecedoras para motores diesel
da NGK chegam ao mercado brasileiro
A NGK é reconhecida mundialmente pela qualidade e investimentos
constantes em pesquisa e desenvolvimento. Com o mesmo padrão de
todo o portfólio da fabricante, as velas aquecedoras são produzidas com a
mais alta tecnologia, proporcionando uma partida rápida e suave, menor
emissão de poluentes e maior durabilidade. Para saber onde encontrar os
componentes, solicitar a tabela de aplicação dos produtos da marca e esclarecer dúvidas, o consumidor deve
entrar em contato com o SAC da NGK pelo 0800-197-112, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h.
MWM Motores Diesel nomeia diretor e gerente Comercial
para peças de reposição
A MWM Motores Diesel nomeou Thomas Püschel para a
diretoria de Vendas de peças de reposição, acumulando o
seu cargo de diretor de Vendas de Motores e Marketing,
reportando-se diretamente ao Sr. José Eduardo Luzzi
- presidente & CEO da Navistar Mercosul. E Marco
Antonio Marques assume a gerência de Vendas de peças
de reposição, reportando-se ao Sr. Thomas Püschel.
Fotos: divulgação
FIQUE DE OLHO
Real Moto Peças passa a distribuir linha de utilitários
da Susin Francescutti
A Real Moto Peças é a nova parceira da Susin Francescutti. A organização caxiense passa a fornecer sua
linha voltada a utilitários para a integrante do Grupo Real. Com atuação no segmento de distribuição
de autopeças e acessórios, o Grupo representa as principais indústrias de peças e acessórios do mercado
automotivo. A partir da parceria, os produtos da Sufran serão distribuídos em filiais da Real Moto Peças
em São Bernardo do Campo, Campinas e Ribeirão Preto, SP; Belo Horizonte e Uberlândia (matriz), MG;
Brasília, DF; Goiânia, GO; e Belém, PA.
MANN-FILTER lança novo elemento
filtrante do ar para SUV
No mês de setembro a MANN-FILTER lançou, em linha leve, o elemento
filtrante do ar C 24 032. O novo item é indicado para Dodge Journey
2.7 24V V6 Gasolina (08/08-) e para FIAT Freemont 2.4 16V Gasolina
(08/11). Os elementos filtrantes do ar são importantes para filtrar as
partículas presentes no ar fazendo com que o motor tenha o máximo de
desempenho e economia de combustível. Outras informações sobre a
MANN+HUMMEL disponíveis em www.mann-hummel.com
DAF Caminhões Brasil está entre as
marcas mais desejadas em pesquisa
da Fenabrave
A DAF, uma das marcas líderes no mercado europeu de caminhões e
subsidiária da PACCAR Inc, está entre as três marcas mais desejadas na
categoria Caminhões e Ônibus, segundo levantamento realizado pela
Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.
A pesquisa foi aplicada em concessionários de todo o País, com o objetivo
de avaliar o relacionamento dos distribuidores com o mercado.
48
Lançamento
setembrO de 2015 / edição 108
Nova geração do WRX
Sedãs esportivos da Subaru chegam para disputar
mercado com modelos alemães. Os carros da marca
japonesa utilizam motor boxer e tração integral
Por: Edison Ragassi | Fotos: Divulgação
E
m Campinas (SP), a Subaru mostrou para a imprensa especializada, no final de julho,
a nova geração do esportivo WRX e WRX STI.
As duas versões são equipadas com o motor boxer de quatro cilindros, turbo e
injeção direta. Neste tipo de propulsor os pistões são contrapostos e trabalham paralelamente
ao solo. Isso contribui para a redução do centro de gravidade e o aumento da estabilidade.
O WRX 2.0 entrega 270 cv de potência e 35,7 kgfm de torque. A transmissão é automática,
denominada Sport Lineartronic, com até 8 velocidades e opção de troca manual, por meio dos
paddle shifts. Já o WRX STI tem propulsor 2.5, câmbio manual de 6 velocidades, a potência é
de 310 cv e 40 kgfm de torque.
Ambos os modelos utilizam tração integral e os vários sistemas de controle de estabilidade
desenvolvidos pela fabricante japonesa nas competições de rali.
Importado do Japão, o WRX custa R$ 147.900 e o WRX STI sai por R$ 194.900.
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LEGISLAÇÃO
setembrO de 2015 / edição 108
Avanços na lei federal do desmonte
Com o uso da tecnologia, o próprio cidadão será o agente fiscalizador.
Autoridades preveem que o próximo passo é a renovação da frota
Por: Karin Fuchs | Foto: Divulgação
E
m 1º de maio passou a vigorar a Lei Federal nº 12.977/14 que regulamenta e disciplina a atividade
de desmontagem de veículos em todo o País, a exemplo de lei similar do Estado de São Paulo, que
já vigora desde julho do ano passado. Em comum, autoridades no assunto defenderam que ela
somente terá eficácia se houver fiscalização e o cidadão também cumprirá este papel. Os pontos de vista
foram apresentados em evento realizado em São Paulo, no mês de agosto, pela Funenseg (Escola Nacional de
Seguros), intitulado “Seminário sobre a Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito”.
Sobre os primeiros passos, Daniel Annenberg, presidente do Detran, contou que já está sendo
implantado um sistema de forma que pelo celular será possível identificar as peças principais e as respectivas
procedências, com a criação de um sistema regulado de desmontagem de veículos e abastecimento do
mercado de autopeças, regulando e incentivando o processo de cadastrados.
“A segunda etapa é que cada veículo desmontado terá um código de barras, peça a peça será cadastrada,
permitindo a rastreabilidade desde a desmontagem até a venda ao consumidor final. Já começamos a
cadastrar as peças dos desmanches legais, o que se dará de forma informatizada, interligando o Detran,
leiloeiros, empresas de reciclagem, comerciantes e empresas fabricantes de etiquetas”, afirmou.
Interligação que se faz necessária para a aplicabilidade da lei em todo o País, a fim também de evitar que
haja comércio ilegal de peças entre estados.“Pois o objetivo principal da legislação é combater o desmanche
ilegal.Acontecia muito de desmontes participarem de leilões públicos e misturarem peças de veículos legais
Seminário sobre a Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito foi realizado em São Paulo,
no mês de agosto, pela Funenseg
com outras, fruto de furtos e roubos de veículos. E a fiscalização precisa ser feita em todo o País para que não
haja comércio ilegal entre estados”, enfatizou o presidente do Detran.
E com o uso da tecnologia,Eraldo Ferreira,diretor do Detran,previu que o próprio consumidor cumprirá
o papel de fiscal. “Isso porque ao comprar a peça no desmonte ele verificará a procedência a partir da
existência da etiqueta (código de barras) na mesma”, especificou. Sobre os próximos passos com a legislação,
Annenberg defendeu a renovação da frota.“Nós, do Detran, queremos levar uma proposta ao governador do
Estado de São Paulo para que isso seja feito com veículos de mais de dez anos de uso”, antecipou.
Uma questão de segurança
Nas palavras de Claudio Contador, diretor do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da
Funenseg (Escola Nacional de Seguros), a principal questão da lei do desmonte é a segurança. “No ano de
2012, 34,3 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito no País.A perda é gigantesca quando uma pessoa
tem uma vida produtiva interrompida e a sua produção é perdida”, disse.
Reduzir o número de acidentes de trânsito e as suas sequelas é o grande desafio para a sociedade
brasileira, na visão do presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho.
“90% dos acidentes de trânsito são causados pelo fator humano e, em 2013, resultaram em 196,7 mil
internações no País, sendo que 36% dos acidentes envolvem motocicletas, percentual bem superior à
média mundial”, especificou.
Já Armando Vergílio dos Santos Júnior, presidente da Fenacor, Federação Nacional dos Corretores,
falou sobre a indústria da criminalidade.“Os desmanches ilegais alimentam a indústria da criminalidade
e milhares de vidas que se perdem. Envolve segurança pública, pessoas que são diariamente vítimas
de assaltos. Em países onde lei similar foi aprovada, o número de roubos e furtos de veículos caiu
drasticamente”, validou.
Ainda de acordo com ele,“não há estatísticas, mas dezenas de milhares de acidentes acontecem pelo uso
de peças inadequadas nos veículos, e outro efeito extremamente positivo da legislação é ao meio ambiente,
pois não haverá mais descarte aleatório dos subprodutos das carcaças”, avalia.
Para finalizar, Robert Bittar, presidente da Funenseg, antecipou que uma das iniciativas do CPES, Centro
de Pesquisa e Economia de Seguros, da Escola Nacional de Seguros, é criar um banco de dados referente
à acidentologia e vitimação no trânsito. “Com estatísticas nacionais e de microrregiões, o nosso objetivo é
mensurar os custos com acidentes de trânsito e as perdas econômicas, de forma que a Escola seja uma fonte
de informação para esta finalidade. Em breve, lançaremos o portal de acidentologia”, concluiu.