Baixar PDF - Camargo Corrêa

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RELATÓRIO ANUAL
2ª CAPA
ÍNDICE
RELATÓRIO ANUAL
05
07
11
14
16
19
22
Mensagem dos Acionistas
Mensagem da Administração
Perfil Corporativo
Valores
Mapa das Operações
Principais Indicadores
Premiações e Reconhecimentos
24
28
32
36
40
44
48
52
Áreas de Negócio
Cimento
Concessões de Energia
Concessões de Transportes
Engenharia & Construção
Vestuário e Calçados
Incorporação
Naval e Offshore
Denim e Workwear
57
59
RESPONSABILIDADE Socioambiental
Gestão Social · Instituto Camargo Corrêa
64
70
Informações Corporativas
Expediente
Em 75 anos de história,
o Grupo Camargo Corrêa consolidou
uma cultura empresarial de
empreendedorismo e superação
de desafios
04
MENSAGEM
DOS ACIONISTAS
C
omprometidos com o desenvolvimento socioeco-
somos referência do Brasil. Além disso, gerimos marcas de vestu-
nômico dos países ou regiões onde atuamos, nós,
ário e calçados desejadas em muitos países, como a Havaianas.
acionistas do Grupo Camargo Corrêa, temos a firme
convicção de que somente a partir do valor compartilhado com
Neste ano de 2014, quando o Grupo Camargo Corrêa completa
clientes, parceiros, governos, comunidades e demais públicos
75 anos de história, temos a oportunidade de celebrar essa tra-
com os quais nos relacionamos é que as nossas empresas tor-
jetória de sucesso e, acima de tudo, refletir sobre os desafios do
nam-se sustentáveis e, consequentemente, perenes.
futuro. A evolução constante da sociedade torna o ambiente dos
negócios cada vez mais complexo, demandando capacidade de
A partir da visão empreendedora e pioneira do empresário Sebas-
planejamento, disciplina e, sobretudo, inovação, para avançarmos
tião Camargo, fundador de uma pequena prestadora de serviços
na tão necessária busca por maior produtividade.
para a construção civil que posteriormente tornou-se uma das
maiores empresas do setor no Brasil e deu origem a um grupo
A aspiração de continuarmos uma referência em qualidade e
empresarial diversificado e dinâmico, edificou-se uma cultura em-
atuação responsável e de sermos parceiros preferenciais nos seg-
presarial sólida e fortalecida a cada geração.
mentos em que atuamos, seja no Brasil ou no exterior, é o que nos
motiva e nos estimula a continuarmos nesta trajetória.
Essa cultura empresarial nos permitiu empreender e participar do
desenvolvimento de diversos países, provendo soluções de enge-
Com uma perspectiva de longo prazo, nós, acionistas de um gru-
nharia e construção para grandes e complexos empreendimen-
po familiar brasileiro, temos por objetivo continuar inspirando as
tos diversos de infraestrutura. Após robustos investimentos, so-
lideranças e os profissionais de nossas empresas para contribuir
mos o nono maior produtor de cimento do mundo. Em operação
com o desenvolvimento sustentável e dar continuidade ao lega-
de concessões de energia e de transportes e mobilidade urbana,
do destes 75 anos de história.
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
05
Obras da Usina Hidrelétrica Ituango,
maior projeto de infraestrutura em
andamento na Colômbia
06
MENSAGEM
DA ADMINISTRAÇÃO
U
exercício de 2013. Ao lado de sinais de recuperação
Carajás para a Vale e o Sistema Produtor São Lourenço, maior Par-
nos países desenvolvidos e desaceleração dos mercados emer-
ceria Público-Privada do País no setor de saneamento. Significati-
gentes, diferentes regiões registraram alertas importantes com
vo também é o avanço da integração da Cimpor à InterCement,
novas demandas à ordem política e ao arranjo social que não
hoje a nona maior produtora internacional de cimento.
m contexto marcado por incertezas sobre a econo-
Novos marcos dessa trajetória são os contratos firmados pela
mia e inquietude por mudanças predominou no
Construtora Camargo Corrêa para a expansão da Estrada de Ferro
devem ser ignoradas.
A força do compromisso de longo prazo com empreendimenO Brasil precisa investir em infraestrutura, educação e saúde,
tos de alto impacto para o desenvolvimento aliados à solidez
além de abrir sua economia para promover a competitividade
das nossas operações compõe a matriz de confiança de nossos
e assim reunir as condições necessárias que permitirão capturar
sócios e parceiros. Nesse sentido, a integração de um grupo de
o bônus demográfico. O Grupo Camargo Corrêa está preparado
empresas japonesas, lideradas pela IHI Corporation, ao capital do
para participar da renovação da infraestrutura brasileira aportan-
Estaleiro Atlântico Sul constitui um marco importante.
do larga experiência como estruturador, construtor e operador
de empreendimentos complexos e de grande porte em 75 anos
Destaque ainda para a incorporação e a construção do empreen-
de história.
dimento comercial Camargo Corporate Towers, que vai estabelecer um novo ícone do cenário urbano da capital paulista.
Em 2013, guiadas pelo foco na satisfação dos clientes, controle
de custos e cumprimento de prazos, as empresas do Grupo Ca-
O reconhecimento de clientes de um diversificado universo de
margo Corrêa conquistaram avanços importantes nos 22 países
marcas de produtos e serviços, em que se destacam Havaianas,
em que estão presentes.
Osklen e Mizuno, nos encoraja a seguir buscando fidelização por
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
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Obras da Ponte de Laguna (SC),
que será a terceira maior do Brasil, com
cerca de três quilômetros de extensão e
trecho estaiado de 400 metros
meio da satisfação dos desejos dos nossos clientes, com ousadia,
agilidade e novos produtos de maior valor agregado.
Nessa perspectiva, acentuar a busca de inovação e manter atualizados os modelos de gestão assumem características críticas
para o sucesso de projetos e operações. Essa equação contempla
também participar da transformação das comunidades onde estamos presentes, com ações e programas incorporados à atuação
de todas as nossas unidades de negócios que contam com permanente apoio do Instituto Camargo Corrêa.
A todas as nossas equipes, agradeço o esforço e a lealdade
com os nossos valores empresariais, que perseguimos com o
estímulo constante de nossos acionistas e a confiança de parceiros e clientes.
No ano de 2014, estaremos celebrando 75 anos de uma história
de pioneirismo, tradição e qualidade. Confiantes no futuro, reafirmamos a crença no novo ciclo das nossas atividades empresariais
alicerçadas no compromisso com o desenvolvimento sustentável
que encontrou na marca Camargo Corrêa uma perfeita tradução.
VITOR HALLACK
Presidente do Conselho de Administração
Camargo Corrêa S.A.
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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10
CAMARGO CORRÊA
Perfil Corporativo
O
Grupo Camargo Corrêa é uma das maiores organi-
A holding InterCement reúne os negócios de cimento e consoli-
zações empresariais privadas do Brasil, com atuação
dou-se em 2013 entre os dez maiores produtores internacionais
em setores fundamentais da economia: engenharia
do setor. Mantém 40 fábricas em oito países, na América do Sul,
e construção, cimento, concessões de energia e de transporte
Europa e África, e busca ser referência em inovação e no atendi-
e mobilidade urbana, indústria naval e offshore, vestuário e cal-
mento a clientes.
çados, incorporação imobiliária e denim. Tem operações em 20
estados brasileiros e presença em 22 países. Encerrou 2013 com
Em Concessões de Energia participa como acionista privado
cerca de 65 mil funcionários e receita líquida de R$ 25,8 bilhões.
de referência no bloco de controle da CPFL Energia, líder brasileira no segmento de distribuição com mais de 7 milhões de
Administrado pela holding Camargo Corrêa S.A., de capital fechado
clientes. Atua também em geração e comercialização de ener-
e controle familiar, o Grupo teve origem em uma pequena empre-
gia, posicionando-se como a maior do Brasil a partir de fontes
sa fundada em 1939, a Camargo, Corrêa & Companhia Limitada,
renováveis.
Engenheiros e Construtora. Em 75 anos, tornou-se uma das marcas
corporativas de maior reconhecimento no mercado brasileiro.
Em Concessões de Transportes e Mobilidade, é uma das controladoras da CCR, uma das maiores concessionárias de rodovias do
Em Engenharia e Construção, concentra a atuação em empre-
mundo e a maior companhia privada em operação de sistemas
endimentos complexos e de grande porte logístico, com parti-
de transporte intermodal, mobilidade urbana e serviços na Amé-
cipação nos principais projetos de infraestrutura no Brasil e no
rica Latina. Além de estradas, detém concessões para a operação
exterior, especialmente na América Latina. No portfólio desta-
de aeroportos no Brasil e no exterior e linhas de metrô. Desde
cam-se usinas hidrelétricas, obras de rodovias e metrô, somando
2012, opera o sistema de barcas que liga as cidades do Rio de
mais de 500 obras.
Janeiro e de Niterói.
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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Em Vestuário e Calçados, atua com a Alpargatas, que gerencia
Na Indústria Naval e Offshore, o Grupo é acionista fundador do Es-
marcas líderes e sinônimos de inovação e design, como Ha-
taleiro Atlântico Sul (EAS), o maior e mais moderno do Hemisfério
vaianas, uma das mais valorizadas em todo o mundo, além de
Sul, instalado estrategicamente em Ipojuca (PE). O EAS tem em
Osklen, Mizuno, Topper, Timberland, entre outras. A Camargo
carteira encomendas de 19 navios petroleiros e sete sondas de
Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) é a empresa de In-
perfuração em águas ultraprofundas.
corporação do Grupo para os mercados de imóveis residenciais
de médio e alto padrão, empreendimentos comerciais e corpo-
Nos segmentos de Denim e Workwear controla juntamente com
rativos padrão AAA. No segmento econômico, atua por meio
a Alpargatas S.A. a Tavex Corporation, líder mundial na produção
da HM Engenharia, principalmente no programa Minha Casa,
de denim, com operações no Brasil, na Argentina, no Marrocos e
minha Vida.
no México.
A partir de uma pequena
construtora, o Grupo Camargo
Corrêa tornou-se uma das
marcas corporativas de maior
reconhecimento no Brasil
12
4,3
500
65
20
25,8
4,3
25,8
20
65
40
500
40
BILHÕES DE REAIS DE
RECEITA LÍQUIDA
BILHÕES DE REAIS DE
EBITDA TOTAL
ESTADOS BRASILEIROS
COM OPERAÇÕES DO GRUPO
UNIDADES DE PRODUÇÃO DE
CIMENTO EM 8 PAÍSES
MIL PROFISSIONAIS
EM ATIVIDADE NO GRUPO
OBRAS EXECUTADAS
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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VALORES
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RESPEITO ÀS PESSOAS E AO MEIO AMBIENTE
Agir sempre de forma justa e correta em relação a acionistas, profissionais,
clientes, fornecedores, governos, comunidades locais e sociedade em geral.
Atuar com responsabilidade em relação ao meio ambiente.
ATUAÇÃO RESPONSÁVEL
Atender ao que é estabelecido na legislação, onde quer que atuemos,
agindo de forma íntegra. Respeitar a diversidade de acordo com as normas
universais de boa convivência humana, sem discriminação de raça, credo,
religião, cargo, função ou outra.
TRANSPARÊNCIA
Fornecer informações claras e abrangentes sobre as atividades, as realizações,
as políticas e o desempenho do Grupo, de maneira sistemática e acessível.
FOCO NO RESULTADO
Buscar sempre maximizar o desempenho do Grupo, como forma de garantir
sua perenidade, seus investimentos, o retorno aos acionistas e condições
adequadas aos profissionais.
QUALIDADE E INOVAÇÃO
Garantir a qualidade de serviços e produtos e investir continuamente no
aperfeiçoamento dos profissionais e das empresas.
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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BRASIL
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MAPA DE OPERACÕES
Cimento
Engenharia & Construção
Concessões de Energia
Vestuário e Calçados
Incorporação
Naval e Offshore
Denim e Workwear
Concessões de Transporte
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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Obras do Camargo Corporate Towers,
em São Paulo (SP), empreendimento
comercial padrão AAA
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PRINCIPAIS
INDICADORES
CONSOLIDADOS
1
Receita Líquida (R$ milhões)
2009
16.183
2010
17.937
2011
2012
17.304
23.372
2
2013
25.821
EBITDA (R$ milhões)
2009
3.215
2010
3.172
2011
2.138
20122
4.469
2013
4.346
Investimento Consolidado · Capex (R$ milhões)
2009
4.666
2010
5.244
2011
2.431
2012
6.455
2013
2.243
(1) Os dados de Receita Liquida e EBITDA são gerenciais, ou seja, consideram as participações proporcionais nas empresas controladas em conjunto.
As demonstrações financeiras auditadas, a partir de 1º de janeiro de 2013, seguem os critérios conforme IFRS 10/11.
(2) Pro forma em Cimentos (reconhecimento no 1º semestre de 2012 das operações da Cimpor).
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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Composição da Receita Líquida
8,0
4,2
4,2
Cimento
4,0
Engenharia & Construção
0,6
Concessões de Energia
13,3
29,1
Vestuário e Calçados
Naval e Offshore
Concessões de Transporte
Incorporação
13,8
Denim e Workwear
Outras
22,8
Pro forma em Cimentos
(reconhecimento no 1º semestre de 2012
das operações da Cimpor).
Outras: Holdings, Fazendas, CSC, EAP, CAVO,
Op. Inter, S.Parking, COPER, COR.
Distribuição dos Investimentos
7,6
12,2
1,5
2,8
1,0
0,2
42,1
Cimento
Engenharia & Construção
Concessões de Energia
Vestuário e Calçados
Naval e Offshore
13,8
18,8
20
Concessões de Transporte
Incorporação
Denim e Workwear
Outras
Produtos da marca Havaianas
são comercializados em mais de
80 países dos cinco continentes
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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Grupo Camargo Corrêa
Cimento
INTERCEMENT
Vestuário e Calçados
ALPARGATAS
Denin e Workwear
TAVEX
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PREMIACÕES E RECONHECIMENTOS
Concessões de Energia
CPFL
Engenharia e Construção
CONSTRUTORA CAMARGO CORRÊA
Concessões de Transporte
CCR
DE RODOVIAS
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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CIMENTO
O
s negócios de cimento estão reunidos sob a InterCement Participações, que está presente em oito países e se posiciona entre os dez
maiores produtores internacionais do setor. Com 40 unidades de
produção, possui capacidade instalada de 46 milhões de toneladas/ano. Por meio
dessa estrutura, comercializa, além de cimento, concreto e argamassas especiais.
É líder nos mercados da Argentina, de Portugal, de Moçambique e de Cabo Verde, e
vice-líder no Brasil e no Paraguai, além de ter relevante atuação na África do Sul e no
Egito. No Brasil, conta com participação de mercado de quase 20% e 16 unidades de
produção, atuando com as marcas Cauê e Cimpor. Na Argentina, com a marca Loma
Negra, detém 46% do mercado e nove fábricas. No Paraguai, por meio da Yguazú Cementos, é o segundo maior produtor, com 30% de market share. Em Portugal, com
Cimpor, é líder de mercado com 55% de participação e mantém cinco unidades de
produção. No Egito, atua principalmente no norte do país, onde opera uma planta em
Alexandria. Na África do Sul, com a marca Natal Portland, é líder na região de Durban e
tem 11% de participação no mercado. Em Moçambique, com Cimentos de Moçambique, opera uma fábrica e quatro moagens para alcançar 72% de participação.
24
Cezar Augusto Lima, Letícia
Siqueira Mendes e Paulo Cesar
Silva, profissionais da InterCement,
na fábrica de Apiaí (SP)
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GRUPO CAMARGO CORRÊA
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Silo de armazenagem
em Apiaí (SP)
Vendas de Concreto
(em milhões de metros cúbicos)
Vendas de Cimento
(em milhões de toneladas)
26
Empregos Diretos
2009
10,1
2009
2,5
2009
4.751
2010
11,5
2010
2,3
2010
4.787
2011
12,7
2011
2,1
2011
5.061
2012
27
2012
5,2
2012
9.457
2013
28,4
2013
4,83
2013
8.875
Em 2013, a InterCement definiu sua nova visão que é consoli-
no Paraguai – em outubro de 2013 iniciou-se a operação de uma
dar-se entre as dez maiores empresas internacionais do setor e
moagem na unidade daquele país. Os investimentos destinaram-
tornar-se uma das cinco mais rentáveis. A partir desse posiciona-
-se também a duas novas moagens em Moçambique, uma em
mento, criou o lema Construindo Parcerias Sustentáveis que
Matola e outra em Dondo.
é a base para estabelecer uma agenda que prioriza fortalecer o
relacionamento com os clientes por meio do investimento em
No Brasil, os investimentos destinaram-se à construção de uma
pesquisa, desenvolvimento e inovação.
nova linha de produção na unidade de Cezarina (GO), que vai
acrescentar 650 mil toneladas por ano. Em Caxitu (PB), está sendo
Nessa direção, no processo de integração das unidades da Inter-
desenvolvida uma nova fábrica com capacidade de 1,6 milhão de
Cement e da Cimpor, buscou intensamente conciliar a diversida-
toneladas por ano. Em 2013, realizou-se a recuperação do telefé-
de de geografias, culturas e pessoas para beneficiar os clientes.
rico de Apiaí (SP), com a troca de cabos e caçambas, além da au-
Isso pode ser traduzido na assimilação de melhores práticas,
tomatização das operações de transporte de matéria-prima para
destacando-se as habilidades de Cimpor em trading, segmento
a alimentação dos fornos.
em que é a quinta maior do mundo, e em tecnologias de coprocessamento–substituição de combustíveis fósseis como fonte de
Resultados
energia na produção de cimento pela queima de resíduos descar-
Em 2013, a InterCement comercializou 28,4 milhões de toneladas
tados, com ganhos econômicos e ambientais. Nas operações do
de cimento, volume 19% superior ao alcançado em 2012, resul-
Brasil, essa substituição já corresponde em média a 19% do total
tando em receita líquida de R$ 7,526 bilhões, evolução de 7,6%. O
de combustíveis.
Ebitda somou R$ 1,97 bilhão, acréscimo de 2,2%, com margem de
26,2% sobre a receita líquida. Os resultados são comparados com
Os investimentos em modernização e expansão somaram mais
o pro forma de 2012, que reflete o reconhecimento de Cimpor a
de R$ 900 milhões, com destaque para a nova fábrica integrada
partir do segundo semestre do ano.
Receita Líquida
(R$ milhões)
EBITDA
(R$ milhões)
2009
2.363
2009
641
2010
2.474
2010
616
2011
2.884
2011
695
20121
6.997
20121
1.927
2013
7.526
2013
1.970
Pro foma (reconhecimento no 1º semestre de 2012 das operações da Cimpor).
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
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CONCESSÕES
DE ENERGIA
A
Camargo Corrêa atua em concessões de energia por meio da CPFL
Energia, companhia da qual participa do bloco de controle como
acionista privado de referência, com24,4% de participação no capital.
Maior empresa privada do setor no Brasil, gera, comercializa e distribui energia
para 7,4 milhões de clientes. Reconhecida pela eficiência operacional e solidez
financeira, busca entregar soluções energéticas sustentáveis, com excelência,
competitividade e atuação integrada à comunidade.
Lidera o segmento de distribuição de energia, com 13% de participação, e é a
segunda maior comercializadora, com 9% do mercado. A CPFL Geração é a segunda maior geradora privada, com potência instalada de 2.234 MW; e a CPFL
Renováveis conta com 1.416,8 MW de capacidade a partir de fontes alternativas,
sendo líder no Brasil.
Em 2013, a CPFL Renováveis realizou uma oferta pública inicial de ações (Initial Public Offering, IPO, na sigla em inglês), que passaram a ser listadas na BM&FBovespa.
Com 59% do capital social, a CFPL é controladora da empresa que desenvolve
28
Vista aérea da Usina
Hidrelétrica Foz de Chapecó,
no Rio Uruguai (RS/SC),
controlada pela CPFL Energia
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
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Parque eólico da CPFL Renováveis,
em Camocim (CE)
Energia Vendida
(*)
· GWh
Capacidade de Geração
(MW instalados)
2009
48.568
2009
13.269
2009
1.737
2010
52.044
2010
12.262
2010
2.309
2011
52.851
2011
12.934
2011
2.644
2012
56.682
2012
16.445
2012
2.961
2013
58.463
2013
18.706
2013
2.988
Mercado Cativo + Tarifa de Uso dos
Sistemas Elétricos de Distribuição.
30
Venda de Energia (*) · GWh
(gerada e comercializada)
Inclui vendas para Furnas (Semesa).
projetos de geração eólica, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)
anterior. A energia distribuída totalizou 58.463 GWh, alta de 3,1%
e termelétricas a biomassa.
sobre 2012. Com esse desempenho, a CPFL Energia obteve receita líquida de R$ 13,6 bilhões em 2013, com geração de caixa
A CPFL Renováveis também deu início à operação da usina ter-
expressa pelo Ebitda de R$ 3,5 bilhões.
melétrica Coopcana, em São Carlos do Ivaí (PR), com 50 MW de
capacidade, e inaugurou a PCH Salto Góes, em Tangará (SC),
Fato subsequente
com 20 MW. Ainda em 2013, foi aprovada a compra da Rosa dos
No início de 2014, a CPFL Renováveis anunciou a associação
Ventos Geração e Comercialização, com dois parques eólicos no
com a empresa Dobrevê Energia S.A. (Desa), sujeita ao com-
Estado do Ceará: Canoa Quebrada (10,5 MW) e Lagoa do Mato
primento de condições precedentes. Quando concretizado, o
(3,2 MW).
negócio acrescentará 330,8 MW de capacidade em complexos
eólicos e PCHs.
Em 2013, pela primeira vez, a CPFL Energia passou a integrar o
Dow Jones Sustainability Index Emerging Markets (DJSI Emergin
Markets). O índice, que inclui outras 14 empresas brasileiras, avalia o desempenho dos líderes em sustentabilidade nos mercados
emergentes. As instituições são avaliadas com base em uma análise abrangente de longo prazo nas perspectivas de desempenho
econômico, ambiental e social.
A energia gerada, somada ao montante vendido pela comercializadora, totalizou 18.706 GWh em 2013, 13,7% acima do ano
Receita Líquida (1,2)
(R$ milhões)
EBITDA (2)
(R$ milhões)
2009
10.742
2009
3.452
2010
10.980
2010
3.350
2011
11.634
2011
3.852
2012 3
13.539
2012 3
3.436
2013
13.629
2013
3.547
Receita líquida não inclui receita com construção.
RELATÓRIO ANUAL 2013
(2)
A partir de 1º de janeiro de 2013, com a
adoção obrigatória das normas IFRS 10 e
11, que alteraram as regras de
consolidação, o Grupo deixou de consolidar
em suas Demonstrações Contábeis os
resultados desta controlada em conjunto
de forma proporcional e passou a
considerar o resultado líquido na rubrica
"Resultado de equivalência patrimonial".
(3)
A controlada em conjunto CPFL adotou os
pronunciamentos técnicos CPC 33 (R1)/IAS
19 (R1) – Benefícios a Empregados e com
isso reapresentou, para fins de
comparação, os montantes do exercício
findo em 31 de dezembro de 2012.
GRUPO CAMARGO CORRÊA
31
CONCESSÕES
DE TRANSPORTES
A
presença da Camargo Corrêa no setor de concessões de transportes
se dá por meio da CCR, uma das maiores empresas de concessão de
infraestrutura do mundo, com operações em rodovias, aeroportos,
mobilidade urbana e serviços. A Camargo Corrêa é uma das acionistas fundadoras
da CCR e participa do grupo de controle com 17% no capital da empresa.
Rodovias têm peso relevante na carteira de negócios, com o controle de oito
concessionárias: CCR Ponte (RJ), CCR NovaDutra (SP-RJ), CCR ViaLagos (RJ), CCR
RodoNorte (PR), CCR AutoBAn (SP), CCR ViaOeste (SP), CCR RodoAnel (SP) e SPVias
(SP). Em 2013, a empresa conquistou a concessão de parte da BR-163, no Mato
Grosso do Sul. O trecho de 847,2 quilômetros será 100% duplicado em cinco anos.
Com isso, a empresa passou a operar 3.284,2 quilômetros de rodovias em quatro
estados brasileiros: Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em aeroportos, a CCR detém a concessão dos terminais internacionais de Quito
(Equador), Curaçao (Antilhas Holandesas) e San José (Costa Rica) e em 2013 liderou o consórcio vencedor do leilão de concessão para ampliação, manutenção e
32
Estação da CCR Barcas,
que faz o transporte
aquaviário de passageiros no
Estado do Rio de Janeiro
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
33
Equipe de serviços ao usuário da
concessionária CCR Ponte
34
exploração do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Con-
manutenção do sistema de transporte de passageiros no Veículo
fins, Minas Gerais, em parceria com o Zurich Airport International
Leve sobre Trilhos (VLT). O VLT percorrerá 28 quilômetros da região
e o Munich Airport International Beteiligungs. Em 2013, cerca de
portuária e do centro da capital fluminense. A obra, executada em
11 milhões de passageiros passaram pelo Aeroporto de Confins,
regime de Participação Público-Privada (PPP), será concluída para
o quinto maior do Brasil. Somados aos 8 milhões de passageiros
as Olimpíadas de 2016 e receberá investimento de R$ 1,5 bilhão.
que passaram no ano de 2013 pelos três aeroportos internacionais, a CCR mais do que duplicará em 2014 o total de pessoas
A CCR também conquistou, no ano, a concessão para a implan-
atendidas pelos seus terminais aéreos.
tação e operação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de
Freitas, na Bahia, em sistema de PPP. Serão duas linhas, 33,4 qui-
Em transporte urbano, detém 58% de participação na ViaQuatro,
lômetros de extensão em superfície e 19 estações. A operação
que opera a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo (SP), gerencia
parcial do metrô está prevista para iniciar em junho de 2014.
a CCR Barcas, consórcio responsável pelo transporte aquaviário
de passageiros entre Niterói e Rio de Janeiro, e participa da con-
A CCR possui ainda 34,24% do capital social da STP, que adminis-
cessionária que irá executar o Corredor Expresso Transolímpico,
tra os meios de arrecadação eletrônica Via Fácil e Sem Parar. Para
que ligará o Centro do Rio ao bairro Jacarepaguá. O investimento
a STP, a empresa encerrou o ano expandindo em 14,1% a base de
é crucial para as Olimpíadas de 2016.
usuários do sistema Sem Parar em relação a 2012. Ao todo, foram
4,3 milhões de tags ativos de janeiro a dezembro.
A CCR reforçou sua presença no Rio de Janeiro em 2013 ao participar do grupo que venceu a concessão patrocinada pela prefeitura
A CCR obteve receita liquida de R$ 5,2 bilhões e Ebitda de R$ 3,4
municipal do serviço, da obra de implantação, da operação e da
bilhões em 2013, aumentos de 11,8% e 12,8%, respectivamente.
Receita Líquida (1,2)
(R$ milhões)
EBITDA (2)
(R$ milhões)
Tráfego · Veículos Equivalentes
(milhões)
2009
3.090
2009
1.918
2009
700,7
2010
3.776
2010
2.259
2010
868,6
2011
4.578
2011
2.934
2011
962,4
2012
4.659
2012
3.002
2012
970,3
2013
5.207
2013
3.386
2013
1.029,0
(1)
Receita líquida não inclui receita com construção.
(2)
A partir de 1º de janeiro de 2013, com a adoção obrigatória das normas IFRS 10 e 11, que
alteraram as regras de consolidação, o Grupo deixou de consolidar em suas Demonstrações
Contábeis os resultados desta controlada em conjunto de forma proporcional e passou a
considerar o resultado líquido na rubrica "Resultado de equivalência patrimonial".
RELATÓRIO ANUAL 2013
Medida calculada adicionando aos veículos
leves os veículos pesados multiplicados pelo
nº de eixos. Um veículo leve equivale a um
eixo de um veículo pesado.
GRUPO CAMARGO CORRÊA
35
ENGENHARIA
& CONSTRUÇÃO
A
Construtora Camargo Corrêa estrutura e executa projetos de infraestrutura de grande porte, com alta complexidade técnica, integrando
aos seus empreendimentos princípios de sustentabilidade e inova-
ção como diferenciais. A empresa, que em 75 anos de história participou de mais
de 500 obras, desenvolveu sólida cultura empresarial voltada para processos de
gestão e controle que a projetam como escolha preferencial de clientes estratégicos no Brasil e no exterior.
Presente em sete países da América Latina e da África, a Construtora Camargo
Corrêa é responsável por empreendimentos relevantes nas áreas de energia, saneamento, mineração, óleo e gás, portos, aeroportos, rodovias, sistemas de transportes e construções industriais.
Com o objetivo de consolidar o foco no atendimento diferenciado às necessidades de cada cliente e na continua melhoria de processos produtivos, a Camargo
Corrêa dedica especial atenção à inovação. Parte desse esforço está refletido na
estruturação de um departamento especifico que atua na sistematização de no-
36
Jhon Vitor Castro Silva e Francisco
Nascimento, profissionais da
Construtora Camargo Corrêa nas obras
de duplicação da Estrada de Ferro
Carajás, no interior do Maranhão
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
37
vas técnicas e tecnologias e envolve também a formação e pre-
Já a primeira etapa do Etanolduto – que liga Ribeirão Preto a Pau-
paração de profissionais mais capacitados para trabalhar de forma
línia, cidades no interior paulista – entrou em funcionamento em
integrada os conceitos de sustentabilidade, segurança, qualidade
agosto de 2013. O trecho é parte do sistema logístico multimo-
e responsabilidade individual, coletiva e comunitária.
dal de etanol operado pela Logum Logística e pioneiro no mundo. O consórcio de construtores liderado pela Camargo Corrêa
Portfólio de obras
assinou o contrato para a construção de um novo trecho de 144
Importantes contratos tiveram início em 2013. No segmento de
quilômetros entre Uberaba (MG) e Ribeirão Preto (SP), incluindo
transportes, a Camargo Corrêa iniciou os trabalhos de duplicação
um terminal na cidade mineira. A obra terá 1,3 mil quilômetros
da Estrada de Ferro Carajás (PA), para a empresa Vale. O projeto,
de extensão e capacidade para transportar aproximadamente 22
sob responsabilidade da Camargo Corrêa, vai receber investimen-
bilhões de litros de etanol por ano.
tos de mais de R$ 3,0 bilhões. Os três trechos da ferrovia sob o
escopo do contrato somam 900 quilômetros.
Com ampliação da infraestrutura nos países da América Latina e
África, a atuação internacional da Camargo Corrêa também está
Em saneamento, vai executar, em sociedade com a Construtora
focada em projetos qualificados de alta complexidade. Um des-
Andrade Gutierrez, a construção e operação parcial do Sistema
taque é a evolução das obras da Usina Hidrelétrica Ituango, loca-
Produtor São Lourenço, por meio de uma Parceria Público-Priva-
lizada na Colômbia. Com potência instalada de 2.400 MW, será a
da (PPP) assinada com a Companhia de Saneamento Básico do
maior usina hidrelétrica do país e vai responder por 17% da ge-
Estado de São Paulo (Sabesp). É o maior projeto de saneamento
ração nacional de energia. A conclusão está prevista para 2018.
em andamento no País, com capacidade de aumentar em 7% a
oferta de água na Região Metropolitana de São Paulo. O inves-
Resultados
timento previsto é de R$ 2,2 bilhões e mostra a capacidade da
No ano, o negócio Engenharia e Construção registrou recei-
empresa tanto em executar quanto estruturar projetos de infra-
ta líquida de R$ 5,884 bilhões em 2013, em comparação a R$
estrutura.
5.812 milhões no ano anterior. O Ebitda foi de R$ 519 milhões.
A companhia encerrou 2013 com R$ 16 bilhões nos contratos
Posicionada como uma das maiores construtora de usinas hidre-
em carteira.
létricas do mundo, a companhia participa dos principais projetos
desse segmento em andamento no Brasil. A Usina Hidrelétrica Jirau, localizada em Porto Velho (RO), caminha para a sua conclusão
e começou a gerar comercialmente eletricidade com a entrada
em operação da primeira turbina, com capacidade de 75 MW. Já
a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA), chegou ao
percentual de 45% de obras concluídas no fim de 2013.
Outro projeto estruturante desenvolvido ao longo do ano foi o
Mineroduto Minas-Rio, que em dezembro de 2013 estava com
82% de avanço nas obras físicas. Construído para a Anglo American, é uma rede de tubulação com 530 quilômetros de extensão
que levará o minério de ferro extraído em Conceição do Mato
Dentro (MG) até o Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).
38
Vista noturna de um dos canteiros
de obras da Usina Hidrelétrica
Belo Monte, em Altamira (PA)
Principais projetos em execução em 2013
Usina Hidrelétrica Jirau, Usina Hidrelétrica Belo Monte, Usina Hidrelétrica Ituango (Colômbia)
Linha 5 do Metrô de SP, Metrô de Salvador
Expansão da ferrovia Carajás
Refinaria Abreu e Lima
Ponte Anita Garibaldi (SC)
Mineroduto Minas-Rio e Etanolduto
Sistemas de abastecimento de água Tuy IV (Venezuela) e de Alto Piuta (Peru)
Urbanização: Ponte Baixa (São Paulo), Vila do Mar (Ceará) e Beira Mar (Ceará), Passagem Dirce Camargo
(São Paulo)
PPP de saneamento Sistema Produtor São Lourenço, Empreendimento de saneamento Ibirité (MG)
e Programa Mananciais (SP)
TOTAL DE PROFISSIONAIS: 28.496
Receita Líquida
(R$ milhões)
EBITDA
(R$ milhões)
Número de Profissionais
(mil)
2009
5.758
2009
889
2009
31,7
2010
6.047
2010
561
2010
32,9
2011
5.157
2011
166
2011
23,6
2012
5.812
2012
579
2012
25,1
2013
5.884
2013
519
2013
28,5
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
39
VESTUÁRIO
E CALÇADOS
A
Alpargatas S.A. é a maior empresa de calçados da América Latina e
produz e comercializa marcas líderes também em vestuário e acessórios. O crescimento do negócio passa pela gestão estratégica de
marcas competitivas, que influenciam os hábitos dos consumidores e asseguram
forte participação de mercado. Suas principais marcas são: Havaianas, Dupé, Mizuno, Topper, Rainha, Timberland e Osklen.
Em 2013, a empresa realizou importante passo para o crescimento de suas operações, com a inauguração de uma nova fábrica em Montes Claros (MG), que aumentará em 40% a capacidade produtiva de sandálias Havaianas, o equivalente ao
acréscimo anual de 102 milhões de pares. Com investimentos de R$ 280 milhões,
uma das características da nova unidade fabril é a alta tecnologia empregada em
maquinário e a adoção de elevados padrões de sustentabilidade.
Como forma de agregar valor aos seus negócios, a companhia atua também no
varejo, estratégia que permite identificar e antecipar tendências de consumo. Em
2013, mantinha 455 lojas (entre unidades próprias e franqueadas) de Havaianas,
40
Ana Paula Soliva Mota e Caique
Augusto Souza, profissionais
da nova fábrica da Alpargatas em
Montes Claros (MG)
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
41
Osklen,Timberland e Meggashop em operação no Brasil e 128 no
tura de um acordo de longo prazo com a multinacional japone-
exterior (Argentina, Europa, Estados Unidos, Ásia e África). No to-
sa Mizuno. O novo contrato tem vigência de 26 anos, sendo 13
tal, eram 583 unidades em comparação a 518 no ano anterior. O
iniciais, com cláusula de renovação para mais 13 anos. As duas
processo de internacionalização é apoiado pelas empresas Alpar-
empresas atuam lado a lado desde 1997 em alguns dos principais
gatas Argentina, Alpargatas USA e Alpargatas Europa.
mercados latino-americanos.
Suas marcas estão associadas a produtos inovadores e de qua-
Resultados
lidade. Além disso, a companhia atua no mercado de moda e
A Alpargatas teve receita líquida de R$ 3,426 bilhões em 2013,
luxo. Em 2013, efetivou a aquisição de 30% do capital da Osklen.
crescimento de 13,9% em relação ao ano anterior. O Ebitda teve
A estratégia mostrou-se decisiva para a ampliação do portfolio da
incremento de 19,5%, para R$ 494,4 milhões. No ano, comemorou
Alpargatas S.A.
o centenário como empresa de capital aberto. A companhia faz
parte do grupo de empresas listadas no Nível 1 de governança
O bom desempenho das marcas esportivas favoreceu a assina-
corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo.
Vista interna da nova
fábrica da Alpargatas em
Montes Claros (MG)
42
VOLUME
Sandálias (milhões de pares e peças)
243,9
Artigos esportivos (milhões de unidades)
32,0
UNIDADES DE PRODUÇÃO
Brasil
4 fábricas
Argentina
8 fábricas
LOJAS EXCLUSIVAS
Brasil
455
Exterior
128
Total de Profissionais (mil)
19,7
Receita Líquida
(R$ milhões)
EBITDA
(R$ milhões)
Vendas Consolidadas (*)
(milhões de unidades)
2009
1.927
2009
290
2009
218,9
2010
2.232
2010
400
2010
244,0
2011
2.575
2011
405
2011
249,6
2012
3.007
2012
414
2012
265,3
2013
3.426
2013
494
2013
270,7
Engloba calçados, vestuário e acessórios.
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
43
INCORPORAÇÃO
A
Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) está focada em
negócios diferenciados em projetos de maior valor agregado, como
empreendimentos residenciais de alto padrão, prédios corporativos
AAA e de infraestrutura para operadores de logística. A CCDI também controla
a HM Engenharia, que atua na construção de imóveis para o segmento de baixa
renda e é uma das principais participantes do programa Minha Casa, Minha Vida,
do governo federal.
O ano foi caracterizado pelo grande volume de entregas tanto na CCDI, com 2.597
unidades, quanto da HM, com 3.904 unidades.
O exercício também foi marcado pela retomada dos lançamentos nas duas unidades.
Na CCDI, foram dois grandes projetos: Jurubatuba Empresarial, primeira unidade da
CCDI em São Bernardo do Campo (SP), com 15 andares e 405 salas, localizada próximo da Via Anchieta e futuras estações do Metrô; e o residencial New Parker, no bairro
da Aclimação, na capital paulista, com três torres de 23 pavimentos. Na HM, foram lançados empreendimentos totalizando R$ 286 milhões de Valor Geral de Vendas (VGV).
44
Camargo Corporate Towers
terá duas torres comerciais
padrão AAA em bairro nobre
da zona sul de São Paulo
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
45
Unidades Comercializadas
46
Receita Líquida · CCDI
(R$ milhões)
Unidades Entregues
2009
4.991
2009
437
2009
517
2010
4.590
2010
2.373
2010
851
2011
5.714
2011
3.613
2011
681
2012
3.661
2012
8.345
2012
960
2013
3.101
2013
6.501
2013
799
No segmento de lajes corporativas, destaca-se o avanço das obras
do Camargo Corporate Towers, que vai estabelecer um novo marco arquitetônico para a cidade de São Paulo. O complexo é composto por duas torres comerciais padrão AAA e foi projetado pelo
renomado escritório internacional Pelli Clarke Pelli no terreno que
abrigava a sede da Camargo Corrêa, no bairro Vila Olímpia.
Ainda nesse segmento, a CCDI negociou a venda do Projeto Paulista 1230 (Torre Matarazzo e Shopping Cidade de São Paulo),
na Avenida Paulista, que desenvolvia em conjunto com a Cyrela
Commercial Properties (CCP).
Tanto a CCDI quanto a HM continuaram a investir em aprimoramento de processo e sistemas. O domínio da operação é fundamental para a expansão da atividade em um patamar compatível
de risco e retorno.
Resultados
A receita somada de CCDI e HM foi de R$ 1,077 bilhão, em comparação a R$ 1.286 milhões no ano anterior, e o Ebitda totalizou
Obras do Camargo
Corporate Towers
R$ 213 milhões, representando um recorde de resultado na história dessa Unidade de Negócio.
EBITDA · HM
(R$ milhões)
Receita Líquida · HM
(R$ milhões)
EBITDA · CCDI
(R$ milhões)
2009
87
2009
13
2009
14
2010
165
2010
215
2010
31
2011
-143
2011
310
2011
22
2012
107
2012
371
2012
60
2013
161
2013
312
2013
52
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
47
NAVAL E
OFFSHORE
A
Camargo Corrêa atua na Indústria Naval e Offshore por meio da participação no Estaleiro Atlântico Sul S.A. (EAS), a maior e mais moderna
empresa do setor no Hemisfério Sul.
O EAS está localizado no complexo industrial e portuário de Suape, em Ipojuca (PE). O estaleiro tem capacidade para produzir navios mercantes de até 500
mil toneladas de porte bruto (TPB), como petroleiros dos tipos VLCC, Suezmax,
Aframax, Panamax e gaseiros; graneleiros, conteineiros e outros navios de carga.
Também está capacitado para construir plataformas de perfuração offshore dos
tipos drillship e semissubmersíveis, plataformas de produção dos tipos FPSO, TLP
(Plataformas de Pernas Atirantadas) e SPAR, entre outras.
Em 2013, a empresa acelerou sua curva de produção e seus indicadores de produtividade, resultado do suporte e da assessoria em tecnologia construtiva e gestão trazidos pelo grupo de empresas japonesas lideradas pela IHI Corporation,
um dos maiores conglomerados em construção naval e offshore do país asiático. Em agosto de 2013, a sociedade Japan EAS Investimentos e Participações,
48
Estaleiro Atlântico Sul, instalado no
Porto de Suape, em Ipojuca (PE)
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
49
Misael Americo da Silva
e Rafael José dos Santos,
profissionais do EAS que
trabalham na construção do
petroleiro Henrique Dias
50
controlada pela IHI Corporation, integrou o capital da empresa
arrendados pela Petrobras. O primeiro corte de chapas de aço
brasileira ao adquirir participação de 25%, posteriormente eleva-
para a produção das unidades ocorreu em 2013.
da para 33%.
Na área de construção de plataformas offshore, em 2013 foram
O know-how japonês e a sinergia entre as duas culturas empre-
entregues três plataformas de exploração, a P-63 e P-55, cons-
sariais sinalizam um ciclo promissor de crescimento e melho-
truídas pela Quip, em Rio Grande (RS), e a P-62, por meio da CCI
rias no planejamento, nos controles de produção e nos pro-
Offshore, construída no Estaleiro Atlântico Sul. Com a entrega das
cessos do estaleiro. Entre as metas para 2014, estão estudos
plataformas P-63 e P-55, a Quip encerra suas atividades.
para a ampliação da oferta de serviços do EAS e um acordo
institucional de intercâmbio de profissionais para treinamento
Resultados
nos dois países.
A geração de caixa do EAS apresentou recuperação significativa
após as dificuldades enfrentadas no início de suas operações.
O ano de 2013 também foi marcado pela entrega de dois navios
petroleiros para o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro. A carteira firme de contratos deste cliente com
a empresa inclui um total de 19 petroleiros (11 do tipo Suezmax,
com capacidade para 1 milhão de barris, e oito do tipo Aframax,
que transportam 800 mil barris).
O Estaleiro Atlântico Sul também tem contrato para a construção
e entrega de sete navios-sondas de perfuração em águas ultraprofundas (drillship) para a Sete Brasil, que serão posteriormente
Receita Líquida EAS (*)
(R$ milhões)
Número de
Empregados EAS
EBITDA EAS (*)
(R$ milhões)
2009
375
2009
74
2009
3.423
2010
463
2010
45
2010
4.747
2011
216
2011
-499
2011
5.437
2012
338
2012
4
2012
5.341
2013
731
2013
38
2013
6.091
(*)
A partir de 1º de janeiro de 2013, com a adoção obrigatória das normas IFRS 10 e 11, que alteraram as regras de consolidação, o Grupo deixou de
consolidar em suas Demonstrações Contábeis os resultados desta controlada em conjunto de forma proporcional e passou a considerar o resultado
líquido na rubrica "Resultado de equivalência patrimonial".
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
51
DENIM E
WORKWEAR
A
Tavex Corporation tem dois negócios principais: telas de denim premium e telas para roupa de trabalho (Workwear). A companhia possui
fábricas no Brasil, na Argentina, em Marrocos e no México e atende
clientes em mais de 50 países. Criada em 2006, como resultado da união entre
a brasileira Santista Têxtil e a espanhola Tavex, conta com capacidade anual de
produção de 160 milhões de metros de denim, algodão e tecidos especiais para
confecções nos segmentos de jeans e de trabalho.
Em 2013, a empresa reforçou sua liderança nos mercados onde atua impulsionada pela estratégia de descentralização, que trouxe maior agilidade nas decisões,
aproximação com os clientes, investimentos em inovação, pesquisa & desenvolvimento, lançamento de produtos e foco absoluto em mercados premium (com
maior valor agregado). Foram lançados tecidos de alta tecnologia agregada, buscando também renovar a imagem tradicional do denim.
Um dos destaques foi a exclusiva linha Svelt, com propriedades cosméticas que
ajudam a combater gordura localizada (celulite). O resultado é um denim (jeans)
52
Fábrica da Tavex
em Americana (SP)
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
53
versátil e confortável que modela e esculpe a silhueta das per-
a tecnologia LYCRA® dualFX™, inédita na América do Sul, com um
nas. O Svelt é parte da linha Denim Therapy® by Tavex. O teci-
material versátil, confortável, inovador, resistente à lavanderia em
do foi aprovado em testes de lavagem industrial pela empresa
tratamentos mais agressivos e de baixo encolhimento.
Kosmoscience.
Resultados
Também ganharam destaque outras linhas com foco na sofistica-
A empresa obteve receita líquida R$ 1,097 bilhão em 2013. O
ção e na inovação, como Denim Couture by Tavex, uma seleção de
Ebitda recorrente somou R$163 milhões. A companhia deu se-
artigos de alta qualidade e estruturas refinadas; e Absolute Fit by
quência e aprofundou as ações de redução de despesas e en-
Tavex, que garante mais de 50% de elasticidade ao jeans sem que
cerrou o ano com um novo modelo organizacional. O objetivo
o stretch perca a forma original por uso e tempo.
foi descentralizar a gestão, proporcionando agilidade na tomada de decisão, excelência na administração dos negócios e in-
Outra novidade foi o selo Triblend Technology® by Tavex, que usa
A Tavex é uma referência
mundial na produção de
denim premium
54
centivo ao relacionamento.
Investimentos em inovação, pesquisa
e desenvolvimento proporcionam o lançamento
de tecidos de alta tecnologia agregada
EBITDA Recorrente (1)
(R$ milhões)
Receita Líquida
(R$ milhões)
2009
872
2009
54
2010
1.041
2010
94
2011
1.104
2011
145
2012
1.085
2012
104
2013
1.097
2013
163
Valor em euros convertido
para reais pelo câmbio médio do ano.
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
55
56
RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
n
o Grupo Camargo Corrêa, os conceitos de sustentabili-
ões, composto por diretores de cada negócio que se reúnem re-
dade estão incorporados ao planejamento estratégico
gularmente com a responsabilidade de apoiar a implementação
e à gestão de suas empresas, de forma a assegurar não
das estratégicas corporativas de sustentabilidade.
só a perenidade dos negócios, mas também a geração de valor a
todos os públicos de interesse.
Em 2012, o Grupo deu significativo passo em relação a uma atuação responsável, com o estabelecimento das Diretrizes Amazônia,
Esses conceitos vêm sendo aplicados aos negócios desde os anos
que estabeleceram parâmetros de atuação naquela região.
80 do século passado e alcançaram um marco importante em
2006, quando as principais lideranças das empresas do Grupo,
Em 2013, outra etapa importante nessa trajetória foi o lançamen-
com os acionistas, lançaram a Carta da Sustentabilidade: o Desafio
to da Agenda Água, que tem por objetivo indicar as maneiras pe-
da Inovação, um documento com as aspirações para os negócios
las quais as empresas do Grupo irão atuar na gestão desse recur-
em relação ao tema, ratificando a necessidade de inovar em pro-
so, em diferentes cenários.
cessos e produtos visando o desenvolvimento sustentável.
A InterCement, por exemplo, implementou ao longo de 2013
Desde então, outros marcos da sustentabilidade foram alcança-
o Programa Atitude Azul, e já conseguiu identificar em todas as
dos, como a Agenda Climática, em 2009, que estabeleceu nove
suas unidades de produção o perfil de consumo de água, o que
compromissos das empresas em relação às emissões de carbono
servirá de base para planos de ação em relação à redução do con-
nos negócios, a criação de uma governança própria para o tema
sumo ou reúso.
dentro do Grupo e mecanismos de aprimoramento.
A Construtora Camargo Corrêa, por sua vez, lançou em 2013 o
O processo de planejamento baseia-se em uma ferramenta inter-
Plano Água, para orientar a gestão sustentável do recurso em to-
na, o Radar da Sustentabilidade, que inclui a análise sistemática
dos os seus empreendimentos. A iniciativa tem por objetivo redu-
de mais de 40 questões críticas ao tema, adequadas a cada setor
zir em 20% a pegada hídrica da empresa até 2020.
em que as empresas do Grupo atuam. Indicadores de sustentabilidade também compõem as metas de remuneração variável dos
Em relação à gestão de carbono, a Construtora Camargo Corrêa
executivos da Camargo Corrêa.
já reduziu em 9% as emissões de gases de efeito estufa em suas
operações entre 2009 e 2012 e tem como meta obter 37% de
Um importante instrumento de governança é o Fórum de Guardi-
redução até 2020.
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
57
Marina Cordeiro, participante de projeto
de artesanato apoiado pela InterCement e
Instituto Camargo Corrêa em Apiaí (SP)
58
GESTÃO
INSTITUTO CAMARGO CORRÊA
O
Instituto Camargo Corrêa (ICC) oferece o suporte
tribuem para desenhar os projetos e as ações desenvolvidas nas
necessário para que as empresas do Grupo Camar-
comunidades e zelam pela visão do ICC. Também são formados
go Corrêa contribuam para o desenvolvimento das
Comitês de Desenvolvimento Comunitário (CDC), com participa-
localidades onde estão inseridas. A ação do Instituto está basea-
ção de representantes do poder público, lideranças comunitárias,
da na visão de preparar e comprometer comunidades para que
organizações locais e representantes das empresas, formando um
superem seus desafios.
fórum de debate em favor do desenvolvimento social. Nas obras
da Construtora Camargo Corrêa o CDC é chamado Grupo Técnico
Atualmente, 43 projetos são desenvolvidos em 72 municípios
de Trabalho (GTT).
brasileiros, beneficiando diretamente 12,3 mil pessoas e 306 mil
indiretamente. As atividades do ICC estão agrupadas em quatro
Programa Ideal Voluntário
programas sociais: Infância Ideal, Escola Ideal, Futuro Ideal e Ideal
O Ideal Voluntário é dirigido aos profissionais do Grupo para es-
Voluntário, todos dirigidos ao desenvolvimento das localidades.
timulá-los à prática do voluntariado. Em cada localidade onde as
empresas estão presentes, são formados Grupos de Ação Ideal
A partir da compreensão de que cada empresa é responsável
Voluntário (Gaivs), compostos por cinco a dez profissionais inte-
pelo bom relacionamento com a comunidade, o Instituto Ca-
ressados em atuar mais diretamente na implementação de ações
margo Corrêa fomenta a criação e o desenvolvimento de comitês
sociais. Esses grupos desenvolvem atividades prioritariamente ali-
internos nas empresas do Grupo, chamados Comitê de Incentivo
nhadas aos projetos e às ações em andamento na comunidade
ao Voluntariado e de Interação com a Comunidade (Civico), que
e inseridas nos programas estruturantes desenvolvidos pelo ICC
acompanham a implantação dos projetos sociais. Os Civicos con-
– Infância Ideal, Escola Ideal e Futuro Ideal.
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
59
Crianças ajudam a recuperar playground de
escola pública (SP) - Dia do Bem-Fazer
Dia do Bem-Fazer
O Dia do Bem-Fazer estimula os profissionais das empresas do Grupo Camargo Corrêa e de parceiros a realizar ações voluntárias nas
comunidades em que atuam e a promover a cultura do voluntariado. O projeto é realizado desde 2009. Em 2013, contou com a participação de 18 mil voluntários na América Latina, África e Europa,
destacando-se a expansão da campanha para todas as unidades
nos três continentes em que a InterCement está presente.
As ações de voluntariado se concentraram em educação, infância, assistência social, esporte, lazer e meio ambiente. Foram realizadas 235 atividades por funcionários, familiares e empresas
parceiras, além de instituições sociais e órgãos públicos. Cerca
de 115 mil pessoas foram beneficiadas pelas ações do Dia do
Bem-Fazer em todas as localidades onde foi realizado.
Atividade em um dos centros municipais de
atenção à infância em Pedro Leopoldo (MG)
60
Programa Infância Ideal
tiplicadores e os estimula a se tornarem agentes protetores da
O Infância Ideal tem por aspiração principal o compromisso com
criança e do adolescente tanto no empreendimento, como na
o desenvolvimento integral da infância. São realizados projetos
sociedade.
com foco em educação infantil, fortalecimento do Sistema de
Garantias do Direito da Criança e do Adolescente, humanização
Em uma primeira etapa, o objetivo é entender como o muni-
do atendimento à gestante e ao recém-nascido, entre outros.
cípio está lidando com a questão da violência sexual. Para isso,
são realizadas reuniões com os órgãos públicos – secretarias de
O projeto Grandes Obras pela Infância, uma iniciativa da Cons-
Educação, Saúde, Assistência Social, a Prefeitura e os Conselhos
trutora e do Instituto Camargo Corrêa e da organização Chil-
Tutelares e dos Direitos da Criança e do Adolescente. Além do
dhood Brasil, foi idealizado para combater a violência sexual
diagnóstico da situação, é também nessa etapa que se bus-
contra crianças e adolescentes em regiões impactadas com a
ca identificar as entidades que serão envolvidas nos projetos.
chegada de grandes investimentos em infraestrutura.
As demandas dos municípios têm se concentrado em quatro
linhas de trabalho: a formação de conselheiros tutelares e de
Em 2013, o Grandes Obras pela Infância esteve em 15 municí-
direitos; o fortalecimento das redes de proteção; a capacitação
pios brasileiros, com 21 projetos de combate à exploração se-
de profissionais das áreas da saúde e educação e a comunicação
xual infanto-juvenil. Tradicionalmente, o programa forma mul-
para a sensibilização e informação da comunidade.
Participantes do projeto
Rede Ciranda, de atendimento
humanizado à gestante,
em Apiaí (SP)
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
61
Programa Futuro Ideal
O projeto Onda Empreendedora é um exemplo. Nasceu da siner-
O programa promove o empreendedorismo e a geração de tra-
gia entre BNDES, Instituto e Construtora Camargo Corrêa. Teve
balho e renda, com atenção especial à inserção de jovens no mer-
como porto de partida o mapeamento de 35 grupos produtivos
cado de trabalho.
nas áreas de esporte, cultura, têxtil e educacional da região do
Pirambu e de Barra do Ceará, em Fortaleza (CE). Nas localidades, a
A parceria entre o Instituto Camargo Corrêa e o Banco Nacional
Construtora Camargo Corrêa participou da execução do projeto
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o progra-
Vila do Mar, que reurbanizou a orla marítima do Pirambu.
ma, possibilitou o desenvolvimento de 16 projetos de geração de
trabalho e renda. Iniciada em 2011, essa parceria investirá R$ 50
O diálogo com líderes comunitários levou à seleção de um
milhões ao longo de cinco anos – metade do valor será fornecida
grupo de surfistas para iniciar um projeto de geração de renda
pelo BNDES e a outra metade pelo ICC, como contrapartida. O
comunitária. A ação reuniu 21 pequenos fabricantes de pran-
objetivo é expandir a atuação do Futuro Ideal, presente em 24
chas de surfe na Cooperativa de Produção para Serviços de Surf
municípios no fim de 2013.
(Coopersurf ).
Obra de urbanização
Vila do Mar, em Fortaleza (CE),
onde foi desenvolvido o projeto
Onda Empreendedora
62
Integrantes do grupo Baobá, de Ipojuca (PE),
que participam do projeto Consórcio das Artes
Em 2013, foi inaugurado o Parque Fabril de Pranchas de Surfe no
e coube à construtora executar as atividades de limpeza, funda-
Pirambu. Com investimento de R$ 850 mil, possui maquinário
ção, alvenaria e a instalação de estrutura metálica para o telhado.
moderno para os shapers (fabricantes e designers de pranchas de
A cooperação entre as diferentes partes garantiu que as borda-
surfe), ponto de venda e sala para cursos.
deiras de Natividade pudessem sonhar com novos desafios e novas conquistas.
Cooperativa Bordados Natividade
Outro exemplo foi a inauguração da sede da Cooperativa Borda-
Programa Escola Ideal
dos Natividade. Integrante do programa Futuro Ideal, o projeto foi
Melhorar a qualidade da educação nas escolas públicas de Ensino
desenvolvido em Natividade (RJ), um dos municípios por onde
Fundamental é o objetivo do programa. Para tanto, são realizados
passa obra do Mineroduto Minas-Rio, executada pela Construtora
projetos com foco na melhoria da gestão escolar, reforma física
Camargo Corrêa.
de instalações e formação continuada. Os projetos de formação
continuada priorizam o estímulo à leitura e à escrita, aprendizado
Com recursos do BNDES e do Instituto, a casa foi construída em
de matemática, inclusão de alunos com deficiência, correção do
terreno cedido pela prefeitura municipal e entregue para o grupo
fluxo escolar, envolvimento de pais e da comunidade na vida da
de bordadeiras. O antigo galpão que existia no local foi demolido
escola e melhoria da rede física.
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
63
CAMARGO CORRÊA S.A.
Conselho de Administração
Presidente
Vitor Hallack
Vice-Presidentes
A.C. Reuter
Carlos Pires Oliveira Dias
Luiz Roberto Ortiz Nascimento
Diretor-Superintendente
Marcio Garcia de Souza
Diretores
Adalgiso Fragoso de Faria
Arthur Sanchez Badin
Carla Duprat
Décio de Sampaio Amaral
Fernando Dias Gomes
Francisco Caprino Neto
Marcello Antonio D’Angelo
Roberto Navarro Evangelista
Construções e Comércio
Camargo Corrêa S.A.
Presidente
Dalton dos Santos Avancini
Vice-Presidentes
André Clark Juliano
Carlos Roberto Ogeda Rodrigues
Eduardo Hermelino Leite
Marcelo Sturlini Bisordi
Raggi Badra Neto
Diretores
Adherbal da Costa Moreira Neto
Emílio Eugênio Auler
Eduardo Maghidman
Enes Vilwela
Francisco Borin Graziano
Jorge Arnaldo Curi Yazbek
Leonardas Mykolas Mitrulis
Luiz Carlos Martins
Mauro Grecco
Paulo Augusto Santos da Silva
Roberto Carlos Deutsch
Silvério TotaroGabin
Diretor África
Marco Antonio de Araújo Costa
Diretor América Latina
Tharcizio Calderaro Pinto Junior
64
INFORMACÕES CORPORATIVAS
InterCement
Participações S.A.
Camargo Corrêa Investimentos
em Infraestrutura S.A.
Presidente
José Édison Barros Franco
Presidente
Francisco Caprino Neto
Cimentos de Portugal
SGPS, S.A.
Presidente
Ricardo Fonseca de Mendonça Lima
Diretores
Marcelo Pires Oliveira Dias
CPFL Energia S.A.
Vice-Presidentes Corporativos
André Gama Schaeffer
Claudio Borin Guedes Palaia
Jorge Martinez
Nelson Tambelini Júnior
CCR S.A.
Diretores Corporativos
Gueber Lopes
Luiz Augusto Klecz
Marco Antonio Zangari
SAO PARKING
Vice-presidente de Operações África
Ricardo Barbosa
Diretor-Geral Brasil
Cleber Acurcio Machado
Diretor-Geral
Urandy Antonio Maschio
Diretor
Altair Moreira de Souza Filho
Diretor-Geral Argentina e Paraguai
Osvaldo Jorge Schutz
Diretor-Geral Portugal e Cabo Verde
Luis Fernandes
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
65
Camargo Corrêa Naval
Participações Ltda.
Alpargatas S.A.
Presidente
Décio de Sampaio Amaral
Presidente
Márcio Luiz Simões Utsch
Diretor
Orlando José Ferreira Neto
Diretores
Adalberto Fernandes Granjo
Ana Márcia Lopes
Carla Schmitzberger
Edson Rubião Gonzales
Fábio Leite de Souza
Fernando Beer
José Roberto Lettiere
Marcelo Turri
Rogerio Bastos Shimizu
Estaleiro Atlântico Sul S.A.
Alpargatas SAIC
Argentina
Diretor-Geral
Cristino Javier Goñi
66
Tavex Corporation
Camargo Corrêa Desenvolvimento
Imobiliário S.A. – CCDI
Diretor-Geral Corporativo
Rodrigo Cardoso Barbosa
Diretor-Superintendente
Celso Ferreira de Oliveira
Diretores-Gerais
Gilberto Mestriner Stocche
José Luís Zabaleta
Mauro Santos Preti
Diretores
Ian Masini Monteiro de Andrade
Gustavo Pellicciari de Andrade
Luiz Augusto Iervolino Pereira
HM Engenharia
e Construções Ltda.
Diretor-Superintendente
Henrique Ernesto de O. Bianco
Diretores
Marcos Antonio Feliciani
Mauro Rocha Bastazin
Sylvia Bianco de Azevedo
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
67
Centro de Soluções
Compartilhadas – CSC
Instituto Camargo Corrêa
Diretor-Superintendente
Roberto Eiidi Uemoto Filho
Diretor-Presidente
Vitor Hallack
Diretor
Ricardo Gomes de Castro
Diretor-Executivo
Francisco de Assis Oliveira Azevedo
Arrossensal Agropecuária
e Industrial S.A.
Instituto Alpargatas
Diretor-Superintendente
Luiz Antonio Felippe
Diretor-Presidente
Márcio Luiz Simões Utsch
Diretor
Laércio Donizete Trentino
Diretor-Executivo
José Berivaldo Torres Araujo
Morro Vermelho Táxi Aéreo Ltda.
MVTA
Fundación Loma Negra
Diretores
Miguel Seabra da Cruz Hulse Schmidt
Luciano Mestrich Motta
Olga Stankevicius Colpo
68
Presidente
Osvaldo Jorge Schutz
Trabalhadores nos
canteiros da obra da Usina
Hidrelétrica Belo Monte,
em Altamira (PA)
RELATÓRIO ANUAL 2013
GRUPO CAMARGO CORRÊA
69
RELATÓRIO ANUAL
Expediente
Diretor de Comunicação
Marcello D´Angelo
Gerente de Comunicação Externa
Mauricio Esposito
Apoio
Cintia Vasconcelos
Redação
Editora Contadino
Design e Programação
Digitale.XY2
Fotografia
Acervo CPFL
Adriano Alves Nakamura
Gabriel Andrade
Nello Aun
Paulo Vitale
RM Medeiros
Wendell Marques
CONTATO SOBRE O RELATÓRIO ANUAL
Diretoria de Comunicação
[email protected]
70
3ª CAPA
Camargo Corrêa S.A.
Av. Brig. Faria Lima, 3.600 · 12º andar
04538-132 · São Paulo / SP · Brasil
camargocorrea.com.br

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