- Grupo Espírita Redenção

Transcrição

- Grupo Espírita Redenção
ANO 11
Nº 142
JULHO 2010
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
www.redencao.org.br
O Redenção
BOLETIM INFORMATIVO DO GRUPO ESPÍRITA REDENÇÃO
Rua Leopoldo, 417—Andaraí—Rio de Janeiro—RJ
EDITORIAL
AT E M P O R A L I D A D E
P
ercebe-se no estudo de sua obra, em especial
em O Livro dos Médiuns, no capítulo XXIX, uma
preocupação consequente de Kardec com relação à
homogeneidade do ambiente não só da casa espírita,
como também de suas reuniões. O que o codificador
quer dizer com a homogeneidade? Queria ele que os
adeptos do Espiritismo pensassem da mesma forma?
Claro que não, pois cada um tem sua história própria,
considerando até mesmo a diversidade de experiências que cada um teve em encarnações anteriores e
que resultaram no conteúdo psicológico, emocional,
cultural, espiritual que cada qual mostra no seu modo
de ser. Entendemos que ele se referia à postura dos
adeptos, como participantes da instituição espírita,
comprometidos com a vivência dos princípios da Doutrina Espírita. E Kardec esclarece que essa homogeneidade ocorre quando os participantes da casa espírita
ali se colocam de forma a cumprir com os objetivos
dessa participação. Ou seja, estar na casa espírita em
busca do aprendizado e da vivência desse aprendizado. O conhecimento espírita descendo do cérebro ao
coração e daí se tornando atitude. Quanto às reuniões, essa homogeneidade ocorrerá quando seus componentes buscarem cumprir com os objetivos de cada
reunião. Por exemplo, na reunião de desobsessão,
todos os seus participantes devem estar voltados ao
socorro dos espíritos necessitados. Os que não estiverem em trabalho de psicofonia devem estar vibrando
em benefício do espírito necessitado, do médium que
o recepciona e do companheiro que o tenta esclarecer.
Quando todos se voltam a esse exercício, claro que
colaboram para a homogeneidade da reunião, que se
reflete na manifestação dos espíritos, pois o meio influencia o fenômeno. Então, se quisermos que os trabalhos mediúnicos de nossa instituição tenham qualidade espírita, ou melhor, que sejam autênticos e confiáveis, precisamos cuidar dessa homogeneidade. Então, estejamos atentos para essa questão da homogeneidade, se quisermos que a nossa casa espírita cumpra com sua finalidade, como instrumento legítimo e
coerente de estudo, divulgação e prática do Espiritismo, que se consola é porque nos esclarece e orienta.
Semeando Ideias
REUNIÕES ESPÍRITAS
Onde quer que se encontrem duas ou três
pessoas reunidas em meu nome, eu me
encontrarei entre elas. (Mateus, 18:20)
Para as pessoas se acharem reunidas
em nome de Jesus não basta estarem fisicamente juntas. É preciso estarem espiritualmente unidas, pela comunhão de intenções e de
pensamentos para o bem. Assim, Jesus ou os
Espíritos puros que O representam se encontrarão no meio da assembleia. (...)
Por estas palavras Jesus quis mostrar o efeito da união e
da fraternidade. Não é o maior ou o menor número de pessoas
reunidas que garante a presença espiritual de Jesus ou dos bons
Espíritos, pois, ao invés de duas ou três, poderia Ele ter dito dez ou
vinte, ou até mais. A presença espiritual de Jesus e a dos bons
Espíritos se dará sempre que o sentimento de caridade seja a base
da união com fraternidade, ainda que só se conte com duas pessoas. Porém, se essas duas pessoas orarem, cada uma no seu canto,
embora se dirijam a Jesus, não existirá entre elas comunhão de
pensamentos se não estiverem tocadas por um sentimento de benevolência mútua. Em se olhando com prevenção, ódio, inveja ou
ciúme, as correntes fluídicas de seus pensamentos serão opostas,
ao invés de se unirem num impulso comum de simpatia e, assim,
não estarão reunidas em nome de Jesus. Jesus será para elas apenas um pretexto da reunião, e não o verdadeiro motivo.
Isto não significa que Jesus não atenda à voz de uma única pessoa. Se Ele disse: Eu virei para todo aquele que me chamar,
é que exige, antes de tudo, o amor ao próximo, do qual se podem
dar provas quando oramos em grupo, melhor do que isoladamente,
e isentos de todo sentimento pessoal e egoísta. Segue-se que, se
numa assembleia numerosa, apenas duas ou três pessoas se unem
de coração pelo sentimento da verdadeira caridade, enquanto as
outras se isolam e se concentram em pensamentos egoístas ou
mundanos, Ele estará com os primeiros e não com os demais. Não
são, pois, o coro das palavras, dos cânticos ou os atos exteriores
que constituem a reunião em nome de Jesus, mas a comunhão de
pensamentos em harmonia com o espírito de caridade que Ele personifica.
Este deve ser o caráter das reuniões espíritas sérias, aquelas em que se deseja a participação dos bons Espíritos.
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – Petit Editora –
Capítulo XXVIII – itens 4 e 5
Nesta edição:
Programa exibido na
Rádio Rio de Janeiro 1400 AM
Ouça também na
página do Redenção!
PONTO DE VISTA - A você que está chegando
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www.redencao.org.br
CRÔNICA ESPÍRITA - Em seu próprio benefício, perdoe
Apresentação:
(disponível a partir
de 5ª feira)
4ª feira às 14h, reprise às 23 h
Programa mantido pelo Grupo Espírita Redenção
EM SE TRATANDO DE EDUCAÇÃO TRAÇOS BIOGRÁFICOS REUNIÕES PÚBLICAS -
Finalidade(s) da educação
Arago
Julho / 2010
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O REDENÇÃO
JULHO 2010
A você que está
chegando
Joana Abranches*—Vitória—ES
[email protected]
H
P O N T O D E V I S TA
oje a palavra é pra você, companheiro de muitas procuras,
que hoje busca na Casa Espírita o bálsamo que alivie uma grande
dor, a palavra que ajude a superar
um momento de crise ou preencha
algum “não sei quê” que lhe deixa
um vazio esquisito cá dentro do peito.
Talvez esta seja a derradeira porta,
após tantas tentativas de encontrar o
equilíbrio, a paz, enfim, o sentido da
vida, e o seu coração se divide agora
entre esperanças e temores... Afinal,
foram tantas as frustrações... Mas,
como diz a canção da Zizi... “Vá, e
entre por aquela porta ali, não tem
caminho fácil não, é só dar um tempo que o amor chega até você”...
Pois é, amigo, grupos espíritas não
são igrejas. São espaços fraternos de
vivência do Evangelho de Jesus, à luz
da Doutrina Espírita, uma espécie de
oficinas do bem, onde se busca, em
conjunto, aprender e exercitar esse
tão decantado amor ao próximo.
Mas, por favor, não nos idealize. Não
espere uma bondade e elevação que
ainda não possuímos.
O espírita professa uma fé racional,
que facilitando a compreensão dos
porquês da existência, aumenta também a responsabilidade de uma mudança de atitude para melhor diante
dos desafios cotidianos da vida. Porém, não nos enganamos, nem queremos lhe enganar a respeito de
quem somos. Somos exatamente
como você e sentimos as mesmas
dificuldades afetivas, emocionais,
sexuais, espirituais e tantas outras
inerentes à nossa condição humana
de seres em evolução. Estamos todos
no mesmo barco, amigo, mas remar
juntos para chegar em segurança à
outra margem da vida – que é o nosso destino e lugar de origem - certamente fará toda a diferença. E isto
nós queremos e podemos fazer.
Não temos dogmas, rituais ou chefes
religiosos. Trabalhamos em regime
de cooperação fraterna e voluntária,
conforme as aptidões e disponibilida-
2
des de cada um, em benefício de
todos os que aqui chegam. Por isto,
querido amigo, ao entrar por aquela
porta, não espere encontrar sacerdotes investidos de superioridade ou
poder. Não espere encontrar um grupo seleto de iniciados em “mistérios
do além”, indivíduos infalíveis que lhe
digam a todo tempo o que fazer, pois
encontrará apenas pessoas comuns,
com muitas certezas e convicções
sim, mas também com crises, dúvidas e inseguranças, tais como as
suas.
Aqui você vai encontrar aprendizes
na arte de servir. Gente que se sente
feliz em contribuir para a felicidade
alheia, pessoas sempre prontas a
acolher, ouvir e amparar. Não suponha, porém, que estejamos isentos
de provas e problemas. Assim como
você, lutamos e sofremos. Apenas
optamos pelo trabalho no bem como
forma de trabalhar em nós mesmos o
próprio aperfeiçoamento, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor, ao mesmo tempo em
que buscamos, no estudo e no trabalho, as respostas e a coragem necessárias para enfrentar as lutas, nada
fáceis, do cotidiano.
Aqui você vai encontrar orientadores
esforçados na tarefa de consolar e
esclarecer. Não nos tenha, porém,
como sábios inquestionáveis ou seres
santificados. Assim como você, não
vivemos alheios às dificuldades do
mundo. Creia, o nosso maior desafio
é exemplificar, na prática, as verdades espirituais em que acreditamos e
pregamos. No cotidiano, sobretudo lá
fora, nos esforçamos por ser pessoas
mais pacificadoras, generosas, fraternais e, sinceramente, nem sempre o
conseguimos...
Mas se é grande ainda a nossa imperfeição, maior é a alegria de lhe
ver chegar. E assim como Pedro, o
apóstolo rude e sincero de Jesus,
apesar do reconhecimento da nossa
pequenez humana e espiritual, é
muito bom poder lhe aconchegar com
carinho e lhe dizer do fundo do coração: “Não tenho ouro nem prata,
mas o que tenho, vos dou.”
Caminhemos juntos!
*Joana Abranches é Assistente Social,
escritora e presidente da Sociedade Espírita Amor Fraterno.
D ATA S & FAT O S
MENINA PRODÍGIO E
SEU AMOR POR DEUS
Akiane Kramarik é uma
linda menina norte-americana de 12
anos. Apesar da pouca idade, vem
chamando a atenção da mídia pela
grande qualidade de suas pinturas,
poesias e desenhos. Em função da
fama, seus quadros são comercializados por milhares de dólares e parte da arrecadação é revertida em
doações a instituições de caridade.
Akiane, que possui inteligência incomum, é poliglota, fala russo, lituano,
inglês e também se comunica via
linguagem de sinais. Afirma que sua
técnica e inspiração vêm do alto por
meio de sonhos e visões.
Aos 4 anos vivenciou uma
experiência espiritual que mudou
radicalmente sua vida e de sua família, até então materialista e ateia.
Na oportunidade, começou a desenhar, tempos depois, aos 6 anos, já
pintava com acurada habilidade e
aos 7 escrevia belas poesias que
raramente precisavam de correções
gramaticais ou ortográficas. Além de
pintar e escrever, gosta de arte,
xadrez, piano, leitura e de ajudar ao
próximo.
Akiane levanta praticamente todos os dias às 4 da madrugada
para orar e posteriormente pintar.
Ela mesma descreve sua rotina:
“Todas as manhãs e todas as noites,
converso com Deus. É como se fosse
uma voz na minha mente conversando comigo.”
Sem dúvida o caso de Akiane, a menina prodígio, como é reconhecida pela mídia internacional,
mormente a americana, reflete a
incontestável verdade em torno da
reencarnação, que é um dos princípios básicos da Doutrina Espírita,
fortaleza inexpugnável e fiel sustentáculo para as nossas dúvidas e fraquezas. Nós, adeptos do Espiritismo,
torcemos para que mais este exemplo, disponibilizado aos homens pela
providência divina, sirva de cisma,
de meditação para a urgente valoração das coisas espirituais.
(O Espírita, Brasília, DF, Janeiro/junho 2007).
Fonte: Anuário Espírita 2008; Ed. IDE.
Não desista da VIDA.
Há sempre um caminho.
Tenha esperança. Confie em DEUS.
RÁDIO RIO DE JANEIRO 1400 AM
A EMISSORA DA FRATERNIDADE
Ouça a programação pela Internet:
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LIGUE 141
CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA
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O REDENÇÃO
JULHO 2010
CRÔNICA ESPÍRITA
Em seu próprio
benefício, perdoe
M
argarida e Geraldo
estavam casados há
25 anos. Os dois eram profissionais da
área da saúde. Nos últimos tempos, ela
vinha percebendo uma grande transformação do marido. Deixara de ser carinhoso. Não mais a envolvia nos afetuosos abraços de antes. A atitude de Geraldo não passava despercebida a Marta e ao Jorge, filhos do casal.
– Mãe! O pai vem se modificando muito no trato conosco!
– Mais precisamente comigo,
não é mesmo, Jorge?
– De certa forma, sim!
– Que bom que você observa
a tensão que vem ocorrendo entre mim
e seu pai.
E a filha intervém.
– Mas, mãe, ele não demonstra interesse algum pelo que se passa
em casa.
– É isso mesmo, filha!
– Com os serões que ele vem
fazendo no trabalho, pouco tempo tem
sobrado para nós – observa Marta.
Geraldo se portava sempre
reticente às investidas de Margarida.
– Precisamos conversar, Geraldo!
– Pra que, Margarida?
– Estamos vivendo como dois
estranhos, dentro de uma mesma casa.
O que está acontecendo com você?
– É impressão sua, Margarida.
Tenho estado cansado de tanto trabalho.
– Você não é mais o mesmo.
Nossos filhos já perceberam a mudança
que vem ocorrendo com você. E estão
reclamando a sua falta de atenção para
com eles.
– Isso é bobagem!
Certo dia, Geraldo, visivelmente nervoso, chama Margarida para
uma conversa.
– Margarida, quero dizer-lhe
que estou saindo de casa.
– O quê?! Mas, como, Geraldo?!
– É decisão irreversível, Margarida.
– Mas, afinal, o que aconteceu, Geraldo?
– Estou saindo para outra situação. Conheci uma pessoa e estou
disposto a me unir a ela. Conversarei
também com a Marta e o Jorge.
Geraldo sai de casa, deixando
para trás três pessoas com grandes
conflitos emocionais.
– Sinceramente, filhos, não
consigo compreender a atitude do pai
de vocês.
– Muito menos eu, mãe! Embora, nos últimos tempos, ele não dispusesse de muito tempo para nós, eu
nunca poderia imaginar que o pai estivesse envolvido com outra mulher –
fala Marta.
– Sentirei muito sua falta – diz
Jorge. Já havíamos percebido que algo
estava estranho. Não podia, eu também, imaginar que fosse outra mulher.
Agora, não há outra solução: precisamos adaptar-nos à nova situação, a
que já vivem alguns amigos meus.
– Ele tirou-me o chão! – enfatiza Margarida.
– Não deve estar sendo nada
fácil, não é, mãe?
– Sinto-me sem referência
alguma, filha. Vinte cinco anos de casados, com mais três anos de namoro e
noivado, praticamente jogados fora.
Não consigo conformar-me.
Geraldo passara a cumprir
com as obrigações que a Justiça lhe
determinara. Margarida, com muita
mágoa do ex-marido, busca desabafar
com Marilda, uma grande amiga dos
tempos de Faculdade.
– Vim à sua casa desabafarme, Marilda. Está muito difícil pra mim.
O que restava de amor pelo Geraldo,
se transformou em ódio.
– Isso é que não é bom, Margarida!
– Não gostaria que meus filhos percebessem isso.
– Mas, você acha que a Marta
e o Jorge, inteligentes como são, ainda
não perceberam o rancor que você
expressa, quando fala no ex-marido?
– É possível que já tenham
percebido, porque eles vêm demonstrando muita preocupação com o meu
estado de saúde.
– E eles têm razão, não é
mesmo?
– Claro! Venho emagrecendo a
olhos vistos.
– Você acha vantajoso alimentar todo esse rancor do Geraldo?
– E você acha que ele agiu
certo?
– De forma alguma, Margarida!
– Ah, bem!
– Eu não o estou defendendo.
Estou, sim, preocupada com você.
– Não consigo esquecer o que
ele me fez. Traiu a minha confiança.
Destruiu o nosso lar.
– Compreendo sua situação,
minha amiga. Você deve estar muito
ferida. Muito machucada.
3
Jayme Lobato
– É como estou, Marilda!
– E não é pra menos, amiga.
Marilda quer ajudar a amiga,
mas teme, dada a delicadeza da situação, dizer alguma coisa que possa agravar ainda mais seu estado emocional.
– Querida Margarida, acho que
já é hora de você pensar em você.
– Não tenho tido prazer em
nada, amiga.
– Sua indignação é justa, porém, diante do que venho assistindo,
acho que o rancor que você vem agasalhando no coração está torturando-a
muito e prejudicando, visivelmente, a
sua saúde.
– Você acha, então, que ele
deverá ficar impune?
– Eu não sei, Margarida, quem
está sendo mais punido nesse caso, se
ele ou você!
– Não entendi, amiga!
– No meu entendimento, o
Geraldo responderá, se for o caso, diante das Leis de Deus, pelo que fez. O
que não julgo justo, para com você
mesma, é você guardar toda essa mágoa que a está infelicitando.
– Então, você acha que devo
esquecer o que ele fez?
– Não sei se se trata de esquecimento, mas de perdão.
– Como perdoá-lo, Marilda,
diante do que fez?
– Entenda, amiga, que perdoá
-lo não é isentá-lo do que fez. E, certamente, como já disse, se for o caso, ele
deverá responder por isso diante das
Leis de equilíbrio moral da Vida.
– E o que seria, no caso, perdoá-lo?!
– Perdoá-lo, conforme compreendo, é você se libertar dessa carga
emotiva de rancor que traz consigo. E
que a está maltratando demais.
– Acho isso de difícil entendimento e prática.
– A meu ver, perdão não é
questão de amnésia, esquecimento. Há
pessoas que reveem os episódios de
suas vidas, sem que, com essas lembranças, revivam também as reações
emocionais traumáticas de quando o
fato ocorreu.
– E isso é possível?!
– Creio que sim, pelo que vejo
à minha volta.
E Marilda prossegue.
– Acho injusto, para com você
mesma, que você continue a arrastar
esse rancor por mais tempo, que, em
especial, está visivelmente prejudicando-a. Pela mulher que você é, merece
ser feliz, Margarida!
Marilda aí conclui.
– Estime-se mais, amiga!
O REDENÇÃO
JULHO 2010
Você merece. E, se julgar necessário, procure
ajuda de um profissional da área da psicologia. Ele poderá, melhor que eu, facilitar-lhe a
compreensão do assunto.
E Margarida se despediu da amiga,
pensativa. Começara a perceber-se num processo de autopunição, autoflagelação mesmo, à medida que teimava em manter no
coração todo aquele rancor. Já refletia na
forma de se libertar do entulho que reconhecera estar carregando. Chegara à casa com
um desejo muito grande de mudar os móveis
de lugar e de mudar, de alguma forma, a sua
vida, o que alegrou muito seus filhos. E o
tempo encarregou-se do restante.
CRÍTICA E SERVIÇO
Se muitos companheiros estão vigiando os teus gestos
procurando o ponto fraco para te criticarem, outros
muitos estão fixando ansiosamente o caminho em que
surgirás, conduzindo até eles a migalha do socorro de
que necessitam para sobreviver.
É impossível não saibas quais deles formam o grupo de
trabalho em que Jesus te espera.
Emmanuel
4
L I V R O E S P Í R I TA
PINGA-FOGO COM CHICO XAVIER
Reencarnação,
mediunidade,
família, educação, umbanda,
homossexualismo, divórcio e
muitos
outros
importantes assuntos são abordados por Chico Xavier, com a assistência do Espírito Emmanuel, nos
dois históricos programas PingaFogo da TV Tupi. Apresenta as entrevistas na íntegra e conteúdo inédito com grande repertório de imagens e notas explicativas e ilustrati-
vas. Contém índice remissivo com
mais de 800 entradas que facilitam a
consulta e refletem a riqueza do
conteúdo. O espiritismo não foi o
mesmo depois daqueles memoráveis programas. Agora o leitor pode
compreender porque a trajetória do
espiritismo no Brasil apresenta-se
como antes e depois do Pinga-fogo
com Chico Xavier.
Autor: Francisco C. Xavier
Organizador: Saulo Gomes
Editora InterVidas
Gênero: entrevistas
Páginas: 272
Resenha extraída do site da Candeia Livraria e
distribuidora de livros espíritas.
Fonte: Material de Construção. F C Xavier. Ed.IDEAL
EM SE TRATANDO DE EDUCAÇÃO
Finalidade(s) da
educação
A finalidade da Educação
está embutida em seu próprio conceito: é ajudar o outro a evoluir. Esta
meta está em consonância com a
finalidade da vida universal. Tudo
evolui para a perfeição. E está em
harmonia com a finalidade particular
da nossa existência na Terra: aqui
reencarnamos para darmos mais um
passo nessa jornada infinita da evolução.
Essa é a finalidade geral,
primeira, que devemos ter em vista
num processo educativo, inclusive em
nossa auto-educação.
A evolução do espírito, como
sabemos, é um processo longo e penoso e provavelmente jamais termina
– pois nunca chegaremos à perfeição
de Deus. Não temos a noção da idade
do nosso Espírito. Não sabemos quantos milhões de anos já gastamos para
chegar ao estágio evolutivo que alcançamos hoje – estágio ainda tão
deficitário! Não sabemos quantos
milênios gastaremos para alcançar o
nível de perfeição de Jesus, o Espírito
mais puro que veio a esse mundo.
Uma existência na Terra é
uma breve etapa desse processo.
Nela, viemos adquirir algumas das
virtudes que nos faltam, mas não nos
será possível nesse curto espaço de
tempo desenvolver todas as nossas
potencialidades divinas.
Assim, dentro dessa meta
infinita de evolução, a Educação deve
preencher algumas finalidades específicas:
▪ Contribuir para que o ser
desenvolva, na presente existência,
sua perfectibilidade possível, no estágio evolutivo em que se encontra.
▪ Facilitar o cumprimento da
missão específica que o Espírito trouxe à Terra. Além de determinadas
virtudes possíveis e necessárias a
serem desenvolvidas nesta existência,
há tarefas familiares, profissionais,
sociais, que o Espírito pode estar incumbido de realizar.
▪ Estimular o indivíduo a revelar suas características individuais.
“Tudo evolui para a perfeição.”
A evolução, ao contrário do que muitos pensam, é um processo de individualização. Quanto mais progredimos,
mais somos nós mesmos, originais,
únicos, com talentos e virtudes singulares.
▪ Semear verdades e virtudes
com vistas à eternidade. Mesmo que
a criatura na atual existência só realize um grau reduzido de suas potencialidades, a Educação pode alcançar
outras vidas.
▪ Formar sempre educadores.
O homem bem educado é necessariamente um educador. Alguém que
recebeu e assimilou uma influência
benéfica exercerá essa influência sobre outros. Aquele que sabe sempre
deve ensinar. Aquele que ama sempre
eleva. A sabedoria e o amor reunidos
são sempre fatores de Educação dos
Espíritos. Não é preciso escolher a
profissão de professor para se ter
uma responsabilidade educativa. A
maioria dos homens e das mulheres
tem filhos, portanto a maioria tem
uma tarefa educativa ainda maior do
que a dos professores. E mesmo na
ausência de filhos, em qualquer setor
de atividade humana, podemos e
devemos exercitar um papel educativo.
Fonte: A Educação Segundo o Espiritismo
– Dora Incontri – Editora Comenius.
BIBLIOTECA MARIA DOLORES
E D U C A Ç Ã O E S P Í R I TA
Vários títulos a sua escolha
LIVRARIA EMMANUEL
Títulos novos e usados, CDs DVDs,
gravação do programa Semeando Ideias
Atendimento 1 hora antes das reuniões públicas
Infância
Juventude
Pais
Turmas de infância a partir de 2 anos
SÁBADOS
Turmas de jovens
Das 9h às 10h30min Turma de pais e responsáveis
O REDENÇÃO
JULHO 2010
TRAÇOS BIOGRÁFICOS
5
AT I V I D A D E S N O R E D E N Ç Ã O
SEGUNDA-FEIRA
ESPÍRITOS DA CODIFICAÇÃO
9h às 12h30min
13h às 16h30min
ARAGO
Dominique
François
Jean
ARAGO
ou
François
Jean
Dominique
Arago,
físico,
astrônomo e matemático, nasceu
em 26 de fevereiro de 1786, em
Estagel, França, onde iniciou seus
estudos, mais tarde transferindose para a Escola Politécnica de
Paris. Aos 19 anos foi nomeado
Secretário do Observatório de
Paris e, mais tarde, Diretor. Aos
23
anos
era
professor
de
Geometria Analítica da Escola
Politécnica de Paris. Até os 44 anos dedicou-se unicamente
à Ciência. Casou-se aos 25 anos e foi pai por três vezes. Em
1820, descobriu os fenômenos relativos ao magnetismo
rotatório, demonstrando a relação entre as auroras boreais
e as variações magnéticas. Descobriu, ainda, junto com o
físico Fresnel, a polarização cromática da luz, a polarização
rotatória e as leis sobre a interferência da luz polarizada.
Em 1825, ganhou a Medalha de Copley, da Sociedade Real
de Londres, considerada a recompensa maior oferecida por
aquela Sociedade à descoberta ou trabalho científico de
grande importância ou contribuição à Ciência. Foi
considerado defensor da reforma do ensino, da liberdade de
imprensa e das ciências aplicadas. Politicamente, foi ativo
defensor da causa republicana, tendo sido eleito deputado
pelo Departamento dos Pirineus Orientais e, mais tarde, por
Paris. Foi Ministro da Marinha e Ministro da Guerra.
Ocupou, ainda, o cargo de primeiro-ministro da França,
entre 10 de maio de 1848 a 24 de junho de 1848, tendo
nessa qualidade promulgado o decreto que aboliu a
escravatura nas colônias francesas. Em 1850, foi
condecorado com medalha de Rumford, da Sociedade Real
de Londres, por pesquisa relevante sobre calor e luz. Foi
homenageado por seu país com um selo que lhe foi
dedicado, homenageando-o como físico e político.
Desencarnou em 02 de outubro de 1853, aos 67 anos, em
Paris, estando seu corpo enterrado no Cemitério de Père
Lachaise, onde também se encontra o túmulo de Allan
Kardec. Suas obras completas, em 13 volumes, foram
publicadas após a sua morte. Sua contribuição à Codificação
Espírita encontra-se no livro “A Gênese”, no capítulo XVIII,
intitulado “São chegados os tempos”, no item 8. Trata-se de
comunicação recebida na Sociedade de Paris, em que
explica, sob o ponto de vista científico, as causas das
revoluções periódicas a que está sujeita a Terra: “Cada
corpo celeste, além das leis simples que presidem à divisão
dos dias e das noites, das estações, etc., experimenta
revoluções que demandam milhares de séculos para sua
realização completa, porém que, como as revoluções mais
breves, passam por todos os períodos, desde o de
nascimento até o de um máximo de efeito, após o qual há
decrescimento, até o limite extremo, para recomeçar em
seguida o percurso das mesmas fases.” E conclui: “Quando
se vos diz que a Humanidade chegou a um período de
transformação e que a Terra tem que se elevar na
hierarquia dos mundos, nada de místico vejais nessas
palavras; vede, ao contrário, a execução de uma das
grandes leis fatais do Universo, contra as quais se quebra
toda a má vontade humana.”
Fontes: Wikipédia e “Expoentes da Codificação Espírita”,
editora Federação Espírita do Paraná
Sérgio Rodrigues
Apoio Escolar
18h
Atendimento Fraterno
19h
Reunião Pública: exposição doutrinária, passe e
água magnetizada.
20h30min
ESDE—Estudo Sistemático da Doutrina Espírita
TERÇA-FEIRA
9h
Caravana Socorrista Bezerra de Menezes: atendimento a enfermos em domicílio (impossibilitados
de comparecer à casa espírita).
20h
Reunião privativa de desobsessão, irradiação para
encarnados e prece para desencarnados.
QUARTA-FEIRA
14 às 16h
Atendimento médico para as famílias da comunidade, cadastradas no Redenção.
1ª e 3ª quartasAtendimento médico neurológico para as famílias
feiras das 8h30min
da comunidade, cadastradas no Redenção.
às 9h30min
4ª quarta-feira
19h30min
Reunião do Comitê Diretor
QUINTA-FEIRA
20h
Reunião privativa de assistência espiritual— tratamento de saúde.
SEXTA-FEIRA
15h
Reunião privativa de desobsessão.
SÁBADO
8h
9h às 10h30min
Café da manhã das famílias que participam da
Educação Espírita.
Educação Espírita para infância, juventude e pais.
11 h
Distribuição da sacola fraterna: alimentos, roupas,
calçados e utensílios para as famílias da comunidade, cadastradas no Redenção.
15h
ESDE—Estudo Sistemático da Doutrina Espírita.
16h
Atendimento Fraterno.
17h
Reunião Pública: exposição doutrinária, passe e
água magnetizada.
1º sábado
Visita aos enfermos da Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora das Graças.
2º sábado
Campanha do Quilo—arrecadação de alimentos,
nos arredores do Redenção para composição da
sacola fraterna .
DOMINGO
1º domingo
Visita aos enfermos do Hospital N. S. do Socorro.
Torne-se
Redenção
CONTRIBUINTE
Uma maneira de você ajudar na
manutenção das atividades do
REDENÇÃO
Informações na secretaria
O REDENÇÃO
JULHO 2010
6
REUNIÕES PÚBLICAS
TO M E N O TA
Exposição doutrinária, passe e água magnetizada
Programação: julho / 2010
Dia
5
Tema:
GUERRAS - ASSASSÍNIO
Livro:
LE, Questões 742 a 751
Tema:
CURAS
Livro:
GE, Capítulo XIV, Itens 31 a 34
Expositor(a): Jayme Lobato (Grupo Espírita Redenção)
19
À vista da necessidade de adequação das reuniões
públicas às necessidades do Redenção e às suas
possibilidades de trabalho, o Comitê Diretor houve
por bem alterar a organização dessas reuniões.
Assim, a partir de JULHO:
- permanece a reunião de segunda-feira,
Tema:
PRECES PAGAS
Livro:
ESE, Capítulo XXVI, Itens 3 e 4
Expositor(a): Francisco Anastácio Dias (Sociedade Espírita Estrada de Damasco)
26
DO REDENÇÃO
Segundas-feiras - 19h
Expositor(a): Sergio Rodrigues (Grupo Espírita Redenção)
12
REUNIÕES PÚBLICAS
Tema:
MERCADORES EXPULSOS DO TEMPLO
Livro:
ESE, Capítulo XXVI, Itens 5 e 6
às 19 horas;
- fica extinta a reunião de quinta-feira; e
- a reunião de sábado passa das 18 para às
17 horas.
Expositor(a): Arnaldo José Vollet (Grupo Espírita Redenção)
C O L AB O RE
Dia
3
Sábados - 17h
Tema:
SALVAÇÃO DOS RICOS
Livro:
ESE, Capítulo XVI, Itens 1 e 2
Expositor(a): Sebastião Pimenta (G Espírita Antonio de Pádua e Maria Madalena)
10
Tema:
PRESERVAR-SE DA AVAREZA
Livro:
ESE, Capítulo XVI, Item 3
Expositor(a): Marcelo Franco de São Tiago (Agremiação Espírita Isabel)
17
Tema:
CURAS
Livro:
GE, Capítulo XIV, Itens 31 a 34
Expositor(a): Jayme Lobato (Grupo Espírita Redenção)
24
Tema
CRUELDADE
Livro:
LE, Questões 752 a 756
C A M PA N H A D O C O B E R T O R
Doe um
Expositor(a): Sonia Arenaro (Grupo Espírita Redenção)
Tema:
31
DUELO - PENA DE MORTE
e aqueça o seu
Expositor(a): LE, Questões 757 a 765
Tema:
José Carlos da Silva (Grupo Espírita Redenção)
CI - O Céu e o Inferno / ESE - O Evangelho Segundo o Espiritismo / GE - A Gênese
Os cobertores serão distribuídos às famílias da
comunidade cadastradas no Redenção.
LE - O Livro dos Espíritos / LM - O Livro dos Médiuns / OP - Obras Póstumas
EXPEDIENTE
COMITÊ DIRETOR
Diretor Administrativo: Reinaldo Fonseca Lontra Neto
Diretor Financeiro: Roberto Ribeiro Malveira
O Redenção
Desde outubro 1998
Elaboração/editoração: equipe da
divulgação
GRUPO ESPÍRITA REDENÇÃO
Diretora de Integração ao Movimento Espírita: Arlette de Medeiros Baptista
fundado em 1º de setembro de 1979
Diretor de Assistência e Promoção Social: Arnaldo José Vollet
Rua Leopoldo, 417 - Andaraí - RJ
Diretor de Assuntos Doutrinários e Mediúnicos: Jayme Lobato Soares
CEP: 20541-170
Diretor de Estudos Doutrinários: Sérgio dos Santos Rodrigues
Expedição: Eliana Vilela Ferreira
Telefax: (21) 2572-3424
Diretora de Educação Espírita Infanto-Juvenil: Lisete da Graça Lontra Neto
Periodicidade: mensal
www.redencao.org.br
Diretora de Reunião Pública: Ila de Souza Schult Martins
Tiragem: 300 exemplares
[email protected]
Diretora de Divulgação: Veronica Pereira Bellinha
Revisão: Lisete da Graça Lontra Neto

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