REVISTA EAS - Volume 23 - Numero 1 - 2008

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REVISTA EAS - Volume 23 - Numero 1 - 2008
Revista Educação Agrícola Superior
Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior- ABEAS - v.23, n.1,p.64-70, 2008
QUALIDADE DO LEITE PRODUZIDO POR CABRAS
ALIMENTADAS COM NÍVEIS CRESCENTES DE FENO DE
FLOR DE SEDA
Francisco C. Fernandes Jr, Nerandi L. Camerini¹, Francisco das Chagas Estevam da Fonseca ², Genildo P. Fonseca³,
José Wallace Barbosa do Nascimento4
Mestrando em Engenharia Agrícola, UFCG. E-mail: [email protected], [email protected].
²Professor do Departamento de Agropecuária, Curso de Zootecnia da UFRN.
³Zootecnista, Economista, Extensionista da EMATER-RN –E-mail: [email protected]
4
Professor, Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola, E-mail: [email protected]
RESUMO
Com o objetivo de avaliar os parâmetros físico-químicos do leite produzido por cabras alimentadas com níveis crescentes
de feno de flor de seda (Calotropis procera (Ait) R. Br.) em substituição ao concentrado, foi conduzido no Centro Profissionalizante
em Produção Animal do Seridó o experimento utilizando-se um delineamento em quadrado latino 5 x 5, em que as linhas e as
colunas constaram de 5 cabras e 5 períodos, respectivamente. Os tratamentos utilizados consistiram na utilização de cinco níveis
crescentes (0, 18, 36, 54 e 72%) de feno de flor de seda, introduzidos na fração referente ao concentrado, cuja relação volumosoconcentrado era 50:50. Foram analisadas as variáveis proteína bruta (PB), gordura (G), lactose (L), pH, extrato seco total (EST),
extrato seco desengordurado (ESD) e densidade (D). Para os parâmetros determinados obteve-se valores médios e erros padrão (X
± SX) de: 2,60% ± 0,05 para a proteína, 2,57% ± 0,11 para a gordura e 3,69% ± 0,06 para a lactose. Para as características
determinadas os valores médios foram: 1,0285 ± 0,0003 para a densidade a 15ºC, 6,64 ± 0,02 para o pH a 25ºC, 9,67% ± 0,18 para o
extrato seco total e 7,09% ± 0,13 para o extrato seco desengordurado. Não se constatou diferença significativa para nenhuma das
variáveis acima, exceto para densidade. Portanto os níveis de feno de flor de seda utilizados não alteraram os parâmetros físicoquímicos do leite de cabra.
Palavras-chave: Alimentação; Proteína Bruta; Densidade; Extrato Seco; Flor de Seda.
INTRODUÇÃO
A caprinocultura de leite é uma atividade que vem
crescendo acentuadamente. Segundo Wander e Martins (2004),
o rebanho efetivo mundial de caprinos em 2003 estava em torno
de 768 milhões de cabeça, sendo 19%, aproximadamente,
voltados para a produção de leite. Em 2005, o Brasil
contabilizava nove milhões de cabeças em seu rebanho,
segundo dados da FAO (2006), com uma produção diária de 85
mil litros. A região nordeste do país concentra 90% do rebanho
caprino e é detentora de 26% da produção de leite, mas a
sudeste se destaca com mais de 50% da produção nacional em
função de melhor organização dos produtores, animais
especializados, processo industrial e garantia de
comercialização do leite e seus derivados.
A produção de leite de cabra depende da aptidão leiteira
do animal, do valor nutritivo do alimento, do nível de ingestão
de matéria seca pelo animal, além de fatores ambientais e de
manejo. No entanto, para melhorar o desempenho na produção
de leite, torna-se necessário utilizar estratégias de alimentação
durante os diferentes estágios fisiológicos dos animais
(ZAMBOM, 2003).
De um modo geral, o desempenho da pecuária na Região
Semi-árida do Nordeste do Brasil tem sido limitado pela baixa
disponibilidade de forragens, principalmente nos períodos de
estiagens prolongadas, além de manejo inadequado dos
animais, pouca utilização dos recursos forrageiros existentes
na região, pequeno aproveitamento de forragens, nas formas de
feno e silagem e o alto custo das rações. Araújo Filho e Silva
(1994) reforçam que a produção de alimentos para o rebanho
constitui, provavelmente, o maior desafio que enfrenta a
pecuária da região, tornando a cultura de forrageiras uma
atividade de alto risco, além de competir em área com a
agricultura tradicional.
Araújo et al. (2003) consideram que o cultivo
diversificado de opções forrageiras, nativas e/ou introduzidas,
anuais e/ou perenes para a produção de feno e/ou silagem,
somadas a outras opções como resíduos agroindustriais,
utilizados de forma planejada, principalmente no período
crítico do ano, podem elevar a eficiência dos sistemas de
produção pecuária e em particular da caprinocultura do semiárido nordestino. Ressalte-se que as alternativas de
alimentação devem levar em conta uma participação mínima
de concentrados e o máximo de ingredientes com alta
possibilidade de serem produzidos ou adquiridos pelos
próprios criadores, nos mais distintos sistemas de produção.
O rebanho caprino na região desempenha papel de
suma importância econômica, sendo esta atividade explorada
por todas as camadas sociais. Em função do estreito
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relacionamento entre o homem e esta espécie, historicamente
com intuito produtivo, grande parte do rebanho pertence às
populações de baixa e média renda, exercendo, dessa forma,
importante papel sócio-cultural, tendo em vista a manutenção
do homem no campo. Outro aspecto importante refere-se à
sustentabilidade dos sistemas, que está sempre buscando meios
apropriados para intensificar a produtividade com o mínimo de
prejuízo para as condições ambientais, uma vez que estes
interferem diretamente na capacidade de utilização dos
recursos naturais da caatinga.
Na busca por uma alternativa alimentar que possa
suprir as necessidades do rebanho caprino durante o período de
escassez de alimento, possibilitando uma melhoria na
qualidade do rebanho e da produção no semi-árido do Rio
Grande do Norte, objetivou-se com este trabalho avaliar as
características qualitativas do leite produzido por cabras
leiteiras alimentadas com níveis crescentes de feno de flor de
seda, durante a lactação, avaliando o efeito de médias de feno
de flor de seda sobre os parâmetros físico-químicos do leite de
cabra.
Figura1 - Calotropis procera
REVISÃO DE LITERATURA
Características botânicas da flor de seda (Calotropis
procera Air. R. Br.)
Na busca de plantas que suportem os rigores das regiões
semi-áridas, a Calotropis procera, da família Asclepiadaceae,
conhecida vulgarmente como algodão de seda, leiteiro,
queimadeira, flor de seda e ciúme, tem se destacado na
adaptação às áreas semi-áridas. Nesta família são incluídos
280 gêneros e 2000 espécies, sendo encontradas comumente
em áreas degradadas. É uma planta conhecida desde os tempos
remotos, possuindo ampla distribuição geográfica,
especialmente em regiões tropicais e subtropicais de todo o
mundo (particularmente Ásia e África), desenvolvendo-se em
solos de baixa fertilidade e locais com baixos níveis de
pluviosidade (SHARMA, 1934).
De acordo com Corrëa (1939), a Calotropis procera foi
introduzida no Brasil, provavelmente em época desconhecida,
como ornamental. Posteriormente, esta planta passou a se
comportar como invasora de áreas de pastagens, devido à
grande disseminação de suas sementes pelo vento, sendo
encontrada nos estados da região Nordeste, Centro-Oeste e
Sudeste, especialmente, nos estados de Minas Gerais, São
Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, e
Distrito Federal (FERREIRA, 1973; FERREIRA e GOMES
1974/76).
Oliveira (2002) afirma que a Calotropis procera
(Figura 1) desenvolve-se bem nas mais diversas regiões do
planeta, onde a precipitação anual varia de 150 a 1000 mm e,
algumas vezes, é encontrada crescendo em solos
excessivamente drenados, com precipitação superior a 2000
mm.
Em relação às características botânicas da Calotropis
procera, a planta pode atingir de 2,5 a 6,0 metros de altura,
possuindo uma ou poucas hastes e poucos galhos. A casca é
corticiforme, sulcada, de coloração cinza, apresentando
abundante fluxo de seiva branca (látex), que pode ser
observado sempre que o caule e as folhas são cortados
(FRANCIS, s.d).
Segundo Little et al. (1974), o florescimento e a
frutificação ocorrem durante o ano todo, onde centenas a
milhares de sementes podem ser produzidas por planta a cada
ano. As sementes são disseminadas pelo vento, podendo
alcançar vários quilômetros.
Composição química da flor de seda
Quanto à composição química da Calotropis procera,
Abbas et al. (1992) observou que a planta é um arbusto sempre
verde e abundante nas regiões áridas do Sudão e que a análise
bromatológica das folhas da planta apresentaram os seguintes
resultados: 94,62% de matéria seca (MS) e 19,46% de proteína
bruta (PB).
Vaz et al. (1998) verificaram ao determinar a
composição química dos fenos de Calotropis procera, valores
de 29,55% de FDN, 21,03% de FDA, 8,54% de hemicelulose,
11,13% de celulose e 21,23% de PB. Já Oliveira (2002)
encontrou um percentual de 14,30; 14,00; 31,53 e 18,24%
respectivamente para PB, Matéria Mineral (MM), FDN e FDA.
Andrade (2005), estudando os aspectos fenológicos,
produtivos e qualitativos da flor de seda, relatou, com base nos
resultados da composição química determinada para a flor de
seda aos 60 dias de rebrota, que os sistemas de manejo do solo e
as densidades de plantio não influenciaram a matéria orgânica,
MM, FDN, extrato etéreo, lignina, celulose, carboidratos não
fibrosos e carboidratos totais. A densidade de plantio afetou os
teores de MS, hemicelulose e FDA. Os teores de PB foram
influenciados pelo sistema de manejo do solo e que a produção
de MS/ha da flor de seda decresceu quando se utilizou uma
menor densidade de plantio.
Utilização da flor de seda (Calotropis procera) na
alimentação animal
Ainda são poucos os estudos direcionados para o cultivo
da flor de seda como forrageira; no entanto, alguns trabalhos na
literatura demonstram viabilidade, a exemplo de Fall (1991),
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que na busca de novas espécies forrageiras disponíveis em
pastagens naturais do Senegal, desenvolveu trabalho para
testar a digestibilidade in vitro e a degradabilidade in situ. As
folhas de Calotropis procera apresentaram 72 e 68% de
digestibilidade na MS e matéria orgânica, respectivamente.
Estudando a digestibilidade da Brachiaria decumbens
tratada com hidróxido de sódio, amônia anidra, ou em
associação com o feno de Calotropis procera, Moreira et al
(1996) não observaram diferença significativa para o uso dessa
forragem e o hidróxido de sódio, além de constatar que esta
pode ser consumida por caprinos, promovendo aumento na
digestibilidade da PB e retenção de nitrogênio, sem prejuízo da
matéria orgânica. Estes mesmos resultados foram observados
por Vaz et al. (1998) que, avaliando a digestibilidade dos
componentes de dietas contendo folhas de Calotropis procera
nos níveis de 0; 20; 40; e 60% em substituição ao feno de Coastcross, observaram aumento nos coeficientes de digestibilidade
de todos os nutrientes para os referidos tratamentos com
inclusão do feno de Calotropis procera, além de proporcionar
melhor ingestão e maior retenção de nitrogênio.
Nesse contexto, avaliando os resultados de pesquisas
efetuadas por diversas instituições, observa-se que a flor de
seda (Calotropis procera) pode ser considerada como um
recurso forrageiro de boa qualidade e que pode ser cultivada de
forma sistemática, para essa finalidade, se tornando uma
alternativa alimentar na produção de pequenos ruminantes,
principalmente em áreas de pequenos agricultores, ou seja,
agricultura familiar.
RAÇA
Alpina Americana (RIBEIRO, 1997):
A alpina americana é uma raça especializada na
produção de leite, muito apreciada nos Estados Unidos e
Canadá, de onde foram feitas algumas importações por
criadores brasileiros.
Sua cabeça é média, triangular e alongada, com a testa
bem proporcionada e ligeiramente escavada; o perfil é
subcôncavo e as orelhas pequenas ou médias e eretas. Os
animais podem apresentar chifres ou não. Sua pele é solta,
macia e flexível, com a coloração de acordo com a pelagem;
suas mucosas são escuras. Sua pelagem é policromada,
apresentando diversas combinações de cores, como branco
com negro, passando por tonalidade creme e parda amarelada,
até o pardo avermelhado.
Toggenburg (RIBEIRO, 1997):
A toggenburg também é uma raça especializada na
produção de leite e originária da Suíça, com animais um pouco
menores que os da raça alpina e saanen e relativamente menos
produtivos, com presença ou não de barba, chifres e brincos.
No Brasil, existem linhagens inglesas e, mais recentemente,
canadenses, com produções leiteiras bastantes expressivas.
Sua cabeça é média, cônica e alongada, com a fronte
larga, notadamente nos machos. A pelagem é acinzentada,
variando do claro ao escuro, com duas faixas brancas
(contínuas nas fêmeas) que, partindo da orelha e passando
próximo aos olhos, vão terminar ao lado da boca. A ponta do
focinho e as bordas da orelha também são brancas, assim como
a parte distal dos membros, sendo que, na face interna, esta
mancha continua até a inserção com o tronco. Apresenta um
triângulo branco na inserção da cauda. Os animais suíços
possuem pêlos longos e os ingleses e canadenses, pêlos curtos,
sendo estes últimos mais apreciados pelos criadores brasileiros
e certamente mais adequados ao nosso clima. As orelhas são
pequenas ou médias, levantadas e dirigidas para frente. A pele é
solta, flexível, macia, clara e acinzentada, e as mucosas,
escuras. Existem algumas linhagens que apresentam coloração
creme onde normalmente seriam brancas, como as listras da
face e membros.
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O LEITE
CAPRINO
O leite é considerado um dos alimentos mais completos
por apresentar vários elementos importantes para a nutrição
humana como matérias orgânicas e nitrogenadas, caseína e
albumina, necessárias à constituição dos tecidos e sangue, sais
minerais para a formação do esqueleto e ainda, vitaminas,
certas diástases e fermentos láticos, estes últimos muito
favoráveis à digestão e que defendem o intestino da ação nociva
de muitas bactérias patogênicas (MESQUITA et al., 2004).
A excelente qualidade nutricional do leite de cabra está
representada pela sua composição química, constituída de
proteínas de alto valor biológico e ácidos graxos essenciais,
ressaltando-se também o seu conteúdo mineral (QUEIROGA e
COSTA, 2004).
Segundo Haenlein (2004), o leite de cabra, possui
características próprias, como: alta digestibilidade,
alcalinidade distinta e maior capacidade tamponante. A maior
digestibilidade do leite caprino deve-se ao percentual mais
elevado de ácidos graxos de cadeia curta e média, facilitando a
digestibilidade e favorecendo o esvaziamento gástrico e, em
conseqüência, reduzindo o aparecimento de refluxo
gastroesofágico. Da mesma forma, Fisberg et al. (1999) em seu
trabalho relatam a importância digestiva do leite de cabra,
assim como também as suas características dietéticas e
terapêuticas.
O leite de cabra tem sido bastante utilizado como
alternativa para alimentação de crianças e adultos sensíveis ou
alérgicas ao leite de vaca. Isto se deve às diferenças existentes
entre a estrutura dos aminoácidos das proteínas do leite das
duas espécies (BUENO, 2005).
Pesquisadores de várias partes do mundo têm estudado a
composição do leite de cabra, entretanto, pouco se sabe a
respeito da sua composição em regiões tropicais e menos ainda
nas suas microrregiões, sobretudo a influência dos múltiplos
fatores como raça, mestiçagem, fatores ambientais e período de
lactação sobre a qualidade do leite produzido (QUEIROGA et
al, 2003).
A composição bioquímica e as propriedades do leite
podem apresentar variabilidade tecnológica ocasionadas por
fatores genéticos, fisiológicos e ambientais. Dentre estes, a
alimentação tem sido um fator preponderante na manipulação
dos componentes do leite (MESQUITA et al., 2004).
As características do leite de cabra, tanto do ponto de
vista nutricional quanto social são inestimáveis, especialmente
nas regiões semi-áridas do Nordeste.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no setor de Caprinocultura
do Centro Profissionalizante em Produção Animal do Seridó,
pertencente à Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio
Grande do Norte – EMPARN, localizado no município de
Cruzeta-RN, no período de dezembro de 2005 a fevereiro de
2006.
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Localização, animais e instalações experimentais
O município apresenta clima, segundo classificação de
Köeppen BShw', semi-árido com curta estação chuvosa no
verão-outono, com concentração das chuvas nos meses de
março e abril (ARAÚJO FILHO, 2004).
Está localizado a 6° 26' longitude Sul e 36° 35' longitude
Oeste, apresenta temperatura média anual de 27,5 °C, umidade
relativa do ar em torno de 64% (média anual) e pluviosidade
média anual de 578,4 mm (Chuvas: Março e Abril), dados
proveniente da estação climatológica da base.
Foram utilizadas cinco cabras de aptidão leiteira, sendo
quatro da raça Alpina Americana e uma Toggenburg,
multíparas, com média de 46 kg de peso vivo.
Os animais foram mantidos em regime de
confinamento, em um galpão coberto com baias individuais,
nas dimensões de 1,5 x 3m, providas de comedouro e
bebedouro, conforme a Ilustração 5.
Período experimenta
O experimento teve duração de 65 dias, sendo composto
de cinco períodos de 13 dias. Os primeiros 10 dias de cada
período foram utilizados para adaptação dos animais às dietas
experimentais e os três dias seguintes destinados à coleta de
amostras do leite, sendo as mesmas feitas em dias intercalados
(11º e 13º dia).
Todos os ingredientes das rações experimentais, foram
submetidos a análise bromatológica no Laboratório de
Nutrição Animal da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), e os resultados obtidos encontram-se em anexo.
As dietas foram formuladas para serem isoprotéicas
(12% de proteína bruta), balanceadas para atender as
exigências de mantença e lactação, de acordo com o National
Research Council (1981), fornecidas duas vezes ao dia, às 7h e
às 16h, logo após a ordenha, e ajustadas de forma a manter
sobras em torno de 20% do fornecido, com disponibilidade
irrestrita de água para os animais.
Os tratamentos utilizados foram:
Tratamento 1 (T1): 38,42% feno de tifton + 61,58% de
concentrado;
Tratamento 2 (T2): 38,90% feno de tifton + 8,86% de
feno de flor de seda + 52,24% de concentrado (15,17% de
substituição);
Tratamento 3 (T3): 38,80% feno de tifton + 18,17% de
feno de flor de seda + 43,03% de concentrado (30,12% de
substituição);
Tratamento 4 (T4): 38,80% feno de tifton + 27,01% de
feno de flor de seda + 34,19% de concentrado (44,48% de
substituição);
Tratamento 5 (T5): 39,19% feno de tifton + 36,21% de
feno de flor de seda + 24,60% de concentrado (60,05% de
substituição).
Tratamentos
Os tratamentos consistiram de dietas contendo feno de
capim tifton para todos os tratamentos e feno de flor de seda em
substituição ao concentrado para quatro dos tratamentos. A
flor de seda utilizada para a confecção do feno foi de origem
cultivada, com 90 dias de rebrota, como também de ocorrência
natural. Colhidas, as plantas foram trituradas em máquina
forrageira e em seguida expostas ao sol, em secador solar para o
processo de fenação. Após a fenação, todo material foi moído
em um DMP (desintegrador, moedor e picador) para, em
seguida, ser misturado aos outros ingredientes (Milho grão,
Farelo de soja, Farelo de algodão, Farelo de Trigo e Sal
mineral) das rações experimentais (Tabela 1).
A produção individual de leite de cada animal foi
acompanhada mediante pesagem após cada ordenha.
Durante todo o período experimental, as amostras de
leite foram coletadas, congeladas e armazenadas em recipiente
plástico esterilizado, contendo aproximadamente 300 mL. Para
compor a amostra foi coletado pela manhã e pela tarde um
volume que correspondia a 20% do total produzido em cada
ordenha, homogeneizado e acondicionado no mesmo frasco,
por animal, por dia de coleta.
Tabela 1 – Composição das dietas experimentais, com base na matéria seca
Componentes
Ingredientes
T1
T3
T4
T5
----------------------------------(%)------------------------------------
Feno de tifton
Feno de Flor de seda
Milho grão
Farelo de soja
Farelo de algodão
Farelo de Trigo
Sal mineral
Composição química
T2
38,42
0,00
48,64
4,86
3,89
2,43
1,76
38,90
8,86
40,62
4,92
2,46
2,46
1,78
38,80
18,17
33,40
3,93
2,46
1,47
1,77
38,80
27,01
26,03
2,46
2,46
1,47
1,77
39,19
36,21
17,36
2,48
1,49
1,49
1,78
-----------------------------------(%)-----------------------------------
Proteína bruta
Nutrientes digestíveis totais
Cálcio
Fósforo
Fibra detergente neutro
Extrato etéreo
Matéria mineral
Carboidratos não fibrosos
12,65
68,65
0,67
0,43
36,80
2,75
2,68
45,11
12,62
66,75
0,76
0,42
39,20
2,58
3,78
5,29
12,63
64,87
0,84
0,42
41,66
2,45
4,94
8,34
12,51
62,96
0,92
0,42
44,05
2,34
6,09
11,36
12,65
61,02
1,10
1,45
46,52
2,17
8,07
30,59
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MÉTODOS
Extrato Seco Total
Análises físico-químicas
As amostras de leite de cabra foram submetidas a
análises de proteína bruta (PB), gordura (G), lactose (L),
densidade (D), pH, extrato seco total (EST) e extrato seco
desengordurado (ESD). Todas as análises físico-químicas
foram realizadas no Laboratório de Qualidade dos Alimentos
do Colégio Agrícola Viana Negreiros (CAVN) da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) em triplicatas, de acordo com a
metodologia descrita a seguir.
O extrato seco total (EST) compreende todos os
componentes do leite, menos a água, e representa em média 12
a 13,5% do leite. Foi determinado por Gravimetria, onde a
amostra a ser analisada é submetida à evaporação a 105°C até
peso constante (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985).
Extrato Seco desengordurado
O extrato seco desengordurado (ESD) é estimado pela
diferença entre extrato seco total e a porcentagem de gordura.
%ESD = %EST - %G
Proteína Bruta
A análise de proteína bruta consiste na dosagem total do
nitrogênio pelo método Kjeldhal (micro), em porcentagem da
matéria seca, multiplicando pelo fator 6,38 (AOAC, 1998).
Gordura
Para análise da gordura utilizou-se o método
volumétrico de Gerber (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985),
que tem como principio a destruição do material não gorduroso
do leite, pelo emprego do ácido mineral forte, que neste caso foi
o ácido sulfúrico.
O procedimento consiste em colocar no butirômetro,
10ml do ácido sulfúrico, adicionar a amostra em questão (11ml
de leite) sobre o ácido vagarosamente. Adicionar 1ml de álcool
amílico, limpar o gargalo com papel absorvente e colocar a
rolha. Fechar o butirômetro enrolá-lo na toalha e agitar
vigorosamente até dissolução da amostra. Centrifugar por 5
minutos. E fazer imediatamente, a leitura da porcentagem de
gordura na escala do butirômetro.
Lactose
Lactose (L) utilizou-se o método de redução de
FEHLING (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985).
Densidade
3.4.2 Análises estatísticas
O delineamento experimental utilizado foi um
Quadrado Latino 5x5. De forma que, cada animal passou por
todos os tratamentos, ocorrendo rodízio entre os cinco animais
e os cinco tratamentos a cada 13 dias. As análises estatísticas
foram realizadas utilizando o programa SAS – Statistic
Analysis System (SAS, 1999), e os resultados foram
interpretados estatisticamente por meio de análise de variância
e as médias comparadas através do teste de Tukey, adotando-se
o nível de 5% de significância.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme Zambom (2003) a qualidade do leite está
relacionada com o tipo e a qualidade das dietas que os animais
consomem, não havendo grandes variações durante o estádio
de lactação. Nessa pesquisa observou-se que não houve
diferença significativa para gordura, proteína e lactose do leite
dos animais avaliados. Os tratamentos com feno de flor de seda
em substituição ao concentrado, nesse trabalho, não
influenciaram a composição do leite. Pode-se inferir que a
substituição do feno de flor de seda pelo concentrado ate a
ordem de 36% não altera a composição do leite de cabra.
Caracterização físico-química dos leites de cabra
Para a determinação da densidade usa-se o termolactodensímetro, que nada mais é que um densímetro próprio
para leite. Este contém duas escalas: uma para a densidade e
outra para temperatura. A escala para densidade varia
geralmente de 1.015 a 1.045 e para facilidade de construção são
registrados apenas os dois últimos algarismos (15 a 45). Desta
forma, quando se faz a leitura da densidade deve-se acrescentar
1,0 à esquerda dos dois algarismos lidos diretamente na haste
do termo-lactodensímetro. Assim, quando se lê na escala, 27,
significa que a densidade é 1,027.
O procedimento consiste em transferir para a proveta a
amostra previamente homogeneizada, deixando o leite escorrer
lentamente pelas paredes do cilindro sem formar espuma.
Mergulhar o densímetro lentamente na amostra, até sentir
resistência, deixar flutuar livremente. Esperar o tempo
suficiente para a estabilização do densímetro e da temperatura.
Fazer a leitura no menisco, na superfície livre do liquido.
pH
O pH foi mensurado pela medida direta do
potenciômetro digital.
A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos para o leite de
cabra nos tratamentos com feno de flor de seda.
O teor médio de gordura do leite das cabras alimentadas
com os tratamentos foi 2,57% ± 0,11 (X ± SX). As
porcentagens médias de proteína bruta e de lactose foram
2,60% ± 0,05 e 3,69% ± 0,06, respectivamente. Tais valores
estão aquém dos valores relatados por Prata et al. (1998), que
trabalharam com três grupos de animais predominantemente da
raça Saanen, sendo esses grupos criados e alimentados de
maneiras diferentes, que registraram valores para gordura e
proteína bruta de 3,74 e 3,27%, respectivamente. Assim como
os valores relatados por Zambom (2003), que trabalhando com
cabras da raça Saanen alimentadas com Feno de Aveia, Milho,
Farelo de soja, Óleo vegetal, Fosfato Bicálcico, Calcário e
Suplemento Mineral, registrou valores para gordura, proteína e
lactose de 3,52, 2,91 e 4,53%, respectivamente.
MBA et al (1975), na Nigéria, trabalharam também com
animais da raça Saanen alimentados com pastagem de capim
estrela gigantesca (Cynodon) “ad libitum” e 1 kg de
concentrado/cada litro de leite, registraram 3,4% para a
proteína, 3,34% para a gordura e 4,56% para a lactose. Na
literatura, poucos são os dados com os quais esses resultados
podem ser comparados
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Tabela 2 - Composição físico-química do leite produzido por cabras, alimentadas com feno de flor de seda: comparação de
médias das variáveis
Tratamento
1
2
3
4
5
Média
PB
2,634a*
2,654a
2,660a
2,566a
2,508a
2,604
G
2,402a
2,556a
2,578a
2,550a
2,772a
2,571
L
3,760a
3,706a
3,808a
3,630a
3,584a
3,697
Parâmetros
D
1,02932ª
1,02908ª
1,02880ª
1,02828a b
1,02724b
1,028544
pH
6,656a
6,648a
6,648a
6,674a
6,606a
6,6464
EST
9,530a
9,724a
9,804a
9,598a
9,708a
9,6728
ESD
7,126a
7,164a
7,224a
7,044a
6,934a
7,0984
(*) Médias, em um mesmo parâmetro, seguidas de letras iguais não diferem, entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de
significância.
O teor médio de gordura do leite das cabras alimentadas
com os tratamentos foi 2,57% ± 0,11 (X ± SX). As
porcentagens médias de proteína bruta e de lactose foram
2,60% ± 0,05 e 3,69% ± 0,06, respectivamente. Tais valores
estão aquém dos valores relatados por Prata et al. (1998), que
trabalharam com três grupos de animais predominantemente da
raça Saanen, sendo esses grupos criados e alimentados de
maneiras diferentes, que registraram valores para gordura e
proteína bruta de 3,74 e 3,27%, respectivamente. Assim como
os valores relatados por Zambom (2003), que trabalhando com
cabras da raça Saanen alimentadas com Feno de Aveia, Milho,
Farelo de soja, Óleo vegetal, Fosfato Bicálcico, Calcário e
Suplemento Mineral, registrou valores para gordura, proteína e
lactose de 3,52, 2,91 e 4,53%, respectivamente.
MBA et al (1975), na Nigéria, trabalharam também com
animais da raça Saanen alimentados com pastagem de capim
estrela gigantesca (Cynodon) “ad libitum” e 1 kg de
concentrado/cada litro de leite, registraram 3,4% para a
proteína, 3,34% para a gordura e 4,56% para a lactose. Na
literatura, poucos são os dados com os quais esses resultados
podem ser comparados.
Os resultados de Middleton e Fitz-Gerald, citados por
Prata et al. (1998) refletem a situação de rebanhos Australianos
para essa mesma raça. Mostram teores de: 3,20% (2,4 – 4,2)
para a gordura, 8,22% (7,9 – 9,1) para sólidos desengordurados
e 11,44% (10,7 – 13,1) para sólidos totais. De Chang e Kim,
citados por Prata et al. (1998), na Coréia, têm-se os dados de:
3,65% (3,09 – 4,36) para proteína, 3,27% (2,3 – 4,7) para
gordura, 3,91% (3,79 – 4,0) para lactose e 11,61% (10,12 –
13,6) para sólidos totais.
Brasil et al. (2000) avaliando os efeitos do estresse
térmico sobre a produção e a composição química do leite de
cabras alpinas verificaram que os animais estressados
produziram menos leite, com menores teores de gordura,
proteína, lactose e sólidos totais. Podendo ser uma das
prováveis respostas aos valores baixos para a composição
química do leite encontrado nesta pesquisa (Tabela 2).
As características físico-químicas são importantes na
avaliação da idoneidade e integridade do leite. Todos os
resultados dessas características foram submetidos a analises
estatísticas, não sendo observadas diferenças para os
parâmetros citados, exceto para a densidade (Tabela 2). A
média para o valor de pH a 25ºC foi de 6,646 ± 0,02. O extrato
seco total com média 9,67% ± 0,18. O extrato seco
desengordurado com média de 7,098% ± 0,13.
O valor do pH, 6,65, aqui obtido está de acordo com o
relatado por Prata et al (1998). Porém os valores do extrato seco
total e do extrato seco desengordurado são inferiores, 12,45%
para o extrato seco total e 8,90% para o extrato seco
desengordurado.
A densidade apresentou média de 1,0285 ± 0,0003. A
densidade comportou-se de forma inversamente proporcional à
quantidade de feno de flor de seda, apresentando a seguinte
equação:
DENSIDADE = 1,02954 – 0,00002756 TRATAMENTO.
A variação da densidade obtida está de acordo com a
apresentada por Prata et al (1998) de 1,0282 a 1,0355 com
média de 1,0324.
A análise de variância revelou efeito significativo entre
tratamentos para a densidade, mostrando que os tratamentos de
um a quatro não diferiram entre si, assim como os tratamentos
quatro e cinco, porém houve diferença significativa entre os
tratamentos de um a três e o tratamento cinco, pelo teste de
Tukey com 5% de significância (Tabela 2).
CONCLUSÃO
Os resultados alcançados neste trabalho levam a
concluir que:
·
Os tratamentos com flor de seda não influenciaram na
composição do leite produzido, exceto para a
densidade.
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