caixa beneficente dos funcionários do banco do estado de

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caixa beneficente dos funcionários do banco do estado de
CAIXA BENEFICENTE DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CABESP
CNPJ 62.231.527/0001-84
BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE 2014
ATIVO
NOTA
CIRCULANTE
2015
2014
5.980.702
PASSIVO
6.086.823 CIRCULANTE
Disponível
294
Caixa
18
15
276
357
Bancos
(Em milhares de reais - R$)
NOTA
2015
2014
372 Provisões Técnicas de Operações de Assistência à Saúde
9
Provisões de Contraprestações
Provisão de Prêmio/Contraprestação Não Ganhas - PPCNG
Provisão de Eventos a Liquidar para o SUS
Provisão de Eventos a Liquidar para Outros Prest. de Serv. Assistenciais
Provisão de Eventos Ocorridos e Não Avisados (PEONA)
Realizável
Aplicações
4a
Aplicações Não Vinculadas a Provisões Técnicas
Créditos de Operações com Planos de Assistência à Saúde
5
5.980.408
6.086.451 Débitos de Operações de Assistência à Saúde
5.958.813
6.069.592
Contraprestações a Restituir
5.958.813
6.069.592
Receita Antecipada de Contraprestação
20.922
15.931
Contraprestação Pecuniária/Prêmio a Receber
11.739
10.424 Débitos de Operações Assist. à Saúde Não Relac. c/ Pl. Saúde da OPS
Operadoras de Planos de Assistência à Saúde
6.320
3.352 Tributos e Contribuições a Recolher
Outros Créditos de Operações com Planos de Assist à Saúde
2.863
2.155 Débitos Diversos
Créditos Tributários e Previdenciários
Bens e Títulos a Receber
6
Despesas Antecipadas
39
34
573
890
61
NÃO CIRCULANTE
Aplicações Financeiras
4a
Aplicações Vinculadas a Provisões Técnicas
Depósitos Judiciais e Fiscais
Imobilizado
7
Imóveis de Uso Próprio
Imóveis – Não Hospitalares/Não Odontológicos
Imobilizado de Uso Próprio
Hospitalares/Odontológicos
Não Hospitalares/Não Odontológicos
Outras Imobilizações
.Intangível
8
TOTAL DO ATIVO
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
10
Outros Débitos de Operações com Planos de Assist à Saúde
11
116.999
101.809
97.666
84.714
9.804
9.317
9.804
9.317
1.218
1.180
18.815
18.644
67.829
55.573
11.082
9.815
350
283
9.959
8.874
773
658
4
8
3.585
2.832
4.662
4.440
820.091
796.661
1.494
1.977
4
77.394
75.530 NÃO CIRCULANTE
71.187
68.265
71.187
68.265
2.027
2.484
3.297
3.570
1.959
2.008
Provisões Técnicas de Operações de Assistência à Saúde
Provisão de Eventos a Liquidar para o SUS
Provisões
1.959
2.008 PATRIMÔNIO SOCIAL
1.541
1
2
1.237
1.539
21
883
1.211
6.058.096
6.162.353
12
Provisões para Ações Judiciais
1.238
100
9
13
Patrimônio Social
Superávists/Déficits Acumulados
TOTAL DO PASSIVO
1.494
1.977
818.597
794.684
818.597
794.684
5.121.006
5.263.883
5.263.883
4.769.530
-142.877
494.353
6.058.096
6.162.353
CAIXA BENEFICENTE DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CABESP
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE 2014
(Em milhares de reais - R$)
DRE - DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Contraprestações Efetivas de Plano de Assistência à Saúde
Receitas com Operações de Assistência à Saúde
Contraprestações Líquidas
Receita com Administração
Eventos Indenizáveis Líquidos
Eventos Conhecidos ou Avisados
Variação da Provisão de Eventos Ocorridos e Não Avisados
RESULTADO DAS OPERAÇÕES COM PLANOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Outras Receitas Operacionais de Planos de Assistencia à Saúde
Outras Despesas Operacionais com Planos de Assistência à Saúde
Outras Despesas de Operações de Planos de Assistência à Saúde
Provisão Para Perdas Sobre Créditos
RESULTADO BRUTO
Despesas Administrativas
Resultado Financeiro Líquido
Receitas Financeiras
Despesas Financeiras
Resultado Patrimonial
Receitas Patrimoniais
Despesas Patrimoniais
RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Nota
14
15
16
17
18
18
2015
2014
369.551
369.551
360.203
9.348
-698.097
-685.841
-12.256
-328.546
216.464
-21.799
-20.039
-1.760
-133.881
-276.245
267.141
1.249.427
-982.286
108
114
-6
-142.877
-142.877
345.617
345.617
335.986
9.631
-618.177
-614.494
-3.683
-272.560
84.916
-26.229
-20.565
-5.664
-213.872
-308.387
939.699
1.887.765
-948.066
76.913
77.886
-973
494.353
494.353
CAIXA BENEFICENTE DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CABESP
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2015 - R$ MIL
Nota
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013
Superávit Líquido do Exercício
Aumento/Redução de Capital/Patrimônio Social
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014
Déficits Líquido do Exercício
Aumento/Redução de Capital/Patrimônio Social
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
13
13
Capital /
Lucros /
Patrimonio Prej./Déficits
Social
Acumulados
4.769.530
0
494.353
494.353
-494.353
5.263.883
0
-142.877
-142.877
142.877
5.121.006
0
Total
4.769.530
494.353
0
5.263.883
-142.877
0
5.121.006
CAIXA BENEFICENTE DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CABESP
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA MÉTODO DIRETO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE 2014
(Em milhares de reais - R$)
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimento de Planos Saúde
Resgate de Aplicações Financeiras
Recebimento de Juros de Aplicações Financeiras
Outros Recebimentos Operacionais
Pagamento a Fornecedores/Prestadores de Serviços de Saúde
Pagamento de Pessoal
Pagamento de Serviços Terceiros
Pagamento de Tributos
Pagamento de Ações Judiciais(Cíveis/Trabalhistas/Tributárias)
Pagamento de Aluguel
Pagamento de Promoção/Publicidade
Aplicações Financeiras
Outros Pagamentos Operacionais
CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimento de Venda de Ativo Imobilizado - Outros
Pagamento de Aquisição de Ativo Imobilizado - Hospitalar
Pagamento de Aquisição de Ativo Imobilizado - Outros
Pagamento Relativos ao Ativo Intangível
CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
VARIAÇÃO LIQUIDA DO CAIXA
2015
2014
360.211
809.370
8
4.705
(675.032)
(12.556)
(4.510)
(31.277)
(703)
(337)
(33)
(436.337)
(13.430)
79
335.976
563.847
8
83.772
(696.050)
(12.273)
(10.127)
(4.226)
(157)
(157)
83.000
(1)
(382)
(155)
82.462
(78)
(6.522)
372
294
6.894
372
(325)
(32)
(343.243)
(6.311)
(88.984)
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Caixa - Saldo Inicial
Caixa - Saldo Final
VARIAÇÃO LIQUIDA DO CAIXA
Ativos Livres no Início do Período
Ativos Livres no Final do Período
Aumento/(Diminuição) nas Aplic. Financ. - Recursos Livres
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
(78)
6.069.964
5.959.107
(110.857)
(6.522)
5.428.365
6.069.964
641.599
CAIXA BENEFICENTE DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CABESP
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE 2014
(Em milhares de reais - R$)
1.
CONTEXTO OPERACIONAL
A Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São Paulo – CABESP (“Sociedade” ou
“Cabesp”), registrada na ANS sob o n° 35.233, é uma Associação, com personalidade jurídica de direito
privado, sem finalidade lucrativa, com autonomia patrimonial, administrativa e financeira, instituída para,
na forma de suas disposições estatutárias e regulamentares, assegurar aos seus associados, titulares e
respectivos dependentes as assistências médica, hospitalar e odontológica, pelo sistema de livre escolha.
A Cabesp é mantida por contribuições dos seus associados e parte equivalente do seu Patrocinador, Banco
Santander (Brasil) S.A., sucessor do Banco do Estado de São Paulo S.A. - BANESPA, e das empresas ligadas,
dos beneficiários dos Planos Assistência Direta, PAP e PAFE e dos usuários do Plano Cabesp Família.
2.
APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com o Plano de
Contas instituído pela Resolução Normativa - RN nº 290 de 27 de fevereiro de 2012 e regulamentada pela
Resolução Normativa - RN nº 322 de 27 de março de 2013 e alterada pela Resolução Normativa - RN nº 344
de 20 de dezembro de 2013 da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, sendo as principais práticas
contábeis descritas na nota explicativa nº 3.
Em 19 de dezembro de 2009, a ANS, por meio da Instrução Normativa RN nº 37, incorporou à legislação de
saúde suplementar as diretrizes dos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis - CPC e aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC, com exceção do
Pronunciamento Técnico CPC 11 - Contratos de Seguro, que será objeto de regulamentação específica da
ANS.
3.
RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
As principais práticas contábeis adotadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes:
a) Reconhecimento das receitas operacionais
As receitas pertinentes aos serviços prestados de assistência à saúde são contabilizadas pelo regime de
competência.
b) Caixa e equivalentes de caixa
Saldo de disponibilidades e aplicações com prazo original igual ou inferior a 90 dias com finalidade de
atender a compromissos de caixa de curto prazo e conversibilidade imediata em um montante
conhecido de caixa são classificados como equivalentes de caixa. Em 31 de dezembro de 2015 e de
2014, estes eram compostos por saldos em caixa e em bancos.
c) Instrumentos financeiros
Definição
Instrumento financeiro: é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para uma entidade e
simultaneamente a um passivo financeiro ou participação financeira para outra entidade. Os ativos e
passivos financeiros são mensurados pelo valor justo. Os custos da transação diretamente atribuíveis à
aquisição ou emissão de ativos e passivos financeiros (exceto por ativos e passivos financeiros
1
reconhecidos ao valor justo no resultado) são acrescidos ou deduzidos do valor justo dos ativos ou
passivos financeiros, se aplicável, após o reconhecimento inicial. Os custos da transação diretamente
atribuíveis à aquisição de ativos e passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado são
reconhecidos imediatamente no resultado.
Baixa de instrumentos financeiros
Ativos financeiros são baixados quando os direitos contratuais de recebimento dos fluxos de caixa
provenientes destes ativos cessam ou se houver uma transferência substancial dos riscos e benefícios
de propriedade do instrumento. Quando não são transferidos nem retidos substancialmente os riscos e
benefícios são avaliados pela administração da Sociedade, a fim de assegurar sua manutenção no ativo.
d) Ativos financeiros
Os ativos financeiros estão classificados nas seguintes categorias específicas: ativos financeiros ao valor
justo por meio do resultado, investimentos mantidos até o vencimento, ativos financeiros “disponíveis
para venda” e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da natureza e finalidade dos ativos
financeiros e é determinada na data do reconhecimento inicial. Todas as aquisições ou alienações
normais de ativos financeiros são reconhecidas ou baixadas com base na data de negociação. As
aquisições ou alienações normais correspondem a aquisições ou alienações de ativos financeiros que
requerem a entrega de ativos dentro do prazo estabelecido por meio de norma ou prática de mercado.
Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Os ativos financeiros são classificados ao valor justo por meio do resultado quando são mantidos para
negociação ou designados pelo valor justo por meio do resultado.
Um ativo financeiro é classificado como mantido para negociação se:
•
For adquirido principalmente para ser vendido a curto prazo;
•
No reconhecimento inicial é parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que a
Sociedade administra em conjunto e possui um padrão real recente de obtenção de lucros a curto
prazo; ou
•
For um derivativo que não tenha sido designado como um instrumento de “hedge” efetivo.
Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são demonstrados ao valor justo, e quaisquer
ganhos ou perdas resultantes são reconhecidos no resultado. Ganhos e perdas líquidos reconhecidos
no resultado incorporam os dividendos ou juros auferidos pelos ativos financeiros, sendo incluído na
rubrica “Resultado Financeiro Líquido”, na demonstração do resultado (superávit).
Investimentos mantidos até o vencimento
Os investimentos mantidos até o vencimento correspondem a ativos financeiros não derivativos com
pagamentos fixos ou determináveis e data de vencimento fixa que a Sociedade tem a intenção positiva
e a capacidade de manter até o vencimento. Após o reconhecimento inicial, os investimentos mantidos
até o vencimento são mensurados ao custo amortizado utilizando o método de juros efetivos, menos
eventual perda por redução ao valor recuperável.
Ativos financeiros disponíveis para venda
Os ativos financeiros disponíveis para venda correspondem a ativos financeiros não derivativos
designados como “disponíveis para venda” ou não são classificáveis como: (a) empréstimos e
recebíveis, (b) investimentos mantidos até o vencimento, ou (c) ativos financeiros ao valor justo por
meio do resultado.
As variações no valor contábil dos ativos financeiros monetários disponíveis para venda relacionadas às
receitas de juros calculadas utilizando o método de juros efetivos são reconhecidas no resultado.
Outras variações no valor contábil dos ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidas em
“Ajustes de avaliação patrimoniais”.
2
Empréstimos e recebíveis
Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou
determináveis e que não são cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis são
mensurados pelo valor de custo amortizado utilizando o método de juros efetivos, deduzidos de
qualquer perda por redução do valor recuperável.
Redução ao valor recuperável de ativos financeiros
Ativos financeiros, exceto aqueles designados pelo valor justo por meio do resultado, são avaliados por
indicadores de redução ao valor recuperável na data do balanço. As perdas por redução ao valor
recuperável são reconhecidas se, e apenas se, houver evidência objetiva da redução ao valor
recuperável do ativo financeiro como resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido após seu
reconhecimento inicial, com impacto nos fluxos de caixa futuros estimados desse ativo.
e) Provisão para perdas sobre créditos
A provisão para perdas sobre créditos de contraprestação efetiva é constituída sobre valores a receber
de beneficiários com títulos vencidos e a vencer dos contratos que possuem pelo menos um título
vencido há mais de 90 dias, conforme previsto no item 9.2.3.2 do anexo 1 da Resolução Normativa nº
322 de 27/03/2013 (nota explicativa nº 5).
f)
Imobilizado
Os valores do imobilizado são registrados pelo custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo
método linear, com base na taxa da vida útil-econômica dos bens mencionada na nota explicativa nº 7.
g) Intangível
Ativos intangíveis são mensurados no reconhecimento inicial ao custo de aquisição, e posteriormente,
deduzindo da amortização acumulada e perdas do valor recuperável, quando aplicável.
h) Redução ao valor recuperável de ativos não financeiros (impairment)
É efetuada a análise do valor de recuperação dos ativos não financeiros, com a finalidade de (i) verificar
se há perda por redução ao valor de recuperação de ativos (impairment), e (ii) medir a eventual perda
por redução ao valor de recuperação de ativos existentes, com o objetivo de constituir provisão para
perdas, quando aplicável, por redução ao valor de recuperação de ativos não financeiros.
Dentro desse contexto, o imobilizado, o intangível e outros ativos não financeiros foram revisados para
identificar evidências de perdas não recuperáveis. A Administração da Sociedade não considera
necessária a contabilização de provisão para perda de seus ativos não financeiros.
i)
Provisões técnicas de operações de assistência à saúde
A provisão de eventos ocorridos e não avisados (PEONA) é constituída para a cobertura de eventos
ocorridos e não avisados, sendo calculado com base na Resolução Normativa nº 209 de 22 de
dezembro de 2009 da ANS.
A Provisão para eventos a liquidar é constituída com base nas notificações recebidas dos prestadores
de serviços comunicando a ocorrência dos eventos cobertos pelos planos recebidos até a data do
balanço.
j)
Reconhecimento dos custos dos serviços prestados
Os custos com operação da rede própria de atendimento são reconhecidos no resultado do exercício à
medida que são incorridos. Os custos dos serviços prestados pelos hospitais e clínicas conveniados são
contabilizados com base nas notificações comunicando a ocorrência dos eventos cobertos pelos
planos, apresentado na rubrica eventos conhecidos ou avisados na demonstração do resultado.
k) Ativos e passivos contingentes, provisão e obrigações legais
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e obrigações
legais são efetuadas de acordo com as determinações estabelecidas no pronunciamento técnico CPC
25 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
3
Ativos contingentes - não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, exceto quando da
existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não cabem mais
recursos.
Passivos contingentes - são incertos e dependem de eventos futuros para determinar se existe
probabilidade de saída de recursos; não são, portanto, provisionados, mas divulgados se classificados
como perda possível, e não provisionados nem divulgados se classificados como perda remota.
Provisões - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseadas na opinião de
assessores jurídicos e da Administração, levando em conta a probabilidade de perda de uma ação
judicial ou administrativa, for provável uma saída de recursos para liquidação das obrigações e quando
os montantes envolvidos sejam mensuráveis com suficiente segurança.
Obrigações legais – fiscais e previdenciárias - referem-se a demandas judiciais ou administrativas onde
estão sendo contestadas a legalidade ou constitucionalidade de tributos e contribuições.
l)
Estimativas e julgamentos contábeis
A elaboração das demonstrações financeiras, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil
aplicáveis à entidades supervisionadas pela ANS, requer que a Administração da Sociedade use de
julgamento na determinação e no registro de determinadas estimativas.
Os ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas envolvem, dentre outros, (I)
mensuração dos ativos e passivos avaliados ao valor justo, (II) ajustes na provisão para realização de
créditos de operações com planos de assistência à saúde, (III) taxa de depreciação dos investimentos e
imobilizado; (IV) amortizações de itens do intangível; e (V) de provisões técnicas e para riscos. A
liquidação das transações que envolvem essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes
dos estimados em razão de imprecisões decorrentes do nível de subjetividade considerado no processo
de sua determinação. A Administração da Sociedade revisa essas estimativas e premissas
periodicamente.
m) Moeda funcional e de apresentação
As demonstrações financeiras da Sociedade são apresentadas em reais (R$), que é sua moeda funcional
e de apresentação. Para determinação da moeda funcional é observada a moeda do principal ambiente
econômico em que a sociedade opera, de acordo com a Resolução Normativa n° 322, de 27 de março
de 2013 da ANS e CPC n°02 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de
Demonstrações Financeiras.
n) Gerenciamento de Riscos
A Sociedade opera exclusivamente com planos de saúde, destinados aos seus titulares e dependentes.
Os principais riscos decorrentes dos negócios da Sociedade são os riscos de crédito, de taxa de juros e
de liquidez. A administração desses riscos envolve diferentes departamentos, e contempla uma série
de políticas e estratégias de alocação de recursos consideradas adequadas pela sua Administração.
Risco de crédito
O risco de crédito advém da possibilidade da Sociedade não receber valores decorrentes das
contraprestações vencidas. A política de crédito considera as peculiaridades das operações de planos
de saúde e é orientada de forma a manter a flexibilidade exigida pelas condições de mercado e pelas
necessidades dos seus titulares e dependentes. Através de controles internos adequados, a Sociedade
monitora permanentemente o nível de suas contraprestações a receber. A metodologia de apuração
da provisão para perdas sobre créditos está descrita na nota explicativa n. 3.e.
Risco de liquidez
A gestão do risco de liquidez tem como principal objetivo monitorar os prazos de liquidação dos
direitos e obrigações da Sociedade, assim como a liquidez dos seus instrumentos financeiros. A
Sociedade procura mitigar esse risco através do equacionamento do fluxo de compromissos e a
manutenção de reservas financeiras líquidas disponíveis em tempo e volume necessários a suprir
eventuais descasamentos. Para isso, a Sociedade elabora análises de fluxo de caixa projetado e revisa,
periodicamente, as obrigações assumidas e os instrumentos financeiros utilizados, sobretudo os
relacionados a garantia das provisões técnicas.
4
Risco de taxa de juros dos instrumentos financeiros
O risco de taxa de juros advém da possibilidade da Sociedade estar sujeita a alterações nas taxas de
juros que possam trazer impactos ao valor presente do portfólio das aplicações financeiras.
A Sociedade adota a política de aplicação em fundos de investimento, com liquidez imediata, com
garantia de recompra pelo Banco Santander (Brasil) S.A., obedecendo a critérios de avaliação interna e
limites estabelecidos com base em informações qualitativas e quantitativas e incluem a necessidade
de alocação de recursos em conformidade com a RN nº 159, de 3 de julho de 2007, da ANS, para a
garantia das provisões técnicas.
O portfólio financeiro da Sociedade está, em sua quase totalidade, exposta à flutuação das taxas de
juros no mercado doméstico com predomínio de cupons NTN-B (IPCA). Pelo fato de a Sociedade não
apresentar em sua operação contratos indexados a outras moedas/taxas, a mesma não realiza
operações com instrumentos financeiros derivativos. A composição das aplicações está demonstrada
na nota explicativa nº 4.
4. APLICAÇÕES:
a)
Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, as aplicações financeiras estavam assim apresentadas:
2015
Ativos Financeiros para Negociação
Fundos de Investimento - Renda Fixa
Fundos de Investimento - Renda Fixa - Oviedo
Ativos Financeiros Vinculados a Provisões
Técnicas
Sem
Vencimento
Total
Valor
de Mercado
Valor
Justo
677.986
-
677.986
677.986
677.986
5.280.827
-
5.280.827
5.280.827
5.280.827
71.187
71.187
71.187
71.187
71.187
6.030.000
6.030.000
6.030.000
Acima de
360 Dias
Total
Valor
de Mercado
Valor
Justo
-
688.579
688.579
688.579
5.276.311
-
5.276.311
5.276.311
5.276.311
104.701
-
104.701
104.701
104.701
68.265
68.265
68.265
68.265
68.265
6.137.857
6.137.857
6.137.857
Título Público
Total da Carteira
Acima de
360 Dias
5.958.813
2014
Ativos Financeiros para Negociação
Fundos de Investimento - Renda Fixa
Fundos de Investimento - Renda Fixa - Oviedo
Fundos de Investimento - Renda Variável
Ativos Financeiros Vinculados a Provisões
Técnicas
Título Público
Total da Carteira
Sem
Vencimento
688.579
6.069.592
Os títulos públicos federais foram contabilizados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos
auferidos, e ajustados ao valor justo com base nas tabelas de referência do mercado secundário da
Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais – ANBIMA e para os títulos
privados conforme valorização de mercado.
Do total das aplicações, R$ 6.022.993 (R$ 6.124.549 em 2014) referem-se a cotas de fundos de
investimentos exclusivos, administrado pelo Banco Santander (Brasil) S.A., e a carteira de títulos
públicos. Os ativos financeiros estão assim distribuídos:
5
Até
365 Dias
124.487
285
-
Títulos para Negociação
Ações
CDB
CDB-DI
Compromissadas
CRI
Debêntures
Fundo Imobiliário
Letras Financeiras
LFT
LTN
NTN-B
NTN-C
NTN-F
Despesas Administrativas
Total
-214
124.557
2015
Acima de
365 dias
47.216
130.912
18.876
272.008
2.266
143.246
4.147.046
953.158
183.494
5.898.222
2014
Total
Total
0
0
124.487
285
47.216
130.912
18.876
272.008
2.266
143.246
4.147.046
953.158
183.494
-214
6.022.779
98.103
124.626
107.618
69.334
45.564
129.264
19.228
260.009
1.007
77.101
4.185.520
940.305
66.871
-249
6.124.300
b)
Em 2015, tendo em vista a contínua volatilidade das taxas de juros no Brasil, e também amparado por
estudo de consultores especialistas externos, a Cabesp continuou proceder ao alongamento do vencimento
de algumas de suas aplicações com perfil de longo prazo, para equalizar seus ativos financeiros com seus
compromissos de natureza assistencial. Ao mesmo tempo devido ao recrudescimento da crise de confiança
interna e das preocupações com o mercado externo, principalmente com relação a China trouxe ao
mercado acionário indicações de venda o que obrigou a Cabesp, no sentido de proteção, a liquidar seu
fundo exclusivo de ações e direcionar os recursos aos papéis de renda fixa do Governo, em especial para as
NTN-Bs de longo prazo como 2045.
c)
Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, os títulos públicos integrantes da carteira e oferecidos para a
garantia de provisões técnicas, no montante de R$ 71.187 (R$ 68.265 em 2014) encontravam-se
custodiados no SELIC - Sistema Especial de Liquidação. A custódia das cotas e respectivos papéis dos fundos
de investimentos são mantidos diretamente pelos administradores desses fundos.
d)
Mensurações ao valor justo reconhecidas no balanço patrimonial
As aplicações que são mensuradas pelo valor justo após o reconhecimento inicial, são classificadas nos
Níveis 1 a 3, com base no grau observável do valor justo:
•
Mensurações de valor justo de Nível 1 são obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados
ativos para ativos ou passivos idênticos;
•
Mensurações de valor justo de Nível 2 são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços
cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (ou seja, como
preços), ou indiretamente (ou seja, com base em preços); ou
•
Mensurações de valor justo de Nível 3 são as obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem
variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como base os dados observáveis de mercado
(dados não observáveis).
Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a mensuração das aplicações são apresentadas abaixo:
Descrição
Nível 1
Nível 2
Total
2015
5.455.377
574.623
6.030.000
2014
5.470.776
667.081
6.137.857
6
5. CRÉDITOS DE OPERAÇÕES COM PLANOS DE ASSISTÊNCIA À SAUDE:
Descrição
2015
2014
Contraprestação Pecuniária a Receber
18.245
15.990
PPSC - Contraprestação Pecuniária a Receber
-6.506
-5.566
Participação Beneficiários em Eventos Indenizáveis
2.280
2.065
PPSC - Participação Benef.s em Eventos Indenizáveis
-429
-404
Operadoras de Planos
6.320
3.352
Outros Créditos Operacionais Planos de Saúde
3.795
2.483
-2.783
-1.990
PPSC - Outros Créditos Operacionais Planos de Saúde
Total
20.922
15.930
2015
2014
12
17
2.093
2.090
-2.064
-2.063
0
326
Adiantamentos a Funcionários
268
281
Outros Bens e Títulos a Receber
264
239
Total
573
890
6. BENS E TÍTULOS A RECEBER:
Descrição
Almoxarifado
Títulos a Receber - Negociação de Inadimplência
PPSC - Títulos a Receber
Aluguéis a Receber
7. IMOBILIZADO:
2015
Custo
Corrigido
Depreciação
Acumulada
Total
Total
-
1.660
0
1.660
1.660
Imóveis
4
1.221
-921
300
348
Instalações
10
115
-37
78
89
Equipamentos Médicos e Cirúrgicos
10
3
-2
1
2
Máquinas
10
614
-277
337
338
Informática
20
4.370
-3.684
686
951
Móveis
10
436
-377
59
70
Equipamentos Eletrônicos
20
126
-50
76
79
Linhas Telefônicas
-
5
0
5
5
Equipamentos Telefônicos
10
385
-290
95
16
Veículos
20
59
-59
0
12
8.994
-5.697
3.297
3.570
IMOBILIZADO
Terrenos
Taxa Anual de
Depreciação
2014
Total
7
8. INTANGÍVEL:
2015
Taxa Anual de
Amortização
2014
Custo
Corrigido
Amortização
Acumulada
Total
Total
Sistema de Computação
Benner Saúde
20
8.211
-7.558
653
1.020
Projeto Fax
20
164
-162
2
7
Projeto BI
20
447
-447
Software em Desenvolvimento
0
228
9.050
Total do Intangível
-
-
0
228
184
-8.167
883
1.211
9. PROVISÕES TÉCNICAS:
Descrição
2015
2014
Provisões de Contraprestação
9.804
9.317
Provisão de Eventos a Liquidar para o SUS
2.712
3.157
18.815
18.644
67.829
55.573
Total
99.160
86.691
Total Circulante
97.666
84.714
1.494
1.977
Provisão de Eventos a Liquidar para Outros
Prestadores de Serviços
Provisão para Eventos Ocorridos e Não Avisados
(PEONA)
(a)
(b)
Total Não Circulante
(a) Provisão para garantia de eventos já ocorridos, registrados contabilmente e ainda não pagos. A RN ANS
n. 209/2009 determinou a constituição desta provisão a partir de 1 janeiro de 2010 cujo registro
contábil é realizado pelo valor integral informado pelo prestador ou beneficiário no momento da
apresentação da cobrança à Sociedade;
(b) Provisão para fazer frente ao pagamento dos eventos que já tenham ocorridos e que não tenham sido
avisados, constituída com base na RN ANS n 209/2009 art. 16-B (introduzida pela RN ANS n. 274/2011).
A RN n. 159/2007, expedida pela DIOPE/ANS, exige que a Sociedade vincule em Ativo Garantidor o total de
suas Provisões Técnicas, podendo ser utilizados imóveis e aplicações financeiras.
Em 31 de dezembro de 2015, as garantias financeiras eram constituídas integralmente por aplicações
financeiras (mencionadas na nota explicativa nº 4 A).
10. DÉBITOS DE OPERAÇÕES DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Descrição
2015
2014
Contraprestações a Restituir
Receita Antecipada de Contraprestações
Outros Débitos de Operações com Planos de
Assistência à Saúde
350
9.959
283
8.874
773
658
11.082
9.815
Total
8
11. DÉBITOS DIVERSOS
Descrição
2015
2014
Obrigações com Pessoal
1.548
1.301
Fornecedores
2.797
2.860
89
82
228
197
4.662
4.440
Outros Depósitos
Demais Débitos
Total
12. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES, PROVISÃO E OBRIGAÇÕES LEGAIS
a) Ativos contingentes – Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, não foram reconhecidos ativos contingentes
e não existem processos classificados como prováveis de realização.
b) Saldos patrimoniais das provisões com processos judiciais, administrativos e obrigações legais por
natureza:
A Administração da Sociedade entende não haver riscos significativos futuros que não estejam cobertos
por provisões suficientes em suas demonstrações financeiras ou que possam resultar em impacto
significativo no seu fluxo de caixa.
Provisão para Riscos Fiscais
2015
2014
777.896
752.295
31.189
34.667
Taxa de Saúde Suplementar
4.688
4.262
Provisão para Riscos Trabalhistas
2.174
1.114
Provisão para Riscos Cíveis
2.650
2.346
818.597
794.684
IR Fonte sobre Aplicações Financeiras
Tributos sobre Receitas de Aluguéis
Total
Saldo inicial
Constituições
Reversões
Baixas por
pagamento
Saldo Final
Fiscal
791.224
235.342
-212.793
0
813.773
2015
Cível Trabalhista
2.346
1.114
347
1.130
-17
0
-26
2.650
Total
794.684
236.819
-212.810
Fiscal
660.649
270.581
-140.006
-96
0
-70
2.174
818.597
791.224
2014
Cível Trabalhista
1.144
1.394
1.513
128
-149
-5
-162
2.346
-403
1.114
Total
663.187
272.222
-140.160
-565
794.684
• Provisão para riscos fiscais
Em 2000, a Sociedade sofreu autuação da Receita Federal, referente ao período de 1997 a 1999, pelo não
recolhimento de contribuições ao PIS, COFINS, CSLL e IRPJ sobre rendas de seguros e aluguéis. A Sociedade
obteve ganho de causa definitivo junto ao então Conselho de Contribuintes (atualmente Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais - CARF).
Em 2001, a Sociedade impetrou preventivamente mandado de segurança, dessa vez, em razão das
retenções sofridas na fonte quando do recebimento de juros sobre o capital próprio das empresas das
quais era acionista à época, alegando a CABESP que a imunidade constitucional abrangeria não somente as
rendas obtidas, mas também o seu patrimônio e requer, mais uma vez, o reconhecimento de sua
9
imunidade sobre a retenção de IRRF. Essa ação foi transitada em julgado com ganho à Cabesp para a não
retenção do IRRF.
A CABESP ingressou com medida na esfera judicial visando afastar a incidência, imposta pela Lei nº
9.532/97, do Imposto de Renda na Fonte sobre os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e de
renda variável. A Ação foi julgada favoravelmente à Cabesp. O Tribunal Regional Federal (TRF) manteve a
decisão favorável à CABESP em outubro de 2010. O Supremo Tribunal Federal também deu razão à Cabesp,
tendo a referida decisão proferida em 11 de junho de 2014. Ainda assim, orientada por seus assessores
jurídicos, a Sociedade preventivamente provisiona os valores de imposto de renda retido na fonte sobre
aplicações financeiras, cujo saldo em 31 de dezembro de 2015 era de R$ 777.896 (R$ 752.295 em 2014),
bem como Imposto de Renda, Contribuição Social - CSLL, PIS e COFINS sobre alugueis, no montante de
R$31.189 (R$ 34.667 em 2014).
• Provisão para riscos trabalhistas
Referem-se a demandas judiciais decorrentes da relação de trabalho. A provisão é constituída com base na
avaliação dos advogados, contabilizando-se 100% do valor das estimativas para os casos de perda provável.
As ações de natureza trabalhista com classificação de perda possível totalizaram R$ 1.850 (R$ 1.499 em
2014), excluindo o processo abaixo:
Gratificação Semestral - Proc. 0270400.97.1999.5.02.0070 - 70ª VTSP - ação civil pública proposta em 1999
na esfera trabalhista postulando o restabelecimento do pagamento de gratificação semestral aos
funcionários da CABESP, a partir do segundo semestre de 1994, movida pelo Sindicato dos Empregados em
Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo. Por sentença a ação foi julgada extinta, sem
julgamento do mérito. O TRT/SP manteve a decisão. O TST reconheceu a legitimidade do sindicato para
propor ação, determinando o retorno dos autos à primeira instância para apreciação do mérito. Embargos
de Declaração (Cabesp) rejeitados pelo TST. No mérito a ação foi julgada improcedente. No segundo
julgamento o TRT/SP acolheu o Recurso do Sindicato, determinando o pagamento de gratificação semestral
a partir do segundo semestre de 1994 aos empregados da Cabesp. Embargos de Declaração da Cabesp
rejeitados. Negado seguimento ao Recurso de Revista da Cabesp. Negado seguimento ao Agravo de
Instrumento da Cabesp. Foi negado provimento ao Agravo Regimental interposto pela Cabesp. Rejeitados
Embargos de Declaração da Caixa pelo TST. Recurso Extraordinário da Cabesp aguardando despacho de
admissibilidade. O valor envolvido não é divulgado em razão da atual fase processual do caso e de
potencialmente poder afetar o andamento da ação.
• Provisão para riscos cíveis
Referem-se a indenização por Responsabilidade Cível, Danos Moraes e Materiais que a Sociedade está
direta ou indiretamente envolvida com parte integrante da ação. A provisão é constituída com base na
avaliação dos advogados, contabilizando-se 100% do valor das estimativas para os casos de perda provável.
As ações de natureza cível com classificação de perda possível totalizaram R$ 4.312 (R$ 2.113 em 2014)
sendo os principais processos os seguintes:
Ação de Seguros – Processo nº 1044724-78.2014.8.26.0100 – 37ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo –
ação promovida pelo Sr. Edivaldo Pereira pleiteando o pagamento de indenização de seguro e a
responsabilização da seguradora pela baixa do registro do veículo junto ao DETRAN. Ação julgada extinta.
Rejeitados embargos de declaração do Autor. Aguardando fluência do prazo recursal para certificação do
transito em julgado.
Ação de Obrigação de Fazer cumulada com danos morais – Processo nº 1006975.66.2015.8.26.0011 – 2º
Vara do Foro Regional de Pinheiros – São Paulo-SP, promovida por Antônio Carlos de Melo Moura contra
Cabesp, postulando fornecimento de medicamento importado, bem como os demais que se fizerem
necessários ao longo do tratamento que necessita, danos morais e perdas e danos, atribuindo à causa o
valor de 300 mil reais. A tutela foi antecipada e o medicamento fornecido. Ação julgada procedente em
parte, condenando a Cabesp no fornecimento do medicamento e afastando os danos morais. Negado
provimento à Apelação. Aguardando fluência do prazo para certificação do transito em julgado.
10
Ação de obrigação de fazer – Proc. 1008562-82.2015.8.26.0348, 2ª Vara Cível de Mauá-SP, promovida por
João Romão contra CABESP, postulando tratamento via Home Care, com enfermagem 24 horas por dia,
medicamentos e demais prescrições médicas, atribuindo à causa o valor de R$200 mil reais. Liminar
concedida e o atendimento domiciliar 24 horas implantado desde 10/11/2015. Aguardando citação para
apresentação de contestação.
2015
Provisões Cíveis
Valor
Estimado
2014
Valor
Contabilizado
Valor
Estimado
Valor
Contabilizado
Prováveis
2.650
2.650
2.346
2.346
Possíveis
4.312
-
2.113
-
Remotas
591
-
615
-
Provisões Trabalhistas
Valor
Estimado
Valor
Contabilizado
Valor
Estimado
Valor
Contabilizado
Prováveis
2.174
2.174
1.114
1.114
Possíveis
1.850
-
1.499
-
Remotas
856
-
1.296
-
13. PATRIMÔNIO SOCIAL:
O patrimônio social é composto pela incorporação dos superávits e déficits apurados em cada exercício
social, conforme previsto no Estatuto. A Sociedade não distribui qualquer parcela de seu patrimônio ou de
suas rendas, a título de lucro ou participação no resultado.
O quadro associativo é composto pelos funcionários ativos e pelos aposentados do antigo Banco do Estado
de São Paulo S.A. – BANESPA (sucedido legalmente pelo Banco Santander (Brasil) S.A., de suas empresas
ligadas e da própria Cabesp).
Em conformidade com o Estatuto da Sociedade, em caso de extinção, o patrimônio remanescente, depois de
liquidados todos os seus compromissos, será transferido ao Banco Santander (Brasil) S.A., que o aplicará em
obras sociais de benefício de seus funcionários.
Houve uma redução do patrimônio social de 31 de dezembro de 2015 devido ao saldo de déficit do
exercício no valor de R$ 142.877 e um aumento do patrimônio social em 31 de dezembro de 2014 no valor
de R$ 494.353 devido ao superávit do exercício.
14. CONTRAPRESTAÇÕES EFETIVAS COM PLANO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Plano
2015
2014
Direta
110.615
103.917
Pap
10.137
14.893
Pafe
9.172
6.399
Cabesp Família
230.279
210.777
TOTAL
360.203
335.986
11
15. DESPESAS COM EVENTOS CONHECIDOS OU AVISADOS
A distribuição dos saldos do quadro auxiliar de EVENTOS MÉDICO HOSPITALARES ASSISTÊNCIA MÉDICOHOSPITALAR do Documento de Informações Periódicas – DIOPS do 4º trimestre de 2015 está em
conformidade com Ofício Circular DIOPE nº 01, de 01/11/2013.
No quadro abaixo estão apresentados, para atender à Resolução Normativa 344/2013, os valores
segregados das despesas com eventos em consultas, exames, internações, terapias, outros atendimentos
ambulatoriais e demais despesas assistenciais.
EVENTOS MÉDICO HOSPITALARES
ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR
Cobertura Assistencial com Preço Pré Estabelecido - Planos Coletivos por Adesão Pós Lei
2015
Exames
Terapias
Internações
Outros
Consulta
Médica
Atendimentos
Rede Contratada
12.666
31.963
6.917
112.470
1.019
Reembolso
467
109
594
955
46
TOTAL
13.133
32.072
7.511
113.425
1.065
Demais
Despesas
41.492
504
41.996
TOTAL
Cobertura Assistencial com Preço Pós Estabelecido - Planos Coletivos por Adesão antes da Lei
2015
Consulta
Exames
Terapias
Internações
Outros
Médica
Atendimentos
Rede Contratada
30.628
77.635
21.608
280.024
7.126
Reembolso
470
258
913
1.426
53
TOTAL
31.098
77.893
22.521
281.450
7.179
Demais
Despesas
46.721
1.075
47.796
TOTAL
Demais
Despesas
TOTAL
206.527
2.675
209.202
463.742
4.195
467.937
2014
TOTAL
200.441
2.283
202.724
2014
TOTAL
399.138
3.944
403.082
EVENTOS ODONTOLÓGICOS
ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA
Cobertura Assistencial com Preço Pré Estabelecido - Planos Coletivos por Adesão Pós Lei
2015
Consulta
Exames
Terapias
Internações
Outros
Odonto
Atendimentos
Rede Contratada
205
55
0
0
1.992
Reembolso
5
1
0
0
76
TOTAL
210
56
0
0
2.068
Cobertura Assistencial com Preço Pós Estabelecido - Planos Coletivos por Adesão antes da Lei
2015
Consulta
Exames
Terapias
Internações
Outros
Odonto
Atendimentos
Rede Contratada
507
190
0
0
7.377
Reembolso
24
9
0
0
495
TOTAL
531
199
0
0
7.872
-8
0
-8
Demais
Despesas
-3.097
0
-3.097
2.244
82
2.326
TOTAL
4.977
528
5.505
2014
TOTAL
2.297
87
2.384
2014
TOTAL
4.965
499
5.464
Além dos valores demonstrados acima, há despesas com eventos realizados pelo SUS que totalizam
R$871 (R$840 em 2014).
16. OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS DE PLANOS DE ASSISTÊNCIA À SAUDE
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS DE PLANOS DE
ASSISTÊNCIA À SAUDE
2015
2014
40
44
2.849
2.329
505
407
212.911
81.858
159
278
216.464
84.916
Confecção de Carteiras
Taxas Administrativas
Recuperação de Encargos Sociais
Reversão de Provisões
Recuperação de Despesas Administrativas
TOTAL
12
Além das reversões tributárias por decadência no valor de R$109,1 (R$81,1 em 2014) houve reversão de
R$103,7 referente a provisões do próprio exercício de 2015.
17. DESPESAS ADMINISTRATIVAS
Despesas Administrativas
2015
2014
Despesas com Pessoal Próprio
19.750
18.030
Despesas com Serviços de Terceiros
12.025
10.251
6.730
6.910
29
37
116
99
236.819
272.222
776
838
276.245
308.387
Despesas com Localização e Funcionamento
Despesas com Publicidade e Propaganda Institucional
Despesas com Tributos
Provisão para Contingências - Administrativas
Despesas Administrativas Diversas
TOTAL
A provisão para contingências tributárias totalizaram R$235,3 (R$270,6 em 2014), redução devida a queda
no resultado financeiro no exercício.
18. RESULTADO FINANCEIRO
Receitas
Receita Financeira c/Oper. Assist. a Saúde
Receitas c/ Aplicações Financeiras
Outras Receitas
Despesas
Descontos Concedidos
Despesas c/ Aplicações Financeiras
Atualização Monetária
Despesas Diversas
Resultado Financeiro
2015
2014
1.249.427
1.887.765
1.109
5.360
1.247.395
1.822.658
923
59.747
-982.286
-948.066
-6
0
-982.209
-948.035
-70
-30
-1
-1
267.141
939.699
A redução das receitas financeiras foi oriunda das bruscas aberturas de taxas das NTNB’s de longo prazo
quando apuradas a valor de mercado.
19. SEGUROS
A CABESP mantém seguros para os bens patrimoniais e responsabilidade civil os quais considera ser
suficiente para fazer face a possíveis prejuízos de sinistros.
20. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
Em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, a Sociedade não operou nem apresentava posições ativas ou
passivas, decorrentes de operações realizadas com instrumentos financeiros derivativos.
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21. PARTES RELACIONADAS
Os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas decorrentes de transações substancialmente com o
Banco Santander (Brasil) S.A., são os seguintes:
Ativo (Passivo)
2015
2014
Banco Santander (Brasil) S.A.
Créditos Operacionais de Prestações
de Serviços de Assistência à Saúde
Débitos Diversos - Fornecedores
-
Receitas (Despesas)
2015
2014
-17
53.858
50.499
-
-
-10
A Cabesp não remunera seus principais Administradores, que compreendem empregados com autoridade
e responsabilidade pelo planejamento, direção e controle das suas atividades. A Sociedade não possui
benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações do seu
capital social.
Em seus fundos de aplicações financeiras exclusivos, a Sociedade possui papeis do Grupo Santander (Brasil)
S.A. abaixo demonstrados.
PAPEL
CDB - DI
CDB
TOTAL
FUNDO
SAN SEBASTIAN
80.709
0
80.709
2015
FUNDO
OVIEDO
22.285
0
22.285
TOTAL
102.994
0
102.994
FUNDO
SAN SEBASTIAN
89.756
62.313
152.069
2014
FUNDO
OVIEDO
17.862
62.313
80.175
TOTAL
107.618
124.626
232.244
22. PLANO DE BENEFÍCIOS A FUNCIONÁRIOS – Benefícios Pós-emprego
a) Plano de Aposentadoria Complementar
A Cabesp patrocina entidades fechadas de previdência complementar, com a finalidade de conceder
aposentadorias e pensões complementares às concedidas pela Previdência Social, conforme definido
no regulamento básico de cada plano.
Banesprev - Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev)
Plano II – Plano de previdência com contribuição do participante e da empresa, estruturado na
modalidade de Benefício Definido. Plano fechado para novas adesões desde 3 de junho de 2005.
Plano III – Constituído por meio de contribuição do participante e da empresa, o plano é estruturado
na modalidade de Contribuição Variável. O valor do benefício na aposentadoria dependerá das
contribuições do participante e do patrocinador, somadas à rentabilidade dos investimentos.
Banesprev - Contribuição
Plano II
Participante
Patrocinador
Plano III
Participante
Patrocinador
14
2015
2014
62
81
60
78
367
334
331
307
23. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras foram aprovadas e autorizadas para publicação pela Diretoria da Sociedade
em 25 de fevereiro de 2016.
*EDUARDO JOSÉ PRUPEST*
DIRETOR PRESIDENTE
*GETULIO DE SOUZA COELHO*
DIRETOR FINANCEIRO
*RICARDO MITSOUKA*
DIRETOR ADMINISTRATIVO
*JORGE ANGELO LAWAND*
*FLÁVIO MAIA BITTENCOURT*
DIRETOR DE OPERAÇÕES
CRC-TC 1SP242105/O-5
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