Prednisone for the treatment of withdrawal headache in patients with
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Prednisone for the treatment of withdrawal headache in patients with
"Prednisone for the treatment of withdrawal headache in patients with medication overuse headache: A randomized, double blind, placebo-controlled study." Rabe K, Pageler L, Gaul C, Lampl C, Kraya T, Foerderreuther S, Diener HC, Katsarava Z. Cephalalgia. 2013 Feb;33(3):202-7 Este ensaio clínico multicêntrico, publicado há pouco, abordou uma modalidade de tratamento cuja utilização frequente no manejo da cefaleia por uso excessivo de medicamentos (CEM) é fundamentada mais na tradição e na opinião de experts do que em evidências científicas sólidas: a administração de corticosteróides para evitar a cefaleia de rebote desencadeada pela interrupção dos medicamentos analgésicos/antimigranosos em uso excessivo. O delineamento foi de um ensaio clínico randomizado, placebo-controlado, duplocego, paralelo e multicêntrico, com uma amostra inicial de 96 pacientes com diagnóstico de CEM, todos com diagnóstico de migrânea ou cefaleia do tipo tensional como cefaleia primária. Destes, 78 pacientes concluíram o estudo. Todos foram orientados a interromper o medicamento em uso excessivo, tanto aqueles em tratamento hospitalar (n=55), como os em tratamento ambulatorial (n=23). O uso de medicação analgésica de resgate foi permitido no caso de cefaleia insuportável, na menor quantidade possível. O tratamento ativo foi prednisona oral, na dose de 100 mg/dia, nos primeiros cinco dias a partir da interrupção dos analgésicos. O desfecho primário foi o número de horas com cefaleia moderada ou forte durante os primeiros três dias de retirada. Os desfechos secundários foram o número de horas com cefaleia moderada ou severa durante os primeiros cinco e 14 dias de retirada e o uso de medicação de resgate. O tratamento foi bem tolerado por ambos os grupos, e a cefaleia de rebote diminuiu significativamente ao longo dos 14 dias de observação. No entanto, a magnitude desta redução não foi diferente quando o grupo de pacientes que receberam prednisona foi comparado ao grupo placebo. Por outro lado, o uso de medicação de resgate - um dos desfechos secundários - foi significativamente menor no grupo de tratamento ativo. É importante lembrar que os poucos estudos realizados previamente sobre este tema, incluindo aqueles feitos no Brasil, por Krymchantowski e colaboradores, apresentaram resultados variados. Este fato, aliado à positividade de um dos desfechos secundários do estudo atual, à ausência de ensaios empregando corticosteróides administrados por via parenteral, além da falta, no nosso meio, de opções com eficácia comprovada e ausência de risco de perpetuação da cefaleia, faz com que, na nossa opinião, não devamos considerar este assunto definitivamente resolvido. Fernando Kowacs Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA Hospital Moinhos de Vento Secretário do DC de Cefaleia da ABN
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