Sucesso, não por acaso.

Transcrição

Sucesso, não por acaso.
Sucesso, não
por acaso.
Os astros paraenses conquistam o Brasil e o mundo.
“Não tivemos quase nenhum
apoio do governo estadual”.
Helder Barbalho.
Uso de fibra de garrafas
pets na produção de roupas
ecológicas.
Empresas despertam
para importância da
responsabilidade ambiental.
Revista Alvo - Edição 12
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SETORES: FARMACÊUTICO / COSMÉTICOS / ALIMENTOS / HIGIENE / QUÍMICOS / PERIGOSOS
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Revista Alvo - Edição 12
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Cumbica - Guarulhos - SP
(11) 2482-4740 / 2482-4710
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Guanabara - Ananindeua - PA
(91) 3245-0261 / 3245-6600
Av. Dr. Nunes, 823.
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(21) 2561-4262 / 2260-5411
Rv. Mendonça Furtado, 1766.
Santa Rita - Macapá - AP
(96) 3222-3887 / 3222-3853
RÁPIDO ITAQUÁ
Revista Alvo - Edição 12
3
pdg
O NOVO DESTINO DE CRESCIMENTO DE BELÉM.
• Ao lado do futuro shopping • Região repleta de conveniências à sua volta • Uma das grandes preocupações da Leal
Moreira e da PDG é a melhoria do entorno. Para isso, estão trabalhando na recuperação, reurbanização e criação de novos
acessos para facilitar o escoamento do condomínio, inclusive com alternativa pela Rod. Mário Covas.
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pdg
Revista Alvo - Edição 12
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Editorial
6
40
26
38
20
32
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Passaporte
Entrevista II
Navegar é preciso; viver não é
preciso - por Isabela Martins.
Lyoto Machida.
Direitos e Deveres
Música
Acelerar
Infiltrações em Condomínio
por Dr. José Nazareno.
O jazz que vem da Amazônia
A preguiça para exercícios físicos
por Rômulo Martins.
Playground
Consumidor
Em Números
Para entreter: música, cinema,
aplicativos e literatura.
Consciente, empresa sustentável.
“Os grandes vilões de nossos bolsos”
por Oberdan Durte.
Entrevista
Informe
Alvo Eventos
Helder Barbalho
Prefeito de Ananindeua.
Corpo são, mente sã!
Moda Reciclada
Informe
Lorotas
Uma tendência sustentável.
Utilitários Towner e Topic:
espaçosos, econômicos e versáteis.
A subversão sexual - Loro da Doca.
Traços e Ideias
Açaí
Lado B
O quarto do bebê.
Reinado ameaçado.
por Apoena Augusto.
Turismo
Capa
Ilha da Madeira: a pérola do
atlântico.
Sucesso, não por acaso.
Revista Alvo - Edição 12
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7
Alexandre Rocha
Editor Responsável
[email protected]
Editorial
A
revista Alvo chega, mais uma vez, com um formato
mais elegante e atrativo. Tudo pra você leitor, que vem
nos acompanhando nesses quase cinco anos de muitas
histórias, abordadas de forma séria e instrutiva.
A revista sempre se focou em gerar entretenimento,
valorizar as pessoas de sucesso em nossa terra e contribuir
para o bem estar da sociedade. Tudo isso nos motiva a
continuar nessa direção.
Com esse pensamento, trouxemos, na capa dessa edição,
paraenses ilustres que estão fazendo sucesso na mídia
nacional. Sabemos que existe um celeiro de novidades em
nosso Estado e novas experiências não faltam nas ‘bandas
de cá’. Podem vir que nossos jacarés não comem ninguém!
Depois da dança “lambada” agora querem levar também
nosso posto de número um na produção de açaí. É isso que
aborda a matéria “Reinado Ameaçado”. A Bahia pode se
tornar a maior produtora do fruto, no Brasil. É bom ficarmos
espertos!
A responsabilidade sócio-ambiental é destaque nas
matérias: ‘Moda Reciclada’ e ‘Consumidor Consciente,
Empresa Sustentável’. As empresas estão notando que
apostar na sensibilização dos seus clientes e colaboradores
é uma forma de valorizar a sua marca e/ou produto.
Temos ainda a estreia da coluna ‘Passaporte’, de Isabela
Martins, que trás dicas de viagens pelo mundo afora. Além
da volta da arquiteta Rosângela Martins nos falando sobre o
tão aguardado ‘Quarto de Bebê’.
Espero que apreciem a nova revista!
Boa leitura!
Expediente
Av. Gov. Magalhães Barata, 651. Sl. 203 São Braz - Belém - Pará.
Fones: (91) 3229-8300 / 8122-0670
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Produção:
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Assistente de Produção:
Gabrielle Rocha.
Repórteres:
Alexandra Cavalcanti, Ana Perez, Bruno
Magno, Bianca Leão, Fabrizio Marianno e
Timóteo Lopes.
Departamento Comercial:
Jeferson Silva e Rejane Alencar.
Fotógrafo:
Aislan de Paula, Marco Santos e Nazareno
Castelo.
Criação e Design:
Max Lima.
Ilustração:
Luciano Mesquita.
8
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Direito e Deveres
José Nazareno Nogueira Lima
Advogado.
[email protected]
Pres. do SINDCON e
Vice-Presidente da FESECOVI
Infiltrações em Condomínio.
R
ecentemente recebi um e-mail de uma pessoa que
mora em um dos edifícios de Belém, questionandome sobre a responsabilidade para corrigir uma infiltração
na parede externa de seu apartamento. Essa infiltração
já estava lhe causando prejuízo nos móveis e, por
diversas vezes, cobrou uma posição da administração
condominial que lhe respondia que o próprio condômino
é quem teria que realizar o serviço, ou seja, o problema
não era de responsabilidade do condomínio. Então,
contratou uma empresa de engenharia para corrigir a
infiltração e o engenheiro responsável pela obra, ao ver
que ele estava pagando a despesa do serviço, comentou
que, todas às vezes, que realizou
esse tipo de serviço, o condomínio
foi o responsável pelo pagamento.
Perguntou ele, afinal, quem está com a
razão: à síndica ou o engenheiro?
Imediatamente,
respondi
que
o engenheiro da empresa estava
com toda a razão, pois as obras
que envolvem a fachada do prédio
são de inteira responsabilidade do
condomínio, como: pintura, colocação de pastilhas e
outros reparos.
Para explicar melhor, vamos dizer que fachada é toda
parte externa de um prédio, incluindo: paredes externas,
sacadas (teto e forro) e entre outros.
A Lei n. 4.591/64 em seu art. 10 diz:
“Art. 10. É defeso a qualquer condômino:
I- alterar a forma externa da fachada;
II- decorar as partes e esquadrias externas com tonalidades ou cores diversas das empregadas no conjunto
da edificação;” .
O parágrafo segundo do mesmo artigo assegura que
a fachada do edifício somente poderá ser modificada, se
houver a concordância de todos os condôminos.
Ressalte-se, que a manutenção da fachada é de inteira
responsabilidade do condomínio e nenhum morador tem
o direito de fazer qualquer modificação, apesar de alguns
condôminos insistirem em mudar a pintura e/ou o forro
da sacada. Essas mudanças exageradas ou pinturas
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Revista Alvo - Edição 12
diferentes só tendem a desvalorizar os apartamentos.
Vale esclarecer que após a entrega do edifício e
formação de condomínio pelas construtoras, ainda
permanece, por cinco anos, a responsabilidade destas,
por defeitos aparentes (aqueles visíveis e perceptíveis
após a entrega do prédio). Alguns apartamentos,
muitas vezes, são entregues com problemas elétricos,
hidráulicos, vícios de construção com paredes
defeituosas, pisos irregulares, pinturas mal feitas, entre
outros.
A mesma situação vale também, para os edifícios
construídos, ou seja, a administração condominial tem
cinco anos para reclamar por defeitos
aparentes, entretanto, alguns tribunais
do país, entendem que as construtoras,
após entrega da obra, respondem por
vinte anos para vícios de estrutura.
Caso o edifício venha a sofrer
problemas estruturais e, comprovado
que o condomínio cumpriu com
todas
as
responsabilidades
na
conservação do edifício, fazendo as
manutenções periódicas, poderá chamar a construtora
à responsabilidade, para reparação dos serviços.
É necessário informar, também, que as obras
ou reparações necessárias podem ser realizadas
independentemente de autorização pelo síndico, ou, em
caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer
condômino (art. 1.341, p. 1º do Código Civil).
É bom não confundir problemas internos do
apartamento, como infiltrações entre vizinhos ou do
próprio sistema hidráulico da unidade habitacional.
Estes são de responsabilidades do próprio condômino.
A responsabilidade das infiltrações passa a ser do
condomínio quando provém da tubulação geral de água
ou esgotos do edifício, neste caso, tanto o proprietário
quanto o inquilino devem solicitar, ao síndico, os reparos
necessários.
O certo é que temos, necessariamente, que conhecer
e entender sobre os nossos direitos, deveres e obrigações
que estão previsto nas leis e na convenção condominial
ou então devemos procurar um profissional que entenda
do assunto para não ficarmos no prejuízo.
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Playground
Pra Ler
Guia Politicamente Incorreto
da História do Brasil
A Primavera do Dragão - A
Juventude de Glauber Rocha
Editora Leya Brasil
Autor Leandro Narloch
O livro é interessante, sério e ao mesmo tempo divertido.
Causou um certo furor por apresentar fatos que por muitas
vezes desmentem a História dita “oficial” do Brasil. O jovem
autor, o jornalista Leandro Narloch, preferiu adotar uma
postura diferente que vai além dos mocinhos e bandidos
tão conhecidos. Ele mesmo, logo no prefácio, avisa ao
leitor: “Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico,
como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação. Uma
pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes
e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um
bom número de cidadãos.”. A verdade é que a história, assim,
fica muito mais interessante e saborosa para quem a lê.
Editora Objetiva
Autor Nelson Motta
Nelson Motta transcorre sob o sol da Bahia, pelas ruas e
becos de Salvador e entre incursões pelo misticismo do
sertão nordestino e o glamour de Paris e Cannes. Constrói
um relato ágil sobre a juventude inquietante do cineasta
baiano e a criação do Cinema Novo. Com a mesma pegada
pop e o talento para resgatar histórias bem-humoradas de
seus livros anteriores, o autor de Noites Tropicais e Vale Tudo
traça o panorama de uma geração que inscreveu o Brasil no
mapa do cinema internacional e arrancou elogios de Truffaut
a Sartre.
Pra Baixar
Cinemagram
iOS (iPhone, iPod e iPad)
Factyle
Assim Rasteja a
Humanidade
Editora Desiderata
Autor Allan Sieber
O livro gera três reações básicas: pode ser indignação, revolta
e nojo de algo tão cruel; pode ser também concordância
com o que é mostrado e orgulho de acreditar naquilo; e,
finalmente, pode ser o famoso “rir para não chorar”, o saber
extrair o sentido da mensagem sem necessariamente concordar com ela. É justamente essa última reação a que se
espera de quem lê a série de quadrinhos do artista Allan
Sieber conhecido por seu humor mordaz, que segue a linha
do politicamente incorreto ao pé da letra, abordando de
maneira hilária e absurda temas como desigualdade social,
racismo, sexo e religião. Sem papas na língua, sua obra é
uma metralhadora giratória de insultos e um tapa na cara de
qualquer tentativa de hipocrisia da nossa sociedade atual.
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Revista Alvo - Edição 12
Crie um sensacional híbrido de foto e vídeo. Anime pequenas áreas de sua foto para criar uma imagem mágica, onde a foto é mesclada com vídeo. Aplique filtros vintage/
processamento cruzado e compartilhe sua obra-prima.
Kick the Boss
iOS (iPhone, iPod e iPad)
Game Hive Corp.
Bata no seu chefe com este jogo! Sabemos o quão chato e
reclamão ele pode ser. Fique por cima, mesmo que no jogo
e dê o que ele merece. Você pode perfurar, queimar, dar tapa
e muito mais (não deixe seu verdadeiro chefe descobrir).
Playground
Pra Escutar
Overexposed
Maroon 5
A&M / Octone Records
Quarto trabalho de estúdio da banda americana Maroon 5,
“Overexposed” tem 10 músicas inéditas e foi gravado em
Los Angeles com produção de Max Martin, Benny Blanco e
Ryan Tedder. É definitivamente um dos álbuns mais diversos
e pop até agora da banda. “Foi muito divertido gravá-lo. Mal
posso esperar para que nossos fãs ouçam as gravações,
assim como pegar a estrada e tocar ao vivo para todos ainda
este ano”, disse o vocalista Adam Levine em comunicado
a imprensa. A banda esteve no Brasil em 2011 para se
apresentar no festival Rock In Rio.
O Que Você Quer Saber
de Verdade
Marisa Monte
Phonomotor/EMI
Marisa ficou cinco anos sem lançar disco de canções
inéditas, mas pelo jeito valeu a pena esperar o novo disco,
que trás a faixa “O Que Você Quer Saber De Verdade”, que dá
nome ao disco, que foi composta há algum tempo e gravada
por Arnaldo Antunes em um de seus discos, além do sucesso
da novela ‘Avenida Brasil’ a canção romântica ‘Depois’. “A
música é um convite ao silêncio necessário para se escutar
as necessidades da alma.”, declara Marisa.
Pra Assistir
Xingu
Direção Cao Hamburger
Produção O2 Filmes
No filme são narrados os principais acontecimentos da
expedição que os Irmãos Villas Bôas conduziram pelas
entranhas do Brasil e que culminou na criação do Parque
Nacional do Xingu em 1961. Não é apenas um filme de
época que aborda um episódio do passado, mas também
uma produção que permite ao público traçar leituras com
questões do presente ou como define o produtor Fernando
Meirelles: “O filme chega num momento em que se questiona
os megaprojetos para o desenvolvimento da Amazônia e as
desastrosas mudanças do Código Florestal. Xingu fala sobre
esses mesmos erros cometidos há 50 anos”.
A Era do Gelo 4
Direção Steve Martino e Mike Thurmeier
Produção Fox Film
Scrat, Sid, Diego e Manny embarcam em mais uma nova
aventura, repleta de emoção e desafios em A Era do Gelo
4, com estreia marcada para 29 de junho, duas semanas
antes da estreia em outros países. Nesta nova saga, Scrat
desencadeia um evento cataclísmico. Sid, Manny e Diego
são empurrados para alto mar e terão de lidar com perigos
que jamais puderam imaginar que existiam, como um bando
de piratas de quinta categoria. Sob muita adrenalina, nossos
heróis terão de passar por cima deles e achar o caminho
de volta para casa. A baixa do filme é a ausência do diretor
Carlos Saldanha, que estava á frente dos três últimos filmes.
No Brasil, “A Era do Gelo 3”é a maior animação de todos os
tempos e o terceiro maior filme da história.
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Revista Alvo - Edição 12
Entrevista
por Bianca Leão
fotos Marco Santos
Helder Zahluth Barbalho
Prefeito de Ananindeua
Prefeito faz balanço da sua administração.
C
om apenas 25 anos, Helder Barbalho assumiu
a Prefeitura Municipal de Ananindeua em 2005.
Reeleito para o mesmo cargo na eleição seguinte
com quase 100 mil votos, ele diz que a juventude lhe
favoreceu na disposição e na coragem de empreender.
O prefeito reconhece, no entanto, que saber ouvir os mais
experientes foi uma das estratégias mais importantes de
seu governo. Helder também foi vereador do município,
em 2000, e deputado estadual, em 2002. Em entrevista
exclusiva à Revista Alvo, o político avalia seus mandatos
como prefeito, destaca os projetos que mais marcaram
sua trajetória e opina sobre os principais passos para
o desenvolvimento de Ananindeua e para o Estado do
Pará.
Como o senhor avalia esses seus dois mandatos?
Ananindeua passou por um processo de crescimento
significativo e, acima de tudo, de transformação, não
apenas econômica como também transformação na
prestação de serviços públicos. Nós conseguimos
estruturar toda a pluralidade dos serviços públicos
necessários fazendo com que o poder público municipal
estivesse apto a responder a essas demandas. Essa,
sem dúvida alguma, é a principal conquista e a
principal marca. É absolutamente perceptível que até
então Ananindeua era uma cidade dormitório, sem
oportunidade para que as pessoas tivessem condição
de viver com sua família, porém tendo emprego cidade
e usufruindo dos serviços da cidade. Hoje você percebe
Ananindeua variando entre o segundo e o terceiro
município com maior geração de emprego no Estado.
Isso quem diz é o Dieese (Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Você vê
a população podendo usufruir dos serviços públicos
do município sem mais ter que recorrer à capital.
Isso, naturalmente, é fruto de ações do poder público
e também do empreendedorismo de empresas da
iniciativa privada, que faz com que tenhamos diversos
empreendimentos nascendo no município, seja na
área imobiliária, seja na área do comércio ou na área
dos serviços. Portanto, eu creio que nós conseguimos
consolidar uma transição de um município que até então
vivia à margem e à dependência da capital para passar a
viver numa condição de município de vida própria.
Revista Alvo - Edição 12
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Quais os projetos de desenvolvimento para o município que o
senhor acredita que marcaram a
sua trajetória?
Nós
temos
alguns
projetos
importantes.
Primeiramente
na
área da educação. Nós tivemos
um avanço extremamente significativo porque você
consegue trabalhar hoje mas, acima de tudo, pautar e
pavimentar com segurança o amanhã. Nós tínhamos,
em Ananindeua, cerca de 306 salas de aula. Nós
estamos chegando a 620 salas de aula em sete anos de
gestão. O nosso Índice de Desenvolvimento de Educação
(Brasileira), o IDEB, em Ananindeua, era avaliado como o
décimo colocado do Estado. Hoje estamos em segundo,
com uma tendência de prosseguimento nessa curva
favorável, o que permite dizer que Ananindeua está
preparada para prosseguir numa qualidade de ensino
público significativa. Nós já temos o IDEB exigido para
a próxima avaliação do Ministério da Educação. De dois
em dois anos é feito o IDEB. Nós já atingimos a média
exigida pelo Ministério da Educação na aferição anterior.
Além disso, conseguimos trazer o polo de conhecimento
que permite que Ananindeua tenha um campus da
Universidade Federal do Pará, um campus do Instituto
Federal do Pará, como também futuramente da UEPA
(Universidade do Estado do Pará). Então nós teremos,
a partir de 2013, processos seletivos já em Ananindeua
de estruturas físicas e próprias, não mais dependendo
das pessoas terem que ir até Belém para recorrer a esse
benefício.
O Pará alcançou o pior IDSUS - Índice de Desempenho
do SUS, realizado pelo Ministério da Saúde. Além de
Belém, Ananindeua aparece entre os municípios com
o mais baixo desempenho. O que o senhor diz sobre
isso?
Quando você vai para a avaliação municipal, nós nos
destacamos do percentual que o Estado hoje apresenta.
Ainda não foi publicado o índice de cada município, mas
nós temos o nosso planejamento interno que mostra a
quantidade de equipes do Programa Saúde da Família
(PSF), a quantidade de unidades básicas de saúde, a
quantidade de mortalidade infantil, etc. Quando nós
fazemos essa ficha – e isso o Ministério já liberou. Ele
ainda não quantificou todas as cidades do Brasil – nós
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Revista Alvo - Edição 12
verificamos 70% de cobertura de
atenção básica. Isso já nos permite
dizer que nós temos, entre as cidades
médias e grandes do Estado, o melhor
índice de cobertura de atenção básica.
Por que não é o melhor do Estado?
Porque, naturalmente, uma cidade
com 10 mil habitantes tem 100% de cobertura com duas
equipes de Saúde da Família cobrem a cidade inteira.
Para se ter uma ideia, quando cheguei à Prefeitura,
tínhamos 23% de cobertura atenção básica, hoje nós
temos 70%. Hoje nós temos de Unidades de Urgência
e Emergência, com inauguração da Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) 24 horas – que vai ser a primeira
UPA III da região do Norte do Brasil. Foi inaugurada em
Capanema uma UPA II, que é uma UPA bem menor,
praticamente metade dessa que vamos inaugurar –
nós teremos quase 100% de vagas de atendimento de
urgência e emergência.
Vai desafogar Belém?
O problema de Belém é... a Unidade de Urgência e
Emergência tem a função de estabilizar o quadro do
paciente e daí em diante avançar para, de acordo com a
complexidade do paciente, um atendimento. Então aqui
nós temos uma cobertura de urgência e emergência que
nos dá uma condição, a partir dessa inauguração, dizer
que Ananindeua está geograficamente bem posicionada
numa cobertura que atende ao número de habitantes da
cidade.
O grande desafio posterior à estabilização é: levar para
onde? De acordo com o perfil, nós temos o Hospital
Metropolitano de Belém (HMB), que é um hospital
estadual, mas que o custeio é feito pelo teto financeiro
do município. Então quem aporta a partir do Ministério
da Saúde é a cota do município de Ananindeua, e nós
estamos estudando transformar a Unidade de Urgência
e Emergência da Cidade Nova VI em um Hospital
Municipal. Seria o primeiro Hospital Municipal onde hoje
é o Pronto Socorro. E por quê? Porque o Pronto Socorro
seria transferido para UPA e, com isso, eu não tenho
mais que enviar para o PSM da 14 de março ou para o
PSM do Guamá e aí, de fato, você desafoga. Mas sendo
que tem um detalhe. No caso de Belém, a prefeitura de
Ananindeua paga para o município de Belém atender
aos moradores de Ananindeua. Existe um contrato.
Como estão os
Projetos de
Aceleração
do
Crescimento
(PAC) em Ananindeua?
O PAC, Sem dúvida alguma,
foi uma grande oportunidade
para o Brasil, seja nas obras
estruturantes , seja nas obras
de infraestrutura local. Porém, a
celeridade dessas obras em todo o Brasil ainda é um
desafio. Por conta de que, primeiro, no seu lançamento,
o Brasil não estava preparado para volume de obras
que se estabeleceu. E quando eu digo que o Brasil
não estava preparado, não tinha projetos prontos para
apresentar, a Caixa Econômica Federal (CEF), não
estava estruturada para analisar todos esses projetos,
o mercado não estava preparado para produzir todos
os insumos necessários para o volume de obras, não
se tinha mão de obra qualificada, seja de projetista, de
engenheiro ou de pedreiro para tocar. Então, isso tudo
é uma grande iniciativa. A ideia é fantástica, do governo
Lula, em 2007. Porém, isso tudo se transformou em um
desafio. Um exemplo, nós temos aqui em Ananindeua
com as unidades habitacionais. Nós já entregamos 340,
na Jaderlânda, e temos quase mil unidades de obras a
serem entregues e nós temos grande dificuldade, hoje,
em conseguir um volume de operários satisfatório.
Recentemente a sua esposa foi vítima de uma tentativa
de assalto. Como o senhor enxerga a segurança
pública em nosso estado?
Eu trabalho com duas vertentes. Uma é a prevenção,
a outra que haja um maior investimento em educação,
cultura e esporte, para formar um novo perfil de cidadão.
É um passo que não se colhe de maneira imediata, mas
permite que daqui a 15 anos você possa ver uma nova
alternativa. É o que nós estamos fazendo aqui. Hoje, eu
não tenho nenhuma dúvida em dizer que os quase 40 mil
alunos que estão estudando em Ananindeua terão uma
formação muito melhor do que aqueles que estudaram
no passado.
Hoje é o jovem que está matando jovem. É o jovem
que está sendo corrompido pelas drogas, e isso é
fruto do quê? Da falta de oportunidade. De maneira
pragmática: o Estado precisa disputar o jovem com
o Estado paralelo. Isso é um fato preponderante. Por
outro lado, é necessário que haja investimento forte
17
Revista Alvo
- Edição 12aos pés.
Cuidando de você
da cabeça
em inteligência. Eu não acredito que a polícia possa
fazer frente sem ela. E, por último, é ampliar de maneira
determinante o efetivo da polícia com boa remuneração
e com qualidade para a prestação desse serviço. Acho
que a experiência que nós assistimos no Rio de Janeiro
é uma experiência importante de ocupação de espaço.
Então, quando se faz atividades de polícia pacificadora,
é você identificar onde o Estado está ausente e existe
um Estado paralelo tomando conta e você vai para lá e
se instala de uma maneira permanente para gerar um
sentimento de acolhimento. Eu vejo, em alguns casos, a
polícia entra no bairro, passa 48 horas, prende um monte
de gente e aí vai embora. Isso não adianta.
Se nós não fizermos presença é inevitável que não
daremos para a população local o cenário de segurança
que ela possa aderir e se ver enxergada pelo Estado.
Hoje, ela se sente órfã e acaba tendo de conviver com o
Estado paralelo. E eu só acredito, por último, na presença
da polícia. A polícia precisa ir para a rua, ser vista pelo
cidadão e ser bem paga para não ser corrompida. O
policial precisa estar se sentindo importante dentro
desse processo para que esteja disposto a se doar para
a causa. Afinal ele deixa uma família em casa. Qual é a
segurança que essa família vai ter se acontecer alguma
coisa com esse policial? As viaturas, o armamento,
quer dizer, toda a estrutura necessária para ir para o
enfrentamento, talvez seja uma das causas, junto com a
saúde pública, das mais complexas que o Brasil precisa
enfrentar. Eu não vejo êxito na política do Governo
Federal na área da segurança pública. Acho que o
Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública
com Cidadania) ainda não conseguiu ter a capilaridade
e a implantação de tudo aquilo que se propôs. Porque o
Pronasci é um projeto fantástico, que envolve o apoio ao
sistema de segurança municipal e estadual. Mas precisa
se criar um instrumento que agilize a criação desta rede.
Nós passamos por um processo cultural importante, que
é não mais ficar esperando do Governo do Estado esse
olhar para a segurança pública e entender que todos os
entes da federação precisam estar envolvidos com essa
busca para um Estado de paz para a sociedade.
Quando assumiu a prefeitura, o senhor tinha apenas
25 anos. Até onde isso foi desfavorável?
O jovem precisa ter a capacidade de olhar o que a
juventude lhe é favorável e o que lhe representa de
obstáculo. A juventude te proporciona uma disposição
e, muitas vezes, a coragem para empreender. Por outro
lado, eu acredito que é fundamental que seja consorciada
com a experiência. Você tem que ter um ouvido aberto
e disposto a ouvir. Eu respeito os mais velhos e mais
experientes. Acho que a experiência é fundamental e
18
Revista Alvo - Edição 12
só a vida e o tempo de vida é que lhe proporcionam
a experiência. Se fizer uma análise de hoje para o dia
em que eu cheguei à Prefeitura, sem dúvida alguma, eu
diria que eu me considero muito mais preparado para
desafios que estejam por vir do que eu estava aos 25
anos de idade. E isso é fruto do que? De tudo o que eu
vivi aqui, de tudo o que essa experiência me permitiu.
Portanto, é fundamental que as pessoas nunca se
desviem da capacidade de ouvir, independente da idade.
Isso vale para os jovens, mas isso vale também para os
mais velhos. Ninguém é dono da verdade. Ninguém
tem o comando absoluto das informações. E você ter
a capacidade de escutar, de interpretar os equívocos
que aconteceram com os outros e consigo para não os
repetir é algo fundamental não apenas na vida pública,
mas na vida como um todo. É fundamental que você
tenha a capacidade não só ouvir mas de estimular que
as pessoas possam falar.
Se o senhor assumisse hoje a Prefeitura. O que o
senhor faria de diferente?
Primeiro, eu não deixaria que obras que estão em
curso parassem. Esse é o primeiro passo. Segundo, eu
reforçaria mais a relação com o Governo Federal. Se o
município de Ananindeua perder a interlocução com
o Governo Federal correrá um sério risco de ficar de
costas para o caminho do desenvolvimento. Reforçaria
política habitacional já que nós temos um cenário de
perspectiva de unidades habitacionais importantíssimo.
O nosso Distrito Industrial foi uma batalha que nós não
conseguimos: fazer com que a política de incentivo para
o Distrito Industrial fosse liderada pelos municípios.
É feita pelo Estado. É um desafio onde você acaba à
mercê da boa vontade do Estado. Agora isso é uma ação
continuada. Você não tem a consolidação do sistema
educacional e do sistema de saúde se não for a partir
do monitoramento efetivo. O município ainda carece de
muita infraestrutura urbana. Nós tivemos pouco apoio
por parte do Governo Estadual para o aporte desta
infraestrutura. Há diversos projetos em andamento com
o Governo Federal, mais com o Governo Estadual é
quase nenhum.
Senhor vai disputar as eleições em 2014 para o
Governo do Estado?
Primeiro, disposição absoluta para corresponder a
confiança da população de Ananindeua, até o final
de meu mandato, isso é um ponto imexível. A partir
disso, como líder do partido (PMDB), estou pronto para
contribuir junto com as lideranças, para uma construção
de um projeto estadual. O que irei fazer na eleição de
2014? Isso é uma decisão que o PMDB irá tomar.
Seu evento será inesquecível.
dom carlos
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Revista Alvo - Edição 12
19
Moda reciclada: uma
tendência sustentável.
por Fabrizio Marianno
As inovações e tendências do mundo fashion, com o uso de
garrafas pets para confecção de roupas.
O
mercado da moda não para nunca! A cada coleção,
novos estilos, recriações e tendências ditam as
regras da temporada. Muito tem se falado, ultimamente,
sobre a confecção de tecidos com o intuito de minimizar
os impactos ambientais, através da exploração de
recursos naturais da forma menos prejudicial no
equilíbrio entre o homem e o meio ambiente. Uma
alternativa que começa a ser utilizada é a de transformar
lixo em luxo!
Diante disso, o mercado fashion vem apostando,
cada vez mais, na confecção de roupas a partir de
material reciclado. A moda criada a partir da reciclagem
de garrafas pet, por exemplo, tem ganhado força
nos últimos tempos, marcando uma tendência pros
próximos anos.
As garrafas pet têm decomposição de tempo
indeterminado, mas que pode variar entre 200 e 400
anos. De acordo com Instituto Ecológico Aqualung, a
produção anual das garrafas pet no país é de 3 bilhões
de unidades, sendo que apenas 15% são recicladas.
Ainda segundo o Instituto, a cada cem toneladas de
20
Revista Alvo - Edição 12
plástico reciclado, há economia de uma tonelada de
petróleo.
Com preço médio, pago pelas indústrias, variando
entre R$ 200,00 e R$ 250,00 por tonelada, a coleta
de garrafas pet tem gerado renda e contribuído com
as questões ambientais, uma vez que o material é
direcionado à reciclagem, sendo utilizado na moldagem
de autopeças, manequins de plástico, carpetes e
enchimentos de travesseiros e até na produção de
roupas!
O processo é relativamente simples: as garrafas pet
são separadas por cores e levadas a uma etapa de
secagem (lavagem) onde, em seguida, são moídas
e transformadas em pequenos pedaços que são
aquecidos a altas temperaturas (em torno de 300°), onde
são retiradas as impurezas. Logo após, são separadas
em filamentos, onde há o surgimento de uma fibra que
é transformada em fio e que poderá ser usada sozinha
ou associada a outros tecidos, como seda ou algodão.
De acordo com a empresária Larissa Nobre, que já
trabalha no mercado de moda reciclada em Belém,
Camiseta e Acessórios: Beleza Nativa | Modelos: Rafaela Lobato - Jorge Barbosa | Foto Aislan de Paula
Camisetas produzidas a
partir de fibras de
garrafas PET’s.
Revista Alvo - Edição 12
21
Modelo: Filipe Mello (MBAgent) - Estilo: Guilherme Moliterni - Foto: Salomão Cardoso (www.salomaocardoso.com.br)
Roupas produzidas a partir da
reciclagem de garrafas pet, 50%
poliester (fibra pet) e 50% algodão.
“os tecidos confeccionados a partir da reciclagem das
garrafas pet são compostos por uma combinação 50%
algodão e 50% poliéster (fibra pet), tendo em média,
duas garrafas de refrigerantes transformadas em uma
camisa”, explica.
As roupas confeccionadas a partir das fibras de
garrafas pet têm chamado a atenção dos clientes. “Há
uma grande procura por peças feitas a partir desse
material. É um novo conceito de moda, não é só mais
uma tendência, principalmente pelo fator sustentável. E
os clientes estão cada vez mais preocupados com essa
questão”, afirma à empresária.
Do lixo ao luxo!
Cada vez mais forte em Belém, o mercado da moda
tem feito estilistas e produtores quebrarem barreiras
e derrubar preconceitos ao apresentarem coleções
repletas de novidades. A busca pelo fashion, do estilo
básico ao de alta costura, a partir de tecidos de materiais
reciclados, pode promover um enorme barulho nas
22
Revista Alvo - Edição 12
passarelas do país.
“Usar tecido de fibras provenientes da reciclagem
de garrafas pet tem suas vantagens: roupas mais leves,
sofisticadas e que contribuem com a biosustentabilidade.
Com um ótimo caimento, durável e macio, o tecido
confeccionado a partir da reciclagem de garrafas pet
pode render um bom trabalho, desde que seja feito com
qualidade, capricho e bom acabamento”, é o que afirma
o produtor de moda Rodrigo Henriques.
Há seis anos no ramo de fotografia publicitária, o
paraense Salomão Cardoso, hoje morando em Porto
Alegre (RS), afirma que a sustentabilidade está em alta e
que a moda relacionada a esta temática é um diferencial.
“Editoriais com moda de alta costura, nesse segmento,
de fato, representam uma tendência. O mercado exige
inovações, algo que seja rentável e atrativo”, explica o
publicitário e fotógrafo.
Já para o produtor paraense Rodrigo Henriques, “o
público mais exigente se preocupa em vestir aquilo que
é bom. As pessoas não compram apenas roupas, mas
sim, o conceito”, afirma o produtor de moda.
Apesar da dificuldade em encontrar tecidos confeccionados por fibras geradas da reciclagem de garrafas
pet em Belém, o produtor acredita que esta pode vir a
ser uma das tendências da moda fashionista em 2012.
“A tendência em usar roupas recicladas, que vão da
blusa básica para o dia-a-dia ao elegante vestido de
festa, daria um novo gás à moda. Logo, as roupas feitas
com tecidos reciclados vão ganhar as passarelas de
todo o país”, aposta o produtor. “Se com este tipo de
tecido forem feitas roupas luxuosas, bem vestidas e que
contribuam com o meio ambiente, a combinação será
perfeita!”, complementa Rodrigo.
Salomão Cardoso, que atualmente trabalha com
editoriais de moda em Porto Alegre, confirma que
em muitos editorias os estilistas já ousam em suas
criações para se destacar utilizando os tecidos de fibras
recicladas. “Não é só nas passarelas da moda ou nos
ensaios fotográficos que as roupas feitas a base de
tecidos reciclados estão presentes. As classes A, B e C
estão cada vez mais exigentes. O diferencial é qualidade”,
afirma o publicitário.
Fotógrafo Salomão Cardoso e o produtor Guilherme Moliterni .
Revista Alvo - Edição 12
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Traços e Ideias
Rosângela Martins
Arquiteta
rosangelamartinsarquitetura@
yahoo.com.br
O Quarto do Bebê.
P
arabéns !!! Você está esperando um bebê!
Os preparativos se avolumam, mas são imensamente
prazerosos. Os pais evoluem junto com os avôs, tios,
padrinhos e até os amigos entram no clima. Que tal
começar com o quarto do príncipe ou da princesa? Não
importa...a expectativa é a mesma.
A decoração para esses pequeninos está longe de ser
uma tarefa fácil, demanda tempo, carinho, amor e muito
cuidado. Afinal após tantos meses bem aconchegado
no ventre materno o quarto deverá ter um clima de
muita paz e aconchego.
O ponto de partida do projeto deverá ser a praticidade
e funcionalidade. Deixando o layout bem definido
24
Revista Alvo - Edição 12
conseguimos otimizar o espaço, permitindo assim,
um bom fluxo dentro do ambiente. Quando se tem um
layout bem definido, atendemos as necessidades tanto
da mãe quanto a do bebê.
Saber o sexo do bebê pode facilitar, mas nada impede
que se opte por uma decoração mais neutra. Nesse caso
as opções são das cores como o bege, amarelo, verde
ou então, para dar um toque especial, fazer a mistura
de cores mais incomuns, como o cinza ou marrom, com
um toque de cores quentes, como o vermelho, ou em
tons pasteis de azul ou rosa. As cores estão relacionadas
com as sensações, o importante é não exagerar.
O papel de parede é sempre uma boa opção, dando
um toque pessoal ao quarto com texturas diferentes,
eles podem ter cores e motivos diversos, o importante é
ressaltar o cuidado ao escolher os de boa qualidade e
que possam ser limpos com pano úmido.
Os materiais de acabamento devem ser de fácil
limpeza e manutenção como: fórmica, laca e tecidos
impermeáveis. Em se tratando dos móveis o ideal é
que tenham um design com cantos arredondados por
segurança, a fim de evitar acidentes. Podem ser todos
brancos ou em tons de madeira, melhor usar as cores
em pequenos detalhes das paredes ou nos objetos de
decoração, que poderão ser substituídos com mais
facilidade com pequeno custo.
As Cortinas são um detalhe a parte. Em nossa
região muito quente e úmida, é recomendado o uso de
um blackout para impedir a entrada da luz e do calor
e fazendo uma composição por cima outro tecido,
mas esvoaçante para dar leveza a composição geral
do ambiente. As persianas, rolos são sempre opções
práticas e bem modernas.
Revista Alvo - Edição 12
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Turismo
Ilha da Madeira:
a pérola do Atlântico!
A Ilha da Madeira, em Portugal, atrai turistas de todo o mundo por suas belezas naturais.
por Timóteo Lopes
O
arquipélago da Madeira é formado por um conjunto
de ilhas paradisíacas no Oceano Atlântico: a Ilha da
Madeira, do Porto Santo (conhecida por Ilha Dourada),
as Ilhas Desertas e a reserva natural das Ilhas Selvagens.
De todas as ilhas do arquipélago, apenas duas (Madeira
e Porto Santo) são habitadas. As demais são áreas de
proteção ambiental. No verão europeu, a Madeira é uma
dos principais destinos turísticos de Portugal.
A ilha da Madeira, com 55 km de extensão de praias é
a mais procurada pelos turistas. A ilha teria recebido este
nome, devido a grande quantidade de árvores existentes
na região, durante a época dos descobrimentos
portugueses. Os nativos da ilha acreditam que as areias
vulcânicas do local tem o poder de cura para doenças.
O solo fértil possibilita uma exuberante vegetação à ilha.
Com cerca de 250 mil habitantes, a ilha da Madeira,
conhecida como pérola do Atlântico, é uma região
montanhosa, de origem vulcânica, com um clima
agradável que atrai turistas durante todo o ano. O
turismo, o artesanato e a produção do tradicional vinho
da Madeira constituem a base da economia local. A
26
Revista Alvo - Edição 12
Floresta Laurissilva, localizada por toda a extensão da
ilha, é reconhecida como Patrimônio Natural Mundial
pela Organização das Nações Unidas para a educação,
ciência e cultura - a UNESCO.
Das seis principais cidades madeirenses, Funchal,
situada na costa sul, é a capital da Madeira, com cerca
de 100 mil habitantes. Em todo o arquipelágo é possível
velejar, pescar, ver baleias, leões-marinhos e golfinhos
em alto mar. A prática do mergulho é muito comum na
região, principalmente nas reservas naturais da Rocha
do Navio e da Ponta de S. Lourenço.
As piscinas naturais de rochas vulcânicas de Porto
Moniz (ao norte da região), as Grutas de São Vicente, as
típicas casinhas de Santana e a aventura das “levadas”
(caminhadas feitas por antigos percursos de água que
facilitavam a irrigação do acidentado terreno da ilha)
são as principais atrações turísticas.
Na gastronomia, mariscos e peixes frescos, como
o atum, são destaques da culinária regional. Um dos
principais pratos típicos da região são os “bifes de
atum”, os filetes de espada à madeirense e a tradicional
espetada madeirense, feita com carne de vaca em
espeto de pau-de-louro. O acompanhamento é com
milho frito e o tradicional bolo-do-caco (um tipo de pão)
com manteiga d’alho. A carne de vinha d’alhos, o cuscus caseiro e a sopa de trigo também servem como
aperitivos de entradas.
No cardápio de sobremesas, pudins, soufflés, mousses
e sorvetes feitos com frutas tropicais como: manga,
banana, pêra, maracujá e a “anona” (um fruto típico da
região) completam a exótica gastronomia madeirense. O
doce mais típico é o bolo-de-mel, preparado com frutos
secos, mel de cana-de-açúcar e especiarias picantes
que dão um toque diferenciado ao paladar. A queijada
madeirense, elaborada a partir do requeijão fresco, está
entre as melhores de Portugal.
O tradicional vinho da Madeira e a “poncha”
madeirense, produzida artesanalmente com aguardente
de cana, mel de abelha e limão são as bebidas mais
procuradas por turistas e moradores do arquipélago de
ilhas.
A exuberante paisagem da Ilha da Madeira é um
dos principais atrativos turísticos da região madeirense.
Com montanhas, penhascos, grutas vulcânicas e orlas
costeiras, o arquipélago é um convite a tranquilidade e
ao descanso. Um verdadeiro paraíso no Atlântico!
Praia da Calheta - Construída com areia importada do Marrocos.
Ilha da Madeira com 55 km de extensão de
praias é a mais procurada pelos turistas.
Revista Alvo - Edição 12
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Isabela Martins
guia de turismo
[email protected]
Passaporte
“Navegar é preciso; viver não é preciso”...
Fernando Pessoa
Desculpe-me o poeta, mas viver é preciso sim, para
podermos navegar...
Navegar e achar as pérolas nos oceanos: as ilhas,
grandes ou pequenas, partes ou não arquipélagos.
Sempre fui fascinada por ilhas. Elas são um pedaço
de sossego no meio do dia-a-dia enlouquecido das
grandes metrópoles.
Nada contra as metrópoles, eu mesma adoro-as, mas
ilhas... Ah! Ilhas fazem-se em si mesmas. São pequenos
arroubos de tranquilidade, um “quê” de charme bucólico,
um “quê” de solidão.
Comecei meu circuito pelas Bahamas, seguindo para
Curaçao, Aruba, Isla Margarita, e tantas ilhas do Caribe,
que além de ilhas, são “do Caribe”, e é só pensar na
palavra que a gente já senta na beira da praia com uma
bela pina colada, ouvindo o som ritmado Caribenho, um
par de havaianas nos pés, nenhum aperto, grito, buzina
e outros sons da vida agitada nas cidades barulhentas. A
agitação nas ilhas é diferente, chega a ser, se vocês me
entendem, uma agitação tranquila, ventilada, arejada,
com cheiro de praia e água salgada.
As ilhas carregam todos os tons, os azuis e verdes dos
mares, os amarelos vermelhos e laranjas dos arrecifes
de coral, os amarelados das conchas e tantas cores.
Mesmo que eu quisesse, nunca definiria o sentimento
de estar em uma ilha. Só quem já foi é que sabe. A vida
28
Revista Alvo - Edição 12
tem outro ritmo, até mesmo nas ilhas com grandes
metrópoles.
As pessoas se sentem protegidas, é como se a ilha te
abraçasse e te dissesse ao pé do ouvido: agora és meu,
tua vida, teus amores.
Quem nunca se apaixonou por uma ilha? Quem
nunca se apaixonou em uma ilha? Quem nunca levou
seu amor para uma ilha?
Ilhas despertam uma curiosidade toda especial na
gente, nós, os seres do continente.
É água em toda a volta, vento a toda a hora, belezas
nunca dantes imaginadas. As ilhas têm a capacidade de
nos surpreender.
A primeira vez que fui à Honolulu, na ilha de Oahu, no
Hawaii, já lá do céu, na curva íngreme do avião avistei
Pearl Harbour e o Arizona lá no fundo. Sabia naquele
momento que seria um lugar especial pra mim.
À noite, sob a luz das tochas que ficam em toda a
beira da praia, nunca imaginei que seria assim tão lindo.
Nunca pensei que meus olhos fossem ver um lugar tão
indescritível.
O Hawaii é um lugar que a gente tem que ir antes de
morrer, um lugar para levar na alma e no coração.
Coloque uma ilha no seu roteiro, um biquíni na mala e
abra o coração e o espírito e deixem fluir, porque afinal,
navegar é preciso e viver também.
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29
Revista Alvo - Edição 12
por Critiane Paiva
foto Marcos Barbosa
por Bruno Magno
fotos Nazareno Castelo
N
O Jazz que vem da
Amazônia!
ascido do blues e das work songs dos trabalhadores
negros norte-americanos, o jazz se tornou a principal
influência musical para uma banda da Amazônia, criada
há 22 anos, dentro do Conservatório Carlos Gomes,
em Belém. Com uma larga experiência nacional e
internacional, a Amazônia Jazz Band tem seu público
cativo por onde quer que passe, marca conquistada pela
versatilidade musical dos 21 integrantes da orquestra.
A história de sucesso da Amazônia Jazz Band
começou por acaso em 1986, por iniciativa da professora
Glória Caputo, que coordenava os trabalhos de música
no Conservatório Carlos Gomes. A idéia era formar uma
‘big band’ para se apresentar em um festival de verão
na capital paraense. “Nessa época, o Conservatório era
voltado somente para o canto, violino e piano. Só que
com a entrada dos instrumentos de sopros, houve a
necessidade de fazer uma banda. Ai o resultado disso
foi um grupo voltado para os instrumentos desse tipo.
Então a professora viu que trabalho ia fluir e juntou outros
instrumentos como piano e o violão. Pronto! Estava
formada assim, a precursora da Amazônia Jazz Band:
a Big Band Carlos Gomes”, conta o maestro Reinaldo
Ferreira, que já está na orquestra desde o inicio da sua
formação.
A chegada do maestro Andi Pereira ao Conservatório,
quase 10 anos depois da formação do Big Band Carlos
Gomes, trouxe uma nova roupagem para a banda. Os
músicos resolveram incorporar, então, o “jazz” para
dar mais suavidade às apresentações. O trabalho de
pesquisa, coleta e execução de obras escritas reuniu
30
Revista Alvo - Edição 12
um amplo acervo musical com grandes compositores
do século XX como: Duke Ellington, Gordon Goodwin e
Maria Schneider. Da mistura de ritmos com sonoridade
harmônica do jazz, os músicos escolheram um novo
nome para a banda: Amazônia Jazz Band!
‘Como o jazz é voltado para a improvisação, a
Amazônia Jazz Band se espelhou nisso. Quisemos dar
esse caráter para que pudéssemos abarcar outros estilos
como a Bossa Nova e ritmos paraenses, por exemplo.
A nossa banda têm um repertório bem eclético que vai
desde o jazz contemporâneo até a música regional,
porque o jazz dá abertura para isso. Nós podemos fluir
todas essas vertentes com o jazz, caso ao contrário, nós
seriamos apenas uma orquestra que tocaria música
popular brasileira’, explica o maestro.
Reinaldo conta que o jazz foi o ritmo musical que
melhor se adequou a versatilidade dos músicos, o que
agradou ao público logo de imediato. ‘Ao longo dos anos
começamos a perceber que o nosso público se repetia,
principalmente sugerindo músicas ligadas ao jazz.
Percebemos ai uma oportunidade de fazer um trabalho
inédito e voltado para esse estilo, que funciona muito
bem até hoje. Conseguimos formar uma boa platéia’,
conta Reinaldo, relembrando a trajetória de sucesso.
Com um trabalho que agrada não só aos fãs de música
instrumental, a Amazônia Jazz Band já conquistou
vários prêmios e se apresentou com grandes nomes
da música nacional e internacional como o maestro,
compositor e arranjador paulista Laércio de Freitas e os
cantores Olivar Barreto e Andréia Pinheiro, entre muitos
Aqui seu carro sai
alvo design
novinho em folha.
Maestro Reinaldo Ferreira
outros. A Amazônia Jazz Band já se apresentou também
na Colômbia, acompanhando os solistas americanos
Radegundis Feitosa e Peter Madsen, o pianista Jorge Luiz
Prats, de Cuba, e o saxofonista americano Fred Henk.
No repertório, uma vasta pluralidade de sonoridades
musicais: de “New York, New York, “In the Mood” e
“Moonlight Serenade”, até o melhor do samba brasileiro,
chorinhos, frevos e, claro, o tradicional carimbó paraense!
Mas, toda essa versatilidade só foi possível graças ao
alto nível de formação dos 21 músicos da Amazônia Jazz
Band. Para Mariano Primo, baterista da banda desde a
primeira formação, a orquestra também é uma grande
escola para os músicos paraenses, pois representa uma
oportunidade de vivenciar a formação acadêmica. ‘A
Jazz Band tem uma grande importância na minha vida,
pois me ajudou na profissão como músico, no início da
minha formação acadêmica. Devido ao material que se
trabalha e as experiências compartilhadas, podemos
formar uma orquestra para tocar não só o jazz tradicional
como o contemporâneo também’, conta emocionado o
músico que se orgulha em dizer que o trabalho da banda
é inédito no Brasil.
Uma das grandes novidades para este ano é o retorno
ao Amazônia Jazz Band do pianista Nelson Xavier, que
está de volta à banda depois de uma temporada nos
Estados Unidos. ‘Estou muito entusiasmado porque
vamos trilhar um novo caminho, vamos resgatar algumas
coisas e incluir outras no repertório. Estou de volta para
somar ao grupo, para que a banda cresça e ultrapasse
barreiras’, finaliza.
Peças, pneus, baterias,
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e acessórios.
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31
Revista Alvo - Edição 12
Consumidor consciente,
empresa sustentável.
por Ana Perez
foto Aislan de Paula
No mundo dos negócios abraçar a bandeira verde pode ser sinônimo de oportunidades.
CONSERVE
SUSTENTÁVEL
RESPONSABILIDADE
REDUZA
BIODEGRADÁVEL
PRESERVE
RECICLE
O
nde foram parar os 19 quilos de sacolas plásticas
que você utilizou ao ir à feira, ao supermercado,
à farmácia, no ano passado? Segundo o Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), esse é o volume médio de
sacos plásticos utilizados por cada brasileiro, todos os
anos. E as sacolinhas já representam 10% de todo o lixo
produzido no Brasil. Talvez, por isso um gesto simples,
como a utilização de sacolas retornáveis, tenha se
tornado símbolo de consciência ambiental para quem já
percebeu que é preciso garantir a saúde do planeta para
as gerações futuras. Mas não o único.
Na última década, impulsionada pelo tríple bottom
line (ambiental, social e econômico-financeiro),
sugerido pelo inglês John Elkington, criador do conceito
de sustentabilidade tal qual conhecemos hoje, a
preocupação com preservação ambiental alcançou
também os mais diversos segmentos econômicos. Ao
que parece, os empresários também estão descobrindo
32
Revista Alvo - Edição 12
que a sustentabilidade pode ser um bom negócio. Em
Belém, em uma das principais empresas de plano
odontológico, o conceito foi incorporado aos materiais
utilizados. Tudo é feito com material reciclável. “Na
realidade a prática começa com a conscientização em
relação ao consumo”, diz Ariosto Dias, presidente da
empresa.
A primeira aposta sustentável de uma rede de
supermercados da capital paraense foi pegar carona no
sucesso que as sacolas retornáveis ou ecobags já fazem
em outros cantos do planeta. Na maioria dos países da
Europa, a utilização de sacolas retornáveis é comum.
Quem não leva sua própria sacola ao mercado tem de
pagar por uma de plástico e o custo não é tão barato. O
projeto foi implantado em 2008, mas segundo a gerente
de marketing da rede, Larissa Libório, ainda encontra
resistência em alguns consumidores. “O uso das sacolas
plásticas deve ser motivo de constante preocupação
entre os consumidores, que precisam ser incentivados a
criar essa consciência ecológica”, reforça Larissa.
O empurrãozinho veio na forma de um caixa
exclusivo para clientes que utilizam as sacolas
retornáveis, chamados de caixas ecológicos. “A partir da
implantação da campanha do uso do caixa ecológico, a
procura pelas sacolas retornáveis ficou bem maior, além
de conscientizar o cliente a retornar com as sacolas às
lojas para usar o caixa preferencial. Esta é a finalidade”,
afirma a gerente de marketing do supermercado.
No mundo dos negócios abraçar a bandeira verde
pode ser sinônimo de oportunidades. Apostando nisso, o
empresário paraense, Wildemar Fernandes, trouxe para
Belém o primeiro posto de combustível sustentável da
Região Norte. “Acredito sim que o consumidor de hoje
já se preocupa com a natureza do que consome e faz
suas escolhas preocupado com o meio ambiente”, diz.
Seguindo essa lógica, o consumidor com consciência
Ariosto Dias - Presidente Uniodonto Belém
“Na realidade a prática começa com a conscientização
ambiental vai priorizar empresas e serviços com práticas
sustentáveis.
O posto de Wildemar, localizado em Ananindeua,
na Região Metropolitana de Belém, foi concebido
assim desde a construção, que traz uma proposta
de redução dos impactos ambientais a partir do
combate ao desperdício. A técnica utilizada na loja de
conveniência e também no escritório da administração,
não utilizou tijolos, argamassa e água. Toda a estrutura
foi montada em aço, placas e gesso. Além disso, há o
reaproveitamento da água da chuva e a energia que
abastece o prédio é solar. “Em um primeiro momento pode
parecer que essas inovações encarecem a construção,
mas o que acontece é justamente o contrário, como não
há desperdício, na verdade você economiza”, ressalta.
Essas palavras, segundo o próprio empresário, devem
encorajar um número cada vez maior de empresários a
ingressar nessa seara. A natureza agradece.
Wildemar Fernandes - Proprietário do primeiro posto totalmente
ecoeficiente do Brasil.
em relação ao consumo”,
Para quem não consegue se imaginar voltando
no tempo e indo à feira com uma sacola de pano,
como nossas avós faziam, uma boa opção são
as sacolas biodegradáveis. Em São Paulo, onde
a utilização de sacolas plásticas foi banida por
um acordo entre donos de supermercados e o
Governo do Estado, essas sacolinhas, que se
desmancham no meio ambiente em até 18 meses
(1 ano e meio), são vendidas ao consumidor por
um preço que varia entre R$ 0,20 e R$ 0,30 a
unidade. Para se ter ideia, uma sacola tradicional
leva mais de 100 anos para se decompor!
Revista Alvo - Edição 12
33
Informe
Corpo são,
mente sã!
Medo da balança? Chegou a hora de
perder aqueles “quilinhos” que
tanto incomodam, sem dietas
milagrosas e de uma
forma saudável!
por Bruno Magno
foto Aislan de Paula
Na corrida do dia-a-dia, sobra pouco tempo pra
cuidar do corpo e da saúde, e isso acaba refletindo
em nossa auto-estima. Estava me sentindo muito mal,
cansada do trabalho e até deixei de usar as roupas que
queria porque não cabiam mais, e a ‘barriguinha’ só
fazia crescer”, afirma a professora Sônia Santos, 46 anos.
Incomodada com a gordura localizada no abdômen
e com o stress do dia-a-dia, ela resolveu virar o jogo
e pensou em procurar uma clínica de estética para
começar um tratamento para acabar com os “quilinhos
a mais” na balança, as celulites e estrias - mas decidiu
apostar em um novo programa que promete se tornar
a saída para quem dispõe de pouco tempo e pretende
melhorar a qualidade de vida: o Circuito Spa!
O programa, que existe há três meses, foi
desenvolvido pelo proprietário do Spa Amazônia, o
médico Luís Hermínio. O tratamento é pioneiro no Estado
e consiste em 3 etapas: estética, alimentação saudável
e exercícios físicos. Com cerca de 30 profissionais, entre
psicólogos, professores de educação física, esteticistas,
nutricionistas e médicos o Circuito Spa já atendeu mais
34
Revista Alvo - Edição 12
de 300 pessoas. “Após anos trabalhando com a parte
estética, sentimos a necessidade de atender a todos
os públicos com um espaço voltado para a saúde, com
vistas ao emagrecimento e ao bem estar, só que de
maneira bem mais rápida e saudável e sem a utilização
de remédios ou intervenções cirúrgicas’, explica Luís
Hermínio.
O ‘Circuito Spa’ funciona da seguinte maneira:
primeiro há uma avaliação médica do participante.
Nesse momento, a pessoa relata ao médico o que
deseja com o tratamento, se é a perda ou aumento de
peso ou ganho de massa muscular, por exemplo. São
muitos os casos. Depois dessa avaliação, o participante
se submete a uma série de avaliações físicas, estéticas
e nutricionais. Nessa etapa, o candidato é orientado
sobre como será seu tratamento e os caminhos que
deve percorrer para conseguir seus objetivos. Segundo
Luís, basta que a pessoa disponha de duas horas e meia
por dia para o tratamento, de segunda a sábado, para
que os primeiros resultados apareçam. “Nós já tivemos
resultados excepcionais nesses poucos meses de
Tratamento Estético
Avaliação Médica & Física
Circuito Spa
Alimentação Saudável
‘Circuito’. Tivemos pacientes que perderam sete quilos
em uma semana e reduziram 20 centímetros de gordura
no abdômen! Nós percebíamos que nos tratamentos
anteriores aqui no Spa, acontecia o efeito ‘sanfona’,
ou seja, a pessoa emagrecia e engordava em seguida
porque não tinha essa orientação após o término do
programa. Hoje isso não acontece mais”, ressalta o
médico. “Estou há apenas duas semanas no Circuito,
mas já vou mudar todo o guarda-roupa pro manequim
38”, brinca Sônia, otimista com os primeiros resultados.
O tratamento diário consiste basicamente na parte
estética, com massagens em regiões localizadas,
exercícios localizados e uma dieta balanceada elaborada
por uma equipe de nutricionistas, para cada paciente.
“Se antes as pessoas precisavam se deslocar para
lugares afastados para iniciar um tratamento estético
ou nutricional em um spa, agora elas podem fazer isso
dentro da própria cidade e em horários que se adéqüem
às suas necessidades”, explica Luís Hermínio. ‘Acredito
que essa facilidade que agrupa todos esses serviços foi
o grande diferencial do programa,pois,hoje, as pessoas
estão envolvidas em várias atividades no dia-a-dia:
precisam trabalhar, cuidar da casa, estudar... E nosso
tratamento se adapta a esse novo ritmo de vida urbano’,
ressalta o médico.
Para a publicitária Ingrid Fonseca, 29 anos, o Circuito
Exercícios Físicos
Spa é uma ótima alternativa para manter a forma. ‘Escolhi
esse programa pela facilidade porque eu era bastante
ociosa. Então, aqui, eu encontrei tudo num só lugar, já que
não tinha tempo para nada. Eu começo com a estética,
depois vou para academia e me alimento aqui mesmo
com o cardápio elaborado pelos nutricionistas. É muita
praticidade, por isso eu o escolhi’, explica a estudante
que já concluiu o primeiro mês de tratamento e pretende
retornar para reforçar ainda mais os resultados. “Nesse
mês eu percebi que afinei e tonifiquei meu corpo, além
disso, me senti mais leve e mais disposta”, avalia.
De acordo com Luís, a questão psicológica também
é muito importante para o tratamento. Por isso, a cada
semana, todos os participantes são reavaliados em
relação ao programa. ‘É importante ressaltar que o
objetivo do programa não é só a perda do peso ou a parte
estética do paciente, nós trabalhamos também a parte
psicológica para que ele possa ficar bem em relação ao
se próprio corpo e sua própria condição’, finaliza.
Serviço:
SPA Amazônia – Centro de Estética e Spa
Av. Nazaré, 777 (Nazaré - Belém - Pará).
(91) 3224-6565
Revista Alvo - Edição 12
35
Os empresários João Frank e Ney Santos
representantes das marcas chinesas no Pará.
Utilitários Towner e Topic:
Espaçosos, econômicos e versáteis.
Informe Publicitário
por Ana Perez
foto Aislan de Paula
Com todas essas vantagens eles estão conquistando uma parcela
cada vez maior de consumidores brasileiros.
A
marca chinesa de automóveis voltou ao Brasil
em 2007 e, desde o ano passado, ganhou a sua
concessionária no Pará. A TopTown, em Belém. A
concessionária é a primeira revendedora Towner e Topic
no Estado e tem feito bons negócios. “Poucos utilitários
oferecem a mesma relação custo benefício”, assegura
Ney Santos, sócio-proprietário da empresa.
Com capacidade de carga de até mil quilos, motor
Suzuki 1.0 a gasolina e 48 cavalos de potência, fazendo
36
Revista Alvo - Edição 12
até 12 quilômetros por litro, a pickup Towner é ideal
para negócios nos grandes centros e ainda oferece o
conforto das opções cabine dupla ou estendida. “Ela se
sai muito bem dentro da cidade. E, o mais importante,
cumpre a exigência vigente, hoje, em Belém, que proíbe
a circulação de carros pesados nas áreas centrais.”
Outra opção para bons negócios é a mini-van Topic.
Ideal para o transporte de passageiros, o veículo oferece
sistema duplo de ar-condicionado e capacidade de até
O que caracteriza os veículos das
marcas Towner e Topic é
a versatilidade.
oito lugares. “É uma das mais espaçosas da categoria”.
Além de espaço e economia, os veículos Towner e
Topic contam ainda com designer moderno, criado no
tradicional estúdio italiano Pininfarina, fundado em 1930 e
responsável pelo designer de alguns carros da japonesa
Mitsubishi. O que confere, além de funcionalidade,
beleza aos automóveis.
“Queremos dizer aos consumidores, receiosos com
as marcas chinesas, que nosso produto tem garantia
de 1 ano, sem limites de kilometragem, menor custo de
manutenção e peças de reposição para pronta-entrega.”,
ratifica João Frank, sócio-proprietário da empresa
Atualmente a Towner conta com mais de 70 concessionárias no Brasil. Com a vantagem de assistência
técnica 24 horas e garantia de um ano sem limite de
quilometragem. A partir do ano que vem, os carros
passam a ser fabricados em solo brasileiro, com a
inauguração de uma fábrica em Linhares, no Espírito
Santo. Um investimento de R$ 250 milhões. Hoje, a Hafei,
fabricante da Towner, está entre as líderes no mercado
de utilitários no Brasil. “São pelo menos 12 marcas
chinesas circulando no Brasil, com uma das melhores
relações custo/benefício do mercado e a satisfação
cada vez maior dos consumidores”, festeja João.
Serviço:
TopTown Veículos
Av. Senador Lemos, 3330-A - Sacramenta
Belém: (91) 3321-8300
Castanhal: (91) 3721-8989
www.toptown.com.br
Revista Alvo - Edição 12
37
Reinado ameaçado.
Em alguns anos a Bahia pode produzir mais açaí que o Pará.
por Ana Perez
P
or enquanto ainda é só uma ameaça, mas se não
reagir logo o Pará pode perder, em breve, o posto
de maior produtor de açaí do Brasil. A preocupação é do
Sindicato das Indústrias de Frutas e Derivados do Estado
do Pará (Sindifrutas). E com razão. Estados como a
Bahia começam a investir na produção de açaí em terra
firme mirando em mercados como Rio de Janeiro, São
Paulo e Estados Unidos, hoje, os maiores compradores
do açaí made in Pará. “Já vimos isso acontecer com
o mamão e, agora, é o açaí que está ameaçado”, diz a
presidente do Sindicato, Solânge Mota.
Perder o posto de maior produtor do país não é o
único obstáculo no caminho da produção paraense. O
bonde andou e, ao que parece, nós ficamos na estação.
“Em incentivos e investimentos estamos atrasados
em pelo menos uma década”, avalia Solange. O
boom do açaí começou mais ou menos no ano 2000,
com empresas norte-americanas vindo à caça do
produto que, até então, era a base da alimentação de
ribeirinhos ou alimento alternativo no restante do país.
Os americanos reinventaram o fruto amargo e quase
38
Revista Alvo - Edição 12
sem polpa da Amazônia e transformaram em suco de
caixinha, xampu, sabonete, cremes de beleza.
No Brasil, Rio de Janeiro, São Paulo e outras praças
montaram indústrias que processam a polpa da fruta e
transformam o açaí em suco concentrado ou mesmo
em pó, mas fácil de transportar e mais lucrativo também.
O Pará continua mandando para fora do Estado a polpa
congelada. “Nosso problema não é só a questão da
produção, o transporte da polpa congelada é delicado e
honeroso”, conta a presidente do Sindfrutas. Apesar de
algumas iniciativas, ainda tímidas, de plantação em solo
seco, 90% da produção do Estado ainda é proveniente
de açaizeiros nativos. Em 2010, foram 710 mil toneladas
(os números de 2011 ainda não estavam fechados em
fevereiro). Mais da metade dessa produção, no entanto,
é consumida pelo mercado interno. “60% do que
produzimos é consumido aqui mesmo. O restante vai,
principalmente, para o Rio de Janeiro e São Paulo.”
Para melhorar o desempenho e pensar em deixar
a cadeia secular de exportador de matéria prima e
importador do produto industrializado o açaí paraense
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Tokyo na sua casa.
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precisa reinventar sua cadeia produtiva. O plantio em
terra firme é o primeiro passo, já que possibilitaria o
abastecimento regular durante o ano todo. Hoje, só
20% da produção é colhida no primeiro semestre,
durante o período de chuvas na região. “O pasteurizador
(usado na industrialização) é um equipamento caro,
um investimento que não se justifica se você não puder
manter a regularidade da produção o ano todo”. Essa é
também a opinião do produtor de açaí e pesquisador
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), João Tomé Faria Neto. “Não dá para pensar
em agronegócio com uma industria que só funciona
de quatro a seis meses por ano”. Segundo Tomé, a
sazonalidade é o grande problema do açaí nativo,
enquanto que o açaíplantado em terra firme, com
irrigação, manteria o mercado abastecido e com preços
competitivos durante o ano todo.
Hoje, das mais de 50 empresas cadastradas junto
ao Ministério da Agricultura, no Estado, apenas quatro
são de grande porte. As outras são pequenas empresas,
que muito poderiam contribuir para a mudança do
cenário, se contassem com linhas de créditos e políticas
públicas. Para a realidade do produtor paraense, o
sistema de irrigação ainda é relativamente caro. O custo
de um hectare, por exemplo, fica entre R$ 8 e R$ 10 mil.
“A produção, no entanto, pode chegar a 15 toneladas
por hectare”, defende Tomé, que há nove anos estuda
a técnica de plantio deaçaí em solo irrigado e já foi
procurado por produtores de São Paulo, Tocantins e Rio
Grande do Norte. Todos, candidatos a desbancar o Pará
do trono de maior produtor de açái do Brasil. O de maior
exportador foi tomado pelo Ceará em 2010. É hora de
repensar.
Revista Alvo - Edição 12
39
Capa
Sucesso,
não por acaso.
Uma “maré” com bons ventos tem colocado os holofotes sobre os talentos
paraenses nos últimos tempos. O Pará passou a se destacar, nacionalmente e
internacionalmente, por aquilo que tem de melhor!
por Alexandra Cavalcanti
ilustração Luciano Mesquita
E
les já são bem conhecidos, mas não se tornaram
celebridades instantâneas da noite pro dia. Lyoto
Machida, Paulo Henrique Ganso, Yuri Marajó, Carol
Ribeiro, Gaby Amarantos, Dira Paes, Lia Sophia, Adriano
Barroso e Atala Ayan, são apenas alguns dos nomes do
time de astros paraenses que percorreram uma longa
estrada até o tão desejado estrelato. Seja na música,
no esporte, no cinema ou na moda, o Brasil e o mundo
estão de olho na nossa cultura.
“O sucesso é resultado de muito trabalho. É hora de
colher o que plantei.” Há quase 20 anos na música e
com uma carreira sólida, a cantora Gaby Amarantos se
tornou uma “diva” da indústria pop brasileira. A paraense
ficou nacionalmente conhecida pelo título, após ser
consagrada pela mídia nacional, como a “Beyoncé do
Pará”, ao participar do Rec Beat, um dos maiores festivais
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Revista Alvo - Edição 12
de música independente do país.
A mistura de ritmos e sons da música paraense tem cada
vez mais conquistado o mercado fonográfico no país.
“Em três viagens a Belém encontrei uma cena musical
vibrante e diversificada, que não é só tecnobrega: tem
muito merengue, carimbó, guitarrada, rap, funk e rock.
São milhares de pessoas trabalhando numa vasta cadeia
de produção, distribuição e consumo de música popular
que ignora gravadoras, lojas de discos, a prefeitura, o
Estado e a União”, destaca o escritor, jornalista e crítico
musical, Nelson Motta.
Gaby garante que o título de “diva do tecnobrega” a
ajudou a despontar para o Brasil, mas esse não foi o
único motivo. “Acredito que todos nós temos o papel de
difundir a nossa cultura. O sucesso é conseqüência do
nosso trabalho. E uma hora chega”, afirma a cantora.
Capa
Mas, nem pra “diva”, o reconhecimento chegou assim
tão rápido. Gaby começou cantando em um concurso
de calouros de uma igreja do bairro do Jurunas, onde
mora até hoje. O prêmio era uma caixa de bombons. E
advinha quem ganhou a disputa? Desde então, Gaby
não parou mais. Com um repertório musical variado (da
MPB ao Rock), a “diva” ganhou espaço na periferia com
o tecnobrega, na banda Tecno Show, lançando o estilo
brega pop da música paraense.
“Tudo vem na hora certa e no momento oportuno. Eu
sempre acreditei nisso. A fé move montanhas de fato”,
garante a “diva”. Sucesso, não por acaso. Hoje, 17 anos
depois, a hora chegou. O single “Ex My Love” (composta
em parceria com o paraense Antônio Veloso Dias), é
tema de abertura da novela das sete da Rede Globo,
“Cheias de Charme”. Para Gaby, ter a sua voz na trilha
sonora de uma novela, depois de 17 anos de estrada só
mostra que ela sempre esteve no caminho certo. “Estou
bem feliz e isso mostra que acreditar nos meus ideais e
ter orgulho de minhas origens faz toda a diferença”, diz.
Se a fama é passageira? Gaby prefere não arriscar.
“O futuro a Deus pertence. Eu sou despreocupada em
relação ao tempo que o sucesso vai durar, prefiro focar
no meu trabalho e apresentar o que sei fazer de melhor,
mostrar nosso povo autêntico e esse movimento cultural
que ensina ao país novos conceitos e comportamentos
na música popular”, analisa.
Mas, não é só na cena musical que o Pará tem revelado
grandes nomes pro Brasil. Há quase 3 décadas, o
americano John Boorman resolveu enfrentar as
adversidades da Amazô- nia para filmar “A Floresta
das Esmeraldas”, filme que marcou a estréia da atriz
paraense, Dira Paes, nascida em Abaetetuba, na
época com apenas 14 anos de idade. Ninguém
imaginava, na época, que a “menina” anos
depois faria tanto sucesso na tv brasileira e
no cinema nacional.
E por falar na “sétima arte”, na mais recente produção
cinematográfica brasileira também rodada no Pará (em
Santarém), mais um paraense se destaca no elenco.
O filme “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus
Lindos Lábios”, com direção de Beto Brant e Renato
Ciasca, estreou no mês passado, nas salas de cinema
de todo o país. Além das belas paisagens paraenses, o
filme - premiado em Huelva, na Espanha, e na Mostra
Internacional de São Paulo - abriu espaço para mostrar
talentos da região, como o ator paraense Adriano
Barroso, que vive o policial Polozzi. Na trama, Lavínia,
interpretada pela atriz Camila Pitanga, vem do Rio de
Janeiro para o Pará ajudar o marido, o pastor Ernani
(Zé Carlos Machado), em sua missão religiosa junto
aos moradores locais, mas acaba se envolvendo com
o fotógrafo Cauby, vivido pelo ator Gustavo Machado,
com quem Adriano Barroso atua diretamente no filme.
Um momento único na carreira do ator paraense.
“É inevitável. Nós somos artistas, trabalhadores e
batalhadores. Quem é do ramo sabe que se a porta
não abrir a gente arromba”, brinca o ator. “O caminho
Revista Alvo - Edição 12
41
Capa
O sucesso é resultado de
muito trabalho. É hora de
colher o que plantei.”
Fábio Pina
Gaby Amarantos
Gaby Amarantos: A “diva” do tecnobrega foi consagrada
como a “Beyoncé do Pará”, no Rec Beat, um dos maiores
festivais de música independente do Brasil e, desde
então, despontou para a fama. Em 2011, ao lançar seu
primeiro clipe solo, a cantora ganhou repercussão
nacional e internacional com o hit “Xirley”. Atualmente,
ela é a voz da trilha de abertura da novela “Cheias de
Charme”, da Tv Globo, com o a música “Ex Mai Love”.
Adriano Barroso: Ator, diretor de teatro, documentarista
e roteirista, Adriano está atualmente em cartaz nas salas
de cinema de todo o Brasil, como o policial Pollozi, no
longa-metragem brasileiro “Eu Receberia as Piores
Notícias dos seus Lindos Lábios”, contracenando com
o fotógrafo Cauby (Gustavo Machado), que se envolve
em um tórrido romance com a bela e instável Lavínia
(interpretada pela atriz Camila Pitanga). Barroso faz
ainda, atualmente, uma participação especial na novela
“Cheias de Charme”, da Rede Globo, ao lado da também
atriz paraense Zê Charone.
42
Revista Alvo - Edição 12
do cinema brasileiro é a Amazônia. Não tenho medo de
falar isso, nem de ser chamado de ufanista. Temos uma
luz incrível. Temos uma logística possível, cenários belos.
Só o Pará, por exemplo, oferece ao cineasta, a floresta
fechada, os igarapés, o mar, um grande centro urbano,
uma arquitetura colonial belíssima e tudo isso com um
deslocamento de no máximo quatro horas você pode ter
o mar e a baía. Isso é incrível”, garante.
O ator ressalta ainda que a mão de obra para o cinema
no Pará tem se qualificado e o fato tem chamado a
atenção dos diretores. “Tenho recebido muitos cineastas
que vêm aqui para conhecer o lugar e ficam totalmente
apaixonados. Além de atores de primeira linha, também
temos cenógrafos, diretores de arte, assistentes de
câmera, diretores de produção todos com experiência
em sets grandes. Por isso, vamos acontecer mais ainda.
Se o poder público percebesse isso, já estaríamos lá
fora oferecendo incentivos fiscais para trazer filmes
para cá, porque além de mostrar a cidade ao mundo,
isso resultaria na geração de emprego e renda para o
Estado. Mas enquanto isso não acontece, estamos nós,
artistas, atores, músicos, poetas, romancistas, fotógrafos,
cineastas, fincando a bandeira paraense firmemente
para o mundo ver”, resume.
Projeção
Além do cinema, Adriano Barroso, juntamente com
outros dois atores paraenses, Cláudio Barros e atriz
Zê Charone, também vão estar mais perto do público
brasileiro este ano, na telinha da tv. Os três estão na
novela “Cheias de Charme”, da Rede Globo. No folhetim,
Adriano e Zê Charone formam o casal Shirley e Rochinha,
enganado pela personagem Socorro (Titina Medeiros),
que trabalhou como empregada doméstica na casa
de Chayene, personagem central, mas acabou tendo
de voltar para o Piauí, sua terra natal. Já Cláudio Barros
faz o papel de um motorista de ônibus. As cenas dos
atores foram gravadas no Delta do Parnaíba, no Piauí, e
também na capital carioca.
Sobre seus dois recentes trabalhos, Adriano Barroso é
categórico. “Estou nessa estrada há longos anos. Tenho
um trabalho sólido no teatro e no audiovisual como
roteirista e ator. Estes dois projetos foram verdadeiros
presentes de papai do céu e dos meus orixás. Com a
Tv Globo já havia namoricos que não foram adiante, até
este momento agora, que ainda é bem pouco, apenas
uma participação. Mas filmar com Beto Brant e Renato
Capa
Ciasca foi um presentão da vida”, afirma.
O ator afirma estar passando por um momento especial
em sua carreira. “Sempre fui fã dos trabalhos dos dois
diretores (de “Eu Receberia as Piores Notícias dos
Seus Lindos Lábios”), acompanhava os filmes,
ouvia histórias e, de repente, toca meu telefone e
do outro lado da linha era o Beto com a proposta.
Acho que fiquei mudo por uns minutos, passou
tudo pela cabeça, que era trote ou que ele
estava louco. Mas era a pura verdade. Passei
três meses em êxtase porque participei desde
a fase de pré-produção. Quando vi o filme na
tela, vi também o nível de carinho e de amizade
que ocorreu durante as filmagens e ficou impresso
na película. Tenho muito carinho por esse filme, ele
realmente é um divisor de águas na minha vida, tanto
afetiva como profissional. Do filme já surgiram vários
projetos”, antecipa o ator.
Apesar sucesso dos dois trabalhos e da projeção que
a cultura e os artistas da terra têm recebido, Adriano
acredita que ainda exista um longo caminho a ser
percorrido. “O reconhecimento lá fora de nosso trabalho
ainda é só uma parte da estrada. Sabemos que a mídia
se alimenta de ondas do mar, e quem trilha o caminho
artístico com responsabilidade sabe que o que a gente
quer é se impor na maré. Além do mais, acho que o tal
sonho do ‘sul maravilha’ se esvaiu com a globalização,
sobretudo das redes sociais, e o Brasil começou a
procurar por outros ‘Brasis’. Encontrou no Nordeste há
um tempo um movimento forte, se alimentou e agora
está partindo para o Norte. Acredito mesmo que essa
seja só a ponta do iceberg, e se derem bola pra
gente, a gente faz barulho na terra alheia”,
brinca.
Como muitos artistas paraenses, Adriano
reafirma seu desejo de permanecer no
Estado e aproveitar esse bom momento
por aqui mesmo. “Eu não quis sair daqui
para trabalhar. Sempre acreditei que
poderia falar da minha aldeia para o mundo,
esse era meu trabalho como artista. Hoje eu
faço trabalhos fora, mas sempre volto por que
aqui é meu lugar e é daqui que quero falar. O
sucesso dos holofotes me interessa pouco. O
que mais me importa é a possibilidade de me
manter da minha arte”, finaliza.
Paulo Henrique Ganso: Atualmente, ao lado de Neymar,
no Santos, o meia paraense é uma das novas apostas
do futebol mundial. O passe do camisa 10 do Peixe
está avaliado em cerca de 50 milhões de euros (R$
114 milhões). Grandes times europeus como o Paris
SG, o Milan, Real Madrid, Barcelona e o Tottenham já
mostraram interesse na contratação do craque. Com um
salário atual de cerca de R$ 650 mil, Ganso ainda não
decidiu se continua no Brasil ou aceita a proposta de
mudar para a Europa.
Banda Calypso: Em 12 anos de carreira, Joelma e
Chimbinha se consagraram como um dos maiores
fenômenos da música brasileira. Com shows por todo o
país, turnês internacionais pelos Estados Unidos, Europa
e África, a banda se tornou sucesso mundial. Casados
há 11 anos, a dupla do interior do Pará já vendeu mais
de 12 milhões de cd’s e 3 milhões de dvd’s no Brasil, um
recorde da indústria fonográfica. A história de vida do
casal vai virar filme. O longa está em fase de captação e
já tem nome provisório: Isto é Calypso!
Revista Alvo - Edição 12
43
Capa
Felipe Cordeiro: Surf music, cumbia,
lambada, rock e música eletrônica. A
diversidade sonora e a mistura de
ritmos é a principal marca de Felipe Cordeiro.
O jovem músico e compositor paraense,
de 27 anos, já tem dois álbuns lançados
(Kitsch Pop Cult, o último), e é a nova
aposta do movimento brega cult do Pará.
Críticos musicais de importantes publicações
nacionais como a Bravo!, Rolling Stones e Billboard Brasil
consideram Felipe como “um dos principais renovadores
da música pop brasileira”.
Atala Ayan: O tenor paraense se
tornou a mais nova aposta da
música
clássica
internacional,
depois de receber um convite da diretora do
Metropolitan Opera, de Nova York, no ano
passado, para fazer um concerto no Central
Park. O tenor que cantaria o recital estava
doente. Uma oportunidade que mudou
a vida do jovem cantor paraense. Em
menos de 24 horas, a repercussão imediata do sucesso
e da crítica foi parar em um dos mais importantes e
respeitados jornais do mundo. O “The New York Times”
comparou Atala Ayan a um dos maiores tenores dos
últimos tempos: Plácido Domingo. De família humilde,
o tenor paraense descobriu a ópera em uma pequena
escola de música em Belém.
44
Revista Alvo - Edição 12
Lia Sophia: A cantora que nasceu na Guiana
Francesa, foi registrada em Cayena e naturalizada
paraense, faz sucesso na trilha sonora da novela
“Amor Eterno Amor”, da Rede Globo, com a música
“Ai Menina”, tema do romance entre Jacira e Tobias
(interpretados por Carol Castro e Erom Cordeiro). Lia
Sophia já foi frentista, vendeu enciclopédia Barsa na
rua e começou cantando em um bordel. Já
com dois álbuns lançados (“Livre”, “Castelo
de Luz”) e um em produção (“Salto Mortal”),
a cantora paraense desposta para o
estrelato com a releitura da música
brega de uma maneira contemporânea e
ousada.
Lyoto Machida: “The Dragon” Machida é um dos
campeões do Ultimate Fighting Championship
(UFC), o maior e mais importante campeonato
de MMA (artes marciais) do mundo. A ascensão
no octágono aconteceu na luta contra o brasileiro
Thiago Silva, em Birmingham, na Inglaterra. Lyoto
conquistou o cinturão dos meio-pesados do UFC
por uma nova técnica de contra-ataque criada
por ele mesmo, o “direito e rasteira”, que o tornou uma
das maiores lendas do UFC. (leia entrevista exclusiva de
Lyoto Machida para a Alvo, nesta edição).
Yuri Marajó: Depois de Machida, Marajó
é a nova aposta do UFC. Com duas
lutas no card principal e duas vitórias,
o paraense já sonha com o cinturão. O
lutador da categoria peso pena, nasceu
no municipio de Soure, na Ilha do Marajó,
e já tem a marca de 27 vitórias e apenas 3
derrotas, na carreira.
Entrevista
Lyoto Machida
por Bruno Magno
A
pesar de baiano, Lyoto ‘Dragon’ Machida ou simplesmente Lyoto Machida, aos 33 anos, se considera
paraense de coração. Dono de um jeito calmo e de
poucas palavras, Machida é considerado uma das ‘lendas’
mundiais do UFC (Ultimate Fighting Championship).
Lyoto mostra a arte do karatê, no octógono, com muita
propriedade, já que as técnicas do ‘Machida Karatê’,
que vem sendo repassadas a cada geração. Desde que
começou a trajetória no MMA (Mixed Martial Arts), Lyoto
construiu uma carreira sólida, com 20 lutas, 17 vitórias e
apenas três derrotas, sendo que a última, ocorrida em
dezembro contra no norte-americano Jon Jones pelo
título mundial dos meio pesados. Ainda se recuperando
de uma cirurgia no cotovelo, Machida promete voltar
logo ao UFC, mas prefere descartar os nomes dos possíveis adversários.
Revista Alvo - Edição 12
45
Alvo - Como você começou a se
interessar pelas artes marciais? Foi
realmente por influência do seu pai?
Lyoto - Desde cedo via meu pai (o
mestre em karatê Yoshizo Machida)
treinar e dar aula em nossa academia.
Então meu contato com as artes
marciais começou cedo. Acho que isso contribuiu muito
para despertar meu interesse. Porém, eu e meus irmãos
nunca fomos obrigados a fazer nada.
E como foi sua trajetória das artes marciais até o
MMA?
Com 15 anos tive o primeiro contato com MMA através
de uma fita VHS, na época a luta era conhecida como
vale tudo. A partir daí decidi que queria aquilo para
minha vida, então comecei a treinar outras artes marciais
para ser um lutador completo. Claro, sempre focando
no karatê que é o forte da minha família e também a
primeira arte marcial que tive contato.
Até certo tempo atrás, o MMA não era um esporte
popularizado no Brasil. Hoje, o esporte ganha cada
vez mais adeptos. Qual a razão dessa mudança, na
sua opinião?
O UFC cresceu muito no mundo todo, então foi inevitável
ele chegar ao Brasil, onde o MMA começou. É como o
futebol. Nosso país também é um celeiro de lutadores,
apesar da falta de estrutura material e física em algumas
ocasiões.
Recentemente o Anderson Silva, também lutador de
UFC, criou polêmica ao dizer que não via nenhum
brasileiro com condições de vencer o norte-americano
Jon Jones. O que você acha sobre isso?
O Anderson é meu parceiro, ele não é mandado por
mim, tem opinião própria e essa é a visão dele. Não vejo
nada demais nisso. Nem entendo como provocação.
Continuo tendo o mesmo relacionamento com ele.
46
Revista Alvo - Edição 12
Você considera sua derrota para
Jon Jones, ocorrida em dezembro
do ano passado, como a pior da sua
carreira?
Não foi a pior, pois cada momento
tem sua particularidade. Mas, é lógico
que ninguém fica feliz em perder.
Nós fomos lá e tentamos fazer o melhor, foi uma luta
muito dura e a preparação muito difícil. Traçamos uma
estratégia boa, mas que não deu muito certo também.
Tomei uma cotovelada do JJ que me desorientou um
pouco e embaçou a minha visão, o que atrapalhou
muito na hora. Mas quero ter a oportunidade de lutar
novamente com ele, um dia.
Você fez uma cirurgia há pouco tempo no cotovelo.
Como está sua recuperação? Já está treinando?
Estou treinando desde sempre, só parei na semana da
cirurgia (risos). Esse é meu trabalho e não posso parar
nunca. Lógico que o treino é limitado, mas a cada dia
tento melhorar e ficar ainda mais forte. Hoje posso dizer
que já estou 90% recuperado da cirurgia.
O que os fãs podem esperar na sua volta ao octógono
do UFC?
Com certeza vou fazer o melhor. Na minha preparação
e nos meus treinamentos, tento dar o meu máximo para
realizar um bom trabalho e conseqüentemente fazer
mais uma bela apresentação dedicada a todos que
torcem por mim, especialmente aos meus fãs.
O que você faz quando não está treinando?
Brinco, com uma equipe especial que eu montei (risos).
Eles não cobram técnica, rendimento, vitória ou derrota,
só querem brincar comigo: São os meus filhos. Também
gosto muito de ler nas horas vagas e de ser cuidado
pela minha esposa. Gosto muito de ficar em casa, a
minha família faz com que eu me sinta a pessoa mais
importante do mundo e sem interesse algum.
Imagens meramente ilustrativas, consulte-nos sobre outros modelos e marcas.
A moda das academias, tatames
e octógonos está aqui!
gfitness
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Edição 12
47
Rômulo Martins
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A Preguiça para Exercícios Físicos.
P
raticar exercícios físicos regularmente e ter uma
alimentação balanceada são estratégias para uma
vida mais saudável, até superestimamos a importância
disso como decisivo para uma boa saúde. Entretanto,
apesar dos inúmeros benefícios, existem muitas pessoas
que resistem a se exercitar por causa de... preguiça!
Muitos de nós já nos perguntamos por que é tão difícil
sair do sofá, aproveitar a academia cara que pagamos e
cumprir a promessa de ano novo e começar, de fato, a
se exercitar com entusiasmo e perder uns quilos extras?
Para responder algumas dessas nossas dúvidas, um
estudo da Universidade da Carolina
do Norte, nos Estados Unidos,
publicada no Journal of Heredity,
aponta que nosso padrão genético
pode ter uma relação decisiva
sobre a vontade (ou não) de praticar
exercícios físicos. Tim Lightfoot, líder
do estudo, afirma que a composição
genética pode ser responsável por
84% da capacidade física.
O cientista apontou que alguns
camundongos corriam de 10 a
15 km diários, enquanto outros,
incrivelmente, entupiam suas rodas
de corrida de serragem para fugir do
exercício. Para nós, seres humanos,
esses 10 a 15 km/ dia equivalem a 90
a 110 km/dia.
Esse estudo mostrou uma relação
de 36 diferentes níveis de motivação
para o exercício físico, que variavam do extremamente
ativo ao extremamente menos disposto a se exercitar. E
como o código genético dos camundongos se assemelha
em aproximadamente 95% ao do ser humano, podemos
supor que essa seria a possível explicação para justificar
o fato de que algumas pessoas passam várias horas por
dia se exercitando, enquanto outras não aparecem um
dia sequer na academia.
48
Revista Alvo - Edição 12
Outro estudo fortalece a tese que a genética pode nos
dar a resposta sobre preguiçosos para o exercício físico.
Pesquisadores da Universidade McMaster descobriram
inesperadamente, novamente em camundongos,
a desmotivação para realizar exercícios físicos, ao
desativarem uma enzima, a AMPK (Activader Protein
Quinase), que é ligada quando nos exercitamos
“Ratos gostam de correr”, disse Gregory Steinberg,
professor associado de medicina na G. Michael
DeGroote School of Medicine e do Canadá Cátedra de
Investigação em Metabolismo e Obesidade. “Enquanto
os ratos normais poderiam correr por
quilômetros, aqueles sem os genes
em seu músculo, executavam uma
distância bem menor. Foi notável. Os
camundongos pareciam idênticos
aos seus irmãos ou irmãs, mas, em
questão de segundos, sabíamos
quais tinha os genes e qual não.”
Os pesquisadores descobriram
que os ratos sem o gene AMPK tinham
níveis mais baixos de mitocôndrias e
uma capacidade prejudicada para
os seus músculos na busca da
glicose, enquanto se exercitavam.
“Quando você se exercita você tem
mais mitocôndrias em seu músculo.
Se você não faz exercício, o número
de mitocôndrias diminui. Ao remover
estes genes, foram identificados que
o regulador chave da mitocôndria é
a AMPK enzima”, disse Steinberg.
Esses estudos não vão confortar se alguém
normalmente se sente pouco disposto para se exercitar
e prefere ficar sentado na frente da TV tomando litros de
refrigerante. Com certeza é mais gratificante vencer a
preguiça e ter uma vida mais saudável, a ter uma vida
cercada por doenças associadas ao fracasso que é ser
sedentário.
Revista Alvo - Edição 12
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Oberdan Pinheiro Duarte
Economista
[email protected]
Em números
“Os Grandes Vilões de Nossos Bolsos”.
G
astar ou economizar são opções suas e exclusivamente suas. É comum, principalmente, hoje em
dia, onde a regra é consumir e consumir, nos depararmos
com pessoas endividadas e, o que é pior, sem a menor
perspectiva de saírem do vermelho!
A maioria das dívidas, segundo pesquisas, tem sua
origem no não pagamento ou pagamento apenas
do valor mínimo da fatura do cartão de crédito, de
empréstimo pessoal, financiamento de veículos, cheque
especial, carnês, etc.
São quatro os principais e mais perigosos vilões que
convivem com a gente e atacam nossos bolsos sem
a menor piedade. O pior é que nos permitimos – até
com certa satisfação – sem pensar que depois vem o
arrependimento, revolta, depressão e desapontamento
consigo próprio:
Cartão de crédito e/ou cheque especial.
de não garantir o aumento da consideração de quem foi
presenteado, é uma tremenda insensatez.
• Se você utilizar seu cartão de crédito ou cheque especial de forma indevida e descontrolada, certamente
eles serão os mais ferozes vilões de seus bolsos. As taxas
de juros cobradas quando ocorre pagamento somente
do valor mínimo ou se deixar de pagar o extrato do mês
ou, ainda, se deixar de depositar o valor utilizado, são
absurdamente elevadas, tornando essa modalidade de
crédito rotativo uma perigosa armadilha.
• O cheque pré-datado é um dos piores. Você passa um
aqui, outro ali, outro mais adiante. Mal calcula que no
próximo mês eles cairão na sua conta e, para complicar
a situação, todos de uma só vez!
• Cobre de si e de seus familiares o controle sobre as
compras feitas através de cartão de crédito e a utilização
freqüente do limite do cheque especial, fique atento e de
olho vivo.
Datas comemorativas e aniversários.
• Enumerar as datas comemorativas é muito difícil. São
tantas que nos deixam completamente atordoados: é dia
das mães, dos pais, dos avós, das crianças, da mulher,
da secretária, e ainda tem natal, páscoa, aniversários da
mãe, do pai, do filho e demais membros da família e por
ai vai. Dar presente é muito bom e um prazer incrível,
mas este impulso deve ser contido na hora de comprar.
A história é velha e recorrente: você sempre diz que só
vai dar presente pra fulano e pra cicrano e pra mais
ninguém e, no final, acaba presenteando todo mundo.
• Antes de tudo você deve prever os gastos com
presentes e outros agrados no próprio orçamento. O
ato de dar presente é uma forma de dizer que a pessoa
presenteada é importante e, na maioria das vezes, o
presente simples é que conta. Seja criativo e procure
um presente menos caro. Jamais deve se endividar para
recuperar amizade ou competir com alguém; isso além
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Revista Alvo - Edição 12
Telefone celular.
• Os telefones são, também, um dos grandes vilões do
orçamento doméstico, principalmente os celulares cuja
ligação custa vinte vezes mais do que as efetuadas por
telefones fixos. Você deve controlar essa prática que já
se tornou um vício ou seu orçamento doméstico sempre
ficará no vermelho. A filha ou o filho adolescente devem
ter responsabilidade na utilização de seus celulares,
para que não se tornem reféns desse equipamento que
já faz parte da rotina de toda a sociedade. Uma forma de
conter esses gastos é bloquear ligações para celulares.
Outra forma de economizar é identificar os horários
para efetuar ligações interurbanas, em determinados
períodos são até 75% mais baratas.
Shopping e supermercados.
• Não caia na tentação de ir ao shopping ou supermercado rotineiramente acompanhado de crianças
(filhos, sobrinhos, vizinhos, etc...), a não ser que você
queira viver sempre endividado. Outra lei é não fazer
compras em supermercado com fome, isso fatalmente
vai fazer com que você compre guloseimas e coisas
que, na verdade, não está precisando. A fome estimula o
consumo e aumenta os gastos.
• Faça uma lista de compras bem organizada e enxuta
para aproveitar as ofertas, sempre conferindo se os
preços que estão na prateleira conferem com os
registrados no caixa.
• Comprar por impulso ou para aproveitar promoções,
na maioria das vezes, se transforma em arrependimento
por ter extrapolado o orçamento. Compre somente o
necessário e evite os supérfluos!
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Alvo Eventos
01
02
03
04
05
06
01. Berna e Isabel Rezende (Capital Lounge Bar). 02. Claudio Jesus, Milton Freire, Tatiana Bentes e Bruno Rodriguês (Corpore Telecom). 03. Sebastião e
Rochelle Carneiro . 04. Paula, Ana Carolina, Priscilla, Tião, Keyla e Ótavio Lima. 05. Wilton Oliveira, Fernando Cairo, Larissa Joau e Deni Carvalho. 06. Mami,
Juliana, Marisa, Juliana Franco, Erika, Aglicia e Izabel.
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Revista Alvo - Edição 12
Alvo Eventos
07
08
09
10
11
07. Raul, Priscyla, Laura Aguilera e Washington Albuquerque. 08. Leo e Shérida
Bauer. 09. Lorena Penteado,Vânia Trindade e Soraya Lima (Andarella). 10. Luis
Pablo,Tatiana Tancredi, Paulo Rocha e George Gonçalves. 11. Daniel e Raquel
Ferraz Gomes (Cité). 12. Iva Vivi Almeida e Elaine Oliveira.
12
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Alvo Eventos
13
14
15
13. Parys e Jorge Mutran (Sky Lounge). 14. Brenno Leão e Verena Abrantes (Cité). 15. Candido
Junior e Hariella Braga (Capital Lounge Bar).
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Revista Alvo - Edição 12
Inauguração Bonifácio Casual
Alvo Eventos
O Bar e Restaurante Bonifácio Casual é a dica da revista para quem gosta de apreciar uma boa música se deliciando com um bom prato. A cozinha é o
ponto alto do lugar, vale a pena conferir!
Revista Alvo - Edição 12
55
Lorotas
Antônio Carlos Lobato
@lorodadoca
[email protected]
lorotasdadoca.blogspot.com
A Subversão Sensual.
O
lá, caros leitores que já leram todas as colunas e
estão por aqui por puro e simples tédio ou falta
de quem falar mal. Estamos de volta com a coluna tão
polêmica quanto maquiagem definitiva, tão elucidativa
quanto um refrão do Djavan e tão emocionante quanto a
propaganda de um plano de saúde.
Olhando para o mundo hoje se percebe que boa parte
dos líderes mundiais do planeta, chefes dos bancos, das
grandes empresas e até mesmo das bancas do jogo do
bicho pertencem em sua maioria ao sexo masculino.
Apesar das mulheres caminharem
para a igualdade sexual, os livros de
história ainda tratam a humanidade
por homem (ou você já leu algo sobre
“a mulher das cavernas”?). Enfim, o
gênero masculino ainda prevalece
como dominante correto?
Uma das maiores ilusões criadas
pela humanidade (talvez comparada
apenas à ilusão daquele spray/tinta
pra careca) foi a da superioridade
masculina. A gang da testosterona
nunca exerceu supremacia alguma
sobre o sexo feminino, muito pelo
contrário, sempre foi prisioneira.
Quando observamos a história
da humanidade, o homem sempre
representa o papel de inventor ou
inovador tecnológico de uma era.
Desde o domínio do fogo e da
invenção da roda, na antiguidade, até
a descoberta de apertar a tecla zero do
orelhão visando economizar créditos
do cartão telefônico, nos idos anos
noventa, tem-se visto uma série de
aprimoramentos capazes de aumentar
nossa expectativa de vida ou conforto
do dia-a-dia. Vocês já pensaram nas
motivações envolvidas em tais atitudes?
O bem estar ou progresso da humanidade é a
desculpa mais usada para disfarçar o verdadeiro
interesse do gênero masculino em aperfeiçoar a técnica
no caminhar dos séculos. O real motivo para tantos
avanços tecnológicos desde que éramos parecidos com
o Chaka (do Elo Perdido) até os dias de hoje (quando
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Revista Alvo - Edição 12
muitos de nós ainda parecemos com ele) é bem simples:
impressionar as garotas.
O homem faz pose de dominador e só falta urinar no
seu carro (alguns até fazem isso) para demarcar seu
território diante de outros machos da mesma espécie.
Essa atitude autoritária esconde uma fraqueza: a
insegurança. O sexo masculino consiste em testosterona
e insegurança, sentimentos misturados ao coçar de saco
e catalisados pela presença feminina.
Uma frase - que eu não lembro ter lido em algum
lugar ou se inventei - afirma não
existir vitória mais retumbante ou
derrota mais humilhante se não
é presenciada por uma mulher. A
afirmação expõe um dos pontos mais
sensíveis da personalidade masculina:
as atitudes masculinas visam sempre
impressionar uma mulher. Em outras
palavras: Tudo que o homem faz é pra
tentar dar uns “pegas” em uma mulher.
Essa necessidade (explicada pela
biologia como a tentativa de um
homem tentar mostrar a uma mulher
possuir genes melhores que os dos
outros do mesmo gênero) acaba
muitas vezes levando os portadores do
cromossomo Y a agirem como idiotas.
E, convenhamos, não são poucas
as vezes que nós, homens, agimos
como idiotas. Contratamos carrossom-vergonha-alheia no dia do
aniversário da moça, conversamos
como bebês para cativar uma vaga
no coração feminino, usamos aquela
camisa horrível dada pela mãe dela só
para contemplarmos aquele sorriso de
felicidade sussurrando nas entrelinhas
“dessa vez você não estragou tudo”,
corremos o risco de sermos atropelados escrevendo
declarações de amor no meio do asfalto, dentre tantas
outras atitudes capazes de nos levar a fecharmos essa
revista e ficarmos em posição fetal.
E tudo acontece tão de repente, um dia somos crianças
e as meninas se perdem nos meios dos meninos, ali
não existem diferenças entre os sexos, corremos e nos
sujamos na mesma medida, somos
livres. Contudo em apenas um estalar de
dedos, lá estão elas avolumando calças
jeans e decotes, nos fazendo suar o
ouvido no telefone em conversas à meia
luz seguidas de despedidas inacabáveis
como a do Exaltasamba.
Talvez por isso, as mulheres tenham
sido controladas desde a Antiguidade Clássica. Na
Grécia, elas eram trancafiadas dentro de casa, só
trabalhavam se houvesse necessidade. Na Idade
Média, elas eram consideradas portadoras do pecado e
culpadas por levarem os homens à loucura com suas
“bruxarias sensuais”. Assim, a mulher permaneceu até o
século 20, reprimida por conseguir expor – mesmo sem
proferir alguma palavra – a insegurança masculina. Uma
espécie de subversão sensual.
Mas a culpa não é das mulheres, é da natureza
delas incentivarem os homens a fazerem o melhor,
elas cumprem tal tarefa de uma maneira tão sutil e
quase imperceptível aos olhos do estrogênio e da
progesterona. Direta ou indiretamente
foram responsáveis pelas grandes
inovações tecnológicas da história
da humanidade, ou por estarem
diretamente envolvidas nelas como
Marie Curie e a radioatividade, ou por
servirem como alvo da exibição dos
homens que se matavam em horas de
trabalho para obter alguns suspiros femininos.
E é isso a ser comemorado: O dom feminino de
inspirar corações masculinos expondo sua insegurança
e os instigando a serem sempre os melhores, ou os mais
ridículos.
Mas, principalmente, deve ser lembrada a capacidade
das mulheres realizarem mudanças e conquistarem
cada vez mais espaço na sociedade, saindo do espartilho
vitoriano para a minissaia e o biquíni da liberdade sexual
dos anos sessenta. Uma luta iniciada nos primórdios do
século 20, a partir de reivindicações de mulheres russas
por melhores condições de vida e trabalho.
E tem como negar algum pedido feminino?
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57
Revista
Alvo -marcas
Edição no
12 mercado.
Trabalhamos com as
melhores
Apoena Augusto
Lado B
Corrida das Loucas
#pontoGfail
Feias, porém simpáticas.
Imortal
À bala
Nova turnê
Sabe a última dos reality
shows? A Drag Queen RuPaul,
uma das mais famosas destas
e outras paragens que também
canta, compõe,atua e comanda
a curiosa “Corrida das Loucas”.
O programa, que é exibido
no canal pago VH1 Brasil,
pretende encontrar a próxima
superstar do performático mundo do glitter. Observadores comentam que o babado é forte!
No mundo da moda, a nova
coqueluche são as caveiras.
De camisas a objetos de decoração, passando por jóias de
grifes badaladas e algumas
dezenas de outros objetos, elas
estão em tudo e de todo jeito.
Zé do Caixão deve estar se
sentindo em casa.
Após tomar conhecimento
das reclamações da filha
Hanna em uma rede social
sobre o tratamento que recebia
em casa, Tommy Jordan, diretor
da empresa de TI Twisted
Networx, destruiu a tiros, o
laptop da desbocada. Segundo
ele, estava fazendo um upgrade
de US$ 130 no computador
da menina, quando tomou conhecimento da
postagem. Arrumar a cama, ir à escola e lavar a
própria roupa não são tarefas que possam ser
consideradas como “trabalho escravo”. O vídeo
do assassinato tecnológico está no YouTube
e foi endossado em massa pelos internautas.
Também pudera...
58
Administrador de empresa
[email protected]
Revista Alvo - Edição 12
O
urologista
Amichai
Kilchevisky, da Universidade
de Yale, conduziu um grupo
de pesquisas que se propôs
a analisar artigos científicos
publicados a partir de 1950
e chegou a uma conclusão
broxante: não há nenhuma
evidência científica da existência do Ponto G. Sendo assim, é
preciso continuar procurando.
Enquanto isso, o highlander
Oscar Niemeyer, nada menos
que 104 anos, continua serelepe por aí acompanhando as
obras do sambódromo, no Rio
de Janeiro. Descobrir de que se
alimenta é mais valioso que o
prêmio da mega sena!
Por falar no mundo artístico,
até o fechamento desta coluna
já haviam partido desta para
uma melhor (ou pior) em 2012,
Wando, Whitney Houston, Hugo Carvana e Chico Anysio
salvo algum esquecimento.
Além disso Rita Lee foi presa
por desacato à autoridade.
Qualquer semelhança com a
mais nova turnê do fim do mundo talvez não
seja mera coincidência. Com exceção da tia
Rita, claro...
Revista Alvo - Edição 12
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Revista Alvo - Edição 12