HISTÓRIA DA CHINA A história da China tem mais de quatro mil

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HISTÓRIA DA CHINA A história da China tem mais de quatro mil
HISTÓRIA DA CHINA
A história da China tem mais de quatro mil anos. Ela teve uma das civilizações mais velhas do mundo e, durante a Idade Média, a ciência
e as artes chinesas eram mais avançadas do que as européias. Os chineses inventaram o papel, a impressão, a pólvora, e tinham grande
talento para a poesia, pintura, teatro e cerâmica. Depois, sua grandeza caiu, e por muitos anos sofreu a pobreza, as revoluções e as
guerras.
História da China Antiga - Em decorrência das invasões sofridas, a China foi dividida em reinos feudais independentes no período compreendido entre os séculos III e IV. Neste tipo de reino, o rei desempenhava a função de chefe religioso e aos nobres cabia a responsabilidade de defender o território contra as invasões estrangeiras.
Dinastias Chinesas - Após um período de luta entre os principados, quando os nobres já se encontravam mais fortes do que o rei, surgiram as primeiras dinastias chinesas. A primeira delas foi a Sui, que no ano de 580 conseguiu unificar os reinos. No ano de 618, esta dinastia foi substituída pela Tang, que teve como ponto marcante a contribuição significativa para o desenvolvimento cultural do povo
chinês. A dinastia Tang entrou em declínio após ser derrotada pelos árabes no ano de 751, sendo substituída, em 907, pela dinastia
Sung, que possibilitou o crescimento econômico e o desenvolvimento da cultura. Foi durante esta dinastia que a pólvora foi inventada.
No período compreendido entre os anos de 1211 e 1215, os mongóis invadem a China e dão início ao seu império, que passa a ser dividido em 12 províncias; contudo, eles dão continuidade ao desenvolvimento alcançado pelo reino anterior. Em 1368, a dinastia mongol
é derrubada pela resistência interna, e, esta, assume o poder com o nome de dinastia Ming. Durante este período, foi realizada uma
política que expandiu o território chinês para a Manchúria, Indochina e Mongólia. Entretanto, este reinado entra em decadência com a
chegada dos europeus, em 1516, e tem seu fim definitivo no ano de 1644, após a invasão manchu.
Escrita e idiomas - A escrita chinesa é baseada em ideogramas (desenhos), sendo que eles representam idéias, objetos, sentimentos,
etc. O mandarim é o dialeto mais falado na China, porém, existem outros como, por exemplo, wu, cantonês, dialetos min, jin, xiang,
kejia, gan, entre outros.
Arte - A arte chinesa é marcada bela beleza dos vasos em cerâmica pintados, artesanalmente, com motivos culturais da China. A arte
em seda também é outro aspecto importante. Os pintores chineses destacam, em suas telas, as belezas naturais da China (paisagens,
animais) e aspectos mitológicos.
Invenções - Os chineses contribuíram muito para o desenvolvimento do conhecimento no mundo todo. As principais invenções chinesas são: papel, pólvora, leme de navegação, estribo, bússola, etc.
Pólvora - Durante a Dinastia Han, alquimistas, ao pesquisar um elixir da imortalidade, produziram vários incêndios ao fazer testes com
os ingredientes enxofre e salitre (nitrato de potássio). Um desses alquimistas depois escreveu um texto de alquimia, dhamado “O Livro
da Ligação dos Três”, que alertava sobre a mistura de certas substâncias. No Século 8, ao final da Dinastia Tang, foi descoberta uma
fórmula para fazer pólvora. Feita de uma combinação de salitre e enxofre com carvão, a pólvora ou “huo yao” foi usada inicialmente
para fazer fogos de artifício e chamas para sinalização. Mais tarde, foram inventadas as granadas de mão simples, atiradas sobre o inimigo por meio de catapultas.
Durante a Dinastia Song, a pólvora era usada em rifles e foguetes. O exército Song também comprimia pólvora em canos de bambu,
além de usá-la como uma forma primitiva de sinalização. Em 1126 d.C., um oficial local chamado Li Gang registrou a defesa da cidade
de Kaifeng com o uso de canhões, que causaram um grande número de vítimas em uma tribo nômade de saqueadores.
Muitas misturas antigas da pólvora chinesa continham substâncias tóxicas, como compostos de mercúrio e arsênico, e podem ser consideradas como uma forma primitiva de guerra química.
Cerâmica e Porcelana - Os ceramistas chineses começaram a fabricar porcelana, uma forma altamente refinada de cerâmica, durante as
Dinastias Yin e Shang. Enquanto os métodos anteriores eram primitivos, a fabricação avançada de porcelana se tornou possível com o
desenvolvimento de fornos especiais, capazes de queimar o caulim, um tipo de argila branca, a temperaturas muito altas, por volta de
1.200 graus centígrados, para obter um material duro e não-poroso.
A primeira porcelana verdadeira foi produzida durante a Dinastia Tang, quando os ceramistas chineses aprenderam a controlar a quantidade de ferro, o que reduzia a interferência de cor e garantia a alvura das peças. A técnica atingiu seu auge durante a Dinastia Ming, e
a porcelana de alta qualidade, a famosa porcelana chinesa, foi exportada para o Japão e a Europa. Nessa época, os ceramistas chineses
produziam porcelana a partir do caulim, em um processo que conferia às peças uma aparência translúcida, parecida com o vidro.
Seda - Acredita-se que os chineses começaram a produzir seda por volta do ano 2.700 a.C. Diz a lenda que a Imperatriz Si Ling Chi descobriu a seda quando um casulo de bicho-da-seda caiu de uma amoreira dentro de sua xícara de chá. Depois de experimentar algumas
vezes, ela finalmente conseguiu tecer o filamento da seda em um pedaço de tecido. O processo de tecelagem da seda continua o
mesmo nos dias de hoje. Os casulos são mergulhados em água quente para liberar os filamentos da seda e matar a larva do bicho-daseda. Os filamentos são combinados para formar fios, que são enrolados e finalmente secos. Cada casulo pode render de 450 a 1000
metros de seda. A seda era considerada a mais valiosa mercadoria da China, e gerou a famosa Rota da Seda, a mais importante rota
comercial da época. A manufatura da seda era um segredo de estado, muito bem guardado até 300 d.C., quando se tornou conhecida
na Índia.
Bússola - A primeira bússola do mundo foi feita na China durante a Dinastia Qin. É feita com magneto – um mineral de óxido de ferro
que se alinha na direção norte-sul, devido ao campo magnético da terra. O uso da bússola foi registrado em diversos textos chineses,
incluindo um livro do século 4, o “Livro do Mestre do Vale do Demônio”, que descreve seu uso na exploração de regiões desconhecidas.
A primeira pessoa que aparece oficialmente nos registros usando a bússola como apoio para navegação foi o Almirante Zheng He, que
fez oito viagens marítimas entre 1405 e 1433.
Papel e Impressão - O papel foi inventado na China cerca de 3.000 anos depois que os antigos egípcios usaram o papiro para a escrita.
Cai Lun, um oficial do governo na Dinastia Han Oriental, produziu papel ao misturar casca de amoreira e fibras de bambu com água,
drenando e secando a mistura em uma estrutura plana de bambu.
Outros materiais usados na manufatura de papel incluem cascas de árvores, cânhamo, linho e até mesmo redes de pesca. Durante as
Dinastias Tang e Song, os papéis eram produzidos para diferentes finalidades, o que incluía o papel de cânhamo, papel de pele de animais, papel de bambu e papel xuan – feito de um tipo de pinheiro – especialmente usado para caligrafia.
Avanços na arte de fazer papel foram complementadas pelo desenvolvimento da impressão. A impressão em blocos, ou xilogravura,
era usada na China no século 7, e o mais antigo texto impresso conhecido, uma escritura budista, foi impressa em 868 d.C.
A impressão de livros em blocos demorava muito tempo, já que o método usado exigia que um novo bloco fosse esculpido para cada
página. A impressão de tipos móveis foi inventada durante a Dinastia Song. Os caracteres móveis chineses eram gravados em madeira,
que podia ser disposta conforme a necessidade e até reutilizada. Versões posteriores também usavam argila, mas esta se quebrava
com facilidade. Durante a Dinastia Ming, os tipos móveis de madeira foram refinados, e os livros eram impressos usando um processo
de impressão de duas cores.
A adoção rápida da tecnologia de impressão e papel na China precipitou a difusão do conhecimento entre a elite alfabetizada chinesa e
a aristocracia.

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