(Folheto Os Coristas.pub \(S\363 de leitura\))

Transcrição

(Folheto Os Coristas.pub \(S\363 de leitura\))
Christophe Barratier
EXTERNATO DA LUZ
apresenta:
Nascido em 1963 e filho de actores de teatro, a sua
primeira paixão foi a música, carreira que tencionava
seguir. Aos sete anos começou a estudar guitarra e
pertenceu a um coro infantil, acabando por ingressar
na École Normale de Musique de Paris, onde se formou em guitarra clássica, tendo vencido vários prémios durante a sua carreira como guitarrista.
de Christophe Barratier
Em 1991 foi contratado pelo tio, o actor e cineasta
francês Jacques Perrin, para integrar a produtora
Galatée Films, onde trabalhou enquanto produtor
associado em vários documentários como Microcosmos.
Barratier estreou-se como realizador em 2002,
com o telefilme Les Tombales, exibido em vários festivais de cinema. Mas foi com Os Coristas, a sua primeira
Realização: Christophe Barratier
Produção: Arthur Cohen
Argumento: Christophe Barratier e
Philippe Lopes-Curval, baseado num
original de René Wheeler e Noël-Noël
Música: Bruno Coulais
Cinematografia: Jean-Jacques Boulin et al
longa metragem de 2005, que ganhou fama internacional. Adaptado e realizado por si, Barratier foi ainda do
compositor das músicas do filme, baseado num outro
de 1945, La Cage aux Rossignols, que muito o impressionara quando criança. Os Coristas recebeu nomeações
para variados prémios internacionais de prestígio,
incluindo dois Óscares da Academia de Hollywood,
Elenco:
Gerárd Jugnot—Clément Mathieu
François Berléand—Rachin
Kad Merad—Chabert
Jean-Paul Bonnaire—La Père Maxence
Marie Bunel—Violette Morhange
Jean-Baptiste Maunier—Pierre Morhange
Maxence Perrin—Pépinot
17, 19 e 24 de Novembro
um para Melhor Filme Estrangeiro e outro pela
Melhor Canção.
A combinação da música, da infância, e do sonho
de um músico falhado que, apesar de tudo, tenta fazer
do mundo à sua volta um lugar melhor fazem deste
filme um conto de esperança que nos inspira a todos.
Fotografia: Cor
Origem: França
Ano de Produção: 2004
Duração: 95 min.
12:45
Sala Polivalente
A magia da música.
Sinopse
O falecimento de um ente querido constitui o
ponto de partida para um dos mais belos filmes franceses dos últimos anos. Este acontecimento trágico
despoleta toda uma narrativa alicerçada em memórias de um passado que há muito se encontrava
esquecido.
Numa França traumatizada pela Segunda Guerra
Mundial, a recuperação, afigurava-se, em 1949, ainda
bastante longínqua. Muitas das crianças e jovens
haviam perdido os pais ou, se tal não sucedera, a
violência do conflito obrigara à desagregação ou ao
desenraizamento de famílias inteiras.
Em 1949, apenas quatros anos após o final da II
A película transporta-nos para um estabelecimento de ensino vocacionado para a protecção e educação de jovens em risco (órfãos, crianças agressivas,
pré-delinquentes). O nome da escola, bem sugestivo
por sinal, “Fundo do Pântano”, clarifica quase instantaneamente o universo de alunos que vamos
conhecer.
Numa aparente ingenuidade e superficialidade,
este filme acaba por se transformar numa reflexão
sobre a escola dos nossos avós e num elogio de uma
sensibilidade notável a uma das mais sublimes actividades do ser humano – o ensino.
Clément Mathieu é um professor no desemprego,
figura rechonchuda, de baixa estatura e sem cabelo,
que ao aceitar o cargo no “Fundo do Pântano” se vê
confrontado com uma realidade escolar muito dura,
em alguns momentos violenta, bem distante da ideal
e sonhada por qualquer docente. A sua missão é hercúlea. Ensinar crianças e jovens que perderam o sentido das suas vidas e que consideram a escola uma
prisão, há que reconhecer, não é uma tarefa simples.
Guerra Mundial, Clément Mathieu, um professor
desempregado, aceita o cargo de supervisor num
Mas por detrás da imagem frugal e cândida deste professor esconde-se um Homem com valores, de uma
generosidade e autenticidade imensas que não descansará enquanto não conseguir descobrir o caminho e
porta de entrada para os corações dos seus alunos.
Esse caminho será percorrido com a sua determinação
e bondade, a chave para entrar na alma das crianças
ser-lhe-á fornecida pela música. Esta arte, que o professor Mathieu amargurada e secretamente procurava
ocultar de si próprio, irá transformar a sua vida e a dos
seus alunos. Com a música Mathieu reencontrar-se-á e,
simultaneamente, dará às suas crianças um motivo
para permanecerem na escola e um sentido às suas
vidas.
O filme recorda-nos, em cada instante, a paixão
de ser professor. Numa sociedade (a nossa) onde frequentemente e com demasiada leviandade se questiona,
minimiza e até ridiculariza o papel do professor, “Os
Coristas” é um grito de alerta, uma chamada de atenção para a importância decisiva que estes desempenham na formação das personalidades das nossas
crianças e jovens. A questão não se reduz exclusivamente à divulgação de conhecimentos, independentemente da área disciplinar. A essência da actividade
docente centra-se fundamentalmente nas referências e
ideais de vida que se conseguem transmitir. Aquilo que
o professor Mathieu nos ensina é que mesmo na maior
das adversidades, na escuridão mais densa, se nos
esforçarmos, se houver empenhamento e coragem,
poderemos, em qualquer circunstância, descobrir a luz.
Ele, tendo a música como aliada, consegue devolver a
esperança a um punhado de crianças que, fruto de circunstâncias históricas incontroláveis, a haviam perdido. Haverá obra mais maravilhosa do que poder dar
um rumo a vidas aparentemente perdidas? A resposta
é-nos fornecida de forma ternurenta e sensível no final
do filme.
colégio interno vocacionado para a reeducação de
menores. A escola vive aprisionada num sistema
repressivo imposto pela figura despótica do seu director, Ranchin. A missão de Mathieu é a de ensinar um
grupo de jovens problemáticos e de personalidades
bastante agressivas. Aquilo que aparentemente se
afigura como impossível poderá ser alcançado quando
o professor Mathieu decide revelar às crianças a
magia da música…
Violette: Tem filhos?
Mathieu: Não. Bom, na verdade sim,
tenho 60.