Clique aqui para baixar este artigo.
Transcrição
Clique aqui para baixar este artigo.
ARTIGOS CIENTÍFICOS Alternativa de design para próteses do tipo Protocolo: relato de caso Alternative design to Brånemark Protocol prosthesis: case report Renato de FREITAS1, Luciana de Rezende PINTO2, Antonio Alves de ALMEIDA JÚNIOR3, Leandro de Moura MARTINS4, José Luiz Góes de OLIVEIRA5, Andrea de Melo SENES6 RESUMO A prótese do tipo Protocolo de Brånemark é uma alternativa bem sucedida para a reabilitação de mandíbulas edêntulas com implantes osseointegrados. Porém, grande parte dos pacientes usuários desse tipo de reabilitação incomoda-se com o acúmulo de alimentos sob a barra metálica e com o prejuízo estético causado pelo espaço vazio existente entre a barra e a mucosa. Tais queixas podem ser facilmente resolvidas com a adequação do desenho da prótese. O presente trabalho propõe novos designs para a prótese do tipo Protocolo, através do preenchimento dos espaços entre os cilindros protéticos com resina acrílica. Essas alternativas promovem maior conforto ao paciente, visto que dificultam o acúmulo de restos alimentares, facilitam a higienização e garantem melhorias estéticas, além de favorecer o controle periódico. Apesar da técnica ser de fácil execução, poucos dentistas e técnicos em prótese dentária fazem uso dessas alternativas para o design do Protocolo, deixando de oferecer um tratamento diferenciado ao paciente. Por esse motivo, esse trabalho expõe um caso clínico onde foi confeccionada uma prótese do tipo Protocolo de Brånemark com seu design modificado. ABSTRACT Brånemark Protocol prosthesis is an adequate alternative to the rehabilitation of edentulous mandibles with osseointegrated implants. However, a great number of users bother with the accumulation of food under the metallic bar and the esthetic prejudice due to the existent gap between the bar and the mucosa. Such complaints can be easily solved with the correct design of the prosthesis. This work suggests new designs to this kind of prosthesis through the fulfilling of the gaps between prosthetic cylinders with acrylic resin. These alternatives promote better comfort to the patient, once they make it difficult to accumulate food, facilitate hygiene, maintenance and guarantee esthetic improvements. Despite being easy to make, few dentists and dental prosthesis technicians use these alternative design of protocols, not offering a differentiated treatment to their patients. This work shows a case report where the use of a modified design of the Brånemark protocol was applied. Key words: Dental Esthetics, dental. implants. Dental prosthesis. Palavras-chave: Implantes dentários. Prótese dentária. Estética dentária. Endereço para correspondência: Renato de Freitas Rua Baptista Antonio de Angelis, 1-30 Vila Regina 17044-400 - Bauru - São Paulo - Brasil E-mail: [email protected] Recebido: 10/03/2009 Aceito: 13/04/2009 1. Doutor em Reabilitação Oral. Professor Assistente Doutor da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. 2. Doutoranda em Reabilitação Oral da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. 3. Mestrando em Reabilitação Oral da Faculdade de Odontologia de Araraquara, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, Brasil. 4. Doutorando em Reabilitação Oral da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. 5. Mestrando em Reabilitação Oral da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. 6. Doutoranda em Biologia Oral da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, SP, Brasil. Innov Implant J, Biomater Esthet, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 75-80, jan./abr. 2009 Revista Innovation Vol. 4 - Num 1 - 2009.indd 75 75 05.05.09 10:41:13 Alternativa de design para próteses do tipo Protocolo: relato de caso INTRODUÇÃO Estima-se que metade da população brasileira com mais de 65 anos seja desdentada total, necessitando de próteses dentárias. Enquanto a prótese total convencional pode suprir as necessidades de muitos indivíduos, outro tipo de clientela deseja maior retenção, estabilidade, função e estética, principalmente para a arcada inferior. A mandíbula edentada frequentemente apresenta um desafio protético difícil e a reabilitação oral com implantes osseointegrados é uma terapia que pode ser usada em diferentes situações, melhorando a função mastigatória com alta de sucesso e evidência científica bem documentada2,4,7-8,11,23. Com o advento dos implantes, idealizados por Brånemark na década de 60 e com a consolidação desse tratamento na década de 80, foi possível criar uma nova alternativa para reabilitação de inválidos orais. Os pacientes que tinham inabilidade para tolerar o uso de próteses totais convencionais passaram a ser reabilitados com prótese totais fixas, implantossuportadas4. Esta reabilitação, conhecida como Protocolo de Brånemark, surgiu inicialmente em 1967 e consiste na instalação de 4 a 6 implantes osseointegrados na região anterior da mandíbula, fixados entre os forames mentonianos, os quais suportam uma prótese total, em acrílico, sustentada por uma barra metálica, com dois cantiléveres distais, para substituir os dentes posteriores. Relatos clínicos sobre reabilitações utilizando o Protocolo de Brånemark corroboram o sucesso desse tratamento, visto que 80 a 90% dos implantes apresentaram sobrevida de 5 a 12 anos após o primeiro ano de colocação8,23. Normalmente, este tipo de reabilitação é parafusada sobre intermediários protéticos cônicos com perfis baixos, criando dessa forma, um espaço vazio entre a mucosa e a prótese. Embora a presença desse espaço vazio seja fundamental para a higienização da prótese, o acúmulo de alimentos entre a base da prótese e a mucosa, além do aspecto antiestético, é queixa frequente dos pacientes que usam esse tipo de reabilitação. Os trabalhos da literatura são unânimes em considerar que monitoramento e manutenção apropriados são essenciais para a longevidade do implante dental, bem como a prótese sobre implantes, e isto se dá através de cuidados profissionais, avaliações subsequentes ao tratamento e controle efetivo de higiene oral por parte do paciente1,3,14,17,25. Assim, o design da prótese tipo Protocolo de Brånemark deve facilitar a higienização por parte do paciente e impedir o acúmulo de alimentos e placa bacteriana, visto que há evidências de que o biofilme microbiano causa não só gengivite e periodontite, mas também induz o desenvolvimento de peri-implantites10,18,26. O preenchimento do espaço vazio, entre a mucosa e a prótese total fixa, com a mesma resina acrílica utilizada para a confecção da base da prótese é uma alternativa simples, capaz de melhorar tanto o aspecto estético quanto diminuir o acúmulo de alimentos nesta região, promovendo ao paciente mais conforto e segurança. Além disso, tal técnica permite reembasamentos periódicos em caso de recessão gengival, frequentemente observada em durante 76 o período de cicatrização, após realização de carga imediata. Muitos dentistas e técnicos em prótese dentária desconhecem essa técnica, visto que a grande parte dos trabalhos de literatura mostra próteses do tipo Protocolo com a aplicação da resina acrílica terminando na barra metálica da prótese. O presente trabalho expõe um caso clínico de reabilitação oral da arcada inferior com prótese do tipo Protocolo de Brånemark, estendendo a acrilização da resina até a porção inferior da barra, por vestibular. RELATO DE CASO Uma paciente, portadora de próteses totais superior e inferior, se apresentou na Clínica Via Oral, na cidade de Bauru SP, para avaliação e tratamento com implantes osseointegrados. Queixava-se de dificuldade de mastigação, instabilidade da prótese total inferior, prejuízo estético e acúmulo de restos alimentares na prótese. Após anamnese, avaliação clínica e radiográfica, optou-se em instalar 5 implantes osseointegrados no rebordo inferior, para posterior confecção de uma prótese do tipo Protocolo de Brånemark. Instalaram-se, com o auxílio de uma guia multifuncional, cinco implantes MasterScrew (Conexão - Sistemas de Prótese, São Paulo, SP, Brasil) de plataforma protética regular em 2 etapas: instalação e após 6 meses, reabertura. Os implantes foram, então, transferidos para o modelo de gesso e os intermediários foram selecionados. Utilizaram-se intermediários protéticos do tipo Microunit (Conexão – Sistemas de Prótese, São Paulo, SP, Brasil) de 3,75 mm parafusados sobre os 5 implantes com torque de 20 N (Figura 1). Posteriormente, os transferentes foram colocados sobre os intermediários e unidos entre si e à guia multifuncional com resina Duralay® (Reliance Dental Mfg. Co., Worth, IL, Estados Unidos) para que fossem transferidos. O registro intermaxilar e a moldagem funcional foram feitos com o auxílio do guia multifuncional. Figura 1 - Intermediários protéticos do tipo Microunit. A barra metálica foi confeccionada sobre o modelo de trabalho, fundida e provada em boca, para verificar sua passividade e adaptação nos intermediários. Não houve necessidade de ajustes. Assim, aplicou-se corante opaco para mascarar a presença de metal Innov Implant J, Biomater Esthet, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 75-80, jan./abr. 2009 Revista Innovation Vol. 4 - Num 1 - 2009.indd 76 05.05.09 10:41:13 ARTIGOS CIENTÍFICOS Freitas R de, Pinto L de R, Almeida Júnior AA de, Martins L de M, Oliveira JLG de, Senes A de M sob o acrílico e a montagem dos dentes em cera foi transferida para a barra, através de uma muralha em silicona laboratorial. A cera foi colocada, por vestibular, contornando os cilindros protéticos, promovendo menor espaço para acúmulo de alimentos. Após a prova do Protocolo em cera, a mesma foi acrilizada com resina termopolimerizável, e foram feitos acabamento e polimento da peça, previamente à instalação (Figuras 2 - 8). Figura 5 - Prótese do tipo Protocolo com design modificado – vista oclusal. Figura 2 - Prótese do tipo Protocolo com design modificado - resina acrílica contornando os cilindros protéticos por vestibular. Figura 6 - Próteses polidas e prontas para instalação. Figura 3 - Prótese do tipo Protocolo com design modificado porção lingual da barra metálica livre de resina acrílica. Figura 7 - Instalação da prótese tipo Protocolo na boca. Figura 4 - Prótese do tipo Protocolo com design modificado contorno dos cilindros protéticos por resina acrílica. Figura 8 - Próteses instaladas - melhorias estéticas garantidas pelo preenchimento por resina acrílica, dos espaços vazios entre os pilares protéticos. Innov Implant J, Biomater Esthet, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 75-80, jan./abr. 2009 Revista Innovation Vol. 4 - Num 1 - 2009.indd 77 77 05.05.09 10:41:13 Alternativa de design para próteses do tipo Protocolo: relato de caso A paciente foi orientada sobre cuidados com higiene oral, utilização de escovas interdentais e uso de passa fio (Figuras 9 - 11). Figura 9 - Escovas interdentais e passa fio, indicados para a higienização de próteses do tipo Protocolo. Figura 10 - Escovas interdentais e passa fio, indicados para a higienização de próteses do tipo Protocolo. Figura 11 - Escovação da prótese tipo Protocolo. DISCUSSÃO Recentemente, o foco da implantodontia ampliou-se, a osseointegração do implante ao osso alveolar não é a única preocupação. A manutenção da saúde dos tecidos moles e ósseo peri-implantares, a longo prazo, passou a ser fundamental para o sucesso da reabilitação sobre implantes. Para que isso seja possível, é preciso que ocorra uma cooperação entre os cuidados profissionais e os cuidados com higiene oral realizados pelo paciente, em casa. O paciente deve se comprometer e ser responsável pela manutenção do implante16. Estudos comprovam que deficiências na higiene oral de pacientes usuários de próteses sobre implantes são as principais causas de perda óssea marginal. Ademais, outros fatores causadores de perda óssea, como tabagismo, são potencializados junto à presença de biofilme microbiano nos implantes e na prótese11,14. Assim, um Protocolo com design que favoreça sua higienização e seu reembasamento é fundamental para controle da formação de biofilme e consequentemente preservação da saúde periodontal e dos implantes. A insatisfação dos pacientes sobre o acúmulo de alimentos sob próteses do tipo Protocolo e dificuldade de higienização das mesmas foi notada também em trabalhos internacionais, justificando mais uma vez a necessidade de se adequar o desenho da prótese4,25. O acúmulo de biofilme microbiano, tanto na resina acrílica quanto nos componentes protéticos, é alvo de estudo de muitas pesquisas científicas5. Sabe-se que a colonização de microorganismos nas superfícies é facilitada, principalmente, por sua rugosidade superficial9,15,19-20,24,27. Nas resinas acrílicas, a rugosidade superficial é inerente às técnicas de acabamento e polimento, e seu valor (Ra) varia de acordo com a técnica utilizada. O polimento sempre promove uma redução dos valores de rugosidade superficial12-13,22. Dessa forma, é fundamental que o cirurgião-dentista utilize instrumentos adequados para a raspagem e higienização do Protocolo. Curetas metálicas, aparelho de ultrassom e jatos de bicarbonato são inapropriados, visto que podem causar ranhuras na superfície da resina e dos componentes protéticos. Idealmente, devem-se utilizar curetas manuais plásticas, banhadas a ouro, de teflon ou madeira, para que não ocorram danos à superfície dos componentes protéticos e da resina. Deve-se lembrar que, regularmente, a prótese deve ser desparafusada e repolida, para garantir a lisura superficial6,21. O dentista também deve orientar o paciente quanto à higienização da porção correspondente aos dentes, indicando a melhor técnica de escovação para cada paciente e reforçando o uso de escova macia e pasta não abrasiva, sempre com movimentos leves, a fim de evitar abrasão da superfície. Figura 12 - Sorriso da paciente após instalação das próteses. 78 Innov Implant J, Biomater Esthet, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 75-80, jan./abr. 2009 Revista Innovation Vol. 4 - Num 1 - 2009.indd 78 05.05.09 10:41:14 ARTIGOS CIENTÍFICOS Freitas R de, Pinto L de R, Almeida Júnior AA de, Martins L de M, Oliveira JLG de, Senes A de M CONCLUSÃO REFERÊNCIAS 1. Apesar da prótese do tipo Protocolo ser uma alternativa de sucesso para tratamento de mandíbulas edêntulas, o acúmulo de alimentos e o fator antiestético ainda são queixas frequentes entre os usuários desse tipo de reabilitação oral. Essa problemática pode ser facilmente sanada com a utilização de novos designs para o Protocolo, os quais promovem menor espaço para acúmulo de alimentos, favorecem a higienização e possibilitam reembasamentos periódicos. A manutenção dos casos comprova a satisfação do paciente e a grande melhora da condição periodontal, além é claro, da motivação do paciente e da equipe odontológica como um todo, que passa a oferecer um tratamento diferenciado. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. Adell R, Eriksson B, Lekholm U, Brånemark PI, Jemt T. Longterm follow-up of osseointegrated implants in the treatment of totally edentulous jaws. Int J Oral Maxillofac Implants. 1990;5(4):34759. Albrektsson T. A multicenter report of osseointegrated oral implants. J Prosthet Dent. 1988;60(1):75-84. Bauman GR, Mills M, Rapley JW, Hallmon HW. Clinical parameters of evaluation during implant maintenance. Int J Oral Maxillofac Implants. 1992;7(2):220-7. Bergman B. Evaluation of the results of treatment with osseointegrated implants by the Swedish National Board of Health and Welfare. J Prosthet Dent. 1983;50(1):114-5. Bollen CM, Lamprechts P, Quirynen M. Comparison of surface roughness of oral hard materials to the threshold surface of bacterial plaque retention. Dent Mat. 1997;13(4):258-69. Gantes BG, Nilveus R. The effects of different hygiene instruments on titanium surfaces: SEM observations. Int J Periodontics Restorative Dent. 1991;11(3):225-39. Henry PJ, Tolmann DE, Bolender C. The applicability of osseointegrated implants in the treatment of partially edentulous patients: three-year results of a prospective multicenter study. Quintessence Int. 1993;24(2):123-9. Jemt T, Lekholm U, Adell R. Osseointegrated implants in the treatment of partially edentulous patients: a preliminary study on 876 consecutively placed fixtures. Int J Oral Maxillofac Implants. 1989;4(3):211-7. Lamfon H, Porter SR, McCullough M, Pratten J. Formation of Candida albicansbiofilms on non-shedding oral surfaces. Eur J Oral Sci. 2003;111(6):465-71. Lekholm U, Ericsson I, Adell R, Slots J. The condition of the soft tissues at tooth and fixture abutments supporting fixed bridges: a microbiological and histological study. J Clin Periodontol. 1986;13(6):558-62. Lindquist LW, Carlsson GE, Jemt A. A prospective 15-year follow-up study of mandibular fixed prostheses supported by osseointegrated implants. Clinical results and marginal bone loss. Clin Oral Implants Res. 1996:7(4):329-36. Loney RW, Moulding MB. The effect of finishing and polishing on surface roughness of a processed resilient denture liner. Int J Prosthodont. 1993;6(4):390-6. Loney RW, Moulding MB, Hacker CH, Ritsco RG. Finishing and polishing of a poly (fluoroalkoxyphosphazene) resilient denture liner. Int J Prosthodont. 1994;7(4):362-7. Meffert RM. Treatment of failing dental implants. Curr Opin Dent. 1992;2:109-14. Nikawa H, Chen J, Hamada T, Nishimura M, Polyzois G. Candida albicans colonization on thermal cycled maxillofacial polymeric materials in vitro. J Oral Rehabil. 2001;28(6):526-33. Orton GS, Steele DL, Wolinsky LE. Dental professional’s role in monitoring and maintenance of tissue-integrated prostheses. Int J Oral Maxillofac Implants. 1989;4(4):305-10. Quirynen M, De Soete M, van Steenberghe D. Infectious risks for Innov Implant J, Biomater Esthet, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 75-80, jan./abr. 2009 Revista Innovation Vol. 4 - Num 1 - 2009.indd 79 79 05.05.09 10:41:15 Alternativa de design para próteses do tipo Protocolo: relato de caso 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 80 oral implants: a review of the literature. Clin Oral Implants Res. 2002;13(1):1-19. Quirynen M, Naert I, van Steenberghe D, Teerlinck J, Dekeyser C, Theuniers G. Periodontal aspects of osseointegrated fixtures supporting an overdenture. A 4-year retrospective study. J Clin Periodontol. 1991;18(10):719-28. Radford DR, Challacombe SJ, Walter JD. Denture plaque and adherence of Candida albicans to denture-base materials in vivo and in vitro. Crit Rev Oral Biol Med. 1999;10(1):99-116. Radford DR, Sweet SP, Challacombe SJ, Walter JD. Adherence of Candida albicans to denture-base materials with different surface finishes. J Dent. 1998;26(7):577-83. Rapley JW, Swan RH, Hallmon WW, Mills MP. The surface characteristics produced by various oral hygiene instruments and materials on titanium implant abutments. Int J Oral Maxillofac Implants. 1990;5(1):47-52. Ulusoy M, Ulusoy N, Aydin AK. An evaluation of polishing techniques on surface roughness of acrylic resins. J Prosthet Dent. 1986;56(1):107-12. Van Steenberghe D, Lekholm U, Bolender C, Folmer T, Henry P, Herrmann I, et al. Applicability of osseointegrated oral implants in the rehabilitation of partial edentulism: a prospective multicenter study on 588 fixtures. Int J Oral Maxillofac Implants. 1990;5(3):272-81. Verran J, Maryan CJ. Retention of Candida albicans on acrylic resin and silicone of different surface topography. J Prosthet Dent. 1997;77(5):535-9. Walton JN, MacEntee MI. Problems with prostheses on implants: a retrospective study. J Prosthet Dent. 1994;71(3);283-8. Warrer K, Buser D, Lang NP, Karring T. Plaque-induced periimplantitis in the presence or absence of keratinized mucosa. An experimental study in monkeys. Clin Oral Implants Res. 1995;6(3):131-8. Yamauchi M, Yamamoto K, Wakabayashi M, Kawano J. In vitro adherence of microorganisms to denture base resin with different surface texture. Dent Mater J. 1990;9(1):19-24. Innov Implant J, Biomater Esthet, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 75-80, jan./abr. 2009 Revista Innovation Vol. 4 - Num 1 - 2009.indd 80 05.05.09 10:41:15