destaques - Miura Investimentos

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destaques - Miura Investimentos
Sexta-feira, 29 de Julho de 2016.
DESTAQUES
Queda do Bradesco puxa BOVESPA para baixo
NATURA estanca queda nas vendas brutas
ARCELORMITTAL vê lucro crescer 6 vezes no trimestre
Lucro do FLEURY cresce 40% no segundo trimestre
Funcionários protestam contra venda de ativos
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Sexta-feira, 29 de Julho de 2016.
FECHAMENTO ANTERIOR (28/07/2016)
BAIXA
ABERTURA
FECHAMENTO
-0,33
56.853
56.853
MAIORES ALTAS
AÇÃO
PREÇO
%
MÍNIMA
MÁXIMA
VOLUME
Ibovespa se afasta da mínima, mas cai puxado por
Bradesco e segue em 10 dias de indefinição.
Segundo o analista Felipe P. Otero, da Ágora
Corretora,
55.993
56.853
7.131.143.983
MAIORES BAIXAS
AÇÃO
PREÇO
%
NATU3
KLBN11
R$30,00
R$17,10
10,31
3,51
PCAR4
R$48,20
-10,41
BBDC4
R$27,50
-4,45
RADL3
KROT3
MRFG3
R$64,20
R$14,67
R$5,56
3,28
2,80
2,77
SMLE3
BBAS3
BBDC3
R$49,86
R$20,67
R$28,66
-4,24
-3,77
-2,88
BOLSAS INTERNACIONAIS
Índice
Dow Jones
S&P 500
Nasdaq
Pontos
%
18.456,35
-0,09
2.170,06
+0,16
5.154,98
+0,30
Índice
Euro
FTSE 100
DAX
Pontos
%
2.980,00
+0,47
6.709,63
-0,17
10.309,19
+0,33
Índice
CAC 40
Shangai
Nikkei
Pontos
%
4.422,78
+0,05
2.979,34
-0,50
16.569,27
+0,56
AGENDA
09:00 GDP / GDP - Chain Deflator
09:30 Employment Cost Index
10:45 Chicago PMI
11:00 Michigan Sentiment - final
09:00 Pnad Contínua
09:00 IPP - Indústria de Transformação
10:30 Nota de Política Fiscal
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Sexta-feira, 29 de Julho de 2016.
QUEDA DO BRADESCO PUXA BOVESPA PARA BAIXO
Notícias corporativas fizeram com que o Ibovespa interrompesse o movimento de lateralidade em que
vinha operando nos últimos dias e fechasse em baixa. O principal indicador da bolsa de valores caiu 0,33% para
56.667 pontos, em um movimento de realização de lucros. A tendência de alta no médio prazo, no entanto, não
está descartada. Neste mês, o Ibovespa acumula alta de 9,98%. A empresa que mais contribuiu para a baixa da
bolsa foi o Bradesco. Pela manhã, o banco informou que teve um lucro liquido ajustado de R$ 4,161 bilhões no
segundo trimestre, número que aponta queda de 7,6% sobre o resultado obtido no mesmo período do ano
passado. Mais tarde, a Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) apresentou denúncia contra
executivos do Bradesco, empresários, advogados e servidores da Receita Federal dentro da Operação Lava-Jato.
Em nota, o Bradesco informa que “reitera sua convicção de que nenhuma ilegalidade foi praticada”. AS ações do
Bradesco ON caíram 2,88% e Bradesco PN teve baixa de 4,44%, puxando para baixo as demais ações das demais
instituições financeiras. Como os papéis do sistema financeiro têm uma participação significativa no Ibovespa, o
índice fechou em baixa. O giro financeiro com as ações do Bradesco PN chegou a R$ 654,055 milhões, o maior
movimento com ações do dia. O segundo papel mais negociado foi a ação preferencial da Petrobras, que
movimentou R$ 459,249 milhões. O Ibovespa registrou movimento financeiro de R$ 5,5 bilhões. A ação que mais
caiu no dia foi Pão de Açúcar PN, com queda de 10,40%, depois que a companhia anunciou que teve prejuízo
líquido de R$ 276 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 66 milhões do mesmo período do
ano passado. A baixa das ações da Petrobras também contribuíram para o desempenho negativo do Ibovespa. O
petróleo tipo WTI para setembro caiu 1,9%, a US$ 41,14 o barril, o contrato de petróleo do tipo Brent para
setembro teve baixa de 1,8%, a US$ 42,80. Outra empresa que anunciou o resultado financeiro foi a Usiminas,
que divulgou que o balanço do segundo trimestre e mostrou prejuízo líquido de R$ 129,4 milhões, uma redução
de 78,5% em relação ao prejuízo registrado no mesmo período do ano passado. As ações da companhia subiram
2,41%. A Natura informou, ontem, que teve lucro líquido de R$ 91 milhões no segundo trimestre, o que representa
uma queda de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. Os papéis da companhia subiram 10,13% no
pregão de hoje. Para analistas, o trimestre representou o início da recuperação do negócio no Brasil, após muitos
esforços para diversificar os canais de vendas, melhorar as ferramentas tecnológicas e treinar as consultoras para
estancar a perda de participação no mercado.
NATURA ESTANCA QUEDA NAS VENDAS BRUTAS
As iniciativas da Natura para melhorar o desempenho de vendas no Brasil e estancar a perda de participação
de mercado, intensamente cobradas pelos investidores nos últimos tempos, mostraram seus primeiros sinais no
segundo trimestre. A queda das vendas brutas foi interrompida depois de seis trimestres e a produtividade das
vendedoras avançou após oito trimestres. As ações reagiram com alta de 10% na BM&FBovespa, a R$ 30, a maior
cotação desde 8 de março. Ainda há dificuldades como a inflação, o aumento tributário, o câmbio e a
desaceleração econômica. "Ainda estamos nos recuperando de todos esses impactos muito negativos", disse o
presidente Roberto Lima ontem a analistas. "Apesar disso, os resultados positivos mostram que estamos no
caminho certo." A empresa adotou iniciativas como a simplificação do portfólio da venda direta e a ida a novos
canais, como farmácias e lojas físicas. A segmentação do perfil de crédito de vendedoras e a adição de tecnologias,
como máquinas de cartão começaram a mostrar resultados positivos. A receita líquida subiu 5%, para R$ 2
bilhões, em linha com a expectativa média de seis casas de análise (BTG Pactual, Deutsche Bank, Citi, Itaú BBA,
Morgan Stanley, Votorantim Corretora) consultadas pelo Valor. No Brasil a receita bruta subiu 1,2%, para R$ 2
bilhões. A operação internacional cresceu mais de 20% e continua forte, apesar de a alta do real em relação a
outras moedas ter diminuído a contribuição das vendas. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebitda) caiu 3,5% no trimestre, para R$ 345 milhões, mas superou os R$ 337,3 milhões previstos
pelas casas de análise, em média. O lucro líquido somou R$ 91 milhões, queda de 22% em bases anuais, e abaixo
dos R$ 114,5 milhões esperados - mas o aumento de despesas financeiras que afetou o resultado final era difícil
de prever, dizem analistas. A Natura prevê estancar a perda de participação de mercado ainda este ano, para
voltar a ganhar espaço em relação a concorrência em 2017. "O objetivo é parar a queda em 2016 e retornar um
crescimento mais pujante a partir de 2017", disse Andrea Álvares, vice-presidente de marketing, em
teleconferência. A produtividade das vendedoras subiu 1,2% de abril a junho, pela primeira vez desde o primeiro
trimestre de 2014. Segundo João Paulo Ferreira, vice-presidente comercial, a melhora reflete o foco maior na
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Sexta-feira, 29 de Julho de 2016.
qualificação da base e a ênfase menor em volumes. No segundo trimestre o número de vendedoras permaneceu
estável em comparação com o ano passado, em 1,8 milhão, afetado pela retração da atividade econômica. Os
volumes caíram 11% no trimestre, mas foram compensados pelo aumento de 14,7% do preço médio. A fabricante
de cosméticos diminuiu a intensidade de promoções e pretende continuar a simplificar o portfólio. A gestão de
estoques deve ser aprimorada no segundo semestre, após alta de 7,9%, a R$ 1,04 bilhão, entre dezembro de 2015
e junho deste ano. O aumento refletiu tanto uma estratégia de segurança, para não faltar produto, quanto novos
hábitos de consumo, pois o tíquete médio diminuiu em meio a crise. Aos poucos as tendências estão mudando
para melhor, diz o Credit Suisse. "A Natura parece bem preparada para se beneficiar da melhora do ambiente
econômico", afirma o analista Tobias Stingelin.
ARCELORMITTAL VÊ LUCRO CRESCER 6 VEZES NO TRIMESTRE
A gigante siderúrgica ArcelorMittal informou um aumento de 512% no lucro do segundo trimestre, no
comparativo anual, para US$ 1,1 bilhão. Segundo o balanço da companhia, a maior parte desse avanço está ligada
a um ganho extraordinário de US$ 832 milhões relacionado a uma redução de custos com planos de saúde no
acordo trabalhista da operação dos Estados Unidos. A última linha do balanço da empresa superou as expectativas
de lucro de US$ 201 milhões, com base em uma pesquisa do “The Wall Street Journal” com sete analistas. A
receita da maior siderúrgica do mundo em produção recuou 12,7% de abril a junho, para US$ 14,7 bilhões, no
confronto anual. A companhia indicou em seus resultados que estava otimista sobre o segundo semestre, mas
advertiu que o excesso de capacidade de aço globalmente permanece preocupante. O lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização Ebitda, na sigla em inglês) aumentou 27% no intervalo, para US$ 1,77 bilhão,
com os custos caindo mais do que os preços médios de venda de aço, ajudando a expandir a margem de lucro
da empresa, apesar da queda na receita causa pelos preços do aço e minério de ferro mais baixos. A produção
de aço em volume recuou 3,75% no trimestre, para 23,1 milhões de toneladas. Os embarques de aço ficaram
praticamente estáveis no período, em 22,1 milhões de toneladas. O analista do Jefferies Seth Rosenfeld disse que
os resultados bateram suas expectativas em todas as divisões, com as surpresas mais notáveis na Europa e na
América do Norte. “Embora a indústria continue a enfrentar os desafios do excesso de capacidade estrutural,
estamos vendo melhores condições de mercado em comparação com o segundo semestre de 2015, o que nos leva
a ser cautelosamente otimista em relação ao restante do ano”, disse Lakshmi Mittal, presidente da companhia. A
empresa disse que espera um impacto mínimo sobre o seu negócio pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia.
Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) têm sido particularmente atingidos pelo fluxo de aço chinês barato,
levando-os a responder com a abertura de disputas comerciais contra a China para proteger seus produtores. O
diretor financeiro Aditya Mittal disse que isso está começando a ter um efeito positivo na redução de importações
de aço para os EUA, mas não da UE, onde mais tarifas estão em vias de ser aplicadas.
LUCRO DO FLEURY CRESCE 40% NO SEGUNDO TRIMESTRE
A rede de medicina diagnóstica Fleury registrou um lucro líquido de R$ 46,1 milhões no segundo trimestre
de 2016, o que representa um aumento de 40,2% em relação ao mesmo período de 2015. O resultado foi
beneficiado, principalmente, pelo aumento na receita bruta, nas deduções em impostos e pela redução dos
cancelamentos. Excluindo o impacto dos impostos diferidos, o lucro seria de R$ 57,8 milhões. Na mesma base de
comparação, a receita cresceu 9,5%, passando de R$ 479,5 milhões para R$ 525,1 milhões. A receita da marca
Fleury avançou 7,9%, da marca Rio de Janeiro subiu 0,8% e de outras marcas regionais, 17,2%. O lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do Fleury cresceu 24,1% no trimestre para R$ 122 milhões.
FUNCIONÁRIOS PROTESTAM CONTRA VENDA DE ATIVOS
Funcionários da Petrobras se concentram na tarde deste desta quinta-feira em frente ao edifício sede
da companhia, no Centro do Rio, para protestar contra o programa de venda de ativos da petroleira. O grupo,
de cerca de 200 trabalhadores, entoa palavras de ordem como “Fora Parente” e “Não à privatização”. Os
manifestantes protestam também contra o projeto de flexibilização da operação única da Petrobras no pré- sal.
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EQUIPE ECONÔMICA
Diego Ramiro
Lourenço Neto
Fábio Biral
Mladen Dragosavac
INFORMAÇÕES
Bloomberg
BM&FBOVESPA
Reuters
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Exame
Valor Econômico
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situação financeira.
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