CoCktail exploSivo

Transcrição

CoCktail exploSivo
JORNAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE CALÇADO, COMPONENTES E ARTIGOS DE PELE E SEUS SUCEDÂNEOS # Nº 166 # MAIO 2010
«Cocktail explosivo»
© AKS - Fotolia.com
O estado dos negócios na indústria
do calçado, no primeiro trimestre
de 2010, revelou-se o melhor dos
últimos dez anos. No Boletim de
Conjuntura, as empresas relatam
melhorias na produção e mesmo do
emprego. No entanto, os empresários estão inquietos. O galopante
aumento do preço das matériasprimas, o crescimento da taxa de
absentismo e o clima de incerteza
a nível internacional, conjugado
com as medidas de “austeridade”
apresentadas pelo Governo estão a
deixar os empresários, literalmente,
com os «nervos em franja».
Suplemento
Conjuntura melhora
Em 2010
No primeiro trimestre de 2010, o estado dos negócios
na indústria de calçado melhorou substancialmente
e, de acordo com as empresas inquiridas, é agora o
mais favorável desde o início da década. Esta melhoria reflectiu-se numa evolução positiva da produção e
do emprego e levou a que diversas empresas tenham
enfrentado limitações relacionadas com o abastecimento de matérias-primas.
Calçado português
Brilha no exterior
O calçado português tem vindo a conquistar cada vez mais
fãs no plano internacional. No ano passado, chegou mesmo a 132 países, mais 14 do que em 2008. A nova imagem
do sector de calçado lançada em Setembro do ano passado, e que tem procurado reposicionar a oferta portuguesa
tem sido uma mais-valia na caminhada de afirmação do
calçado nacional no plano global.
Nº 166 # MAIO 2010
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Empresas preocupadas com
aumento das matérias-primas
© Gina Sanders - Fotolia.com
São várias as dificuldades que estão a inquietar as empresas de calçado
As empresas portuguesas de calçado estão preo-
De acordo com Ron Sauer, o responsável pelo
No caso da Serralheiro e Irmão, que adquire 80%
cupadas com o aumento das matérias-primas, em
mais famoso índice do sector de curtumes no plano
das peles no mercado nacional, “há assinalar um
especial do preço das peles. O alerta surge numa
internacional – o The Sauer Report – “ o preço das
aumento na ordem dos 20% do preço das peles
altura em que se vivem momentos de incerteza no
peles aumentou para praticamente o dobro da baixa
e de 5% nas solas de borracha”. Uma situação
plano internacional (para onde se dirige mais de
sentida durante a crise”. A grande explicação resi-
inquietante, para mais quando a estação Outono/
95% da produção do sector), o governo implementou
de no aumento generalizado do custo das matérias-
Inverno está já a meio.
um conjunto de medidas de «austeridade» e até as
primas. Ainda assim, acredita que nas próximas
taxas de absentismo, parecem estar a disparar para
semanas, os preços “normalizem e possam mesmo
Na óptica de Vasco Aparício, há vários motivos
níveis verdadeiramente impressionantes. Um cená-
diminuir, ainda que ligeiramente”.
que estão a influenciar esta “escalada de preços”.
rio complexo que surge, curiosamente, numa altura
A primeira das quais, “e porventura a mais forte”,
em que o estado dos negócios no sector de calçado
“Vivemos uma situação aflitiva”, reconhece Fernan-
prende-se com “o desenvolvimento do sector de
se revela o melhor dos últimos dez anos.
do Lima. Para o Administrador da Jóia, uma das
calçado na China e na Índia. Eles estão a comprar
mais importantes empresas de calçado de Felguei-
a maioria das peles”, sublinhou o antigo Presidente
No Boletim Trimestral de Conjuntura, elaborado
ras, “o aumento do preço das peles é assustador”.
da Associação de Industriais de Curtumes (APIC),
pelo Centro de Estudos de Estratégia e Gestão
A qualidade global das “peles tem vindo a diminuir
inclusivamente as peles de maior valor-acrescen-
Aplicada da Universidade Católica do Porto para a
e há inclusivamente grandes dificuldades ao nível
tado. Acresce que “a desvalorização do euro, o au-
APICCAPS, concluiu-se que, no primeiro trimestre
do abastecimento”. Fernando Lima acrescenta
mento do custo dos combustíveis e um menor abate
de 2010, “o estado dos negócios na indústria de cal-
que “outras matérias-primas como as solas estão
de animais, motivado pela redução do consumo de
çado melhorou substancialmente e, de acordo com
também a aumentar, o que constitui uma dificulda-
carne, estão a motivar esta situação anómala”.
as empresas inquiridas, é agora o mais favorável
de adicional para as empresas que apresentaram as
desde o início da década”. Esta melhoria reflectiu-
suas colecções aos clientes há já vários meses”.
se mesmo numa evolução positiva da produção e do
As más notícias para as empresas não se esgotam, no entanto, no aumento do preço das maté-
emprego. Elevado é também o número de empre-
Também Filipe Sancho lamenta “o substancial
rias-primas. As empresas estão, de uma maneira
sas que lamenta o acréscimo do preço das peles
aumento das peles - entre 30 a 40% - e das solas”.
geral, expectantes quanto à evolução das princi-
e algumas prevêem, mesmo, limitações relaciona-
Um problema que, para o responsável da Ajax, está
pais economias mundiais. A finalizar esta espécie
das com o abastecimento no futuro. Uma situação
directamente ligado “à desvalorização do euro e
de «cocktail explosivo”, as taxas de absentismo
particularmente grave, uma vez que se estima que
ao aumento do preço dos combustíveis”. Também
não param de aumentar: “É uma situação de todo
as matérias-primas influenciem, em média, o preço
Jorge Diogo confirma um aumento global “de todos
incompreensível”, lamentou Filipe Sancho, da
final do calçado em sensivelmente 50%.
os derivados do petróleo em mais de 10%”.
Ajax.
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Vito Artioli, Presidente da CEC (Confederação Europeia da Indústria de Calçado)
“A recuperação da indústria europeia
vai ser lenta, mas gradual”
É um prestigiado industrial de calça-
passou, ainda que isso não signifique
concentrarem em exclusivo na pro-
gerações. Este modelo de negócio
do, é italiano e lidera, actualmente, a
que, a partir de agora, a conjuntura
dução. Apelar aos sentimentos será,
até pode ser copiado, mas a verdade
Confederação Europeia da In-
cada vez mais, decisivo e
dústria de Calçado (CEC), cargo
estou certo que as empresas
que acumula com a presidência
da ANCI (Associação Italiana
dos Produtores de Calçado).
Teremos de trabalhar
saber criar novas emoções.
o dobro e ser muito mais
Os consumidores querem
criativos
Numa altura em que na Europa
As empresas não se devem
europeias não deixarão de
concentrar em exclusivo no
ser mimados quando com-
se discutem temas importantes,
produto
pram calçado europeu.
Vito Artioli é o entrevistado do
melhore de forma significativa. Muitas
Na sua opinião, quais são as prin-
é que as empresas europeias são ca-
empresas estão ainda em sérias difi-
cipais vantagens comparativas das
pazes de nos surpreender a um ritmo
culdades e a recuperação da indústria
empresas europeias face aos seus
diário, com novas ideias, novas solu-
Que balanço faz do primeiro ano en-
europeia vai ser lenta, mas acredito
concorrentes?
ções, novos produtos e, dessa forma,
quanto Presidente da CEC?
que gradual.
Qualidade, criatividade, tradição,
podem explorar novas oportunidades
Foi um primeiro ano positivo, não obs-
A evolução dos mercados não é ho-
inovação, design e sentido estético são
de negócio. Acredito que estaremos
tante ter sido um período de grande
mogénea, há desempenhos
dificuldade para a indústria e para
muitos diferenciados nos
as empresas europeias de calçado.
vários países e dificilmen-
Destacaria a prorrogação das medidas
te recuperaremos para os
antidumping como a grande interven-
níveis de 2008. Teremos de
vindo a percorrer o caminho
portuguesa de Calçado?
ção da Confederação Europeia nesse
trabalhar o dobro e ser muito
da excelência e da inovação
É uma indústria muito interessante
período em prol do sector. Foi impor-
mais criativos. Acredito,
e mesmo muito competitiva a nível
tante o excelente trabalho desenvolvi-
porém, no dinamismo dos
permanente
do por todas as associações europeias
empresários europeus, que
na defesa do comércio livre, justo e
nunca se deixaram intimi-
equilibrado.
dar e sempre revelaram uma enorme
alguns dos nossos mais fortes argu-
tuguesas foram capazes de fugir à
capacidade de resiliência.
mentos competitivos e mesmo valores,
tentação de deslocalizar a produção
baseados em séculos de
para a Ásia. Acredito que esse factor é
Jornal da APICCAPS.
sempre um passo à frente dos nossos
O calçado europeu tem uma
identidade única e temos
Como Presidente da CEC, quais são as
Que opinião tem sobre a indústria
internacional, que começa a ter uma
identidade própria, alicerçada numa
grande tradição. As empresas por-
experiência e num
suas prioridades?
concorrentes.
uma grande vantagem rela-
A prorrogação dos direitos antidum-
Numa análise estatística generalista,
saber acumula-
ping foi a nossa principal prioridade.
é possível concluir que a indústria eu-
do ao longo
Agora, vamos concentrar-nos num
ropeia de calçado perdeu muito do seu
de várias
outro dossier que consideramos da
peso relativo nos últimos anos. De que
mente, mas sobretudo
maior relevância: a criação de condi-
forma poderá a CEC intervir, de modo
face à deslocalização
ções para a identificação da origem
a que a indústria europeia de calçado
da produção para o
dos produtos importados pela União
continue a afirmar-se como a principal
continente asiático.
Europeia. O dossier “made in”.
referência em todo o mundo?
Temos de comunicar melhor para
Este dossier (Made In) é um dos mais
estarmos em sintonia com os consumi-
ambiciosos projectos da CEC. Como
dores. A qualidade do calçado europeu
pensa ser possível concretiza-lo?
é inquestionável, tem uma identida-
Com muito trabalho e cooperação en-
de única e tem vindo a percorrer o
tre as associações de todos os países.
caminho da excelência e da inovação
Não vejo outra forma. A Eurodeputada
permanente.
italiana Muscardini, está a liderar este
processo em Bruxelas e tem provado
toda a sua determinação para con-
De que forma pensa que a indústria
cluir rapidamente um dossier que se
europeia de calçado poderá evo-
arrasta desde 2005. A Confederação
luir nos próximos anos?
Europeia (CEC) está a dar-lhe todo o
Acredito que vamos ter menos
apoio e esperamos sinceramente que
empresas, mas cada vez mais
as associações de consumidores que
fortes e competitivas no mer-
existem um pouco por toda a Europa
cado global. Assistiremos a
percebam que este é um assunto da
processos de fusão e concen-
maior importância e que, naturalmen-
tração. Novos produtos serão
te, será benéfico para todos.
lançados, assim como novos
serviços, que possam consti-
O ano de 2009 foi particularmente
tuir mais-valias para o sector.
negativo para a indústria europeia
As empresas terão de se
de Calçado. Acredita que o pior já
preocupar em oferecer uma
passou?
gama, cada vez mais alarga-
Temos todos a percepção que o pior já
da, de serviços em vez de se
tivamente por exemplo à
industria espanhola, que
cresceu muito rapida-
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Calçado português conquista
novos adeptos no plano internacional
O calçado português tem vindo a
comercializado na Nova Zelândia”.
não descurarem a capacidade de de-
conquistar cada vez mais fãs no plano
No entanto “apresenta uma qualidade
senvolvimento e procurarem ser ainda
internacional. No ano passado, chegou
muito superior, não só ao nível do aca-
mais competitivas ao nível do preço.
mesmo a 132 países, mais 14 do que
bamento e das matérias-primas como
em 2008. A nova imagem do sector de
também a nível do conforto e mesmo
Na Hungria, três dos mais importantes
calçado lançada em Setembro do ano
do design”. Não é pois de estranhar
importadores (Arsis Kereskedelmi Kft,
passado, e que tem procurado repo-
“que mereça cada vez mais a atenção
Horváth Cipó Kft e Pásztor Leather
sicionar a oferta portuguesa tem sido
dos consumidores”, realçou o respon-
Design Bt) são unânimes na opinião
uma mais-valia na caminhada de afir-
sável da Danbury NZ Limited. Por
de que “a nova imagem do calça-
mação do calçado nacional no plano
isso, prevê que a quota de mercado do
do português é inovadora”, e dessa
global. A opinião de importadores de
calçado português continue a crescer
forma permite dar maior projecção às
todo o mundo, confirma-o.
nos próximos anos.
empresas. De um modo geral, consideram que ”a qualidade do calcado
Alicerçada no logótipo Portuguese
Também no Japão, o calçado portu-
português é já sobejamente conhecido,
Shoes: Design by the Future, a nova
guês parece gozar de uma excelente
fundamentalmente ao nível dos profis-
imagem do calçado português, da au-
imagem. Para os responsáveis da KSS
sionais” e que “o principal obstáculo
toria da empresa 37 design, inspirou-
Inc. “o design do calçado português
para uma mais rápida afirmação na
se na iconografia típica portuguesa.
melhorou consideravelmente”. Já para
Hungria continua a ser o custo dos
Assenta num selo de qualidade e pre-
Nosaka “as empresas portuguesas
transportes que encarecem bastante o
tende assumir-se como um cunho de
apresentam um calçado exclusivo,
preço final ao consumidor”.
sofisticação e inovação permanente.
único e mesmo excêntrico”, facto
O sector português de calçado reno-
muito apreciado no mercado japonês.
Nos EUA, os importadores Howard
vou a imagem e, fundamentalmente,
Na mesma linha de pensamento, os
Allen e Dan Simas não se mostram
o compromisso de oferecer calçado
responsáveis da Noguchihiko Co. Ltd.
particularmente “impressionados”
de excelência. Uma ideia que parece
asseguram que “o calçado português
com a designação Design by the
agradar a clientes de todo o mundo.
melhorou de forma considerável desde
future que consideram “algo confusa”.
“o novo logótipo agrada-me muito,
os anos noventa e é um excelente
Reconhecem, no entanto, a excelente
pois é fresco e vivo” destacou o agente
parceiro comercial para os japoneses”.
qualidade do calçado português, ainda
alemão Roshan Paul, da empresa
De um modo geral, acreditam que as
que o preço médio seja bastante eleva-
Xplusplus. Já o lema – designed by
empresas portuguesas têm ainda con-
do. “A qualidade do calçado português
the future – recebe os mais rasgados
dições para optimizarem a qualidade e
é muito boa”, destacou Dan Simas, da
elogios. “Portugal é definitivamente
os prazos de entrega.
Simco Imported Shoes. As empresas,
deverão, ainda assim, “perceber que o
o mehor candidato para o título em
termos de design”. De um modo geral,
O calçado português está, literalmente,
mercado americano apresenta algu-
Roshan Paul considera que “a ofer-
na moda no Reino Unido. Esse foi, de
mas especificidades, que as empre-
ta dos fabricantes portugueses é muito
resto, o tema de capa da prestigiada
sas devem analisar de forma muito
completa, pois alia o segmento de cal-
revista Footwear and Fashion Extras.
cuidada”.
çado de moda a uma boa flexibilidade
Para a porta-voz do Grupo Next é
e cumprimento dos prazos de entre-
possível encontrar em Portugal “uma
ga“. Já a qualidade do calçado “é
selecção fantástica de calçado para
predominantemente boa, mas poderá
todos os segmentos”. Já Rebecca
ainda ser melhor, a fim de continuar a
Pearson, da TOP SHOP, destaca que
ganhar quota de mercado“, admitiu.
“o calçado português se distingue por
uma boa selecção de matérias-primas
Não é, no entanto, apenas ao nível dos
de qualidade e por produtos de pronto-
mercados mais tradicionais que o cal-
moda”. Acresce que a flexibilidade
çado português tem vindo a conquistar
e capacidade de resposta são muito
uma imagem moderna. Segundo Ken
interessantes, razão pela qual “a Top
Fry, um importador neozelandês, “o
Shop deverá reforçar a sua ligação a
calçado português é genericamente
Portugal”. Rebecca Pearson aconse-
mais caro do que a média do calçado
lha, ainda, as empresas portuguesas a
Imprensa
Elogia
Também a imprensa especializada
começa a ficar rendida à excelência do
calçado português. Elisabetta Caprotti,
Chefe de Redacção da Vogue Pelle,
elogia mesmo a nova imagem do
calçado português. “A nova campanha
é fresca, sofisticada e trendy”. “É perfeita para uma indústria em evolução
que está a dar passos decisivos na
conquista de novos mercados”. Para
Di Ma
“Uma
Maite Ruiz-Atela
“uma imagem
moder
dinâmica e muito
moderna”
Carlo Ambrogi
A nova imagem reflecte
o bom gosto das empresas
portuguesas
Nº 166 # MAIO 2010
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a responsável do Grupo Vogue “o
calçado português tem demonstrado
ser capaz de responder aos desafios
Uma imagem com
história
de um mundo de moda cada vez mais
competitivo”.
Portuguese Shoes: Design by the Future é a terceira imagem institucional do
Eugénio Di Maria segue há mais de
calçado português.
30 anos o sector europeu de calçado.
Segundo o Director da consagrada
newsletter Shoe Inteligence “muitas
empresas portuguesas estão a dar
passos muito interessantes em matéria
de criatividade e a nova imagem
do calçado português reflecte bem
essa aposta”. No essencial, Di Maria
A primeira apresentação colectiva
defende que a “campanha é elegante,
remonta aos anos setenta, numa altura
moderna e original”. Esse trabalho
em que o sector dava os primeiros pas-
deverá, agora, ser aprofundado “por
sos nos mercados externos. O logótipo
uma mais ampla divulgação da estra-
Shoes from Portugal permitiu, pela
tégia das marcas portuguesas, que
primeira vez, apresentar ao mundo um
devem comunicar mais e melhor com
sector ambicioso e com grande poten-
os consumidores”.
cial. Portugal foi mesmo o primeiro país
à escala europeia a apresentar uma
Maitê Ruiz-Atela, Directora da Global
imagem sectorial (Espanha e Itália ini-
Fashion, elogia o novo visual do
ciariam este caminho bem mais tarde).
calçado português por se tratar “de
uma imagem moderna e dinâmica”,
que apostou em vários segmentos de
mercado. “Gosto especialmente da
selecção de modelos, seja de homem
e de mulher, do mais clássico ou mais
desportivo”, destacou. Carlo Ambrogi,
por sua vez considera que “a nova
imagem reflecte o bom gosto das
empresas portuguesas: cheia de cor,
vitalidade e muito sensual”. Para o
No final dos anos noventa, com a emergência na cena competitiva internacional de novos actores, o calçado português apresentou o logótipo Portugal
responsável da ARS Sutoria “o calça-
Quality Shoes. A aposta na designação
do português tem vindo a dar provas
qualidade (em sentido lato) pretendeu
de um grande dinamismo nos últimos
funcionar como um elemento diferen-
anos, com várias marcas e estilistas
ciador de excelência, designadamente
bem sucedidas no mercado interna-
face aos concorrentes asiáticos e do
cional”.
Leste da Europa.
Um novo
compromisso
“Uma indústria jovem, moderna e
voltada para o futuro, que alia a tradição às tecnologias de ponta, o «saber
fazer» ao melhor design de sempre. A
indústria portuguesa de calçado está em
permanente evolução”. É desta forma
que o sector se tem apresentado aos
mercados externos desde Junho do ano
passado. Para os próximos meses estão
a ser ultimadas várias outras iniciativas
que permitam que o calçado português
esteja, literalmente, na moda.
A nova imagem Portuguese Shoes:
Design by the Future é inspirada na
iconografia típica portuguesa (galo de
Barcelos, calçada portuguesa, escrita
erudita, lenço dos namorados, candeeiros e azulejos). Assenta num selo de
qualidade e pretende assumir-se como
um cunho de sofisticação e inovação
permanente.
aria
campanha elegante,
rna e original”.
José Rivera
Fiquei surpreendido com a
imagem e os novos conceitos
Elisabetta Caprotti,
A nova campanha é fresca,
sofisticada e trendy
do calcado português
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Ministro da Economia volta a elogiar
sector do calçado
O sector do calçado tem feito um “percurso notável”, com várias marcas a
lançarem-se no mercado da moda e, dessa forma, conquistarem percurso
internacional.
Em declarações aos deputados, na Assembleia da Republica, na Comissão dos Assuntos Económicos, Vieira da Silva destacou que “a
política de marcas é um aspecto essencial da política empresarial”,
mas reconheceu que “lançar uma marca é um processo difícil”.
“É sempre preciso identificar uma área. O calçado tem feito um
percurso notável, com pequenas e médias empresas a criarem
marcas próprias e a conseguirem colocar a sua produção no mercado da moda”, salientou o responsável pela pasta da economia. Vieira
da Silva assumiu que irá ser necessário “retirar apoios às pequenas
e médias empresas, mas sempre de forma faseada, conseguindo alternativas ao financiamento que sejam exteriores às linhas de crédito
públicas”, e acrescentou que gostava que estes incentivos “tivessem
mais resultados positivos”.
Vieira da Silva sublinhou que “os dinheiros públicos não podem servir para
financiar opções empresariais condenadas”, e que será necessário “ultrapassar a crise, mostrando que a economia está a mudar e que pode modernizar-se nos seus vários sectores”, desde o turismo ao comércio, passando
pelos serviços.
Nesta Comissão dos Assuntos Económicos participaram também o
Secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, o Secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, o
Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa
do Consumidor, Fernando Serrasqueiro e o secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do
Desenvolvimento, Fernando Medina, que ainda
recentemente visitou a delegação do sector de
calçado que participou na MICAM.
Inovação da ComforSyst chega a Xangai
A ComforSyst SA apresentou, recente-
e pelo rigor de construção”, destacou
ajuste ao movimento do caminhar.
mente, o sistema GoAir, uma inovação
Orlando Santos.
As cápsulas de Ar foram desenhadas
no conforto que permite atingir um
para serem o primeiro ponto de impac-
novo patamar de engenharia nos seus
O Sistema GoAir pretende proporcio-
to e, quando pressionadas, irão forçar
produtos. Uma proposta que estará
nar uma nova sensação de extremo
a circulação interna do ar, através
agora em evidencia na Exposição
conforto para um caminhar correcto e
de uma plataforma ventilada. Esta
Mundial de Xangai, a convite do Cen-
saudável. Tecnicamente, as almofadas
combinação garante uma renovação
tro Português de Design.
de impacto absorvem grande parte
gradual do ar dentro do sapato permi-
da energia do caminhar e reduzem o
tindo assim que o pé permaneça seco
stress nas articulações (calcanhar, tor-
e a uma temperatura estável, explicou
Composto por quatro peças diferentes,
nomeadamente umas almofadas de
nozelo e joelhos). Em borracha 100%
impacto em borracha natural, cápsulas
Orlando Santos.
natural, a durabilidade é muito
de ar, plataforma ventilada e palmilha
Wave Massage o sistema “GoAir assegura uma nova sensação de extremo
elevada bem como toda a
Adicionalmente, o uso da palmilha
flexibilidade e
Wave Massage estimula a circulação de sangue ao mesmo tempo que
conforto para um caminhar correcto e
efectua uma massagem suave na
saudável”, sublinhou Orlando Santos.
planta do pé. Entre outras
vantagens, uma boa
O sistema GoAir está já disponível na
circulação sanguínea
Softwaves, marca principal da
mantém os pés
ComforSyst SA, e que o enquadra
propriedades terapêuti-
mais quentes e
numa gama de design elevado e para
cas, esta linha despertou
saudáveis.
um cliente exigente, explicou o res-
o interesse generalizado
ponsável da empresa, e também nas
dos consumidores e curio-
farmácias de todo o país. “Devido às
sos sobretudo pela inovação
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Luis Onofre
a três dimensões
Deichmann
Foi em Lisboa, no Alcântara
A gigante alemã Deichman, acaba
Café, «com pompa e circunstân-
de se instalar em Barcelona. Ele-
cia», que Luis Onofre apresen-
gendo a cidade de Condal como o
tou a sua loja virtual. Um pro-
principal centro de operações a sua
jecto inovador, já que permite a
intenção é criar estabelecimentos
visualização de toda a colecção
próprios em Madrid, Valência e Za-
a três dimensões, através de
ragoza durante os próximos meses.
uns óculos especiais.
Com um volume de negócios de
No site www.lojaluisonofre.com
3400 milhões de Euros em 2009 a
é possível aceder a toda a co-
Deichmann conta actualmente com
lecção do estilista de Oliveira de
uma rede de 2767 lojas em 18 paí-
Azeméis, ficar a par das últimas
ses na Europa e Estados Unidos.
novidades da marca e contactar
A Deichmann é uma empresa espe-
com um sistema de compras
cializada na distribuição de calça-
simples e com formas de pa-
do, de homem, senhora e criança,
gamento seguras. Disponíveis
vendendo marcas de terceiros e
estão, também, informações
marcas próprias, nomeadamente: relativas à disponibilidade de
Adidas e Fila em artigos de des-
stock, cores, material, indica-
porto, 5th avenue – desenhada pela
ções do designer e lançamento
modelo Cindy Crawford- e Ariane,
de novas colecções.
para mulher, Cláudio Conti e Falcon
“Sou cauteloso e exigente
para homem e Elefanten e Hannah
com o meu trabalho e com a
Montana para crianças.
minha marca. Este site não é
uma novidade em termos de
conceito, o que decidi fazer em
parceria com a ContactoMais
Timberland
foi reestruturar a plataforma
As vendas da Timberland aumen-
que já tinha e prestar um
taram 7% no primeiro trimestre do
melhor serviço a quem procu-
ano para 317 milhões de euros. O
ra a minha marca. Este é um
bom resultado obtido no mercado
passo muito importante porque
europeu (crescimento de 8,7%), em
a Internet é a plataforma certa,
especial em Espanha, Reino Unido
é onde tudo acontece e no meu
e Itália foi determinante para este
site antigo não tinha este grau
desfecho.
de qualidade: imagens a 3D ou
2D, envio das encomendas em
24 horas, assistência telefónica
para dúvidas ou confirmação da
encomenda por sms antes do
envio. Estamos no bom caminho”, explicou Luís Onofre.
Num Alcântara Café repleto de
convidados, a loja virtual esteve
em plano de evidência em
vários ecrãs, onde era possível
visualizar a 360º os vários modelos da colecção. “A partir de
agora, cada cliente passa a ter
uma noção real do sapato antes
de o comprar, se tem dúvidas
para esclarecer existe sempre
alguém para o ajudar. Quero
que o potencial comprador sinta
que a loja online lhe facilita objectivamente a vida”, destacou
Luis Onofre.
O site está actualmente apenas
em português, mas em curso
está já a versão em espanhol e
inglês. O objectivo passa por internacionalizar, cada vez mais,
a marca.
Geox
A Geox, que há 15 anos idealizou e
patenteou a famosa sola impermeável e anti-transpirante que tornou
famoso o seu calçado na Europa e
no Médio-Oriente, tem vindo, actualmente, a consolidar a sua posição
nos EUA, onde abriu a primeira loja
na cidade de Nova Iorque em 2009.
Hoje já contabiliza 30. “O grupo
está satisfeito com o seu posicionamento no mercado americano”,
destacou Mario Polegato, Presidente da empresa, acrescentando
ainda que “este mercado é difícil,
especialmente durante épocas de
incerteza económica. No entanto,
nos primeiros meses de 2010, as
vendas da Geox começaram a crescer consideravelmente”.
DECSIS S.A. distinguida com a atribuição do estatuto "PME líder". Reconhecida pelas estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva.
Grupo DECSIS | decsis SA | expandiserve SA | decunify SA | deccare Lda
SOMOS O MAIOR GRUPO EMPRESARIAL PORTUGUÊS DE
SERVIÇOS DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
DECNews
FlashNews
SOMOS RESPONSÁVEIS POR MAIS DE 170 POSTOS DE
TRABALHO DIRECTOS
Grupo DECSIS | Modelo Operacional
Os pilares para a criação da oferta estratégica do Grupo DECSIS são os seus
PARCEIROS e CLIENTES e as NECESSIDADES DO MERCADO.
Não mudamos, apenas evoluimos.
O título da nossa newsletter, passa
a identificar o Grupo DECSIS,
utilizando para o efeito as iniciais da
empresa embrião, assim como as
cores das diferentes empresas do
grupo.
Com base nestes pilares o
Grupo DECSIS desenvolveu
todo um mecanismo interno
para o desenvolvimento do
negócio,
estudo
de
necessidades de mercado e
gestão de negócio.
DECNEWS | Corpo Redactorial
A importância
da Formação
Nos actuais ciclos económicos em
constante mudança, ressalta a
necessidade
urgente
de
nos
dotarmos
das
competências
técnicas e pessoais que permitam
um
desempenho
profissional
adaptável, eficiente e actualizado.
É
reconhecida
à
formação
profissional a importância essencial
e estratégica, enquanto espaço
privilegiado para a aquisição e
desenvolvimento de conhecimentos,
como forma de atingir objectivos
qualitativos e diferenciados do saber
fazer e competências adquiridas.
Todos os estudos e pesquisas
relativos
à
eficácia
das
organizações apontam no mesmo
sentido: a importância do factor
humano. Este factor - as pessoas constitui o investimento mais válido
de qualquer organização.
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HP | 3Com
Uma vez que a integração da 3Com
está concluída, a HP irá mudar o
sector das redes apostando na
inovação, o que permite aos nossos
clientes HP, resolver os seus
desafios relacionados com ligações
e redes mais prementes. Nos
próximos meses, a HP irá integrar
produtos sem fios, de segurança,
voz, routers, switches, bem como
produtos de gestão de redes da
3Com, criando um novo líder no
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HP compra Palm por
910 milhões de euros.
A Hewlett-Packard
chegou a acordo para
adquirir a Palm,
aumentando o já vasto
portfolio de produtos. O
montante envolvido no
negócio ronda dos 910
milhões de euros e o
objectivo da empresa é,
basicamente, destronar o
domínio da Apple.
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HP IPG renova
estrutura de negócio
de impressão
Com vista a endereçar as
exigências dos clientes
finais do mercado de
impressão, a companhia
oferece novas ofertas
contratuais que permitem
reduzir os custos na
ordem dos 30%.
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2010: Empresas
investem mais de €54
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alcançar o melhor desempenho com soluções HP e oferece
um abrangente portfólio de cursos através de vários
suportes, bem como uma vasta gama de percursos de
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As Soluções de Aprendizagem HP são concebidas de acordo
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conjunto ajudar a aumentar a consciência do utilizador a facilitar a transição
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aumentar o ROI dos seus projectos de TI.
Relatório da IDC indica
que este segmento de
mercado vai continuar a
registar um crescimento
sustentado, tanto em
Portugal como na Europa.
Este ano deverá atingir
uma taxa de crescimento
na ordem dos 8,8%.
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ASUS lança
computador integrado
num teclado
Há um ano a ASUS
anunciou o lançamento
de um computador
integrado no teclado.
Pois, a promessa foi
cumprida com o
lançamento do
EeeKeyboard, no final de
Abril.
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Relações de Trabalho (DGERT), nos domínios: Concepção de intervenções, programas,
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Nº 166 # MAIO 2010
13
SANJO avança para os mercados
internacionais
Está de regresso a emblemática Sanjo.
escolar, entre outros produtos.
A marca criada em 1914, em S. João
modelos da Sanjo
poderão ser
da Madeira, está apostada em regres-
Segundo o responsável da Sanjo, “a
utilizados não
sar em força e, prepara desde já, uma
marca está direccionada para a classe
só para a
aposta nos mercados internacionais.
média, media/alta” e distingue-se
prática
“pela apresentação de produtos de
“Neste momento estamos em nego-
elevada qualidade e conforto”. As «no-
ciações para garantirmos a distribui-
vas» Sanjo apresentam uma sola refor-
ção dos produtos SANJO em Itália,
çada, possuem respiradores que
Sérvia, Croácia, Bulgária, e Espanha”,
permitem que os pés não
destacou Paulo Fernandes. Segundo
transpirem, possuindo
o Administrador da Fresado, a em-
ainda uma palmi-
presa que está a revitalizar a Sanjo “o
objectivo passa por projectar a marca
além fronteiras”, ainda que a missão
principal seja “reposicionar a SANJO
em Portugal de uma forma sólida”.
Para isso, Paulo Fernandes assume
que o esforço essencial passa “por co-
De momento os ténis
locar a marca nas lojas de moda e de
SANJO são produzidos na
desporto, com um forte posicionamen-
Ásia, admite Paulo Fernandes, “já
to de mercado e uma estratégia eficaz
que não encontrámos em Portugal
no que respeita à selecção de pontos
nenhuma fábrica que nos garantisse
de venda, comunicação e marketing”.
a produção dos ténis devido à ausên-
Para além disso, numa fase da estra-
cia de máquinas para vulcanizar o
tégia de posicionamento da marca, es-
lha separada que
tão a ser desenvolvidos mais modelos,
poderá ser lavada à parte, sem perder
de desporto indoor, como é o caso do
em várias cores distintas, com diferen-
a sua qualidade. Com estas caracte-
futsal, mas também para ser usados
tes estampados, acessórios, material
rísticas, admite Paulo Fernandes, “os
como peça de moda”.
produto. Essa foi a única razão para
que tivéssemos de recorrer ao Extremo
Oriente”. Uma situação que poderá, a
todo momento, ser alterada.

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Nº 166 # MAIO 2010
15
Monrose calçam-se em Portugal
O prestigiado grupo POP
A EJECT “desenvolveu,
alemão Monrose, que já
assim, três linhas , cada um
comercializou mais de 1,5
com o nome das cantoras
milhões de álbuns, em es-
que compõem a banda”, a
pecial na Alemanha, visitou
Baharm, a Mandy e a Sen-
recentemente Portugal. Na
na. Durante a visita a Portu-
EJECT acertou os porme-
gal, fizeram-se acompanhar
nores para o lançamento de
por uma cadeia alemã de
uma linha de calçado.
televisão, que reportou o lançamento da nova colecção e
“Tudo começou com a visita
a aposta em Portugal.
da manager das Monrose ao
nosso stand na última GDS,
na procura de uma empre-
Para Joaquim Carvalho
sa capaz de lhes produzir
“para além dos benefícios
uma colecção de calçado
comerciais que resultam
especial”, destacou Joaquim
desta parceria, uma vez que
Carvalho.
os sapatos serão produzidos
em Portugal, a ligação da
EJECT às Monrose é um
motivo de satisfação”.
Frederico Martins eleito
fotografo do ano
O fotógrafo de moda Frederico Martins, foi nomeado, no dia 4 de
Maio, na Casa de Música do Porto, o fotografo de moda revelação, no âmbito da primeira edição do Famous Fashion Awards.
Natural de Santa Maria da Feira, Frederico Martins está a atravessar uma excelente fase profissional. Ele foi responsável pela
edição fotográfica do editorial de moda e capa da revista Elle
deste mês, bem como pela produção de moda da edição passada
da revista Máxima.
No último ano, Frederico Martins tem desenvolvido, em parceria com a APICCAPS, vários dos editoriais de moda do calçado
português em revistas internacionais de renome, com destaque
para a Vogue Acessory, com uma tiragem de 350 000 exemplares, e que é distribuída em todo o mundo. Frederico Martins tem
desenvolvido outros projectos com a APICCAPS, nomeadamente
a campanha de lançamento da nova imagem institucional do
calçado português.
Nº 166 # MAIO 2010
17
Medidas antidumping “projectam”
calçado brasileiro
Jimmy Choo
Jimmy Choo vai lançar uma linha
de calçado de desporto. Trata-se
de uma pequena colecção que
a marca fetish das celebridades
irá colocar à venda este Verão.
Depois de colaborar recentemente com a H&M, a marca cria
agora uma colecção de ténis em
pele, recorrendo às tonalidades
bege, azul e preto. Duas linhas
vão estar disponíveis: “Tóquio”
que propõe sapatilhas altas, e
“Miami”, que contempla modelos de “versão baixa”.
Prada
A marca italiana Prada vai investir em Portugal, com a abertura,
no próximo mês de Junho, de
uma flagship store em Lisboa.
A loja, desenhada pelo arquitecto
Roberto Baciocchi, situa-se num
edifício histórico da Avenida da
Liberdade. São cerca de 650 m2
divididos por dois andares, onde
estarão em exibição as colecções
de pronto-a-vestir, malas, acessórios e calçado para homem e
senhora.
O projecto mistura elementos
clássicos da marca Prada com
uma inspiração museológica,
criando renovada imagem da
marca.
Ficha Técnica
Propriedade:
APICCAPS - Associação
Portuguesa dos Industriais de
Calçado, Componentes, Artigos
de Pele e Seus Sucedâneos
Rua Alves Redol, 372 - Apartado
4643 - 4011-001 PORTO
Os elevados direitos antidumping (13
para 217 milhões de euros, no Ceará
vez, passou a ser o terceiro principal
dólares o par) implementados pelo
há a assinalar um crescimento de 45%
destino do calçado brasileiro, com um
Governo de Brasilia estão a resultar em
para 117 milhões de euros. Já o Estado
volume de 2,5 milhões de pares.
pleno. De acordo com a Abicalçados,
de São Paulo sofreu um recuo de 9%.
a Associação Brasileira do sector, a
Também as exportações de calçado
Por segmento de produto, os brasilei-
http://www.apiccaps.pt
indústria brasileira, em especial na zona
«made in Brasil» receberam um au-
ros exportam cada vez mais calçado
Director:
de Franca, recebeu um novo impulso, ao
mento de 21% em volume no primeiro
sintético (36 milhões de pares exporta-
Presidente da APICCAPS
nível da produção e até exportação.
trimestre do ano. De Janeiro a Março,
dos, isto é 73% do total).
Com efeito, ainda que a indústria bra-
o Brasil exportou 49 milhões de pares,
A outro nível, por via da introdução
sileira seja muito heterogénea e revele
no valor de 424 milhões de dólares,
dos direitos antidumping, as empresas
comportamentos muito diferenciados
o que representa um crescimento
brasileiras começam a ser capazes de
entre os principais pólos produtivos,
de 10%. Realce para um aumento
competir com os concorrentes chine-
assinala-se um desempenho muito
generalizado das exportações, com
ses. A marca de calçado desportivo
positivo desde o início do ano. Assim,
destaque para os crescimentos regis-
italiano Kappa acaba de anunciar que
enquanto que as empresas de calçado
tados nos EUA (mais 32 em quanti-
concentrará a produção no Brasil. O
do Estado do Rio Grande do Sul aumen-
dade) e no Reino Unido (crescimento
objectivo passa por produzir 1 milhão
taram o volume de negócios em 2,2%
em volume de 25%). A Itália, por sua
de pares a partir de 2012. .
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Fax 225 074 179
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Edição: Gabinete de Imprensa
da APICCAPS
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Data nascimento: 27/5/1981
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2009- Portugal Fashion spring|summer 2010
2009 – Parfois | processo de selecção
2009 – Eventuais Eventos
2008 – SalsaJeans, “Bread&Butter 07/08”,
INDITEX
2007 – Ambar
2006 - Mercat de las Flors
2005 - Empresa de calçado, Degas.
2005- EXPONOIVOS.
2002 –Empresa de artes finais. Mindelo
1999 a 2009 - Freelancer
Formação
2007 – Pós-graduação em Acessórios de
Moda, na escola Felicidad Duce. Barcelona
2005/6 – Curso 1ºano de Moda, geral, no
Instituto IDEP, Barcelona.
2004 – Licenciatura, Escola Superior de Arte
e Design, em Design de Comunicação
19
Europa volta a importar menos
calçado no início de 2010
Seguindo a mesma trajectória de 2009,
milhões de euros.
a Europa voltou a importar menos
calçado nos dois primeiros meses
Ainda no domínio do comércio exter-
deste ano. Segundo dados do Eurostat,
no, também as exportações europeias
a Europa adquiriu, entre Janeiro e Fe-
estão em baixa. Os dois primeiros
vereiro deste ano, calçado no valor de 5
meses do ano, assinala-se um recuo
mil milhões de euros. Relativamente ao
de 3,4% para 4.161 milhões de euros.
período homólogo do ano anterior, há a
Contrariando a tendência dos últimos
assinalar um decréscimo de 8,3%.
anos, e ainda que estes dados sejam
ainda muito incipientes, Alemanha e
Os 27 países que constituem a União
França surgem como os dois principais
Europeia importaram menos calçado
exportadores de calçado da Europa. A
de praticamente todas as proveni-
Alemanha exportou em Janeiro e Fe-
ências. Destaque para o recuo das
vereiro calçado no valor de 651 milhões
importações provenientes da China. A
de euros (menos 4,9%) e a França no
indústria chinesa continua a perfilar-se
valor de 568 milhões de euros (me-
como principal fornecedor da Europa,
nos 3,1%). A Itália surge apenas no
mas registou uma perda de 17,9% para
terceiro posto, com uma quebra de
1.134 milhões de euros.
1,8% para 332 milhões de euros. Estes
números parecem indiciar que são os
Itália e Bélgica completam a tabela
países que melhor dominam os canais
dos principais fornecedores do calça-
de distribuição que estão a obter os
do da UE27, com recuos de 10,2% e
resultados mais interessantes no co-
3,9%, respectivamente para 613 e 423
mércio externo.

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